Location via proxy:   [ UP ]  
[Report a bug]   [Manage cookies]                

Apostila Eletrônica Ii

Fazer download em pdf ou txt
Fazer download em pdf ou txt
Você está na página 1de 109

FACULDADE DE ENGENHARIA - APOSTILA DE ELETRNICA II

CAPTULO 01 - MODELAGEM DO TBJ


1.1. Capacitor de acoplamento Quando a freqncia aumenta a oposio da corrente no resistor no muda. Um capacitor diferente, pois quando a freqncia aumenta, a oposio passagem de corrente diminui. Quando um amplificador est funcionando, existem dois modos fundamentais em que os capacitores so usados. Primeiro, eles so usados para acoplar ou transmitir os sinais CA de um circuito para o outro. Segundo, eles so usados para desviar ou curto-circuitar os sinais CA para a terra. De qualquer forma, a reatncia capacitiva inserida no circuito depende da relao:

XC = 1 / 2 f C
Quando a frequncia alta suficiente, a reatncia capacitiva se aproxima de zero. Isso significa que um capacitor um curto-circuito para sinais CA em altas freqncias. O oposto tambm verdadeiro, ou seja, quando a freqncia diminui, a reatncia torna-se infinita. Isso significa que o capacitor um circuito aberto para sinais CC em baixas freqncias. Um capacitor de acoplamento transmite uma tenso CA de um ponto para outro. A figura abaixo mostra um capacitor de acoplamento Em baixas freqncias, o capacitor age como circuito aberto e a corrente aproximadamente zero. Em altas freqncias o capacitor age como um curto e a corrente igual a:

IMX = VG / R
R = Resistncia Total (RG+RL)

Para que o capacitor funcione corretamente ele deve agir como um curto-circuito na menor freqncia do gerador. Para isso faa da reatncia capacitiva pelo menos10 vezes menor que a resistncia total do circuito.

XC < 0,1 R

Prof. Eng Esp. J .F.ZANON

-1-

FACULDADE DE ENGENHARIA - APOSTILA DE ELETRNICA II 1.2. Freqncia Crtica A freqncia crtica de um circuito definida quando a reatncia capacitiva igual a resistncia total do circuito.

fc = 1 / 2 R C
1.3. Freqncia Crtica e Alta Freqncia de Quina O capacitor de acoplamento age como um curto em altas freqncias. Afirmamos que a freqncia crtica deve ser 10 vezes menor que a resistncia total do circuito. A regra diz que a Alta Freqncia de Quina deve ser 10 vezes maior que a Freqncia Crtica.

fh = 10 . fc
A freqncia de Quina a freqncia referncia da qual a partir da a corrente de carga comea a fluir pelo circuito (circuito fechado). Acima dessa freqncia a corrente de carga se limita a 1% do seu valor mximo. 1.4. Capacitor de Desvio (bypass) A figura abaixo mostra um capacitor de Desvio conectado e paralelo com um resistor para desviar a corrente CA do mesmo. Quando a freqncia suficientemente alta, o capacitor age como um curto circuito, levando o ponto A terra.

Quando a freqncia do gerador for igual ou maior que o valor da freqncia de Quina, o capacitor de Desvio agir como um curto e o ponto A ser aterrado para os sinais CA. 1.5. Teorema da Superposio nos Amplificadores A figura a seguir mostra um amplificador com transistor. A tenso VCC a tenso CC de polarizao do TBJ para estabelecer o ponto Q. A tenso VG a tenso CA do gerador de sinais. O capacitor C1 acopla o sinal do gerador base do TBJ. Prof. Eng Esp. J .F.ZANON

-2-

FACULDADE DE ENGENHARIA - APOSTILA DE ELETRNICA II O capacitor C2 acopla o sinal amplificado carga. O capacitor CE desvia o sinal CA do emissor para o referencial terra.

1.6.Circuitos Equivalentes CC e CA O modo mais simples de analisar um circuito amplificador dividindo a anlise em duas partes: anlise CC e anlise CA. Utilizando o Teorema da Superposio pode-se calcular os efeitos produzidos por cada fonte funcionando separadamente e depois somar os efeitos individuais para obter o efeito total. Para isolar cada fonte e transformar o circuito numa forma mais simples, os capacitores devero ser abertos para o sinal CC e curto-circuitados para o sinal CA. ANLISE CC Reduza a fonte CA a zero Abra todos os capacitores Analise o circuito equivalente CC ANLISE CA No circuito original, reduza todas as fontes CC a zero Curto-circuitar todos os capacitores Analisar o circuito equivalente CA ANLISE FINAL Some a corrente CC e a corrente CA para obter a corrente total num ramo

Prof. Eng Esp. J .F.ZANON

-3-

FACULDADE DE ENGENHARIA - APOSTILA DE ELETRNICA II Some a tenso CC e a tenso CA para obter a tenso total em qualquer n ou em qualquer resistor

1.7. Operao em pequenos sinais A figura ao lado mostra o grfico da corrente versus tenso para o diodo emissor. O ponto denominado quiescente Q encontrado conforme a polarizao do diodo e quanto maior for a corrente, mais o ponto Q se desloca para cima na curva. Quando aplicamos um sinal CA na base do transistor, foramos o ponto de operao a se mover para cima e baixo nas proximidades do ponto Q. Esse ponto de operao instantneo diferente do ponto do quiescente obtido pela polarizao CC. Por exemplo, a figura ao lado aplicamos uma tenso senoidal nos terminais base emissor. Quando a tenso CA aumenta no seu semi-ciclo positivo o ponto de operao instantneo move-se para cima. Por outro lado quando o sinal CA est no semi-ciclo negativo o ponto se desloca para baixo. A tenso CA da base produz uma corrente CA na corrente de emissor, que tem a mesma freqncia da tenso Ca na base e aproximadamente a mesma forma e conseqentemente a corrente no coletor tambm. Observe que ocorreu alongamento e compresso nos semi-ciclos do sinal CA. Esse fenmeno chamado de DISTORO. Ele indesejvel nos amplificadores de alta fidelidade pois muda o som.

Prof. Eng Esp. J .F.ZANON

-4-

FACULDADE DE ENGENHARIA - APOSTILA DE ELETRNICA II

Uma forma de reduzir a distoro mantendo a tenso CA da base pequena. Quando se reduz o valor de pico da tenso de base, reduz o movimento do ponto de operao instantneo. Quanto menor for a variao, menor ser a curvatura que aparece no grfico, dando-lhe uma aparncia linear. Quanto menor for o sinal de entrada, menor ser a distoro. Para tanto devemos considerar um sinal pequeno quando a corrente CA de pico no emissor for menor que 10% da corrente CC no mesmo. 1.8. Resistncia CA do diodo emissor Atravs da Lei de Ohm, sabemos que:

R=V/I
Onde R a resistncia CC do circuito. A resistncia CA definida como sendo a tenso CA aplicada num componente dividida pela corrente CA que circula por ele.

RCA = VBE / IE
Na derivao da frmula acima, podemos afirmar que a resistncia CA no emissor pode ser calculada como:

re = 26mV/ IE
Essa relao se aplica todos os transistores. Ela baseia-se numa juno base- emissor perfeita, de modo que haver desvios nos transistores produzidos comercialmente. Mas quase todos os

Prof. Eng Esp. J .F.ZANON

-5-

FACULDADE DE ENGENHARIA - APOSTILA DE ELETRNICA II transistores comerciais tem uma resistncia CA (dinmica) do emissor que est entre 26mV/IE e 50mV/IE. 1.9. Ganho de corrente em CA O ganho de corrente CC foi definido como sendo:

CC = IC / IB

ou

hFE = IC / IB

Sabemos ainda que as correntes CC so as correntes no ponto de operao do quiescente do transistor. O ganho de corrente CA a variao da corrente de coletor dividida pela variao da corrente de base:

CA = IC / IB

ou

hfe = ic / ib

1.10.Modelagem do TBJ para anlise CC e CA de um amplificador EC. Para analisar um amplificador EC, preciso reduzi-lo a um circuito equivalente CA, na qual a lei de Ohm possa ser aplicada. a) Impedncia de entrada

Com o circuito da figura acima podemos ver um divisor de tenso do lado da entrada do transistor. Isso significa que a tenso CA na base ser menor que a tenso CA no gerador. A tenso na resistncia do gerador depende do valor de R1 em paralelo com R2, porm existe outro fator a ser includo nesse clculo. A juno da base- emissor introduzir no circuito uma resistncia dinmica re. Portanto a impedncia de entrada (input) do transistor pode ser definida como:

Zi = Vi / Ii
Para analisar o circuito do amplificador temos vrios modelos de circuitos equivalentes como se segue:

Prof. Eng Esp. J .F.ZANON

-6-

FACULDADE DE ENGENHARIA - APOSTILA DE ELETRNICA II Modelo T

A figura acima mostra uma juno T com fonte de corrente na parte superior e uma resistncia re em paralelo com R1 e R2.

Ie = vb / re

ic = vc / rc

Modelo re ou Modelo II

A figura mostra um modelo re que, quando aplicado fornece as mesmas respostas que o Modelo T.

Zb = Vi / Ib
Sendo: Vi = Ie . re Ie aproximadamente igual Ic = I C / IB

Podemos afirmar que:

Zb = . re

Zi = R1 // R2 // .re
Prof. Eng Esp. J .F.ZANON -7-

FACULDADE DE ENGENHARIA - APOSTILA DE ELETRNICA II

Essa impedncia ser sempre menor que a impedncia de entrada da base. Parmetros hbridos ( parmetros h) Quando o transistor foi inventado o mtodo conhecido para analisar e projetar circuitos transistorizados ficou conhecido como parmetros h. Esse mtodo matemtico modela o transistor sobre o que acontece em seus terminais sem levar em considerao os processos fsicos que tm lugar dentro do transistor. Esse mtodo mais complexo que o mtodo do Modelo re, porem, as folhas de dados do transistor ainda se referem aos parmetros h fornecidos pelo fabricante. So eles: hfe = ganho de corrente CA

hie = impedncia de entrada hre = ganho reverso de tenso hoe = admitncia de sada

Prof. Eng Esp. J .F.ZANON

-8-

FACULDADE DE ENGENHARIA - APOSTILA DE ELETRNICA II EXERCCIOS - CAPTULO 01: MODELAGEM DO TBJ 1) Qual o valor da corrente em um circuito de acoplamento em CC? 2) Qual a corrente em um circuito de acoplamento de alta freqncia? 3) Como se comporta um capacitor em relao a CC e a CA? 4) Num circuito com capacitor de desvio CE um dos seus terminais est aterrado para CA de altas freqncias? Explique. 5) Quais so as regras para se obter a anlise de um circuito amplificador em relao a CC e a CA? 6) A tenso CA na base de um amplificador menor ou maior que a tenso do gerador? 7) Por que a re (resistncia dinmica do emissor) depende da corrente do emissor? 8) Calcular re para uma corrente de emissor de 100A. 9) O emissor de um amplificador EC no tem tenso CA devido a existncia do capacitor de desvio. Explique essa afirmao. 10) Por que a tenso de sada de um amplificador EC defasada 180 em relao a entrada? 11) Qual a reatncia de um capacitor de 10F em uma freqncia de 1kHz? E em 100kHz? 12) Em um amplificador EC a tenso no resistor de carga CC , CA ou as duas? Explique. 13) Num amplificador EC qual a relao entre a corrente de entrada e a corrente de sada? 14) Por que a impedncia de entrada de um amplificador EC geralmente muito alta? 15) Dada a figura abaixo, determinar: a) A corrente e a tenso mxima na carga. b) A freqncia crtica e a freqncia de quina c) Se a tenso no gerador for dobrada o que ocorre com a freqncia de quina? d) Se todas as resistncias forem dobradas o acontece com a tenso mxima, com a corrente mxima, com a freqncia crtica e a freqncia de quina? e) Se a capacitncia for reduzida a metade o que ocorre com a freqncia de quina?

16) Utilizando o circuito abaixo, determinar: a) A corrente mxima no gerador e tenso mxima no capacitor. b) Sendo a tenso do gerador dobrada, qual o valor da freqncia de quina?

Prof. Eng Esp. J .F.ZANON

-9-

FACULDADE DE ENGENHARIA - APOSTILA DE ELETRNICA II c) Se todas as resistncias forem dobradas, o que acontece com a corrente mxima, com a tenso mxima, com a tenso mxima na carga, com a freqncia crtica e com a freqncia de quina? d) Se a resistncia for reduzida a metade o que ocorre com a freqncia de quina?

17) Dado o circuito abaixo, calcular: a) A tenso CC entre o coletor e o terra. b) A resistncia re do emissor c) Desenhe o circuito re equivalente

18) Dada a configurao base-comum da figura abaixo, esboce o circuito equivalente para o modelo re.

19) Descreva a diferena entre o modelo re e o modelo hbrido h. 20) Para a configurao da figura abaixo: a) Determine Zi se Vs= 40 mV, Rs= 0,5k e Ii= 20A. b) Utilizando os resultados do item a, determine Vi, se a tenso da fonte aplicada for alterada para 12mV, com uma resistncia interna de 0,4k.

Prof. Eng Esp. J .F.ZANON

- 10 -

FACULDADE DE ENGENHARIA - APOSTILA DE ELETRNICA II 21) Para o circuito abaixo, determinar: a) Zo se V= 600mV, Rs=10k e Io= 10A

b) Utilizando Zo obtido em a, determine IL para a configurao abaixo, se RL= 2,2k e I amplificado= 6mA

22) Dada a configurao do TBJ ao lado, determinar:

a) b) c) d)

Vi Zi Avnl Avs

23) Para o amplificador da figura, calcular:

a) b) c) d) e)
f)

Ii Zi Vo Io Ai usando os resultados dos itens (a) e (d) Ai usando a equao: Ai = - Av Zi / RL

Prof. Eng Esp. J .F.ZANON

- 11 -

FACULDADE DE ENGENHARIA - APOSTILA DE ELETRNICA II 24) Para a configurao base-comum da figura abaixo aplicado um sinal CA de 10mV, resultando em uma corrente do emissor de 0,5 mA. Se = 0.98, determine: a) Zi b) Vo se RL = 1,2k c) Av= Vo/Vi d) Zo com ro infinito e) Ai = Io/Ii f) Ib

25) Para a configurao base-comum da figura acima, a corrente do emissor 3,2mA e =0,99. Se a tenso aplicada for de 48mV e a carga for de 2,2k, determine: a) re b) Zi c) Ic d) Vo e) Av f) Ib 26) Utilizando o modelo da figura abaixo, determinar os seguintes valores para um amplificador emissor-comum, se = 80, IE= 2mA e ro= 40k: a) Zi b) Ib c) Ai= Io/Ii se RL=1,2k d) Av se RL=1,2k

27) A impedncia de entrada para um amplificador a transistor em emissor-comum de 1.2k, com = 140, ro= 50k e RL= 2,7k. Determine: a) re b) Ib se Vi= 30 mV c) Ic Prof. Eng Esp. J .F.ZANON - 12 -

FACULDADE DE ENGENHARIA - APOSTILA DE ELETRNICA II d) Ai = Io/Ii = IL/Ib e) Av= Vo/Vi 28)Redesenhe o circuito da figura abaixo para a resposta do modelo re, inserindo entre os terminais apropriados ro.

29) Idem ao exerccio 28 para o circuito abaixo:

30) Observando o circuito da figura abaixo, sabendo-se que a fonte CA pode ter freqncia entre 100Hz e 200Hz, para se ter um acoplamento ideal ao longo desta faixa, determinar o valor mnimo do capacitor de acoplamento.

Prof. Eng Esp. J .F.ZANON

- 13 -

FACULDADE DE ENGENHARIA - APOSTILA DE ELETRNICA II

31) Na figura a seguir, deseja-se um capacitor de acoplamento ideal para todas as freqncias entre 500Hz a 1MHz. Determinar o menor valor do capacitor.

32) Para se aterrar o ponto A na figura abaixo para todas as freqncias superiores a 20 Hz, qual deve ser o valor mnimo do capacitor de derivao?

33) No circuito da figura, o ponto A se comporta como terra CA de 10Hz a 200kHz. Calcule o valor mnimo do capacitor de derivao.

34) Para os circuitos da figura abaixo, considerando =100 e VCE = 1V, determinar: a) os circuitos equivalentes CC e CA para todos os circuitos, b) os valores de re dos circuitos amplificadores apresentados.

Prof. Eng Esp. J .F.ZANON

- 14 -

FACULDADE DE ENGENHARIA - APOSTILA DE ELETRNICA II

Prof. Eng Esp. J .F.ZANON

- 15 -

FACULDADE DE ENGENHARIA - APOSTILA DE ELETRNICA II

CAPTULO 02 - ANLISE DO TBJ PARA PEQUENOS SINAIS


O transistor bipolar de juno pode atuar como amplificador de vrias formas diferentes em funo do tipo de sinal a ser amplificado e do modo de polarizao. Quanto ao tipo de sinal, h o amplificador de pequenos sinais que adequado apenas a receber na entrada sinal CA com amplitude muito pequena, sendo a sua funo amplific-la para que ele possa excitar uma carga ou outro amplificador de potncia maior. Neste caso, o amplificador de pequenos sinais denominado pr-amplificador.

Figura 01 O amplificador de potncia tem como funo amplificar o sinal proveniente de um pr-amplificador de forma conveniente para que ele adquira potncia suficiente para excitar uma carga especfica. Quanto ao modo de polarizao, o amplificador pode ser dividido em classe A, B, C e AB, cujas caractersticas sero apresentadas durante o curso. Geralmente, os amplificadores para pequenos sinais so do tipo classe A, ou seja, o transistor polarizado no centro da reta de carga e conduz durante todo o ciclo do sinal de entrada. a figura 02 mostra que, quando o ponto do quiescente Q do transistor encontra-se no centro da reta de carga, o sinal da base amplificado integralmente, o que no ocorreria caso o ponto Q estivesse posicionado prximo ao corte (Q) ou a saturao (Q). Nesses dois casos, o sinal amplificado seria distorcido.

Figura 02

Prof. Eng Esp. J .F.ZANON

- 16 -

FACULDADE DE ENGENHARIA - APOSTILA DE ELETRNICA II A figura 03 mostra o exemplo de um amplificador de pequenos sinais com transistor classe A na configurao emissor comum com divisor de tenso na base.

Figura 03 A figura 04 exibe os sinais de no amplificador emissor comum classe A, em que um gerador formado por vg e Zg fornece um sinal CA ao transistor, sendo o acoplamento feito atravs de um capacitor C1 que, nessa freqncia, comporta-se como um curto-circuito, isto , sua reatncia muito baixa. Ainda, caso haja algum nvel CC no sinal do gerador, ele bloqueado por C1, evitando que o ponto quiescente do transistor seja alterado.

Figura 04 Prof. Eng Esp. J .F.ZANON

- 17 -

FACULDADE DE ENGENHARIA - APOSTILA DE ELETRNICA II Na base do transistor, o sinal AC acrescido do nvel CC de polarizao. Na sada, o sinal CA amplificado est presente no coletor onde o capacitor C2 faz o seu acoplamento com a carga ZL. O capacitor C2 comporta-se como um curto-circuito para o sinal CA. No coletor est tambm presente o nvel CC de polarizao do transistor que, na carga foi eliminado pelo mesmo capacitor C2. Em paralelo com o resistor do emissor RE, cuja funo garantir a estabilidade do circuito de polarizao, usa-se um capacitor C3 para desacoplar o sinal CA do emissor, levando-o ao terra. Isso mantm a tenso VRE sempre constante.

Figura 05 Na figura 06, vemos que o sinal na carga est defasado de 180 em relao ao sinal do gerador, pois no transistor, quando a corrente de base est no seu semiciclo positivo, a tenso VCE est no semiciclo negativo e vice-versa, efeito esse, que surge devido presena dos dois capacitores de acoplamento.

Figura 06

Prof. Eng Esp. J .F.ZANON

- 18 -

FACULDADE DE ENGENHARIA - APOSTILA DE ELETRNICA II

CONFIGURAES DE UM TBJ COMO AMPLIFICADOR


2.1. Configurao Emissor Comum com polarizao fixa.

a) Impedncia de entrada ( Zi)

Zi = RB // re
b) Impedncia de sada ( Zo)

ou ou

Zi = re

para RB > 10 . re para rO > 10 . RC para rO > 10 . RC

ZO = RC // rO
c) Ganho de tenso ( Av) d) Ganho de corrente (Ai)

ZO = RC

Av = - (RC // rO ) / re ou Av = - RC / re Ai= ( RBrO) / ( rO + RC) ( RB + re)


para

ou RB > 10 . re e

Ai =
rO > 10 . RC

Prof. Eng Esp. J .F.ZANON

- 19 -

FACULDADE DE ENGENHARIA - APOSTILA DE ELETRNICA II 2.2.Configurao Emissor Comum com polarizao por divisor de Tenso.

a) Impedncia de entrada ( Zi)

R = R1 // R2 Zi = R // re
b) Impedncia de sada ( Zo)

ZO = RC // rO

ou

ZO = RC

para rO > 10 . RC

c) Ganho de tenso ( Av)

Av = - (RC // rO ) / re ou Av = - RC / re
d) Ganho de corrente (Ai)

para rO > 10 . RC

Ai= ( R) / ( R + re)

ou

Ai =

para

RB > 10 . re e rO > 10 . RC

Prof. Eng Esp. J .F.ZANON

- 20 -

FACULDADE DE ENGENHARIA - APOSTILA DE ELETRNICA II 2.3. Configurao Emissor Comum com polarizao de emissor

Prof. Eng Esp. J .F.ZANON

- 21 -

FACULDADE DE ENGENHARIA - APOSTILA DE ELETRNICA II 2.3.1. Sem Desvio: Impedncia de Entrada (Zi):

Zb = re + ( + 1 ) RE
Como >>> 1 Como RE >>> re Portanto: Zb = ( re + RE ) Zb = RE

Zi = RB // Zb Zo = RC

Impedncia de Sada (Zo):

Ganho de Tenso (Av):

Av = - RC / Zb = - RC / (re + RE)
Adotando Zb = RE Ganho de Corrente (Ai):

Av = - RC / RE

Ai = RB / (RB + Zb)

ou

Ai = - Av . Zi/ RC

2.3.2. Com Desvio: O circuito se transforma na configurao EC com polarizao fixa Impedncia de entrada ( Zi)

Zi = RB // re
Impedncia de sada ( Zo)

ou

Zi = re

para RB > 10 . re

ZO = RC // rO
Ganho de tenso ( Av)

ou

ZO = RC

para rO > 10 . RC

Av = - (RC // rO ) / re ou Av = - RC / re
Ganho de corrente (Ai)

para rO > 10 . RC

Ai= ( RBrO) / ( rO + RC) ( RB + re) Ai =


para RB > 10 . re e rO > 10 . RC

ou

Prof. Eng Esp. J .F.ZANON

- 22 -

FACULDADE DE ENGENHARIA - APOSTILA DE ELETRNICA II 2.4. Configurao Coletor Comum ou Seguidor de Emissor

Impedncia de entrada ( Zi)

Zi = RB // Zb ZO = RE // re
Ganho de tenso ( Av)

ou

Zi = re
ou

para >>> 1 e RE>>> re

Impedncia de sada ( Zo)

ZO = re

para RE>>> re

Av = 1
Ganho de corrente (Ai)

Ai= - ( RB) / ( RB + Zb)

Prof. Eng Esp. J .F.ZANON

- 23 -

FACULDADE DE ENGENHARIA - APOSTILA DE ELETRNICA II 2.5. Configurao Base Comum

Impedncia de entrada ( Zi)

Zi = RE // re
Impedncia de sada ( Zo)

ZO = RC
Ganho de tenso ( Av)

Av = RC/ re
Ganho de corrente (Ai)

Ai= - 1

Prof. Eng Esp. J .F.ZANON

- 24 -

FACULDADE DE ENGENHARIA - APOSTILA DE ELETRNICA II 2.6. Configurao com Realimentao do Coletor

Impedncia de entrada ( Zi)

Zi = re / ( 1/ + RC/RF)
Impedncia de sada ( Zo)

ZO = RC// RF
Ganho de tenso ( Av)

Av = - RC/ re
Ganho de corrente (Ai)

Ai= RF / RC

Prof. Eng Esp. J .F.ZANON

- 25 -

FACULDADE DE ENGENHARIA - APOSTILA DE ELETRNICA II 2.7. Configurao com Realimentao CC do Coletor

Impedncia de entrada ( Zi)

Zi = RF1 // re
Impedncia de sada ( Zo)

ZO = RC// RF2
Ganho de tenso ( Av)

Av = - RF2 // RC/ re
Ganho de corrente (Ai)

Ai= / [ 1 + ( RC/ rO//RF2) ]

Prof. Eng Esp. J .F.ZANON

- 26 -

FACULDADE DE ENGENHARIA - APOSTILA DE ELETRNICA II EXERCCIOS - CAPTULO 02: ANLISE DO TBJ PARA PEQUENOS

SINAIS
1) Para o circuito da figura 1, determinar: a) Zi e Zo b) Av e Ai c) Zi e Zo para ro= 20k d) Av e Ai para ro= 20k

2) Para o circuito da figura 2, determinar Vcc para um ganho de tenso Av = -200.

3) Para o circuito da figura 3, calcular: a) IB , IC e re b) Zi e Zo c) Av e Ai d) O efeito de ro sobre Av e Ai

Prof. Eng Esp. J .F.ZANON

- 27 -

FACULDADE DE ENGENHARIA - APOSTILA DE ELETRNICA II

4) Utilizando a figura 4, analisar o mesmo e determinar: a) re b) Zi e Zo c) Av e Ai d) Repita os itens (b) e (c) para ro= 25k

5) Determinar Vcc para o circuito da figura 5, se Av = - 160 e ro = 100k

Prof. Eng Esp. J .F.ZANON

- 28 -

FACULDADE DE ENGENHARIA - APOSTILA DE ELETRNICA II

6) Dado o circuito da figura 6, determinar: a) re b) VB e VC c) Zi d) Av = Vo/Vi

7) Analisar o circuito da figura 7 e determinar: a) re b) Zi e Zo c) Av e Ai d) Repita os itens (b) e (c) para ro = 20k

Prof. Eng Esp. J .F.ZANON

- 29 -

FACULDADE DE ENGENHARIA - APOSTILA DE ELETRNICA II

8) Atravs do circuito da figura 8, considerando Zb = . re, determinar: a) RE b) RB se Av = -10 e re = 3,8

9) Repita o exerccio 7 com re desviado e compare os resultados. 10) Para o circuito da figura 9, calcular: a) re b) Zi e Zo c) Av e Ai

Prof. Eng Esp. J .F.ZANON

- 30 -

FACULDADE DE ENGENHARIA - APOSTILA DE ELETRNICA II

11) Utilizando o circuito da figura 10, encontrar os valores de: a) re e .re b) Zi e Zo c) Av e Ai

12) Para o circuito da figura 11, calcular: a) Zi e Zo b) Av c) Vo se Vi = 1mV

Prof. Eng Esp. J .F.ZANON

- 31 -

FACULDADE DE ENGENHARIA - APOSTILA DE ELETRNICA II

13) Dado o circuito da figura 12, determinar: a) IB e IC b) re c) Zi e Zo d) Av eAi

14) Para a configurao base-comum da figura 13, determinar: a) re b) Zi e Zo c) Av e Ai

Prof. Eng Esp. J .F.ZANON

- 32 -

FACULDADE DE ENGENHARIA - APOSTILA DE ELETRNICA II

15) Para o circuito da figura 14, calcular Av e Ai.

16) Para a configurao com realimentao no coletor da figura 15: a) determinar re b) calcular Zi e Zo c) calcular Av e Ai

Prof. Eng Esp. J .F.ZANON

- 33 -

FACULDADE DE ENGENHARIA - APOSTILA DE ELETRNICA II 17) Dados os valores de re = 10, = 200, Av = - 160 e Ai = 19, para o circuito da figura 16, determinar RC , RF e Vcc.

18) Para o circuito da figura 17: a) Deduza a equao aproximada para Av b) Deduza a equao aproximada para Ai c) Deduza a equao aproximada para Zo eZi d) Dados RC = 2,2k, RF = 120k, RE = 1,2k, = 90 e Vcc = 10V, calcule a amplitude de Av, Ai, Zi e Zo, usando as equaes deduzidas nos itens (a),(b) e (c).

19) Para o circuito da figura 18, determinar: a) Zi e Zo b) Av e Ai

Prof. Eng Esp. J .F.ZANON

- 34 -

FACULDADE DE ENGENHARIA - APOSTILA DE ELETRNICA II

20) Para o circuito da figura 19, calcular: a) Zi e Zo b) Av e Ai

21) Projetar um pr-amplificador de udio para amplificar a potncia de um captador magntico de violo. A sada deste pr-amplificador ser ligada a outro amplificador de maior potncia, cuja impedncia de entrada de 2k. Para a polarizao do transistor, utilizar uma fonte de 12VCC. Sabendo-se que VCEQ=5V, ICQ=2mA, VBEQ= 0,7V, VRE= 1,2V e IB2= 38,5A, determine os ganhos de tenso, corrente e potncia do pr-amplificador

Prof. Eng Esp. J .F.ZANON

- 35 -

FACULDADE DE ENGENHARIA - APOSTILA DE ELETRNICA II

22) Projetar um amplificador seguidor de emissor para reduzir a impedncia de sada de um pr-amplificador de udio de baixa potncia, sabendo-se que o alto-falante a ser ligado em sua sada tem impedncia de 16. Utilizar uma fonte de alimentao de 12V e o transistor cujos parmetros so: ICQ=10mA, VCEQ=5V e VEBQ=0,7V

23) Descreva as caractersticas, quanto ao ganho de corrente e ganho de tenso, das seguintes configuraes: a) EC com polarizao fixa b) EC com polarizao por divisor de tenso c) EC com polarizao do emissor d) CC (seguidor de emissor) e) BC f) EC com realimentao do coletor g) EC com realimentao CC do coletor 24) Determine a expresso para o ganho em tenso Vo/Vi e a

Prof. Eng Esp. J .F.ZANON

- 36 -

FACULDADE DE ENGENHARIA - APOSTILA DE ELETRNICA II impedncia de entrada para o circuito do amplificador mostrado na figura a seguir.

25) No circuito da figura abaixo considere o transistor com = 250, VBE = 600 mV e Vi = 10 mV. Determine: (a) O valor de Av (b) O valor de Vo

26) O circuito a seguir utilizado para amplificar sinais de um microfone para um alto falante com impedncia de 8 . Determine o ganho do amplificador considerando que N1=300 espiras e N2=10

Prof. Eng Esp. J .F.ZANON

- 37 -

FACULDADE DE ENGENHARIA - APOSTILA DE ELETRNICA II espiras. Considere que a tenso no emissor do transistor de 1V e que o transistor possui = 250, e opera com VBE = 0,83V.

27) Expresse o ganho do amplificador mostrador na figura abaixo em dB e escreva a expresso para Vo(t), com valores. Considere Vi(t) = 1mVSin2ft. Determine a impedncia de entrada do amplificador.

28) Na configurao Darlington Complementar, determine o equivalente. Dados: = 100, IC = 3mA e VBE = 0,7V

Prof. Eng Esp. J .F.ZANON

- 38 -

FACULDADE DE ENGENHARIA - APOSTILA DE ELETRNICA II

29) Projete o amplificador a seguir para um ganho de tenso de 40 dB.

30) Apresente o modelo AC para o circuito mostrado na figura a seguir. Escreva a expresso da reta de carga e assinale os valores no grfico IC x VCE mostrado a seguir. Determine todas as tenses e correntes de polarizao [base, coletor e emissor]. Determine a potncia de dissipao do transistor PD, o ganho em tenso Vo/Vi, a impedncia de entrada Zi e a freqncia de corte. Considere e =200. VBE=0,68V

Prof. Eng Esp. J .F.ZANON

- 39 -

FACULDADE DE ENGENHARIA - APOSTILA DE ELETRNICA II

31) Determine o ganho em tenso do amplificador a seguir e a potncia de dissipao no transistor. Determine o valor da tenso e da corrente na base do transistor, como tambm a impedncia de entrada do amplificador. Considere = 200.

Prof. Eng Esp. J .F.ZANON

- 40 -

FACULDADE DE ENGENHARIA - APOSTILA DE ELETRNICA II

32) Determinar a impedncia de entrada (RIN) dos circuitos mostrados na figura abaixo:

33) Determinar a impedncia de sada (Rout) dos circuitos mostrados na figura abaixo:

Prof. Eng Esp. J .F.ZANON

- 41 -

FACULDADE DE ENGENHARIA - APOSTILA DE ELETRNICA II

34) Determinar a impedncia de entrada (RIN) dos circuitos mostrados na figura abaixo:

35) Considerando os circuitos apresentados na figura abaixo com =100, calcular: a) o valor de re para ambos os circuitos, Prof. Eng Esp. J .F.ZANON

- 42 -

FACULDADE DE ENGENHARIA - APOSTILA DE ELETRNICA II b) o valor de VO se Vi=1mV, para o circuito (a) c) o valor de VO se Vi=2mV, para o circuito (b) d) os valores mnimos e mximos para o ganho de tenso, sabendo que os resistores de polarizao tm tolerncia de 5%.

(a) (b) 36) Dado o circuito abaixo, determinar: a) o valor da tenso de sada VO, se =125 e a tenso da fonte Vi= 5mV b) a impedncia de entrada e a tenso de sada, se =175 e a tenso da fonte for 1mV

37) Dado o circuito abaixo, calcular: a) o valor da tenso de sada, se = 200 e a tenso da fonte for de 2,5mV.

Prof. Eng Esp. J .F.ZANON

- 43 -

FACULDADE DE ENGENHARIA - APOSTILA DE ELETRNICA II

38) No circuito da figura abaixo, calcular o valor da tenso de sada, se a tenso do gerador for de 1mV. ( = 160)

39) Dado o circuito a seguir, determinar: a) VB, VE, VC, IE, IC e IB, considerando = 160, b) o valor da tenso de sada para um =125.

Prof. Eng Esp. J .F.ZANON

- 44 -

FACULDADE DE ENGENHARIA - APOSTILA DE ELETRNICA II

40) Dado o circuito a seguir, determinar: a) VB, VE, VC, IE, IC e IB, considerando = 80, para cada transistor b) sua reta de carga e o ponto do quiescente, sabendo-se que =80,

41) No circuito da figura a seguir, calcular: a) VB, VE, VC, IE, IC e IB, considerando = 80, para cada transistor, b) o valor da tenso de sada, admitindo que para o primeiro transistor =150 e para o segundo =90.

Prof. Eng Esp. J .F.ZANON

- 45 -

FACULDADE DE ENGENHARIA - APOSTILA DE ELETRNICA II

42) No circuito da figura a seguir, calcular: a) VB, VE, VC, IE, IC e IB, considerando = 115, para cada transistor, b) o valor da tenso de sada, admitindo que para o primeiro transistor =250 e para o segundo =200.

43) No circuito da figura a seguir, calcular VB, VE, VC, IE, IC, IB e o valor da tenso de sada considerando = 75.

Prof. Eng Esp. J .F.ZANON

- 46 -

FACULDADE DE ENGENHARIA - APOSTILA DE ELETRNICA II

CAPTULO 03 - RESPOSTA EM FREQUNCIA DE UM AMPLIFICADOR


3.1. Introduo A figura 01 abaixo mostrao diagrama de BODE, que uma reposta de freqncia de um amplificador. Esse grfico nos mostra a tenso de sada de um amplificador em funo da freqncia. Em baixas freqncias a tenso de sada diminui por causa dos capacitores de acoplamento e de desvio (bypass). Em altas freqncias a tenso de sada diminui em funo da capacitncia do transistor e da capacitncia parasita da fiao. Essas capacitncias indesejveis proporcionam rotas de desvio para o sinal CA evitando que ele chegue ao resistor de carga. P isso a tenso de sada diminui quando a freqncia muito alta.

A faixa de freqncia mdia, o amplificador produz uma tenso mxima de sada Vmx. Essa banda de freqncia representa as freqncias onde aparecem apenas resistncias no circuito equivalente CA do amplificador. Supe-se que nessa faixa mdia de freqncia que o amplificador trabalha. As freqncias acima e abaixo dessa faixa mdia so evitadas nas maiorias das aplicaes. As freqncias crticas De um amplificador so as freqncias em que a tenso de sada 0,707 de Vmx. Normalmente um amplificador tem duas freqncias crticas f1 e f2. Os capacitores de acoplamento e de desvio so responsveis pela freqncia inferior f1. as capacitncias do transistor e parasitas da fiao so responsveis pela freqncia superior f2. A faixa mdia de freqncias chamada de banda mdia. Essa faixa onde a sada do amplificador mxima. Na figura acima, a banda mdia a banda de freqncia entre 10f1 e 0,1f2. Nessa faixa o amplificador produz a mxima

Prof. Eng Esp. J .F.ZANON

- 47 -

FACULDADE DE ENGENHARIA - APOSTILA DE ELETRNICA II tenso de sada. A banda mdia onde se supe que um amplificador esteja operando. O que precisa saber a respeito da resposta de freqncia so as freqncias crticas f1 e f2, j estudadas no capitulo 01, pois atravs delas que pode-se calcular a banda mdia de freqncia de um amplificador. 3.2. Capacitor de acoplamento de entrada O circuito de acoplamento da figura 02(a) um dos motivos para a diminuio na tenso de sada de um amplificador em baixas freqncias. A reatncia capacitiva dada por:

XC = 1 / 2 f C
Em freqncias muito baixas a reatncia capacitiva tende a infinito. Em freqncias muito altas, a reatncia capacitiva se aproxima de zero. Enquanto variamos a freqncia do gerador na figura 02 (a), a tenso de sada varia devido ao capacitor de acoplamento. A figura 02 (b) mostra a resposta de freqncia do circuito de acoplamento. Na freqncia zero a tenso de sada zero. A medida que a freqncia aumenta, a tenso de sada aumenta. Quando a freqncia suficientemente alta, a tenso de sada do circuito de acoplamento se aproxima de seu valor mximo, como mostra a figura.

3.3. Capacitor de acoplamento de sada O capacitor de sada tem efeito similar ao de entrada. Para obter a freqncia crtica do circuito de acoplamento de sada, precisa-se utilizar a impedncia de sada do amplificador em vez da impedncia de entrada, mas o efeito sobre a tenso de sada o mesmo. Prof. Eng Esp. J .F.ZANON - 48 -

FACULDADE DE ENGENHARIA - APOSTILA DE ELETRNICA II 3.4. Capacitor de desvio do emissor A figura 03 mostra um circuito de desvio. Enquanto se varia freqncia do gerador, a tenso de sada varia devido ao capacitor de desvio. Na figura 03 (c) mostrada a resposta de freqncia do circuito de desvio. Em baixa freqncia, a tenso de sada mxima. Em altas freqncias a tenso de sada se aproxima de zero. Novamente a freqncia superior crtica ocorre onde a tenso de sada 0.707 do Vmx.

Na banda mdia do amplificador, o emissor est no terra CA e a tenso de sada mxima como mostra a figura 04. medida que a freqncia diminui a freqncia crtica, a tenso de sada diminui para 70,7% da tenso mxima. Isto ocorre porque o emissor no est mais aterrado para CA, ento reaparece a realimentao negativa. media em que a freqncia diminui ainda mais, a realimentao negativa aumenta e isso reduz mais ainda a tenso de sada. Para uma operao normal, necessrio que o amplificador opere numa freqncia pelo menos 10 vezes a freqncia crtica.

Prof. Eng Esp. J .F.ZANON

- 49 -

FACULDADE DE ENGENHARIA - APOSTILA DE ELETRNICA II

3.5. Circuito de desvio (bypass) do coletor A capacitncia parasita de fiao indesejvel, pois produz efeitos capacitivos que causam quedas na amplificao em sinais variveis de alta freqncia. Ela ocorre devido a fios de ligao ou trilhas de circuitos impressos muito prximas e longas. Ela muito mais acentuada e intrnseca ao prprio transistor. Suponha que a barreira entre o emissor e base produza uma capacitncia interna simbolizada por Ce. Do mesmo modo, a barreira entre a base e o coletor tem uma capacitncia simbolizada por Cc. Como essas capacitncias internas so muito pequenas, elas tm um pequeno efeito em freqncias abaixo de 100kHz. Porm, quando se tm freqncias acima desse valor, se faz necessrio levar em conta essas capacitncias internas. A Figura 05 (a) mostra um amplificador EC com Cc e Cstray ( stray= parasita). As linhas tracejadas simbolizam o fato delas serem invisveis. Essas capacitncias indesejveis so em picofarads, portanto elas no tm efeito em baixas freqncias, porm, em altas freqncias, a reatncia gerada por elas se torna pequena o suficiente para produzir um caminho de ligao terra, isto , tornam-se um caminho de desvio indesejado para aterrar o sinal CA, curto-circuitando a sada e a amplificao se torna intil. A Figura 05(b) mostra o circuito equivalente (modelo re) na sada do coletor do transistor. Assim como funciona o circuito quando opera em banda mdia. Como o capacitor de acoplamento de sada curto-circuitado pela sinal CA, RC est em paralelo com RL. Nota-se que as duas capacitncias parasitas esto em paralelo com RL. Se a reatncia capacitiva desses capacitores for pequena, a corrente CA do coletor ser desviada para terra e diminuir a corrente da carga, provocando uma queda de tenso de sada.

Prof. Eng Esp. J .F.ZANON

- 50 -

FACULDADE DE ENGENHARIA - APOSTILA DE ELETRNICA II A freqncia crtica do circuito do coletor dever ser determinada da seguinte maneira: Aplicando o circuito equivalente de Thvenin visto pelos dois capacitores, obtem-se: Resistncia:

rth = RC // RL C = Cc + Cstray

Capacitncia:

Assim o circuito de desvio do coletor mostrado na figura 05(c), ou seja, para altas freqncias o circuito de sada do transistor funciona como um circuito desvio com um R e um C.

3.6. Teorema de MILLER A Figura 06 mostra um amplificador com um capacitor entre os terminais de entrada e de sada. Esse capacitor chamado de capacitor de realimentao, porque o sinal de amplificado levado de volta a entrada como mostra a Figura 06(a). Quando o ganho de tenso na banda mdia (A) grande pode alterar o funcionamento do amplificador. Devido a dificuldade de anlise desse circuito, onde o capacitor pertence tanto entrada como sada, utiliza-se um atalho para determinar o efeito do capacitor de realimentao.

Prof. Eng Esp. J .F.ZANON

- 51 -

FACULDADE DE ENGENHARIA - APOSTILA DE ELETRNICA II Esse atalho fornecido pelo teorema de MILLER, onde o circuito original pode ser substitudo pelo circuito equivalente da Figura 06(b), transformando o capacitor de realimentao em dois capacitores: de entrada Cin e de sada Cout .

Cin = C (A+1) Cout = C(A+1)/A


A vantagem de utilizar o teorema de MILLER que ele separa o capacitor de realimentao em dois e estas equaes so vlidas para todos os amplificadores inversores tais como EC e EC linearizado.

3.6. Anlise de amplificadores bipolares em alta freqncia a) Circuito de desvio (bypass) de base indesejado A Figura 07 mostra um gerador de sinal VG com uma resistncia RG acionando um amplificador EC. Na figura 07(b) mostra o circuito equivalente CA na banda mdia do amplificador. A resistncia rg a resistncia CA de Thvenin vista pela base.

rg = R1 // R2 // RG
A resistncia rC a resistncia CA vista pelo coletor. Prof. Eng Esp. J .F.ZANON - 52 -

FACULDADE DE ENGENHARIA - APOSTILA DE ELETRNICA II

rC = RC // RL
Na banda mdia do amplificador, no h efeitos capacitivos. Abaixo da banda mdia os capacitores de acoplamento e de desvio do emissor diminuem a tenso de sada. Acima da banda mdia, as capacitncias do transistor e as capacitncias parasitas da fiao diminuem a tenso de sada. A figura 07(c) mostra o circuito equivalente CA acima da banda mdia do amplificador, onde Ce a capacitncia entre a base e o emissor e Cc um capacitor de realimentao, pois ele est conectado entre a base e o coletor. Observa-se tambm, rb que a resistncia da regio da base, no considerada anteriormente por ter um pequeno efeito na banda mdia. Porm ela deve ser includa nessa anlise porque tem um efeito grande acima da banda mdia.

Para determinar a freqncia crtica de um amplificador bipolar, temos que identificar os circuitos de derivao indesejveis tanto na base como no coletor. O primeiro passo obter as duas capacitncias de MILLER. O ganho de tenso na banda mdia da base para o coletor :

A = rc / re

Prof. Eng Esp. J .F.ZANON

- 53 -

FACULDADE DE ENGENHARIA - APOSTILA DE ELETRNICA II

Capacitncia de entrada: Capacitncia de sada: Capacitncia total:

Cin = Cc [ (rc / re) + 1] Cout = Cc C = Ce + Cc [ ( rc / re) + 1]

Resistncia total de Thvenin, vista pela capacitncia de base:

R = ( rg + rb ) // re
Na Figura 07(c), o circuito de desvio da base tem uma freqncia crtica de:

Fc = 1 / 2. R.C
b) Circuito de desvio (bypass) indesejado do coletor Observando o circuito do coletor da Figura 08(c), a resistncia de Thvenin, do desvio do coletor ser:

R = rc
A capacitncia ser:

C = Cc + Cstray
A freqncia crtica do circuito de desvio ser calculada por:

fc = 1 / 2.R.C
3.7. Resposta de freqncia total Diante do exposto, chega-se a concluso de que a diminuio na tenso de sada gradual medida que a freqncia se desloca para fora da banda mdia, Por isso, o amplificador ainda pode proporcionar um ganho de tenso utilizvel fora da banda mdia, cujo clculo geral :

Vout = Vmx / [ 1 + (f1/f2)2]1/2 . [ 1 +( f/f2)2]1/2

Prof. Eng Esp. J .F.ZANON

- 54 -

FACULDADE DE ENGENHARIA - APOSTILA DE ELETRNICA II

Abaixo da banda mdia: Acima da banda mdia: Na banda mdia:

Vout = Vmx / [ 1+ (f1 / f)2]1/2

Vout = Vmx / [ 1 + (f / f2)2]1/2 Vout = Vmx

Prof. Eng Esp. J .F.ZANON

- 55 -

FACULDADE DE ENGENHARIA - APOSTILA DE ELETRNICA II EXERCCIOS - CAPTULO 03: RESPOSTA EM FREQUNCIA DO TBJ 1) Identifique a funo dos capacitores C1, C2 e C3 no circuito da figura abaixo.

2) Um amplificador possui duas freqncias crticas: f1 = 250Hz e f2 = 5MHz, Qual a banda mdia do amplificador? 3) As duas freqncias crticas de um amplificador so: f1 = 127Hz e f2 = 2,45MHz. Qual a banda mdia do amplificador? Se a tenso de sada for224mV na banda mdia, qual ser a tenso de sada em cada freqncia crtica? 4) Se = 100 na figura abaixo. Qual a freqncia crtica do circuito de acoplamento de entrada?

5) Qual a freqncia crtica do circuito de acoplamento de entrada para o amplificador da figura acima se = 300? E se = 50? 6) Para o amplificador da figura abaixo, se = 100, qual a freqncia crtica do circuito de acoplamento de entrada?

Prof. Eng Esp. J .F.ZANON

- 56 -

FACULDADE DE ENGENHARIA - APOSTILA DE ELETRNICA II

7) Qual a freqncia crtica do circuito de acoplamento de entrada do amplificador da figura do exerccio 5 se = 300? E se = 50? 8) Qual a freqncia crtica do circuito de acoplamento de sada na figura abaixo?

9) Calcular a freqncia crtica do circuito de acoplamento de sada para = 100 da figura abaixo.

Prof. Eng Esp. J .F.ZANON

- 57 -

FACULDADE DE ENGENHARIA - APOSTILA DE ELETRNICA II 10) Repita o exerccio 8 para = 50 e = 300. 11) Se = 100 do amplificador do exerccio 3, qual a freqncia crtica do circuito de desvio do emissor? 12) Repita o exerccio 10 para = 50 e = 300. 13) Se = 150 no amplificador do exerccio 3, quais so as freqncias crticas? Qual a menor freqncia da banda mdia desse amplificador? 14) No amplificador da figura do exerccio 8, todos os capacitores tm seu valor multiplicado por 10. Qual a menor freqncia da banda mdia do mesmo para = 200? 15) Dado o circuito abaixo Cc = 6pF. Qual a freqncia crtica do circuito de desvio do coletor se Cstray = 15pF?

16) Se Cc = 3pF e Cstray = 7pF no circuito amplificador acima, qual a freqncia crtica do circuito de desvio do coletor? 17) No circuito amplificador do exerccio14, se Ce = 4 pF e Cstray = 10pF.Qual a freqncia crtica do circuito de desvio do coletor? O que aconteceria com a freqncia crtica se todas as resistncias fossem multiplicadas por 10? E se todas as resistncias fossem dividas por 10? 18) Na figura abaixo, A = 200 e C = 5pF. Qual a capacitncia de MILLER de entrada e de sada do amplificador?

19) Se A = 10.000 e C = 100pF no circuito amplificador da figura acima, qual a capacitncia de MILLER de entrada e de sada do mesmo?

Prof. Eng Esp. J .F.ZANON

- 58 -

FACULDADE DE ENGENHARIA - APOSTILA DE ELETRNICA II 20) A capacitncia de MILLER de entrada do amplificador da figura do exerccio17gera um desvio na entrada.Se A = 300 e C = 10pF, qual seria a freqncia crtica desse circuito de desvio? 21) Um amplificador de udio tem f1 = 12Hz e f2 = 15kHz. Qual ser o ganho de tenso quando f = 20Hz e f = 20kHz? 22) Um amplificador possui uma freqncia crtica superior f2 = 100kHz. Admita que no exista outros circuitos de desvio. Se o amplificador tiver um ganho de tenso de 100 na banda mdia, qual seria o ganho de tenso a 200kHZ, 400kHz, 1MHz e 10MHz? 23) Dado o amplificador abaixo, determinar a sua freqncia de corte ou crtica superior. Dados: = 600, ICQ=2mA, CC= 2,5pF

24) Dado o circuito abaixo, determinar: a) o valor da tenso de sada se cada transistor tem = 100 ea fonte do gerador for de 10V, b) o valor da tenso de sada se o primeiro transistor tem um =125 e o segundo um =90, sabendo-se que a tenso de entrada de 15V. c)os valores mnimos de C1, C2 e C3 para obter-se um acoplamento ideal para as frequncias superiores a 20Hz, sabendo-se que cada transistor tem um =125

Prof. Eng Esp. J .F.ZANON

- 59 -

FACULDADE DE ENGENHARIA - APOSTILA DE ELETRNICA II 25) Se = 175 no circuito da figura abaixo, calcular o valor da freqncia crtica ou de quina devido aos capacitores de acoplamento e de derivao e o valor da freqncia inferior da banda mdia

26) Se = 120 e Rs= 1k no circuito da figura a seguir, determinar o valor da freqncia crtica e o valor da freqncia inferior da banda mdia

27) Para o circuito da figura, calcular os valor da frequncia crtica inferior e superior do amplificador, sabendo-se que = 20, re = 1 a freqncia total de 500MHz, CC = 2pF e Cstray = 100pF.

Prof. Eng Esp. J .F.ZANON

- 60 -

FACULDADE DE ENGENHARIA - APOSTILA DE ELETRNICA II

28) Esboce o diagrama de Bode para o circuito do exerccio anterior. 29) Um amplificador tem uma entrada de 15 mW e uma sada de 2,4W. Qual o ganho de potncia em decibel? 30) Que potncia em watts representa 54 dB?

Prof. Eng Esp. J .F.ZANON

- 61 -

FACULDADE DE ENGENHARIA - APOSTILA DE ELETRNICA II

CAPTULO 04 AMPLIFICADORES DE POTNCIA


Existem vrias formas de se amplificar a potncia de um sinal, incluindo eventualmente, at modificaes no processo de polarizao de um transistor, principalmente daqueles que operam em faixas de tenso e corrente bem maiores , de modo a se conseguir o mximo de rendimento possvel. Alm disso, um amplificador transistorizado completo formado por vrios estgios ligados em cascata, aumentando muito o ganho total. 4.1. Amplificadores em cascata A figura 1 mostra um amplificador emissor comum ligado em cascata com um amplificador coletor comum atravs de acoplamento capacitivo (C2).

Figura 1 4.2. Acoplamento entre amplificadores: a) Acoplamento capacitivo:

Figura 2 Prof. Eng Esp. J .F.ZANON - 62 -

FACULDADE DE ENGENHARIA - APOSTILA DE ELETRNICA II Vantagens: Baixo custo; Bom para baixas freqncias. Desvantagens: Dificulta o casamento de impedncia; Limita a freqncia de corte inferior. b) Acoplamento por transformador Substituindo-se a sada ou o resistor de coletor de um estgio pelo enrolamento primrio de um transformador, e fazendo-se a ligao do ponto entre os resistores de base e a base do transistor do estgio seguinte por transformador mostrado na figura 3. Como os enrolamentos (indutores) so curto-circuitados para sinais CC, eles no afetam o ponto de polarizao dos transistores. O transformador isola totalmente o nvel CC de um estgio a outro, a polarizao dos transistores totalmente individualizada. Apenas os sinais CA so transferidos para o estgio seguinte.

Figura 3 O acoplamento por transformador permite um timo casamento de impedncia entre estgios, ou entre o estgio de sada e a carga atravs da relao entre o nmero de espiras do primrio e do secundrio, melhorando o desempenho (ganho de potncia final) do amplificador.

Figura 4 Vantagens: Perfeito isolamento eltrico entre estgios; timo casamento de impedncias entre estgios;

Prof. Eng Esp. J .F.ZANON

- 63 -

FACULDADE DE ENGENHARIA - APOSTILA DE ELETRNICA II Tamanhos reduzidos, mais leves e mais baratos para as faixas de RF. Desvantagens: Limita a freqncia de corte inferior; Muito grandes, mais pesados e mais caros para baixas freqncias; No-linearidade na resposta em frequncia devido no linearidade do ncleo magntico. c) Acoplamento direto: Neste caso, a polarizao de um estgio est vinculada diretamente s polarizaes dos seus estgios anterior e posterior. Eliminando alguns resistores de polarizao, reduzindo o nmero de dispositivos do circuito, conforme mostra a figura 5. O fato de o segundo estgio no possuir o divisor de tenso na base, torna sua impedncia de entrada maior, fazendo com que praticamente toda a tenso CA na sada do primeiro estgio seja transferida para a entrada do segundo, porm, com reduo da corrente CA de entrada. No havendo capacitores de acoplamento, a freqncia de corte inferior fica limitada apenas pelo capacitor de desvio de emissor. Caso este no seja utilizado, a freqncia de corte inferior passa a ser zero.

Figura 5 Vantagens: No usa dispositivos de acoplamento; Reduo do nmero de resistores de polarizao; Bom para baixas freqncias. Desvantagens: Dificulta o casamento de impedncias entre estgios; Aumenta a instabilidade do ponto quiescente transistores.

dos

d) Conexo Darlington: A conexo Darlington uma forma de acoplamento direto entre dois transistores, muito utilizada, conforme mostra a figura 6.

Prof. Eng Esp. J .F.ZANON

- 64 -

FACULDADE DE ENGENHARIA - APOSTILA DE ELETRNICA II

Figura 6 O ganho de corrente em uma conexo Darlington ser dado por:

= 1 . 2
Comercialmente, so encontrados transistores em conexo Darlington num nico encapsulamento, facilitando a sua utilizao em diversas aplicaes prticas. 4.4. Classes de amplificadores de potncia a) Amplificadores classe A classificado como classe A, o amplificador cujo transistor est polarizado com o ponto quiescente no meio da reta de carga, oscilando somente na regio linear da curva do transistor. Ele trabalha o tempo todo na regio ativa.

Figura 7 Ao descobrirmos a mxima tenso e potncia que ele pode fornecer carga, atravs dos seus parmetros de ganho e impedncia, poderemos Prof. Eng Esp. J .F.ZANON

- 65 -

FACULDADE DE ENGENHARIA - APOSTILA DE ELETRNICA II definir qual o maior sinal que pode ser aplicado sua entrada, de forma que a sua amplificao acontea com o maior rendimento possvel sem distoro. TENSO MXIMA NA CARGA Para efeito de anlise do desempenho deste amplificador, necessrio determinar qual a mxima tenso de pico na carga sem que haja o corte ou a saturao do transistor, caso contrrio haveria distoro do sinal. Como para sinais CA a resistncia de coletor est em paralelo com a carga RL, ser considerada a carga equivalente RL= RC/RL, como mostra o circuito da figura 8, no qual a etapa de entrada do amplificador foi substituda por seu equivalente Thvenin, apenas por simplicidade.

Figura 8 Estando o ponto quiescente no meio da reta de carga, a amplitude mxima de pico a pico do sinal na carga (VLM) limitada por ICQ ou por VCE, para que o transistor no corte e no sature, ou seja, dada pelo menor entre esses dois valores:

Figura 9 Em geral, a expresso (I) menor que a (II), devido presena da carga RL em paralelo com RC.

Prof. Eng Esp. J .F.ZANON

- 66 -

FACULDADE DE ENGENHARIA - APOSTILA DE ELETRNICA II POTNCIA MXIMA DA CARGA RL A potncia mxima fornecida carga (PLM), em valor eficaz, pode ser calculada por: PLM=VLM2 / 8.RL Caso a carga RL tenha um valor muito alto, a expresso (I) se aproxima de (II), sendo a amplitude mxima de pico a pico da corrente e tenso na carga:

VLM= 2.VCEQ= VCC PLM= (VCC.ICQ)/ 4

ICmx= 2.ICQ

Assim sendo haver o maior rendimento do amplificador, pois, a mxima potncia possvel na sada do mesmo, em valor eficaz, calculada da seguinte forma:

POTNCIA MXIMA DISSIPADA PELO TRANSISTOR A potncia mxima dissipada pelo transistor a potncia quiescente dissipada por seu coletor:

PCM= (VCC.ICQ) / 2

PCM= 2.PLM

Essa potncia deve ser necessariamente menor que o valor PCmx fornecido pelo manual do fabricante do transistor. Isto significa que a potncia dissipada pelo transistor no mnimo duas vezes maior que a potncia mxima possvel na sada do amplificador, o que mostra que o amplificador classe A consome a maior parte da potncia na manuteno do ponto quiescente, e no no sinal CA amplificado na carga, consequentemente seu rendimento extremamente baixo. POTNCIA FORNECIDA PELA FONTE DE ALIMENTAO A fonte de alimentao VCC fornece ao amplificador a corrente de coletor quiescente ICQ e a corrente para o divisor de tenso na base do transistor ser desprezada. Sendo assim a potncia fornecida pela fonte de alimentao pode ser calculada da seguinte maneira:

PF= VCC.ICQ
RENDIMENTO DO AMPLIFICADOR O rendimento do amplificador a relao percentual entre a potncia fornecida pelo amplificador carga e a potncia fornecida pela fonte de alimentao ao amplificador:

= (PLM/PF).100 ={[(VCC.ICQ)/4] / (VCC.ICQ)}.100= 25%


Isto prova que o rendimento do amplificador classe A muito baixo.

b) Amplificador classe B

Prof. Eng Esp. J .F.ZANON

- 67 -

FACULDADE DE ENGENHARIA - APOSTILA DE ELETRNICA II O amplificador classe B aquele que trabalha com o ponto quiescente prximo regio de corte. /ele amplifica somente um semiciclo do sinal CA, conforme mostra a figura 10.

Figura 10 Com isso, a corrente quiescente de coletor muito pequena, fazendo com que o transistor dissipe menos potncia, reduzindo tambm o consumo da fonte de alimentao na ausncia de sinal CA. O resultado um aumento no rendimento do amplificador. Esse aumento no rendimento no s devido ao menor consumo de corrente da fonte de alimentao, mas tambm pelo fato de o semiciclo a ser amplificado ter a possibilidade de uma excurso muito maior, j que o ponto quiescente encontra-se prximo ao corte. Por outro lado, a amplificao de apenas metade do sinal no adequada. Por isso, o amplificador classe B montado num arranjo denominado push-pull (empurra-puxa), que utiliza dois transistores complementares, um NPN e outro PNP, de tal forma que um amplifica o semiciclo positivo e o outro amplifica o semiciclo negativo, como o circuito da figura 11.

Prof. Eng Esp. J .F.ZANON

- 68 -

FACULDADE DE ENGENHARIA - APOSTILA DE ELETRNICA II

Figura 11 So dois transistores montados na configurao seguidor de emissor e, portanto, com ganhos de tenso unitrios. importante que os transistores tenham caractersticas muito prximas, de modo que atuem de forma igual nos dois semiciclos. Sendo os transistores complementares, o gerador de entrada enxergar sempre o mesmo circuito, qualquer que seja o semiciclo que ele esteja aplicando na entrada. Por isso, os principais parmetros deste amplificador podem ser calculados da seguinte forma:

ZE=(re+RL) ZST= ZS = re + ( RIG//RB1//RB2) /

ZET= RB1//RB2//ZE AVT= RL/(re+RL)

TENSO MXIMA NA CARGA Os resistores de polarizao da base so iguais para os dois transistores. Portanto, a tenso em cada um a metade da tenso de alimentao (VCEQ= VCC/2). Como o ponto quiescente est prximo do corte, a amplitude mxima de pico a pico (VLM) do sinal na carga VCEQ.

VLM= 2. VCEQ = VCC


DISTORO DE TRANSIO (CROSS-OVER) Este amplificador impe ao sinal CA uma distoro na transio de um semiciclo a outro, devido tenso de conduo da juno baseemissor (VBEQ=0,7V), conforme mostra a figura 12.

Prof. Eng Esp. J .F.ZANON

- 69 -

FACULDADE DE ENGENHARIA - APOSTILA DE ELETRNICA II

Figura 12 Esta distoro maior para sinais de amplitudes menores. Se o sinal de entrada tiver amplitude de pico menor que VBE, ele simplesmente no passa pelos transistores, j que os mesmos no entram em conduo. A soluo est na polarizao dos transistores um pouco acima da regio de corte, dando origem aos chamados amplificadores classe AB. c) Amplificador classe AB No amplificador classe AB, o ponto de operao est numa regio intermediria do centro da reta de carga (classe A) ao ponto de corte (classe B). No caso de uma excitao senoidal, o amplificador atua em mais do que meio ciclo, mas no no ciclo completo. A polarizao dos transistores um pouco acima da regio de corte nos amplificadores push-pull deve garantir que no ocorra a distoro na transio. Para isso, tem-se duas possibilidades: 1) Utilizar um divisor resistivo na base de modo que no ponto quiescente os transistores estejam prximo do ponto de conduo (VBE=0,7V), conforme a figura 13.a. 2) Substituir os resistores RB2 entre as bases por dois diodos de silcio para fazer a polarizao, como no circuito da figura 13.b. a vantagem dos diodos que eles tm a mesma tenso de conduo da juno baseemissor, o que assegura uma polarizao correta para os transistores.

Prof. Eng Esp. J .F.ZANON

- 70 -

FACULDADE DE ENGENHARIA - APOSTILA DE ELETRNICA II

Figura 13 TENSO MXIMA NA CARGA Neste amplificador, a amplitude mxima de pico a pico do sinal na carga (VLM) vale:

VLM= 2.VCEQ=VCC
POTNCIA MXIMA NA CARGA RL A potncia mxima fornecida carga (PLM), em valor eficaz, pode ser calculada por: PLM= VLM2/8.RL = VCEQ2/2.RL = VCC2/ 8.RL POTNCIA MXIMA DISSIPADA PELO TRANSISTOR Cada transistor neste amplificador conduz apenas em um semiciclo, atuando como se fosse um retificador de meia onda. Assim, a corrente que passa pelo coletor de cada um deles a metade da corrente na carga, cujo valor de pico a pico ILM=VCC/RL. Desta forma, o clculo da potncia feito atravs do valor mdio da tenso e corrente aplicado em seu coletor. Como j foi visto anteriormente, o valor mdio de um sinal de meia onda dado por: valor de pico/. Assim, tem-se que a potncia mxima dissipada por cada transistor vale: PCM= VCC2 / 42.RL Essa potncia deve ser necessariamente menor que o valor PCmx fornecido pelo manual do fabricante. A potncia dissipada pelo transistor cinco vezes menor que a potncia mxima possvel de sada do amplificador, o que mostra que o

Prof. Eng Esp. J .F.ZANON

- 71 -

FACULDADE DE ENGENHARIA - APOSTILA DE ELETRNICA II amplificador classe AB consome muito menos potncia na manuteno do ponto quiescente. Portanto, o seu rendimento bastante elevado. POTNCIA FORNECIDA PELA FONTE DE ALIMENTAO A fonte de alimentao VCC fornece ao coletor do primeiro transistor uma corrente cujo valor mdio dado por VCC/ 2.RL, e ao divisor de tenso na base do transistor uma corrente que, por ser muito pequena face corrente de coletor, ser desprezada. Portanto, a potncia fornecida pela fonte de alimentao ao amplificador vale: PF= VCC2/ 2.RL RENDIMENTO DO AMPLIFICADOR O rendimento do amplificador classe AB muito elevado, pois a maior parte da potncia fornecida pela fonte de alimentao entregue carga atravs do sinal amplificado. O rendimento do amplificador pode ser calculado por meio da formula a seguir:

= (PLM/ PF) . 100


d) Amplificador classe C No amplificador classe C, o ponto de operao est situado dentro da regio de corte, de forma que o transistor conduza menos que um semiciclo, conforme mostra a figura 14.

Figura 14 Isto provoca uma distoro do sinal, que pode ser aproveitada para filtragem de um dos seus harmnicos atravs de um circuito ressonante. Todo sinal no senoidal peridico pode ser decomposto por uma somatria de infinitos sinais senoidais de vrias freqncias e amplitudes denominados harmnicos. AMPLIFICADOR SINTONIZADO O amplificador sintonizado uma das aplicaes do amplificador classe C. Ele possui um circuito ressonante de alto Q (fator de qualidade) no lugar do resistor de coletor, conforme figura 15.

Prof. Eng Esp. J .F.ZANON

- 72 -

FACULDADE DE ENGENHARIA - APOSTILA DE ELETRNICA II

Figura 15 Em geral, utiliza-se um circuito ressonante com Q maior que 10, o que garante uma banda de freqncia muito estreita. A freqncia de ressonncia fR, o fator de qualidade QL e a relao entre eles so dados por:

O funcionamento do circuito bastante simples. O amplificador classe C produz uma distoro no sinal senoidal de entrada, de forma que o mesmo passe a produzir harmnicos. O circuito ressonante sintonizado atravs do ajuste de C ou L na freqncia de um desses harmnicos, fazendo com que apenas ele seja amplificado e entregue carga de sada. Os demais harmnicos sofrem uma grande atenuao, em funo da banda de freqncia ser muito estreita. Desta forma, este amplificador funciona como um multiplicador de freqncias. O circuito ressonante do amplificador sintonizado pode ser formado tambm por um transformador de acoplamento com um capacitor em paralelo, conforme mostra a figura 16, garantindo assim tambm um perfeito casamento de impedncias com o estgio seguinte. O fato do amplificador sintonizado trabalhar numa faixa bastante estreita de freqncias, torna-o bastante eficiente.

Prof. Eng Esp. J .F.ZANON

- 73 -

FACULDADE DE ENGENHARIA - APOSTILA DE ELETRNICA II

Figura 16 TENSO MXIMA NA CARGA No amplificador classe C, como o ponto de operao est dentro da regio de corte, o sinal na carga ter uma amplitude mxima pico a pico de:

VLM= 2.VCEQ= 2.VCC


Observar que o circuito ressonante o responsvel por fazer com que a tenso de sada possa ter amplitude mxima de pico a pico igual ao dobro da tenso de alimentao. POTNCIA MXIMA NA CARGA RL A potncia mxima fornecida carga PLM, em valor eficaz, dada por:

PLM= VCC2/ 2.RL


POTNCIA MXIMA DISSIPADA PELO TRANSISTOR A carga equivalente do amplificador classe C, para sinais CA, a resistncia RP do indutor em paralelo com RL, ou seja, RL= RP//RL. PCM= VCC2/ 42.RL Por garantia, essa potncia deve ser necessariamente menor que a potncia PCmx fornecida pelo fabricante.

Prof. Eng Esp. J .F.ZANON

- 74 -

FACULDADE DE ENGENHARIA - APOSTILA DE ELETRNICA II POTNCIA DISSIPADA PELO INDUTOR A parte resistiva (RP) do indutor (bobina) dissipa uma potncia que vale:

PB= VCC2/ 2.RP


POTNCIA FORNECIDA PELA FONTE DE ALIMENTAO A potncia fornecida pela fonte de alimentao ao circuito a soma das potncias dissipadas pelo transistor, pelo indutor e pela carga.

PF= PCM + PB + PLM


RENDIMENTO DO AMPLIFICADOR

= (PLM/PF) . 100

Prof. Eng Esp. J .F.ZANON

- 75 -

FACULDADE DE ENGENHARIA - APOSTILA DE ELETRNICA II EXERCCIOS - CAPTULO 04: AMPLIFICADORES DE POTNCIA 1) Dado o circuito amplificador a seguir, determinar a tenso e a potncia mximas na carga e o rendimento do amplificador.

2) Dado o circuito amplificador classe AB abaixo, projetado com ICQ= 10mA, determinar a tenso e a potncia mximas na carga e o rendimento do amplificador.

3) Determine o valor de C e a banda de freqncia do amplificador sintonizado a seguir, para que ele amplifique apenas o harmnico correspondente ao dobro da frequncia do sinal de entrada, sabendo-se que o indutor tem QL= 40.

Prof. Eng Esp. J .F.ZANON

- 76 -

FACULDADE DE ENGENHARIA - APOSTILA DE ELETRNICA II

4) Considerando o amplificador sintonizado do exerccio anterior, determinar a tenso e a potncia mximas na carga, e seu rendimento, sabendo-se que o transistor dissipa uma potncia de 4mW. 5) Dado o amplificador a seguir, determine: a) Impedncias de entrada e sada do amplificador; b) Ganhos totais de tenso (com e sem carga); c) Tenso, corrente e potncia na carga; d) Ganhos totais de corrente e potncia.

6) Dado o amplificador abaixo, determine: a) Impedncias de entrada e sada do amplificador; b) Ganhos totais de tenso (com e sem carga); c) Tenso, corrente e potncia na carga; d) Ganhos totais de corrente e potncia.

Prof. Eng Esp. J .F.ZANON

- 77 -

FACULDADE DE ENGENHARIA - APOSTILA DE ELETRNICA II

7) Em relao aos tipos de acoplamento entre amplificadores, quais so os melhores para: a) Realizar casamento de impedncias; b) Operar em baixa frequncia; c) Operar em alta frequncia; d) Ter o menor custo. 8) Dois transistores esto conectados na configurao Darlington. Dadas as caractersticas individuais, determine qual deve ser o transistor de entrada e quais as caractersticas da conexo.

9) Considerando um amplificador Darlington seguidor de emissor com 1= 150 e 2= 50, sendo IEQ= 12mA, conforme a figura abaixo, determine os seus parmetros, bem como a corrente e a tenso na carga.

Prof. Eng Esp. J .F.ZANON

- 78 -

FACULDADE DE ENGENHARIA - APOSTILA DE ELETRNICA II

10) Dado o circuito amplificador a seguir, determine a tenso e a potncia mximas na carga e o rendimento do amplificador.

11) Considerando o amplificador do exerccio 1, determine a tenso e a potncia mximas na carga, o rendimento do amplificador e o valor VEG e VG para a mxima potncia de sada. 12) Dado o amplificador classe AB mostrado na figura abaixo, projetado com ICQ= 4,5mA, determine a tenso e a potncia mximas na carga, o rendimento do amplificador e o valor de VEG para a mxima potncia de sada.

Prof. Eng Esp. J .F.ZANON

- 79 -

FACULDADE DE ENGENHARIA - APOSTILA DE ELETRNICA II

13) Para o amplificador sintonizado da figura, deseja-se uma freqncia de ressonncia de 1MHz com banda de freqncia de 80kHz. Determine: a) O valor do capacitor C; b) O fator de qualidade do circuito; c) o fator de qualidade e valor da resistncia srie do indutor.

14) Considerando o amplificador sintonizado do exerccio 13, determine a tenso e a potncia mximas na carga, e seu rendimento, sabendo-se que o transistor dissipa uma potncia de 10mW. 15) Os amplificadores de udio usam o acoplamento do transformador entre o estgio final do amplificador e um altofalante para combinar as impedncias e a fim de evitar ter a corrente contnua do estado final circulando atravs da bobina do alto-falante. Deseja-se conectar um alto-falante de 8 a um amplificador com 8000. Determine a relao de espiras do transformador da sada.

Prof. Eng Esp. J .F.ZANON

- 80 -

FACULDADE DE ENGENHARIA - APOSTILA DE ELETRNICA II 16) Muitas vezes necessrio mais de um estgio amplificador para se conseguir o ganho desejado. Neste caso comum conectar-se a sada de um estgio amplificador como entrada para um outro estgio amplificador seguinte, conforme mostra a figura a seguir. a) Determine a expresso para o ganho em tenso Vo/Vi. b) Determine o ganho considerando que os transistores so iguais e possuem o mesmo ponto de polarizao quiescente.

17) Considere VBE = 0,7 V. Determine todas as correntes indicadas. -

Prof. Eng Esp. J .F.ZANON

- 81 -

FACULDADE DE ENGENHARIA - APOSTILA DE ELETRNICA II 18) Escreva a expresso para o ganho Vo/Vi . Qual a funo de cada um dos capacitores CB, CE e Co? Qual a funo do resistor RE2? Ele tem influencia no ganho do amplificador? E no ponto de polarizao? Justifique usando as equaes do circuito. Substitua o potencimetro RE2 por um sensor resistivo e sugira uma aplicao para este circuito.

19) Basicamente, um amplificador sintonizado pode ser considerado como um amplificador cuja carga um filtro passa-faixa. Normalmente o filtro passa-faixa constitudo por um circuito RLC (tambm conhecido como circuito ressonante). Estes circuitos so teis para amplificao de sinais de banda estreita. Apresenta uma resposta tipicamente passa-faixa. Os amplificadores sintonizados encontram grandes aplicaes em receptores de rdio e televiso nos estgios de sintonia (seleo da estao que se deseja sintonizar). Aplique o modelo AC para pequenos sinais e encontre a expresso para o ganho em tenso para o amplificador sintonizado mostrado na figura a seguir. Observe a dependncia do ganho em funo da freqncia. Determine o valor do ganho Vo/Vi na freqncia de ressonncia? Observe tambm que a faixa de passagem [largura de banda], relativa a seletividade do amplificador sintonizado, depende do fator de qualidade Q.

Prof. Eng Esp. J .F.ZANON

- 82 -

FACULDADE DE ENGENHARIA - APOSTILA DE ELETRNICA II

Prof. Eng Esp. J .F.ZANON

- 83 -

FACULDADE DE ENGENHARIA - APOSTILA DE ELETRNICA II 20) Determine o ganho em tenso (Av).

21) Considere =100 no circuito da figura abaixo, desenhe o modelo equivalente e calcule o valor da impedncia de entrada e de sada.

22) Considere =100 no circuito da figura abaixo, desenhe o modelo equivalente e calcule o valor da impedncia de entrada e de sada.

Prof. Eng Esp. J .F.ZANON

- 84 -

FACULDADE DE ENGENHARIA - APOSTILA DE ELETRNICA II

23) Considere =100 no circuito da figura abaixo, desenhe o modelo equivalente e calcule o valor da impedncia de entrada e de sada.

24) Considere =100 no circuito da figura abaixo, desenhe o modelo equivalente e calcule o valor da impedncia de entrada e de sada.

Prof. Eng Esp. J .F.ZANON

- 85 -

FACULDADE DE ENGENHARIA - APOSTILA DE ELETRNICA II

25) No circuito da figura abaixo, calcule AV, Ai, AP, PL e .

26) No circuito da figura abaixo, calcule AV, Ai, AP, PL e .

Prof. Eng Esp. J .F.ZANON

- 86 -

FACULDADE DE ENGENHARIA - APOSTILA DE ELETRNICA II

27) Determinar o valor da eficincia do circuito da figura abaixo, sabendo que = 200.

28) Desenhe o modelo equivalente para o circuito da figura abaixo e calcule a corrente de sada e a potncia mxima na carga.

Prof. Eng Esp. J .F.ZANON

- 87 -

FACULDADE DE ENGENHARIA - APOSTILA DE ELETRNICA II

29) Considere VBE=0,68V e ICQ= 20mA da figura do exerccio anterior, calcule a corrente de sada e a eficincia do amplificador. 30) No circuito abaixo, calcular: a) a corrente ICQ, b) o novo valor de ICQ, se a fonte de polarizao CC mudar para 25V.

31) Para o circuito da figura a seguir, apresenta um amplificador classe AB polarizado com diodos. Analise e determine: a) o valor de R capaz de produzir VCEQ=10V, considerando cada diodo com VD=0,7V, b)o valor da tenso de sada do amplificador, sabendo-se que cada transistor tem quedas iguais, c) o valor da corrente na carga, d) o valor da potncia na carga, Prof. Eng Esp. J .F.ZANON - 88 -

FACULDADE DE ENGENHARIA - APOSTILA DE ELETRNICA II e) o valor de ICQ.

32) Dado o amplificador de potncia classe C da figura abaixo, determinar: a) a freqncia de ressonncia, se Q da bobina for 60, b) a potncia de carga mxima e a eficincia do mesmo se Q=75 e a potncia dissipada pelo transistor for de 5 mW, c) a freqncia de ressonncia se a reatncia capacitiva for de 2.000 pF, d) o valor da reatncia indutiva na freqncia de ressonncia se o choque tiver uma indutncia de 2mH.

Prof. Eng Esp. J .F.ZANON

- 89 -

FACULDADE DE ENGENHARIA - APOSTILA DE ELETRNICA II 33) Escolha um resistor de base para o circuito acima que produza uma constante de tempo de descarga de 100s. 34) Recalcule o circuito classe C do exerccio 32 para que tenha uma freqncia de ressonncia de 3,5MHz e uma larga de banda menor que 350kHz. Suponha um QL=50. 35) Projete um amplificador classe C como ao do exerccio 32 que preencha as seguintes especificaes: VCC=20V, fr= 1MHz, QL=60, RL= 1,8k e B=100kHz

Prof. Eng Esp. J .F.ZANON

- 90 -

FACULDADE DE ENGENHARIA - APOSTILA DE ELETRNICA II

CAPTULO 05 AMPLIFICADOR OPERACIONAL


5.1. Caractersticas e Especificaes 5.1.1. Principais caractersticas do amplificador Operacional O amplificador operacional um dispositivo que pode realizar operaes matemticas como adio, subtrao, multiplicao, diviso, diferenciao, integrao e logaritmo, alm de outras funes como comparao e amplificao. A figura 1 apresenta o seu smbolo:

Figura 1 O amplificador operacional um circuito complexo composto de inme5ros transistores, diodos e resistores encapsulados como um circuito integrado. Como mostra a figura 1, ele possui duas entradas, a inversora (V-) e a no-inversora (V+); uma sada (Vo) e dois terminais de alimentao, um positivo (+VCC) e outro negativo (-VCC). Alguns amplificadores operacionais s funcionam de forma adequada quando alimentados por tenso simtrica, isto , com potncias positivo e negativo em relao ao terra (GND) do circuito, outros j permitem que o terminal negativo (-VCC) seja o prprio GND. O circuito equivalente do amplificador operacional apresentado na figura 2. Suas principais especificaes so: a) Entrada diferencial: Ve= V+ - Vb) Impedncia de entrada: Zi c) Ganho de tenso: Ao d) Impedncia de sada: Zo

Figura 2

VO = AO (V+ - V- )

ou VO = AO x Ve

5.1.2.Principais especificaes do Amplificador Operacional O amplificador operacional apresenta as seguintes especificaes principais: a) Impedncia de Entrada Zi Prof. Eng Esp. J .F.ZANON - 91 -

FACULDADE DE ENGENHARIA - APOSTILA DE ELETRNICA II No amplificador operacional ideal, a impedncia de entrada infinita, o que garante uma sensibilidade mxima, isto , qualquer tenso diferencial aplicada s suas entradas, por menor que seja, amplificada. No amplificador real, a impedncia de entrada extremamente alta. b) Impedncia de sada Zo No amplificador ideal, a impedncia de sada nula, o que garante um mximo rendimento do amplificador em relao ao sinal amplificado, de modo que todo ele seja transferido carga. No amplificador operacional real, a impedncia de sada muito baixa. c) Ganho de tenso em malha aberta Ao No amplificador operacional ideal, o ganho de tenso em malha aberta infinito, garantindo amplificao de qualquer diferena entre as tenses aplicadas aos terminais de entrada. No amplificador real, o ganho de tenso em malha aberta muito elevado. d) Largura de banda LB No amplificador ideal, a largura de banda infinita, ou seja, todos os sinais de entrada so amplificados, desde sinais CC at CA de freqncia infinita. No amplificador operacional real, a largura de banda relativamente alta, desde CC at CA, no entanto o ganho de tenso cai com o aumento de freqncia, conforme mostra a figura 3.

Figura 3 e) Tenso Off-Set No amplificador operacional ideal, a tenso de sada nula para tenses de entrada iguais ou nulas. No amplificador operacional real, mesmo que as entradas estejam aterradas, h tenso na sada, devido s imperfeies dos dispositivos que o compem. 5.1.3. Alimentao de amplificadores Operacionais A alimentao simtrica de um amplificador operacional, quando necessria, pode ser obtida de diferentes formas. A primeira por meio de uma fonte de alimentao simtrica que tenha duas sadas, uma positiva +VCC e outra negativa VCC , em relao a uma terceira sada GND. As formas de obter tenso simtrica a parti de fonte de alimentao simples so mostradas na figura 4.

Prof. Eng Esp. J .F.ZANON

- 92 -

FACULDADE DE ENGENHARIA - APOSTILA DE ELETRNICA II

Figura 4 A tenso mxima de sada do amplificador operacional limitada tenso de alimentao. As tenses positivas e negativa so limitadas pelos valores de saturao(+Vsat e Vsat), que normalmente so maiores do que 90% do VCC. 5.2. Aplicaes bsicas do amplificador Operacional 5.2.1. Amplificador Inversor O amplificador inversor tem a entrada de sinal ligada ao terminal inversor por meio de um resistor R1 e o terminal no-inversor aterrado. Entre os terminais de sada e inversor, h um resistor de realimentao R2, conforme mostra a figura 5.

Figura 5 O amplificador operacional possui uma impedncia de entrada muito alta, de modo que a corrente que flui por R1 desviada diretamente para R2. A relao de tenso de sada e tenso de entrada reflete a amplificao do sinal efetivamente aplicado na entrada do circuito Vi. Por ser um circuito composto por um resistor de realimentao entre a sada e a entrada R2, essa relao denominada ganho de tenso de malha fechada (AV)

AV= - R2/R1
Prof. Eng Esp. J .F.ZANON - 93 -

FACULDADE DE ENGENHARIA - APOSTILA DE ELETRNICA II O sinal negativo reflete a inverso de fase que ocorre no sinal de sada em relao ao sinal de entrada. 5.2.2. Amplificador No-Inversor O circuito do amplificador operacional no-inversor mostrado na figura 6.

Figura 6 O resistor de entrada inversora R1 est aterrado, e h tambm o resistor de realimentao R2 que liga a sada entrada inversora. O sinal de entrada V1 ligado diretamente ao terminal no-inversor, de modo que o sinal amplificado no ter fase invertida. O ganho por malha fechada dado por:

AV= 1 + R2/R1
5.2.3. Somador de tenso O amplificador operacional somador de tenso basicamente um amplificador inversor com diversas entradas, cada uma com um ganho que depende do valor do respectivo resistor, conforme indica a figura 7.

Figura 7 A tenso de sada pode ser calculada da seguinte maneira:

Vo = - R/Rn . (V1 + V2 + V3 + ........... + Vn)


Prof. Eng Esp. J .F.ZANON - 94 -

FACULDADE DE ENGENHARIA - APOSTILA DE ELETRNICA II 5.2.4. Subtrator de tenso O amplificador operacional subtrator de tenso basicamente um amplificador diferencial com o mesmo ganho nas entradas inversora e no-inversora, conforme demonstra a figura 8.

Figura 8 A tenso de sada calculada por:

Vo = (R4/R3 . V2) (R2/R1 . V1)


5.2.5. Comparadores de tenso Existe vrias maneiras de implementar um circuito comparador de tenso em funo da tenso de referncia usada na comparao (zero, positiva ou negativa) e em funo da tenso de sada desejada aps a comparao (zero, positiva ou negativa). Tomaremos como base o circuito da figura 9. O ganho de tenso do amplificador operacional em malha aberta(sem realimentao) muito elevado, portanto Vo ter dois valores possveis:

Vo = +Vsat quando V2>V1

ou

Vo = -Vsat quando V2<V1

Figura 9 Apresentaremos alguns tipos que so suficientes para possibilitar a implementao de diversos outros comparadores. Cada comparador possui uma curva de transferncia que representa o seu comportamento, ou seja, que indica a tenso de sada a partir da tenso de entrada.

Prof. Eng Esp. J .F.ZANON

- 95 -

FACULDADE DE ENGENHARIA - APOSTILA DE ELETRNICA II COMPARADORES DE ZERO A figura 10 mostra o circuito de comparador de zero no-inversor cuja sada positiva quando Vi>0 e negativa quando Vi<0.

Figura 10 A figura 11 mostra o circuito comparador de zero inversor cuja sada positiva quando Vi<0 e negativa quando Vi>0.

Figura 11 COMPARADORES DE NVEL A figura 12 apresenta o circuito comparador de nvel no-inversor cuja tenso de referncia VR dada por um potencimetro. Neste circuito a sada positiva quando Vi>VR e negativa quando Vi<VR. Considerando VR>0 temos:

Figura 12

Prof. Eng Esp. J .F.ZANON

- 96 -

FACULDADE DE ENGENHARIA - APOSTILA DE ELETRNICA II Na figura 13 observamos o circuito comparador de nvel inversor cuja tenso de referncia VR tambm positiva, mas cuja sada positiva quando Vi<VR e negativa quando Vi>VR. Podemos notar que nos dois circuitos de comparadores de nvel, conseguimos ajustar VR de +VCC a VCC de acordo com a necessidade.

Figura 13 SCHMITT TRIGGER O comparador denominado SCHMITT TRIGGER se diferencia dos anteriores pelo fato de gerar a tenso de referncia VR a partir da tenso de sada Vo, produzindo uma histerese na sua curva de transferncia. A figura 14 mostra o circuito de um comparador Schmitt Trigger cuja tenso de referncia VR pode ser positiva ou negativa, dependendo da tenso de sada Vo.

Figura 14 A tenso de referncia VR dada por:

VR= (R1/R1+R2) . Vo
Onde Vo = +/-Vsat Prof. Eng Esp. J .F.ZANON - 97 -

FACULDADE DE ENGENHARIA - APOSTILA DE ELETRNICA II A figura 15 apresenta a curva de transferncia com histerese. Quando VR [e positivo, a tenso de entrada Vi pode variar desde valores negativos at positivos menores que +VR, sem comutar a sada. Ao atingir +VR, a tenso Vi provoca a comutao de Vo, que passa a ser negativa, convertendo a tenso VR tambm em valor negativo. Agora, a tenso de entrada Vi, pode variar desde valores positivos at negativos maiores de VR, sem comutar a sada. a comutao sada. A comutao s ocorre quando Vi atingir VR voltando o circuito ao estado inicial.

Figura 15 Essa histerese til para eliminar rudos de sinais, fazendo com que o circuito funcione como um regenerador de sinal. A figura 15(a) esboa a sada de um comparador Schmitt Trigger e a figura 15(b) a sada de um comparador de zero inversor, quando ambos recebem um sinal ruidoso.

Prof. Eng Esp. J .F.ZANON

- 98 -

FACULDADE DE ENGENHARIA - APOSTILA DE ELETRNICA II EXERCCIOS - CAPTULO 05 AMPLIFICADORES OPERACIONAIS 1) Dado o circuito abaixo, determine a forma de onda da tenso de sada.

2) Determine a forma de onda das tenses de entrada e amplificador do exerccio 1 caso vi= 500.cost [mV] 3) O que aconteceria no amplificador do exerccio 1 caso entrada fosse vi= 2.cost [V], sabendo que a tenso de em 95% de VCC? 4) Dado o circuito da figura a seguir, determine a forma tenso de sada.

de sada do a tenso de sada satura de onda da

5) Determine a forma de onda das tenses de entrada e de sada do amplificador do exerccio 4 caso vi= 500.cost [mV]. 6) Determine a tenso de sada Vo dos circuitos apresentados a seguir: a)

Prof. Eng Esp. J .F.ZANON

- 99 -

FACULDADE DE ENGENHARIA - APOSTILA DE ELETRNICA II b)

7) Determine as formas de ondas das tenses de entrada e de sada do exerccio 6 (a), considerando V1 = 1V e v2 = 3.sent [mV]. 8) Dado o circuito da figura abaixo, determine a expresso de sada Vo em funo de A, B e C.

9) Esboce os sinais de entrada e de sada dos circuitos comparadores dados a seguir: a)

Prof. Eng Esp. J .F.ZANON

- 100 -

FACULDADE DE ENGENHARIA - APOSTILA DE ELETRNICA II b)

10) Determine as formas de onda dos sinais de entrada e sada para os circuitos comparadores abaixo: a)

b)

11) Esboce os sinais de entrada e sada do circuito comparador abaixo.

Prof. Eng Esp. J .F.ZANON

- 101 -

FACULDADE DE ENGENHARIA - APOSTILA DE ELETRNICA II 12) O circuito da figura abaixo um amplificador inversor cujo ganho varia entre 10 e 110. Calcule P1.

13) Determine Vimx para o circuito apresentado na figura a seguir.

14) Com base no circuito abaixo, fornea Vo em funo de A,B, C e D.

Prof. Eng Esp. J .F.ZANON

- 102 -

FACULDADE DE ENGENHARIA - APOSTILA DE ELETRNICA II 15) Calcule VR e fornea a curva de transferncia para o circuito abaixo apresentado.

16) No circuito da figura 1 considere R1=18k e R2=2k, determinar o ganho da malha fechada.

17) Considere o circuito da figura 2 com os seguintes componentes: R1=18k, R2=2k e R3= 18k, Cent=1F, Csada=0,1F e CBY=10. Determinar: a) o ganho de tenso para o amplificador, b) a freqncia crtica inferior do amplificador, c) a freqncia crtica de sada se a resistncia de carga for igual a 10k, d) a faixa de freqncia da banda mdia.

Prof. Eng Esp. J .F.ZANON

- 103 -

FACULDADE DE ENGENHARIA - APOSTILA DE ELETRNICA II

18) No circuito mostrado na figura 3, suponha que Rs= 0, RL= 10k e = 150. Determine: a) o ganho de tenso do circuito, b) as freqncias de quina ou de corte de entrada e de sada da banda mdia.

19) Para o circuito da figura 5, quais so os ganhos de tenso e a largura de banda?

Prof. Eng Esp. J .F.ZANON

- 104 -

FACULDADE DE ENGENHARIA - APOSTILA DE ELETRNICA II

20) Para o circuito de um conversor digital-analgico mostrado na figura 6, sabendo-se que v3=1V, v2= 1V, v1=0V e v0=0V, calcular vsada.

21) Os transistores mostrados no circuito da figura 7 tm =75. Se Ventrada= 0,5V, calcular a corrente de base.

Prof. Eng Esp. J .F.ZANON

- 105 -

FACULDADE DE ENGENHARIA - APOSTILA DE ELETRNICA II 22) Para o circuito mostrado na figura 8, determine: a) o valor da corrente de sada, b) o maior valor da resistncia de carga que pode ser usado para um funcionamento normal.

23) Se a tenso de entrada no circuito mostrado na figura 9 for de 5V, calcular: a) o valor da corrente de sada, b) a tenso na carga se RL variar para 470, c) o valor da corrente de sada se a resistncia de carga for reduzida a zero.

Prof. Eng Esp. J .F.ZANON

- 106 -

FACULDADE DE ENGENHARIA - APOSTILA DE ELETRNICA II 24) Calcular a freqncia de corte para o circuito da figura 10.

25) Calcular a freqncia de corte para o circuito da figura 11.

26) Para o circuito da figura 12, calcula: a) a freqncia de corte inferior e superior para o circuito, b) o ganho de tenso do amplificador.

Prof. Eng Esp. J .F.ZANON

- 107 -

FACULDADE DE ENGENHARIA - APOSTILA DE ELETRNICA II

Prof. Eng Esp. J .F.ZANON

- 108 -

FACULDADE DE ENGENHARIA - APOSTILA DE ELETRNICA II

REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS
DISPOSITIVOS ELETRNICOS E TEORIA DOS CIRCUITOS BOYLESTAD & NASHELSKY EDITORA PRENTICE HALL TEORIA E DESENVOLVIMENTO DE PROJETOS DE CIRCUITOS ELETRNICOS CIPELLI & SANDRINI EDITORA RICA MICROELETRNICA SEDRA & SMITH EDITORA MAKRON BOOKS ELETRNICA MALVINO VOL I E II ED. MAKRON BOOKS DISPOSITIVOS E CIRCUITOS ELETRNICOS JIMMIE J. CATHEY EDITORA BOOKMAN DISPOSITIVOS SEMICONDUTORES DIODOS E TRANSISTORES MARQUES & ALVES CRUZ & CHOUERI EDITORA RICA CIRCUITOS COM DIODOS E TRANSISTORES MARKUS EDITORA RICA FUNDAMENTOS DE MICROELETRNICA BEHZAD RAZAVI - EDITORA AO LIVRO TCNICO. ELETRNICA APLICADA - ALVES CRUZ & CHOUERI EDITORA RICA ELETRNICA APLICADA L. W. TURNER - EDITORA HEMUS CIRCUITOS E DISPOSITIVOS ELETRNICOS - L. W. TURNER - EDITORA HEMUS

Prof. Eng Esp. J .F.ZANON

- 109 -

Você também pode gostar