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Anibal Ponce Parte Da Val

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UNIVERSIDADE ESTADUAL DE RORAIMA PROGRAMA DE POS-GRADUAO EM ENSINO DE CINCIAS MESTRADO EM ENSINO DE CINCIAS ESTGIO DOCNCIA

Educao e luta de classes


(Anibal Ponce)

Antonia Valdirene Rabelo Costa Misiara Neves dos Santos Boa Vista - RR 2013

Educao e Luta de Classes

O autor considera a educao como um fenmeno social de superestrutura e, portanto, defende ao longo de toda a obra, a ideia de que os fatos educacionais s podem ser convenientemente entendidos quando expostos conjuntamente com uma anlise socioeconmica das sociedades em que tem lugar. Ideia central = Demonstra atravs de diferentes povos e de diferentes pocas que a principal caracterstica da educao, desde o aparecimento da sociedade dividida em classes pode ser encontrada em uma progressiva popularizao da cultura. EDUCAO = Propriedade praticamente exclusiva das classes dominantes e inicialmente negada s classes menos favorecidas.

As transformaes econmicas por que passaram todas as sociedades foram provocando modificaes sensveis no status quo. Fazendo com que as massas cada vez maiores tivesse acesso a uma educao conveniente. Na maioria das vezes as classes desfavorecidas tinham que lutar de modo violento - Revoluo Francesa pelos seus direitos.
Fundamentos da educao inseparvel do estudo dessas lutas mantida pelas classes desfavorecidas contra as classes dominantes. A partir do sculo X a.C., h uma curva evolutiva da passagem progressiva de uma cultura de nobre guerreiros, para uma cultura de escribas.

A EDUCAO NA COMUNIDADE PRIMITIVA Eram considerados indivduos livres; com direitos iguais, unidos por laos de sangue; as decises se ajustavam a um conselho formado democraticamente por homens e mulheres; o que era produzido era repartido... O que era ensinado eram coisas necessrias para a vida;

A sua educao no estava confiada a ningum em especial, e sim a vigilncia difusa do ambiente, isto , aos poucos a criana ia se apropriando e assimilando as crenas e prticas do grupo, ajustava-se ao rtmo e normas de acordo com a idade. o ensino era para a vida e por meio da vida A educao fazia parte das funes na coletividade, na vida social;
No existia nenhum mecanismo educativo especial escola;

A EDUCAO NA COMUNIDADE PRIMITIVA A educao na comunidade primitiva era funo espontnea da sociedade em conjunto, da mesma forma que a linguagem e a moral; o homem enquanto homem, social, isto , est moldado por um ambiente histrico de que no pode ser separado; A concepo do homem primitivo refletia o seu domnio sobre a natureza e organizao econmica da tribo, pois no havia hierarquia; Todos os membros ocupavam a mesma posio na produo: Ideal Pedaggico: Ideias e sentimentos elaborados pelas geraes, fundamentados absolutamente em atender aos interesses e s necessidades da tribo. A sua consciencia era um fragmento da consciencia social. A unidade no reside no indivduo, e sim no grupo (carter solidrio); Deixou de ser conceito de educao como espontaneidade, medida em que a sociedade foi dividida em classes, em funo da idade, sexo, tipos de atividades;

A EDUCAO NA COMUNIDADE PRIMITIVA exaltao de poderes, hegemonia (desigualdade de inteligncia, de habilidade ou de carter, causa de submetimento (ex: represa de gua, mago); diviso da sociedade em administradores e executores; Produo de alimentos maior que a do prrpio sustento (excedente trocas);

Acentuao das fortunas e criao de instrumentos de trabalho;


Disputa entre comunidades, levando-os a matar seus inimigos, faz-los prisioneiros de guerras ou escravos; substituio da propriedade comum das tribos pelas propriedades privadas das famlias (donas dos produtos e poder sobre os homens); MUDANA NO ENFOQUE DA EDUCAO: Os que sabiam um pouco mais sobre o trabalho, continuou mantendo sua independncia, objetivos diferentes para manter a estabilidade dos grupos dirigentes O conhecimento passou a ser fundamental para o desempenho de determinadas funes que passaram a ser heredit rias;

A EDUCAO NA COMUNIDADE PRIMITIVA PROCESSO EDUCATIVO DIFERENCIADO: Cerimnias de iniciao processo coercitivo rudimentos de uma escola, a servio da classe; Surgiram as tradies e mitos; Diferenciao da educao entre adultos e crianas; surge as reprimendas e castigos; Surgiram nas tribos, relao de dominancia e submisso, de acordo com o lugar que cada um ocupa na produo; A EDUCAO SISTEMTICA, ORGANIZADA E VIOLENTA, SURGE NO MOMENTO EM QUE A EDUCAO PERDE O SEU CARTER HOMOGNICO E INTEGRAL; Crena na continuao da vida aps a morte (comum a todos no incio, passa a ser um privilgio dos nobres); Os objetivos deixam de ser comum para atender ou reforar as classes dominantes; para uns, a riqueza e o saber, para outros, o trabalho e a ignorncia;

A EDUCAO NA COMUNIDADE PRIMITIVA Surge como consequencia da propriedade privada e da sociedade de classes, uma religio com deuses, a educao secreta, a autoridade paterna, a submisso da mulher e dos filhos, separao entre trabalhadores e sbios, a opresso dos homens e a direo do poder e da explorao; Surgiram classes compactas com interesses comuns: soberano e famlia, funcionrios e magos, sacerdotes e guerreiros; SURGIU O ESTADO: Um homem de linhagem nobre deve permanecer superior aos indivduos que no pertencem a sua classe; A religio, a arte e a sabedoria hipinotizavam diariamente, exaltando a classe dos governantes; LENDA: No Egito, existia o Nilmetro, aparelho que diagnosticava o volume da colheita (mantido em segredo) . Quem produzia mais pagava mais impostos, ento, quando havia qualquer desfeita com as autoridade, o fara lanava nos rios, ento as guas comeavam a subir

A EDUCAO NO HOMEM ANTIGO Esparta e Atenas Fortalecimento das diferenas entre as classes: funcionrios em via de se converterem em nobreza hereditria; substituio da economia agrcola pela economia comercial; Desenvolvimento das tcnicas de produo e dos meios de transportes; Invlidos, doentes e mulheres se dedicavam ao trfico de mercadorias; Trabalho artesanal; Cunhagem de moedas e aperfeioamento dos aparelhos de navegao (o comrcio enriqueceu a nobreza); Emprestando dinheiro sob hipoteca, o nobre ia se assenhoreando das terras alheias; O cidado pobre que perdia suas terras, pagava 5/6 do que produzia ao nobre, alm de vender seus filhos como escravo; INICIA UMA GUERRA INTERNA: do credor contra o devedor; Concentrao da propriedade em poucas mos; empobrecimento mais acentuado das massas;

A EDUCAO NO HOMEM ANTIGO Esparta e Atenas GUERRA: Modo natural de adquirir novas riquesas; As terras eram transmitidas por herana, em volta deviam ser guerreiros do rei; Os filhos defeituosos eram mortos; Na educao, eram estimuladas as virtudes guerreiras; Dos sete aos quarenta e cinco anos, homens e mulheres pertenciam ao exrcio e at aos sessenta, reserva; O fim supremo da Educao era assegurar a superioridade militar sobre as classes submetidas; Poucos entre os nobres sabiam ler e contar. Os joverm estavam proibidos de se interessarem por qualquer assunto que pudesse distrair de exerccios militares; Os Espartanos se apropriavam da funao de povo dominador e guerreiro, alm de castigar ferozmente os oprimidos (ilotas) por meio do terror e da embriaguez;

A EDUCAO NO HOMEM ANTIGO Esparta e Atenas Nessa poca, em Atenas, sc VI a.C, para cada cidado livre, haviam 18 escravos; Todas as atividades educativas: palestras, apresentaes no teatro, conversas nos banquetes, discusses, estavam voltadas a formao de guerreiros e desprezo pelo trabalho;

Diviso do trabalho fundada na escravido: Nunca uma Repblica bem organizada os admitir entre os cidado e, se os admitir, no lhes conceder a totalidade dos direitos cvicos, direitos esses que devem ser reservados aos que no necessitam trabalhar para viver (Aristtele)
Ao passo que a Constituio assegura aos ricos a superioridade poltica, estes s se interessam a satisfazer o seu orgulho e a sua ambio (Aristtele) Para Aristteles, o homem grego era um animal poltico, que deriva de plis, cidade, isto , forma suprema do Estado, capacidade de ser cidado. Nesse sentido seria homem, os homens das classes dirigentes.

A EDUCAO NO HOMEM ANTIGO Esparta e Atenas IDEAL DA EDUCAO GREGA: Formar os homens das classes dirigentes, como riqueza e virtude (qualidades que capacitam um homem para governar) . Virtude para os gregos se relacionava a origem nobre e a riqueza territorial; A aprendizagem da virtude incompatvel com uma vida de trabalhador e de arteso. (Aristteles);

A teoria ficou a merc dos diagogos que pensavam no cio; a prtica ficou a cargo dos nobres atenienses ;
Necessidade de uma ESCOLA, 600 a.C, para ensinar aos filhos dos nobres, a escrita e a leitura.

Incorporao das letras a educao dos nobres atenienses; Educ. Infantil;


As Escolas eram dirigidas por particulares, mas o Estado regulamentava o tipo de educaao que as crianas deveriam receber nesta e no seio da famlia; A liberdade de ensino no implicava a liberdade de doutrina. O professor no moldava os seus discpulos de acordo com suas prprias concepes; devia formar neles os futuros governantes e inculcar neles, o amor patria, instituio e aos deuses.

A EDUCAO NO HOMEM ANTIGO Esparta e Atenas Os Estados impediam a entrada nos Ginsios dos jovens que no haviam frequentado as escolas e as palestras particulares; Os pequenos proprietrios custeavam os estudos dos seus filhos at os 16 anos; S eram elegveis para os cargos estatais, os jovens que passavam pelo ensino do Ginsio;

No sc. V a.C, os filhos dos nobres recebiam uma educao completa: at os 14 anos escola elementar e palestra; at os 16 anos Ginsio; at 18 anos efebia; dos 20 aos 50, cidadania; dos 50 at a morte, vida diagica;
Os pobres exercitavam-se na agricultura ou indstrias; os filhos deles, quando no continuavam analfabetos, conseguiam obter conceitos elementares de leitura, escrita e cuculo; A partir do sc V a.C, surgiu uma nova classe social, a dos comerciantes (metecos), que fizeram substituir e compreender a pequena importncia de muitos dogmas e a tirania de muitas tradies. Eles no desdenhavam o trabalho e os interesses comuns acabaram sendo substitudos pelos individuais; Os caminhos se abriram a todas as direes;

A EDUCAO NO HOMEM ANTIGO Esparta e Atenas Para Plato, a capacidade de pensar e de entrever as ideias eternas dependia de um sentido em que apenas os nobres possua; Para o arteso Aristteles, a capacidade de pensar era comum a todos, e bastava simplesmente dialogar com destreza para ensinar aos homens a tirarem concluses;

Iniciou-se com todas as transformaes, uma educao para a prosperidade, reclamada por todas;
As reunies nos Ginsios transformaram-se e Protgoras assinalava como fim da educao: dar bons conselhos em assuntos domsticos, da mesma forma, capacit-los em assuntos polticos, para serem capazes de dominar os negcios da cidade. A oratria poltica exigia riqueza dialtica, desenvoltura e agilidade mental; O aparecimento das novas classes sociais se fez sentir at nas disciplinas mantidas na escola;

O povo foi alertado, por meio de um decreto, a denunciar aos que ensinavam teorias heterodoxas (homens que foram queimados);

A EDUCAO NO HOMEM ANTIGO Esparta e Atenas O aparecimento dos programas oficiais nas escolas surgiram como reao do Estado como controle do que se ensinava nas escolas; O fim supremo da Educao para Plato: Formar os guardies do Estado, que saibam ordenar e obedecer, de acordo com a Justia, isto , uma harmonia que o indivduo deve manter em torno de si mesmo, com sabedoria dos filsofos, a fora dos guerreiros e a prudncia dos trabalhadores; As classes sociais devem delinear-se nessas trs vertentes, pois a independncia leva a destruio;

A EDUCAO NO HOMEM ANTIGO Roma

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