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Quadro Comparativo Entre o CC de 1916 e 2002

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SENADO FEDERAL SECRETARIA ESPECIAL DE EDITORAO E PUBLICAES SUBSECRETARIA DE EDIES TCNICAS

Cdigo Civil
Quadro Comparativo 1916/2002

BRASLIA - 2003

Cdigo Civil Quadro Comparativo 1916/2002

Senado Federal Secretaria Especial de Editorao e Publicaes Subsecretaria de Edies Tcnicas

Cdigo Civil Quadro Comparativo 1916/2002

Braslia 2003

Senado Federal Secretaria Especial de Editorao e Publicaes Subsecretaria de Edies Tcnicas Editor: Senado Federal Impresso na Secretaria Especial de Editorao e Publicaes Produzido na Subsecretaria de Edies Tcnicas Diretor: Raimundo Pontes Cunha Neto Praa dos Trs Poderes, Via N-2, Unidade de Apoio III CEP 70165-900 Braslia DF Telefones: (61)311-3575, 3576 e 3579 Fax: (61) 311-4258 E-Mail: ssetec@senado.gov.br Organizao e comparao: Paulo Roberto Moraes de Aguiar Pesquisa e colaborao: Joo Augusto de Lima Reviso de provas: Alessandra Arajo Vieira e Larrisa dos Santos Aguiar Editorao Eletrnica: Saulo Santos Briseno Capa: Renzo Viggiano Ficha Catalogrfica: Srgio Souza Santos ISBN: 85-7018-226-0 Brasil. Cdigo Civil Cdigo civil quadro comparativo 1916/2002. Braslia : Senado Federal, Subsecretaria de Edies Tcnicas, 2003. 561 p. 1. Cdigo civil, Brasil, 1916. 2. Cdigo civil, Brasil, 2002. CDDir 342.1

Quadro Comparativo entre o Novo Cdigo Civil e o Cdigo Civil Anterior (Atualizada at maio de 2003)

Quadro Comparativo entre o Novo Cdigo Civil e o Cdigo Civil Anterior Lei no 3.071/1916 Parte Geral Disposio Preliminar Art. 1o Este Cdigo regula os direitos e obrigaes de ordem privada concernentes s pessoas, aos bens e s suas relaes. Livro I Das Pessoas Ttulo I Da Diviso das Pessoas Captulo I Das Pessoas Naturais Art. 2o Todo homem capaz de direitos e obrigaes na ordem civil. Art. 3o A lei no distingue entre nacionais e estrangeiros quanto aquisio e ao gozo dos direitos civis. Art. 4o A personalidade civil do homem comea do nascimento com vida; mas a lei pe a salvo desde a concepo os direitos do nascituro. Art. 5o So absolutamente incapazes de exercer pessoalmente os atos da vida civil: I os menores de dezesseis anos; II os loucos de todo o gnero; III os surdos-mudos, que no puderem exprimir a sua vontade; IV os ausentes, declarados tais por ato do juiz. Art. 6o So incapazes, relativamente a certos atos, ou maneira de os exercer: I os maiores de dezesseis e os menores de vinte e um anos;
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Lei no 10.406/2002 Parte Geral

Livro I Das Pessoas

Captulo I Da Personalidade e da Capacidade Art. 1o Toda pessoa capaz de direitos e deveres na ordem civil.

Art. 2o A personalidade civil da pessoa comea com o nascimento com vida; mas a lei pe a salvo, desde a concepo, os direitos do nascituro. Art. 3o So absolutamente incapazes de exercer pessoalmente os atos da vida civil: I os menores de dezesseis anos; II os que, por enfermidade ou deficincia mental, no tiverem o necessrio discernimento para a pratica desses atos; III os que, mesmo por causa transitria, no puderem exprimir sua vontade. Art. 4o So incapazes, relativamente a certos atos, ou maneira de os exercer: I os maiores de dezesseis e os menores de dezoito anos;
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Quadro Comparativo entre o Novo Cdigo Civil e o Cdigo Civil Anterior Lei no 3.071/1916 II os prdigos; III os silvcolas. Lei no 10.406/2002 II os brios habituais, os viciados em txicos, e os que, por deficincia mental, tenham o discernimento reduzido; III os excepcionais, sem desenvolvimento mental completo; IV os prdigos. Pargrafo nico. A capacidade dos ndios ser regulada por legislao especial.

Art. 7o Supre-se a incapacidade, absoluta ou relativa, pelo modo institudo neste Cdigo, Parte Especial. Art. 8o Na proteo que o Cdigo Civil confere aos incapazes no se compreende o benefcio de restituio. Art. 9o Aos vinte e um anos completos acaba a menoridade, ficando habilitado o indivduo para todos os atos da vida civil. Art. 5o A menoridade cessa aos dezoito anos completos, quando a pessoa fica habilitada prtica de todos os atos da vida civil. Pargrafo nico. Cessar, para os menores, a incapacidade: I pela concesso dos pais, ou de um deles na falta do outro, mediante instrumento pblico, independentemente de homologao judicial, ou por sentena do juiz ouvido o tutor, se o menor tiver dezesseis anos completos; II pelo casamento; III pelo exerccio de emprego pblico efetivo; IV pela colao de grau em curso de ensino superior; V pelo estabelecimento civil ou comercial, ou pela existncia de relao de emprego, desde que, em funo deles, o menor com dezesseis anos completos tenha economia prpria. Art. 6o A existncia de pessoa natural termina com a morte; presume-se esta, quanto
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Art. 10. A existncia da pessoa natural termina com a morte. Presume-se esta, quan8

Quadro Comparativo entre o Novo Cdigo Civil e o Cdigo Civil Anterior Lei no 3.071/1916 to aos ausentes, nos casos dos artigos 481 e 482. Lei no 10.406/2002 aos ausentes, nos casos em que a lei autoriza a abertura de sucesso definitiva. Art. 7o Pode ser declarada a morte presumida, sem decretao de ausncia; I- se for extremamente provvel a morte de quem estava em perigo de vida; II se algum, desaparecido em campanha ou feito prisioneiro, no for encontrado at dois anos aps o trmino da guerra. Pargrafo nico. A declarao da morte presumida, nesses casos, somente poder ser requerisa depois de esgotadas as buscas e averiguaes, devendo a sentena fixar a data provvel do falecimento. Art. 11. Se dois ou mais indivduos falecerem na mesma ocasio, no se podendo averiguar se algum dos comorientes precedeu aos outros, presumir-se-o simultaneamente mortos. Art. 12. Sero inscritos em registro pblico: I os nascimentos, casamentos, separaes judiciais, divrcios e bitos; II a emancipao, por outorga do pai ou me, ou por sentena do juiz; III a interdio dos loucos, dos surdos-mudos e dos prdigos; IV a sentena declaratria da ausncia. Art. 8o Se dois ou mais indivduos falecerem na mesma ocasio, no se podendo averiguar se algum dos comorientes precedeu aos outros, presumir-se-o simultaneamente mortos. Art. 9o Sero registrados em registros pblicos: I os nascimentos, casamentos e bitos; II a emancipao por outorga dos pais ou por sentena do juiz; III a interdio por incapacidade absoluta ou relativa; IV a sentena declaratria de ausncia e de morte presumida. Art. 10. Far-se- a averbao em registro pblico: I das sentenas que decretarem a nulidade ou anulao do casamento, o divrcio, a separao judicial e o restabelecimento da sociedade conjugal; II dos atos judiciais ou extrajudiciais que declararem ou reconhecerem a filiao;
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Quadro Comparativo entre o Novo Cdigo Civil e o Cdigo Civil Anterior Lei no 3.071/1916 Lei no 10.406/2002 III dos atos judiciais ou extrajudiciais da adoo. Captulo II Dos Direitos da Personalidade Art. 11. Com exceo dos casos previstos em lei, os direitos da personalidade so intransmissveis e irrenunciveis, no podendo o seu exerccio sofrer limitao voluntria. Art. 12. Pode-se exigir que cesse a ameaa, ou a leso, a direito da personalidade, e reclamar perdas e danos, sem prejuzo de outras sanes previstas em lei. Pargrafo nico. Em se tratando de morto, ter legitimao para requerer a medida prevista neste artigo o cnjuge sobrevivente, ou qualquer parente em linha reta, ou colateral at o quarto grau. Art. 13. Salvo por exigncia mdica, defeso o ato de disposio do prprio corpo, quando importar diminuio permanente da integridade fsica, ou contrariar os bons costumes. Pargrafo nico. O ato previsto neste artigo ser admitido para fins de transplante, na forma estabelecida em lei especial. Art. 14. vlida, com objetivo cientfico, ou altrustico, a disposio gratuita do prprio corpo, no todo ou em parte, para depois da morte. Pargrafo nico. O ato de disposio pode ser livremente revogado a qualquer tempo. Art. 15. Ningum pode ser constrangido a submeter-se, com risco de vida, a tratamento mdico ou a interveno cirrgica.
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Quadro Comparativo entre o Novo Cdigo Civil e o Cdigo Civil Anterior Lei no 3.071/1916 Lei no 10.406/2002 Art. 16. Toda pessoa tem direito ao nome, nele compreendidos o prenome e o sobrenome. Art. 17. O nome da pessoa no pode ser empregado por outrem em publicaes ou representaes que a exponham ao desprezo pblico, ainda quando no haja inteno difamatria. Art. 18. Sem autorizao, no se pode usar o nome alheio em propaganda comercial. Art. 19. O pseudnimo adotado para atividades lcitas goza da proteo que se d ao nome. Art. 20. Salvo se autorizadas, ou se necessrias administrao da justia ou manuteno da ordem pblica, a divulgao de escritos, a transmisso da palavra, ou a publicao, a exposio ou a utilizao da imagem de uma pessoa podero ser proibidas, a seu requerimento e sem prejuzo da indenizao que couber, se lhe atingirem a honra, a boa fama ou a respeitabilidade, ou se se destinarem a fins comerciais. Pargrafo nico. Em se tratando de morto ou de ausente, so partes legtimas para requerer essa proteo o cnjuge, os ascendentes ou os descendentes. Art. 21. A vida privada da pessoa natural inviolvel, e o juiz, a requerimento do interessado, adotar as providncias necessrias para impedir ou fazer cessar ato contrrio a esta norma. Parte Especial Livro I Do Direito de Famlia
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Quadro Comparativo entre o Novo Cdigo Civil e o Cdigo Civil Anterior Lei no 3.071/1916 Ttulo VI Da Tutela, da Curatela e da Ausncia Captulo III Da Ausncia Seo I Da Curadoria de Ausentes Art. 463. Desaparecendo uma pessoa do seu domiclio, sem que dela haja notcia, se no houver deixado representante, ou procurador, a quem toque administrar-lhe os bens, o juiz, a requerimento de qualquer interessado, ou do Ministrio Pblico, nomear-lhe- curador. Art. 464. Tambm se nomear curador, quando o ausente deixar mandatrio, que no queira, ou no possa exercer ou continuar o mandato. Art. 465. O juiz, que nomear o curador, fixar-lhe- os poderes e obrigaes, conforme as circunstncias, observando, no que for aplicvel, o disposto a respeito dos tutores e curadores. Art. 466. O cnjuge de ausente, sempre que no esteja separado judicialmente, ser seu legtimo curador. Captulo III Da Ausncia Seo I Da Curadoria dos Bens do Ausente Art. 22. Desaparecendo uma pessoa do seu domiclio sem dela haver notcia, se no houver deixado representante ou procurador a quem caiba administrar-lhe os bens, o juiz, a requerimento de qualquer interessado ou do Ministrio Pblico, declarar a ausncia, e nomear-lhe- curador. Art. 23. Tambm se declarar a ausncia, e se nomear curador, quando o ausente deixar mandatrio que no queira ou no possa exercer ou continuar o mandato, ou se os seus poderes forem insuficientes. Art. 24. O juiz, que nomear o curador, fixar-lhe- os poderes e obrigaes, conforme as circunstncias, observando, no que for aplicvel, o disposto a respeito dos tutores e curadores. Art. 25. O cnjuge do ausente, sempre que no esteja separado judicialmente, ou de fato por mais de dois anos antes da declarao da ausncia, ser o seu legtimo curador. 1o Em falta do cnjuge, a curadoria dos bens do ausente incumbe aos pais ou aos descendentes, nesta ordem, no havendo impedimento que os iniba de exercer o cargo. 2o Entre os descendentes, os mais prximos precedem os mais remotos.
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Art. 467. Em falta de cnjuge, a curadoria dos bens do ausente incumbe ao pai, me, aos descendentes, nesta ordem, no havendo impedimento que os iniba de exercer o cargo. Pargrafo nico. Entre os descendentes, os mais vizinhos precedem aos mais re12

Quadro Comparativo entre o Novo Cdigo Civil e o Cdigo Civil Anterior Lei no 3.071/1916 motos, e, entre os do mesmo grau, os vares preferem s mulheres. Art. 468. Nos casos de arrecadao de herana ou quinho de herdeiros ausentes, observar-se-, quanto nomeao do curador, o disposto neste Cdigo, artigos 1.591 a 1.594. 3o Na falta das pessoas mencionadas, compete ao juiz a escolha do curador. Seo II Da Sucesso Provisria Art. 469. Passando-se dois anos, sem que se saiba do ausente, se no deixou representante, nem procurador, ou, se os deixou, em passando quatro anos, podero os interessados requerer que se lhes abra provisoriamente a sucesso. Art. 470. Consideram-se, para este efeito, interessados: I o cnjuge no separado judicialmente; II os herdeiros presumidos legtimos, ou os testamentrios; III os que tiverem sobre os bens do ausente direito subordinado condio de morte; IV os credores de obrigaes vencidas e no pagas. Art. 471. A sentena que determinar a abertura da sucesso provisria s produzir efeitos seis meses depois de publicada pela imprensa; mas logo que passe em julgado, se proceder abertura do testamento, se houver, e ao inventrio e partilha dos bens, como se o ausente fosse falecido.
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Seo II Da Sucesso Provisria Art. 26. Decorrido um ano da arrecadao dos bens do ausente, ou, se ele deixou representante ou procurador, em se passando trs anos, podero os interessados requerer que se declare a ausncia e se abra provisoriamente a sucesso. Art. 27. Para o efeito previsto no artigo anterior, somente se consideram interessados: I o cnjuge no separado judicialmente; II os herdeiros presumidos, legtimos ou testamentrios; III os que tiverem sobre os bens do ausente direito dependente de sua morte; IV os credores de obrigaes vencidas e no pagas. Art. 28. A sentena que determinar a abertura da sucesso provisria s produzir efeito cento e oitenta dias depois de publicada pela imprensa; mas, logo que passe em julgado, proceder-se- abertura do testamento, se houver, e ao inventrio e partilha dos bens, como se o ausente fosse falecido.
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Quadro Comparativo entre o Novo Cdigo Civil e o Cdigo Civil Anterior Lei no 3.071/1916 1o Findo o prazo do artigo 469, e no havendo absolutamente interessados na sucesso provisria, cumpre ao Ministrio Pblico requer-la ao juzo competente. 2o No comparecendo herdeiro, ou interessado, tanto que passe em julgado a sentena, que mandar abrir a sucesso provisria, proceder-se- judicialmente arrecadao dos bens do ausente pela forma estabelecida nos artigos 1.591 a 1.594. Art. 472. Antes da partilha o juiz ordenar a converso dos bens mveis, sujeitos a deteriorao ou a extravio, em imveis, ou em ttulos da dvida pblica da Unio, ou dos Estados. Art. 473. Os herdeiros imitidos na posse dos bens do ausente daro garantias da restituio deles, mediante penhores, ou hipotecas, equivalente aos quinhes respectivos. Pargrafo nico. O que tiver direito posse provisria, mas no puder prestar a garantia exigida neste artigo, ser excludo, mantendo-se os bens que lhe deviam sob a administrao do curador, ou de outro herdeiro designado pelo juiz, e que preste a dita garantia. Lei no 10.406/2002 1o Findo o prazo a que se refere o art. 26, e no havendo interessados na sucesso provisria, cumpre ao Ministrio Pblico requer-la ao juzo competente. 2o No comparecendo herdeiro ou interessado para requerer o inventrio at trinta dias depois de passar em julgado a sentena que mandar abrir a sucesso provisria, proceder-se- arrecadao dos bens do ausente pela forma estabelecida nos arts. 1.819 a 1.823. Art. 29. Antes da partilha, o juiz, quando julgar conveniente, ordenar a converso dos bens mveis, sujeitos a deteriorao ou a extravio, em imveis ou em ttulos garantidos pela Unio. Art. 30. Os herdeiros, para se imitirem na posse dos bens do ausente, daro garantias da restituio deles, mediante penhores ou hipotecas equivalentes aos quinhes respectivos. 1o Aquele que tiver direito posse provisria, mas no puder prestar a garantia exigida neste artigo, ser excludo, mantendo-se os bens que lhe deviam caber sob a administrao do curador, ou de outro herdeiro designado pelo juiz, e que preste essa garantia. 2o Os ascendentes, os descendentes e o cnjuge, uma vez provada a sua qualidade de herdeiros, podero, independentemente de garantia, entrar na posse dos bens do ausente. Art. 474. Na partilha, os imveis sero confiados em sua integridade aos sucessores provisrios mais idneos.
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Quadro Comparativo entre o Novo Cdigo Civil e o Cdigo Civil Anterior Lei no 3.071/1916 Art. 475. No sendo por desapropriao, os imveis do ausente s se podero alienar, quando o ordene o juiz, para lhes evitar a runa, ou quando convenha convert-los em ttulos da dvida pblica. Art. 476. Empossado nos bens, os sucessores provisrios ficaro representando ativa e passivamente o ausente; de modo que contra eles correro as aes pendentes e as que de futuro queles se moverem. Art. 477. O descendente, ascendente, ou cnjuge, que for sucessor provisrio do ausente far seus todos os frutos e rendimentos dos bens que a este couberem. Os outros sucessores, porm, devero capitalizar metade desses frutos e rendimentos, segundo o disposto no artigo 472, de acordo com o representante do Ministrio Pblico, e prestar anualmente contas ao juiz competente. Lei no 10.406/2002 Art. 31. Os imveis do ausente s se podero alienar, no sendo por desapropriao, ou hipotecar, quando o ordene o juiz, para lhes evitar a runa.

Art. 32. Empossados nos bens, os sucessores provisrios ficaro representando ativa e passivamente o ausente, de modo que contra eles correro as aes pendentes e as que de futuro quele forem movidas. Art. 33. O descendente, ascendente ou cnjuge que for sucessor provisrio do ausente, far seus todos os frutos e rendimentos dos bens que a este couberem; os outros sucessores, porm, devero capitalizar metade desses frutos e rendimentos, segundo o disposto no art. 29, de acordo com o representante do Ministrio Pblico, e prestar anualmente contas ao juiz competente. Pargrafo nico. Se o ausente aparecer, e ficar provado que a ausncia foi voluntria e injustificada, perder ele, em favor do sucessor, sua parte nos frutos e rendimentos.

Art. 478. O excludo, segundo o artigo 473, pargrafo nico, da posse provisria, poder, justificando falta de meios, requerer lhe seja entregue metade dos rendimentos do quinho, que lhe tocaria Art. 479. Se durante a posse provisria se provar a poca exata do falecimento do ausente, considerar-se-, nessa data aberta a sucesso em favor dos herdeiros que o eram quele tempo.
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Art. 34. O excludo, segundo o art. 30, da posse provisria poder, justificando falta de meios, requerer lhe seja entregue metade dos rendimentos do quinho que lhe tocaria. Art. 35. Se durante a posse provisria se provar a poca exata do falecimento do ausente, considerar-se-, nessa data, aberta a sucesso em favor dos herdeiros, que o eram quele tempo.
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Quadro Comparativo entre o Novo Cdigo Civil e o Cdigo Civil Anterior Lei no 3.071/1916 Art. 480. Se o ausente aparecer, ou se lhe provar a existncia, depois de estabelecida a posse provisria, cessaro para logo as vantagens dos sucessores nela imitidos, ficando, todavia, obrigado a tomar as medidas assecuratrias precisas, at a entrega dos bens a seu dono. Seo III Da Sucesso Definitiva Art. 481. Vinte anos depois de passada em julgado a sentena que concede a abertura da sucesso provisria, podero os interessados requerer a definitiva e o levantamento das caues prestadas. Art. 482. Tambm se pode requerer a sucesso definitiva, provando-se que o ausente conta oitenta anos de nascido e que de cinco datam as ltimas notcias suas. Art. 483. Regressando o ausente nos dez anos seguintes abertura da sucesso definitiva, ou algum de seus descendentes, ou ascendentes, aquele ou estes havero s os bens existentes no estado em que se acharem, os sub-rogados em seu lugar, ou o preo que os herdeiros e demais interessados houverem recebido pelos alienados depois daquele tempo. Pargrafo nico. Se nos dez anos deste artigo, o ausente no regressar, e nenhum interessado promover a sucesso definitiva, a plena propriedade dos bens arrecadados passar ao Estado, ou ao Distrito Federal, se o ausente era domiciliado nas respectivas circunscries, ou Unio, se o eram em territrio ainda no constitudo em Estado.
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Lei no 10.406/2002 Art. 36. Se o ausente aparecer, ou se lhe provar a existncia, depois de estabelecida a posse provisria, cessaro para logo as vantagens dos sucessores nela imitidos, ficando, todavia, obrigados a tomar as medidas assecuratrias precisas, at a entrega dos bens a seu dono. Seo III Da Sucesso Definitiva Art. 37. Dez anos depois de passada em julgado a sentena que concede a abertura da sucesso provisria, podero os interessados requerer a sucesso definitiva e o levantamento das caues prestadas. Art. 38. Pode-se requerer a sucesso definitiva, tambm, provando-se que o ausente conta oitenta anos de idade, e que de cinco datam as ltimas notcias dele. Art. 39. Regressando o ausente nos dez anos seguintes abertura da sucesso definitiva, ou algum de seus descendentes ou ascendentes, aquele ou estes havero s os bens existentes no estado em que se acharem, os sub-rogados em seu lugar, ou o preo que os herdeiros e demais interessados houverem recebido pelos bens alienados depois daquele tempo. Pargrafo nico. Se, nos dez anos a que se refere este artigo, o ausente no regressar, e nenhum interessado promover a sucesso definitiva, os bens arrecadados passaro ao domnio do Municpio ou do Distrito Federal, se localizados nas respectivas circunscries, incorporandose ao domnio da Unio, quando situados em territrio federal.
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Quadro Comparativo entre o Novo Cdigo Civil e o Cdigo Civil Anterior Lei no 3.071/1916 Seo IV Dos Efeitos da Ausncia Quanto aos Direitos de Famlia Art. 484. Se o ausente deixar filhos menores, e o outro cnjuge houver falecido, ou no tiver direito ao exerccio do ptrio poder, proceder-se- com esses filhos, como se fossem rfos de pai e me. Parte Geral Livro I Das Pessoas Ttulo I Da Diviso das Pessoas Captulo II Das Pessoas Jurdicas Seo I Disposies Gerais Art. 13. As pessoas jurdicas so de direito pblico interno, ou externo, e de direito privado. Art. 14. So pessoas jurdicas de direito pblico interno: I A Unio; II cada um dos seus Estados e o Distrito Federal; III cada um dos Municpios legalmente constitudos. Art. 40. As pessoas jurdicas so de direito pblico, interno ou externo, e de direito privado. Art. 41. So pessoas jurdicas de direito pblico interno: I a Unio; II os Estados, o Distrito Federal e os Territrios; III os Municpios; IV as autarquias; V as demais entidades de carter pblico criadas por lei. Art. 42. So pessoas jurdicas de direito pblico externo os Estados estrangeiros e todas as pessoas que forem regidas pelo direito internacional pblico. Art. 15. As pessoas jurdicas de direito pblico so civilmente responsveis por atos dos seus representantes que nessa qualidade causem danos a terceiros, proCdigo Civil Comparado

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Ttulo II Das Pessoas Jurdicas Captulo I Disposies Gerais

Art. 43. As pessoas jurdicas de direito pblico interno so civilmente responsveis por atos dos seus agentes que nessa qualidade causem danos a terceiros, res17

Quadro Comparativo entre o Novo Cdigo Civil e o Cdigo Civil Anterior Lei no 3.071/1916 cedendo de modo contrrio ao direito ou faltando a dever prescrito por lei, salvo o direito regressivo contra os causadores do dano. Art. 16. So pessoas jurdicas de direito privado: I as sociedades civis, religiosas, pias, morais, cientficas ou literrias, as associaes de utilidade pblica e as fundaes; II as sociedades mercantis; III os partidos polticos. 1o As sociedades mencionadas no no 1 s se podero constituir por escrito, lanado no registro geral, e reger-se-o pelo disposto a seu respeito neste Cdigo, Parte Especial. 2o As sociedades mercantis continuaro a reger-se pelo estatudo nas leis comerciais. 3o Os partidos polticos reger-se-o pelo disposto, no que lhes for aplicvel, nos artigos 17 a 22 deste Cdigo e em lei especfica. Art. 17. As pessoas jurdicas sero representadas, ativa e passivamente, nos atos judiciais e extrajudiciais, por quem os respectivos estatutos designarem, ou, no o designando, pelos seus diretores. Seo II Do Registro Civil das Pessoas Jurdicas Art. 18. Comea a existncia legal das pessoas juridicas de direito privado com a inscrio dos seus contratos, atos constitutivos, estatutos ou compromissos no seu registro peculiar, regulado por lei especial, ou com a auto18

Lei no 10.406/2002 salvado direito regressivo contra os causadores do dano, se houver, por parte destes, culpa ou dolo. Art. 44. So pessoas jurdicas de direito privado: I as associaes; II as sociedades; III as fundaes.

Pargrafo nico. As disposies concernentes s associaes aplicam-se, subsidiariamente, s sociedades que so objeto do Livro II da Parte Especial deste Cdigo.

Art. 45. Comea a existncia legal das pessoas jurdicas de direito privado com a inscrio do ato constitutivo no respectivo registro, precedida, quando necessrio, de autorizao ou aprovao do Poder Executivo, averbando-se no registro
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Quadro Comparativo entre o Novo Cdigo Civil e o Cdigo Civil Anterior Lei no 3.071/1916 rizao ou aprovao do Governo, quando precisa. Lei no 10.406/2002 todas as alteraes por que passar o ato constitutivo. Pargrafo nico. Decai em trs anos o direito de anular a constituio das pessoas jurdicas de direito privado, por defeito do ato respectivo, contado o prazo da publicao de sua inscrio no registro. Pargrafo nico. Sero averbadas no registro as alteraes, que esses atos sofrerem. Art. 19. O registro declarar: I a denominao, os fins e a sede da associao ou fundao; II o modo por que se administra e representa, ativa e passiva, judicial e extrajudicialmente; III se os estatutos, o contrato ou o compromisso so reformveis no tocante administrao, e de que modo; IV se os membros respondem, ou no, subsidiariamente pelas obrigaes sociais; V as condies de extino da pessoa jurdica e o destino do seu patrimnio nesse caso. Art. 46. O registro declarar: I a denominao, os fins, a sede, o tempo de durao e o fundo social, quando houver; II o nome e a individualizao dos fundadores ou instituidores, e dos diretores; III o modo por que se administra e representa, ativa e passivamente, judicial e extrajudicialmente; IV se o ato constitutivo reformvel no tocante administrao, e de que modo; V se os membros respondem, ou no, subsidiariamente, pelas obrigaes sociais; VI as condies de extino da pessoa jurdica e o destino do seu patrimnio, nesse caso. Art. 47. Obrigam a pessoa jurdica os atos dos administradores, exercidos nos limites de seus poderes definidos no ato constitutivo. Art. 48. Se a pessoa jurdica tiver administrao coletiva, as decises se tomaro pela maioria de votos dos presentes, salvo se o ato constitutivo dispuser de modo diverso. Pargrafo nico. Decai em trs anos o direito de anular as decises a que se refere
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Quadro Comparativo entre o Novo Cdigo Civil e o Cdigo Civil Anterior Lei no 3.071/1916 Lei no 10.406/2002 este artigo, quando violarem a lei ou estatuto, ou forem eivadas de erro, dolo, simulao ou fraude. Art. 49. Se a administrao da pessoa jurdica vier a faltar, o juiz, a requerimento de qualquer interessado, nomear-lhe- administrador provisrio. Art. 50. Em caso de abuso da personalidade jurdica, caracterizado pelo desvio de finalidade, ou pela confuso patrimonial, pode o juiz decidir, a requerimento da parte, ou do Ministrio Pblico quando lhe couber intervir no processo, que os efeitos de certas e determinadas relaes de obrigaes sejam estendidos aos bens particulares dos administradores ou scios da pessoa jurdica. Art. 51. Nos casos de dissoluo da pessoa jurdica ou cassada a autorizao para seu funcionamento, ela subsistir para os fins de liquidao, at que esta se conclua. 1o Far-se-, no registro onde a pessoa jurdica estiver inscrita, a averbao de sua dissoluo. 2o As disposies para a liquidao das sociedades aplicam-se, no que couber, s demais pessoas jurdicas de direito privado. 3o Encerrada a liquidao, promover-se o cancelamento da inscrio da pessoa jurdica. Art. 52. Aplica-se s pessoas jurdicas, no que couber, a proteo dos direitos da personalidade. Captulo II Das Associaes
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Quadro Comparativo entre o Novo Cdigo Civil e o Cdigo Civil Anterior Lei no 3.071/1916 Seo III Das Sociedades ou Associaes Civis Art. 20. As pessoas jurdicas tm existncia distinta da dos seus membros. 1o No se podero constituir, sem prvia autorizao, as sociedades, as agncias ou os estabelecimentos de seguros, montepios e caixas econmicas, salvo as cooperativas e os sindicatos profissionais e agrcolas, legalmente organizados. Se tiverem de funcionar no Distrito Federal, ou em territrios no constitudos em Estados, a autorizao ser do governo federal; se em um s Estado, do governo deste. 2o As sociedades enumeradas no artigo 16, que, por falta de autorizao ou de registro, se no reputarem pessoas jurdicas, no podero acionar a seus membros, nem a terceiros; mas estes podero responsabiliz-las por todos os seus atos. Art. 53. Constituem-se as associaes pela unio de pessoas que se organizem para fins no econmicos. Pargrafo nico. No h, entre os associados, direitos e obrigaes recprocos. Art. 54. Sob pena de nulidade, o estatuto das associaes conter: I a denominao, os fins e a sede da associao; II os requisitos para a admisso, demisso e excluso dos associados; III os direitos e deveres dos associados; IV as fontes de recursos para sua manuteno;
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Lei no 10.406/2002

Quadro Comparativo entre o Novo Cdigo Civil e o Cdigo Civil Anterior Lei no 3.071/1916 Lei no 10.406/2002 V o modo de constituio e funcionamento dos rgos deliberativos e administrativos; VI as condies para a alterao das disposies estatutrias e para a dissoluo. Art. 55. Os associados devem ter iguais direitos, mas o estatuto poder instituir categorias com vantagens especiais. Art. 56. A qualidade de associado intransmissvel, se o estatuto no dispuser o contrrio. Pargrafo nico. Se o associado for titular de quota ou frao ideal do patrimnio da associao, a transferncia daquela no importar, de per si, na atribuio da qualidade de associado ao adquirente ou ao herdeiro, salvo disposio diversa do estatuto. Art. 57. A excluso do associado s admissvel havendo justa causa, obedecido o disposto no estatuto; sendo este omisso, poder tambm ocorrer se for reconhecida a existncia de motivos graves, em deliberao fundamentada, pela maioria absoluta dos presentes assemblia geral especialmente convocada para esse fim. Pargrafo nico. Da deciso do rgo que, de conformidade com o estatuto, decretar a excluso, caber sempre recurso assemblia geral. Art. 58. Nenhum associado poder ser impedido de exercer direito ou funo que lhe tenha sido legitimamente conferido, a no ser nos casos e pela forma previstos na lei ou no estatuto. Art. 59. Compete privativamente assemblia geral:
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Quadro Comparativo entre o Novo Cdigo Civil e o Cdigo Civil Anterior Lei no 3.071/1916 Lei no 10.406/2002 I eleger os administradores; II destituir os administradores; III aprovar as contas; IV alterar o estatuto. Pargrafo nico. Para as deliberaes a que se referem os incisos II e IV exigido o voto concorde de dois teros dos presentes assemblia especialmente convocada para esse fim, no podendo ela deliberar, em primeira convocao, sem a maioria absoluta dos associados, ou com menos de um tero nas convocaes seguintes. Art. 60. A convocao da assemblia geral far-se- na forma do estatuto, garantido a um quinto dos associados o direito de promov-la. Art. 21. Termina a existncia da pessoa jurdica: I pela sua dissoluo, deliberada entre os seus membros, salvo o direito da minoria e de terceiros; II pela sua dissoluo, quando a lei determine; III pela sua dissoluo em virtude de ato do Governo, que lhe casse a autorizao para funcionar, quando a pessoa jurdica incorra em atos opostos aos seus fins ou nocivos ao bem pblico. Art. 22. Extinguindo-se uma associao de intuitos no econmicos, cujos estatutos no disponham quanto ao destino ulterior dos seus bens, e no tendo os scios adotado a tal respeito deliberao eficaz, devolver-se- o patrimnio social a um estabelecimento municipal, estadual ou federal, de fins idnticos, ou semelhantes. Art. 61. Dissolvida a associao, o remanescente do seu patrimnio lquido, depois de deduzidas, se for o caso, as quotas ou fraes ideais referidas no pargrafo nico do art. 56, ser destinado entidade de fins no econmicos designada no estatuto, ou, omisso este, por deliberao dos associados, instituio municipal, estadual ou federal, de fins idnticos ou semelhantes.
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Quadro Comparativo entre o Novo Cdigo Civil e o Cdigo Civil Anterior Lei no 3.071/1916 Lei no 10.406/2002 1o Por clusula do estatuto ou, no seu silncio, por deliberao dos associados, podem estes, antes da destinao do remanescente referida neste artigo, receber em restituio, atualizado o respectivo valor, as contribuies que tiverem prestado ao patrimnio da associao. Pargrafo nico. No havendo no Municpio ou no Estado, no Distrito Federal ou no territrio ainda no constitudo em Estado, em que a associao teve sua sede, estabelecimento nas condies indicadas, o patrimnio se devolver Fazenda do Estado, do Distrito Federal ou Unio. Art. 23. Extinguindo-se uma sociedade de fins econmicos, o remanescente do patrimnio social compartir-se- entre os scios ou seus herdeiros. Captulo III Das Fundaes Seo IV Das Fundaes Art. 24. Para criar uma fundao, far-lhe- o seu instituidor, por escritura pblica ou testamento, dotao especial de bens livres, especificando o fim a que se destina, e declarando, se quiser, a maneira de administr-la. Art. 62. Para criar uma fundao, o seu instituidor far, por escritura pblica ou testamento, dotao especial de bens livres, especificando o fim a que se destina, e declarando, se quiser, a maneira de administr-la. Pargrafo nico. A fundao somente poder constituir-se para fins religiosos, morais, culturais ou de assistncia. Art. 63. Quando insuficientes para constituir a fundao, os bens a ela destinados sero, se de outro modo no dispuser o instituidor, incorporados em outra fundao que se proponha a fim igual ou semelhante. 2o No existindo no Municpio, no Estado, no Distrito Federal ou no Territrio, em que a associao tiver sede, instituio nas condies indicadas neste artigo, o que remanescer do seu patrimnio se devolver Fazenda do Estado, do Distrito Federal ou da Unio.

Art. 25. Quando insuficiente para constituir a fundao, os bens doados sero convertidos em ttulos da dvida pblica, se outra coisa no dispuser o instituidor, at que, aumentados com os rendimentos ou novas dotaes, perfaam capital bastante.
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Quadro Comparativo entre o Novo Cdigo Civil e o Cdigo Civil Anterior Lei no 3.071/1916 Lei no 10.406/2002 Art. 64. Constituda a fundao por negcio jurdico entre vivos, o instituidor obrigado a transferir-lhe a propriedade, ou outro direito real, sobre os bens dotados, e, se no o fizer, sero registrados, em nome dela, por mandado judicial. Art. 65. Aqueles a quem o instituidor cometer a aplicao do patrimnio, em tendo cincia do encargo, formularo logo, de acordo com as suas bases (art. 62), o estatuto da fundao projetada, submetendo-o, em seguida, aprovao da autoridade competente, com recurso ao juiz. Pargrafo nico. Se o estatuto no for elaborado no prazo assinado pelo instituidor, ou, no havendo prazo, em cento e oitenta dias, a incumbncia caber ao Ministrio Pblico. Art. 26. Valer pelas fundaes o Ministrio Pblico do Estado, onde situadas. Art. 66. Velar pelas fundaes o Ministrio Pblico do Estado onde situadas. 1o Se funcionarem no Distrito Federal, ou em Territrio, caber o encargo ao Ministrio Pblico Federal. 2o Se estenderem a atividade por mais de um Estado, caber o encargo, em cada um deles, ao respectivo Ministrio Pblico.

Art. 27. Aqueles a quem o instituidor cometer a aplicao do patrimnio, em tendo cincia do encargo, formularo logo, de acordo com as suas bases, os estatutos da fundao projetada, submetendoos, em seguida, aprovao da autoridade competente. Pargrafo nico. Se esta lhe denegar, supri-la- o juiz competente no Estado, no Distrito Federal ou nos territrios, com os recursos da lei.
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Quadro Comparativo entre o Novo Cdigo Civil e o Cdigo Civil Anterior Lei no 3.071/1916 Art. 28. Para se poderem alterar os estatutos da fundao, mister: I que a reforma seja deliberada pela maioria absoluta dos competentes para gerir e representar a fundao; II que no contrate o fim desta; III que seja aprovada pela autoridade competente. Lei no 10.406/2002 Art. 67. Para que se possa alterar o estatuto da fundao mister que a reforma: I seja deliberada por dois teros dos competentes para gerir e representar a fundao; II no contrarie ou desvirtue o fim desta; III seja aprovada pelo rgo do Ministrio Pblico, e, caso este a denegue, poder o juiz supri-la, a requerimento do interessado. Art. 68. Quando a alterao no houver sido aprovada por votao unnime, os administradores da fundao, ao submeterem o estatuto ao rgo do Ministrio Pblico, requerero que se d cincia minoria vencida para impugn-la, se quiser, em dez dias.

Art. 29. A minoria vencida na modificao dos estatutos poder, dentro em um ano, promover-lhe a nulidade, recorrendo ao juiz competente, salvo o direito de terceiros.

Art. 30. Verificado ser nociva, ou impossvel a mantena de uma fundao, ou vencido o prazo de sua existncia, o patrimnio, salvo disposio em contrrio no ato constitutivo, ou nos estatutos, ser incorporado em outras fundaes, que se proponham a fins iguais ou semelhantes. Pargrafo nico. Esta verificao poder ser promovida judicialmente pela minoria de que trata o artigo 29, ou pelo ministrio pblico. Art. 69. Tornando-se ilcita, impossvel ou intil a finalidade a que visa a fundao, ou vencido o prazo de sua existncia, o rgo do Ministrio Pblico, ou qualquer interessado, lhe promover a extino, incorporando-se o seu patrimnio, salvo disposio em contrrio no ato constitutivo, ou no estatuto, em outra fundao, designada pelo juiz, que se proponha a fim igual ou semelhante.
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Quadro Comparativo entre o Novo Cdigo Civil e o Cdigo Civil Anterior Lei no 3.071/1916 Ttulo II Do Domiclio Civil Art. 31. O domiclio civil da pessoa natural o lugar onde ela estabelece a sua residncia com nimo definitivo. Art. 32. Se, porm, a pessoa natural tiver diversas residncias onde alternadamente viva, ou vrios centros de ocupaes habituais, considerar-se- domicilio seu qualquer destes ou daquelas. Lei no 10.406/2002 Ttulo III Do Domiclio Art. 70. O domiclio da pessoa natural o lugar onde ela estabelece a sua residncia com nimo definitivo. Art. 71. Se, porm, a pessoa natural tiver diversas residncias, onde, alternadamente, viva, considerar-se- domiclio seu qualquer delas. Art. 72. tambm domiclio da pessoa natural, quanto s relaes concernentes profisso, o lugar onde esta exercida. Pargrafo nico. Se a pessoa exercitar profisso em lugares diversos, cada um deles constituir domiclio para as relaes que lhe corresponderem. Art. 33. Ter-se- por domicilio da pessoa natural, que no tenha residncia habitual, ou empregue a vida em viagens, sem ponto central de negcios, o lugar onde for encontrada. Art. 34. Muda-se o domiclio, transferindo a residncia, com inteno manifesta de o mudar. Pargrafo nico. A prova da inteno resultar do que declarar a pessoa mudada s municipalidades dos lugares, que deixa, e para onde vai, ou, se tais declaraes no fizer, da prpria mudana, com as circunstncias que a acompanharem. Art. 35. Quanto s pessoas jurdicas, o domiclio : I da Unio, o Distrito Federal; II dos Estados, as respectivas capitais; Art. 73. Ter-se- por domiclio da pessoa natural, que no tenha residncia habitual, o lugar onde for encontrada.

Art. 74. Muda-se o domiclio, transferindo a residncia, com a inteno manifesta de o mudar. Pargrafo nico. A prova da inteno resultar do que declarar a pessoa s municipalidades dos lugares, que deixa, e para onde vai, ou, se tais declaraes no fizer, da prpria mudana, com as circunstncias que a acompanharem. Art. 75. Quanto s pessoas jurdicas, o domiclio : I da Unio, o Distrito Federal; II dos Estados e Territrios, as respectivas capitais;

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Quadro Comparativo entre o Novo Cdigo Civil e o Cdigo Civil Anterior Lei no 3.071/1916 III do Municpio, o lugar onde funcione a administrao municipal; IV das demais pessoas jurdicas, o lugar onde funcionarem as respectivas diretorias e administraes, ou onde elegerem domiclio especial nos seus estatutos ou atos constitutivos. 1o Quando o direito pleiteado se originar de um fato ocorrido, ou de um ato praticado, ou que deva produzir os seus efeitos, fora do Distrito Federal, a Unio ser demandada na seo judicial em que o fato ocorreu, ou onde tiver sua sede a autoridade de quem o ato emanou, ou este tenha de ser executado. 2o Nos Estados, observar-se-, quanto s causas de natureza local, oriundas de fatos ocorridos, ou atos praticados por suas autoridades, ou dados execuo, fora das capitais, o que dispuser a respectiva legislao. 3o Tendo a pessoa jurdica de direito privado diversos estabelecimentos em lugares diferentes, cada um ser considerado domiclio para os atos nele praticados. 4o Se a administrao, ou diretoria, tiver a sede no estrangeiro, haver-se- por domiclio da pessoa jurdica, no tocante s obrigaes contradas por cada uma das suas agncias, o lugar do estabelecimento, sito no Brasil, a que ela corresponder. Art. 36. Os incapazes tm por domiclio o do seus representantes. Pargrafo nico. A mulher casada tem por domiclio o do marido, salvo se estiver desquitada, ou lhe competir a administrao do casal.
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Lei no 10.406/2002 III do Municpio, o lugar onde funcione a administrao municipal; IV das demais pessoas jurdicas, o lugar onde funcionarem as respectivas diretorias e administraes, ou onde elegerem domiclio especial no seu estatuto ou atos constitutivos.

1o Tendo a pessoa jurdica diversos estabelecimentos em lugares diferentes, cada um deles ser considerado domiclio para os atos nele praticados. 2o Se a administrao, ou diretoria, tiver a sede no estrangeiro, haver-se- por domiclio da pessoa jurdica, no tocante s obrigaes contradas por cada uma das suas agncias, o lugar do estabelecimento, sito no Brasil, a que ela corresponder. Art. 76. Tm domiclio necessrio o incapaz, o servidor pblico, o militar, o martimo e o preso. Pargrafo nico. O domiclio do incapaz o do seu representante ou assistente; o do servidor pblico, o lugar em que exerCdigo Civil Comparado

Quadro Comparativo entre o Novo Cdigo Civil e o Cdigo Civil Anterior Lei no 3.071/1916 Lei no 10.406/2002 cer permanentemente suas funes; o do militar, onde servir, e, sendo da Marinha ou da Aeronutica, a sede do comando a que se encontrar imediatamente subordinado; o do martimo, onde o navio estiver matriculado; e o do preso, o lugar em que cumprir a sentena. Art 37. Os funcionrios pblicos reputamse domiciliados onde exercem as suas funes, no sendo temporrias, peridicas, ou de simples comisso, porque, nestes casos, elas no operam mudanas no domiclio anterior. Art 38. O domiclio do militar em servio ativo o lugar onde servir. Pargrafo nico. As pessoas com praa na armada tm o seu domiclio na respectiva estao naval, ou na sede do emprego que estiverem exercendo, em terra. Art 39. O domiclio dos oficiais e tripulantes da marinha mercante o lugar onde estiver matriculado o navio. Art. 40. O preso, ou o desterrado, tem o domiclio no lugar onde cumpre a sentena ou desterro. Art. 41. O ministro ou agente diplomtico do Brasil, que, citado no estrangeiro alegar exterritorialidade sem designar onde tem, no Pas, o seu domiclio, poder ser demandado no Distrito Federal ou no ltimo ponto do territrio brasileiro onde o teve. Art. 42. Nos contratos escritos podero os contraentes especificar domiclio onde se exercitem e cumpram os direitos e obrigaes deles resultantes.
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Art. 77. O agente diplomtico do Brasil, que, citado no estrangeiro, alegar extraterritorialidade sem designar onde tem, no pas, o seu domiclio, poder ser demandado no Distrito Federal ou no ltimo ponto do territrio brasileiro onde o teve. Art. 78. Nos contratos escritos, podero os contratantes especificar domiclio onde se exercitem e cumpram os direitos e obrigaes deles resultantes.
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Quadro Comparativo entre o Novo Cdigo Civil e o Cdigo Civil Anterior Lei no 3.071/1916 Livro II Dos Bens Ttulo nico Das Diferentes Classes de Bens Captulo I Dos Bens Considerados em Si Mesmos Seo I Dos Bens Imveis Art. 43. So bens imveis: I o solo com a sua superfcie, os seus acessrios e adjacncias naturais, compreendendo as rvores e frutos pendentes, o espao areo e o subsolo; II tudo quanto o homem incorporar permanentemente ao solo, como a semente lanada terra, os edifcios e construes, de modo que se no possa retirar sem destruio, modificao, fratura, ou dano; III tudo quanto no imvel o proprietrio mantiver intencionalmente empregado em sua explorao industrial, aformoseamento, ou comodidade. Art. 44. Consideram-se imveis para os efeitos legais: I os direitos reais sobre imveis, inclusive o penhor agrcola, e as aes que os asseguram; II as aplices da dvida pblica oneradas com a clusula de inalienabilidade; III o direito sucesso aberta. Art. 45. Os bens de que trata o artigo 43, III, podem ser, em qualquer tempo mobilizados. Art. 46. No perdem o carter de imveis os materiais provisoriamente separados de um prdio, para nele mesmo se reempregarem.
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Lei no 10.406/2002 Livro II Dos Bens Ttulo nico Das Diferentes Classes de Bens Captulo I Dos Bens Considerados em Si Mesmos Seo I Dos Bens Imveis Art. 79. So bens imveis o solo e tudo quanto se lhe incorporar natural ou artificialmente.

Art. 80. Consideram-se imveis para os efeitos legais: I os direitos reais sobre imveis e as aes que os asseguram; II o direito sucesso aberta.

Art. 81. No perdem o carter de imveis: I as edificaes que, separadas do solo, mas conservando a sua unidade, forem removidas para outro local;
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Quadro Comparativo entre o Novo Cdigo Civil e o Cdigo Civil Anterior Lei no 3.071/1916 Lei no 10.406/2002 II os materiais provisoriamente separados de um prdio, para nele se reempregarem. Seo II Dos Bens Mveis Art. 47. So mveis os bens suscetveis de movimento prprio, ou de remoo por fora alheia. Art. 48. Consideram-se mveis para os efeitos legais: I os direitos reais sobre objetos mveis e as aes correspondentes; II os direitos de obrigaes e as aes respectivas; III os direitos de autor. Art. 49. Os materiais destinados a alguma construo, enquanto no forem empregados, conservam a sua qualidade de mveis. Readquirem essa qualidade os provenientes da demolio de algum prdio. Seo III Das Coisas Fungveis e Consumveis Art. 50. So fungveis os mveis que podem, e no fungveis os que no podem substituir-se por outros da mesma espcie, qualidade e quantidade. Art. 51. So consumveis os bens mveis, cujo uso importa destruio imediata da prpria substncia, sendo tambm considerados tais os destinados a alienao. Seo IV Das Coisas Divisveis e Indivisveis
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Seo II Dos Bens Mveis Art. 82. So mveis os bens suscetveis de movimento prprio, ou de remoo por fora alheia, sem alterao da substncia ou da destinao econmico-social. Art. 83. Consideram-se mveis para os efeitos legais: I as energias que tenham valor econmico; II os direitos reais sobre objetos mveis e as aes correspondentes; III os direitos pessoais de carter patrimonial e respectivas aes; Art. 84. Os materiais destinados a alguma construo, enquanto no forem empregados, conservam sua qualidade de mveis; readquirem essa qualidade os provenientes da demolio de algum prdio. Seo III Dos Bens Fungveis e Consumveis Art. 85. So fungveis os mveis que podem substituir-se por outros da mesma espcie, qualidade e quantidade. Art. 86. So consumveis os bens mveis cujo uso importa destruio imediata da prpria substncia, sendo tambm considerados tais os destinados alienao. Seo IV Dos Bens Divisveis

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Quadro Comparativo entre o Novo Cdigo Civil e o Cdigo Civil Anterior Lei no 3.071/1916 Art. 52. Coisas divisveis so as que se podem partir em pores reais e distintas formando cada qual um todo perfeito. Lei no 10.406/2002 Art. 87. Bens divisveis so os que se podem fracionar sem alterao na sua substncia, diminuio considervel de valor, ou prejuzo do uso a que se destinam. Art. 88. Os bens naturalmente divisveis podem tornar-se indivisveis por determinao da lei ou por vontade das partes.

Art. 53. So indivisveis: I os bens que se no podem partir sem alterao na sua substncia; II os que, embora naturalmente divisveis se consideram indivisveis por lei, ou vontade das partes. Seo V Das Coisas Singulares e Coletivas Art. 54. As coisas simples ou compostas, materiais ou imateriais, so singulares ou coletivas: I singulares, quando, embora reunidas, se consideram de per si, independentemente das demais; II coletivas, ou universais, quando se encaram agregadas em todo. Art. 55. Nas coisas coletivas, em desaparecendo todos os indivduos, menos um, se tem por extinta a coletividade. Art. 56. Na coletividade, fica sub-rogado ao indivduo o respectivo valor, e viceversa. Art. 57. O patrimnio e a herana constituem coisas universais, ou universalidades, e como tais subsistem, embora no constem de objetos materiais.

Seo V Dos Bens Singulares e Coletivos Art. 89. So singulares os bens que, embora reunidos, se consideram de per si, independentemente dos demais.

Art. 90. Constitui universalidade de fato a pluralidade de bens singulares que, pertinentes mesma pessoa, tenham destinao unitria.
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Quadro Comparativo entre o Novo Cdigo Civil e o Cdigo Civil Anterior Lei no 3.071/1916 Lei no 10.406/2002 Pargrafo nico. Os bens que formam essa universalidade podem ser objeto de relaes jurdicas prprias. Art. 91. Constitui universalidade de direito o complexo de relaes jurdicas, de uma pessoa, dotadas de valor econmico. Captulo II Dos Bens Reciprocamente Considerados Art. 58. Principal a coisa que existe sobre si, abstrata ou concretamente. Acessria, aquela cuja existncia supe a da principal. Art. 59. Salvo disposio em contrrio, a coisa acessria segue a principal. Art. 93. So pertenas os bens que, no constituindo partes integrantes, se destinam, de modo duradouro, ao uso, ao servio ou ao aformoseamento de outro. Art. 94. Os negcios jurdicos que dizem respeito ao bem principal no abrangem as pertenas, salvo se o contrrio resultar da lei, da manifestao de vontade, ou das circunstncias do caso. Art. 60. Entram na classe das coisas acessrias os frutos, produtos e rendimentos. Art. 61. So acessrios do solo I os produtos orgnicos da superfcie; II os minerais contidos no subsolo; III as obras de aderncia permanente, feitas acima ou abaixo da superfcie. Art. 62. Tambm se consideram acessrias da coisa todas as benfeitorias, qualquer que seja o seu valor, exceto:
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Captulo II Dos Bens Reciprocamente Considerados Art. 92. Principal o bem que existe sobre si, abstrata ou concretamente; acessrio, aquele cuja existncia supe a do principal.

Art. 95. Apesar de ainda no separados do bem principal, os frutos e produtos podem ser objeto de negcio jurdico.

Quadro Comparativo entre o Novo Cdigo Civil e o Cdigo Civil Anterior Lei no 3.071/1916 I a pintura em relao tela; II a escultura em relao matria-prima; III a escritura e outro qualquer trabalho grfico, em relao matria-prima que os recebe. Art. 63. As benfeitorias podem ser volupturias, teis ou necessrias. 1o So volupturias as de mero deleite ou recreio, que no aumentam o uso habitual da coisa, ainda que a tornem mais agradvel ou sejam de elevado valor. 2o So teis as que aumentam ou facilitam o uso da coisa. 3o So necessrias as que tm por fim conservar a coisa ou evitar que se deteriore. Art. 64. No se consideram benfeitorias ou melhoramentos sobrevindos coisa sem a interveno do proprietrio, possuidor ou detentor. Captulo III Dos Bens Pblicos e Particulares Art. 65. So pblicos os bens do domnio nacional pertencentes Unio, aos Estados, ou aos Municpios. Todos os outros so particulares, seja qual for a pessoa a que pertencerem. Art. 66. Os bens pblicos so: I de uso comum do povo, tais como os mares, rios, estradas, ruas e praas; II os de uso especial, tais como os edifcios ou terrenos aplicados a servio ou estabelecimento federal, estadual ou municipal; III os dominicais, isto , os que constituem o patrimnio da Unio, dos Estados, ou dos Municpios, como objeto de direi34

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Art. 96. As benfeitorias podem ser volupturias, teis ou necessrias. 1o So volupturias as de mero deleite ou recreio, que no aumentam o uso habitual do bem, ainda que o tornem mais agradvel ou sejam de elevado valor. 2o So teis as que aumentam ou facilitam o uso do bem. 3o So necessrias as que tm por fim conservar o bem ou evitar que se deteriore. Art. 97. No se consideram benfeitorias os melhoramentos ou acrscimos sobrevindos ao bem sem a interveno do proprietrio, possuidor ou detentor. Captulo III Dos Bens Pblicos Art. 98. So pblicos os bens do domnio nacional pertencentes s pessoas jurdicas de direito pblico interno; todos os outros so particulares, seja qual for a pessoa a que pertencerem. Art. 99. So bens pblicos: I os de uso comum do povo, tais como rios, mares, estradas, ruas e praas; II os de uso especial, tais como edifcios ou terrenos destinados a servio ou estabelecimento da administrao federal, estadual, territorial ou municipal, inclusive os de suas autarquias; III os dominicais, que constituem o patrimnio das pessoas jurdicas de direiCdigo Civil Comparado

Quadro Comparativo entre o Novo Cdigo Civil e o Cdigo Civil Anterior Lei no 3.071/1916 to pessoal, ou real de cada uma dessas entidades. Lei no 10.406/2002 to pblico, como objeto de direito pessoal, ou real, de cada uma dessas entidades. Pargrafo nico. No dispondo a lei em contrrio, consideram-se dominicais os bens pertencentes s pessoas jurdicas de direito pblico a que se tenha dado estrutura de direito privado. Art. 100. Os bens pblicos de uso comum do povo e os de uso especial so inalienveis, enquanto conservarem a sua qualificao, na forma que a lei determinar. Art. 101. Os bens pblicos dominicais podem ser alienados, observadas as exigncias da lei. Art. 102. Os bens pblicos no esto sujeitos a usucapio. Art. 68. O uso comum dos bens pblicos pode ser gratuito, ou retribudo, conforme as leis da Unio, dos Estados, ou dos Municpios, a cuja administrao pertencerem. Captulo IV Das Coisas que esto fora do Comrcio Art. 69. So coisas fora do comrcio as insucetveis de apropriao, e as legalmente inalienveis. Livro III Dos Fatos Jurdicos Disposies Preliminares Art. 74. Na aquisio dos direitos se observaro estas regras: I adquirem-se os direitos mediante ato do adquirente ou por intermdio de outrem;
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Art. 67. Os bens de que trata o artigo antecedente s perdero a inalienabilidade, que lhes peculiar, nos casos e forma que a lei prescrever.

Art. 103. O uso comum dos bens pblicos pode ser gratuito ou retribudo, conforme for estabelecido legalmente pela entidade a cuja administrao pertencerem.

Livro III Dos Fatos Jurdicos

Quadro Comparativo entre o Novo Cdigo Civil e o Cdigo Civil Anterior Lei no 3.071/1916 II pode uma pessoa adquiri-los para si, ou para terceiros; III dizem-se atuais os direitos completamente adquiridos, e futuros os cuja aquisio no se acabou de operar. Pargrafo nico. Chama-se deferido o direito futuro, quando sua aquisio pende somente do arbtrio do sujeito; no deferido, quando se subordinam a fatos ou condies falveis. Art. 75. A todo o direito corresponde uma ao, que o assegura. Art. 76. Para propor, ou contestar uma ao, necessrio ter legtimo interesse econmico, ou moral. Art. 77. Perece o direito, perecendo o seu objeto. Art. 78. Entende-se que pereceu o objeto do direito: I quando perde as qualidades essenciais, ou o valor econmico; II quando se confunde com outro, de modo que se no possa distinguir; III quando fica em lugar de onde no pode ser retirado. Art. 79. Se a coisa perecer por fato alheio vontade do dono, ter este ao, pelos prejuzos contra o culpado. Art. 80. A mesma ao de perdas e danos ter o dono contra aquele que, incumbido de conservar a coisa, por negligncia a deixe perecer; cabendo a este, por sua vez, direito regressivo contra o terceiro culpado. Titulo I Dos Atos Jurdicos
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Ttulo I Do Negcio Jurdico


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Quadro Comparativo entre o Novo Cdigo Civil e o Cdigo Civil Anterior Lei no 3.071/1916 Captulo I Disposies Gerais Art. 81. Todo o ato ilcito, que tenha por fim imediato adquirir, resguardar, transferir, modificar ou extinguir direitos, se denomina ato jurdico. Art. 82. A validade do ato jurdico requer agente capaz, objeto lcito e forma prescrita ou no defesa em lei. Art. 104. A validade do negcio jurdico requer: I agente capaz; II objeto lcito, possvel, determinado ou determinvel; III forma prescrita ou no defesa em lei. Art. 105. A incapacidade relativa de uma das partes no pode ser invocada pela outra em benefcio prprio, nem aproveita aos co-interessados capazes, salvo se, neste caso, for indivisvel o objeto do direito ou da obrigao comum. Lei no 10.406/2002 Captulo I Disposies Gerais

Art. 83. A incapacidade de uma das partes no pode ser invocada pela outra em proveito prprio, salvo se for indivisvel o objeto do direito ou da obrigao comum.

Art. 84. As pessoas absolutamente incapazes sero representadas pelos pais, tutores, ou curadores em todos os atos jurdicos; as relativamente incapazes, pelas pessoas e nos atos que este Cdigo determina. Art. 106. A impossibilidade inicial do objeto no invalida o negcio jurdico se for relativa, ou se cessar antes de realizada a condio a que ele estiver subordinado. Art. 85. Nas declaraes de vontade se atender mais sua inteno que ao sentido literal da linguagem. Art. 107. A validade da declarao de vontade no depender de forma especial, seno quando a lei expressamente a exigir. Art. 108. No dispondo a lei em contrrio, a escritura pblica essencial validade dos negcios jurdicos que visem constituio, transferncia, modificao ou renncia de direitos reais sobre imveis de
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Quadro Comparativo entre o Novo Cdigo Civil e o Cdigo Civil Anterior Lei no 3.071/1916 Lei no 10.406/2002 valor superior a trinta vezes o maior salrio mnimo vigente no Pas. Art. 109. No negcio jurdico celebrado com a clusula de no valer sem instrumento pblico, este da substncia do ato. Art. 110. A manifestao de vontade subsiste ainda que o seu autor haja feito a reserva mental de no querer o que manifestou, salvo se dela o destinatrio tinha conhecimento. Art. 111. O silncio importa anuncia, quando as circunstncias ou os usos o autorizarem, e no for necessria a declarao de vontade expressa. Art. 112. Nas declaraes de vontade se atender mais inteno nelas consubstanciada do que ao sentido literal da linguagem. Art. 113. Os negcios jurdicos devem ser interpretados conforme a boa-f e os usos do lugar de sua celebrao. Art. 114. Os negcios jurdicos benficos e a renncia interpretam-se estritamente. Captulo II Da Representao Art. 115. Os poderes de representao conferem-se por lei ou pelo interessado. Art. 116. A manifestao de vontade pelo representante, nos limites de seus poderes, produz efeitos em relao ao representado. Art. 117. Salvo se o permitir a lei ou o representado, anulvel o negcio jurdico
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Quadro Comparativo entre o Novo Cdigo Civil e o Cdigo Civil Anterior Lei no 3.071/1916 Lei no 10.406/2002 que o representante, no seu interesse ou por conta de outrem, celebrar consigo mesmo. Pargrafo nico. Para esse efeito, tem-se como celebrado pelo representante o negcio realizado por aquele em quem os poderes houverem sido subestabelecidos. Art. 118. O representante obrigado a provar s pessoas, com quem tratar em nome do representado, a sua qualidade e a extenso de seus poderes, sob pena de, no o fazendo, responder pelos atos que a estes excederem. Art. 119. anulvel o negcio concludo pelo representante em conflito de interesses com o representado, se tal fato era ou devia ser do conhecimento de quem com aquele tratou. Pargrafo nico. de cento e oitenta dias, a contar da concluso do negcio ou da cessao da incapacidade, o prazo de decadncia para pleitear-se a anulao prevista neste artigo. Art. 120. Os requisitos e os efeitos da representao legal so os estabelecidos nas normas respectivas; os da representao voluntria so os da Parte Especial deste Cdigo. Captulo III Da Condio, do Termo e do Encargo Art. 121. Considera-se condio a clusula que, derivando exclusivamente da vontade das partes, subordina o efeito do negcio jurdico a evento futuro e incerto. Art. 122. So lcitas, em geral, todas as condies no contrrias lei, ordem
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Quadro Comparativo entre o Novo Cdigo Civil e o Cdigo Civil Anterior Lei no 3.071/1916 Lei no 10.406/2002 pblica ou aos bons costumes; entre as condies defesas se incluem as que privarem de todo efeito o negcio jurdico, ou o sujeitarem ao puro arbtrio de uma das partes. Art. 123. Invalidam os negcios jurdicos que lhes so subordinados: I as condies fsica ou juridicamente impossveis, quando suspensivas; II as condies ilcitas, ou de fazer coisa ilcita; III as condies incompreensveis ou contraditrias. Art. 124. Tm-se por inexistentes as condies impossveis, quando resolutivas, e as de no fazer coisa impossvel. Art. 125. Subordinando-se a eficcia do negcio jurdico condio suspensiva, enquanto esta se no verificar, no se ter adquirido o direito, a que ele visa. Art. 126. Se algum dispuser de uma coisa sob condio suspensiva, e, pendente esta, fizer quanto quela novas disposies, estas no tero valor, realizada a condio, se com ela forem incompatveis. Art. 127. Se for resolutiva a condio, enquanto esta se no realizar, vigorar o negcio jurdico, podendo exercer-se desde a concluso deste o direito por ele estabelecido. Art. 128. Sobrevindo a condio resolutiva, extingue-se, para todos os efeitos, o direito a que ela se ope; mas, se aposta a um negcio de execuo continuada ou peridica, a sua realizao, salvo disposio em contrrio, no tem efi40 Cdigo Civil Comparado

Quadro Comparativo entre o Novo Cdigo Civil e o Cdigo Civil Anterior Lei no 3.071/1916 Lei no 10.406/2002 ccia quanto aos atos j praticados, desde que compatveis com a natureza da condio pendente e conforme aos ditames de boa-f. Art. 129. Reputa-se verificada, quanto aos efeitos jurdicos, a condio cujo implemento for maliciosamente obstado pela parte a quem desfavorecer, considerando-se, ao contrrio, no verificada a condio maliciosamente levada a efeito por aquele a quem aproveita o seu implemento. Art. 130. Ao titular do direito eventual, nos casos de condio suspensiva ou resolutiva, permitido praticar os atos destinados a conserv-lo. Art. 131. O termo inicial suspende o exerccio, mas no a aquisio do direito. Art. 132. Salvo disposio legal ou convencional em contrrio, computam-se os prazos, excludo o dia do comeo, e includo o do vencimento. 1o Se o dia do vencimento cair em feriado, considerar-se- prorrogado o prazo at o seguinte dia til. 2o Meado considera-se, em qualquer ms, o seu dcimo quinto dia. 3o Os prazos de meses e anos expiram no dia de igual nmero do de incio, ou no imediato, se faltar exata correspondncia. 4o Os prazos fixados por hora contar-seo de minuto a minuto. Art. 133. Nos testamentos, presume-se o prazo em favor do herdeiro, e, nos contratos, em proveito do devedor, salvo, quanto a esses, se do teor do instrumento, ou das circunstncias, resultar que se estaCdigo Civil Comparado 41

Quadro Comparativo entre o Novo Cdigo Civil e o Cdigo Civil Anterior Lei no 3.071/1916 Lei no 10.406/2002 beleceu a benefcio do credor, ou de ambos os contratantes. Art. 134. Os negcios jurdicos entre vivos, sem prazo, so exeqveis desde logo, salvo se a execuo tiver de ser feita em lugar diverso ou depender de tempo. Art. 135. Ao termo inicial e final aplicamse, no que couber, as disposies relativas condio suspensiva e resolutiva. Art. 136. O encargo no suspende a aquisio nem o exerccio do direito, salvo quando expressamente imposto no negcio jurdico, pelo disponente, como condio suspensiva. Art. 137. Considera-se no escrito o encargo ilcito ou impossvel, salvo se constituir o motivo determinante da liberalidade, caso em que se invalida o negcio jurdico. Captulo II Dos Defeitos dos Atos Jurdicos Art. 86. So anulveis aos atos jurdicos, quando as declaraes de vontade emanarem de erro substancial. Captulo IV Dos Defeitos do Negcio Jurdico Art. 138. So anulveis os negcios jurdicos, quando as declaraes de vontade emanarem de erro substancial que poderia ser percebido por pessoa de diligncia normal, em face das circunstncias do negcio. Art. 139. O erro substancial quando: I interessa natureza do negcio, ao objeto principal da declarao, ou a alguma das qualidades a ele essenciais; II concerne identidade ou qualidade essencial da pessoa a quem se refira a declarao de vontade, desde que tenha infludo nesta de modo relevante;
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Art. 87. Considera-se erro substancial o que interessa natureza do ato, o objeto principal da declarao, ou alguma das qualidades a ele essenciais.

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Quadro Comparativo entre o Novo Cdigo Civil e o Cdigo Civil Anterior Lei no 3.071/1916 Lei no 10.406/2002 III sendo de direito e no implicando recusa aplicao da lei, for o motivo nico ou principal do negcio jurdico. Art. 88. Tem-se igualmente por erro substancial o que disser respeito a qualidades essenciais da pessoa, a quem se refira a declarao de vontade. Art. 90. S vicia o ato a falsa causa, quando expressa como razo determinante ou sob forma de condio. Art. 89. A transmisso errnea da vontade por instrumento, ou por interposta pessoa, pode arguir-se de nulidade nos mesmos casos em que a declarao direta. Art. 91. O erro na indicao da pessoa, ou coisa, a que se referir a declarao de vontade, no viciar o ato, quando, por seu contexto e pelas cisrcunstncias, se puder identificar a coisa ou pessoa cogitada. Art. 140. O falso motivo s vicia a declarao de vontade quando expresso como razo determinante. Art. 141. A transmisso errnea da vontade por meios interpostos anulvel nos mesmos casos em que o a declarao direta. Art. 142. O erro de indicao da pessoa ou da coisa, a que se referir a declarao de vontade, no viciar o negcio quando, por seu contexto e pelas circunstncias, se puder identificar a coisa ou pessoa cogitada. Art. 143. O erro de clculo apenas autoriza a retificao da declarao de vontade. Art. 144. O erro no prejudica a validade do negcio jurdico quando a pessoa, a quem a manifestao de vontade se dirige, se oferecer para execut-la na conformidade da vontade real do manifestante. Seo II Do Dolo Art. 92. Os atos jurdicos so anulveis por dolo, quando este for a sua causa. Art. 93. O dolo acidental s obriga satisfao das perdas e danos. acidental o
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Seo II Do Dolo Art. 145. So os negcios jurdicos anulveis por dolo, quando este for a sua causa. Art. 146. O dolo acidental s obriga satisfao das perdas e danos, e acidental
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Quadro Comparativo entre o Novo Cdigo Civil e o Cdigo Civil Anterior Lei no 3.071/1916 dolo, quando a seu despeito o ato se teria praticado, embora por outro modo. Art. 94. Nos atos bilaterais o silncio intecional de uma das partes a respeito de fato ou qualidade que a outra parte haja ignorado, constitui omisso dolosa, provando-se que sem ela se no teria celebrado o contrato. Art. 95. Pode tambm ser anulado o ato por dolo de terceiro, se uma das partes o soube. Lei no 10.406/2002 quando, a seu despeito, o negcio seria realizado, embora por outro modo. Art. 147. Nos negcios jurdicos bilaterais, o silncio intencional de uma das partes a respeito de fato ou qualidade que a outra parte haja ignorado, constitui omisso dolosa, provando-se que sem ela o negcio no se teria celebrado. Art. 148. Pode tambm ser anulado o negcio jurdico por dolo de terceiro, se a parte a quem aproveite dele tivesse ou devesse ter conhecimento; em caso contrrio, ainda que subsista o negcio jurdico, o terceiro responder por todas as perdas e danos da parte a quem ludibriou. Art. 149. O dolo do representante legal de uma das partes s obriga o representado a responder civilmente at a importncia do proveito que teve; se, porm, o dolo for do representante convencional, o representado responder solidariamente com ele por perdas e danos. Art. 150. Se ambas as partes procederem com dolo, nenhuma pode aleg-lo para anular o negcio, ou reclamar indenizao. Seo III Da Coao Art. 151. A coao, para viciar a declarao da vontade, h de ser tal que incuta ao paciente fundado temor de dano iminente e considervel sua pessoa, sua famlia, ou aos seus bens. Pargrafo nico. Se disser respeito a pessoa no pertencente famlia do pacien44 Cdigo Civil Comparado

Art. 96. O dolo do representante de uma das partes s obriga o representado a responder civilmente at a importncia do proveito que teve.

Art. 97. Se ambas as partes procederam com dolo, nenhuma pode aleg-lo, para anular o ato, ou reclamar indenizao. Seo III Da Coao Art. 98. A coao, para viciar a manifestao da vontade, h de ser tal, que incuta ao paciente fundado temor de dano sua pessoa, sua famlia, ou a seus bens, iminente e igual, pelo menos, ao recevel do ato extorquido.

Quadro Comparativo entre o Novo Cdigo Civil e o Cdigo Civil Anterior Lei no 3.071/1916 Lei no 10.406/2002 te, o juiz, com base nas circunstncias, decidir se houve coao. Art. 99. No apreciar a coao se ter em conta o sexo, a idade, a condio, a sade, o temperamento do paciente e todas as demais circunstncias, que lhe possam influir na gravidade. Art. 100. No se considera coao a ameaa do exerccio normal de um direito, nem o simples temor reverencial. Art. 101. A coao vicia o ato, ainda quando exercida por terceiro. 1o Se a coao exercida por terceiro for previamente conhecida parte, a quem aproveite, responder esta solidariamente com aquele por todas as perdas e danos. 2o Se a parte prejudicada com a anulao do ato no soube da coao exercida por terceiro, s este responder pelas perdas e danos. Art. 155. Subsistir o negcio jurdico, se a coao decorrer de terceiro, sem que a parte a que aproveite dela tivesse ou devesse ter conhecimento; mas o autor da coao responder por todas as perdas e danos que houver causado ao coacto. Seo IV Do Estado de Perigo Art. 156. Configura-se o estado de perigo quando algum, premido da necessidade de salvar-se, ou a pessoa de sua famlia, de grave dano conhecido pela outra parte, assume obrigao excessivamente onerosa. Pargrafo nico. Tratando-se de pessoa no pertencente famlia do declarante, o juiz decidir segundo as circunstncias.
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Art. 152. No apreciar a coao, ter-se-o em conta o sexo, a idade, a condio, a sade, o temperamento do paciente e todas as demais circunstncias que possam influir na gravidade dela. Art. 153. No se considera coao a ameaa do exerccio normal de um direito, nem o simples temor reverencial. Art. 154. Vicia o negcio jurdico a coao exercida por terceiro, se dela tivesse ou devesse ter conhecimento a parte a que aproveite, e esta responder solidariamente com aquele por perdas e danos.

Quadro Comparativo entre o Novo Cdigo Civil e o Cdigo Civil Anterior Lei no 3.071/1916 Lei no 10.406/2002 Seo V Da Leso Art. 157. Ocorre a leso quando uma pessoa, sob premente necessidade, ou por inexperincia, se obriga a prestao manifestamente desproporcional ao valor da prestao oposta. 1o Aprecia-se a desproporo das prestaes segundo os valores vigentes ao tempo em que foi celebrado o negcio jurdico. 2o No se decretar a anulao do negcio, se for oferecido suplemento suficiente, ou se a parte favorecida concordar com a reduo do proveito. Seo V Da Fraude contra Credores Art. 106. Os atos de transmisso gratuita de bens, ou remisso de dvida, quando os pratique o devedor j insolvente, ou por eles reduzido insolvncia, podero ser anulados pelos credores quirografrios como lesivos dos seus direitos. Pargrafo nico. S os credores, que j o eram ao tempo desses atos, podem pleitear-lhes a anulao. Seo VI Da Fraude contra Credores Art. 158. Os negcios de transmisso gratuita de bens ou remisso de dvida, se os praticar o devedor j insolvente, ou por eles reduzido insolvncia, ainda quando o ignore, podero ser anulados pelos credores quirografrios, como lesivos dos seus direitos. 1o Igual direito assiste aos credores cuja garantia se tornar insuficiente. 2o S os credores que j o eram ao tempo daqueles atos podem pleitear a anulao deles. Art. 159. Sero igualmente anulveis os contratos onerosos do devedor insolvente, quando a insolvncia for notria, ou houver motivo para ser conhecida do outro contratante. Art. 160. Se o adquirente dos bens do devedor insolvente ainda no tiver pago o preo e este for, aproximadamente, o
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Art. 107. Sero igualmente anulveis os contratos onerosos do devedor insolvente, quando a insolvncia for notria ou houver motivo para ser conhecida do outro contraente. Art. 108. Se o adquirente dos bens do devedor insolvente ainda no tiver pago o preo e este for, aproximadamente, o
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Quadro Comparativo entre o Novo Cdigo Civil e o Cdigo Civil Anterior Lei no 3.071/1916 corrente, desobrigar-se- depositando-o em juzo, com citao edital de todos os interessados. Lei no 10.406/2002 corrente, desobrigar-se- depositando-o em juzo, com a citao de todos os interessados. Pargrafo nico. Se inferior, o adquirente, para conservar os bens, poder depositar o preo que lhes corresponda ao valor real. Art. 161. A ao, nos casos dos arts. 158 e 159, poder ser intentada contra o devedor insolvente, a pessoa que com ele celebrou a estipulao considerada fraudulenta, ou terceiros adquirentes que hajam procedido de m-f. Art. 162. O credor quirografrio, que receber do devedor insolvente o pagamento da dvida ainda no vencida, ficar obrigado a repor, em proveito do acervo sobre que se tenha de efetuar o concurso de credores, aquilo que recebeu. Art. 163. Presumem-se fraudatrias dos direitos dos outros credores as garantias de dvidas que o devedor insolvente tiver dado a algum credor. Art. 164. Presumem-se, porm, de boa-f e valem os negcios ordinrios indispensveis manuteno de estabelecimento mercantil, rural, ou industrial, ou subsistncia do devedor e de sua famlia. Art. 165. Anulados os negcios fraudulentos, a vantagem resultante reverter em proveito do acervo sobre que se tenha de efetuar o concurso de credores. Pargrafo nico. Se esses negcios tinham por nico objeto atribuir direitos preferenciais, mediante hipoteca, penhor ou anticrese, sua invalidade importar
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Art. 109. A ao, nos casos dos artigos 106 e 107, poder ser intentada contra o devedor insolvente, a pessoa que com ele celebrou a estipulao considerada fraudulenta, ou terceiros adquirentes que hajam procedido de m-f. Art. 110. O credor quirografrio, que receber do devedor insolvente o pagamento da dvida ainda no vencida, ficar obrigado a repor, em proveito do acervo sobre que se tenha de efetuar o concurso de credores, aquilo que recebeu. Art. 111. Presumem-se fraudatrias dos direitos dos outros credores as garantias de dvidas que o devedor insolvente tiver dado a algum credor. Art. 112. Presumem-se, porm, de boa-f e valem, os negcios ordinrios indispensveis manuteno de estabelecimento mercantil, agrcola, ou industrial do devedor. Art. 113. Anulados os atos fraudulentos, a vantagem resultante reverter em proveito do acervo sobre que se tenha de efetuar o concurso de credores. Pargrafo nico. Se os atos revogados tinham por nico objeto atribuir direitos preferenciais, mediante hipoteca, anticrese, ou penhor, sua nulidade imporCdigo Civil Comparado

Quadro Comparativo entre o Novo Cdigo Civil e o Cdigo Civil Anterior Lei no 3.071/1916 tar somente na anulao da preferncia ajustada. Captulo V Das Nulidades Art. 145. nulo o ato jurdico: I quando for praticado por pessoa absolutamente incapaz; II quando for ilcito, ou impossvel, o seu objeto; III quando no revestir a forma prescrita em lei; IV quando for preterida alguma solenidade que a lei considere essencial para a sua validade; Lei no 10.406/2002 somente na anulao da preferncia ajustada. Captulo V Da Invalidade do Negcio Jurdico Art. 166. nulo o negcio jurdico quando: I celebrado por pessoa absolutamente incapaz; II for ilcito, impossvel ou indeterminvel o seu objeto; III o motivo determinante, comum a ambas as partes, for ilcito; IV no revestir a forma prescrita em lei; V for preterida alguma solenidade que a lei considere essencial para a sua validade; VI tiver por objetivo fraudar lei imperativa; VII a lei taxativamente o declarar nulo, ou proibir-lhe a prtica, sem cominar sano.

Seo IV Da Simulao Art. 167. nulo o negcio jurdico simulado, mas subsistir o que se dissimulou, se vlido for na substncia e na forma. Art. 102. Haver simulao nos atos jurdicos em geral: I quando aparentarem conferir ou transmitir direitos a pessoas diversas das a quem realmente se conferem, ou transmitem; II quando contiverem declarao, confisso, condio, ou clusula no verdadeira; III quando os instrumentos particulares forem antedatados, ou ps datados. Art. 103. A simulao no se considerar defeito em qualquer dos casos do artigo antecedente, quando no houver inten48 Cdigo Civil Comparado

1o Haver simulao nos negcios jurdicos quando: I aparentarem conferir ou transmitir direitos a pessoas diversas daquelas s quais realmente se conferem, ou transmitem; II contiverem declarao, confisso, condio ou clusula no verdadeira; III os instrumentos particulares forem antedatados, ou ps-datados.

Quadro Comparativo entre o Novo Cdigo Civil e o Cdigo Civil Anterior Lei no 3.071/1916 o de prejudicar a terceiros, ou de violar disposio de lei. Art. 104. Tendo havido intuito de prejudicar a terceiros ou infringir preceito de lei, nada podero alegar, ou requerer os contraentes em juzo quanto simulao do ato, em litgio de um contra o outro, ou contra terceiros. Captulo V Das Nulidades Art. 146. As nulidades do artigo antecedente podem ser alegadas por qualquer interessado, ou pelo Ministrio Pblico, quando lhe couber intervir. Pargrafo nico. Devem ser pronunciadas pelo juiz, quando conhecer do ato ou dos seus efeitos e as encontrar provadas, no lhe sendo permitido supri-las, ainda a requerimento das partes. Art. 168. As nulidades dos artigos antecedentes podem ser alegadas por qualquer interessado, ou pelo Ministrio Pblico, quando lhe couber intervir. Lei no 10.406/2002

Pargrafo nico. As nulidades devem ser pronunciadas pelo juiz, quando conhecer do negcio jurdico ou dos seus efeitos e as encontrar provadas, no lhe sendo permitido supri-las, ainda que a requerimento das partes. Art. 169. O negcio jurdico nulo no suscetvel de confirmao, nem convalesce pelo decurso do tempo. Art. 170. Se, porm, o negcio jurdico nulo contiver os requisitos de outro, subsistir este quando o fim a que visavam as partes permitir supor que o teriam querido, se houvessem previsto a nulidade. Art. 171. Alm dos casos expressamente declarados na lei, anulvel o negcio jurdico:
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Quadro Comparativo entre o Novo Cdigo Civil e o Cdigo Civil Anterior Lei no 3.071/1916 Lei no 10.406/2002 I por incapacidade relativa do agente; II por vcio resultante de erro, dolo, coao, estado de perigo, leso ou fraude contra credores. Art. 147. anulvel o ato jurdico: I por incapacidade do agente; II por vcio resultante de erro, dolo, coao, simulao ou fraude. Art. 148. O ato anulvel pode ser ratificado pelas partes, salvo direito de terceiro. Art. 149. O ato de ratificao deve conter a substncia da obrigao ratificada e a vontade expressa de ratific-la. Art. 150. escusada a ratificao expressa, quando a obrigao j foi cumprida em parte pelo devedor, ciente do vcio que a inquinava. Art. 151. A ratificao expressa, ou a execuo voluntria da obrigao anulvel, nos termos dos artigos 148 a 150, importa renncia a todas as aes, ou excees, de que dispusesse contra o ato o devedor. Art. 172. O negcio anulvel pode ser confirmado pelas partes, salvo direito de terceiro. Art. 173. O ato de confirmao deve conter a substncia do negcio celebrado e a vontade expressa de mant-lo. Art. 174. escusada a confirmao expressa, quando o negcio j foi cumprido em parte pelo devedor, ciente do vcio que o inquinava. Art. 175. A confirmao expressa, ou a execuo voluntria de negcio anulvel, nos termos dos arts. 172 a 174, importa a extino de todas as aes, ou excees, de que contra ele dispusesse o devedor. Art. 176. Quando a anulabilidade do ato resultar da falta de autorizao de terceiro, ser validado se este a der posteriormente. Art. 152. As nulidades do artigo 147 no tm efeito antes de julgadas por sentena, nem se pronunciam de ofcio. S os interessados as podem alegar, e aproveitam exclusivamente aos que se alegarem, salvo o caso de solidariedade, ou indivisibilidade.
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Art. 177. A anulabilidade no tem efeito antes de julgada por sentena, nem se pronuncia de ofcio; s os interessados a podem alegar, e aproveita exclusivamente aos que a alegarem, salvo o caso de solidariedade ou indivisibilidade.

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Quadro Comparativo entre o Novo Cdigo Civil e o Cdigo Civil Anterior Lei no 3.071/1916 Lei no 10.406/2002 Art. 178. de quatro anos o prazo de decadncia para pleitear-se a anulao do negcio jurdico, contado: I no caso de coao, do dia em que ela cessar; II no de erro, dolo, fraude contra credores, estado de perigo ou leso, do dia em que se realizou o negcio jurdico; III no de atos de incapazes, do dia em que cessar a incapacidade. Art. 179. Quando a lei dispuser que determinado ato anulvel, sem estabelecer prazo para pleitear-se a anulao, ser este de dois anos, a contar da data da concluso do ato. Art. 155. O menor, entre dezesseis e vinte e um anos, no pode, para se eximir de uma obrigao, invocar a sua idade, se dolosamente a ocultou, inquirido pela outra parte, ou se, no ato de se obrigar, espontaneamente se declarou maior. Art. 154. As obrigaes contradas por menores, entre dezesseis e vinte e um anos, so anulveis, quando resultem de atos por eles praticados. I sem autorizao de seus legtimos representantes; II sem assistncia do curador, que neles huovesse de intervir. Art. 156. O menor, entre dezesseis e vinte e um anos, equipara-se ao maior quanto s obrigaes resultantes de atos ilcitos, em que for culpado. Art. 157. Ningum pode reclamar o que, por uma obrigao anulada, pagou a um incapaz, se no provar que reverteu em proveito dele a importncia paga.
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Art. 180. O menor, entre dezesseis e dezoito anos, no pode, para eximir-se de uma obrigao, invocar a sua idade se dolosamente a ocultou quando inquirido pela outra parte, ou se, no ato de obrigarse, declarou-se maior.

Art. 181. Ningum pode reclamar o que, por uma obrigao anulada, pagou a um incapaz, se no provar que reverteu em proveito dele a importncia paga.
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Quadro Comparativo entre o Novo Cdigo Civil e o Cdigo Civil Anterior Lei no 3.071/1916 Art. 158. Anulado o ato, restituir-se-o as partes ao estado, em que antes dele se achavam, e no sendo possvel restitulas, sero indenizadas com o equivalente. Pargrafo nico do Art. 152 A nulidade do instrumento no induz a do ato, sempre que este puder provar-se por outro meio. Art. 153. A nulidade parcial de um ato no o prejudicar na parte vlida, se esta for separvel. A nulidade da obrigao principal implica a das obrigaes acessrias, mas a destas no induz a da obrigao principal. Lei no 10.406/2002 Art. 182. Anulado o negcio jurdico, restituir-se-o as partes ao estado em que antes dele se achavam, e, no sendo possvel restitu-las, sero indenizadas com o equivalente. Art. 183. A invalidade do instrumento no induz a do negcio jurdico sempre que este puder provar-se por outro meio. Art. 184. Respeitada a inteno das partes, a invalidade parcial de um negcio jurdico no o prejudicar na parte vlida, se esta for separvel; a invalidade da obrigao principal implica a das obrigaes acessrias, mas a destas no induz a da obrigao principal. Ttulo II Dos Atos Jurdicos Lcitos Art. 185. Aos atos jurdicos lcitos, que no sejam negcios jurdicos, aplicam-se, no que couber, as disposies do Ttulo anterior. Ttulo II Dos Atos Ilcitos Art. 159. Aquele que, por ao ou omisso voluntria, negligncia, ou imprudncia, violar direito, ou causar prejuzo a outrem, fica obrigado a reparar o dano. A verificao da culpa e a avaliao da responsabilidade regulam-se pelo disposto neste Cdigo, artigos 1.518 a 1532 e 1.537 a 1.553. Ttulo III Dos Atos Ilcitos Art. 186. Aquele que, por ao ou omisso voluntria, negligncia ou imprudncia, violar direito e causar dano a outrem, ainda que exclusivamente moral, comete ato ilcito.

Art. 187. Tambm comete ato ilcito o titular de um direito que, ao exerc-lo, excede manifestamente os limites impostos pelo seu fim econmico ou social, pela boa-f ou pelos bons costumes.
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Quadro Comparativo entre o Novo Cdigo Civil e o Cdigo Civil Anterior Lei no 3.071/1916 Art. 160. No constituem atos ilcitos: I os praticados em legtima defesa ou no exerccio regular de um direito reconhecido; II a deteriorao ou destruio da coisa alheia, a fim de remover perigo iminente. Pargrafo nico. Neste ltimo caso, o ato ser legtimo, somente quando as circunstncias o tornarem absolutamente necessrio, no excedendo os limites do indispensvel para a remoo do perigo. Ttulo III Da Prescrio Captulo I Disposies Gerais Lei no 10.406/2002 Art. 188. No constituem atos ilcitos: I os praticados em legtima defesa ou no exerccio regular de um direito reconhecido; II a deteriorao ou destruio da coisa alheia, ou a leso a pessoa, a fim de remover perigo iminente. Pargrafo nico. No caso do inciso II, o ato ser legtimo somente quando as circunstncias o tornarem absolutamente necessrio, no excedendo os limites do indispensvel para a remoo do perigo. Ttulo IV Da Prescrio e da Decadncia Captulo I Da Prescrio Seo I Disposies Gerais Art. 189. Violado o direito, nasce para o titular a pretenso, a qual se extingue, pela prescrio, nos prazos a que aludem os arts. 205 e 206. Art. 190. A exceo prescreve no mesmo prazo em que a pretenso. Art. 161. A renncia da prescrio pode ser expressa, ou tcita, e s valer, sendo feita, sem prejuzo de terceiro, depois que a prescrio se consumar. Tcita a renncia, quando se presume de fatos do interessado, incompatveis com a prescrio. Art. 191. A renncia da prescrio pode ser expressa ou tcita, e s valer, sendo feita, sem prejuzo de terceiro, depois que a prescrio se consumar; tcita a renncia quando se presume de fatos do interessado, incompatveis com a prescrio. Art. 192. Os prazos de prescrio no podem ser alterados por acordo das partes. Art. 162. A prescrio pode ser alegada, em qualquer instncia, pela parte a quem aproveita.
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Art. 193. A prescrio pode ser alegada em qualquer grau de jurisdio, pela parte a quem aproveita.
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Quadro Comparativo entre o Novo Cdigo Civil e o Cdigo Civil Anterior Lei no 3.071/1916 Art. 163. As pessoas jurdicas esto sujeitas aos efeitos da prescrio e podem invoc-los sempre que lhes aproveitar. Art. 164. As pessoas que a lei priva de administrar os prprios bens tm ao regressiva contra os seus representantes legais, quando estes, por dolo, ou negligncia, derem causa prescrio. Art. 165. A prescrio iniciada contra uma pessoa continua a correr contra o seu herdeiro. Art. 166. O juiz no pode conhecer da prescrio de direitos patrimoniais, se no foi invocada pelas partes. Art. 167. Com o principal prescrevem os direitos acessrios. Art. 194. O juiz no pode suprir, de ofcio, a alegao de prescrio, salvo se favorecer a absolutamente incapaz. Art. 195. Os relativamente incapazes e as pessoas jurdicas tm ao contra os seus assistentes ou representantes legais, que derem causa prescrio, ou no a alegarem oportunamente. Art. 196. A prescrio iniciada contra uma pessoa continua a correr contra o seu sucessor. Captulo II Das Causas que Impedem ou Suspendem a Prescrio Seo II Das Causas que Impedem ou Suspendem a Prescrio Art. 168. No corre a prescrio:
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Art. 197. No corre a prescrio:


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Quadro Comparativo entre o Novo Cdigo Civil e o Cdigo Civil Anterior Lei no 3.071/1916 I entre cnjuges, na constncia do matrimnio; II entre ascendentes e descendentes, durante o ptrio poder; III entre tutelados ou curatelados e seus tutores ou curadores, durante a tutela ou curatela; IV em favor do credor pignoratceo, do mandatrio, e, em geral, das pessoas que lhes so equiparadas, contra o depositente, o devedor, o mandante e as pessoas representadas, os seus herdeiros, quanto ao direito e obrigaes relativas aos bens confiados sua guarda. Art. 169. Tambm no corre a prescrio: I contra os incapazes de que trata o artigo 5o; II contra os ausentes do Brasil em servio pblico da Unio, dos Estados, ou dos Municpios; Lei no 10.406/2002 I entre os cnjuges, na constncia da sociedade conjugal; II entre ascendentes e descendentes, durante o poder familiar; III entre tutelados ou curatelados e seus tutores ou curadores, durante a tutela ou curatela.

Art. 198. Tambm no corre a prescrio: I contra os incapazes de que trata o art. 3o; II contra os ausentes do Pas em servio pblico da Unio, dos Estados ou dos Municpios; III contra os que se acharem servindo nas Foras Armadas, em tempo de guerra. Art. 199. No corre igualmente a prescrio: I pendendo condio suspensiva; II no estando vencido o prazo; III pendendo ao de evico. Art. 200. Quando a ao se originar de fato que deva ser apurado no juzo criminal, no correr a prescrio antes da respectiva sentena definitiva.

Art. 170. No corre igualmente: I pendendo condio suspensiva: II no estando vencido o prazo; III pendendo ao de evico.

Art. 171. Suspensa a prescrio em favor de um dos credores solidrios, s aproveitam os outros, se o objeto da obrigao for indivisvel. Captulo III Das Causas que Interrompem a Prescrio
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Art. 201. Suspensa a prescrio em favor de um dos credores solidrios, s aproveitam os outros se a obrigao for indivisvel.

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Quadro Comparativo entre o Novo Cdigo Civil e o Cdigo Civil Anterior Lei no 3.071/1916 Lei no 10.406/2002 Seo III Das Causas que Interrompem a Prescrio Art. 172. A prescrio interrompe-se: I pela citao pessoal feita ao devedor, ainda que ordenada por juiz incompetente; II pelo protesto, nas condies do nmero anterior; III pela apresentao do ttulo de crdito em juzo do inventrio, ou em concurso de credores; IV por qualquer ato judicial que constitua em mora do devedor; V por qualquer ato inequvoco, ainda que extrajudicial, que importe reconhecimento do direito pelo devedor. Art. 202. A interrupo da prescrio, que somente poder ocorrer uma vez, dar-se: I por despacho do juiz, mesmo incompetente, que ordenar a citao, se o interessado a promover no prazo e na forma da lei processual; II por protesto, nas condies do inciso antecedente; III por protesto cambial; IV pela apresentao do ttulo de crdito em juzo de inventrio ou em concurso de credores; V por qualquer ato judicial que constitua em mora o devedor; VI por qualquer ato inequvoco, ainda que extrajudicial, que importe reconhecimento do direito pelo devedor. Pargrafo nico. A prescrio interrompida recomea a correr da data do ato que a interrompeu, ou do ltimo ato do processo para a interromper. Art. 203. A prescrio pode ser interrompida por qualquer interessado.

Art. 173. A prescrio interrompida recomea a correr da data do ato que a interrompeu, ou do ltimo do processo para interromper. Art. 174. Em cada um dos casos do artigo 172, a interrupo pode ser promovida: I pelo prprio titular do direito em via de prescrio; II por quem legalmente o represente; III por terceiro que tenha legtimo interesse. Art. 175. A prescrio no se interrompe com a citao nula por vcio de forma, por circunduta, ou por se achar perempta a instncia, ou a ao. Art. 176. A interrupo da prescrio por um credor no aproveita aos outros.
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Art. 204. A interrupo da prescrio por um credor no aproveita aos outros;


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Quadro Comparativo entre o Novo Cdigo Civil e o Cdigo Civil Anterior Lei no 3.071/1916 Semelhantemente, a interrupo operada contra o co-devedor, ou seu herdeiro, no prejudica aos demais co-obrigados. 1oA interrupo, porm, aberta por um dos credores solidrios aproveita aos outros; assim como a interrupo efetuada contra o devedor solidrio envolve os demais e seus herdeiros. 2oA interrupo operada contra um dos herdeiros do devedor solidrio no prejudica aos outros herdeiros ou devedores seno quando se trate de obrigaes e direitos indivisveis. 3o A interrupo produzida contra o principal devedor prejudica o fiador. Captulo IV Dos Prazos da Prescrio Seo IV Dos Prazos da Prescrio Art. 177. As aes pessoais prescrevem, ordinariamente, em vinte anos, as reais em dez, entre presentes, entre ausentes , em quinze, contados da data em que poderiam ter sido propostas. Art. 178. Prescreve: 1o Em dez dias, contados do casamento, a ao do marido para anular o matrimnio contrado com mulher j deflorada. 2o Em quinze dias, contados da tradio da coisa, a ao para haver abatimento do preo da coisa mvel, recebida com vcio redibitrio, ou para rescindir o contrato e reaver o preo pago, mais perdas e danos.
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Lei no 10.406/2002 semelhantemente, a interrupo operada contra o co-devedor, ou seu herdeiro, no prejudica aos demais coobrigados. 1o A interrupo por um dos credores solidrios aproveita aos outros; assim como a interrupo efetuada contra o devedor solidrio envolve os demais e seus herdeiros. 2o A interrupo operada contra um dos herdeiros do devedor solidrio no prejudica os outros herdeiros ou devedores, seno quando se trate de obrigaes e direitos indivisveis. 3o A interrupo produzida contra o principal devedor prejudica o fiador.

Art. 205. A prescrio ocorre em dez anos, quando a lei no lhe haja fixado prazo menor.

Art. 206. Prescreve:

Quadro Comparativo entre o Novo Cdigo Civil e o Cdigo Civil Anterior Lei no 3.071/1916 3o Em dois meses, contados do nascimento, se era presente o marido, a ao para este contestar a legitimidade do filho de sua mulher. 4o Em trs meses: I a mesma ao do pargrafo anterior, se o marido se achava ausente, ou lhe ocultaram o nascimento; contado o prazo do dia de sua volta casa conjugal, no primeiro caso, e da data do conhecimento do fato, no segundo; II a ao do pai, tutor, ou curador para anular casamento do filho, pupilo, ou curatelado, contrado sem o consentimento daqueles, nem o seu suprimento pelo juiz; contado o prazo do dia em que tiverem cincia do casamento. 5o Em seis meses: I a ao do cnjuge coato para anular o casamento; contado o prazo do dia em que cessou a coao; II a ao para anular o casamento do incapaz de consentir, promovida por este, quando se torne capaz, por seus representantes legais, ou pelos herdeiros; contado o prazo do dia em que cessou a incapacidade, no primeiro caso, do casamento, no segundo, e, no terceiro, da morte do incapaz, quando esta ocorra durante a incapacidade; III a ao para anular o casamento do menor de dezoito anos; contado o prazo do dia em que o menor perfez essa idade, se a ao for por ele movida, e da data do matrimnio, quando o for por seus representantes legais ou pelos parentes designados no artigo 190. IV a ao para haver o abatimento do preo da coisa mvel, recebida com vcio redibitrio, ou para rescindir o contrato
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Quadro Comparativo entre o Novo Cdigo Civil e o Cdigo Civil Anterior Lei no 3.071/1916 comutativo, e haver o preo pago, mais perdas e danos; contado o prazo de tradio da coisa; V a ao dos hospedeiros, estalajadeiros ou fornecedores de vveres destinados ao consumo no prprio estabelecimento, pelo preo da hospedagem ou dos alimentos fornecidos; contado o prazo do ltimo pagamento. 6o Em um ano: I a ao do doador para revogar a doao; contado o prazo do dia em que souber do fato, que o autoriza a revog-la; II a ao do segurado contra o segurador e vice-versa, se o fato que a autoriza se verificar no pas; contado o prazo do dia em que o interessado tiver conhecimento do mesmo fato. III A ao do filho, para desobrigar e reivindicar os imveis de sua propriedade, alienados ou gravados pelo pai fora dos casos expressamente legais; contado o prazo do dia em que chegar maioridade; IV a ao dos herdeiros do filho, no caso do nmero anterior, contando-se o prazo do dia do falecimento, se o filho morreu menor, e bem assim a de seu representante legal, se o pai decaiu do ptrio poder, correndo o prazo da data em que houver decado; V a ao de nulidade de partilha; contado o prazo da data em que a sentena da partilha passou em julgado; VI a ao dos professores, mestres ou repetidores de cincia, literatura, ou arte, pelas lies que derem, pagveis por perodos no excedentes a um ms; contado o prazo do termo de cada perodo vencido; VII a ao dos donos de casa de penso, educao, ou ensino, pelas prestaCdigo Civil Comparado

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1o Em um ano: I a pretenso dos hospedeiros ou fornecedores de vveres destinados a consumo no prprio estabelecimento, para o pagamento da hospedagem ou dos alimentos; II a pretenso do segurado contra o segurador, ou a deste contra aquele, contado o prazo: a) para o segurado, no caso de seguro de responsabilidade civil, da data em que citado para responder ao de indenizao proposta pelo terceiro prejudicado, ou da data que a este indeniza, com a anuncia do segurador; b) quanto aos demais seguros, da cincia do fato gerador da pretenso; III a pretenso dos tabelies, auxiliares da justia, serventurios judiciais, rbitros e peritos, pela percepo de emolumentos, custas e honorrios; IV a pretenso contra os peritos, pela avaliao dos bens que entraram para a formao do capital de sociedade annima, contado da publicao da ata da assemblia que aprovar o laudo; V a pretenso dos credores no pagos contra os scios ou acionistas e os liquidantes, contado o prazo da publicao da ata de encerramento da liquidao da sociedade.

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Quadro Comparativo entre o Novo Cdigo Civil e o Cdigo Civil Anterior Lei no 3.071/1916 es dos seus pensionistas, alunos ou aprendizes; contado o prazo do vencimento de cada uma; VIII a ao dos tabelies e outros oficiais do juzo, porteiros do auditrio e escrives, pelas dos atos que praticarem; contado o prazo da data daqueles por que elas se deverem; IX a ao dos mdicos, cirurgies ou farmacuticos, por suas visitas, operaes ou medicamentos; contado o prazo da data do ltimo servio prestado; X a ao dos advogados, solicitadores, curadores, peritos e procuradores judiciais, para o pagamento de seus honorrios; contado o prazo do vencimento do contrato, da deciso final do processo, ou da revogao do mandato; XI a ao do proprietrio do prdio desfalcado contra o do prdio aumentado pela avulso, nos termos do artigo 541; contado o prazo do dia em que ela ocorreu , o prazo prescribente; XII a ao dos herdeiros do filho para prova da legitimidade da filiao; contado o prazo da data do seu falecimento se houver morrido ainda menor ou incapaz; XIII A ao do adotado para se desligar da adoo, realizada quando ele era menor ou interdito; contado o prazo do dia em que cessar a menoridade ou a interdio. 7o Em dois anos: I a ao do cnjuge para anular o casamento nos casos do artigo 219, I, II e III; contado o prazo da data da celebrao do casamento; e da data da execuo deste Cdigo para os casamentos anteriormente celebrados; II a ao dos credores por dvida inferior a cem mil-ris, salvo as contempladas nos nos VI a VIII do pargrafo anterior,
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2o Em dois anos, a pretenso para haver prestaes alimentares, a partir da data em que se vencerem.

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Quadro Comparativo entre o Novo Cdigo Civil e o Cdigo Civil Anterior Lei no 3.071/1916 contado o prazo do vencimento respectivo, se estiver prefixado, e, no caso contrrio, do dia em que foi contrada; III a ao dos professores, mestres e repetidores de cincia, literatura ou arte, cujos honorrios sejam estipulados em prestaes correspondentes a perodo maiores de um ms; contado o prazo de vencimento da ltima prestao; IV a ao dos engenheiros, arquitetos, agrimensores e esteremetras, por seu honorrios; contado o prazo do termo dos seus trabalhos; V a ao do segurado contra o segurador e, vice-versa, se o fato que a autoriza se verificar fora do Brasil; contado o prazo do dia em que desse fato soube o interessado; VI a ao do cnjuge ou seus herdeiros necessrios para anular a doao feita pelo cnjuge adltero ao seu cmplice, contado o prazo da dissoluo da sociedade conjugal; VII a ao do marido ou dos seus herdeiros, para anular atos da mulher, praticados sem o seu consentimento, ou ser o suprimento do juiz; contado o prazo do dia em que se dissolver a sociedade conjugal. 8o Em trs anos: A ao do vendedor para resgatar o imvel vendido; contado o prazo da data da escritura, quando se no fixou no contrato prazo menor. 3o Em trs anos: I a pretenso relativa a aluguis de prdios urbanos ou rsticos; II a pretenso para receber prestaes vencidas de rendas temporrias ou vitalcias; III a pretenso para haver juros, dividendos ou quaisquer prestaes acessrias, pagveis, em perodos no maiores de um ano, com capitalizao ou sem ela; IV a pretenso de ressarcimento de enriquecimento sem causa;
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Quadro Comparativo entre o Novo Cdigo Civil e o Cdigo Civil Anterior Lei no 3.071/1916 Lei no 10.406/2002 V a pretenso de reparao civil; VI a pretenso de restituio dos lucros ou dividendos recebidos de m-f, correndo o prazo da data em que foi deliberada a distribuio; VII a pretenso contra as pessoas em seguida indicadas por violao da lei ou do estatuto, contado o prazo: a) para os fundadores, da publicao dos atos constitutivos da sociedade annima; b) para os administradores, ou fiscais, da apresentao, aos scios, do balano referente ao exerccio em que a violao tenha sido praticada, ou da reunio ou assemblia geral que dela deva tomar conhecimento; c) para os liquidantes, da primeira assemblia semestral posterior violao; VIII a pretenso para haver o pagamento de ttulo de crdito, a contar do vencimento, ressalvadas as disposies de lei especial; IX a pretenso do beneficirio contra o segurador, e a do terceiro prejudicado, no caso de seguro de responsabilidade civil obrigatrio. 9o Em quatro anos: I contados da dissoluo da sociedade conjugal, a ao da mulher para: a) desobrigar ou reivindicar os imveis do casal, quando o marido os gravou, ou alienou sem outorga uxria, ou suprimento dela pelo juiz: b) anular as fianas prestadas e as doaes feitas pelo marido fora dos casos legais; c) reaver do marido o dote ou os outros bens seus, confiados administrao marital; II a ao dos herdeiros da mulher, nos casos das letras a, b e c do nmero anteri62

4o Em quatro anos, a pretenso relativa tutela, a contar da data da aprovao das contas.

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Quadro Comparativo entre o Novo Cdigo Civil e o Cdigo Civil Anterior Lei no 3.071/1916 or, quando ela faleceu, sem propor a que ali se lhe assegura; contado o prazo da data do falecimento; III a ao da mulher ou seus herdeiros para desobrigar ou reivindicar os bens dotais alienados ou gravados pelo marido; contado o prazo da dissoluo da sociedade conjugal; IV a ao do interessado em pleitear a excluso do herdeiro, ou provar a causa da sua deserdao, e bem assim, a ao do deserdado para a impugnar; contado o prazo da abertura da sucesso; V a ao de anular ou rescindir os contratos, para a qual se no tenha estabelecido menor prazo; contado este: a) no caso de coao, do dia em que ela cessar; b) no de erro, dolo, simulao ou fraude, do dia em que se realizar o ato ou o contrato; c) quanto aos atos dos incapazes, do dia em que cessar a incapacidade; VI a ao do filho natural para impuganar o reconhecimento; contado o prazo do dia em que atingir a maioridade ou se emancipar. 10. Em cinco anos: I as prestaes de penses alimentcias; II as prestaes de rendas temporrias ou vitalcias; III os juros, ou quaisquer outras prestaes acessrias pagveis anualmente, ou em perodos mais curtos; IV os alugueres de prdio rstico ou urbano; V a ao dos serviais, operrios e jornaleiros, pelo pagamento dos seus salrios; VI as dvidas passivas da Unio, dos Estados e dos Municpios, e bem assim
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5o Em cinco anos: I a pretenso de cobrana de dvidas lquidas constantes de instrumento pblico ou particular; II a pretenso dos profissionais liberais em geral, procuradores judiciais, curadores e professores pelos seus honorrios, contado o prazo da concluso dos servios, da cessao dos respectivos contratos ou mandato; III a pretenso do vencedor para haver do vencido o que despendeu em juzo.

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Quadro Comparativo entre o Novo Cdigo Civil e o Cdigo Civil Anterior Lei no 3.071/1916 toda e qualquer ao contra a Fazenda federal, estadual ou municipal; devendo o prazo da prescrio correr da data do ato ou fato do qual se originar a mesma ao. Os prazos dos nmeros anteriores sero contados do dia em que cada prestao, juro, aluguer ou salrio for exigvel; VII a ao civil por ofensa a direitos de autor; contado o prazo da data da contratao; VIII o direito de propor ao rescisria; IX a ao por ofensa ou dano causados ao direito de propriedade; contado o prazo da data em que se deu a mesma ofensa ou dano. Art. 179. Os casos de prescrio no previstos neste Cdigo sero regulados, quanto ao prazo, pelo artigo 177. Captulo II Da Decadncia Art. 207. Salvo disposio legal em contrrio, no se aplicam decadncia as normas que impedem, suspendem ou interrompem a prescrio. Art. 208. Aplica-se decadncia o disposto nos arts. 195 e 198, inciso I. Art. 209. nula a renncia decadncia fixada em lei. Art. 210. Deve o juiz, de ofcio, conhecer da decadncia, quando estabelecida por lei. Art. 211. Se a decadncia for convencional, a parte a quem aproveita pode alegla em qualquer grau de jurisdio, mas o juiz no pode suprir a alegao. Ttulo I Dos Atos Jurdicos
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Ttulo V Da Prova
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Quadro Comparativo entre o Novo Cdigo Civil e o Cdigo Civil Anterior Lei no 3.071/1916 Captulo IV Da Forma dos Atos Jurdicos e da sua Prova Art. 136. Os atos jurdicos, a que se no impe forma especial, podero provar-se mediante: I confisso; II atos processados em juzo; III documentos pblicos ou particulares; IV testemunhas; V presuno; VI exames e vistorias; VII arbitramento. Art. 212. Salvo o negcio a que se impe forma especial, o fato jurdico pode ser provado mediante: I confisso; II documento; III testemunha; IV presuno; V percia. Lei no 10.406/2002

Art. 213. No tem eficcia a confisso se provm de quem no capaz de dispor do direito a que se referem os fatos confessados. Pargrafo nico. Se feita a confisso por um representante, somente eficaz nos limites em que este pode vincular o representado. Art. 214. A confisso irrevogvel, mas pode ser anulada se decorreu de erro de fato ou de coao. Art. 134. outrossim, da substncia do ato a escritura pblica: I nos pactos antenupciais e nas adoes; II nos contratos constitutivos ou translativos de direitos reais sobre imveis de valor superior a Cr$ 50.000,00 (cinquenta mil cruzeiros), excetuado o penhor agrcola. Art. 134, 1o A escritura pblica, lavrada em notas de tabelio, documento dotado de f pblica, fazendo prova plena, e, alm de outros requisitos previstos em lei especial, deve conter:
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Art. 215. A escritura pblica, lavrada em notas de tabelio, documento dotado de f pblica, fazendo prova plena.

1o Salvo quando exigidos por lei outros requisitos, a escritura pblica deve conter: I data e local de sua realizao; II reconhecimento da identidade e capacidade das partes e de quantos hajam com65

Quadro Comparativo entre o Novo Cdigo Civil e o Cdigo Civil Anterior Lei no 3.071/1916 a) data e lugar de sua realizao; b) reconhecimento da identidade e capacidade das partes e de quantos hajam comparecido ao ato; c) nome, nacionalidade, estado civil, profisso, domiclio e residncia das partes e demais comparecentes, com a indicao, quando necessrio, do regime de bens do casamento, nome do cnjuge e filiao; d) manifestao da vontade das partes e dos intervenientes; e) declarao de ter sido lida s partes e demais comparecentes, ou de que todos a leram; f) assinatura das partes e dos demais comparecentes, bem como a do tabelio, encerrando o ato. Lei no 10.406/2002 parecido ao ato, por si, como representantes, intervenientes ou testemunhas; III nome, nacionalidade, estado civil, profisso, domiclio e residncia das partes e demais comparecentes, com a indicao, quando necessrio, do regime de bens do casamento, nome do outro cnjuge e filiao; IV manifestao clara da vontade das partes e dos intervenientes; V referncia ao cumprimento das exigncias legais e fiscais inerentes legitimidade do ato; VI declarao de ter sido lida na presena das partes e demais comparecentes, ou de que todos a leram; VII assinatura das partes e dos demais comparecentes, bem como a do tabelio ou seu substituto legal, encerrando o ato. 2o Se algum comparecente no puder ou no souber escrever, outra pessoa capaz assinar por ele, a seu rogo. 3o A escritura ser redigida na lngua nacional. 4o Se qualquer dos comparecentes no souber a lngua nacional e o tabelio no entender o idioma em que se expressa, dever comparecer tradutor pblico para servir de intrprete, ou, no o havendo na localidade, outra pessoa capaz que, a juzo do tabelio, tenha idoneidade e conhecimento bastantes. Art. 215, 5o Se algum dos comparecentes no for conhecido do tabelio, nem puder identificar-se por documento, devero participar do ato pelo menos duas testemunhas que o conheam e atestem sua identidade.
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Art. 134, 2o Se algum comparecente no puder ou no souber assinar, outra pessoa capaz assinar por ele a seu rogo. Art. 134, 3o A escritura ser redigida em lngua nacional. Art. 134, 4 o Se qualquuer dos comparecentes no souber a lngua nacional e o tabelio no entender o indioma em que se expressa, dever comparecer tradutor pblico para servir de intrprete ou, no o havendo na localidade, outra pessoa capaz, que, a juzo do tabelio, tenha idoneidade e conhecimentos bastantes. Art. 134, 5o Se algum dos comparecentes no for conhecido do tabelio, nem puder identificar-se por documento, devero participar do ato pelo menos duas testemjnhas que o conheam e atestem sua identidade.
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Quadro Comparativo entre o Novo Cdigo Civil e o Cdigo Civil Anterior Lei no 3.071/1916 Art. 134, 6o O valor previsto no inciso II deste artigo ser reajustado em janeiro de cada ano, em funo da variao nominal das Obrigaes Reajustveis do Tesouro Nacional ORTN. Art. 137. Faro a mesma prova que os originais as certides textuais de qualquer pea judicial, do protocolo das audincias, ou de outro qualquer livro a cargo do escrivo, sendo extradas por ele, ou sob a sua vigilncia, e por ele subscritas, assim como os traslados de autos, quando por outro escrivo concertados. Art. 138. Tero tambm a mesma fora probante os traslados e as certides extradas por oficial pblico, de instrumentos ou documentos lanados em suas notas. Art. 139. Os traslados, ainda que no concertados, e as certides considerar-se-o instrumentos pblicos, se os originais se houverem produzido em juzo como prova de algum ato. Art. 216. Faro a mesma prova que os originais as certides textuais de qualquer pea judicial, do protocolo das audincias, ou de outro qualquer livro a cargo do escrivo, sendo extradas por ele, ou sob a sua vigilncia, e por ele subscritas, assim como os traslados de autos, quando por outro escrivo consertados. Art. 217. Tero a mesma fora probante os traslados e as certides, extrados por tabelio ou oficial de registro, de instrumentos ou documentos lanados em suas notas. Art. 218. Os traslados e as certides considerar-se-o instrumentos pblicos, se os originais se houverem produzido em juzo como prova de algum ato. Art. 219. As declaraes constantes de documentos assinados presumem-se verdadeiras em relao aos signatrios. Pargrafo nico. No tendo relao direta, porm, com as disposies principais ou com a legitimidade das partes, as declaraes enunciativas no eximem os interessados em sua veracidade do nus de prov-las. Art. 220. A anuncia ou a autorizao de outrem, necessria validade de um ato, provar-se- do mesmo modo que este, e constar, sempre que se possa, do prprio instrumento.
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Quadro Comparativo entre o Novo Cdigo Civil e o Cdigo Civil Anterior Lei no 3.071/1916 Art. 135. O instrumento particular, feito e assinado, ou somente assinado por quem esteja na disposio e administrao livre de seus bens, sendo subscrito por duas testemunhas, prova as obrigaes convencionais de qualquer valor. Mas os seus efeitos, bem como os da seo, no se operam, a respeito de terceiros, antes de transcrito no Registro Pblico. Pargrafo nico. A prova do instrumento particular pode suprir-se pelas outras de carter legal. Lei no 10.406/2002 Art. 221. O instrumento particular, feito e assinado, ou somente assinado por quem esteja na livre disposio e administrao de seus bens, prova as obrigaes convencionais de qualquer valor; mas os seus efeitos, bem como os da cesso, no se operam, a respeito de terceiros, antes de registrado no registro pblico. Pargrafo nico. A prova do instrumento particular pode suprir-se pelas outras de carter legal. Art. 222. O telegrama, quando lhe for contestada a autenticidade, faz prova mediante conferncia com o original assinado. Art. 223. A cpia fotogrfica de documento, conferida por tabelio de notas, valer como prova de declarao da vontade, mas, impugnada sua autenticidade, dever ser exibido o original. Pargrafo nico. A prova no supre a ausncia do ttulo de crdito, ou do original, nos casos em que a lei ou as circunstncias condicionarem o exerccio do direito sua exibio. Art. 140. Os escritos de obrigao redigidos em lngua estrangeira sero, para ter efeitos legais no Pas, vertidos em portugus. Art. 224. Os documentos redigidos em lngua estrangeira sero traduzidos para o portugus para ter efeitos legais no Pas. Art. 225. As reprodues fotogrficas, cinematogrficas, os registros fonogrficos e, em geral, quaisquer outras reprodues mecnicas ou eletrnicas de fatos ou de coisas fazem prova plena destes, se a parte, contra quem forem exibidos, no lhes impugnar a exatido.
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Quadro Comparativo entre o Novo Cdigo Civil e o Cdigo Civil Anterior Lei no 3.071/1916 Lei no 10.406/2002 Art. 226. Os livros e fichas dos empresrios e sociedades provam contra as pessoas a que pertencem, e, em seu favor, quando, escriturados sem vcio extrnseco ou intrnseco, forem confirmados por outros subsdios. Pargrafo nico. A prova resultante dos livros e fichas no bastante nos casos em que a lei exige escritura pblica, ou escrito particular revestido de requisitos especiais, e pode ser ilidida pela comprovao da falsidade ou inexatido dos lanamentos. Art. 141. Salvo os casos expressos, a prova exclusivamente testemunhal s se admite nos contratos, cujo valor no passe de Cr$ 10.000,00 (dez mil cruzeiros). Art. 227. Salvo os casos expressos, a prova exclusivamente testemunhal s se admite nos negcios jurdicos cujo valor no ultrapasse o dcuplo do maior salrio mnimo vigente no Pas ao tempo em que foram celebrados. Pargrafo nico. Qualquer que seja o valor do negcio jurdico, a prova testemunhal admissvel como subsidiria ou complementar da prova por escrito. Art. 228. No podem ser admitidos como testemunhas: I os menores de dezesseis anos; II aqueles que, por enfermidade ou retardamento mental, no tiverem discernimento para a prtica dos atos da vida civil; III os cegos e surdos, quando a cincia do fato que se quer provar dependa dos sentidos que lhes faltam; IV o interessado no litgio, o amigo ntimo ou o inimigo capital das partes; V os cnjuges, os ascendentes, os descendentes e os colaterais, at o terceiro grau de alguma das partes, por consanginidade, ou afinidade.
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Pargrafo nico. Qualquer que seja o valor do contrato, a prova testemunhal admissvel como subsidiria ou complementar da prova por escrito. Art. 142. No podem ser admitidos como testemunhas: I os loucos de todo gnero; II os cegos e surdos, quando a cincia do fato, que se quer provar, dependa dos sentidos, que lhe faltam; III os menores de dezesseis anos; IV o interessado no objeto do litgio, bem como o ascendente e o descendente, ou o colateral, at o terceiro grau, de alguma das partes, por cosanguinidade, ou afinidade; V os cnjuges.

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Quadro Comparativo entre o Novo Cdigo Civil e o Cdigo Civil Anterior Lei no 3.071/1916 Art. 143. Os ascendentes por consanginidade, ou afinidade, podem ser admitidos como testemunhas em questes em que se trate de verificar o nascimento, ou o bito dos filhos. Art. 144. Ningum pode ser obrigado a depor de fatos, a cujo respeito, por estado ou profisso, deva guardar segredo. Art. 229. Ningum pode ser obrigado a depor sobre fato: I a cujo respeito, por estado ou profisso, deva guardar segredo; II a que no possa responder sem desonra prpria, de seu cnjuge, parente em grau sucessvel, ou amigo ntimo; III que o exponha, ou s pessoas referidas no inciso antecedente, a perigo de vida, de demanda, ou de dano patrimonial imediato. Art. 230. As presunes, que no as legais, no se admitem nos casos em que a lei exclui a prova testemunhal. Art. 231. Aquele que se nega a submeterse a exame mdico necessrio no poder aproveitar-se de sua recusa. Art. 232. A recusa percia mdica ordenada pelo juiz poder suprir a prova que se pretendia obter com o exame. Parte Especial Livro III Do Direito das Obrigaes Ttulo I Das Modalidades das Obrigaes Captulo I Das Obrigaes de Dar Seo I Das Obrigaes de Dar Coisa Certa
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Parte Especial Livro I Do Direito das Obrigaes Ttulo I Das Modalidades das Obrigaes Captulo I Das Obrigaes de Dar Seo I Das Obrigaes de Dar Coisa Certa
Cdigo Civil Comparado

Quadro Comparativo entre o Novo Cdigo Civil e o Cdigo Civil Anterior Lei no 3.071/1916 Art. 863. O credor de coisa certa no pode ser obrigado a receber outra, ainda que mais valiosa. Art. 864. A obrigao de dar coisa certa abrange-lhe os acessrios, posto no mencionados, salvo se o contrrio resultar do ttulo, ou das circunstncias do caso. Art. 865. Se, no caso do artigo antecedente, a coisa se perder, sem culpa do devedor, antes da tradio, ou pendente a condio suspensiva, fica resolvida a obrigao para ambas as partes. Se a perda resultar de culpa do devedor, responder este pelo equivalente, mais as perdas e danos. Art. 866. Deteriorada a coisa, no sendo o devedor culpado, poder o credor resolver a obrigao, ou aceitar a coisa, abatido ao seu preo o valor que perdeu. Art. 867. Sendo culpado o devedor, poder o credor exigir o equivalente, ou aceitar a coisa no estado em que se acha, com direito a reclamar, em um ou em outro caso, indenizao das perdas e danos. Art. 868. At a tradio, pertence ao devedor a coisa, com os seus melhoramentos e acrescidos, pelos quais poder exigir aumento no preo. Se o credor no anuir, poder o devedor resolver a obrigao. Art. 233. A obrigao de dar coisa certa abrange os acessrios dela embora no mencionados, salvo se o contrrio resultar do ttulo ou das circunstncias do caso. Art. 234. Se, no caso do artigo antecedente, a coisa se perder, sem culpa do devedor, antes da tradio, ou pendente a condio suspensiva, fica resolvida a obrigao para ambas as partes; se a perda resultar de culpa do devedor, responder este pelo equivalente e mais perdas e danos. Art. 235. Deteriorada a coisa, no sendo o devedor culpado, poder o credor resolver a obrigao, ou aceitar a coisa, abatido de seu preo o valor que perdeu. Art. 236. Sendo culpado o devedor, poder o credor exigir o equivalente, ou aceitar a coisa no estado em que se acha, com direito a reclamar, em um ou em outro caso, indenizao das perdas e danos. Art. 237. At a tradio pertence ao devedor a coisa, com os seus melhoramentos e acrescidos, pelos quais poder exigir aumento no preo; se o credor no anuir, poder o devedor resolver a obrigao. Pargrafo nico. Os frutos percebidos so do devedor, cabendo ao credor os pendentes. Art. 238. Se a obrigao for de restituir coisa certa, e esta, sem culpa do devedor, se perder antes da tradio, sofrer o cre71

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Art. 869. Se a obrigao for de restituir coisa certa, e esta, sem culpa do devedor, se perder antes da tradio, sofrer o creCdigo Civil Comparado

Quadro Comparativo entre o Novo Cdigo Civil e o Cdigo Civil Anterior Lei no 3.071/1916 dor a perda antes da tradio, sofrer o credor a perda, e a obrigao se resolver, salvos, porm, a ele os seus direitos at o dia da perda. Art. 870. Se a coisa se perder por culpa do devedor, vigorar o disposto no artigo 865, 2o parte. Art. 871. Se a coisa restituvel se deteriorar sem culpa do devedor receb-la-, tal qual se ache, o credor, sem direito a indenizao; se por culpa do devedor, observar-se- o disposto no artigo 867. Art. 872. Se, no caso do artigo 869, a coisa tiver melhoramento ou aumento sem despesa, ou trabalho do devedor, lucrar o credor o melhoramento, ou aumento, sem pagar indenizao. Art. 873. Se para o melhoramento, ou aumento, empregou o devedor trabalho ou dispndio, vigorar o estatudo nos artigos 516 a 519. Lei no 10.406/2002 dor a perda, e a obrigao se resolver, ressalvados os seus direitos at o dia da perda. Art. 239. Se a coisa se perder por culpa do devedor, responder este pelo equivalente, mais perdas e danos. Art. 240. Se a coisa restituvel se deteriorar sem culpa do devedor, receb-la- o credor, tal qual se ache, sem direito a indenizao; se por culpa do devedor, observar-se- o disposto no art. 239. Art. 241. Se, no caso do art. 238, sobrevier melhoramento ou acrscimo coisa, sem despesa ou trabalho do devedor, lucrar o credor, desobrigado de indenizao. Art. 242. Se para o melhoramento, ou aumento, empregou o devedor trabalho ou dispndio, o caso se regular pelas normas deste Cdigo atinentes s benfeitorias realizadas pelo possuidor de boa-f ou de m-f. Pargrafo nico. Quanto aos frutos percebidos, observar-se-, do mesmo modo, o disposto neste Cdigo, acerca do possuidor de boa-f ou de m-f. Seo II Das Obrigaes de Dar Coisa Incerta Art. 243. A coisa incerta ser indicada, ao menos, pelo gnero e pela quantidade. Art. 244. Nas coisas determinadas pelo gnero e pela quantidade, a escolha pertence ao devedor, se o contrrio no reCdigo Civil Comparado

Pargrafo nico. Quanto aos frutos percebidos, observar-se- o disposto nos artigos 510 a 513. Seo II Das Obrigaes de Dar Coisa Incerta Art. 874. A coisa incerta ser indicada, ao menos, pelo gnero e quantidade. Art. 875. Nas coisas determinadas pelo gnero e pela quantidade, a escolha pertence ao devedor, se o contrrio no re72

Quadro Comparativo entre o Novo Cdigo Civil e o Cdigo Civil Anterior Lei no 3.071/1916 sultar do ttulo da obrigao. Mas no poder dar a coisa pior, nem ser obrigado a prestar a melhor. Art. 876. Feita a escolha, vigorar o disposto na seo anterior. Art. 877. Antes da escolha, no poder o devedor alegar perda ou deteriorao da coisa, ainda que por fora maior, ou caso fortuito. Captulo II Das Obrigaes de Fazer Art. 880. Incorre tambm na obrigao de indenizar perdas e danos o devedor que recusar a prestao a ele s imposta, ou s por ele exequvel. Art. 878. Na obrigao de fazer, o credor no obrigado a aceitar de terceiro a prestao, quando for convencionado que o devedor a faa pessoalmente. Art. 879. Se a prestao do fato se impossibilitar sem culpa do devedor, resolverse- obrigao; se por culpa do devedor, responder este pelas perdas e danos. Art. 881. Se o fato puder ser executado por terceiro, ser livre ao credor mand-lo executar custa do devedor, havendo recusa ou mora deste, ou pedir indenizao por perdas e danos. Art. 248. Se a prestao do fato tornar-se impossvel sem culpa do devedor, resolver-se- a obrigao; se por culpa dele, responder por perdas e danos. Art. 249. Se o fato puder ser executado por terceiro, ser livre ao credor mand-lo executar custa do devedor, havendo recusa ou mora deste, sem prejuzo da indenizao cabvel. Pargrafo nico. Em caso de urgncia, pode o credor, independentemente de autorizao judicial, executar ou mandar executar o fato, sendo depois ressarcido. Captulo III Das Obrigaes de NoFazer
Cdigo Civil Comparado

Lei no 10.406/2002 sultar do ttulo da obrigao; mas no poder dar a coisa pior, nem ser obrigado a prestar a melhor. Art. 245. Cientificado da escolha o credor, vigorar o disposto na Seo antecedente. Art. 246. Antes da escolha, no poder o devedor alegar perda ou deteriorao da coisa, ainda que por fora maior ou caso fortuito. Captulo II Das Obrigaes de Fazer Art. 247. Incorre na obrigao de indenizar perdas e danos o devedor que recusar a prestao a ele s imposta, ou s por ele exeqvel.

Captulo III Das Obrigaes de NoFazer


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Quadro Comparativo entre o Novo Cdigo Civil e o Cdigo Civil Anterior Lei no 3.071/1916 Art. 882. Extingue-se a obrigao de no fazer, desde que, sem culpa do devedor, se lhe torne impossvel abster-se do fato que se obrigou a no praticar. Art. 883. Praticado pelo devedor o ato, a cuja absteno se obrigara, o credor pode exigir dele que o desfaa, sob pena de se desfazer sua custa, ressarcindo o culpado perdas e danos. Lei no 10.406/2002 Art. 250. Extingue-se a obrigao de no fazer, desde que, sem culpa do devedor, se lhe torne impossvel abster-se do ato, que se obrigou a no praticar. Art. 251. Praticado pelo devedor o ato, a cuja absteno se obrigara, o credor pode exigir dele que o desfaa, sob pena de se desfazer sua custa, ressarcindo o culpado perdas e danos. Pargrafo nico. Em caso de urgncia, poder o credor desfazer ou mandar desfazer, independentemente de autorizao judicial, sem prejuzo do ressarcimento devido. Captulo IV Das Obrigaes Alternativas Art. 884. Nas obrigaes alternativas, a escolha cabe ao devedor, se outra coisa no se estipulou. 1o No pode, porm, o devedor obrigar o credor a receber parte em uma prestao e parte em outra. 2o Quando a obrigao for de prestaes anuais, subentender-se-, para o devedor, o direito de exercer cada ano a opo. Captulo IV Das Obrigaes Alternativas Art. 252. Nas obrigaes alternativas, a escolha cabe ao devedor, se outra coisa no se estipulou. 1o No pode o devedor obrigar o credor a receber parte em uma prestao e parte em outra. 2o Quando a obrigao for de prestaes peridicas, a faculdade de opo poder ser exercida em cada perodo. 3o No caso de pluralidade de optantes, no havendo acordo unnime entre eles, decidir o juiz, findo o prazo por este assinado para a deliberao. 4o Se o ttulo deferir a opo a terceiro, e este no quiser, ou no puder exerc-la, caber ao juiz a escolha se no houver acordo entre as partes.
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Quadro Comparativo entre o Novo Cdigo Civil e o Cdigo Civil Anterior Lei no 3.071/1916 Art. 885. Se uma das duas prestaes no puder ser objeto de obrigao, ou se tornar inexeqvel, subsitir o dbito quanto outra. Art. 886. Se, por culpa do devedor, no se puder cumprir nenhuma das prestaes, no competindo ao credor a escolha, ficar aquele obrigado a pagar o valor da que por ltimo se impossibilitou, mais as perdas e danos que o caso determinar. Art. 887. Quando a escolha couber ao credor e uma das prestaes se tornar impossvel por culpa do devedor, o credor ter direito de exigir ou a prestao subsistente ou o valor da outra, com perdas e danos. Se por culpa do devedor, ambas se tornarem inexeqveis, poder o credor reclamar o valor de qualquer das duas, alm da indenizao pelas perdas e danos. Art. 888. Se todas as prestaes se tornarem impossveis, sem culpa do devedor, extinguir-se- a obrigao. Captulo V Das Obrigaes Divisveis e Indivisveis Art. 889. Ainda que a obrigao tenha por objeto prestao divisvel, no pode o credor ser obrigado a receber, nem o devedor a pagar, por partes, se assim no se ajustou. Art. 890. Havendo mais de um devedor ou mais de um credor em obrigao divisvel, esta presume-se dividida em tantas obrigaes, iguais e distintas, quantos os credores, ou devedores.
Cdigo Civil Comparado

Lei no 10.406/2002 Art. 253. Se uma das duas prestaes no puder ser objeto de obrigao ou se tornada inexeqvel, subsistir o dbito quanto outra. Art. 254. Se, por culpa do devedor, no se puder cumprir nenhuma das prestaes, no competindo ao credor a escolha, ficar aquele obrigado a pagar o valor da que por ltimo se impossibilitou, mais as perdas e danos que o caso determinar. Art. 255. Quando a escolha couber ao credor e uma das prestaes tornar-se impossvel por culpa do devedor, o credor ter direito de exigir a prestao subsistente ou o valor da outra, com perdas e danos; se, por culpa do devedor, ambas as prestaes se tornarem inexeqveis, poder o credor reclamar o valor de qualquer das duas, alm da indenizao por perdas e danos. Art. 256. Se todas as prestaes se tornarem impossveis sem culpa do devedor, extinguir-se- a obrigao. Captulo V Das Obrigaes Divisveis e Indivisveis

Art. 257. Havendo mais de um devedor ou mais de um credor em obrigao divisvel, esta presume-se dividida em tantas obrigaes, iguais e distintas, quantos os credores ou devedores.
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Quadro Comparativo entre o Novo Cdigo Civil e o Cdigo Civil Anterior Lei no 3.071/1916 Lei no 10.406/2002 Art. 258. A obrigao indivisvel quando a prestao tem por objeto uma coisa ou um fato no suscetveis de diviso, por sua natureza, por motivo de ordem econmica, ou dada a razo determinante do negcio jurdico. Art. 891. Se, havendo dois ou mais devedores, a prestao no for divisvel cada um ser obrigado pela dvida toda. Pargrafo nico. O devedor, que paga a dvida, sub-roga-se no direito do credor em relao aos outros coobrigados. Art. 892. Se a pluralidade for dos credores, poder cada um destes exigir a dvida inteira. Mas o devedor ou devedores se desobrigaro, pagando: I a todos conjuntamente; II a um, dando este cauo de ratificao dos outros credores. Art. 893. Se um s dos credores remitir a dvida, a obrigao no ficar extinta para com os outros, mas estes s a podero exigir, descontada a quota do credor remitente. Art. 894. Se um dos credores remitir a dvida, a obrigao no ficar extinta para com os outros; mas estes s podero exigir, descontada a quota do credor remitente. Pargrafo nico. O mesmo se observar no caso de transao, novao, compensao ou confuso. Art. 895. Perde a qualidade de indivisvel a obrigao que se resolver em perdas e danos.
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Art. 259. Se, havendo dois ou mais devedores, a prestao no for divisvel, cada um ser obrigado pela dvida toda. Pargrafo nico. O devedor, que paga a dvida, sub-roga-se no direito do credor em relao aos outros coobrigados. Art. 260. Se a pluralidade for dos credores, poder cada um destes exigir a dvida inteira; mas o devedor ou devedores se desobrigaro, pagando: I a todos conjuntamente; II a um, dando este cauo de ratificao dos outros credores. Art. 261. Se um s dos credores receber a prestao por inteiro, a cada um dos outros assistir o direito de exigir dele em dinheiro a parte que lhe caiba no total. Art. 262. Se um dos credores remitir a dvida, a obrigao no ficar extinta para com os outros; mas estes s a podero exigir, descontada a quota do credor remitente. Pargrafo nico. O mesmo critrio se observar no caso de transao, novao, compensao ou confuso. Art. 263. Perde a qualidade de indivisvel a obrigao que se resolver em perdas e danos.
Cdigo Civil Comparado

Quadro Comparativo entre o Novo Cdigo Civil e o Cdigo Civil Anterior Lei no 3.071/1916 1o Se, para esse efeito, houver culpa de todos os devedores, respondero todos por partes iguais. 2o Se for de um s a culpa, ficaro exonerados os outros, respondendo s esse pelas perdas e danos. Captulo VI Das Obrigaes Solidrias Seo I Disposies Gerais Lei no 10.406/2002 1o Se, para efeito do disposto neste artigo, houver culpa de todos os devedores, respondero todos por partes iguais. 2o Se for de um s a culpa, ficaro exonerados os outros, respondendo s esse pelas perdas e danos. Captulo VI Das Obrigaes Solidrias Seo I Disposies Gerais Art. 264. H solidariedade, quando na mesma obrigao concorre mais de um credor, ou mais de um devedor, cada um com direito, ou obrigado, dvida toda. Art. 896. A solidariedade no se presume; resulta de lei ou da vontade das partes. Pargrafo nico. H solidariedade quando na mesma obrigao concorre mais de um credor, ou mais de um devedor, cada um com um direito, ou obrigado dvida toda. Art. 897. A obrigao solidria pode ser pura e simples para um dos co-credores ou co-devedores, e condicional ou a prazo, para o outro. Seo II Da Solidariedade Ativa Art. 898. Cada um dos credores solidrios tem direito a exigir do devedor o cumprimento da prestao, por inteiro. Art. 899. Enquanto algum dos credores solidrios no demandar o devedor comum, a qualquer deles poder este pagar. Art. 266. A obrigao solidria pode ser pura e simples para um dos co-credores ou co-devedores, e condicional, ou a prazo, ou pagvel em lugar diferente, para o outro. Seo II Da Solidariedade Ativa Art. 267. Cada um dos credores solidrios tem direito a exigir do devedor o cumprimento da prestao por inteiro. Art. 268. Enquanto alguns dos credores solidrios no demandarem o devedor comum, a qualquer daqueles poder este pagar.
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Art. 265. A solidariedade no se presume; resulta da lei ou da vontade das partes.

Cdigo Civil Comparado

Quadro Comparativo entre o Novo Cdigo Civil e o Cdigo Civil Anterior Lei no 3.071/1916 Art. 900. O pagamento feito a um dos credores solidrios extingue inteiramente a dvida. Pargrafo nico. O mesmo efeito resulta da novao, da compensao e da remisso. Art. 901. Se falecer um dos credores solidrios, deixando herdeiros, cada um destes s ter direito a exigir e receber a quota do crdito que corresponder ao seu quinho hereditrio, salvo se a obrigao for indivisvel. Art. 902. Convertendo-se a prestao em perdas e danos, subsiste a solidariedade, e em proveito de todos os credores correm os juros da mora. Art. 903. O credor que tiver remitido a dvida ou recebido o pagamento, responder aos outros pela parte, que lhes caiba. Art. 270. Se um dos credores solidrios falecer deixando herdeiros, cada um destes s ter direito a exigir e receber a quota do crdito que corresponder ao seu quinho hereditrio, salvo se a obrigao for indivisvel. Art. 271. Convertendo-se a prestao em perdas e danos, subsiste, para todos os efeitos, a solidariedade. Art. 272. O credor que tiver remitido a dvida ou recebido o pagamento responder aos outros pela parte que lhes caiba. Art. 273. A um dos credores solidrios no pode o devedor opor as excees pessoais oponveis aos outros. Art. 274. O julgamento contrrio a um dos credores solidrios no atinge os demais; o julgamento favorvel aproveita-lhes, a menos que se funde em exceo pessoal ao credor que o obteve. Seo III Da Solidariedade Passiva Art. 904. O credor tem direito a exigir e receber de um ou alguns dos devedores, parcial, ou totalmente, a dvida comum. No primeiro caso, todos os demais devedores continuam obrigados solidariamente pelo resto.
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Lei no 10.406/2002 Art. 269. O pagamento feito a um dos credores solidrios extingue a dvida at o montante do que foi pago.

Seo III Da Solidariedade Passiva Art. 275. O credor tem direito a exigir e receber de um ou de alguns dos devedores, parcial ou totalmente, a dvida comum; se o pagamento tiver sido parcial, todos os demais devedores continuam obrigados solidariamente pelo resto.
Cdigo Civil Comparado

Quadro Comparativo entre o Novo Cdigo Civil e o Cdigo Civil Anterior Lei no 3.071/1916 Lei no 10.406/2002 Pargrafo nico. No importar renncia da solidariedade a propositura de ao pelo credor contra um ou alguns dos devedores. Art. 905. Se morrer um dos devedores solidrios, deixando herdeiros, cada um destes no ser obrigado a pagar seno a quota que corresponder ao seu quinho hereditrio, salvo se a obrigao Art. 276. Se um dos devedores solidrios falecer deixando herdeiros, nenhum destes ser obrigado a pagar seno a quota que corresponder ao seu quinho hereditrio, salvo se a obrigao for indivisvel; mas todos reunidos sero considerados como um devedor solidrio em relao aos demais devedores. Art. 277. O pagamento parcial feito por um dos devedores e a remisso por ele obtida no aproveitam aos outros devedores, seno at concorrncia da quantia paga ou relevada. Art. 278. Qualquer clusula, condio ou obrigao adicional, estipulada entre um dos devedores solidrios e o credor, no poder agravar a posio dos outros sem consentimento destes. Art. 279. Impossibilitando-se a prestao por culpa de um dos devedores solidrios, subsiste para todos o encargo de pagar o equivalente; mas pelas perdas e danos s responde o culpado. Art. 280. Todos os devedores respondem pelos juros da mora, ainda que a ao tenha sido proposta somente contra um; mas o culpado responde aos outros pela obrigao acrescida.

Art. 906. O pagamento parcial feito por um dos devedores e a remisso por ele obtida no aproveitam aos outros devedores, seno at concorrncia da quantia paga, ou relevada. Art. 907. Qualquer clusula, condio, ou obrigao adicional, estipulada entre um dos devedores solidrios e o credor, no poder agravar a posio dos outros sem consentimento destes. Art. 908. Impossibilitando-se a prestao por culpa de um dos devedores solidrios, subsiste para todos o encargo de pagar o equivalente; mas pelas perdas e danos s responde o culpado. Art. 909. Todos os devedores respondem pelos juros da mora, ainda que a ao tenha sido proposta somente contra um; mas o culpado responde aos outros pela obrigao acrescida. Art. 910. O credor, propondo ao contra um dos devedores solidrios, no fica inibido de acionar os outros.
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Quadro Comparativo entre o Novo Cdigo Civil e o Cdigo Civil Anterior Lei no 3.071/1916 Art. 911. O devedor demandado pode opor ao credor as excees que lhe forem pessoais e as comuns a todos; no lhe aproveitando, porm, as pessoais a outro co-devedor. Art. 912. O credor pode renunciar a solidariedade em favor de um, alguns, ou todos os devedores. Pargrafo nico. Se o credor exonerar da solidariedade um ou mais devedores, aos outros s lhe ficar o direito de acionar, abatendo no dbito a parte correspondente aos devedores, cuja obrigao remitiu. Art. 913. O devedor que satisfez a dvida por inteiro, tem direito a exigir de cada um dos co-devedores a sua quota, dividindo-se igualmente por todos a do insolvente, se o houver. Presumem-se iguais, no dbito, as partes de todos os co-devedores. Art. 914. No caso de rateio, entre os codevedores, pela parte que na obrigao incumbia ao insolvente, contribuiro tambm os exonerados da solidariedade pelo credor. Art. 915. Se a dvida solidria interessar exclusivamente a um dos devedores, responder este por toda ela para com aquele que pagar. Ttulo III Da Cesso de Crdito Lei no 10.406/2002 Art. 281. O devedor demandado pode opor ao credor as excees que lhe forem pessoais e as comuns a todos; no lhe aproveitando as excees pessoais a outro codevedor. Art. 282. O credor pode renunciar solidariedade em favor de um, de alguns ou de todos os devedores. Pargrafo nico. Se o credor exonerar da solidariedade um ou mais devedores, subsistir a dos demais.

Art. 283. O devedor que satisfez a dvida por inteiro tem direito a exigir de cada um dos co-devedores a sua quota, dividindo-se igualmente por todos a do insolvente, se o houver, presumindo-se iguais, no dbito, as partes de todos os co-devedores. Art. 284. No caso de rateio entre os codevedores, contribuiro tambm os exonerados da solidariedade pelo credor, pela parte que na obrigao incumbia ao insolvente. Art. 285. Se a dvida solidria interessar exclusivamente a um dos devedores, responder este por toda ela para com aquele que pagar. Ttulo II Da Transmisso das Obrigaes Captulo I Da Cesso de Crdito

Art. 1.065. O credor pode ceder o seu crdito, se a isso no se opuser a natureza da
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Art. 286. O credor pode ceder o seu crdito, se a isso no se opuser a natureza da
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Quadro Comparativo entre o Novo Cdigo Civil e o Cdigo Civil Anterior Lei no 3.071/1916 obrigao, a lei, ou a conveno com o devedor. Lei no 10.406/2002 obrigao, a lei, ou a conveno com o devedor; a clusula proibitiva da cesso no poder ser oposta ao cessionrio de boa-f, se no constar do instrumento da obrigao. Art. 287. Salvo disposio em contrrio, na cesso de um crdito abrangem-se todos os seus acessrios. Art. 288. ineficaz, em relao a terceiros, a transmisso de um crdito, se no celebrar-se mediante instrumento pblico, ou instrumento particular revestido das solenidades do 1o do art. 654. Art. 289. O cessionrio de crdito hipotecrio tem o direito de fazer averbar a cesso no registro do imvel.

Art. 1.066. Salvo disposio em contrrio, na cesso de um crdito se abrangem todos os seus acessrios. Art. 1.067. No vale, em relao a terceiros, a transmisso de um crdito, se no se celebrar mediante instrumento pblico, ou instrumento particular revestido das solenidades do artigo 135. Pargrafo nico. O cessionrio de crdito hipotecrio tem, como o sub-rogado, o direito de fazer inscrever a cesso margem da inscrio principal. Art. 1.068. A disposio do artigo antecedente, parte primeira, no se aplica transferncia de crditos, operada por lei ou sentena. Art. 1.069. A cesso de crdito no vale em relao ao devedor, seno quando a este notificada; mas por notificado se tem o devedor que, em escrito pblico ou particular, se declarou ciente da cesso feita. Art. 1.070. Ocorrendo vrias cesses do mesmo crdito, prevalece a que se completar com a tradio do ttulo de crdito cedido. Art. 1.071. Fica desobrigado o devedor que, antes de ter conhecimento da cesso, paga ao credor primitivo, ou que, no caso de mais de uma cesso notificada,
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Art. 290. A cesso do crdito no tem eficcia em relao ao devedor, seno quando a este notificada; mas por notificado se tem o devedor que, em escrito pblico ou particular, se declarou ciente da cesso feita. Art. 291. Ocorrendo vrias cesses do mesmo crdito, prevalece a que se completar com a tradio do ttulo do crdito cedido. Art. 292. Fica desobrigado o devedor que, antes de ter conhecimento da cesso, paga ao credor primitivo, ou que, no caso de mais de uma cesso notificada, paga
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Quadro Comparativo entre o Novo Cdigo Civil e o Cdigo Civil Anterior Lei no 3.071/1916 paga ao cessionrio, que lhe apresenta, com o ttulo da cesso, o da obrigao cedida. Lei no 10.406/2002 ao cessionrio que lhe apresenta, com o ttulo de cesso, o da obrigao cedida; quando o crdito constar de escritura pblica, prevalecer a prioridade da notificao. Art. 293. Independentemente do conhecimento da cesso pelo devedor, pode o cessionrio exercer os atos conservatrios do direito cedido. Art. 1.072. O devedor pode opor tanto ao cessionrio como ao cedente as excees que lhe competirem no momento em que tiver conhecimento da cesso; mas, no pode opor ao cessionrio de boa-f a simulao do cedente. Art. 1.073. Na cesso por ttulo oneroso, o cedente, ainda que se no responsabilize, fica responsvel ao cessionrio pela existncia do crdito ao tempo que lho cedeu. A mesma responsabilidade lhe cabe nas cesses por ttulo gratuito, se tiver procedido de m-f. Art. 1.074. Salvo estipulao em contrrio, o cedente no responde pela solvncia do devedor. Art. 1.075. O cedente, responsvel ao cessionrio pela solvncia do devedor, no responde por mais do que daquele recebeu, com os respectivos juros; mas tem de ressarcir-lhes as despesas da cesso e as que o cessionrio houver feito a cobrana. Art. 1.076. Quando a transferncia do crdito se opera por fora de lei, o credor originrio no responde pela realidade da dvida, nem pela solvncia do devedor.
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Art. 294. O devedor pode opor ao cessionrio as excees que lhe competirem, bem como as que, no momento em que veio a ter conhecimento da cesso, tinha contra o cedente. Art. 295. Na cesso por ttulo oneroso, o cedente, ainda que no se responsabilize, fica responsvel ao cessionrio pela existncia do crdito ao tempo em que lhe cedeu; a mesma responsabilidade lhe cabe nas cesses por ttulo gratuito, se tiver procedido de m-f. Art. 296. Salvo estipulao em contrrio, o cedente no responde pela solvncia do devedor. Art. 297. O cedente, responsvel ao cessionrio pela solvncia do devedor, no responde por mais do que daquele recebeu, com os respectivos juros; mas tem de ressarcir-lhe as despesas da cesso e as que o cessionrio houver feito com a cobrana.

Quadro Comparativo entre o Novo Cdigo Civil e o Cdigo Civil Anterior Lei no 3.071/1916 Art. 1.077. O crdito, uma vez penhorado, no pode mais ser transferido pelo credor que tiver conhecimento da penhora; mas o devedor que o pagar, no tendo notificao dela, fica exonerado, subsistindo somente contra o credor os direitos de terceiro. Art. 1.078. AS disposies deste ttulo aplicam-se cesso de outros direitos para os quais no haja modo especial de transferncia. Captulo II Da Assuno de Dvida Art. 299. facultado a terceiro assumir a obrigao do devedor, com o consentimento expresso do credor, ficando exonerado o devedor primitivo, salvo se aquele, ao tempo da assuno, era insolvente e o credor o ignorava. Pargrafo nico. Qualquer das partes pode assinar prazo ao credor para que consinta na assuno da dvida, interpretando-se o seu silncio como recusa. Art. 300. Salvo assentimento expresso do devedor primitivo, consideram-se extintas, a partir da assuno da dvida, as garantias especiais por ele originariamente dadas ao credor. Art. 301. Se a substituio do devedor vier a ser anulada, restaura-se o dbito, com todas as suas garantias, salvo as garantias prestadas por terceiros, exceto se este conhecia o vcio que inquinava a obrigao. Art. 302. O novo devedor no pode opor ao credor as excees pessoais que competiam ao devedor primitivo.
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Lei no 10.406/2002 Art. 298. O crdito, uma vez penhorado, no pode mais ser transferido pelo credor que tiver conhecimento da penhora; mas o devedor que o pagar, no tendo notificao dela, fica exonerado, subsistindo somente contra o credor os direitos de terceiro.

Quadro Comparativo entre o Novo Cdigo Civil e o Cdigo Civil Anterior Lei no 3.071/1916 Lei no 10.406/2002 Art. 303. O adquirente de imvel hipotecado pode tomar a seu cargo o pagamento do crdito garantido; se o credor, notificado, no impugnar em trinta dias a transferncia do dbito, entender-se- dado o assentimento. Ttulo II Dos Efeitos das Obrigaes Captulo I Disposies Gerais Art. 928. A obrigao, no sendo personalssima, opera, assim entre as partes, como entre seus herdeiros. Art. 929. Aquele que tiver prometido fato de terceiro responder por perdas e danos, quando este o no executar. Captulo II Do Pagamento Seo I De Quem Deve Pagar Art. 930. Qualquer interessado na extino da dvida pode pag-la, usando, se o credor se opuser, dos meios conducentes exonerao do devedor. Pargrafo nico. Igual direito cabe ao terceiro no interessado, se o fizer em nome e por conta do devedor. Art. 931. O terceiro no interessado que paga a dvida em seu prprio nome, tem direito a reembolsar-se do que pagar; mas no se sub-roga nos direitos do credor. Pargrafo nico. SE pagar antes de vencida a dvida, s ter direito ao reembolso no vencimento.
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Ttulo III Do Adimplemento e Extino das Obrigaes

Captulo I Do Pagamento Seo I De Quem Deve Pagar Art. 304. Qualquer interessado na extino da dvida pode pag-la, usando, se o credor se opuser, dos meios conducentes exonerao do devedor. Pargrafo nico. Igual direito cabe ao terceiro no interessado, se o fizer em nome e conta do devedor, salvo oposio deste. Art. 305. O terceiro no interessado, que paga a dvida em seu prprio nome, tem direito a reembolsar-se do que pagar; mas no se sub-roga nos direitos do credor. Pargrafo nico. Se pagar antes de vencida a dvida, s ter direito ao reembolso no vencimento.
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Quadro Comparativo entre o Novo Cdigo Civil e o Cdigo Civil Anterior Lei no 3.071/1916 Art. 932. Opondo-se o devedor, com justo motivo, ao pagamento de sua dvida por outrem, se ele, no obstante, se efetuar, no ser o devedor obrigado a reembols-lo, seno at importncia em que lhe aproveite. Art. 933. S valer o pagamento, que importar em transmisso da propriedade, quando feito por quem possa alienar o objeto, em que ele consistiu. Pargrafo nico. Se, porm, se der em pagamento coisa fungvel, no se poder mais reclamar do credor, que, de boa-f, a recebeu, e consumiu, ainda que o solvente no tivesse o direito de alhe-la. Seo II Daqueles a Quem se Deve Pagar Art. 934. O pagamento deve ser feito ao credor ou a quem de direito o represente, sob pena de s valer depois de por ele ratificado, ou tanto quanto reverter em seu proveito. Art. 935. O pagamento feito de boa-f ao credor putativo vlido, ainda provando-se depois que no era credor. Art. 936. No vale, porm, o pagamento cientemente feito ao credor incapaz de quitar, se o devedor no provar que em benefcio dele efetivamente reverteu. Art. 937. Considera-se autorizado a receber o pagamento o portador da quitao, exceto se as circunstncias contrariarem a presuno da resultante. Art. 938. Se o devedor pagar ao credor, apesar de intimado da penhora feita soCdigo Civil Comparado

Lei no 10.406/2002 Art. 306. O pagamento feito por terceiro, com desconhecimento ou oposio do devedor, no obriga a reembolsar aquele que pagou, se o devedor tinha meios para ilidir a ao. Art. 307. S ter eficcia o pagamento que importar transmisso da propriedade, quando feito por quem possa alienar o objeto em que ele consistiu. Pargrafo nico. Se se der em pagamento coisa fungvel, no se poder mais reclamar do credor que, de boa-f, a recebeu e consumiu, ainda que o solvente no tivesse o direito de alien-la. Seo II Daqueles a Quem se Deve Pagar Art. 308. O pagamento deve ser feito ao credor ou a quem de direito o represente, sob pena de s valer depois de por ele ratificado, ou tanto quanto reverter em seu proveito. Art. 309. O pagamento feito de boa-f ao credor putativo vlido, ainda provado depois que no era credor. Art. 310. No vale o pagamento cientemente feito ao credor incapaz de quitar, se o devedor no provar que em benefcio dele efetivamente reverteu. Art. 311. Considera-se autorizado a receber o pagamento o portador da quitao, salvo se as circunstncias contrariarem a presuno da resultante. Art. 312. Se o devedor pagar ao credor, apesar de intimado da penhora feita so85

Quadro Comparativo entre o Novo Cdigo Civil e o Cdigo Civil Anterior Lei no 3.071/1916 bre o crdito, ou da impugnao a ele oposta por terceiros, o pagamento no valer contra estes, que podero constranger o devedor a pagar de novo, ficando-lhe, entretanto, salvo o regresso contra o credor. Seo III Do Objeto de Pagamento e sua Prova Lei no 10.406/2002 bre o crdito, ou da impugnao a ele oposta por terceiros, o pagamento no valer contra estes, que podero constranger o devedor a pagar de novo, ficando-lhe ressalvado o regresso contra o credor. Seo III Do Objeto do Pagamento e sua Prova Art. 313. O credor no obrigado a receber prestao diversa da que lhe devida, ainda que mais valiosa. Art. 314. Ainda que a obrigao tenha por objeto prestao divisvel, no pode o credor ser obrigado a receber, nem o devedor a pagar, por partes, se assim no se ajustou. Art. 947. O pagamento em dinheiro, sem determinao da espcie, far-se- em moeda corrente no lugar do cumprimento da obrigao. 1o , porm, lcito s partes estipular que se efetue em certa e determinada espcie de moeda, nacional ou estrangeira. 2o O devedor, no caso do pargrafo antecedente, pode, entretanto, optar entre o pagamento na espcie designada no ttulo e o seu equivalente em moeda corrente no lugar da prestao, ao cmbio do dia do vencimento. No havendo cotao nesse dia, prevalecer a imediatamente anterior. 3o Quando o devedor incorrer em mora e o gio tiver variado entre a data do vencimento e a do pagamento, o credor pode optar por um deles, no se havendo estipulado cmbio fixo.
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Art. 315. As dvidas em dinheiro devero ser pagas no vencimento, em moeda corrente e pelo valor nominal, salvo o disposto nos artigos subseqentes.

Quadro Comparativo entre o Novo Cdigo Civil e o Cdigo Civil Anterior Lei no 3.071/1916 4o Se ao cotao variou no mesmo dia, tomar-se- por base a mdia do mercado nessa data. Art. 316. lcito convencionar o aumento progressivo de prestaes sucessivas. Art. 317. Quando, por motivos imprevisveis, sobrevier desproporo manifesta entre o valor da prestao devida e o do momento de sua execuo, poder o juiz corrigi-lo, a pedido da parte, de modo que assegure, quanto possvel, o valor real da prestao. Art. 318. So nulas as convenes de pagamento em ouro ou em moeda estrangeira, bem como para compensar a diferena entre o valor desta e o da moeda nacional, excetuados os casos previstos na legislao especial. Art. 939. O devedor, que paga, tem direito a quitao regular, e pode reter o pagamento, enquanto lhe no for dada. Art. 940. A quitao designar o valor e a espcie da dvida quitada, o nome do devedor, ou quem por este pagou, o tempo e o lugar do pagamento, com assinatura do credor, ou do seu representante. Art. 319. O devedor que paga tem direito a quitao regular, e pode reter o pagamento, enquanto no lhe seja dada. Art. 320. A quitao, que sempre poder ser dada por instrumento particular, designar o valor e a espcie da dvida quitada, o nome do devedor, ou quem por este pagou, o tempo e o lugar do pagamento, com a assinatura do credor, ou do seu representante. Pargrafo nico. Ainda sem os requisitos estabelecidos neste artigo valer a quitao, se de seus termos ou das circunstncias resultar haver sido paga a dvida. Art. 941. Recusando o credor a quitao ou no a dando na devida forma, pode o devedor cit-lo para esse fim, e
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Quadro Comparativo entre o Novo Cdigo Civil e o Cdigo Civil Anterior Lei no 3.071/1916 ficar quitado pela sentena, que condenar o credor. Art. 942. Nos dbitos, cuja quitao consista na devoluo do ttulo, perdido este, poder o devedor exigir, retendo o pagamento, declarao do credor que inutilize o ttulo sumido. Art. 943. Quando o pagamento for em quotas peridicas, a quitao da ltima estabelece, at prova em contrrio, a presuno de estarem solvidas as anteriores. Art. 944. Sendo a quitao do capital sem reserva dos juros, estes presumem-se pagos. Art. 945. A entrega do ttulo ao devedor firma a presuno do pagamento. 1o Ficar, porm, sem efeito a quitao assim operada se o credor provar, dentro em sessenta dias, o no pagamento. 2o No se permite esta prova, quando se der a quitao por escritura pblica Art. 946. Presumem-se a cargo do devedor as despesas com o pagamento e quitao. Se porm, o credor mudar de domiclo ou morrer, deixando herdeiros em lugares diferentes, correr por conta do credor a despesa acrescida. Art. 948. Nas indenizaes por fato ilcito prevalecer o valor mais favorvel ao lesado. Art. 949. Se o pagamento se houver de fazer por medida, ou peso, entender-se-,
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Lei no 10.406/2002

Art. 321. Nos dbitos, cuja quitao consista na devoluo do ttulo, perdido este, poder o devedor exigir, retendo o pagamento, declarao do credor que inutilize o ttulo desaparecido. Art. 322. Quando o pagamento for em quotas peridicas, a quitao da ltima estabelece, at prova em contrrio, a presuno de estarem solvidas as anteriores. Art. 323. Sendo a quitao do capital sem reserva dos juros, estes presumem-se pagos. Art. 324. A entrega do ttulo ao devedor firma a presuno do pagamento. Pargrafo nico. Ficar sem efeito a quitao assim operada se o credor provar, em sessenta dias, a falta do pagamento.

Art. 325. Presumem-se a cargo do devedor as despesas com o pagamento e a quitao; se ocorrer aumento por fato do credor, suportar este a despesa acrescida.

Art. 326. Se o pagamento se houver de fazer por medida, ou peso, entender-se-,


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Quadro Comparativo entre o Novo Cdigo Civil e o Cdigo Civil Anterior Lei no 3.071/1916 no silncio das partes, que aceitaram os do lugar da execuo. Seo IV Do Lugar do Pagamento Art. 950. Efetuar-se- o pagamento no domiclio do devedor, salvo se as partes convencionarem diversamente, ou se o contrrio dispuserem as circunstncias, a natureza da obrigao ou a lei. Pargrafo nico. Designados dois ou mais lugares, cabe ao credor entre eles a escolha. Art. 951. Se o pagamento consistir na tradio de um imvel, ou em prestaes relativas a imvel, far-se- no lugar onde este se acha. Lei no 10.406/2002 no silncio das partes, que aceitaram os do lugar da execuo. Seo IV Do Lugar do Pagamento Art. 327. Efetuar-se- o pagamento no domiclio do devedor, salvo se as partes convencionarem diversamente, ou se o contrrio resultar da lei, da natureza da obrigao ou das circunstncias. Pargrafo nico. Designados dois ou mais lugares, cabe ao credor escolher entre eles. Art. 328. Se o pagamento consistir na tradio de um imvel, ou em prestaes relativas a imvel, far-se- no lugar onde situado o bem. Art. 329. Ocorrendo motivo grave para que se no efetue o pagamento no lugar determinado, poder o devedor faz-lo em outro, sem prejuzo para o credor. Art. 330. O pagamento reiteradamente feito em outro local faz presumir renncia do credor relativamente ao previsto no contrato. Seo V Do Tempo do Pagamento Art. 952. Salvo disposio especial deste Cdigo e no tendo sido ajustada poca para o pagamento, o credor pode exigi-lo imediatamente. Art. 953. As obrigaes condicionais cumprem-se na data do implemento da condio, incumbida ao credor a prova de que deste houve cincia o devedor. Art. 954. Ao credor assistir o direito de cobrar a dvida antes de vencido o prazo
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Seo V Do Tempo do Pagamento Art. 331. Salvo disposio legal em contrrio, no tendo sido ajustada poca para o pagamento, pode o credor exigi-lo imediatamente. Art. 332. As obrigaes condicionais cumprem-se na data do implemento da condio, cabendo ao credor a prova de que deste teve cincia o devedor. Art. 333. Ao credor assistir o direito de cobrar a dvida antes de vencido o prazo
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Quadro Comparativo entre o Novo Cdigo Civil e o Cdigo Civil Anterior Lei no 3.071/1916 estipulado no contrato ou marcado neste Cdigo: I se, executado o devedor, se abrir concurso creditrio; II se os bens, hipotecados, empenhados, ou dados em anticrese, forem penhorados em execuo por outro credor; III se cessarem, ou se tornarem insuficientes as garantias do dbito, fidejussrias, ou reais, e o devedor, intimado, se negar a refor-las. Pargrafo nico. Nos casos deste artigo, se houver, no dbito, solidariedade passiva, no se reputar vencido quanto aos outros devedores solventes. Captulo III Do Pagamento por Consignao Art. 972. Considera-se pagamento, e extingue a obrigao o depsito judicial da coisa devida, nos casos e forma legais. Art. 973. A consignao tem lugar: I se o credor, sem justa causa, recusar receber o pagamento, ou dar quitao na devida forma; II se o credor no for, nem mandar receber a coisa no lugar, tempo e condies devidas; III se o credor for desconecido, estiver declarado ausente, ou residir em lugar incerto, ou de acesso perigoso ou difcil; IV se ocorrer dvida sobre quem deva legitimamente receber o objeto do pagamento; V se pender litgio sobre o objeto do pagamento; VI se houver concurso de preferncia aberto contra o credor, ou se este for incapaz de receber o pagamento.
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Lei no 10.406/2002 estipulado no contrato ou marcado neste Cdigo: I no caso de falncia do devedor, ou de concurso de credores; II se os bens, hipotecados ou empenhados, forem penhorados em execuo por outro credor; III se cessarem, ou se se tornarem insuficientes, as garantias do dbito, fidejussrias, ou reais, e o devedor, intimado, se negar a refor-las. Pargrafo nico. Nos casos deste artigo, se houver, no dbito, solidariedade passiva, no se reputar vencido quanto aos outros devedores solventes. Captulo II Do Pagamento em Consignao Art. 334. Considera-se pagamento, e extingue a obrigao, o depsito judicial ou em estabelecimento bancrio da coisa devida, nos casos e forma legais. Art. 335. A consignao tem lugar: I se o credor no puder, ou, sem justa causa, recusar receber o pagamento, ou dar quitao na devida forma; II se o credor no for, nem mandar receber a coisa no lugar, tempo e condio devidos; III se o credor for incapaz de receber, for desconhecido, declarado ausente, ou residir em lugar incerto ou de acesso perigoso ou difcil; IV se ocorrer dvida sobre quem deva legitimamente receber o objeto do pagamento; V se pender litgio sobre o objeto do pagamento.

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Quadro Comparativo entre o Novo Cdigo Civil e o Cdigo Civil Anterior Lei no 3.071/1916 Art. 974. Para que a consignao tenha fora de pagamento, ser mister concorram, em relao s pessoas, ao objeto, modo e tempo, todos os requisitos sem os quais no vlido o pagamento. Art. 975. Nos casos do artigo 973, I, II e III, citar-se- o credor, para vir, ou mandar receber, e no do mesmo artigo, no IV para provar o seu direito. Art. 976. O depsito requerer-se- no lugar do pagamento, cessando, tanto que se efetue, para o depositante, os juros de dvida e os riscos, salvo se for julgado improcedente. Art. 977. Enquanto o credor no declarar que aceita o depsito, ou no o impugnar, poder o devedor requerer o levantamento, pagando as respectivas despesas, e subsistindo a obrigao para todas as consequencias de direito. Art. 978. Julgado procedente o depsito, o devedor j no poder levant-lo, embora o credor consinta, seno de acordo com os outros devedores e fiadores. Art. 979. O credor que, depois de contestar a lide ou aceitar o depsito, aquiecer no levantamento, perder a preferncia e garantia que lhe competiam com respeito coisa consignada, ficando para logo desobrigados os co-devedores e fiadores, que no anuram. Art. 980. Se a coisa devida for corpo certo que deva ser entregue no mesmo lugar onde est, poder o devedor citar o credor para vir ou mandar receb-la, sob pena de ser depositada.
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Lei no 10.406/2002 Art. 336. Para que a consignao tenha fora de pagamento, ser mister concorram, em relao s pessoas, ao objeto, modo e tempo, todos os requisitos sem os quais no vlido o pagamento.

Art. 337. O depsito requerer-se- no lugar do pagamento, cessando, tanto que se efetue, para o depositante, os juros da dvida e os riscos, salvo se for julgado improcedente. Art. 338. Enquanto o credor no declarar que aceita o depsito, ou no o impugnar, poder o devedor requerer o levantamento, pagando as respectivas despesas, e subsistindo a obrigao para todas as conseqncias de direito. Art. 339. Julgado procedente o depsito, o devedor j no poder levant-lo, embora o credor consinta, seno de acordo com os outros devedores e fiadores. Art. 340. O credor que, depois de contestar a lide ou aceitar o depsito, aquiescer no levantamento, perder a preferncia e a garantia que lhe competiam com respeito coisa consignada, ficando para logo desobrigados os co-devedores e fiadores que no tenham anudo. Art. 341. Se a coisa devida for imvel ou corpo certo que deva ser entregue no mesmo lugar onde est, poder o devedor citar o credor para vir ou mandar receb-la, sob pena de ser depositada.
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Quadro Comparativo entre o Novo Cdigo Civil e o Cdigo Civil Anterior Lei no 3.071/1916 Art. 981. Se a escolha da coisa indeterminada competir ao credor, ser ele citado para este fim, sob cominao de perder o direito e de ser depositada a coisa que o devedor escolher. Feita a escolha pelo devedor, proceder-se- como no artigo antecedente. Art. 982. As despesas com o depsito quando julgado procedente, correro por conta do credor, e, no caso contrrio por conta do devedor. Art. 983. O devedor de obrigao litigiosa exonerar-se- mediante consignao, mas, se pagar a qualquer dos pretendidos credores, tendo conhecimento do litgio, assumir o risco do pagamento. Art. 984. Se a dvida se vencer, pendendo litgio entre credores que se pretendam mutuamente excluir, poder qualquer deles requerer a consignao. Captulo IV Do Pagamento com SubRogao Art. 985. A sub-rogao opera-se, de pleno direito, em favor: I do credor que paga a dvida do devedor comum ao credor, a quem competia direito de preferncia; II do adquirente do imvel hipotecado, que paga ao credor hipotecrio; III do terceiro interessado, que paga a dvida pela qual era ou podia ser obrigado, no todo ou em parte. Lei no 10.406/2002 Art. 342. Se a escolha da coisa indeterminada competir ao credor, ser ele citado para esse fim, sob cominao de perder o direito e de ser depositada a coisa que o devedor escolher; feita a escolha pelo devedor, proceder-se- como no artigo antecedente. Art. 343. As despesas com o depsito, quando julgado procedente, correro conta do credor, e, no caso contrrio, conta do devedor. Art. 344. O devedor de obrigao litigiosa exonerar-se- mediante consignao, mas, se pagar a qualquer dos pretendidos credores, tendo conhecimento do litgio, assumir o risco do pagamento. Art. 345. Se a dvida se vencer, pendendo litgio entre credores que se pretendem mutuamente excluir, poder qualquer deles requerer a consignao. Captulo III Do Pagamento com SubRogao Art. 346. A sub-rogao opera-se, de pleno direito, em favor: I do credor que paga a dvida do devedor comum; II do adquirente do imvel hipotecado, que paga a credor hipotecrio, bem como do terceiro que efetiva o pagamento para no ser privado de direito sobre imvel; III do terceiro interessado, que paga a dvida pela qual era ou podia ser obrigado, no todo ou em parte. Art. 347. A sub-rogao convencional:
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Art. 986. A sub-rogao convencional:


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Quadro Comparativo entre o Novo Cdigo Civil e o Cdigo Civil Anterior Lei no 3.071/1916 I quando o credor recebe o pagamento de terceiro e expressamente lhe transfere todos os seus direitos; II quando terceira pessoa empresta ao devedor a quantia precisa para solver a dvida, sob a condio expressa de ficar o mutuante sub-rogado nos direitos do credor satisfeito. Art. 987. Na hiptese do artigo antecedente, no I, vigorar o disposto quanto cesso de crditos. Art. 988. A sub-rogao transfere ao novo credor todos os direitos, aes, privilgios e garantias do primitivo, em relao dvida, contra o devedor principal e os fiadores. Art. 989. Na sub-rogao legal o sub-rogado no poder exercer os direitos e as aes do credor, seno at soma, que tiver desembolsado para desobrigar o devedor. Art. 990. O credor originrio, s em parte reembolsado, ter preferncia ao sub-rogado, na cobrana da dvida restante, se os bens do devedor no chegarem para saldar inteiramente o que a um e outro dever. Captulo V Da Imputao do Pagamento Art. 991. A pessoa obrigada, por dois ou mais dbitos da mesma natureza, a um s credor, tem o direito de indicar a qual deles oferece pagamento, se todos forem lquidos e vencidos. Sem consentimento do credor, no se far imputao do pagamento na dvida ilquida, ou no vencida.
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Lei no 10.406/2002 I quando o credor recebe o pagamento de terceiro e expressamente lhe transfere todos os seus direitos; II quando terceira pessoa empresta ao devedor a quantia precisa para solver a dvida, sob a condio expressa de ficar o mutuante sub-rogado nos direitos do credor satisfeito. Art. 348. Na hiptese do inciso I do artigo antecedente, vigorar o disposto quanto cesso do crdito. Art. 349. A sub-rogao transfere ao novo credor todos os direitos, aes, privilgios e garantias do primitivo, em relao dvida, contra o devedor principal e os fiadores. Art. 350. Na sub-rogao legal o sub-rogado no poder exercer os direitos e as aes do credor, seno at soma que tiver desembolsado para desobrigar o devedor. Art. 351. O credor originrio, s em parte reembolsado, ter preferncia ao sub-rogado, na cobrana da dvida restante, se os bens do devedor no chegarem para saldar inteiramente o que a um e outro dever. Captulo IV Da Imputao do Pagamento Art. 352. A pessoa obrigada por dois ou mais dbitos da mesma natureza, a um s credor, tem o direito de indicar a qual deles oferece pagamento, se todos forem lquidos e vencidos.

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Quadro Comparativo entre o Novo Cdigo Civil e o Cdigo Civil Anterior Lei no 3.071/1916 Art. 992. No tendo o devedor declarado em qual das dvidas lquidas e vencidas quer imputar o pagamento, se aceitar a quitao de uma delas, no ter direito a reclamar contra a imputao feita pelo credor, salvo provando haver ele cometido violncia, ou dolo. Art. 993. Havendo capital e juros, o pagamento imputar-se- primeiro nos juros vencidos, e, depois, no capital, salvo estipulao em contrrio, ou se o credor passar a quitao por conta do capital. Art. 994. Se o devedor no fizer a indicao do artigo 991, e a quitao for omissa quanto imputao, esta se far nas dvidas lquidas e vencidas em primeiro lugar. Se as dvidas forem todas lquidas e vencidas ao mesmo tempo, a imputao far-se- na mais onerosa. Captulo VI Da Dao em Pagamento Art. 995. O credor pode consentir em receber coisa que no seja dinheiro, em substituio da prestao que lhe era devida. Art. 996. Determinado o preo da coisa dada em pagamento, as relaes entre as partes regular-se-o pelas normas do contrato de compra e venda. Art. 997. Se for ttulo de crdito a coisa dada em pagamento, a transferncia importar em cesso. Art. 998. Se o credor for evicto da coisa recebida em pagamento, restabelecer-se a obrigao primitiva, ficando sem efeito a quitao dada. Lei no 10.406/2002 Art. 353. No tendo o devedor declarado em qual das dvidas lquidas e vencidas quer imputar o pagamento, se aceitar a quitao de uma delas, no ter direito a reclamar contra a imputao feita pelo credor, salvo provando haver ele cometido violncia ou dolo. Art. 354. Havendo capital e juros, o pagamento imputar-se- primeiro nos juros vencidos, e depois no capital, salvo estipulao em contrrio, ou se o credor passar a quitao por conta do capital. Art. 355. Se o devedor no fizer a indicao do art. 352, e a quitao for omissa quanto imputao, esta se far nas dvidas lquidas e vencidas em primeiro lugar. Se as dvidas forem todas lquidas e vencidas ao mesmo tempo, a imputao far-se- na mais onerosa. Captulo V Da Dao em Pagamento Art. 356. O credor pode consentir em receber prestao diversa da que lhe devida. Art. 357. Determinado o preo da coisa dada em pagamento, as relaes entre as partes regular-se-o pelas normas do contrato de compra e venda. Art. 358. Se for ttulo de crdito a coisa dada em pagamento, a transferncia importar em cesso. Art. 359. Se o credor for evicto da coisa recebida em pagamento, restabelecer-se a obrigao primitiva, ficando sem efeito a quitao dada, ressalvados os direitos de terceiros.
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Quadro Comparativo entre o Novo Cdigo Civil e o Cdigo Civil Anterior Lei no 3.071/1916 Captulo VII Da Novao Art. 999. D-se a novao: I quando o devedor contrai com o credor nova dvida, para extinguir e substituir a anterior; II quando novo devedor sucede ao antigo, ficando este quite com o credor; III quando em virtude de obrigao nova, outro credor substitudo ao antigo, ficando o devedor quite com este. Art. 1.000. No havendo nimo de novar, a segunda obrigao confirma simplesmente a primeira. Art. 1.001. A novao, por substituio do devedor pode ser efetuada independente de consentimento deste. Art. 1.002. Se o novo devedor for insolvente, no tem o credor, que o aceitou, ao regressiva contra o primeiro, salvo se este obteve por m-f a substituio. Art. 1.003. A novao extingue os acessrios e garantias da dvida, sempre que no houver estipulao em contrrio. Lei no 10.406/2002 Captulo VI Da Novao Art. 360. D-se a novao: I quando o devedor contrai com o credor nova dvida para extinguir e substituir a anterior; II quando novo devedor sucede ao antigo, ficando este quite com o credor; III quando, em virtude de obrigao nova, outro credor substitudo ao antigo, ficando o devedor quite com este. Art. 361. No havendo nimo de novar, expresso ou tcito mas inequvoco, a segunda obrigao confirma simplesmente a primeira. Art. 362. A novao por substituio do devedor pode ser efetuada independentemente de consentimento deste. Art. 363. Se o novo devedor for insolvente, no tem o credor, que o aceitou, ao regressiva contra o primeiro, salvo se este obteve por m-f a substituio. Art. 364. A novao extingue os acessrios e garantias da dvida, sempre que no houver estipulao em contrrio. No aproveitar, contudo, ao credor ressalvar o penhor, a hipoteca ou a anticrese, se os bens dados em garantia pertencerem a terceiro que no foi parte na novao.

Art. 1.004. no aproveitar, contudo, ao credor ressalvar a hipoteca, anticrese ou penhor, se os bens dados em garantia pertencerem a terceiro, que no foi parte na novao. Art. 1.005. Operada a novao entre o credor e um dos devedores solidrios, soCdigo Civil Comparado

Art. 365. Operada a novao entre o credor e um dos devedores solidrios, so95

Quadro Comparativo entre o Novo Cdigo Civil e o Cdigo Civil Anterior Lei no 3.071/1916 mente sobre os bens do que contrair a nova obrigao subsistem as preferncias e garantias do crdito novado. Pargrafo nico. Os outros devedores solidrios ficam por esse fato exonerado. Art. 1.006. Importa exonerao do fiador a novao feita sem seu consenso com o devedor principal. Art. 1.007. No se podem validar por novao obrigaes nulas ou extintas. Art. 1.008. A obrigao simplesmente anulvel pode ser confirmada pela novao. Captulo VIII Da Compensao Art. 1.009. Se duas pessoas forem ao mesmo tempo credor e devedor uma da outra, as duas obrigaes extinguem-se at onde se compensarem. Art. 1.010. A compensao efetua-se entre dvidas lquidas, vencidas e de coisas fungveis. Art. 1.011. Embora sejam do mesmo gnero as coisas fungveis, objeto das duas prestaes, no se compensaro, verificando-se que diferem na qualidade quando especificada no contrato. Art. 1.012. No so compensveis as prestaes de coisas incertas, quando a escolha pertence aos dois credores, ou a um deles como devedor de uma das obrigaes e credor da outra. Art. 1.013. O devedor s pode compensar com o credor o que este lhe dever; mas o
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Lei no 10.406/2002 mente sobre os bens do que contrair a nova obrigao subsistem as preferncias e garantias do crdito novado. Os outros devedores solidrios ficam por esse fato exonerados. Art. 366. Importa exonerao do fiador a novao feita sem seu consenso com o devedor principal. Art. 367. Salvo as obrigaes simplesmente anulveis, no podem ser objeto de novao obrigaes nulas ou extintas.

Captulo VII Da Compensao Art. 368. Se duas pessoas forem ao mesmo tempo credor e devedor uma da outra, as duas obrigaes extinguem-se, at onde se compensarem. Art. 369. A compensao efetua-se entre dvidas lquidas, vencidas e de coisas fungveis. Art. 370. Embora sejam do mesmo gnero as coisas fungveis, objeto das duas prestaes, no se compensaro, verificandose que diferem na qualidade, quando especificada no contrato.

Art. 371. O devedor somente pode compensar com o credor o que este lhe dever;
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Quadro Comparativo entre o Novo Cdigo Civil e o Cdigo Civil Anterior Lei no 3.071/1916 fiador pode compensar sua dvida com a de seu credor ao afianado. Art. 1.014. Os prazos de favor, embora consagrados pelo uso geral, no obstam a compensao. Art. 1.015. A diferena de causa nas dvidas no impede a compensao, exceto: I se uma provier de esbulho, furto ou roubo; II se uma se originar de comodato, depsito ou alimentos; III se uma for de coisa no-suscetvel de penhora. Art. 1.018. No haver compensao, quando o credor e devedor por mtuo acordo a exclurem. Art. 1.016. No pode realizar-se a compensao, havendo renncia prvia de um dos devedores. Art. 1.017. As dvidas fiscais da Unio, dos Estados e dos Municpios tambm no podem ser objeto de compensao, exceto nos casos de encontro entre a administrao e o devedor, autorizados nas leis e regulamentos da Fazenda. Art. 1.019. Obrigando-se por terceiro uma pessoa, no pode compesnsar essa dvida com a que o credor dele lhe dever. Art. 1.020. O devedor solidrio s pode compensar com o credor o que este deve ao seu coobrigado, at o equivalente da parte deste na dvida comum.
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Lei no 10.406/2002 mas o fiador pode compensar sua dvida com a de seu credor ao afianado. Art. 372. Os prazos de favor, embora consagrados pelo uso geral, no obstam a compensao. Art. 373. A diferena de causa nas dvidas no impede a compensao, exceto: I se provier de esbulho, furto ou roubo; II se uma se originar de comodato, depsito ou alimentos; III se uma for de coisa no suscetvel de penhora. Art. 374. A matria da compensao, no que concerne s dvidas fiscais e parafiscais, regida pelo disposto neste captulo. Art. 375. No haver compensao quando as partes, por mtuo acordo, a exclurem, ou no caso de renncia prvia de uma delas.

Art. 376. Obrigando-se por terceiro uma pessoa, no pode compensar essa dvida com a que o credor dele lhe dever.

Quadro Comparativo entre o Novo Cdigo Civil e o Cdigo Civil Anterior Lei no 3.071/1916 Art. 1.021. O devedor que, notificado, nada ope cesso, que o credor faz a terceiros, dos seus direitos, no pode opor ao cessionrio a compensao, que antes da seo teria podido opor ao cedente. Se, porm, a cesso lhe no tiver sido notificada, poder opor ao cessionrio compensao do crdito que antes tinha contra o cedente. Art. 1.022. Quando as duas dvidas no so pagveis no mesmo lugar, no se podem compensar sem deduo das despesas necessrias operao. Art. 1.023. Sendo a mesma pessoa obrigada por vrias dvidas compensveis, sero observadas, no compens-las, as regras estabelecidas quanto imputao de pagamento. Art. 1.024. No se admite a compensao em prejuzo de direitos de terceiro. O devedor que se torne credor do seu credor, depois de penhorado o crdito deste, no pode opor ao exequente a compensao, de que contra o prprio credor disporia. Captulo XI Da Confuso Art. 1.049. Extingue-se a obrigao desde que na mesma pessoa se confundam as qualidades de credor e devedor. Art. 1.050. A confuso pode verificar-se a respeito de toda a dvida, ou s de parte dela. Art. 1.051. A confuso operada na pessoa do credor ou devedor solidrio s extingue a obrigao at concorrncia da respectiva parte no crdito, ou na dvida,
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Lei no 10.406/2002 Art. 377. O devedor que, notificado, nada ope cesso que o credor faz a terceiros dos seus direitos, no pode opor ao cessionrio a compensao, que antes da cesso teria podido opor ao cedente. Se, porm, a cesso lhe no tiver sido notificada, poder opor ao cessionrio compensao do crdito que antes tinha contra o cedente. Art. 378. Quando as duas dvidas no so pagveis no mesmo lugar, no se podem compensar sem deduo das despesas necessrias operao. Art. 379. Sendo a mesma pessoa obrigada por vrias dvidas compensveis, sero observadas, no compens-las, as regras estabelecidas quanto imputao do pagamento. Art. 380. No se admite a compensao em prejuzo de direito de terceiro. O devedor que se torne credor do seu credor, depois de penhorado o crdito deste, no pode opor ao exeqente a compensao, de que contra o prprio credor disporia. Captulo VIII Da Confuso Art. 381. Extingue-se a obrigao, desde que na mesma pessoa se confundam as qualidades de credor e devedor. Art. 382. A confuso pode verificar-se a respeito de toda a dvida, ou s de parte dela. Art. 383. A confuso operada na pessoa do credor ou devedor solidrio s extingue a obrigao at a concorrncia da respectiva parte no crdito, ou na dvida,
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Quadro Comparativo entre o Novo Cdigo Civil e o Cdigo Civil Anterior Lei no 3.071/1916 subsistindo quanto ao mais a solidariedade. Art. 1.052. Cessando a confuso, para logo se restabelece, com todos os seus acessrios, a obrigao anterior. Captulo XII Da Remisso das Dvidas Lei no 10.406/2002 subsistindo quanto ao mais a solidariedade. Art. 384. Cessando a confuso, para logo se restabelece, com todos os seus acessrios, a obrigao anterior. Captulo IX Da Remisso das Dvidas Art. 385. A remisso da dvida, aceita pelo devedor, extingue a obrigao, mas sem prejuzo de terceiro. Art. 1.053. A entrega voluntria do ttulo da obrigao, quando por escrito particular, prova a desonerao do devedor e seus coobrigados, se o credor for capaz de alienar, e o devedor, capaz de adquirir. Art. 1.054. A entrega do objeto empenhado prova a renncia do credor garantia real, mas no a extino da dvida. Art. 1.055. A remisso concedida a um dos co-devedores extingue a dvida na parte a ele correspondente; de modo que, ainda reservando o credor a solidariedade contra os outros, j lhes no pode cobrar o dbito sem deduo da parte remitida. Captulo XIII Das Conseqncias da Inexecuo das Obrigaes Art. 386. A devoluo voluntria do ttulo da obrigao, quando por escrito particular, prova desonerao do devedor e seus co-obrigados, se o credor for capaz de alienar, e o devedor capaz de adquirir. Art. 387. A restituio voluntria do objeto empenhado prova a renncia do credor garantia real, no a extino da dvida. Art. 388. A remisso concedida a um dos co-devedores extingue a dvida na parte a ele correspondente; de modo que, ainda reservando o credor a solidariedade contra os outros, j lhes no pode cobrar o dbito sem deduo da parte remitida. Ttulo IV Do Inadimplemento das Obrigaes Captulo I Disposies Gerais Art. 1.056. No cumprindo a obrigao, ou deixando de cumpri-la pelo modo e no tempo devidos, responde o devedor por perdas e danos. Art. 389. No cumprida a obrigao, responde o devedor por perdas e danos, mais juros e atualizao monetria segundo ndices oficiais regularmente estabelecidos, e honorrios de advogado.
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Quadro Comparativo entre o Novo Cdigo Civil e o Cdigo Civil Anterior Lei no 3.071/1916 Art. 1.057. Nos contratos unilaterais, responde por simples culpa o contraente, a quem o contrato aproveite, e s por dolo, aquele a quem no favorea. Art. 961. Nas obrigaes negativas, o devedor fica constitudo em mora, desde o dia em que executar o ato de que se devia abster. Art. 390. Nas obrigaes negativas o devedor havido por inadimplente desde o dia em que executou o ato de que se devia abster. Art. 391. Pelo inadimplemento das obrigaes respondem todos os bens do devedor. Art. 392. Nos contratos benficos, responde por simples culpa o contratante, a quem o contrato aproveite, e por dolo aquele a quem no favorea. Nos contratos onerosos, responde cada uma das partes por culpa, salvo as excees previstas em lei. Art. 1.058. O devedor no responde pelos prejuzos resultantes de caso fortuito, ou fora maior, se expressamente no se houver por eles responsabilizado, exceto nos casos dos artigos 955, 956 e 957. Art. 393. O devedor no responde pelos prejuzos resultantes de caso fortuito ou fora maior, se expressamente no se houver por eles responsabilizado. Pargrafo nico. O caso fortuito ou de fora maior verifica-se no fato necessrio, cujos efeitos no era possvel evitar ou impedir. Captulo II Da Mora Lei no 10.406/2002

Captulo II Do Pagamento Seo VI Da Mora Art. 955. Considera-se em mora o devedor que no efetuar o pagamento, e o credor que no o quiser receber no tempo lugar e forma convencionados. Art. 956. Responde o devedor pelos prejuzos a que a sua mora der causa.
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Art. 394. Considera-se em mora o devedor que no efetuar o pagamento e o credor que no quiser receb-lo no tempo, lugar e forma que a lei ou a conveno estabelecer. Art. 395. Responde o devedor pelos prejuzos a que sua mora der causa, mais juCdigo Civil Comparado

Quadro Comparativo entre o Novo Cdigo Civil e o Cdigo Civil Anterior Lei no 3.071/1916 Lei no 10.406/2002 ros, atualizao dos valores monetrios segundo ndices oficiais regularmente estabelecidos, e honorrios de advogado. Pargrafo nico. Se a prestao, por causa da mora, se da mora, se tornar intil ao credor, este poder enjeit-la, e exigir a satisfao das perdas e danos. Art. 963. No havendo fato ou omisso imputvel ao devedor, no incorre este em mora. Art. 960. O inadimplemento da obrigao, positiva e lquida, no seu termo constitui de pleno direito em mora o devedor. Pargrafo nico. No havendo prazo assinado, comea ela desde a interpelao, notificao ou protesto. Art. 962. Nas obrigaes provenientes de delito, considera-se o devedor em mora desde que o perpetrou. Art. 957. O devedor em mora responde pela impossibilidade da prestao, embora essa impossibilidade resulte de caso fortuito, ou fora maior, se estes ocorrem durante o atraso; salvo se provar iseno de culpa, ou que o dano sobreviria, ainda quando a obrigao fosse oportunamente desempenhada. Art. 958. A mora do credor subtrai o devedor isento de dolo responsabilidade pela conservao da coisa, obriga o devedor a ressarcir as despesas empregadas em conserv-la, e sujeita-o a recebla pela sua mais alta estimao, se o seu valor oscilar entre o tempo de contrato e o do pagamento.
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Pargrafo nico. Se a prestao, devido mora, se tornar intil ao credor, este poder enjeit-la, e exigir a satisfao das perdas e danos. Art. 396. No havendo fato ou omisso imputvel ao devedor, no incorre este em mora. Art. 397. O inadimplemento da obrigao, positiva e lquida, no seu termo, constitui de pleno direito em mora o devedor. Pargrafo nico. No havendo termo, a mora se constitui mediante interpelao judicial ou extrajudicial. Art. 398. Nas obrigaes provenientes de ato ilcito, considera-se o devedor em mora, desde que o praticou. Art. 399. O devedor em mora responde pela impossibilidade da prestao, embora essa impossibilidade resulte de caso fortuito ou de fora maior, se estes ocorrerem durante o atraso; salvo se provar iseno de culpa, ou que o dano sobreviria ainda quando a obrigao fosse oportunamente desempenhada. Art. 400. A mora do credor subtrai o devedor isento de dolo responsabilidade pela conservao da coisa, obriga o credor a ressarcir as despesas empregadas em conserv-la, e sujeita-o a receb-la pela estimao mais favorvel ao devedor, se o seu valor oscilar entre o dia estabeleci-

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Quadro Comparativo entre o Novo Cdigo Civil e o Cdigo Civil Anterior Lei no 3.071/1916 Lei no 10.406/2002 do para o pagamento e o da sua efetivao. Art. 959. Purga-se a mora: I por parte do devedor, oferecendo este a prestao, mais a importncia dos prejuzos decorrentes at o dia da oferta; II por parte do credor, oferecendo-se este a receber o pagamento e sujeitandose aos efeitos da mora at a mesma data; III por parte de ambos, renunciando aquele que se julgar por ela prejudicado os direitos que da mesma provierem. Captulo XIV Das Perdas e Danos Art. 1.059. Salvo as excees previstas neste Cdigo, de modo expresso, as perdas e danos devidos ao credor, abrangem, alm do que ele efetivamente perdeu, o que razoavelmente deixou de lucrar. Pargrafo nico. O devedor, porm, que no pagou no tempo e forma devidos, s responde pelos lucros, que foram ou podiam ser previstos na data da obrigao. Art. 1.060. Ainda que a inexecuo resulte de dolo do devedor, as perdas e danos s incluem os prejuzos efetivos e os lucros cessantes por efeito dela direto e imediato. Art. 1.061. As perdas e danos, nas obrigaes de pagamento em dinheiro, consistem nos juros da mora e custas, sem prejuzo da pena convencional. Art. 403. Ainda que a inexecuo resulte de dolo do devedor, as perdas e danos s incluem os prejuzos efetivos e os lucros cessantes por efeito dela direto e imediato, sem prejuzo do disposto na lei processual. Art. 404. As perdas e danos, nas obrigaes de pagamento em dinheiro, sero pagas com atualizao monetria segundo ndices oficiais regularmente estabelecidos, abrangendo juros, custas e honorrios de advogado, sem prejuzo da pena convencional.
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Art. 401. Purga-se a mora: I por parte do devedor, oferecendo este a prestao mais a importncia dos prejuzos decorrentes do dia da oferta; II por parte do credor, oferecendo-se este a receber o pagamento e sujeitandose aos efeitos da mora at a mesma data.

Captulo III Das Perdas e Danos Art. 402. Salvo as excees expressamente previstas em lei, as perdas e danos devidas ao credor abrangem, alm do que ele efetivamente perdeu, o que razoavelmente deixou de lucrar.

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Quadro Comparativo entre o Novo Cdigo Civil e o Cdigo Civil Anterior Lei no 3.071/1916 Lei no 10.406/2002 Pargrafo nico. Provado que os juros da mora no cobrem o prejuzo, e no havendo pena convencional, pode o juiz conceder ao credor indenizao suplementar. Captulo XV Dos Juros Legais Art. 1.062. A taxa dos juros moratrios, quando no convencionada, ser de seis por cento ao ano. Captulo IV Dos Juros Legais Art. 405. Contam-se os juros de mora desde a citao inicial. Art. 406. Quando os juros moratrios no forem convencionados, ou o forem sem taxa estipulada, ou quando provierem de determinao da lei, sero fixados segundo a taxa que estiver em vigor para a mora do pagamento de impostos devidos Fazenda Nacional. Art. 1.063. Sero tambm de seis por ao ano os juros os juros devidos por fora de lei, ou quando as partes os convencionarem sem taxa estipulada. Art. 1.064. Ainda que se no alegue prejuzo, obrigado o devedor aos juros da mora, que se contaro assim as dvidas em dinheiro, como s prestaes de outra natureza, desde que lhes esteja fixado o valor pecunirio por sentena judicial, arbitramento, ou acordo entre as partes. Ttulo I Das Modalidades das Obrigaes Captulo VII Da Clusula Penal Art. 921. Incorre de pleno direito o devedor na clusula penal, desde que se vena o prazo da obrigao, ou, se o no h, desde que se constitua em mora.
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Art. 407. Ainda que se no alegue prejuzo, obrigado o devedor aos juros da mora que se contaro assim s dvidas em dinheiro, como s prestaes de outra natureza, uma vez que lhes esteja fixado o valor pecunirio por sentena judicial, arbitramento, ou acordo entre as partes.

Captulo V Da Clusula Penal Art. 408. Incorre de pleno direito o devedor na clusula penal, desde que, culposamente, deixe de cumprir a obrigao ou se constitua em mora.
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Quadro Comparativo entre o Novo Cdigo Civil e o Cdigo Civil Anterior Lei no 3.071/1916 Art. 916. A clusula penal pode ser estipulada conjuntamente com a obrigao ou em ato posterior. Art. 917. A clusula penal pode referir-se inexecuao completa da obrigao, de alguma clusula especial ou simplesmente mora. Art. 918. Quando se estipular a clusula penal para o caso de total inadimplemento da obrigao, esta converter-se- em alternativa a benefcio do credor. Art. 919. Quando se estipular a clusula penal para o caso de mora, ou em segurana especial de outra clusula determinada, ter o credor o arbtrio de exigir a satisfao da pena cominada, juntamente com o desempenho da obrigao principal. Art. 920. O valor da cominao imposta na clusula penal no pode exceder o da obrigao principal. Art. 922. A nulidade da obrigao importa a da clusula penal. Art. 923. Resolvida a obrigao, no tendo culpa o devedor, resolve-se a clusula penal. Art. 924. Quanto se cumprir em parte a obrigao, poder o juiz reduzir proporcionalmente a pena estipulada para o caso de mora, ou de inadimplemento. Art. 413. A penalidade deve ser reduzida eqitativamente pelo juiz se a obrigao principal tiver sido cumprida em parte, ou se o montante da penalidade for manifestamente excessivo, tendo-se em vista a natureza e a finalidade do negcio. Art. 414. Sendo indivisvel a obrigao, todos os devedores, caindo em falta um
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Lei no 10.406/2002

Art. 409. A clusula penal estipulada conjuntamente com a obrigao, ou em ato posterior, pode referir-se inexecuo completa da obrigao, de alguma clusula especial ou simplesmente mora. Art. 410. Quando se estipular a clusula penal para o caso de total inadimplemento da obrigao, esta converter-se- em alternativa a benefcio do credor. Art. 411. Quando se estipular a clusula penal para o caso de mora, ou em segurana especial de outra clusula determinada, ter o credor o arbtrio de exigir a satisfao da pena cominada, juntamente com o desempenho da obrigao principal. Art. 412. O valor da cominao imposta na clusula penal no pode exceder o da obrigao principal.

Art. 925. Sendo indivisvel a obrigao, todos os devedores e seus herdeiros, ca104

Quadro Comparativo entre o Novo Cdigo Civil e o Cdigo Civil Anterior Lei no 3.071/1916 indo em falta um deles, incorrero na pena; mas esta s poder demandar integralmente do culpado. Cada um dos outros s responde pela sua quota. Pargrafo nico. Aos no culpados fica reservada a ao regressiva contra o que deu causa aplicao da pena. Art. 926. Quando a obrigao for divisvel, s incorre na pena o devedor, ou o herdeiro do devedor que a infringir, e proporcionalmente sua parte na obrigao. Art. 927. Para exigir a pena convencional, no necessrio que o credor alegue prejuzo. O devedor no pode eximir-se de cumpri-la, a pretexto de ser excessiva. Lei no 10.406/2002 deles, incorrero na pena; mas esta s se poder demandar integralmente do culpado, respondendo cada um dos outros somente pela sua quota. Pargrafo nico. Aos no culpados fica reservada a ao regressiva contra aquele que deu causa aplicao da pena. Art. 415. Quando a obrigao for divisvel, s incorre na pena o devedor ou o herdeiro do devedor que a infringir, e proporcionalmente sua parte na obrigao. Art. 416. Para exigir a pena convencional, no necessrio que o credor alegue prejuzo. Pargrafo nico. Ainda que o prejuzo exceda ao previsto na clusula penal, no pode o credor exigir indenizao suplementar se assim no foi convencionado. Se o tiver sido, a pena vale como mnimo da indenizao, competindo ao credor provar o prejuzo excedente. Ttulo IV Dos Contratos Captulo III Das Arras Art. 1.096. Salvo estipulao em contrrio, as arras em dinheiro consideram-se princpio de pagamento. Fora esse caso devem ser restitudas, quando o contrato for concludo, ou ficar desfeito. Art. 1.097. Se o que deu arras der causa a se impossibilitar a prestao, ou a se rescindir o contrato, perd-las- em benefcio do outro.
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Captulo VI Das Arras ou Sinal Art. 417. Se, por ocasio da concluso do contrato, uma parte der outra, a ttulo de arras, dinheiro ou outro bem mvel, devero as arras, em caso de execuo, ser restitudas ou computadas na prestao devida, se do mesmo gnero da principal.

Quadro Comparativo entre o Novo Cdigo Civil e o Cdigo Civil Anterior Lei no 3.071/1916 Lei no 10.406/2002 Art. 418. Se a parte que deu as arras no executar o contrato, poder a outra t-lo por desfeito, retendo-as; se a inexecuo for de quem recebeu as arras, poder quem as deu haver o contrato por desfeito, e exigir sua devoluo mais o equivalente, com atualizao monetria segundo ndices oficiais regularmente estabelecidos, juros e honorrios de advogado. Art. 419. A parte inocente pode pedir indenizao suplementar, se provar maior prejuzo, valendo as arras como taxa mnima. Pode, tambm, a parte inocente exigir a execuo do contrato, com as perdas e danos, valendo as arras como o mnimo da indenizao. Art. 1.094. O sinal, ou arras, dado por um dos contraentes firma a presuno de acordo final, e torna obrigatrio o contrato. Art. 1.095. Podem, porm, as partes estipular o direito de se arrepender, no obstante as arras dadas. Em caso tal, se o arrependido for o que as deu, perd-las- em proveito do outro, se o que as recebeu, restitu-las em dobro. Art. 420. Se no contrato for estipulado o direito de arrependimento para qualquer das partes, as arras ou sinal tero funo unicamente indenizatria. Neste caso, quem as deu perd-las- em benefcio da outra parte; e quem as recebeu devolvlas-, mais o equivalente. Em ambos os casos no haver direito a indenizao suplementar. Ttulo V Dos Contratos em Geral Captulo I Disposies Gerais Seo I Preliminares Art. 421. A liberdade de contratar ser exercida em razo e nos limites da funo social do contrato.
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Ttulo IV Dos Contratos Captulo I Disposies Gerais

Quadro Comparativo entre o Novo Cdigo Civil e o Cdigo Civil Anterior Lei no 3.071/1916 Art. 1.079. A manifestao da vontade, nos contratos, pode ser tcita, quando a lei no exigir que seja expressa. Art. 422. Os contratantes so obrigados a guardar, assim na concluso do contrato, como em sua execuo, os princpios de probidade e boa-f. Art. 423. Quando houver no contrato de adeso clusulas ambguas ou contraditrias, dever-se- adotar a interpretao mais favorvel ao aderente. Art. 424. Nos contratos de adeso, so nulas as clusulas que estipulem a renncia antecipada do aderente a direito resultante da natureza do negcio. Art. 425. lcito s partes estipular contratos atpicos, observadas as normas gerais fixadas neste Cdigo. Art. 1.089. No pode ser objeto de contrato a herana de pessoa viva. Art. 426. No pode ser objeto de contrato a herana de pessoa viva. Seo II Da Formao dos Contratos Art. 1.080. A proposta de contrato obriga o proponente, se o contrrio no resultar dos termos dela, da natureza do negcio, ou das circunstncias do caso. Art. 1.081. Deixa de ser obrigatria a proposta: I se, feita sem prazo a uma pessoa presente, no foi imediatamente aceita. Considera-se tambm presente a pessoa que contrata por meio do telefone. II se, feita sem prazo a pessoa ausente, tiver decorrido tempo suficiente para cheCdigo Civil Comparado

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Art. 427. A proposta de contrato obriga o proponente, se o contrrio no resultar dos termos dela, da natureza do negcio, ou das circunstncias do caso. Art. 428. Deixa de ser obrigatria a proposta: I se, feita sem prazo a pessoa presente, no foi imediatamente aceita. Considerase tambm presente a pessoa que contrata por telefone ou por meio de comunicao semelhante; II se, feita sem prazo a pessoa ausente, tiver decorrido tempo suficiente para che107

Quadro Comparativo entre o Novo Cdigo Civil e o Cdigo Civil Anterior Lei no 3.071/1916 gar a resposta ao conhecimento do proponente; III se, feita a pessoa ausente, no tiver sido expedida a resposta dentro do prazo dado; IV se, antes dela, ou simultaneamente, chegar ao conhecimento da outra parte a retratao do proponente. Lei no 10.406/2002 gar a resposta ao conhecimento do proponente; III se, feita a pessoa ausente, no tiver sido expedida a resposta dentro do prazo dado; IV se, antes dela, ou simultaneamente, chegar ao conhecimento da outra parte a retratao do proponente. Art. 429. A oferta ao pblico equivale a proposta quando encerra os requisitos essenciais ao contrato, salvo se o contrrio resultar das circunstncias ou dos usos. Pargrafo nico. Pode revogar-se a oferta pela mesma via de sua divulgao, desde que ressalvada esta faculdade na oferta realizada. Art. 1.082. Se a aceitao, por circunstncia imprevista, chegar tarde ao conhecimento do proponente, este comunic-lo imediatamente ao aceitante, sob pena de responder por perdas e danos. Art. 1.083. A aceitao fora do prazo, com adies, restries ou modificaes, importar nova proposta. Art. 1.084. Se o negcio for daqueles, em que se no costuma a aceitao expressa, ou o proponente a tiver dispensado, reputar-se- concludo o contrato, no chegando a tempo a recusa. Art. 1.085. Considera-se inexistente a aceitao, se antes dela ou com ela chegar ao proponente a retratao do aceitante. Art. 1.086. Os contratos por correspondncia epistolar, ou telegrfica, tornamse perfeitos desde que a aceitao expedida, exceto:
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Art. 430. Se a aceitao, por circunstncia imprevista, chegar tarde ao conhecimento do proponente, este comunic-lo- imediatamente ao aceitante, sob pena de responder por perdas e danos. Art. 431. A aceitao fora do prazo, com adies, restries, ou modificaes, importar nova proposta. Art. 432

Art. 433. Considera-se inexistente a aceitao, se antes dela ou com ela chegar ao proponente a retratao do aceitante. Art. 434. Os contratos entre ausentes tornam-se perfeitos desde que a aceitao expedida, exceto: I no caso do artigo antecedente;
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Quadro Comparativo entre o Novo Cdigo Civil e o Cdigo Civil Anterior Lei no 3.071/1916 I no caso do artigo antecedente; II se o proponente se houver comprometido a esperar resposta; III se ela no chegar no prazo convencionado. Art. 1.087. Reputar-se- celebrado o contrato no lugar em que foi proposto. Captulo IV Das Estipulaes em Favor de Terceiro Seo III Da Estipulao em Favor de Terceiro Art. 1.098. O que estipula em favor de terceiro pode exigir o cumprimento da obrigao. Pargrafo nico. Ao terceiro, em favor de quem se estipulou a obrigao, tambm permitido exigi-la, ficando todavia, sujeito s condies e normas do contrato, se a ele anuir, e o estipulante o no inovar nos termos do artigo 1.100. Art. 1.099. Se ao terceiro, em favor de quem se fez o contrato, se deixar o direito de reclamar-lhe a execuo, no poder o estipulante exonerar o devedor. Art. 1.100. O estipulante pode reservar-se o direito de substituir o terceiro designado no contrato, independentemente da sua anuncia e da do outro contraente. Pargrafo nico. Tal substituio pode ser feita por ato entre vivos ou por disposio de ltima vontade. Art. 436. O que estipula em favor de terceiro pode exigir o cumprimento da obrigao. Pargrafo nico. Ao terceiro, em favor de quem se estipulou a obrigao, tambm permitido exigi-la, ficando, todavia, sujeito s condies e normas do contrato, se a ele anuir, e o estipulante no o inovar nos termos do art. 438. Art. 437. Se ao terceiro, em favor de quem se fez o contrato, se deixar o direito de reclamar-lhe a execuo, no poder o estipulante exonerar o devedor. Art. 438. O estipulante pode reservar-se o direito de substituir o terceiro designado no contrato, independentemente da sua anuncia e da do outro contratante. Pargrafo nico. A substituio pode ser feita por ato entre vivos ou por disposio de ltima vontade. Seo IV Da Promessa de Fato de Terceiro Art. 439. Aquele que tiver prometido fato de terceiro responder por perdas e danos, quando este o no executar.
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Lei no 10.406/2002 II se o proponente se houver comprometido a esperar resposta; III se ela no chegar no prazo convencionado. Art. 435. Reputar-se- celebrado o contrato no lugar em que foi proposto.

Quadro Comparativo entre o Novo Cdigo Civil e o Cdigo Civil Anterior Lei no 3.071/1916 Lei no 10.406/2002 Pargrafo nico. Tal responsabilidade no existir se o terceiro for o cnjuge do promitente, dependendo da sua anuncia o ato a ser praticado, e desde que, pelo regime do casamento, a indenizao, de algum modo, venha a recair sobre os seus bens. Art. 440. Nenhuma obrigao haver para quem se comprometer por outrem, se este, depois de se ter obrigado, faltar prestao. Captulo V Dos Vcios Redibitrios Seo V Dos Vcios Redibitrios Art. 1.101. A coisa recebida em virtude de contrato comutativo pode ser enjeitada por vcios ou defeitos ocultos, que a tornem imprpria ao uso a que destinada ou lhe diminuam o valor. Pargrafo nico. aplicvel a disposio deste artigo s doaes gravadas de encargo. Art. 441. A coisa recebida em virtude de contrato comutativo pode ser enjeitada por vcios ou defeitos ocultos, que a tornem imprpria ao uso a que destinada, ou lhe diminuam o valor. Pargrafo nico. aplicvel a disposio deste artigo s doaes onerosas. Art. 442. Em vez de rejeitar a coisa, redibindo o contrato (art. 441), pode o adquirente reclamar abatimento no preo. Art. 1.102. Salvo clusula expressa no contrato, a ignorncia de tais vcios pelo alienante no o exime da responsabilidade. Art. 1.103. Se o alienante conhecia o vcio, ou o defeito, restituir o que recebeu com perdas e danos; se o no conhecia, to-somente restituir o valor recebido, mais as despesas do contrato. Art. 1.104. A responsabilidade do alienante subsiste ainda que a coisa perea em po110

Art. 443. Se o alienante conhecia o vcio ou defeito da coisa, restituir o que recebeu com perdas e danos; se o no conhecia, to-somente restituir o valor recebido, mais as despesas do contrato. Art. 444. A responsabilidade do alienante subsiste ainda que a coisa perea em poCdigo Civil Comparado

Quadro Comparativo entre o Novo Cdigo Civil e o Cdigo Civil Anterior Lei no 3.071/1916 der do alienatrio, se perecer por vcio oculto, j existente ao tempo da tradio. Lei no 10.406/2002 der do alienatrio, se perecer por vcio oculto, j existente ao tempo da tradio. Art. 445. O adquirente decai do direito de obter a redibio ou abatimento no preo no prazo de trinta dias se a coisa for mvel, e de um ano se for imvel, contado da entrega efetiva; se j estava na posse, o prazo conta-se da alienao, reduzido metade. 1o Quando o vcio, por sua natureza, s puder ser conhecido mais tarde, o prazo contar-se- do momento em que dele tiver cincia, at o prazo mximo de cento e oitenta dias, em se tratando de bens mveis; e de um ano, para os imveis. 2o Tratando-se de venda de animais, os prazos de garantia por vcios ocultos sero os estabelecidos em lei especial, ou, na falta desta, pelos usos locais, aplicando-se o disposto no pargrafo antecedente se no houver regras disciplinando a matria. Art. 1.105. Em vez de rejeitar a coisa, redibindo o contrato, pode o adquirente reclamar abatimento no preo. Art. 446. No correro os prazos do artigo antecedente na constncia de clusula de garantia; mas o adquirente deve denunciar o defeito ao alienante nos trinta dias seguintes ao seu descobrimento, sob pena de decadncia. Art. 1.106. Se a coisa foi vendida em hasta pblica, no cabe ao redibitria, nem a de pedir abatimento no preo. Captulo VI Da Evico Seo VI Da Evico
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Quadro Comparativo entre o Novo Cdigo Civil e o Cdigo Civil Anterior Lei no 3.071/1916 Art. 1.107. Nos contratos onerosos, pelos quais se transfere o domnio, posse ou uso, ser obrigado o alienante a resguardar o adquirente dos riscos da evico, toda vez que se no tenha excludo expressamente esta responsabilidade. Pargrafo nico. As partes podem reforar ou diminuir essa garantia. Art. 448. Podem as partes, por clusula expressa, reforar, diminuir ou excluir a responsabilidade pela evico. Art. 1.108. No obstante a clusula que excluir a garantia contra a evico, se esta se der, tem direito o evicto a recobrar o preo que pagou pela coisa evicta, se no soube do risco da evico, ou, dela informado, o no assumiu. Art. 1.109. Salvo estipulao em contrrio, tem direito o evicto, alm da restituio integral do preo, ou das quantias que pagou: I indenizao dos frutos que tiver sido obrigado a restituir; II das despesas dos contratos e dos prejuzos que diretamente resultarem da evico; III s custas judiciais. Art. 449. No obstante a clusula que exclui a garantia contra a evico, se esta se der, tem direito o evicto a receber o preo que pagou pela coisa evicta, se no soube do risco da evico, ou, dele informado, no o assumiu. Art. 450. Salvo estipulao em contrrio, tem direito o evicto, alm da restituio integral do preo ou das quantias que pagou: I indenizao dos frutos que tiver sido obrigado a restituir; II indenizao pelas despesas dos contratos e pelos prejuzos que diretamente resultarem da evico; III s custas judiciais e aos honorrios do advogado por ele constitudo. Pargrafo nico. O preo, seja a evico total ou parcial, ser o do valor da coisa, na poca em que se evenceu, e proporcional ao desfalque sofrido, no caso de evico parcial. Art. 1.110. Subsiste para o alienante esta obrigao, ainda que a coisa alienada es112

Lei no 10.406/2002 Art. 447. Nos contratos onerosos, o alienante responde pela evico. Subsiste esta garantia ainda que a aquisio se tenha realizado em hasta pblica.

Art. 451. Subsiste para o alienante esta obrigao, ainda que a coisa alienada esCdigo Civil Comparado

Quadro Comparativo entre o Novo Cdigo Civil e o Cdigo Civil Anterior Lei no 3.071/1916 teja deteriorada, exceto havendo dolo do adquirente. Art. 1.111. Se o adquirente tiver auferido vantagem das deterioraes, e no tiver sido condenado a indeniz-las, o valor das vantagens ser deduzido da quantia que lhe houver de dar o alienante. Art. 1.112. As benfeitorias necessrias ou teis, no abonadas ao que sofreu a evico, sero pagas pelo alienante. Art. 1.113. Se as benfeitorias abonadas ao que sofreu a evico tiverem sido feitas pelo alienante, o valor delas ser levado em conta na restituio devida. Art. 1.114. Se a evico for parcial, mas considervel, poder o evicto optar entre a resciso do contrato e a restituio da parte do preo correspondente ao desfalque sofrido. Art. 1.115. A importncia do desfalque, na hiptese do artigo antecedente ser calculada em proporo do valor da coisa ao tempo em que se evenceu. Art. 1.116. Para poder exercitar o direito, que da evico lhe resulta, o adquirente notificar do litgio o alienante, quando e como lho determinarem as leis do processo. Art. 456. Para poder exercitar o direito que da evico lhe resulta, o adquirente notificar do litgio o alienante imediato, ou qualquer dos anteriores, quando e como lhe determinarem as leis do processo. Pargrafo nico. No atendendo o alienante denunciao da lide, e sendo manifesta a procedncia da evico, pode o adquirente deixar de oferecer contestao, ou usar de recursos.
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Lei no 10.406/2002 teja deteriorada, exceto havendo dolo do adquirente. Art. 452. Se o adquirente tiver auferido vantagens das deterioraes, e no tiver sido condenado a indeniz-las, o valor das vantagens ser deduzido da quantia que lhe houver de dar o alienante. Art. 453. As benfeitorias necessrias ou teis, no abonadas ao que sofreu a evico, sero pagas pelo alienante. Art. 454. Se as benfeitorias abonadas ao que sofreu a evico tiverem sido feitas pelo alienante, o valor delas ser levado em conta na restituio devida. Art. 455. Se parcial, mas considervel, for a evico, poder o evicto optar entre a resciso do contrato e a restituio da parte do preo correspondente ao desfalque sofrido. Se no for considervel, caber somente direito a indenizao.

Quadro Comparativo entre o Novo Cdigo Civil e o Cdigo Civil Anterior Lei no 3.071/1916 Art. 1.117. No pode o adquirente demandar pela evico: I se foi privado da coisa, no pelos meios judiciais, mas por caso fortuito, fora maior, roubo, ou furto; II se sabia que a coisa era alheia, ou litigiosa. Captulo VII Dos Contratos Aleatrios Seo VII Dos Contratos Aleatrios Art. 1.118. Se o contrato for aleatrio por dizer respeito a coisas futuras, cujo risco de no virem a existir assuma o adquirente, ter direito o alienante a todo o preo, desde que de sua parte no se tenha havido culpa, ainda que delas no venha a existir absolutamente nada. Art. 1.119. Se for aleatrio, por serem objeto dele coisas futuras, tomando o adquirente a si o risco de virem a existir em qualquer quantidade, ter tambm o direito o alienante a todo o preo, desde que de sua parte no tiver concorrido culpa, ainda que a coisa venha a existir em quantidade inferior a esperada. Pargrafo nico. Mas se da coisa nada vier a existir, alienao no haver, e o adquirente restituir o preo recebido. Art. 1.120. Se for aleatrio, por se referir a coisas existentes, mas expostas a risco, assumido pelo adquirente, ter igualmente direito o alienante a todo o preo posto que a coisa j no existisse, em parte, ou de todo, no dia do contrato.
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Lei no 10.406/2002 Art. 457. No pode o adquirente demandar pela evico, se sabia que a coisa era alheia ou litigiosa.

Art. 458. Se o contrato for aleatrio, por dizer respeito a coisas ou fatos futuros, cujo risco de no virem a existir um dos contratantes assuma, ter o outro direito de receber integralmente o que lhe foi prometido, desde que de sua parte no tenha havido dolo ou culpa, ainda que nada do avenado venha a existir. Art. 459. Se for aleatrio, por serem objeto dele coisas futuras, tomando o adquirente a si o risco de virem a existir em qualquer quantidade, ter tambm direito o alienante a todo o preo, desde que de sua parte no tiver concorrido culpa, ainda que a coisa venha a existir em quantidade inferior esperada. Pargrafo nico. Mas, se da coisa nada vier a existir, alienao no haver, e o alienante restituir o preo recebido. Art. 460. Se for aleatrio o contrato, por se referir a coisas existentes, mas expostas a risco, assumido pelo adquirente, ter igualmente direito o alienante a todo o preo, posto que a coisa j no existisse, em parte, ou de todo, no dia do contrato.
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Quadro Comparativo entre o Novo Cdigo Civil e o Cdigo Civil Anterior Lei no 3.071/1916 Art. 1.121. A alienao aleatria do artigo antecedente poder ser anulada como dolosa pelo prejudicado, se provar que o outro contraente no ignorava a consumao do risco, a que no contrato se considerava exposta a coisa. Lei no 10.406/2002 Art. 461. A alienao aleatria a que se refere o artigo antecedente poder ser anulada como dolosa pelo prejudicado, se provar que o outro contratante no ignorava a consumao do risco, a que no contrato se considerava exposta a coisa. Seo VIII Do Contrato Preliminar Art. 462. O contrato preliminar, exceto quanto forma, deve conter todos os requisitos essenciais ao contrato a ser celebrado. Art. 463. Concludo o contrato preliminar, com observncia do disposto no artigo antecedente, e desde que dele no conste clusula de arrependimento, qualquer das partes ter o direito de exigir a celebrao do definitivo, assinando prazo outra para que o efetive. Pargrafo nico. O contrato preliminar dever ser levado ao registro competente. Art. 464. Esgotado o prazo, poder o juiz, a pedido do interessado, suprir a vontade da parte inadimplente, conferindo carter definitivo ao contrato preliminar, salvo se a isto se opuser a natureza da obrigao. Art. 465. Se o estipulante no der execuo ao contrato preliminar, poder a outra parte consider-lo desfeito, e pedir perdas e danos. Art. 466. Se a promessa de contrato for unilateral, o credor, sob pena de ficar a mesma sem efeito, dever manifestar-se no prazo nela previsto, ou, inexistindo este, no que lhe for razoavelmente assinado pelo devedor.
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Quadro Comparativo entre o Novo Cdigo Civil e o Cdigo Civil Anterior Lei no 3.071/1916 Lei no 10.406/2002 Seo IX Do Contrato com Pessoa a Declarar Art. 467. No momento da concluso do contrato, pode uma das partes reservarse a faculdade de indicar a pessoa que deve adquirir os direitos e assumir as obrigaes dele decorrentes. Art. 468. Essa indicao deve ser comunicada outra parte no prazo de cinco dias da concluso do contrato, se outro no tiver sido estipulado. Pargrafo nico. A aceitao da pessoa nomeada no ser eficaz se no se revestir da mesma forma que as partes usaram para o contrato. Art. 469. A pessoa, nomeada de conformidade com os artigos antecedentes, adquire os direitos e assume as obrigaes decorrentes do contrato, a partir do momento em que este foi celebrado. Art. 470. O contrato ser eficaz somente entre os contratantes originrios: I se no houver indicao de pessoa, ou se o nomeado se recusar a aceit-la; II se a pessoa nomeada era insolvente, e a outra pessoa o desconhecia no momento da indicao. Art. 471. Se a pessoa a nomear era incapaz ou insolvente no momento da nomeao, o contrato produzir seus efeitos entre os contratantes originrios. Captulo II Dos Contratos Bilaterais Captulo II Da Extino do Contrato Seo I do Distrato
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Quadro Comparativo entre o Novo Cdigo Civil e o Cdigo Civil Anterior Lei no 3.071/1916 Art. 1.093. O distrato faz-se pela mesma forma que o contrato. Mas a quitao vale, qualquer que seja a sua forma. Lei no 10.406/2002 Art. 472. O distrato faz-se pela mesma forma exigida para o contrato. Art. 473. A resilio unilateral, nos casos em que a lei expressa ou implicitamente o permita, opera mediante denncia notificada outra parte. Pargrafo nico. Se, porm, dada a natureza do contrato, uma das partes houver feito investimentos considerveis para a sua execuo, a denncia unilateral s produzir efeito depois de transcorrido prazo compatvel com a natureza e o vulto dos investimentos. Seo II Clusula Resolutiva Art. 474. A clusula resolutiva expressa opera de pleno direito; a tcita depende de interpelao judicial. Art. 1.092, Pargrafo nico. A parte lesada pelo inadimplemento pode requerer a resciso do contrato com perdas e danos. Art. 475. A parte lesada pelo inadimplemento pode pedir a resoluo do contrato, se no preferir exigir-lhe o cumprimento, cabendo, em qualquer dos casos, indenizao por perdas e danos. Seo III Da Exceo de Contrato no Cumprido Art. 1.092. Nos contratos bilaterais, nenhum dos contraentes, antes de cumprida sua obrigao, pode exigir o implemento do outro. Se depois de conlcudo o contrato, sobrevier a uma das partes contratantes diminuio em seu patrimnio, capaz de comprometer ou tornar duvidosa a prestao pela qual se obrigou, pode a parte, a quem incumbe fazer prestao em primeiro lugar, recusar-se a esta, at que a garantia bastante de satisfaz-la.
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Art. 476. Nos contratos bilaterais, nenhum dos contratantes, antes de cumprida a sua obrigao, pode exigir o implemento da do outro.

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Quadro Comparativo entre o Novo Cdigo Civil e o Cdigo Civil Anterior Lei no 3.071/1916 Art. 1.092 Lei no 10.406/2002 Art. 477. Se, depois de concludo o contrato, sobrevier a uma das partes contratantes diminuio em seu patrimnio capaz de comprometer ou tornar duvidosa a prestao pela qual se obrigou, pode a outra recusar-se prestao que lhe incumbe, at que aquela satisfaa a que lhe compete ou d garantia bastante de satisfaz-la. Seo IV Da Resoluo por Onerosidade Excessiva Art. 478. Nos contratos de execuo continuada ou diferida, se a prestao de uma das partes se tornar excessivamente onerosa, com extrema vantagem para a outra, em virtude de acontecimentos extraordinrios e imprevisveis, poder o devedor pedir a resoluo do contrato. Os efeitos da sentena que a decretar retroagiro data da citao. Art. 479. A resoluo poder ser evitada, oferecendo-se o ru a modificar eqitativamente as condies do contrato. Art. 480. Se no contrato as obrigaes couberem a apenas uma das partes, poder ela pleitear que a sua prestao seja reduzida, ou alterado o modo de execut-la, a fim de evitar a onerosidade excessiva. Ttulo V Das Vrias Espcies de Contrato Captulo I Da Compra e Venda Seo I Disposies Gerais Art. 1.122. Pelo contrato de compra e venda, um dos contraentes se obriga a trans118

Ttulo VI Das Vrias Espcies de Contrato Captulo I Da Compra e Venda Seo I Disposies Gerais Art. 481. Pelo contrato de compra e venda, um dos contratantes se obriga a transCdigo Civil Comparado

Quadro Comparativo entre o Novo Cdigo Civil e o Cdigo Civil Anterior Lei no 3.071/1916 ferir o domnio de certa coisa, e o outro, a pagar-lhe certo preo em dinheiro. Art. 1.126. A compra e venda, quando pura, considerar-se- obrigatria e perfeita, desde que as partes acordarem no objeto e no preo. Lei no 10.406/2002 ferir o domnio de certa coisa, e o outro, a pagar-lhe certo preo em dinheiro. Art. 482. A compra e venda, quando pura, considerar-se- obrigatria e perfeita, desde que as partes acordarem no objeto e no preo. Art. 483. A compra e venda pode ter por objeto coisa atual ou futura. Neste caso, ficar sem efeito o contrato se esta no vier a existir, salvo se a inteno das partes era de concluir contrato aleatrio. Art. 484. Se a venda se realizar vista de amostras, prottipos ou modelos, entender-se- que o vendedor assegura ter a coisa as qualidades que a elas correspondem. Pargrafo nico. Prevalece a amostra, o prottipo ou o modelo, se houver contradio ou diferena com a maneira pela qual se descreveu a coisa no contrato. Art. 1.123. A fixao do preo pode ser deixada ao arbtrio de terceiro, que os contratantes logo designarem ou prometerem designar. Se o terceiro no aceitar a incumbncia, ficar sem efeito o contrato, salvo quando acordarem os contraentes designar outra pessoa. Art. 1.124. Tambm se poder deixar a fixao do preo taxa do mercado, ou da bolsa, em certo e determinado dia e lugar. Art. 485. A fixao do preo pode ser deixada ao arbtrio de terceiro, que os contratantes logo designarem ou prometerem designar. Se o terceiro no aceitar a incumbncia, ficar sem efeito o contrato, salvo quando acordarem os contratantes designar outra pessoa. Art. 486. Tambm se poder deixar a fixao do preo taxa de mercado ou de bolsa, em certo e determinado dia e lugar. Art. 487. lcito s partes fixar o preo em funo de ndices ou parmetros, desde que suscetveis de objetiva determinao. Art. 488. Convencionada a venda sem fixao de preo ou de critrios para a sua
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Quadro Comparativo entre o Novo Cdigo Civil e o Cdigo Civil Anterior Lei no 3.071/1916 Lei no 10.406/2002 determinao, se no houver tabelamento oficial, entende-se que as partes se sujeitaram ao preo corrente nas vendas habituais do vendedor. Pargrafo nico. Na falta de acordo, por ter havido diversidade de preo, prevalecer o termo mdio. Art. 1.125. Nulo o contrato de compra e venda, quando se deixa ao arbtrio exclusivo de uma das partes a taxao do preo. Art. 1.129. Salvo clusula em contrrio, ficaro as despesas da escritura a cargo do comprador, e a cargo do vendedor as da tradio. Art. 1.130. No sendo a venda a crdito, o vendedor no obrigado a entregar a coisa, antes de receber o preo. Art. 1.127. At ao momento da tradio, os riscos da coisa correm por conta do vendedor, e os do preo por conta do comprador. 1 o Todavia, os casos fortuitos, ocorrentes no ato de contar, marcar, ou assinalar coisas, que comumente se recebem, contando, pesando, medindo ou assinalando, e que j tiverem sido postas disposio do comprador, correro por conta deste. 2o Correro tambm por conta do comprador os riscos das referidas coisas, se estiver em mora de as receber quando postas sua disposio no tempo, lugar e pelo modo ajustados. Art. 489. Nulo o contrato de compra e venda, quando se deixa ao arbtrio exclusivo de uma das partes a fixao do preo. Art. 490. Salvo clusula em contrrio, ficaro as despesas de escritura e registro a cargo do comprador, e a cargo do vendedor as da tradio. Art. 491. No sendo a venda a crdito, o vendedor no obrigado a entregar a coisa antes de receber o preo. Art. 492. At o momento da tradio, os riscos da coisa correm por conta do vendedor, e os do preo por conta do comprador. 1 o Todavia, os casos fortuitos, ocorrentes no ato de contar, marcar ou assinalar coisas, que comumente se recebem, contando, pesando, medindo ou assinalando, e que j tiverem sido postas disposio do comprador, correro por conta deste. 2o Correro tambm por conta do comprador os riscos das referidas coisas, se estiver em mora de as receber, quando postas sua disposio no tempo, lugar e pelo modo ajustados. Art. 493. A tradio da coisa vendida, na falta de estipulao expressa, dar-se- no
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Quadro Comparativo entre o Novo Cdigo Civil e o Cdigo Civil Anterior Lei no 3.071/1916 Lei no 10.406/2002 lugar onde ela se encontrava, ao tempo da venda. Art. 1.128. Se a coisa for expedida para lugar diverso, por ordem do comprador, por sua conta correro os riscos, uma vez entregue a quem haja de transport-la, salvo se das instrues dele se afastar o vendedor. Art. 1.131. No obstante o prazo ajustado para o pagamento, se antes da tradio o comprador cair em insolvncia, poder o vendedor sobrestar na entrega da coisa, at que o comprador lhe d cauo de pagar no tempo ajustado. Art. 1.132. Os ascendentes no podem vender aos descendentes, sem que os outros descendentes expressamente consintam. Art. 494. Se a coisa for expedida para lugar diverso, por ordem do comprador, por sua conta correro os riscos, uma vez entregue a quem haja de transport-la, salvo se das instrues dele se afastar o vendedor. Art. 495. No obstante o prazo ajustado para o pagamento, se antes da tradio o comprador cair em insolvncia, poder o vendedor sobrestar na entrega da coisa, at que o comprador lhe d cauo de pagar no tempo ajustado. Art. 496. anulvel a venda de ascendente a descendente, salvo se os outros descendentes e o cnjuge do alienante expressamente houverem consentido. Pargrafo nico. Em ambos os casos, dispensa-se o consentimento do cnjuge se o regime de bens for o da separao obrigatria. Art. 497. Sob pena de nulidade, no podem ser comprados, ainda que em hasta pblica: I pelos tutores, curadores, testamenteiros e administradores, os bens confiados sua guarda ou administrao; II pelos servidores pblicos, em geral, os bens ou direitos da pessoa jurdica a que servirem, ou que estejam sob sua administrao direta ou indireta; III pelos juzes, secretrios de tribunais, arbitradores, peritos e outros serventurios ou auxiliares da justia, os bens ou direitos sobre que se litigar em tribunal, juzo ou conselho, no lugar onde servirem, ou a que se estender a sua autoridade;
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Art. 1.133. No podem ser comprados ainda em hasta pblica: I pelos tutores, curadores, testamenteiros e administradores, os bens confiados sua guarda ou administrao; II pelos mandatrios, os bens, de cuja administrao ou alienao estejam encarregados; III pelos empregados pblicos os bens da Unio, dos Estados e dos Municpios, que estiverem sob sua administrao, direta ou indireta. A mesma disposio aplica-se aos juzes, arbitradores, ou peritos que, de qualquer modo, possam influir no ato ou no preo da venda; IV pelos juzes, empregados de fazenda, secretrios de tribunais, escrives e ouCdigo Civil Comparado

Quadro Comparativo entre o Novo Cdigo Civil e o Cdigo Civil Anterior Lei no 3.071/1916 tros oficiais de justia, os bens, ou direitos, sobre que se litigar em tribunal, juzo, ou conselho, no lugar onde esses funcionrios servirem, ou a que se estender a sua autoridade. Lei no 10.406/2002 IV pelos leiloeiros e seus prepostos, os bens de cuja venda estejam encarregados.

Pargrafo nico. As proibies deste artigo estendem-se cesso de crdito. Art. 1.134. Esta proibio compreende a venda ou cesso de crdito, exceto se for entre co-herdeiros, ou em pagamento de dvida, ou para garantia de bens j pertencentes a pessoas designadas no artigo anterior, no IV. Art. 1.135. Se a venda se realizar vista de amostras, entender-se- que o vendedor assegura ter a coisa vendida as qualidades por elas apresentadas. Art. 499. lcita a compra e venda entre cnjuges, com relao a bens excludos da comunho. Art. 1.136. Se, na venda de um imvel, se estipular o preo por medida de extenso, ou se determinar a respectiva rea, e esta no corresponder, em qualquer dos casos, s dimenses dadas, o comprador ter o direito de exigir o complemento da rea, e no sendo isso possvel, o de reclamar a resciso do contrato ou abatimento proporcional do preo. No lhe cabe, porm, esse direito, se o imvel foi vendido como coisa certa discriminada, tendo sido apenas enunciativa a referncia s suas dimenses. Pargrafo nico. Presume-se que a referncia s dimenses foi simplesmente enunciativa, quando a diferena encon122

Art. 498. A proibio contida no inciso III do artigo antecedente, no compreende os casos de compra e venda ou cesso entre co-herdeiros, ou em pagamento de dvida, ou para garantia de bens j pertencentes a pessoas designadas no referido inciso.

Art. 500. Se, na venda de um imvel, se estipular o preo por medida de extenso, ou se determinar a respectiva rea, e esta no corresponder, em qualquer dos casos, s dimenses dadas, o comprador ter o direito de exigir o complemento da rea, e, no sendo isso possvel, o de reclamar a resoluo do contrato ou abatimento proporcional ao preo.

1o Presume-se que a referncia s dimenses foi simplesmente enunciativa, quando a diferena encontrada no exceCdigo Civil Comparado

Quadro Comparativo entre o Novo Cdigo Civil e o Cdigo Civil Anterior Lei no 3.071/1916 trada exceder de um vinte avos da extenso total enunciada. Lei no 10.406/2002 der de um vigsimo da rea total enunciada, ressalvado ao comprador o direito de provar que, em tais circunstncias, no teria realizado o negcio. 2o Se em vez de falta houver excesso, e o vendedor provar que tinha motivos para ignorar a medida exata da rea vendida, caber ao comprador, sua escolha, completar o valor correspondente ao preo ou devolver o excesso. 3o No haver complemento de rea, nem devoluo de excesso, se o imvel for vendido como coisa certa e discriminada, tendo sido apenas enunciativa a referncia s suas dimenses, ainda que no conste, de modo expresso, ter sido a venda ad corpus. Art. 1.137. Em toda escritura de transferncia de imveis, sero transcritas as certides de se acharem eles quites com a Fazenda Federal, Estadual e Municipal, de quaisquer impostos a que possam estar sujeitos. Pargrafo nico. A certido negativa exonera o imvel e isenta o adquirente de toda responsabilidade. Art. 501. Decai do direito de propor as aes previstas no artigo antecedente o vendedor ou o comprador que no o fizer no prazo de um ano, a contar do registro do ttulo. Pargrafo nico. Se houver atraso na imisso de posse no imvel, atribuvel ao alienante, a partir dela fluir o prazo de decadncia. Art. 502. O vendedor, salvo conveno em contrrio, responde por todos os dCdigo Civil Comparado 123

Quadro Comparativo entre o Novo Cdigo Civil e o Cdigo Civil Anterior Lei no 3.071/1916 Lei no 10.406/2002 bitos que gravem a coisa at o momento da tradio. Art. 1.138. Nas coisas vendidas conjuntamente, o defeito oculto de uma no autoriza a rejeio de todas. Art. 1.139. No pode um condmino em coisa indivisvel vender a sua parte a estranhos, se outro consorte a quiser, tanto por tanto. O condmino a quem no se der conhecimento da venda poder, depositando o preo, haver para a parte vendida a estranho, se o requerer no prazo de seis meses. Pargrafo nico. Sendo muitos os condminos, preferir o que tiver benfeitorias de maior valor e, na falta de benfeitorias, o de quinho maior. Se os quinhes forem iguais, havero a parte vendida os comproprietrios, que a quiserem, depositando previamente o preo. Seo II Das Clusulas Especiais Compra e Venda Art. 503. Nas coisas vendidas conjuntamente, o defeito oculto de uma no autoriza a rejeio de todas. Art. 504. No pode um condmino em coisa indivisvel vender a sua parte a estranhos, se outro consorte a quiser, tanto por tanto. O condmino, a quem no se der conhecimento da venda, poder, depositando o preo, haver para si a parte vendida a estranhos, se o requerer no prazo de cento e oitenta dias, sob pena de decadncia. Pargrafo nico. Sendo muitos os condminos, preferir o que tiver benfeitorias de maior valor e, na falta de benfeitorias, o de quinho maior. Se as partes forem iguais, havero a parte vendida os comproprietrios, que a quiserem, depositando previamente o preo. Seo II Das Clusulas Especiais Compra e Venda Subseo I Da Retrovenda Da Retrovenda Art. 1.140. O vendedor pode reservar-se o direito de recobrar, em certo prazo, o imvel, que vendeu, restituindo o preo, mais as despesas feitas pelo comprador. Pargrafo nico. Alm destas, reembolsar tambm, nesse caso, o vendedor ao comprador as empregadas em melhoramentos do imvel, at o valor por esses melhoramentos acrescentados propriedade.
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Art. 505. O vendedor de coisa imvel pode reservar-se o direito de recobr-la no prazo mximo de decadncia de trs anos, restituindo o preo recebido e reembolsando as despesas do comprador, inclusive as que, durante o perodo de resgate, se efetuaram com a sua autorizao escrita, ou para a realizao de benfeitorias necessrias.

Cdigo Civil Comparado

Quadro Comparativo entre o Novo Cdigo Civil e o Cdigo Civil Anterior Lei no 3.071/1916 Art. 1.141. O prazo para o resgate, ou retrato, no passar de trs anos, sob pena de se reputar no escrito; presumindo-se estipulado o mximo do tempo, quando as partes o no determinarem. Pargrafo nico. O prazo do retrato, expresso, ou presumido, prevalece ainda contra o incapaz. Vencido o prazo, extingue-se o direito ao retrato, e torna-se irretratvel a venda. Art. 506. Se o comprador se recusar a receber as quantias a que faz jus, o vendedor, para exercer o direito de resgate, as depositar judicialmente. Pargrafo nico. Verificada a insuficincia do depsito judicial, no ser o vendedor restitudo no domnio da coisa, at e enquanto no for integralmente pago o comprador. Art. 1.142. Na retrovenda, o vendedor conserva a sua ao contra os terceiros adquirentes da coisa retrovendida, ainda que eles no conhecessem a clusula de retrato. Art. 1.143. Se duas ou mais pessoas tiverem direito ao retrato sobre a mesma coisa, e s uma o exercer, poder o comprador fazer intimar as outras, para nele acordarem. Art. 507. O direito de retrato, que cessvel e transmissvel a herdeiros e legatrios, poder ser exercido contra o terceiro adquirente. Art. 508. Se a duas ou mais pessoas couber o direito de retrato sobre o mesmo imvel, e s uma o exercer, poder o comprador intimar as outras para nele acordarem, prevalecendo o pacto em favor de quem haja efetuado o depsito, contanto que seja integral. Lei no 10.406/2002

1o No havendo acordo entre os interessados, ou no querendo um deles entrar com a importncia integral do retrato, caducar o direito de todos. 2o Se os diferentes condminos do prdio alheado o no retrovenderam conjunCdigo Civil Comparado 125

Quadro Comparativo entre o Novo Cdigo Civil e o Cdigo Civil Anterior Lei no 3.071/1916 tamente e no mesmo ato, poder cada qual, de per si, exercitar sobre o respectivo quinho o seu direito de retrato, sem que o comprador possa contranger os demais a resgat-lo por inteiro. Subseo II Da Venda a Contento e Sujeita a Prova Da Venda a Contento Art. 1.144. A venda a contento reputarse- feita sob condio suspensiva, se no contrato no se lhe tiver dado expressamente o carter de condio resolutiva. Art. 509. A venda feita a contento do comprador entende-se realizada sob condio suspensiva, ainda que a coisa lhe tenha sido entregue; e no se reputar perfeita, enquanto o adquirente no manifestar seu agrado. Lei no 10.406/2002

Pargrafo nico. Nesta espcie de venda, se classifica a dos gneros, que se costumam provar, medir, pesar, ou experimentar, antes de aceitos. Art. 510. Tambm a venda sujeita a prova presume-se feita sob a condio suspensiva de que a coisa tenha as qualidades asseguradas pelo vendedor e seja idnea para o fim a que se destina. Art. 1.145. As obrigaes do comprador, que recebeu, sob condio suspensiva, a coisa comprada, so as de mero comodatrio, enquanto no manifeste aceit-la. Art. 1.146. Se o comprador no fizer declarao alguma dentro no prazo, reputarse- perfeita a venda, quer seja suspensiva a condio,quer resolutiva, havendo-se, no primeiro caso, o pagamento do preo como expresso de que aceita a coisa vendida.
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Art. 511. Em ambos os casos, as obrigaes do comprador, que recebeu, sob condio suspensiva, a coisa comprada, so as de mero comodatrio, enquanto no manifeste aceit-la.

Quadro Comparativo entre o Novo Cdigo Civil e o Cdigo Civil Anterior Lei no 3.071/1916 Art. 1.147. No havendo prazo estipulado para a declarao do comprador, o vendedor ter direito a intim-lo judicialmente, para que o faa em prazo improrrogvel, sob pena de considerarse perfeita a venda. Art. 1.148. O direito resultante da venda a contento simplesmente pessoal. Subseo III Da Preempo ou Preferncia Da Preempo ou Preferncia Art. 1.149. A preempo, ou preferncia, impe ao comprador a obrigao de oferecer ao vendedor a coisa que aquele vai vender, ou dar em pagamento, para que este use de seu direito de prelao na compra, tanto por tanto. Art. 513. A preempo, ou preferncia, impe ao comprador a obrigao de oferecer ao vendedor a coisa que aquele vai vender, ou dar em pagamento, para que este use de seu direito de prelao na compra, tanto por tanto. Pargrafo nico. O prazo para exercer o direito de preferncia no poder exceder a cento e oitenta dias, se a coisa for mvel, ou a dois anos, se imvel. Art. 1.150. A Unio, o Estado, ou o Municpio, oferecer ao ex-proprietrio o imvel desapropriado, pelo preo por que o foi, caso no tenha o destino, para que se desapropriou. Art. 1.151. O vendedor pode tambm exercer o seu direito de prelao, intimidando-se ao comprador, quando lhe constar que este vai vender a coisa. Art. 1.155. Aquele que exerce a preferncia, est, sob pena de a perder, obrigado a pagar, em condies iguais, o preo encontrado, ou ajustado.
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Lei no 10.406/2002 Art. 512. No havendo prazo estipulado para a declarao do comprador, o vendedor ter direito de intim-lo, judicial ou extrajudicialmente, para que o faa em prazo improrrogvel.

Art. 514. O vendedor pode tambm exercer o seu direito de prelao, intimando o comprador, quando lhe constar que este vai vender a coisa. Art. 515. Aquele que exerce a preferncia est, sob pena de a perder, obrigado a pagar, em condies iguais, o preo encontrado, ou o ajustado.
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Quadro Comparativo entre o Novo Cdigo Civil e o Cdigo Civil Anterior Lei no 3.071/1916 Art. 1.152. O direito de preempo no se estende seno s situaes indicadas nos artigos 1.149 e 1.150, nem a outro direito real que no a propriedade. Art. 1.153. O direito de preempo caducar, se a coisa for mvel, no se exercendo nos trs dias, e, se for imvel, no se exercendo nos trinta subsequentes quele, em que o comprador tiver afrontado o vendedor. Art. 1.154. Quando o direito de preempo for estipulado a favor de dois ou mais indivduos em comum, s poder ser exercido em relao coisa no seu todo. Se alguma das pessoas, a quem ele toque, perder, ou no exercer o seu direito, podero as demais utiliz-lo na forma sobredita. Art. 1.156. Responder por perdas e danos o comprador, se ao vendedor no der cincia do preo e das vantagens, que lhe oferecem pela coisa. Art. 516. Inexistindo prazo estipulado, o direito de preempo caducar, se a coisa for mvel, no se exercendo nos trs dias, e, se for imvel, no se exercendo nos sessenta dias subseqentes data em que o comprador tiver notificado o vendedor. Art. 517. Quando o direito de preempo for estipulado a favor de dois ou mais indivduos em comum, s pode ser exercido em relao coisa no seu todo. Se alguma das pessoas, a quem ele toque, perder ou no exercer o seu direito, podero as demais utiliz-lo na forma sobredita. Art. 518. Responder por perdas e danos o comprador, se alienar a coisa sem ter dado ao vendedor cincia do preo e das vantagens que por ela lhe oferecem. Responder solidariamente o adquirente, se tiver procedido de m-f. Art. 519. Se a coisa expropriada para fins de necessidade ou utilidade pblica, ou por interesse social, no tiver o destino para que se desapropriou, ou no for utilizada em obras ou servios pblicos, caber ao expropriado direito de preferncia, pelo preo atual da coisa. Art. 1.157. O direito de preferncia no se pode ceder nem passa aos herdeiros. Do Pacto de Melhor Comprador Art. 1.158. O contrato de compra e venda pode ser feito com a clusula de se desfa128 Cdigo Civil Comparado

Lei no 10.406/2002

Art. 520. O direito de preferncia no se pode ceder nem passa aos herdeiros.

Quadro Comparativo entre o Novo Cdigo Civil e o Cdigo Civil Anterior Lei no 3.071/1916 zer, se, dentro em certo prazo, aparecer quem oferea maior vantagem. Pargrafo nico. No exceder de um ano esse prazo, nem essa clusula vigorar seno entre os contratantes. Art. 1.159. O pacto de melhor comprador vale por condio resolutiva, salvo conveno em contrrio. Art. 1.160. Esse pacto no pode existir nas vendas de mveis. Art. 1.161. O comprador prefere a quem oferecer iguais vantagens. Do Pacto Comissrio Art. 1.162. Se, dentro no prazo fixado, o vendedor no aceitar proposta de maior vantagem, a venda se reputar definitiva. Art. 1.163. Ajustado que se desfaa a venda, no se pagando o preo at certo dia, poder o vendedor, no pago, desfazer o contrato, ou pedir o preo. Subseo IV Da Venda com Reserva de Domnio Art. 521. Na venda de coisa mvel, pode o vendedor reservar para si a propriedade, at que o preo esteja integralmente pago. Art. 522. A clusula de reserva de domnio ser estipulada por escrito e depende de registro no domiclio do comprador para valer contra terceiros. Art. 523. No pode ser objeto de venda com reserva de domnio a coisa
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Lei no 10.406/2002

Quadro Comparativo entre o Novo Cdigo Civil e o Cdigo Civil Anterior Lei no 3.071/1916 Lei no 10.406/2002 insuscetvel de caracterizao perfeita, para estrem-la de outras congneres. Na dvida, decide-se a favor do terceiro adquirente de boa-f. Art. 524. A transferncia de propriedade ao comprador d-se no momento em que o preo esteja integralmente pago. Todavia, pelos riscos da coisa responde o comprador, a partir de quando lhe foi entregue. Art. 525. O vendedor somente poder executar a clusula de reserva de domnio aps constituir o comprador em mora, mediante protesto do ttulo ou interpelao judicial. Art. 526. Verificada a mora do comprador, poder o vendedor mover contra ele a competente ao de cobrana das prestaes vencidas e vincendas e o mais que lhe for devido; ou poder recuperar a posse da coisa vendida. Art. 527. Na segunda hiptese do artigo antecedente, facultado ao vendedor reter as prestaes pagas at o necessrio para cobrir a depreciao da coisa, as despesas feitas e o mais que de direito lhe for devido. O excedente ser devolvido ao comprador; e o que faltar lhe ser cobrado, tudo na forma da lei processual. Art. 528. Se o vendedor receber o pagamento vista, ou, posteriormente, mediante financiamento de instituio do mercado de capitais, a esta caber exercer os direitos e aes decorrentes do contrato, a benefcio de qualquer outro. A operao financeira e a respectiva cincia do comprador constaro do registro do contrato.
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Quadro Comparativo entre o Novo Cdigo Civil e o Cdigo Civil Anterior Lei no 3.071/1916 Lei no 10.406/2002 Subseo V Da Venda sobre Documentos Art. 529. Na venda sobre documentos, a tradio da coisa substituda pela entrega do seu ttulo representativo e dos outros documentos exigidos pelo contrato ou, no silncio deste, pelos usos. Pargrafo nico. Achando-se a documentao em ordem, no pode o comprador recusar o pagamento, a pretexto de defeito de qualidade ou do estado da coisa vendida, salvo se o defeito j houver sido comprovado. Art. 530. No havendo estipulao em contrrio, o pagamento deve ser efetuado na data e no lugar da entrega dos documentos. Art. 531. Se entre os documentos entregues ao comprador figurar aplice de seguro que cubra os riscos do transporte, correm estes conta do comprador, salvo se, ao ser concludo o contrato, tivesse o vendedor cincia da perda ou avaria da coisa. Art. 532. Estipulado o pagamento por intermdio de estabelecimento bancrio, caber a este efetu-lo contra a entrega dos documentos, sem obrigao de verificar a coisa vendida, pela qual no responde. Pargrafo nico. Nesse caso, somente aps a recusa do estabelecimento bancrio a efetuar o pagamento, poder o vendedor pretend-lo, diretamente do comprador. Captulo II Da Troca 1.164. Aplicam-se troca as disposies referentes compra e venda, com as seguintes modificaes:
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Captulo II Da Troca ou Permuta Art. 533. Aplicam-se troca as disposies referentes compra e venda, com as seguintes modificaes:
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Quadro Comparativo entre o Novo Cdigo Civil e o Cdigo Civil Anterior Lei no 3.071/1916 I salvo disposio em contrrio, cada um dos contratantes pagar por metade as despesas com o instrumento da troca. II nula a troca de valores desiguais entre ascendentes e descendentes, sem consentimento expresso dos outros descendentes. Lei no 10.406/2002 I salvo disposio em contrrio, cada um dos contratantes pagar por metade as despesas com o instrumento da troca; II anulvel a troca de valores desiguais entre ascendentes e descendentes, sem consentimento dos outros descendentes e do cnjuge do alienante. Captulo III Do Contrato Estimatrio Art. 534. Pelo contrato estimatrio, o consignante entrega bens mveis ao consignatrio, que fica autorizado a vend-los, pagando quele o preo ajustado, salvo se preferir, no prazo estabelecido, restituir-lhe a coisa consignada. Art. 535. O consignatrio no se exonera da obrigao de pagar o preo, se a restituio da coisa, em sua integridade, se tornar impossvel, ainda que por fato a ele no imputvel. Art. 536. A coisa consignada no pode ser objeto de penhora ou seqestro pelos credores do consignatrio, enquanto no pago integralmente o preo. Art. 537. O consignante no pode dispor da coisa antes de lhe ser restituda ou de lhe ser comunicada a restituio. Captulo III Da Doao Seo I Disposies Gerais Art. 1.165. Considera-se doao o contrato em que uma pessoa, por liberalidade, transfere do seu patrimnio bens ou vantagens para o de outra, que os aceita.
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Captulo IV Da Doao Seo I Disposies Gerais Art. 538. Considera-se doao o contrato em que uma pessoa, por liberalidade, transfere do seu patrimnio bens ou vantagens para o de outra.
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Quadro Comparativo entre o Novo Cdigo Civil e o Cdigo Civil Anterior Lei no 3.071/1916 Art. 1.166. O doador pode fixar prazo ao donatrio, para declarar de aceita, ou no, a liberalidade. Desde que o donatrio, ciente do prazo, no faa dentro nele, a declarao, entender-se- que aceitou, se a doao no for sujeita a encargo. Art. 1.167. A doao feita em contemplao do merecimento do donatrio no perde o carter de liberalidade, como o no perde a doao remuneratria, ou a gravada, no excedente ao valor dos servios remunerados, ou ao encargo imposto. Art. 1.168. A doao far-se- por escritura pblica, ou instrumento particular. Pargrafo nico. A doao verbal ser vlida, se, versando sobre bens mveis e de pequeno valor, se lhe seguir incontinenti a tradio. Art. 1.169. A doao feita ao nascituro valer, sendo aceita pelos pais. Art. 1.170. s pessoas que no puderem contratar facultado, no obstante, aceitar doaes puras. Art. 1.171. A doao dos pais aos filhos importa adiantamento da legtima. Lei no 10.406/2002 Art. 539. O doador pode fixar prazo ao donatrio, para declarar se aceita ou no a liberalidade. Desde que o donatrio, ciente do prazo, no faa, dentro dele, a declarao, entender-se- que aceitou, se a doao no for sujeita a encargo. Art. 540. A doao feita em contemplao do merecimento do donatrio no perde o carter de liberalidade, como no o perde a doao remuneratria, ou a gravada, no excedente ao valor dos servios remunerados ou ao encargo imposto. Art. 541. A doao far-se- por escritura pblica ou instrumento particular. Pargrafo nico. A doao verbal ser vlida, se, versando sobre bens mveis e de pequeno valor, se lhe seguir incontinenti a tradio. Art. 542. A doao feita ao nascituro valer, sendo aceita pelo seu representante legal. Art. 543. Se o donatrio for absolutamente incapaz, dispensa-se a aceitao, desde que se trate de doao pura. Art. 544. A doao de ascendentes a descendentes, ou de um cnjuge a outro, importa adiantamento do que lhes cabe por herana. Art. 545. A doao em forma de subveno peridica ao beneficiado extingue-se morrendo o doador, salvo se este outra coisa dispuser, mas no poder ultrapassar a vida do donatrio. Art. 546. A doao feita em contemplao de casamento futuro com certa e determi133

Art. 1.172. A doao em forma de subveno peridica ao beneficiado extingue-se, morrendo o doador, salvo se este outra coisa dispuser. Art. 1.173. A doao feita em contemplao de casamento futuro com certa e deCdigo Civil Comparado

Quadro Comparativo entre o Novo Cdigo Civil e o Cdigo Civil Anterior Lei no 3.071/1916 terminada pessoa, quer pelos nubentes entre si, quer por terceiro a um deles, a ambos, ou aos filhos que, de futuro, houverem um do outro, no pode ser impugnada por falta de aceitao, e s ficar sem efeito se o casamento no se realizar. Art. 1.174. O doador pode estipular que os bens doados voltem ao seu patrimnio, se sobreviver ao donatrio. Lei no 10.406/2002 nada pessoa, quer pelos nubentes entre si, quer por terceiro a um deles, a ambos, ou aos filhos que, de futuro, houverem um do outro, no pode ser impugnada por falta de aceitao, e s ficar sem efeito se o casamento no se realizar. Art. 547. O doador pode estipular que os bens doados voltem ao seu patrimnio, se sobreviver ao donatrio. Pargrafo nico. No prevalece clusula de reverso em favor de terceiro. Art. 1.175. nula a doao de todos os bens, sem reserva de parte, ou renda suficiente para a subsistncia do doador. Art. 1.176. Nula tambm a doao quanto parte, que exceder a de que o doador, no momento da liberalidade, poderia dispor em testamento. Art. 1.177. A doao do cnjuge adltero ao seu cmplice pode ser anulada pelo outro cnjuge, ou por seus herdeiros necessrios, at dois anos depois de dissolvida a sociedade conjugal. Art. 1.178. Salvo declarao em contrrio, a doao em comum a mais de uma pessoa entende-se distribuda entre elas por igual. Pargrafo nico. Se os donatrios, em tal caso, forem marido e mulher, subsistir na totalidade a doao para o cnjuge sobrevivo. Art. 1.179. O doador no obrigado a pagar juros moratrios, nem sujeito evico, exceto no caso do artigo 285. Art. 548. nula a doao de todos os bens sem reserva de parte, ou renda suficiente para a subsistncia do doador. Art. 549. Nula tambm a doao quanto parte que exceder de que o doador, no momento da liberalidade, poderia dispor em testamento. Art. 550. A doao do cnjuge adltero ao seu cmplice pode ser anulada pelo outro cnjuge, ou por seus herdeiros necessrios, at dois anos depois de dissolvida a sociedade conjugal. Art. 551. Salvo declarao em contrrio, a doao em comum a mais de uma pessoa entende-se distribuda entre elas por igual. Pargrafo nico. Se os donatrios, em tal caso, forem marido e mulher, subsistir na totalidade a doao para o cnjuge sobrevivo. Art. 552. O doador no obrigado a pagar juros moratrios, nem sujeito s conseqncias da evico ou do vcio redibitrio. Nas doaes para casamento
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Quadro Comparativo entre o Novo Cdigo Civil e o Cdigo Civil Anterior Lei no 3.071/1916 Lei no 10.406/2002 com certa e determinada pessoa, o doador ficar sujeito evico, salvo conveno em contrrio. Art. 1.180. O donatrio obrigado a cumprir os encargos da doao, caso forem a benefcio do doador, de terceiro, ou do interesse. Pargrafo nico. Se desta ltima espcie for o encargo, o Ministrio Pblico poder exigir sua execuo depois da morte do doador, se este no o tiver feito. Art. 553. O donatrio obrigado a cumprir os encargos da doao, caso forem a benefcio do doador, de terceiro, ou do interesse geral. Pargrafo nico. Se desta ltima espcie for o encargo, o Ministrio Pblico poder exigir sua execuo, depois da morte do doador, se este no tiver feito. Art. 554. A doao a entidade futura caducar se, em dois anos, esta no estiver constituda regularmente. Seo II Da Revogao da Doao Art. 1.181. Alm dos casos comuns a todos os contratos, a doao tambm se revoga por ingratido do donatrio. Pargrafo nico. A doao onerosa poderse- revogar por inexecuo do encargo, desde que o donatrio incorrer em mora. Art. 1.182. No se pode renunciar antecipadamente o direito de revogar a liberalidade por ingratido do donatrio. Art. 1.183. S se podem revogar por ingratido as doaes: I se o donatrio atentou contra a vida do doador; II se cometeu contra ele ofensa fsica; III se o injuriou gravemente, ou o caluniou; IV se, podendo ministrar-lhos, recusou ao doador os alimentos, de que este necessitava. Seo II Da Revogao da Doao Art. 555. A doao pode ser revogada por ingratido do donatrio, ou por inexecuo do encargo.

Art. 556. No se pode renunciar antecipadamente o direito de revogar a liberalidade por ingratido do donatrio. Art. 557. Podem ser revogadas por ingratido as doaes: I se o donatrio atentou contra a vida do doador ou cometeu crime de homicdio doloso contra ele; II se cometeu contra ele ofensa fsica; III se o injuriou gravemente ou o caluniou; IV se, podendo ministr-los, recusou ao doador os alimentos de que este necessitava.
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Quadro Comparativo entre o Novo Cdigo Civil e o Cdigo Civil Anterior Lei no 3.071/1916 Lei no 10.406/2002 Art. 558. Pode ocorrer tambm a revogao quando o ofendido, nos casos do artigo anterior, for o cnjuge, ascendente, descendente, ainda que adotivo, ou irmo do doador. Art. 1.184 . A revogao por qualquer desses motivos pleitear-se- dentro em um ano, a contar de quando chegue ao conhecimento do doador o fato, que a autorizar. Art. 1.185. O direito de que trata o artigo precedente no se transmite aos herdeiros do doador, nem prejudica os do donatrio. Mas aqueles podem prosseguir na ao iniciada pelo doador, continuando-a contra os herdeiros do donatrio, se este falecer depois de contestada a lide. Art. 559. A revogao por qualquer desses motivos dever ser pleiteada dentro de um ano, a contar de quando chegue ao conhecimento do doador o fato que a autorizar, e de ter sido o donatrio o seu autor. Art. 560. O direito de revogar a doao no se transmite aos herdeiros do doador, nem prejudica os do donatrio. Mas aqueles podem prosseguir na ao iniciada pelo doador, continuando-a contra os herdeiros do donatrio, se este falecer depois de ajuizada a lide. Art. 561. No caso de homicdio doloso do doador, a ao caber aos seus herdeiros, exceto se aquele houver perdoado. Art. 562. A doao onerosa pode ser revogada por inexecuo do encargo, se o donatrio incorrer em mora. No havendo prazo para o cumprimento, o doador poder notificar judicialmente o donatrio, assinando-lhe prazo razovel para que cumpra a obrigao assumida. Art. 1.186. A revogao por ingratido no prejudica os direitos adquiridos por terceiro, nem obriga o donatrio a restituir os frutos, que percebeu antes de contestada a lide. Art. 563. A revogao por ingratido no prejudica os direitos adquiridos por terceiros, nem obriga o donatrio a restituir os frutos percebidos antes da citao vlida; mas sujeita-o a pagar os posteriores, e, quando no possa restituir em espcie as coisas doadas, a indeniz-la pelo meio termo do seu valor. Art. 564. No se revogam por ingratido:
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Art. 1.187. No se revogam por ingratido:


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Quadro Comparativo entre o Novo Cdigo Civil e o Cdigo Civil Anterior Lei no 3.071/1916 I as doaes puramente remuneratrias; II as oneradas com encargo; III as que se fizerem em cumprimento de obrigao natural; IV as feitas para determinado casamento. Captulo IV Da Locao Seo I Da Locao de Coisas Disposies Gerais Art. 1.188. Na locao de coisas, uma das partes se obriga a ceder outra, por tempo determinado, ou no, o uso e gozo de coisa no fungvel, mediante certa retribuio. Art. 1.189. O locador obrigado: I a entregar ao locatrio a coisa alugada com suas pertenas, em estado de servir ao uso a que se destina, e a mant-la nesse estado, pelo tempo do contrato, salvo clusula expressa em contrrio; II garantir-lhe, durante o tempo do contrato, o uso pacfico da coisa. Art. 1.190. Se, durante a locao, se deteriorar a coisa alugada, sem culpa do locatrio, a este caber pedir reduo proporcional do aluguer, ou rescindir o contrato, caso j no sirva a coisa para o fim a que se destinava. Art. 1.191. O locador resguardar o locatrio dos embaraos e turbaes de terceiros, que tenham, ou pretendam ter direito sobre a coisa alugada, e responder pelos seus vcios, ou defeitos, anteriores locao.
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Lei no 10.406/2002 I as doaes puramente remuneratrias; II as oneradas com encargo j cumprido; III as que se fizerem em cumprimento de obrigao natural; IV as feitas para determinado casamento. Captulo V Da Locao de Coisas

Art. 565. Na locao de coisas, uma das partes se obriga a ceder outra, por tempo determinado ou no, o uso e gozo de coisa no fungvel, mediante certa retribuio. Art. 566. O locador obrigado: I a entregar ao locatrio a coisa alugada, com suas pertenas, em estado de servir ao uso a que se destina, e a mant-la nesse estado, pelo tempo do contrato, salvo clusula expressa em contrrio; II a garantir-lhe, durante o tempo do contrato, o uso pacfico da coisa. Art. 567. Se, durante a locao, se deteriorar a coisa alugada, sem culpa do locatrio, a este caber pedir reduo proporcional do aluguel, ou resolver o contrato, caso j no sirva a coisa para o fim a que se destinava. Art. 568. O locador resguardar o locatrio dos embaraos e turbaes de terceiros, que tenham ou pretendam ter direitos sobre a coisa alugada, e responder pelos seus vcios, ou defeitos, anteriores locao.
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Quadro Comparativo entre o Novo Cdigo Civil e o Cdigo Civil Anterior Lei no 3.071/1916 Art. 1.192. O locatrio obrigado: I a servir-se da coisa alugada para os usos convencionados, ou presumidos, conforme a natureza dela e as circunstncias, bem como a trat-la com o mesmo cuidado como se sua fosse; II a pagar pontualmente o aluguer nos prazos ajustados, e, em falta de ajuste, segundo o costume do lugar; III a levar ao conhecimento do locador as turbaes de terceiros, que se pretendam fundadas em direito; IV a restituir a coisa, finda a locao, no estado em que a recebeu, salvas as deterioraes naturais ao uso regular. Art. 1.193. Se o locatrio empregar a coisa em uso diverso do ajustado, ou do a que se destina, ou se ela se danificar por abuso do locatrio, poder o locador, alm de rescindir o contrato, exigir perdas e danos. Pargrafo nico. Havendo prazo estipulado durao do contrato, antes do vencimento no poder o locador reaver a coisa alugada, seno ressarcindo ao locatrio as perdas e danos resultantes, nem o locatrio devolv-la ao locador, seno pagando o aluguer pelo tempo que faltar. Lei no 10.406/2002 Art. 569. O locatrio obrigado: I a servir-se da coisa alugada para os usos convencionados ou presumidos, conforme a natureza dela e as circunstncias, bem como trat-la com o mesmo cuidado como se sua fosse; II a pagar pontualmente o aluguel nos prazos ajustados, e, em falta de ajuste, segundo o costume do lugar; III a levar ao conhecimento do locador as turbaes de terceiros, que se pretendam fundadas em direito; IV a restituir a coisa, finda a locao, no estado em que a recebeu, salvas as deterioraes naturais ao uso regular. Art. 570. Se o locatrio empregar a coisa em uso diverso do ajustado, ou do a que se destina, ou se ela se danificar por abuso do locatrio, poder o locador, alm de rescindir o contrato, exigir perdas e danos. Art. 571. Havendo prazo estipulado durao do contrato, antes do vencimento no poder o locador reaver a coisa alugada, seno ressarcindo ao locatrio as perdas e danos resultantes, nem o locatrio devolv-la ao locador, seno pagando, proporcionalmente, a multa prevista no contrato. Pargrafo nico. O locatrio gozar do direito de reteno, enquanto no for ressarcido. Art. 572. Se a obrigao de pagar o aluguel pelo tempo que faltar constituir indenizao excessiva, ser facultado ao juiz fix-la em bases razoveis. Art. 1.194. A locao por tempo determinado cessa de pleno direito findo o prazo
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Art. 573. A locao por tempo determinado cessa de pleno direito findo o prazo
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Quadro Comparativo entre o Novo Cdigo Civil e o Cdigo Civil Anterior Lei no 3.071/1916 estipulado, independentemente de notificao, ou aviso. Art. 1.195. Se, findo o prazo, o locatrio continuar na posse da coisa alugada, sem oposio do locador, presumir-se- prorrogada a locao pelo mesmo aluguer, mas sem prazo determinado. Art. 1. 196. Se, notificado o locatrio no restituir a coisa, pagar, enquanto a tiver em seu poder, o aluguer que o locador arbitrar, e responder pelo dano que ela venha a sofrer, embora proveniente de caso fortuito. Lei no 10.406/2002 estipulado, independentemente de notificao ou aviso. Art. 574. Se, findo o prazo, o locatrio continuar na posse da coisa alugada, sem oposio do locador, presumir-se- prorrogada a locao pelo mesmo aluguel, mas sem prazo determinado. Art. 575. Se, notificado o locatrio, no restituir a coisa, pagar, enquanto a tiver em seu poder, o aluguel que o locador arbitrar, e responder pelo dano que ela venha a sofrer, embora proveniente de caso fortuito. Pargrafo nico. Se o aluguel arbitrado for manifestamente excessivo, poder o juiz reduzi-lo, mas tendo sempre em conta o seu carter de penalidade. Art. 1.197. Se, durante a locao, for alienada a coisa, no ficar o adquirente obrigado a respeitar o contrato, se nele no for consignada a clusula de sua vigncia no caso de alienao, e constar de registro pblico. Art. 576. Se a coisa for alienada durante a locao, o adquirente no ficar obrigado a respeitar o contrato, se nele no for consignada a clusula da sua vigncia no caso de alienao, e no constar de registro. 1o O registro a que se refere este artigo ser o de Ttulos e Documentos do domiclio do locador, quando a coisa for mvel; e ser o Registro de Imveis da respectiva circunscrio, quando imvel. Pargrafo nico. Nas locaes de imveis, no poder, porm, despedir o locatrio, seno observados os prazos do artigo 1.209. Art. 1.198. Morrendo o locador, ou o locatrio, transfere-se aos seus herdeiros a locao por tempo determinado.
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2o Em se tratando de imvel, e ainda no caso em que o locador no esteja obrigado a respeitar o contrato, no poder ele despedir o locatrio, seno observado o prazo de noventa dias aps a notificao. Art. 577. Morrendo o locador ou o locatrio, transfere-se aos seus herdeiros a locao por tempo determinado.
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Quadro Comparativo entre o Novo Cdigo Civil e o Cdigo Civil Anterior Lei no 3.071/1916 Art. 1.199. No lcito ao locatrio reter a coisa alugada, exceto no caso de benfeitorias necessrias, ou no de benfeitorias teis, se estas houverem sido feitas com expresso consentimento do locador. Da Locao de Prdios Art. 1.200. A locao de prdios pode ser estipulada por qualquer prazo. Art. 1.201. No havendo estipulao expressa em contrrio, o locatrio, nas locaes a prazo fixo, poder sublocar o prdio, no todo, ou em parte, antes ou depois de hav-lo recebido, e bem assim emprest-lo, continuando responsvel ao locador pela conservao do imvel e soluo do aluguer. Pargrafo nico. Pode tambm ceder a locao, consentindo o locador. Art. 1202. O sublocatrio responde subsidiariamente, ao senhorio pela importncia que dever ao sublocador, quando este for demandado, e ainda pelos alugueres que se vencerem durante a lide. 1o Neste caso, notificada a ao ao sublocatrio, se no declarar logo que adiantou alugueres ao sublocador, presumirse-o fraudulentos todos os recibos de pagamentos adiantados, salvo se constarem de escrito com data autenticada e certa. 2o Salvo o caso deste artigo, nas disposies anteriores, a sublocao no estabelece direitos nem obrigaes entre o sublocatrio e o senhorio. Art. 1.203. Rescindida, ou finda, a locao, resolvem-se as sublocaes, salvo o
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Lei no 10.406/2002 Art. 578. Salvo disposio em contrrio, o locatrio goza do direito de reteno, no caso de benfeitorias necessrias, ou no de benfeitorias teis, se estas houverem sido feitas com expresso consentimento do locador.

Quadro Comparativo entre o Novo Cdigo Civil e o Cdigo Civil Anterior Lei no 3.071/1916 direito de indenizao que possa competir ao sublocatrio contra o sublocador. Art. 1.204. Durante a locao, o senhorio no pode mudar a forma nem o destino do prdio alugado. Art. 1.205. Se o prdio necessitar de reparaes urgentes, o locatrio ser obrigado a consenti-las. 1o Se os reparos durarem mais de quinze dias, poder pedir abatimento proporcional no aluguer. 2o Se durarem mais de um ms, e tolherem o uso regular do prdio, poder rescindir o contrato. Art. 1.206. Incumbiro ao locador, salvo clusula expressa em contrrio, todas as reparaes de que o prdio necessitar. Pargrafo nico. O locatrio obrigado a fazer por sua prpria conta no prdio as reparaes de estragos, que no provenham naturalmente do tempo, ou do uso. Art. 1.207. O locatrio tem direito a exigir do senhorio, quando este lhe entrega o prdio, relao escrita do seu estado. Art.1.208. Responder o locatrio pelo incndio do prdio, se no provar caso fortuito ou fora maior, vcio de construo ou propagao de fogo originado em outro prdio. Pargrafo nico. Se o prdio tiver mais de um inquilino, todos respondero pelo incndio, inclusive o locador, se nele habitar, cada um em proporo da parte que ocupe, exceto provando-se ter comeado o incndio na utilizada por um s morador, que ser ento o nico responsvel.
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Quadro Comparativo entre o Novo Cdigo Civil e o Cdigo Civil Anterior Lei no 3.071/1916 Art. 1.209. O locatrio do prdio, notificado para entreg-lo, por no convir ao locador continuar a locao de tempo indeterminado, tem o prazo de um ms, para o desocupar, se for urbano, e, se rstico, o de seis meses. Disposio Especial aos Prdios Urbanos Art. 1.210. No havendo estipulao em contrrio, o tempo da locao de prdio urbano regular-se- pelos usos locais. Disposio Especial aos Prdios Rsticos Art. 1.211. O locatrio de prdio rstico utiliz-lo- no mister a que se destina, de modo que o no danifique, sob pena de resciso, sob pena de resciso do contrato e satisfao de perdas e danos. Art. 1.212. A locao de prazo indefinido presume-se contratada pelo tempo indispensvel ao locatrio para uma colheita. Art. 1.213. Na locao por tempo indeterminado, no querendo o locatrio continu-la, avisar o senhorio seis meses antes de a deixar. Captulo V Do Emprstimo Seo I Do Comodato Art. 1.248. O comodato o emprstimo gratuito de coisas no fungveis. Perfazse com a tradio do objeto. Art. 1.249. Os tutores, curadores, e em geral todos os administradores de bens alheios no podero dar em comodato sem
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Lei no 10.406/2002

Captulo VI Do Emprstimo Seo I Do Comodato Art. 579. O comodato o emprstimo gratuito de coisas no fungveis. Perfaz-se com a tradio do objeto. Art. 580. Os tutores, curadores e em geral todos os administradores de bens alheios no podero dar em comodato, sem
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Quadro Comparativo entre o Novo Cdigo Civil e o Cdigo Civil Anterior Lei no 3.071/1916 autorizao especial, os bens confiados sua guarda. Art. 1.250. Se o comodato no tiver prazo convencional, presumir-se-lhe- o necessrio para o uso concedido; no podendo o comodante, salvo necessidade imprevista e urgente, reconhecida pelo juiz, suspender o uso e gozo da coisa emprestada, antes de findo o prazo convencional, ou o que se determine pelo uso outorgado. Art. 1.251. O comodatrio obrigado a conservar, como se sua prpria fora, a coisa emprestada, no podendo us-la seno de acordo com o contrato, ou a natureza dela, sob pena de responder por perdas e danos. Art. 1.252. O comodatrio constitudo em mora , alm de por ela responder, pagar o aluguer da coisa durante o tempo do atraso em restitu-la. Art. 582. O comodatrio obrigado a conservar, como se sua prpria fora, a coisa emprestada, no podendo us-la seno de acordo com o contrato ou a natureza dela, sob pena de responder por perdas e danos. O comodatrio constitudo em mora, alm de por ela responder, pagar, at restitu-la, o aluguel da coisa que for arbitrado pelo comodante. Art. 583. Se, correndo risco o objeto do comodato juntamente com outros do comodatrio, antepuser este a salvao dos seus abandonando o do comodante, responder pelo dano ocorrido, ainda que se possa atribuir a caso fortuito, ou fora maior. Art. 584. O comodatrio no poder jamais recobrar do comodante as despesas feitas com o uso e gozo da coisa emprestada. Art. 585. Se duas ou mais pessoas forem simultaneamente comodatrias de uma
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Lei no 10.406/2002 autorizao especial, os bens confiados sua guarda. Art. 581. Se o comodato no tiver prazo convencional, presumir-se-lhe- o necessrio para o uso concedido; no podendo o comodante, salvo necessidade imprevista e urgente, reconhecida pelo juiz, suspender o uso e gozo da coisa emprestada, antes de findo o prazo convencional, ou o que se determine pelo uso outorgado.

Art. 1.253. Se, correndo risco o objeto do comodato juntamente com outros do comodatrio, antepuser este a salvao dos seus, abandonando o do comodante, responder pelo dano ocorrido, ainda que se possa atribuir a caso fortuito, ou fora maior. Art. 1.254. O comodatrio no poder jamais recobrar do comodante as despesas feitas com o uso e gozo da coisa emprestada. Art. 1.255. Se duas ou mais pessoas forem simultaneamente comodatrias de
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Quadro Comparativo entre o Novo Cdigo Civil e o Cdigo Civil Anterior Lei no 3.071/1916 uma coisa, ficaro solidariamente responsveis para com o comodante. Seo II Do Mtuo Art. 1.256. O mtuo o emprstimo de coisas fungveis. O muturio obrigado a restituir ao mutuante o que dele recebeu em coisas do mesmo gnero, qualidade e quantidade. Art. 1.257. Este emprstimo transfere o domnio da coisa emprestada ao muturio, por cuja conta correm todos os riscos dela desde a tradio. Art. 1.258. No mtuo em moedas de ouro e prata pode convencionar-se que o pagamento se efetue nas mesmas espcies e quantidades, qualquer que seja ulteriormente a oscilao dos seus valores. Art. 1.259. O mtuo feito a pessoa menor sem prvia autorizao daquele sob cuja guarda estiver, no pode ser reavido nem do muturio, nem de seus fiadores, ou abonadores. Art. 1.260. Cessa a disposio do artigo antecedente: I se a pessoa de cuja autorizao necessitava o muturio, para contrair o emprstimo, o ratificar posteriormente; II se o menor, estando ausente essa pessoa, se viu obrigado a contrair o emprstimo para os seus alimentos habituais; III se o menor tiver bens da classe indicada no artigo 391, II. Mas, em tal caso, a execuo do credor no lhes poder ultrapassar as foras. Art. 588. O mtuo feito a pessoa menor, sem prvia autorizao daquele sob cuja guarda estiver, no pode ser reavido nem do muturio, nem de seus fiadores. Art. 589. Cessa a disposio do artigo antecedente: I se a pessoa, de cuja autorizao necessitava o muturio para contrair o emprstimo, o ratificar posteriormente; II se o menor, estando ausente essa pessoa, se viu obrigado a contrair o emprstimo para os seus alimentos habituais; III se o menor tiver bens ganhos com o seu trabalho. Mas, em tal caso, a execuo do credor no lhes poder ultrapassar as foras; IV se o emprstimo reverteu em benefcio do menor;
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Lei no 10.406/2002 coisa, ficaro solidariamente responsveis para com o comodante. Seo II Do Mtuo Art. 586. O mtuo o emprstimo de coisas fungveis. O muturio obrigado a restituir ao mutuante o que dele recebeu em coisa do mesmo gnero, qualidade e quantidade. Art. 587. Este emprstimo transfere o domnio da coisa emprestada ao muturio, por cuja conta correm todos os riscos dela desde a tradio.

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Quadro Comparativo entre o Novo Cdigo Civil e o Cdigo Civil Anterior Lei no 3.071/1916 Lei no 10.406/2002 V se o menor obteve o emprstimo maliciosamente. Art. 1.261. O mutuante pode exigir garantia da restituio, se antes do vencimento o muturio sofrer notria mudana na fortuna. Art. 1.262. permitido, mas s por clusula expressa, fixar juros ao emprstimo de dinheiro ou de outras coisas fungveis. Esses juros podem fixar-se abaixo da taxa legal, com ou sem capitalizao. Art. 591. Destinando-se o mtuo a fins econmicos, presumem-se devidos juros, os quais, sob pena de reduo, no podero exceder a taxa a que se refere o art. 406, permitida a capitalizao anual. Art. 1.263. O muturio, que pagar juros no estipulados, no os poder reaver nem imputar no capital. Art. 1.264. No se tendo convencionado expressamente, o prazo do mtuo ser: I at a prxima colheita, se o mtuo for de produtos agrcolas, assim para o consumo, como para a semeadura; II de trinta dias, pelo menos, at prova em contrrio, se for de dinheiro; III do espao de tempo que declarar o mutuante, se for de qualquer outra coisa fungvel. Captulo IV Da Locao Seo II Da Locao de Servios Art. 593. A prestao de servio, que no estiver sujeita s leis trabalhistas ou a lei
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Art. 590. O mutuante pode exigir garantia da restituio, se antes do vencimento o muturio sofrer notria mudana em sua situao econmica.

Art. 592. No se tendo convencionado expressamente, o prazo do mtuo ser: I at a prxima colheita, se o mtuo for de produtos agrcolas, assim para o consumo, como para semeadura; II de trinta dias, pelo menos, se for de dinheiro; III do espao de tempo que declarar o mutuante, se for de qualquer outra coisa fungvel. Captulo VII Da Prestao de Servio

Quadro Comparativo entre o Novo Cdigo Civil e o Cdigo Civil Anterior Lei no 3.071/1916 Lei no 10.406/2002 especial, reger-se- pelas disposies deste Captulo. Art. 1.216. Toda a espcie de servio ou trabalho lcito, material ou imaterial, pode ser contratada mediante retribuio. Art. 1.217. No contrato de locao de servios, quando qualquer das partes no souber ler, nem escrever, o instrumento poder ser escrito e assinado a rogo, subscrevendo-o neste caso, quatro testemunhas. Art. 1.218. No se tendo estipulado, nem chegando a acordo as partes, fixar-se- por arbitramento a retribuio, segundo o costume do lugar, o tempo de servio e sua qualidade. Art. 1.219. A retribuio pagar-se- depois de prestado o servio, se, por conveno, ou costume, no houver de ser adiantada, ou paga em prestaes. Art. 1.220. A locao de servios no se poder convencionar por mais de quatro anos, embora o contrato tenha por causa o pagamento de dvida do locador, ou se destine a execuo de certa e determinada obra. Neste caso, decorridos quatro anos, dar-se- por findo o contrato, ainda que no concluda a obra. Art. 1.221. No havendo prazo estipulado, nem se podendo inferir da natureza do contrato, ou do costume do lugar, qualquer das partes, a seu arbtrio, mediante prvio aviso, pode rescindir o contrato. Pargrafo nico. Dar-se- o aviso:
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Art. 594. Toda a espcie de servio ou trabalho lcito, material ou imaterial, pode ser contratada mediante retribuio. Art. 595. No contrato de prestao de servio, quando qualquer das partes no souber ler, nem escrever, o instrumento poder ser assinado a rogo e subscrito por duas testemunhas. Art. 596. No se tendo estipulado, nem chegado a acordo as partes, fixar-se- por arbitramento a retribuio, segundo o costume do lugar, o tempo de servio e sua qualidade. Art. 597. A retribuio pagar-se- depois de prestado o servio, se, por conveno, ou costume, no houver de ser adiantada, ou paga em prestaes. Art. 598. A prestao de servio no se poder convencionar por mais de quatro anos, embora o contrato tenha por causa o pagamento de dvida de quem o presta, ou se destine execuo de certa e determinada obra. Neste caso, decorridos quatro anos, dar-se- por findo o contrato, ainda que no concluda a obra. Art. 599. No havendo prazo estipulado, nem se podendo inferir da natureza do contrato, ou do costume do lugar, qualquer das partes, a seu arbtrio, mediante prvio aviso, pode resolver o contrato. Pargrafo nico. Dar-se- o aviso:
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Quadro Comparativo entre o Novo Cdigo Civil e o Cdigo Civil Anterior Lei no 3.071/1916 I com antecedncia de oito dias, se o salrio se hover fixado por tempo de um ms ou mais; II com antecipao de quatro dias, se o salrio estiver ajustado por semana, ou quinzena; III de vspera, quando se tenha contratado por menos de sete dias. Art. 1.222. No contrato de locao de servios agrcolas, no havendo prazo estipulado, presume-se o de um ano agrrio, que termina com a colheita ou safra da principal cultura pelo locatrio explorada. Art. 1.223. No se conta no prazo do contrato o tempo em que o locador, por culpa sua, deixou de servir. Art. 1.224. No sendo o locador contratado para certo e determinado trabalho, entender-se- que se obrigou a todo e qualquer servio compatvel com as suas foras e condies. Art. 1.225. O locador contratado por tempo certo, ou por obra determinada, no se pode ausentar, ou despedir, sem justa causa, antes de preenchido o tempo, ou concluda a obra. Pargrafo nico. Se se despedir sem justa causa, ter direito retribuio vencida, mas responder por perdas e danos. Art. 1.226. So justas causas para dar o locador por findo o contrato: I ter de exercer funes pblicas, ou desempenhar obrigaes legais, incompatveis estas ou aquelas com a continuao do servio;
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Lei no 10.406/2002 I com antecedncia de oito dias, se o salrio se houver fixado por tempo de um ms, ou mais; II com antecipao de quatro dias, se o salrio se tiver ajustado por semana, ou quinzena; III de vspera, quando se tenha contratado por menos de sete dias.

Art. 600. No se conta no prazo do contrato o tempo em que o prestador de servio, por culpa sua, deixou de servir. Art. 601. No sendo o prestador de servio contratado para certo e determinado trabalho, entender-se- que se obrigou a todo e qualquer servio compatvel com as suas foras e condies. Art. 602. O prestador de servio contratado por tempo certo, ou por obra determinada, no se pode ausentar, ou despedir, sem justa causa, antes de preenchido o tempo, ou concluda a obra. Pargrafo nico. Se se despedir sem justa causa, ter direito retribuio vencida, mas responder por perdas e danos. O mesmo dar-se-, se despedido por justa causa.

Quadro Comparativo entre o Novo Cdigo Civil e o Cdigo Civil Anterior Lei no 3.071/1916 II achar-se inabilitado, por fora maior, para cumprir o contrato; III exigir dele o locatrio servios superiores s suas foras, defesos por lei, contrrios aos bons costumes, ou alheios ao contrato; IV trat-lo o locatrio com rigor excessivo, ou no lhe dar alimentao conveniente; V correr perigo manifesto de dano ou mal considervel; VI no cumprir o locatrio as obrigaes do contrato; VII ofend-lo o locatrio ou tentar ofend-lo na honra de pessoa de sua famlia; VIII morrer o locatrio. Art. 1.227. O locador poder dar por findo o contrato em qualquer dos casos do artigo antecedente, embora o contrrio tenha convencionado. 1o Despedindo-se por qualquer dos motivos especificados no artigo antecednete, nos I, II, V e VIII, ter direito o locador remunerao vencida, sem responsabilidade alguma para com o locatrio. 2o Despedindo-se por algum dos motivos designados neste artigo, nos III, IV, VI e VII, ou por falta do locatrio no caso do no V, assistir-lhe- direito retribuio vencida e ao mais do artigo subseqente. Art 1.228. O locatrio que, sem justa causa, despedir o locador, ser obrigado a pagar-lhe por inteiro a retribuio vencida, e por metade a que lhe tocaria de ento ao termo legal do contrato. Art. 1.229. So justas causas para dar o locatrio por findo o contrato:
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Art. 603. Se o prestador de servio for despedido sem justa causa, a outra parte ser obrigada a pagar-lhe por inteiro a retribuio vencida, e por metade a que lhe tocaria de ento ao termo legal do contrato.

Quadro Comparativo entre o Novo Cdigo Civil e o Cdigo Civil Anterior Lei no 3.071/1916 I fora maior que o impossibilite de cumprir suas obrigaes; II ofend-lo o locador na honra de pessoa de sua famlia; III enfermidade ou qualquer outra causa que torne o locador incapaz dos servios contratados; IV vcios ou mau procedimento do locador; V falta do locador observnvia do contrato; VI impercia do locador no servio contratado. Art. 1.230. Na locao agrcola, o locatrio obrigado a dar ao locador atestado de que o contrato est findo; e, no caso de recusa, o juiz a quem competir, dever expedi-lo, multando o recusante em cem a duzentos mil-ris, a favor do locador. Esta mesma obrigao subsiste, se o locatrio, sem justa causa, dispensar os servios do locador, ou se este, por motivo justificado, der por findo o contrato. Todavia se, em qualquer destas hipteses, o locador estiver em dbito, esta circunstncia constar do atestado, ficando o novo locatrio responsvel pelo devido pagamento. Art. 604. Findo o contrato, o prestador de servio tem direito a exigir da outra parte a declarao de que o contrato est findo. Igual direito lhe cabe, se for despedido sem justa causa, ou se tiver havido motivo justo para deixar o servio. Art. 1.231. O locatrio poder despedir o locador por qualquer das causas especificadas no artigo 1.229, ainda que o contrrio tenha convencionado. 1o Se o locador for despedido por alguma das causas ali particularizadas sob os
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Quadro Comparativo entre o Novo Cdigo Civil e o Cdigo Civil Anterior Lei no 3.071/1916 nos I, III, e V, ter direito retribuio vencida, sem responsabilidade alguma para com o locatrio. Art. 1.232. Nem o locatrio, ainda que outra coisa no tenha contratado, poder transferir a outrem o direito aos servios ajustados, nem o locador, sem aprazimento do locatrio, dar substituto, que os preste. Art. 605. Nem aquele a quem os servios so prestados, poder transferir a outrem o direito aos servios ajustados, nem o prestador de servios, sem aprazimento da outra parte, dar substituto que os preste. Art. 606. Se o servio for prestado por quem no possua ttulo de habilitao, ou no satisfaa requisitos outros estabelecidos em lei, no poder quem os prestou cobrar a retribuio normalmente correspondente ao trabalho executado. Mas se deste resultar benefcio para a outra parte, o juiz atribuir a quem o prestou uma compensao razovel, desde que tenha agido com boa-f. Pargrafo nico. No se aplica a segunda parte deste artigo, quando a proibio da prestao de servio resultar de lei de ordem pblica. Art. 1.233. O contrato de locao de servios acaba com a morte do locador. Art. 607. O contrato de prestao de servio acaba com a morte de qualquer das partes. Termina, ainda, pelo escoamento do prazo, pela concluso da obra, pela resciso do contrato mediante aviso prvio, por inadimplemento de qualquer das partes ou pela impossibilidade da continuao do contrato, motivada por fora maior. Lei no 10.406/2002

Art. 1.234. Embora outra coisa haja estipulado, no poder o locatrio cobrar ao locador juros sobre as soldadas, que lhe adiantar, nem, pelo tempo do contrato, sobre dvida alguma, que o locador esteja pagando com servios.
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Quadro Comparativo entre o Novo Cdigo Civil e o Cdigo Civil Anterior Lei no 3.071/1916 Art. 1.235. Aquele que aliciar pessoas obrigadas a outrem por locao de servios agrcolas, haja ou no instrumento deste contrato, pagar em dobro ao locatrio prejudicado a importncia, que ao locador, pelo ajuste desfeito, houvesse de caber durante quatro anos. Art. 1.236. A alienao do prdio agrcola onde a locao dos servios se opera, no importa a resciso do contrato; salvo ao locador opo entre continu-lo com o adquirente da propriedade, ou com o locatrio anterior Lei no 10.406/2002 Art. 608. Aquele que aliciar pessoas obrigadas em contrato escrito a prestar servio a outrem pagar a este a importncia que ao prestador de servio, pelo ajuste desfeito, houvesse de caber durante dois anos. Art. 609. A alienao do prdio agrcola, onde a prestao dos servios se opera, no importa a resciso do contrato, salvo ao prestador opo entre continu-lo com o adquirente da propriedade ou com o primitivo contratante. Captulo VIII Da Empreitada Seo III Da Empreitada Art. 1.237. O empreiteiro de uma obra pode contribuir para ela ou s com seu trabalho, ou com ele e os materiais. Art. 610. O empreiteiro de uma obra pode contribuir para ela s com seu trabalho ou com ele e os materiais. 1o A obrigao de fornecer os materiais no se presume; resulta da lei ou da vontade das partes. 2o O contrato para elaborao de um projeto no implica a obrigao de execut-lo, ou de fiscalizar-lhe a execuo. Art. 1.238. Quando o empreiteiro fornece os materiais, correm por sua conta os riscos at o momento da entrega da obra, a contento de quem a encomendou, se este no estiver em mora de receber. Estando, correro os riscos por igual contra as duas partes. Art. 1.239. Se o empreiteiro s forneceu a mo-de-obra, todos os riscos, em que no tiver culpa, correro por conta do dono.
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Art. 611. Quando o empreiteiro fornece os materiais, correm por sua conta os riscos at o momento da entrega da obra, a contento de quem a encomendou, se este no estiver em mora de receber. Mas se estiver, por sua conta correro os riscos. Art. 612. Se o empreiteiro s forneceu mo-de-obra, todos os riscos em que no tiver culpa correro por conta do dono.
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Quadro Comparativo entre o Novo Cdigo Civil e o Cdigo Civil Anterior Lei no 3.071/1916 Art. 1.240. Sendo a empreitada unicamente de lavor, se a coisa perecer antes de entregue, sem mora do dono, nem culpa do empreiteiro, este perder tambm o salrio, a no provar que a perda resultou de defeito dos materiais, e que em tempo reclamara contra a sua quantidade ou qualidade. Art. 1.241. Se a obra constar de partes distintas, ou for das que se determinam por medida, o empreiteiro ter direito a que tambm se verifique por medida, ou segundo as partes em que se dividir. Lei no 10.406/2002 Art. 613. Sendo a empreitada unicamente de lavor (art. 610), se a coisa perecer antes de entregue, sem mora do dono nem culpa do empreiteiro, este perder a retribuio, se no provar que a perda resultou de defeito dos materiais e que em tempo reclamara contra a sua quantidade ou qualidade. Art. 614. Se a obra constar de partes distintas, ou for de natureza das que se determinam por medida, o empreiteiro ter direito a que tambm se verifique por medida, ou segundo as partes em que se dividir, podendo exigir o pagamento na proporo da obra executada. 1o Tudo o que se pagou presume-se verificado. 2o O que se mediu presume-se verificado se, em trinta dias, a contar da medio, no forem denunciados os vcios ou defeitos pelo dono da obra ou por quem estiver incumbido da sua fiscalizao. Art. 1.242. Concluda a obra de acordo com o ajuste, ou o costume do lugar, o dono obrigado a receb-la. Poder, porm, enjeit-la, se o empreiteiro se afastou das instrues recebidas e dos planos dados, ou das regras tcnicas em trabalhos de tal natureza. Art. 1.243. No caso do artigo antecedente, segunda parte, pode o que encomendou a obra, em vez de enjeit-la, receb-la com abatimento no preo. Art. 1.244. O empreiteiro obrigado a pagar os materiais que recebeu, se por impercia os inutilizar.
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Pargrafo nico. Tudo o que se pagou, presume-se verificado.

Art. 615. Concluda a obra de acordo com o ajuste, ou o costume do lugar, o dono obrigado a receb-la. Poder, porm, rejeit-la, se o empreiteiro se afastou das instrues recebidas e dos planos dados, ou das regras tcnicas em trabalhos de tal natureza. Art. 616. No caso da segunda parte do artigo antecedente, pode quem encomendou a obra, em vez de enjeit-la, receb-la com abatimento no preo. Art. 617. O empreiteiro obrigado a pagar os materiais que recebeu, se por impercia ou negligncia os inutilizar.
Cdigo Civil Comparado

Quadro Comparativo entre o Novo Cdigo Civil e o Cdigo Civil Anterior Lei no 3.071/1916 Art. 1.245. Nos contratos de empreitada de edifcios ou outras construes considerveis, o empreiteiro de materiais e execuo responder, durante cinco anos, pela solidez e segurana do trabalho, assim em razo dos materiais, como do solo, exceto, quanto a este, se, no o achando firme, preveniu em tempo o dono da obra. Lei no 10.406/2002 Art. 618. Nos contratos de empreitada de edifcios ou outras construes considerveis, o empreiteiro de materiais e execuo responder, durante o prazo irredutvel de cinco anos, pela solidez e segurana do trabalho, assim em razo dos materiais, como do solo. Pargrafo nico. Decair do direito assegurado neste artigo o dono da obra que no propuser a ao contra o empreiteiro, nos cento e oitenta dias seguintes ao aparecimento do vcio ou defeito. Art. 619. Salvo estipulao em contrrio, o empreiteiro que se incumbir de executar uma obra, segundo plano aceito por quem a encomendou, no ter direito a exigir acrscimo no preo, ainda que sejam introduzidas modificaes no projeto, a no ser que estas resultem de instrues escritas do dono da obra. Pargrafo nico. Ainda que no tenha havido autorizao escrita, o dono da obra obrigado a pagar ao empreiteiro os aumentos e acrscimos, segundo o que for arbitrado, se, sempre presente obra, por continuadas visitas, no podia ignorar o que se estava passando, e nunca protestou. Art. 620. Se ocorrer diminuio no preo do material ou da mo-de-obra superior a um dcimo do preo global convencionado, poder este ser revisto, a pedido do dono da obra, para que se lhe assegure a diferena apurada. Art. 621. Sem anuncia de seu autor, no pode o proprietrio da obra introduzir modificaes no projeto por ele aprovaCdigo Civil Comparado 153

Quadro Comparativo entre o Novo Cdigo Civil e o Cdigo Civil Anterior Lei no 3.071/1916 Lei no 10.406/2002 do, ainda que a execuo seja confiada a terceiros, a no ser que, por motivos supervenientes ou razes de ordem tcnica, fique comprovada a inconvenincia ou a excessiva onerosidade de execuo do projeto em sua forma originria. Pargrafo nico. A proibio deste artigo no abrange alteraes de pouca monta, ressalvada sempre a unidade esttica da obra projetada. Art. 622. Se a execuo da obra for confiada a terceiros, a responsabilidade do autor do projeto respectivo, desde que no assuma a direo ou fiscalizao daquela, ficar limitada aos danos resultantes de defeitos previstos no art. 618 e seu pargrafo nico. Art. 1.246. O arquiteto, ou construtor, que, por empreitada, se incumbir de executar uma obra segundo plano aceito por quem a encomenda, no ter direito a exigir acrscimo no preo, ainda que o dos salrios, ou o do material, encarea, nem ainda que se altere ou aumente, em relao planta, a obra ajustada, salvo se se aumentou, ou alterou, por instrues escritas do outro contratante e exibidas pelo empreiteiro. Art. 1.247. O dono da obra que, fora dos casos estabelecidos nos nos III, IV eV do artigo 1.229, rescindir o contrato, apesar de comeada sua execuo, indenizar o empreiteiro das despesas e do trabalho feito, assim como dos lucros que este poderia ter, se conclusse a obra. Art. 623. Mesmo aps iniciada a construo, pode o dono da obra suspend-la, desde que pague ao empreiteiro as despesas e lucros relativos aos servios j feitos, mais indenizao razovel, calculada em funo do que ele teria ganho, se concluda a obra. Art. 624. Suspensa a execuo da empreitada sem justa causa, responde o empreiteiro por perdas e danos.
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Quadro Comparativo entre o Novo Cdigo Civil e o Cdigo Civil Anterior Lei no 3.071/1916 Lei no 10.406/2002 Art. 625. Poder o empreiteiro suspender a obra: I por culpa do dono, ou por motivo de fora maior; II quando, no decorrer dos servios, se manifestarem dificuldades imprevisveis de execuo, resultantes de causas geolgicas ou hdricas, ou outras semelhantes, de modo que torne a empreitada excessivamente onerosa, e o dono da obra se opuser ao reajuste do preo inerente ao projeto por ele elaborado, observados os preos; III se as modificaes exigidas pelo dono da obra, por seu vulto e natureza, forem desproporcionais ao projeto aprovado, ainda que o dono se disponha a arcar com o acrscimo de preo. Art. 626. No se extingue o contrato de empreitada pela morte de qualquer das partes, salvo se ajustado em considerao s qualidades pessoais do empreiteiro. Captulo VI Do Depsito Seo I Do Depsito Voluntrio Art. 1.265. Pelo contrato de depsito recebe o depositrio um objeto mvel, para guardar, at que o depositante o reclame. Pargrafo nico. Este contrato gratuito, mas as partes podem estipular que o depositrio seja gratificado. Captulo IX Do Depsito Seo I Do Depsito Voluntrio Art. 627. Pelo contrato de depsito recebe o depositrio um objeto mvel, para guardar, at que o depositante o reclame. Art. 628. O contrato de depsito gratuito, exceto se houver conveno em contrrio, se resultante de atividade negocial ou se o depositrio o praticar por profisso. Pargrafo nico. Se o depsito for oneroso e a retribuio do depositrio no constar de lei, nem resultar de ajuste, ser determinada pelos usos do lugar, e, na falta destes, por arbitramento.
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Quadro Comparativo entre o Novo Cdigo Civil e o Cdigo Civil Anterior Lei no 3.071/1916 Art. 1.266. O depositrio obrigado a ter na guarda e conservao da coisa depositada o cuidado e diligncia que costuma com o que lhe pertence, bem como a restitula, com todos os frutos e acrescidos, quando lho exija o depositante. Art. 1.267. Se o depsito se entregou fechado, colado, selado, ou lacrado, nesse mesmo estado se manter; e, se for devassado, incorrer o depositrio na presuno de culpa. Lei no 10.406/2002 Art. 629. O depositrio obrigado a ter na guarda e conservao da coisa depositada o cuidado e diligncia que costuma com o que lhe pertence, bem como a restitula, com todos os frutos e acrescidos, quando o exija o depositante. Art. 630. Se o depsito se entregou fechado, colado, selado, ou lacrado, nesse mesmo estado se manter.

Art. 631. Salvo disposio em contrrio, a restituio da coisa deve dar-se no lugar em que tiver de ser guardada. As despesas de restituio correm por conta do depositante. Art. 632. Se a coisa houver sido depositada no interesse de terceiro, e o depositrio tiver sido cientificado deste fato pelo depositante, no poder ele exonerar-se restituindo a coisa a este, sem consentimento daquele. Art. 1.268. Ainda que o contrato fixe prazo restituio, o depositrio entregar o depsito, logo que se lhe exija, salvo se o objeto for judicialmente embargado, se sobre ele pender execuo, notificada ao depositrio, ou se ele tiver motivo razovel de suspeitar que a coisa foi furtada, ou roubada. Art. 1.269. No caso do artigo antecedente, ltima parte, o depositrio, expondo o fundamento da suspeita, requerer que se recolha o objeto ao depsito pblico. Art. 1.270. Ao depositrio ser facultado, outrossim, requerer depsito judicial da
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Art. 633. Ainda que o contrato fixe prazo restituio, o depositrio entregar o depsito logo que se lhe exija, salvo se tiver o direito de reteno a que se refere o art. 644, se o objeto for judicialmente embargado, se sobre ele pender execuo, notificada ao depositrio, ou se houver motivo razovel de suspeitar que a coisa foi dolosamente obtida. Art. 634. No caso do artigo antecedente, ltima parte, o depositrio, expondo o fundamento da suspeita, requerer que se recolha o objeto ao Depsito Pblico. Art. 635. Ao depositrio ser facultado, outrossim, requerer depsito judicial da
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Quadro Comparativo entre o Novo Cdigo Civil e o Cdigo Civil Anterior Lei no 3.071/1916 coisa, quando, por qualquer motivo plausvel, a no possa guardar, e o depositante no lha queira receber. Art. 1.271. O depositrio que por fora maior houver perdido a coisa depositada e recebido outra em seu lugar obrigado a entregar a segunda ao depositante, e ceder-lhe as aes que no caso tiver contra o terceiro responsvel pela restituio da primeira. Art. 1.272. O herdeiro do depositrio que de boa-f vendeu a coisa depositada, obrigado a assistir o depositante na reivindicao, e a restituir ao comprador o preo recebido. Art. 1.273. Salvo os casos previstos nos artigos 1.268 e 1.269, no poder o depositrio furtar-se restituio do depsito alegando no pertencer a coisa ao depositante, ou opondo compensao exceto se noutro depsito se fundar. Art. 1.274. Sendo dois ou mais os depositantes, e divisvel a coisa, a cada um s entregar o depositrio a respectiva parte salvo se houver entre eles solidariedade. Art. 1.275. Sob pena de responder por perdas e danos, no poder o depositrio sem licensa expressa do depositante, servir-se da coisa depositada. Lei no 10.406/2002 coisa, quando, por motivo plausvel, no a possa guardar, e o depositante no queira receb-la. Art. 636. O depositrio, que por fora maior houver perdido a coisa depositada e recebido outra em seu lugar, obrigado a entregar a segunda ao depositante, e ceder-lhe as aes que no caso tiver contra o terceiro responsvel pela restituio da primeira. Art. 637. O herdeiro do depositrio, que de boa-f vendeu a coisa depositada, obrigado a assistir o depositante na reivindicao, e a restituir ao comprador o preo recebido. Art. 638. Salvo os casos previstos nos arts. 633 e 634, no poder o depositrio furtar-se restituio do depsito, alegando no pertencer a coisa ao depositante, ou opondo compensao, exceto se noutro depsito se fundar. Art. 639. Sendo dois ou mais depositantes, e divisvel a coisa, a cada um s entregar o depositrio a respectiva parte, salvo se houver entre eles solidariedade. Art. 640. Sob pena de responder por perdas e danos, no poder o depositrio, sem licena expressa do depositante, servir-se da coisa depositada, nem a dar em depsito a outrem. Pargrafo nico. Se o depositrio, devidamente autorizado, confiar a coisa em depsito a terceiro, ser responsvel se agiu com culpa na escolha deste. Art. 1.276. Se o depositrio se tornar incapaz, a pessoa que lhe assumir a adminisCdigo Civil Comparado

Art. 641. Se o depositrio se tornar incapaz, a pessoa que lhe assumir a adminis157

Quadro Comparativo entre o Novo Cdigo Civil e o Cdigo Civil Anterior Lei no 3.071/1916 trao dos bens, diligenciar imediatamente restituir a coisa depositada e, no querendo ou no podendo o depositante receb-la, recolh-la- ao depsito pblico, ou promover a nomeao de outro depositrio. Art. 1.277. O depositrio no responde pelos casos fortuitos, nem de fora maior, mas para que lhe valha a escusa, ter de prov-los. Art. 1.278. O depositante obrigado a pagar ao depositrio as despesas feitas com a coisa, e os prejuzos que do depsito provierem. Art. 1.279. O depositrio poder reter o depsito at que se lhe pague o lquido valor das despesas, ou dos prejuzos, a que se refere o artigo anterior, provando imediatamente esses prejuzos ou essas despesas. Pargrafo nico. Se essas despesas ou prejuzos no forem provados suficientemente, ou forem ilquidos, o depositrio poder exigir cauo idnea do depositante ou, na falta desta, a remoo da coisa para o depsito pblico, at que se liquidem. Art. 1.280. O depsito de coisas fungveis, em que o depositrio se obrigue a restituir objetos do mesmo gnero, qualidade e quantidade, regular-se- pelo disposto acerca do mtuo. Art. 1.281. O depsito voluntrio provarse- por escrito. Seo II Do Depsito Necessrio
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Lei no 10.406/2002 trao dos bens diligenciar imediatamente restituir a coisa depositada e, no querendo ou no podendo o depositante receb-la, recolh-la- ao Depsito Pblico ou promover nomeao de outro depositrio. Art. 642. O depositrio no responde pelos casos de fora maior; mas, para que lhe valha a escusa, ter de prov-los. Art. 643. O depositante obrigado a pagar ao depositrio as despesas feitas com a coisa, e os prejuzos que do depsito provierem. Art. 644. O depositrio poder reter o depsito at que se lhe pague a retribuio devida, o lquido valor das despesas, ou dos prejuzos a que se refere o artigo anterior, provando imediatamente esses prejuzos ou essas despesas. Pargrafo nico. Se essas dvidas, despesas ou prejuzos no forem provados suficientemente, ou forem ilquidos, o depositrio poder exigir cauo idnea do depositante ou, na falta desta, a remoo da coisa para o Depsito Pblico, at que se liquidem. Art. 645. O depsito de coisas fungveis, em que o depositrio se obrigue a restituir objetos do mesmo gnero, qualidade e quantidade, regular-se- pelo disposto acerca do mtuo. Art. 646. O depsito voluntrio provarse- por escrito. Seo II Do Depsito Necessrio
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Quadro Comparativo entre o Novo Cdigo Civil e o Cdigo Civil Anterior Lei no 3.071/1916 Art. 1.282. depsito necessrio: I o que se faz em desempenho de obrigao legal; II o que se efetua por ocasio de alguma calamidade, como o incndio, a inundao, o naufrgio ou o saque. Art. 1.283. O depsito de que se trata no artigo antecedente, no I, reger-se- pela disposio da respectiva lei, e, ao silncio, ou deficincia dela, pelas concernentes ao depsito voluntrio. Pargrafo nico. Essas disposies aplicam-se, outrossim, aos depsitos previstos no artigo 1.282, II; podendo estes certificar-se por qualquer meio de prova. Art. 1.284. A esses depsitos equiparado o das bagagens dos viajantes, hspedes ou fregueses, nas hospedarias, estalagens ou casas de penso, onde eles estiverem. Pargrafo nico. Os hospedeiros ou estalajadeiros por elas respondero como depositrios, bem como pelos furtos e roubos que perpetrarem as pessoas empregadas ou admitidas nas suas casas. Art. 1.285. Cessa, nos casos do artigo antecedente, a responsabilidade dos hospedeiros ou estalajadeiros: I se provarem que os fatos prejudiciais aos hspedes, viajantes ou fregueses, no podiam ser evitados; II se ocorrer fora maior, como nas hipteses de escalada, invaso da casa, roubo mo armada, ou semelhantes. Art. 1.286. O depsito necessrio no se presume gratuito. Na hiptese do artigo
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Lei no 10.406/2002 Art. 647. depsito necessrio: I o que se faz em desempenho de obrigao legal; II o que se efetua por ocasio de alguma calamidade, como o incndio, a inundao, o naufrgio ou o saque. Art. 648. O depsito a que se refere o inciso I do artigo antecedente, reger-se- pela disposio da respectiva lei, e, no silncio ou deficincia dela, pelas concernentes ao depsito voluntrio. Pargrafo nico. As disposies deste artigo aplicam-se aos depsitos previstos no inciso II do artigo antecedente, podendo estes certificarem-se por qualquer meio de prova. Art. 649. Aos depsitos previstos no artigo antecedente equiparado o das bagagens dos viajantes ou hspedes nas hospedarias onde estiverem. Pargrafo nico. Os hospedeiros respondero como depositrios, assim como pelos furtos e roubos que perpetrarem as pessoas empregadas ou admitidas nos seus estabelecimentos. Art. 650. Cessa, nos casos do artigo antecedente, a responsabilidade dos hospedeiros, se provarem que os fatos prejudiciais aos viajantes ou hspedes no podiam ter sido evitados.

Art. 651. O depsito necessrio no se presume gratuito. Na hiptese do art. 649,


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Quadro Comparativo entre o Novo Cdigo Civil e o Cdigo Civil Anterior Lei no 3.071/1916 1.284, a remunerao pelo depsito est includa no preo da hospedagem. Art. 1.287. Seja voluntrio ou necessrio o depsito, o depositrio que o no restituir, quando exigido, ser compelido a faz-lo mediante priso no excedente a um ano, e a ressarcir os prejuzos. Captulo VII Do Mandato Seo I Disposies Gerais Art. 1.288. Opera-se o mandato, quando algum recebe de outrem poderes para, em seu nome, praticar ato, ou administrar interesses. A procurao o instrumento do mandato. Art. 1.289. Todas as pessoas maiores ou emancipadas, no gozo dos direitos civis, so aptas para dar procurao mediante instrumento particular, que valer desde que tenha a assinatura do outorgante. 1o O instrumento particular deve conter designao do Estado, da cidade ou circunscrio civil em que for passado, a data, o nome do outorgante, a individuao de quem seja o outorgado e bem assim o objetivo da outorga, a natureza, a designao e extenso dos poderes conferidos. 3o O reconhecimento da firma no instrumento particular condio essencial sua validade, em relao a terceiros. 2o Para o ato que exigir instrumento pblico, o mandato, ainda quando por instrumento pblico seja outorgado, pode substabelecer-se mediante instrumento particular.
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Lei no 10.406/2002 a remunerao pelo depsito est includa no preo da hospedagem. Art. 652. Seja o depsito voluntrio ou necessrio, o depositrio que no o restituir quando exigido ser compelido a fazlo mediante priso no excedente a um ano, e ressarcir os prejuzos. Captulo X Do Mandato Seo I Disposies Gerais Art. 653. Opera-se o mandato quando algum recebe de outrem poderes para, em seu nome, praticar atos ou administrar interesses. A procurao o instrumento do mandato. Art. 654. Todas as pessoas capazes so aptas para dar procurao mediante instrumento particular, que valer desde que tenha a assinatura do outorgante. 1o O instrumento particular deve conter a indicao do lugar onde foi passado, a qualificao do outorgante e do outorgado, a data e o objetivo da outorga com a designao e a extenso dos poderes conferidos. 2o O terceiro com quem o mandatrio tratar poder exigir que a procurao traga a firma reconhecida. Art. 655. Ainda quando se outorgue mandato por instrumento pblico, pode substabelecer-se mediante instrumento particular.

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Quadro Comparativo entre o Novo Cdigo Civil e o Cdigo Civil Anterior Lei no 3.071/1916 Art. 1.290. O mandato pode ser expresso, tcito, verbal ou escrito. Art. 1.291. Para os atos que exigem instrumento pblico ou particular, no se admite mandato verbal. Lei no 10.406/2002 Art. 656. O mandato pode ser expresso ou tcito, verbal ou escrito. Art. 657. A outorga do mandato est sujeita forma exigida por lei para o ato a ser praticado. No se admite mandato verbal quando o ato deva ser celebrado por escrito. Art. 658. O mandato presume-se gratuito quando no houver sido estipulada retribuio, exceto se o seu objeto corresponder ao daqueles que o mandatrio trata por ofcio ou profisso lucrativa. Pargrafo nico. Se o mandato for oneroso, caber ao mandatrio a retribuio prevista em lei ou no contrato. Sendo estes omissos, ser ela determinada pelos usos do lugar, ou, na falta destes, por arbitramento. Art. 1.292. Aceitao do mandato pode ser tcita, e resulta do comeo de execuo. Art. 1.293. O mandato presume-se aceito entre ausentes, quando o negcio para que foi dado da profisso do mandatrio, diz respeito sua qualidade oficial, ou foi oferecido mediante publicidade, e o mandatrio no fez constar imediatamente a sua recusa. Art. 1.294. O mandato pode ser especial a um ou mais negcios determinadamente, ou geral a todos os do mandante. Art. 1.295. O mandato em termos gerais s confere poderes de administrao. 1o Para alienar, hipotecar, transigir, ou praticar outros quaisquer atos, que
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Art. 1.290, Pargrafo nico. Presume-se gratuito quando se no estipulou retribuio, exceto se o objeto do mandato for daqueles que o mandatrio trata por ofcio ou profisso lucrativa.

Art. 659. A aceitao do mandato pode ser tcita, e resulta do comeo de execuo.

Art. 660. O mandato pode ser especial a um ou mais negcios determinadamente, ou geral a todos os do mandante. Art. 661. O mandato em termos gerais s confere poderes de administrao. 1o Para alienar, hipotecar, transigir, ou praticar outros quaisquer atos que
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Quadro Comparativo entre o Novo Cdigo Civil e o Cdigo Civil Anterior Lei no 3.071/1916 exorbitem da administrao ordinria, depende a procurao de poderes especiais e expressos. 2o O poder de transigir no importa o de firmar compromisso. Art. 1.296. Pode o mandante ratificar ou impugnar os atos praticados em seu nome sem poderes suficientes. Lei no 10.406/2002 exorbitem da administrao ordinria, depende a procurao de poderes especiais e expressos. 2o O poder de transigir no importa o de firmar compromisso. Art. 662. Os atos praticados por quem no tenha mandato, ou o tenha sem poderes suficientes, so ineficazes em relao quele em cujo nome foram praticados, salvo se este os ratificar. Pargrafo nico. A ratificao h de ser expressa, ou resultar de ato inequvoco, e retroagir data do ato. Art. 663. Sempre que o mandatrio estipular negcios expressamente em nome do mandante, ser este o nico responsvel; ficar, porm, o mandatrio pessoalmente obrigado, se agir no seu prprio nome, ainda que o negcio seja de conta do mandante. Art. 664. O mandatrio tem o direito de reter, do objeto da operao que lhe foi cometida, quanto baste para pagamento de tudo que lhe for devido em conseqncia do mandato. Art. 1.297. O mandatrio, que exceder os poderes do mandato, ou proceder contra eles, reputar-se- mero gestor de negcios, enquanto o mandante lhe no ratificar os atos. Art. 1.298. O maior de dezesseis e menos de vinte e um anos, no emancipado, pode ser mandatrio, mas o mandante no tem ao contra ele seno de conformidade com as regras gerais, aplicveis s obrigaes contradas por menores.
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Pargrafo nico. A ratificao h de ser expressa, ou resultar de ato inequvoco, e retroagir data do ato.

Art. 665. O mandatrio que exceder os poderes do mandato, ou proceder contra eles, ser considerado mero gestor de negcios, enquanto o mandante lhe no ratificar os atos. Art. 666. O maior de dezesseis e menor de dezoito anos no emancipado pode ser mandatrio, mas o mandante no tem ao contra ele seno de conformidade com as regras gerais, aplicveis s obrigaes contradas por menores.
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Quadro Comparativo entre o Novo Cdigo Civil e o Cdigo Civil Anterior Lei no 3.071/1916 Art. 1.299. A mulher casada no pode aceitar mandato sem autorizao do marido. Seo II Das Obrigaes do Mandatrio Art. 1.300. O mandatrio obrigado a aplicar toda a sua diligncia habitual na execuo do mandato, e a indenizar qualquer prejuzo causado por culpa sua ou daquele a quem substabelecer, sem autorizao, poderes que devia exercer pessoalmente. 1o Se, no obstante proibio do mandante, o mandatrio se fizer substituir na execuo do mandato, responder ao seu constituinte pelos prejuzos ocorridos sob a gerncia do substituto, embora provenientes de caso fortuito, salvo provando que o caso teria sobrevindo, ainda que no tivesse havido substabelecimento. 2o Havendo poderes de substabelecer, s sero imputveis ao mandatrio os danos causados pelo substabelecido, se for notoriamente incapaz, ou insolvente. Seo II Das Obrigaes do Mandatrio Art. 667. O mandatrio obrigado a aplicar toda sua diligncia habitual na execuo do mandato, e a indenizar qualquer prejuzo causado por culpa sua ou daquele a quem substabelecer, sem autorizao, poderes que devia exercer pessoalmente. 1o Se, no obstante proibio do mandante, o mandatrio se fizer substituir na execuo do mandato, responder ao seu constituinte pelos prejuzos ocorridos sob a gerncia do substituto, embora provenientes de caso fortuito, salvo provando que o caso teria sobrevindo, ainda que no tivesse havido substabelecimento. 2o Havendo poderes de substabelecer, s sero imputveis ao mandatrio os danos causados pelo substabelecido, se tiver agido com culpa na escolha deste ou nas instrues dadas a ele. 3o Se a proibio de substabelecer constar da procurao, os atos praticados pelo substabelecido no obrigam o mandante, salvo ratificao expressa, que retroagir data do ato. 4o Sendo omissa a procurao quanto ao substabelecimento, o procurador ser responsvel se o substabelecido proceder culposamente. Art. 1.301. O mandatrio obrigado a dar contas de sua gerncia ao mandante, transferindo-lhe as vantagens provenienCdigo Civil Comparado

Lei no 10.406/2002

Art. 668. O mandatrio obrigado a dar contas de sua gerncia ao mandante, transferindo-lhe as vantagens provenien163

Quadro Comparativo entre o Novo Cdigo Civil e o Cdigo Civil Anterior Lei no 3.071/1916 tes do mandato, por qualquer ttulo que seja. Art. 1.302. O mandatrio no pode compensar os prejuzos a que deu causa com os proveitos, que, por outro lado, tenha granjeado ao seu constituinte. Art. 1.303. Pelas somas que devia entregar ao mandante, ou recebeu para despesas, mas empregou em proveito seu, pagar o mandatrio, juros, desde o momento em que abusou. Art. 1.307. Se o mandatrio obrar em seu prprio nome, no ter o mandante ao contra os que com ele contrataram, nem estes contra o mandante. Em tal caso, o mandatrio ficar diretamente obrigado, como se seu fora o negcio, para com a pessoa com quem contratou. Art. 1.304. Sendo dois ou mais os mandatrios nomeados no mesmo instrumento, entender-se- que so sucessivos, se no forem expressamente declarados conjuntos, ou solidrios, nem especificadamente designados para atos diferentes. Lei no 10.406/2002 tes do mandato, por qualquer ttulo que seja. Art. 669. O mandatrio no pode compensar os prejuzos a que deu causa com os proveitos que, por outro lado, tenha granjeado ao seu constituinte. Art. 670. Pelas somas que devia entregar ao mandante ou recebeu para despesa, mas empregou em proveito seu, pagar o mandatrio juros, desde o momento em que abusou. Art. 671. Se o mandatrio, tendo fundos ou crdito do mandante, comprar, em nome prprio, algo que devera comprar para o mandante, por ter sido expressamente designado no mandato, ter este ao para obrig-lo entrega da coisa comprada. Art. 672. Sendo dois ou mais os mandatrios nomeados no mesmo instrumento, qualquer deles poder exercer os poderes outorgados, se no forem expressamente declarados conjuntos, nem especificamente designados para atos diferentes, ou subordinados a atos sucessivos. Se os mandatrios forem declarados conjuntos, no ter eficcia o ato praticado sem interferncia de todos, salvo havendo ratificao, que retroagir data do ato.

Art. 1.305. O mandatrio obrigado a a presentar o instrumento do mandato s pessoas, com quem tratar em nome do mandante, sob pena de responder a elas por qualquer ato, que lhe exceda os poderes. Art. 1.306. O terceiro que, depois de conhecer os poderes do mandatrio, fizer
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Art. 673. O terceiro que, depois de conhecer os poderes do mandatrio, com ele
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Quadro Comparativo entre o Novo Cdigo Civil e o Cdigo Civil Anterior Lei no 3.071/1916 com ele contrato exorbitante do mandato, no tem ao nem contra o mandatrio, salvo se este lhe prometeu ratificao do mandante, ou se responsabilizou pessoalmente pelo contrato, nem contra o mandante, seno quando este houver ratificado o excesso do procurador. Art. 1.308. Embora ciente da morte, interdio ou mudana de estado do mandante, deve o mandatrio concluir o negcio j comeado, se houver perigo na demora. Seo III Das Obrigaes do Mandante Art. 1.309. O mandante obrigado a satisfazer todas as obrigaes contradas pelo mandatrio, na conformidade do mandato conferido, e adiantar a importncia das despesas necessrias execuo dele, quando o mandatrio lho pedir. Art. 1.310. obrigado o mandante a pagar ao mandatrio a remunerao ajustada e as despesas de execuo do mandato, ainda que o negcio no surta o esperado efeito, salvo tendo o mandatrio culpa. Art. 1.311. As somas adiantadas pelo mandatrio, para a execuo do mandato, vencem juros, desde a data do desembolso. Art. 1.312. igualmente obrigado o mandante a ressarcir ao mandatrio as perdas que sofrer com a execuo do mandato, sempre que no resultem de culpa sua, ou excesso de poderes. Art. 1.313. Ainda que o mandatrio contrarie as instrues do mandante, se no excedeu os limites do mandato, ficar o mandante obrigado para com aqueles, com
Cdigo Civil Comparado

Lei no 10.406/2002 celebrar negcio jurdico exorbitante do mandato, no tem ao contra o mandatrio, salvo se este lhe prometeu ratificao do mandante ou se responsabilizou pessoalmente.

Art. 674. Embora ciente da morte, interdio ou mudana de estado do mandante, deve o mandatrio concluir o negcio j comeado, se houver perigo na demora. Seo III Das Obrigaes do Mandante Art. 675. O mandante obrigado a satisfazer todas as obrigaes contradas pelo mandatrio, na conformidade do mandato conferido, e adiantar a importncia das despesas necessrias execuo dele, quando o mandatrio lho pedir. Art. 676. obrigado o mandante a pagar ao mandatrio a remunerao ajustada e as despesas da execuo do mandato, ainda que o negcio no surta o esperado efeito, salvo tendo o mandatrio culpa. Art. 677. As somas adiantadas pelo mandatrio, para a execuo do mandato, vencem juros desde a data do desembolso. Art. 678. igualmente obrigado o mandante a ressarcir ao mandatrio as perdas que este sofrer com a execuo do mandato, sempre que no resultem de culpa sua ou de excesso de poderes. Art. 679. Ainda que o mandatrio contrarie as instrues do mandante, se no exceder os limites do mandato, ficar o mandante obrigado para com aqueles com
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Quadro Comparativo entre o Novo Cdigo Civil e o Cdigo Civil Anterior Lei no 3.071/1916 quem o seu procurador contratou; mas ter contra este ao pelas perdas e danos resultantes da inobservncia das instrues. Art. 1.314. Se o mandato for outorgado por duas ou mais pessoas, e para negcio comum, cada uma ficar solidariamente responsvel ao mandatrio por todos os compromissos e efeitos do mandato, salvo direito regressivo, pelas quantias que pagar, contra os outros mandantes. Art. 1.315. O mandatrio tem sobre o objeto do mandato direito de reteno, at se reembolsar do que no desempenho do encargo despendeu. Seo IV Da Extino do Mandato Art. 1.316. Cessa o mandato: I pela revogao, ou pela renncia; II pela morte, ou interdio de uma das partes; III pela mudana de estado, que inabilite o mandante para conferir os poderes, ou o mandatrio, para os exercer; IV pela terminao do prazo, ou pela concluso do negcio. Lei no 10.406/2002 quem o seu procurador contratou; mas ter contra este ao pelas perdas e danos resultantes da inobservncia das instrues. Art. 680. Se o mandato for outorgado por duas ou mais pessoas, e para negcio comum, cada uma ficar solidariamente responsvel ao mandatrio por todos os compromissos e efeitos do mandato, salvo direito regressivo, pelas quantias que pagar, contra os outros mandantes. Art. 681. O mandatrio tem sobre a coisa de que tenha a posse em virtude do mandato, direito de reteno, at se reembolsar do que no desempenho do encargo despendeu. Seo IV Da Extino do Mandato Art. 682. Cessa o mandato: I pela revogao ou pela renncia; II pela morte ou interdio de uma das partes; III pela mudana de estado que inabilite o mandante a conferir os poderes, ou o mandatrio para os exercer; IV pelo trmino do prazo ou pela concluso do negcio. Art. 683. Quando o mandato contiver a clusula de irrevogabilidade e o mandante o revogar, pagar perdas e danos. Art. 684. Quando a clusula de irrevogabilidade for condio de um negcio bilateral, ou tiver sido estipulada no exclusivo interesse do mandatrio, a revogao do mandato ser ineficaz. Art. 685. Conferido o mandato com a clusula em causa prpria, a sua revoga166 Cdigo Civil Comparado

Quadro Comparativo entre o Novo Cdigo Civil e o Cdigo Civil Anterior Lei no 3.071/1916 Lei no 10.406/2002 o no ter eficcia, nem se extinguir pela morte de qualquer das partes, ficando o mandatrio dispensado de prestar contas, e podendo transferir para si os bens mveis ou imveis objeto do mandato, obedecidas as formalidades legais. Art. 1.318. A revogao do mandato, notificada somente ao mandatrio, no se pode opor aos terceiros, que, ignorando-a, de boa-f com ele trataram; mas ficam salvas ao constituinte as aes, que no caso lhe possam caber, contra o procurador. Art. 1.317. irrevogvel o mandato: I quando se tiver convencionado que o mandante no possa revog-lo, ou for em causa prpria a procurao dada; II nos casos, em geral, em que for condio de um contrato bilateral, ou meio de cumprir uma obrigao contratada, como , nas letras e ordens, o mandato de pag-las; III quando conferido ao scio, como administrador ou liquidante da sociedade, por disposio do contrato social, salvo se diversamente se dispuser nos estatutos, ou em texto especial de lei. Art. 1.319. Tanto que for comunicada ao mandatrio a nomeao de outro, para o mesmo negcio, considerar-se- revogado o mandato anterior. Art. 1.320. A renncia do mandato ser comunicada ao mandante, que, se for prejudicado pela sua inoportunidade, ou pela falta de tempo, a fim de prover substituio do procurador, ser indenizado pelo mandatrio, salvo se este provar que no podia continuar no mandato sem prejuzo considervel. Art. 686. A revogao do mandato, notificada somente ao mandatrio, no se pode opor aos terceiros que, ignorando-a, de boa-f com ele trataram; mas ficam salvas ao constituinte as aes que no caso lhe possam caber contra o procurador. Pargrafo nico. irrevogvel o mandato que contenha poderes de cumprimento ou confirmao de negcios encetados, aos quais se ache vinculado.

Art. 687. Tanto que for comunicada ao mandatrio a nomeao de outro, para o mesmo negcio, considerar-se- revogado o mandato anterior. Art. 688. A renncia do mandato ser comunicada ao mandante, que, se for prejudicado pela sua inoportunidade, ou pela falta de tempo, a fim de prover substituio do procurador, ser indenizado pelo mandatrio, salvo se este provar que no podia continuar no mandato sem prejuzo considervel, e que no lhe era dado substabelecer.
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Cdigo Civil Comparado

Quadro Comparativo entre o Novo Cdigo Civil e o Cdigo Civil Anterior Lei no 3.071/1916 Art. 1.321. So vlidos, a respeito dos contraentes de boa-f, os atos com estes ajustados em nome do mandante pelo mandatrio, enquanto este ignorar a morte daquele, ou a extino, por qualquer outra causa, do mandato. Art. 1.322. Se falecer o mandatrio, pendente o negcio a ele cometido, os herdeiros, tendo cincia do mandato, avisaro o mandante, e providenciaro a bem dele, como as circunstncias exigirem. Art. 1.323. Os herdeiros, no caso do artigo antecedente, devem limitar-se s medidas conservatrias, ou continuar os negcios pendentes, que se no possam demorar sem perigo, regulando-se os seus servios, dentro desse limite pelas mesmas normas, a que os do mandatrio esto sujeitos. Seo V Do Mandato Judicial Lei no 10.406/2002 Art. 689. So vlidos, a respeito dos contratantes de boa-f, os atos com estes ajustados em nome do mandante pelo mandatrio, enquanto este ignorar a morte daquele ou a extino do mandato, por qualquer outra causa. Art. 690. Se falecer o mandatrio, pendente o negcio a ele cometido, os herdeiros, tendo cincia do mandato, avisaro o mandante, e providenciaro a bem dele, como as circunstncias exigirem. Art. 691. Os herdeiros, no caso do artigo antecedente, devem limitar-se s medidas conservatrias, ou continuar os negcios pendentes que se no possam demorar sem perigo, regulando-se os seus servios dentro desse limite, pelas mesmas normas a que os do mandatrio esto sujeitos. Seo V Do Mandato Judicial Art. 692. O mandato judicial fica subordinado s normas que lhe dizem respeito, constantes da legislao processual, e, supletivamente, s estabelecidas neste Cdigo. Art. 1.324. O mandato judicial pode ser conferido por instrumento pblico ou particular, devidamente autenticado, a pessoa que possa procurar em juzo. Art. 1.325. Podem ser procuradores em juzo todos os legalmente habilitados, que no forem: I menores de vinte e um anos, no emancipados ou no declarados maiores; II juzes em exerccio; III escrives ou outros funcionrios judiciais, correndo o pleito nos juzos onde
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Quadro Comparativo entre o Novo Cdigo Civil e o Cdigo Civil Anterior Lei no 3.071/1916 servirem, e no procurando eles em causa prpria; IV inibidos por sentena de procurar em juzo, ou de exercer ofcio pblico; V ascendentes, ou descendentes da parte adversa, exceto em causa prpria; VI ascendentes, ou descendentes da parte adversa, exceto em causa prpria. Art. 1.326. A procurao para o foro em geral no confere os poderes para atos, que os exijam especiais. Art. 1.327. Constitudos, para a mesma causa e pela mesma pessoa, dois ou mais procuradores, consideram-se nomeados para funcionar na falta um do outro, e pela ordem da nomeao, se no forem solidrios. Mas a nomeao conjunta pode conter a clusula de que um nada pratique se os outros. Art. 1.328. O substabelecimento, sem reserva de poderes, no sendo notificado ao constituinte, no isenta o procurador de responder pelas obrigaes do mandato. Art. 1.329. Sob pena de responder pelo dano resultante, o advogado, ou procurador, que aceitar a procuratura, no se poder escusar sem motivo justo e, se o tiver, avisar em tempo o constituinte, a fim de que lhe nomeie sucessor. Art. 1.330. As obrigaes do advogado e do procurador sero determinadas, assim pelos termos da procurao, como, e principalmente pelo contrato, escrito, ou verbal, em que se lhes houverem ajustado os servios. Captulo XI Da Comisso
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Lei no 10.406/2002

Quadro Comparativo entre o Novo Cdigo Civil e o Cdigo Civil Anterior Lei no 3.071/1916 Lei no 10.406/2002 Art. 693. O contrato de comisso tem por objeto a aquisio ou a venda de bens pelo comissrio, em seu prprio nome, conta do comitente. Art. 694. O comissrio fica diretamente obrigado para com as pessoas com quem contratar, sem que estas tenham ao contra o comitente, nem este contra elas, salvo se o comissrio ceder seus direitos a qualquer das partes. Art. 695. O comissrio obrigado a agir de conformidade com as ordens e instrues do comitente, devendo, na falta destas, no podendo pedi-las a tempo, proceder segundo os usos em casos semelhantes. Pargrafo nico. Ter-se-o por justificados os atos do comissrio, se deles houver resultado vantagem para o comitente, e ainda no caso em que, no admitindo demora a realizao do negcio, o comissrio agiu de acordo com os usos. Art. 696. No desempenho das suas incumbncias o comissrio obrigado a agir com cuidado e diligncia, no s para evitar qualquer prejuzo ao comitente, mas ainda para lhe proporcionar o lucro que razoavelmente se podia esperar do negcio. Pargrafo nico. Responder o comissrio, salvo motivo de fora maior, por qualquer prejuzo que, por ao ou omisso, ocasionar ao comitente. Art. 697. O comissrio no responde pela insolvncia das pessoas com quem tratar, exceto em caso de culpa e no do artigo seguinte. Art. 698. Se do contrato de comisso constar a clusula del credere, responder o
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Quadro Comparativo entre o Novo Cdigo Civil e o Cdigo Civil Anterior Lei no 3.071/1916 Lei no 10.406/2002 comissrio solidariamente com as pessoas com que houver tratado em nome do comitente, caso em que, salvo estipulao em contrrio, o comissrio tem direito a remunerao mais elevada, para compensar o nus assumido. Art. 699. Presume-se o comissrio autorizado a conceder dilao do prazo para pagamento, na conformidade dos usos do lugar onde se realizar o negcio, se no houver instrues diversas do comitente. Art. 700. Se houver instrues do comitente proibindo prorrogao de prazos para pagamento, ou se esta no for conforme os usos locais, poder o comitente exigir que o comissrio pague incontinenti ou responda pelas conseqncias da dilao concedida, procedendo-se de igual modo se o comissrio no der cincia ao comitente dos prazos concedidos e de quem seu beneficirio. Art. 701. No estipulada a remunerao devida ao comissrio, ser ela arbitrada segundo os usos correntes no lugar. Art. 702. No caso de morte do comissrio, ou, quando, por motivo de fora maior, no puder concluir o negcio, ser devida pelo comitente uma remunerao proporcional aos trabalhos realizados. Art. 703. Ainda que tenha dado motivo dispensa, ter o comissrio direito a ser remunerado pelos servios teis prestados ao comitente, ressalvado a este o direito de exigir daquele os prejuzos sofridos. Art. 704. Salvo disposio em contrrio, pode o comitente, a qualquer tempo, alteCdigo Civil Comparado 171

Quadro Comparativo entre o Novo Cdigo Civil e o Cdigo Civil Anterior Lei no 3.071/1916 Lei no 10.406/2002 rar as instrues dadas ao comissrio, entendendo-se por elas regidos tambm os negcios pendentes. Art. 705. Se o comissrio for despedido sem justa causa, ter direito a ser remunerado pelos trabalhos prestados, bem como a ser ressarcido pelas perdas e danos resultantes de sua dispensa. Art. 706. O comitente e o comissrio so obrigados a pagar juros um ao outro; o primeiro pelo que o comissrio houver adiantado para cumprimento de suas ordens; e o segundo pela mora na entrega dos fundos que pertencerem ao comitente. Art. 707. O crdito do comissrio, relativo a comisses e despesas feitas, goza de privilgio geral, no caso de falncia ou insolvncia do comitente. Art. 708. Para reembolso das despesas feitas, bem como para recebimento das comisses devidas, tem o comissrio direito de reteno sobre os bens e valores em seu poder em virtude da comisso. Art. 709. So aplicveis comisso, no que couber, as regras sobre mandato. Captulo XII Da Agncia e Distribuio Art. 710. Pelo contrato de agncia, uma pessoa assume, em carter no eventual e sem vnculos de dependncia, a obrigao de promover, conta de outra, mediante retribuio, a realizao de certos negcios, em zona determinada, caracterizando-se a distribuio quando o agente tiver sua disposio a coisa a ser negociada.
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Quadro Comparativo entre o Novo Cdigo Civil e o Cdigo Civil Anterior Lei no 3.071/1916 Lei no 10.406/2002 Pargrafo nico. O proponente pode conferir poderes ao agente para que este o represente na concluso dos contratos. Art. 711. Salvo ajuste, o proponente no pode constituir, ao mesmo tempo, mais de um agente, na mesma zona, com idntica incumbncia; nem pode o agente assumir o encargo de nela tratar de negcios do mesmo gnero, conta de outros proponentes. Art. 712. O agente, no desempenho que lhe foi cometido, deve agir com toda diligncia, atendo-se s instrues recebidas do proponente. Art. 713. Salvo estipulao diversa, todas as despesas com a agncia ou distribuio correm a cargo do agente ou distribuidor. Art. 714. Salvo ajuste, o agente ou distribuidor ter direito remunerao correspondente aos negcios concludos dentro de sua zona, ainda que sem a sua interferncia. Art. 715. O agente ou distribuidor tem direito indenizao se o proponente, sem justa causa, cessar o atendimento das propostas ou reduzi-lo tanto que se torna antieconmica a continuao do contrato. Art. 716. A remunerao ser devida ao agente tambm quando o negcio deixar de ser realizado por fato imputvel ao proponente. Art. 717. Ainda que dispensado por justa causa, ter o agente direito a ser remuneCdigo Civil Comparado 173

Quadro Comparativo entre o Novo Cdigo Civil e o Cdigo Civil Anterior Lei no 3.071/1916 Lei no 10.406/2002 rado pelos servios teis prestados ao proponente, sem embargo de haver este perdas e danos pelos prejuzos sofridos. Art. 718. Se a dispensa se der sem culpa do agente, ter ele direito remunerao at ento devida, inclusive sobre os negcios pendentes, alm das indenizaes previstas em lei especial. Art. 719. Se o agente no puder continuar o trabalho por motivo de fora maior, ter direito remunerao correspondente aos servios realizados, cabendo esse direito aos herdeiros no caso de morte. Art. 720. Se o contrato for por tempo indeterminado, qualquer das partes poder resolv-lo, mediante aviso prvio de noventa dias, desde que transcorrido prazo compatvel com a natureza e o vulto do investimento exigido do agente. Pargrafo nico. No caso de divergncia entre as partes, o juiz decidir da razoabilidade do prazo e do valor devido. Art. 721. Aplicam-se ao contrato de agncia e distribuio, no que couber, as regras concernentes ao mandato e comisso e as constantes de lei especial. Captulo III Da Corretagem Art. 722. Pelo contrato de corretagem, uma pessoa, no ligada a outra em virtude de mandato, de prestao de servios ou por qualquer relao de dependncia, obrigase a obter para a segunda um ou mais negcios, conforme as instrues recebidas. Art. 723. O corretor obrigado a executar a mediao com a diligncia e prudncia
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Quadro Comparativo entre o Novo Cdigo Civil e o Cdigo Civil Anterior Lei no 3.071/1916 Lei no 10.406/2002 que o negcio requer, prestando ao cliente, espontaneamente, todas as informaes sobre o andamento dos negcios; deve, ainda, sob pena de responder por perdas e danos, prestar ao cliente todos os esclarecimentos que estiverem ao seu alcance, acerca da segurana ou risco do negcio, das alteraes de valores e do mais que possa influir nos resultados da incumbncia. Art. 724. A remunerao do corretor, se no estiver fixada em lei, nem ajustada entre as partes, ser arbitrada segundo a natureza do negcio e os usos locais. Art. 725. A remunerao devida ao corretor uma vez que tenha conseguido o resultado previsto no contrato de mediao, ou ainda que este no se efetive em virtude de arrependimento das partes. Art. 726. Iniciado e concludo o negcio diretamente entre as partes, nenhuma remunerao ser devida ao corretor; mas se, por escrito, for ajustada a corretagem com exclusividade, ter o corretor direito remunerao integral, ainda que realizado o negcio sem a sua mediao, salvo se comprovada sua inrcia ou ociosidade. Art. 727. Se, por no haver prazo determinado, o dono do negcio dispensar o corretor, e o negcio se realizar posteriormente, como fruto da sua mediao, a corretagem lhe ser devida; igual soluo se adotar se o negcio se realizar aps a decorrncia do prazo contratual, mas por efeito dos trabalhos do corretor. Art. 728. Se o negcio se concluir com a intermediao de mais de um corretor, a
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Quadro Comparativo entre o Novo Cdigo Civil e o Cdigo Civil Anterior Lei no 3.071/1916 Lei no 10.406/2002 remunerao ser paga a todos em partes iguais, salvo ajuste em contrrio. Art. 729. Os preceitos sobre corretagem constantes deste Cdigo no excluem a aplicao de outras normas da legislao especial. Captulo XIV Do Transporte Seo I Disposies Gerais Art. 730. Pelo contrato de transporte algum se obriga, mediante retribuio, a transportar, de um lugar para outro, pessoas ou coisas. Art. 731. O transporte exercido em virtude de autorizao, permisso ou concesso, rege-se pelas normas regulamentares e pelo que for estabelecido naqueles atos, sem prejuzo do disposto neste Cdigo. Art. 732. Aos contratos de transporte, em geral, so aplicveis, quando couber, desde que no contrariem as disposies deste Cdigo, os preceitos constantes da legislao especial e de tratados e convenes internacionais. Art. 733. Nos contratos de transporte cumulativo, cada transportador se obriga a cumprir o contrato relativamente ao respectivo percurso, respondendo pelos danos nele causados a pessoas e coisas. 1o O dano, resultante do atraso ou da interrupo da viagem, ser determinado em razo da totalidade do percurso. 2o Se houver substituio de algum dos transportadores no decorrer do percurso, a responsabilidade solidria estender-se ao substituto.
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Quadro Comparativo entre o Novo Cdigo Civil e o Cdigo Civil Anterior Lei no 3.071/1916 Lei no 10.406/2002 Seo II Do Transporte de Pessoas Art. 734. O transportador responde pelos danos causados s pessoas transportadas e suas bagagens, salvo motivo de fora maior, sendo nula qualquer clusula excludente da responsabilidade. Pargrafo nico. lcito ao transportador exigir a declarao do valor da bagagem a fim de fixar o limite da indenizao. Art. 735. A responsabilidade contratual do transportador por acidente com o passageiro no elidida por culpa de terceiro, contra o qual tem ao regressiva. Art. 736. No se subordina s normas do contrato de transporte o feito gratuitamente, por amizade ou cortesia. Pargrafo nico. No se considera gratuito o transporte quando, embora feito sem remunerao, o transportador auferir vantagens indiretas. Art. 737. O transportador est sujeito aos horrios e itinerrios previstos, sob pena de responder por perdas e danos, salvo motivo de fora maior. Art. 738. A pessoa transportada deve sujeitar-se s normas estabelecidas pelo transportador, constantes no bilhete ou afixadas vista dos usurios, abstendose de quaisquer atos que causem incmodo ou prejuzo aos passageiros, danifiquem o veculo, ou dificultem ou impeam a execuo normal do servio. Pargrafo nico. Se o prejuzo sofrido pela pessoa transportada for atribuvel transgresso de normas e instrues regulamentares, o juiz reduzir eqitativamente a indenizao, na medida em que a vtima
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Quadro Comparativo entre o Novo Cdigo Civil e o Cdigo Civil Anterior Lei no 3.071/1916 Lei no 10.406/2002 houver concorrido para a ocorrncia do dano. Art. 739. O transportador no pode recusar passageiros, salvo os casos previstos nos regulamentos, ou se as condies de higiene ou de sade do interessado o justificarem. Art. 740. O passageiro tem direito a rescindir o contrato de transporte antes de iniciada a viagem, sendo-lhe devida a restituio do valor da passagem, desde que feita a comunicao ao transportador em tempo de ser renegociada. 1o Ao passageiro facultado desistir do transporte, mesmo depois de iniciada a viagem, sendo-lhe devida a restituio do valor correspondente ao trecho no utilizado, desde que provado que outra pessoa haja sido transportada em seu lugar. 2o No ter direito ao reembolso do valor da passagem o usurio que deixar de embarcar, salvo se provado que outra pessoa foi transportada em seu lugar, caso em que lhe ser restitudo o valor do bilhete no utilizado. 3o Nas hipteses previstas neste artigo, o transportador ter direito de reter at cinco por cento da importncia a ser restituda ao passageiro, a ttulo de multa compensatria. Art. 741. Interrompendo-se a viagem por qualquer motivo alheio vontade do transportador, ainda que em conseqncia de evento imprevisvel, fica ele obrigado a concluir o transporte contratado em outro veculo da mesma categoria, ou, com a anuncia do passageiro, por modalidade diferente, sua custa, correndo tambm por sua conta as despesas de estada
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Quadro Comparativo entre o Novo Cdigo Civil e o Cdigo Civil Anterior Lei no 3.071/1916 Lei no 10.406/2002 e alimentao do usurio, durante a espera de novo transporte. Art. 742. O transportador, uma vez executado o transporte, tem direito de reteno sobre a bagagem de passageiro e outros objetos pessoais deste, para garantir-se do pagamento do valor da passagem que no tiver sido feito no incio ou durante o percurso. Seo III Do Transporte de Coisas Art. 743. A coisa, entregue ao transportador, deve estar caracterizada pela sua natureza, valor, peso e quantidade, e o mais que for necessrio para que no se confunda com outras, devendo o destinatrio ser indicado ao menos pelo nome e endereo. Art. 744. Ao receber a coisa, o transportador emitir conhecimento com a meno dos dados que a identifiquem, obedecido o disposto em lei especial. Pargrafo nico. O transportador poder exigir que o remetente lhe entregue, devidamente assinada, a relao discriminada das coisas a serem transportadas, em duas vias, uma das quais, por ele devidamente autenticada, ficar fazendo parte integrante do conhecimento. Art. 745. Em caso de informao inexata ou falsa descrio no documento a que se refere o artigo antecedente, ser o transportador indenizado pelo prejuzo que sofrer, devendo a ao respectiva ser ajuizada no prazo de cento e vinte dias, a contar daquele ato, sob pena de decadncia.
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Quadro Comparativo entre o Novo Cdigo Civil e o Cdigo Civil Anterior Lei no 3.071/1916 Lei no 10.406/2002 Art. 746. Poder o transportador recusar a coisa cuja embalagem seja inadequada, bem como a que possa pr em risco a sade das pessoas, ou danificar o veculo e outros bens. Art. 747. O transportador dever obrigatoriamente recusar a coisa cujo transporte ou comercializao no sejam permitidos, ou que venha desacompanhada dos documentos exigidos por lei ou regulamento. Art. 748. At a entrega da coisa, pode o remetente desistir do transporte e pedi-la de volta, ou ordenar seja entregue a outro destinatrio, pagando, em ambos os casos, os acrscimos de despesa decorrentes da contra-ordem, mais as perdas e danos que houver. Art. 749. O transportador conduzir a coisa ao seu destino, tomando todas as cautelas necessrias para mant-la em bom estado e entreg-la no prazo ajustado ou previsto. Art. 750. A responsabilidade do transportador, limitada ao valor constante do conhecimento, comea no momento em que ele, ou seus prepostos, recebem a coisa; termina quando entregue ao destinatrio, ou depositada em juzo, se aquele no for encontrado. Art. 751. A coisa, depositada ou guardada nos armazns do transportador, em virtude de contrato de transporte, rege-se, no que couber, pelas disposies relativas a depsito. Art. 752. Desembarcadas as mercadorias, o transportador no obrigado a dar avi180 Cdigo Civil Comparado

Quadro Comparativo entre o Novo Cdigo Civil e o Cdigo Civil Anterior Lei no 3.071/1916 Lei no 10.406/2002 so ao destinatrio, se assim no foi convencionado, dependendo tambm de ajuste a entrega a domiclio, e devem constar do conhecimento de embarque as clusulas de aviso ou de entrega a domiclio. Art. 753. Se o transporte no puder ser feito ou sofrer longa interrupo, o transportador solicitar, incontinenti, instrues ao remetente, e zelar pela coisa, por cujo perecimento ou deteriorao responder, salvo fora maior. 1o Perdurando o impedimento, sem motivo imputvel ao transportador e sem manifestao do remetente, poder aquele depositar a coisa em juzo, ou vend-la, obedecidos os preceitos legais e regulamentares, ou os usos locais, depositando o valor. 2o Se o impedimento for responsabilidade do transportador, este poder depositar a coisa, por sua conta e risco, mas s poder vend-la se perecvel. 3o Em ambos os casos, o transportador deve informar o remetente da efetivao do depsito ou da venda. 4o Se o transportador mantiver a coisa depositada em seus prprios armazns, continuar a responder pela sua guarda e conservao, sendo-lhe devida, porm, uma remunerao pela custdia, a qual poder ser contratualmente ajustada ou se conformar aos usos adotados em cada sistema de transporte. Art. 754. As mercadorias devem ser entregues ao destinatrio, ou a quem apresentar o conhecimento endossado, devendo aquele que as receber conferi-las e apresentar as reclamaes que tiver, sob pena de decadncia dos direitos.
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Quadro Comparativo entre o Novo Cdigo Civil e o Cdigo Civil Anterior Lei no 3.071/1916 Lei no 10.406/2002 Pargrafo nico. No caso de perda parcial ou de avaria no perceptvel primeira vista, o destinatrio conserva a sua ao contra o transportador, desde que denuncie o dano em dez dias a contar da entrega. Art. 755. Havendo dvida acerca de quem seja o destinatrio, o transportador deve depositar a mercadoria em juzo, se no lhe for possvel obter instrues do remetente; se a demora puder ocasionar a deteriorao da coisa, o transportador dever vend-la, depositando o saldo em juzo. Art. 756. No caso de transporte cumulativo, todos os transportadores respondem solidariamente pelo dano causado perante o remetente, ressalvada a apurao final da responsabilidade entre eles, de modo que o ressarcimento recaia, por inteiro, ou proporcionalmente, naquele ou naqueles em cujo percurso houver ocorrido o dano. Captulo XIV Do Contrato de Seguro Seo I Disposies Gerais Art. 1.432. Considera-se contrato de seguro aquele pelo qual uma das partes se obriga para com a outra, mediante a paga de um prmio, a indeniz-la do prejuzo resultante de riscos futuros, previstos no contrato. Captulo XV Do Seguro Seo I Disposies Gerais Art. 757. Pelo contrato de seguro, o segurador se obriga, mediante o pagamento do prmio, a garantir interesse legtimo do segurado, relativo a pessoa ou a coisa, contra riscos predeterminados. Pargrafo nico. Somente pode ser parte, no contrato de seguro, como segurador, entidade para tal fim legalmente autorizada. Art. 1.433. Este contrato no obriga antes de reduzido a escrito, e considera-se per182

Art. 758. O contrato de seguro prova-se com a exibio da aplice ou do bilhete


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Quadro Comparativo entre o Novo Cdigo Civil e o Cdigo Civil Anterior Lei no 3.071/1916 feito desde que o segurador remete a aplice ao segurado, ou faz nos livros o lanamento usual da operao. Lei no 10.406/2002 do seguro, e, na falta deles, por documento comprobatrio do pagamento do respectivo prmio. Art. 759. A emisso da aplice dever ser precedida de proposta escrita com a declarao dos elementos essenciais do interesse a ser garantido e do risco. Art. 1.447. As aplices podem ser nominativas, ordem ou ao portador. As de seguro sobre a vida no podem ser ao portador. Pargrafo nico. As aplices nominativas mencionaro o nome do segurador, o do segurado e o do seu representante, se o houver, ou o do terceiro, em cujo nome se faz o seguro. Art. 1.434. A aplice consignar os riscos assumidos, o valor do objeto do seguro, o prmio devido ou pago pelo segurado e quaisquer outras estipulaes, que no contrato se firmarem. Art. 1.435. As diferentes espcies de seguro previstas neste Cdigo sero reguladas pelas clusulas das respectivas aplices, que no contrariarem disposies legais. Art. 761. Quando o risco for assumido em co-seguro, a aplice indicar o segurador que administrar o contrato e representar os demais, para todos os seus efeitos. Art. 1.436. Nulo ser este contrato, quando o risco, de que se ocupa, se filiar a atos ilcitos do segurado, do beneficiado pelo seguro, ou dos representantes e prepostos, quer de um, quer do outro.
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Art. 760. A aplice ou o bilhete de seguro sero nominativos, ordem ou ao portador, e mencionaro os riscos assumidos, o incio e o fim de sua validade, o limite da garantia e o prmio devido, e, quando for o caso, o nome do segurado e o do beneficirio. Pargrafo nico. No seguro de pessoas, a aplice ou o bilhete no podem ser ao portador.

Art. 762. Nulo ser o contrato para garantia de risco proveniente de ato doloso do segurado, do beneficirio, ou de representante de um ou de outro.

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Quadro Comparativo entre o Novo Cdigo Civil e o Cdigo Civil Anterior Lei no 3.071/1916 Art. 1.437. No se pode segurar uma coisa por mais do que valha, nem pelo seu todo mais de uma vez. , todavia, lcito ao segurado acautelar, mediante novo seguro, o risco de falncia ou insolvncia do segurador. Art. 1.438. Se o valor do seguro exceder ao da coisa, o segurador poder, ainda depois de entregue a aplice, exigir a sua reduo ao valor real, restituindo ao segurado o excesso do prmio; e, provando que o segurado obrou de m-f , ter direito a anular o seguro, sem restituio do prmio, nem prejuzo da ao penal que no caso couber. Art. 1.439. Salvo o disposto no artigo 1.437, o segundo seguro da coisa j segurada pelo mesmo risco e no seu valor integral, pode ser anulado por qualquer das partes. O segundo segurador que ignorava o primeiro contrato, pode, sem restituir o prmio recebido, recusar o pagamento do objeto seguro, ou recobrar o que por ele pagou, na parte excedente ao seu valor real, ainda que no tenha reclamado contra o contrato antes do sinistro. Art. 1.440. A vida e as faculdades humanas tambm se podem estimar como objeto segurvel, e segurar, no valor ajustado, contra os riscos possveis, como o da morte involuntria, inabilitao para trabalhar, ou outros semelhantes. Pargrafo nico. Considera-se morte voluntria a recebida em duelo, bem como o suicdio premeditado por pessoa em seu juzo. Art. 763. No ter direito a indenizao o segurado que estiver em mora no paga184 Cdigo Civil Comparado

Lei no 10.406/2002

Quadro Comparativo entre o Novo Cdigo Civil e o Cdigo Civil Anterior Lei no 3.071/1916 Lei no 10.406/2002 mento do prmio, se ocorrer o sinistro antes de sua purgao. Art. 764. Salvo disposio especial, o fato de se no ter verificado o risco, em previso do qual se faz o seguro, no exime o segurado de pagar o prmio. Art. 1.443. O segurado e o segurador so obrigados a guardar no contrato a mais estrita boa-f e veracidade, assim a respeito de objeto, como das circunstncias e declaraes a ele concernentes. Art. 1.444. Se o segurado no fizer declaraes verdadeiras e completas, omitindo circunstncias que possam influir na aceitao da proposta ou na taxa do prmio, perder o direito ao valor do seguro, e pagar o prmio vencido. Art. 1.445. Quando o segurado contrata o seguro mediante procurador, tambm este se faz responsvel ao segurador pelas inexatides, ou lacunas, que possam influir no contrato. Art. 765. O segurado e o segurador so obrigados a guardar na concluso e na execuo do contrato, a mais estrita boaf e veracidade, tanto a respeito do objeto como das circunstncias e declaraes a ele concernentes. Art. 766. Se o segurado, por si ou por seu representante, fizer declaraes inexatas ou omitir circunstncias que possam influir na aceitao da proposta ou na taxa do prmio, perder o direito garantia, alm de ficar obrigado ao prmio vencido. Pargrafo nico. Se a inexatido ou omisso nas declaraes no resultar de m-f do segurado, o segurador ter direito a resolver o contrato, ou a cobrar, mesmo aps o sinistro, a diferena do prmio. Art. 767. No seguro conta de outrem, o segurador pode opor ao segurado quaisquer defesas que tenha contra o estipulante, por descumprimento das normas de concluso do contrato, ou de pagamento do prmio. Art. 768. O segurado perder o direito garantia se agravar intencionalmente o risco objeto do contrato. Art. 769. O segurado obrigado a comunicar ao segurador, logo que saiba, todo incidente suscetvel de agravar consideCdigo Civil Comparado 185

Quadro Comparativo entre o Novo Cdigo Civil e o Cdigo Civil Anterior Lei no 3.071/1916 Lei no 10.406/2002 ravelmente o risco coberto, sob pena de perder o direito garantia, se provar que silenciou de m-f. 1o O segurador, desde que o faa nos quinze dias seguintes ao recebimento do aviso da agravao do risco sem culpa do segurado, poder dar-lhe cincia, por escrito, de sua deciso de resolver o contrato. 2o A resoluo s ser eficaz trinta dias aps a notificao, devendo ser restituda pelo segurador a diferena do prmio. Art. 770. Salvo disposio em contrrio, a diminuio do risco no curso do contrato no acarreta a reduo do prmio estipulado; mas, se a reduo do risco for considervel, o segurado poder exigir a reviso do prmio, ou a resoluo do contrato. Art. 771. Sob pena de perder o direito indenizao, o segurado participar o sinistro ao segurador, logo que o saiba, e tomar as providncias imediatas para minorar-lhe as conseqncias. Pargrafo nico. Correm conta do segurador, at o limite fixado no contrato, as despesas de salvamento conseqente ao sinistro. Art. 772. A mora do segurador em pagar o sinistro obriga atualizao monetria da indenizao devida segundo ndices oficiais regularmente estabelecidos, sem prejuzo dos juros moratrios. Art. 1.446. O segurador, que, ao tempo do contrato, sabe estar passado o risco de que o segurado se pretende cobrir, e, no obstante, expede a aplice, pagar em dobro o prmio estipulado.
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Art. 773. O segurador que, ao tempo do contrato, sabe estar passado o risco de que o segurado se pretende cobrir, e, no obstante, expede a aplice, pagar em dobro o prmio estipulado.
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Quadro Comparativo entre o Novo Cdigo Civil e o Cdigo Civil Anterior Lei no 3.071/1916 Art. 1.448. A aplice declarar tambm o comeo e o fim dos riscos por ano, ms, dia e hora. 1o Em falta de estipulao precisa, contar-se- o prazo de conformidade com o artigo 125. 2o A respeito de coisas que se destinem a transporte de um para outro ponto, os riscos principiaro a correr, desde que sejam recebidas no primeiro lugar, e terminaro quando entregues ao destinatrio, no segundo. Art. 774. A reconduo tcita do contrato pelo mesmo prazo, mediante expressa clusula contratual, no poder operar mais de uma vez. Art. 775. Os agentes autorizados do segurador presumem-se seus representantes para todos os atos relativos aos contratos que agenciarem. Art. 776. O segurador obrigado a pagar em dinheiro o prejuzo resultante do risco assumido, salvo se convencionada a reposio da coisa. Art. 777. O disposto no presente Captulo aplica-se, no que couber, aos seguros regidos por leis prprias. Seo II Das Obrigaes do Segurado Art. 1.449. Salvo conveno em contrrio, no ato de receber a aplice pagar o segurado o prmio, que estipulou. Art. 1.450. O segurado presume-se obrigado a pagar os juros legais do prmio atrasado, independentemente de interpelao do segurador, se a aplice ou
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Quadro Comparativo entre o Novo Cdigo Civil e o Cdigo Civil Anterior Lei no 3.071/1916 os estatutos no estabelecerem maior taxa. Art. 1.451. Se o segurado vier a falir, ou for declarado interdito, estando em atraso nos prmios, ou se atrasar aps a interdio, ou a falncia, ficar o segurador isento da responsabilidade pelos riscos, se a massa, ou o representante do interdito, no pagar antes do sinistro os prmios atrasados. Art. 1.452. O fato de se no ter verificado o risco, em previso do qual se fez o seguro, no exime o segurado de pagar o prmio, que estipulou, observadas as disposies especiais do direito martimo sobre o estorno. Art. 1.453. Embora se hajam agravado os riscos, alm do que era possvel antever no contrato, nem por isso, a no haver nele clusula expressa, ter direito o segurador a aumento do prmio. Art. 1.454. Enquanto vigorar o contrato, o segurador abster-se- de tudo quanto possa aumentar os riscos, ou seja, contrrio aos termos do estipulado, sob pena de perder o direito ao seguro. Art. 1.455. Sob a mesma pena do artigo antecedente, comunicar o segurado ao segurador todo incidente, que de qualquer modo possa agravar o risco. Art. 1.456. No aplicar a pena do artigo 1.454, proceder o juiz com equidade, atentando nas circunstncias reais, e no em probabilidades infundadas, quanto agravao dos riscos.
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Quadro Comparativo entre o Novo Cdigo Civil e o Cdigo Civil Anterior Lei no 3.071/1916 Art. 1.457. Verificado o sinistro, o segurado, logo que o saiba, comunic-lo- ao segurador. Pargrafo nico. A omisso injustificada exonera o segurador, se este provar que, oportunamente avisado, lhe teria sido possvel evitar, ou atenuar, as consequencias do sinistro. Seo III Das Obrigaes do Segurador Art. 1.458. O segurador obrigado a pagar em dinheiro o prejuzo resultante do risco assumido e, conforme as circunstncias, o valor total da coisa segura. Art. 1.459. Sempre se presumir no se ter obrigado o segurador a indenizar prejuzos resultantes de vcio intrnseco coisa segura. Art. 1.460. Quando a aplice limitar ou particularizar os riscos do seguro compreender todos os prejuzos resultantes ou consequentes, como sejam os estragos ocasionados para evitar o sinistro, minorar o dano, ou salvar a coisa. Art. 1.461. Salvo expressa restrio na aplice, o risco do seguro compreender todos os prejuzos resultantes ou consequentes, como sejam os estragos ocasionados para evitar o sinistro, minorar o dano, ou salvar a coisa. Art. 1.462. Quando ao objeto do contrato se der valor determinado, e o seguro se fizer por este valor, ficar o segurador obrigado, no caso de perda total, a pagar pelo valor ajustado a importncia da indenizao, sem perder por isso o direito, que lhe asseguram os artigos 1.438 e 1.439.
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Quadro Comparativo entre o Novo Cdigo Civil e o Cdigo Civil Anterior Lei no 3.071/1916 Art. 1.463. O direito indenizao pode ser transmitido a terceiro como acessrio da propriedade, ou de direito real sobre a coisa segura. Pargrafo nico. Opera-se essa transmisso de pleno direito quanto coisa hipotecada, ou penhorada, e, fora desses casos, quando a aplice o no vedar. Art. 1.464. No caso de sinistro, o segurador pode opor ao sucessor ou representante do segurado todos os meios de defesa que contra este lhe assistiriam. Art. 1.465. Se o segurador falir antes de passado o risco, poder o segurado recusar-lhe o pagamento dos prmios atrasados, e fazer outro seguro pelo valor integral. Seo IV Do Seguro Mtuo Art. 1.466. Pode ajustar-se o seguro, pondo certo nmero de segurados em comum entre si o prejuzo, que a qualquer deles advenha, do risco por todos corrido. Em tal caso o conjunto dos segurados constitui a pessoa jurdica, a que pertencem as funes de segurador. Art. 1.467. Nesta forma de seguro, em lugar do prmio, os segurados contribuem com as quotas necessrias para ocorrer s despesas da administrao e aos prejuzos verificados. Sendo omissos os estatutos, presume-se que a taxa das quotas se determinar segundo as contas do ano. Art. 1.468. Ser permitido tambm obrigar a prmios fixos os segurados, ficando, porm, estes adstritos, se a importncia
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Quadro Comparativo entre o Novo Cdigo Civil e o Cdigo Civil Anterior Lei no 3.071/1916 daqueles no cobrir a dos riscos verificados, a quotizarem-se pela diferena. Art. 1.469. As entradas suplementares e os dividendos sero proporcionais s quotas de cada associado. Art. 1.470. As quotas dos scios sero fixadas conforme o valor dos respectivos seguros, podendo-se tambm levar em conta riscos diferentes, e estabelec-los de duas ou mais categorias. Seo II Do Seguro de Dano Art. 778. Nos seguros de dano, a garantia prometida no pode ultrapassar o valor do interesse segurado no momento da concluso do contrato, sob pena do disposto no art. 766, e sem prejuzo da ao penal que no caso couber. Art. 779. O risco do seguro compreender todos os prejuzos resultantes ou conseqentes, como sejam os estragos ocasionados para evitar o sinistro, minorar o dano, ou salvar a coisa. Art. 780. A vigncia da garantia, no seguro de coisas transportadas, comea no momento em que so pelo transportador recebidas, e cessa com a sua entrega ao destinatrio. Art. 781. A indenizao no pode ultrapassar o valor do interesse segurado no momento do sinistro, e, em hiptese alguma, o limite mximo da garantia fixado na aplice, salvo em caso de mora do segurador. Art. 782. O segurado que, na vigncia do contrato, pretender obter novo seguro
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Quadro Comparativo entre o Novo Cdigo Civil e o Cdigo Civil Anterior Lei no 3.071/1916 Lei no 10.406/2002 sobre o mesmo interesse, e contra o mesmo risco junto a outro segurador, deve previamente comunicar sua inteno por escrito ao primeiro, indicando a soma por que pretende segurar-se, a fim de se comprovar a obedincia ao disposto no art. 778. Art. 783. Salvo disposio em contrrio, o seguro de um interesse por menos do que valha acarreta a reduo proporcional da indenizao, no caso de sinistro parcial. Art. 784. No se inclui na garantia o sinistro provocado por vcio intrnseco da coisa segurada, no declarado pelo segurado. Pargrafo nico. Entende-se por vcio intrnseco o defeito prprio da coisa, que se no encontra normalmente em outras da mesma espcie. Art. 785. Salvo disposio em contrrio, admite-se a transferncia do contrato a terceiro com a alienao ou cesso do interesse segurado. 1 o Se o instrumento contratual nominativo, a transferncia s produz efeitos em relao ao segurador mediante aviso escrito assinado pelo cedente e pelo cessionrio. 2o A aplice ou o bilhete ordem s se transfere por endosso em preto, datado e assinado pelo endossante e pelo endossatrio. Art. 786. Paga a indenizao, o segurador sub-roga-se, nos limites do valor respectivo, nos direitos e aes que competirem ao segurado contra o autor do dano. 1o Salvo dolo, a sub-rogao no tem lugar se o dano foi causado pelo cnjuge
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Quadro Comparativo entre o Novo Cdigo Civil e o Cdigo Civil Anterior Lei no 3.071/1916 Lei no 10.406/2002 do segurado, seus descendentes ou ascendentes, consangneos ou afins. 2o ineficaz qualquer ato do segurado que diminua ou extinga, em prejuzo do segurador, os direitos a que se refere este artigo. Art. 787. No seguro de responsabilidade civil, o segurador garante o pagamento de perdas e danos devidos pelo segurado a terceiro. 1o To logo saiba o segurado das conseqncias de ato seu, suscetvel de lhe acarretar a responsabilidade includa na garantia, comunicar o fato ao segurador. 2o defeso ao segurado reconhecer sua responsabilidade ou confessar a ao, bem como transigir com o terceiro prejudicado, ou indeniz-lo diretamente, sem anuncia expressa do segurador. 3o Intentada a ao contra o segurado, dar este cincia da lide ao segurador. 4o Subsistir a responsabilidade do segurado perante o terceiro, se o segurador for insolvente. Art. 788. Nos seguros de responsabilidade legalmente obrigatrios, a indenizao por sinistro ser paga pelo segurador diretamente ao terceiro prejudicado. Pargrafo nico. Demandado em ao direta pela vtima do dano, o segurador no poder opor a exceo de contrato no cumprido pelo segurado, sem promover a citao deste para integrar o contraditrio. Seo V Do Seguro de Vida Seo III Do Seguro de Pessoa Art. 789. Nos seguros de pessoas, o capital segurado livremente estipulado pelo proponente, que pode contratar mais de
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Quadro Comparativo entre o Novo Cdigo Civil e o Cdigo Civil Anterior Lei no 3.071/1916 Lei no 10.406/2002 um seguro sobre o mesmo interesse, com o mesmo ou diversos seguradores. Art. 1.471. O seguro de vida tem por objeto garantir, mediante o prmio anual que se ajustar, o pagamento de certas pessoas, por morte do segurado, podendo estipularse igualmente o pagamento dessa soma ao prprio segurado, ou terceiro, se aquele sobreviver ao prazo de seu contrato. Pargrafo nico. Quando a liquidao s deva operar-se por morte, o prmio se pode ajustar por prazo limitado ou por partes contratantes, durante a vigncia do contrato, substiturem, de comum acordo um plano por outro, feita a indenizao de prmios que a substituio exigir. Art. 1.472. Pode uma pessoa fazer o seguro sobre a prpria vida, o sobre a de outrem, justificando porm, neste ltimo caso, o seu interesse pela preservao daquela que segura, sob pena de no valer o seguro Art. 790. No seguro sobre a vida de outros, o proponente obrigado a declarar, sob pena de falsidade, o seu interesse pela preservao da vida do segurado. Pargrafo nico. At prova em contrrio, presume-se o interesse, quando o segurado cnjuge, ascendente ou descendente do proponente. Art. 791. Se o segurado no renunciar faculdade, ou se o seguro no tiver como causa declarada a garantia de alguma obrigao, lcita a substituio do beneficirio, por ato entre vivos ou de ltima vontade. Pargrafo nico. O segurador, que no for cientificado oportunamente da substituio, desobrigar-se- pagando o capital segurado ao antigo beneficirio. Art. 792. Na falta de indicao da pessoa ou beneficirio, ou se por qualquer moti194 Cdigo Civil Comparado

Art. 1.473. Se o seguro no tiver por causa declarada a garantia de alguma obrigao, lcito ao segurado, em qualquer tempo, substituir o seu beneficirio, e, sendo a aplice emitida ordem, instituir o beneficirio at por ato de ltima vontade. Em falta de declarao, neste caso, o seguro ser pago aos herdeiros do segurado, sem embargo de quaisquer disposies em contrrio dos estatutos da companhia ou associao.

Quadro Comparativo entre o Novo Cdigo Civil e o Cdigo Civil Anterior Lei no 3.071/1916 Lei no 10.406/2002 vo no prevalecer a que for feita, o capital segurado ser pago por metade ao cnjuge no separado judicialmente, e o restante aos herdeiros do segurado, obedecida a ordem da vocao hereditria. Pargrafo nico. Na falta das pessoas indicadas neste artigo, sero beneficirios os que provarem que a morte do segurado os privou dos meios necessrios subsistncia. Art. 793. vlida a instituio do companheiro como beneficirio, se ao tempo do contrato o segurado era separado judicialmente, ou j se encontrava separado de fato. Art. 1.474.No se pode instituir beneficirio pessoa que for legalmente inibida de receber a doao do segurado. Art. 1.475. A soma estipulada como benefcio no est sujeita s obrigaes, ou dvidas do segurado. Art. 794. No seguro de vida ou de acidentes pessoais para o caso de morte, o capital estipulado no est sujeito s dvidas do segurado, nem se considera herana para todos os efeitos de direito.

Art. 1.476. tambm lcito fazer o seguro de modo que s tenha direito ele o segurado, se chegar a certa idade, ou for vivo a certo tempo. Art. 795. nula, no seguro de pessoa, qualquer transao para pagamento reduzido do capital segurado. Art. 796. O prmio, no seguro de vida, ser conveniado por prazo limitado, ou por toda a vida do segurado. Pargrafo nico. Em qualquer hiptese, no seguro individual, o segurador no ter
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Quadro Comparativo entre o Novo Cdigo Civil e o Cdigo Civil Anterior Lei no 3.071/1916 Lei no 10.406/2002 ao para cobrar o prmio vencido, cuja falta de pagamento, nos prazos previstos, acarretar, conforme se estipular, a resoluo do contrato, com a restituio da reserva j formada, ou a reduo do capital garantido proporcionalmente ao prmio pago. Art. 797. No seguro de vida para o caso de morte, lcito estipular-se um prazo de carncia, durante o qual o segurador no responde pela ocorrncia do sinistro. Pargrafo nico. No caso deste artigo o segurador obrigado a devolver ao beneficirio o montante da reserva tcnica j formada. Art. 798. O beneficirio no tem direito ao capital estipulado quando o segurado se suicida nos primeiros dois anos de vigncia inicial do contrato, ou da sua reconduo depois de suspenso, observado o disposto no pargrafo nico do artigo antecedente. Pargrafo nico. Ressalvada a hiptese prevista neste artigo, nula a clusula contratual que exclui o pagamento do capital por suicdio do segurado. Art. 799. O segurador no pode eximir-se ao pagamento do seguro, ainda que da aplice conste a restrio, se a morte ou a incapacidade do segurado provier da utilizao de meio de transporte mais arriscado, da prestao de servio militar, da prtica de esporte, ou de atos de humanidade em auxlio de outrem. Art. 800. Nos seguros de pessoas, o segurador no pode sub-rogar-se nos direitos e aes do segurado, ou do beneficirio, contra o causador do sinistro.
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Quadro Comparativo entre o Novo Cdigo Civil e o Cdigo Civil Anterior Lei no 3.071/1916 Lei no 10.406/2002 Art. 801. O seguro de pessoas pode ser estipulado por pessoa natural ou jurdica em proveito de grupo que a ela, de qualquer modo, se vincule. 1o O estipulante no representa o segurador perante o grupo segurado, e o nico responsvel, para com o segurador, pelo cumprimento de todas as obrigaes contratuais. 2o A modificao da aplice em vigor depender da anuncia expressa de segurados que representem trs quartos do grupo. Art. 802. No se compreende nas disposies desta Seo a garantia do reembolso de despesas hospitalares ou de tratamento mdico, nem o custeio das despesas de luto e de funeral do segurado. Captulo XIII Da Constituio de Renda Art. 1.424. Mediante ato entre vivos, ou de ltima vontade, e ttulo oneroso, ou gratuito, pode constituir-se, por tempo determinado, em benefcio prprio ou alheio, uma renda ou prestao peridica, entregando-se certo capital, em imveis ou dinheiro, a pessoa que se obrigue a satisfaz-la. Art. 1.424. Captulo XVI Da Constituio de Renda Art. 803. Pode uma pessoa, pelo contrato de constituio de renda, obrigar-se para com outra a uma prestao peridica, a ttulo gratuito.

Art. 804. O contrato pode ser tambm a ttulo oneroso, entregando-se bens mveis ou imveis pessoa que se obriga a satisfazer as prestaes a favor do credor ou de terceiros. Art. 805. Sendo o contrato a ttulo oneroso, pode o credor, ao contratar, exigir que o rendeiro lhe preste garantia real, ou fidejussria.

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Quadro Comparativo entre o Novo Cdigo Civil e o Cdigo Civil Anterior Lei no 3.071/1916 Lei no 10.406/2002 Art. 806. O contrato de constituio de renda ser feito a prazo certo, ou por vida, podendo ultrapassar a vida do devedor mas no a do credor, seja ele o contratante, seja terceiro. Art. 807. O contrato de constituio de renda requer escritura pblica. Art. 1.425. nula a constituio de renda em favor de pessoa j falecida, ou que, dentro nos trinta dias seguintes, vier a falecer de molstia que j sofria, quando foi celebrado o contrato. Art. 1.426. Os bens dados em compensao da renda caem, desde a tradio, no domnio da pessoa que por aquela se obrigou. Art. 1.427. Se o rendeiro, ou censurio, deixar de cumprir a obrigao estipulada, poder o credor da renda acion-lo, assim para que lhe pague as prestaes atrasadas, como para que lhe d garantias futuras, sob pena de resciso do contrato. Art. 1.428. O credor adquire o direito renda dia a dia, se a prestao no houver de ser paga adiantada, no comeo de cada um dos perodos prefixos. Art. 1.429. Quando a renda for constituda em benefcio de duas ou mais pessoas, sem determinao da parte de cada uma, entende-se que os seus direitos so iguais; e, salvo estipulao diversa, no adquiriro os sobrevivos direito parte dos que morrerem. Art. 1.430. A renda constituda por ttulo gratuito pode, por ato do instituidor, ficar
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Art. 808. nula a constituio de renda em favor de pessoa j falecida, ou que, nos trinta dias seguintes, vier a falecer de molstia que j sofria, quando foi celebrado o contrato. Art. 809. Os bens dados em compensao da renda caem, desde a tradio, no domnio da pessoa que por aquela se obrigou. Art. 810. Se o rendeiro, ou censurio, deixar de cumprir a obrigao estipulada, poder o credor da renda acion-lo, tanto para que lhe pague as prestaes atrasadas como para que lhe d garantias das futuras, sob pena de resciso do contrato. Art. 811. O credor adquire o direito renda dia a dia, se a prestao no houver de ser paga adiantada, no comeo de cada um dos perodos prefixos. Art. 812. Quando a renda for constituda em benefcio de duas ou mais pessoas, sem determinao da parte de cada uma, entende-se que os seus direitos so iguais; e, salvo estipulao diversa, no adquiriro os sobrevivos direito parte dos que morrerem. Art. 813. A renda constituda por ttulo gratuito pode, por ato do instituidor, ficar
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Quadro Comparativo entre o Novo Cdigo Civil e o Cdigo Civil Anterior Lei no 3.071/1916 isenta de todas as execues pendentes e futuras. Essa iseno existe de pleno direito em favor dos montepios e penses alimentcias. Art. 1.431. A renda viculada a um imvel constitui direito real, de acordo com o estabelecido nos artigos 749 a 754. Captulo XV Do Jogo e da Aposta Art. 1.477. As dvidas de jogo, ou aposta, no obrigam a pagamento; mas no se pode recobrar a quantia, que voluntariamente se pagou, salvo se foi ganha por dolo, ou se o perdente menor , ou intredito. Pargrafo nico. Aplica-se esta disposio a qualquer contrato que encubra ou envolva reconhecimento, novao ou fiana de dvidas de jogo; mas a nulidade resultante no pode ser oposta ao terceiro de boa-f. Captulo XVII Do Jogo e da Aposta Art. 814. As dvidas de jogo ou de aposta no obrigam a pagamento; mas no se pode recobrar a quantia, que voluntariamente se pagou, salvo se foi ganha por dolo, ou se o perdente menor ou interdito. 1o Estende-se esta disposio a qualquer contrato que encubra ou envolva reconhecimento, novao ou fiana de dvida de jogo; mas a nulidade resultante no pode ser oposta ao terceiro de boa-f. 2o O preceito contido neste artigo tem aplicao, ainda que se trate de jogo no proibido, s se excetuando os jogos e apostas legalmente permitidos. 3o Excetuam-se, igualmente, os prmios oferecidos ou prometidos para o vencedor em competio de natureza esportiva, intelectual ou artstica, desde que os interessados se submetam s prescries legais e regulamentares. Art. 1.478. No se pode exigir reembolso do que se emprestou para jogo, ou aposta, no ato de apostar, ou jogo. Art. 815. No se pode exigir reembolso do que se emprestou para jogo ou aposta, no ato de apostar ou jogar. Art. 816. As disposies dos arts. 814 e 815 no se aplicam aos contratos sobre
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Lei no 10.406/2002 isenta de todas as execues pendentes e futuras. Pargrafo nico. A iseno prevista neste artigo prevalece de pleno direito em favor dos montepios e penses alimentcias.

Quadro Comparativo entre o Novo Cdigo Civil e o Cdigo Civil Anterior Lei no 3.071/1916 Lei no 10.406/2002 ttulos de bolsa, mercadorias ou valores, em que se estipulem a liquidao exclusivamente pela diferena entre o preo ajustado e a cotao que eles tiverem no vencimento do ajuste. Art. 1.479. So equiparados ao jogo, submetendo-se, como tais, ao disposto nos artigos antecedentes, os contratos sobre ttulos de bolsa, mercadorias ou valores, em que se estipule a liquidao exclusivamente pela diferena entre o preo ajustado e a cotao que eles tiverem, no vencimento do ajuste. Art. 1.480. O sorteio, para dirimir questes, ou dividir coisas comuns, considerar-se- sistema de partilha, ou processo de transao, conforme o caso. Captulo XVI Da Fiana Seo I Disposies Gerais Art. 1.481. D-se o contrato de fiana, quando uma pessoa se obriga por outra, para com o seu credor, a satisfazer a obrigao, caso o devedor no a cumpra. Art. 1.482. Se o fiador tiver quem lhe abone a solvncia, ao abonador se aplicar o disposto neste Captulo, sobre fiana. Art. 1.483. A fiana dar-se- por escrito, e no admite interpretao extensiva. Art. 1.484. Pode-se estipular a fiana, ainda sem consentimento do devedor. Art. 1.485. As dvidas futuras podem ser objeto de fiana; mas o fiador, neste caso,
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Art. 817. O sorteio para dirimir questes ou dividir coisas comuns considera-se sistema de partilha ou processo de transao, conforme o caso. Captulo XVIII Da Fiana Seo I Disposies Gerais Art. 818. Pelo contrato de fiana, uma pessoa garante satisfazer ao credor uma obrigao assumida pelo devedor, caso este no a cumpra.

Art. 819. A fiana dar-se- por escrito, e no admite interpretao extensiva. Art. 820. Pode-se estipular a fiana, ainda que sem consentimento do devedor ou contra a sua vontade. Art. 821. As dvidas futuras podem ser objeto de fiana; mas o fiador, neste caso,
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Quadro Comparativo entre o Novo Cdigo Civil e o Cdigo Civil Anterior Lei no 3.071/1916 no ser demendado seno depois que se fizer certa e lquida a obrigao do principal devedor. Art. 1.486. No sendo limitada a fiana, compreender todos os acessrios da dvida principal, inclusive as despesas judiciais, desde a citao do fiador. Art. 1.487. A fiana pode ser de valor inferior ao da obrigao principal e contrada em condies menos onerosas. Quando exceder o valor da dvida, ou for mais onerosa que ela, no valer seno at o limite da obrigao afianada. Art. 1.488. As obrigaes nulas no so suscetveis de fiana, exceto se a nulidade resultar apenas de incapacidade pessoal do devedor. Pargrafo nico. Esta exceo no abrange o caso do artigo 1.259. Art. 1.489. Quando algum houver de dar fiador, o credor no pode ser obrigado a aceit-lo, se no for pessoa idnea, domiciliada no municpio, onde tenha de prestar a fiana, e no possua bens suficientes para desempenhar a obrigao. Art. 1.490. Se o fiador se tornar insolvente, ou incapaz, poder o credor exigir que seja substitudo. Seo II Dos Efeitos da Fiana Art. 1.491. O fiador demandado pelo pagamento da dvida tem direito a exigir, at contestao da lide, que sejam primeiro excutidos os bens do devedor.
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Lei no 10.406/2002 no ser demandado seno depois que se fizer certa e lquida a obrigao do principal devedor. Art. 822. No sendo limitada, a fiana compreender todos os acessrios da dvida principal, inclusive as despesas judiciais, desde a citao do fiador. Art. 823. A fiana pode ser de valor inferior ao da obrigao principal e contrada em condies menos onerosas, e, quando exceder o valor da dvida, ou for mais onerosa que ela, no valer seno at ao limite da obrigao afianada. Art. 824. As obrigaes nulas no so suscetveis de fiana, exceto se a nulidade resultar apenas de incapacidade pessoal do devedor. Pargrafo nico. A exceo estabelecida neste artigo no abrange o caso de mtuo feito a menor. Art. 825. Quando algum houver de oferecer fiador, o credor no pode ser obrigado a aceit-lo se no for pessoa idnea, domiciliada no municpio onde tenha de prestar a fiana, e no possua bens suficientes para cumprir a obrigao. Art. 826. Se o fiador se tornar insolvente ou incapaz, poder o credor exigir que seja substitudo. Seo II Dos Efeitos da Fiana Art. 827. O fiador demandado pelo pagamento da dvida tem direito a exigir, at a contestao da lide, que sejam primeiro executados os bens do devedor.
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Quadro Comparativo entre o Novo Cdigo Civil e o Cdigo Civil Anterior Lei no 3.071/1916 Pargrafo nico. O fiador, que alegar o benefcio de ordem a que se refere este artigo, deve nomear bens do devedor, sitos no mesmo municpio, livres e desembargados, quantos bastem para solver o dbito. Art. 1.492. No aproveita este benefcio ao fiador: I se ele o renunciou expressamente; II se se obrigou como principal pagador, ou devedor solidrio; III se o devedor for insolvente, ou falido. Art. 1.493. A fiana conjuntamente prestada a um s dbito por mais de uma pessoa importa o compromisso de solidariedade entre elas, se declaradamente no se reservaram o benefcio da diviso. Pargrafo nico. Estipulado este benefcio, cada fiador responde unicamente pela parte que, em proporo, lhe couber no pagamento. Art. 1.494. Pode tambm cada fiador taxar, no contrato, a parte da dvida que toma sob sua responsabilidade, e, neste caso, no ser obrigado a mais. Art. 1.495. O fiador que pagar integralmente a dvida, fica sub-rogado nos direitos do credor; mas s poder demandar a cada um dos outros fiadores pela respectiva quota. Pargrafo nico. A parte do fiador insolvente distribuir-se- pelos outros. Art. 1.496. O devedor responde tambm ao fiador por todas as perdas e danos que este pagar, e pelos que sofrer em razo da fiana.
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Lei no 10.406/2002 Pargrafo nico. O fiador que alegar o benefcio de ordem, a que se refere este artigo, deve nomear bens do devedor, sitos no mesmo municpio, livres e desembargados, quantos bastem para solver o dbito. Art. 828. No aproveita este benefcio ao fiador: I se ele o renunciou expressamente; II se se obrigou como principal pagador, ou devedor solidrio; III se o devedor for insolvente, ou falido. Art. 829. A fiana conjuntamente prestada a um s dbito por mais de uma pessoa importa o compromisso de solidariedade entre elas, se declaradamente no se reservarem o benefcio de diviso. Pargrafo nico. Estipulado este benefcio, cada fiador responde unicamente pela parte que, em proporo, lhe couber no pagamento. Art. 830. Cada fiador pode fixar no contrato a parte da dvida que toma sob sua responsabilidade, caso em que no ser por mais obrigado. Art. 831. O fiador que pagar integralmente a dvida fica sub-rogado nos direitos do credor; mas s poder demandar a cada um dos outros fiadores pela respectiva quota. Pargrafo nico. A parte do fiador insolvente distribuir-se- pelos outros. Art. 832. O devedor responde tambm perante o fiador por todas as perdas e danos que este pagar, e pelos que sofrer em razo da fiana.
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Quadro Comparativo entre o Novo Cdigo Civil e o Cdigo Civil Anterior Lei no 3.071/1916 Art. 1.497. O fiador tem direito aos juros do desembolso pela taxa estipulada na obrigao principal, e, no havendo taxa convencionada, aos juros legais da mora. Art. 1.498. Quando o credor, sem justa causa, demorar a execuo iniciada contra o devedor, poder o fiador, ou o abonador, promover-lhe o andamento. Art. 1.499. O fiador, ainda antes de haver pago, pode exigir que o devedor satisfaa a obrigao, ou o exonere da fiana desde que a dvida se torne exigvel, ou tenha decorrido o prazo dentro no qual o devedor se obrigou a desoner-lo. Art. 1.500. O fiador poder exonerar-se da fiana que tiver assinado sem limitao de tempo, sempre que lhe convier, ficando, porm, obrigado por todos os efeitos da fiana, anteriores ao ato amigvel, ou sentena que o exonerar. Art. 1.501. A obrigao do fiador passalhe aos herdeiros; mas a responsabilidade da fiana se limita ao tempo decorrido at a morte do fiador, e no pode ultrapassar as foras da herana. Seo III Da Extino da Fiana Art. 1.502. O fiador pode opor ao credor as excees que lhe forem pessoais, e as extintivas da obrigao que compitam ao devedor principal, se no provierem simplesmente de incapacidade pessoal, salvo o caso do artigo 1.259. Art. 1.503. O fiador, ainda que solidrio com o principal devedor, ficar desobrigado:
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Lei no 10.406/2002 Art. 833. O fiador tem direito aos juros do desembolso pela taxa estipulada na obrigao principal, e, no havendo taxa convencionada, aos juros legais da mora. Art. 834. Quando o credor, sem justa causa, demorar a execuo iniciada contra o devedor, poder o fiador promover-lhe o andamento.

Art. 835. O fiador poder exonerar-se da fiana que tiver assinado sem limitao de tempo, sempre que lhe convier, ficando obrigado por todos os efeitos da fiana, durante sessenta dias aps a notificao do credor. Art. 836. A obrigao do fiador passa aos herdeiros; mas a responsabilidade da fiana se limita ao tempo decorrido at a morte do fiador, e no pode ultrapassar as foras da herana. Seo III Da Extino da Fiana Art. 837. O fiador pode opor ao credor as excees que lhe forem pessoais, e as extintivas da obrigao que competem ao devedor principal, se no provierem simplesmente de incapacidade pessoal, salvo o caso do mtuo feito a pessoa menor. Art. 838. O fiador, ainda que solidrio, ficar desobrigado:

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Quadro Comparativo entre o Novo Cdigo Civil e o Cdigo Civil Anterior Lei no 3.071/1916 I se, sem consentimento seu, o credor conceder moratria ao devedor; II se, por fato do credor, for impossvel a sub-rogao nos seus direitos e preferncias; III se o credor, em pagamento da dvida, aceitar amigavelmente do devedor objeto diverso do que este era obrigado a lhe dar, ainda que depois venha a perd-lo por evico. Art. 1.504. Se, feita a nomeao nas condies do artigo 1.491, pargrafo nico, o devedor, retardando-se a execuo, cair em insolvncia, ficar exonerado o fiador, provando que os bens por ele indicados eram, ao tempo da penhora, suficientes para a soluo da dvida afianada. Ttulo II Dos Efeitos das Obrigaes Captulo XIX Da Transao Art. 1.025. lcito aos interessados prevenirem, ou terminarem o litgio mediante concesses mtuas. Art. 1.035. S quanto a direitos patrimoniais de carter privado se permite a transao. Captulo XIX Da Transao Art. 840. lcito aos interessados prevenirem ou terminarem o litgio mediante concesses mtuas. Art. 841. S quanto a direitos patrimoniais de carter privado se permite a transao. Art. 842. A transao far-se- por escritura pblica, nas obrigaes em que a lei o exige, ou por instrumento particular, nas em que ela o admite; se recair sobre direitos contestados em juzo, ser feita por escritura pblica, ou por termo nos autos, assinado pelos transigentes e homologado pelo juiz. Art. 1.027. A transao interpreta-se restritivamente. Por ela no se transmi204

Lei no 10.406/2002 I se, sem consentimento seu, o credor conceder moratria ao devedor; II se, por fato do credor, for impossvel a sub-rogao nos seus direitos e preferncias; III se o credor, em pagamento da dvida, aceitar amigavelmente do devedor objeto diverso do que este era obrigado a lhe dar, ainda que depois venha a perd-lo por evico. Art. 839. Se for invocado o benefcio da excusso e o devedor, retardando-se a execuo, cair em insolvncia, ficar exonerado o fiador que o invocou, se provar que os bens por ele indicados eram, ao tempo da penhora, suficientes para a soluo da dvida afianada.

Art. 843. A transao interpreta-se restritivamente, e por ela no se transCdigo Civil Comparado

Quadro Comparativo entre o Novo Cdigo Civil e o Cdigo Civil Anterior Lei no 3.071/1916 tem, apenas se declaram ou reconhecem direitos. Art. 1.028 . Se a transao recair sobre direitos contestados em juzo, far-se-: I por termo nos autos, assinado pelos transigentes e homologado pelo juiz; II por escritura pblica, nas obrigaes em que a lei o exige, ou particular, nas que ela o admite. Art. 1.029. No havendo ainda litgio, a transao realizar-se- por aquele dos modos indicados no artigo antecedente, no II, que no caso couber. Art. 1.031. A transao no aproveita, nem prejudica seno aos que nela intervieram, ainda que diga respeito a coisa indivisvel. 1o Se for concluda entre credor e o devedor principal, desobrigar o fiador. 2o Se entre um dos credores solidrios e o devedor, extingue a obrigao deste para com os outros credores. 3o Se entre um dos devedores solidrios e seu credor, extingue a dvida em relao aos co-devdores. Art. 1.032. Dada a evico da coisa renunciada por um dos transigentes, ou por ele transferida outra parte, no revive a obrigao extinta pela transao; mas ao evicto cabe o direito de reclamar perdas e danos. Art. 844. A transao no aproveita, nem prejudica seno aos que nela intervierem, ainda que diga respeito a coisa indivisvel. 1o Se for concluda entre o credor e o devedor, desobrigar o fiador. 2o Se entre um dos credores solidrios e o devedor, extingue a obrigao deste para com os outros credores. 3o Se entre um dos devedores solidrios e seu credor, extingue a dvida em relao aos co-devedores. Art. 845. Dada a evico da coisa renunciada por um dos transigentes, ou por ele transferida outra parte, no revive a obrigao extinta pela transao; mas ao evicto cabe o direito de reclamar perdas e danos. Pargrafo nico. Se um dos transigentes adquirir, depois da transao, novo direito sobre a coisa renunciada ou transferida, a transao feita no o inibir de exerc-lo.
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Lei no 10.406/2002 mitem, apenas se declaram ou reconhecem direitos.

Cdigo Civil Comparado

Quadro Comparativo entre o Novo Cdigo Civil e o Cdigo Civil Anterior Lei no 3.071/1916 Art. 1.033. A transao concernente a obrigaes resultantes de delito no perime a ao penal da justia pblica. Art. 1.034. admissvel, na transao, a pena convencional. Art. 1.026. Sendo nula qualquer das clusulas de transao, nula ser esta. Pargrafo nico. Quando a transao versar sobre diversos direitos contestados e no prevalecer em relao a um, fica, no obstante, vlida relativamente aos outros. Lei no 10.406/2002 Art. 846. A transao concernente a obrigaes resultantes de delito no extingue a ao penal pblica. Art. 847. admissvel, na transao, a pena convencional. Art. 848. Sendo nula qualquer das clusulas da transao, nula ser esta. Pargrafo nico. Quando a transao versar sobre diversos direitos contestados, independentes entre si, o fato de no prevalecer em relao a um no prejudicar os demais. Art. 849. A transao s se anula por dolo, coao, ou erro essencial quanto pessoa ou coisa controversa. Pargrafo nico. A transao no se anula por erro de direito a respeito das questes que foram objeto de controvrsia entre as partes. Art. 1.036. nula a transao a respeito de litgio decidido por sentena passada em julgado, se dela no tinha cincia algum dos transatores, ou quando, por ttulo ulteriormente descoberto, se verifica que nenhum deles tinha direito sobre o objeto da transao. Art. 850. nula a transao a respeito do litgio decidido por sentena passada em julgado, se dela no tinha cincia algum dos transatores, ou quando, por ttulo ulteriormente descoberto, se verificar que nenhum deles tinha direito sobre o objeto da transao. Captulo XX Do Compromisso Art. 851. admitido compromisso, judicial ou extrajudicial, para resolver litgios entre pessoas que podem contratar. Art. 852. vedado compromisso para soluo de questes de estado, de direito pessoal de famlia e de outras que no tenham carter estritamente patrimonial.
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Quadro Comparativo entre o Novo Cdigo Civil e o Cdigo Civil Anterior Lei no 3.071/1916 Lei no 10.406/2002 Art. 853. Admite-se nos contratos a clusula compromissria, para resolver divergncias mediante juzo arbitral, na forma estabelecida em lei especial. Ttulo VI Das Obrigaes por Declarao Unilateral da Vontade Captulo II Da Promessa de Recompensa Art. 1.512. Aquele que, por anncios pblicos, se comprometer a recompensar, ou gratificar, a quem preencha certa condio, ou desempenhe certo servio, contrai obrigao de fazer o prometido. Art. 1.513. Quem quer que, nos termos do artigo antecedente, fizer o dito servio, ou satisfizer a dita condio, ainda que no pelo interesse da promessa, poder exigir a recompensa estipulada. Art. 1.514. Antes de prestado o servio, ou preenchida a condio, pode o promitente revogar a promessa, contanto que o faa com a mesma publicidade. Ttulo VII Dos Atos Unilaterais Captulo I Da Promessa de Recompensa Art. 854. Aquele que, por anncios pblicos, se comprometer a recompensar, ou gratificar, a quem preencha certa condio, ou desempenhe certo servio, contrai obrigao de cumprir o prometido. Art. 855. Quem quer que, nos termos do artigo antecedente, fizer o servio, ou satisfizer a condio, ainda que no pelo interesse da promessa, poder exigir a recompensa estipulada. Art. 856. Antes de prestado o servio ou preenchida a condio, pode o promitente revogar a promessa, contanto que o faa com a mesma publicidade; se houver assinado prazo execuo da tarefa, entender-se- que renuncia o arbtrio de retirar, durante ele, a oferta. Pargrafo nico. O candidato de boa-f, que houver feito despesas, ter direito a reembolso. Art. 857. Se o ato contemplado na promessa for praticado por mais de um indivduo, ter direito recompensa o que primeiro o executou. Art. 858. Sendo simultnea a execuo, a cada um tocar quinho igual na recompensa; se esta no for divisvel, conferir207

Art. 1.515. Se o ato contemplado na promessa for praticado por mais de um indivduo, ter direito recompensa o que primeiro o executou. 1o Sendo simultnea a execuo, a cada um tocar um quinho igual na recompensa.
Cdigo Civil Comparado

Quadro Comparativo entre o Novo Cdigo Civil e o Cdigo Civil Anterior Lei no 3.071/1916 2o Se essa no for divisvel, conferir-se por sorteio. Art. 1.516. Nos concursos que se abrirem, com promessa pblica de recompensa, condio essencial, para valerem, a fixao de um prazo, observadas tambm as disposies dos pargrafos seguintes. 1o A deciso da pessoa nomeada, nos anncios, como juiz, obriga os interessados. 2o Em falta de pessoa designada para julgar o mrito dos trabalhos, que se apresentarem, entender-se- que o promitente reservou essa funo. 3o Se os trabalhos tiverem mrito igual, proceder-se- de acordo com o artigo antecedente. Art. 1.517. As obras premiadas, nos concursos de que trata o artigo anterior, s ficaro pertencendo ao promitente, se tal clusula estipular na publicao da promessa. Ttulo V Das Vrias Espcies de Contratos Captulo VIII Da Gesto de Negcios Art. 1.331. Aquele que, sem autorizao do interessado, intervm na gesto de negcio alheio, dirigi-lo- segundo o interesse e a vontade presumvel de seu dono, ficando responsvel a este e s pessoas com quem tratar. Art. 1.332. Se a gesto for iniciada contra a vontade manifesta ou presumvel do in208

Lei no 10.406/2002 se- por sorteio, e o que obtiver a coisa dar ao outro o valor de seu quinho. Art. 859. Nos concursos que se abrirem com promessa pblica de recompensa, condio essencial, para valerem, a fixao de um prazo, observadas tambm as disposies dos pargrafos seguintes. 1o A deciso da pessoa nomeada, nos anncios, como juiz, obriga os interessados. 2o Em falta de pessoa designada para julgar o mrito dos trabalhos que se apresentarem, entender-se- que o promitente se reservou essa funo. 3o Se os trabalhos tiverem mrito igual, proceder-se- de acordo com os arts. 857 e 858. Art. 860. As obras premiadas, nos concursos de que trata o artigo antecedente, s ficaro pertencendo ao promitente, se assim for estipulado na publicao da promessa.

Captulo II Da Gesto de Negcios Art. 861. Aquele que, sem autorizao do interessado, intervm na gesto de negcio alheio, dirigi-lo- segundo o interesse e a vontade presumvel de seu dono, ficando responsvel a este e s pessoas com que tratar. Art. 862. Se a gesto foi iniciada contra a vontade manifesta ou presumvel do inteCdigo Civil Comparado

Quadro Comparativo entre o Novo Cdigo Civil e o Cdigo Civil Anterior Lei no 3.071/1916 teressado, responder o gestor at pelos casos fortuitos, no provando que teriam sobrevindo, ainda quando se houvesse abstido. Art. 1.333.No caso do artigo antecedente, se os prejuzos da gesto excederem o seu proveito, poder o dono do negcio exigir que o gestor restitua as coisas ao estado anterior, ou o indenize da diferena. Art. 1.334. Tanto que se possa, comunicar o gestor ao dono do negcio a gesto que assumiu, aguardando-lhe a resposta, se da espera no resultar perigo. Art. 1.335. Enquanto do dono no providenciar, valer o gestor pelo negcio, at levar a cabo, esperando, se aquele falecer durante a gesto, as instrues dos herdeiros, sem se descuidar, entretanto das medidas que o caso reclame. Art. 1.336. O gestor envidar toda a sua diligncia habitual na administrao do negcio, ressarcindo ao dono todo o prejuzo resultante de qualquer culpa na gesto. Art. 1.337. Se o gestor se fizer substituir por outrem, responder pelas faltas do substituto, ainda que seja pessoa idnea, sem prejuzo da ao, que a ele, ou ao dono do negcio, contra ela possa caber. Pargrafo nico. Havendo mais de um gestor, ser solidria a sua responsabilidade. Art. 1.338. O gestor responde pelo caso fortuito, quando fizer operaes arriscadas, ainda que o dono costumasse fazCdigo Civil Comparado

Lei no 10.406/2002 ressado, responder o gestor at pelos casos fortuitos, no provando que teriam sobrevindo, ainda quando se houvesse abstido. Art. 863. No caso do artigo antecedente, se os prejuzos da gesto excederem o seu proveito, poder o dono do negcio exigir que o gestor restitua as coisas ao estado anterior, ou o indenize da diferena. Art. 864. Tanto que se possa, comunicar o gestor ao dono do negcio a gesto que assumiu, aguardando-lhe a resposta, se da espera no resultar perigo. Art. 865. Enquanto o dono no providenciar, velar o gestor pelo negcio, at o levar a cabo, esperando, se aquele falecer durante a gesto, as instrues dos herdeiros, sem se descuidar, entretanto, das medidas que o caso reclame. Art. 866. O gestor envidar toda sua diligncia habitual na administrao do negcio, ressarcindo ao dono o prejuzo resultante de qualquer culpa na gesto. Art. 867. Se o gestor se fizer substituir por outrem, responder pelas faltas do substituto, ainda que seja pessoa idnea, sem prejuzo da ao que a ele, ou ao dono do negcio, contra ela possa caber. Pargrafo nico. Havendo mais de um gestor, solidria ser a sua responsabilidade. Art. 868. O gestor responde pelo caso fortuito quando fizer operaes arriscadas, ainda que o dono costumasse faz-las, ou
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Quadro Comparativo entre o Novo Cdigo Civil e o Cdigo Civil Anterior Lei no 3.071/1916 las, ou quando preterir interesses deste por amor dos seus. Pargrafo nico. No obstante, querendo o dono aproveitar-se da gesto, ser obrigado a indenizar o gestor das despesas necessrias que tiver feito e dos prejuzos que, por causa da gesto, houver sofrido. Art. 1.339. Se o negcio for utilmente administrado, cumprir o dono as obrigaes contradas em seu nome, reembolsando ao gestor as despesas necessrias ou teis que houver feito, com os juros legais, desde o desembolso. Lei no 10.406/2002 quando preterir interesse deste em proveito de interesses seus. Pargrafo nico. Querendo o dono aproveitar-se da gesto, ser obrigado a indenizar o gestor das despesas necessrias, que tiver feito, e dos prejuzos, que por motivo da gesto, houver sofrido. Art. 869. Se o negcio for utilmente administrado, cumprir ao dono as obrigaes contradas em seu nome, reembolsando ao gestor as despesas necessrias ou teis que houver feito, com os juros legais, desde o desembolso, respondendo ainda pelos prejuzos que este houver sofrido por causa da gesto. 1o A utilidade, ou necessidade, da despesa, apreciar-se- no pelo resultado obtido, mas segundo as circunstncias da ocasio em que se fizerem. 2o Vigora o disposto neste artigo, ainda quando o gestor, em erro quanto ao dono do negcio, der a outra pessoa as contas da gesto. Art. 870. Aplica-se a disposio do artigo antecedente, quando a gesto se proponha a acudir a prejuzos iminentes, ou redunde em proveito do dono do negcio ou da coisa; mas a indenizao ao gestor no exceder, em importncia, as vantagens obtidas com a gesto. Art. 871. Quando algum, na ausncia do indivduo obrigado a alimentos, por ele os prestar a quem se devem, poder-lhes- reaver do devedor a importncia, ainda que este no ratifique o ato.
Cdigo Civil Comparado

1o A utilidade ou necessidade da despesa apreciar-se-, no pelo resultado obtido, mas segundo as circunstncias da ocasio em que se fizeram. 2o Vigora o disposto neste artigo, ainda quando o gestor, em erro quanto ao dono do negcio, der a outra pessoa as contas da gesto. Art. 1.340. Aplica-se, outrossim, a disposio do artigo antecedente, quando a gesto se proponha a acudir a prejuzos iminentes, ou redunde em proveito do dono do negcio, ou da coisa. Mas nunca a indenizao ao gestor exceder em importncia as vantagens obtidas com a gesto. Art. 1.341. Quando algum, na ausncia do indivduo obrigado a alimentos, por ele os prestar a quem se devem, poderlhes- reaver do devedor a importncia, ainda que este no ratifique o ato.
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Quadro Comparativo entre o Novo Cdigo Civil e o Cdigo Civil Anterior Lei no 3.071/1916 Art. 1.342. As despesas do enterro, proporcionadas aos usos locais e condio do falecido, feitas por terceiro, podem ser cobradas da pessoa que teria a obrigao de alimentar a que veio a falecer, ainda mesmo que esta no tenha deixado bens. Pargrafo nico. Cessa o disposto neste artigo e no antecedente, em se provando que o gestor fez essas despesas com o simples intento de bem fazer. Art. 1.343. A ratificao pura e simples do dono do negcio retroage ao dia do comeo da gesto, e produz todos os efeitos do mandato. Art. 1.344. Se o dono do negcio, ou da coisa, desaprovar a gesto, por contrria aos seus interesses, vigorar o disposto nos artigos 1.332 e 1.333, salvo o estatudo no artigo 1.340. Art. 1.345. Se os negcios alheios forem conexos aos do gestor, de tal arte que se no possam gerir separadamente, haverse- o gestor por scio daquele, cujos interesses agenciar de envolta com os seus. Pargrafo nico. Neste caso aquele em cujo benefcio interveio o gestor, s obrigado na razo das vantagens que lograr. Ttulo II Dos Efeitos das Obrigaes Captulo II Do Pagamento Seo VII Do Pagamento Indevido Art. 964. Todo aquele que recebeu o que lhe no era devido fica obrigado a restiCdigo Civil Comparado

Lei no 10.406/2002 Art. 872. Nas despesas do enterro, proporcionadas aos usos locais e condio do falecido, feitas por terceiro, podem ser cobradas da pessoa que teria a obrigao de alimentar a que veio a falecer, ainda mesmo que esta no tenha deixado bens. Pargrafo nico. Cessa o disposto neste artigo e no antecedente, em se provando que o gestor fez essas despesas com o simples intento de bem-fazer. Art. 873. A ratificao pura e simples do dono do negcio retroage ao dia do comeo da gesto, e produz todos os efeitos do mandato. Art. 874. Se o dono do negcio, ou da coisa, desaprovar a gesto, considerando-a contrria aos seus interesses, vigorar o disposto nos arts. 862 e 863, salvo o estabelecido nos arts. 869 e 870. Art. 875. Se os negcios alheios forem conexos ao do gestor, de tal arte que se no possam gerir separadamente, haverse- o gestor por scio daquele cujos interesses agenciar de envolta com os seus. Pargrafo nico. No caso deste artigo, aquele em cujo benefcio interveio o gestor s obrigado na razo das vantagens que lograr.

Captulo III Do Pagamento Indevido

Art. 876. Todo aquele que recebeu o que lhe no era devido fica obrigado a resti211

Quadro Comparativo entre o Novo Cdigo Civil e o Cdigo Civil Anterior Lei no 3.071/1916 tuir. A mesma obrigao incumbe ao que recebe dvida condicional antes de cumprida a condio. Art. 965. Ao que voluntariamente pagou o indevido incumbe a prova de t-lo feito por erro. Art. 966. Aos frutos, acessses, benfeitorias e deterioraes sobrevindas coisa dada em pagamento indevido, aplica-se o disposto nos artigos 510 a 519. Lei no 10.406/2002 tuir; obrigao que incumbe quele que recebe dvida condicional antes de cumprida a condio. Art. 877. quele que voluntariamente pagou o indevido incumbe a prova de t-lo feito por erro. Art. 878. Aos frutos, acesses, benfeitorias e deterioraes sobrevindas coisa dada em pagamento indevido, aplica-se o disposto neste Cdigo sobre o possuidor de boa-f ou de m-f, conforme o caso.

Art. 967. Se, aquele, que indevidamente recebeu um imvel, o tiver alienado, deve assistir o proprietrio na retificao do registro, nos termos do artigo 860. Art. 968. Se, aquele, que indevidamente recebeu um imvel, o tiver alienado em boa-f, por ttulo oneroso, responde somente pelo preo recebido; mas, se obrou de m-f, alm do valor do imvel, responde por perdas e danos. Pargrafo nico. Se o imvel se alheou por ttulo gratuito, ou se, alheando se, por ttulo oneroso, obrou de m-f o terceiro adquirente, cabe ao que pagou por erro o direito de reivindicao. Art. 969. Fica isento de restituir pagamento indevido aquele que, recebendo-o por conta de dvida verdadeira, inutilizou o ttulo, deixou de prescrever a ao ou abriu mo das garantias que asseguravam seu direito; mas o que pagou, dispe de ao regressiva contra o verdadeiro devedor e seu fiador.
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Art. 879. Se aquele que indevidamente recebeu um imvel o tiver alienado em boaf, por ttulo oneroso, responde somente pela quantia recebida; mas, se agiu de mf, alm do valor do imvel, responde por perdas e danos. Pargrafo nico. Se o imvel foi alienado por ttulo gratuito, ou se, alienado por ttulo oneroso, o terceiro adquirente agiu de m-f, cabe ao que pagou por erro o direito de reivindicao. Art. 880. Fica isento de restituir pagamento indevido aquele que, recebendo-o como parte de dvida verdadeira, inutilizou o ttulo, deixou prescrever a pretenso ou abriu mo das garantias que asseguravam seu direito; mas aquele que pagou dispe de ao regressiva contra o verdadeiro devedor e seu fiador.
Cdigo Civil Comparado

Quadro Comparativo entre o Novo Cdigo Civil e o Cdigo Civil Anterior Lei no 3.071/1916 Lei no 10.406/2002 Art. 881. Se o pagamento indevido tiver consistido no desempenho de obrigao de fazer ou para eximir-se da obrigao de no fazer, aquele que recebeu a prestao fica na obrigao de indenizar o que a cumpriu, na medida do lucro obtido. Art. 970. No se pode repetir o que se pagou para solver dvida prescrita, ou cumprir obrigao natural. Art. 971. No ter direito repetio aquele que deu alguma coisa para obter fim ilcito, imoral ou proibido por lei. Art. 882. No se pode repetir o que se pagou para solver dvida prescrita, ou cumprir obrigao judicialmente inexigvel. Art. 883. No ter direito repetio aquele que deu alguma coisa para obter fim ilcito, imoral, ou proibido por lei. Pargrafo nico. No caso deste artigo, o que se deu reverter em favor de estabelecimento local de beneficncia, a critrio do juiz. Captulo IV Do Enriquecimento sem Causa Art. 884. Aquele que, sem justa causa, se enriquecer custa de outrem, ser obrigado a restituir o indevidamente auferido, feita a atualizao dos valores monetrios. Pargrafo nico. Se o enriquecimento tiver por objeto coisa determinada, quem a recebeu obrigado a restitu-la, e, se a coisa no mais subsistir, a restituio se far pelo valor do bem na poca em que foi exigido. Art. 885. A restituio devida, no s quando no tenha havido causa que justifique o enriquecimento, mas tambm se esta deixou de existir. Art. 886. No caber a restituio por enriquecimento, se a lei conferir ao lesado
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Quadro Comparativo entre o Novo Cdigo Civil e o Cdigo Civil Anterior Lei no 3.071/1916 Lei no 10.406/2002 outros meios para se ressarcir do prejuzo sofrido. Ttulo VI Das Obrigaes por Declarao Unilateral da Vontade Ttulo VIII Dos Ttulos de Crdito Captulo I Disposies Gerais Art. 887. O ttulo de crdito, documento necessrio ao exerccio do direito literal e autnomo nele contido, somente produz efeito quando preencha os requisitos da lei. Art. 888. A omisso de qualquer requisito legal, que tire ao escrito a sua validade como ttulo de crdito, no implica a invalidade do negcio jurdico que lhe deu origem. Art. 889. Deve o ttulo de crdito conter a data da emisso, a indicao precisa dos direitos que confere, e a assinatura do emitente. 1o vista o ttulo de crdito que no contenha indicao de vencimento. 2o Considera-se lugar de emisso e de pagamento, quando no indicado no ttulo, o domiclio do emitente. 3o O ttulo poder ser emitido a partir dos caracteres criados em computador ou meio tcnico equivalente e que constem da escriturao do emitente, observados os requisitos mnimos previstos neste artigo. Art. 890. Consideram-se no escritas no ttulo a clusula de juros, a proibitiva de endosso, a excludente de responsabilidade pelo pagamento ou por despesas, a que dispense a observncia de termos e formalidade prescritas, e a que, alm dos
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Quadro Comparativo entre o Novo Cdigo Civil e o Cdigo Civil Anterior Lei no 3.071/1916 Lei no 10.406/2002 limites fixados em lei, exclua ou restrinja direitos e obrigaes. Art. 891. O ttulo de crdito, incompleto ao tempo da emisso, deve ser preenchido de conformidade com os ajustes realizados. Pargrafo nico. O descumprimento dos ajustes previstos neste artigo pelos que deles participaram, no constitui motivo de oposio ao terceiro portador, salvo se este, ao adquirir o ttulo, tiver agido de m-f. Art. 892. Aquele que, sem ter poderes, ou excedendo os que tem, lana a sua assinatura em ttulo de crdito, como mandatrio ou representante de outrem, fica pessoalmente obrigado, e, pagando o ttulo, tem ele os mesmos direitos que teria o suposto mandante ou representado. Art. 893. A transferncia do ttulo de crdito implica a de todos os direitos que lhe so inerentes. Art. 894. O portador de ttulo representativo de mercadoria tem o direito de transferi-lo, de conformidade com as normas que regulam a sua circulao, ou de receber aquela independentemente de quaisquer formalidades, alm da entrega do ttulo devidamente quitado. Art. 895. Enquanto o ttulo de crdito estiver em circulao, s ele poder ser dado em garantia, ou ser objeto de medidas judiciais, e no, separadamente, os direitos ou mercadorias que representa. Art. 896. O ttulo de crdito no pode ser reivindicado do portador que o adquiriu
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Quadro Comparativo entre o Novo Cdigo Civil e o Cdigo Civil Anterior Lei no 3.071/1916 Lei no 10.406/2002 de boa-f e na conformidade das normas que disciplinam a sua circulao. Art. 897. O pagamento de ttulo de crdito, que contenha obrigao de pagar soma determinada, pode ser garantido por aval. Pargrafo nico. vedado o aval parcial. Art. 898. O aval deve ser dado no verso ou no anverso do prprio ttulo. 1o Para a validade do aval, dado no anverso do ttulo, suficiente a simples assinatura do avalista. 2o Considera-se no escrito o aval cancelado. Art. 899. O avalista equipara-se quele cujo nome indicar; na falta de indicao, ao emitente ou devedor final. 1o Pagando o ttulo, tem o avalista ao de regresso contra o seu avalizado e demais coobrigados anteriores. 2 o Subsiste a responsabilidade do avalista, ainda que nula a obrigao daquele a quem se equipara, a menos que a nulidade decorra de vcio de forma. Art. 900. O aval posterior ao vencimento produz os mesmos efeitos do anteriormente dado. Art. 901. Fica validamente desonerado o devedor que paga ttulo de crdito ao legtimo portador, no vencimento, sem oposio, salvo se agiu de m-f. Pargrafo nico. Pagando, pode o devedor exigir do credor, alm da entrega do ttulo, quitao regular. Art. 902. No o credor obrigado a receber o pagamento antes do vencimento do
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Quadro Comparativo entre o Novo Cdigo Civil e o Cdigo Civil Anterior Lei no 3.071/1916 Lei no 10.406/2002 ttulo, e aquele que o paga, antes do vencimento, fica responsvel pela validade do pagamento. 1o No vencimento, no pode o credor recusar pagamento, ainda que parcial. 2o No caso de pagamento parcial, em que se no opera a tradio do ttulo, alm da quitao em separado, outra dever ser firmada no prprio ttulo. Art. 903. Salvo disposio diversa em lei especial, regem-se os ttulos de crdito pelo disposto neste Cdigo. Captulo I Dos Ttulos ao Portador Captulo II Do Ttulo ao Portador Art. 904. A transferncia de ttulo ao portador se faz por simples tradio. Art. 1.505. O detentor de um ttulo ao portador, quando ele autorizado a dispor, pode reclamar do respectivo subscritor ou emissor a prestao devida. O subscritor, ou emissor, porm, exonera-se, pagando a qualquer detentor, esteja ou no autorizado a dispor do ttulo. Art. 1.506. A obrigao do emissor subsiste, ainda que o ttulo tenha entrado em circulao contra sua vontade. Art. 1.507. Ao portador de boa-f, o subscritor, ou o emissor, no poder opor outra defesa, alm da que assente em nulidade interna ou externa do ttulo, ou em direito pessoal ao emissor, ou subscritor, contra o portador. Art. 1.511. nulo o ttulo, em que o signatrio, ou emissor, se obrigue, sem autorizao de lei federal, a pagar ao portador quantia certo em dinheiro.
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Art. 905. O possuidor de ttulo ao portador tem direito prestao nele indicada, mediante a sua simples apresentao ao devedor.

Pargrafo nico. A prestao devida ainda que o ttulo tenha entrado em circulao contra a vontade do emitente. Art. 906. O devedor s poder opor ao portador exceo fundada em direito pessoal, ou em nulidade de sua obrigao.

Art. 907. nulo o ttulo ao portador emitido sem autorizao de lei especial.

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Quadro Comparativo entre o Novo Cdigo Civil e o Cdigo Civil Anterior Lei no 3.071/1916 Pargrafo nico. Esta disposio no se aplica s obrigaes emitidas pelos Estados ou pelos Municpios, as quais continuaro a ser regidas por lei especial. Art. 908. O possuidor de ttulo dilacerado, porm identificvel, tem direito a obter do emitente a substituio do anterior, mediante a restituio do primeiro e o pagamento das despesas. Art. 1.509. A pessoa, injustamente desapossada de ttulos ao portador, s mediante interveno judicial poder impedir que ao ilegtimo detentor se pague a importncia do capital, ou seu interesse. Pargrafo nico. Se, citado o detentor desses ttulos, no forem apresentados em trs anos dessa data, poder o juiz declar-los caducos, ordenando ao devedor que lavre outros, em substituio dos reclamados. Art. 1.510. Se o ttulo, com o nome do credor, trouxer a clusula de poder ser paga a prestao ao portador, embolsando a este, o devedor exonerar-se- validamente; mas poder exigir dele que justifique o seu direito, ou preste cauo. Pargrafo nico. O pagamento, feito antes de ter cincia da ao referida neste artigo, exonera o devedor, salvo se se provar que ele tinha conhecimento do fato. Art. 909. O proprietrio, que perder ou extraviar ttulo, ou for injustamente desapossado dele, poder obter novo ttulo em juzo, bem como impedir sejam pagos a outrem capital e rendimentos. Lei no 10.406/2002

Captulo III Do Ttulo Ordem Art. 910. O endosso deve ser lanado pelo endossante no verso ou anverso do prprio ttulo. 1 o Pode o endossante designar o endossatrio, e para validade do endosso, dado no verso do ttulo, suficiente a simples assinatura do endossante. 2o A transferncia por endosso completa-se com a tradio do ttulo.
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Quadro Comparativo entre o Novo Cdigo Civil e o Cdigo Civil Anterior Lei no 3.071/1916 Lei no 10.406/2002 3o Considera-se no escrito o endosso cancelado, total ou parcialmente. Art. 911. Considera-se legtimo possuidor o portador do ttulo ordem com srie regular e ininterrupta de endossos, ainda que o ltimo seja em branco. Pargrafo nico. Aquele que paga o ttulo est obrigado a verificar a regularidade da srie de endossos, mas no a autenticidade das assinaturas. Art. 912. Considera-se no escrita no endosso qualquer condio a que o subordine o endossante. Pargrafo nico. nulo o endosso parcial. Art. 913. O endossatrio de endosso em branco pode mud-lo para endosso em preto, completando-o com o seu nome ou de terceiro; pode endossar novamente o ttulo, em branco ou em preto; ou pode transferi-lo sem novo endosso. Art. 914. Ressalvada clusula expressa em contrrio, constante do endosso, no responde o endossante pelo cumprimento da prestao constante do ttulo. 1o Assumindo responsabilidade pelo pagamento, o endossante se torna devedor solidrio. 2o Pagando o ttulo, tem o endossante ao de regresso contra os coobrigados anteriores. Art. 915. O devedor, alm das excees fundadas nas relaes pessoais que tiver com o portador, s poder opor a este as excees relativas forma do ttulo e ao seu contedo literal, falsidade da prCdigo Civil Comparado 219

Quadro Comparativo entre o Novo Cdigo Civil e o Cdigo Civil Anterior Lei no 3.071/1916 Lei no 10.406/2002 pria assinatura, a defeito de capacidade ou de representao no momento da subscrio, e falta de requisito necessrio ao exerccio da ao. Art. 916. As excees, fundadas em relao do devedor com os portadores precedentes, somente podero ser por ele opostas ao portador, se este, ao adquirir o ttulo, tiver agido de m-f. Art. 917. A clusula constitutiva de mandato, lanada no endosso, confere ao endossatrio o exerccio dos direitos inerentes ao ttulo, salvo restrio expressamente estatuda. 1o O endossatrio de endosso-mandato s pode endossar novamente o ttulo na qualidade de procurador, com os mesmos poderes que recebeu. 2o Com a morte ou a superveniente incapacidade do endossante, no perde eficcia o endosso-mandato. 3o Pode o devedor opor ao endossatrio de endosso-mandato somente as excees que tiver contra o endossante. Art. 918. A clusula constitutiva de penhor, lanada no endosso, confere ao endossatrio o exerccio dos direitos inerentes ao ttulo. 1o O endossatrio de endosso-penhor s pode endossar novamente o ttulo na qualidade de procurador. 2 o No pode o devedor opor ao endossatrio de endosso-penhor as excees que tinha contra o endossante, salvo se aquele tiver agido de m-f. Art. 919. A aquisio de ttulo ordem, por meio diverso do endosso, tem efeito de cesso civil.
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Quadro Comparativo entre o Novo Cdigo Civil e o Cdigo Civil Anterior Lei no 3.071/1916 Lei no 10.406/2002 Art. 920. O endosso posterior ao vencimento produz os mesmos efeitos do anterior. Captulo IV Do Ttulo Nominativo Art. 921. ttulo nominativo o emitido em favor de pessoa cujo nome conste no registro do emitente. Art. 922. Transfere-se o ttulo nominativo mediante termo, em registro do emitente, assinado pelo proprietrio e pelo adquirente. Art. 923. O ttulo nominativo tambm pode ser transferido por endosso que contenha o nome do endossatrio. 1o A transferncia mediante endosso s tem eficcia perante o emitente, uma vez feita a competente averbao em seu registro, podendo o emitente exigir do endossatrio que comprove a autenticidade da assinatura do endossante. 2o O endossatrio, legitimado por srie regular e ininterrupta de endossos, tem o direito de obter a averbao no registro do emitente, comprovada a autenticidade das assinaturas de todos os endossantes. 3o Caso o ttulo original contenha o nome do primitivo proprietrio, tem direito o adquirente a obter do emitente novo ttulo, em seu nome, devendo a emisso do novo ttulo constar no registro do emitente. Art. 924. Ressalvada proibio legal, pode o ttulo nominativo ser transformado em ordem ou ao portador, a pedido do proprietrio e sua custa. Art. 925. Fica desonerado de responsabilidade o emitente que de boa-f fizer a
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Quadro Comparativo entre o Novo Cdigo Civil e o Cdigo Civil Anterior Lei no 3.071/1916 Lei no 10.406/2002 transferncia pelos modos indicados nos artigos antecedentes. Art. 926. Qualquer negcio ou medida judicial, que tenha por objeto o ttulo, s produz efeito perante o emitente ou terceiros, uma vez feita a competente averbao no registro do emitente. Parte Geral Livro III Dos Fatos Jurdicos Ttulo II Dos Atos Ilcitos Ttulo IX Da Responsabilidade Civil Captulo I Da Obrigao de Indenizar Art. 159. Aquele que, por ao ou omisso voluntria, negligncia, ou imprudncia, violar direito, ou causar prejuzo a outrem, fica obrigado a reparar o dano. A verificao da culpa e a avaliao da responsabilidade regulam-se pelo disposto neste Cdigo, artigos 1.518 a 1.532 e 1.537 a 1.553. Art. 927. Aquele que, por ato ilcito (arts. 186 e 187), causar dano a outrem, fica obrigado a repar-lo.

Pargrafo nico. Haver obrigao de reparar o dano, independentemente de culpa, nos casos especificados em lei, ou quando a atividade normalmente desenvolvida pelo autor do dano implicar, por sua natureza, risco para os direitos de outrem. (ver art. 155 e art. 156 da Parte Geral, Livro III Dos Fatos Jurdicos, Ttulo I, Dos Atos Jurdicos, Captulo V Das Nulidades) Art. 928. O incapaz responde pelos prejuzos que causar, se as pessoas por ele responsveis no tiverem obrigao de fazlo ou no dispuserem de meios suficientes. Pargrafo nico. A indenizao prevista neste artigo, que dever ser eqitativa,
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Quadro Comparativo entre o Novo Cdigo Civil e o Cdigo Civil Anterior Lei no 3.071/1916 Lei no 10.406/2002 no ter lugar se privar do necessrio o incapaz ou as pessoas que dele dependem. Parte Especial Livro III Do Direito das Obrigaes Ttulo VII Das Obrigaes por Atos Ilcitos Art. 1.519. Se o dono da coisa, no caso do artigo 160, II, no for culpado do perigo, assistir-lhe- a direito indenizao do prejuzo que sofreu. Art. 1.520. Se o perigo ocorrer por culpa de terceiro, contra este ficar com ao regressiva, no caso do artigo 160, II, o autor do dano, para haver a importncia que tiver ressarcido ao dono da coisa. Pargrafo nico. A mesma ao competir contra aquele em defesa de quem se danificou a coisa. Art. 929. Se a pessoa lesada, ou o dono da coisa, no caso do inciso II do art. 188, no forem culpados do perigo, assistirlhes- direito indenizao do prejuzo que sofreram. Art. 930. No caso do inciso II do art. 188, se o perigo ocorrer por culpa de terceiro, contra este ter o autor do dano ao regressiva para haver a importncia que tiver ressarcido ao lesado. Pargrafo nico. A mesma ao competir contra aquele em defesa de quem se causou o dano (art. 188, inciso I). Art. 931. Ressalvados outros casos previstos em lei especial, os empresrios individuais e as empresas respondem independentemente de culpa pelos danos causados pelos produtos postos em circulao. Art. 1.521. So tambm responsveis pela reparao civil: I os pais, pelos filhos menores que estiverem sob seu poder e em sua companhia; II o tutor e o curador, pelos pupilos e curatelados, que se acharem nas mesmas condies;
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Art. 932. So tambm responsveis pela reparao civil: I os pais, pelos filhos menores que estiverem sob sua autoridade e em sua companhia; II o tutor e o curador, pelos pupilos e curatelados, que se acharem nas mesmas condies;
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Quadro Comparativo entre o Novo Cdigo Civil e o Cdigo Civil Anterior Lei no 3.071/1916 III o patro, amo ou comitente, por seus empregados, serviais e prepostos, no exerccio do trabalho que lhes competir, ou por ocasio dele; IV os donos de hotis, hospedarias, casas ou estabelecimentos, onde se albergue por dinheiro, mesmo para fins de educao, pelos seus hspedes, moradores e educandos; V os que gratuitamente houverem participado nos produtos do crime, at concorrente quantia. Art. 1.522. A responsabilidade estabelecida no artigo antecedente, no III, abrange as pessoas jurdicas, que exercerem explorao industrial. Art. 1.523. Excetuadas as do artigo 1.521, V, s sero responsveis as pessoas enumeradas nesse e no artigo 1.522, provando-se que elas concorreram para o dano por culpa, ou negligncia de sua parte. Art. 933. As pessoas indicadas nos incisos I a V do artigo antecedente, ainda que no haja culpa de sua parte, respondero pelos atos praticados pelos terceiros ali referidos. Art. 1.524. O que ressarcir o dano causado por outrem, se este no for descendente seu, pode reaver, daquele por quem pagou, o que houver pago. Art. 1.525. A responsabilidade civil independente da criminal; no se poder, porm, questionar mais sobre a existncia do fato, ou quem seja o seu autor, quando estas questes se acharem decididas no crime.
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Lei no 10.406/2002 III o empregador ou comitente, por seus empregados, serviais e prepostos, no exerccio do trabalho que lhes competir, ou em razo dele; IV os donos de hotis, hospedarias, casas ou estabelecimentos onde se albergue por dinheiro, mesmo para fins de educao, pelos seus hspedes, moradores e educandos; V os que gratuitamente houverem participado nos produtos do crime, at a concorrente quantia.

Art. 934. Aquele que ressarcir o dano causado por outrem pode reaver o que houver pago daquele por quem pagou, salvo se o causador do dano for descendente seu, absoluta ou relativamente incapaz. Art. 935. A responsabilidade civil independente da criminal, no se podendo questionar mais sobre a existncia do fato, ou sobre quem seja o seu autor, quando estas questes se acharem decididas no juzo criminal.
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Quadro Comparativo entre o Novo Cdigo Civil e o Cdigo Civil Anterior Lei no 3.071/1916 Art. 1.527. O dono ou detentor, do animal ressarcir o dano por este causado, se no provar: I que o guardava e vigiava com o cuidado preciso; II que o animal foi provocado por outro; III que houve imprudncia do ofendido; IV que o fato resultou de caso fortuito ou de fora maior. Art. 1.528. O dono do edifcio ou construo responde pelos danos que resultarem de sua runa, se esta provier de falta de reparos, cuja necessidade fosse manifesta. Art. 1.529. Aquele que habitar uma casa, ou parte dela, responde pelo dano proveniente das coisas que dela carem ou forem lanadas em lugar indevido. Art. 1.530. O credor que demandar o devedor antes de vencida a dvida, fora dos casos em que a lei permita, ficar obrigado a esperar o tempo que faltava para o vencimento, a descontar os juros correspondentes, embora estipulados, e a pagar as custas em dobro. Art. 1.531. Aquele que demandar por dvida j paga, no todo ou em parte, sem ressalvar as quantias recebidas, ou pedir mais do que for devido, ficar obrigado a pagar ao devedor, no primeiro caso, o dobro do que houver cobrado e, no segundo, o equivalente do que dele exigir, salvo se, por lhe estar prescrito o direito, decair da ao. Art. 1.532. No se aplicaro as penas dos artigos 1.530 e 1.531, quando o autor desistir da ao antes de contestada a lide.
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Lei no 10.406/2002 Art. 936. O dono, ou detentor, do animal ressarcir o dano por este causado, se no provar culpa da vtima ou fora maior.

Art. 937. O dono de edifcio ou construo responde pelos danos que resultarem de sua runa, se esta provier de falta de reparos, cuja necessidade fosse manifesta. Art. 938. Aquele que habitar prdio, ou parte dele, responde pelo dano proveniente das coisas que dele carem ou forem lanadas em lugar indevido. Art. 939. O credor que demandar o devedor antes de vencida a dvida, fora dos casos em que a lei o permita, ficar obrigado a esperar o tempo que faltava para o vencimento, a descontar os juros correspondentes, embora estipulados, e a pagar as custas em dobro. Art. 940. Aquele que demandar por dvida j paga, no todo ou em parte, sem ressalvar as quantias recebidas ou pedir mais do que for devido, ficar obrigado a pagar ao devedor, no primeiro caso, o dobro do que houver cobrado e, no segundo, o equivalente do que dele exigir, salvo se houver prescrio. Art. 941. As penas previstas nos arts. 939 e 940 no se aplicaro quando o autor desistir da ao antes de contestada a lide,
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Quadro Comparativo entre o Novo Cdigo Civil e o Cdigo Civil Anterior Lei no 3.071/1916 Lei no 10.406/2002 salvo ao ru o direito de haver indenizao por algum prejuzo que prove ter sofrido. Art. 1.518. Os bens do responsvel pela ofensa ou violao do direito de outrem ficam sujeitos reparao do dano causado, e, se tiver mais de um autor a ofensa, todos respondero solidariamente pela reparao. Pargrafo nico. So solidariamente responsveis com os autores os cmplices e as pessoas designadas no artigo 1.521. Art. 1.526. O direito de exigir reparao, e a obrigao de prest-la transmitem-se com a herana, exceto nos casos que este Cdigo excluir. Ttulo VIII Da Liquidao das Obrigaes Captulo I Disposies Gerais Captulo II Da Indenizao Art. 944. A indenizao mede-se pela extenso do dano. Pargrafo nico. Se houver excessiva desproporo entre a gravidade da culpa e o dano, poder o juiz reduzir, eqitativamente, a indenizao. Art. 945. Se a vtima tiver concorrido culposamente para o evento danoso, a sua indenizao ser fixada tendo-se em conta a gravidade de sua culpa em confronto com a do autor do dano. Art. 946. Se a obrigao for indeterminada, e no houver na lei ou no contrato disposio fixando a indenizao devida pelo inadimplente, apurar-se- o valor das per226 Cdigo Civil Comparado

Art. 942. Os bens do responsvel pela ofensa ou violao do direito de outrem ficam sujeitos reparao do dano causado; e, se a ofensa tiver mais de um autor, todos respondero solidariamente pela reparao. Pargrafo nico. So solidariamente responsveis com os autores os co-autores e as pessoas designadas no art. 932. Art. 943. O direito de exigir reparao e a obrigao de prest-la transmitem-se com a herana.

Quadro Comparativo entre o Novo Cdigo Civil e o Cdigo Civil Anterior Lei no 3.071/1916 Art. 1.533. Considera-se lquida a obrigao certa, quanto sua existncia, e determinada, quanto ao seu objeto. Art. 1.534. Se o devedor no puder cumprir a prestao na espcie ajustada, substituir-se- pelo seu valor, em moeda corrente, no lugar onde se execute a obrigao. Art. 1.535. execuo judicial das obrigaes de fazer, ou no fazer, e, em geral, indenizao de perdas e danos preceder a liquidao do valor respectivo, toda vez que o no fixe a lei, ou a conveno das partes. Art. 1.536 Captulo II Da Liquidao das Obrigaes Resultantes de Atos Ilcitos Art. 1.537. A indenizao, no caso de homicdio, consiste: I no pagamento das despesas com o tratamento da vtima, seu funeral e o luto da famlia; II na prestao de alimentos s pessoas a quem o defunto os devia. Art. 948. No caso de homicdio, a indenizao consiste, sem excluir outras reparaes: I no pagamento das despesas com o tratamento da vtima, seu funeral e o luto da famlia; II na prestao de alimentos s pessoas a quem o morto os devia, levando-se em conta a durao provvel da vida da vtima. Art. 949. No caso de leso ou outra ofensa sade, o ofensor indenizar o ofendido das despesas do tratamento e dos lucros cessantes at ao fim da convalescena, alm de algum outro prejuzo que o ofendido prove haver sofrido. Lei no 10.406/2002 das e danos na forma que a lei processual determinar. Art. 947. Se o devedor no puder cumprir a prestao na espcie ajustada, substituir-se- pelo seu valor, em moeda corrente.

Art. 1.538. No caso de ferimento ou outra ofensa sade, o ofensor indenizar o ofendido das despesas do tratamento e dos lucros cessantes at o fim da convalescena, alm de lhe pagar a importncia da multa no grau mdio da pena criminal correspondente. 1o Esta soma ser duplicada, se do ferimento resultar aleijo ou deformidade.
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Quadro Comparativo entre o Novo Cdigo Civil e o Cdigo Civil Anterior Lei no 3.071/1916 2o Se o ofendido, aleijado ou deformado, for mulher solteira ou viva, ainda capaz de casar, a indenizao consistir em dot-la, segundo as posses do ofensor, as circunstncias do ofendido e a gravidade do defeito. Art. 1.539. Se da ofensa resultar defeito pelo qual o ofendido no possa exercer seu ofcio ou profisso, ou se lhe diminua o valor do trabalho, a indenizao, alm das despesas do tratamento e lucros cessantes at o fim da convalescna, incluir uma penso correspondente importncia do trabalho, para que se inabilitou, ou da depreciao que ele sofreu. Art. 950. Se da ofensa resultar defeito pelo qual o ofendido no possa exercer o seu ofcio ou profisso, ou se lhe diminua a capacidade de trabalho, a indenizao, alm das despesas do tratamento e lucros cessantes at ao fim da convalescena, incluir penso correspondente importncia do trabalho para que se inabilitou, ou da depreciao que ele sofreu. Pargrafo nico. O prejudicado, se preferir, poder exigir que a indenizao seja arbitrada e paga de uma s vez. Art. 1.540. As disposies precedentes se aplicam ainda ao caso em que a morte, ou leso, resulte de ato considerado crime justificvel, se no foi perpetrado pelo ofensor em repulsa de agresso do ofendido. Art. 951. O disposto nos arts. 948, 949 e 950 aplica-se ainda no caso de indenizao devida por aquele que, no exerccio de atividade profissional, por negligncia, imprudncia ou impercia, causar a morte do paciente, agravar-lhe o mal, causar-lhe leso, ou inabilit-lo para o trabalho. Art. 952. Havendo usurpao ou esbulho do alheio, alm da restituio da coisa, a indenizao consistir em pagar o valor das suas deterioraes e o devido a ttulo de lucros cessantes; faltando a coisa, dever-se- reembolsar o seu equivalente ao prejudicado. Lei no 10.406/2002

Art. 1.541. Havendo usurpao ou esbulho alheio, a indenizao consistir em se restituir a coisa, mais o valor das suas deterioraes, ou, faltando ela, em se embolsar o seu equivalente ao prejudicado. Art. 1.542. Se a coisa estiver em poder de terceiro, este ser obrigado a entreg-la correndo a indenizao pelos bens do delinquente.
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Quadro Comparativo entre o Novo Cdigo Civil e o Cdigo Civil Anterior Lei no 3.071/1916 Art. 1.543.Para se restituir o equivalente, quando no exista a prpria coisa (artigo 1.541), estimar-se- ela pelo seu preo ordinrio e pelo de afeio, contanto que este no se avantaje quele. Art. 1.544. Alm dos juros ordinrios, contados proporcionalmente ao valor do dano, e desde o tempo do crime, a satisfao compreende os juros compostos. Art. 1.545. Os mdicos, cirurgies, farmacuticos, parteiras e dentistas so obrigados a satisfazer o dano, sempre que da imprudncia, negligncia, ou impercia, em atos profissionais, resultar morte, inabilitao de servir, ou ferimento. Art. 1.546. O farmacutico responde solidariamente pelos erros e enganos do seu preposto. Art. 1.547. A indenizao por injria ou calnia consistir na reparao do dano que delas resulte ao ofendido. Pargrafo nico. Se este no puder provar prejuzo material, pagar-lhe- o ofensor o dobro da multa no grau mximo da pena criminal respectiva (artigo 1.550). Art. 1.548. A mulher agravada em sua honra tem direito a exigir do ofensor, se este no puder ou no quiser reparar o mal pelo casamento, um dote correspondente sua prpria condio e estado: I se, virgem e menor, for deflorada; II se, mulher honesta, for violentada, ou alterada por ameaas; III se for seduzida com promessas de casamento; IV se for raptada.
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Lei no 10.406/2002 Pargrafo nico. Para se restituir o equivalente, quando no exista a prpria coisa, estimar-se- ela pelo seu preo ordinrio e pelo de afeio, contanto que este no se avantaje quele.

Art. 953. A indenizao por injria, difamao ou calnia consistir na reparao do dano que delas resulte ao ofendido. Pargrafo nico. Se o ofendido no puder provar prejuzo material, caber ao juiz fixar, eqitativamente, o valor da indenizao, na conformidade das circunstncias do caso.

Quadro Comparativo entre o Novo Cdigo Civil e o Cdigo Civil Anterior Lei no 3.071/1916 Art. 1.549. Nos demais crimes de violncia sexual, ou ultraje ao pudor, arbitrar-se judicialmente a indenizao. Art. 1.550. A indenizao por ofensa liberdade pessoal consistir no pagamento das perdas e danos que sobrevierem ao ofendido, e no de uma soma calculada nos termos do pargrafo nico do artigo 1.547. Art. 1.551. Consideram-se ofensivos da liberdade pessoal: I o crcere privado; II a priso por queixa ou denncia falsa e de m f; III a priso ilegal. Art. 1.552. No caso do artigo antecedente, no III, s a autoridade, que ordenou a priso, obrigada a ressarcir o dano. Art. 1.553. Nos casos no previstos neste Captulo, se fixar por arbitramento a indenizao. Ttulo IX Do Concurso de Credores Das Preferncias e Privilgios Creditrios Art. 1.554. Procede-se ao concurso de credores, toda vez que as dvidas excedam importncia dos bens do devedor. Art. 1.555. A discusso entre os credores pode versar, quer sobre a preferncia entre eles disputada, quer sobre a nulidade, simulao, fraude, ou falsidade das dvidas e contratos. Art. 1.556. No havendo ttulo legal preferncia, tero os credores igual direito sobre os bens do devedor comum.
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Art. 954. A indenizao por ofensa liberdade pessoal consistir no pagamento das perdas e danos que sobrevierem ao ofendido, e se este no puder provar prejuzo, tem aplicao o disposto no pargrafo nico do artigo antecedente. Pargrafo nico. Consideram-se ofensivos da liberdade pessoal: I o crcere privado; II a priso por queixa ou denncia falsa e de m-f; III a priso ilegal.

Ttulo X Das Preferncias e Privilgios Creditrios Art. 955. Procede-se declarao de insolvncia toda vez que as dvidas excedam importncia dos bens do devedor. Art. 956. A discusso entre os credores pode versar quer sobre a preferncia entre eles disputada, quer sobre a nulidade, simulao, fraude, ou falsidade das dvidas e contratos. Art. 957. No havendo ttulo legal preferncia, tero os credores igual direito sobre os bens do devedor comum.
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Quadro Comparativo entre o Novo Cdigo Civil e o Cdigo Civil Anterior Lei no 3.071/1916 Art. 1.557. Os ttulos legais de preferncia so os privilgios e os direitos reais. Art. 1.558. Conservam seus respectivos direitos os credores, hipotecrios ou privilegiados: I sobre o preo do seguro da coisa gravada com hipoteca ou privilgio, ou sobre a indenizao devida, havendo responsvel pela perda ou danificao da coisa; II sobre o valor da indenizao, se a coisa obrigada hipoteca ou privilgio for desapropriada, ou submetida a servido legal. Art. 1.559. Nesses casos, o devedor do preo do seguro, ou da indenizao, se exonera pagando sem oposio dos credores hipotecrios ou privilegiados. Art. 1.560. O crdito real prefere ao pessoal de qualquer espcie, salvo a exceo estabelecida no pargrafo nico do artigo 759; o crdito pessoal privilegiado, ao simples, e o privilgio especial, ao geral. Art. 1.561. A preferncia resultante de hipoteca, penhor e mais direitos reais, determinar-se- de conformidade com o disposto no Livro antecedente. Art. 1.562. Quando concorrerem aos mesmos bens, e por ttulo igual, dois ou mais credores da mesma classe, especialmente privilegiados, haver entre eles rateio, proporcional ao valor dos respectivos crditos, se o produto no bastar para o pagamento integral de todos. Art. 1.563. Os privilgios, excetuado o de que trata o pargrafo nico do artigo 759, se referem somente:
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Lei no 10.406/2002 Art. 958. Os ttulos legais de preferncia so os privilgios e os direitos reais. Art. 959. Conservam seus respectivos direitos os credores, hipotecrios ou privilegiados: I sobre o preo do seguro da coisa gravada com hipoteca ou privilgio, ou sobre a indenizao devida, havendo responsvel pela perda ou danificao da coisa; II sobre o valor da indenizao, se a coisa obrigada a hipoteca ou privilgio for desapropriada. Art. 960. Nos casos a que se refere o artigo antecedente, o devedor do seguro, ou da indenizao, exonera-se pagando sem oposio dos credores hipotecrios ou privilegiados. Art. 961. O crdito real prefere ao pessoal de qualquer espcie; o crdito pessoal privilegiado, ao simples; e o privilgio especial, ao geral.

Art. 962. Quando concorrerem aos mesmos bens, e por ttulo igual, dois ou mais credores da mesma classe especialmente privilegiados, haver entre eles rateio proporcional ao valor dos respectivos crditos, se o produto no bastar para o pagamento integral de todos.

Quadro Comparativo entre o Novo Cdigo Civil e o Cdigo Civil Anterior Lei no 3.071/1916 Art. 1.564. Do preo do imvel hipotecado, porm, sero deduzidas as custas judiciais de sua execuo, bem como as despesas de conservao com ele feitas por terceiro, mediante consenso do devedor e do credor, depois de constituda a hipoteca. Art. 1.565. O privilgio especial s compreende os bens sujeitos, por expressa disposio de lei, ao pagamento do crdito, que ele favorece, e o geral, todos os bens no sujeitos a crdito real, nem a privilgio especial. Art. 1.566. Tm privilgio especial: I sobre a coisa arrecadada e liquidada, o credor de custas e despesas judiciais feitas com arrecadao e liquidao; II sobre a coisa salvada, o credor por despesas de salvamento; III sobre a coisa beneficiada, o credor por benfeitorias necessrias ou teis; IV sobre os prdios rsticos ou urbanos, fbricas, oficinas, ou quaiquer outras construes, o credor de materiais, dinheiro, ou servios para a sua edificao, reconstruo, ou melhoramento; V sobre os frutos agrcolas, o credor por sementes, instrumentos e servios cultura, ou colheita; VI sobre as alfaias e utnseis de uso domstico, nos prdios rsticos ou urbanos, o credor de alugueres, quanto s prestaes do ano corrente e do anterior; VII sobre os exemplares da obra existente na massa do editor, o autor dela, os seus legtimos representantes, pelo crdito fundado contra aquele no contrato de edio; VIII sobre o produto da colheita, para a qual houver concorrido com o seu trabalho, e precipuamente a quaisquer outros
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Art. 963. O privilgio especial s compreende os bens sujeitos, por expressa disposio de lei, ao pagamento do crdito que ele favorece; e o geral, todos os bens no sujeitos a crdito real nem a privilgio especial. Art. 964. Tm privilgio especial: I sobre a coisa arrecadada e liquidada, o credor de custas e despesas judiciais feitas com a arrecadao e liquidao; II sobre a coisa salvada, o credor por despesas de salvamento; III sobre a coisa beneficiada, o credor por benfeitorias necessrias ou teis; IV sobre os prdios rsticos ou urbanos, fbricas, oficinas, ou quaisquer outras construes, o credor de materiais, dinheiro, ou servios para a sua edificao, reconstruo, ou melhoramento; V sobre os frutos agrcolas, o credor por sementes, instrumentos e servios cultura, ou colheita; VI sobre as alfaias e utenslios de uso domstico, nos prdios rsticos ou urbanos, o credor de aluguis, quanto s prestaes do ano corrente e do anterior; VII sobre os exemplares da obra existente na massa do editor, o autor dela, ou seus legtimos representantes, pelo crdito fundado contra aquele no contrato da edio; VIII sobre o produto da colheita, para a qual houver concorrido com o seu trabalho, e precipuamente a quaisquer outros
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Quadro Comparativo entre o Novo Cdigo Civil e o Cdigo Civil Anterior Lei no 3.071/1916 crditos, o trabalhador agrcola, quanto dvida dos seus salrios. Art. 1.567. Cessa o privilgio estabelecido no artigo antecedente, no V, desde que os frutos so reduzidos a outra espcie, ou vendidos depois de recolhidos. Art. 1.568. Havendo , a um tempo, credores com direito ao privilgio do artigo 1.566, III, e ao desse artigo, no IV, aplicarse-lhes- o disposto no artigo 1.562. Art. 1.569. Gozam de privilgio geral, na ordem seguinte, sobre os bens do devedor: I o crdito por despesas do seu funeral, feito sem pompa, segundo a condio do finado e o costume do lugar; II o crdito por custas judiciais, ou por despesas com arrecadao e liquidao da massa; III o crdito por despesas com o luto do cnjuge sobrevivo e dos filhos do devedor falecido, se forem moderadas; IV o crdito por despesas com a doena de que faleceu o devedor, no semestre anterior sua morte; V o crdito pelos gastos necessrios mantena do devedor falecido e sua famlia, no trimestre anterior ao falecimento; VI o crdito pelos impostos devidos Fazenda Pblica, no ano corrente e no anterior. Art. 965. Goza de privilgio geral, na ordem seguinte, sobre os bens do devedor: I o crdito por despesa de seu funeral, feito segundo a condio do morto e o costume do lugar; II o crdito por custas judiciais, ou por despesas com a arrecadao e liquidao da massa; III o crdito por despesas com o luto do cnjuge sobrevivo e dos filhos do devedor falecido, se foram moderadas; IV o crdito por despesas com a doena de que faleceu o devedor, no semestre anterior sua morte; V o crdito pelos gastos necessrios mantena do devedor falecido e sua famlia, no trimestre anterior ao falecimento; VI o crdito pelos impostos devidos Fazenda Pblica, no ano corrente e no anterior; VII o crdito pelos salrios dos empregados do servio domstico do devedor, nos seus derradeiros seis meses de vida; VIII os demais crditos de privilgio geral. Livro II Do Direito de Empresa Ttulo I Do Empresrio
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Lei no 10.406/2002 crditos, ainda que reais, o trabalhador agrcola, quanto dvida dos seus salrios.

Quadro Comparativo entre o Novo Cdigo Civil e o Cdigo Civil Anterior Lei no 3.071/1916 Lei no 10.406/2002 Captulo I Da Caracterizao e da Inscrio Art. 966. Considera-se empresrio quem exerce profissionalmente atividade econmica organizada para a produo ou a circulao de bens ou de servios. Pargrafo nico. No se considera empresrio quem exerce profisso intelectual, de natureza cientfica, literria ou artstica, ainda com o concurso de auxiliares ou colaboradores, salvo se o exerccio da profisso constituir elemento de empresa. Art. 967. obrigatria a inscrio do empresrio no Registro Pblico de Empresas Mercantis da respectiva sede, antes do incio de sua atividade. Art. 968. A inscrio do empresrio farse- mediante requerimento que contenha: I o seu nome, nacionalidade, domiclio, estado civil e, se casado, o regime de bens; II a firma, com a respectiva assinatura autgrafa; III o capital; IV o objeto e a sede da empresa. 1o Com as indicaes estabelecidas neste artigo, a inscrio ser tomada por termo no livro prprio do Registro Pblico de Empresas Mercantis, e obedecer a nmero de ordem contnuo para todos os empresrios inscritos. 2o margem da inscrio, e com as mesmas formalidades, sero averbadas quaisquer modificaes nela ocorrentes. Art. 969. O empresrio que instituir sucursal, filial ou agncia, em lugar sujeito jurisdio de outro Registro Pblico de
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Quadro Comparativo entre o Novo Cdigo Civil e o Cdigo Civil Anterior Lei no 3.071/1916 Lei no 10.406/2002 Empresas Mercantis, neste dever tambm inscrev-la, com a prova da inscrio originria. Pargrafo nico. Em qualquer caso, a constituio do estabelecimento secundrio dever ser averbada no Registro Pblico de Empresas Mercantis da respectiva sede. Art. 970. A lei assegurar tratamento favorecido, diferenciado e simplificado ao empresrio rural e ao pequeno empresrio, quanto inscrio e aos efeitos da decorrentes. Art. 971. O empresrio, cuja atividade rural constitua sua principal profisso, pode, observadas as formalidades de que tratam o art. 968 e seus pargrafos, requerer inscrio no Registro Pblico de Empresas Mercantis da respectiva sede, caso em que, depois de inscrito, ficar equiparado, para todos os efeitos, ao empresrio sujeito a registro. Captulo II Da Capacidade Art. 972. Podem exercer a atividade de empresrio os que estiverem em pleno gozo da capacidade civil e no forem legalmente impedidos. Art. 973. A pessoa legalmente impedida de exercer atividade prpria de empresrio, se a exercer, responder pelas obrigaes contradas. Art. 974. Poder o incapaz, por meio de representante ou devidamente assistido, continuar a empresa antes exercida por ele enquanto capaz, por seus pais ou pelo autor de herana.
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Quadro Comparativo entre o Novo Cdigo Civil e o Cdigo Civil Anterior Lei no 3.071/1916 Lei no 10.406/2002 1o Nos casos deste artigo, preceder autorizao judicial, aps exame das circunstncias e dos riscos da empresa, bem como da convenincia em continu-la, podendo a autorizao ser revogada pelo juiz, ouvidos os pais, tutores ou representantes legais do menor ou do interdito, sem prejuzo dos direitos adquiridos por terceiros. 2o No ficam sujeitos ao resultado da empresa os bens que o incapaz j possua, ao tempo da sucesso ou da interdio, desde que estranhos ao acervo daquela, devendo tais fatos constar do alvar que conceder a autorizao. Art. 975. Se o representante ou assistente do incapaz for pessoa que, por disposio de lei, no puder exercer atividade de empresrio, nomear, com a aprovao do juiz, um ou mais gerentes. 1o Do mesmo modo ser nomeado gerente em todos os casos em que o juiz entender ser conveniente. 2o A aprovao do juiz no exime o representante ou assistente do menor ou do interdito da responsabilidade pelos atos dos gerentes nomeados. Art. 976. A prova da emancipao e da autorizao do incapaz, nos casos do art. 974, e a de eventual revogao desta, sero inscritas ou averbadas no Registro Pblico de Empresas Mercantis. Pargrafo nico. O uso da nova firma caber, conforme o caso, ao gerente; ou ao representante do incapaz; ou a este, quando puder ser autorizado. Art. 977. Faculta-se aos cnjuges contratar sociedade, entre si ou com terceiros, desde que no tenham casado no regime
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Quadro Comparativo entre o Novo Cdigo Civil e o Cdigo Civil Anterior Lei no 3.071/1916 Lei no 10.406/2002 da comunho universal de bens, ou no da separao obrigatria. Art. 978. O empresrio casado pode, sem necessidade de outorga conjugal, qualquer que seja o regime de bens, alienar os imveis que integrem o patrimnio da empresa ou grav-los de nus real. Art. 979. Alm de no Registro Civil, sero arquivados e averbados, no Registro Pblico de Empresas Mercantis, os pactos e declaraes antenupciais do empresrio, o ttulo de doao, herana, ou legado, de bens clausulados de incomunicabilidade ou inalienabilidade. Art. 980. A sentena que decretar ou homologar a separao judicial do empresrio e o ato de reconciliao no podem ser opostos a terceiros, antes de arquivados e averbados no Registro Pblico de Empresas Mercantis. Ttulo V Das Vrias Espcies de Contratos Captulo XI Da Sociedade Seo I Disposies Gerais Art. 1.363. Celebram contrato de sociedade as pessoas que mutuamente se obrigam a combinar seus esforos ou recursos, para lograr fins comuns. Art. 981. Celebram contrato de sociedade as pessoas que reciprocamente se obrigam a contribuir, com bens ou servios, para o exerccio de atividade econmica e a partilha, entre si, dos resultados. Pargrafo nico. A atividade pode restringir-se realizao de um ou mais negcios determinados.
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Ttulo II Da Sociedade Captulo nico Disposies Gerais

Quadro Comparativo entre o Novo Cdigo Civil e o Cdigo Civil Anterior Lei no 3.071/1916 Art. 1.364. Quando as sociedades civis revestirem as formas estabelecidas nas leis comerciais, entre as quais se inclui a das sociedades annimas, obedecero aos respectivos preceitos, no em que no contrariem os deste Cdigo; mas sero inscritas no registro civil o seu foro. Art. 1.365. No revestindo nenhuma das formas do artigo antecedente, a sociedade reger-se- pelo que nesse Captulo se prescreve. Art. 1.366. Nas questes entre os scios, a sociedade s se provar por escrito; mas os estranhos podero prov-la de qualquer modo. Art. 1.367. As sociedades so universais, ou particulares. Art. 1.368. universal a sociedade, quer abranja todos os bens presentes, ou todos os futuros, quer uns e outros na sua totalidade, quer somente a dos seus frutos e rendimentos. Art. 1.369. O simples ajuste de sociedade universal, sem outra declarao, entendese restrito a tudo o que de futuro ganhar cada um dos associados. Art. 1.370. A sociedade particular s compreende os bens ou servios declarados no contrato. Art. 1.371. Tambm se considera particular a sociedade constituda especialmente para executar em comum certa empresa, explorar certa indstria, ou exercer certa profisso.
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Quadro Comparativo entre o Novo Cdigo Civil e o Cdigo Civil Anterior Lei no 3.071/1916 Art. 1.372. nula a clusula, que atribua todos os lucros a um dos scios, ou subtraia o quinho social de algum deles comparticipao nos prejuzos. Art. 1.373. Se a sociedade for de todos os bens, o domnio e a posse deles tornarse-o comuns independentemente de tradio real, salvo o direito de terceiros. Art. 1.374. No silncio do contrato, o prazo da sociedade ser indefinido, salvo a cada scio o direito de retirar-se mediante aviso com dois meses de antecedncia ao termo do ano social. Se, porm, o objeto da sociedade for negcio ou empresa, que deva durar certo lapso de tempo, enquanto esse negcio, ou essa empresa, no se ultime, tero os scios de manter a sociedade. Art. 982. Salvo as excees expressas, considera-se empresria a sociedade que tem por objeto o exerccio de atividade prpria de empresrio sujeito a registro (art. 967); e, simples, as demais. Pargrafo nico. Independentemente de seu objeto, considera-se empresria a sociedade por aes; e, simples, a cooperativa. Art. 983. A sociedade empresria deve constituir-se segundo um dos tipos regulados nos arts. 1.039 a 1.092; a sociedade simples pode constituir-se de conformidade com um desses tipos, e, no o fazendo, subordina-se s normas que lhe so prprias. Pargrafo nico. Ressalvam-se as disposies concernentes sociedade em conta de participao e cooperativa, bem como as constantes de leis especiais que, para o exerccio de certas atividades, imCdigo Civil Comparado 239

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Quadro Comparativo entre o Novo Cdigo Civil e o Cdigo Civil Anterior Lei no 3.071/1916 Lei no 10.406/2002 ponham a constituio da sociedade segundo determinado tipo. Art. 984. A sociedade que tenha por objeto o exerccio de atividade prpria de empresrio rural e seja constituda, ou transformada, de acordo com um dos tipos de sociedade empresria, pode, com as formalidades do art. 968, requerer inscrio no Registro Pblico de Empresas Mercantis da sua sede, caso em que, depois de inscrita, ficar equiparada, para todos os efeitos, sociedade empresria. Pargrafo nico. Embora j constituda a sociedade segundo um daqueles tipos, o pedido de inscrio se subordinar, no que for aplicvel, s normas que regem a transformao. Art. 985. A sociedade adquire personalidade jurdica com a inscrio, no registro prprio e na forma da lei, dos seus atos constitutivos (arts. 45 e 1.150). Subttulo I Da Sociedade No Personificada Captulo I Da Sociedade em Comum Art. 986. Enquanto no inscritos os atos constitutivos, reger-se- a sociedade, exceto por aes em organizao, pelo disposto neste Captulo, observadas, subsidiariamente e no que com ele forem compatveis, as normas da sociedade simples. Art. 987. Os scios, nas relaes entre si ou com terceiros, somente por escrito podem provar a existncia da sociedade, mas os terceiros podem prov-la de qualquer modo.
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Quadro Comparativo entre o Novo Cdigo Civil e o Cdigo Civil Anterior Lei no 3.071/1916 Lei no 10.406/2002 Art. 988. Os bens e dvidas sociais constituem patrimnio especial, do qual os scios so titulares em comum. Art. 989. Os bens sociais respondem pelos atos de gesto praticados por qualquer dos scios, salvo pacto expresso limitativo de poderes, que somente ter eficcia contra o terceiro que o conhea ou deva conhecer. Art. 990. Todos os scios respondem solidria e ilimitadamente pelas obrigaes sociais, excludo do benefcio de ordem, previsto no art. 1.024, aquele que contratou pela sociedade. Captulo II Da Sociedade em Conta de Participao Art. 991. Na sociedade em conta de participao, a atividade constitutiva do objeto social exercida unicamente pelo scio ostensivo, em seu nome individual e sob sua prpria e exclusiva responsabilidade, participando os demais dos resultados correspondentes. Pargrafo nico. Obriga-se perante terceiro to-somente o scio ostensivo; e, exclusivamente perante este, o scio participante, nos termos do contrato social. Art. 992. A constituio da sociedade em conta de participao independe de qualquer formalidade e pode provar-se por todos os meios de direito. Art. 993. O contrato social produz efeito somente entre os scios, e a eventual inscrio de seu instrumento em qualquer registro no confere personalidade jurdica sociedade.
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Quadro Comparativo entre o Novo Cdigo Civil e o Cdigo Civil Anterior Lei no 3.071/1916 Lei no 10.406/2002 Pargrafo nico. Sem prejuzo do direito de fiscalizar a gesto dos negcios sociais, o scio participante no pode tomar parte nas relaes do scio ostensivo com terceiros, sob pena de responder solidariamente com este pelas obrigaes em que intervier. Art. 994. A contribuio do scio participante constitui, com a do scio ostensivo, patrimnio especial, objeto da conta de participao relativa aos negcios sociais. 1o A especializao patrimonial somente produz efeitos em relao aos scios. 2o A falncia do scio ostensivo acarreta a dissoluo da sociedade e a liquidao da respectiva conta, cujo saldo constituir crdito quirografrio. 3o Falindo o scio participante, o contrato social fica sujeito s normas que regulam os efeitos da falncia nos contratos bilaterais do falido. Art. 995. Salvo estipulao em contrrio, o scio ostensivo no pode admitir novo scio sem o consentimento expresso dos demais. Art. 996. Aplica-se sociedade em conta de participao, subsidiariamente e no que com ela for compatvel, o disposto para a sociedade simples, e a sua liquidao rege-se pelas normas relativas prestao de contas, na forma da lei processual. Pargrafo nico. Havendo mais de um scio ostensivo, as respectivas contas sero prestadas e julgadas no mesmo processo. Subttulo II Da Sociedade Personificada
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Quadro Comparativo entre o Novo Cdigo Civil e o Cdigo Civil Anterior Lei no 3.071/1916 Lei no 10.406/2002 Captulo I Da Sociedade Simples Seo I Do Contrato Social Art. 997. A sociedade constitui-se mediante contrato escrito, particular ou pblico, que, alm de clusulas estipuladas pelas partes, mencionar: I nome, nacionalidade, estado civil, profisso e residncia dos scios, se pessoas naturais, e a firma ou a denominao, nacionalidade e sede dos scios, se jurdicas; II denominao, objeto, sede e prazo da sociedade; III capital da sociedade, expresso em moeda corrente, podendo compreender qualquer espcie de bens, suscetveis de avaliao pecuniria; IV a quota de cada scio no capital social, e o modo de realiz-la; V as prestaes a que se obriga o scio, cuja contribuio consista em servios; VI as pessoas naturais incumbidas da administrao da sociedade, e seus poderes e atribuies; VII a participao de cada scio nos lucros e nas perdas; VIII se os scios respondem, ou no, subsidiariamente, pelas obrigaes sociais. Pargrafo nico. ineficaz em relao a terceiros qualquer pacto separado, contrrio ao disposto no instrumento do contrato. Art. 998. Nos trinta dias subseqentes sua constituio, a sociedade dever requerer a inscrio do contrato social no Registro Civil das Pessoas Jurdicas do local de sua sede. 1o O pedido de inscrio ser acompanhado do instrumento autenticado do
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Quadro Comparativo entre o Novo Cdigo Civil e o Cdigo Civil Anterior Lei no 3.071/1916 Lei no 10.406/2002 contrato, e, se algum scio nele houver sido representado por procurador, o da respectiva procurao, bem como, se for o caso, da prova de autorizao da autoridade competente. 2o Com todas as indicaes enumeradas no artigo antecedente, ser a inscrio tomada por termo no livro de registro prprio, e obedecer a nmero de ordem contnua para todas as sociedades inscritas. Art. 999. As modificaes do contrato social, que tenham por objeto matria indicada no art. 997, dependem do consentimento de todos os scios; as demais podem ser decididas por maioria absoluta de votos, se o contrato no determinar a necessidade de deliberao unnime. Pargrafo nico. Qualquer modificao do contrato social ser averbada, cumprindo-se as formalidades previstas no artigo antecedente. Art. 1.000. A sociedade simples que instituir sucursal, filial ou agncia na circunscrio de outro Registro Civil das Pessoas Jurdicas, neste dever tambm inscrev-la, com a prova da inscrio originria. Pargrafo nico. Em qualquer caso, a constituio da sucursal, filial ou agncia dever ser averbada no Registro Civil da respectiva sede. Seo II Dos Direitos e Obrigaes Recprocas dos Scios Art. 1.375. As obrigaes dos scios comeam imediatamente com o contrato se este fixar outra poca, e acabam quando, dissolvida a sociedade, estiverem satisfeitas e extintas as responsabilidades sociais.
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Seo II Dos Direitos e Obrigaes dos Scios Art. 1.001. As obrigaes dos scios comeam imediatamente com o contrato, se este no fixar outra data, e terminam quando, liquidada a sociedade, se extinguirem as responsabilidades sociais.
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Quadro Comparativo entre o Novo Cdigo Civil e o Cdigo Civil Anterior Lei no 3.071/1916 Art. 1.376. A entrada imposta a cada scio pode consistir em bens, no seu uso e gozo, na cesso de direitos, ou somente na prestao de servios. No silncio do contrato, presumir-se-o iguais entre si as entradas. Art. 1.002. O scio no pode ser substitudo no exerccio das suas funes, sem o consentimento dos demais scios, expresso em modificao do contrato social. Art. 1.003. A cesso total ou parcial de quota, sem a correspondente modificao do contrato social com o consentimento dos demais scios, no ter eficcia quanto a estes e sociedade. Pargrafo nico. At dois anos depois de averbada a modificao do contrato, responde o cedente solidariamente com o cessionrio, perante a sociedade e terceiros, pelas obrigaes que tinha como scio. Art. 1.004. Os scios so obrigados, na forma e prazo previstos, s contribuies estabelecidas no contrato social, e aquele que deixar de faz-lo, nos trinta dias seguintes ao da notificao pela sociedade, responder perante esta pelo dano emergente da mora. Pargrafo nico. Verificada a mora, poder a maioria dos demais scios preferir, indenizao, a excluso do scio remisso, ou reduzir-lhe a quota ao montante j realizado, aplicando-se, em ambos os casos, o disposto no 1o do art. 1.031. Art. 1.377. Se o scio entrar para a sociedade com objeto determinado, que venha a ser evicto, responder aos conscios como o vendedor ao comprador.
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Art. 1.005. O scio que, a ttulo de quota social, transmitir domnio, posse ou uso, responde pela evico; e pela solvncia do devedor, aquele que transferir crdito.
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Quadro Comparativo entre o Novo Cdigo Civil e o Cdigo Civil Anterior Lei no 3.071/1916 Lei no 10.406/2002 Art. 1.006. O scio, cuja contribuio consista em servios, no pode, salvo conveno em contrrio, empregar-se em atividade estranha sociedade, sob pena de ser privado de seus lucros e dela excludo. Art. 1.378. Se a entrada consistir em coisas fungveis, ficaro, salvo declarao em contrrio, pertencendo em comum aos associados. Art. 1.379. Pertencem ao patrimnio social todos os lucros obtidos pelo scio, na indstria que se obrigou a exercer em benefcio da sociedade. Art. 1.380. Cada scio indenizar a sociedade dos prejuzos que esta sofrer por culpa dele, e no poder compenslos com os proveitos, que lhe houver granjeado. Art. 1.381. Se o contrato no declarar a parte de cada scio nos lucros e perdas, entender-se- proporcionada, quanto aos scios de capital, soma com que entraram. Em relao aos scios de indstria, guardar-se- o disposto no artigo 1.409, pargrafo nico. Art. 1.382. O scio preposto administrao pode exigir da sociedade, alm do que por conta dela despender, a importncia das obrigaes em boa-f contradas na gerncia dos negcios sociais e o valor dos prejuzos, que lhe ela causar. Art. 1.384. Se a administrao se incumbir a dois ou mais scios, no se lhes discriminando as funes, nem declarando que s funcionaro conjuntamente, cada um
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Art. 1.007. Salvo estipulao em contrrio, o scio participa dos lucros e das perdas, na proporo das respectivas quotas, mas aquele, cuja contribuio consiste em servios, somente participa dos lucros na proporo da mdia do valor das quotas.

Quadro Comparativo entre o Novo Cdigo Civil e o Cdigo Civil Anterior Lei no 3.071/1916 de per si poder praticar todos os atos que na administrao couberem. Art. 1.385. Estipulando-se que um dos administradores nada possa fazer sem os outros, entende-se, a no haver conveno posterior, obrigatrio o concurso de todos, ainda ausentes, ou impossibilitados, na ocasio, de prest-lo, salvo nos casos urgentes, em que a omisso, ou tardana, das medidas pudesse ocasionar dano irreparvel, ou grave. Art. 1.386. Em falta de estipulaes explcitas quanto gerncia social: I presume-se que cada scio tem o direito de administrar, e vlido o que fizer, ainda em relao aos associados que no consentiram, podendo, porm, qualquer destes opor-se, antes de levado o ato a efeito; II cada scio pode servir-se das coisas pertencentes sociedade, contanto que lhes d o seu destino, no as utilize contra o interesse social, nem tolha aos outros aproveit-las nos limites do seu direito; III cada scio pode obrigar os outros a contribuir com ele para as despesas necessrias conservao dos bens sociais; IV nenhum scio, ainda que lhe parea vantajoso, pode, sem consentimento dos outros, fazer alterao nos imveis da sociedade. Art. 1.387. O scio que no tiver a administrao da sociedade no poder obrigar os bens sociais. Art. 1.388. Para associar um estranho ao seu quinho social, no necessita o scio
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Quadro Comparativo entre o Novo Cdigo Civil e o Cdigo Civil Anterior Lei no 3.071/1916 do concurso dos outros; mas no pode, sem aquiescncia deles, associ-lo sociedade. Art. 1.389. O scio que recebeu por inteiro a sua parte em uma dvida ativa da sociedade, ser obrigado a conferi-la, se, por insolvncia do devedor, a sociedade no puder acabar de cobr-la. Art. 1.390. Se as coisas, cujo uso e gozo exlcusivamente constiturem a entrada do scio, no forem fungveis, consistindo em corpos certos e determinados, o risco, que correrem, ser por conta dos respectivos donos. 1o Se, porm, forem fungveis, ou se, ainda guardadas, se deteriorarem, se forem destinadas a circular no comrcio, ou se forem transferidas sociedade por um valor determinado e constante de inventrio ou balano autnticos, por conta da sociedade correro os riscos a que estiverem expostas. 2o Perecendo a coisa de importncia determinada nos termos do pargrafo antecedente, ltima parte, o dono s lhe poder exigir o valor constante do inventrio ou balano. Art. 1.391. Os scios tm direito indenizo das perdas e danos que sofrerem em seus bens por motivo dos negcios sociais. Art. 1.392. Havendo comunicao de lucros ilcitos, cada um dos scios ter de repor o que recebeu do scio delinquente, se este for condenado restituio. Art. 1.372 (Seo I Disposies Gerais) nula a clusula, que atribua todos os lucros a um dos scios a um dos scios,
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Art. 1.008. nula a estipulao contratual que exclua qualquer scio de participar dos lucros e das perdas.
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Quadro Comparativo entre o Novo Cdigo Civil e o Cdigo Civil Anterior Lei no 3.071/1916 ou subtraia o quinho social de algum deles comparticipao nos prejuzos. Art. 1.393. O scio que recebeu de outro lucros ilcitos, conhecendo ou devendo conhecer-lhes a procedncia, incorre em cumplicidade, e fica obrigado solidariamente a restituir. Art. 1.394. Todos os scios tm direito de votar nas assemblias gerais, onde, salvo estipulao em contrrio, sempre se deliberar por maioria de votos. Seo III Da Administrao Art. 1.010. Quando, por lei ou pelo contrato social, competir aos scios decidir sobre os negcios da sociedade, as deliberaes sero tomadas por maioria de votos, contados segundo o valor das quotas de cada um. 1o Para formao da maioria absoluta so necessrios votos correspondentes a mais de metade do capital. 2o Prevalece a deciso sufragada por maior nmero de scios no caso de empate, e, se este persistir, decidir o juiz. 3o Responde por perdas e danos o scio que, tendo em alguma operao interesse contrrio ao da sociedade, participar da deliberao que a aprove graas a seu voto. Art. 1.011. O administrador da sociedade dever ter, no exerccio de suas funes, o cuidado e a diligncia que todo homem ativo e probo costuma empregar na administrao de seus prprios negcios. 1o No podem ser administradores, alm das pessoas impedidas por lei especial, os condenados a pena que vede, ainda
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Art. 1.009. A distribuio de lucros ilcitos ou fictcios acarreta responsabilidade solidria dos administradores que a realizarem e dos scios que os receberem, conhecendo ou devendo conhecer-lhes a ilegitimidade.

Quadro Comparativo entre o Novo Cdigo Civil e o Cdigo Civil Anterior Lei no 3.071/1916 Lei no 10.406/2002 que temporariamente, o acesso a cargos pblicos; ou por crime falimentar, de prevaricao, peita ou suborno, concusso, peculato; ou contra a economia popular, contra o sistema financeiro nacional, contra as normas de defesa da concorrncia, contra as relaes de consumo, a f pblica ou a propriedade, enquanto perdurarem os efeitos da condenao. 2o Aplicam-se atividade dos administradores, no que couber, as disposies concernentes ao mandato. Art. 1.012. O administrador, nomeado por instrumento em separado, deve averb-lo margem da inscrio da sociedade, e, pelos atos que praticar, antes de requerer a averbao, responde pessoal e solidariamente com a sociedade. Art. 1.013. A administrao da sociedade, nada dispondo o contrato social, compete separadamente a cada um dos scios. 1o Se a administrao competir separadamente a vrios administradores, cada um pode impugnar operao pretendida por outro, cabendo a deciso aos scios, por maioria de votos. 2o Responde por perdas e danos perante a sociedade o administrador que realizar operaes, sabendo ou devendo saber que estava agindo em desacordo com a maioria. Art. 1.014. Nos atos de competncia conjunta de vrios administradores, torna-se necessrio o concurso de todos, salvo nos casos urgentes, em que a omisso ou retardo das providncias possa ocasionar dano irreparvel ou grave. Art. 1.383. O scio investido na administrao por texto expresso do contrato pode
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Art. 1.015. No silncio do contrato, os administradores podem praticar todos os


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Quadro Comparativo entre o Novo Cdigo Civil e o Cdigo Civil Anterior Lei no 3.071/1916 praticar, independentemente dos outros, todos os atos, que no excederem os limites normais dela, uma vez que proceda sem dolo. Lei no 10.406/2002 atos pertinentes gesto da sociedade; no constituindo objeto social, a onerao ou a venda de bens imveis depende do que a maioria dos scios decidir. Pargrafo nico. O excesso por parte dos administradores somente pode ser oposto a terceiros se ocorrer pelo menos uma das seguintes hipteses: I se a limitao de poderes estiver inscrita ou averbada no registro prprio da sociedade; II provando-se que era conhecida do terceiro; III tratando-se de operao evidentemente estranha aos negcios da sociedade.

1 o Os poderes, que exercer, sero irrevogveis durante o prazo estabelecido, salvo causa legtima superveniente. 2o Se forem conferidos, porm, depois do contrato, sero revogveis como os de simples mandato. 3o Tambm sero revogveis, em qualquer tempo, os dos diretores ou administradores de sociedades de qualquer espcie, ainda que nomeados nos respectivos contratos, estatutos, se no forem scios. Art. 1.016. Os administradores respondem solidariamente perante a sociedade e os terceiros prejudicados, por culpa no desempenho de suas funes. Art. 1.017. O administrador que, sem consentimento escrito dos scios, aplicar crditos ou bens sociais em proveito prprio ou de terceiros, ter de restitu-los sociedade, ou pagar o equivalente, com todos os lucros resultantes, e, se houver prejuzo, por ele tambm responder.
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Quadro Comparativo entre o Novo Cdigo Civil e o Cdigo Civil Anterior Lei no 3.071/1916 Lei no 10.406/2002 Pargrafo nico. Fica sujeito s sanes o administrador que, tendo em qualquer operao interesse contrrio ao da sociedade, tome parte na correspondente deliberao. Art. 1.018. Ao administrador vedado fazer-se substituir no exerccio de suas funes, sendo-lhe facultado, nos limites de seus poderes, constituir mandatrios da sociedade, especificados no instrumento os atos e operaes que podero praticar. Art. 1.019. So irrevogveis os poderes do scio investido na administrao por clusula expressa do contrato social, salvo justa causa, reconhecida judicialmente, a pedido de qualquer dos scios. Pargrafo nico. So revogveis, a qualquer tempo, os poderes conferidos a scio por ato separado, ou a quem no seja scio. Art. 1.020. Os administradores so obrigados a prestar aos scios contas justificadas de sua administrao, e apresentar-lhes o inventrio anualmente, bem como o balano patrimonial e o de resultado econmico. Art. 1.021. Salvo estipulao que determine poca prpria, o scio pode, a qualquer tempo, examinar os livros e documentos, e o estado da caixa e da carteira da sociedade. Seo III Das Obrigaes da Sociedade e dos Scios para com Terceiros Seo IV Das Relaes com Terceiros Art. 1.022. A sociedade adquire direitos, assume obrigaes e procede judicialmente, por meio de administradores com po252 Cdigo Civil Comparado

Quadro Comparativo entre o Novo Cdigo Civil e o Cdigo Civil Anterior Lei no 3.071/1916 Lei no 10.406/2002 deres especiais, ou, no os havendo, por intermdio de qualquer administrador. Art. 1.395. So dvidas da sociedade as obrigaes contradas conjuntamente por todos os scios, ou por algum deles no exerccio do mandato social. Art. 1.396. Se o cabedal social no cobrir as dvidas da sociedade, por elas respondero os associados, na proporo em que houverem de participar nas perdas sociais. Pargrafo nico. Se um dos scios for insolvente, sua parte na dvida ser na mesma razo distribuda entre os outros. Art. 1.024. Os bens particulares dos scios no podem ser executados por dvidas da sociedade, seno depois de executados os bens sociais. Art. 1.025. O scio, admitido em sociedade j constituda, no se exime das dvidas sociais anteriores admisso. Art. 1.026. O credor particular de scio pode, na insuficincia de outros bens do devedor, fazer recair a execuo sobre o que a este couber nos lucros da sociedade, ou na parte que lhe tocar em liquidao. Pargrafo nico. Se a sociedade no estiver dissolvida, pode o credor requerer a liquidao da quota do devedor, cujo valor, apurado na forma do art. 1.031, ser depositado em dinheiro, no juzo da execuo, at noventa dias aps aquela liquidao. Art. 1.027. Os herdeiros do cnjuge de scio, ou o cnjuge do que se separou judicialmente, no podem exigir desde logo
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Art. 1.023. Se os bens da sociedade no lhe cobrirem as dvidas, respondem os scios pelo saldo, na proporo em que participem das perdas sociais, salvo clusula de responsabilidade solidria.

Quadro Comparativo entre o Novo Cdigo Civil e o Cdigo Civil Anterior Lei no 3.071/1916 Lei no 10.406/2002 a parte que lhes couber na quota social, mas concorrer diviso peridica dos lucros, at que se liquide a sociedade. Art. 1.397. Os devedores da sociedade no se desobrigam pagando a um scio no autorizado para receber. Art. 1.398. Os scios no so solidariamente obrigados pelas dvidas sociais, nem os atos de um, no autorizado, obrigam os outros, salvo redundando em proveito da sociedade. Seo V Da Resoluo da Sociedade em Relao a um Scio Art. 1.028. No caso de morte de scio, liquidar-se- sua quota, salvo: I se o contrato dispuser diferentemente; II se os scios remanescentes optarem pela dissoluo da sociedade; III se, por acordo com os herdeiros, regular-se a substituio do scio falecido. Art. 1.029. Alm dos casos previstos na lei ou no contrato, qualquer scio pode retirar-se da sociedade; se de prazo indeterminado, mediante notificao aos demais scios, com antecedncia mnima de sessenta dias; se de prazo determinado, provando judicialmente justa causa. Pargrafo nico. Nos trinta dias subseqentes notificao, podem os demais scios optar pela dissoluo da sociedade. Art. 1.030. Ressalvado o disposto no art. 1.004 e seu pargrafo nico, pode o scio ser excludo judicialmente, mediante iniciativa da maioria dos demais scios, por falta grave no cumprimento de suas obrigaes, ou, ainda, por incapacidade superveniente.
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Quadro Comparativo entre o Novo Cdigo Civil e o Cdigo Civil Anterior Lei no 3.071/1916 Lei no 10.406/2002 Pargrafo nico. Ser de pleno direito excludo da sociedade o scio declarado falido, ou aquele cuja quota tenha sido liquidada nos termos do pargrafo nico do art. 1.026. Art. 1.031. Nos casos em que a sociedade se resolver em relao a um scio, o valor da sua quota, considerada pelo montante efetivamente realizado, liquidar-se-, salvo disposio contratual em contrrio, com base na situao patrimonial da sociedade, data da resoluo, verificada em balano especialmente levantado. 1o O capital social sofrer a correspondente reduo, salvo se os demais scios suprirem o valor da quota. 2o A quota liquidada ser paga em dinheiro, no prazo de noventa dias, a partir da liquidao, salvo acordo, ou estipulao contratual em contrrio. Art. 1.032. A retirada, excluso ou morte do scio, no o exime, ou a seus herdeiros, da responsabilidade pelas obrigaes sociais anteriores, at dois anos aps averbada a resoluo da sociedade; nem nos dois primeiros casos, pelas posteriores e em igual prazo, enquanto no se requerer a averbao. Seo IV Da Dissoluo da Sociedade Art. 1.399. Dissolve-se a sociedade: I pelo implemento da condio, a que foi subordinada a sua durabilidade, ou pelo vencimento do prazo estabelecido no contrato; II pela extino do capital social, ou seu desfalque em quantidade tamanha que a impossibilite de continuar;
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Seo VI Dissoluo Art. 1.033. Dissolve-se a sociedade quando ocorrer: I o vencimento do prazo de durao, salvo se, vencido este e sem oposio de scio, no entrar a sociedade em liquidao, caso em que se prorrogar por tempo indeterminado; II o consenso unnime dos scios;
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Quadro Comparativo entre o Novo Cdigo Civil e o Cdigo Civil Anterior Lei no 3.071/1916 III pela consecuo do fim social, ou pela verificao de sua inexequibilidade; IV pela falncia, incapacidade, ou morte de um dos scios; V pela renncia de qualquer deles, se a sociedade for de prazo indeterminado; VI pelo consenso unnime dos associados. Pargrafo nico. Os nos II,IV e V no se aplicam sociedade de fins no econmicos. Art. 1.034. A sociedade pode ser dissolvida judicialmente, a requerimento de qualquer dos scios, quando: I anulada a sua constituio; II exaurido o fim social, ou verificada a sua inexeqibilidade. Art. 1.035. O contrato pode prever outras causas de dissoluo, a serem verificadas judicialmente quando contestadas. Art. 1.036. Ocorrida a dissoluo, cumpre aos administradores providenciar imediatamente a investidura do liquidante, e restringir a gesto prpria aos negcios inadiveis, vedadas novas operaes, pelas quais respondero solidria e ilimitadamente. Pargrafo nico. Dissolvida de pleno direito a sociedade, pode o scio requerer, desde logo, a liquidao judicial. Art. 1.037. Ocorrendo a hiptese prevista no inciso V do art. 1.033, o Ministrio Pblico, to logo lhe comunique a autoridade competente, promover a liquidao judicial da sociedade, se os administradores no o tiverem feito nos trinta dias seguintes perda da autorizao, ou se o
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Lei no 10.406/2002 III a deliberao dos scios, por maioria absoluta, na sociedade de prazo indeterminado; IV a falta de pluralidade de scios, no reconstituda no prazo de cento e oitenta dias; V a extino, na forma da lei, de autorizao para funcionar.

Quadro Comparativo entre o Novo Cdigo Civil e o Cdigo Civil Anterior Lei no 3.071/1916 Lei no 10.406/2002 scio no houver exercido a faculdade assegurada no pargrafo nico do artigo antecedente. Pargrafo nico. Caso o Ministrio Pblico no promova a liquidao judicial da sociedade nos quinze dias subseqentes ao recebimento da comunicao, a autoridade competente para conceder a autorizao nomear interventor com poderes para requerer a medida e administrar a sociedade at que seja nomeado o liquidante. Art. 1.038. Se no estiver designado no contrato social, o liquidante ser eleito por deliberao dos scios, podendo a escolha recair em pessoa estranha sociedade. 1o O liquidante pode ser destitudo, a todo tempo: I se eleito pela forma prevista neste artigo, mediante deliberao dos scios; II em qualquer caso, por via judicial, a requerimento de um ou mais scios, ocorrendo justa causa. 2o A liquidao da sociedade se processa de conformidade com o disposto no Captulo IX, deste Subttulo. Art. 1.400. A prorrogao do prazo social s se prova por escrito, nas mesmas condies do contrato que o fixou. Art. 1.401. Se a sociedade se prorrogar depois de vencido o prazo do contrato, entender-se- que se constituiu de novo; se dentro no prazo, ter-se- por continuao da anterior. Art. 1.402. lcito estipular que, morto um dos scios, continue a sociedade com os herdeiros, ou s com os associados
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Quadro Comparativo entre o Novo Cdigo Civil e o Cdigo Civil Anterior Lei no 3.071/1916 sobrevivos. Neste segundo caso, o herdeiro do falecido ter direito partilha do que houver, quando ele faleceu, mas no participar dos lucros e perdas ulteriores, que no forem consequncia direta de atos anteriores ao falecimento. Art. 1.403. Se o contrato estipular que a sociedade continue com herdeiro do scio falecido, cumprir-se- a estipulao, toda vez que se possa; mas, sendo menor o herdeiro, ser dissolvido em relao a ele, o vnculo social, caso o juiz determine. Art. 1.404. A renncia de um dos scios s dissolve a sociedade, quando feita de boa-f, em tempo oportuno, e notificada aos scios dois meses antes. Art. 1.405. A renncia de m-f, quando o scio renunciante pretende apropriarse exclusivamente dos benefcios que os scios tinham em mente colher em comum; e haver-se- por inoportuna, se as coisas no estiverem no seu estado integral, ou se a sociedade puder ser prejudicada com a dissoluo nesse momento. Art. 1.406. No primeiro caso do artigo antecedente, os demais scios tm o direito de excluir desde logo o scio de m-f, salvas as suas quotas na vantagem esperada. No segundo, a sociedade pode continuar, apesar da oposio do renunciante, at poca do primeiro balano ordinrio, ou at a concluso do negcio pendente. Art. 1.407. Subsiste, ainda aps a dissoluo da sociedade, a responsabilidade social para com terceiros, pelas dvidas
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Quadro Comparativo entre o Novo Cdigo Civil e o Cdigo Civil Anterior Lei no 3.071/1916 que houver contrado. No se tendo estipulado a responsabilidade solidria dos scios para com terceiros, a dvida ser distribuda por aqueles, em partes proporcionais s suas entradas. Art. 1.408. Quando a sociedade tiver durao prefixa, nenhum scio lhe poder exigir a dissoluo, antes de expirar o prazo social, se no provar algum dos casos do artigo 1.399, I a IV. Art. 1.409. So aplicveis partilha entre os scios as regras da partilha entre herdeiros. Pargrafo nico. O scio de indstria, porm, s ter direito a participar nos lucros da sociedade, sem responsabilidade nas suas perdas, salvo se o contrrio se estipulou no contrato. Se este no declarar a parte dos lucros, entender-se- que ela proporcional menor das entradas. Captulo II Da Sociedade em Nome Coletivo Art. 1.039. Somente pessoas fsicas podem tomar parte na sociedade em nome coletivo, respondendo todos os scios, solidria e ilimitadamente, pelas obrigaes sociais. Pargrafo nico. Sem prejuzo da responsabilidade perante terceiros, podem os scios, no ato constitutivo, ou por unnime conveno posterior, limitar entre si a responsabilidade de cada um. Art. 1.040. A sociedade em nome coletivo se rege pelas normas deste Captulo e, no que seja omisso, pelas do Captulo antecedente.
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Quadro Comparativo entre o Novo Cdigo Civil e o Cdigo Civil Anterior Lei no 3.071/1916 Lei no 10.406/2002 Art. 1.041. O contrato deve mencionar, alm das indicaes referidas no art. 997, a firma social. Art. 1.042. A administrao da sociedade compete exclusivamente a scios, sendo o uso da firma, nos limites do contrato, privativo dos que tenham os necessrios poderes. Art. 1.043. O credor particular de scio no pode, antes de dissolver-se a sociedade, pretender a liquidao da quota do devedor. Pargrafo nico. Poder faz-lo quando: I a sociedade houver sido prorrogada tacitamente; II tendo ocorrido prorrogao contratual, for acolhida judicialmente oposio do credor, levantada no prazo de noventa dias, contado da publicao do ato dilatrio. Art. 1.044. A sociedade se dissolve de pleno direito por qualquer das causas enumeradas no art. 1.033 e, se empresria, tambm pela declarao da falncia. Captulo III Da Sociedade em Comandita Simples Art. 1.045. Na sociedade em comandita simples tomam parte scios de duas categorias: os comanditados, pessoas fsicas, responsveis solidria e ilimitadamente pelas obrigaes sociais; e os comanditrios, obrigados somente pelo valor de sua quota. Pargrafo nico. O contrato deve discriminar os comanditados e os comanditrios. Art. 1.046. Aplicam-se sociedade em comandita simples as normas da socieda260 Cdigo Civil Comparado

Quadro Comparativo entre o Novo Cdigo Civil e o Cdigo Civil Anterior Lei no 3.071/1916 Lei no 10.406/2002 de em nome coletivo, no que forem compatveis com as deste Captulo. Pargrafo nico. Aos comanditados cabem os mesmos direitos e obrigaes dos scios da sociedade em nome coletivo. Art. 1.047. Sem prejuzo da faculdade de participar das deliberaes da sociedade e de lhe fiscalizar as operaes, no pode o comanditrio praticar qualquer ato de gesto, nem ter o nome na firma social, sob pena de ficar sujeito s responsabilidades de scio comanditado. Pargrafo nico. Pode o comanditrio ser constitudo procurador da sociedade, para negcio determinado e com poderes especiais. Art. 1.048. Somente aps averbada a modificao do contrato, produz efeito, quanto a terceiros, a diminuio da quota do comanditrio, em conseqncia de ter sido reduzido o capital social, sempre sem prejuzo dos credores preexistentes. Art. 1.049. O scio comanditrio no obrigado reposio de lucros recebidos de boa-f e de acordo com o balano. Pargrafo nico. Diminudo o capital social por perdas supervenientes, no pode o comanditrio receber quaisquer lucros, antes de reintegrado aquele. Art. 1.050. No caso de morte de scio comanditrio, a sociedade, salvo disposio do contrato, continuar com os seus sucessores, que designaro quem os represente. Art. 1.051. Dissolve-se de pleno direito a sociedade:
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Quadro Comparativo entre o Novo Cdigo Civil e o Cdigo Civil Anterior Lei no 3.071/1916 Lei no 10.406/2002 I por qualquer das causas previstas no art. 1.044; II quando por mais de cento e oitenta dias perdurar a falta de uma das categorias de scio. Pargrafo nico. Na falta de scio comanditado, os comanditrios nomearo administrador provisrio para praticar, durante o perodo referido no inciso II e sem assumir a condio de scio, os atos de administrao. Captulo IV Da Sociedade Limitada Seo I Disposies Preliminares Art. 1.052. Na sociedade limitada, a responsabilidade de cada scio restrita ao valor de suas quotas, mas todos respondem solidariamente pela integralizao do capital social. Art. 1.053. A sociedade limitada rege-se, nas omisses deste Captulo, pelas normas da sociedade simples. Pargrafo nico. O contrato social poder prever a regncia supletiva da sociedade limitada pelas normas da sociedade annima. Art. 1.054. O contrato mencionar, no que couber, as indicaes do art. 997, e, se for o caso, a firma social. Seo II Das Quotas Art. 1.055. O capital social divide-se em quotas, iguais ou desiguais, cabendo uma ou diversas a cada scio. 1o Pela exata estimao de bens conferidos ao capital social respondem solidariamente todos os scios, at o prazo de
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Quadro Comparativo entre o Novo Cdigo Civil e o Cdigo Civil Anterior Lei no 3.071/1916 Lei no 10.406/2002 cinco anos da data do registro da sociedade. 2o vedada contribuio que consista em prestao de servios. Art. 1.056. A quota indivisvel em relao sociedade, salvo para efeito de transferncia, caso em que se observar o disposto no artigo seguinte. 1o No caso de condomnio de quota, os direitos a ela inerentes somente podem ser exercidos pelo condmino representante, ou pelo inventariante do esplio de scio falecido. 2o Sem prejuzo do disposto no art. 1.052, os condminos de quota indivisa respondem solidariamente pelas prestaes necessrias sua integralizao. Art. 1.057. Na omisso do contrato, o scio pode ceder sua quota, total ou parcialmente, a quem seja scio, independentemente de audincia dos outros, ou a estranho, se no houver oposio de titulares de mais de um quarto do capital social. Pargrafo nico. A cesso ter eficcia quanto sociedade e terceiros, inclusive para os fins do pargrafo nico do art. 1.003, a partir da averbao do respectivo instrumento, subscrito pelos scios anuentes. Art. 1.058. No integralizada a quota de scio remisso, os outros scios podem, sem prejuzo do disposto no art. 1.004 e seu pargrafo nico, tom-la para si ou transferi-la a terceiros, excluindo o primitivo titular e devolvendo-lhe o que houver pago, deduzidos os juros da mora, as prestaes estabelecidas no contrato mais as despesas.
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Quadro Comparativo entre o Novo Cdigo Civil e o Cdigo Civil Anterior Lei no 3.071/1916 Lei no 10.406/2002 Art. 1.059. Os scios sero obrigados reposio dos lucros e das quantias retiradas, a qualquer ttulo, ainda que autorizados pelo contrato, quando tais lucros ou quantia se distriburem com prejuzo do capital. Seo III Da Administrao Art. 1.060. A sociedade limitada administrada por uma ou mais pessoas designadas no contrato social ou em ato separado. Pargrafo nico. A administrao atribuda no contrato a todos os scios no se estende de pleno direito aos que posteriormente adquiram essa qualidade. Art. 1.061. Se o contrato permitir administradores no scios, a designao deles depender de aprovao da unanimidade dos scios, enquanto o capital no estiver integralizado, e de dois teros, no mnimo, aps a integralizao. Art. 1.062. O administrador designado em ato separado investir-se- no cargo mediante termo de posse no livro de atas da administrao. 1o Se o termo no for assinado nos trinta dias seguintes designao, esta se tornar sem efeito. 2 o Nos dez dias seguintes ao da investidura, deve o administrador requerer seja averbada sua nomeao no registro competente, mencionando o seu nome, nacionalidade, estado civil, residncia, com exibio de documento de identidade, o ato e a data da nomeao e o prazo de gesto. Art. 1.063. O exerccio do cargo de administrador cessa pela destituio, em qual264 Cdigo Civil Comparado

Quadro Comparativo entre o Novo Cdigo Civil e o Cdigo Civil Anterior Lei no 3.071/1916 Lei no 10.406/2002 quer tempo, do titular, ou pelo trmino do prazo se, fixado no contrato ou em ato separado, no houver reconduo. 1o Tratando-se de scio nomeado administrador no contrato, sua destituio somente se opera pela aprovao de titulares de quotas correspondentes, no mnimo, a dois teros do capital social, salvo disposio contratual diversa. 2o A cessao do exerccio do cargo de administrador deve ser averbada no registro competente, mediante requerimento apresentado nos dez dias seguintes ao da ocorrncia. 3o A renncia de administrador torna-se eficaz, em relao sociedade, desde o momento em que esta toma conhecimento da comunicao escrita do renunciante; e, em relao a terceiros, aps a averbao e publicao. Art. 1.064. O uso da firma ou denominao social privativo dos administradores que tenham os necessrios poderes. Art. 1.065. Ao trmino de cada exerccio social, proceder-se- elaborao do inventrio, do balano patrimonial e do balano de resultado econmico. Seo IV Do Conselho Fiscal Art. 1.066. Sem prejuzo dos poderes da assemblia dos scios, pode o contrato instituir conselho fiscal composto de trs ou mais membros e respectivos suplentes, scios ou no, residentes no Pas, eleitos na assemblia anual prevista no art. 1.078. 1o No podem fazer parte do conselho fiscal, alm dos inelegveis enumerados no 1o do art. 1.011, os membros dos deCdigo Civil Comparado 265

Quadro Comparativo entre o Novo Cdigo Civil e o Cdigo Civil Anterior Lei no 3.071/1916 Lei no 10.406/2002 mais rgos da sociedade ou de outra por ela controlada, os empregados de quaisquer delas ou dos respectivos administradores, o cnjuge ou parente destes at o terceiro grau. 2o assegurado aos scios minoritrios, que representarem pelo menos um quinto do capital social, o direito de eleger, separadamente, um dos membros do conselho fiscal e o respectivo suplente. Art. 1.067. O membro ou suplente eleito, assinando termo de posse lavrado no livro de atas e pareceres do conselho fiscal, em que se mencione o seu nome, nacionalidade, estado civil, residncia e a data da escolha, ficar investido nas suas funes, que exercer, salvo cessao anterior, at a subseqente assemblia anual. Pargrafo nico. Se o termo no for assinado nos trinta dias seguintes ao da eleio, esta se tornar sem efeito. Art. 1.068. A remunerao dos membros do conselho fiscal ser fixada, anualmente, pela assemblia dos scios que os eleger. Art. 1.069. Alm de outras atribuies determinadas na lei ou no contrato social, aos membros do conselho fiscal incumbem, individual ou conjuntamente, os deveres seguintes: I examinar, pelo menos trimestralmente, os livros e papis da sociedade e o estado da caixa e da carteira, devendo os administradores ou liquidantes prestar-lhes as informaes solicitadas; II lavrar no livro de atas e pareceres do conselho fiscal o resultado dos exames referidos no inciso I deste artigo;
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Quadro Comparativo entre o Novo Cdigo Civil e o Cdigo Civil Anterior Lei no 3.071/1916 Lei no 10.406/2002 III exarar no mesmo livro e apresentar assemblia anual dos scios parecer sobre os negcios e as operaes sociais do exerccio em que servirem, tomando por base o balano patrimonial e o de resultado econmico; IV denunciar os erros, fraudes ou crimes que descobrirem, sugerindo providncias teis sociedade; V convocar a assemblia dos scios se a diretoria retardar por mais de trinta dias a sua convocao anual, ou sempre que ocorram motivos graves e urgentes; VI praticar, durante o perodo da liquidao da sociedade, os atos a que se refere este artigo, tendo em vista as disposies especiais reguladoras da liquidao. Art. 1.070. As atribuies e poderes conferidos pela lei ao conselho fiscal no podem ser outorgados a outro rgo da sociedade, e a responsabilidade de seus membros obedece regra que define a dos administradores (art. 1.016). Pargrafo nico. O conselho fiscal poder escolher para assisti-lo no exame dos livros, dos balanos e das contas, contabilista legalmente habilitado, mediante remunerao aprovada pela assemblia dos scios. Seo V Das Deliberaes dos Scios Art. 1.071. Dependem da deliberao dos scios, alm de outras matrias indicadas na lei ou no contrato: I a aprovao das contas da administrao; II a designao dos administradores, quando feita em ato separado; III a destituio dos administradores;
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Quadro Comparativo entre o Novo Cdigo Civil e o Cdigo Civil Anterior Lei no 3.071/1916 Lei no 10.406/2002 IV o modo de sua remunerao, quando no estabelecido no contrato; V a modificao do contrato social; VI a incorporao, a fuso e a dissoluo da sociedade, ou a cessao do estado de liquidao; VII a nomeao e destituio dos liquidantes e o julgamento das suas contas; VIII o pedido de concordata. Art. 1.072. As deliberaes dos scios, obedecido o disposto no art. 1.010, sero tomadas em reunio ou em assemblia, conforme previsto no contrato social, devendo ser convocadas pelos administradores nos casos previstos em lei ou no contrato. 1o A deliberao em assemblia ser obrigatria se o nmero dos scios for superior a dez. 2o Dispensam-se as formalidades de convocao previstas no 3o do art. 1.152, quando todos os scios comparecerem ou se declararem, por escrito, cientes do local, data, hora e ordem do dia. 3o A reunio ou a assemblia tornam-se dispensveis quando todos os scios decidirem, por escrito, sobre a matria que seria objeto delas. 4o No caso do inciso VIII do artigo antecedente, os administradores, se houver urgncia e com autorizao de titulares de mais da metade do capital social, podem requerer concordata preventiva. 5o As deliberaes tomadas de conformidade com a lei e o contrato vinculam todos os scios, ainda que ausentes ou dissidentes. 6o Aplica-se s reunies dos scios, nos casos omissos no contrato, o disposto na presente Seo sobre a assemblia.
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Quadro Comparativo entre o Novo Cdigo Civil e o Cdigo Civil Anterior Lei no 3.071/1916 Lei no 10.406/2002 Art. 1.073. A reunio ou a assemblia podem tambm ser convocadas: I por scio, quando os administradores retardarem a convocao, por mais de sessenta dias, nos casos previstos em lei ou no contrato, ou por titulares de mais de um quinto do capital, quando no atendido, no prazo de oito dias, pedido de convocao fundamentado, com indicao das matrias a serem tratadas; II pelo conselho fiscal, se houver, nos casos a que se refere o inciso V do art. 1.069. Art. 1.074. A assemblia dos scios instala-se com a presena, em primeira convocao, de titulares de no mnimo trs quartos do capital social, e, em segunda, com qualquer nmero. 1o O scio pode ser representado na assemblia por outro scio, ou por advogado, mediante outorga de mandato com especificao dos atos autorizados, devendo o instrumento ser levado a registro, juntamente com a ata. 2o Nenhum scio, por si ou na condio de mandatrio, pode votar matria que lhe diga respeito diretamente. Art. 1.075. A assemblia ser presidida e secretariada por scios escolhidos entre os presentes. 1o Dos trabalhos e deliberaes ser lavrada, no livro de atas da assemblia, ata assinada pelos membros da mesa e por scios participantes da reunio, quantos bastem validade das deliberaes, mas sem prejuzo dos que queiram assin-la. 2o Cpia da ata autenticada pelos administradores, ou pela mesa, ser, nos vinte dias subseqentes reunio, apresentada ao Registro Pblico de Empresas Mercantis para arquivamento e averbao.
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Quadro Comparativo entre o Novo Cdigo Civil e o Cdigo Civil Anterior Lei no 3.071/1916 Lei no 10.406/2002 3o Ao scio, que a solicitar, ser entregue cpia autenticada da ata. Art. 1.076. Ressalvado o disposto no art. 1.061 e no 1o do art. 1.063, as deliberaes dos scios sero tomadas: I pelos votos correspondentes, no mnimo, a trs quartos do capital social, nos casos previstos nos incisos V e VI do art. 1.071; II pelos votos correspondentes a mais de metade do capital social, nos casos previstos nos incisos II, III, IV e VIII do art. 1.071; III pela maioria de votos dos presentes, nos demais casos previstos na lei ou no contrato, se este no exigir maioria mais elevada. Art. 1.077. Quando houver modificao do contrato, fuso da sociedade, incorporao de outra, ou dela por outra, ter o scio que dissentiu o direito de retirar-se da sociedade, nos trinta dias subseqentes reunio, aplicando-se, no silncio do contrato social antes vigente, o disposto no art. 1.031. Art. 1.078. A assemblia dos scios deve realizar-se ao menos uma vez por ano, nos quatro meses seguintes ao trmino do exerccio social, com o objetivo de: I tomar as contas dos administradores e deliberar sobre o balano patrimonial e o de resultado econmico; II designar administradores, quando for o caso; III tratar de qualquer outro assunto constante da ordem do dia. 1o At trinta dias antes da data marcada para a assemblia, os documentos referidos no inciso I deste artigo devem ser
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Quadro Comparativo entre o Novo Cdigo Civil e o Cdigo Civil Anterior Lei no 3.071/1916 Lei no 10.406/2002 postos, por escrito, e com a prova do respectivo recebimento, disposio dos scios que no exeram a administrao. 2o Instalada a assemblia, proceder-se leitura dos documentos referidos no pargrafo antecedente, os quais sero submetidos, pelo presidente, a discusso e votao, nesta no podendo tomar parte os membros da administrao e, se houver, os do conselho fiscal. 3o A aprovao, sem reserva, do balano patrimonial e do de resultado econmico, salvo erro, dolo ou simulao, exonera de responsabilidade os membros da administrao e, se houver, os do conselho fiscal. 4o Extingue-se em dois anos o direito de anular a aprovao a que se refere o pargrafo antecedente. Art. 1.079. Aplica-se s reunies dos scios, nos casos omissos no contrato, o estabelecido nesta Seo sobre a assemblia, obedecido o disposto no 1o do art. 1.072. Art. 1.080. As deliberaes infringentes do contrato ou da lei tornam ilimitada a responsabilidade dos que expressamente as aprovaram. Seo VI Do Aumento e da Reduo do Capital Art. 1.081. Ressalvado o disposto em lei especial, integralizadas as quotas, pode ser o capital aumentado, com a correspondente modificao do contrato. 1o At trinta dias aps a deliberao, tero os scios preferncia para participar do aumento, na proporo das quotas de que sejam titulares.
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Quadro Comparativo entre o Novo Cdigo Civil e o Cdigo Civil Anterior Lei no 3.071/1916 Lei no 10.406/2002 2o cesso do direito de preferncia, aplica-se o disposto no caput do art. 1.057. 3o Decorrido o prazo da preferncia, e assumida pelos scios, ou por terceiros, a totalidade do aumento, haver reunio ou assemblia dos scios, para que seja aprovada a modificao do contrato. Art. 1.082. Pode a sociedade reduzir o capital, mediante a correspondente modificao do contrato: I depois de integralizado, se houver perdas irreparveis; II se excessivo em relao ao objeto da sociedade. Art. 1.083. No caso do inciso I do artigo antecedente, a reduo do capital ser realizada com a diminuio proporcional do valor nominal das quotas, tornandose efetiva a partir da averbao, no Registro Pblico de Empresas Mercantis, da ata da assemblia que a tenha aprovado. Art. 1.084. No caso do inciso II do art. 1.082, a reduo do capital ser feita restituindo-se parte do valor das quotas aos scios, ou dispensando-se as prestaes ainda devidas, com diminuio proporcional, em ambos os casos, do valor nominal das quotas. 1o No prazo de noventa dias, contado da data da publicao da ata da assemblia que aprovar a reduo, o credor quirografrio, por ttulo lquido anterior a essa data, poder opor-se ao deliberado. 2o A reduo somente se tornar eficaz se, no prazo estabelecido no pargrafo antecedente, no for impugnada, ou se provado o pagamento da dvida ou o depsito judicial do respectivo valor.
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Quadro Comparativo entre o Novo Cdigo Civil e o Cdigo Civil Anterior Lei no 3.071/1916 Lei no 10.406/2002 3o Satisfeitas as condies estabelecidas no pargrafo antecedente, proceder-se- averbao, no Registro Pblico de Empresas Mercantis, da ata que tenha aprovado a reduo. Seo VII Da Resoluo da Sociedade em Relao a Scios Minoritrios Art. 1.085. Ressalvado o disposto no art. 1.030, quando a maioria dos scios, representativa de mais da metade do capital social, entender que um ou mais scios esto pondo em risco a continuidade da empresa, em virtude de atos de inegvel gravidade, poder exclu-los da sociedade, mediante alterao do contrato social, desde que prevista neste a excluso por justa causa. Pargrafo nico. A excluso somente poder ser determinada em reunio ou assemblia especialmente convocada para esse fim, ciente o acusado em tempo hbil para permitir seu comparecimento e o exerccio do direito de defesa. Art. 1.086. Efetuado o registro da alterao contratual, aplicar-se- o disposto nos arts. 1.031 e 1.032. Seo VIII Da Dissoluo Art. 1.087. A sociedade dissolve-se, de pleno direito, por qualquer das causas previstas no art. 1.044. Captulo V Da Sociedade Annima Seo Unica Da Caracterizao Art. 1.088. Na sociedade annima ou companhia, o capital divide-se em aes, obriCdigo Civil Comparado 273

Quadro Comparativo entre o Novo Cdigo Civil e o Cdigo Civil Anterior Lei no 3.071/1916 Lei no 10.406/2002 gando-se cada scio ou acionista somente pelo preo de emisso das aes que subscrever ou adquirir. Art. 1.089. A sociedade annima rege-se por lei especial, aplicando-se-lhe, nos casos omissos, as disposies deste Cdigo. Captulo VI Da Sociedade em Comandita por Aes Art. 1.090. A sociedade em comandita por aes tem o capital dividido em aes, regendo-se pelas normas relativas sociedade annima, sem prejuzo das modificaes constantes deste Captulo, e opera sob firma ou denominao. Art. 1.091. Somente o acionista tem qualidade para administrar a sociedade e, como diretor, responde subsidiria e ilimitadamente pelas obrigaes da sociedade. 1o Se houver mais de um diretor, sero solidariamente responsveis, depois de esgotados os bens sociais. 2o Os diretores sero nomeados no ato constitutivo da sociedade, sem limitao de tempo, e somente podero ser destitudos por deliberao de acionistas que representem no mnimo dois teros do capital social. 3o O diretor destitudo ou exonerado continua, durante dois anos, responsvel pelas obrigaes sociais contradas sob sua administrao. Art. 1.092. A assemblia geral no pode, sem o consentimento dos diretores, mudar o objeto essencial da sociedade, prorrogar-lhe o prazo de durao, aumentar ou diminuir o capital social, criar debntures, ou partes beneficirias.
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Quadro Comparativo entre o Novo Cdigo Civil e o Cdigo Civil Anterior Lei no 3.071/1916 Lei no 10.406/2002 Captulo VII Da Sociedade Cooperativa Art. 1.093. A sociedade cooperativa regerse- pelo disposto no presente Captulo, ressalvada a legislao especial. Art. 1.094. So caractersticas da sociedade cooperativa: I variabilidade, ou dispensa do capital social; II concurso de scios em nmero mnimo necessrio a compor a administrao da sociedade, sem limitao de nmero mximo; III limitao do valor da soma de quotas do capital social que cada scio poder tomar; IV intransferibilidade das quotas do capital a terceiros estranhos sociedade, ainda que por herana; V quorum, para a assemblia geral funcionar e deliberar, fundado no nmero de scios presentes reunio, e no no capital social representado; VI direito de cada scio a um s voto nas deliberaes, tenha ou no capital a sociedade, e qualquer que seja o valor de sua participao; II distribuio dos resultados, proporcionalmente ao valor das operaes efetuadas pelo scio com a sociedade, podendo ser atribudo juro fixo ao capital realizado; VIII indivisibilidade do fundo de reserva entre os scios, ainda que em caso de dissoluo da sociedade. Art. 1.095. Na sociedade cooperativa, a responsabilidade dos scios pode ser limitada ou ilimitada. 1o limitada a responsabilidade na cooperativa em que o scio responde somenCdigo Civil Comparado 275

Quadro Comparativo entre o Novo Cdigo Civil e o Cdigo Civil Anterior Lei no 3.071/1916 Lei no 10.406/2002 te pelo valor de suas quotas e pelo prejuzo verificado nas operaes sociais, guardada a proporo de sua participao nas mesmas operaes. 2o ilimitada a responsabilidade na cooperativa em que o scio responde solidria e ilimitadamente pelas obrigaes sociais. Art. 1.096. No que a lei for omissa, aplicam-se as disposies referentes sociedade simples, resguardadas as caractersticas estabelecidas no art. 1.094. Captulo VIII Das Sociedades Coligadas Art. 1.097. Consideram-se coligadas as sociedades que, em suas relaes de capital, so controladas, filiadas, ou de simples participao, na forma dos artigos seguintes. Art. 1.098. controlada: I a sociedade de cujo capital outra sociedade possua a maioria dos votos nas deliberaes dos quotistas ou da assemblia geral e o poder de eleger a maioria dos administradores; II a sociedade cujo controle, referido no inciso antecedente, esteja em poder de outra, mediante aes ou quotas possudas por sociedades ou sociedades por esta j controladas. Art. 1.099. Diz-se coligada ou filiada a sociedade de cujo capital outra sociedade participa com dez por cento ou mais, do capital da outra, sem control-la. Art. 1.100. de simples participao a sociedade de cujo capital outra socieda276 Cdigo Civil Comparado

Quadro Comparativo entre o Novo Cdigo Civil e o Cdigo Civil Anterior Lei no 3.071/1916 Lei no 10.406/2002 de possua menos de dez por cento do capital com direito de voto. Art. 1.101. Salvo disposio especial de lei, a sociedade no pode participar de outra, que seja sua scia, por montante superior, segundo o balano, ao das prprias reservas, excluda a reserva legal. Pargrafo nico. Aprovado o balano em que se verifique ter sido excedido esse limite, a sociedade no poder exercer o direito de voto correspondente s aes ou quotas em excesso, as quais devem ser alienadas nos cento e oitenta dias seguintes quela aprovao. Captulo IX Da Liquidao da Sociedade Art. 1.102. Dissolvida a sociedade e nomeado o liquidante na forma do disposto neste Livro, procede-se sua liquidao, de conformidade com os preceitos deste Captulo, ressalvado o disposto no ato constitutivo ou no instrumento da dissoluo. Pargrafo nico. O liquidante, que no seja administrador da sociedade, investir-se- nas funes, averbada a sua nomeao no registro prprio. Art. 1.103. Constituem deveres do liquidante: I averbar e publicar a ata, sentena ou instrumento de dissoluo da sociedade; II arrecadar os bens, livros e documentos da sociedade, onde quer que estejam; III proceder, nos quinze dias seguintes ao da sua investidura e com a assistncia, sempre que possvel, dos administradores, elaborao do inventrio e do balano geral do ativo e do passivo;
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Quadro Comparativo entre o Novo Cdigo Civil e o Cdigo Civil Anterior Lei no 3.071/1916 Lei no 10.406/2002 IV ultimar os negcios da sociedade, realizar o ativo, pagar o passivo e partilhar o remanescente entre os scios ou acionistas; V exigir dos quotistas, quando insuficiente o ativo soluo do passivo, a integralizao de suas quotas e, se for o caso, as quantias necessrias, nos limites da responsabilidade de cada um e proporcionalmente respectiva participao nas perdas, repartindo-se, entre os scios solventes e na mesma proporo, o devido pelo insolvente; VI convocar assemblia dos quotistas, cada seis meses, para apresentar relatrio e balano do estado da liquidao, prestando conta dos atos praticados durante o semestre, ou sempre que necessrio; VII confessar a falncia da sociedade e pedir concordata, de acordo com as formalidades prescritas para o tipo de sociedade liquidanda; VIII finda a liquidao, apresentar aos scios o relatrio da liquidao e as suas contas finais; IX averbar a ata da reunio ou da assemblia, ou o instrumento firmado pelos scios, que considerar encerrada a liquidao. Pargrafo nico. Em todos os atos, documentos ou publicaes, o liquidante empregar a firma ou denominao social sempre seguida da clusula em liquidao e de sua assinatura individual, com a declarao de sua qualidade. Art. 1.104. As obrigaes e a responsabilidade do liquidante regem-se pelos preceitos peculiares s dos administradores da sociedade liquidanda. Art. 1.105. Compete ao liquidante representar a sociedade e praticar todos os atos
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Quadro Comparativo entre o Novo Cdigo Civil e o Cdigo Civil Anterior Lei no 3.071/1916 Lei no 10.406/2002 necessrios sua liquidao, inclusive alienar bens mveis ou imveis, transigir, receber e dar quitao. Pargrafo nico. Sem estar expressamente autorizado pelo contrato social, ou pelo voto da maioria dos scios, no pode o liquidante gravar de nus reais os mveis e imveis, contrair emprstimos, salvo quando indispensveis ao pagamento de obrigaes inadiveis, nem prosseguir, embora para facilitar a liquidao, na atividade social. Art. 1.106. Respeitados os direitos dos credores preferenciais, pagar o liquidante as dvidas sociais proporcionalmente, sem distino entre vencidas e vincendas, mas, em relao a estas, com desconto. Pargrafo nico. Se o ativo for superior ao passivo, pode o liquidante, sob sua responsabilidade pessoal, pagar integralmente as dvidas vencidas. Art. 1.107. Os scios podem resolver, por maioria de votos, antes de ultimada a liquidao, mas depois de pagos os credores, que o liquidante faa rateios por antecipao da partilha, medida em que se apurem os haveres sociais. Art. 1.108. Pago o passivo e partilhado o remanescente, convocar o liquidante assemblia dos scios para a prestao final de contas. Art. 1.109. Aprovadas as contas, encerrase a liquidao, e a sociedade se extingue, ao ser averbada no registro prprio a ata da assemblia. Pargrafo nico. O dissidente tem o prazo de trinta dias, a contar da publicao da
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Quadro Comparativo entre o Novo Cdigo Civil e o Cdigo Civil Anterior Lei no 3.071/1916 Lei no 10.406/2002 ata, devidamente averbada, para promover a ao que couber. Art. 1.110. Encerrada a liquidao, o credor no satisfeito s ter direito a exigir dos scios, individualmente, o pagamento do seu crdito, at o limite da soma por eles recebida em partilha, e a propor contra o liquidante ao de perdas e danos. Art. 1.111. No caso de liquidao judicial, ser observado o disposto na lei processual. Art. 1.112. No curso de liquidao judicial, o juiz convocar, se necessrio, reunio ou assemblia para deliberar sobre os interesses da liquidao, e as presidir, resolvendo sumariamente as questes suscitadas. Pargrafo nico. As atas das assemblias sero, em cpia autntica, apensadas ao processo judicial. Captulo X Da Transformao, da Incorporao, da Fuso e da Ciso das Sociedades Art. 1.113. O ato de transformao independe de dissoluo ou liquidao da sociedade, e obedecer aos preceitos reguladores da constituio e inscrio prprios do tipo em que vai converter-se. Art. 1.114. A transformao depende do consentimento de todos os scios, salvo se prevista no ato constitutivo, caso em que o dissidente poder retirar-se da sociedade, aplicando-se, no silncio do estatuto ou do contrato social, o disposto no art. 1.031.
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Quadro Comparativo entre o Novo Cdigo Civil e o Cdigo Civil Anterior Lei no 3.071/1916 Lei no 10.406/2002 Art. 1.115. A transformao no modificar nem prejudicar, em qualquer caso, os direitos dos credores. Pargrafo nico. A falncia da sociedade transformada somente produzir efeitos em relao aos scios que, no tipo anterior, a eles estariam sujeitos, se o pedirem os titulares de crditos anteriores transformao, e somente a estes beneficiar. Art. 1.116. Na incorporao, uma ou vrias sociedades so absorvidas por outra, que lhes sucede em todos os direitos e obrigaes, devendo todas aprov-la, na forma estabelecida para os respectivos tipos. Art. 1.117. A deliberao dos scios da sociedade incorporada dever aprovar as bases da operao e o projeto de reforma do ato constitutivo. 1o A sociedade que houver de ser incorporada tomar conhecimento desse ato, e, se o aprovar, autorizar os administradores a praticar o necessrio incorporao, inclusive a subscrio em bens pelo valor da diferena que se verificar entre o ativo e o passivo. 2o A deliberao dos scios da sociedade incorporadora compreender a nomeao dos peritos para a avaliao do patrimnio lquido da sociedade, que tenha de ser incorporada. Art. 1.118. Aprovados os atos da incorporao, a incorporadora declarar extinta a incorporada, e promover a respectiva averbao no registro prprio. Art. 1.119. A fuso determina a extino das sociedades que se unem, para formar sociedade nova, que a elas suceder nos direitos e obrigaes.
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Quadro Comparativo entre o Novo Cdigo Civil e o Cdigo Civil Anterior Lei no 3.071/1916 Lei no 10.406/2002 Art. 1.120. A fuso ser decidida, na forma estabelecida para os respectivos tipos, pelas sociedades que pretendam unir-se. 1o Em reunio ou assemblia dos scios de cada sociedade, deliberada a fuso e aprovado o projeto do ato constitutivo da nova sociedade, bem como o plano de distribuio do capital social, sero nomeados os peritos para a avaliao do patrimnio da sociedade. 2o Apresentados os laudos, os administradores convocaro reunio ou assemblia dos scios para tomar conhecimento deles, decidindo sobre a constituio definitiva da nova sociedade. 3o vedado aos scios votar o laudo de avaliao do patrimnio da sociedade de que faam parte. Art. 1.121. Constituda a nova sociedade, aos administradores incumbe fazer inscrever, no registro prprio da sede, os atos relativos fuso. Art. 1.122. At noventa dias aps publicados os atos relativos incorporao, fuso ou ciso, o credor anterior, por ela prejudicado, poder promover judicialmente a anulao deles. 1o A consignao em pagamento prejudicar a anulao pleiteada. 2o Sendo ilquida a dvida, a sociedade poder garantir-lhe a execuo, suspendendo-se o processo de anulao. 3o Ocorrendo, no prazo deste artigo, a falncia da sociedade incorporadora, da sociedade nova ou da cindida, qualquer credor anterior ter direito a pedir a separao dos patrimnios, para o fim de serem os crditos pagos pelos bens das respectivas massas.
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Quadro Comparativo entre o Novo Cdigo Civil e o Cdigo Civil Anterior Lei no 3.071/1916 Lei no 10.406/2002 Capitulo XI Da Sociedade Dependente de Autorizao Seo I Disposies Gerais Art. 1.123. A sociedade que dependa de autorizao do Poder Executivo para funcionar reger-se- por este ttulo, sem prejuzo do disposto em lei especial. Pargrafo nico. A competncia para a autorizao ser sempre do Poder Executivo federal. Art. 1.124. Na falta de prazo estipulado em lei ou em ato do poder pblico, ser considerada caduca a autorizao se a sociedade no entrar em funcionamento nos doze meses seguintes respectiva publicao. Art. 1.125. Ao Poder Executivo facultado, a qualquer tempo, cassar a autorizao concedida a sociedade nacional ou estrangeira que infringir disposio de ordem pblica ou praticar atos contrrios aos fins declarados no seu estatuto. Seo II Da Sociedade Nacional Art. 1.126. nacional a sociedade organizada de conformidade com a lei brasileira e que tenha no Pas a sede de sua administrao. Pargrafo nico. Quando a lei exigir que todos ou alguns scios sejam brasileiros, as aes da sociedade annima revestiro, no silncio da lei, a forma nominativa. Qualquer que seja o tipo da sociedade, na sua sede ficar arquivada cpia autntica do documento comprobatrio da nacionalidade dos scios.
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Quadro Comparativo entre o Novo Cdigo Civil e o Cdigo Civil Anterior Lei no 3.071/1916 Lei no 10.406/2002 Art. 1.127. No haver mudana de nacionalidade de sociedade brasileira sem o consentimento unnime dos scios ou acionistas. Art. 1.128. O requerimento de autorizao de sociedade nacional deve ser acompanhado de cpia do contrato, assinada por todos os scios, ou, tratando-se de sociedade annima, de cpia, autenticada pelos fundadores, dos documentos exigidos pela lei especial. Pargrafo nico. Se a sociedade tiver sido constituda por escritura pblica, bastar juntar-se ao requerimento a respectiva certido. Art. 1.129. Ao Poder Executivo facultado exigir que se procedam a alteraes ou aditamento no contrato ou no estatuto, devendo os scios, ou, tratando-se de sociedade annima, os fundadores, cumprir as formalidades legais para reviso dos atos constitutivos, e juntar ao processo prova regular. Art. 1.130. Ao Poder Executivo facultado recusar a autorizao, se a sociedade no atender s condies econmicas, financeiras ou jurdicas especificadas em lei. Art. 1.131. Expedido o decreto de autorizao, cumprir sociedade publicar os atos referidos nos arts. 1.128 e 1.129, em trinta dias, no rgo oficial da Unio, cujo exemplar representar prova para inscrio, no registro prprio, dos atos constitutivos da sociedade. Pargrafo nico. A sociedade promover, tambm no rgo oficial da Unio e no prazo de trinta dias, a publicao do termo de inscrio.
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Quadro Comparativo entre o Novo Cdigo Civil e o Cdigo Civil Anterior Lei no 3.071/1916 Lei no 10.406/2002 Art. 1.132. As sociedades annimas nacionais, que dependam de autorizao do Poder Executivo para funcionar, no se constituiro sem obt-la, quando seus fundadores pretenderem recorrer a subscrio pblica para a formao do capital. 1o Os fundadores devero juntar ao requerimento cpias autnticas do projeto do estatuto e do prospecto. 2o Obtida a autorizao e constituda a sociedade, proceder-se- inscrio dos seus atos constitutivos. Art. 1.133. Dependem de aprovao as modificaes do contrato ou do estatuto de sociedade sujeita a autorizao do Poder Executivo, salvo se decorrerem de aumento do capital social, em virtude de utilizao de reservas ou reavaliao do ativo. Seo III Da Sociedade Estrangeira Art. 1.134. A sociedade estrangeira, qualquer que seja o seu objeto, no pode, sem autorizao do Poder Executivo, funcionar no Pas, ainda que por estabelecimentos subordinados, podendo, todavia, ressalvados os casos expressos em lei, ser acionista de sociedade annima brasileira. 1o Ao requerimento de autorizao devem juntar-se: I prova de se achar a sociedade constituda conforme a lei de seu pas; II inteiro teor do contrato ou do estatuto; III relao dos membros de todos os rgos da administrao da sociedade, com nome, nacionalidade, profisso, domiclio e, salvo quanto a aes ao portador, o valor da participao de cada um no capital da sociedade;
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Quadro Comparativo entre o Novo Cdigo Civil e o Cdigo Civil Anterior Lei no 3.071/1916 Lei no 10.406/2002 IV cpia do ato que autorizou o funcionamento no Brasil e fixou o capital destinado s operaes no territrio nacional; V prova de nomeao do representante no Brasil, com poderes expressos para aceitar as condies exigidas para a autorizao; VI ltimo balano. 2o Os documentos sero autenticados, de conformidade com a lei nacional da sociedade requerente, legalizados no consulado brasileiro da respectiva sede e acompanhados de traduo em vernculo. Art. 1.135. facultado ao Poder Executivo, para conceder a autorizao, estabelecer condies convenientes defesa dos interesses nacionais. Pargrafo nico. Aceitas as condies, expedir o Poder Executivo decreto de autorizao, do qual constar o montante de capital destinado s operaes no Pas, cabendo sociedade promover a publicao dos atos referidos no art. 1.131 e no 1o do art. 1.134. Art. 1.136. A sociedade autorizada no pode iniciar sua atividade antes de inscrita no registro prprio do lugar em que se deva estabelecer. 1o O requerimento de inscrio ser instrudo com exemplar da publicao exigida no pargrafo nico do artigo antecedente, acompanhado de documento do depsito em dinheiro, em estabelecimento bancrio oficial, do capital ali mencionado. 2o Arquivados esses documentos, a inscrio ser feita por termo em livro especial para as sociedades estrangeiras, com nmero de ordem contnuo para todas as sociedades inscritas; no termo constaro:
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Quadro Comparativo entre o Novo Cdigo Civil e o Cdigo Civil Anterior Lei no 3.071/1916 Lei no 10.406/2002 I nome, objeto, durao e sede da sociedade no estrangeiro; II lugar da sucursal, filial ou agncia, no Pas; III data e nmero do decreto de autorizao; IV capital destinado s operaes no Pas; V individuao do seu representante permanente. 3o Inscrita a sociedade, promover-se- a publicao determinada no pargrafo nico do art. 1.131. Art. 1.137. A sociedade estrangeira autorizada a funcionar ficar sujeita s leis e aos tribunais brasileiros, quanto aos atos ou operaes praticados no Brasil. Pargrafo nico. A sociedade estrangeira funcionar no territrio nacional com o nome que tiver em seu pas de origem, podendo acrescentar as palavras do Brasil ou para o Brasil. Art. 1.138. A sociedade estrangeira autorizada a funcionar obrigada a ter, permanentemente, representante no Brasil, com poderes para resolver quaisquer questes e receber citao judicial pela sociedade. Pargrafo nico. O representante somente pode agir perante terceiros depois de arquivado e averbado o instrumento de sua nomeao. Art. 1.139. Qualquer modificao no contrato ou no estatuto depender da aprovao do Poder Executivo, para produzir efeitos no territrio nacional. Art. 1.140. A sociedade estrangeira deve, sob pena de lhe ser cassada a autorizao, reproduzir no rgo oficial da Unio,
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Quadro Comparativo entre o Novo Cdigo Civil e o Cdigo Civil Anterior Lei no 3.071/1916 Lei no 10.406/2002 e do Estado, se for o caso, as publicaes que, segundo a sua lei nacional, seja obrigada a fazer relativamente ao balano patrimonial e ao de resultado econmico, bem como aos atos de sua administrao. Pargrafo nico. Sob pena, tambm, de lhe ser cassada a autorizao, a sociedade estrangeira dever publicar o balano patrimonial e o de resultado econmico das sucursais, filiais ou agncias existentes no Pas. Art. 1.141. Mediante autorizao do Poder Executivo, a sociedade estrangeira admitida a funcionar no Pas pode nacionalizar-se, transferindo sua sede para o Brasil. 1o Para o fim previsto neste artigo, dever a sociedade, por seus representantes, oferecer, com o requerimento, os documentos exigidos no art. 1.134, e ainda a prova da realizao do capital, pela forma declarada no contrato, ou no estatuto, e do ato em que foi deliberada a nacionalizao. 2o O Poder Executivo poder impor as condies que julgar convenientes defesa dos interesses nacionais. 3o Aceitas as condies pelo representante, proceder-se-, aps a expedio do decreto de autorizao, inscrio da sociedade e publicao do respectivo termo. Ttulo III Do Estabelecimento Captulo nico Disposies Gerais Art. 1.142. Considera-se estabelecimento todo complexo de bens organizado, para exerccio da empresa, por empresrio, ou por sociedade empresria.
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Quadro Comparativo entre o Novo Cdigo Civil e o Cdigo Civil Anterior Lei no 3.071/1916 Lei no 10.406/2002 Art. 1.143. Pode o estabelecimento ser objeto unitrio de direitos e de negcios jurdicos, translativos ou constitutivos, que sejam compatveis com a sua natureza. Art. 1.144. O contrato que tenha por objeto a alienao, o usufruto ou arrendamento do estabelecimento, s produzir efeitos quanto a terceiros depois de averbado margem da inscrio do empresrio, ou da sociedade empresria, no Registro Pblico de Empresas Mercantis, e de publicado na imprensa oficial. Art. 1.145. Se ao alienante no restarem bens suficientes para solver o seu passivo, a eficcia da alienao do estabelecimento depende do pagamento de todos os credores, ou do consentimento destes, de modo expresso ou tcito, em trinta dias a partir de sua notificao. Art. 1.146. O adquirente do estabelecimento responde pelo pagamento dos dbitos anteriores transferncia, desde que regularmente contabilizados, continuando o devedor primitivo solidariamente obrigado pelo prazo de um ano, a partir, quanto aos crditos vencidos, da publicao, e, quanto aos outros, da data do vencimento. Art. 1.147. No havendo autorizao expressa, o alienante do estabelecimento no pode fazer concorrncia ao adquirente, nos cinco anos subseqentes transferncia. Pargrafo nico. No caso de arrendamento ou usufruto do estabelecimento, a proibio prevista neste artigo persistir durante o prazo do contrato.
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Quadro Comparativo entre o Novo Cdigo Civil e o Cdigo Civil Anterior Lei no 3.071/1916 Lei no 10.406/2002 Art. 1.148. Salvo disposio em contrrio, a transferncia importa a sub-rogao do adquirente nos contratos estipulados para explorao do estabelecimento, se no tiverem carter pessoal, podendo os terceiros rescindir o contrato em noventa dias a contar da publicao da transferncia, se ocorrer justa causa, ressalvada, neste caso, a responsabilidade do alienante. Art. 1.149. A cesso dos crditos referentes ao estabelecimento transferido produzir efeito em relao aos respectivos devedores, desde o momento da publicao da transferncia, mas o devedor ficar exonerado se de boa-f pagar ao cedente. Ttulo IV Dos Institutos Complementares Captulo I Do Registro Art. 1.150. O empresrio e a sociedade empresria vinculam-se ao Registro Pblico de Empresas Mercantis a cargo das Juntas Comerciais, e a sociedade simples ao Registro Civil das Pessoas Jurdicas, o qual dever obedecer s normas fixadas para aquele registro, se a sociedade simples adotar um dos tipos de sociedade empresria. Art. 1.151. O registro dos atos sujeitos formalidade exigida no artigo antecedente ser requerido pela pessoa obrigada em lei, e, no caso de omisso ou demora, pelo scio ou qualquer interessado. 1o Os documentos necessrios ao registro devero ser apresentados no prazo de trinta dias, contado da lavratura dos atos respectivos.
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Quadro Comparativo entre o Novo Cdigo Civil e o Cdigo Civil Anterior Lei no 3.071/1916 Lei no 10.406/2002 2o Requerido alm do prazo previsto neste artigo, o registro somente produzir efeito a partir da data de sua concesso. 3o As pessoas obrigadas a requerer o registro respondero por perdas e danos, em caso de omisso ou demora. Art. 1.152. Cabe ao rgo incumbido do registro verificar a regularidade das publicaes determinadas em lei, de acordo com o disposto nos pargrafos deste artigo. 1o Salvo exceo expressa, as publicaes ordenadas neste Livro sero feitas no rgo oficial da Unio ou do Estado, conforme o local da sede do empresrio ou da sociedade, e em jornal de grande circulao. 2o As publicaes das sociedades estrangeiras sero feitas nos rgos oficiais da Unio e do Estado onde tiverem sucursais, filiais ou agncias. 3o O anncio de convocao da assemblia de scios ser publicado por trs vezes, ao menos, devendo mediar, entre a data da primeira insero e a da realizao da assemblia, o prazo mnimo de oito dias, para a primeira convocao, e de cinco dias, para as posteriores. Art. 1.153. Cumpre autoridade competente, antes de efetivar o registro, verificar a autenticidade e a legitimidade do signatrio do requerimento, bem como fiscalizar a observncia das prescries legais concernentes ao ato ou aos documentos apresentados. Pargrafo nico. Das irregularidades encontradas deve ser notificado o requerente, que, se for o caso, poder san-las, obedecendo s formalidades da lei.
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Quadro Comparativo entre o Novo Cdigo Civil e o Cdigo Civil Anterior Lei no 3.071/1916 Lei no 10.406/2002 Art. 1.154. O ato sujeito a registro, ressalvadas disposies especiais da lei, no pode, antes do cumprimento das respectivas formalidades, ser oposto a terceiro, salvo prova de que este o conhecia. Pargrafo nico. O terceiro no pode alegar ignorncia, desde que cumpridas as referidas formalidades. Captulo II Do Nome Empresarial Art. 1.155. Considera-se nome empresarial a firma ou a denominao adotada, de conformidade com este Captulo, para o exerccio de empresa. Pargrafo nico. Equipara-se ao nome empresarial, para os efeitos da proteo da lei, a denominao das sociedades simples, associaes e fundaes. Art. 1.156. O empresrio opera sob firma constituda por seu nome, completo ou abreviado, aditando-lhe, se quiser, designao mais precisa da sua pessoa ou do gnero de atividade. Art. 1.157. A sociedade em que houver scios de responsabilidade ilimitada operar sob firma, na qual somente os nomes daqueles podero figurar, bastando para form-la aditar ao nome de um deles a expresso e companhia ou sua abreviatura. Pargrafo nico. Ficam solidria e ilimitadamente responsveis pelas obrigaes contradas sob a firma social aqueles que, por seus nomes, figurarem na firma da sociedade de que trata este artigo. Art. 1.158. Pode a sociedade limitada adotar firma ou denominao, integradas pela palavra final limitada ou a sua abreviatura.
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Quadro Comparativo entre o Novo Cdigo Civil e o Cdigo Civil Anterior Lei no 3.071/1916 Lei no 10.406/2002 1o A firma ser composta com o nome de um ou mais scios, desde que pessoas fsicas, de modo indicativo da relao social. 2o A denominao deve designar o objeto da sociedade, sendo permitido nela figurar o nome de um ou mais scios. 3o A omisso da palavra limitada determina a responsabilidade solidria e ilimitada dos administradores que assim empregarem a firma ou a denominao da sociedade. Art. 1.159. A sociedade cooperativa funciona sob denominao integrada pelo vocbulo cooperativa. Art. 1.160. A sociedade annima opera sob denominao designativa do objeto social, integrada pelas expresses sociedade annima ou companhia, por extenso ou abreviadamente. Pargrafo nico. Pode constar da denominao o nome do fundador, acionista, ou pessoa que haja concorrido para o bom xito da formao da empresa. Art. 1.161. A sociedade em comandita por aes pode, em lugar de firma, adotar denominao designativa do objeto social, aditada da expresso comandita por aes. Art. 1.162. A sociedade em conta de participao no pode ter firma ou denominao. Art. 1.163. O nome de empresrio deve distinguir-se de qualquer outro j inscrito no mesmo registro. Pargrafo nico. Se o empresrio tiver nome idntico ao de outros j inscritos, dever acrescentar designao que o distinga.
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Quadro Comparativo entre o Novo Cdigo Civil e o Cdigo Civil Anterior Lei no 3.071/1916 Lei no 10.406/2002 Art. 1.164. O nome empresarial no pode ser objeto de alienao. Pargrafo nico. O adquirente de estabelecimento, por ato entre vivos, pode, se o contrato o permitir, usar o nome do alienante, precedido do seu prprio, com a qualificao de sucessor. Art. 1.165. O nome de scio que vier a falecer, for excludo ou se retirar, no pode ser conservado na firma social. Art. 1.166. A inscrio do empresrio, ou dos atos constitutivos das pessoas jurdicas, ou as respectivas averbaes, no registro prprio, asseguram o uso exclusivo do nome nos limites do respectivo Estado. Pargrafo nico. O uso previsto neste artigo estender-se- a todo o territrio nacional, se registrado na forma da lei especial. Art. 1.167. Cabe ao prejudicado, a qualquer tempo, ao para anular a inscrio do nome empresarial feita com violao da lei ou do contrato. Art. 1.168. A inscrio do nome empresarial ser cancelada, a requerimento de qualquer interessado, quando cessar o exerccio da atividade para que foi adotado, ou quando ultimar-se a liquidao da sociedade que o inscreveu. Captulo III Dos Prepostos Seo I Disposies Gerais Art. 1.169. O preposto no pode, sem autorizao escrita, fazer-se substituir no desempenho da preposio, sob pena de responder pessoalmente pelos atos do substituto e pelas obrigaes por ele contradas.
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Quadro Comparativo entre o Novo Cdigo Civil e o Cdigo Civil Anterior Lei no 3.071/1916 Lei no 10.406/2002 Art. 1.170. O preposto, salvo autorizao expressa, no pode negociar por conta prpria ou de terceiro, nem participar, embora indiretamente, de operao do mesmo gnero da que lhe foi cometida, sob pena de responder por perdas e danos e de serem retidos pelo preponente os lucros da operao. Art. 1.171. Considera-se perfeita a entrega de papis, bens ou valores ao preposto, encarregado pelo preponente, se os recebeu sem protesto, salvo nos casos em que haja prazo para reclamao. Seo II Do Gerente Art. 1.172. Considera-se gerente o preposto permanente no exerccio da empresa, na sede desta, ou em sucursal, filial ou agncia. Art. 1.173. Quando a lei no exigir poderes especiais, considera-se o gerente autorizado a praticar todos os atos necessrios ao exerccio dos poderes que lhe foram outorgados. Pargrafo nico. Na falta de estipulao diversa, consideram-se solidrios os poderes conferidos a dois ou mais gerentes. Art. 1.174. As limitaes contidas na outorga de poderes, para serem opostas a terceiros, dependem do arquivamento e averbao do instrumento no Registro Pblico de Empresas Mercantis, salvo se provado serem conhecidas da pessoa que tratou com o gerente. Pargrafo nico. Para o mesmo efeito e com idntica ressalva, deve a modificao ou revogao do mandato ser arquiCdigo Civil Comparado 295

Quadro Comparativo entre o Novo Cdigo Civil e o Cdigo Civil Anterior Lei no 3.071/1916 Lei no 10.406/2002 vada e averbada no Registro Pblico de Empresas Mercantis. Art. 1.175. O preponente responde com o gerente pelos atos que este pratique em seu prprio nome, mas conta daquele. Art. 1.176. O gerente pode estar em juzo em nome do preponente, pelas obrigaes resultantes do exerccio da sua funo. Seo III Do Contabilista e outros Auxiliares Art. 1.177. Os assentos lanados nos livros ou fichas do preponente, por qualquer dos prepostos encarregados de sua escriturao, produzem, salvo se houver procedido de m-f, os mesmos efeitos como se o fossem por aquele. Pargrafo nico. No exerccio de suas funes, os prepostos so pessoalmente responsveis, perante os preponentes, pelos atos culposos; e, perante terceiros, solidariamente com o preponente, pelos atos dolosos. Art. 1.178. Os preponentes so responsveis pelos atos de quaisquer prepostos, praticados nos seus estabelecimentos e relativos atividade da empresa, ainda que no autorizados por escrito. Pargrafo nico. Quando tais atos forem praticados fora do estabelecimento, somente obrigaro o preponente nos limites dos poderes conferidos por escrito, cujo instrumento pode ser suprido pela certido ou cpia autntica do seu teor. Captulo IV Da Escriturao
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Quadro Comparativo entre o Novo Cdigo Civil e o Cdigo Civil Anterior Lei no 3.071/1916 Lei no 10.406/2002 Art. 1.179. O empresrio e a sociedade empresria so obrigados a seguir um sistema de contabilidade, mecanizado ou no, com base na escriturao uniforme de seus livros, em correspondncia com a documentao respectiva, e a levantar anualmente o balano patrimonial e o de resultado econmico. 1o Salvo o disposto no art. 1.180, o nmero e a espcie de livros ficam a critrio dos interessados. 2o dispensado das exigncias deste artigo o pequeno empresrio a que se refere o art. 970. Art. 1.180. Alm dos demais livros exigidos por lei, indispensvel o Dirio, que pode ser substitudo por fichas no caso de escriturao mecanizada ou eletrnica. Pargrafo nico. A adoo de fichas no dispensa o uso de livro apropriado para o lanamento do balano patrimonial e do de resultado econmico. Art. 1.181. Salvo disposio especial de lei, os livros obrigatrios e, se for o caso, as fichas, antes de postos em uso, devem ser autenticados no Registro Pblico de Empresas Mercantis. Pargrafo nico. A autenticao no se far sem que esteja inscrito o empresrio, ou a sociedade empresria, que poder fazer autenticar livros no obrigatrios. Art. 1.182. Sem prejuzo do disposto no art. 1.174, a escriturao ficar sob a responsabilidade de contabilista legalmente habilitado, salvo se nenhum houver na localidade. Art. 1.183. A escriturao ser feita em idioma e moeda corrente nacionais e em forCdigo Civil Comparado 297

Quadro Comparativo entre o Novo Cdigo Civil e o Cdigo Civil Anterior Lei no 3.071/1916 Lei no 10.406/2002 ma contbil, por ordem cronolgica de dia, ms e ano, sem intervalos em branco, nem entrelinhas, borres, rasuras, emendas ou transportes para as margens. Pargrafo nico. permitido o uso de cdigo de nmeros ou de abreviaturas, que constem de livro prprio, regularmente autenticado. Art. 1.184. No Dirio sero lanadas, com individuao, clareza e caracterizao do documento respectivo, dia a dia, por escrita direta ou reproduo, todas as operaes relativas ao exerccio da empresa. 1o Admite-se a escriturao resumida do Dirio, com totais que no excedam o perodo de trinta dias, relativamente a contas cujas operaes sejam numerosas ou realizadas fora da sede do estabelecimento, desde que utilizados livros auxiliares regularmente autenticados, para registro individualizado, e conservados os documentos que permitam a sua perfeita verificao. 2o Sero lanados no Dirio o balano patrimonial e o de resultado econmico, devendo ambos ser assinados por tcnico em Cincias Contbeis legalmente habilitado e pelo empresrio ou sociedade empresria. Art. 1.185. O empresrio ou sociedade empresria que adotar o sistema de fichas de lanamentos poder substituir o livro Dirio pelo livro Balancetes Dirios e Balanos, observadas as mesmas formalidades extrnsecas exigidas para aquele. Art. 1.186. O livro Balancetes Dirios e Balanos ser escriturado de modo que registre:
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Quadro Comparativo entre o Novo Cdigo Civil e o Cdigo Civil Anterior Lei no 3.071/1916 Lei no 10.406/2002 I a posio diria de cada uma das contas ou ttulos contbeis, pelo respectivo saldo, em forma de balancetes dirios; II o balano patrimonial e o de resultado econmico, no encerramento do exerccio. Art. 1.187. Na coleta dos elementos para o inventrio sero observados os critrios de avaliao a seguir determinados: I os bens destinados explorao da atividade sero avaliados pelo custo de aquisio, devendo, na avaliao dos que se desgastam ou depreciam com o uso, pela ao do tempo ou outros fatores, atender-se desvalorizao respectiva, criando-se fundos de amortizao para assegurar-lhes a substituio ou a conservao do valor; II os valores mobilirios, matria-prima, bens destinados alienao, ou que constituem produtos ou artigos da indstria ou comrcio da empresa, podem ser estimados pelo custo de aquisio ou de fabricao, ou pelo preo corrente, sempre que este for inferior ao preo de custo, e quando o preo corrente ou venal estiver acima do valor do custo de aquisio, ou fabricao, e os bens forem avaliados pelo preo corrente, a diferena entre este e o preo de custo no ser levada em conta para a distribuio de lucros, nem para as percentagens referentes a fundos de reserva; III o valor das aes e dos ttulos de renda fixa pode ser determinado com base na respectiva cotao da Bolsa de Valores; os no cotados e as participaes no acionrias sero considerados pelo seu valor de aquisio; IV os crditos sero considerados de conformidade com o presumvel valor de realizao, no se levando em conta os
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Quadro Comparativo entre o Novo Cdigo Civil e o Cdigo Civil Anterior Lei no 3.071/1916 Lei no 10.406/2002 prescritos ou de difcil liqidao, salvo se houver, quanto aos ltimos, previso equivalente. Pargrafo nico. Entre os valores do ativo podem figurar, desde que se preceda, anualmente, sua amortizao: I as despesas de instalao da sociedade, at o limite correspondente a dez por cento do capital social; II os juros pagos aos acionistas da sociedade annima, no perodo antecedente ao incio das operaes sociais, taxa no superior a doze por cento ao ano, fixada no estatuto; III a quantia efetivamente paga a ttulo de aviamento de estabelecimento adquirido pelo empresrio ou sociedade. Art. 1.188. O balano patrimonial dever exprimir, com fidelidade e clareza, a situao real da empresa e, atendidas as peculiaridades desta, bem como as disposies das leis especiais, indicar, distintamente, o ativo e o passivo. Pargrafo nico. Lei especial dispor sobre as informaes que acompanharo o balano patrimonial, em caso de sociedades coligadas. Art. 1.189. O balano de resultado econmico, ou demonstrao da conta de lucros e perdas, acompanhar o balano patrimonial e dele constaro crdito e dbito, na forma da lei especial. Art. 1.190. Ressalvados os casos previstos em lei, nenhuma autoridade, juiz ou tribunal, sob qualquer pretexto, poder fazer ou ordenar diligncia para verificar se o empresrio ou a sociedade empresria observam, ou no, em seus livros e fichas, as formalidades prescritas em lei.
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Quadro Comparativo entre o Novo Cdigo Civil e o Cdigo Civil Anterior Lei no 3.071/1916 Lei no 10.406/2002 Art. 1.191. O juiz s poder autorizar a exibio integral dos livros e papis de escriturao quando necessria para resolver questes relativas a sucesso, comunho ou sociedade, administrao ou gesto conta de outrem, ou em caso de falncia. 1o O juiz ou tribunal que conhecer de medida cautelar ou de ao pode, a requerimento ou de ofcio, ordenar que os livros de qualquer das partes, ou de ambas, sejam examinados na presena do empresrio ou da sociedade empresria a que pertencerem, ou de pessoas por estes nomeadas, para deles se extrair o que interessar questo. 2o Achando-se os livros em outra jurisdio, nela se far o exame, perante o respectivo juiz. Art. 1.192. Recusada a apresentao dos livros, nos casos do artigo antecedente, sero apreendidos judicialmente e, no do seu 1o, ter-se- como verdadeiro o alegado pela parte contrria para se provar pelos livros. Pargrafo nico. A confisso resultante da recusa pode ser elidida por prova documental em contrrio. Art. 1.193. As restries estabelecidas neste Captulo ao exame da escriturao, em parte ou por inteiro, no se aplicam s autoridades fazendrias, no exerccio da fiscalizao do pagamento de impostos, nos termos estritos das respectivas leis especiais. Art. 1.194. O empresrio e a sociedade empresria so obrigados a conservar em boa guarda toda a escriturao, correspondncia e mais papis concernentes
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Quadro Comparativo entre o Novo Cdigo Civil e o Cdigo Civil Anterior Lei no 3.071/1916 Lei no 10.406/2002 sua atividade, enquanto no ocorrer prescrio ou decadncia no tocante aos atos neles consignados. Art. 1.195. As disposies deste Captulo aplicam-se s sucursais, filiais ou agncias, no Brasil, do empresrio ou sociedade com sede em pas estrangeiro. Livro II Do Direito das Coisas Ttulo I Da Posse Captulo I Da Posse e sua Classificao Art. 485. Considera-se possuidor todo aquele que tem de fato o exerccio, pleno, ou no, de algum dos poderes inerentes ao domnio, ou propriedade. Art. 486. Quando, por fora de obrigao, ou direito, em casos como o usufruturio, do credor pignoratcio, do locatrio, se exerce temporariamente a posse direta, no anula esta s pessoas, de quem eles a houverem, a posse indireta. Art. 487. No possuidor aquele que, achando-se em relao de dependncia para com outro, conserva a posse em nome deste e em cumprimento de ordens ou instrues suas. Livro III Do Direito das Coisas Ttulo I Da Posse Captulo I Da Posse e sua Classificao Art. 1.196. Considera-se possuidor todo aquele que tem de fato o exerccio, pleno ou no, de algum dos poderes inerentes propriedade. Art. 1.197. A posse direta, de pessoa que tem a coisa em seu poder, temporariamente, em virtude de direito pessoal, ou real, no anula a indireta, de quem aquela foi havida, podendo o possuidor direto defender a sua posse contra o indireto. Art. 1.198. Considera-se detentor aquele que, achando-se em relao de dependncia para com outro, conserva a posse em nome deste e em cumprimento de ordens ou instrues suas. Pargrafo nico. Aquele que comeou a comportar-se do modo como prescreve este artigo, em relao ao bem e outra pessoa, presume-se detentor, at que prove o contrrio. Art. 488. Se duas ou mais pessoas possurem coisa indivisa, ou estiverem no gozo
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Art. 1.199. Se duas ou mais pessoas possurem coisa indivisa, poder cada uma
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Quadro Comparativo entre o Novo Cdigo Civil e o Cdigo Civil Anterior Lei no 3.071/1916 do mesmo direito, poder cada uma exercer sobre o objeto comum atos possessrios, contanto que no excluam os dos outros compossuidores. Art. 489. injusta a posse que no for violenta, clandestina ou precria. Art. 490. de boa-f a posse, se o possuidor ignora o vcio, ou o obstculo que lhe impede a aquisio da coisa, ou do direito, possudo. Pargrafo nico. O possuidor com justo ttulo tem por si a presuno de boa-f, salvo prova em contrario, ou quando a lei expressamente no admita esta presuno. Art. 491. A posse de boa-f s perde este carter no caso e desde o momento em que as circunstncias faam presumir que o possuidor no ignora que possui indevidamente. Art. 492. Salvo prova em contrrio, entende-se manter a posse o mesmo carter, com que foi adquirida. Captulo II Da Aquisio da Posse Art. 493. Adquire-se a posse: I pela apreenso da coisa, ou pelo exerccio do direito; II pelo fato de se dispor da coisa, ou do direito; III por qualquer dos modos de aquisio em geral. Pargrafo nico. aplicvel aquisio da posse o disposto neste Cdigo, artigos 81 a 85. Art. 494. A posse pode ser adquirida:
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Lei no 10.406/2002 exercer sobre ela atos possessrios, contanto que no excluam os dos outros compossuidores. Art. 1.200. justa a posse que no for violenta, clandestina ou precria. Art. 1.201. de boa-f a posse, se o possuidor ignora o vcio, ou o obstculo que impede a aquisio da coisa. Pargrafo nico. O possuidor com justo ttulo tem por si a presuno de boa-f, salvo prova em contrrio, ou quando a lei expressamente no admite esta presuno. Art. 1.202. A posse de boa-f s perde este carter no caso e desde o momento em que as circunstncias faam presumir que o possuidor no ignora que possui indevidamente. Art. 1.203. Salvo prova em contrrio, entende-se manter a posse o mesmo carter com que foi adquirida. Captulo II Da Aquisio da Posse Art. 1.204. Adquire-se a posse desde o momento em que se torna possvel o exerccio, em nome prprio, de qualquer dos poderes inerentes propriedade.

Art. 1.205. A posse pode ser adquirida:


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Quadro Comparativo entre o Novo Cdigo Civil e o Cdigo Civil Anterior Lei no 3.071/1916 I pela prpria pessoa que a pretende; II por seu representante, ou procurador; III por terceiro sem mandato, dependendo de ratificao; IV pelo constituto possessrio. Art. 495. A posse transmite-se com os mesmos caracteres aos herdeiros e legatrios do possuidor. Art. 496. O sucessor universal continua de direito a posse do seu antecessor; e ao sucessor singular facultado unir sua posse do antecessor, para os efeitos legais. Art. 497. No induzem posse os atos de mera permisso ou tolerncia, assim como no autorizam a sua aquisio os atos violentos, ou clandestinos, seno depois de cessar a violncia, ou a clandestinidade. Art. 498. A posse do imvel faz presumir, at prova contrria, a dos mveis e objetos que nele estiverem. Captulo III Dos Efeitos da Posse Art. 499. O possuidor tem direito a ser mantido na posse, em caso de turbao, e restitudo, no de esbulho. Art. 501. O possuidor, que tenha justo receio de ser molestado na posse, poder impetrar ao juiz que o segure da violncia iminente, cominando pena a quem lhe transgredir o preceito. Art. 502. O possuidor turbado, ou esbulhado, poder manter-se, ou restituirse por sua prpria fora, contanto que o faa logo. Pargrafo nico. Os atos de defesa, ou de desforo, no podem ir alm do in304

Lei no 10.406/2002 I pela prpria pessoa que a pretende ou por seu representante; II por terceiro sem mandato, dependendo de ratificao. Art. 1.206. A posse transmite-se aos herdeiros ou legatrios do possuidor com os mesmos caracteres. Art. 1.207. O sucessor universal continua de direito a posse do seu antecessor; e ao sucessor singular facultado unir sua posse do antecessor, para os efeitos legais. Art. 1.208. No induzem posse os atos de mera permisso ou tolerncia assim como no autorizam a sua aquisio os atos violentos, ou clandestinos, seno depois de cessar a violncia ou a clandestinidade. Art. 1.209. A posse do imvel faz presumir, at prova contrria, a das coisas mveis que nele estiverem. Captulo III Dos Efeitos da Posse Art. 1.210. O possuidor tem direito a ser mantido na posse em caso de turbao, restitudo no de esbulho, e segurado de violncia iminente, se tiver justo receio de ser molestado.

1o O possuidor turbado, ou esbulhado, poder manter-se ou restituir-se por sua prpria fora, contanto que o faa logo; os atos de defesa, ou de desforo, no podem ir alm do indispensvel manuteno, ou restituio da posse.
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Quadro Comparativo entre o Novo Cdigo Civil e o Cdigo Civil Anterior Lei no 3.071/1916 dispensvel manuteno ou restituio da posse. Art. 505. No obsta manuteno, ou reintegrao na posse, a alegao de domnio, ou de outro direito sobre a coisa. No se deve, entretanto, julgar a posse em favor daquele a quem evidentemente no pertencer o domnio. Art. 500. Quando mais de uma pessoa se disser possuidora, manter-se- provisoriamente a que detiver a coisa, no sendo manifesto que a obteve de alguma das outras por modo vicioso. Art. 503. O possuidor manutenido, ou reintegrado, na posse, tem direito indenizao dos prejuzos sofridos, operandose a reintegrao custa do esbulhador, no mesmo lugar do esbulho. Art. 504. O possuidor pode intentar ao de esbulho, ou a de indenizao, contra o terceiro, que recebeu a coisa esbulhada, sabendo que o era. Art. 506. Quando o possuidor tiver sido esbulhado, ser reintegrado na posse, desde que o requeira, sem ser ouvido o autor do esbulho antes da reintegrao. Art. 507. Na posse de menos de ano e dia, nenhum possuidor ser manutenido, ou reintegrado judicialmente, seno contra os que tiverem melhor posse. Pargrafo nico. Entende-se melhor a posse que se fundar em justo ttulo; na falta de ttulo, ou sendo os ttulos iguais, a mais antiga; se da mesma data, a posse atual. Mas, se todas forem duCdigo Civil Comparado 305

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2o No obsta manuteno ou reintegrao na posse a alegao de propriedade, ou de outro direito sobre a coisa.

Art. 1.211. Quando mais de uma pessoa se disser possuidora, manter-se- provisoriamente a que tiver a coisa, se no estiver manifesto que a obteve de alguma das outras por modo vicioso.

Art. 1.212. O possuidor pode intentar a ao de esbulho, ou a de indenizao, contra o terceiro, que recebeu a coisa esbulhada sabendo que o era.

Quadro Comparativo entre o Novo Cdigo Civil e o Cdigo Civil Anterior Lei no 3.071/1916 vidosas, ser sequestrada a coisa, enquanto se no apurar a quem toque. Art. 508. Se a posse for de mais de ano e dia, o possuidor ser mantido sumariamente, at ser convencido pelos meios ordinrios. Art. 509. O disposto nos artigos antecedentes no se aplica s servides contnuas no aparentes, nem s descontnuas, salvo quando os respectivos ttulos provierem do possuidor do prdio serviente, ou daqueles de quem este o ouve. Art. 510. O possuidor de boa-f tem direito, enquanto ela durar, aos frutos colhidos com antecipao. Art. 511. Os frutos pendentes ao tempo em que cessar a boa-f devem ser restitudos, depois de deduzidas as despesas de produo e custeio. Devem ser tambm restitudos os frutos colhidos com antecipao. Art. 512. Os frutos naturais e industriais reputam-se colhidos e percebidos, logo que so separados. Os civis reputam-se percebidos dia por dia. Art. 513. O possuidor de m-f responde por todos os frutos colhidos e percebidos, bem como pelos que, por culpa sua, deixou de perceber, desde o momento em que se constituiu de m-f, tem direito, porm, s despesas da produo e custeio. Art. 514. O possuidor de boa-f no responde pela perda ou deteriorao da coisa, a que no der causa.
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Art. 1.213. O disposto nos artigos antecedentes no se aplica s servides no aparentes, salvo quando os respectivos ttulos provierem do possuidor do prdio serviente, ou daqueles de quem este o houve. Art. 1.214. O possuidor de boa-f tem direito, enquanto ela durar, aos frutos percebidos. Pargrafo nico. Os frutos pendentes ao tempo em que cessar a boa-f devem ser restitudos, depois de deduzidas as despesas da produo e custeio; devem ser tambm restitudos os frutos colhidos com antecipao. Art. 1.215. Os frutos naturais e industriais reputam-se colhidos e percebidos, logo que so separados; os civis reputam-se percebidos dia por dia. Art. 1.216. O possuidor de m-f responde por todos os frutos colhidos e percebidos, bem como pelos que, por culpa sua, deixou de perceber, desde o momento em que se constituiu de m-f; tem direito s despesas da produo e custeio. Art. 1.217. O possuidor de boa-f no responde pela perda ou deteriorao da coisa, a que no der causa.
Cdigo Civil Comparado

Quadro Comparativo entre o Novo Cdigo Civil e o Cdigo Civil Anterior Lei no 3.071/1916 Art. 515. O possuidor de m-f responde pela perda, ou deteriorao da coisa, ainda que acidentais, salvo se provar que do mesmo modo se teriam dado, estando ela na posse do reivindicante. Art. 516. O possuidor de boa-f tem direito indenizao das benfeitorias necessrias e teis, bem como, quanto s volupturias, se no lhe forem pagas, ao de levant-las, quando o puder sem detrimento da coisa. Pelo valor das benfeitorias necessrias e teis, poder exercer o direito de reteno. Art. 517. Ao possuidor de m-f sero ressarcidas somente as benfeitorias necessrias; mas no lhe assiste o direito de reteno pela importncia destas, nem o de levantar as volupturias. Art. 518. As benfeitorias compensam-se com os danos, e s obrigam ao ressarcimento, se ao tempo da evico ainda existirem. Art. 519. O reivindicante obrigado a indenizar as benfeitorias tem direito de optar entre o seu valor atual e o seu custo. Lei no 10.406/2002 Art. 1.218. O possuidor de m-f responde pela perda, ou deteriorao da coisa, ainda que acidentais, salvo se provar que de igual modo se teriam dado, estando ela na posse do reivindicante. Art. 1.219. O possuidor de boa-f tem direito indenizao das benfeitorias necessrias e teis, bem como, quanto s volupturias, se no lhe forem pagas, a levant-las, quando o puder sem detrimento da coisa, e poder exercer o direito de reteno pelo valor das benfeitorias necessrias e teis. Art. 1.220. Ao possuidor de m-f sero ressarcidas somente as benfeitorias necessrias; no lhe assiste o direito de reteno pela importncia destas, nem o de levantar as volupturias. Art. 1.221. As benfeitorias compensam-se com os danos, e s obrigam ao ressarcimento se ao tempo da evico ainda existirem. Art. 1.222. O reivindicante, obrigado a indenizar as benfeitorias ao possuidor de m-f, tem o direito de optar entre o seu valor atual e o seu custo; ao possuidor de boa-f indenizar pelo valor atual. Captulo IV Da Perda da Posse Art. 1.223. Perde-se a posse quando cessa, embora contra a vontade do possuidor, o poder sobre o bem, ao qual se refere o art. 1.196.

Captulo IV Da Perda da Posse Art. 520. Perde-se a posse das coisas: I pelo abandono; II pela tradio; III pela perda, ou destruio delas, ou por serem postas fora do comrcio; IV pela posse de outrem, ainda contra a vontade do possuidor, se este no foi manutenido, ou reintegrado em tempo competente;
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Quadro Comparativo entre o Novo Cdigo Civil e o Cdigo Civil Anterior Lei no 3.071/1916 V pelo constituto possessrio. Pargrafo nico. Perde-se a posse dos direitos, em se tornando impossvel exerc-los, ou no se exercendo por tempo, que baste para prescreverem. Art. 521. Aquele que tiver perdido, ou a quem houverem sido furtados, coisa mvel, ou ttulo ao portador, pode reav-los da pessoa que os detiver, salvo a esta o direito regressivo contra quem lhos transferiu. Pargrafo nico. Sendo o objeto comprado em leilo pblico, feira ou mercado, o dono, que pretender a restituio, obrigado a pagar ao possuidor o preo por que o comprou. Art. 522. S se considera perdida a posse para o ausente, quando, tendo notcia da ocupao, se abstm de retomar a coisa, ou, tentando recuper-la, violentamente repelido. Captulo V Da Proteo Possessria Art. 523. As aes de manuteno e esbulho sero sumrias, quando intentadas dentro em ano e dia da turbao ou esbulho; e, passado esse prazo, ordinrias, no perdendo, contudo, o carter possessrio. Ttulo III Dos Direitos Reais sobre Coisas Alheias Captulo I Disposies Gerais Art. 674. So direitos reais, alm da propriedade: I a enfiteuse; II as servides; III usufruto;
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Art. 1.224. S se considera perdida a posse para quem no presenciou o esbulho, quando, tendo notcia dele, se abstm de retornar a coisa, ou, tentando recuperla, violentamente repelido.

Ttulo II Dos Direitos Reais Captulo nico Disposies Gerais Art. 1.225. So direitos reais: I a propriedade; II a superfcie; III as servides; IV o usufruto;
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Quadro Comparativo entre o Novo Cdigo Civil e o Cdigo Civil Anterior Lei no 3.071/1916 IV o uso; V a habitao; VI as rendas expressamente constitudas sobre imveis; VII o penhor; VIII a anticrese; IX a hipoteca. Art. 675. Os direitos reais sobre coisas mveis, quando constitudos, ou transmitidos por atos entre vivos, s se adquirem com a tradio. Art. 676. Os direitos reais sobre imveis constitudos ou transmitidos por atos entre vivos s se adquirem depois da transcrio, ou da inscrio, no registro de imveis, dos referidos ttulos, salvo os casos expressos nesse Cdigo. Art. 677. Os direitos reais passam com o imvel para o domnio do adquirente. Pargrafo nico. O nus dos impostos sobre prdios transmite-se aos adquirentes, salvo constando da escritura as certides do recebimento, pelo fisco, dos impostos devidos e, em caso de venda em praa, at o equivalente do preo da arrematao. Captulo II Da Enfiteuse Art. 678. D-se a enfiteuse, aforamento, ou emprazamento, quando por ato entre vivos, ou de ltima vontade, o proprietrio atribui a outrem o domnio til do imvel, pagando a pessoa, que o adquire, e assim se constitui enfiteuta, ao senhorio direto uma penso, ou foro, anual, certo e invarivel. Art. 679. O contrato de enfiteuse perptuo. A enfiteuse por tempo limitado considera-se arrendamento, e como tal se rege.
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Lei no 10.406/2002 V o uso; VI a habitao; VII o direito do promitente comprador do imvel; VIII o penhor; IX a hipoteca; X a anticrese. Art. 1.226. Os direitos reais sobre coisas mveis, quando constitudos, ou transmitidos por atos entre vivos, s se adquirem com a tradio. Art. 1.227. Os direitos reais sobre imveis constitudos, ou transmitidos por atos entre vivos, s se adquirem com o registro no Cartrio de Registro de Imveis dos referidos ttulos (arts. 1.245 a 1.247), salvo os casos expressos neste Cdigo.

Quadro Comparativo entre o Novo Cdigo Civil e o Cdigo Civil Anterior Lei no 3.071/1916 Art. 680. S podem ser objeto de enfiteuse terras no cultivadas ou terrenos que se destinem a edificao. Art. 681. Os bens enfituticos transmmitem-se por herana na mesma ordem estabelecida a respeito dos alodiais neste Cdigo, artigos 1.603 a 1.619; mas, no podem ser divididos em glebas sem consentimento do senhorio. Art. 682. obrigado o enfiteuta a satisfazer os impostos e os nus reais que gravarem o imvel. Art. 683. O enfiteuta, ou foreiro, no pode vender nem dar em pagamento o domnio til, sem prvio aviso ao senhorio direito, para que este exera o direito de opo; e o senhorio direto tem trinta dias para declarar, por escrito, datado e assinado, que quer a preferncia na alienao, pelo mesmo preo e nas mesmas condies. Art. 684. Compete igualmente ao foreiro o direito de preferncia, no caso de querer o senhorio vender o domnio direto ou d-lo em pagamento. Para este efeito, ficar o dito senhorio sujeito mesma obrigao imposta, em semelhantes circunstncias, ao foreiro. Art. 685. Se o enfiteuta no cumprir o disposto no artigo 683, poder o senhorio direto usar, no obstante, de seu direito de preferncia, havendo do adquirente o prdio pelo preo da aquisio. Art. 686. Sempre que se realizar a transferncia do domnio til, por venda ou dao em pagamento, o senhorio direto, que no usar da opo, ter direito de re310 Cdigo Civil Comparado

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Quadro Comparativo entre o Novo Cdigo Civil e o Cdigo Civil Anterior Lei no 3.071/1916 ceber do alienante o laudmio, que ser de dois e meio por cento sobre o preo da alienao, se outro no tiver fixado no ttulo de aforamento. Art. 687. O foreiro no tem direito remisso do foro, por esterilidade ou destruio parcial do prdio enfitutico, nem pela perda total de seus frutos; pode, em tais casos, porm, abandon-lo ao senhorio direto, e, independentemente do seu consenso, fazer inscrever o ato da renncia. Art. 688. lcito ao enfiteuta doar, dar em dote, ou trocar por coisa no fungvel o prdio aforado, avisando o senhorio direto, dentro em sessenta dias, contados do ato de transmisso, sob pena de continuar responsvel pelo pagamento do foro. Art. 689. Fazendo-se penhora, por dvida do enfiteuta, sobre o prdio emprazado, ser citado o senhorio direto, para assistir praa, e ter preferncia, quer, no caso de arrematao, sobre os demais lanadores, em condies iguais, quer, em falta deles, no caso de adjudicao. Art. 690. Quando o prdio emprazado vier a pertencer a vrias pessoas, estas, dentro em seis meses, elegero um cabecel, sob pena de se devolver ao senhorio o direito de escolha. 1o Feita a escolha, todas as aes do senhorio contra os foreiros sero propostas contra o cabecel, salvo a este o direito regressivo contra os outros pelas respectivas quotas. 2o Se, porm, o senhorio direto convier na diviso do prazo, cada uma das glebas em que for dividido constituir prazo distinto.
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Quadro Comparativo entre o Novo Cdigo Civil e o Cdigo Civil Anterior Lei no 3.071/1916 Art. 691. Se o enfiteuta pretender abandonar gratuitamente ao senhorio o prdio aforado, podero opor-se os credores prejudicados com o abandono, prestando cauo pelas penses futuras, at que sejam pagos de suas dvidas. Art. 692. A enfiteuse extingue-se: I pela natural deteriorao no prdio aforado, quando chegue a no valer o capital correspondente ao foro e mais um quinto deste; II pelo comisso, deixando o foreiro de pagar as penses devidas, por trs anos consecutivos, caso em que o senhorio o indenizar das benfeitorias necessrias; III falecendo o enfiteuta, sem herdeiros, salvo o direito dos credores. Art. 693. Todos os aforamentos, inclusive, os constitudos enteriormente a este Cdigo, salvo acordo entre as partes, so resgatveis dez anos depois de constitudos, mediante pagamento de um laudmio, que ser de dois e meio por cento sobre o valor atual da propriedade plena, e de dez penses anuais pelo foreiro, que no poder no seu contrato renunciar ao direito de resgate, nem contrariar as disposies imperativas deste Captulo. Art. 694. A subenfiteuse est sujeita s mesmas disposies que a enfiteuse. A dos terrenos de marinha e acrescidos ser regulada em lei especial. Ttulo II Da Propriedade Captulo I Da Propriedade em Geral Ttulo III Da Propriedade Captulo I Da Propriedade em Geral Seo I Disposies Preliminares
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Quadro Comparativo entre o Novo Cdigo Civil e o Cdigo Civil Anterior Lei no 3.071/1916 Art. 524. A lei assegura ao proprietrio o direito de usar, gozar e dispor de seus bens, e de reav-los do poder de quem quer que injustamente os possua. Lei no 10.406/2002 Art. 1.228. O proprietrio tem a faculdade de usar, gozar e dispor da coisa, e o direito de reav-la do poder de quem quer que injustamente a possua ou detenha. 1o O direito de propriedade deve ser exercido em consonncia com as suas finalidades econmicas e sociais e de modo que sejam preservados, de conformidade com o estabelecido em lei especial, a flora, a fauna, as belezas naturais, o equilbrio ecolgico e o patrimnio histrico e artstico, bem como evitada a poluio do ar e das guas. 2o So defesos os atos que no trazem ao proprietrio qualquer comodidade, ou utilidade, e sejam animados pela inteno de prejudicar outrem. 3o O proprietrio pode ser privado da coisa, nos casos de desapropriao, por necessidade ou utilidade pblica ou interesse social, bem como no de requisio, em caso de perigo pblico iminente. 4o O proprietrio tambm pode ser privado da coisa se o imvel reivindicado consistir em extensa rea, na posse ininterrupta e de boa-f, por mais de cinco anos, de considervel nmero de pessoas, e estas nela houverem realizado, em conjunto ou separadamente, obras e servios considerados pelo juiz de interesse social e econmico relevante. 5o No caso do pargrafo antecedente, o juiz fixar a justa indenizao devida ao proprietrio; pago o preo, valer a sentena como ttulo para o registro do imvel em nome dos possuidores.
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Quadro Comparativo entre o Novo Cdigo Civil e o Cdigo Civil Anterior Lei no 3.071/1916 Pargrafo nico. A propriedade literria cientfica e artstica ser regulada conforme as disposies do Captulo VI deste Ttulo. Art. 525. plena a propriedade, quando todos os seus direitos elementares se acham reunidos no do proprietrio; limitada, quando tm Onus real, ou resolvel. Art. 526. A propriedade do solo abrange a do que lhe est superior e inferior em toda altura e em toda a profundidade, teis ao seu exerccio, no podendo, todavia, o proprietrio opor-se a trabalhos que sejam empreendidos a uma altura ou profundidade tais, que no tenha ele interesse algum em impedi-los. Art. 1.229. A propriedade do solo abrange a do espao areo e subsolo correspondentes, em altura e profundidade teis ao seu exerccio, no podendo o proprietrio opor-se a atividades que sejam realizadas, por terceiros, a uma altura ou profundidade tais, que no tenha ele interesse legtimo em impedi-las. Art. 1.230. A propriedade do solo no abrange as jazidas, minas e demais recursos minerais, os potenciais de energia hidrulica, os monumentos arqueolgicos e outros bens referidos por leis especiais. Pargrafo nico. O proprietrio do solo tem o direito de explorar os recursos minerais de emprego imediato na construo civil, desde que no submetidos a transformao industrial, obedecido o disposto em lei especial. Art. 527. O domnio presume-se exclusivo e ilimitado, at a prova em contrrio. Art. 528. Os frutos e mais produtos da coisa pertencem, ainda quando separados, ao seu proprietrio, salvo se, por motivo jurdico, especial, houverem de caber a outrem. Art. 529. O proprietrio, ou o inquilino de um prdio, em que algum tem direito de
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Art. 1.231. A propriedade presume-se plena e exclusiva, at prova em contrrio. Art. 1.232. Os frutos e mais produtos da coisa pertencem, ainda quando separados, ao seu proprietrio, salvo se, por preceito jurdico especial, couberem a outrem.

Quadro Comparativo entre o Novo Cdigo Civil e o Cdigo Civil Anterior Lei no 3.071/1916 fazer obras, pode, no caso de dano iminente, exigir do autor delas as precisas seguranas contra o prejuzo eventual. Seo II Da Descoberta Art. 1.233. Quem quer que ache coisa alheia perdida h de restitu-la ao dono ou legtimo possuidor. Pargrafo nico. No o conhecendo, o descobridor far por encontr-lo, e, se no o encontrar, entregar a coisa achada autoridade competente. Art. 1.234. Aquele que restituir a coisa achada, nos termos do artigo antecedente, ter direito a uma recompensa no inferior a cinco por cento do seu valor, e indenizao pelas despesas que houver feito com a conservao e transporte da coisa, se o dono no preferir abandon-la. Pargrafo nico. Na determinao do montante da recompensa, considerar-se o esforo desenvolvido pelo descobridor para encontrar o dono, ou o legtimo possuidor, as possibilidades que teria este de encontrar a coisa e a situao econmica de ambos. Art. 1.235. O descobridor responde pelos prejuzos causados ao proprietrio ou possuidor legtimo, quando tiver procedido com dolo. Art. 1.236. A autoridade competente dar conhecimento da descoberta atravs da imprensa e outros meios de informao, somente expedindo editais se o seu valor os comportar. Art. 1.237. Decorridos sessenta dias da divulgao da notcia pela imprensa, ou
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Quadro Comparativo entre o Novo Cdigo Civil e o Cdigo Civil Anterior Lei no 3.071/1916 Lei no 10.406/2002 do edital, no se apresentando quem comprove a propriedade sobre a coisa, ser esta vendida em hasta pblica e, deduzidas do preo as despesas, mais a recompensa do descobridor, pertencer o remanescente ao Municpio em cuja circunscrio se deparou o objeto perdido. Pargrafo nico. Sendo de diminuto valor, poder o Municpio abandonar a coisa em favor de quem a achou. Captulo II Da Propriedade Imvel Seo I Da Aquisio da Propriedade Imvel Art. 530. Adquire-se a propriedade imvel: I pela transcrio do ttulo de transferncia no registro de imvel; II pela acesso; III pelo usucapio; IV pelo direito hereditrio. Seo IV Do Usucapio Art. 550. Aquele que, por vinte anos, sem interrupo, nem oposio, possuir como seu um imvel, adquirir-lhe- o domnio, independentemente de ttulo e boa-f que, em tal caso, se presume, podendo requerer ao juiz que assim o declare por sentena, a qual lhe servir de ttulo para a transcrio no registro de imveis. Seo I Do Usucapio Art. 1.238. Aquele que, por quinze anos, sem interrupo, nem oposio, possuir como seu um imvel, adquire-lhe a propriedade, independentemente de ttulo e boa-f; podendo requerer ao juiz que assim o declare por sentena, a qual servir de ttulo para o registro no Cartrio de Registro de Imveis. Pargrafo nico. O prazo estabelecido neste artigo reduzir-se- a dez anos se o possuidor houver estabelecido no imvel a sua moradia habitual, ou nele realizado obras ou servios de carter produtivo.
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Captulo II Da Aquisio da Propriedade Imvel

Quadro Comparativo entre o Novo Cdigo Civil e o Cdigo Civil Anterior Lei no 3.071/1916 Lei no 10.406/2002 Art. 1.239. Aquele que, no sendo proprietrio de imvel rural ou urbano, possua como sua, por cinco anos ininterruptos, sem oposio, rea de terra em zona rural no superior a cinqenta hectares, tornando-a produtiva por seu trabalho ou de sua famlia, tendo nela sua moradia, adquirirlhe- a propriedade. Art. 1.240. Aquele que possuir, como sua, rea urbana de at duzentos e cinqenta metros quadrados, por cinco anos ininterruptamente e sem oposio, utilizando-a para sua moradia ou de sua famlia, adquirir-lhe- o domnio, desde que no seja proprietrio de outro imvel urbano ou rural. 1o O ttulo de domnio e a concesso de uso sero conferidos ao homem ou mulher, ou a ambos, independentemente do estado civil. 2o O direito previsto no pargrafo antecedente no ser reconhecido ao mesmo possuidor mais de uma vez. Art. 1.241. Poder o possuidor requerer ao juiz seja declarada adquirida, mediante usucapio, a propriedade imvel. Pargrafo nico. A declarao obtida na forma deste artigo constituir ttulo hbil para o registro no Cartrio de Registro de Imveis. Art. 551. Adquire tambm o domnio do imvel aquele que, por dez anos entre presentes, ou quinze entre ausentes, o possuir como seu, contnua e incontestadamente, com justo ttulo e boa-f. Pargrafo nico. Reputam-se presentes os moradores do mesmo municpio e ausentes os que habitem municpio diverso.
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Art. 1.242. Adquire tambm a propriedade do imvel aquele que, contnua e incontestadamente, com justo ttulo e boaf, o possuir por dez anos.

Quadro Comparativo entre o Novo Cdigo Civil e o Cdigo Civil Anterior Lei no 3.071/1916 Lei no 10.406/2002 Pargrafo nico. Ser de cinco anos o prazo previsto neste artigo se o imvel houver sido adquirido, onerosamente, com base no registro constante do respectivo cartrio, cancelada posteriormente, desde que os possuidores nele tiverem estabelecido a sua moradia, ou realizado investimentos de interesse social e econmico. Art. 552. O possuidor pode, para o fim de contar o tempo exigido pelos artigos antecedentes, acrescentar sua posse a do seu antecessor, contanto que ambas sejam contnuas e pacficas. Art. 1.243. O possuidor pode, para o fim de contar o tempo exigido pelos artigos antecedentes, acrescentar sua posse a dos seus antecessores (art. 1.207), contanto que todas sejam contnuas, pacficas e, nos casos do art. 1.242, com justo ttulo e de boa-f. Art. 1.244. Estende-se ao possuidor o disposto quanto ao devedor acerca das causas que obstam, suspendem ou interrompem a prescrio, as quais tambm se aplicam usucapio. Seo II Da Aquisio pelo Registro do Ttulo Art. 1.245. Transfere-se entre vivos a propriedade mediante o registro do ttulo translativo no Registro de Imveis.

Art. 553. As causas que obstam, suspendem, ou interrompem a prescrio, tambm se aplicam ao usucapio, assim como ao possuidor se estende o disposto quanto ao devedor. Seo II Da Aquisio pela Transcrio do Ttulo Art. 531. Esto sujeitos transcrio, no respectivo registro, os ttulos translativos de propriedade imvel, por ato entre vivos. Art. 532, I a III Art. 533

1o Enquanto no se registrar o ttulo translativo, o alienante continua a ser havido como dono do imvel. 2o Enquanto no se promover, por meio de ao prpria, a decretao de invalidade do registro, e o respectivo cancelamento, o adquirente continua a ser havido como dono do imvel.

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Quadro Comparativo entre o Novo Cdigo Civil e o Cdigo Civil Anterior Lei no 3.071/1916 Art. 534. A transcrio datar-se- do dia em que se apresentar o ttulo ao oficial do registro, e este o prenotar no protocolo. Art. 535. Sobrevindo a falncia ou insolvncia do alienante entre a prenotao do ttulo e sua transcrio por atraso do oficial, ou dvida julgada improcedente, farse-, no obstante, a transcrio exigida, que retroage, nesse caso, data da prenotao. Pargrafo nico. Se, porm, ao tempo da transcrio ainda no estiver pago o imvel, o adquirente, logo que for notificado da falncia, ou tenha conhecimento da insolvncia do alienante, depositar em juzo o preo. Art. 1.247. Se o teor do registro no exprimir a verdade, poder o interessado reclamar que se retifique ou anule. Pargrafo nico. Cancelado o registro, poder o proprietrio reivindicar o imvel, independentemente da boa-f ou do ttulo do terceiro adquirente. Seo III Da Aquisio por Acesso Art. 536. A acesso pode dar-se: I pela formao de ilhas; II por aluvio; III por avulso; IV por abandono de lveo; V pela construo de obras ou plantaes. Seo III Da Aquisio por Acesso Art. 1.248. A acesso pode dar-se: I por formao de ilhas; II por aluvio; III por avulso; IV por abandono de lveo; V por plantaes ou construes. Subseo I Das Ilhas Das Ilhas
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Lei no 10.406/2002 Art. 1.246. O registro eficaz desde o momento em que se apresentar o ttulo ao oficial do registro, e este o prenotar no protocolo.

Quadro Comparativo entre o Novo Cdigo Civil e o Cdigo Civil Anterior Lei no 3.071/1916 Art. 537. As ilhas situadas nos rios no navegveis pertencem aos proprietrios ribeirinhos fronteiros, observadas as regras seguintes: I as que se formarem no meio do rio, consideram-se acrscimos sobrevindos aos terrenos ribeirinhos fronteiros de ambas as margens, na proporo de suas testadas, at a linha que dividir o lveo em duas partes iguais; II as que se formarem entre essa linha e uma das margens consideram-se acrscimos aos terrenos ribeirinhos fronteiros desse mesmo lado; III as que se formarem pelo desdobramento de um novo brao do rio continuam a pertencer aos proprietrios dos terrenos custa dos quais se constituram. Lei no 10.406/2002 Art. 1.249. As ilhas que se formarem em correntes comuns ou particulares pertencem aos proprietrios ribeirinhos fronteiros, observadas as regras seguintes: I as que se formarem no meio do rio consideram-se acrscimos sobrevindos aos terrenos ribeirinhos fronteiros de ambas as margens, na proporo de suas testadas, at a linha que dividir o lveo em duas partes iguais; II as que se formarem entre a referida linha e uma das margens consideram-se acrscimos aos terrenos ribeirinhos fronteiros desse mesmo lado; III as que se formarem pelo desdobramento de um novo brao do rio continuam a pertencer aos proprietrios dos terrenos custa dos quais se constituram. Subseo II Da Aluvio Da Aluvio Art. 538. Os acrscimos formados por depsitos e aterros naturais, ou pelo desvio das guas dos rios, ainda que estes sejam navegveis, pertencem aos donos dos terrenos marginais. Art. 539. Os donos de terrenos que confinem com guas dormentes, como as de lagos e tanques, no adquirem o solo descoberto pela retrao delas, nem perdem o que elas invadirem. Art. 540. Quando o terreno aluvial se formar em frente prdios de proprietrios diferentes, dividir-se- entre eles, na proporo da testada de cada um sobre a antiga margem; respeitada as disposies concernentes navegao.
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Art. 1.250. Os acrscimos formados, sucessiva e imperceptivelmente, por depsitos e aterros naturais ao longo das margens das correntes, ou pelo desvio das guas destas, pertencem aos donos dos terrenos marginais, sem indenizao.

Pargrafo nico. O terreno aluvial, que se formar em frente de prdios de proprietrios diferentes, dividir-se- entre eles, na proporo da testada de cada um sobre a antiga margem.

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Quadro Comparativo entre o Novo Cdigo Civil e o Cdigo Civil Anterior Lei no 3.071/1916 Lei no 10.406/2002 Subseo III Da Avulso Da Avulso Art. 541. Quando, por fora natural violenta, uma poro de terra se destacar de um prdio e se juntar a outro, poder o dono do primeiro reclam-lo do segundo, cabendo a este a opo entre aquiescer a que se remova a parte acrescida, ou indenizar o reclamante. Art. 1.251. Quando, por fora natural violenta, uma poro de terra se destacar de um prdio e se juntar a outro, o dono deste adquirir a propriedade do acrscimo, se indenizar o dono do primeiro ou, sem indenizao, se, em um ano, ningum houver reclamado. Pargrafo nico. Recusando-se ao pagamento de indenizao, o dono do prdio a que se juntou a poro de terra dever aquiescer a que se remova a parte acrescida. Art. 542. Se ningum reclamar dentro de um ano, considerar-se- definitivamente incorporada essa poro de terra ao prdio, onde se acha, perdendo o antigo dono o direito reivindic-la, ou ser indenizado. Art. 543. Quando a avulso for de coisa no suscetvel de aderncia natural, aplicar-se- o disposto quanto s coisas perdidas. Subseo IV Do lveo Abandonado Do lveo Abandonado Art. 544. O lveo abandonado do rio pblico, ou particular, pertence aos proprietrios ribeirinhos das duas margens, sem que tenham direito a indenizao alguma os donos dos terrenos por onde as guas abrirem novo curso. Entende-se que os prdios marginais se estendem at o meio do lveo.
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Art. 1.252. O lveo abandonado de corrente pertence aos proprietrios ribeirinhos das duas margens, sem que tenham indenizao os donos dos terrenos por onde as guas abrirem novo curso, entendendo-se que os prdios marginais se estendem at o meio do lveo.

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Quadro Comparativo entre o Novo Cdigo Civil e o Cdigo Civil Anterior Lei no 3.071/1916 Lei no 10.406/2002 Subseo V Das Construes e Plantaes Das Construes e Plantaes Art. 545. Toda construo, ou plantao, existente em um terreno, se presume feita pelo proprietrio e sua custa, at que o contrrio se prove. Art. 546. Aquele que semeia, planta ou edifica em terreno prprio, com sementes, plantas ou materiais alheios, adquire a propriedade destes; mas fica obrigado a pagar-lhes o valor, alm de responder por perdas e danos, se obrou de m-f. Art. 547. Aquele que semeia, planta ou edifica em terreno alheio perde, em proveito do proprietrio, as sementes, plantas e construes, mas tem direito indenizao. No o ter, porm, se procedeu de m-f, caso em que poder ser constrangido a repor as coisas no estado anterior e a pagar os prejuzos. Art. 1.253. Toda construo ou plantao existente em um terreno presume-se feita pelo proprietrio e sua custa, at que se prove o contrrio. Art. 1.254. Aquele que semeia, planta ou edifica em terreno prprio com sementes, plantas ou materiais alheios, adquire a propriedade destes; mas fica obrigado a pagar-lhes o valor, alm de responder por perdas e danos, se agiu de m-f. Art. 1.255. Aquele que semeia, planta ou edifica em terreno alheio perde, em proveito do proprietrio, as sementes, plantas e construes; se procedeu de boaf, ter direito a indenizao.

Pargrafo nico. Se a construo ou a plantao exceder consideravelmente o valor do terreno, aquele que, de boa-f, plantou ou edificou, adquirir a propriedade do solo, mediante pagamento da indenizao fixada judicialmente, se no houver acordo. Art. 548. Se de ambas as partes houve m-f, adquirir o proprietrio as sementes, plantas e construes, com encargo, porm, de ressarcir o valor das benfeitorias. Pargrafo nico. Presume-se m-f no proprietrio, quando o trabalho de cons322

Art. 1.256. Se de ambas as partes houve m-f, adquirir o proprietrio as sementes, plantas e construes, devendo ressarcir o valor das acesses. Pargrafo nico. Presume-se m-f no proprietrio, quando o trabalho de consCdigo Civil Comparado

Quadro Comparativo entre o Novo Cdigo Civil e o Cdigo Civil Anterior Lei no 3.071/1916 truo. Ou lavoura se fez em sua presena e sem impugnao sua. Art. 549. O disposto no artigo antecedente aplica-se tambm ao caso de no pertencerem as sementes, plantas, ou materiais a quem de boa-f os empregou em solo alheio. Pargrafo nico. O proprietrio das sementes, plantas ou materiais poder cobrar do proprietrio do solo a indenizao devida, quando no puder hav-la do plantador, ou construtor. Lei no 10.406/2002 truo, ou lavoura, se fez em sua presena e sem impugnao sua. Art. 1.257. O disposto no artigo antecedente aplica-se ao caso de no pertencerem as sementes, plantas ou materiais a quem de boa-f os empregou em solo alheio. Pargrafo nico. O proprietrio das sementes, plantas ou materiais poder cobrar do proprietrio do solo a indenizao devida, quando no puder hav-la do plantador ou construtor. Art. 1.258. Se a construo, feita parcialmente em solo prprio, invade solo alheio em proporo no superior vigsima parte deste, adquire o construtor de boaf a propriedade da parte do solo invadido, se o valor da construo exceder o dessa parte, e responde por indenizao que represente, tambm, o valor da rea perdida e a desvalorizao da rea remanescente. Pargrafo nico. Pagando em dcuplo as perdas e danos previstos neste artigo, o construtor de m-f adquire a propriedade da parte do solo que invadiu, se em proporo vigsima parte deste e o valor da construo exceder consideravelmente o dessa parte e no se puder demolir a poro invasora sem grave prejuzo para a construo. Art. 1.259. Se o construtor estiver de boaf, e a invaso do solo alheio exceder a vigsima parte deste, adquire a propriedade da parte do solo invadido, e responde por perdas e danos que abranjam o valor que a invaso acrescer construo, mais o da rea perdida e o da desvaCdigo Civil Comparado 323

Quadro Comparativo entre o Novo Cdigo Civil e o Cdigo Civil Anterior Lei no 3.071/1916 Lei no 10.406/2002 lorizao da rea remanescente; se de mf, obrigado a demolir o que nele construiu, pagando as perdas e danos apurados, que sero devidos em dobro. Captulo III Da Aquisio e Perda da Propriedade Mvel Seo IV Do Usucapio Art. 618. Adquirir o domnio da coisa mvel o que a possuir como sua, sem interrupo, nem oposio, durante trs anos. Pargrafo nico. No gera usucapio a posse, que se no firme em justo ttulo, bem como a inquinada, original ou superveniente de m-f. Art. 619. Se a posse da coisa mvel se prolongar por cinco anos, produzir usucapio independentemente de ttulo e boa-f. Pargrafo nico. As disposies dos artigos 552 e 553 so aplicveis ao usucapio das coisas mveis. Seo I Da Ocupao Art. 592. Quem se assenhorar de coisa abandonada, ou ainda no apropriada, para logo lhe adquire a propriedade, no sendo essa ocupao defesa por lei. Pargrafo nico. Volvem a no ter dono as coisas mveis, quando o seu as abandona, com inteno de renunci-las. Art. 593. So coisas sem dono e sujeitas apropriao:
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Captulo III Da Aquisio da Propriedade Mvel Seo I Da Usucapio Art. 1.260. Aquele que possuir coisa mvel como sua, contnua e incontestadamente durante trs anos, com justo ttulo e boa-f, adquirir-lhe- a propriedade.

Art. 1.261. Se a posse da coisa mvel se prolongar por cinco anos, produzir usucapio, independentemente de ttulo ou boa-f. Art. 1.262. Aplica-se usucapio das coisas mveis o disposto nos arts. 1.243 e 1.244. Seo II Da Ocupao Art. 1.263. Quem se assenhorear de coisa sem dono para logo lhe adquire a propriedade, no sendo essa ocupao defesa por lei.

Quadro Comparativo entre o Novo Cdigo Civil e o Cdigo Civil Anterior Lei no 3.071/1916 I as animais bravios, enquanto entregues sua natural liberdade; II os mansos e domesticados que no forem assinalados, se tiverem perdido o hbito de voltar ao lugar onde costumam recolher-se, salvo a hiptese do artigo 596;; III os enxames de abelhas, anteriormente apropriados, se o dono da colmia, a que pertenciam, os no reclamar imediatamente; IV as pedras, conchas e outras substncias minerais, vegetais ou animais arrojadas s praias pelo mar, se no apresentarem sinal de domnio anterior. Da Caa Art. 594. Observados os regulamentos administrativos da caa, poder ela exercer-se nas terras pblicas, ou nas particulares, com licena de seu dono. Art. 595. Pertence ao caador o animal por ele apreendido. Se o caador for no encalo do animal e o tiver ferido, este lhe pertencer, embora outrem o tenha apreendido. Art. 596. No se reputam animais de caa os domesticados que fugirem a seus donos, enquanto estes lhe andarem procura. Art. 597. Se a caa ferida se acolher a terreno cercado, murado, valado, ou cultivado, o dono deste, no querendo permitir a entrada do caador, ter que a entregar, ou expelir. Art. 598. Aquele que penetrar em terreno alheio, sem licena do dono, para caar, perder para este a caa, que apanhe, e responder-lhes- pelo dano que lhe cause.
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Quadro Comparativo entre o Novo Cdigo Civil e o Cdigo Civil Anterior Lei no 3.071/1916 Da Pesca Art. 599. Observados os regulamentos administrativos, lcito pescar em guas pblicas, ou nas particulares, com o consentimento de seu dono. Art. 600. Pertence ao pescador o peixe, que pescar, e o que arpoado, ou farpado, perseguir, embora outrem o colha. Art. 601. Aquele quem, sem permisso do proprietrio, pescar, em guas alheias, perder para ele o peixe que apanhe, e responder-lhe- pelo dano que lhe faa. Art. 602. Nas guas particulares, que atravessem terrenos de muitos donos, cada um dos ribeirinhos tem direito a pescar de seu lado at ao meio delas. Da Inveno Art. 603. Quem quer que ache coisa alheia perdida, h de restitu-la ao dono ou legtimo possuidor. Pargrafo nico. No o conhecendo, o inventor far por descobri-lo, e, quando se lhe no depare, entregar o objeto achado autoridade competente no lugar. Art. 604. O que restituir a coisa achada, nos termos do artigo precedente, ter direito a uma recompensa e indenizao pelas despesas que houver feito com a conservao e transporte da coisa, se o dono no preferir abandon-la. Art. 605. O inventor responde pelos prejuzos causados ao proprietrio ou pos326 Cdigo Civil Comparado

Lei no 10.406/2002

Quadro Comparativo entre o Novo Cdigo Civil e o Cdigo Civil Anterior Lei no 3.071/1916 suidor legtimo, quando tiver procedido com dolo. Art. 606. Decorridos seis meses do aviso autoridade, no se apresentando ningum que mostre domnio sobre a coisa, ser esta vendida em hasta pblica, e, deduzidas do preo as despesas, mais a recompensa do inventor, pertencer o remanescente ao Estado, ou ao Distrito Federal, se nas respectivas circunscries se deparou o objeto perdido, ou Unio, se foi achado em territrio ainda no constitudo em estado. Seo III Do Achado do Tesouro Do Tesouro Art. 607. O depsito antigo de moeda ou coisas preciosas, enterrado, ou oculto, de cujo dono no haja memria, se algum casualmente o achar em prdio alheio, dividir-se- por igual entre o proprietrio deste e o inventor. Art. 608. Se o que achar for o senhor do prdio, algum operrio seu, mandado em pesquisa, ou terceiro no autorizado pelo dono do prdio, a este pertencer por inteiro o tesouro. Art. 609. Deparando-se em terreno aforado, partir-se- igualmente entre o inventor e o enfiteuta, ou ser deste por inteiro, quando ele mesmo seja o inventor. Art. 610. Deixa de considerar-se tesouro o depsito achado, se algum mostrar que lhe pertence.
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Art. 1.264. O depsito antigo de coisas preciosas, oculto e de cujo dono no haja memria, ser dividido por igual entre o proprietrio do prdio e o que achar o tesouro casualmente. Art. 1.265. O tesouro pertencer por inteiro ao proprietrio do prdio, se for achado por ele, ou em pesquisa que ordenou, ou por terceiro no autorizado. Art. 1.266. Achando-se em terreno aforado, o tesouro ser dividido por igual entre o descobridor e o enfiteuta, ou ser deste por inteiro quando ele mesmo seja o descobridor.

Quadro Comparativo entre o Novo Cdigo Civil e o Cdigo Civil Anterior Lei no 3.071/1916 Seo V Da Tradio Art. 620. O domnio das coisas no se transfere pelos contratos antes da tradio. Mas esta se subentende, quando o transmitente continua a possuir pelo constituto possessrio. Lei no 10.406/2002 Seo IV Da Tradio Art. 1.267. A propriedade das coisas no se transfere pelos negcios jurdicos antes da tradio. Pargrafo nico. Subentende-se a tradio quando o transmitente continua a possuir pelo constituto possessrio; quando cede ao adquirente o direito restituio da coisa, que se encontra em poder de terceiro; ou quando o adquirente j est na posse da coisa, por ocasio do negcio jurdico.

Art. 621. Se a coisa alienada estiver na posse de terceiro, obter o adquirente a posse indireta pela cesso que lhe fizer o alienante de seu direito restituio. Pargrafo nico. Nos casos deste artigo e do antecedente, parte final, a aquisio da posse indireta equivale tradio. Art. 622. Feita por quem no seja proprietrio, a tradio no alheia a propriedade. Mas, se o adquirente estiver de boa-f, e o alienante adquirir depois o domnio, considera-se revalidada a transferncia e operado o efeito da tradio, desde o momento de seu ato. Art. 1.268. Feita por quem no seja proprietrio, a tradio no aliena a propriedade, exceto se a coisa, oferecida ao pblico, em leilo ou estabelecimento comercial, for transferida em circunstncias tais que, ao adquirente de boa-f, como a qualquer pessoa, o alienante se afigurar dono. 1o Se o adquirente estiver de boa-f e o alienante adquirir depois a propriedade, considera-se realizada a transferncia desde o momento em que ocorreu a tradio. 2o No transfere a propriedade a tradio, quando tiver por ttulo um negcio jurdico nulo. Seo V Da Especificao Art. 1.269. Aquele que, trabalhando em matria-prima em parte alheia, obtiver esCdigo Civil Comparado

Pargrafo nico. Tambm no transfere o domnio a tradio, quando tiver por ttulo um ato nulo. Seo II Da Especificao Art. 611. Aquele que, trabalhando em matria-prima, obtiver espcie nova, desta
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Quadro Comparativo entre o Novo Cdigo Civil e o Cdigo Civil Anterior Lei no 3.071/1916 ser proprietrio se a matria era sua, ainda que s em parte, e no se puder restituir forma anterior. Art. 612. Se toda a matria for alheia, e no se puder reduzir forma precedente, ser do especificador de boa-f a espcie nova. 1o Mas, sendo praticvel a reduo, ou quando impraticvel, se a espcie nova se obteve de m-f, pertencer ao dono da matria-prima. 2o Em qualquer caso, porm, se o preo da mo-de-obra exceder consideravelmente o valor da matria-prima, a espcie nova ser do especificador. Lei no 10.406/2002 pcie nova, desta ser proprietrio, se no se puder restituir forma anterior. Art. 1.270. Se toda a matria for alheia, e no se puder reduzir forma precedente, ser do especificador de boa-f a espcie nova. 1o Sendo praticvel a reduo, ou quando impraticvel, se a espcie nova se obteve de m-f, pertencer ao dono da matria-prima. 2o Em qualquer caso, inclusive o da pintura em relao tela, da escultura, escritura e outro qualquer trabalho grfico em relao matria-prima, a espcie nova ser do especificador, se o seu valor exceder consideravelmente o da matria-prima. Art. 1.271. Aos prejudicados, nas hipteses dos arts. 1.269 e 1.270, se ressarcir o dano que sofrerem, menos ao especificador de m-f, no caso do 1o do artigo antecedente, quando irredutvel a especificao.

Art. 613. Aos prejudicados nas hipteses dos dois artigos precedentes, menos a ltima do artigo 612, 1o, concernente especificao irredutvel obtida em m-f, se ressarcir o dano, que sofrerem. Art. 614. A especificao obtida por alguma das maneiras do artigo 62 atribui a propriedade ao especificador, mas no o exime indenizao. Seo III Da Confuso, da Comisto e da Adjuno Art. 615. As coisas pertencentes a diversos donos, confundidas, misturadas, ou ajuntadas, sem o consentimento deles, continuam a pertencer-lhes, sendo possvel separ-las sem deteriorao.
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Seo VI Da Confuso, da Comisso e da Adjuno* Art. 1.272. As coisas pertencentes a diversos donos, confundidas, misturadas ou adjuntadas sem o consentimento deles, continuam a pertencer-lhes, sendo possvel separ-las sem deteriorao.
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Quadro Comparativo entre o Novo Cdigo Civil e o Cdigo Civil Anterior Lei no 3.071/1916 1o No o sendo, ou exigido a separao dispndio excessivo, subsiste indiviso o todo, cabendo a cada um dos donos quinho proporcional ao valor da coisa, com que entrou para a mistura ou agregado. 2o Se, porm, uma das coisas puder considerar-se principal, o dono s-lo- do todo, indenizando os outros. Art. 616. Se a confuso, adjuno, ou mistura se operou de m-f, outra parte caber escolher entre guardar o todo, pagando a poro, que no for sua, ou renunciar as que lhe pertencerem, mediante indenizao completa. Art. 617. Se da mistura de matrias de natureza diversa se formar nova espcie, a confuso ter a natureza de especificao para o efeito de atribuir o domnio ao respectivo autor. Lei no 10.406/2002 1o No sendo possvel a separao das coisas, ou exigindo dispndio excessivo, subsiste indiviso o todo, cabendo a cada um dos donos quinho proporcional ao valor da coisa com que entrou para a mistura ou agregado. 2o Se uma das coisas puder considerarse principal, o dono s-lo- do todo, indenizando os outros. Art. 1.273. Se a confuso, comisso ou adjuno se operou de m-f, outra parte caber escolher entre adquirir a propriedade do todo, pagando o que no for seu, abatida a indenizao que lhe for devida, ou renunciar ao que lhe pertencer, caso em que ser indenizado. Art. 1.274. Se da unio de matrias de natureza diversa se formar espcie nova, confuso, comisso ou adjuno aplicamse as normas dos arts. 1.272 e 1.273. Captulo IV Da Perda da Propriedade Seo VI Da Perda da Propriedade Imvel Art. 589. Alm das causas de extino consideradas meste Cdigo, tambm se perde a propriedade imvel: I pela alienao; II pela renncia; III pelo abandono; IV pelo perecimento do imvel. 1o Nos dois primeiros casos deste artigo, os efeitos da perda do domnio sero subordinados transcrio do ttulo transmissivo, ou do ato renunciativo, no registro do lugar do imvel.
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Art. 1.275. Alm das causas consideradas neste Cdigo, perde-se a propriedade: I por alienao; II pela renncia; III por abandono; IV por perecimento da coisa; V por desapropriao. Pargrafo nico. Nos casos dos incisos I e II, os efeitos da perda da propriedade imvel sero subordinados ao registro do ttulo transmissivo ou do ato renunciativo no Registro de Imveis.
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Quadro Comparativo entre o Novo Cdigo Civil e o Cdigo Civil Anterior Lei no 3.071/1916 2o O imvel abandonado arrecadar-se- como bem vago e passar ao domnio do Estado, do Territrio ou do Distrito Federal, se se achar nas respectivas circunscries: a) dez anos depois, quando se tratar de imvel localizado em zona urbana. b) trs anos depois, quando se tratar de imvel localizado em zona rural. Art. 590. Tambm se perde a propriedade imvel mediante desapropriao por necessidade ou utilidade pblica. 1o Consideram-se casos de necessidade pblica: I a defesa do Territrio Nacional; II a segurana pblica; III os socorros pblicos, nos casos de calamidade; IV a salubridade pblica. 2o Consideram-se casos de utilidade pblica: I a fundao de povoao e a de estabelecimento de assistncia, educao ou instruo pblica; II a abertura, alargamento ou prolongamento de ruas, praas, canais, estradas de ferro e, em geral, de quaisquer vias pblicas; III a construo de obras, ou estabelecimentos destinados ao bem geral de uma localidade, sua decorao e higiene; IV a explorao de minas. Art. 591. Em caso de perigo iminente, como guerra ou comoo intestina, podero as autoridades competentes usar da propriedade particular at onde o bem pblico exija, garantindo ao proprietrio o direito indenizao posterior. Pargrafo nico. Nos demais casos, o proprietrio ser previamente indenizado, e,
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Lei no 10.406/2002

Quadro Comparativo entre o Novo Cdigo Civil e o Cdigo Civil Anterior Lei no 3.071/1916 se recusar a indenizao, consignar-selhe- judicialmente o valor. Art. 1.276. O imvel urbano que o proprietrio abandonar, com a inteno de no mais o conservar em seu patrimnio, e que se no encontrar na posse de outrem, poder ser arrecadado, como bem vago, e passar, trs anos depois, propriedade do Municpio ou do Distrito Federal, se se achar nas respectivas circunscries. 1o O imvel situado na zona rural, abandonado nas mesmas circunstncias, poder ser arrecadado, como bem vago, e passar, trs anos depois, propriedade da Unio, onde quer que ele se localize. 2o Presumir-se- de modo absoluto a inteno a que se refere este artigo, quando, cessados os atos de posse, deixar o proprietrio de satisfazer os nus fiscais. Captulo V Dos Direitos de Vizinhana Seo V Dos Direitos de Vizinhana Do Uso Nocivo da Propriedade Art. 554. O proprietrio ou inquilino de um prdio tem o direito de impedir que o mau uso da propriedade vizinha possa prejudicar a segurana, o sossego e a sade dos que o habitam. Art. 1.277. O proprietrio ou o possuidor de um prdio tem o direito de fazer cessar as interferncias prejudiciais segurana, ao sossego e sade dos que o habitam, provocadas pela utilizao de propriedade vizinha. Pargrafo nico. Probem-se as interferncias considerando-se a natureza da utilizao, a localizao do prdio, atendidas as normas que distribuem as edificaes em zonas, e os limites ordinrios de tolerncia dos moradores da vizinhana.
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Lei no 10.406/2002

Seo I Do Uso Anormal da Propriedade

Quadro Comparativo entre o Novo Cdigo Civil e o Cdigo Civil Anterior Lei no 3.071/1916 Lei no 10.406/2002 Art. 1.278. O direito a que se refere o artigo antecedente no prevalece quando as interferncias forem justificadas por interesse pblico, caso em que o proprietrio ou o possuidor, causador delas, pagar ao vizinho indenizao cabal. Art. 1.279. Ainda que por deciso judicial devam ser toleradas as interferncias, poder o vizinho exigir a sua reduo, ou eliminao, quando estas se tornarem possveis. Art. 555. O proprietrio tem direito a exigir do dono do prdio vizinho a demolio, ou reparao necessria, quando este ameace runa, bem como que preste cauo pelo dano iminente. Art. 1.280. O proprietrio ou o possuidor tem direito a exigir do dono do prdio vizinho a demolio, ou a reparao deste, quando ameace runa, bem como que lhe preste cauo pelo dano iminente. Art. 1.281. O proprietrio ou o possuidor de um prdio, em que algum tenha direito de fazer obras, pode, no caso de dano iminente, exigir do autor delas as necessrias garantias contra o prejuzo eventual. Das rvores Limtrofes Art. 556. A rvore, cujo tronco estiver na linha divisria, presume-se pertencer em comum aos donos dos prdios confinantes. Art. 558. As razes e ramos de rvores que ultrapassarem a extrema do prdio, podero ser cortados, at o plano vertical divisrio, pelo proprietrio do terreno invadido. Art. 557. Os frutos cados de rvore do terreno vizinho pertencem ao dono do solo onde caram, se este for propriedade particular.
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Seo II Das rvores Limtrofes Art. 1.282. A rvore, cujo tronco estiver na linha divisria, presume-se pertencer em comum aos donos dos prdios confinantes. Art. 1.283. As razes e os ramos de rvore, que ultrapassarem a estrema do prdio, podero ser cortados, at o plano vertical divisrio, pelo proprietrio do terreno invadido. Art. 1.284. Os frutos cados de rvore do terreno vizinho pertencem ao dono do solo onde caram, se este for de propriedade particular.
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Quadro Comparativo entre o Novo Cdigo Civil e o Cdigo Civil Anterior Lei no 3.071/1916 Lei no 10.406/2002 Seo III Da Passagem Forada Da Passagem Forada Art. 559. O dono do prdio rstico, ou urbano, que se achar encravado em outro, em sada pela via pblica, fonte ou porto, tem direito a reclamar do vizinho que lhe daixe passagem, fixando-se a esta judicialmente o rumo, quando necessrio. Art. 560. Os donos dos prdios por onde se estabelece a passagem para o prdio encravado tm direito a indenizao cabal. Art. 561. O proprietrio que, por culpa sua, perder o direito de trnsito pelos prdios contguos, poder exigir nova comunicao com a via pblica, pagando o dobro do valor da primeira indenizao. Art. 562. No constituem servido as passagens e atravessadouros particulares, por propriedades tambm particulares, que no se dirigem a fontes, pontes ou lugares pblicos, privados de outra serventia. 1o Sofrer o constrangimento o vizinho cujo imvel mais natural e facilmente se prestar passagem. 2o Se ocorrer alienao parcial do prdio, de modo que uma das partes perca o acesso a via pblica, nascente ou porto, o proprietrio da outra deve tolerar a passagem. 3o Aplica-se o disposto no pargrafo antecedente ainda quando, antes da alienao, existia passagem atravs de im334 Cdigo Civil Comparado

Art. 1.285. O dono do prdio que no tiver acesso a via pblica, nascente ou porto, pode, mediante pagamento de indenizao cabal, constranger o vizinho a lhe dar passagem, cujo rumo ser judicialmente fixado, se necessrio.

Quadro Comparativo entre o Novo Cdigo Civil e o Cdigo Civil Anterior Lei no 3.071/1916 Lei no 10.406/2002 vel vizinho, no estando o proprietrio deste constrangido, depois, a dar uma outra. Seo IV Da Passagem de Cabos e Tubulaes Art. 1.286. Mediante recebimento de indenizao que atenda, tambm, desvalorizao da rea remanescente, o proprietrio obrigado a tolerar a passagem, atravs de seu imvel, de cabos, tubulaes e outros condutos subterrneos de servios de utilidade pblica, em proveito de proprietrios vizinhos, quando de outro modo for impossvel ou excessivamente onerosa. Pargrafo nico. O proprietrio prejudicado pode exigir que a instalao seja feita de modo menos gravoso ao prdio onerado, bem como, depois, seja removida, sua custa, para outro local do imvel. Art. 1.287. Se as instalaes oferecerem grave risco, ser facultado ao proprietrio do prdio onerado exigir a realizao de obras de segurana. Seo V Das guas Das guas Art. 563. O dono do prdio inferior obrigado a receber as guas que correm naturalmente do superior. Se o dono deste fizer obras de arte, para facilitar o escoamento, proceder de modo que no piore a condio natural e anterior do outro. Art. 1.288. O dono ou o possuidor do prdio inferior obrigado a receber as guas que correm naturalmente do superior, no podendo realizar obras que embaracem o seu fluxo; porm a condio natural e anterior do prdio inferior no pode ser agravada por obras feitas pelo dono ou possuidor do prdio superior. Art. 1.289. Quando as guas, artificialmente levadas ao prdio superior, ou a colhi335

Art. 564. Quando as guas, artificialmente levadas ao prdio superior, correm dele
Cdigo Civil Comparado

Quadro Comparativo entre o Novo Cdigo Civil e o Cdigo Civil Anterior Lei no 3.071/1916 para o inferior, poder o dono deste reclamar que se desviem, ou se lhe indenize o prejuzo que sofrer. Lei no 10.406/2002 das, correrem dele para o inferior, poder o dono deste reclamar que se desviem, ou se lhe indenize o prejuzo que sofrer. Pargrafo nico. Da indenizao ser deduzido o valor do benefcio obtido. Art. 565. O proprietrio de fonte no captada, satisfeitas as necessidades de seu consumo, no pode impedir o curso natural das guas pelos prdios inferiores. Art. 1.290. O proprietrio de nascente, ou do solo onde caem guas pluviais, satisfeitas as necessidades de seu consumo, no pode impedir, ou desviar o curso natural das guas remanescentes pelos prdios inferiores.

Art. 566. As guas pluviais que correm por lugares pblicos, assim como as dos rios pblicos, podem ser utilizadas, por qualquer proprietrio dos terrenos por onde passem, observados os regulamentos administrativos. Art. 1.291. O possuidor do imvel superior no poder poluir as guas indispensveis s primeiras necessidades da vida dos possuidores dos imveis inferiores; as demais, que poluir, dever recuperar, ressarcindo os danos que estes sofrerem, se no for possvel a recuperao ou o desvio do curso artificial das guas. Art. 1.292. O proprietrio tem direito de construir barragens, audes, ou outras obras para represamento de gua em seu prdio; se as guas represadas invadirem prdio alheio, ser o seu proprietrio indenizado pelo dano sofrido, deduzido o valor do benefcio obtido. Art. 567. permitido a quem quer que seja, mediante prvia indenizao aos proprietrios prejudicados, canalizar, em proveito agrcola ou industrial, as guas a que
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Art. 1.293. permitido a quem quer que seja, mediante prvia indenizao aos proprietrios prejudicados, construir canais, atravs de prdios alheios, para receber
Cdigo Civil Comparado

Quadro Comparativo entre o Novo Cdigo Civil e o Cdigo Civil Anterior Lei no 3.071/1916 tenha direito, atravs de prdios rsticos alheios, no sendo chcaras ou stios murados, quintais, ptios, hortas, ou jardins. Pargrafo nico. Ao proprietrio prejudicado, em tal caso, tambm assiste o direito de indenizao pelos danos, que de futuro lhe advenham com a infiltrao ou a irrupo das guas, bem como com a deteriorao das obras destinadas a canaliz-las. Lei no 10.406/2002 as guas a que tenha direito, indispensveis s primeiras necessidades da vida, e, desde que no cause prejuzo considervel agricultura e indstria, bem como para o escoamento de guas suprfluas ou acumuladas, ou a drenagem de terrenos. 1o Ao proprietrio prejudicado, em tal caso, tambm assiste direito a ressarcimento pelos danos que de futuro lhe advenham da infiltrao ou irrupo das guas, bem como da deteriorao das obras destinadas a canaliz-las. 2o O proprietrio prejudicado poder exigir que seja subterrnea a canalizao que atravessa reas edificadas, ptios, hortas, jardins ou quintais. 3o O aqueduto ser construdo de maneira que cause o menor prejuzo aos proprietrios dos imveis vizinhos, e a expensas do seu dono, a quem incumbem tambm as despesas de conservao. Art. 568. Sero pleiteadas em ao sumria as questes relativas servido de guas e s indenizaes correspondentes. Art. 1.294. Aplica-se ao direito de aqueduto o disposto nos arts. 1.286 e 1.287. Art. 1.295. O aqueduto no impedir que os proprietrios cerquem os imveis e construam sobre ele, sem prejuzo para a sua segurana e conservao; os proprietrios dos imveis podero usar das guas do aqueduto para as primeiras necessidades da vida. Art. 1.296. Havendo no aqueduto guas suprfluas, outros podero canaliz-las,
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Quadro Comparativo entre o Novo Cdigo Civil e o Cdigo Civil Anterior Lei no 3.071/1916 Lei no 10.406/2002 para os fins previstos no art. 1.293, mediante pagamento de indenizao aos proprietrios prejudicados e ao dono do aqueduto, de importncia equivalente s despesas que ento seriam necessrias para a conduo das guas at o ponto de derivao. Pargrafo nico. Tm preferncia os proprietrios dos imveis atravessados pelo aqueduto. Seo VI Dos Limites entre Prdios e do Direito de Tapagem Do Direito de Tapagem Art. 588. O proprietrio tem direito a cercar, murar, valar, ou tapar de qualquer modo o seu prdio, urbano ou rural, conformando-se com estas disposies: Art. 1.297. O proprietrio tem direito a cercar, murar, valar ou tapar de qualquer modo o seu prdio, urbano ou rural, e pode constranger o seu confinante a proceder com ele demarcao entre os dois prdios, a aviventar rumos apagados e a renovar marcos destrudos ou arruinados, repartindo-se proporcionalmente entre os interessados as respectivas despesas. 1o Os intervalos, muros, cercas e os tapumes divisrios, tais como sebes vivas, cercas de arame ou de madeira, valas ou banquetas, presumem-se, at prova em contrrio, pertencer a ambos os proprietrios confinantes, sendo estes obrigados, de conformidade com os costumes da localidade, a concorrer, em partes iguais, para as despesas de sua construo e conservao. 2o As sebes vivas, as rvores, ou plantas quaisquer, que servem de marco divisrio, s podem ser cortadas, ou arrancadas, de comum acordo entre proprietrios.
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1o Os tapumes divisrios entre propriedades presumem-se comuns, sendo obrigados a concorrer, em partes iguais, para as despesas de sua construo e conservao, os proprietrios dos imveis confinantes.

Quadro Comparativo entre o Novo Cdigo Civil e o Cdigo Civil Anterior Lei no 3.071/1916 2o Por tapumes entendem-se as sebes vivas, as cercas de arame ou de madeira, as valas ou banquetas, ou quaisquer outros meios de separao de terrenos, observadas as dimenses estabelecidas em posturas municipais, de acordo com os costumes de cada localidade, contanto que impeam a passagem de animais de grande porte, como sejam gado vacum, cavalar e muar. 3o A construo de tapumes especiais para impedir a passagem de animais de pequeno porte, ou para outro fim, pode ser exigida de quem provocou a necessidade deles, pelo proprietrio, que no est obrigado a concorrer para as despesas. 3o A obrigao de cercar as propriedades para deter nos seus limites aves domsticas e animais, tais como cabritos, porcos e carneiros, que exigem tapumes especiais, cabe exclusivamente aos proprietrios e detentores. Dos Limites entre Prdios Art. 569. Todo proprietrio pode obrigar o seu confinante a proceder com ele demarcao entre os dois prdios, a aviventar rumos apagados e a renovar marcos destrudos ou arruinados, repartindose proporcionalmente entre os interessados as respectivas despesas. Art. 570. No caso de confuso, os limites, em falta de outro meio, se determinaro de conformidade com a posse; e, no se achando ela provada, o terreno contestado se repartir proporcionalmente entre os prdios, ou no sendo possvel a diviCdigo Civil Comparado

Lei no 10.406/2002

Art. 1.298. Sendo confusos, os limites, em falta de outro meio, se determinaro de conformidade com a posse justa; e, no se achando ela provada, o terreno contestado se dividir por partes iguais entre os prdios, ou, no sendo possvel a divi339

Quadro Comparativo entre o Novo Cdigo Civil e o Cdigo Civil Anterior Lei no 3.071/1916 so cmoda, se ajudicar a um deles, mediante indenizao ao proprietrio prejudicado. Art. 571. Do intervalo, muro, vala, cerca ou qualquer outra obra divisria entre dois prdios tm o direito a usar em comum os proprietrios confinantes, presumindo-se, at prova em contrrio, pertencer a ambos. Seo VII Do Direito de Construir Do Direito de Construir Art. 572. O proprietrio pode levantar em seu terreno as construes que lhe aprouver, salvo o direito dos vizinhos e os regulamentos administrativos. Art. 575. O proprietrio edificar de maneira que o beiral do seu telhado no despeje sobre o prdio vizinho, deixando entre eles e o beiral, quando por outro modo o no possa evitar, um intervalo de dez centmetros pelo menos. Art. 573. O proprietrio pode embargar a construo do prdio que invada a rea do seu, ou sobre este deite goteiras, bem como a daquele, em que, a menos de metro e meio do seu, se abra janela, ou se faa eirado, terrao, ou varanda. Art. 1.299. O proprietrio pode levantar em seu terreno as construes que lhe aprouver, salvo o direito dos vizinhos e os regulamentos administrativos. Art. 1.300. O proprietrio construir de maneira que o seu prdio no despeje guas, diretamente, sobre o prdio vizinho. Lei no 10.406/2002 so cmoda, se adjudicar a um deles, mediante indenizao ao outro.

Art. 1.301. defeso abrir janelas, ou fazer eirado, terrao ou varanda, a menos de metro e meio do terreno vizinho.

1o As janelas cuja viso no incida sobre a linha divisria, bem como as perpendiculares, no podero ser abertas a menos de setenta e cinco centmetros. 1o A disposio deste artigo no abrange as frestas, seteiras, ou culos para luz, no maiores de dez centmetros de largura sobre vinte de comprimento.
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2 o As disposies deste artigo no abrangem as aberturas para luz ou ventilao, no maiores de dez centmetros de largura sobre vinte de comprimento e
Cdigo Civil Comparado

Quadro Comparativo entre o Novo Cdigo Civil e o Cdigo Civil Anterior Lei no 3.071/1916 Lei no 10.406/2002 construdas a mais de dois metros de altura de cada piso. Art. 574. As disposies do artigo precedente no so aplicveis a prdios separados por estrada, caminho, rua ou qualquer outra passagem pblica. Art. 576. O proprietrio, que anuir em janela, sacada, terrao, ou goteira sobre o seu prdio, s at o lapso de ano e dia aps a concluso da obra poder exigir que se desfaa. Art. 1.302. O proprietrio pode, no lapso de ano e dia aps a concluso da obra, exigir que se desfaa janela, sacada, terrao ou goteira sobre o seu prdio; escoado o prazo, no poder, por sua vez, edificar sem atender ao disposto no artigo antecedente, nem impedir, ou dificultar, o escoamento das guas da goteira, com prejuzo para o prdio vizinho.

Art. 577. Em prdio rstico, no se podero, sem licena do vizinho, fazer novas construes, ou acrscimos s existentes, a menos de metro e meio do limite comum. Art. 578. As estrebarias, currais, pocilgas, estrumeiras, e, em geral, as construes que incomodam ou prejudicam a vizinhana, guardaro a distncia fixada nas posturas municipais e regulamentos de higiene. Art. 573, 2o Os vos, ou aberturas para luz no prescrevem contra o vizinho, que, a todo tempo, levantar, querendo, a sua casa, ou contramuro, ainda que lhes vede a claridade. Pargrafo nico. Em se tratando de vos, ou aberturas para luz, seja qual for a quantidade, altura e disposio, o vizinho poder, a todo tempo, levantar a sua edificao, ou contramuro, ainda que lhes vede a claridade. Art. 1.303. Na zona rural, no ser permitido levantar edificaes a menos de trs metros do terreno vizinho. Art. 579. Nas cidades, vilas e povoados, cuja edificao estiver adstrita a alinhaCdigo Civil Comparado

Art. 1.304. Nas cidades, vilas e povoados cuja edificao estiver adstrita a alinha341

Quadro Comparativo entre o Novo Cdigo Civil e o Cdigo Civil Anterior Lei no 3.071/1916 mento, o dono de um terreno vago pode edific-lo, madeirando na parede divisria do prdio contguo, se ela agentar a nova construo; mas ter de embolsar ao vizinho meio valor da parede e do cho correspondente. Art. 580. O confinante, que primeiro construir, pode assentar a parede divisria at meia espessura no terreno contguo, sem perder por isso o direito a haver meio valor dela, se o vizinho a travejar. Neste caso, o primeiro fixar a largura do alicerce, assim como a profundidade, se o terreno no for de rocha. Pargrafo nico. Se a parede divisria pertencer a um dos vizinhos, e no tiver capacidade para ser travejada pelo outro, no poder este fazer-lhe alicerce ao p sem prestar cauo quele, pelo risco a que a insufucincia da nova obra exponha a construo anterior. Art. 581. O condmino da parede-meia pode utiliz-la at ao meio da espessura, no pondo em risco a segurana ou a separao dos dois prdios, e avisando previamente o outro consorte das obras, que ali tencione fazer. No pode, porm, sem consentimento do outro, fazer, na paredemeia, armrios, ou obras semelhantes, correspondendo a outras, da mesma natureza, j feitas do lado oposto. Lei no 10.406/2002 mento, o dono de um terreno pode nele edificar, madeirando na parede divisria do prdio contguo, se ela suportar a nova construo; mas ter de embolsar ao vizinho metade do valor da parede e do cho correspondentes. Art. 1.305. O confinante, que primeiro construir, pode assentar a parede divisria at meia espessura no terreno contguo, sem perder por isso o direito a haver meio valor dela se o vizinho a travejar, caso em que o primeiro fixar a largura e a profundidade do alicerce. Pargrafo nico. Se a parede divisria pertencer a um dos vizinhos, e no tiver capacidade para ser travejada pelo outro, no poder este fazer-lhe alicerce ao p sem prestar cauo quele, pelo risco a que expe a construo anterior. Art. 1.306. O condmino da parede-meia pode utiliz-la at ao meio da espessura, no pondo em risco a segurana ou a separao dos dois prdios, e avisando previamente o outro condmino das obras que ali tenciona fazer; no pode sem consentimento do outro, fazer, na parede-meia, armrios, ou obras semelhantes, correspondendo a outras, da mesma natureza, j feitas do lado oposto. Art. 1.307. Qualquer dos confinantes pode altear a parede divisria, se necessrio reconstruindo-a, para suportar o alteamento; arcar com todas as despesas, inclusive de conservao, ou com metade, se o vizinho adquirir meao tambm na parte aumentada.
342 Cdigo Civil Comparado

Quadro Comparativo entre o Novo Cdigo Civil e o Cdigo Civil Anterior Lei no 3.071/1916 Art. 582. O dono de um prdio, ameaado pela construo de chamins, foges ou fornos, no contguo, ainda que a parede seja comum, pode embargar a obra e exigir cauo contra os prejuzos possveis. Art. 583. No lcito encostar paredemeia, ou parede, do vizinho, sem permisso sua, fornalhas, fornos de forja ou de fundio, aparelhos higinicos, fossos, cano de esgoto, depsito de sal, ou de quaisquer substncias corrosivas, ou suscetveis de produzir infiltraes daninhas. Pargrafo nico. No se incluem na proibio deste e do artigo antecedente as chamins ordinrias, nem os fornos de cozinha. Art. 584. So proibidas construes capazes de poluir, ou inutilizar para o uso ordinrio, a gua do poo ou fonte alheia, a elas preexistente. Art. 585. No permitido fazer escavaes que tirem ao poo ou fonte de outrem a gua necessria. porm, permitido faz-las, se apenas diminurem o suprimento do poo ou da fonte do vizinho, e no forem mais profundas que as deste, em relao ao nvel do lenol dgua. Art. 1.308. No lcito encostar parede divisria chamins, foges, fornos ou quaisquer aparelhos ou depsitos suscetveis de produzir infiltraes ou interferncias prejudiciais ao vizinho. Lei no 10.406/2002

Pargrafo nico. A disposio anterior no abrange as chamins ordinrias e os foges de cozinha. Art. 1.309. So proibidas construes capazes de poluir, ou inutilizar, para uso ordinrio, a gua do poo, ou nascente alheia, a elas preexistentes. Art. 1.310. No permitido fazer escavaes ou quaisquer obras que tirem ao poo ou nascente de outrem a gua indispensvel s suas necessidades normais.

Art. 1.311. No permitida a execuo de qualquer obra ou servio suscetvel de provocar desmoronamento ou deslocao de terra, ou que comprometa a segurana do prdio vizinho, seno aps haverem sido feitas as obras acautelatrias. Pargrafo nico. O proprietrio do prdio vizinho tem direito a ressarcimento pelos prejuzos que sofrer, no obstante haveCdigo Civil Comparado 343

Quadro Comparativo entre o Novo Cdigo Civil e o Cdigo Civil Anterior Lei no 3.071/1916 Lei no 10.406/2002 rem sido realizadas acautelatrias. Art. 586. Todo aquele que violar as disposies dos artigos 580 e seguintes obrigado a demolir as construes feitas, respondendo por perdas e danos. Art. 587. Todo o proprietrio obrigado a consentir que entre no seu prdio, e dele temporariamente use, mediante prvio aviso, o vizinho, quando seja indispensvel reparao ou limpeza, construo e reconstruo de sua casa. Mas, se da lhe provier dano, ter direito a ser indenizado. as obras

Art. 1.312. Todo aquele que violar as proibies estabelecidas nesta Seo obrigado a demolir as construes feitas, respondendo por perdas e danos. Art. 1.313. O proprietrio ou ocupante do imvel obrigado a tolerar que o vizinho entre no prdio, mediante prvio aviso, para: I dele temporariamente usar, quando indispensvel reparao, construo, reconstruo ou limpeza de sua casa ou do muro divisrio; II apoderar-se de coisas suas, inclusive animais que a se encontrem casualmente. 1o O disposto neste artigo aplica-se aos casos de limpeza ou reparao de esgotos, goteiras, aparelhos higinicos, poos e nascentes e ao aparo de cerca viva. 2o Na hiptese do inciso II, uma vez entregues as coisas buscadas pelo vizinho, poder ser impedida a sua entrada no imvel.

Pargrafo nico. As mesmas disposies aplicam-se aos casos de limpeza ou reparao dos esgotos, goteiras e aparelhos higinicos, assim como dos poos e fontes j existentes.

Art. 587

3o Se do exerccio do direito assegurado neste artigo provier dano, ter o prejudicado direito a ressarcimento. Captulo VI Do Condomnio Geral Seo I Do Condomnio Voluntrio Subseo I Dos Direitos e Deveres dos Condminos

Captulo IV Do Condomnio Seo I Dos Direitos e Deveres dos Condminos

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Cdigo Civil Comparado

Quadro Comparativo entre o Novo Cdigo Civil e o Cdigo Civil Anterior Lei no 3.071/1916 Art. 623. Na propriedade em comum, compropriedade, ou condomnio, cada condmino ou consorte pode: I udar livremente da coisa conforme seu destino, e, sobre ele exercer todos os direitos compatveis com a indiviso; II reivindic-la de terceiro; III alhear a respectiva parte indivisa, ou grav-la. Art. 628. Nenhum dos comproprietrios pode alterar a coisa comum, sem o consenso dos outros. Art. 624. O condmino obrigado a concorrer, na proporo de sua parte, para as despesas de conservao ou diviso da coisa e suportar na mesma razo os nus, a que estiver sujeita. Pargrafo nico. Se com isso no se conformar algum dos condminos, ser dividida a coisa, respondendo o quinho de cada um pela parte nas despesas da diviso. Art. 1.315. O condmino obrigado, na proporo de sua parte, a concorrer para as despesas de conservao ou diviso da coisa, e a suportar os nus a que estiver sujeita. Pargrafo nico. Presumem-se iguais as partes ideais dos condminos. Pargrafo nico Art. 1.316. Pode o condmino eximir-se do pagamento das despesas e dvidas, renunciando parte ideal. 1o Se os demais condminos assumem as despesas e as dvidas, a renncia lhes aproveita, adquirindo a parte ideal de quem renunciou, na proporo dos pagamentos que fizerem. 2o Se no h condmino que faa os pagamentos, a coisa comum ser dividida.
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Lei no 10.406/2002 Art. 1.314. Cada condmino pode usar da coisa conforme sua destinao, sobre ela exercer todos os direitos compatveis com a indiviso, reivindic-la de terceiro, defender a sua posse e alhear a respectiva parte ideal, ou grav-la.

Pargrafo nico. Nenhum dos condminos pode alterar a destinao da coisa comum, nem dar posse, uso ou gozo dela a estranhos, sem o consenso dos outros.

Quadro Comparativo entre o Novo Cdigo Civil e o Cdigo Civil Anterior Lei no 3.071/1916 Art. 626. Quando a dvida houver sido contrada por todos os condminos, sem se discriminar a parte de cada um na obrigao coletiva, nem se estipular solidariedade, entende-se que cada qual se obrigou proporcionalmente ao seu quinho, ou sorte, na coisa comum. Art. 625. As dvidas contradas por um dos condminos em proveito da comunho, e durante ela, obrigam o contraente, mas asseguram-lhe ao regressiva contra os demais. Pargrafo nico. Se algum deles no anuir, proceder-se- conforme o pargrafo nico do artigo anterior. Art. 627. Cada consorte responde aos outros pelos frutos que percebeu da coisa comum, e pelo dano, que lhe causou. Art. 629. A todo tempo ser lcito ao condmino exigir a diviso da coisa comum. Lei no 10.406/2002 Art. 1.317. Quando a dvida houver sido contrada por todos os condminos, sem se discriminar a parte de cada um na obrigao, nem se estipular solidariedade, entende-se que cada qual se obrigou proporcionalmente ao seu quinho na coisa comum. Art. 1.318. As dvidas contradas por um dos condminos em proveito da comunho, e durante ela, obrigam o contratante; mas ter este ao regressiva contra os demais.

Art. 1.319. Cada condmino responde aos outros pelos frutos que percebeu da coisa e pelo dano que lhe causou. Art. 1.320. A todo tempo ser lcito ao condmino exigir a diviso da coisa comum, respondendo o quinho de cada um pela sua parte nas despesas da diviso. 1o Podem os condminos acordar que fique indivisa a coisa comum por prazo no maior de cinco anos, suscetvel de prorrogao ulterior. 2o No poder exceder de cinco anos a indiviso estabelecida pelo doador ou pelo testador. 3o A requerimento de qualquer interessado e se graves razes o aconselharem, pode o juiz determinar a diviso da coisa comum antes do prazo.

Pargrafo nico. Podem, porm, os consortes acordar que fique indivisa por termo no maior de cinco anos, suscetvel de prorrogao ulterior. Art. 630. Se a indiviso for condio estabelecida pelo doador, ou testador, entende-se que o foi somente por cinco anos.

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Cdigo Civil Comparado

Quadro Comparativo entre o Novo Cdigo Civil e o Cdigo Civil Anterior Lei no 3.071/1916 Art. 631. A diviso entre condminos simplesmente declaratria e no atributiva da propriedade. Essa poder, entretanto, ser julgada preliminarmente no mesmo processo. Art. 1.321. Aplicam-se diviso do condomnio, no que couber, as regras de partilha de herana. Art. 632. Quando a coisa for indivisvel, ou se tornar, pela diviso, imprpria ao seu destino, e os consortes no quiserem adjudic-la a um s, indenizando os outros, ser vendida e repartido o preo, preferindo-se, na venda, em condies iguais de oferta, o condmino ao estranho, entre os condminos o que tiver na coisa benfeitorias mais valiosas, e, no as havendo, o de quinho maior. Art. 1.322. Quando a coisa for indivisvel, e os consortes no quiserem adjudic-la a um s, indenizando os outros, ser vendida e repartido o apurado, preferindo-se, na venda, em condies iguais de oferta, o condmino ao estranho, e entre os condminos aquele que tiver na coisa benfeitorias mais valiosas, e, no as havendo, o de quinho maior. Lei no 10.406/2002

Pargrafo nico. Se nenhum dos condminos tem benfeitorias na coisa comum e participam todos do condomnio em partes iguais, realizar-se- licitao entre estranhos e, antes de adjudicada a coisa quele que ofereceu maior lano, proceder-se- licitao entre os condminos, a fim de que a coisa seja adjudicada a quem afinal oferecer melhor lano, preferindo, em condies iguais, o condmino ao estranho. Art. 633. Nenhum condmino pode, sem prvio consenso dos outros, dar posse, uso, ou gozo da propriedade a estranhos. Art. 634. O condmino, como qualquer outro possuidor, poder defender a sua posse contra outrem.
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Quadro Comparativo entre o Novo Cdigo Civil e o Cdigo Civil Anterior Lei no 3.071/1916 Seo II Da Administrao do Condomnio Subseo II Da Administrao do Condomnio Art. 635. Quando, por circunstncia de fato ou por desacordo, no for possvel o uso e gozo em comum, resolvero os copndminos se a coisa deve ser administrada, vendida ou alugada. 1o Se todos concordarem que se no venda, maioria competir deliberar sobre a administrao ou locao da coisa comum. 2o Pronunciando-se a maioria pela administrao, escolher tambm o administrador. Art. 1.323. Deliberando a maioria sobre a administrao da coisa comum, escolher o administrador, que poder ser estranho ao condomnio; resolvendo alug-la, preferir-se-, em condies iguais, o condmino ao que no o . Lei no 10.406/2002

Art. 636. Resolvendo-se alugar a coisa comum, preferir-se-, em condies iguais, o condmino ao estranho. Art. 640. O condmino, que administrar sem oposio dos outros, presume-se mandatrio comum. Art. 641. Aplicam-se, nos casos, diviso do condomnio as regras de partilha da herana. Art. 637. A maioria ser calculada no pelo nmero, seno pelo valor dos quinhes. 1o As deliberaes no obrigaro, no sendo tomadas por maioria absoluta, isto
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Art. 1.324. O condmino que administrar sem oposio dos outros presume-se representante comum.

. Art. 1.325. A maioria ser calculada pelo valor dos quinhes. 1o As deliberaes sero obrigatrias, sendo tomadas por maioria absoluta.
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Quadro Comparativo entre o Novo Cdigo Civil e o Cdigo Civil Anterior Lei no 3.071/1916 , por votos que representem mais de maio do valor total. 2o Havendo empate, decidir o juiz, a requerimento de qualquer condmino, ouvidos os outros. Art. 639. Nos casos de dvida, presumemse iguais os quinhes. Art. 638. Os frutos da coisa comum, no havendo em contrrio estipulao ou disposio de ltima vontade, sero partilhados na proporo dos quinhes. Seo III Do Condomnio em Paredes, Cercas, Muros e Valas Art. 642. O condomnio por meao de paredes, cercas, muros e valas regula-se pelo disposto neste Cdigo, artigos 569 a 589 e 623 a 634. Art. 643. O proprietrio que tiver direito a estremar um imvel com paredes, cercas, muros, valas ou valados, t-lo- igualmente a adquirir meao na parede, muro, vala, valado ou cerca do vizinho, embolsandolhe metade do que atualmente valer a obra e o terreno por ela ocupado. Art. 644. No convindo os dois no preo da obra, ser este arbitrado por peritos, a expensas de ambos os confinantes. Art. 645. Qualquer que seja o preo da meao, enquanto o que pretender a meao, enquanto o que pretender a diviso no o pagar ou depositar, nenhum uso poder fazer da parede, muro, vala, cerca, ou qualquer outra obra divisria.
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2o No sendo possvel alcanar maioria absoluta, decidir o juiz, a requerimento de qualquer condmino, ouvidos os outros. 3o Havendo dvida quanto ao valor do quinho, ser este avaliado judicialmente. Art. 1.326. Os frutos da coisa comum, no havendo em contrrio estipulao ou disposio de ltima vontade, sero partilhados na proporo dos quinhes. Seo II Do Condomnio Necessrio Art. 1.327. O condomnio por meao de paredes, cercas, muros e valas regula-se pelo disposto neste Cdigo (arts. 1.297 e 1.298; 1.304 a 1.307). Art. 1.328. O proprietrio que tiver direito a estremar um imvel com paredes, cercas, muros, valas ou valados, t-lo- igualmente a adquirir meao na parede, muro, valado ou cerca do vizinho, embolsandolhe metade do que atualmente valer a obra e o terreno por ela ocupado (art. 1.297). Art. 1.329. No convindo os dois no preo da obra, ser este arbitrado por peritos, a expensas de ambos os confinantes. Art. 1.330. Qualquer que seja o valor da meao, enquanto aquele que pretender a diviso no o pagar ou depositar, nenhum uso poder fazer na parede, muro, vala, cerca ou qualquer outra obra divisria.
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Quadro Comparativo entre o Novo Cdigo Civil e o Cdigo Civil Anterior Lei no 3.071/1916 Seo IV Do Compscuo Art. 646. Se o compscuo em prdios particulares for estabelecido por servido, reger-se- pelas normas desta. Se no, observar-se-, no que lhe for aplicvel, o disposto neste captulo, caso outra coisa no estipule o ttulo de onde resulte a comunho de pastos. Pargrafo nico. O compscuo em terrenos baldios e pblicos regular-se- pelo disposto na legislao municipal. Captulo VII Do Condomnio Edilcio Seo I Disposies Gerais Art. 1.331. Pode haver, em edificaes, partes que so propriedade exclusiva, e partes que so propriedade comum dos condminos. 1o As partes suscetveis de utilizao independente, tais como apartamentos, escritrios, salas, lojas, sobrelojas ou abrigos para veculos, com as respectivas fraes ideais no solo e nas outras partes comuns, sujeitam-se a propriedade exclusiva, podendo ser alienadas e gravadas livremente por seus proprietrios. 2o O solo, a estrutura do prdio, o telhado, a rede geral de distribuio de gua, esgoto, gs e eletricidade, a calefao e refrigerao centrais, e as demais partes comuns, inclusive o acesso ao logradouro pblico, so utilizados em comum pelos condminos, no podendo ser alienados separadamente, ou divididos. 3o A frao ideal no solo e nas outras partes comuns proporcional ao valor da unidade imobiliria, o qual se calcula em relao ao conjunto da edificao.
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Quadro Comparativo entre o Novo Cdigo Civil e o Cdigo Civil Anterior Lei no 3.071/1916 Lei no 10.406/2002 4o Nenhuma unidade imobiliria pode ser privada do acesso ao logradouro pblico. 5o O terrao de cobertura parte comum, salvo disposio contrria da escritura de constituio do condomnio. Art. 1.332. Institui-se o condomnio edilcio por ato entre vivos ou testamento, registrado no Cartrio de Registro de Imveis, devendo constar daquele ato, alm do disposto em lei especial: I a discriminao e individualizao das unidades de propriedade exclusiva, estremadas uma das outras e das partes comuns; II a determinao da frao ideal atribuda a cada unidade, relativamente ao terreno e partes comuns; III o fim a que as unidades se destinam. Art. 1.333. A conveno que constitui o condomnio edilcio deve ser subscrita pelos titulares de, no mnimo, dois teros das fraes ideais e torna-se, desde logo, obrigatria para os titulares de direito sobre as unidades, ou para quantos sobre elas tenham posse ou deteno. Pargrafo nico. Para ser oponvel contra terceiros, a conveno do condomnio dever ser registrada no Cartrio de Registro de Imveis. Art. 1.334. Alm das clusulas referidas no art. 1.332 e das que os interessados houverem por bem estipular, a conveno determinar: I a quota proporcional e o modo de pagamento das contribuies dos condminos para atender s despesas ordinrias e extraordinrias do condomnio;
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Quadro Comparativo entre o Novo Cdigo Civil e o Cdigo Civil Anterior Lei no 3.071/1916 Lei no 10.406/2002 II sua forma de administrao; III a competncia das assemblias, forma de sua convocao e quorum exigido para as deliberaes; IV as sanes a que esto sujeitos os condminos, ou possuidores; V o regimento interno. 1o A conveno poder ser feita por escritura pblica ou por instrumento particular. 2o So equiparados aos proprietrios, para os fins deste artigo, salvo disposio em contrrio, os promitentes compradores e os cessionrios de direitos relativos s unidades autnomas. Art. 1.335. So direitos do condmino: I usar, fruir e livremente dispor das suas unidades; II usar das partes comuns, conforme a sua destinao, e contanto que no exclua a utilizao dos demais compossuidores; III votar nas deliberaes da assemblia e delas participar, estando quite. Art. 1.336. So deveres do condmino: I Contribuir para as despesas do condomnio, na proporo de suas fraes ideais; II no realizar obras que comprometam a segurana da edificao; III no alterar a forma e a cor da fachada, das partes e esquadrias externas; IV dar s suas partes a mesma destinao que tem a edificao, e no as utilizar de maneira prejudicial ao sossego, salubridade e segurana dos possuidores, ou aos bons costumes. 1o O condmino que no pagar a sua contribuio ficar sujeito aos juros moratrios convencionados ou, no sen352 Cdigo Civil Comparado

Quadro Comparativo entre o Novo Cdigo Civil e o Cdigo Civil Anterior Lei no 3.071/1916 Lei no 10.406/2002 do previstos, os de um por cento ao ms e multa de at dois por cento sobre o dbito. 2o O condmino, que no cumprir qualquer dos deveres estabelecidos nos incisos II a IV, pagar a multa prevista no ato constitutivo ou na conveno, no podendo ela ser superior a cinco vezes o valor de suas contribuies mensais, independentemente das perdas e danos que se apurarem; no havendo disposio expressa, caber assemblia geral, por dois teros no mnimo dos condminos restantes, deliberar sobre a cobrana da multa. Art. 1337. O condmino, ou possuidor, que no cumpre reiteradamente com os seus deveres perante o condomnio poder, por deliberao de trs quartos dos condminos restantes, ser constrangido a pagar multa correspondente at ao quntuplo do valor atribudo contribuio para as despesas condominiais, conforme a gravidade das faltas e a reiterao, independentemente das perdas e danos que se apurem. Pargrafo nico. O condmino ou possuidor que, por seu reiterado comportamento anti-social, gerar incompatibilidade de convivncia com os demais condminos ou possuidores, poder ser constrangido a pagar multa correspondente ao dcuplo do valor atribudo contribuio para as despesas condominiais, at ulterior deliberao da assemblia. Art. 1.338. Resolvendo o condmino alugar rea no abrigo para veculos, preferirse-, em condies iguais, qualquer dos condminos a estranhos, e, entre todos, os possuidores.
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Quadro Comparativo entre o Novo Cdigo Civil e o Cdigo Civil Anterior Lei no 3.071/1916 Lei no 10.406/2002 Art. 1.339. Os direitos de cada condmino s partes comuns so inseparveis de sua propriedade exclusiva; so tambm inseparveis das fraes ideais correspondentes as unidades imobilirias, com as suas partes acessrias. 1o Nos casos deste artigo proibido alienar ou gravar os bens em separado. 2o permitido ao condmino alienar parte acessria de sua unidade imobiliria a outro condmino, s podendo faz-lo a terceiro se essa faculdade constar do ato constitutivo do condomnio, e se a ela no se opuser a respectiva assemblia geral. Art. 1.340. As despesas relativas a partes comuns de uso exclusivo de um condmino, ou de alguns deles, incumbem a quem delas se serve. Art. 1.341. A realizao de obras no condomnio depende: I se volupturias, de voto de dois teros dos condminos; II se teis, de voto da maioria dos condminos. 1o As obras ou reparaes necessrias podem ser realizadas, independentemente de autorizao, pelo sndico, ou, em caso de omisso ou impedimento deste, por qualquer condmino. 2o Se as obras ou reparos necessrios forem urgentes e importarem em despesas excessivas, determinada sua realizao, o sndico ou o condmino que tomou a iniciativa delas dar cincia assemblia, que dever ser convocada imediatamente. 3o No sendo urgentes, as obras ou reparos necessrios, que importarem em despesas excessivas, somente podero ser efetuadas aps autorizao da assem354 Cdigo Civil Comparado

Quadro Comparativo entre o Novo Cdigo Civil e o Cdigo Civil Anterior Lei no 3.071/1916 Lei no 10.406/2002 blia, especialmente convocada pelo sndico, ou, em caso de omisso ou impedimento deste, por qualquer dos condminos. 4o O condmino que realizar obras ou reparos necessrios ser reembolsado das despesas que efetuar, no tendo direito restituio das que fizer com obras ou reparos de outra natureza, embora de interesse comum. Art. 1.342. A realizao de obras, em partes comuns, em acrscimo s j existentes, a fim de lhes facilitar ou aumentar a utilizao, depende da aprovao de dois teros dos votos dos condminos, no sendo permitidas construes, nas partes comuns, suscetveis de prejudicar a utilizao, por qualquer dos condminos, das partes prprias, ou comuns. Art. 1.343. A construo de outro pavimento, ou, no solo comum, de outro edifcio, destinado a conter novas unidades imobilirias, depende da aprovao da unanimidade dos condminos. Art. 1.344. Ao proprietrio do terrao de cobertura incumbem as despesas da sua conservao, de modo que no haja danos s unidades imobilirias inferiores. Art. 1.345. O adquirente de unidade responde pelos dbitos do alienante, em relao ao condomnio, inclusive multas e juros moratrios. Art. 1.346. obrigatrio o seguro de toda a edificao contra o risco de incndio ou destruio, total ou parcial. Seo II Da Administrao do Condomnio
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Quadro Comparativo entre o Novo Cdigo Civil e o Cdigo Civil Anterior Lei no 3.071/1916 Lei no 10.406/2002 Art. 1.347. A assemblia escolher um sndico, que poder no ser condmino, para administrar o condomnio, por prazo no superior a dois anos, o qual poder renovar-se. Art. 1.348. Compete ao sndico: I convocar a assemblia dos condminos; II representar, ativa e passivamente, o condomnio, praticando, em juzo ou fora dele, os atos necessrios defesa dos interesses comuns; III dar imediato conhecimento assemblia da existncia de procedimento judicial ou administrativo, de interesse do condomnio; IV cumprir e fazer cumprir a conveno, o regimento interno e as determinaes da assemblia; V diligenciar a conservao e a guarda das partes comuns e zelar pela prestao dos servios que interessem aos possuidores; VI elaborar o oramento da receita e da despesa relativa a cada ano; VII cobrar dos condminos as suas contribuies, bem como impor e cobrar as multas devidas; VIII prestar contas assemblia, anualmente e quando exigidas; IX realizar o seguro da edificao. 1o Poder a assemblia investir outra pessoa, em lugar do sndico, em poderes de representao. 2o O sndico pode transferir a outrem, total ou parcialmente, os poderes de representao ou as funes administrativas, mediante aprovao da assemblia, salvo disposio em contrrio da conveno. Art. 1.349. A assemblia, especialmente convocada para o fim estabelecido no
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Quadro Comparativo entre o Novo Cdigo Civil e o Cdigo Civil Anterior Lei no 3.071/1916 Lei no 10.406/2002 2o do artigo antecedente, poder, pelo voto da maioria absoluta de seus membros, destituir o sndico que praticar irregularidades, no prestar contas, ou no administrar convenientemente o condomnio. Art. 1.350. Convocar o sndico, anualmente, reunio da assemblia dos condminos, na forma prevista na conveno, a fim de aprovar o oramento das despesas, as contribuies dos condminos e a prestao de contas, e eventualmente eleger-lhe o substituto e alterar o regimento interno. 1o Se o sndico no convocar a assemblia, um quarto dos condminos poder faz-lo. 2o Se a assemblia no se reunir, o juiz decidir, a requerimento de qualquer condmino. Art. 1.351. Depende da aprovao de dois teros dos votos dos condminos a alterao da conveno e do regimento interno; a mudana da destinao do edifcio, ou da unidade imobiliria, depende de aprovao pela unanimidade dos condminos. Art. 1.352. Salvo quando exigido quorum especial, as deliberaes da assemblia sero tomadas, em primeira convocao, por maioria de votos dos condminos presentes que representem pelo menos metade das fraes ideais. Pargrafo nico. Os votos sero proporcionais s fraes ideais no solo e nas outras partes comuns pertencentes a cada condmino, salvo disposio diversa da conveno de constituio do condomnio.
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Quadro Comparativo entre o Novo Cdigo Civil e o Cdigo Civil Anterior Lei no 3.071/1916 Lei no 10.406/2002 Art. 1.353. Em segunda convocao, a assemblia poder deliberar por maioria dos votos dos presentes, salvo quando exigido quorum especial. Art. 1.354. A assemblia no poder deliberar se todos os condminos no forem convocados para a reunio. Art. 1.355. Assemblias extraordinrias podero ser convocadas pelo sndico ou por um quarto dos condminos. Art. 1.356. Poder haver no condomnio um conselho fiscal, composto de trs membros, eleitos pela assemblia, por prazo no superior a dois anos, ao qual compete dar parecer sobre as contas do sndico. Seo III Da Extino do Condomnio Art. 1.357. Se a edificao for total ou consideravelmente destruda, ou ameace runa, os condminos deliberaro em assemblia sobre a reconstruo, ou venda, por votos que representem metade mais uma das fraes ideais. 1o Deliberada a reconstruo, poder o condmino eximir-se do pagamento das despesas respectivas, alienando os seus direitos a outros condminos, mediante avaliao judicial. 2o Realizada a venda, em que se preferir, em condies iguais de oferta, o condmino ao estranho, ser repartido o apurado entre os condminos, proporcionalmente ao valor das suas unidades imobilirias. Art. 1.358. Se ocorrer desapropriao, a indenizao ser repartida na propor358 Cdigo Civil Comparado

Quadro Comparativo entre o Novo Cdigo Civil e o Cdigo Civil Anterior Lei no 3.071/1916 Lei no 10.406/2002 o a que se refere o 2o do artigo antecedente. Captulo V Da Propriedade Resolvel Art. 647. Resolvido o domnio pelo implemento da condio ou pelo advento do termo, entendem-se tambm resolvidos os direitos reais concedidos na sua pendncia, e o proprietrio, em cujo favor se opera a resoluo, pode reivindicar a coisa do poder de quem a detenha. Art. 648. Se, porm, o domnio se resolver por outra causa superveniente, o possuidor, que o tiver adquirido por ttulo anterior resoluo, ser considerado proprietrio perfeito, restando pessoa em cujo benefcio houve a resoluo ao contra aquele cujo domnio se resolveu para haver a prpria coisa, ou seu valor. Captulo VIII Da Propriedade Resolvel Art. 1.359. Resolvida a propriedade pelo implemento da condio ou pelo advento do termo, entendem-se tambm resolvidos os direitos reais concedidos na sua pendncia, e o proprietrio, em cujo favor se opera a resoluo, pode reivindicar a coisa do poder de quem a possua ou detenha. Art. 1.360. Se a propriedade se resolver por outra causa superveniente, o possuidor, que a tiver adquirido por ttulo anterior sua resoluo, ser considerado proprietrio perfeito, restando pessoa, em cujo benefcio houve a resoluo, ao contra aquele cuja propriedade se resolveu para haver a prpria coisa ou o seu valor. Captulo IX Propriedade Fiduciria Art. 1.361. Considera-se fiduciria a propriedade resolvel de coisa mvel infungvel que o devedor, com escopo de garantia, transfere ao credor. 1o Constitui-se a propriedade fiduciria com o registro do contrato, celebrado por instrumento pblico ou particular, que lhe serve de ttulo, no Registro de Ttulos e Documentos do domiclio do devedor, ou, em se tratando de veculos, na repartio competente para o licenciamento, fazendo-se a anotao no certificado de registro. 2o Com a constituio da propriedade fiduciria, d-se o desdobramento da posse, tornando-se o devedor possuidor direto da coisa.
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Quadro Comparativo entre o Novo Cdigo Civil e o Cdigo Civil Anterior Lei no 3.071/1916 Lei no 10.406/2002 3o A propriedade superveniente, adquirida pelo devedor, torna eficaz, desde o arquivamento, a transferncia da propriedade fiduciria. Art. 1.362. O contrato, que serve de ttulo propriedade fiduciria, conter: I o total da dvida, ou sua estimativa; II o prazo, ou a poca do pagamento; III a taxa de juros, se houver; IV a descrio da coisa objeto da transferncia, com os elementos indispensveis sua identificao. Art. 1.363. Antes de vencida a dvida, o devedor, a suas expensas e risco, pode usar a coisa segundo sua destinao, sendo obrigado, como depositrio: I a empregar na guarda da coisa a diligncia exigida por sua natureza; II a entreg-la ao credor, se a dvida no for paga no vencimento. Art. 1.364. Vencida a dvida, e no paga, fica o credor obrigado a vender, judicial ou extrajudicialmente, a coisa a terceiros, a aplicar o preo no pagamento de seu crdito e das despesas de cobrana, e a entregar o saldo, se houver, ao devedor. Art. 1.365. nula a clusula que autoriza o proprietrio fiducirio a ficar com a coisa alienada em garantia, se a dvida no for paga no vencimento. Pargrafo nico. O devedor pode, com a anuncia do credor, dar seu direito eventual coisa em pagamento da dvida, aps o vencimento desta. Art. 1.366. Quando, vendida a coisa, o produto no bastar para o pagamento da
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Quadro Comparativo entre o Novo Cdigo Civil e o Cdigo Civil Anterior Lei no 3.071/1916 Lei no 10.406/2002 dvida e das despesas de cobrana, continuar o devedor obrigado pelo restante. Art. 1.367. Aplica-se propriedade fiduciria, no que couber, o disposto nos arts. 1.421, 1.425, 1.426, 1.427 e 1.436. Art. 1.368. O terceiro, interessado ou no, que pagar a dvida, se sub-rogar de pleno direito no crdito e na propriedade fiduciria. Ttulo IV Da Superfcie Art. 1.369. O proprietrio pode conceder a outrem o direito de construir ou de plantar em seu terreno, por tempo determinado, mediante escritura pblica devidamente registrada no Cartrio de Registro de Imveis. Pargrafo nico. O direito de superfcie no autoriza obra no subsolo, salvo se for inerente ao objeto da concesso. Art. 1.370. A concesso da superfcie ser gratuita ou onerosa; se onerosa, estipularo as partes se o pagamento ser feito de uma s vez, ou parceladamente. Art. 1.371. O superficirio responder pelos encargos e tributos que incidirem sobre o imvel. Art. 1.372. O direito de superfcie pode transferir-se a terceiros e, por morte do superficirio, aos seus herdeiros. Pargrafo nico. No poder ser estipulado pelo concedente, a nenhum ttulo, qualquer pagamento pela transferncia. Art. 1.373. Em caso de alienao do imvel ou do direito de superfcie, o
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Quadro Comparativo entre o Novo Cdigo Civil e o Cdigo Civil Anterior Lei no 3.071/1916 Lei no 10.406/2002 superficirio ou o proprietrio tem direito de preferncia, em igualdade de condies. Art. 1.374. Antes do termo final, resolverse- a concesso se o superficirio der ao terreno destinao diversa daquela para que foi concedida. Art. 1.375. Extinta a concesso, o proprietrio passar a ter a propriedade plena sobre o terreno, construo ou plantao, independentemente de indenizao, se as partes no houverem estipulado o contrrio. Art. 1.376. No caso de extino do direito de superfcie em conseqncia de desapropriao, a indenizao cabe ao proprietrio e ao superficirio, no valor correspondente ao direito real de cada um. Art. 1.377. O direito de superfcie, constitudo por pessoa jurdica de direito pblico interno, rege-se por este Cdigo, no que no for diversamente disciplinado em lei especial. Ttulo III Dos Direitos Reais Sobre Coisas Alheias Captulo III Das Servides Prediais Seo I Da Constituio das Servides Art. 1.378. A servido proporciona utilidade para o prdio dominante, e grava o prdio serviente, que pertence a diverso dono, e constitui-se mediante declarao expressa dos proprietrios, ou por testamento, e subseqente registro no Cartrio de Registro de Imveis.
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Ttulo V Das Servides Captulo I Da Constituio das Servides

Quadro Comparativo entre o Novo Cdigo Civil e o Cdigo Civil Anterior Lei no 3.071/1916 Art. 695. Impe-se a servido predial a um prdio em favor do outro, pertencente a diverso dono. Por ela perde o proprietrio do prdio serviente o exerccio de alguns de seus direitos dominicais, ou fica obrigado a tolerar que dele se utilize, para certo fim, o dono do prdio dominante. Art. 696. A servido no se presume. Art. 697. As servides no aparentes s podem ser estabelecidas por meio de transcrio no registro de imveis. Art. 698. A posse incontestada e contnua de uma servido por dez ou quinze anos, nos termos do artigo 551, autoriza o possuidor a transcrev-la em seu nome no registro de imveis, servindo-lhe de ttulo a sentena que julgar consumado o usucapio. Pargrafo nico. Se o possuidor no tiver ttulo, o prazo do usucapio ser de vinte anos. Art. 1.379. O exerccio incontestado e contnuo de uma servido aparente, por dez anos, nos termos do art. 1.242, autoriza o interessado a registr-la em seu nome no Registro de Imveis, valendo-lhe como ttulo a sentena que julgar consumado a usucapio. Pargrafo nico. Se o possuidor no tiver ttulo, o prazo da usucapio ser de vinte anos. Captulo II Do Exerccio das Servides Art. 699. O dono de uma servido tem direito a fazer todas as obras necessrias sua conservao e uso. Se a servido pertencer a mais de um prdio, sero as despesas rateadas entre os respectivos donos. Art. 700. As obras a que se refere o artigo antecedente devem ser feitas pelo dono do prdio dominante, se o contrrio no dispuser o ttulo expressamente. Art. 701. Quando a obrigao incumbir ao dono do prdio serviente, este poder
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Art. 1.380. O dono de uma servido pode fazer todas as obras necessrias sua conservao e uso, e, se a servido pertencer a mais de um prdio, sero as despesas rateadas entre os respectivos donos. Art. 1.381. As obras a que se refere o artigo antecedente devem ser feitas pelo dono do prdio dominante, se o contrrio no dispuser expressamente o ttulo. Art. 1.382. Quando a obrigao incumbir ao dono do prdio serviente, este poder
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Quadro Comparativo entre o Novo Cdigo Civil e o Cdigo Civil Anterior Lei no 3.071/1916 exonerar-se, abandonando a propriedade ao dono do dominante. Lei no 10.406/2002 exonerar-se, abandonando, total ou parcialmente, a propriedade ao dono do dominante. Pargrafo nico. Se o proprietrio do prdio dominante se recusar a receber a propriedade do serviente, ou parte dela, caber-lhe- custear as obras. Art. 702. O dono do prdio serviente no poder embaraar de modo algum o uso legtimo da servido. Art. 703. Pode o dono do prdio serviente remover de um local para o outro a servido, contanto que o faa sua custa, e no diminua em nada as vantagens do prdio dominante. Art. 1.383. O dono do prdio serviente no poder embaraar de modo algum o exerccio legtimo da servido. Art. 1.384. A servido pode ser removida, de um local para outro, pelo dono do prdio serviente e sua custa, se em nada diminuir as vantagens do prdio dominante, ou pelo dono deste e sua custa, se houver considervel incremento da utilidade e no prejudicar o prdio serviente. Art. 1.385. Restringir-se- o exerccio da servido s necessidades do prdio dominante, evitando-se, quanto possvel, agravar o encargo ao prdio serviente. 1o Constituda para certo fim, a servido no se pode ampliar a outro. 2o Nas servides de trnsito, a de maior inclui a de menor nus, e a menor exclui a mais onerosa. 3o Se as necessidades da cultura, ou da indstria, do prdio dominante impuserem servido maior largueza, o dono do serviente obrigado a sofr-la; mas tem direito a ser indenizado pelo excesso.

Art. 704. Restringir-se- o uso da servido s necessidades do prdio dominante, evitando, quanto possvel, agravar o encargo ao prdio serviente. Pargrafo nico. Constituda para certo fim, a servido no se pode ampliar a outro, salvo o disposto no artigo seguinte. Art. 705. Nas servides de trnsito a de maior inclui a de menor nus, e a menor exclui a mais onerosa. Art. 706. Se as necessidades da cultura do prdio dominante impuserem servido maior largueza, o dono do serviente obrigado a sofr-la; mas tem direito a ser indenizado pelo excesso. Pargrafo nico. Se, porm, esse acrscimo de encargo for devido mudana na
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Quadro Comparativo entre o Novo Cdigo Civil e o Cdigo Civil Anterior Lei no 3.071/1916 maneira de exercer a servido, como no caso de se pretender edificar em terreno at ento destionado a cultura, poder impedi-lo o dono do prdio serviente. Art. 707. As servides prediais so indivisveis. Subsistem, no caso de partilha, em benefcio de cada um dos quinhes do prdio dominante, e continuam a gravar cada um dos do prdio serviente, salvo se, por natureza ou destino, s se aplicarem a certa parte de um, ou de outro. Art. 1.386. As servides prediais so indivisveis, e subsistem, no caso de diviso dos imveis, em benefcio de cada uma das pores do prdio dominante, e continuam a gravar cada uma das do prdio serviente, salvo se, por natureza, ou destino, s se aplicarem a certa parte de um ou de outro. Captulo III Da Extino das Servides Seo II Da Extino das Servides Art. 708. Salvo nas desapropriaes, a servido, uma vez transcrita, s se extingue, com respeito a terceiros, quando cancelada. Art. 1.387. Salvo nas desapropriaes, a servido, uma vez registrada, s se extingue, com respeito a terceiros, quando cancelada. Pargrafo nico. Se o prdio dominante estiver hipotecado, e a servido se mencionar no ttulo hipotecrio, ser tambm preciso, para a cancelar, o consentimento do credor. Art. 1.388. O dono do prdio serviente tem direito, pelos meios judiciais, ao cancelamento do registro, embora o dono do prdio dominante lho impugne: I quando o titular houver renunciado a sua servido; II quando tiver cessado, para o prdio dominante, a utilidade ou a comodidade, que determinou a constituio da servido; III quando o dono do prdio serviente resgatar a servido. Art. 1.389. Tambm se extingue a servido, ficando ao dono do prdio serviente
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Art. 709. O dono do prdio serviente tem direito, pelos meios judiciais, ao cancelamento da transcrio, embora o dono do prdio dominante lho impugne: I quando o titular houver renunciado a sua servido; II quando a servido for de passagem, que tenha cessado pela abertura de estrada pblica, acessvel ao prdio dominante; III quando o dono do prdio serviente resgatar a servido. Art. 710. As servides prediais extinguemse:
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Quadro Comparativo entre o Novo Cdigo Civil e o Cdigo Civil Anterior Lei no 3.071/1916 I pela reunio dos dois prdios no domnio da mesma pessoa; II pela supresso das respectivas obras por efeito de contrato, ou de outro ttulo expresso; III pelo no uso, durante dez anos contnuos. Lei no 10.406/2002 a faculdade de faz-la cancelar, mediante a prova da extino: I pela reunio dos dois prdios no domnio da mesma pessoa; II pela supresso das respectivas obras por efeito de contrato, ou de outro ttulo expresso; III pelo no uso, durante dez anos contnuos.

Art. 711. Extinta, por alguma das causas do artigo anterior, a servido predial transcrita, fica ao dono do prdio serviente o direito de faz-la cancelar, mediante a prova da extino. Art. 712. Se o prdio dominante estiver hipotecado, e a servido se mencionar no ttulo hipotecrio, ser tambm preciso, para a cancelar, o consentimento do credor. Ttulo VI Do Usufruto Captulo IV Do Usufruto Seo I Disposies Gerais Art. 713. Constitui usufruto o direito real de fruir as utilidades e frutos de uma coisa, enquanto temporariamente destacado da propriedade. Art. 714. O usufruto pode recair em um ou mais bens, mveis ou imveis, em um patrimnio inteiro, ou parte deste, abrangendo-lhe, no todo ou em parte, os frutos e utilidades. Art. 715. O usufruto de imveis, quando no resulte do direito de famlia, depender de transcrio no respectivo registro.
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Captulo I Disposies Gerais

Art. 1.390. O usufruto pode recair em um ou mais bens, mveis ou imveis, em um patrimnio inteiro, ou parte deste, abrangendo-lhe, no todo ou em parte, os frutos e utilidades. Art. 1.391. O usufruto de imveis, quando no resulte de usucapio, constituirse- mediante registro no Cartrio de Registro de Imveis.
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Quadro Comparativo entre o Novo Cdigo Civil e o Cdigo Civil Anterior Lei no 3.071/1916 Art. 716. Salvo disposio em contrrio, o usufruto estende-se aos acessrios da coisa e seus acrescidos. Lei no 10.406/2002 Art. 1.392. Salvo disposio em contrrio, o usufruto estende-se aos acessrios da coisa e seus acrescidos. 1o Se, entre os acessrios e os acrescidos, houver coisas consumveis, ter o usufruturio o dever de restituir, findo o usufruto, as que ainda houver e, das outras, o equivalente em gnero, qualidade e quantidade, ou, no sendo possvel, o seu valor, estimado ao tempo da restituio. 2o Se h no prdio em que recai o usufruto florestas ou os recursos minerais a que se refere o art. 1.230, devem o dono e o usufruturio prefixar-lhe a extenso do gozo e a maneira de explorao. 3o Se o usufruto recai sobre universalidade ou quota-parte de bens, o usufruturio tem direito parte do tesouro achado por outrem, e ao preo pago pelo vizinho do prdio usufrudo, para obter meao em parede, cerca, muro, vala ou valado. Art. 717. O usufruto s se pode transferir, por alienao, ao proprietrio da coisa; mas o seu exerccio pode ceder-se por ttulo gratuito ou oneroso. Art. 1.393. No se pode transferir o usufruto por alienao; mas o seu exerccio pode ceder-se por ttulo gratuito ou oneroso. Captulo II Dos Direitos do Usufruturio Seo II Dos Direitos do Usufruturio Art. 718. O usufruturio tem direito posse, uso, administrao e percepo dos frutos. Art. 719. Quando o usufruto recai em ttulos de crdito, o usufruturio tem direito, no s a cobrar as respectivas dvidas, mas ainda a empregar-lhes a importncia
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Art. 1.394. O usufruturio tem direito posse, uso, administrao e percepo dos frutos. Art. 1.395. Quando o usufruto recai em ttulos de crdito, o usufruturio tem direito a perceber os frutos e a cobrar as respectivas dvidas.
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Quadro Comparativo entre o Novo Cdigo Civil e o Cdigo Civil Anterior Lei no 3.071/1916 recebida. Essa aplicao, porm, corre por sua conta e risco; e, cessando o usufruto, o proprietrio pode recusar os novos ttulos, exigindo em espcie o dinheiro. Pargrafo nico. Cobradas as dvidas, o usufruturio aplicar, de imediato, a importncia em ttulos da mesma natureza, ou em ttulos da dvida pblica federal, com clusula de atualizao monetria segundo ndices oficiais regularmente estabelecidos. Art. 720. Quando o usufruto recai sobre aplices da dvida pblica ou ttulos semelhantes, de cotao varivel, a alienao deles s se efetuar mediante prvio acordo entre usufruturio e o dono. Art. 721. Salvo direito adquirido por outrem, o usufruturio faz seus frutos naturais, pendentes ao comear o usufruto, sem encargo de pagar as despesas de produo. Pargrafo nico. Os frutos naturais, porm, pendentes ao tempo em que cessa o usufruto, pertencem ao dono, tambm sem compensao das despesas. Art. 722. As crias dos animais pertencem ao usufruturio, deduzidas quantas bastem para inteirar as cabeas de gado existentes ao comear o usufruto. Art. 723. Os frutos civis, vencidos na data inicial do usufruto, pertencem ao proprietrio, e ao usufruturio os vencidos na data em que cessa o usufruto. Art. 724. O usufruturio pode usufruir em pessoa, ou mediante arrendamento, o pr368

Lei no 10.406/2002

Art. 1.396. Salvo direito adquirido por outrem, o usufruturio faz seus os frutos naturais, pendentes ao comear o usufruto, sem encargo de pagar as despesas de produo. Pargrafo nico. Os frutos naturais, pendentes ao tempo em que cessa o usufruto, pertencem ao dono, tambm sem compensao das despesas. Art. 1.397. As crias dos animais pertencem ao usufruturio, deduzidas quantas bastem para inteirar as cabeas de gado existentes ao comear o usufruto. Art. 1.398. Os frutos civis, vencidos na data inicial do usufruto, pertencem ao proprietrio, e ao usufruturio os vencidos na data em que cessa o usufruto. Art. 1.399. O usufruturio pode usufruir em pessoa, ou mediante arrendamento, o
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Quadro Comparativo entre o Novo Cdigo Civil e o Cdigo Civil Anterior Lei no 3.071/1916 dio, mas no mudar-lhe o gnero de cultura, sem licena do proprietrio ou autorizao expressa no ttulo; salvo se, por algum outro, como os de pai, ou marido, lhe couber tal direito. Art. 725. Se o usufruto recai em florestas, ou minas, podem o dono e o usufruturio prefixar-lhe a extenso do gozo e a maneira de explorao. Art. 726. As coisas que se consomem pelo uso caem para logo no domnio do usufruturio, ficando, porm, este obrigado a restituir, findo o usufruto, o equivalente em gnero, qualidade e quantidade, ou, no sendo possvel, o seu valor, pelo preo corrente ao tempo da restituio. Pargrafo nico. Se, porm, as referidas coisas foram avaliadas no ttulo constitutivo do usufruto, salvo clusula expressa em contrrio, o usufruturio obrigado a paglas pelo preo da avaliao. Art. 727. O usufruturio no tem direito parte do tesouro achado por outrem, nem ao preo pago pelo vizinho do prdio usufrudo, para obter meao em parede, cerca, muro, vala ou valado. Art. 728. No procede o disposto na segunda parte do artigo anterior, quando o usufruto recair sobre universalidade ou quota-parte de bens. Captulo III Dos Deveres do Usufruturio Seo III Das Obrigaes do Usufruturio Art. 729. O usufruturio, antes de assumir o usufruto, inventariar, sua custa, os
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Lei no 10.406/2002 prdio, mas no mudar-lhe a destinao econmica, sem expressa autorizao do proprietrio.

Art. 1.400. O usufruturio, antes de assumir o usufruto, inventariar, sua custa,


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Quadro Comparativo entre o Novo Cdigo Civil e o Cdigo Civil Anterior Lei no 3.071/1916 bens que receber, determinando o estado em que se acham, e dar cauo, fidejussria ou real, se lha exigir o dono, de velar-lhes pela conservao, e entraglos findo o usufruto. Lei no 10.406/2002 os bens que receber, determinando o estado em que se acham, e dar cauo, fidejussria ou real, se lha exigir o dono, de velar-lhes pela conservao, e entreglos findo o usufruto. Pargrafo nico. No obrigado cauo o doador que se reservar o usufruto da coisa doada. Art. 730. O usufruturio, que no quiser ou no puder dar cauo suficiente, perder o direito de administrar o usufruto; e neste caso, os bens sero administrados pelo proprietrio, que ficar obrigado, mediante cauo, a entregar ao usufruturio o rendimento deles, deduzidas as despesas da administrao, entre as quais se incluir a quantia taxado pelo juiz em remunerao do administrador. Art. 731. No so obrigados cauo: I o doador, que se reservar o usufruto da coisa doada; II os pais, usufruturios dos bens dos filhos menores. Art. 732. O usufruturio no obrigado a pagar as deterioraes resultantes do exerccio regular do usufruto. Art. 733. Incumbem ao usufruturio: I as despesas ordinrias de conservao dos bens no estado em que os recebeu; II os foros, as penses e os impostos reais devidos pela posse, ou rendimento da coisa usufruda. Art. 734. Incumbem ao dono as reparaes extraordinrias e as que no forem de custo mdico; mas o usufruturio lhe
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Art. 1.401. O usufruturio que no quiser ou no puder dar cauo suficiente perder o direito de administrar o usufruto; e, neste caso, os bens sero administrados pelo proprietrio, que ficar obrigado, mediante cauo, a entregar ao usufruturio o rendimento deles, deduzidas as despesas de administrao, entre as quais se incluir a quantia fixada pelo juiz como remunerao do administrador.

Art. 1.402. O usufruturio no obrigado a pagar as deterioraes resultantes do exerccio regular do usufruto. Art. 1.403 Incumbem ao usufruturio: I as despesas ordinrias de conservao dos bens no estado em que os recebeu; II as prestaes e os tributos devidos pela posse ou rendimento da coisa usufruda. Art. 1.404. Incumbem ao dono as reparaes extraordinrias e as que no forem de custo mdico; mas o usufruturio lhe
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Quadro Comparativo entre o Novo Cdigo Civil e o Cdigo Civil Anterior Lei no 3.071/1916 pagar os juros do capital despendido com as que forem necessrias conservao, ou aumentarem o rendimento da coisa usufruda. Pargrafo nico. No se consideram mdicas as despesas superiores a dois teros do lquido rendimento em um ano. Lei no 10.406/2002 pagar os juros do capital despendido com as que forem necessrias conservao, ou aumentarem o rendimento da coisa usufruda. 1o No se consideram mdicas as despesas superiores a dois teros do lquido rendimento em um ano. 2o Se o dono no fizer as reparaes a que est obrigado, e que so indispensveis conservao da coisa, o usufruturio pode realiz-las, cobrando daquele a importncia despendida. Art. 736. Se o usufruto recair em coisa singular, ou parte dela, s responder o usufruturio pelo juro da dvida que onerar o patrimnio ou a parte dele, sobre que recaia o usufruto. Art. 1.405. Se o usufruto recair num patrimnio, ou parte deste, ser o usufruturio obrigado aos juros da dvida que onerar o patrimnio ou a parte dele. Art. 1.406. O usufruturio obrigado a dar cincia ao dono de qualquer leso produzida contra a posse da coisa, ou os direitos deste. Art. 735. Se a coisa estiver segura, incumbe ao usufruturio pagar, durante o usufruto, as contribuies do seguro. 1o Se o usufruturio fizer o seguro, ao proprietrio caber o direito dele resultante contra o segurador. 2o Em qualquer hiptese, o direito do usufruturio fica sub-rogado no valor da indenizao do seguro. Art. 737. Se um edifcio sujeito a usufruto for destrudo sem culpa do proprietrio, no ser este obrigado a reconstru-lo, nem o usufruto se restabelecer, se o proCdigo Civil Comparado

Art. 1.407. Se a coisa estiver segurada, incumbe ao usufruturio pagar, durante o usufruto, as contribuies do seguro. 1o Se o usufruturio fizer o seguro, ao proprietrio caber o direito dele resultante contra o segurador. 2o Em qualquer hiptese, o direito do usufruturio fica sub-rogado no valor da indenizao do seguro. Art. 1.408. Se um edifcio sujeito a usufruto for destrudo sem culpa do proprietrio, no ser este obrigado a reconstrulo, nem o usufruto se restabelecer, se o
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Quadro Comparativo entre o Novo Cdigo Civil e o Cdigo Civil Anterior Lei no 3.071/1916 prietrio reconstruir sua custa o prdio; mas, se ele estava seguro, a indenizao paga fica sujeita ao nus do usufruto. Se a indenizao do seguro for aplicada reconstruo do prdio, restabelecer-se o usufruto. Art. 738. Tambm fica sub-rogado no nus do usufruto, em lugar do prdio, a indenizao paga, se ele for desapropriado, ou a importncia do dano, ressarcido pelo terceiro responsvel, no caso de danificao. Lei no 10.406/2002 proprietrio reconstruir sua custa o prdio; mas se a indenizao do seguro for aplicada reconstruo do prdio, restabelecer-se- o usufruto.

Art. 1.409

Captulo IV Da Extino do Usufruto Seo IV Da Extino do Usufruto Art. 1.409. Tambm fica sub-rogada no nus do usufruto, em lugar do prdio, a indenizao paga, se ele for desapropriado, ou a importncia do dano, ressarcido pelo terceiro responsvel no caso de danificao ou perda. Art. 739. O usufruto extingue-se: I pela morte do usufruturio; II pelo termo de sua durao; III pela cessao da causa de que se origina; IV pela destruio da coisa, no sendo fungvel, guardadas as disposies dos artigos 735, 737, 2 parte, e 738; V pela consolidao; VI pela prescrio; VII por culpa do usufruturio, quando aliena, deteriora, ou deixa arruinar os bens, no lhes acudindo com os reparos de conservao. Art. 1.410. O usufruto extingue-se, cancelando-se o registro no Cartrio de Registro de Imveis: I pela renncia ou morte do usufruturio; II pelo termo de sua durao; III pela extino da pessoa jurdica, em favor de quem o usufruto foi constitudo, ou, se ela perdurar, pelo decurso de trinta anos da data em que se comeou a exercer; IV pela cessao do motivo de que se origina; V pela destruio da coisa, guardadas as disposies dos arts. 1.407, 1.408, 2 parte, e 1.409; VI pela consolidao; VII por culpa do usufruturio, quando aliena, deteriora, ou deixa arruinar os bens,
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Quadro Comparativo entre o Novo Cdigo Civil e o Cdigo Civil Anterior Lei no 3.071/1916 Lei no 10.406/2002 no lhes acudindo com os reparos de conservao, ou quando, no usufruto de ttulos de crdito, no d s importncias recebidas a aplicao prevista no pargrafo nico do art. 1.395; VIII Pelo no uso, ou no fruio, da coisa em que o usufruto recai (arts. 1.390 e 1.399). Art. 740. Constitudo o usufruto em favor de dois ou mais indivduos, extinguir-se parte a parte, em relao a cada um dos que falecerem, salvo se, por estipulao expressa, o quinho desses couber aos sobreviventes. Art. 741. O usufruto constitudo em favor de pessoa jurdica extingue-se com esta, ou, se ela perdurar, aos cem anos da data em que se comeou a exercer. Ttulo VII Do Uso Captulo V Do Uso Art. 742. O usurio fruir a utilidade da coisa dada em uso, quando o exigirem as necessidades pessoais do usurio, conforme a sua condio social e o lugar onde viver. Art. 1.412. O usurio usar da coisa e perceber os seus frutos, quanto o exigirem as necessidades suas e de sua famlia. 1o Avaliar-se-o as necessidades pessoais do usurio conforme a sua condio social e o lugar onde viver. 2o As necessidades da famlia do usurio compreendem as de seu cnjuge, dos filhos solteiros e das pessoas de seu servio domstico. Art. 1.411. Constitudo o usufruto em favor de duas ou mais pessoas, extinguirse- a parte em relao a cada uma das que falecerem, salvo se, por estipulao expressa, o quinho desses couber ao sobrevivente.

Art. 743. Avaliar-se-o as necessidades passoais do usurio, conforme a sua condio social e o lugar onde viver. Art. 744. As necessidades da famlia do usurio compreendem:
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Quadro Comparativo entre o Novo Cdigo Civil e o Cdigo Civil Anterior Lei no 3.071/1916 I as do seu cnjuge; II as dos filhos solteiros, ainda que ilegtimos; III as das pessoas de seu servio domstico. Art. 745. So aplicveis ao uso, no que no for contrrio sua natureza, as disposies relativas ao usufruto. Art. 1.413. So aplicveis ao uso, no que no for contrrio sua natureza, as disposies relativas ao usufruto. Ttulo VIII Da Habitao Captulo VI Da Habitao Art. 746. Quando o uso consistir no direito de habitar gratuitamente casa alheia, o titular deste direito no pode alugar, nem emprestar, mas simplesmente ocup-la com sua famlia. Art. 747. Se o direito real de habitao for conferido a mais de uma pessoa, qualquer delas, que habite, sozinha, a casa, no ter que pagar aluguer outra, ou s outras, mas no as pode inibir de exercerem, querendo, o direito, que tambm lhes compete, de habit-la. Art. 748. So aplicveis habitao, no em que no lhe contrariarem a natureza, as disposies concernentes ao usufruto. Captulo VII Das Rendas Constitudas sobre Imveis Art. 749. No caso de desapropriao, por necessidade ou utilidade pblica, de prdio sujeito a constituio de renda, aplicar-se- em constituir outra o preo do imvel obrigado. O mesmo destino ter, em caso anlogo, a indenizao do seguro.
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Art. 1.414. Quando o uso consistir no direito de habitar gratuitamente casa alheia, o titular deste direito no a pode alugar, nem emprestar, mas simplesmente ocupla com sua famlia. Art. 1.415. Se o direito real de habitao for conferido a mais de uma pessoa, qualquer delas que sozinha habite a casa no ter de pagar aluguel outra, ou s outras, mas no as pode inibir de exercerem, querendo, o direito, que tambm lhes compete, de habit-la. Art. 1.416. So aplicveis habitao, no que no for contrrio sua natureza, as disposies relativas ao usufruto.

Quadro Comparativo entre o Novo Cdigo Civil e o Cdigo Civil Anterior Lei no 3.071/1916 Art. 750. O pagamento da renda constituda sobre um imvel incumbe, de pleno direito, ao adquirente do prdio gravado. Esta obrigao estende-se s rendas vencidas antes da alienao, salvo o direito regressivo do adquirente contra o alienante. Art. 751. O imvel sujeito a prestaes de renda pode ser resgatado, pagando o devedor um capital em espcie, cujo rendimento, calculado pela taxa legal dos juros, assegure ao credor renda equivalente. Art. 752. No caso de falncia, insolvncia ou execuo do prdio gravado, o credor da renda tem preferncia aos credores para haver o capital indicado no artigo antecedente. Art. 753. A renda constituda por disposio de ltima vontade comea a ter efeito desde a morte do constituinte, mas no valer contra terceiros adquirentes, enquanto no transcrita no competente registro. Art. 754. No caso de transmisso do prdio gravado a muitos sucessores, o nus real da renda continua a grav-lo em todas as suas partes. Captulo VIII Dos Direitos Reais de Garantia Art. 755. Nas dvidas garantidas por penhor, anticrese ou hipoteca, a coisa dada em garantia fica sujeita, por vnculo real, ao cumprimento da obrigao. Art. 756. S aquele que pode alienar, poder hipotecar, dar em anticrese, ou emCdigo Civil Comparado 375

Lei no 10.406/2002

Quadro Comparativo entre o Novo Cdigo Civil e o Cdigo Civil Anterior Lei no 3.071/1916 penhar. S as coisas que se podem alienar podero ser dadas em penhor, anticrese ou hipoteca. Pargrafo nico. O domnio superveniente revalida, desde a inscrio, as garantias reais estabelecidas por quem possua a coisa a ttulo de proprietrio. Art. 757. A coisa comum a dois ou mais proprietrios no pode ser dada em garantia real, na sua totalidade, sem o consentimento de todos; mas cada um pode individualmente dar em garantia real a parte que tiver, se for divisvel a coisa, e s a respeito dessa parte vigorar a indivisibilidade da garantia. Art. 758. O pagamento de uma ou mais prestaes da dvida no importa exonerao correspondente de garantia, ainda que esta compreenda vrios bens, salvo disposio expressa no ttulo, ou na quitao. Art. 759. O credor hipotecrio e o pignoratcio tm o direito de excutir a coisa hipotecada, ou empenhada, e preferir, no pagamento, a outros credores, observada, quanto hipoteca, a prioridade na inscrio. Pargrafo nico. Excetua-se desta regra a dvida proveniente de salrios do trabalhador agrcola, que ser paga, precipuamente a quaisquer outros crditos, pelo produto da colheita para a qual houver concorrido com o seu trabalho. Art. 760. O credor anticrtico tem direito a reter em seu poder a coisa, enquanto a dvida no for paga. Extingue-se, porm, esse direito decorridos quinze anos do dia da transcrio.
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Quadro Comparativo entre o Novo Cdigo Civil e o Cdigo Civil Anterior Lei no 3.071/1916 Art. 761. Os contratos de penhor, anticrese e hipoteca declararo, sob pena de no valerem contra terceiros: I o total da dvida, ou sua estimao; II o prazo fixado para pagamento; III a taxa de juros, se houver; IV a coisa dada em garantia, com as suas especificaes. Art. 762. A dvida considera-se vencida: I se, deteriorando-se, ou depreciandose a coisa dada em segurana, desfalcar a garantia, e o devedor, intimidado, a no reforar; II se o devedor cair em insolvncia, ou falir; III se as prestaes no forem pontualmente pagas, toda vez que deste modo se achar estipulado o pagamento. Neste caso, o recebimento posterior da prestao atrasada importa renncia do credor ao seu direito de execuo imediata; IV se perecer o objeto dado em garantia; V se se desapropriar a coisa dada em garantia, depositando-se a parte do preo, que for necessria para o pagamento integral do credor. 1o Nos casos de perecimento ou deteriorao do objeto dado em garantia, a indenizao, estando ele seguro ou havendo algum responsvel pelo dano, se subrogar na coisa destruda ou deteriorada, em benefcio do credor, a quem assistir sobre ela preferncia at ao seu completo reembolso. 2o Nos casos dos nos IV e V, s se vencer a hipoteca antes do prazo estipulado, se o sinistro, ou a desapropriao recair sobre o objeto dado em garantia, e esta no abranger outros; subsistindo no caso contrrio, a dvida reduzida, com a resCdigo Civil Comparado 377

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Quadro Comparativo entre o Novo Cdigo Civil e o Cdigo Civil Anterior Lei no 3.071/1916 pectiva garantia sobre os demais bens, no desapropriados, danificados, ou destrudos. Art. 763. O antecipado vencimento da dvida, nas hipteses do artigo anterior, no importa o dos juros correspondentes ao prazo convencional por decorrer. Art. 764. Salvo clusula expressa, o terceiro que presta garantia real por dvida alheia no fica obrigado a substitu-la, ou refor-la, quando, sem culpa sua, se perca, deteriore, ou desvalie. Art. 765. nula a clusula que autoriza o credor pignoratcio, anticrtico ou hipotecrio a ficar com o objeto da garantia, se a dvida no for paga no vencimento. Art. 766. Os sucessores do devedor no podem remir parcialmente o penhor ou a hipoteca na proporo dos seus quinhes; qualquer deles, porm, pode fazlo no todo. Pargrafo nico. O herdeiro ou sucessor que fizer a remisso fica sub-rogado nos direitos do credor pelas cotas que houver satisfeito. Art. 767. Quando excutido o penhor, ou executada a hipoteca, o produto no bastar para pagamento da dvida e despesas judiciais, continuar o devedor obrigado pessoalmente pelo restante. Ttulo IX Do Direito do Promitente Comprador Art. 1.417. Mediante promessa de compra e venda, em que se no pactuou arrependimento, celebrada por instrumento p378 Cdigo Civil Comparado

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Quadro Comparativo entre o Novo Cdigo Civil e o Cdigo Civil Anterior Lei no 3.071/1916 Lei no 10.406/2002 blico ou particular, e registrada no Cartrio de Registro de Imveis, adquire o promitente comprador direito real aquisio do imvel. Art. 1.418. O promitente comprador, titular de direito real, pode exigir do promitente vendedor, ou de terceiros, a quem os direitos deste forem cedidos, a outorga da escritura definitiva de compra e venda, conforme o disposto no instrumento preliminar; e, se houver recusa, requerer ao juiz a adjudicao do imvel. Ttulo X Do Penhor, da Hipoteca e da Anticrese Captulo I Disposies Gerais Art. 1.419. Nas dvidas garantidas por penhor, anticrese ou hipoteca, o bem dado em garantia fica sujeito, por vnculo real, ao cumprimento da obrigao. Art. 1.420. S aquele que pode alienar poder empenhar, hipotecar ou dar em anticrese; s os bens que se podem alienar podero ser dados em penhor, anticrese ou hipoteca. 1o A propriedade superveniente torna eficaz, desde o registro, as garantias reais estabelecidas por quem no era dono. 2o A coisa comum a dois ou mais proprietrios no pode ser dada em garantia real, na sua totalidade, sem o consentimento de todos; mas cada um pode individualmente dar em garantia real a parte que tiver. Art. 1.421. O pagamento de uma ou mais prestaes da dvida no importa exonerao correspondente da garantia, ainda
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Quadro Comparativo entre o Novo Cdigo Civil e o Cdigo Civil Anterior Lei no 3.071/1916 Lei no 10.406/2002 que esta compreenda vrios bens, salvo disposio expressa no ttulo ou na quitao. Art. 1.422. O credor hipotecrio e o pignoratcio tm o direito de excutir a coisa hipotecada ou empenhada, e preferir, no pagamento, a outros credores, observada, quanto hipoteca, a prioridade no registro. Pargrafo nico. Excetuam-se da regra estabelecida neste artigo as dvidas que, em virtude de outras leis, devam ser pagas precipuamente a quaisquer outros crditos. Art. 1.423. O credor anticrtico tem direito a reter em seu poder o bem, enquanto a dvida no for paga; extingue-se esse direito decorridos quinze anos da data de sua constituio. Art. 1.424. Os contratos de penhor, anticrese ou hipoteca declararo, sob pena de no terem eficcia: I o valor do crdito, sua estimao, ou valor mximo; II o prazo fixado para pagamento; III a taxa dos juros, se houver; IV o bem dado em garantia com as suas especificaes. Art. 1.425. A dvida considera-se vencida: I se, deteriorando-se, ou depreciandose o bem dado em segurana, desfalcar a garantia, e o devedor, intimado, no a reforar ou substituir; II se o devedor cair em insolvncia ou falir; III se as prestaes no forem pontualmente pagas, toda vez que deste modo se achar estipulado o pagamento. Neste
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Quadro Comparativo entre o Novo Cdigo Civil e o Cdigo Civil Anterior Lei no 3.071/1916 Lei no 10.406/2002 caso, o recebimento posterior da prestao atrasada importa renncia do credor ao seu direito de execuo imediata; IV se perecer o bem dado em garantia, e no for substitudo; V se se desapropriar o bem dado em garantia, hiptese na qual se depositar a parte do preo que for necessria para o pagamento integral do credor. 1o Nos casos de perecimento da coisa dada em garantia, esta se sub-rogar na indenizao do seguro, ou no ressarcimento do dano, em benefcio do credor, a quem assistir sobre ela preferncia at seu completo reembolso. 2o Nos casos dos incisos IV e V, s se vencer a hipoteca antes do prazo estipulado, se o perecimento, ou a desapropriao recair sobre o bem dado em garantia, e esta no abranger outras; subsistindo, no caso contrrio, a dvida reduzida, com a respectiva garantia sobre os demais bens, no desapropriados ou destrudos. Art. 1.426. Nas hipteses do artigo anterior, de vencimento antecipado da dvida, no se compreendem os juros correspondentes ao tempo ainda no decorrido. Art. 1.427. Salvo clusula expressa, o terceiro que presta garantia real por dvida alheia no fica obrigado a substitu-la, ou refor-la, quando, sem culpa sua, se perca, deteriore, ou desvalorize. Art. 1.428. nula a clusula que autoriza o credor pignoratcio, anticrtico ou hipotecrio a ficar com o objeto da garantia, se a dvida no for paga no vencimento. Pargrafo nico. Aps o vencimento, poder o devedor dar a coisa em pagamento da dvida.
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Quadro Comparativo entre o Novo Cdigo Civil e o Cdigo Civil Anterior Lei no 3.071/1916 Lei no 10.406/2002 Art. 1.429. Os sucessores do devedor no podem remir parcialmente o penhor ou a hipoteca na proporo dos seus quinhes; qualquer deles, porm, pode fazlo no todo. Pargrafo nico. O herdeiro ou sucessor que fizer a remio fica sub-rogado nos direitos do credor pelas quotas que houver satisfeito. Art. 1.430. Quando, excutido o penhor, ou executada a hipoteca, o produto no bastar para pagamento da dvida e despesas judiciais, continuar o devedor obrigado pessoalmente pelo restante. Captulo IX Do Penhor Seo I Disposies Gerais Art. 768. Constitui-se o penhor pela tradio efetiva, que, em garantia do dbito, ao credor, ou a quem o represente, faz o devedor, ou algum por ele, de um objeto mvel, suscetvel de alienao. Captulo II Do Penhor Seo I Da Constituio do Penhor Art. 1.431. Constitui-se o penhor pela transferncia efetiva da posse que, em garantia do dbito ao credor ou a quem o represente, faz o devedor, ou algum por ele, de uma coisa mvel, suscetvel de alienao. Pargrafo nico. No penhor rural, industrial, mercantil e de veculos, as coisas empenhadas continuam em poder do devedor, que as deve guardar e conservar.

Art. 769. S se pode constituir o penhor com a posse da coisa mvel pelo credor, salvo no caso de penhor agrcola ou pecurio, em que os objetos continuam em poder do devedor, por efeito da clusula constituti. Art. 770. O instrumento do penhor convencional determinar precisamente o valor do dbito e o objeto empenhado, em termos que o discriminem dos seus
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Quadro Comparativo entre o Novo Cdigo Civil e o Cdigo Civil Anterior Lei no 3.071/1916 congneres. Quando o objeto do penhor for coisa fungvel, bastar declarar-lhe a qualidade e quantidade. Art. 1.432. O instrumento do penhor dever ser levado a registro, por qualquer dos contratantes; o do penhor comum ser registrado no Cartrio de Ttulos e Documentos. Art. 771. Se o contrato se fizer mediante instrumento particular, ser firmado pelas partes, e lavrado em duplicata, ficando um exemplar com cada um dos contraentes, qualquer dos quais pode lev-lo transcrio. Seo II Dos Direitos do Credor Pignoratcio Art. 1.433. O credor pignoratcio tem direito: I posse da coisa empenhada; II reteno dela, at que o indenizem das despesas devidamente justificadas, que tiver feito, no sendo ocasionadas por culpa sua; III ao ressarcimento do prejuzo que houver sofrido por vcio da coisa empenhada; IV a promover a execuo judicial, ou a venda amigvel, se lhe permitir expressamente o contrato, ou lhe autorizar o devedor mediante procurao; V a apropriar-se dos frutos da coisa empenhada que se encontra em seu poder; VI a promover a venda antecipada, mediante prvia autorizao judicial, sempre que haja receio fundado de que a coisa empenhada se perca ou deteriore, devendo o preo ser depositado. O dono da
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Quadro Comparativo entre o Novo Cdigo Civil e o Cdigo Civil Anterior Lei no 3.071/1916 Lei no 10.406/2002 coisa empenhada pode impedir a venda antecipada, substituindo-a, ou oferecendo outra garantia real idnea. Art. 772. O credor pignoratcio no pode, paga a dvida, recusar a entrega da coisa a quem a empenhou. Pode ret-la, porm, at que o indenizem das despesas, devidamente justificadas, que tiver feito, no sendo ocasionadas por culpa sua. Art. 1.434. O credor no pode ser constrangido a devolver a coisa empenhada, ou uma parte dela, antes de ser integralmente pago, podendo o juiz, a requerimento do proprietrio, determinar que seja vendida apenas uma das coisas, ou parte da coisa empenhada, suficiente para o pagamento do credor.

Art. 773. Pode igualmente o credor exigir do devedor a satisfao do prejuzo que houver sofrido por vcio da coisa empenhada. Seo III Das Obrigaes do Credor Pignoratcio Art. 774. O credor pignoratcio obrigado, como depositrio: I a empregar na guarda do penhor a diligncia exigida pela natureza da coisa; II a entreg-lo com os respectivos frutos e acesses, uma vez paga a dvida, observadas as disposies dos artigos antecedentes; III a entregar o que sobeje do preo, quando a dvida for paga, seja por excusso judicial, ou por venda amigvel, se lha permitir expressamente o contrato, ou lha autorizar o devedor mediante procurao especial; IV a ressarcir ao dono a perda ou deteriorao, de que for culpado. Art. 1.435. O credor pignoratcio obrigado: I custdia da coisa, como depositrio, e a ressarcir ao dono a perda ou deteriorao de que for culpado, podendo ser compensada na dvida, at a concorrente quantia, a importncia da responsabilidade; II defesa da posse da coisa empenhada e a dar cincia, ao dono dela, das circunstncias que tornarem necessrio o exerccio de ao possessria; III a imputar o valor dos frutos, de que se apropriar (art. 1.433, inciso V) nas despesas de guarda e conservao, nos juros e no capital da obrigao garantida, sucessivamente; IV a restitu-la, com os respectivos frutos e acesses, uma vez paga a dvida; V a entregar o que sobeje do preo, quando a dvida for paga, no caso do inciso IV do art. 1.433.
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Quadro Comparativo entre o Novo Cdigo Civil e o Cdigo Civil Anterior Lei no 3.071/1916 Art. 775. No caso do artigo antecedente, no IV, pode compensar-se na dvida, at concorrente quantia, a importncia da responsabilidade do credor. Seo VI Da Extino do Penhor Art. 802. Resolve-se o penhor: I extinguindo-se a obrigao; II perecendo a coisa; III renunciando o credor; IV dando-se a adjudicao judicial, a remisso, ou a venda amigvel do penhor, se a permitir expressamente o contrato, ou for autorizada pelo devedor, ou pelo credor; V confundindo-se na mesma pessoa as qualidades de credor e dono da coisa; VI dando-se a adjudicao judicial, a remisso, ou a venda do penhor, autorizada pelo credor. Art. 803. Presume-se a renncia do credor, quando consentir na venda particular do penhor sem reserva de preo, quando restituir a sua posse ao devedor, ou quando anuir sua substituio por outra garantia. Art. 804. Operando-se a confuso to-somente quanto a parte da dvida pignoratcia, subsistir inteiro o penhor quanto ao resto. Seo IV Da Extino do Penhor Art. 1.436. Extingue-se o penhor: I extinguindo-se a obrigao; II perecendo a coisa; III renunciando o credor; IV confundindo-se na mesma pessoa as qualidades de credor e de dono da coisa; V dando-se a adjudicao judicial, a remisso ou a venda da coisa empenhada, feita pelo credor ou por ele autorizada. Lei no 10.406/2002

1o Presume-se a renncia do credor quando consentir na venda particular do penhor sem reserva de preo, quando restituir a sua posse ao devedor, ou quando anuir sua substituio por outra garantia. 2o Operando-se a confuso to-somente quanto a parte da dvida pignoratcia, subsistir inteiro o penhor quanto ao resto. Art. 1.437. Produz efeitos a extino do penhor depois de averbado o cancelamento do registro, vista da respectiva prova.

Seo V Da Transcrio do Penhor

Seo V Do Penhor Rural Subseo I Disposies Gerais

Art. 796. O penhor agrcola ser transcrito no registro de imveis.


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Art. 1.438. Constitui-se o penhor rural mediante instrumento pblico ou particu385

Quadro Comparativo entre o Novo Cdigo Civil e o Cdigo Civil Anterior Lei no 3.071/1916 Pargrafo nico. Enquanto no cancelada, continua a transcrio a valer contra terceiros. Lei no 10.406/2002 lar, registrado no Cartrio de Registro de Imveis da circunscrio em que estiverem situadas as coisas empenhadas. Pargrafo nico. Prometendo pagar em dinheiro a dvida, que garante com penhor rural, o devedor poder emitir, em favor do credor, cdula rural pignoratcia, na forma determinada em lei especial.

Seo III Do Penhor Agrcola Art. 782. O penhor agrcola s se pode convencionar pelo prazo de um ano, ulteriormente prorrogvel por seis meses. Art. 788. O penhor de animais no admite prazo maior de dois anos, mas pode ser prorrogado por igual perodo, averbandose a prorrogao no ttulo respectivo. Art. 788. Pargrafo nico. Vencida a prorrogao, o penhor ser excutido, quando no seja reconstitudo. 1o Embora vencidos os prazos, permanece a garantia, enquanto subsistirem os bens que a constituem. 2o A prorrogao deve ser averbada margem do registro respectivo, mediante requerimento do credor e do devedor. Art. 1.440. Se o prdio estiver hipotecado, o penhor rural poder constituir-se independentemente da anuncia do credor hipotecrio, mas no lhe prejudica o direito de preferncia, nem restringe a extenso da hipoteca, ao ser executada. Art. 1.441. Tem o credor direito a verificar o estado das coisas empenhadas, inspecionando-as onde se acharem, por si ou por pessoa que credenciar.
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Art. 1.439. O penhor agrcola e o penhor pecurio somente podem ser convencionados, respectivamente, pelos prazos mximos de trs e quatro anos, prorrogveis, uma s vez, at o limite de igual tempo.

Quadro Comparativo entre o Novo Cdigo Civil e o Cdigo Civil Anterior Lei no 3.071/1916 Lei no 10.406/2002 Subseo II Do Penhor Agrcola Art. 781. Podem ser objeto de penhor agrcola: I mquinas e instrumentos aratrios, ou de locomoo; II colheitas pendentes, ou em via de formao no ano do contrato, quer resultem de prvia cultura, quer de produo espontnea do solo; III frutos armazenados, em ser, ou beneficiados e acondicionados para a venda; IV lenha cortada ou madeira das matas preparada para o corte; V animais do servio ordinrio de estabelecimento agrcola. Art. 783. Se o prdio estiver hipotecado, no se poder, sob pena de nulidade, sobre ele constituir penhor agrcola, sem anuncia do credor hipotecrio, por este dada no prprio instrumento de constituio do penhor. Art. 1.443. O penhor agrcola que recai sobre colheita pendente, ou em via de formao, abrange a imediatamente seguinte, no caso de frustrar-se ou ser insuficiente a que se deu em garantia. Pargrafo nico. Se o credor no financiar a nova safra, poder o devedor constituir com outrem novo penhor, em quantia mxima equivalente do primeiro; o segundo penhor ter preferncia sobre o primeiro, abrangendo este apenas o excesso apurado na colheita seguinte. Subseo III Do Penhor Pecurio Art. 1.444. Podem ser objeto de penhor os animais que integram a atividade pastoril, agrcola ou de lacticnios.
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Art. 1.442. Podem ser objeto de penhor: I mquinas e instrumentos de agricultura; II colheitas pendentes, ou em via de formao; III frutos acondicionados ou armazenados; IV lenha cortada e carvo vegetal; V animais do servio ordinrio de estabelecimento agrcola.

Quadro Comparativo entre o Novo Cdigo Civil e o Cdigo Civil Anterior Lei no 3.071/1916 Art. 784. No penhor de animais, sob pena de nulidade, o instrumento design-los- com a maior preciso, particularizando o lugar onde se achem, e o destino que tiverem. Art. 785. O devedor no poder vender o gado empenhado, sem prvio consentimento escrito do credor. Art. 1.445. O devedor no poder alienar os animais empenhados sem prvio consentimento, por escrito, do credor. Pargrafo nico. Quando o devedor pretende alienar o gado empenhado ou, por negligncia, ameace prejudicar o credor, poder este requerer se depositem os animais sob a guarda de terceiro, ou exigir que se lhe pague a dvida de imediato. Pargrafo nico. Quando o devedor pretende alienar o gado empenhado ou, por negligncia, ameace prejudicar o credor, poder este requerer se depositem os animais sob a guarda de terceiro, ou exigir que se lhe pague a dvida de imediato. Art. 1.446. Os animais da mesma espcie, comprados para substituir os mortos, ficam sub-rogados no penhor. Pargrafo nico. Presume-se a substituio prevista neste artigo, mas no ter eficcia contra terceiros, se no constar de meno adicional ao respectivo contrato, a qual dever ser averbada. Seo VI Do Penhor Industrial e Mercantil Art. 1.447. Podem ser objeto de penhor mquinas, aparelhos, materiais, instrumentos, instalados e em funcionamento, com os acessrios ou sem eles; animais, utilizados na indstria; sal e bens desti388 Cdigo Civil Comparado

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Art. 786. Quando o devedor pretenda vender o gado empenhado, ou, por negligente, ameace prejudicar o credor, poder este requerer se depositem os animais sob a guarda de terceiros, ou exigir que se lhe pague a dvida incontinenti. Art. 787. Os animais da mesma espcie, comprados para substituir os mortos, ficam sub-rogados no penhor. Pargrafo nico. Esta substituio presume-se, mas no valer contra terceiros, se no constar de meno adicional ao respectivo contrato.

Quadro Comparativo entre o Novo Cdigo Civil e o Cdigo Civil Anterior Lei no 3.071/1916 Lei no 10.406/2002 nados explorao das salinas; produtos de suinocultura, animais destinados industrializao de carnes e derivados; matrias-primas e produtos industrializados. Pargrafo nico. Regula-se pelas disposies relativas aos armazns gerais o penhor das mercadorias neles depositadas. Art. 1.448. Constitui-se o penhor industrial, ou o mercantil, mediante instrumento pblico ou particular, registrado no Cartrio de Registro de Imveis da circunscrio onde estiverem situadas as coisas empenhadas. Pargrafo nico. Prometendo pagar em dinheiro a dvida, que garante com penhor industrial ou mercantil, o devedor poder emitir, em favor do credor, cdula do respectivo crdito, na forma e para os fins que a lei especial determinar. Art. 1.449. O devedor no pode, sem o consentimento por escrito do credor, alterar as coisas empenhadas ou mudar-lhes a situao, nem delas dispor. O devedor que, anuindo o credor, alienar as coisas empenhadas, dever repor outros bens da mesma natureza, que ficaro sub-rogados no penhor. Art. 1.450. Tem o credor direito a verificar o estado das coisas empenhadas, inspecionando-as onde se acharem, por si ou por pessoa que credenciar. Seo IV Da Cauo de Ttulos de Crdito Seo VII Do Penhor de Direitos e Ttulos de Crdito Art. 1.451. Podem ser objeto de penhor direitos, suscetveis de cesso, sobre coisas mveis.
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Quadro Comparativo entre o Novo Cdigo Civil e o Cdigo Civil Anterior Lei no 3.071/1916 Lei no 10.406/2002 Art. 1.452. Constitui-se o penhor de direito mediante instrumento pblico ou particular, registrado no Registro de Ttulos e Documentos. Pargrafo nico. O titular de direito empenhado dever entregar ao credor pignoratcio os documentos comprobatrios desse direito, salvo se tiver interesse legtimo em conserv-los. Art. 1.453. O penhor de crdito no tem eficcia seno quando notificado ao devedor; por notificado tem-se o devedor que, em instrumento pblico ou particular, declarar-se ciente da existncia do penhor. Art. 1.454. O credor pignoratcio deve praticar os atos necessrios conservao e defesa do direito empenhado e cobrar os juros e mais prestaes acessrias compreendidas na garantia. Art. 1.455. Dever o credor pignoratcio cobrar o crdito empenhado, assim que se torne exigvel. Se este consistir numa prestao pecuniria, depositar a importncia recebida, de acordo com o devedor pignoratcio, ou onde o juiz determinar; se consistir na entrega da coisa, nesta se sub-rogar o penhor. Pargrafo nico. Estando vencido o crdito pignoratcio, tem o credor direito a reter, da quantia recebida, o que lhe devido, restituindo o restante ao devedor; ou a excutir a coisa a ele entregue. Art. 1.456. Se o mesmo crdito for objeto de vrios penhores, s ao credor pignoratcio, cujo direito prefira aos de390 Cdigo Civil Comparado

Quadro Comparativo entre o Novo Cdigo Civil e o Cdigo Civil Anterior Lei no 3.071/1916 Lei no 10.406/2002 mais, o devedor deve pagar; responde por perdas e danos aos demais credores o credor preferente que, notificado por qualquer um deles, no promover oportunamente a cobrana. Art. 1.457. O titular do crdito empenhado s pode receber o pagamento com a anuncia, por escrito, do credor pignoratcio, caso em que o penhor se extinguir. Art. 1.458. O penhor, que recai sobre ttulo de crdito, constitui-se mediante instrumento pblico ou particular ou endosso pignoratcio, com a tradio do ttulo ao credor, regendo-se pelas Disposies Gerais deste Ttulo e, no que couber, pela presente Seo. Art. 789. A cauo de ttulos nominativos de dvida da Unio, dos Estados ou dos Municpios e quiparase ao penhor e vale contra terceiros, desde que for transcrita, ainda que esses ttulos no hajam sido entregues ao credor. Art. 790. Tambm se equipara ao penhor, mas com as modificaes dos artigos seguintes, a cauo de ttulos de crdito pessoal. Art. 791. Esta cauo principia a ter efeito com a tradio do ttulo ao credor, e provar-se- por escrito, nos termos dos artigos 770 e 771. Art. 792. Ao credor por esta cauo compete o direito de: I conservar e recuperar a posse dos ttulos caucionados, por todos os meios
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Art. 1.459. Ao credor, em penhor de ttulo de crdito, compete o direito de: I conservar a posse do ttulo e recuperla de quem quer que o detenha;
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Quadro Comparativo entre o Novo Cdigo Civil e o Cdigo Civil Anterior Lei no 3.071/1916 cveis ou criminais, contra qualquer detentor, inclusive o prprio dono; II Fazer intimar ao devedor dos ttulos caucionados, que no pague ao seu credor, enquanto durar a cauo. III usar das aes, recursos e excees convenientes, para assegurar os seus direitos, bem como os do credor caucionante, como se deste fora procurador especial; IV Receber a importncia dos ttulos caucionados, e restitu-los ao devedor, quando este solver a obrigao por eles garantida. Art. 793. No caso do artigo antecedente, no IV, o credor caucionado ficar, como depositrio, responsvel ao credor caucionrio, pelo que receber alm do que este lhe devia. Art. 794. O devedor de ttulo caucionado, tanto que receba a intimao do artigo 792, no II, ou se d por ciente da cauo, no poder receber quitao do seu credor. Art. 1.460. O devedor do ttulo empenhado que receber a intimao prevista no inciso III do artigo antecedente, ou se der por ciente do penhor, no poder pagar ao seu credor. Se o fizer, responder solidariamente por este, por perdas e danos, perante o credor pignoratcio. Pargrafo nico. Se o credor der quitao ao devedor do ttulo empenhado, dever saldar imediatamente a dvida, em cuja garantia se constituiu o penhor. Lei no 10.406/2002 II usar dos meios judiciais convenientes para assegurar os seus direitos, e os do credor do ttulo empenhado; III fazer intimar ao devedor do ttulo que no pague ao seu credor, enquanto durar o penhor; IV receber a importncia consubstanciada no ttulo e os respectivos juros, se exigveis, restituindo o ttulo ao devedor, quando este solver a obrigao.

Art. 795. Aquele que, sendo credor num ttulo de crdito, depois de o ter caucionado, quitar o devedor, ficar, por esse fato, obrigado a saldar imediatamente a dvida, em cuja garantia prestou cauo; e o devedor que, ciente de estar caucionado o seu ttulo de dbito, aceitar quitao do credor caucionante, responder solidariamente por perdas e danos ao caucionado.

Seo VIII Do Penhor de Veculos


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Quadro Comparativo entre o Novo Cdigo Civil e o Cdigo Civil Anterior Lei no 3.071/1916 Lei no 10.406/2002 Art. 1.461. Podem ser objeto de penhor os veculos empregados em qualquer espcie de transporte ou conduo. Art. 1.462. Constitui-se o penhor, a que se refere o artigo antecedente, mediante instrumento pblico ou particular, registrado no Cartrio de Ttulos e Documentos do domiclio do devedor, e anotado no certificado de propriedade. Pargrafo nico. Prometendo pagar em dinheiro a dvida garantida com o penhor, poder o devedor emitir cdula de crdito, na forma e para os fins que a lei especial determinar. Art. 1.463. No se far o penhor de veculos sem que estejam previamente segurados contra furto, avaria, perecimento e danos causados a terceiros. Art. 1.464. Tem o credor direito a verificar o estado do veculo empenhado, inspecionando-o onde se achar, por si ou por pessoa que credenciar. Art. 1.465. A alienao, ou a mudana, do veculo empenhado sem prvia comunicao ao credor importa no vencimento antecipado do crdito pignoratcio. Art. 1.466. O penhor de veculos s se pode convencionar pelo prazo mximo de dois anos, prorrogvel at o limite de igual tempo, averbada a prorrogao margem do registro respectivo. Seo II Do Penhor Legal Art. 776. So credores pignoratcios , independentemente de conveno:
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Seo IX Do Penhor Legal Art. 1.467. So credores pignoratcios, independentemente de conveno:


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Quadro Comparativo entre o Novo Cdigo Civil e o Cdigo Civil Anterior Lei no 3.071/1916 I os hospedeiros, estalajadeiros ou fornecedores de pousada ou alimento, sobre as bagagens, mveis, jias ou dinheiro que os seus consumidores ou fregueses tiverem consigo nas respectivas casas ou estabelecimentos, pelas despesas ou consumo que a tiverem feito; II o dono do prdio rstico ou urbano, sobre os bens mveis que o rendeiro ou inquilino tiver guarnecendo o mesmo prdio, pelos alugueres ou rendas. Art. 777. A conta das dvidas enumeradas no artigo antecedente, no I ser extrada conforme a tabela impressa, prvia e ostensivamente exposta na casa, dos preos da hospedagem, da penso ou dos gneros fornecidos, sob pena de nulidade do penhor. Art. 778. Em cada um dos casos do artigo 776, o credor poder tomar em garantia um ou mais objetos at o valor da dvida.. Art. 779. Os credores compreendidos no referido artigo podem fazer efetivo o penhor, antes de recorrerem autoridade judiciria, sempre que haja perigo na demora. Art. 780. Tomado o penhor, requerer o credor, ato contnuo, a homologao, apresentando, com a conta por menor das despesas do devedor, a tabela dos preos, junta relao dos objetos retidos, e pedindo a citao dele para, em vinte e quatro horas, pagar, ou alegar defesa. Lei no 10.406/2002 I os hospedeiros, ou fornecedores de pousada ou alimento, sobre as bagagens, mveis, jias ou dinheiro que os seus consumidores ou fregueses tiverem consigo nas respectivas casas ou estabelecimentos, pelas despesas ou consumo que a tiverem feito; II o dono do prdio rstico ou urbano, sobre os bens mveis que o rendeiro ou inquilino tiver guarnecendo o mesmo prdio, pelos aluguis ou rendas. Art. 1.468. A conta das dvidas enumeradas no inciso I do artigo antecedente ser extrada conforme a tabela impressa, prvia e ostensivamente exposta na casa, dos preos de hospedagem, da penso ou dos gneros fornecidos, sob pena de nulidade do penhor. Art. 1.469. Em cada um dos casos do art. 1.467, o credor poder tomar em garantia um ou mais objetos at o valor da dvida. Art. 1.470. Os credores, compreendidos no art. 1.467, podem fazer efetivo o penhor, antes de recorrerem autoridade judiciria, sempre que haja perigo na demora, dando aos devedores comprovante dos bens de que se apossarem. Art. 1.471. Tomado o penhor, requerer o credor, ato contnuo, a sua homologao judicial.

Art. 1.472. Pode o locatrio impedir a constituio do penhor mediante cauo idnea.
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Quadro Comparativo entre o Novo Cdigo Civil e o Cdigo Civil Anterior Lei no 3.071/1916 Captulo XI Da Hipoteca Seo I Disposies Gerais Art. 809. A lei da hipoteca a civil, e civil sua jurisdio, ainda que a dvida seja comercial, e comerciantes as partes. Art. 810. Podem ser objeto de hipoteca: I os imveis; II os acessrios dos imveis conjuntamente com eles; III o domnio direto; IV o domnio til; V as estradas de ferro; VI as minas e pedreiras, independentemente do solo onde se acham; VII os navios. Art. 1.473. Podem ser objeto de hipoteca: I os imveis e os acessrios dos imveis conjuntamente com eles; II o domnio direto; III o domnio til; IV as estradas de ferro; V os recursos naturais a que se refere o art. 1.230, independentemente do solo onde se acham; VI os navios; VII as aeronaves. Pargrafo nico. A hipoteca dos navios e das aeronaves reger-se- pelo disposto em lei especial. Art. 811. A hipoteca abrange todas as acesses, melhoramentos ou construes do imvel. Subsistem os nus reais constitudos e transcritos, anteriormente hipoteca, sobre o mesmo imvel. Art. 1.474. A hipoteca abrange todas as acesses, melhoramentos ou construes do imvel. Subsistem os nus reais constitudos e registrados, anteriormente hipoteca, sobre o mesmo imvel. Art. 1.475. nula a clusula que probe ao proprietrio alienar imvel hipotecado. Pargrafo nico. Pode convencionar-se que vencer o crdito hipotecrio, se o imvel for alienado. Art. 812. O dono do imvel hipotecado pode constituir sobre ele, mediante novo ttulo, outra hipoteca, em favor do mesmo, ou de outro credor.
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Lei no 10.406/2002 Captulo III Da Hipoteca Seo I Disposies Gerais

Art. 1.476. O dono do imvel hipotecado pode constituir outra hipoteca sobre ele, mediante novo ttulo, em favor do mesmo ou de outro credor.
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Quadro Comparativo entre o Novo Cdigo Civil e o Cdigo Civil Anterior Lei no 3.071/1916 Art. 813. Salvo caso de insolvncia do devedor, o credor da segunda hipoteca, embora vencida, no poder executar o imvel antes de vencida a primeira. Pargrafo nico. No se considera insolvente o devedor, por faltar ao pagamento das obrigaes garantidas por hipotecas posteriores primeira. Art. 814. A hipoteca anterior pode ser remida, em se vencendo, pelo credor da segunda, se o devedor no se oferecer a remi-la. 1o Para a remisso, neste caso, consignar o segundo credor a importncia do dbito e das despesas judiciais, caso se esteja promovendo a execuo, intimando o credor anterior para levant-la e o devedor para remi-la, se quiser. 2o O segundo credor, que remirt a hipoteca anterior, ficar ipso facto sub-rogado nos direitos desta, sem prejuzo dos que lhe competirem contra o devedor comum. Lei no 10.406/2002 Art. 1.477. Salvo o caso de insolvncia do devedor, o credor da segunda hipoteca, embora vencida, no poder executar o imvel antes de vencida a primeira. Pargrafo nico. No se considera insolvente o devedor por faltar ao pagamento das obrigaes garantidas por hipotecas posteriores primeira. Art. 1.478. Se o devedor da obrigao garantida pela primeira hipoteca no se oferecer, no vencimento, para pag-la, o credor da segunda pode promover-lhe a extino, consignando a importncia e citando o primeiro credor para receb-la e o devedor para pag-la; se este no pagar, o segundo credor, efetuando o pagamento, se sub-rogar nos direitos da hipoteca anterior, sem prejuzo dos que lhe competirem contra o devedor comum.

Pargrafo nico. Se o primeiro credor estiver promovendo a execuo da hipoteca, o credor da segunda depositar a importncia do dbito e as despesas judiciais. Art. 1.479. O adquirente do imvel hipotecado, desde que no se tenha obrigado pessoalmente a pagar as dvidas aos credores hipotecrios, poder exonerar-se da hipoteca, abandonando-lhes o imvel. Art. 1.480. O adquirente notificar o vendedor e os credores hipotecrios, deferindo-lhes, conjuntamente, a posse do imvel, ou o depositar em juzo.
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Quadro Comparativo entre o Novo Cdigo Civil e o Cdigo Civil Anterior Lei no 3.071/1916 Lei no 10.406/2002 Pargrafo nico. Poder o adquirente exercer a faculdade de abandonar o imvel hipotecado, at as vinte e quatro horas subseqentes citao, com que se inicia o procedimento executivo. Art. 815. Ao adquirente do imvel hipotecado cabe igualmente o direito de remi-lo. 1o Se o adquirente quiser forrar-se aos efeitos da execuo da hipoteca, notificar judicialmente, dentro em trinta dias, o seu contrato aos credores hipotecrios, propondo, para a remisso, no mnimo, o preo por que adquiriu o imvel. A notificao executar-se- no domiclio inscrito, ou por editais, se ali no estiver o credor. 2o O credor notificado pode, no prazo assinado para a oposio, requerer que o imvel seja licitado. Art. 1.481. Dentro em trinta dias, contados do registro do ttulo aquisitivo, tem o adquirente do imvel hipotecado o direito de remi-lo, citando os credores hipotecrios e propondo importncia no inferior ao preo por que o adquiriu.

1o Se o credor impugnar o preo da aquisio ou a importncia oferecida, realizar-se- licitao, efetuando-se a venda judicial a quem oferecer maior preo, assegurada preferncia ao adquirente do imvel. 2o No impugnado pelo credor, o preo da aquisio ou o preo proposto pelo adquirente, haver-se- por definitivamente fixado para a remisso do imvel, que ficar livre de hipoteca, uma vez pago ou depositado o preo. 3o Se o adquirente deixar de remir o imvel, sujeitando-o a execuo, ficar obrigado a ressarcir os credores hipotecrios da desvalorizao que, por sua culpa, o mesmo vier a sofrer, alm das despesas judiciais da execuo.

Art. 816. So admitidos a licitar: I os credores hipotecrios; II os fiadores; III o mesmo adquirente.
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Quadro Comparativo entre o Novo Cdigo Civil e o Cdigo Civil Anterior Lei no 3.071/1916 1o No sendo requerida a licitao, o preo da aquisio ou aquele que o adquirente propuser, haver-se- por definitivamente fixado para a remisso do imvel, que, pago ou depositado o dito preo, ficar livre de hipotecas. 2 o No notificando o adquirente, nos trinta dias do artigo 815, 1o , aos credores hipotecrios, fica obrigado: I s perdas e danos para com os credores hipotecrios; II s custas e despesas judiciais; III diferena entre a avaliao e a adjudicao, caso esta se efetue. 3o O imvel ser penhorado e vendido por conta do adquirente, ainda que ele queira pagar, ou depositar o preo da venda, ou da avaliao, exceto se o credor consentir, se o preo da venda ou da avaliao bastar para a soluo da hipoteca, ou se o adquirente a resgatar. A avaliao nunca ser em preo inferior ao da venda. 4o Dispor de ao regressiva contra o vendedor o adquirente que sofrer expropriao do imvel mediante licitao ou penhora, o que pagar a hipoteca, o que por causa da adjudicao, ou licitao da hipoteca importncia excedente da compra e o que suportar custas e despesas judiciais. 4o Dispor de ao regressiva contra o vendedor o adquirente que ficar privado do imvel em conseqncia de licitao ou penhora, o que pagar a hipoteca, o que, por causa de adjudicao ou licitao, desembolsar com o pagamento da hipoteca importncia excedente da compra e o que suportar custas e despesas judiciais. Art. 1.482. Realizada a praa, o executado poder, at a assinatura do auto de arrematao ou at que seja publicada a sentena de adjudicao, remir o imvel hipotecado, oferecendo preo igual ao da avaliao, se no tiver havido licitantes, ou ao do maior lance oferecido. Igual direito caber ao cnjuge, aos descendentes ou ascendentes do executado.
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Lei no 10.406/2002

Quadro Comparativo entre o Novo Cdigo Civil e o Cdigo Civil Anterior Lei no 3.071/1916 Art. 819. O credor da hipoteca legal, ou quem o represente, poder, mostrando a insuficincia dos imveis especializados, exigir que seja reforada com outros, posteriormente adquiridos pelo responsvel. Art. 820. A hipoteca legal pode ser substituda por cauo de ttulos da dvida pblica federal ou estadual, recebidos pelo valor de sua cotao mnima no ano corrente. Art. 821. No caso de falncia do devedor hipotecrio, o direito de remisso devolve-se massa, em prejuzo da qual no poder o credor impedir o pagamento do preo por que foi avaliado o imvel. O restante da dvida hipotecria antrar em concurso com as quirografrias. No caso de insolvncia, cabe aquele direito aos credores em concurso. Art. 1.483. No caso de falncia, ou insolvncia, do devedor hipotecrio, o direito de remio defere-se massa, ou aos credores em concurso, no podendo o credor recusar o preo da avaliao do imvel. Lei no 10.406/2002

Pargrafo nico. Pode o credor hipotecrio, para pagamento de seu crdito, requerer a adjudicao do imvel avaliado em quantia inferior quele, desde que d quitao pela sua totalidade. Art. 822. Pode o credor hipotecrio, no caso de insolvncia ou falncia do devedor, para pagamento de sua dvida, requerer a adjudicao do imvel avaliado em quantia inferior a esta, desde que d quitao pela sua totalidade. Art. 823. So nulas, em benefcio da massa, as hipotecas celebradas, em garantia de dbitos anteriores, nos quarenta dias precedentes declarao da quebra ou instaurao do concurso de preferncia. Art. 824. Compete ao exequente o direito de prosseguir na execuo da sentena
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Quadro Comparativo entre o Novo Cdigo Civil e o Cdigo Civil Anterior Lei no 3.071/1916 contra os adquirentes dos bens do condenado; mas para ser oposto a terceiros, conforme valer, e sem importar preferncia, depende de inscrio e especializao. Art. 825. So suscetveis do contrato de hipoteca os navios, posto que ainda em construo. As hipotecas de navios reger-se-o pelo disposto neste Cdigo e nos regulamentos especiais, que sobre o assunto se expedirem. Art. 826. A execuo do imvel hipotecado far-se- por ao executiva. No ser vlida a venda judicial de imveis gravados por hipotecas, devidamente inscritas, sem que tenham sido notificados judicialmente os respectivos credores hipotecrios que no forem de qualquer modo partes na execuo. Art. 818. lcito aos interessados fazer constar das escrituras o valor entre si ajustado dos imveis hipotecados, o qual ser a base para as arremataes, adjudicaes e remisses, dispensada a avaliao. As remisses no sero permitidas antes de realizada a primeira praa nem depois da assinatura do auto de arrematao. Art. 817. Mediante simples averbao requerida por ambas as partes, poder prorrogar-se a hipoteca, at perfazer trinta anos da data do contrato. Desde que perfaa trinta anos, s poder subsistir o contrato de hipoteca, reconstituindo-se por nova inscrio; e, neste caso, lhe ser mantida a precedncia, que ento lhe competir. Art. 1.484. lcito aos interessados fazer constar das escrituras o valor entre si ajustado dos imveis hipotecados, o qual, devidamente atualizado, ser a base para as arremataes, adjudicaes e remies, dispensada a avaliao. Lei no 10.406/2002

Art. 1.485. Mediante simples averbao, requerida por ambas as partes, poder prorrogar-se a hipoteca, at perfazer vinte anos, da data do contrato. Desde que perfaa esse prazo, s poder subsistir o contrato de hipoteca, reconstituindo-se por novo ttulo e novo registro; e, nesse caso, lhe ser mantida a precedncia, que ento lhe competir. Art. 1.486. Podem o credor e o devedor, no ato constitutivo da hipoteca, autorizar

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Quadro Comparativo entre o Novo Cdigo Civil e o Cdigo Civil Anterior Lei no 3.071/1916 Lei no 10.406/2002 a emisso da correspondente cdula hipotecria, na forma e para os fins previstos em lei especial. Art. 1.487. A hipoteca pode ser constituda para garantia de dvida futura ou condicionada, desde que determinado o valor mximo do crdito a ser garantido. 1o Nos casos deste artigo, a execuo da hipoteca depender de prvia e expressa concordncia do devedor quanto verificao da condio, ou ao montante da dvida. 2o Havendo divergncia entre o credor e o devedor, caber quele fazer prova de seu crdito. Reconhecido este, o devedor responder, inclusive, por perdas e danos, em razo da superveniente desvalorizao do imvel. Art. 1.488. Se o imvel, dado em garantia hipotecria, vier a ser loteado, ou se nele se constituir condomnio edilcio, poder o nus ser dividido, gravando cada lote ou unidade autnoma, se o requererem ao juiz o credor, o devedor ou os donos, obedecida a proporo entre o valor de cada um deles e o crdito. 1o O credor s poder se opor ao pedido de desmembramento do nus, provando que o mesmo importa em diminuio de sua garantia. 2o Salvo conveno em contrrio, todas as despesas judiciais ou extrajudiciais 3o O desmembramento do nus no exonera o devedor originrio da responsabilidade a que se refere o art. 1.430, salvo anuncia do credor. Seo II Da Hipoteca Legal Art. 827. A lei confere hipoteca:
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Seo II Da Hipoteca Legal Art. 1.489. A lei confere hipoteca:


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Quadro Comparativo entre o Novo Cdigo Civil e o Cdigo Civil Anterior Lei no 3.071/1916 I mulher casada, sobre os imveis do marido para garantia do dote e dos outros bens particulares dela, sujeitos administrao marital; II aos descendentes, sobre os imveis do ascendente, que lhes administra os bens; III aos filhos, sobre os imveis do pai, ou da me, que passar outras npcias, antes de fazer inventrio do casal anterior; IV s pessoas que no tenham administrao de seus bens, sobre os imveis de seus tutores ou curadores; V Fazenda Pblica federal, estadual ou municipal, sobre os imveis dos tesoureiros, coletores, administradores, exatores, prepostos, rendeiros e contratadores de rendas e fiadores; VI ao ofendido, ou a seus herdeiros, sobre os imveis do delinquente, para satisfao do dano causado pelo delito e pagamento das custas; VII Fazenda Pblica federal, estadual ou municipal, sobre os imveis do delinquente, para o cumprimento das penas pecunirias e pagamento das custas; VIII ao co-herdeiro para garantia do seu quinho ou torna da partilha, sobre o imvel adjudicado ao herdeiro reponente. Art. 828. As hipotecas legais, de qualquer natureza, no valero em caso de algum contra terceiros, no estando inscritos e especializadas. Art. 829. Quando os bens do criminoso no bastarem para a soluo integral das obrigaes enumeradas no artigo 827, VI e VII, a satisfao do ofendido e seus herdeiros preferir s penas pecunirias e custas judiciais.
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Lei no 10.406/2002 I s pessoas de direito pblico interno (art. 41) sobre os imveis pertencentes aos encarregados da cobrana, guarda ou administrao dos respectivos fundos e rendas; II aos filhos, sobre os imveis do pai ou da me que passar a outras npcias, antes de fazer o inventrio do casal anterior; III ao ofendido, ou aos seus herdeiros, sobre os imveis do delinqente, para satisfao do dano causado pelo delito e pagamento das despesas judiciais; IV ao co-herdeiro, para garantia do seu quinho ou torna da partilha, sobre o imvel adjudicado ao herdeiro reponente; V ao credor sobre o imvel arrematado, para garantia do pagamento do restante do preo da arrematao.

Quadro Comparativo entre o Novo Cdigo Civil e o Cdigo Civil Anterior Lei no 3.071/1916 Art. 830. Vale a inscrio da hipoteca, enquanto a obrigao perdurar; mas a especializao, em completando trinta anos, deve ser renovada. Art. 1.490. O credor da hipoteca legal, ou quem o represente, poder, provando a insuficincia dos imveis especializados, exigir do devedor que seja reforado com outros. Art. 1.491. A hipoteca legal pode ser substituda por cauo de ttulos da dvida pblica federal ou estadual, recebidos pelo valor de sua cotao mnima no ano corrente; ou por outra garantia, a critrio do juiz, a requerimento do devedor. Seo III Da Inscrio da Hipoteca Art. 831. Todas as hipotecas sero inscritas no registro do lugar do imvel, ou no de cada um deles, se o ttulo se referir a mais de um. Seo III Do Registro da Hipoteca Art. 1.492. As hipotecas sero registradas no cartrio do lugar do imvel, ou no de cada um deles, se o ttulo se referir a mais de um. Pargrafo nico. Compete aos interessados, exibido o ttulo, requerer o registro da hipoteca. Art. 832. Para a inscrio das hipotecas haver em cada cartrio do registro de imveis os livros necessrios. Art. 833. As inscries e averbaes, nos livros de hipotecas, seguiro a ordem, em que forem requeridas, verificando-se ela pela sua numerao sucessiva no protocolo. Pargrafo nico. O nmero de ordem determina a prioridade, e esta a preferncia entre as hipotecas.
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Art. 1.493. Os registros e averbaes seguiro a ordem em que forem requeridas, verificando-se ela pela da sua numerao sucessiva no protocolo. Pargrafo nico. O nmero de ordem determina a prioridade, e esta a preferncia entre as hipotecas.
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Quadro Comparativo entre o Novo Cdigo Civil e o Cdigo Civil Anterior Lei no 3.071/1916 Art. 836. No se inscrevero no mesmo dia duas hipotecas, ou uma hipoteca e outro direito real, sobre o mesmo imvel, em favor de pessoas diversas, salvo determinando-se precisamente a hora em que se lavrou cada uma das escrituras. Art. 837. Quando, antes de inscrita a primeira, se apresentar ao oficial do registro, para inscrever, segunda hipoteca sobreestar ele na inscrio desta, depois de a prenotar, at trinta dias, aguardando que o interessado inscreva primeiro a precedente. Lei no 10.406/2002 Art. 1.494. No se registraro no mesmo dia duas hipotecas, ou uma hipoteca e outro direito real, sobre o mesmo imvel, em favor de pessoas diversas, salvo se as escrituras, do mesmo dia, indicarem a hora em que foram lavradas. Art. 1.495. Quando se apresentar ao oficial do registro ttulo de hipoteca que mencione a constituio de anterior, no registrada, sobrestar ele na inscrio da nova, depois de a prenotar, at trinta dias, aguardando que o interessado inscreva a precedente; esgotado o prazo, sem que se requeira a inscrio desta, a hipoteca ulterior ser registrada e obter preferncia. Art. 1.496. Se tiver dvida sobre a legalidade do registro requerido, o oficial far, ainda assim, a prenotao do pedido. Se a dvida, dentro em noventa dias, for julgada improcedente, o registro efetuarse- com o mesmo nmero que teria na data da prenotao; no caso contrrio, cancelada esta, receber o registro o nmero correspondente data em que se tornar a requerer.

Art. 834. Quando o oficial tiver dvida sobre a legalidade da inscrio requerida, declar-la- por escrito ao requerente, depois de mencionar, em forma de prenotao, o pedido no respectivo livro. Art. 835. Se a dvida, dentro em trinta dias, for julgada improcedente, a inscrio farse- com o mesmo nmero que teria na data da prenotao. No caso contrrio, desprezada esta, receber a inscrio o nmero correspondente data, em que se tornar a requerer.

Art. 1.497. As hipotecas legais, de qualquer natureza, devero ser registradas e especializadas. 1o O registro e a especializao das hipotecas legais incumbem a quem est obrigado a prestar a garantia, mas os interessados podem promover a inscrio delas, ou solicitar ao Ministrio Pblico que o faa. 2o As pessoas, s quais incumbir o registro e a especializao das hipotecas
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Quadro Comparativo entre o Novo Cdigo Civil e o Cdigo Civil Anterior Lei no 3.071/1916 Lei no 10.406/2002 legais, esto sujeitas a perdas e danos pela omisso. Art. 838. Compete aos interessados, exibindo o traslado da escritura, requerer a inscrio da hipoteca; incumbindo especialmente promover a da legal s pessoas determinadas nos artigos seguintes. Art. 839. Incumbe ao marido, ou ao pai, requerer a inscrio e especializao da hipoteca legal da mulher casada. 1o O oficial pblico que lavrar a escritura de dote, ou lanar em nota a relao dos bens particulares da mulher, comunic-lo- ex-officio ao oficial do registro de imveis. 2o Consideram-se interessados em requerer a inscrio desta hipoteca, no caso de no o fazer o marido ou o pai, o dotador, a prpria mulher e qualquer dos seus parentes sucessveis. Art. 840. Incumbe requerer a inscrio e especializao da hipoteca legal dos incapazes: I ao pai, me, tutor ou curador, antes de assumir a administrao dos respectivos bens, e, em falta daqueles, ao Ministrio Pblico; II ao inventariante, ou ao testamenteiro, antes de entregar o legado, ou a herana. Art. 841. O escrivo, em se assinando termo de tutela ou de curatela, remeter, de ofcio, e com a possvel brevidade, uma cpia dele ao oficial do registro de imveis. Pargrafo nico. Na inscrio desta hipoteca se considerar interessado qualquer parente sucessvel do incapaz.
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Quadro Comparativo entre o Novo Cdigo Civil e o Cdigo Civil Anterior Lei no 3.071/1916 Art. 842. A inscrio da hipoteca legal do ofendido compete, alm deste: I se ele for incapaz, ao seu representante legal, para satisfao do estatudo no artigo 827, no VI; II ao Ministrio Pblico, para o disposto no artigo 827, no VII. Art. 843. Os interessados na inscrio das referidas hipotecas podem pessoalmente promov-la, ou solicitar a sua promoo oficial ao Ministrio Pblico. Art. 844. A inscrio da hipoteca dos bens dos responsveis para com a Fazenda Pblica ser requerida por eles mesmos, e, em sua falta, pelos procuradores e representantes fiscais. Art. 845. As pessoas a quem incumbir a inscrio e a especializao das hipotecas legais ficaro sujeitas a perdas e danos pela omisso. Art. 846. A inscrio da hipoteca, legal ou convencional, declarar: I o nome, o domiclio e a profisso do credor e do devedor; II a data, a natureza do ttulo, o valor do crdito e o da coisa ou sua estimao, fixada por acordo entre as partes, o prazo e os juros estipulados; III a situao, a denominao e os caractersticos da coisa hipotecada. Pargrafo nico. O credor, alm do seu domiclio real, poder designar outro, onde possa tambm ser citado. Art. 847. Os credores quirografrios e os por hipoteca no inscrita em primeiro lugar e sem concorrncia, s por via de ao ordinria de nulidade ou resciso pode406 Cdigo Civil Comparado

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Quadro Comparativo entre o Novo Cdigo Civil e o Cdigo Civil Anterior Lei no 3.071/1916 ro invalidar os efeitos da primeira hipoteca, a que compete a prioridade pelo respectivo registro. Art. 1.498. Vale o registro da hipoteca, enquanto a obrigao perdurar; mas a especializao, em completando vinte anos, deve ser renovada. Art. 848. As hipotecas somente valem contra terceiro desde a data da inscrio. Enquanto no inscritas, as hipotecas s subsistem entre os contraentes. Seo IV Da Extino da Hipoteca Art. 849. A hipoteca extingue-se: I pelo desaparecimento da obrigao principal; II pela destruio da coisa ou resoluo do domnio; III pela renncia do credor; IV para remisso; V Pela sentena passada em julgado; VI pela prescrio; VII pela arrematao ou adjudicao. Art. 850. A extino da hipoteca s comea a ter efeito contra terceiros depois de averbada no respectivo registro. Art. 851. A inscrio cancelar-se-, em cada um dos casos de extino da hipoteca, vista da respectiva prova ou, independente desta, a requerimento de ambas as partes, se forem capazes, e conhecidas do oficial do registro. Art. 1.500. Extingue-se ainda a hipoteca com a averbao, no Registro de Imveis, do cancelamento do registro, vista da respectiva prova. Seo IV Da Extino da Hipoteca Art. 1.499. A hipoteca extingue-se: I pela extino da obrigao principal; II pelo perecimento da coisa; III pela resoluo da propriedade; IV pela renncia do credor; V pela remio; VI pela arrematao ou adjudicao. Lei no 10.406/2002

Art. 1.501. No extinguir a hipoteca, devidamente registrada, a arrematao ou adjudicao, sem que tenham sido notificados judicialmente os respectivos creCdigo Civil Comparado 407

Quadro Comparativo entre o Novo Cdigo Civil e o Cdigo Civil Anterior Lei no 3.071/1916 Lei no 10.406/2002 dores hipotecrios, que no forem de qualquer modo partes na execuo. Seo V Da Hipoteca das Vias Frreas Art. 852. As hipotecas sobre as estradas de ferro sero inscritas no municpio da estao inicial da respectiva linha. Art. 853. Os credores hipotecrios no podem embaraar a explorao da linha, nem contrariar as modificaes, que a administrao deliberar, no leito da estrada, em suas dependncias, ou no seu material. Art. 854. A hipoteca ser circunscrita linha ou linhas especificadas na escritura e ao respectivo material de explorao, no estado em que ao tempo da execuo estiverem. No obstante, os credores hipotecrios podero opor-se venda da estrada, de suas linhas, de seus ramais, ou de parte considervel do material de explorao; bem como a fuso com outra empresa, sempre que a garantia do dbito lhes parecer com isso enfraquecida. Art. 855. Nas execues dessas hipotecas no se passar carta ao maior licitante, nem ao credor adjudiciatrio, antes de se intimar o representante da Fazenda Nacional, ou do Estado, a que tocar a preferncia, para, dentro em quinze dias, utiliz-la, se quiser, pagando o preo da arrematao, ou da adjudicao fixada. Seo VI Do Registro de Imveis Art. 856. O registro de imveis compreende: I a transcrio dos ttulos de transmisso da propriedade;
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Seo V Da Hipoteca das Vias Frreas Art. 1.502. As hipotecas sobre as estradas de ferro sero registradas no Municpio da estao inicial da respectiva linha. Art. 1.503. Os credores hipotecrios no podem embaraar a explorao da linha, nem contrariar as modificaes, que a administrao deliberar, no leito da estrada, em suas dependncias, ou no seu material. Art. 1.504. A hipoteca ser circunscrita linha ou s linhas especificadas na escritura e ao respectivo material de explorao, no estado em que ao tempo da execuo estiverem; mas os credores hipotecrios podero opor-se venda da estrada, de suas linhas, de seus ramais ou de parte considervel do material de explorao; bem como fuso com outra empresa, sempre que com isso a garantia do dbito enfraquecer. Art. 1.505. Na execuo das hipotecas ser intimado o representante da Unio ou do Estado, para, dentro em quinze dias, remir a estrada de ferro hipotecada, pagando o preo da arrematao ou da adjudicao.

Quadro Comparativo entre o Novo Cdigo Civil e o Cdigo Civil Anterior Lei no 3.071/1916 II a transcrio dos ttulos enumerados no artigo 532; III a transcrio dos ttulos constitutivos de nus reais sobre coisas alheias; IV A inscrio das hipotecas. Art. 857. Se o ttulo de transmisso for gratuito, poder ser promovida a transcrio: I pelo prprio adquirente; II por quem de direito o represente; III pelo prprio transferente com prova da aceitao do beneficiado. Art. 858. A transcrio do ttulo de transmisso do domnio direto aproveita ao titular do domnio til, e vice-versa. Art. 859. Presume-se pertencer o direito real pessoa em cujo nome se inscreveu, ou transcreveu. Art. 860. Se o teor do registro de imveis no exprimir a verdade, poder o prejudicado reclamar que se retifique. Pargrafo nico. Enquanto se no transcrever o ttulo de transmisso, o alienante continua a ser havido como dono do imvel, e responde pelos seus encargos. Art. 861. Sero feitas as inscries, ou trasncries, no registro correspondente ao lugar, onde estiver o imvel. Art. 862. Salvo conveno em contrrio, incumbem ao adquirente as despesas da transcrio dos ttulos de transmisso da propriedade e ao devedor as da inscrio, ou transcrio dos nus reais. Captulo X Da Anticrese
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Captulo IV Da Anticrese
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Quadro Comparativo entre o Novo Cdigo Civil e o Cdigo Civil Anterior Lei no 3.071/1916 Art. 805. Pode o devedor, ou outrem por ele, entregando ao credor um imvel, ceder-lhe o direito de perceber, em compensao da dvida, os frutos e rendimentos. 1o permitido estipular que os frutos e rendimentos do imvel, na sua totalidade, sejam percebidos pelo credor, somente conta de juros. Lei no 10.406/2002 Art. 1.506. Pode o devedor ou outrem por ele, com a entrega do imvel ao credor, ceder-lhe o direito de perceber, em compensao da dvida, os frutos e rendimentos. 1o permitido estipular que os frutos e rendimentos do imvel sejam percebidos pelo credor conta de juros, mas se o seu valor ultrapassar a taxa mxima permitida em lei para as operaes financeiras, o remanescente ser imputado ao capital. 2o Quando a anticrese recair sobre bem imvel, este poder ser hipotecado pelo devedor ao credor anticrtico, ou a terceiros, assim como o imvel hipotecado poder ser dado em anticrese. Art. 1.507. O credor anticrtico pode administrar os bens dados em anticrese e fruir seus frutos e utilidades, mas dever apresentar anualmente balano, exato e fiel, de sua administrao. 1o Se o devedor anticrtico no concordar com o que se contm no balano, por ser inexato, ou ruinosa a administrao, poder impugn-lo, e, se o quiser, requerer a transformao em arrendamento, fixando o juiz o valor mensal do aluguel, o qual poder ser corrigido anualmente. Art. 806. O credor anticrtico pode fruir diretamente o imvel ou arrend-lo a terceiro, salvo pacto em contrrio, mantendo, no ltimo caso, at ser pago, o direito de reteno do imvel. Art. 807. O credor anticrtico responde pelas deterioraes, que, por culpa sua, o
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2o O imvel hipotecado pode ser dado em anticrese pelo devedor ao credor hipotecrio, assim como o imvel sujeito a anticrese pode ser hipotecado pelo devedor ao credor anticrtico. Art. 806. O credor anticrtico pode fruir diretamente o imvel ou arrend-lo a terceiro, salvo pacto em contrrio, mantendo, no ltimo caso, at ser pago, o direito de reteno do imvel.

2o O credor anticrtico pode, salvo pacto em sentido contrrio, arrendar os bens dados em anticrese a terceiro, mantendo, at ser pago, direito de reteno do imvel, embora o aluguel desse arrendamento no seja vinculativo para o devedor. Art. 1.508. O credor anticrtico responde pelas deterioraes que, por culpa sua, o
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Quadro Comparativo entre o Novo Cdigo Civil e o Cdigo Civil Anterior Lei no 3.071/1916 imvel sofrer, e pelos frutos que, por sua negligncia, deixar de perceber. Art. 808. O credor anticrtico pode vindicar os seus direitos contra o adquirente do imvel, os credores quirografrios e os hipotecrios posteriores transcrio da anticrese. 1o Se, porm, executar o imvel por nopagamento da dvida, ou permitir que outro credor o execute, sem opor o seu direito de reteno ao exequente, no ter preferncia sobre o preo. 2o Tambm no a ter sobre a indenizao do seguro, quando o prdio seja destrudo, nem, se for desapropriado, sobre a da desapropriao. Lei no 10.406/2002 imvel vier a sofrer, e pelos frutos e rendimentos que, por sua negligncia, deixar de perceber. Art. 1.509. O credor anticrtico pode vindicar os seus direitos contra o adquirente dos bens, os credores quirografrios e os hipotecrios posteriores ao registro da anticrese. 1o Se executar os bens por falta de pagamento da dvida, ou permitir que outro credor o execute, sem opor o seu direito de reteno ao exeqente, no ter preferncia sobre o preo. 2o O credor anticrtico no ter preferncia sobre a indenizao do seguro, quando o prdio seja destrudo, nem, se forem desapropriados os bens, com relao desapropriao. Art. 1.510. O adquirente dos bens dados em anticrese poder remi-los, antes do vencimento da dvida, pagando a sua totalidade data do pedido de remio e imitir-se-, se for o caso, na sua posse. Livro I Do Direito de Famlia Ttulo I Do Casamento Livro IV Do Direito de Famlia Ttulo I Do Direito Pessoal Subttulo I Do Casamento Captulo I Disposies Gerais Art. 1.511. O casamento estabelece comunho plena de vida, com base na igualdade de direitos e deveres dos cnjuges. Art. 1.512. O casamento civil e gratuita a sua celebrao.
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Quadro Comparativo entre o Novo Cdigo Civil e o Cdigo Civil Anterior Lei no 3.071/1916 Lei no 10.406/2002 Pargrafo nico. A habilitao para o casamento, o registro e a primeira certido sero isentos de selos, emolumentos e custas, para as pessoas cuja pobreza for declarada, sob as penas da lei. Art. 1.513. defeso a qualquer pessoa, de direito pblico ou privado, interferir na comunho de vida instituda pela famlia. Art. 1.514. O casamento se realiza no momento em que o homem e a mulher manifestam, perante o juiz, a sua vontade de estabelecer vnculo conjugal, e o juiz os declara casados. Art. 1.515. O casamento religioso, que atender s exigncias da lei para a validade do casamento civil, equipara-se a este, desde que registrado no registro prprio, produzindo efeitos a partir da data de sua celebrao. Art. 1.516. O registro do casamento religioso submete-se aos mesmos requisitos exigidos para o casamento civil. 1o O registro civil do casamento religioso dever ser promovido dentro de noventa dias de sua realizao, mediante comunicao do celebrante ao ofcio competente, ou por iniciativa de qualquer interessado, desde que haja sido homologada previamente a habilitao regulada neste Cdigo. Aps o referido prazo, o registro depender de nova habilitao. 2o O casamento religioso, celebrado sem as formalidades exigidas neste Cdigo, ter efeitos civis se, a requerimento do casal, for registrado, a qualquer tempo, no registro civil, mediante prvia habilitao perante a autoridade competente e observado o prazo do art. 1.532.
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Quadro Comparativo entre o Novo Cdigo Civil e o Cdigo Civil Anterior Lei no 3.071/1916 Lei no 10.406/2002 3o Ser nulo o registro civil do casamento religioso se, antes dele, qualquer dos consorciados houver contrado com outrem casamento civil. Captulo II Dos Impedimentos Art. 184. A afinidade resultante de filiao espria poder provar-se por confisso espontnea dos ascendentes da pessoa impedida, os quais, se o quiserem, tero o direito de faz-lo em segredo de justia. Pargrafo nico. A resultante de filiao natural poder ser tambm provada por confisso espontnea dos ascendentes, se da filiao no existir a prova prescrita no artigo 357. Art. 185. Para o casamento dos menores de vinte e um anos, sendo filhos legtimos, mister o consentimento de ambos os pais. Art. 186. Discordando eles entre si, prevalecer a vontade paterna, ou, sendo o casal separado, divorciado ou tiver sido o seu casamento anulado, a vontade do cnjuge, com quem estiverem os filhos. Pargrafo nico. Sendo, porm, ilegtimos os pais, bastar o consentimento do que houver reconhecido o menor, ou, se este no for reconhecido, o consentimento materno. Art. 187. At a celebrao do matrimnio podem os pais, tutores e curadores retratar o seu consentimento.
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Captulo II Da Capacidade para o Casamento

Art. 1.517. O homem e a mulher com dezesseis anos podem casar, exigindo-se autorizao de ambos os pais, ou de seus representantes legais, enquanto no atingida a maioridade civil. Pargrafo nico. Se houver divergncia entre os pais, aplica-se o disposto no pargrafo nico do art. 1.631.

Art. 1.518. At celebrao do casamento podem os pais, tutores ou curadores revogar a autorizao.
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Quadro Comparativo entre o Novo Cdigo Civil e o Cdigo Civil Anterior Lei no 3.071/1916 Art. 188. A denegao do consentimento, quando injusta, pode ser suprida pelo juiz, com recurso para a instncia superior. Lei no 10.406/2002 Art. 1.519. A denegao do consentimento, quando injusta, pode ser suprida pelo juiz. Art. 1.520. Excepcionalmente, ser permitido o casamento de quem ainda no alcanou a idade nbil (art. 1.517), para evitar imposio ou cumprimento de pena criminal ou em caso de gravidez. Captulo III Dos Impedimentos Art. 183. No podem casar: I os ascendentes com os descendentes, seja o parentesco legtimo ou ilegtimo, natural ou civil; II os afins em linha reta, seja o vnculo legtimo ou ilegtimo; III o adotante com o cnjuge do adotado e do adotado com cnjuge do adotante; IV os irmos, legtimos ou ilegtimos, germanos ou no, e os colaterais, legtimos ou ilegtimos, at o terceiro grau inclusive; V o adotado com o filho superveniente ao pai ou me adotiva; VI as pessoas casadas; VII o cnjuge adltero com o seu coru, por tal condenado como delinquente no homicdio; VIII o cnjuge sobrevivente com o condenado como delinquente no homicdio, ou tentativa de homicdio, contra o seu consorte; IX as pessoas por qualquer motivo coatas e as incapazes de consentir, ou manifestar, de modo inequvoco, o consentimento; X o raptor com a raptada, enquanto esta no se ache fora do seu poder e em lugar seguro;
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Art. 1.521. No podem casar: I os ascendentes com os descendentes, seja o parentesco natural ou civil; II os afins em linha reta; III o adotante com quem foi cnjuge do adotado e o adotado com quem o foi do adotante; IV os irmos, unilaterais ou bilaterais, e demais colaterais, at o terceiro grau inclusive; V o adotado com o filho do adotante; VI as pessoas casadas; VII o cnjuge sobrevivente com o condenado por homicdio ou tentativa de homicdio contra o seu consorte.

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Quadro Comparativo entre o Novo Cdigo Civil e o Cdigo Civil Anterior Lei no 3.071/1916 XI os sujeitos ao ptrio poder, tutela, ou curatela, enquanto no obtiverem, ou lhes no for suprido o consentimento do pai, tutor, ou curador; XII as mulheres menores de dezesseis anos e os homens menores de dezoito; XIII o vivo ou a viva que tiver filho do cnjuge falecido, enquanto no fizer inventrio dos bens do casal e der partilha aos herdeiros; XIV a viva, ou a mulher cujo casamento se desfez por ser nulo ou ter sido anulado, at dez meses depois do comeo da viuvez, ou da dissoluo da sociedade conjugal, salvo se antes de findo esse prazo der luz algum filho; XV o tutor ou curador e os seus descendentes, ascendentes, irmos, cunhados ou sobrinhos, com a pessoa tutelada ou curatelada, enquanto no cessar a tutela ou a curatela, e no estiverem saldadas as respectivas contas, salvo permisso paterna ou materna manifestada em escrito autntico ou em testamento; XVI o juiz, ou escrivo e seus descendentes, ascendentes, irmos, cunhados ou sobrinhos, com rfo ou viva, da circunscrio territorial onde um ou outro tiver exerccio, salvo licena especial da autoridade judiciria superior. Captulo III Da Oposio do Impedimento Art. 189. Os impedimentos do artigo 183, I a XII, podem ser opostos: I pelo oficial do registro civil; II por quem presidir celebrao do casamento; III por qualquer pessoa maior, que, sob sua assinatura, apresente declarao esCdigo Civil Comparado

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Art. 1.522. Os impedimentos podem ser opostos, at o momento da celebrao do casamento, por qualquer pessoa capaz.

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Quadro Comparativo entre o Novo Cdigo Civil e o Cdigo Civil Anterior Lei no 3.071/1916 crita, instruda com as provas do fato que alegar. Pargrafo nico. Se no puder instruir oposio com as provas, precisar o oponente o lugar onde existam, ou nomear pelo menos duas testemunhas, residentes no Municpio, que atestem o impedimento. Pargrafo nico. Se o juiz, ou o oficial de registro, tiver conhecimento da existncia de algum impedimento, ser obrigado a declar-lo. Art. 190. Os outros impedimentos s podero ser opostos: I pelos parentes, em linha reta, de um dos nubentes, sejam cosangneos ou afins. II pelos colaterais, em segundo grau sejam cosanguneos ou afins. Art. 191. O oficial do registro civil dar aos nubentes, ou seus representantes, nota do impedimento oposto, indicando os fundamentos, as provas, e, se o impedimento no se ops ex officio, o nome do oponente. Pargrafo nico. Fica salvo aos nubentes fazer a prova contrria ao impedimento e promover as aes civis e criminais contra o oponente de m f. Captulo IV Das Causas Suspensivas Art. 1.523. No devem casar: I o vivo ou a viva que tiver filho do cnjuge falecido, enquanto no fizer inventrio dos bens do casal e der partilha aos herdeiros; II a viva, ou a mulher cujo casamento se desfez por ser nulo ou ter sido anula416 Cdigo Civil Comparado

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Quadro Comparativo entre o Novo Cdigo Civil e o Cdigo Civil Anterior Lei no 3.071/1916 Lei no 10.406/2002 do, at dez meses depois do comeo da viuvez, ou da dissoluo da sociedade conjugal; III o divorciado, enquanto no houver sido homologada ou decidida a partilha dos bens do casal; IV o tutor ou o curador e os seus descendentes, ascendentes, irmos, cunhados ou sobrinhos, com a pessoa tutelada ou curatelada, enquanto no cessar a tutela ou curatela, e no estiverem saldadas as respectivas contas. Pargrafo nico. permitido aos nubentes solicitar ao juiz que no lhes sejam aplicadas as causas suspensivas previstas nos incisos I, III e IV deste artigo, provando-se a inexistncia de prejuzo, respectivamente, para o herdeiro, para o ex-cnjuge e para a pessoa tutelada ou curatelada; no caso do inciso II, a nubente dever provar nascimento de filho, ou inexistncia de gravidez, na fluncia do prazo. Art. 1.524. As causas suspensivas da celebrao do casamento podem ser argidas pelos parentes em linha reta de um dos nubentes, sejam consangneos ou afins, e pelos colaterais em segundo grau, sejam tambm consangneos ou afins. Captulo I Das Formalidades Preliminares Art. 180. A habilitao para casamento fazse perante o oficial do registro civil, apresentando-se os seguintes documentos: I certido de idade ou prova equivalente; II declarao do estado, do domiclio e da residncia atual dos contraentes e de seus pais, se forem conhecidos;
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Captulo V Do Processo de Habilitao para o Casamento Art. 1.525. O requerimento de habilitao para o casamento ser firmado por ambos os nubentes, de prprio punho, ou, a seu pedido, por procurador, e deve ser instrudo com os seguintes documentos: I certido de nascimento ou documento equivalente;
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Quadro Comparativo entre o Novo Cdigo Civil e o Cdigo Civil Anterior Lei no 3.071/1916 III autorizao das pessoas sob cuja dependncia legal estiverem, ou ato judicial que a supra; IV declarao de duas testemunhas maiores, parentes, ou estranhos, que atestem conhec-los e afirmem no existir impedimento, que os iniba de casar; V certido de bito do cnjuge falecido, da anulao do casamento anterior ou do registro da sentena de divrcio. Lei no 10.406/2002 II autorizao por escrito das pessoas sob cuja dependncia legal estiverem, ou ato judicial que a supra; III declarao de duas testemunhas maiores, parentes ou no, que atestem conhec-los e afirmem no existir impedimento que os iniba de casar; IV declarao do estado civil, do domiclio e da residncia atual dos contraentes e de seus pais, se forem conhecidos; V certido de bito do cnjuge falecido, de sentena declaratria de nulidade ou de anulao de casamento, transitada em julgado, ou do registro da sentena de divrcio.

Pargrafo nico. Se algum dos contraentes houver residido a maior parte do ltimo ano em outro Estado, apresentar prova de que o deixou sem impedimento para casar, ou de que cessou o existente. Art. 180. A habilitao para casamento fazse perante o oficial do registro civil, apresentando-se os seguintes documentos:... Art. 181. vista desses documentos apresentados pelos pretendentes, ou seus procuradores, o oficial do registro lavrar os proclamas de casamento, mediante edital, que se afixar durante quinze dias, em lugar ostensivo do edifcio, onde se celebrarem os casamentos, e se publicar pela imprensa, onde a houver. 1o Se, decorrido este prazo, no aparecer quem oponha impedimento, nem lhe constar algum dos que de ofcio lhe cumpre declarar, o oficial do registro certificar aos pretendentes que esto habilita418 Cdigo Civil Comparado

Art. 1.526. A habilitao ser feita perante o oficial do Registro Civil e, aps a audincia do Ministrio Pblico, ser homologada pelo juiz. Art. 1.527. Estando em ordem a documentao, o oficial extrair o edital, que se afixar durante quinze dias nas circunscries do Registro Civil de ambos os nubentes, e, obrigatoriamente, se publicar na imprensa local, se houver.

Quadro Comparativo entre o Novo Cdigo Civil e o Cdigo Civil Anterior Lei no 3.071/1916 dos para casar dentro dos trs meses imediatos. 2o Se os nubentes residirem em diversas circunscries do registro civil, em uma e em outra se publicaro os editais. Pargrafo nico. A autoridade competente, havendo urgncia, poder dispensar a publicao. Art. 182. O registro dos editais far-se- no cartrio do oficial, que os houver publicado, dando-se deles certido a quem pedir. Art. 1.528. dever do oficial do registro esclarecer os nubentes a respeito dos fatos que podem ocasionar a invalidade do casamento, bem como sobre os diversos regimes de bens. Art. 1.529. Tanto os impedimentos quanto as causas suspensivas sero opostos em declarao escrita e assinada, instruda com as provas do fato alegado, ou com a indicao do lugar onde possam ser obtidas. Art. 1.530. O oficial do registro dar aos nubentes ou a seus representantes nota da oposio, indicando os fundamentos, as provas e o nome de quem a ofereceu. Pargrafo nico. Podem os nubentes requerer prazo razovel para fazer prova contrria aos fatos alegados, e promover as aes civis e criminais contra o oponente de m-f. Art. 1.531. Cumpridas as formalidades dos arts. 1.526 e 1.527 e verificada a inexistncia de fato obstativo, o oficial do registro extrair o certificado de habilitao.
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Quadro Comparativo entre o Novo Cdigo Civil e o Cdigo Civil Anterior Lei no 3.071/1916 Lei no 10.406/2002 Art. 1.532. A eficcia da habilitao ser de noventa dias, a contar da data em que foi extrado o certificado. Captulo IV Da Celebrao do Casamento Art.. 192. Celebrar-se- o casamento no dia, hora e lugar previamente designados pela autoridade que houver de presidir ao ato, mediante petio dos contraentes, que se mostrem habilitados com a certido do artigo 181, 1o. Art. 193. A solenidade celebrar-se- na casa das audincias, com toda a publicidade, a portas abertas, presentes, pelo menos, duas testemunhas, parentes ou no dos contraentes, ou, em caso de fora maior, querendo as partes, e consentido o juiz, noutro edifcio, pblico ou particular. Pargrafo nico. Quando o casamento for em casa particular, ficar esta de portas abertas durante o ato, e, se algum dos contraentes no souber escrever, sero quatro as testemunhas. Captulo VI Da Celebrao do Casamento Art. 1.533. Celebrar-se- o casamento, no dia, hora e lugar previamente designados pela autoridade que houver de presidir o ato, mediante petio dos contraentes, que se mostrem habilitados com a certido do art. 1.531. Art. 1.534. A solenidade realizar-se- na sede do cartrio, com toda publicidade, a portas abertas, presentes pelo menos duas testemunhas, parentes ou no dos contraentes, ou, querendo as partes e consentindo a autoridade celebrante, noutro edifcio pblico ou particular. 1o Quando o casamento for em edifcio particular, ficar este de portas abertas durante o ato.

2o Sero quatro as testemunhas na hiptese do pargrafo anterior e se algum dos contraentes no souber ou no puder escrever. Art. 194. Presentes os contraentes, em pessoa ou por procurador especial, juntamente com as testemunhas e o oficial do registro, o presidente do ato, ouvida aos nubentes a afirmao de que persistem no propsito de casar por livre e espontnea vontade, declarar efetuado o casamento nestes termos:
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Art. 1.535. Presentes os contraentes, em pessoa ou por procurador especial, juntamente com as testemunhas e o oficial do registro, o presidente do ato, ouvida aos nubentes a afirmao de que pretendem casar por livre e espontnea vontade, declarar efetuado o casamento, nestes termos: De acordo com a vontade que
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Quadro Comparativo entre o Novo Cdigo Civil e o Cdigo Civil Anterior Lei no 3.071/1916 De acordo com a vontade que ambos acabais de afirmar perante mim, de vos receberdes por marido e mulher, eu, em nome da lei , vos declaro casados. Art. 195. Do matrimnio, logo depois de celebrado, se lavrar o assento no livro de registro. No assento, assinado pelo presidente do ato, os cnjuges, as testemunhas, e o oficial de registro, sero exarados: I os nomes, prenomes, datas de nascimento, profisso, domiclio e residncia atual dos cnjuges; II os nomes, prenomes, datas de nascimentos ou de morte, domiclio e residncia atual dos pais; III os nomes e prenomes do cnjuge precedente e a data da dissoluo do casamento anterior; IV a data da publicao dos proclamas e da celebrao do casamento; V a relao dos documentos apresentados ao oficial do registro; VI o regime do casamento, com a declarao da data e do cartrio em cujas notas foi passada a escritura antenupcial, quando o regime no for o de comunho parcial, ou o legal estabelecido no Ttulo III deste livro, para outros casamentos. Lei no 10.406/2002 ambos acabais de afirmar perante mim, de vos receberdes por marido e mulher, eu, em nome da lei, vos declaro casados. Art. 1.536. Do casamento, logo depois de celebrado, lavrar-se- o assento no livro de registro. No assento, assinado pelo presidente do ato, pelos cnjuges, as testemunhas, e o oficial do registro, sero exarados: I os prenomes, sobrenomes, datas de nascimento, profisso, domiclio e residncia atual dos cnjuges; II os prenomes, sobrenomes, datas de nascimento ou de morte, domiclio e residncia atual dos pais; III o prenome e sobrenome do cnjuge precedente e a data da dissoluo do casamento anterior; IV a data da publicao dos proclamas e da celebrao do casamento; V a relao dos documentos apresentados ao oficial do registro; VI o prenome, sobrenome, profisso, domiclio e residncia atual das testemunhas; VII o regime do casamento, com a declarao da data e do cartrio em cujas notas foi lavrada a escritura antenupcial, quando o regime no for o da comunho parcial, ou o obrigatoriamente estabelecido. Art. 1.537. O instrumento da autorizao para casar transcrever-se- integralmente na escritura antenupcial. Art. 1.538. A celebrao do casamento ser imediatamente suspensa se algum dos contraentes: I recusar a solene afirmao da sua vontade;
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Art. 196. O instrumento da autorizao para casar transcrever-se- integralmente na escritura antenupcial. Art. 197. A celebrao do casamento ser imediatamente suspensa, se algum dos contraentes: I recusar a solene afrimao da sua vontade;
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Quadro Comparativo entre o Novo Cdigo Civil e o Cdigo Civil Anterior Lei no 3.071/1916 II declarar que esta no livre e espontnea; III manifestar-se arrependido. Pargrafo nico. O nubente que, por algum destes fatos, der causa suspenso do ato, no ser admitido a retratar-se no mesmo dia. Art. 198. No caso de molstia grave de um dos nubentes, o presidente do ato ir celebr-lo na casa do impedido, e, sendo urgente, ainda noite, perante quatro testemunhas, que saibam ler e escrever. 1o A falta ou impedimento da autoridade competente para presidir o casamento suprir-se- por qualquer dois seus substitutos legais, e a do oficial do registro civil por outro ad hoc, nomeado pelo presidente do ato. 2o O termo avulso, que o oficial ad hoc lavrar, ser levado ao registro no mais breve prazo possvel. Art. 199. O oficial de registro, mediante despacho da autoridade competente, vista dos documentos exigidos no artigo 180 e independentemente do edital de proclamas, dar a certido ordenada no artigo 181, 1o: I quando ocorrer motivo urgente que justifique a imediata celebrao do casamento; II quando algum dos contraentes estiver em iminente risco de vida. Pargrafo nico. Neste caso, no obtendo os contraentes a presena da autoridade, a quem incumbe presidir o ato, nem a de seu substituto, podero celebr-lo em presena de seis testemunhas, que com os
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Lei no 10.406/2002 II declarar que esta no livre e espontnea; III manifestar-se arrependido. Pargrafo nico. O nubente que, por algum dos fatos mencionados neste artigo, der causa suspenso do ato, no ser admitido a retratar-se no mesmo dia. Art. 1.539. No caso de molstia grave de um dos nubentes, o presidente do ato ir celebr-lo onde se encontrar o impedido, sendo urgente, ainda que noite, perante duas testemunhas que saibam ler e escrever. 1o A falta ou impedimento da autoridade competente para presidir o casamento suprir-se- por qualquer dos seus substitutos legais, e a do oficial do Registro Civil por outro ad hoc, nomeado pelo presidente do ato. 2o O termo avulso, lavrado pelo oficial ad hoc, ser registrado no respectivo registro dentro em cinco dias, perante duas testemunhas, ficando arquivado. Art. 1.540. Quando algum dos contraentes estiver em iminente risco de vida, no obtendo a presena da autoridade qual incumba presidir o ato, nem a de seu substituto, poder o casamento ser celebrado na presena de seis testemunhas, que com os nubentes no tenham parentesco em linha reta, ou, na colateral, at segundo grau.

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Quadro Comparativo entre o Novo Cdigo Civil e o Cdigo Civil Anterior Lei no 3.071/1916 nubentes no tenham parentesco em linha reta, ou, na colateral, em segundo grau. Art. 200. Essas testemunhas comparecero dentro em cinco dias ante a autoridade judicial mais prxima, pedindo que se lhes tomem por termo as seguintes declaraes: I que foram convocadas por parte do enfermo; II que este parecia em perigo de vida mas em seu juzo; III que em sua presena declararam os contraentes livre e espontaneamente receber-se por marido e mulher. 1o Autuado o pedido e tomadas as declaraes, o juiz proceder s diligncias necessrias para verificar se os contraentes podiam ter-se habilitado para o casamento, na forma ordinria, ouvidos os interessados, que o requererem, dentro em quinze dias. 2o Verificada a idoneidade dos cnjuges para o casamento, assim o decidir a autoridade competente, com recurso voluntrio s partes. 3o Se da deciso no se tiver recorrido, ou se ela passar em julgado, apesar dos recursos interpostos, o juiz mandar transcrev-la no livro do registro dos casamentos. 4o O assento assim lavrado retrotrair os efeitos do casamento, quanto ao estado dos cnjuges, data da celebrao e, quanto aos filhos comuns, data do nascimento. 5o Sero dispensadas as formalidades deste e do artigo anterior, se o enfermo
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Art. 1.541. Realizado o casamento, devem as testemunhas comparecer perante a autoridade judicial mais prxima, dentro em dez dias, pedindo que lhes tome por termo a declarao de: I que foram convocadas por parte do enfermo; II que este parecia em perigo de vida, mas em seu juzo; III que, em sua presena, declararam os contraentes, livre e espontaneamente, receber-se por marido e mulher. 1o Autuado o pedido e tomadas as declaraes, o juiz proceder s diligncias necessrias para verificar se os contraentes podiam ter-se habilitado, na forma ordinria, ouvidos os interessados que o requererem, dentro em quinze dias. 2o Verificada a idoneidade dos cnjuges para o casamento, assim o decidir a autoridade competente, com recurso voluntrio s partes. 3o Se da deciso no se tiver recorrido, ou se ela passar em julgado, apesar dos recursos interpostos, o juiz mandar registr-la no livro do Registro dos Casamentos. 4o O assento assim lavrado retrotrair os efeitos do casamento, quanto ao estado dos cnjuges, data da celebrao. 5o Sero dispensadas as formalidades deste e do artigo antecedente, se o enfer423

Quadro Comparativo entre o Novo Cdigo Civil e o Cdigo Civil Anterior Lei no 3.071/1916 convalescer e puder ratificar o casamento em presena da autoridade competente do oficial de registro. Art. 201. O casamento pode celebrar-se mediante procurao, que outorgue poderes especiais ao mandatrio para receber, em nome do outorgante, o outro contraente. Pargrafo nico. Pode casar por procurao o preso, ou o condenado, quando lhe no permita comparecer em pessoa comparecer em pessoa a autoridade, sob cuja guarda estiver. 1o A revogao do mandato no necessita chegar ao conhecimento do mandatrio; mas, celebrado o casamento sem que o mandatrio ou o outro contraente tivessem cincia da revogao, responder o mandante por perdas e danos. 2o O nubente que no estiver em iminente risco de vida poder fazer-se representar no casamento nuncupativo. 3o A eficcia do mandato no ultrapassar noventa dias. 4o S por instrumento pblico se poder revogar o mandato. Captulo V Das Provas do Casamento Art. 202. O casamento celebrado no Brasil prova-se pela certido do registro, feito ao tempo de sua celebrao. Pargrafo nico. Justificada a falta ou perda do registro civil, admissvel qualquer outra espcie de prova.
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Lei no 10.406/2002 mo convalescer e puder ratificar o casamento na presena da autoridade competente e do oficial do registro. Art. 1.542. O casamento pode celebrar-se mediante procurao, por instrumento pblico, com poderes especiais.

Captulo VII Das Provas do Casamento Art. 1.543. O casamento celebrado no Brasil prova-se pela certido do registro. Pargrafo nico. Justificada a falta ou perda do registro civil, admissvel qualquer outra espcie de prova.
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Quadro Comparativo entre o Novo Cdigo Civil e o Cdigo Civil Anterior Lei no 3.071/1916 Lei no 10.406/2002 Art. 1.544. O casamento de brasileiro, celebrado no estrangeiro, perante as respectivas autoridades ou os cnsules brasileiros, dever ser registrado em cento e oitenta dias, a contar da volta de um ou de ambos os cnjuges ao Brasil, no cartrio do respectivo domiclio, ou, em sua falta, no 1o Ofcio da Capital do Estado em que passarem a residir. Art. 204. O casamento celebrado fora do Brasil prova-se de acordo com a lei do pas onde se celebrou. Pargrafo nico. Se, porm, se contraiu perante agente consular, provar-se- por certido do assento no registro do consulado. Art. 203. O casamento de pessoas que faleceram na posse do estado de casadas no se pode contestar em prejuzo da prole comum, salvo mediante certido do registro civil, que prove que j era casada alguma delas, quando contraiu o matrimnio impugnado. Art. 205. Quando a prova da celebrao legal do casamento resultar de processo judicial, a inscrio da sentena no livro do registro civil produzir, assim no que toca aos cnjuges, como no que respeita aos filhos, todos os efeitos civis desde a data do casamento. Art. 206. Na dvida entre as provas pr e contra, julgar-se- pelo casamento, se os cnjuges, cujo matrimnio se impugna, viverem ou tiverem vivido na posse do estado de casados.
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Art. 1.545. O casamento de pessoas que, na posse do estado de casadas, no possam manifestar vontade, ou tenham falecido, no se pode contestar em prejuzo da prole comum, salvo mediante certido do Registro Civil que prove que j era casada alguma delas, quando contraiu o casamento impugnado. Art. 1.546. Quando a prova da celebrao legal do casamento resultar de processo judicial, o registro da sentena no livro do Registro Civil produzir, tanto no que toca aos cnjuges como no que respeita aos filhos, todos os efeitos civis desde a data do casamento. Art. 1.547. Na dvida entre as provas favorveis e contrrias, julgar-se- pelo casamento, se os cnjuges, cujo casamento se impugna, viverem ou tiverem vivido na posse do estado de casados.
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Quadro Comparativo entre o Novo Cdigo Civil e o Cdigo Civil Anterior Lei no 3.071/1916 Captulo VI Do Casamento Nulo e Anulvel Art. 207. nulo e de nenhum efeito, quanto aos contraentes e aos filhos, o casamento contrado com infrao de qualquer dos nos I a VIII do artigo 183. Lei no 10.406/2002 Captulo VIII Da Invalidade do Casamento Art. 1.548. nulo o casamento contrado: I pelo enfermo mental sem o necessrio discernimento para os atos da vida civil; II por infringncia de impedimento.

Art. 208. tambm nulo o casamento contrado perante autoridade incompetente. Mas esta nulidade se considerar sanada, se no se alegar dentro em dois anos da celebrao. Pargrafo nico. Antess de vencido esse prazo, a declarao da nulidade poder ser requerida: I por qualquer interessado; II pelo Ministrio Pblico, salvo se j houver falecido algum dos cnjuges. Art. 209. anulvel o casamento contrado com infrao de qualquer dos nos IX a XII do artigo 183. Art. 1.549. A decretao de nulidade de casamento, pelos motivos previstos no artigo antecedente, pode ser promovida mediante ao direta, por qualquer interessado, ou pelo Ministrio Pblico. Art. 1.550. anulvel o casamento: I de quem no completou a idade mnima para casar; II do menor em idade nbil, quando no autorizado por seu representante legal; III por vcio da vontade, nos termos dos arts. 1.556 a 1.558; IV do incapaz de consentir ou manifestar, de modo inequvoco, o consentimento; V realizado pelo mandatrio, sem que ele ou o outro contraente soubesse da revogao do mandato, e no sobrevindo coabitao entre os cnjuges; VI por incompetncia da autoridade celebrante. Pargrafo nico. Equipara-se revogao a invalidade do mandato judicialmente decretada.
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Quadro Comparativo entre o Novo Cdigo Civil e o Cdigo Civil Anterior Lei no 3.071/1916 Art. 210. A anulao do casamento contrado pelo coato ou pelo incapaz de consentir, s poder ser promovida: I pelo prprio coato; II pelo incapaz; III por seus representantes legais. Art. 211. O que contraiu o casamento, enquanto incapaz, pode ratific-lo, quando adquirir a necessria capacidade, e esta ratificao retrotrair os seus efeitos data da celebrao. Art. 212. A anulao do casamento contrado com infrao do no XI do artigo 183 s pode ser requerida pelas pessoas que tinham o direito de consentir Art. 215. Por defeito da idade no se anular o casamento de que resultou gravidez. Art. 213. A anulao do casamento da menor de dezesseis anos ou do menor de dezoito ser requerida: I pelo prprio cnjuge menor; II pelos seus representantes legais; III pelas pessoas designadas no artigo 190, naquela mesma ordem. Art. 214. Podem, entretanto, casar-se os referidos menores para evitar a imposio ou o cumprimento de pena criminal. Pargrafo nico. Em tal caso o juiz poder ordenar a separao de corpos, at que os cmjuges alcancem a idade legal. Art. 1.553. O menor que no atingiu a idade nbil poder, depois de complet-la, confirmar seu casamento, com a autorizao de seus representantes legais, se necessria, ou com suprimento judicial.
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Art. 1.551. No se anular, por motivo de idade, o casamento de que resultou gravidez. Art. 1.552. A anulao do casamento dos menores de dezesseis anos ser requerida: I pelo prprio cnjuge menor; II por seus representantes legais; III por seus ascendentes.

Quadro Comparativo entre o Novo Cdigo Civil e o Cdigo Civil Anterior Lei no 3.071/1916 Lei no 10.406/2002 Art. 1.554. Subsiste o casamento celebrado por aquele que, sem possuir a competncia exigida na lei, exercer publicamente as funes de juiz de casamentos e, nessa qualidade, tiver registrado o ato no Registro Civil. Art. 1.555. O casamento do menor em idade nbil, quando no autorizado por seu representante legal, s poder ser anulado se a ao for proposta em cento e oitenta dias, por iniciativa do incapaz, ao deixar de s-lo, de seus representantes legais ou de seus herdeiros necessrios. 1o O prazo estabelecido neste artigo ser contado do dia em que cessou a incapacidade, no primeiro caso; a partir do casamento, no segundo; e, no terceiro, da morte do incapaz. 2o No se anular o casamento quando sua celebrao houverem assistido os representantes legais do incapaz, ou tiverem, por qualquer modo, manifestado sua aprovao. Art. 216. Quando requerida por terceiros a anulao do casamento, podero os cnjuges ratific-lo, em perfazendo a idade fixada no artigo 183, no XII, ante o juiz e o oficial do registro civil. A ratificao ter efeito retroativo, subsistindo, entretanto, o regime da separao de bens. Art. 217. A anulao do casamento no obsta legitimidade do filho concebido ou havido antes ou na constncia dele. Art. 218. tambm anulvel o casamento, se houve por parte de um dos nubentes, ao consentir, erro essencial quanto pessoa do outro.
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Art. 1.556. O casamento pode ser anulado por vcio da vontade, se houve por parte de um dos nubentes, ao consentir, erro essencial quanto pessoa do outro.
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Quadro Comparativo entre o Novo Cdigo Civil e o Cdigo Civil Anterior Lei no 3.071/1916 Art. 219. Considera-se erro essencial sobre a pessoa do outro cnjuge: I o que diz respeito identidade do outro cnjuge, sua honra e boa fama, sendo erro tal, que o seu conhecimento ulterior torne insuportvel a vida em comum ao cmjuge enganado; II a ignorncia de crime inafianvel, anterior ao casamento e definitivamente julgado por sentena condenatria; III a ignorncia, anterior ao casamento, de defeito fsico irremedivel ou de molstia grave e transmissvel, por contgio ou herana, capaz de pr em risco a sade do outro cnjuge ou de sua descendncia; IV o defloramento da mulher, ignorado pelo marido. Lei no 10.406/2002 Art. 1.557. Considera-se erro essencial sobre a pessoa do outro cnjuge: I o que diz respeito sua identidade, sua honra e boa fama, sendo esse erro tal que o seu conhecimento ulterior torne insuportvel a vida em comum ao cnjuge enganado; II a ignorncia de crime, anterior ao casamento, que, por sua natureza, torne insuportvel a vida conjugal; III a ignorncia, anterior ao casamento, de defeito fsico irremedivel, ou de molstia grave e transmissvel, pelo contgio ou herana, capaz de pr em risco a sade do outro cnjuge ou de sua descendncia; IV a ignorncia, anterior ao casamento, de doena mental grave que, por sua natureza, torne insuportvel a vida em comum ao cnjuge enganado.

Art. 220. A anulao do casamento, nos casos do artigo antecedente, s a poder demandar o cnjuge enganado. Art. 221. Embora anulvel, ou mesmo nulo se contrado de boa-f por ambos os cnjuges, o casamento, em relao a estes como aos filhos, produz todos os efeitos civis at o dia da sentena anulatria. Pargrafo nico. Se um dos cnjuges estava de boa-f, ao celebrar o casamento, os seus efeitos civis s a esse e aos filhos aproveitaro. Art. 222. A nulidade do casamento processar-se- por ao ordinria, na qual ser nomeado curador que o defenda. Art. 1.558. anulvel o casamento em virtude de coao, quando o consentimento de um ou de ambos os cnjuges houver
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Quadro Comparativo entre o Novo Cdigo Civil e o Cdigo Civil Anterior Lei no 3.071/1916 Lei no 10.406/2002 sido captado mediante fundado temor de mal considervel e iminente para a vida, a sade e a honra, sua ou de seus familiares. Art. 1.559. Somente o cnjuge que incidiu em erro, ou sofreu coao, pode demandar a anulao do casamento; mas a coabitao, havendo cincia do vcio, valida o ato, ressalvadas as hipteses dos incisos III e IV do art. 1.557. Art. 1.560. O prazo para ser intentada a ao de anulao do casamento, a contar da data da celebrao, de: I cento e oitenta dias, no caso do inciso IV do art. 1.550; II dois anos, se incompetente a autoridade celebrante; III trs anos, nos casos dos incisos I a IV do art. 1.557; IV quatro anos, se houver coao. 1o Extingue-se, em cento e oitenta dias, o direito de anular o casamento dos menores de dezesseis anos, contado o prazo para o menor do dia em que perfez essa idade; e da data do casamento, para seus representantes legais ou ascendentes. 2o Na hiptese do inciso V do art. 1.550, o prazo para anulao do casamento de cento e oitenta dias, a partir da data em que o mandante tiver conhecimento da celebrao. Art. 1.561. Embora anulvel ou mesmo nulo, se contrado de boa-f por ambos os cnjuges, o casamento, em relao a estes como aos filhos, produz todos os efeitos at o dia da sentena anulatria. 1o Se um dos cnjuges estava de boa-f ao celebrar o casamento, os seus efeitos civis s a ele e aos filhos aproveitaro.
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Quadro Comparativo entre o Novo Cdigo Civil e o Cdigo Civil Anterior Lei no 3.071/1916 Lei no 10.406/2002 2o Se ambos os cnjuges estavam de m-f ao celebrar o casamento, os seus efeitos civis s aos filhos aproveitaro. Art. 223. Antes de mover a ao de nulidade do casamento, a de anulao, ou a de desquite, requerer o autor, com documentos que a autorizem, a separao de corpos, que ser concedida pelo juiz com a possvel brevidade. Art. 1.562. Antes de mover a ao de nulidade do casamento, a de anulao, a de separao judicial, a de divrcio direto ou a de dissoluo de unio estvel, poder requerer a parte, comprovando sua necessidade, a separao de corpos, que ser concedida pelo juiz com a possvel brevidade.

Art. 224. Concedida a separao, a mulher poder pedir alimentos provisionais, que lhe sero arbitrados, na forma do artigo 400. Art. 1.563. A sentena que decretar a nulidade do casamento retroagir data da sua celebrao, sem prejudicar a aquisio de direitos, a ttulo oneroso, por terceiros de boa-f, nem a resultante de sentena transitada em julgado. Art. 1.564. Quando o casamento for anulado por culpa de um dos cnjuges, este incorrer: I na perda de todas as vantagens havidas do cnjuge inocente; II na obrigao de cumprir as promessas que lhe fez no contrato antenupcial. Ttulo II Dos Efeitos Jurdicos do Casamento Captulo I Disposies Gerais Captulo IX Da Eficcia do Casamento Art. 1.565. Pelo casamento, homem e mulher assumem mutuamente a condio de
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Quadro Comparativo entre o Novo Cdigo Civil e o Cdigo Civil Anterior Lei no 3.071/1916 Lei no 10.406/2002 consortes, companheiros e responsveis pelos encargos da famlia. 1o Qualquer dos nubentes, querendo, poder acrescer ao seu o sobrenome do outro. 2o O planejamento familiar de livre deciso do casal, competindo ao Estado propiciar recursos educacionais e financeiros para o exerccio desse direito, vedado qualquer tipo de coero por parte de instituies privadas ou pblicas. Art. 229. Criando a famlia legtima, o casamento legitima os filhos comuns, antes dele nascido ou concebidos. Art. 230. O regime dos bens entre cnjuges comea a vigorar desde a data do casamento, e irrevogvel. Art. 231. So deveres de ambos os cnjuges: I fidelidade recproca; II vida em comum, no domiclio conjugal; III mtua assistncia; IV sustento, guarda e educao dos filhos. Art. 232. Quando o casamento for anulado por culpa de um dos cnjuges, este incorrer: I na perda de todas as vantagens havidas do cnjuge inocente; II na obrigao de cumprir as promessas, que lhe fez, no contrato antenupcial. Art. 1.567. A direo da sociedade conjugal ser exercida, em colaborao, pelo
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Art. 1.566. So deveres de ambos os cnjuges: I fidelidade recproca; II vida em comum, no domiclio conjugal; III mtua assistncia; IV sustento, guarda e educao dos filhos; V respeito e considerao mtuos.

Quadro Comparativo entre o Novo Cdigo Civil e o Cdigo Civil Anterior Lei no 3.071/1916 Lei no 10.406/2002 marido e pela mulher, sempre no interesse do casal e dos filhos. Pargrafo nico. Havendo divergncia, qualquer dos cnjuges poder recorrer ao juiz, que decidir tendo em considerao aqueles interesses. Art. 1.568. Os cnjuges so obrigados a concorrer, na proporo de seus bens e dos rendimentos do trabalho, para o sustento da famlia e a educao dos filhos, qualquer que seja o regime patrimonial. Art. 1.569. O domiclio do casal ser escolhido por ambos os cnjuges, mas um e outro podem ausentar-se do domiclio conjugal para atender a encargos pblicos, ao exerccio de sua profisso, ou a interesses particulares relevantes. Art. 1.570. Se qualquer dos cnjuges estiver em lugar remoto ou no sabido, encarcerado por mais de cento e oitenta dias, interditado judicialmente ou privado, episodicamente, de conscincia, em virtude de enfermidade ou de acidente, o outro exercer com exclusividade a direo da famlia, cabendo-lhe a administrao dos bens. Captulo II Dos Direitos e Deveres do Marido Art. 233. O marido o chefe da sociedade conjugal, funo que exerce com a colaborao da mulher, no interesse comum do casal e dos filhos. Compete-lhe: I a representao legal da famlia; II a administrao dos bens comuns e dos particulares da mulher que ao marido incumbir administrar, em virtude do regiCdigo Civil Comparado 433

Quadro Comparativo entre o Novo Cdigo Civil e o Cdigo Civil Anterior Lei no 3.071/1916 me matrimonial adotado, ou de pacto antenupcial; III o direito de fixar o domiclio da famlia, ressalvada a possibilidade de recorrer a mulher ao juiz, no caso de deliberao que a prejudique; IV prover a manuteno da famlia, guardadas as disposies dos artigos 275 e 277. Art. 234. A obrigao de sustentar a mulher cessa, para o marido, quando ela abandona sem justo motivo a habilitao conjugal, e esta recusa voltar. Neste caso, o juiz pode, segundo as cisrcustncias, ordenar, em proveito do marido e dos filhos, o sequestro temporrio de parte dos rendimentos particulares da mulher. Art. 235. O marido no pode, sem consentimento da mulher, qualquer que seja o regime de bens: I alienar, hipotecar ou gravar de nus real os bens imveis, ou direitos reais sobre imveis alheios; II pleitear, como autor ou ru, acerca desses bens e direitos; III prestar fiana; IV fazer doao, no sendo remuneratria ou de pequeno valor, com os bens ou rendimentos comuns. Art. 236. Valero, porm, os dotes ou doaes nupciais feitas s filhas e as doaes feitas aos filhos por ocasio de se casarem, ou estabelecerem economia separada. Art. 237. Cabe ao juiz suprir a outorga da mulher, quando esta a denegue sem motivo justo, ou lhe seja impossvel d-la.
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Quadro Comparativo entre o Novo Cdigo Civil e o Cdigo Civil Anterior Lei no 3.071/1916 Art. 238. O suprimento judicial da outorga autoriza o ato do marido, mas no obriga os bens prprios da mulher. Art. 239. A anulao dos atos do marido praticados sem outorga da mulher, ou sem suprimento do juiz, s poder ser demandada por ela, ou seus herdeiros. Captulo III Dos Direitos e Deveres da Mulher Art. 240. A mulher, com o casamento, assume a condio de companheira, consorte e colaboradora do marido nos encargos de famlia, cumprindo-lhe velar pela direo material e moral desta. Pargrafo nico. A mulher poder acrescer aos seus os apelidos do marido. Art. 241. Se o regime de bens no for o da comunho universal, o marido recobrar da mulher as despesas, que com a defesa dos bens e direitos particulares desta houver feito. Art. 242. A mulher no pode, sem autorizao do marido: I praticar os atos que este no poderia sem consentimento da mulher; II alienar ou gravar de nus real os imveis de seu domnio particular, qualquer que seja o regime de bens; III alienar os seus direitos reais sobre imveis de outrem; IV contrair obrigaes que possam importar em alheao de bens do casal. Art. 243. A autorizao do marido pode ser geral ou especial, mas deve constar de instrumento pblico ou particular previamente autenticado.
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Quadro Comparativo entre o Novo Cdigo Civil e o Cdigo Civil Anterior Lei no 3.071/1916 Art. 244. Esta autorizao revogvel a todo tempo, respeitados os direitos de terceiros e os efeitos necessrios dos atos iniciados. Art. 245. A autorizao marital pode suprir-se judicialmente: I nos casos do artigo 242, nosI a V; II nos casos do artigo 242, nosVII e VIII, se o marido no ministrar os meios de subsistncia mulher e aos filhos. Pargrafo nico. O suprimento judicial da autorizao valida os atos da mulher, mas no obriga os bens prprios do marido. Art. 246. A mulher que exercer profisso lucrativa, distinta da do marido, ter direito de praticar todos os atos inerentes ao seu exerccio e sua defesa. O produto do seu trabalho assim auferido, e os bens com ele adquiridos, constituem, salvo estipulao diversa em pacto antenupcial, bens reservados, dos quais poder dispor livremente, com observncia, porm, do preceituado na parte final do artigo 240 e nos II e III, do artigo 242. Art. 247. Presume-se a mulher autorizada pelo marido: I para a compra, ainda a crdito, das coisas necessrias economia domstica; II para obter, por emprstimo, as quantias que a aquisio dessas coisas possa exigir; III para contrair as obrigaes concernentes indstria, ou profisso que exercer com autorizao do marido, ou suprimento do juiz. Pargrafo nico. Considerar-se- sempre autorizada pelo marido a mulher que ocupar cargo pblico, ou, por mais de seis
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Quadro Comparativo entre o Novo Cdigo Civil e o Cdigo Civil Anterior Lei no 3.071/1916 meses, se entregar a profisso exercida fora do lar conjugal. Art. 248. A mulher casada pode livremente: I exercer o direito que lhe competir sobre as pessoas e os bens dos filhos de leito anterior; II desobrigar ou reivindicar os imveis do casal que o marido tenha gravado ou alienado sem sua outorga ou suprimento do juiz; III anular as fianas ou doaes feitas pelo marido com infrao do disposto nos nos III e IV do artigo 235; IV reivindicar os bens comuns, mveis ou imveis, doados ou transferidos pelo marido concubina; Pargrafo nico. Este direito prevalece, esteja ou no a mulher em companhia do marido, e ainda que a doao se dissimule em venda ou outro contrato. V dispor dos bens adquiridos na conformidade do nmero anterior e de quaisquer outros que possua, livre da administrao do marido, no sendo imveis; VI promover os meios assecuratrios e as aes que, em razo do dote ou de outros bens seus, sujeitos administrao do marido, contra este lhe competirem; VII praticar quaisquer outros atos no vedados por lei; VIII propor a separao judicial e o divrcio. Art. 249. As aes fundadas nos nos II, III, IV e VI do artigo antecedente competem mulher e seus herdeiros. Art. 250. Salvo o caso do no IV do artigo 248, fica ao terceiro, prejudicado com a sentena favorvel mulher, o direito regressivo contra o marido ou seus herdeiros.
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Quadro Comparativo entre o Novo Cdigo Civil e o Cdigo Civil Anterior Lei no 3.071/1916 Art. 251. mulher compete a direo e a administrao do casal, quando o marido: I estiver em lugar remoto ou no sabido; II estiverem em crcere por mais de dois anos; III for judicialmente declarado interdito. Pargrafo nico. Nestes casos, cabe mulher: I administrar os bens comuns; II dispor dos particulares e alienar os mveis comuns e os do marido; III administrar os do marido; IV alienar os imveis comuns e os do marido mediante autorizao especial do juiz. Art. 252. A falta, no suprida pelo juiz, de autorizao do marido, quando necessria, invalidar o ato da mulher, podendo esta nulidade ser alegada pelo outro cnjuge, at dois anos depois de terminada a sociedade conjugal. Pargrafo nico. A ratificao do marido, provada por instrumento pblico ou particular autenticado, revalida o ato. Art. 253. Os atos da mulher autorizados pelo marido obrigam todos os bens do casal, se o regime matrimonial for o de comunho, e somente os particulares dela, se outro for o regime e o marido no assumir conjuntamente a responsabilidade do ato. Art. 254. Qualquer que seja o regime do casamento, os bens de ambos os cnjuges ficam obrigados igualmente pelos atos que a mulher praticar na conformidade do artigo 247. Art. 255. A anulao dos atos de um cnjuge por falta da outorga indispensvel
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Quadro Comparativo entre o Novo Cdigo Civil e o Cdigo Civil Anterior Lei no 3.071/1916 do outro, importa ficar o primeiro obrigado pela importncia da vantagem que do ato anulado lhe haja advindo, a ele, ao consorte ou ao casal. Pargrafo nico. Quando o cnjuge responsvel pelo ato anulado no tiver bens particulares, que bastem, o dano aos terceiros de boa-f se compor pelos bens comuns, na razo do proveito que lucrar o casal. Ttulo IV Da Dissoluo da Sociedade Conjugal e da Proteo da Pessoa dos Filhos Captulo X Da Dissoluo da Sociedade e do Vnculo Conjugal Art. 1.571. A sociedade conjugal termina: I pela morte de um dos cnjuges; II pela nulidade ou anulao do casamento; III pela separao judicial; IV pelo divrcio. 1o O casamento vlido s se dissolve pela morte de um dos cnjuges ou pelo divrcio, aplicando-se a presuno estabelecida neste Cdigo quanto ao ausente. 2o Dissolvido o casamento pelo divrcio direto ou por converso, o cnjuge poder manter o nome de casado; salvo, no segundo caso, dispondo em contrrio a sentena de separao judicial. Art. 1.572. Qualquer dos cnjuges poder propor a ao de separao judicial, imputando ao outro qualquer ato que importe grave violao dos deveres do casamento e torne insuportvel a vida em comum. 1o A separao judicial pode tambm ser pedida se um dos cnjuges provar ruptuCdigo Civil Comparado 439

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Quadro Comparativo entre o Novo Cdigo Civil e o Cdigo Civil Anterior Lei no 3.071/1916 Lei no 10.406/2002 ra da vida em comum h mais de um ano e a impossibilidade de sua reconstituio. 2o O cnjuge pode ainda pedir a separao judicial quando o outro estiver acometido de doena mental grave, manifestada aps o casamento, que torne impossvel a continuao da vida em comum, desde que, aps uma durao de dois anos, a enfermidade tenha sido reconhecida de cura improvvel. 3o No caso do pargrafo 2o, revertero ao cnjuge enfermo, que no houver pedido a separao judicial, os remanescentes dos bens que levou para o casamento, e se o regime dos bens adotado o permitir, a meao dos adquiridos na constncia da sociedade conjugal. Art. 1.573. Podem caracterizar a impossibilidade da comunho de vida a ocorrncia de algum dos seguintes motivos: I adultrio; II tentativa de morte; III sevcia ou injria grave; IV abandono voluntrio do lar conjugal, durante um ano contnuo; V condenao por crime infamante; VI conduta desonrosa. Pargrafo nico. O juiz poder considerar outros fatos que tornem evidente a impossibilidade da vida em comum. Art. 1.574. Dar-se- a separao judicial por mtuo consentimento dos cnjuges se forem casados por mais de um ano e o manifestarem perante o juiz, sendo por ele devidamente homologada a conveno. Pargrafo nico. O juiz pode recusar a homologao e no decretar a separao judicial se apurar que a conveno no preserva suficientemente os interesses dos filhos ou de um dos cnjuges.
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Quadro Comparativo entre o Novo Cdigo Civil e o Cdigo Civil Anterior Lei no 3.071/1916 Lei no 10.406/2002 Art. 1.575. A sentena de separao judicial importa a separao de corpos e a partilha de bens. Pargrafo nico. A partilha de bens poder ser feita mediante proposta dos cnjuges e homologada pelo juiz ou por este decidida. Art. 1.576. A separao judicial pe termo aos deveres de coabitao e fidelidade recproca e ao regime de bens. Pargrafo nico. O procedimento judicial da separao caber somente aos cnjuges, e, no caso de incapacidade, sero representados pelo curador, pelo ascendente ou pelo irmo. Art. 1.577. Seja qual for a causa da separao judicial e o modo como esta se faa, lcito aos cnjuges restabelecer, a todo tempo, a sociedade conjugal, por ato regular em juzo. Pargrafo nico. A reconciliao em nada prejudicar o direito de terceiros, adquirido antes e durante o estado de separado, seja qual for o regime de bens. Art. 1.578. O cnjuge declarado culpado na ao de separao judicial perde o direito de usar o sobrenome do outro, desde que expressamente requerido pelo cnjuge inocente e se a alterao no acarretar: I evidente prejuzo para a sua identificao; II manifesta distino entre o seu nome de famlia e o dos filhos havidos da unio dissolvida; III dano grave reconhecido na deciso judicial. 1o O cnjuge inocente na ao de separao judicial poder renunciar, a qualquer
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Quadro Comparativo entre o Novo Cdigo Civil e o Cdigo Civil Anterior Lei no 3.071/1916 Lei no 10.406/2002 momento, ao direito de usar o sobrenome do outro. 2o Nos demais casos caber a opo pela conservao do nome de casado. Art. 1.579. O divrcio no modificar os direitos e deveres dos pais em relao aos filhos. Pargrafo nico. Novo casamento de qualquer dos pais, ou de ambos, no poder importar restries aos direitos e deveres previstos neste artigo. Art. 1.580. Decorrido um ano do trnsito em julgado da sentena que houver decretado a separao judicial, ou da deciso concessiva da medida cautelar de separao de corpos, qualquer das partes poder requerer sua converso em divrcio. 1o A converso em divrcio da separao judicial dos cnjuges ser decretada por sentena, da qual no constar referncia causa que a determinou. 2o O divrcio poder ser requerido, por um ou por ambos os cnjuges, no caso de comprovada separao de fato por mais de dois anos. Art. 1.581. O divrcio pode ser concedido sem que haja prvia partilha de bens. Art. 1.582. O pedido de divrcio somente competir aos cnjuges. Pargrafo nico. Se o cnjuge for incapaz para propor a ao ou defender-se, poder faz-lo o curador, o ascendente ou o irmo. Captulo II Da Proteo da Pessoa dos Filhos Captulo XI Da Proteo da Pessoa dos Filhos Art. 1.583. No caso de dissoluo da sociedade ou do vnculo conjugal pela se442 Cdigo Civil Comparado

Quadro Comparativo entre o Novo Cdigo Civil e o Cdigo Civil Anterior Lei no 3.071/1916 Lei no 10.406/2002 parao judicial por mtuo consentimento ou pelo divrcio direto consensual, observar-se- o que os cnjuges acordarem sobre a guarda dos filhos. Art. 1.584. Decretada a separao judicial ou o divrcio, sem que haja entre as partes acordo quanto guarda dos filhos, ser ela atribuda a quem revelar melhores condies para exerc-la. Pargrafo nico. Verificando que os filhos no devem permanecer sob a guarda do pai ou da me, o juiz deferir a sua guarda pessoa que revele compatibilidade com a natureza da medida, de preferncia levando em conta o grau de parentesco e relao de afinidade e afetividade, de acordo com o disposto na lei especfica. Art. 1.585. Em sede de medida cautelar de separao de corpos, aplica-se quanto guarda dos filhos as disposies do artigo antecedente. Art. 1.586. Havendo motivos graves, poder o juiz, em qualquer caso, a bem dos filhos, regular de maneira diferente da estabelecida nos artigos antecedentes a situao deles para com os pais. Art. 1.587. No caso de invalidade do casamento, havendo filhos comuns, observar-se- o disposto nos arts. 1.584 e 1.586. Art. 329. A me, que contrai novas npcias, no perde o direito a ter consigo os filhos, que s lhe podero ser retirados, mandando o juiz, provado que ela, ou o padrasto, no os trata convenientemente. Art. 1.588. O pai ou a me que contrair novas npcias no perde o direito de ter consigo os filhos, que s lhe podero ser retirados por mandado judicial, provado que no so tratados convenientemente. Art. 1.589. O pai ou a me, em cuja guarda no estejam os filhos, poder visit-los e
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Quadro Comparativo entre o Novo Cdigo Civil e o Cdigo Civil Anterior Lei no 3.071/1916 Lei no 10.406/2002 t-los em sua companhia, segundo o que acordar com o outro cnjuge, ou for fixado pelo juiz, bem como fiscalizar sua manuteno e educao. Art. 1.590. As disposies relativas guarda e prestao de alimentos aos filhos menores estendem-se aos maiores incapazes. Ttulo V Das Relaes de Parentesco Subttulo II Das Relaes de Parentesco Captulo I Disposies Gerais Art. 330. So parentes, em linha reta, as pessoas que esto unidas para com as outras na relao de ascendentes e descendentes. Art. 331. So parentes, em linha colateral, ou transversal, at o sexto grau, as pessoas que provm de um s tronco, sem descenderem umas das outras. Captulo I Disposies Gerais Art. 1.591. So parentes em linha reta as pessoas que esto umas para com as outras na relao de ascendentes e descendentes. Art. 1.592. So parentes em linha colateral ou transversal, at o quarto grau, as pessoas provenientes de um s tronco, sem descenderem uma da outra. Art. 1.593. O parentesco natural ou civil, conforme resulte de consanginidade ou outra origem. Art. 333. Contam-se, na linha reta, os graus de parentesco pelo nmero de geraes, e, na colateral, tambm pelo nmero delas, subindo, porm, de um dos parentes at ao ascendente comum, e descendo, depois, at encontrar o outro parente. Art. 334. Cada cnjuge aliado aos parentes do outro pelo vnculo da afinidade.
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Art. 1.594. Contam-se, na linha reta, os graus de parentesco pelo nmero de geraes, e, na colateral, tambm pelo nmero delas, subindo de um dos parentes at ao ascendente comum, e descendo at encontrar o outro parente. Art. 1.595. Cada cnjuge ou companheiro aliado aos parentes do outro pelo vnculo da afinidade.
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Quadro Comparativo entre o Novo Cdigo Civil e o Cdigo Civil Anterior Lei no 3.071/1916 Lei no 10.406/2002 1o O parentesco por afinidade limita-se aos ascendentes, aos descendentes e aos irmos do cnjuge ou companheiro. Art. 335. A afinidade, na linha reta, no se extingue com a dissoluo do casamento, que a originou. Captulo II Da Filiao Legtima 2o Na linha reta, a afinidade no se extingue com a dissoluo do casamento ou da unio estvel. Captulo II Da Filiao Art. 1.596. Os filhos, havidos ou no da relao de casamento, ou por adoo, tero os mesmos direitos e qualificaes, proibidas quaisquer designaes discriminatrias relativas filiao. Art. 338. Presumem-se concebidos na constncia do casamento: I os filhos nascidos cento e oitenta dias, pelo menos, depois de estabelecida a convivncia conjugal; II os nascidos dentro nos trezentos dias subsequentes dissoluo da sociedade conjugal por morte, desquite, ou anulao. Art. 1.597. Presumem-se concebidos na constncia do casamento os filhos: I nascidos cento e oitenta dias, pelo menos, depois de estabelecida a convivncia conjugal; II nascidos nos trezentos dias subsequentes dissoluo da sociedade conjugal, por morte, separao judicial, nulidade e anulao do casamento; III havidos por fecundao artificial homloga, mesmo que falecido o marido; IV havidos, a qualquer tempo, quando se tratar de embries excedentrios, decorrentes de concepo artificial homloga; V havidos por inseminao artificial heterloga, desde que tenha prvia autorizao do marido. Art. 1.598. Salvo prova em contrrio, se, antes de decorrido o prazo previsto no inciso II do art. 1.523, a mulher contrair novas npcias e lhe nascer algum filho, este se presume do primeiro marido, se nascido dentro dos trezentos dias a contar da data do falecimento deste e, do se445

Art. 339. A legitimidade do filho nascido antes de decorridos os cento e oitenta dias de que trata o n o I do artigo antecedente, no pode, entretanto, ser contestada: I se o marido, antes de casar, tinha cincia da gravidez da mulher;
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Quadro Comparativo entre o Novo Cdigo Civil e o Cdigo Civil Anterior Lei no 3.071/1916 II se assistiu, pessoalmente, ou por procurador, a lavrar-se o termo de nascimento do filho, sem contestar paternidade. Art. 340. A legitimidade do filho concebido na constncia do casamento, ou presumido tal, s se pode contestar, provando-se: I que o marido se achava fisicamente impossibilitado de coabitar com a mulher nos primeiros cento e vinte e um dias, ou mais, dos trezentos que houverem precedido ao nascimento do filho; II que a esse tempo estavam os cnjuges legalmente separados. Art. 341. No valer o motivo do artigo antecedente, no II se os cnjuges houverem convivido algum dia sob o teto conjugal. Art. 342. S em sendo absoluta a impotncia, vale a sua alegao contra a legitimidade do filho. Art. 343. No basta o adultrio da mulher, com quem o marido vivia sob o mesmo teto, para ilidir a presuno legal de legitimidade da prole. Art. 344. Cabe privativamente ao marido o direito de contestar a legitimidade dos filhos nascidos de sua mulher. Art. 1.600. No basta o adultrio da mulher, ainda que confessado, para ilidir a presuno legal da paternidade. Art. 1.601. Cabe ao marido o direito de contestar a paternidade dos filhos nascidos de sua mulher, sendo tal ao imprescritvel. Pargrafo nico. Contestada a filiao, os herdeiros do impugnante tm direito de prosseguir na ao. Art. 1.602. No basta a confisso materna para excluir a paternidade. Art. 1.603. A filiao prova-se pela certido do termo de nascimento registrada no Registro Civil.
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Lei no 10.406/2002 gundo, se o nascimento ocorrer aps esse perodo e j decorrido o prazo a que se refere o inciso I do art. 1597. Art. 1.599. A prova da impotncia do cnjuge para gerar, poca da concepo, ilide a presuno da paternidade.

Quadro Comparativo entre o Novo Cdigo Civil e o Cdigo Civil Anterior Lei no 3.071/1916 Art. 346. No basta a confisso materna para excluir a paternidade. Art. 348. Ningum pode vindicar estado contrrio ao que resulta do registro de nascimento, salvo provando-se erro ou falsidade do registro. Art. 349. Na falta, ou defeito do termo de nascimento, poder provar-se a filiao legtima, por qualquer modo admissvel em direito: I quando houver comeo de prova por escrito, proveniente dos pais, conjunta ou separadamente; II quando existirem veementes presunes resultantes de fatos j certos. Art. 350. A ao de prova de filiao legtima compete ao filho, enquanto viver, passando aos herdeiros, se ele morrer menor, ou incapaz. Art. 351. Se a ao tiver sido iniciada pelo filho, podero continu-la os herdeiros, salvo se o autor desistiu, ou a instncia foi perempta. Captulo III Da Legitimao Art. 352. Os filhos legitimados so, em tudo, equiparados aos legtimos. Art. 353. A legitimao resulta do casamento dos pais, estando concebido ou depois de havido o filho. Art. 354. A legitimao dos filhos falecidos aproveita aos seus descendentes. Captulo IV Do Reconhecimento dos Filhos Ilegtimos
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Art. 1.604. Ningum pode vindicar estado contrrio ao que resulta do registro de nascimento, salvo provando-se erro ou falsidade do registro. Art. 1.605. Na falta, ou defeito, do termo de nascimento, poder provar-se a filiao por qualquer modo admissvel em direito: I quando houver comeo de prova por escrito, proveniente dos pais, conjunta ou separadamente; II quando existirem veementes presunes resultantes de fatos j certos. Art. 1.606. A ao de prova de filiao compete ao filho, enquanto viver, passando aos herdeiros, se ele morrer menor ou incapaz. Pargrafo nico. Se iniciada a ao pelo filho, os herdeiros podero continu-la, salvo se julgado extinto o processo.

Captulo III Do Reconhecimento dos Filhos


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Quadro Comparativo entre o Novo Cdigo Civil e o Cdigo Civil Anterior Lei no 3.071/1916 Lei no 10.406/2002 Art. 1.607. O filho havido fora do casamento pode ser reconhecido pelos pais, conjunta ou separadamente. Art. 356. Quando a maternidade constar do termo de nascimento do filho, a me s a poder contestar, provando a falsidade do termo, ou das declaraes nele contidas. Art. 1.608. Quando a maternidade constar do termo do nascimento do filho, a me s poder contest-la, provando a falsidade do termo, ou das declaraes nele contidas. Art. 1.609. O reconhecimento dos filhos havidos fora do casamento irrevogvel e ser feito: I no registro do nascimento; II por escritura pblica ou escrito particular, a ser arquivado em cartrio; III por testamento, ainda que incidentalmente manifestado; IV por manifestao direta e expressa perante o juiz, ainda que o reconhecimento no haja sido o objeto nico e principal do ato que o contm. Pargrafo nico. O reconhecimento pode preceder o nascimento do filho ou ser posterior ao seu falecimento, se ele deixar descendentes. Art. 1.610. O reconhecimento no pode ser revogado, nem mesmo quando feito em testamento. Art. 359. O filho ilegtimo, reconhecido por um dos cnjuges, no poder residir no lar conjugal sem o consentimento do outro. Art. 360. O filho reconhecido, enquanto menor, ficar sob poder do progenitor, que o reconheceu, e, se ambos o reconheceram, sob o do pai. Art. 1.611. O filho havido fora do casamento, reconhecido por um dos cnjuges, no poder residir no lar conjugal sem o consentimento do outro. Art. 1.612. O filho reconhecido, enquanto menor, ficar sob a guarda do genitor que o reconheceu, e, se ambos o reconheceram e no houver acordo, sob a de quem melhor atender aos interesses do menor.
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Quadro Comparativo entre o Novo Cdigo Civil e o Cdigo Civil Anterior Lei no 3.071/1916 Art. 361. No se pode subordinar a condio, ou a termo, o reconhecimento do filho. Art. 362. O filho maior no pode ser reconhecido sem o seu consentimento, e o menor pode impugnar o reconhecimento, dentro nos quatro anos que se seguirem maioridade, ou emancipao. Art. 363. Os filhos ilegtimos de pessoas que no caibam no artigo 183, nosI a VI, tm ao contra os pais, ou seus herdeiros, para demandar o reconhecimento da filiao: I se ao tempo da concepo a me estava concubinado com o pretendido pai; II se a concepo do filho reclamante coincidiu com o rapto da me pelo suposto pai, ou suas relaes sexuais com ela; III se existir escrito daquele a quem se atribui a paternidade, reconhecendo-a expressamente. Art. 364. A investigao da maternidade s se no permite, quando tenha por fim atribuir prole ilegtima mulher casada, ou incestuosa solteira. Art. 365. Qualquer pessoa, que justo interesse tenha, pode contestar a ao de investigao da paternidade, ou maternidade. Art. 366. A sentena, que julgar procedente a ao de investigao, produzir os mesmos efeitos do reconhecimento; podendo, porm, ordenar que o filho se crie e eduque fora da companhia daquele doa pais, que negou esta qualidade. Art. 367. A filiao paterna e a materna podem resultar de casamento declarado
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Lei no 10.406/2002 Art. 1.613. So ineficazes a condio e o termo apostos ao ato de reconhecimento do filho. Art. 1.614. O filho maior no pode ser reconhecido sem o seu consentimento, e o menor pode impugnar o reconhecimento, nos quatro anos que se seguirem maioridade, ou emancipao.

Art. 1.615. Qualquer pessoa, que justo interesse tenha, pode contestar a ao de investigao de paternidade, ou maternidade. Art. 1.616. A sentena que julgar procedente a ao de investigao produzir os mesmos efeitos do reconhecimento; mas poder ordenar que o filho se crie e eduque fora da companhia dos pais ou daquele que lhe contestou essa qualidade. Art. 1.617. A filiao materna ou paterna pode resultar de casamento declarado
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Quadro Comparativo entre o Novo Cdigo Civil e o Cdigo Civil Anterior Lei no 3.071/1916 nulo, ainda mesmo sem as condies do putativo. Captulo V Da Adoo Art. 368. S os maiores de trinta anos podem adotar. Lei no 10.406/2002 nulo, ainda mesmo sem as condies do putativo. Captulo IV Da Adoo Art. 1.618. S a pessoa maior de dezoito anos pode adotar. Pargrafo nico. A adoo por ambos os cnjuges ou companheiros poder ser formalizada, desde que um deles tenha completado dezoito anos de idade, comprovada a estabilidade da famlia. Pargrafo nico. Ningum pode adotar, sendo casado, seno decorridos cinco anos aps o casamento. Art. 369. O adotante h de ser, pelo menos, dezesseis anos mais velho que o adotado. Art. 371. Enquanto no der contas de sua administrao, e saldar o seu alcance, no pode o tutor, ou curador, adotar o pupilo, ou o curatelado. Art. 1.619. O adotante h de ser pelo menos dezesseis anos mais velho que o adotado. Art. 1.620. Enquanto no der contas de sua administrao e no saldar o dbito, no poder o tutor ou o curador adotar o pupilo ou o curatelado. Art. 1.621. A adoo depende de consentimento dos pais ou dos representantes legais, de quem se deseja adotar, e da concordncia deste, se contar mais de doze anos. 1o O consentimento ser dispensado em relao criana ou adolescente cujos pais sejam desconhecidos ou tenham sido destitudos do poder familiar. 2o O consentimento previsto no caput revogvel at a publicao da sentena constitutiva da adoo. Art. 370. Ningum pode ser adotado por duas pessoas, salvo se forem marido e mulher.
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Art. 1.622. Ningum pode ser adotado por duas pessoas, salvo se forem marido e mulher, ou se viverem em unio estvel.
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Quadro Comparativo entre o Novo Cdigo Civil e o Cdigo Civil Anterior Lei no 3.071/1916 Lei no 10.406/2002 Pargrafo nico. Os divorciados e os judicialmente separados podero adotar conjuntamente, contanto que acordem sobre a guarda e o regime de visitas, e desde que o estgio de convivncia tenha sido iniciado na constncia da sociedade conjugal. Art. 1.623. A adoo obedecer a processo judicial, observados os requisitos estabelecidos neste Cdigo. Pargrafo nico. A adoo de maiores de dezoito anos depender, igualmente, da assistncia efetiva do Poder Pblico e de sentena constitutiva. Art. 372. No se pode adotar sem o consentimento do adotado ou de seu representante legal se for incapaz ou nascituro. Art. 1.624. No h necessidade do consentimento do representante legal do menor, se provado que se trata de infante exposto, ou de menor cujos pais sejam desconhecidos, estejam desaparecidos, ou tenham sido destitudos do poder familiar, sem nomeao de tutor; ou de rfo no reclamado por qualquer parente, por mais de um ano. Art. 1.625. Somente ser admitida a adoo que constituir efetivo benefcio para o adotando. Art. 1.626. A adoo atribui a situao de filho ao adotado, desligando-o de qualquer vnculo com os pais e parentes consangneos, salvo quanto aos impedimentos para o casamento. Pargrafo nico. Se um dos cnjuges ou companheiros adota o filho do ouCdigo Civil Comparado 451

Quadro Comparativo entre o Novo Cdigo Civil e o Cdigo Civil Anterior Lei no 3.071/1916 Lei no 10.406/2002 tro, mantm-se os vnculos de filiao entre o adotado e o cnjuge ou companheiro do adotante e os respectivos parentes. Art. 1.627. A deciso confere ao adotado o sobrenome do adotante, podendo determinar a modificao de seu prenome, se menor, a pedido do adotante ou do adotado. Art. 1.628. Os efeitos da adoo comeam a partir do trnsito em julgado da sentena, exceto se o adotante vier a falecer no curso do procedimento, caso em que ter fora retroativa data do bito. As relaes de parentesco se estabelecem no s entre o adotante e o adotado, como tambm entre aquele e os descendentes deste e entre o adotado e todos os parentes do adotante. Art. 373. O adotado, quando menor, ou interdito, poder desligar-se da adoo no ano imediato ao em que cessar a interdio, ou a menoridade. Art. 374. Tambm se dissolve o vnculo da adoo: I quando as suas partes convierem; II nos casos em que admitida a deserdao. Art. 375. A adoo far-se- por escritura pblica, em que se no admite condio nem termo. Art. 376. O parentesco resultante da adoo limita-se ao adotante e ao adotado, salvo quanto aos impedimentos matrimoniais, a cujo respeito se observar o disposto no artigo 183, nos III e V.
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Quadro Comparativo entre o Novo Cdigo Civil e o Cdigo Civil Anterior Lei no 3.071/1916 Art. 377. Quando o adotante tiver filhos legtimos, legitimados ou reconhecidos, a relao de adoo no envolve a de sucesso hereditria. Art. 378. Os direitos e deveres que resultam do parentesco natural no se extinguem pela adoo, exceto o ptrio poder, que ser transferido do pai natural para o adotivo. Art. 1.629. A adoo por estrangeiro obedecer aos casos e condies que forem estabelecidos em lei. Captulo VI Do Ptrio Poder Seo I Disposies Gerais Art. 379. Os filhos legtimos, os legitimados, os legalmente reconhecidos e os adotivos esto sujeitos ao ptrio poder enquanto menores. Art. 380. Durante o casamento compete o ptrio poder aos pais, exercendo-o o marido com a colaborao da mulher. Na falta ou impedimento de um dos progenitores passar o outro a exerc-lo com exclusividade. Pargrafo nico. Divergindo os progenitores quanto ao exerccio do ptrio poder, prevalecer a deciso do pai, ressalvado me o direito de recorrer ao juiz para soluo da divergncia. Art. 381. O desquite no altera as relaes entre pais e filhos seno quanto ao direito, que aos primeiros cabe, de terem em sua companhia os segundos. Captulo V Do Poder Familiar Seo I Disposies Gerais Art. 1.630. Os filhos esto sujeitos ao poder familiar, enquanto menores. Lei no 10.406/2002

Art. 1.631. Durante o casamento e a unio estvel, compete o poder familiar aos pais; na falta ou impedimento de um deles, o outro o exercer com exclusividade.

Pargrafo nico. Divergindo os pais quanto ao exerccio do poder familiar, assegurado a qualquer deles recorrer ao juiz para soluo do desacordo. Art. 1.632. A separao judicial, o divrcio e a dissoluo da unio estvel no alteram as relaes entre pais e filhos seno quanto ao direito, que aos primeiros cabe, de terem em sua companhia os segundos.
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Cdigo Civil Comparado

Quadro Comparativo entre o Novo Cdigo Civil e o Cdigo Civil Anterior Lei no 3.071/1916 Art. 382. Dissolvido o casamento pela morte de um dos cnjuges, o ptrio poder compete ao cnjuge sobrevivente. Art. 383. O filho ilegtimo no reconhecido pelo pai fica sob o poder materno. Art. 1.633. O filho, no reconhecido pelo pai, fica sob poder familiar exclusivo da me; se a me no for conhecida ou capaz de exerc-lo, dar-se- tutor ao menor. Seo II Do Exerccio do Poder Familiar Art. 1.634. Compete aos pais, quanto pessoa dos filhos menores: I dirigir-lhes a criao e educao; II t-los em sua companhia e guarda; III conceder-lhes ou negar-lhes consentimento para casarem; IV nomear-lhes tutor por testamento ou documento autntico, se o outro dos pais no lhe sobreviver, ou o sobrevivo no puder exercer o poder familiar; V represent-los, at aos dezesseis anos, nos atos da vida civil, e assisti-los, aps essa idade, nos atos em que forem partes, suprindo-lhes o consentimento; VI reclam-los de quem ilegalmente os detenha; VII exigir que lhes prestem obedincia, respeito e os servios prprios de sua idade e condio. Seo III Da Suspenso e Extino do Poder Familiar Art. 1.635. Extingue-se o poder familiar: I pela morte dos pais ou do filho; II pela emancipao, nos termos do art. 5o, pargrafo nico; III pela maioridade; IV pela adoo;
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Lei no 10.406/2002

Seo II Do Ptrio Poder Quanto Pessoa dos Filhos Art. 384. Compete aos pais, quanto pessoa dos filhos menores: I dirigir-lhe a criao e educao; II t-los em sua companhia e guarda; III conceder-lhes, ou negar-lhes consentimento para casarem; IV nomear-lhes tutor, por testamento ou documento autntico, se o outro dos pais lhe no sobreviver, ou o sobrevivo no puder exercitar o ptrio poder; V represent-los, at os dezesseis anos, nos atos da vida civil, e assisti-los, aps essa idade, nos atos em que forem partes, suprindo-lhes o consentimento; VI reclam-los de quem ilegalmente os detenha; VII exigir que lhes prestem obedincia, respeito e os servios prprios de sua idade e condio. Seo IV Da Suspenso e Extino do Ptrio Poder Art. 392. Extingue-se o ptrio poder: I pela morte dos pais ou do filho; II pela emancipao, nos termos do pargrafo nico do artigo 9o, Parte Geral; III pela maioridade; IV pela adoo.
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Quadro Comparativo entre o Novo Cdigo Civil e o Cdigo Civil Anterior Lei no 3.071/1916 Lei no 10.406/2002 V por deciso judicial, na forma do artigo 1.638. Art. 393. A me que contrai novas npcias no perde, quanto aos filhos de leito anterior, os direitos ao ptrio poder, exercendo-os sem qualquer interferncia do marido. Art 1.636. O pai ou a me que contrai novas npcias, ou estabelece unio estvel, no perde, quanto aos filhos do relacionamento anterior, os direitos ao poder familiar, exercendo-os sem qualquer interferncia do novo cnjuge ou companheiro. Pargrafo nico. Igual preceito ao estabelecido neste artigo aplica-se ao pai ou me solteiros que casarem ou estabelecerem unio estvel. Art. 1.637. Se o pai, ou a me, abusar de sua autoridade, faltando aos deveres a eles inerentes ou arruinando os bens dos filhos, cabe ao juiz, requerendo algum parente, ou o Ministrio Pblico, adotar a medida que lhe parea reclamada pela segurana do menor e seus haveres, at suspendendo o poder familiar, quando convenha. Pargrafo nico. Suspende-se igualmente o exerccio do poder familiar ao pai ou me condenados por sentena irrecorrvel, em virtude de crime cuja pena exceda a dois anos de priso. Art. 1.638. Perder por ato judicial o poder familiar o pai ou a me que: I castigar imoderadamente o filho; II deixar o filho em abandono; III praticar atos contrrios moral e aos bons costumes; IV incidir, reiteradamente, nas faltas previstas no artigo antecedente. Ttulo II Do Direito Patrimonial Subttulo I Do Regime de Bens Entre os Cnjuges
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Art. 394. Se o pai, ou me, abusar do seu poder, faltando aos deveres paternos, ou arruinando os bens dos filhos, cabe ao Ministrio Pblico, adotar a medida, que lhe parea reclamada pela segurana do menor e seus haveres, suspendendo at, quando convenha, o ptrio poder. Pargrafo nico. Suspende-se igualmente o exerccio do ptrio poder, ao pai ou me condenados por sentena irrecorrvel em crime cuja pena exceda de dois anos de priso. Art. 395. Perder por ato judicial o ptrio poder o pai, ou me: I que castigar imoderadamente o filho; II que o deixar em abandono; Que praticar atos contrrios moral e aos bons costumes.

Titulo III Do Regime de Bens Entre os Cnjuges

Quadro Comparativo entre o Novo Cdigo Civil e o Cdigo Civil Anterior Lei no 3.071/1916 Captulo I Disposies Gerais Art. 256. lcito aos nubentes, antes de celebrado o casamento, estipular, quanto aos seus bens, o que lhes aprouver. Pargrafo nico. Sero nulas tais convenes: I no se fazendo por escritura pblica; II no se lhes seguindo o casamento. Lei no 10.406/2002 Captulo I Disposies Gerais Art. 1.639. lcito aos nubentes, antes de celebrado o casamento, estipular, quanto aos seus bens, o que lhes aprouver.

1o O regime de bens entre os cnjuges comea a vigorar desde a data do casamento. 2o admissvel alterao do regime de bens, mediante autorizao judicial em pedido motivado de ambos os cnjuges, apurada a procedncia das razes invocadas e ressalvados os direitos de terceiros. Art. 257. Ter-se- por no escrita a conveno ou clusula: I que prejudique os direitos conjugais, ou os paternos; II que contravenha disposio absoluta da lei. Art. 258. No havendo conveno em contrrio, ou sendo nula, vigorar, quanto aos bens entre os cnjuges, o regime de comunho parcial. Art. 1.640. No havendo conveno, ou sendo ela nula ou ineficaz, vigorar, quanto aos bens entre os cnjuges, o regime da comunho parcial. Pargrafo nico. Podero os nubentes, no processo de habilitao, optar por qualquer dos regimes que este cdigo regula. Quanto forma, reduzir-se- a termo a opo pela comunho parcial, fazendo-se o pacto antenupcial por escritura pblica, nas demais escolhas. Pargrafo nico. , porm, obrigatrio o da separao de bens no casamento:
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Art. 1.641. obrigatrio o regime da separao de bens no casamento:


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Quadro Comparativo entre o Novo Cdigo Civil e o Cdigo Civil Anterior Lei no 3.071/1916 I das pessoas que o celebrarem com infrao do estatudo no artigo 183, nos XI a XVI; II do maior de sessenta anos e da maior de cinquenta anos; III do rfo de pai e me, ou do menor, nos termos do artigo 394 e 395, embora case, nos termos do artigo 183, nos XI, com o consentimento do tutor; IV de todos os que dependerem, para casar, de autorizao judicial. Lei no 10.406/2002 I das pessoas que o contrarem com inobservncia das causas suspensivas da celebrao do casamento; II da pessoa maior de sessenta anos; III de todos os que dependerem, para casar, de suprimento judicial.

Art. 1.642. Qualquer que seja o regime de bens, tanto o marido quanto a mulher podem livremente: I praticar todos os atos de disposio e de administrao necessrios ao desempenho de sua profisso, com as limitaes estabelecida no inciso I do art. 1.647; II administrar os bens prprios; III desobrigar ou reivindicar os imveis que tenham sido gravados ou alienados sem o seu consentimento ou sem suprimento judicial; IV demandar a resciso dos contratos de fiana e doao, ou a invalidao do aval, realizados pelo outro cnjuge com infrao do disposto nos incisos III e IV do art. 1.647; V reivindicar os bens comuns, mveis ou imveis, doados ou transferidos pelo outro cnjuge ao concubino, desde que provado que os bens no foram adquiridos pelo esforo comum destes, se o casal estiver separado de fato por mais de cinco anos; VI praticar todos os atos que no lhes forem vedados expressamente. Art. 259. Embora o regime no seja o da comunho de bens, prevalecero, no silncio do contrato, os princpios dela,
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Quadro Comparativo entre o Novo Cdigo Civil e o Cdigo Civil Anterior Lei no 3.071/1916 quanto comunicao dos adquiridos na constncia do casamento. Art. 1.643. Podem os cnjuges, independentemente de autorizao um do outro: I comprar, ainda a crdito, as coisas necessrias economia domstica; II obter, por emprstimo, as quantias que a aquisio dessas coisas possa exigir. Art. 1.644. As dvidas contradas para os fins do artigo antecedente obrigam solidariamente ambos os cnjuges. Art. 1.645. As aes fundadas nos incisos III, IV e V do art. 1.642 competem ao cnjuge prejudicado e a seus herdeiros. Art. 1.646. No caso dos incisos III e IV do art. 1.642, o terceiro, prejudicado com a sentena favorvel ao autor, ter direito regressivo contra o cnjuge, que realizou o negcio jurdico, ou seus herdeiros. Art. 1.647. Ressalvado o disposto no art. 1.648, nenhum dos cnjuges pode, sem autorizao do outro, exceto no regime da separao absoluta: I alienar ou gravar de nus real os bens imveis; II pleitear, como autor ou ru, acerca desses bens ou direitos; III prestar fiana ou aval; IV fazer doao, no sendo remuneratria, de bens comuns, ou dos que possam integrar futura meao. Pargrafo nico. So vlidas as doaes nupciais feitas aos filhos quando casarem ou estabelecerem economia separada. Art. 1.648. Cabe ao juiz, nos casos do artigo antecedente, suprir a outorga, quando
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Quadro Comparativo entre o Novo Cdigo Civil e o Cdigo Civil Anterior Lei no 3.071/1916 Lei no 10.406/2002 um dos cnjuges a denegue sem motivo justo, ou lhe seja impossvel conced-la. Art. 1.649. A falta de autorizao, no suprida pelo juiz, quando necessria (art. 1.647), tornar anulvel o ato praticado, podendo o outro cnjuge pleitear-lhe a anulao, at dois anos depois de terminada a sociedade conjugal. Pargrafo nico. A aprovao torna vlido o ato, desde que feita por instrumento pblico, ou particular, autenticado. Art. 1.650. A decretao de invalidade dos atos praticados sem outorga, sem consentimento, ou sem suprimento do juiz, s poder ser demandada pelo cnjuge a quem cabia conced-la, ou por seus herdeiros. Art. 1.651. Quando um dos cnjuges no puder exercer a administrao dos bens que lhe incumbe, segundo o regime de bens, caber ao outro: I gerir os bens comuns e os do consorte; II alienar os bens mveis comuns; III alienar os imveis comuns e os mveis ou imveis do consorte, mediante autorizao judicial. Art. 260. O marido, que estiver na posse de bens particulares da mulher, ser para com ela e seus herdeiros responsvel: I como usufruturio, se o rendimento for comum; II como procurador, se tiver mandado, expresso ou tcito, para os administrar; III como depositrio, se no for usufruturio, nem administrador. Art. 261. As convenes antenupciais no tero efeito para com terceiro seno
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Art. 1.652. O cnjuge, que estiver na posse dos bens particulares do outro, ser para com este e seus herdeiros responsvel: I como usufruturio, se o rendimento for comum; II como procurador, se tiver mandato expresso ou tcito para os administrar; III como depositrio, se no for usufruturio, nem administrador.

Quadro Comparativo entre o Novo Cdigo Civil e o Cdigo Civil Anterior Lei no 3.071/1916 depois de transcritas, em livro especial, pelo oficial do registro de imveis do domiclio dos cnjuges. Captulo II Do Pacto Antenupcial Art. 1.653. nulo o pacto antenupcial se no for feito por escritura pblica, e ineficaz se no lhe seguir o casamento. Art. 1.654. A eficcia do pacto antenupcial, realizado por menor, fica condicionada aprovao de seu representante legal, salvo as hipteses de regime obrigatrio de separao de bens. Art. 1.655. nula a conveno ou clusula dela que contravenha disposio absoluta de lei. Art. 1.656. No pacto antenupcial, que adotar o regime de participao final nos aqestos, poder-se- convencionar a livre disposio dos bens imveis, desde que particulares. Art. 1.657. As convenes antenupciais no tero efeito perante terceiros seno depois de registradas, em livro especial, pelo oficial do Registro de Imveis do domiclio dos cnjuges. Captulo V Do Regime Dotal Seo I Da Constituio do Dote Art. 278. da essncia do regime dotal descreverem-se e estimarem-se cada um de per si, na escritura antenupcial, os bens, que constituem o dote, com expressa declarao de que a este regime ficam sujeitos.
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Quadro Comparativo entre o Novo Cdigo Civil e o Cdigo Civil Anterior Lei no 3.071/1916 Art. 279. O dote pode ser constitudo pela prpria nubente, por qualquer dos seus ascendentes, ou por outrem. Pargrafo nico. Na celebrao do contrato interviro sempre, em pessoa, ou por procurador, todos os interessados. Art. 280. O dote pode compreender, no todo, ou em parte, os bens presentes e futuros da mulher. Pargrafo nico. Os bens futuros, porm, s se consideram compreendidos no dote, quando, adquiridos por ttulo gratuito, assim for declarado em clusula expressa do pacto antenupcial. Art. 281. No lcito aos casados aumentar o dote. Art. 282. O dote constitudo por estranhos durante o matrimnio no altera, quanto aos outros bens, o regime preestabelecido. Art. 283. lcito estipular na escritura antenupcial a reverso do dote ao dotador, dissolvida a sociedade conjugal. Art. 284. Se o dote for prometido pelos pais conjuntamente, sem declarao da parte com que um e outro contribuem, entendese que cada um se obrigou por metade. Art. 285. Quando o dote for constitudo por qualquer outra pessoa, esta s responder pela evico se houver procedido de m-f, ou se a responsabilidade tiver sido estipulada. Art. 286. Os frutos do dote so devidos desde a celebrao do casamento, se no se estipulou prazo.
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Quadro Comparativo entre o Novo Cdigo Civil e o Cdigo Civil Anterior Lei no 3.071/1916 Art. 287. permitido estipular no contrato dotal: I que a mulher receba, diretamente, para suas despesas particulares, uma determinada parte dos rendimentos dos bens dotais; II que, a par dos bens dotais, haja outros, submetidos a regimes diversos. Art. 288. Aplica-se, no regime dotal, aos adquiridos o disposto neste Ttulo. Seo II Dos Direitos e Obrigaes do Marido em Relao aos Bens Dotais Art. 289. Na vigncia da sociedade conjugal, direito do marido: I administrar os bens dotais; II perceber os seus frutos; III usar das aes judiciais a que derem lugar. Art. 290. Salvo clusula expressa em contrrio, presumir-se- transferido ao marido o domnio dos bens, sobre que recair o dote, se forem mveis, e no transferido, se forem imveis. Art. 291. O imvel adquirido com a importncia do dote, quando este consistir em dinheiro, ser considerado dotal. Art. 292. Quando o dote importar alheao, o marido considerar-se- proprietrio, e poder dispor dos bens dotais, correndo por conta sua os riscos e vantagens que lhe sobrevierem. Art. 293. Os imveis dotais no podem sob pena de nulidade, ser onerados, nem alienados, salvo em hasta pblica, e por autorizao do juiz competente, nos casos seguintes:
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Quadro Comparativo entre o Novo Cdigo Civil e o Cdigo Civil Anterior Lei no 3.071/1916 I se de acordo o marido e a mulher quiserem dotar suas filhas comuns; II em caso de extrema necessidade, por faltarem outros recursos para subsistncia da famlia; III no caso da primeira parte do 2o do artigo 299; IV para reparos indispensveis conservao de outro imvel ou imveis dotais; V quando se acharem indivisos com terceiros, e a diviso for impossvel, ou prejudicial; VI no caso de desapropriao por utilidade pblica; VII quando estiverem situados em lugar distante do domiclio conjugal, e por isso for manifesta a convenincia de vend-los. Pargrafo nico. Nos trs ltimos casos, o preo ser aplicado em outros bens, nos quais ficar sub-rogado. Art. 294. Ficar subsidiariamente responsvel o juiz que conceder a alienao fora dos casos e sem formalidades do artigo antecedente, ou no providenciar na subrogao do preo em conformidade com o pargrafo nico do mesmo artigo. Art. 295. A nulidade da alienao pode ser promovida. I pela mulher; II pelos herdeiros. Pargrafo nico. A reivindicao dos mveis, porm, s ser permitida, se o marido no tiver bens com que responda pelo seu valor, ou se a alienao pelo marido e as subsequentes entre terceiros tiverem sido feitas por ttulo gratuito ou de m-f. Art. 296. O marido fica obrigado por perdas e danos aos terceiros prejudicados com a
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Quadro Comparativo entre o Novo Cdigo Civil e o Cdigo Civil Anterior Lei no 3.071/1916 nulidade, se no contrato de alienao no se declarar a natureza dotal dos imveis. Art. 297. Se o marido no tiver imveis, que se possam hipotecar em garantia do dote, poder-se- no contrato antenupcial estipular fiana, ou outra cauo. Art. 298. O direito aos imveis dotais no prescreve durante o matrimnio. Mas prescreve, sob a responsabilidade do marido, o direito aos mveis dotais. Art. 299. Quanto s dvidas passivas, observar-se- o seguinte: 1o As do marido, contradas antes ou depois do casamento, no sero pagas seno por seus bens particulares. 2o As da mulher, anteriores ao casamento, sero pagas pelos seus bens extradotais, ou, em falta destes, pelos frutos dos bens dotais, pelos mveis dotais, e, em ltimo caso, pelos imveis dotais. As contradas depois do casamento s podero ser pagas pelos bens extradotais. Seo III Da Restituio do Dote Art. 300. O dote deve ser restitudo pelo marido mulher, ou a seus herdeiros, dentro do ms que se seguir dissoluo da sociedade conjugal, se no o puder ser imediatamente. Art. 301. O preo dos bens fungveis, ou no fungveis, quando legalmente alienados, s pode ser pedido seis meses depois da dissoluo da sociedade conjugal. Art. 302. Se os mveis dotais tiverem consumido por uso ordinrio, o marido ser obrigado a restituir somente os que resta464 Cdigo Civil Comparado

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Quadro Comparativo entre o Novo Cdigo Civil e o Cdigo Civil Anterior Lei no 3.071/1916 rem, e no estado em que se acharem ao tempo da dissoluo da sociedade conjugal. Art. 303. A mulher pode, em todo o caso, reter os objetos de seu uso, em conformidade com a disposio do artigo 263, no IX, deduzindo-se o seu valor do que o marido houver de restituir. Art. 304. Se o dote compreender capitais ou rendas, que tenham sofrido diminuio ou depreciao eventual, sem culpa do marido, desonerar-se- da obrigao de restitu-los, entregando os respectivos ttulos. Pargrafo nico. Quando, porm, constitudo em usufruto, o marido ou seus herdeiros sero obrigados somente a restituir o ttulo respectivo e os frutos percebidos aps a dissoluo da sociedade conjugal. Art. 305. Presume-se recebido o dote: I se o casamento se tiver prolongado por cinco anos depois do prazo estabelecido para sua entrega; II se o devedor for a mulher. Pargrafo nico. Fica, porm, salvo ao marido o direito de provar que o no recebeu, apesar de o ter exigido. Art. 306. Dada a dissoluo da sociedade conjugal, os frutos dotais, que correspondam ao ano corrente, sero divididos entre os dois cnjuges, ou entre um e os herdeiros do outro, proporcionalmente durao do casamento, no decurso do mesmo ano. Os anos do casamento contam-se da data de sua celebrao. Pargrafo nico. Tratando-se de colheitas obtidas em perodos superiores ou inferiores a um ano, a diviso se efetuar proporcionalmente ao tempo de durao
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Quadro Comparativo entre o Novo Cdigo Civil e o Cdigo Civil Anterior Lei no 3.071/1916 da sociedade conjugal, dentro do perodo da colheita. Art. 307. O marido tem direito indenizao das benfeitorias necessrias e teis, segundo o seu valor ao tempo da restituio, e responde pelos danos de que tiver culpa. Pargrafo nico. Este direito e esta obrigao transmitem-se aos seus herdeiros. Seo IV Da Separao do Dote e sua Administrao pela Mulher Art. 308. A mulher pode requerer judicialmente a separao do dote, quando a desordem nos negcios do marido leve a recear que os bens deste no bastem a assegurar os dela; salvo o direito, que aos credores assiste, de se oporem separao, quando fraudulenta. Art. 309. Separado o dote, ter por administradora a mulher, mas continuar inalienvel, provendo o juiz, quando conceder a separao, a que sejam convertidos em imveis os valores entregues pelo marido em reposio dos bens dotais. Pargrafo nico. A sentena da separao ser averbada no registro de que trata o artigo 261, para produzir efeitos em relao a terceiros. Seo V Dos Bens Parafernais Art. 310. A mulher conserva a propriedade, a administrao, o gozo e a livre disposio dos bens parafernais; no podendo, porm, alienar os imveis. Art. 311. Se o marido, como procurador constitudo para administrar os bens parafernais ou particulares da mulher, for
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Quadro Comparativo entre o Novo Cdigo Civil e o Cdigo Civil Anterior Lei no 3.071/1916 dispensado, por clusula expressa, de prestar-lhes contas, ser somente obrigado a restituir os frutos existentes: I quando ela lhe pedir contas; II quando ela lhe revogar o mandato; III quando dissolvida a sociedade conjugal. Captulo VI Das Doaes Antenupciais Art. 312. Salvo o caso de separao obrigatria de bens, livre aos contraentes estipular escritura antenupcial, doaes recprocas ou de um ao outro, contanto que no excedam metade dos bens do doador. Art. 313. As doaes para casamento podem tambm ser feitas por terceiros, no contrato antenupcial, ou em escritura pblica anterior ao casamento. Art. 314. As doaes estipuladas nos contratos antenupciais, para depois da morte do doador, aproveitaro aos filhos do donatrio, ainda que este falea entes daquele. Pargrafo nico. No caso, porm, de sobreviver o doador a todos os filhos do donatrio, caducar a doao. Captulo III Do Regime da Comunho Parcial Captulo III Do Regime de Comunho Parcial Art. 1.658. No regime de comunho parcial, comunicam-se os bens que sobrevierem ao casal, na constncia do casamento, com as excees dos artigos seguintes. Art. 269. No regime de comunho limitada ou parcial, excluem-se da comunho: I os bens que cada cnjuge possuir ao casar, e os que lhe sobrevierem, na consCdigo Civil Comparado

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Art. 1.659. Excluem-se da comunho: I os bens que cada cnjuge possuir ao casar, e os que lhe sobrevierem, na constncia do casamento, por doao
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Quadro Comparativo entre o Novo Cdigo Civil e o Cdigo Civil Anterior Lei no 3.071/1916 tncia do matrimnio, por doao ou por sucesso; II os adquiridos com valores exclusivamente pertencentes a um dos cnjuges, em sub-rogao dos bens particulares; III os rendimentos de bens de filhos anteriores ao matrimnio, a que tenha direito qualquer dos cnjuges em consequncia do ptrio poder; IV os demais bens que se consideram tambm excludos da comunho universal. Lei no 10.406/2002 ou sucesso, e os sub-rogados em seu lugar; II os bens adquiridos com valores exclusivamente pertencentes a um dos cnjuges em sub-rogao dos bens particulares; III as obrigaes anteriores ao casamento; IV as obrigaes provenientes de atos ilcitos, salvo reverso em proveito do casal; V os bens de uso pessoal, os livros e instrumentos de profisso; VI os proventos do trabalho pessoal de cada cnjuge; VII as penses, meios-soldos, montepios e outras rendas semelhantes.

Art. 270. Igualmente no se comunicam: I as obrigaes anteriores ao casamento; II as provenientes de atos ilcitos. Art. 271. Entram na comunho: I os bens adquiridos na constncia do casamento por ttulo oneroso, ainda que s em nome de um dos cnjuges; II os adquiridos por fato eventual, com ou sem concurso de trabalho ou despesa anterior; III os adquiridos por doao, herana ou legado, em favor de ambos os cnjuges; IV as benfeitorias em bens particulares de cada cnjuge; V os frutos dos bens comuns, ou dos particulares de cada cnjuge, percebidos na constncia do casamento, ou pendentes ao tempo de cessar a comunho dos adquiridos; VI os frutos civis do trabalho, ou indstria de cada cnjuge, ou de ambos.
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Art. 1.660. Entram na comunho: I os bens adquiridos na constncia do casamento por ttulo oneroso, ainda que s em nome de um dos cnjuges; II os bens adquiridos por fato eventual, com ou sem o concurso de trabalho ou despesa anterior; III os bens adquiridos por doao, herana ou legado, em favor de ambos os cnjuges; IV as benfeitorias em bens particulares de cada cnjuge; V os frutos dos bens comuns, ou dos particulares de cada cnjuge, percebidos na constncia do casamento, ou pendentes ao tempo de cessar a comunho.

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Quadro Comparativo entre o Novo Cdigo Civil e o Cdigo Civil Anterior Lei no 3.071/1916 Art. 272. So incomunicveis os bens cuja aquisio tiver por ttulo uma causa anterior ao casamento. Art. 273. No regime da comunho parcial presumem-se adquiridos na constncia do casamento os mveis, quando no se provar com documento autntico, que o foram em data anterior. Art. 274. A administrao dos bens do casal compete ao marido, e as dvidas por este contradas obrigam, no s os bens comuns, seno ainda, em falta destes, os particulares de um e outro cnjuge, na razo do proveito que cada qual houver lucrado. Lei no 10.406/2002 Art. 1.661. So incomunicveis os bens cuja aquisio tiver por ttulo uma causa anterior ao casamento. Art. 1.662. No regime da comunho parcial, presumem-se adquiridos na constncia do casamento os bens mveis, quando no se provar que o foram em data anterior. Art. 1.663. A administrao do patrimnio comum compete a qualquer dos cnjuges.

1o As dvidas contradas no exerccio da administrao obrigam os bens comuns e particulares do cnjuge que os administra, e os do outro na razo do proveito que houver auferido. 2o A anuncia de ambos os cnjuges necessria para os atos, a ttulo gratuito, que impliquem cesso do uso ou gozo dos bens comuns. 3o Em caso de malversao dos bens, o juiz poder atribuir a administrao a apenas um dos cnjuges. Art. 275. aplicvel a disposio do artigo antecedente s dvidas contradas pela mulher, nos casos em que os seus atos so autorizados pelo marido, se presumem s-lo, ou escusam autorizao. Art. 1.664. Os bens da comunho respondem pelas obrigaes contradas pelo marido ou pela mulher para atender aos encarCdigo Civil Comparado 469

Quadro Comparativo entre o Novo Cdigo Civil e o Cdigo Civil Anterior Lei no 3.071/1916 Lei no 10.406/2002 gos da famlia, s despesas de administrao e s decorrentes de imposio legal. Art. 1.665. A administrao e a disposio dos bens constitutivos do patrimnio particular competem ao cnjuge proprietrio, salvo conveno diversa em pacto antenupcial. Art. 1.666. As dvidas, contradas por qualquer dos cnjuges na administrao de seus bens particulares e em benefcio destes, no obrigam os bens comuns. Captulo II Do Regime da Comunho Universal Art. 262. O regime da comunho universal importa a comunicao de todos os bens presentes e futuros dos cnjuges e suas dvidas passivas, com as excees dos artigos seguintes. Art. 263. So excludos da comunho; I as penses, meios-soldos, montepios, tenas e outras rendas semelhantes; II os bens doados ou legados com a clusula de incomunicabilidade e os subrogados em seu lugar; III os bens gravados de fideicomisso e o direito do herdeiro fideicomissrio, antes de realizar a condio suspensiva; IV o dote prometido ou constitudo a filhos do outro leito; V o dote prometido ou constitudo expressamente por um s dos cnjuges a filho comum; VI as obrigaes provenientes de atos ilcitos; VII as dvidas anteriores ao casamento, salvo se provierem de despesas com seus sprestos, ou reverterem em proveito comum;
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Captulo IV Do Regime de Comunho Universal Art. 1.667. O regime de comunho universal importa a comunicao de todos os bens presentes e futuros dos cnjuges e suas dvidas passivas, com as excees do artigo seguinte. Art. 1.668. So excludos da comunho: I os bens doados ou herdados com a clusula de incomunicabilidade e os subrogados em seu lugar; II os bens gravados de fideicomisso e o direito do herdeiro fideicomissrio, antes de realizada a condio suspensiva; III as dvidas anteriores ao casamento, salvo se provierem de despesas com seus aprestos, ou reverterem em proveito comum; IV as doaes antenupciais feitas por um dos cnjuges ao outro com a clusula de incomunicabilidade; V os bens referidos nos incisos V a VII do art. 1.659.

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Quadro Comparativo entre o Novo Cdigo Civil e o Cdigo Civil Anterior Lei no 3.071/1916 VIII as doaes antenupciais feitas por um dos cnjuges ao outro com a clusula de incomunicabilidade; IX as roupas de uso pessoal, as jias esponsalcias dadas antes do casamento pelo esposo, os livros e instrumentos de profisso e os retratos da famlia; X a fiana prestada pelo marido sem a outorga da mulher; XI os bens da herana necessria a que se impuser a clusula de incomunicabilidade; XII os bens reservados; XIII os frutos civis do trabalho ou indstria de cada cnjuge ou de ambos. Art. 264. As dvidas no compreendidas nas duas excees do no VII, do artigo antecedente, s se podero pagar durante o casamento, pelos bens que o cnjuge devedor trouxer para o casal. Art. 265. A incomunicabilidade dos bens enumerados no artigo 263 no se lhes estende aos frutos, quando se percebam ou venam durante o casamento. Art. 266. Na constncia da sociedade conjugal, a propriedade e posse dos bens comum. Pargrafo nico. A mulher, porm, s os administrar por autorizao do marido, ou nos casos do artigo 284, no V, e artigo 251. Art. 1.670. Aplica-se ao regime da comunho universal o disposto no Captulo antecedente, quanto administrao dos bens. Art. 267. Dissolve-se a comunho: I pela morte de um dos cnjuges;
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Art. 1.669. A incomunicabilidade dos bens enumerados no artigo antecedente no se estende aos frutos, quando se percebam ou venam durante o casamento.

Quadro Comparativo entre o Novo Cdigo Civil e o Cdigo Civil Anterior Lei no 3.071/1916 II pela sentena que anula o casamento; III pela separao judicial; IV pelo divrcio. Art. 268. Extinta a comunho, e efetuada a diviso do ativo e passivo, cessar a responsabilidade de cada um dos cnjuges para com os credores do outro por dvidas que este houver contrado. Art. 1.671. Extinta a comunho, e efetuada a diviso do ativo e do passivo, cessar a responsabilidade de cada um dos cnjuges para com os credores do outro. Captulo V Do Regime de Participao Final nos Aqestos Art. 1.672. No regime de participao final nos aqestos, cada cnjuge possui patrimnio prprio, consoante disposto no artigo seguinte, e lhe cabe, poca da dissoluo da sociedade conjugal, direito metade dos bens adquiridos pelo casal, a ttulo oneroso, na constncia do casamento. Art. 1.673. Integram o patrimnio prprio os bens que cada cnjuge possua ao casar e os por ele adquiridos, a qualquer ttulo, na constncia do casamento. Pargrafo nico. A administrao desses bens exclusiva de cada cnjuge, que os poder livremente alienar, se forem mveis. Art. 1.674. Sobrevindo a dissoluo da sociedade conjugal, apurar-se- o montante dos aqestos, excluindo-se da soma dos patrimnios prprios: I os bens anteriores ao casamento e os que em seu lugar se sub-rogaram; II os que sobrevieram a cada cnjuge por sucesso ou liberalidade; III as dvidas relativas a esses bens. Pargrafo nico. Salvo prova em contrrio, presumem-se adquiridos durante o casamento os bens mveis.
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Quadro Comparativo entre o Novo Cdigo Civil e o Cdigo Civil Anterior Lei no 3.071/1916 Lei no 10.406/2002 Art. 1.675. Ao determinar-se o montante dos aqestos, computar-se- o valor das doaes feitas por um dos cnjuges, sem a necessria autorizao do outro; nesse caso, o bem poder ser reivindicado pelo cnjuge prejudicado ou por seus herdeiros, ou declarado no monte partilhvel, por valor equivalente ao da poca da dissoluo. Art. 1.676. Incorpora-se ao monte o valor dos bens alienados em detrimento da meao, se no houver preferncia do cnjuge lesado, ou de seus herdeiros, de os reivindicar. Art. 1.677. Pelas dvidas posteriores ao casamento, contradas por um dos cnjuges, somente este responder, salvo prova de terem revertido, parcial ou totalmente, em benefcio do outro. Art. 1.678. Se um dos cnjuges solveu uma dvida do outro com bens do seu patrimnio, o valor do pagamento deve ser atualizado e imputado, na data da dissoluo, meao do outro cnjuge. Art. 1.679. No caso de bens adquiridos pelo trabalho conjunto, ter cada um dos cnjuges uma quota igual no condomnio ou no crdito por aquele modo estabelecido. Art. 1.680. As coisas mveis, em face de terceiros, presumem-se do domnio do cnjuge devedor, salvo se o bem for de uso pessoal do outro. Art. 1.681. Os bens imveis so de propriedade do cnjuge cujo nome constar no registro.
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Quadro Comparativo entre o Novo Cdigo Civil e o Cdigo Civil Anterior Lei no 3.071/1916 Lei no 10.406/2002 Pargrafo nico. Impugnada a titularidade, caber ao cnjuge proprietrio provar a aquisio regular dos bens. Art. 1.682. O direito meao no renuncivel, cessvel ou penhorvel na vigncia do regime matrimonial. Art. 1.683. Na dissoluo do regime de bens por separao judicial ou por divrcio, verificar-se- o montante dos aqestos data em que cessou a convivncia. Art. 1.684. Se no for possvel nem conveniente a diviso de todos os bens em natureza, calcular-se- o valor de alguns ou de todos para reposio em dinheiro ao cnjuge no-proprietrio. Pargrafo nico. No se podendo realizar a reposio em dinheiro, sero avaliados e, mediante autorizao judicial, alienados tantos bens quantos bastarem. Art. 1.685. Na dissoluo da sociedade conjugal por morte, verificar-se- a meao do cnjuge sobrevivente de conformidade com os artigos antecedentes, deferindo-se a herana aos herdeiros na forma estabelecida neste Cdigo. Art. 1.686. As dvidas de um dos cnjuges, quando superiores sua meao, no obrigam ao outro, ou a seus herdeiros. Captulo IV Do Regime da Separao Art. 276. Quando os contraentes casarem, estipulando separao de bens, permanecero os de cada cnjuge sob a administrao exclusiva dele, que os poder livremente alienar, se forem mveis.
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Captulo VI Do Regime de Separao de Bens Art. 1.687. Estipulada a separao de bens, estes permanecero sob a administrao exclusiva de cada um dos cnjuges, que os poder livremente alienar ou gravar de nus real.
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Quadro Comparativo entre o Novo Cdigo Civil e o Cdigo Civil Anterior Lei no 3.071/1916 Art. 277. A mulher obrigada a contribuir para as despesas do casal com os rendimentos de seus bens, na proporo de seu valor, relativamente ao dos do marido, salvo estipulao em contrrio no contrato antenupcial. Lei no 10.406/2002 Art. 1.688. Ambos os cnjuges so obrigados a contribuir para as despesas do casal na proporo dos rendimentos de seu trabalho e de seus bens, salvo estipulao em contrrio no pacto antenupcial. Subttulo II Do Usufruto e da Administrao dos Bens de Filhos Menores Captulo VI Do Ptrio Poder Seo III Do Ptrio Poder Quanto aos Bens dos Filhos Art. 385. O pai e, na sua falta, a me so os administradores legais dos bens dos filhos que se achem sob o seu poder, salvo o disposto no artigo 225. Art. 1.689. O pai e a me, enquanto no exerccio do poder familiar: I so usufruturios dos bens dos filhos; II tm a administrao dos bens dos filhos menores sob sua autoridade. Art. 1.690. Compete aos pais, e na falta de um deles ao outro, com exclusividade, representar os filhos menores de dezesseis anos, bem como assisti-los at completarem a maioridade ou serem emancipados. Pargrafo nico. Os pais devem decidir em comum as questes relativas aos filhos e a seus bens; havendo divergncia, poder qualquer deles recorrer ao juiz para a soluo necessria. Art. 386. No podem, porm, alienar, hipotecar, ou gravar de nus reais, os imveis dos filhos, nem contrair, em nome deles, obrigaes que ultrapassem os limites da simples administrao, exceto por necessidade, ou evidente utilidade da prole, mediante prvia autorizao do juiz.
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Art. 1.691. No podem os pais alienar, ou gravar de nus real os imveis dos filhos, nem contrair, em nome deles, obrigaes que ultrapassem os limites da simples administrao, salvo por necessidade ou evidente interesse da prole, mediante prvia autorizao do juiz.
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Quadro Comparativo entre o Novo Cdigo Civil e o Cdigo Civil Anterior Lei no 3.071/1916 Art. 388. S tm o direito de opor a nulidade aos atos praticados com infrao dos artigos antecedentes: I o filho; II os herdeiros; III o representante legal do filho, se durante a menoridade cessar o ptrio poder. Art. 387. Sempre que no exerccio do ptrio poder colidirem os interesses dos pais com os do filho, a requerimento deste ou do Ministrio Pblico, o juiz lhe dar curador especial. Art. 391. Excluem-se assim do usufruto como da administrao dos pais: I os bens adquiridos pelo filho ilegtimo, antes do reconhecimento; II os adquiridos pelo filho em servio , militar, de magistrio, ou em qualquer outra funo pblica; III os deixados ou doados ao filho sob a condio de no serem administrados pelos pais; IV os bens que ao filho couberem na herana, quando os pais forem excludos da sucesso. Lei no 10.406/2002 Pargrafo nico. Podem pleitear a declarao de nulidade dos atos previstos neste artigo: I os filhos; II os herdeiros; III o representante legal.

Art. 1.692. Sempre que no exerccio do poder familiar colidir o interesse dos pais com o do filho, a requerimento deste ou do Ministrio Pblico o juiz lhe dar curador especial. Art. 1.693. Excluem-se do usufruto e da administrao dos pais: I os bens adquiridos pelo filho havido fora do casamento, antes do reconhecimento; II os valores auferidos pelo filho maior de dezesseis anos, no exerccio de atividade profissional e os bens com tais recursos adquiridos; III os bens deixados ou doados ao filho, sob a condio de no serem usufrudos, ou administrados, pelos pais; IV os bens que aos filhos couberem na herana, quando os pais forem excludos da sucesso. Subttulo III Dos Alimentos

Captulo VII Dos Alimentos Art. 396. De acordo com o prescrito neste Captulo podem os parentes exigir uns dos outros os alimentos, de que necessitem para subsistir. Art. 1.694. Podem os parentes, os cnjuges ou companheiros pedir uns aos outros os alimentos de que necessitem para viver de modo compatvel com a sua condio social, inclusive para atender s necessidades de sua educao.
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Quadro Comparativo entre o Novo Cdigo Civil e o Cdigo Civil Anterior Lei no 3.071/1916 Art. 400. Os alimentos devem ser fixados na proporo das necessidades do reclamante e dos recursos da pessoa obrigada. Lei no 10.406/2002 1o Os alimentos devem ser fixados na proporo das necessidades do reclamante e dos recursos da pessoa obrigada. 2o Os alimentos sero apenas os indispensveis subsistncia, quando a situao de necessidade resultar de culpa de quem os pleiteia. Art. 399. So devidos os alimentos quando o parente, que os pretende, no tem bens, nem pode prover, pelo seu trabalho, prpria mantena, e o de quem se reclamam, pode fornec-los, sem desfalque do necessrio ao seu sustento. Pargrafo nico. No caso de pais que, na velhice, carncia ou enfermidade, ficaram sem condies de prover o prprio sustento, principalmente quando se despojaram de bens em favor da prole, cabe, sem perda de tempo e at em carter provisional, aos filhos maiores e capazes, o dever de ajud-los, de ampar-los, com a obrigao irrenuncivel de assisti-los e aliment-los at o final de suas vidas. Art. 397. O direito prestao de alimentos recproco entre pais e filhos, e extensivo a todos ascendentes, recaindo a obrigao nos mais prximos em grau, uns em falta de outros. Art. 398. Na falta dos ascendentes cabe a obrigao aos descendentes, guardada a ordem da sucesso e, faltando estes, aos irmos, assim germanos, como unilaterais. Art. 1.697. Na falta dos ascendentes cabe a obrigao aos descendentes, guardada a ordem de sucesso e, faltando estes, aos irmos, assim germanos como unilaterais. Art. 1.698. Se o parente, que deve alimentos em primeiro lugar, no estiver em condies de suportar totalmente o encargo, sero chamados a concorrer os de grau
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Art. 1.695. So devidos os alimentos quando quem os pretende no tem bens suficientes, nem pode prover, pelo seu trabalho, prpria mantena, e aquele, de quem se reclamam, pode fornec-los, sem desfalque do necessrio ao seu sustento. Art. 1.696. O direito prestao de alimentos recproco entre pais e filhos, e extensivo a todos os ascendentes, recaindo a obrigao nos mais prximos em grau, uns em falta de outros.

Quadro Comparativo entre o Novo Cdigo Civil e o Cdigo Civil Anterior Lei no 3.071/1916 Lei no 10.406/2002 imediato; sendo vrias as pessoas obrigadas a prestar alimentos, todas devem concorrer na proporo dos respectivos recursos, e, intentada ao contra uma delas, podero as demais ser chamadas a integrar a lide. Art. 401. Se, fixados os alimentos, sobrevier mudana na fortuna de quem os supre, ou na de quem os recebe, poder o interessado reclamar ao juiz, conforme as circunstncias, exonerao, reduo, ou agravao do encargo. Art. 1.699. Se, fixados os alimentos, sobrevier mudana na situao financeira de quem os supre, ou na de quem os recebe, poder o interessado reclamar ao juiz, conforme as circunstncias, exonerao, reduo ou majorao do encargo. Art. 1.700. A obrigao de prestar alimentos transmite-se aos herdeiros do devedor, na forma do art. 1.694. Art. 402. A obrigao de prestar alimentos no se transmite aos herdeiros do devedor. Art. 403. A pessoa obrigada a suprir alimentos poder pensionar o alimentando, ou dar-lhe em casa hospedagem e sustento. Pargrafo nico. Compete, porm, ao juiz, se as circunstncias exigirem, fixar a maneira da prestao devida. Art. 1.701. A pessoa obrigada a suprir alimentos poder pensionar o alimentando, ou dar-lhe hospedagem e sustento, sem prejuzo do dever de prestar o necessrio sua educao, quando menor. Pargrafo nico. Compete ao juiz, se as circunstncias o exigirem, fixar a forma do cumprimento da prestao. Art. 1.702. Na separao judicial litigiosa, sendo um dos cnjuges inocente e desprovido de recursos, prestar-lhe- o outro a penso alimentcia que o juiz fixar, obedecidos os critrios estabelecidos no art. 1.694. Art. 1.703. Para a manuteno dos filhos, os cnjuges separados judicialmente contribuiro na proporo de seus recursos.
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Quadro Comparativo entre o Novo Cdigo Civil e o Cdigo Civil Anterior Lei no 3.071/1916 Lei no 10.406/2002 Art. 1.704. Se um dos cnjuges separados judicialmente vier a necessitar de alimentos, ser o outro obrigado a prestlos mediante penso a ser fixada pelo juiz, caso no tenha sido declarado culpado na ao de separao judicial. Pargrafo nico. Se o cnjuge declarado culpado vier a necessitar de alimentos, e no tiver parentes em condies de prest-los, nem aptido para o trabalho, o outro cnjuge ser obrigado a assegurlos, fixando o juiz o valor indispensvel sobrevivncia. Art. 1.705. Para obter alimentos, o filho havido fora do casamento pode acionar o genitor, sendo facultado ao juiz determinar, a pedido de qualquer das partes, que a ao se processe em segredo de justia. Art. 1.706. Os alimentos provisionais sero fixados pelo juiz, nos termos da lei processual. Art. 404. Pode-se deixar de exercer, mas no se pode renunciar o direito a alimentos. Art. 1.707. Pode o credor no exercer, porm lhe vedado renunciar o direito a alimentos, sendo o respectivo crdito insuscetvel de cesso, compensao ou penhora.

Art. 405. O casamento, embora nulo, e a filiao espria, provada quer por sentena irrecorrvel, no provocada pelo filho, quer por confisso, ou declarao escrita do pai, fazem certa a paternidade, somente para o efeito da prestao de alimentos. Art. 1.708. Com o casamento, a unio estvel ou o concubinato do credor, cessa o dever de prestar alimentos. Pargrafo nico. Com relao ao credor cessa, tambm, o direito a alimentos, se
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Quadro Comparativo entre o Novo Cdigo Civil e o Cdigo Civil Anterior Lei no 3.071/1916 Lei no 10.406/2002 tiver procedimento indigno em relao ao devedor. Art. 1.709. O novo casamento do cnjuge devedor no extingue a obrigao constante da sentena de divrcio. Art. 1.710. As prestaes alimentcias, de qualquer natureza, sero atualizadas segundo ndice oficial regularmente estabelecido. Parte Geral Livro II Dos Bens Subttulo IV Do Bem de Famlia Ttulo nico Das Diferentes Classes de Bens Captulo V Do Bem de Famlia Art. 70. permitido aos chefes de famlia destinar um prdio para domiclio desta, com a clusula de ficar isento de execuo por dvidas, salvo as que provierem de impostos relativos ao mesmo prdio. Art. 1.711. Podem os cnjuges, ou a entidade familiar, mediante escritura pblica ou testamento, destinar parte de seu patrimnio para instituir bem de famlia, desde que no ultrapasse um tero do patrimnio lquido existente ao tempo da instituio, mantidas as regras sobre a impenhorabilidade do imvel residencial estabelecida em lei especial.

Pargrafo nico. Essa iseno durar enquanto viverem os cnjuges e at que os filhos completem sua maioridade. Pargrafo nico. O terceiro poder igualmente instituir bem de famlia por testamento ou doao, dependendo a eficcia do ato da aceitao expressa de ambos os cnjuges beneficiados ou da entidade familiar beneficiada.
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Quadro Comparativo entre o Novo Cdigo Civil e o Cdigo Civil Anterior Lei no 3.071/1916 Lei no 10.406/2002 Art. 1.712. O bem de famlia consistir em prdio residencial urbano ou rural, com suas pertenas e acessrios, destinandose em ambos os casos a domiclio familiar, e poder abranger valores mobilirios, cuja renda ser aplicada na conservao do imvel e no sustento da famlia. Art. 1.713. Os valores mobilirios, destinados aos fins previstos no artigo antecedente, no podero exceder o valor do prdio institudo em bem de famlia, poca de sua instituio. 1o Devero os valores mobilirios ser devidamente individualizados no instrumento de instituio do bem de famlia. 2o Se se tratar de ttulos nominativos, a sua instituio como bem de famlia dever constar dos respectivos livros de registro. 3o O instituidor poder determinar que a administrao dos valores mobilirios seja confiada a instituio financeira, bem como disciplinar a forma de pagamento da respectiva renda aos beneficirios, caso em que a responsabilidade dos administradores obedecer s regras do contrato de depsito. Art. 1.714. O bem de famlia, quer institudo pelos cnjuges ou por terceiro, constitui-se pelo registro de seu ttulo no Registro de Imveis. Art. 1.715. O bem de famlia isento de execuo por dvidas posteriores sua instituio, salvo as que provierem de tributos relativos ao prdio, ou de despesas de condomnio. Pargrafo nico. No caso de execuo pelas dvidas referidas neste artigo, o saldo existente ser aplicado em outro prCdigo Civil Comparado 481

Quadro Comparativo entre o Novo Cdigo Civil e o Cdigo Civil Anterior Lei no 3.071/1916 Lei no 10.406/2002 dio, como bem de famlia, ou em ttulos da dvida pblica, para sustento familiar, salvo se motivos relevantes aconselharem outra soluo, a critrio do juiz. Art. 1.716. A iseno de que trata o artigo antecedente durar enquanto viver um dos cnjuges, ou, na falta destes, at que os filhos completem a maioridade. Art. 71. Para o exerccio desse direito necessrio que os instituidores no ato da instituio no tenham dvidas, cujo pagamento possa por ele ser prejudicado. Pargrafo nico. A iseno se refere a dvidas posteriores ao ato, e no s anteriores, se se verificar que a soluo destas se tornou inexequvel em virtude do ato da instituio. Art. 72. O prdio, nas condies acima ditas, no poder ter outro destino, ou ser alienado, sem o consentimento dos interessados e dos seus representantes legais. Art. 1.717. O prdio e os valores mobilirios, constitudos como bem da famlia, no podem ter destino diverso do previsto no art. 1.712 ou serem alienados sem o consentimento dos interessados e seus representantes legais, ouvido o Ministrio Pblico.

Art. 73. A instituio dever constar de escritura pblica transcrita no registro de imveis e publicada na imprensa local e, na falta desta, na da capital do Estado. Art. 1.718. Qualquer forma de liquidao da entidade administradora, a que se refere o 3o do art. 1.713, no atingir os valores a ela confiados, ordenando o juiz a sua transferncia para outra instituio semelhante, obedecendo-se, no caso de falncia, ao disposto sobre pedido de restituio.
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Quadro Comparativo entre o Novo Cdigo Civil e o Cdigo Civil Anterior Lei no 3.071/1916 Lei no 10.406/2002 Art. 1.719. Comprovada a impossibilidade da manuteno do bem de famlia nas condies em que foi institudo, poder o juiz, a requerimento dos interessados, extingui-lo ou autorizar a sub-rogao dos bens que o constituem em outros, ouvidos o instituidor e o Ministrio Pblico. Art. 1.720. Salvo disposio em contrrio do ato de instituio, a administrao do bem de famlia compete a ambos os cnjuges, resolvendo o juiz em caso de divergncia. Pargrafo nico. Com o falecimento de ambos os cnjuges, a administrao passar ao filho mais velho, se for maior, e, do contrrio, a seu tutor. Art. 1.721. A dissoluo da sociedade conjugal no extingue o bem de famlia. Pargrafo nico. Dissolvida a sociedade conjugal pela morte de um dos cnjuges, o sobrevivente poder pedir a extino do bem de famlia, se for o nico bem do casal. Art. 1.722. Extingue-se, igualmente, o bem de famlia com a morte de ambos os cnjuges e a maioridade dos filhos, desde que no sujeitos a curatela. Ttulo III Da Unio Estvel Art. 1.723. reconhecida como entidade familiar a unio estvel entre o homem e a mulher, configurada na convivncia pblica, contnua e duradoura e estabelecida com o objetivo de constituio de famlia. 1o A unio estvel no se constituir se ocorrerem os impedimentos do art. 1.521; no se aplicando a incidncia do inciso
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Quadro Comparativo entre o Novo Cdigo Civil e o Cdigo Civil Anterior Lei no 3.071/1916 Lei no 10.406/2002 VI no caso de a pessoa casada se achar separada de fato ou judicialmente. 2o As causas suspensivas do art. 1.523 no impediro a caracterizao da unio estvel. Art. 1.724. As relaes pessoais entre os companheiros obedecero aos deveres de lealdade, respeito e assistncia, e de guarda, sustento e educao dos filhos. Art. 1.725. Na unio estvel, salvo contrato escrito entre os companheiros, aplica-se s relaes patrimoniais, no que couber, o regime da comunho parcial de bens. Art. 1.726. A unio estvel poder converter-se em casamento, mediante pedido dos companheiros ao juiz e assento no Registro Civil. Art. 1.727. As relaes no eventuais entre o homem e a mulher, impedidos de casar, constituem concubinato. Parte Especial Livro I Do Direito de Famlia Ttulo VI Da Tutela, Da Curatela e da Ausncia Captulo I Da Tutela Seo I Dos Tutores Art. 406. Os filhos menores so postos em tutela: I falecendo os pais, ou sendo julgados ausentes; II decaindo os pais do ptrio poder. Ttulo IV Da Tutela e da Curatela Captulo I Da Tutela Seo I Dos Tutores Art. 1.728. Os filhos menores so postos em tutela: I com o falecimento dos pais, ou sendo estes julgados ausentes; II em caso de os pais decarem do poder familiar.
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Quadro Comparativo entre o Novo Cdigo Civil e o Cdigo Civil Anterior Lei no 3.071/1916 Art. 407. O direito de nomear tutor compete ao pai, me, ao av paterno e ao materno. Cada uma destas pessoas o exercer no caso de falta ou incapacidade das que lhes antecederam na ordem aqui estabelecida. Pargrafo nico. A nomeao deve constar de testamento ou de qualquer outro documento autntico. Art. 408. Nula a nomeao de tutor pelo pai, ou pela me, que, ao tempo de sua morte, no tenha o ptrio poder. Art. 409. Em falta de tutor nomeado pelos pais, incumbe a tutela aos parentes consanguneos do menor, por esta ordem: I ao av paterno, depois ao materno, e, na falta deste, av paterna, ou materna; II aos irmos, preferindo os bilaterais aos unilaterais, o do sexo masculino ao do feminino, o mais velho ao mais moo; III aos tios, sendo preferido o do sexo masculino ao do feminino, o mais velho ao mais moo. Art. 410. O juiz nomear tutor idneo e residente no domiclio do menor: I na falta de tutor testamentrio, ou legtimo; II quando estes forem excludos ou escusados da tutela; III quando removidos por no idneos o tutor legtimo e o testamentrio. Art. 411. Aos irmos rfos se dar um s tutor. No caso, porm, de ser nomeado mais de um, por disposio testamentria, entende-se que a tutela foi cometida ao primeiro, e que os outros lhe ho de suceder pela ordem de nomeao, dado o
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Lei no 10.406/2002 Art. 1.729. O direito de nomear tutor compete aos pais, em conjunto.

Pargrafo nico. A nomeao deve constar de testamento ou de qualquer outro documento autntico. Art. 1.730. nula a nomeao de tutor pelo pai ou pela me que, ao tempo de sua morte, no tinha o poder familiar. Art. 1.731. Em falta de tutor nomeado pelos pais incumbe a tutela aos parentes consangneos do menor, por esta ordem: I aos ascendentes, preferindo o de grau mais prximo ao mais remoto; II aos colaterais at o terceiro grau, preferindo os mais prximos aos mais remotos, e, no mesmo grau, os mais velhos aos mais moos; em qualquer dos casos, o juiz escolher entre eles o mais apto a exercer a tutela em benefcio do menor. Art. 1.732. O juiz nomear tutor idneo e residente no domiclio do menor: I na falta de tutor testamentrio ou legtimo; II quando estes forem excludos ou escusados da tutela; III quando removidos por no idneos o tutor legtimo e o testamentrio. Art. 1.733. Aos irmos rfos dar-se- um s tutor.

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Quadro Comparativo entre o Novo Cdigo Civil e o Cdigo Civil Anterior Lei no 3.071/1916 caso de morte, incapacidade, escusa ou qualquer outro impedimento legal. 1 o No caso de ser nomeado mais de um tutor por disposio testamentria sem indicao de precedncia, entende-se que a tutela foi cometida ao primeiro, e que os outros lhe sucedero pela ordem de nomeao, se ocorrer morte, incapacidade, escusa ou qualquer outro impedimento. Pargrafo nico. Quem institui um menor herdeiro, ou legatrio seu, poder nomear-lhe curador especial para os bens deixados, ainda que o menor se ache sob o ptrio poder, ou sob tutela. Art. 412. Os menores abandonados tero tutores nomeados pelo juiz, ou sero recolhidos a estabelecimentos pblicos para este fim destinados. Na falta desses estabelecimentos, ficam sob a tutela das pessoas que, voluntria e gratuitamente, se encarregarem da sua criao. Seo II Dos Incapazes de Exercer a Tutela Art. 413. No podem ser tutores e sero exonerados da tutela, caso a exeram: I os que no tiverem a livre administrao de seus bens; II os que, no momento de lhes ser deferida a tutela, se acharem constitudos em obrigao para com o menor, ou tiverem que fazer valer direitos contra este; e aqueles cujos pais, filhos, ou cnjuges tiverem demanda com o menor; III os inimigos do menor, ou de seus pais, ou que tiverem sido por estes expressamente excludos da tutela;
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2o Quem institui um menor herdeiro, ou legatrio seu, poder nomear-lhe curador especial para os bens deixados, ainda que o beneficirio se encontre sob o poder familiar, ou tutela. Art. 1.734. Os menores abandonados tero tutores nomeados pelo juiz, ou sero recolhidos a estabelecimento pblico para este fim destinado, e, na falta desse estabelecimento, ficam sob a tutela das pessoas que, voluntria e gratuitamente, se encarregarem da sua criao. Seo II Dos Incapazes de Exercer a Tutela Art. 1.735. No podem ser tutores e sero exonerados da tutela, caso a exeram: I aqueles que no tiverem a livre administrao de seus bens; II aqueles que, no momento de lhes ser deferida a tutela, se acharem constitudos em obrigao para com o menor, ou tiverem que fazer valer direitos contra este, e aqueles cujos pais, filhos ou cnjuges tiverem demanda contra o menor; III os inimigos do menor, ou de seus pais, ou que tiverem sido por estes expressamente excludos da tutela;
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Quadro Comparativo entre o Novo Cdigo Civil e o Cdigo Civil Anterior Lei no 3.071/1916 IV os condenados por crime de furto, roubo, estelionato ou falsidade, tenham ou no cumprido a pena; V as pessoas de mau procedimento, ou falhas em probidade, e as culpadas de abusos em tutorias anteriores; VI os que exercerem funo pblica incompatvel com a boa administrao da tutela. Seo III Da Escusa dos Tutores Art. 414. Podem escusar-se da tutela: I as mulheres; II os maiores de sessenta anos; III os que tiverem em seu poder mais de cinco filhos; IV os impossibilitados por enfermidade; V os que habitarem longe do lugar onde se haja de exercer a tutela; VI os que j exercerem tutela, ou curatela; VII os militares, em servio. Art. 415. Quem no for parente do menor no poder ser obrigado a aceitar a tutela, se houver no lugar parente idneo, cosangneo ou afim, em condies de exerc-la. Art. 416. A escusa apresentar-se- nos dez dias subseqentes intimao do nomeado, sob pena de entender-se renunciado o direito de aleg-la. Se o motivo escusatrio ocorrer depois de aceita a tutela, os dez dias contar-se-o do em que ele sobrevier. Art. 417. Se o juiz no admitir a escusa, exercer o nomeado a tutela, enquanto o
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Lei no 10.406/2002 IV os condenados por crime de furto, roubo, estelionato, falsidade, contra a famlia ou os costumes, tenham ou no cumprido pena; V as pessoas de mau procedimento, ou falhas em probidade, e as culpadas de abuso em tutorias anteriores; VI aqueles que exercerem funo pblica incompatvel com a boa administrao da tutela. Seo III Da Escusa dos Tutores Art. 1.736. Podem escusar-se da tutela: I mulheres casadas; II maiores de sessenta anos; III aqueles que tiverem sob sua autoridade mais de trs filhos; IV os impossibilitados por enfermidade; V aqueles que habitarem longe do lugar onde se haja de exercer a tutela; VI aqueles que j exercerem tutela ou curatela; VII militares em servio. Art. 1.737. Quem no for parente do menor no poder ser obrigado a aceitar a tutela, se houver no lugar parente idneo, consangneo ou afim, em condies de exerc-la. Art. 1.738. A escusa apresentar-se- nos dez dias subseqentes designao, sob pena de entender-se renunciado o direito de aleg-la; se o motivo escusatrio ocorrer depois de aceita a tutela, os dez dias contar-se-o do em que ele sobrevier. Art. 1.739. Se o juiz no admitir a escusa, exercer o nomeado a tutela, enquanto o
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Quadro Comparativo entre o Novo Cdigo Civil e o Cdigo Civil Anterior Lei no 3.071/1916 recurso interposto no tiver provimento, e responder desde logo pelas perdas e danos, que o menor venha a sofrer. Seo IV Da Garantia da Tutela Art. 418. O tutor, antes de assumir a tutela, obrigado a especializar, em hipoteca legal, que ser inscrita, os imveis necessrios, para acautelar, sob sua administrao, os bens do menor. Art. 419. Se todos os imveis de sua propriedade no valerem o patrimnio do menor, reforar o tutor a hipoteca mediante cauo real ou fidejussria; salvo se para tal no tiver meios, ou for de reconhecida idoneidade. Art. 420. O juiz responde subsidiariamente pelos prejuzos, que sofra o menor em razo da insolvncia do tutor, de lhe no ter exigido a garantia legal, ou de o no haver removido, tanto que se tornou suspeito. Art. 421. A responsabilidade ser pessoal e direta, quando o juiz no tiver nomeado tutor, ou quando a nomeao no houver sido oportuna. Seo V Do Exerccio da Tutela Art. 424. Cabe ao tutor, quanto pessoa do menor: I dirigir-lhe a educao, defend-lo e prestar-lhe alimentos, conforme os seus haveres e condio; II reclamar do juiz que providencie, como houver por bem, quando o menor haja mister correo. Seo IV Do Exerccio da Tutela Art. 1.740. Incumbe ao tutor, quanto pessoa do menor: I dirigir-lhe a educao, defend-lo e prestar-lhe alimentos, conforme os seus haveres e condio; II reclamar do juiz que providencie, como houver por bem, quando o menor haja mister correo; III adimplir os demais deveres que normalmente cabem aos pais, ouvida a opiCdigo Civil Comparado

Lei no 10.406/2002 recurso interposto no tiver provimento, e responder desde logo pelas perdas e danos que o menor venha a sofrer.

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Quadro Comparativo entre o Novo Cdigo Civil e o Cdigo Civil Anterior Lei no 3.071/1916 Lei no 10.406/2002 nio do menor, se este j contar doze anos de idade. Art. 422. Incumbe ao tutor, sob a inspeo do juiz, reger a pessoa do menor, velar por ele, e administrar-lhe os bens. Art. 1.741. Incumbe ao tutor, sob a inspeo do juiz, administrar os bens do tutelado, em proveito deste, cumprindo seus deveres com zelo e boa-f. Art. 1.742. Para fiscalizao dos atos do tutor, pode o juiz nomear um protutor. Art. 1.743. Se os bens e interesses administrativos exigirem conhecimentos tcnicos, forem complexos, ou realizados em lugares distantes do domiclio do tutor, poder este, mediante aprovao judicial, delegar a outras pessoas fsicas ou jurdicas o exerccio parcial da tutela. Art. 1.744. A responsabilidade do juiz ser: I direta e pessoal, quando no tiver nomeado o tutor, ou no o houver feito oportunamente; II subsidiria, quando no tiver exigido garantia legal do tutor, nem o removido, tanto que se tornou suspeito. Art. 423. Os bens do menor sero entregues ao tutor mediante termo especificado dos bens e seus valores, ainda que os pais o tenham dispensado. Art. 1.745. Os bens do menor sero entregues ao tutor mediante termo especificado deles e seus valores, ainda que os pais o tenham dispensado. Pargrafo nico. Se o patrimnio do menor for de valor considervel, poder o juiz condicionar o exerccio da tutela prestao de cauo bastante, podendo dispens-la se o tutor for de reconhecida idoneidade. Art. 425. Se o menor possuir bens, ser sustentado e educado a expensas suas,
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Art. 1.746. Se o menor possuir bens, ser sustentado e educado a expensas deles,
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Quadro Comparativo entre o Novo Cdigo Civil e o Cdigo Civil Anterior Lei no 3.071/1916 arbitrando o juiz, para tal fim, as quantias, que lhe paream necessrias, atento o rendimento da fortuna do pupilo, quando o pai, ou a me, no as houver taxado. Art. 426. Compete mais ao tutor: I representar o menor, at os dezesseis anos, nos atos da vida civil, e assisti-lo, aps essa idade, nos atos em que for parte, suprindo-lhe o consentimento; II receber as rendas e penses do menor; III fazer-lhe as despesas de subsistncia e educao, bem como as da administrao de seus bens; IV alienar os bens do menor destinados venda. Lei no 10.406/2002 arbitrando o juiz para tal fim as quantias que lhe paream necessrias, considerado o rendimento da fortuna do pupilo quando o pai ou a me no as houver fixado. Art. 1.747. Compete mais ao tutor: I representar o menor, at os dezesseis anos, nos atos da vida civil, e assisti-lo, aps essa idade, nos atos em que for parte; II receber as rendas e penses do menor, e as quantias a ele devidas; III fazer-lhe as despesas de subsistncia e educao, bem como as de administrao, conservao e melhoramentos de seus bens; IV alienar os bens do menor destinados a venda; V promover-lhe, mediante preo conveniente, o arrendamento de bens de raiz. Art. 1.748. Compete tambm ao tutor, com autorizao do juiz: I pagar as dvidas do menor; II aceitar por ele heranas, legados ou doaes, ainda que com encargos; III transigir; IV vender-lhe os bens mveis, cuja conservao no convier, e os imveis nos casos em que for permitido; V propor em juzo as aes, ou nelas assistir o menor, e promover todas as diligncias a bem deste, assim como defendlo nos pleitos contra ele movidos.

Art. 427. Compete-lhe, tambm, com autorizao do juiz: I fazer as despesas necessrias com a conservao e o melhoramento dos bens; II receber as quantias devidas ao rfo, e pagar-lhe as dvidas; III aceitar por ele herana, legados, ou doaes, com ou sem encargos; IV transigir; V promover-lhe, mediante praa pblica, o arrendamento dos bens de raiz; VI vender-lhe em praa os mveis, cuja conservao no convier, e os imveis, nos casos em que for permitido; VII propor em juzo as aes e promover todas as diligncias a bem do menor, assim como defend-lo nos pleitos contra ele movidos, segundo o disposto no artigo 84.

Pargrafo nico. No caso de falta de autorizao, a eficcia de ato do tutor depende da aprovao ulterior do juiz.
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Quadro Comparativo entre o Novo Cdigo Civil e o Cdigo Civil Anterior Lei no 3.071/1916 Art. 428. Ainda com autorizao judicial, no pode o tutor, sob pena de nulidade: I adquirir por si, ou por interposta pessoa, por contrato particular, ou em hasta pblica, bens mveis, ou de raiz pertencentes ao menor; II dispor dos bens do menor a ttulo gratuito; III constituir-se cessionrio de crdito, ou direito, contra o menor. Art. 429. Os imveis pertencentes aos menores s podem ser vendidos, quando houver manifesta vantagem, e sempre em hasta pblica. Art. 430. Antes de assumir a tutela, o tutor declarar tudo o que lhe deva o menor, sob pena de lho no poder cobrar, enquanto exera a tutoria, salvo provando que no conhecia o dbito, quando assumiu. Art. 431. O tutor responde pelos prejuzos, que, por negligncia, culpa, ou dolo, causar ao pupilo; mas tem direito a ser pago do que legalmente despender no exerccio da tutela, e, salvo no caso do artigo 412, a perceber uma gratificao por seu trabalho. Pargrafo nico. No tendo os pais do menor fixado essa gratificao, arbitra-la o juiz, at dez por cento, no mximo, da renda lquida anual dos bens administrados pelo tutor. 1o Ao protutor ser arbitrada uma gratificao mdica pela fiscalizao efetuada.
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Lei no 10.406/2002 Art. 1.749. Ainda com a autorizao judicial, no pode o tutor, sob pena de nulidade: I adquirir por si, ou por interposta pessoa, mediante contrato particular, bens mveis ou imveis pertencentes ao menor; II dispor dos bens do menor a ttulo gratuito; III constituir-se cessionrio de crdito ou de direito, contra o menor. Art. 1.750. Os imveis pertencentes aos menores sob tutela somente podem ser vendidos quando houver manifesta vantagem, mediante prvia avaliao judicial e aprovao do juiz. Art. 1.751. Antes de assumir a tutela, o tutor declarar tudo o que o menor lhe deva, sob pena de no lhe poder cobrar, enquanto exera a tutoria, salvo provando que no conhecia o dbito quando a assumiu. Art. 1.752. O tutor responde pelos prejuzos que, por culpa, ou dolo, causar ao tutelado; mas tem direito a ser pago pelo que realmente despender no exerccio da tutela, salvo no caso do art. 1.734, e a perceber remunerao proporcional importncia dos bens administrados.

Quadro Comparativo entre o Novo Cdigo Civil e o Cdigo Civil Anterior Lei no 3.071/1916 Lei no 10.406/2002 2o So solidariamente responsveis pelos prejuzos as pessoas s quais competia fiscalizar a atividade do tutor, e as que concorreram para o dano. Seo VI Dos Bens de rfos Art. 432. Os tutores no podem conservar em seu poder dinheiros de seus tutelados de seus tutelados, alm do necessrio, para as despesas ordinrias com o seu sustento, a sua educao e a administrao de seus bens. 1o Os objetos de ouro, prata, pedras preciosas e mveis desnecessrios, sero vendidos em hasta pblica, e seu produto convertido em ttulos de responsabilidade da Unio, ou dos Estados, recolhido s Caixas Econmicas Federais ou aplicado na aquisio de imveis, conforme for determinado pelo juiz. O mesmo destino ter o dinheiro proveniente de qualquer outra procedncia. Seo V Dos Bens do Tutelado Art. 1.753. Os tutores no podem conservar em seu poder dinheiro dos tutelados, alm do necessrio para as despesas ordinrias com o seu sustento, a sua educao e a administrao de seus bens. 1o Se houver necessidade, os objetos de ouro e prata, pedras preciosas e mveis sero avaliados por pessoa idnea e, aps autorizao judicial, alienados, e o seu produto convertido em ttulos, obrigaes e letras de responsabilidade direta ou indireta da Unio ou dos Estados, atendendo-se preferentemente rentabilidade, e recolhidos ao estabelecimento bancrio oficial ou aplicado na aquisio de imveis, conforme for determinado pelo juiz. 2o O mesmo destino previsto no pargrafo antecedente ter o dinheiro proveniente de qualquer outra procedncia. 2o Os tutores respondem pela demora na aplicao dos valores acima ditos, pagando os juros legais desde o dia em que lhes deveriam dar esse destino, o que no os exime da obrigao, que o juiz far efetiva, da referida aplicao. Art. 433. Os valores que existirem nas Caixas Econmicas Federais, na forma do artigo anterior, no se podero retirar, seno mediante ordem do juiz, e somente:
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3o Os tutores respondem pela demora na aplicao dos valores acima referidos, pagando os juros legais desde o dia em que deveriam dar esse destino, o que no os exime da obrigao, que o juiz far efetiva, da referida aplicao. Art. 1.754. Os valores que existirem em estabelecimento bancrio oficial, na forma do artigo antecedente, no se podero retirar, seno mediante ordem do juiz, e somente:
Cdigo Civil Comparado

Quadro Comparativo entre o Novo Cdigo Civil e o Cdigo Civil Anterior Lei no 3.071/1916 I para as despesas com o sustento e educao do pupilo, ou a administrao de seus bens; II para se comprarem bens de raiz e ttulos da dvida pblica da Unio, ou dos Estados; III para se empregarem em conformidade com o disposto por quem os houver doado, ou deixado; IV para se entregarem aos rfos, quando emancipados, ou maiores, ou, mortos eles, aos seus herdeiros. Seo VII Da Prestao de Contas da Tutela Art. 434. Os tutores, embora o contrrio dispusessem os pais dos tutelados, so obrigados a prestar contas da sua administrao. Art. 435. No fim de cada ano de administrao, os tutores submetero ao juiz o balano respectivo, que, depois de aprovado, se anexar aos autos do inventrio. Art. 436. Os tutores prestaro contas de dois em dois anos, e bem assim quando, por qualquer motivo, deixarem o exerccio da tutela, ou toda vez que o juiz o houver por conveniente. Pargrafo nico. As contas sero prestadas em juzo, e julgadas depois de audincia dos interessados; recolhendo o tutor imediatamente em caixas econmicas os saldos, ou adquirindo bens imveis, ou ttulos da dvida pblica. Art. 437. Finda a tutela pela emancipao, ou maioridade, a quitao do meCdigo Civil Comparado

Lei no 10.406/2002 I para as despesas com o sustento e educao do tutelado, ou a administrao de seus bens; II para se comprarem bens imveis e ttulos, obrigaes ou letras, nas condies previstas no 1o do artigo antecedente; III para se empregarem em conformidade com o disposto por quem os houver doado, ou deixado; IV para se entregarem aos rfos, quando emancipados, ou maiores, ou, mortos eles, aos seus herdeiros. Seo VI Da Prestao de Contas Art. 1.755. Os tutores, embora o contrrio tivessem disposto os pais dos tutelados, so obrigados a prestar contas da sua administrao. Art. 1.756. No fim de cada ano de administrao, os tutores submetero ao juiz o balano respectivo, que, depois de aprovado, se anexar aos autos do inventrio. Art. 1.757. Os tutores prestaro contas de dois em dois anos, e tambm quando, por qualquer motivo, deixarem o exerccio da tutela ou toda vez que o juiz achar conveniente. Pargrafo nico. As contas sero prestadas em juzo, e julgadas depois da audincia dos interessados, recolhendo o tutor imediatamente a estabelecimento bancrio oficial os saldos, ou adquirindo bens imveis, ou ttulos, obrigaes ou letras, na forma do 1o do art. 1.753. Art. 1.758. Finda a tutela pela emancipao ou maioridade, a quitao do
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Quadro Comparativo entre o Novo Cdigo Civil e o Cdigo Civil Anterior Lei no 3.071/1916 nor no produzir efeito antes de aprovadas as contas pelo juiz, subsistindo inteira, at ento, a responsabilidade do tutor. Art. 438. Nos casos de morte, ausncia, ou interdio do tutor, as contas sero prestadas por seus herdeiros, ou representantes. Art. 439. Sero levadas a crdito do tutor todas as despesas justificadas e reconhecidamente proveitosas ao menor. Art. 440. As despesas com a prestao de contas sero pagas pelo tutelado. Art. 441. O alcance do tutor, bem como o saldo contra o tutelado, vencero juros desde o julgamento definitivo das contas. Seo VIII Da Cessao da Tutela Art. 442. Cessa a condio de pupilo: I com a maioridade, ou a emancipao do menor; II caindo o menor sob o ptrio poder, no caso de legitimao, reconhecimento ou adoo. Art. 443. Cessam as funes do tutor: I expirando o termo, em que era obrigado a servir; II sobrevindo escusa legtima; III sendo removido. Art. 444. Os tutores so obrigados a servir por espao de dois anos. Pargrafo nico. Podem, porm, continuar alm desse prazo, no exerccio da tute494

Lei no 10.406/2002 menor no produzir efeito antes de aprovadas as contas pelo juiz, subsistindo inteira, at ento, a responsabilidade do tutor. Art. 1.759. Nos casos de morte, ausncia, ou interdio do tutor, as contas sero prestadas por seus herdeiros ou representantes. Art. 1.760. Sero levadas a crdito do tutor todas as despesas justificadas e reconhecidamente proveitosas ao menor. Art. 1.761. As despesas com a prestao das contas sero pagas pelo tutelado. Art. 1.762. O alcance do tutor, bem como o saldo contra o tutelado, so dvidas de valor e vencem juros desde o julgamento definitivo das contas. Seo VII Da Cessao da Tutela Art. 1.763. Cessa a condio de tutelado: I com a maioridade ou a emancipao do menor; II ao cair o menor sob o poder familiar, no caso de reconhecimento ou adoo. Art. 1.764. Cessam as funes do tutor: I ao expirar o termo, em que era obrigado a servir; II ao sobrevir escusa legtima; III ao ser removido. Art. 1.765. O tutor obrigado a servir por espao de dois anos. Pargrafo nico. Pode o tutor continuar no exerccio da tutela, alm do prazo preCdigo Civil Comparado

Quadro Comparativo entre o Novo Cdigo Civil e o Cdigo Civil Anterior Lei no 3.071/1916 la, se o quiserem, e o juiz tiver por conveniente ao menor. Art. 445. Ser destitudo o tutor, quando negligente, prevaricador ou incurso em incapacidade. Captulo II Da Curatela Seo I Disposies Gerais Art. 446. Esto sujeitos curatela: I os loucos de todo o gnero; II os surdos-mudos, sem educao que os habilite a enunciar precisamente a sua vontade; III os prdigos. Lei no 10.406/2002 visto neste artigo, se o quiser e o juiz julgar conveniente ao menor. Art. 1.766. Ser destitudo o tutor, quando negligente, prevaricador ou incurso em incapacidade. Captulo II Da Curatela Seo I Dos Interditos Art. 1.767. Esto sujeitos a curatela: I aqueles que, por enfermidade ou deficincia mental, no tiverem o necessrio discernimento para os atos da vida civil; II aqueles que, por outra causa duradoura, no puderem exprimir a sua vontade; III os deficientes mentais, os brios habituais e os viciados em txicos; IV os excepcionais sem completo desenvolvimento mental; V os prdigos. Art. 1.768. A interdio deve ser promovida: I pelos pais ou tutores; II pelo cnjuge, ou por qualquer parente; III pelo Ministrio Pblico. Art. 1.769. O Ministrio Pblico s promover interdio: I em caso de doena mental grave; II se no existir ou no promover a interdio alguma das pessoas designadas nos incisos I e II do artigo antecedente; III se, existindo, forem incapazes as pessoas mencionadas no inciso antecedente. Art. 1.770. Nos casos em que a interdio for promovida pelo Ministrio Pblico, o juiz nomear defensor ao suposto inca495

Art. 447. A interdio deve ser promovida: I pelo pai, me, ou tutor; II pelo cnjuge, ou algum parente prximo; III pelo Ministrio Pblico. Art. 448. O Ministrio Pblico s promover a interdio: I no caso de loucura furiosa; II se no existir, ou no promover a interdio alguma das pessoas designadas no artigo antecedente, nos I e II; III se, existindo, forem menores, ou incapazes. Art. 449. Nos casos em que a interdio for promovida pelo Ministrio Pblico, o juiz nomear defensor ao suposto incaCdigo Civil Comparado

Quadro Comparativo entre o Novo Cdigo Civil e o Cdigo Civil Anterior Lei no 3.071/1916 paz. Nos demais casos o Ministrio Pblico ser o defensor. Art. 450. Antes de se pronunciar acerca da interdio, examinar pessoalmente o juiz o argido de incapacidade, ouvindo profissionais. Art. 451. Pronunciada a interdio do surdo-mudo, o juiz assinar, segundo o desenvolvimento mental do interdito, os limites da curatela. Lei no 10.406/2002 paz; nos demais casos o Ministrio Pblico ser o defensor. Art. 1.771. Antes de pronunciar-se acerca da interdio, o juiz, assistido por especialistas, examinar pessoalmente o argido de incapacidade. Art. 1.772. Pronunciada a interdio das pessoas a que se referem os incisos III e IV do art. 1.767, o juiz assinar, segundo o estado ou o desenvolvimento mental do interdito, os limites da curatela, que podero circunscrever-se s restries constantes do art. 1.782. Art. 1.773. A sentena que declara a interdio produz efeitos desde logo, embora sujeita a recurso. Art. 1.774. Aplicam-se curatela as disposies concernentes tutela, com as modificaes dos artigos seguintes.

Art. 452. A sentena que declara a interdio produz efeitos desde logo, embora sujeita a recurso. Art. 453. Decretada a interdio, fica o interdito sujeito curatela, qual se aplica o disposto no captulo antecedente, com a restrio do artigo 451 e as modificaes dos artigos seguintes. Art. 454. O cnjuge, no separado judicialmente, , de direito, curador do outro, quando interdito. 1o Na falta do cnjuge, curador legtimo o pai; na falta deste, a me; e, na desta, o descendente maior. 2o Entre os descendentes, os mais prximos precedem aos mais remotos, e, dentre os do mesmo grau, os vares s mulheres. 3o Na falta das pessoas mencionadas, compete ao juiz a escolha do curador.

Art. 1.775. O cnjuge ou companheiro, no separado judicialmente ou de fato, , de direito, curador do outro, quando interdito. 1o Na falta do cnjuge ou companheiro, curador legtimo o pai ou a me; na falta destes, o descendente que se demonstrar mais apto. 2o Entre os descendentes, os mais prximos precedem aos mais remotos. 3o Na falta das pessoas mencionadas neste artigo, compete ao juiz a escolha do curador.
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Quadro Comparativo entre o Novo Cdigo Civil e o Cdigo Civil Anterior Lei no 3.071/1916 Art. 455. Quando o curador for o cnjuge, no ser obrigado a apresentar os balanos anuais, nem a fazer inventrio, se o regime do casamento for o da comunho, ou se os bens do incapaz se acharem descritos em instrumento pblico, qualquer que seja o regime do casamento. 1o Se o curador for o marido, observarse- o disposto nos artigos 233 a 239. 2o Se a mulher for a curadora, observarse- o disposto no artigo 251, pargrafo nico. 3o Se for o pai, ou me, no ter aplicao o disposto no artigo 435. Art. 456. Havendo meio de educar o surdo-mudo, o curador promover-lhe- o ingresso em estabelecimento apropriado. Art. 457. Os loucos, sempre que parecer inconveniente conserv-los em casa, ou o exigir o seu tratamento, sero tambm recolhidos em estabelecimento adequado. Art. 458. A autoridade do curador estende-se pessoa e bens dos filhos do curatelado, nascidos ou nascituros. Seo III Da Curatela do Nascituro Art. 462. Dar-se- curador ao nascituro, se o pai falecer, estando a mulher grvida, e no tendo o ptrio poder. Pargrafo nico. Se a mulher estiver interdita, seu curador ser o do nascituro. Art. 1.776. Havendo meio de recuperar o interdito, o curador promover-lhe- o tratamento em estabelecimento apropriado. Art. 1.777. Os interditos referidos nos incisos I, III e IV do art. 1.767 sero recolhidos em estabelecimentos adequados, quando no se adaptarem ao convvio domstico. Art. 1.778. A autoridade do curador estende-se pessoa e aos bens dos filhos do curatelado, observado o art. 5o. Seo II Da Curatela do Nascituro e do Enfermo ou Portador de Deficincia Fsica Art. 1.779. Dar-se- curador ao nascituro, se o pai falecer estando grvida a mulher, e no tendo o poder familiar. Pargrafo nico. Se a mulher estiver interdita, seu curador ser o do nascituro. Art. 1.780. A requerimento do enfermo ou portador de deficincia fsica, ou, na impossibilidade de faz-lo, de qualquer das
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Lei no 10.406/2002

Quadro Comparativo entre o Novo Cdigo Civil e o Cdigo Civil Anterior Lei no 3.071/1916 Lei no 10.406/2002 pessoas a que se refere o art. 1.768, darse-lhe- curador para cuidar de todos ou alguns de seus negcios ou bens. Seo II Dos Prdigos Seo III do Exerccio da Curatela Art. 1.781. As regras a respeito do exerccio da tutela aplicam-se ao da curatela, com a restrio do art. 1.772 e as desta Seo. Art. 459. A interdio do prdigo s o privar de, sem curador, emprestar, transigir, dar quitao, alienar, hipotecar, demandar ou ser demandado e praticar, em geral, atos que no sejam de mera administrao. Art. 460. O prdigo s incorrer em interdio, havendo cnjuge, ou tendo ascendentes ou descendentes legtimos, que a promovam. Art. 461. Levantar-se- a interdio, cessando a incapacidade, que a determinou, ou no existindo mais os parentes designados no artigo anterior. Art. 1.783. Quando o curador for o cnjuge e o regime de bens do casamento for de comunho universal, no ser obrigado prestao de contas, salvo determinao judicial. Livro IV Do Direito das Sucesses Ttulo I Da Sucesso em Geral Captulo I Disposies Gerais Art. 1.572. Aberta a sucesso, o domnio e a posse da herana transmitem-se, desde logo, aos herdeiros legtimos testamentrios.
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Art. 1.782. A interdio do prdigo s o privar de, sem curador, emprestar, transigir, dar quitao, alienar, hipotecar, demandar ou ser demandado, e praticar, em geral, os atos que no sejam de mera administrao.

Livro V Do Direito das Sucesses Ttulo I Da Sucesso em Geral Captulo I Disposies Gerais Art. 1.784. Aberta a sucesso, a herana transmite-se, desde logo, aos herdeiros legtimos e testamentrios.

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Quadro Comparativo entre o Novo Cdigo Civil e o Cdigo Civil Anterior Lei no 3.071/1916 Lei no 10.406/2002 Art. 1.785. A sucesso abre-se no lugar do ltimo domiclio do falecido. Art. 1.573. A sucesso d-se por disposio de ltima vontade, ou em virtude da lei. Art. 1.786. A sucesso d-se por lei ou por disposio de ltima vontade. Art. 1.787. Regula a sucesso e a legitimao para suceder a lei vigente ao tempo da abertura daquela. Art. 1.574 . Morrendo a pessoa sem testamento, transmite-se a herana a seus herdeiros legtimos. Ocorrer outro tanto quanto aos bens que no forem compreendidos no testamento. Art. 1.575. Tambm subsiste a sucesso legtima se o testamento caducar, ou for julgado nulo. Art. 1.576. Havendo herdeiros necessrios, o testador s poder dispor da metade da herana. Art. 1.577. A capacidade para suceder a do tempo da abertura da sucesso, que se regular conforme a lei ento em vigor. Art. 1.790. A companheira ou o companheiro participar da sucesso do outro, quanto aos bens adquiridos onerosamente na vigncia da unio estvel, nas condies seguintes: I se concorrer com filhos comuns, ter direito a uma quota equivalente que por lei for atribuda ao filho; II se concorrer com descendentes s do autor da herana, tocar-lhe- a metade do que couber a cada um daqueles; III se concorrer com outros parentes sucessveis, ter direito a um tero da herana;
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Art. 1.788. Morrendo a pessoa sem testamento, transmite a herana aos herdeiros legtimos; o mesmo ocorrer quanto aos bens que no forem compreendidos no testamento; e subsiste a sucesso legtima se o testamento caducar, ou for julgado nulo.

Art. 1.789. Havendo herdeiros necessrios, o testador s poder dispor da metade da herana.

Quadro Comparativo entre o Novo Cdigo Civil e o Cdigo Civil Anterior Lei no 3.071/1916 Lei no 10.406/2002 IV no havendo parentes sucessveis, ter direito totalidade da herana. Captulo II Da Transmisso da Herana Captulo II Da Herana e de sua Administrao Art. 1.791. A herana defere-se como um todo unitrio, ainda que vrios sejam os herdeiros. Pargrafo nico. At a partilha, o direito dos co-herdeiros, quanto propriedade e posse da herana, ser indivisvel, e regular-se- pelas normas relativas ao condomnio. Art. 1.792. O herdeiro no responde por encargos superiores s foras da herana; incumbe-lhe, porm, a prova do excesso, salvo se houver inventrio que a escuse, demostrando o valor dos bens herdados. Art. 1.793. O direito sucesso aberta, bem como o quinho de que disponha o co-herdeiro, pode ser objeto de cesso por escritura pblica. 1o Os direitos, conferidos ao herdeiro em conseqncia de substituio ou de direito de acrescer, presumem-se no abrangidos pela cesso feita anteriormente. 2o ineficaz a cesso, pelo co-herdeiro, de seu direito hereditrio sobre qualquer bem da herana considerado singularmente. 3o Ineficaz a disposio, sem prvia autorizao do juiz da sucesso, por qualquer herdeiro, de bem componente do acervo hereditrio, pendente a indivisibilidade. Art. 1.794. O co-herdeiro no poder ceder a sua quota hereditria a pessoa es500 Cdigo Civil Comparado

Quadro Comparativo entre o Novo Cdigo Civil e o Cdigo Civil Anterior Lei no 3.071/1916 Lei no 10.406/2002 tranha sucesso, se outro co-herdeiro a quiser, tanto por tanto. Art. 1.795. O co-herdeiro, a quem no se der conhecimento da cesso, poder, depositado o preo, haver para si a quota cedida a estranho, se o requerer at cento e oitenta dias aps a transmisso. Pargrafo nico. Sendo vrios os co-herdeiros a exercer a preferncia, entre eles se distribuir o quinho cedido, na proporo das respectivas quotas hereditrias. Art. 1.796. No prazo de trinta dias, a contar da abertura da sucesso, instaurar-se inventrio do patrimnio hereditrio, perante o juzo competente no lugar da sucesso, para fins de liquidao e, quando for o caso, de partilha da herana. Art. 1.578. A sucesso abre-se no lugar do ltimo domiclio do falecido. Art. 1.579. Ao cnjuge sobrevivente, no casamento celebrado sob o regime da comunho de bens, cabe continuar at a partilha na posse da herana com o cargo de cabea do casal. 1o Se, porm, o cnjuge sobrevivo for a mulher, ser mister, para isso, que estivesse vivendo com o marido ao tempo de sua morte, salvo prova de que essa convivncia se tornou impossvel sem culpa dela. 2o Na falta de cnjuge sobrevivente, a nomeao de inventariante recair no coherdeiro que se achar na posse corporal e na administrao dos bens. Entre co-herdeiros a preferncia se graduar pela idoneidade. 3o Na falta de cnjuge ou de herdeiro, ser inventariante o testamenteiro.
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Quadro Comparativo entre o Novo Cdigo Civil e o Cdigo Civil Anterior Lei no 3.071/1916 Lei no 10.406/2002 Art. 1.797. At o compromisso do inventariante, a administrao da herana caber, sucessivamente: I ao cnjuge ou companheiro, se com o outro convivia ao tempo da abertura da sucesso; II ao herdeiro que estiver na posse e administrao dos bens, e, se houver mais de um nessas condies, ao mais velho; III ao testamenteiro; IV a pessoa de confiana do juiz, na falta ou escusa das indicadas nos incisos antecedentes, ou quando tiverem de ser afastadas por motivo grave levado ao conhecimento do juiz. Art. 1.580. Sendo chamadas simultaneamente, a uma herana, duas ou mais pessoas, ser indivisvel o seu direito quanto posse e ao domnio, at se ultimar a partilha. Pargrafo nico. Qualquer dos co-herdeiros pode reclamar a universalidade da herana ao terceiro, que indevidamente a possua, no podendo este opor-lhe, em exceo, o carter parcial do seu direito nos bens da sucesso Captulo III Da Vocao Hereditria Art. 1.798. Legitimam-se a suceder as pessoas nascidas ou j concebidas no momento da abertura da sucesso. Art. 1.799. Na sucesso testamentria podem ainda ser chamados a suceder: I os filhos, ainda no concebidos, de pessoas indicadas pelo testador, desde que vivas estas ao abrir-se a sucesso; II as pessoas jurdicas; III as pessoas jurdicas, cuja organizao for determinada pelo testador sob a forma de fundao.
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Quadro Comparativo entre o Novo Cdigo Civil e o Cdigo Civil Anterior Lei no 3.071/1916 Lei no 10.406/2002 Art. 1.800. No caso do inciso I do artigo antecedente, os bens da herana sero confiados, aps a liquidao ou partilha, a curador nomeado pelo juiz. 1o Salvo disposio testamentria em contrrio, a curatela caber pessoa cujo filho o testador esperava ter por herdeiro, e, sucessivamente, s pessoas indicadas no art. 1.775. 2o Os poderes, deveres e responsabilidades do curador, assim nomeado, regemse pelas disposies concernentes curatela dos incapazes, no que couber. 3o Nascendo com vida o herdeiro esperado, ser-lhe- deferida a sucesso, com os frutos e rendimentos relativos deixa, a partir da morte do testador. 4o Se, decorridos dois anos aps a abertura da sucesso, no for concebido o herdeiro esperado, os bens reservados, salvo disposio em contrrio do testador, cabero aos herdeiros legtimos. Art. 1.801. No podem ser nomeados herdeiros nem legatrios: I a pessoa que, a rogo, escreveu o testamento, nem o seu cnjuge ou companheiro, ou os seus ascendentes e irmos; II as testemunhas do testamento; III o concubino do testador casado, salvo se este, sem culpa sua, estiver separado de fato do cnjuge h mais de cinco anos; IV o tabelio, civil ou militar, ou o comandante ou escrivo, perante quem se fizer, assim como o que fizer ou aprovar o testamento. Art. 1.802. So nulas as disposies testamentrias em favor de pessoas no legitimadas a suceder, ainda quando simuladas sob a forma de contrato oneroso, ou feitas mediante interposta pessoa.
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Quadro Comparativo entre o Novo Cdigo Civil e o Cdigo Civil Anterior Lei no 3.071/1916 Lei no 10.406/2002 Pargrafo nico. Presumem-se pessoas interpostas os ascendentes, os descendentes, os irmos e o cnjuge ou companheiro do no legitimado a suceder. Art. 1.803. lcita a deixa ao filho do concubino, quando tambm o for do testador. Captulo III Da Aceitao e Renncia da Herana Captulo IV Da Aceitao e Renncia da Herana Art. 1.804. Aceita a herana, torna-se definitiva a sua transmisso ao herdeiro, desde a abertura da sucesso. Pargrafo nico. A transmisso tem-se por no verificada quando o herdeiro renuncia herana. Art. 1.581. A aceitao da herana pode ser expressa ou tcita; a renncia, porm, dever constar, expressamente, de escritura pblica, ou termo judicial. 1o expressa a aceitao, quando se faz por declarao escrita; tcita, quando resulta de atos compatveis somente com o carter de herdeiros. 2o No exprimem aceitao da herana os atos oficiosos, como o funeral do finado, os meramente conservatrios, ou os de administrao e guarda interina. Art. 1.805. A aceitao da herana, quando expressa, faz-se por declarao escrita; quando tcita, h de resultar to-somente de atos prprios da qualidade de herdeiro. 1o No exprimem aceitao de herana os atos oficiosos, como o funeral do finado, os meramente conservatrios, ou os de administrao e guarda provisria. 2o No importa igualmente aceitao a cesso gratuita, pura e simples, da herana, aos demais co-herdeiros. Art. 1.582. Havendo testamento, observar-se- o disposto no artigo antecedente:
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Quadro Comparativo entre o Novo Cdigo Civil e o Cdigo Civil Anterior Lei no 3.071/1916 I se o falecido no deixar o cnjuge, ou herdeiros descendentes ou ascendentes; II se o herdeiro nomeado no existir, ou no aceitar a herana; III se, em qualquer dos casos previstos nos dois nmeros antecedentes, no houver colateral sucessvel, notoriamente conhecido; IV se, verificada alguma das hipteses dos trs nmeros anteriores, no houver testamenteiro nomeado, o nomeado no existir, ou no aceitar a testamentaria. Art. 1.806. A renncia da herana deve constar expressamente de instrumento pblico ou termo judicial. Art. 1.584. O interessado em que o herdeiro declare se aceita, ou no, a herana, poder, vinte dias depois de aberta a sucesso, requerer ao juiz prazo razovel no maior de trinta dias, para, dentro nele, se pronunciar o herdeiro, sob pena de se haver a herana por aceita. Art. 1.583. No se pode aceitar ou renunciar a herana em parte, sob condio, ou a termo; mas o herdeiro, a quem se testarem legados, pode aceit-los, renunciando herana, ou, aceitando-a, repudilos. Art. 1.583. No se pode aceitar ou renunciar a herana em parte, sob condio, ou a termo; mas o herdeiro, a quem se testarem legados, pode aceit-los, renunciando herana, ou, aceitando-a, repudilos. Art. 1.807. O interessado em que o herdeiro declare se aceita, ou no, a herana, poder, vinte dias aps aberta a sucesso, requerer ao juiz prazo razovel, no maior de trinta dias, para, nele, se pronunciar o herdeiro, sob pena de se haver a herana por aceita. Art. 1.808. No se pode aceitar ou renunciar a herana em parte, sob condio ou a termo. Lei no 10.406/2002

1o O herdeiro, a quem se testarem legados, pode aceit-los, renunciando a herana; ou, aceitando-a, repudi-los.

2o O herdeiro, chamado, na mesma sucesso, a mais de um quinho hereditrio, sob ttulos sucessrios diversos, pode liCdigo Civil Comparado 505

Quadro Comparativo entre o Novo Cdigo Civil e o Cdigo Civil Anterior Lei no 3.071/1916 Lei no 10.406/2002 vremente deliberar quanto aos quinhes que aceita e aos que renuncia. Art. 1.585. Falecendo o herdeiro, antes de declarar se aceita a herana, o direito de aceitar passa-lhe aos herdeiros, a menos que se trate de instituio adstrita a uma condio suspensiva, ainda no verificada. Art. 1.809. Falecendo o herdeiro antes de declarar se aceita a herana, o poder de aceitar passa-lhe aos herdeiros, a menos que se trate de vocao adstrita a uma condio suspensiva, ainda no verificada. Pargrafo nico. Os chamados sucesso do herdeiro falecido antes da aceitao, desde que concordem em receber a segunda herana, podero aceitar ou renunciar a primeira. Art. 1.589. Na sucesso legtima, a parte do renunciante acresce dos outros herdeiros da mesma classe, e, sendo ele o nico desta, devolve-se os da subseqente. Art. 1.590. retratvel a renncia, quando proveniente de violncia, erro ou dolo, ouvidos os interessados. A aceitao pode retratar-se, se no resultar prejuzo a credores, sendo lcito a estes, no caso contrrio, reclamar a providncia referida no artigo 1.586. Art. 1.588. Ningum pode suceder, representando herdeiro renunciante. Se, porm, ele for o nico legtimo de sua classe, ou se todos os outros da mesma classe renunciarem herana, podero os filhos vir sucesso, por direito prprio, e por cabea. Art. 1.811. Ningum pode suceder, representando herdeiro renunciante. Se, porm, ele for o nico legtimo da sua classe, ou se todos os outros da mesma classe renunciarem a herana, podero os filhos vir sucesso, por direito prprio, e por cabea. Art. 1.812. So irrevogveis os atos de aceitao ou de renncia da herana. Art. 1.586. Quando o herdeiro prejudicar os seus credores, renunciando herana,
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Art. 1.810. Na sucesso legtima, a parte do renunciante acresce dos outros herdeiros da mesma classe e, sendo ele o nico desta, devolve-se aos da subseqente.

Art. 1.813. Quando o herdeiro prejudicar os seus credores, renunciando herana,


Cdigo Civil Comparado

Quadro Comparativo entre o Novo Cdigo Civil e o Cdigo Civil Anterior Lei no 3.071/1916 podero eles, com autorizao do juiz, aceit-la em nome do renunciante. Nesse caso, e depois de pagas as dvidas do renunciante, o remanescente ser devolvido aos outros herdeiros. Lei no 10.406/2002 podero eles, com autorizao do juiz, aceit-la em nome do renunciante.

1o A habilitao dos credores se far no prazo de trinta dias seguintes ao conhecimento do fato. Art. 1.586. Quando o herdeiro prejudicar os seus credores, renunciando herana, podero eles, com autorizao do juiz, aceit-la em nome do renunciante. Nesse caso, e depois de pagas as dvidas do renunciante, o remanescente ser devolvido aos outros herdeiros. Art. 1.587. O herdeiro no responde por encargos superiores s foras da herana; incumbe-lhe, porm, a prova do excesso, salvo se existir inventrio, que a escuse, demosntrando o valor dos bens herdados. Captulo V Dos Que no Podem Suceder Art. 1.595. So excludos da sucesso os herdeiros, ou legatrios: I que houverem sido autores ou cmplices em crime de homicdio voluntrio, ou tentativa deste, contra a pessoa de cuja sucesso se tratar; II que a acusaram caluniosamente em juzo, ou incorreram em crime contra a sua honra; III que, por violncia ou fraude, a inibiram de livremente dispor dos seus bens em testamento ou codicilo, ou lhe obstaram a execuo dos atos de ltima vontade. Captulo V Dos Excludos da Sucesso Art. 1.814. So excludos da sucesso os herdeiros ou legatrios: I que houverem sido autores, co-autores ou partcipes de homicdio doloso, ou tentativa deste, contra a pessoa de cuja sucesso se tratar, seu cnjuge, companheiro, ascendente ou descendente; II que houverem acusado caluniosamente em juzo o autor da herana ou incorrerem em crime contra a sua honra, ou de seu cnjuge ou companheiro; III que, por violncia ou meios fraudulentos, inibirem ou obstarem o autor da herana de dispor livremente de seus bens por ato de ltima vontade.
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2o Pagas as dvidas do renunciante, prevalece a renncia quanto ao remanescente, que ser devolvido aos demais herdeiros.

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Quadro Comparativo entre o Novo Cdigo Civil e o Cdigo Civil Anterior Lei no 3.071/1916 Art. 1.596. A excluso do herdeiro, ou legatrio, em qualquer desses casos de indignidade, ser declarada por sentena, em ao ordinria, movida por quem tenha interesse na sucesso. Lei no 10.406/2002 Art. 1.815. A excluso do herdeiro ou legatrio, em qualquer desses casos de indignidade, ser declarada por sentena. Pargrafo nico. O direito de demandar a excluso do herdeiro ou legatrio extingue-se em quatro anos, contados da abertura da sucesso. Art. 1.816. So pessoais os efeitos da excluso; os descendentes do herdeiro excludo sucedem, como se ele morto fosse antes da abertura da sucesso.

Art. 1.599. So pessoais os efeitos da excluso. Os descendentes do herdeiro excludo sucedem, como se ele morto fosse. Art. 1.601. O herdeiro excludo ter direito a reclamar indenizao por quaisquer despesas feitas com a conservao dos bens hereditrios, e cobrar os crditos que lhe assistam contra a herana. Art. 1.602. O excludo da sucesso no ter direito ao usufruto e administrao dos bens, que a seus filhos couberem na herana, ou sucesso eventual desses bens. Art. 1.600. So vlidas as alienaes de bens hereditrios, e os atos de administrao legalmente praticados pelo herdeiro excludo, antes da sentena de excluso; mas aos co-herdeiros subsiste, quando prejudicados, o direito a demandar-lhe perdas e danos. Art. 1.598. O excludo da sucesso obrigado a restituir os frutos e rendimentos que dos bens da herana houver percebido.

Pargrafo nico. O excludo da sucesso no ter direito ao usufruto ou administrao dos bens que a seus sucessores couberem na herana, nem sucesso eventual desses bens. Art. 1.817. So vlidas as alienaes onerosas de bens hereditrios a terceiros de boa-f, e os atos de administrao legalmente praticados pelo herdeiro, antes da sentena de excluso; mas aos herdeiros subsiste, quando prejudicados, o direito de demandar-lhe perdas e danos. Pargrafo nico. O excludo da sucesso obrigado a restituir os frutos e rendimentos que dos bens da herana houver percebido, mas tem direito a ser indenizado das despesas com a conservao deles. Art. 1.818. Aquele que incorreu em atos que determinem a excluso da herana ser admitido a suceder, se o ofendido o
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Art. 1.597. O indivduo incurso em atos que determinem a excluso da herana a ela ser, no obstante, admitido, se a pes508

Quadro Comparativo entre o Novo Cdigo Civil e o Cdigo Civil Anterior Lei no 3.071/1916 soa ofendida, cujo herdeiro ele for, assim o resolveu por ato autntico, ou testamento. Lei no 10.406/2002 tiver expressamente reabilitado em testamento, ou em outro ato autntico. Pargrafo nico. No havendo reabilitao expressa, o indigno, contemplado em testamento do ofendido, quando o testador, ao testar, j conhecia a causa da indignidade, pode suceder no limite da disposio testamentria. Captulo IV Da Herana Jacente Art. 1.591. No havendo testamento, a herana jacente, e ficar sob a guarda, conservao e administrao de um curador: I se o falecido no deixar cnjuge, nem herdeiro descendente ou ascendente, nem colateral sucessvel, notoriamente conhecido; II se os herdeiros, descendentes ou ascendentes, renunciarem herana, e no houver cnjuge, ou colateral sucessvel, notoriamente conhecido. Art. 1.592. Havendo testamento, observar-se- o disposto no artigo antecedente: I se o falecido no deixar cnjuge, ou herdeiros descendentes ou ascendentes; II se o herdeiro nomeado no existir, ou no aceitar a herana; III se, em qualquer dos casos previstos nos dois nmeros antecedentes, no houver colateral sucessvel, notoriamente conhecido; IV se, verificada alguma das hipteses dos trs nmeros anteriores, no houver testamenteiro nomeado, o nomeado no existir, ou no aceitar a testamentaria. Art. 1.593. Sero declarados vacantes os bens da herana jacente, se, praticadas
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Captulo VI Da Herana Jacente Art. 1.819. Falecendo algum sem deixar testamento nem herdeiro legtimo notoriamente conhecido, os bens da herana, depois de arrecadados, ficaro sob a guarda e administrao de um curador, at a sua entrega ao sucessor devidamente habilitado ou declarao de sua vacncia.

Art. 1.820. Praticadas as diligncias de arrecadao e ultimado o inventrio, se509

Quadro Comparativo entre o Novo Cdigo Civil e o Cdigo Civil Anterior Lei no 3.071/1916 todas as diligncias legais, no aparecerem herdeiros. Pargrafo nico. Esta declarao no se far seno um ano depois de concludo o inventrio. Lei no 10.406/2002 ro expedidos editais na forma da lei processual, e, decorrido um ano de sua primeira publicao, sem que haja herdeiro habilitado, ou penda habilitao, ser a herana declarada vacante. Art. 1.821. assegurado aos credores o direito de pedir o pagamento das dvidas reconhecidas, nos limites das foras da herana. Art. 1.594. A declarao de vacncia da herana no prejudicar os herdeiros que legalmente se habilitarem; mas, decorridos cinco anos da abertura da sucesso, os bens arrecadados passaro ao domnio do Municpio ou do Distrito Federal, se localizados nas respectivas circunscries, incorporando-se ao domnio da Unio, quando situados em territrio federal. Pargrafo nico. Se no forem notoriamente conhecidos, os colaterais ficaro excludos da sucesso legtima aps a declarao de vacncia. Art. 1.822. A declarao de vacncia da herana no prejudicar os herdeiros que legalmente se habilitarem; mas, decorridos cinco anos da abertura da sucesso, os bens arrecadados passaro ao domnio do Municpio ou do Distrito Federal, se localizados nas respectivas circunscries, incorporando-se ao domnio da Unio quando situados em territrio federal. Pargrafo nico. No se habilitando at a declarao de vacncia, os colaterais ficaro excludos da sucesso. Art. 1.823. Quando todos os chamados a suceder renunciarem herana, ser esta desde logo declarada vacante. Captulo VII Da Petio de Herana Art. 1.824. O herdeiro pode, em ao de petio de herana, demandar o reconhecimento de seu direito sucessrio, para obter a restituio da herana, ou de parte dela, contra quem, na qualidade de herdeiro, ou mesmo sem ttulo, a possua. Art. 1.825. A ao de petio de herana, ainda que exercida por um s dos herdei510 Cdigo Civil Comparado

Quadro Comparativo entre o Novo Cdigo Civil e o Cdigo Civil Anterior Lei no 3.071/1916 Lei no 10.406/2002 ros, poder compreender todos os bens hereditrios. Art. 1.826. O possuidor da herana est obrigado restituio dos bens do acervo, fixando-se-lhe a responsabilidade segundo a sua posse, observado o disposto nos arts. 1.214 a 1.222. Pargrafo nico. A partir da citao, a responsabilidade do possuidor se h de aferir pelas regras concernentes posse de m-f e mora. Art. 1.827. O herdeiro pode demandar os bens da herana, mesmo em poder de terceiros, sem prejuzo da responsabilidade do possuidor originrio pelo valor dos bens alienados. Pargrafo nico. So eficazes as alienaes feitas, a ttulo oneroso, pelo herdeiro aparente a terceiro de boa-f. Art. 1.828. O herdeiro aparente, que de boa-f houver pago um legado, no est obrigado a prestar o equivalente ao verdadeiro sucessor, ressalvado a este o direito de proceder contra quem o recebeu. Ttulo II Da Sucesso Legtima Captulo I Da Ordem da Vocao Hereditria Art. 1.603. A sucesso legtima defere-se na ordem seguinte: I aos descendentes; II aos ascendentes; III ao cnjuge sobrevivente; IV aos colaterais; V aos Municpios, ao Distrito Federal ou Unio.
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Ttulo II Da Sucesso Legtima Captulo I Da Ordem da Vocao Hereditria Art. 1.829. A sucesso legtima defere-se na ordem seguinte: I aos descendentes, em concorrncia com o cnjuge sobrevivente, salvo se casado este com o falecido no regime da comunho universal, ou no da separao obrigatria de bens (art. 1.640, pargrafo nico); ou se, no regime da comunho
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Quadro Comparativo entre o Novo Cdigo Civil e o Cdigo Civil Anterior Lei no 3.071/1916 Lei no 10.406/2002 parcial, o autor da herana no houver deixado bens particulares; II aos ascendentes, em concorrncia com o cnjuge; III ao cnjuge sobrevivente; IV aos colaterais. Art. 1.830. Somente reconhecido direito sucessrio ao cnjuge sobrevivente se, ao tempo da morte do outro, no estavam separados judicialmente, nem separados de fato h mais de dois anos, salvo prova, neste caso, de que essa convivncia se tornara impossvel sem culpa do sobrevivente. Art. 1.831. Ao cnjuge sobrevivente, qualquer que seja o regime de bens, ser assegurado, sem prejuzo da participao que lhe caiba na herana, o direito real de habitao relativamente ao imvel destinado residncia da famlia, desde que seja o nico daquela natureza a inventariar. Art. 1.832. Em concorrncia com os descendentes (art. 1.829, inciso I) caber ao cnjuge quinho igual ao dos que sucederem por cabea, no podendo a sua quota ser inferior quarta parte da herana, se for ascendente dos herdeiros com que concorrer. Art. 1.833. Entre os descendentes, os em grau mais prximo excluem os mais remotos, salvo o direito de representao. Art. 1.834. Os descendentes da mesma classe tm os mesmos direitos sucesso de seus ascendentes. Art. 1.604. Na linha descendente, os filhos sucedem por cabea, e os outros des512

Art. 1.835. Na linha descendente, os filhos sucedem por cabea, e os outros


Cdigo Civil Comparado

Quadro Comparativo entre o Novo Cdigo Civil e o Cdigo Civil Anterior Lei no 3.071/1916 cendentes, por cabea ou por estirpe, conforme se achem, ou no, no mesmo grau. Art. 1.605. Para os efeitos da sucesso, aos filhos legtimos se equiparam os legitimados, os naturais reconhecidos e os adotivos. 2o Ao filho adotivo, se concorrer com legtimos, supervenientes adoo, tocar somente metade da herana cabvel a cada um deles. Art. 1.606. No havendo herdeiros da classe dos descendentes, so chamados sucesso os ascendentes. Art. 1.607. Na classe dos ascendentes, o grau mais prximo exclui o mais remoto, sem distino de linhas. Art. 1.608. Havendo igualdade em grau e diversidade em linha, a herana partir-se entre as duas linhas meio pelo meio. Art. 1.836. Na falta de descendentes, so chamados sucesso os ascendentes, em concorrncia com o cnjuge sobrevivente. 1o Na classe dos ascendentes, o grau mais prximo exclui o mais remoto, sem distino de linhas. 2o Havendo igualdade em grau e diversidade em linha, os ascendentes da linha paterna herdam a metade, cabendo a outra aos da linha materna. Art. 1.837. Concorrendo com ascendente em primeiro grau, ao cnjuge tocar um tero da herana; caber-lhe- a metade desta se houver um s ascendente, ou se maior for aquele grau. Art. 1.609. Falecendo sem descendncia o filho adotivo, se lhe sobrevierem os pais e o adotante, queles tocar por inteiro a herana. Pargrafo nico. Em falta dos pais, embora haja outros ascendentes, devolve-se a herana ao adotante. Art. 1.610. Quando o descendente ilegtimo tiver direito sucesso do ascendenCdigo Civil Comparado 513

Lei no 10.406/2002 descendentes, por cabea ou por estirpe, conforme se achem ou no no mesmo grau.

Quadro Comparativo entre o Novo Cdigo Civil e o Cdigo Civil Anterior Lei no 3.071/1916 te, haver direito o ascendente ilegtimo sucesso do descendente. Art. 1.611. falta de descendentes ou ascendentes ser deferida a sucesso ao cnjuge sobrevivente, se, ao tempo da morte do outro, no estava dissolvida a sociedade conjugal. 1o O cnjuge vivo, se o regime de bens do casamento no era o da comunho universal, ter direito, enquanto durar a viuvez, ao usufruto da quarta parte dos bens do cnjuge falecido, se houver filhos deste ou do casal, e metade, se no houver filhos, embora sobrevivam ascendentes do de cujus. 2o Ao cnjuge sobrevivente, casado sob regime da comunho universal, enquanto viver e permanecer vivo, ser assegurado, sem prejuzo da participao que lhe caiba na herana, o direito real de habitao relativamente ao imvel destinado residncia da famlia, desde que seja o nico bem daquela natureza a inventariar. Art. 1.612. Se no houver cnjuge sobrevivente, ou ele incorrer na incapacidade do artigo 1.611, sero chamados a suceder os colaterais at o quarto grau Art. 1.613. Na classe dos colaterais, os mais prximos excluem os mais remotos, salvo o direito de representao concedido aos filhos de irmos. Art. 1.614. Concorrendo herana do falecido irmos bilaterais com irmos unilaterais, cada um destes herdar metade do que cada um daqueles herdar.
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Art. 1.838. Em falta de descendentes e ascendentes, ser deferida a sucesso por inteiro ao cnjuge sobrevivente.

Art. 1.839. Se no houver cnjuge sobrevivente, nas condies estabelecidas no art. 1.830, sero chamados a suceder os colaterais at o quarto grau. Art. 1.840. Na classe dos colaterais, os mais prximos excluem os mais remotos, salvo o direito de representao concedido aos filhos de irmos. Art. 1.841. Concorrendo herana do falecido irmos bilaterais com irmos unilaterais, cada um destes herdar metade do que cada um daqueles herdar.
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Quadro Comparativo entre o Novo Cdigo Civil e o Cdigo Civil Anterior Lei no 3.071/1916 Art. 1.615. Se com tio ou tios concorrerem filhos de irmo unilateral ou bilateral, tero eles, por direito de representao, a parte que caberia ao pai ou me, se vivessem. Art. 1.616. No concorrendo herana irmo germano, herdaro, em partes iguais entre si, os unilaterais. Art. 1.617. Em falta de irmos, herdaro os filhos destes: 1o Se s concorrerem herana filhos de irmos falecidos, herdaro por cabea. 2o Se concorrerem filhos de irmos bilaterais, com filhos de irmos unilaterais, cada um destes herdar a metade do que herdar cada um daqueles. 3o Se todos forem filhos de irmos germanos, ou todos de irmos unilaterais, herdaro todos por igual. Art. 1.618. No h direito de sucesso entre o adotado e os parentes do adotante. Art. 1.619. No sobrevivendo cnjuge, nem parente algum sucessvel, ou tendo eles renunciado herana, esta se devolve ao Municpio ou ao Distrito Federal, se localizada nas respectivas circunscries, ou Unio, quando situada em territrio federal. Ttulo III Da Sucesso Testamentria Captulo XII Dos Herdeiros Necessrios
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Lei no 10.406/2002

Art. 1.842. No concorrendo herana irmo bilateral, herdaro, em partes iguais, os unilaterais. Art. 1.843. Na falta de irmos, herdaro os filhos destes e, no os havendo, os tios. 1o Se concorrerem herana somente filhos de irmos falecidos, herdaro por cabea. 2o Se concorrem filhos de irmos bilaterais com filhos de irmos unilaterais, cada um destes herdar a metade do que herdar cada um daqueles. 3o Se todos forem filhos de irmos bilaterais, ou todos de irmos unilaterais, herdaro por igual.

Art. 1.844. No sobrevivendo cnjuge, ou companheiro, nem parente algum sucessvel, ou tendo eles renunciado a herana, esta se devolve ao Municpio ou ao Distrito Federal, se localizada nas respectivas circunscries, ou Unio, quando situada em territrio federal.

Captulo II Dos Herdeiros Necessrios


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Quadro Comparativo entre o Novo Cdigo Civil e o Cdigo Civil Anterior Lei no 3.071/1916 Lei no 10.406/2002 Art. 1.845. So herdeiros necessrios os descendentes, os ascendentes e o cnjuge. Art. 1.721. O testador que tiver descendente ou ascendente sucessvel, no poder dispor de mais da metade de seus bens; a outra pertencer de pleno direito ao descendente e, em sua falta, ao ascendente, dos quais constitui a legtima, segundo o disposto neste Cdigo. Art. 1.722. Calcula-se a metade disponvel sobre o total dos bens existentes ao falecer o testador, abatidas as dvidas e as despesas do funeral. Pargrafo nico. Calculam-se as legtimas sobre a soma que resultar, adicionando-se metade dos bens que ento possua o testador a importncia das doaes por ele feitas aos seus descendentes. Art. 1.723. No obstante o direito reconhecido aos descendentes e ascendentes no artigo 1.721, pode o testador determinar a converso dos bens da legtima em outras espcies, prescrever-lhes a incomunicabilidade, confi-los livre administrao da mulher herdeira, e estabelecer-lhes condies de inalienabilidade temporria ou vitalcia. A clusula de inalienabilidade, entretanto, no obstar livre disposio dos bens por testamento e, em falta deste, sua transmisso, desembaraados de qualquer nus, aos herdeiros legtimos. Art. 1.848. Salvo se houver justa causa, declarada no testamento, no pode o testador estabelecer clusula de inalienabilidade, impenhorabilidade, e de
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Art. 1.846. Pertence aos herdeiros necessrios, de pleno direito, a metade dos bens da herana, constituindo a legtima.

Art. 1.847. Calcula-se a legtima sobre o valor dos bens existentes na abertura da sucesso, abatidas as dvidas e as despesas do funeral, adicionando-se, em seguida, o valor dos bens sujeitos a colao.

Quadro Comparativo entre o Novo Cdigo Civil e o Cdigo Civil Anterior Lei no 3.071/1916 Lei no 10.406/2002 incomunicabilidade, sobre os bens da legtima. 1o No permitido ao testador estabelecer a converso dos bens da legtima em outros de espcie diversa. 2o Mediante autorizao judicial e havendo justa causa, podem ser alienados os bens gravados, convertendo-se o produto em outros bens, que ficaro sub-rogados nos nus dos primeiros. Art. 1.724. O herdeiro necessrio, a quem o testador deixar a sua metade disponvel, ou algum legado, no perder o direito legtima. Art. 1.725. Para excluir da sucesso o cnjuge ou os parentes colaterais, basta que o testador disponha do seu patrimnio, sem os contemplar. Ttulo II Da Sucesso Legtima Captulo II Do Direito de Representao Art. 1.620. D-se o direito de representao, quando a lei chama certos parentes do falecido a suceder em todos os direitos, em que ele sucederia, se vivesse. Art. 1.621. O direito de representao dse na linha reta descendente, mas nunca na ascendente. Art. 1.622. Na linha transversal, s se d o direito de representao em favor dos filhos de irmos do falecido, quando com irmo deste concorrerem. Art. 1.623. Os representantes s podem herdar, como tais, o que herdaria o representado, se vivesse.
Cdigo Civil Comparado

Art. 1.849. O herdeiro necessrio, a quem o testador deixar a sua parte disponvel, ou algum legado, no perder o direito legtima. Art. 1.850. Para excluir da sucesso os herdeiros colaterais, basta que o testador disponha de seu patrimnio sem os contemplar.

Captulo III Do Direito de Representao Art. 1.851. D-se o direito de representao, quando a lei chama certos parentes do falecido a suceder em todos os direitos, em que ele sucederia, se vivo fosse. Art. 1.852. O direito de representao dse na linha reta descendente, mas nunca na ascendente. Art. 1.853. Na linha transversal, somente se d o direito de representao em favor dos filhos de irmos do falecido, quando com irmos deste concorrerem. Art. 1.854. Os representantes s podem herdar, como tais, o que herdaria o representado, se vivo fosse.
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Quadro Comparativo entre o Novo Cdigo Civil e o Cdigo Civil Anterior Lei no 3.071/1916 Art. 1.624. O quinho do representado partir-se- por igual entre os representantes. Art. 1.625. O renunciante herana de uma pessoa poder represent-la na sucesso de outra. Ttulo III Da Sucesso Testamentria Captulo I Do Testamento em Geral Art. 1.626. Considera-se testamento o ato revogvel pelo qual algum, de conformidade com a lei, dispe, no todo ou em parte, do seu patrimnio, para depois da sua morte. Art. 1.857. Toda pessoa capaz pode dispor, por testamento, da totalidade dos seus bens, ou de parte deles, para depois de sua morte. 1o A legtima dos herdeiros necessrios no poder ser includa no testamento. 2o So vlidas as disposies testamentrias de carter no patrimonial, ainda que o testador somente a elas se tenha limitado. Art. 1.858. O testamento ato personalssimo, podendo ser mudado a qualquer tempo. Art. 1.859. Extingue-se em cinco anos o direito de impugnar a validade do testamento, contado o prazo da data do seu registro. Captulo II Da Capacidade para Fazer Testamento Art. 1.627. So incapazes de testar: I os menores de dezesseis anos;
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Lei no 10.406/2002 Art. 1.855. O quinho do representado partir-se- por igual entre os representantes. Art. 1.856. O renunciante herana de uma pessoa poder represent-la na sucesso de outra. Ttulo III Da Sucesso Testamentria Captulo I Do Testamento em Geral

Captulo II Da Capacidade de Testar

Quadro Comparativo entre o Novo Cdigo Civil e o Cdigo Civil Anterior Lei no 3.071/1916 II os loucos de todo o gnero; III os que, ao testar, no estejam em seu perfeito juzo; IV os surdos-mudos, que no puderem manifestar a sua vontade. Art. 1.860. Alm dos incapazes, no podem testar os que, no ato de faz-lo, no tiverem pleno discernimento. Pargrafo nico. Podem testar os maiores de dezesseis anos. Art. 1.628. A incapacidade superveniente no invalida o testamento eficaz, nem o testamento do incapaz se valida com a supervenincia da capacidade. Captulo III Das Formas Ordinrias do Testamento Seo I Disposies Gerais Art. 1.629. Este Cdigo reconhece como testamentos ordinrios: I o pblico; II o cerrado; III o particular. Art. 1.630. proibido o testamento conjuntivo, seja simultneo, recproco ou correspectivo. Art. 1.631. No se admitem outros testamentos especiais, alm dos contemplados neste Cdigo. Seo II Do Testamento Pblico Art. 1.632. So requisitos essenciais do testamento pblico: I que seja escrito por oficial pblico em seu livro de notas, de acordo com o ditaCdigo Civil Comparado

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Art. 1.861. A incapacidade superveniente do testador no invalida o testamento, nem o testamento do incapaz se valida com a supervenincia da capacidade. Captulo III Das Formas Ordinrias do Testamento Seo I Disposies Gerais Art. 1.862. So testamentos ordinrios: I o pblico; II o cerrado; III o particular. Art. 1.863. proibido o testamento conjuntivo, seja simultneo, recproco ou correspectivo.

Seo II Do Testamento Pblico Art. 1.864. So requisitos essenciais do testamento pblico: I ser escrito por tabelio ou por seu substituto legal em seu livro de notas, de acor519

Quadro Comparativo entre o Novo Cdigo Civil e o Cdigo Civil Anterior Lei no 3.071/1916 do ou as declaraes do testador, em presena de cinco testemunhas; II que as testemunhas assistam a todo o ato; III que, depois de escrito, seja lido pelo oficial, na presena do testador e das testemunhas, ou pelo testador, se o quiser, na presena destas e do oficial; IV que, em seguida leitura, seja o ato assinado pelo testador, pelas testemunhas e pelo oficial. Pargrafo nico. As declaraes do testador sero feitas na lngua nacional. Pargrafo nico. O testamento pblico pode ser escrito manualmente ou mecanicamente, bem como ser feito pela insero da declarao de vontade em partes impressas de livro de notas, desde que rubricadas todas as pginas pelo testador, se mais de uma. Art. 1.633. Se o testador no souber, ou no puder assinar, o oficial assim o declarar, assinando, neste caso, pelo testador, e a seu rogo, uma das testemunhas instrumentrias. Art. 1.634. O oficial pblico, especificando cada uma dessas formalidades, portar por f, no testamento, haverem sido todas observadas. Pargrafo nico. Se faltar, ou no se mencionar alguma delas, ser nulo o testamento, respondendo o oficial pblico civil e criminalmente. Art. 1.635. Considera-se habilitado a testar publicamente aquele que puder fazer de viva voz as suas declaraes, e verifi520 Cdigo Civil Comparado

Lei no 10.406/2002 do com as declaraes do testador, podendo este servir-se de minuta, notas ou apontamentos; II lavrado o instrumento, ser lido em voz alta pelo tabelio ao testador e a duas testemunhas, a um s tempo; ou pelo testador, se o quiser, na presena destas e do oficial; III ser o instrumento, em seguida leitura, assinado pelo testador, pelas testemunhas e pelo tabelio.

Art. 1.865. Se o testador no souber, ou no puder assinar, o tabelio ou seu substituto legal assim o declarar, assinando, neste caso, pelo testador, e, a seu rogo, uma das testemunhas instrumentrias.

Quadro Comparativo entre o Novo Cdigo Civil e o Cdigo Civil Anterior Lei no 3.071/1916 car, pela sua leitura, haverem sido fielmente exaradas. Art. 1.636. O indivduo inteiramente surdo, sabendo ler, ler o seu testamento, e, se o no souber, designar quem o leia em seu lugar, presentes as testemunhas. Art. 1.637. Ao cego s se permite o testamento pblico, que lhe ser lido, em alta voz, duas vezes, uma pelo oficial, e a outra por uma das testemunhas designadas pelo testador, fazendo-se de tudo circunstanciada meno no testamento. Seo III Do Testamento Cerrado Art. 1.638. So requisitos essenciais do testamento cerrado: I que seja escrito pelo testador, ou por outra pessoa, a seu rogo; II que seja assinado pelo testador; III que no sabendo, ou no podendo o testador assinar, seja assinado pela pessoa que lho escreveu; IV que o testador o entregue ao oficial em presena, quando menos, de cinco testemunhas; V que o oficial, perante as testemunhas, pergunte ao testador se aquele seu testamento, e quer que seja aprovado, quando o testador no se tenha antecipado em declar-lo; VI que para logo, em presena das testemunhas, o oficial exare o auto de aprovao, declarando nele que o testador lhe entregou o testamento e o tinha por seu, bom, firme e vailoso; VII que imediatamente depois da sua ltima palavra comece o instrumento de aprovao;
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Art. 1.866. O indivduo inteiramente surdo, sabendo ler, ler o seu testamento, e, se no o souber, designar quem o leia em seu lugar, presentes as testemunhas. Art. 1.867. Ao cego s se permite o testamento pblico, que lhe ser lido, em voz alta, duas vezes, uma pelo tabelio ou por seu substituto legal, e a outra por uma das testemunhas, designada pelo testador, fazendo-se de tudo circunstanciada meno no testamento. Seo III Do Testamento Cerrado Art. 1.868. O testamento escrito pelo testador, ou por outra pessoa, a seu rogo, e por aquele assinado, ser vlido se aprovado pelo tabelio ou seu substituto legal, observadas as seguintes formalidades: I que o testador o entregue ao tabelio em presena de duas testemunhas; II que o testador declare que aquele o seu testamento e quer que seja aprovado; III que o tabelio lavre, desde logo, o auto de aprovao, na presena de duas testemunhas, e o leia, em seguida, ao testador e testemunhas; IV que o auto de aprovao seja assinado pelo tabelio, pelas testemunhas e pelo testador.

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Quadro Comparativo entre o Novo Cdigo Civil e o Cdigo Civil Anterior Lei no 3.071/1916 VIII que, no sendo isto possvel, por falta absoluta de espao na ltima folha escrita, o oficial ponha nele o seu sinal pblico e assim o declare no instrumento; IX que o instrumento ou auto de aprovao seja lido pelo oficial, assinando ele, as testemunhas e o testador, se souber e puder; X que, no sabendo, ou no podendo o testador assinar, assine por ele uma das testemunhas, declarando, ao p da assinatura, que o faz a rogo do testador, por no saber ou no poder assinar; XI que o tabelio o cerre e cosa, depois de concludo o instrumento de aprovao. Pargrafo nico. O testamento cerrado pode ser escrito mecanicamente, desde que seu subscritor numere e autentique, com a sua assinatura, todas as paginas. Art. 1.869. O tabelio deve comear o auto de aprovao imediatamente depois da ltima palavra do testador, declarando, sob sua f, que o testador lhe entregou para ser aprovado na presena das testemunhas; passando a cerrar e coser o instrumento aprovado. Pargrafo nico. Se no houver espao na ltima folha do testamento, para incio da aprovao, o tabelio apor nele o seu sinal pblico, mencionando a circunstncia no auto. Art. 1.639. Se o oficial tiver escrito o testamento a rogo do testador, pod-lo-, no obstante, aprovar. Art. 1.640. O testamento pode ser escrito, em lngua nacional ou estrangeira, pelo prprio testador, ou por outrem, a seu rogo.
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Art. 1.870. Se o tabelio tiver escrito o testamento a rogo do testador, poder, no obstante, aprov-lo. Art. 1.871. O testamento pode ser escrito em lngua nacional ou estrangeira, pelo prprio testador, ou por outrem, a seu rogo.
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Quadro Comparativo entre o Novo Cdigo Civil e o Cdigo Civil Anterior Lei no 3.071/1916 A assinatura ser sempre do prprio testador, ou de quem lhe escreveu o testamento. Art. 1.641. No poder dispor de seus bens em testamento cerrado quem no saiba, ou no possa ler. Art. 1.642. Pode fazer testamento cerrado o surdo-mudo, contanto que o escreva todo, e o assine de sua mo, e que, ao entreg-lo ao oficial pblico, ante as cinco testemunhas, escreva, na face externa do papel, ou do envoltrio, que aquele o seu testamento, cuja aprovao lhe pede. Art. 1.643. Depois de aprovado e cerrado, ser o testamento entregue ao testador, e o oficial lanar, no seu livro, nota do lugar, dia, ms e ano em que o testamento foi aprovado e entregue. Art. 1.644. O testamento ser aberto pelo juiz, que o far registrar e arquivar no cartrio a que tocar, ordenando que seja cumprido, se lhe no achar vcio externo que o torne suspeito de nulidade ou falsidade. Seo IV Do Testamento Particular Art. 1.645. So requisitos essenciais do testamento particular: I que seja escrito e assinado pelo testador; II que nele intervenham cinco testemunhas, alm do testador; III que seja lido perante as testemunhas, e depois de lido, por elas assinado. Art. 1.876. O testamento particular pode ser escrito de prprio punho ou mediante processo mecnico.
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Art. 1.872. No pode dispor de seus bens em testamento cerrado quem no saiba ou no possa ler. Art. 1.873. Pode fazer testamento cerrado o surdo-mudo, contanto que o escreva todo, e o assine de sua mo, e que, ao entreg-lo ao oficial pblico, ante as duas testemunhas, escreva, na face externa do papel ou do envoltrio, que aquele o seu testamento, cuja aprovao lhe pede. Art. 1.874. Depois de aprovado e cerrado, ser o testamento entregue ao testador, e o tabelio lanar, no seu livro, nota do lugar, dia, ms e ano em que o testamento foi aprovado e entregue. Art. 1.875. Falecido o testador, o testamento ser apresentado ao juiz, que o abrir e o far registrar, ordenando seja cumprido, se no achar vcio externo que o torne eivado de nulidade ou suspeito de falsidade. Seo IV Do Testamento Particular

Quadro Comparativo entre o Novo Cdigo Civil e o Cdigo Civil Anterior Lei no 3.071/1916 Lei no 10.406/2002 1o Se escrito de prprio punho, so requisitos essenciais sua validade seja lido e assinado por quem o escreveu, na presena de pelo menos trs testemunhas, que o devem subscrever. 2o Se elaborado por processo mecnico, no pode conter rasuras ou espaos em branco, devendo ser assinado pelo testador, depois de o ter lido na presena de pelo menos trs testemunhas, que o subscrevero. Art. 1.646. Morto o testador, publicar-se em juzo o testamento, com citao dos herdeiros legtimos. Art. 1.647. Se as testemunhas forem contestes sobre o fato da disposio, ou, ao menos, sobre a sua leitura perante elas, e se reconhecerem as prprias assinaturas, assim como a do testador, ser confirmado o testamento. Art. 1.648. Faltando at duas das testemunhas, por morte, ou ausncia em lugar no sabido, o testamento pode ser confirmado, se as trs restantes forem contestes, nos termos do artigo antecedente. Art. 1.877. Morto o testador, publicar-se em juzo o testamento, com citao dos herdeiros legtimos. Art. 1.878. Se as testemunhas forem contestes sobre o fato da disposio, ou, ao menos, sobre a sua leitura perante elas, e se reconhecerem as prprias assinaturas, assim como a do testador, o testamento ser confirmado. Pargrafo nico. Se faltarem testemunhas, por morte ou ausncia, e se pelo menos uma delas o reconhecer, o testamento poder ser confirmado, se, a critrio do juiz, houver prova suficiente de sua veracidade. Art. 1.879. Em circunstncias excepcionais declaradas na cdula, o testamento particular de prprio punho e assinado pelo testador, sem testemunhas, poder ser confirmado, a critrio do juiz. Art. 1.649. O testamento particular pode ser escrito em lngua estrangeira, contanto que as testemunhas a compreendam. Seo V Das Testemunhas Testamentrias
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Art. 1.880. O testamento particular pode ser escrito em lngua estrangeira, contanto que as testemunhas a compreendam.

Quadro Comparativo entre o Novo Cdigo Civil e o Cdigo Civil Anterior Lei no 3.071/1916 Art. 1.650. No podem ser testemunhas em testamentos: I os menores de dezesseis anos; II os loucos de todo o gnero; III os surdos-mudos e os cegos; IV o herdeiro institudo, seus ascendentes e descendentes, irmos e cnjuge; V os legatrios. Captulo IV Dos Codicilos Art. 1.651. Toda pessoa capaz de testar poder, mediante escrito particular seu, datado e assinado, fazer disposies especiais sobre seu enterro, sobre esmolas de pouca monta e certas e determinadas pessoas, ou, indeterminadamente, aos pobres de certo lugar, assim como legar mveis, roupas ou jias, no mui valiosas, de seu uso pessoal. Art. 1.652. Esses atos, salvo direito de terceiro, valero como codicilos, deixe, ou no, testamento o autor. Art. 1.653. Pelo modo estabelecido no artigo 1.651, se podero nomear ou substituir testamenteiros. Art. 1.654. Os atos desta espcie revogam-se por atos iguais, e consideram-se revogados, se, havendo testamento posterior, de qualquer natureza, este os no confirmar, ou modificar. Art. 1.655. Se estiver fechado o codicilo, abrir-se- do mesmo modo que o testamento cerrado. Captulo V Dos Testamentos Especiais
Cdigo Civil Comparado

Lei no 10.406/2002

Captulo IV Dos Codicilos Art. 1.881. Toda pessoa capaz de testar poder, mediante escrito particular seu, datado e assinado, fazer disposies especiais sobre o seu enterro, sobre esmolas de pouca monta a certas e determinadas pessoas, ou, indeterminadamente, aos pobres de certo lugar, assim como legar mveis, roupas ou jias, de pouco valor, de seu uso pessoal. Art. 1.882. Os atos a que se refere o artigo antecedente, salvo direito de terceiro, valero como codicilos, deixe ou no testamento o autor. Art. 1.883. Pelo modo estabelecido no art. 1.881, poder-se-o nomear ou substituir testamenteiros. Art. 1.884. Os atos previstos nos artigos antecedentes revogam-se por atos iguais, e consideram-se revogados, se, havendo testamento posterior, de qualquer natureza, este os no confirmar ou modificar. Art. 1.885. Se estiver fechado o codicilo, abrir-se- do mesmo modo que o testamento cerrado. Captulo V Dos Testamentos Especiais
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Quadro Comparativo entre o Novo Cdigo Civil e o Cdigo Civil Anterior Lei no 3.071/1916 Lei no 10.406/2002 Seo I Disposies Gerais Art. 1.886. So testamentos especiais: I o martimo; II o aeronutico; III o militar. Art. 1.887. No se admitem outros testamentos especiais alm dos contemplados neste Cdigo. Seo I Do Testamento Martimo Art. 1.656. O testamento, nos navios nacionais, de guerra, ou mercantes, em viagem de alto-mar, ser lavrado pelo comandante, ou pelo escrivo de bordo, que redigir as declaraes do testador, ou as escrever, por ele ditadas, ante duas testemunhas idneas, de preferncia escolhidas entre os passageiros, e presentes a todo o ato, cujo instrumento assinaro depois do testador. Pargrafo nico. Se o testador no puder escrever, assinar por ele uma das testemunhas, declarando que o faz a seu rogo. Pargrafo nico. O registro do testamento ser feito no dirio de bordo. Art. 1.657. O testador, querendo, poder escrever ele mesmo o seu testamento, ou faz-lo escrever por outrem. No primeiro caso, o prprio testador assinar; no segundo, quem o escreveu, com a delcarao de que o subscreve a rogo do testador. 1o O testamento assim feito ser pelo testador entregue ao comandante ou escrivo de bordo, perante duas testemu526 Cdigo Civil Comparado

Seo II Do Testamento Martimo e do Testamento Aeronutico Art. 1.888. Quem estiver em viagem, a bordo de navio nacional, de guerra ou mercante, pode testar perante o comandante, em presena de duas testemunhas, por forma que corresponda ao testamento pblico ou ao cerrado.

Quadro Comparativo entre o Novo Cdigo Civil e o Cdigo Civil Anterior Lei no 3.071/1916 nhas, que reconheam e entendam o testador, declarando este, no mesmo ato, ser seu testamento o escrito apresentado. 2o O comandante, ou o escrivo, receblo-, e, em seguida, abaixo do escrito, certificar todo o ocorrido, datando e assinando com o testador e as testemunhas. Art. 1.889. Quem estiver em viagem, a bordo de aeronave militar ou comercial, pode testar perante pessoa designada pelo comandante, observado o disposto no artigo antecedente. Art. 1.890. O testamento martimo ou aeronutico ficar sob a guarda do comandante, que o entregar s autoridades administrativas do primeiro porto ou aeroporto nacional, contra recibo averbado no dirio de bordo. Art. 1.658. O testamento martimo caducar, se o testador no morrer na viagem, nem nos trs meses subseqentes ao seu desembarque em terra, onde possa se fazer, na forma ordinria, outro testamento. Art. 1.659. No valer o testamento martimo, bem que feito no curso de uma viagem, se, ao tempo em que se fez, o navio estava em porto, onde o testador pudesse desembarcar, e testar na forma ordinria. Seo II Do Testamento Militar Art. 1.660. O testamento dos militares e mais pessoas ao servio do Exrcito em campanha, dentro ou fora do Pas, assim como em praa sitiada, ou que esteja de comunicaes cortadas, poder fazer-se,
Cdigo Civil Comparado

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Art. 1.891. Caducar o testamento martimo, ou aeronutico, se o testador no morrer na viagem, nem nos noventa dias subseqentes ao seu desembarque em terra, onde possa fazer, na forma ordinria, outro testamento. Art. 1.892. No valer o testamento martimo, ainda que feito no curso de uma viagem, se, ao tempo em que se fez, o navio estava em porto onde o testador pudesse desembarcar e testar na forma ordinria. Seo III Do Testamento Militar Art. 1.893. O testamento dos militares e demais pessoas a servio das Foras Armadas em campanha, dentro do Pas ou fora dele, assim como em praa sitiada, ou que esteja de comunicaes interrompi527

Quadro Comparativo entre o Novo Cdigo Civil e o Cdigo Civil Anterior Lei no 3.071/1916 no havendo oficial pblico, ante duas testemunhas, ou trs, se o testador no puder, ou no souber assinar, caso em que assinar por ele a terceira. 1o Se o testador pertencer a corpo ou seo de corpo destacado, o testamento ser escrito pelo respectivo comandante, ainda que oficial inferior. 2o Se o testador estiver em tratamento no hospital, o testamento ser escrito pelo respectivo oficial de sade, ou pelo diretor do estabelecimento. 3oSe o testador for o oficial mais graduado, o testamento ser escrito por aquele que o substituir. Art. 1.661. Se o testador souber escrever, poder fazer o testamento de seu punho, contanto que o date e o assine por extenso, e o apresente aberto ou cerrado, na presena de duas testemunhas ao auditor, ou ao oficial de patente, que lhe faa as vezes neste mister. Pargrafo nico. O auditor, ou oficial, a quem o testamento se apresente, notar, em qualquer parte dele, o lugar, dia, ms e ano, em que lhe for apresentado. Esta nota ser assinada por ele e pelas ditas testemunhas. Art. 1.662. Caduca o testamento militar, desde que, depois dele, o testador esteja trs meses seguidos em lugar onde possa testar na forma ordinria, salvo se este testamento apresentar as solenidades prescritas no pargrafo nico do artigo antecedente.
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Lei no 10.406/2002 das, poder fazer-se, no havendo tabelio ou seu substituto legal, ante duas, ou trs testemunhas, se o testador no puder, ou no souber assinar, caso em que assinar por ele uma delas. 1o Se o testador pertencer a corpo ou seo de corpo destacado, o testamento ser escrito pelo respectivo comandante, ainda que de graduao ou posto inferior. 2o Se o testador estiver em tratamento em hospital, o testamento ser escrito pelo respectivo oficial de sade, ou pelo diretor do estabelecimento. 3o Se o testador for o oficial mais graduado, o testamento ser escrito por aquele que o substituir. Art. 1.894. Se o testador souber escrever, poder fazer o testamento de seu punho, contanto que o date e assine por extenso, e o apresente aberto ou cerrado, na presena de duas testemunhas ao auditor, ou ao oficial de patente, que lhe faa as vezes neste mister. Pargrafo nico. O auditor, ou o oficial a quem o testamento se apresente notar, em qualquer parte dele, lugar, dia, ms e ano, em que lhe for apresentado, nota esta que ser assinada por ele e pelas testemunhas. Art. 1.895. Caduca o testamento militar, desde que, depois dele, o testador esteja, noventa dias seguidos, em lugar onde possa testar na forma ordinria, salvo se esse testamento apresentar as solenidades prescritas no pargrafo nico do artigo antecedente.
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Quadro Comparativo entre o Novo Cdigo Civil e o Cdigo Civil Anterior Lei no 3.071/1916 Art. 1.663. As pessoas designadas no artigo 1.660, estando empenhadas em combate, ou feridas, podem testar nuncupativamente, confiando a sua ltima vontade a duas testemunhas. Pargrafo nico. No ter, porm, efeito esse testamento, se o testador no morrer na guerra, e convalescer do ferimento. Captulo VI Das Disposies Testamentrias em Geral Art. 1.664. A nomeao de herdeiro, ou legatrio, pode fazer-se pura e simplesmente, sob condio, para certo fim ou modo, ou por certa causa. Art. 1.665. A designao do tempo em que deva comear ou cessar o direito do herdeiro salvo nas disposies fideicomissrias, ter-se- por no escrita. Art. 1.666. Quando a clusula testamentria for suscetvel de interpretaes diferentes, prevalecer a que melhor assegure a observncia da vontade do testador. Art. 1.667. nula a disposio: I que institua herdeiro, ou legatrio, sob a condio captatria de que este disponha, tambm por testamento, em benefcio do testador; II que se refira a pessoa incerta, cuja identidade se no possa averiguar; III que favorea a pessoa incerta, cometendo a determinao de sua identidade a terceiro; IV que deixe a arbtrio do herdeiro, ou de outrem, fixar o valor ao legado. Lei no 10.406/2002 Art. 1.896. As pessoas designadas no art. 1.893, estando empenhadas em combate, ou feridas, podem testar oralmente, confiando a sua ltima vontade a duas testemunhas. Pargrafo nico. No ter efeito o testamento se o testador no morrer na guerra ou convalescer do ferimento. Captulo VI Das Disposies Testamentrias Art. 1.897. A nomeao de herdeiro, ou legatrio, pode fazer-se pura e simplesmente, sob condio, para certo fim ou modo, ou por certo motivo. Art. 1.898. A designao do tempo em que deva comear ou cessar o direito do herdeiro, salvo nas disposies fideicomissrias, ter-se- por no escrita. Art. 1.899. Quando a clusula testamentria for suscetvel de interpretaes diferentes, prevalecer a que melhor assegure a observncia da vontade do testador. Art. 1.900. nula a disposio: I que institua herdeiro ou legatrio sob a condio captatria de que este disponha, tambm por testamento, em benefcio do testador, ou de terceiro; II que se refira a pessoa incerta, cuja identidade no se possa averiguar; III que favorea a pessoa incerta, cometendo a determinao de sua identidade a terceiro; IV que deixe a arbtrio do herdeiro, ou de outrem, fixar o valor do legado; V que favorea as pessoas a que se referem os arts. 1.801 e 1.802.
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Cdigo Civil Comparado

Quadro Comparativo entre o Novo Cdigo Civil e o Cdigo Civil Anterior Lei no 3.071/1916 Art. 1.668. Valer porm, a disposio: I em favor de pessoa incerta que deva ser determinada por terceiro, dentre duas ou mais pessoas mencionadas pelo testador, ou pertencentes a uma famlia, ou a um corpo coletivo, ou a um estabelecimento por ele designado; II em remunerao de servios prestados ao testador, por ocasio da molstia de que faleceu, ainda que fique a arbtrio do herdeiro, ou de outrem, determinar valor do legado. Art. 1.669. A disposio geral em favor dos pobres, dos estabelecimentos particulares de caridade, ou dos de assistncia pblica, entender-se- relativa aos pobres do lugar do domiclio do testador ao tempo de sua morte, ou dos estabelecimentos a sitos, salvo se manifestamente constar que tinha em mente beneficiar os de outra localidade. Pargrafo nico. Nestes casos, as instituies particulares preferiro sempre s pblicas. Art. 1.670. O erro na designao de pessoa do herdeiro, do legatrio, ou da coisa legada anula a disposio, salvo se, pelo contexto do testamento, por outros documentos, ou por fatos inequvocos, se puder identificar a pessoa ou coisa, a que o testador queria referir-se. Art. 1.671. Se o testamento nomear dois ou mais herdeiros, sem discriminar a parte de cada um, partilhar-se- por igual, entre todos, a poro disponvel do testador. Art. 1.672. Se o testador nomear certos herdeiros individualmente, e outros cole530

Lei no 10.406/2002 Art. 1.901. Valer a disposio: I em favor de pessoa incerta que deva ser determinada por terceiro, dentre duas ou mais pessoas mencionadas pelo testador, ou pertencentes a uma famlia, ou a um corpo coletivo, ou a um estabelecimento por ele designado; II em remunerao de servios prestados ao testador, por ocasio da molstia de que faleceu, ainda que fique ao arbtrio do herdeiro ou de outrem determinar o valor do legado. Art. 1.902. A disposio geral em favor dos pobres, dos estabelecimentos particulares de caridade, ou dos de assistncia pblica, entender-se- relativa aos pobres do lugar do domiclio do testador ao tempo de sua morte, ou dos estabelecimentos a sitos, salvo se manifestamente constar que tinha em mente beneficiar os de outra localidade. Pargrafo nico. Nos casos deste artigo, as instituies particulares preferiro sempre s pblicas. Art. 1.903. O erro na designao da pessoa do herdeiro, do legatrio, ou da coisa legada anula a disposio, salvo se, pelo contexto do testamento, por outros documentos, ou por fatos inequvocos, se puder identificar a pessoa ou coisa a que o testador queria referir-se. Art. 1.904. Se o testamento nomear dois ou mais herdeiros, sem discriminar a parte de cada um, partilhar-se- por igual, entre todos, a poro disponvel do testador. Art. 1.905. Se o testador nomear certos herdeiros individualmente e outros coleCdigo Civil Comparado

Quadro Comparativo entre o Novo Cdigo Civil e o Cdigo Civil Anterior Lei no 3.071/1916 tivamente, a herana ser dividida em tantas quotas quantos forem os indivduos e os grupos designados. Art. 1.673.Se forem determinadas as quotas de cada herdeiro, e no absorverem toda a herana, o remanescente pertencer aos herdeiros legtimos, segundo a ordem da sucesso hereditria. Art. 1.674. Se forem determinados os quinhes de uns e de outros herdeiros, quinhoar-se-, distribuidamente, por igual, a estes ltimos o que restar, depois de completas as pores hereditrias dos primeiros. Art. 1.675. Dispondo o testador que no caiba ao herdeiro institudo certo e determinado objeto, dentre os da herana, tocar ele aos herdeiros legtimos. Lei no 10.406/2002 tivamente, a herana ser dividida em tantas quotas quantos forem os indivduos e os grupos designados. Art. 1.906. Se forem determinadas as quotas de cada herdeiro, e no absorverem toda a herana, o remanescente pertencer aos herdeiros legtimos, segundo a ordem da vocao hereditria. Art. 1.907. Se forem determinados os quinhes de uns e no os de outros herdeiros, distribuir-se- por igual a estes ltimos o que restar, depois de completas as pores hereditrias dos primeiros. Art. 1.908. Dispondo o testador que no caiba ao herdeiro institudo certo e determinado objeto, dentre os da herana, tocar ele aos herdeiros legtimos. Art. 1.909. So anulveis as disposies testamentrias inquinadas de erro, dolo ou coao. Pargrafo nico. Extingue-se em quatro anos o direito de anular a disposio, contados de quando o interessado tiver conhecimento do vcio. Art. 1.910. A ineficcia de uma disposio testamentria importa a das outras que, sem aquela, no teriam sido determinadas pelo testador. Art. 1.676. A clusula de inalienabilidade temporria, ou vitalcia, imposta aos bens pelos testadores ou doadores, no poder, em caso algum, salvo os de expropriao por necessidade ou utilidade pblica, e de execuo por dvidas provenientes de impostos relativos aos respectivos
Cdigo Civil Comparado

Art. 1.911. A clusula de inalienabilidade, imposta aos bens por ato de liberalidade, implica impenhorabilidade e incomunicabilidade.

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Quadro Comparativo entre o Novo Cdigo Civil e o Cdigo Civil Anterior Lei no 3.071/1916 imveis, ser invalidada ou dispensada por atos judiciais de qualquer espcie, sob pena de nulidade. Art. 1.677. Quando, nas hipteses do artigo antecedente, se der alienao de bens clausulados, o produto se converter em outros bens, que ficaro sub-rogados nas obrigaes dos primeiros. Pargrafo nico. No caso de desapropriao de bens clausulados, ou de sua alienao, por convenincia econmica do donatrio ou do herdeiro, mediante autorizao judicial, o produto da venda converter-se- em outros bens, sobre os quais incidiro as restries apostas aos primeiros. Captulo VII Dos Legados Seo I Disposies Gerais Art. 1.678. nulo o legado de coisa alheia. Mas, se a coisa legada, no pertencendo ao testador, quando testou, se houver depois tornado sua, por qualquer ttulo, ter efeito a disposio, como se sua fosse a coisa, ao tempo em que ele fez o testamento. Art. 1.679. Se o testador ordenar que o herdeiro, ou legatrio, entregue coisa de sua propriedade a outrem, no o cumprindo ele, entender-se- que renunciou a herana, ou o legado. Art. 1.680. Se to-somente em parte pertencer ao testador, ou, no caso do artigo antecedente, ao herdeiro, ou ao legatrio, a coisa legada, s quanto a essa parte valer o legado. Art. 1.681. Se o legado for de coisa mvel, que se determine pelo gnero, ou pela espcie, ser cumprido, ainda que tal coisa no exista entre os bens deixados pelo testador.
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Captulo VII Dos Legados

Art. 1.912. ineficaz o legado de coisa certa que no pertena ao testador no momento da abertura da sucesso.

Art. 1.913. Se o testador ordenar que o herdeiro ou legatrio entregue coisa de sua propriedade a outrem, no o cumprindo ele, entender-se- que renunciou herana ou ao legado. Art. 1.914. Se to-somente em parte a coisa legada pertencer ao testador, ou, no caso do artigo antecedente, ao herdeiro ou ao legatrio, s quanto a essa parte valer o legado. Art. 1.915. Se o legado for de coisa que se determine pelo gnero, ser o mesmo cumprido, ainda que tal coisa no exista entre os bens deixados pelo testador.

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Quadro Comparativo entre o Novo Cdigo Civil e o Cdigo Civil Anterior Lei no 3.071/1916 Art. 1.682. Se o testador legar coisa sua, singularizando-a, s valer o legado, se, ao tempo do seu falecimento, ela se achava entre os bens da herana. Se, porm, a coisa legada existir entre os bens do testador, mas em quantidade inferior do legado, este s valer quanto existente. Art. 1.683. O legado de coisa, ou quantidade, que deva tirar-se de certo lugar, s valer se nele for achada, e at quantidade que ali se achar. Art. 1.684. Nulo ser o legado consistente em coisa certa, que, na data do testamento j era do legatrio, ou depois lhe foi transferida gratuitamente pelo testador. Art. 1.685. O legado de crdito, ou de quitao de dvida, valer to-somente at importncia desta, ou daquele, ao tempo da morte do testador. 1o Cumpre-se este legado, entregando o herdeiro ao legatrio o ttulo respectivo. 2o Este legado no compreende as dvidas posteriores data do testamento. Art. 1.686. No o declarando expressamente o testador, no se reputar compensao da sua dvida o legado, que ele faa o credor. Subsistir do mesmo modo integralmente esse legado, se a dvida lhe foi posterior, e o testador a solveu antes de morrer. Art. 1.687. O legado de alimentos abrange o sustento, a cura, o vesturio e a casa, enquanto o legatrio viver, alm da educao, se ele for menor.
Cdigo Civil Comparado

Lei no 10.406/2002 Art. 1.916. Se o testador legar coisa sua, singularizando-a, s ter eficcia o legado se, ao tempo do seu falecimento, ela se achava entre os bens da herana; se a coisa legada existir entre os bens do testador, mas em quantidade inferior do legado, este ser eficaz apenas quanto existente. Art. 1.917. O legado de coisa que deva encontrar-se em determinado lugar s ter eficcia se nele for achada, salvo se removida a ttulo transitrio.

Art. 1.918. O legado de crdito, ou de quitao de dvida, ter eficcia somente at a importncia desta, ou daquele, ao tempo da morte do testador. 1o Cumpre-se o legado, entregando o herdeiro ao legatrio o ttulo respectivo. 2o Este legado no compreende as dvidas posteriores data do testamento. Art. 1.919. No o declarando expressamente o testador, no se reputar compensao da sua dvida o legado que ele faa ao credor. Pargrafo nico. Subsistir integralmente o legado, se a dvida lhe foi posterior, e o testador a solveu antes de morrer. Art. 1.920. O legado de alimentos abrange o sustento, a cura, o vesturio e a casa, enquanto o legatrio viver, alm da educao, se ele for menor.
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Quadro Comparativo entre o Novo Cdigo Civil e o Cdigo Civil Anterior Lei no 3.071/1916 Art. 1.688. O legado de usufruto, sem fixao de tempo, entende-se deixado ao legatrio por toda a sua vida. Art. 1.689. Se aquele que legando algumas propriedades, lhe ajuntar depois novas aquisies, estas, ainda que contguas, no se compreendem no imvel legado, salvo expressa declarao em contrrio do testador. Pargrafo nico. No se aplica o disposto neste artigo s benfeitorias necessrias, teis ou volupturias feitas no prdio legado. Captulo VIII Dos Efeitos do Legado e do seu Pagamento Seo II Dos Efeitos do Legado e do seu Pagamento Art. 1.690. O legado puro e simples confere, desde a morte do testador, ao legatrio o direito, transmissvel aos seus sucessores, de pedir aos herdeiros institudos a coisa legada. Art. 1.923. Desde a abertura da sucesso, pertence ao legatrio a coisa certa, existente no acervo, salvo se o legado estiver sob condio suspensiva. Pargrafo nico. No pode, porm, o legatrio entrar, por autoridade prpria, na posse da coisa legada. Art. 1.692. Desde o dia da morte do testador pertence ao legatrio a coisa legada, com os frutos que produzir. 1o No se defere de imediato a posse da coisa, nem nela pode o legatrio entrar por autoridade prpria. 2o O legado de coisa certa existente na herana transfere tambm ao legatrio os frutos que produzir, desde a morte do testador, exceto se dependente de condio suspensiva, ou de termo inicial.
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Lei no 10.406/2002 Art. 1.921. O legado de usufruto, sem fixao de tempo, entende-se deixado ao legatrio por toda a sua vida. Art. 1.922. Se aquele que legar um imvel lhe ajuntar depois novas aquisies, estas, ainda que contguas, no se compreendem no legado, salvo expressa declarao em contrrio do testador. Pargrafo nico. No se aplica o disposto neste artigo s benfeitorias necessrias, teis ou volupturias feitas no prdio legado.

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Quadro Comparativo entre o Novo Cdigo Civil e o Cdigo Civil Anterior Lei no 3.071/1916 Art. 1.691. O direito de pedir o legado no se exercer, enquanto se litigue sobre a validade do testamento, e, nos legados condicionais, ou a prazo, enquanto penda a condio, ou o prazo se no vena. Art. 1.693. O legado em dinheiro s vence juros desde o dia em que se constituir em mora a pessoa obrigada a prest-lo. Art. 1.694. Se o legado consistir em renda vitalcia, ou penso peridica, esta, ou aquela, correr da morte do testador. Art. 1.695. Se o legado for de quantidades certas, em prestaes peridicas, datar da morte do testador o primeiro perodo, e o legatrio ter direito a cada prestao, uma vez encetado cada um dos perodos sucessivos, ainda que antes do termo dele venha a falecer. Art. 1.696. Sendo peridicas as prestaes, s no termo de cada perodo se podero exigir. Pargrafo nico. Se, porm, forem deixadas a ttulo de alimentos, pagar-se-o no comeo de cada perodo, sempre que o contrrio no disponha o testador. Art. 1.697. Se o legado consiste em coisa determinada pelo gnero, ou pela espcie, ao herdeiro tocar escolh-la, guardando, porm, o meio-termo entre as congneres da melhor e pior qualidade. Art. 1.698. A mesma regra observar-se-, quando a escolha for deixada a arbtrio de terceiro; e, se este a no quiser, ou no
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Lei no 10.406/2002 Art. 1.924. O direito de pedir o legado no se exercer, enquanto se litigue sobre a validade do testamento, e, nos legados condicionais, ou a prazo, enquanto esteja pendente a condio ou o prazo no se vena. Art. 1.925. O legado em dinheiro s vence juros desde o dia em que se constituir em mora a pessoa obrigada a prest-lo. Art. 1.926. Se o legado consistir em renda vitalcia ou penso peridica, esta ou aquela correr da morte do testador. Art. 1.927. Se o legado for de quantidades certas, em prestaes peridicas, datar da morte do testador o primeiro perodo, e o legatrio ter direito a cada prestao, uma vez encetado cada um dos perodos sucessivos, ainda que venha a falecer antes do termo dele. Art. 1.928. Sendo peridicas as prestaes, s no termo de cada perodo se podero exigir. Pargrafo nico. Se as prestaes forem deixadas a ttulo de alimentos, pagar-seo no comeo de cada perodo, sempre que outra coisa no tenha disposto o testador. Art. 1.929. Se o legado consiste em coisa determinada pelo gnero, ao herdeiro tocar escolh-la, guardando o meio-termo entre as congneres da melhor e pior qualidade. Art. 1.930. O estabelecido no artigo antecedente ser observado, quando a escolha for deixada a arbtrio de terceiro; e, se
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Quadro Comparativo entre o Novo Cdigo Civil e o Cdigo Civil Anterior Lei no 3.071/1916 puder exercer, ao juiz competir faz-la, guardado o disposto no artigo anterior, ltima parte. Art. 1.699. Se a opo foi deixada ao legatrio, este poder escolher, do gnero, ou espcie, determinado, a melhor coisa que houver na herana; e, se nesta no existir coisa de tal espcie, dar-lha- de outra congnere o herdeiro, observada a disposio do artigo 1.697, ltima parte. Art. 1.700. No legado alternativo, presume-se deixada ao herdeiro a opo. Art. 1.701. Se o herdeiro, ou legatrio, a quem couber a opo, falecer antes de exerc-la, passar este direito aos seus herdeiros. Pargrafo nico. Uma vez feita, porm, a opo irrevogvel. Art. 1.702. Instituindo o testador mais de um herdeiro, sem designar os que ho de executar os legados, por estes respondero, proporcionalmente ao que herdarem, todos os herdeiros institudos. Art. 1.703. Se o testador cometer designadamente a certos herdeiros a execuo dos legados, por estes s aqueles respondero. Art. 1.934. No silncio do testamento, o cumprimento dos legados incumbe aos herdeiros e, no os havendo, aos legatrios, na proporo do que herdaram. Pargrafo nico. O encargo estabelecido neste artigo, no havendo disposio tes536 Cdigo Civil Comparado

Lei no 10.406/2002 este no a quiser ou no a puder exercer, ao juiz competir faz-la, guardado o disposto na ltima parte do artigo antecedente. Art. 1.931. Se a opo foi deixada ao legatrio, este poder escolher, do gnero determinado, a melhor coisa que houver na herana; e, se nesta no existir coisa de tal gnero, dar-lhe- de outra congnere o herdeiro, observada a disposio na ltima parte do art. 1.929. Art. 1.932. No legado alternativo, presume-se deixada ao herdeiro a opo. Art. 1.933. Se o herdeiro ou legatrio a quem couber a opo falecer antes de exerc-la, passar este poder aos seus herdeiros.

Quadro Comparativo entre o Novo Cdigo Civil e o Cdigo Civil Anterior Lei no 3.071/1916 Lei no 10.406/2002 tamentria em contrrio, caber ao herdeiro ou legatrio incumbido pelo testador da execuo do legado; quando indicados mais de um, os onerados dividiro entre si o nus, na proporo do que recebam da herana. Art. 1.704. Se algum legado consistir em coisa pertencente a herdeiro ou legatrio, s a ele incumbir cumpri-lo, com regresso contra os co-herdeiros, pela quota de cada um, salvo se o contrrio expressamente disps o testador. Art. 1.705. As despesas e os riscos da entrega do legado correm por conta do legatrio, se no dispuser diversamente o testador. Art. 1.706. A coisa legada entregar-se-, como os seus acessrios, no lugar e estado em que se achava ao falecer o testador, passando ao legatrio com todos os encargos, que a onerarem. Art. 1.707. Ao legatrio, nos legados com encargo, se aplica o disposto no artigo 1.180. Captulo IX Da Caducidade dos Legados Seo III Da Caducidade dos Legados Art. 1.708. Caducar o legado: I se, depois do testamento, o testador modificar a coisa legada, ao ponto de j no ter a forma, nem lhe caber a denominao que tinha; II se o testador alienar, por qualquer ttulo, no todo, ou em parte, a coisa legada. Em tal caso, caducar o legado, at onde ela deixou de pertencer ao testador;
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Art. 1.935. Se algum legado consistir em coisa pertencente a herdeiro ou legatrio (art. 1.913), s a ele incumbir cumpri-lo, com regresso contra os co-herdeiros, pela quota de cada um, salvo se o contrrio expressamente disps o testador. Art. 1.936. As despesas e os riscos da entrega do legado correm conta do legatrio, se no dispuser diversamente o testador. Art. 1.937. A coisa legada entregar-se-, com seus acessrios, no lugar e estado em que se achava ao falecer o testador, passando ao legatrio com todos os encargos que a onerarem. Art. 1.938. Nos legados com encargo, aplica-se ao legatrio o disposto neste Cdigo quanto s doaes de igual natureza.

Art. 1.939. Caducar o legado: I se, depois do testamento, o testador modificar a coisa legada, ao ponto de j no ter a forma nem lhe caber a denominao que possua; II se o testador, por qualquer ttulo, alienar no todo ou em parte a coisa legada; nesse caso, caducar at onde ela deixou de pertencer ao testador;
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Quadro Comparativo entre o Novo Cdigo Civil e o Cdigo Civil Anterior Lei no 3.071/1916 III se a coisa perecer, ou for evicta, vivo ou morto o testador, sem culpa do herdeiro; IV se o legatrio for excludo da sucesso, nos termos do artigo 1.595; V se o legatrio falecer antes do testador. Art. 1.709. Se o legado for de duas ou mais coisas alternativamente, e algumas delas perecerem, subsistir quanto s restantes. Perecendo parte de uma, valer, quanto ao seu remanescente, o legado. Captulo X Do Direito de Acrescer entre Herdeiros e Legatrios Art. 1.710. Verifica-se o direito de acrescer entre co-herdeiros, quando estes, pela mesma disposio de um testamento, so conjuntamente chamados herana em quinhes no determinados. Lei no 10.406/2002 III se a coisa perecer ou for evicta, vivo ou morto o testador, sem culpa do herdeiro ou legatrio incumbido do seu cumprimento; IV se o legatrio for excludo da sucesso, nos termos do art. 1.815; V se o legatrio falecer antes do testador. Art. 1.940. Se o legado for de duas ou mais coisas alternativamente, e algumas delas perecerem, subsistir quanto s restantes; perecendo parte de uma, valer, quanto ao seu remanescente, o legado. Captulo VIII Do Direito de Acrescer entre Herdeiros e Legatrios Art. 1.941. Quando vrios herdeiros, pela mesma disposio testamentria, forem conjuntamente chamados herana em quinhes no determinados, e qualquer deles no puder ou no quiser aceit-la, a sua parte acrescer dos co-herdeiros, salvo o direito do substituto. Art. 1.942. O direito de acrescer competir aos co-legatrios, quando nomeados conjuntamente a respeito de uma s coisa, determinada e certa, ou quando o objeto do legado no puder ser dividido sem risco de desvalorizao.

Pargrafo nico. Aos co-legatrios competir tambm este direito, quando nomeados conjuntamente a resoeito de uma s coisa, determinada e certa, ou quando no se possa dividir o objeto legado, sem risco de se deteriorar. Art. 1.711. Considera-se feita a distribuio das partes, ou quinhes, pelo testador, quando este designa a cada um dos nomeados a sua quota, ou o objeto, que lhe deixa. Art. 1.712. Se um dos herdeiros nomeados morrer antes do testador, renunciar a herana, ou dela for excludo, e bem assim
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Art. 1.943. Se um dos co-herdeiros ou colegatrios, nas condies do artigo antecedente, morrer antes do testador; se reCdigo Civil Comparado

Quadro Comparativo entre o Novo Cdigo Civil e o Cdigo Civil Anterior Lei no 3.071/1916 se a condio, sob a qual foi institudo, no se verificar, acrescer o seu quinho, salvo o direito do substituto parte dos co-herdeiros conjuntos. Lei no 10.406/2002 nunciar a herana ou legado, ou destes for excludo, e, se a condio sob a qual foi institudo no se verificar, acrescer o seu quinho, salvo o direito do substituto, parte dos co-herdeiros ou co-legatrios conjuntos. Pargrafo nico. Os co-herdeiros ou colegatrios, aos quais acresceu o quinho daquele que no quis ou no pde suceder, ficam sujeitos s obrigaes ou encargos que o oneravam.

Art. 1.714. Os co-herdeiros, a quem acrescer o quinho do que deixou de herdar, ficam sujeitos s obrigaes e encargos, que o oneravam. Pargrafo nico. Esta disposio aplicase igualmente ao co-legatrio, a quem aproveita a caducidade total ou parcial do legado. Art. 1.713. Quando se no efetua o direito de acrescer, nos termos do artigo antecedente, transmite-se aos herdeiros legtimos a quota vaga do nomeado. Art. 1.715. No existindo o direito de acrescer entre os co-legatrios, a quota do que falta acresce ao herdeiro, ou legatrio, incumbido de satisfazer esse legado, ou a todos os herdeiros, em proporo dos seus quinhes, se o legado se deduziu da herana.

Art. 1.944. Quando no se efetua o direito de acrescer, transmite-se aos herdeiros legtimos a quota vaga do nomeado. Pargrafo nico. No existindo o direito de acrescer entre os co-legatrios, a quota do que faltar acresce ao herdeiro ou ao legatrio incumbido de satisfazer esse legado, ou a todos os herdeiros, na proporo dos seus quinhes, se o legado se deduziu da herana. Art. 1.945. No pode o beneficirio do acrscimo repudi-lo separadamente da herana ou legado que lhe caiba, salvo se o acrscimo comportar encargos especiais impostos pelo testador; nesse caso, uma vez repudiado, reverte o acrscimo para a pessoa a favor de quem os encargos foram institudos.

Art. 1.716. Legado um s usufruto conjuntamente a duas ou mais pessoas, a parte do que faltar acresce aos co-legatrios. Se, porm, no houve conjuno
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Art. 1.946. Legado um s usufruto conjuntamente a duas ou mais pessoas, a parte da que faltar acresce aos co-legatrios.
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Quadro Comparativo entre o Novo Cdigo Civil e o Cdigo Civil Anterior Lei no 3.071/1916 entre estes, ou se, apesar de conjuntos, s lhes foi legada certa parte do usufruto, as quotas dos que faltarem consolidarse-o na propriedade, medida que eles forem faltando. Art. 1.716. Legado um s usufruto conjuntamente a duas ou mais pessoas, a parte do que faltar acresce aos co-legatrios. Se, porm, no houve conjuno entre estes, ou se, apesar de conjuntos, s lhes foi legada certa parte do usufruto, as quotas dos que faltarem consolidarse-o na propriedade, medida que eles forem faltando. Captulo XI Da Capacidade Para Adquirir por Testamento Art. 1.717. Podem adquirir por testamento as pessoas existentes ao tempo da morte do testador, que no forem por este Cdigo declaradas incapazes. Art. 1.718. So absolutamente incapazes de adquirir por testamento os indivduos no concebidos at a morte do testador, salvo se a disposio deste se referir prole eventual de pessoas por ele designadas e existentes ao abrir-se a sucesso. Art. 1.719. No podem tambm ser nomeados herdeiros, nem legatrios: I a pessoa que, a rogo, escreveu o testamento, nem o seu cnjuge, ou os seus ascendentes, descendentes, e irmos; II as testemunhas do testamento; III a concubina do testador casado; IV o oficial pblico, civil ou militar, nem o comandante, ou escrivo, perante quem se fizer, assim como o que fizer, ou aprovar o testamento.
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Pargrafo nico. Se no houver conjuno entre os co-legatrios, ou se, apesar de conjuntos, s lhes foi legada certa parte do usufruto, consolidar-se-o na propriedade as quotas dos que faltarem, medida que eles forem faltando.

Quadro Comparativo entre o Novo Cdigo Civil e o Cdigo Civil Anterior Lei no 3.071/1916 Art. 1.720. So nulas as disposies em favor de incapazes, ainda quando simulem a forma de contrato oneroso, ou os beneficiem por interposta a pessoa. Reputam-se pessoas interpostas o pai, a me, os descendentes e o cnjuge do incapaz. Captulo XIV Das Substituies Captulo IX Das Substituies Seo I Da Substituio Vulgar e da Recproca Art. 1.729. O testador pode substituir outra pessoa ao herdeiro, ou legatrio, nomeado para o caso de um ou outro no querer ou no poder aceitar a herana, ou o legado. Presume-se que a substituio foi determinada para as duas alternativas, ainda que o testador s a uma se refira. Art. 1.730. Tambm lhe lcito substituir muitas pessoas a uma s, ou vice-versa, e ainda substituir com reciprocidade ou sem ela. Art. 1.731. O substituto fica sujeito ao encargo ou condio impostos ao substitudo, quando no for diversa a inteno manifestada pelo testador, ou no resultar outra coisa da natureza da condio, ou do encargo. Art. 1.732. Se, entre muitos co-herdeiros ou legatrios de partes desiguais, for estabelecida substituio recproca, a proporo dos quinhes, fixada na primeira disposio, entender-se- mantida na segunda. Se, porm, com as outras anteriormente nomeada, for includa mais alguma pessoa na substituio, o quinho vago pertencer em partes iguais aos substitutos.
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Art. 1.947. O testador pode substituir outra pessoa ao herdeiro ou ao legatrio nomeado, para o caso de um ou outro no querer ou no poder aceitar a herana ou o legado, presumindo-se que a substituio foi determinada para as duas alternativas, ainda que o testador s a uma se refira. Art. 1.948. Tambm lcito ao testador substituir muitas pessoas por uma s, ou vice-versa, e ainda substituir com reciprocidade ou sem ela. Art. 1.949. O substituto fica sujeito condio ou encargo imposto ao substitudo, quando no for diversa a inteno manifestada pelo testador, ou no resultar outra coisa da natureza da condio ou do encargo. Art. 1.950. Se, entre muitos co-herdeiros ou legatrios de partes desiguais, for estabelecida substituio recproca, a proporo dos quinhes fixada na primeira disposio entender-se- mantida na segunda; se, com as outras anteriormente nomeadas, for includa mais alguma pessoa na substituio, o quinho vago pertencer em partes iguais aos substitutos.

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Quadro Comparativo entre o Novo Cdigo Civil e o Cdigo Civil Anterior Lei no 3.071/1916 Lei no 10.406/2002 Seo II Da Substituio Fideicomissria Art. 1.733. Pode tambm o testador instituir herdeiros ou legatrios por meio de fideicomisso, impondo a um deles, o gravado ou fiducirio, a obrigao de, por sua morte, a certo tempo, ou sob certa condio, transmitir ao outro, que se qualifica de fideicomissrio, a herana, ou legado. Art. 1.951. Pode o testador instituir herdeiros ou legatrios, estabelecendo que, por ocasio de sua morte, a herana ou o legado se transmita ao fiducirio, resolvendose o direito deste, por sua morte, a certo tempo ou sob certa condio, em favor de outrem, que se qualifica de fideicomissrio. Art. 1.952. A substituio fideicomissria somente se permite em favor dos no concebidos ao tempo da morte do testador. Pargrafo nico. Se, ao tempo da morte do testador, j houver nascido o fideicomissrio, adquirir este a propriedade dos bens fideicometidos, convertendo-se em usufruto o direito do fiducirio. Art. 1.734. O fiducirio tem a propriedade da herana ou legado, mas restrita e resolvel. Pargrafo nico. obrigado, porm, a proceder ao inventrio dos bens gravados, e, se lho exigir o fideicomissrio, a prestar cauo de restitu-los. Art. 1.953. O fiducirio tem a propriedade da herana ou legado, mas restrita e resolvel. Pargrafo nico. O fiducirio obrigado a proceder ao inventrio dos bens gravados, e a prestar cauo de restitu-los se o exigir o fideicomissrio. Art. 1.954. Salvo disposio em contrrio do testador, se o fiducirio renunciar a herana ou o legado, defere-se ao fideicomissrio o poder de aceitar. Art. 1.735. O fideicomissrio pode renunciar a herana, ou legado, e, neste caso, o fideicomisso caduca, ficando os bens propriedade pura do fiducirio, se no houver disposio contrria do testador. Art. 1.736. Se o fideicomissrio aceitar a herana ou legado, ter direito parte que, ao fiducirio, em qualquer tempo, acrescer.
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Art. 1.955. O fideicomissrio pode renunciar a herana ou o legado, e, neste caso, o fideicomisso caduca, deixando de ser resolvel a propriedade do fiducirio, se no houver disposio contrria do testador. Art. 1.956. Se o fideicomissrio aceitar a herana ou o legado, ter direito parte que, ao fiducirio, em qualquer tempo acrescer.
Cdigo Civil Comparado

Quadro Comparativo entre o Novo Cdigo Civil e o Cdigo Civil Anterior Lei no 3.071/1916 Art. 1.737. O fideicomissrio responde pelos encargos da herana que ainda restarem, quando vier sucesso. Art. 1.738. Caduca o fideicomisso, se o fideicomissrio morrer antes de realizarse a condio resolutria do direito deste ltimo. Neste caso a propriedade consolida-se no fiducirio nos termos do artigo 1.735. Art. 1.739. So nulos os fideicomissos alm do segundo grau. Art. 1.740. A nulidade da substituio ilegal no prejudica a instituio, que valer sem o encargo resolutrio. Captulo XV Da Deserdao Art. 1.741. Os herdeiros necessrios podem ser privados de sua legtima, ou deserdados, em todos os casos em que podem ser excludos da sucesso. Art. 1.744. Alm das causas mencionadas no artigo 1.595, autorizam a deserdao dos descendentes por seus ascendentes: I ofensas fsicas; II injria grave; III desonestidade da filha que vive na casa paterna; IV relaes ilcitas com a madrasta, ou o padrasto; V desamparo do ascendente em alienao mental ou grave enfermidade. Art. 1.745. Semelhantemente, alm das causas enumeradas no artigo 1.595, autorizam a deserdao dos ascendentes pelos descendentes: I ofensas fsicas;
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Lei no 10.406/2002 Art. 1.957. Ao sobrevir a sucesso, o fideicomissrio responde pelos encargos da herana que ainda restarem. Art. 1.958. Caduca o fideicomisso se o fideicomissrio morrer antes do fiducirio, ou antes de realizar-se a condio resolutria do direito deste ltimo; nesse caso, a propriedade consolida-se no fiducirio, nos termos do art. 1.955. Art. 1.959. So nulos os fideicomissos alm do segundo grau. Art. 1.960. A nulidade da substituio ilegal no prejudica a instituio, que valer sem o encargo resolutrio. Captulo X Da Deserdao Art. 1.961. Os herdeiros necessrios podem ser privados de sua legtima, ou deserdados, em todos os casos em que podem ser excludos da sucesso. Art. 1.962. Alm das causas mencionadas no art. 1.814, autorizam a deserdao dos descendentes por seus ascendentes: I ofensa fsica; II injria grave; III relaes ilcitas com a madrasta ou com o padrasto; IV desamparo do ascendente em alienao mental ou grave enfermidade.

Art. 1.963. Alm das causas enumeradas no art. 1.814, autorizam a deserdao dos ascendentes pelos descendentes: I ofensa fsica; II injria grave;
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Quadro Comparativo entre o Novo Cdigo Civil e o Cdigo Civil Anterior Lei no 3.071/1916 II injria grave; III relaes ilcitas com a mulher do filho ou neto, ou com o marido da filha ou neta; IV desamparo do filho ou neto em alienao mental ou grave enfermidade. Art. 1.742. A deserdao s pode ser ordenada em testamento, com expressa declarao de causa. Art. 1.743. Ao herdeiro institudo, ou quele a quem aproveite a deserdao, incumbe provar a veracidade da causa alegada pelo testador. Pargrafo nico. No se provando a causa invocada para a deserdao, e nulas as disposies, que prejudiquem a legtima do deserdado. Pargrafo nico. O direito de provar a causa da deserdao extingue-se no prazo de quatro anos, a contar da data da abertura do testamento. Captulo XIII Da Reduo das Disposies Testamentrias Art. 1.726. Quando o testador s em parte dispuser da sua metade disponvel, entender-se- que instituiu os herdeiros legtimos no remanescente. Art. 1.727. As disposies, que excederem a metade disponvel, reduzir-se-o aos limites dela, em conformidade com o disposto nos pargrafos seguintes. 1o Em se verificando excederem as disposies testamentrias a poro disponvel, sero proporcionalmente reduzidas
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Lei no 10.406/2002 III relaes ilcitas com a mulher ou companheira do filho ou a do neto, ou com o marido ou companheiro da filha ou o da neta; IV desamparo do filho ou neto com deficincia mental ou grave enfermidade. Art. 1.964. Somente com expressa declarao de causa pode a deserdao ser ordenada em testamento. Art. 1.965. Ao herdeiro institudo, ou quele a quem aproveite a deserdao, incumbe provar a veracidade da causa alegada pelo testador.

Captulo XI Da Reduo das Disposies Testamentrias Art. 1.966. O remanescente pertencer aos herdeiros legtimos, quando o testador s em parte dispuser da quota hereditria disponvel. Art. 1.967. As disposies que excederem a parte disponvel reduzir-se-o aos limites dela, de conformidade com o disposto nos pargrafos seguintes. 1o Em se verificando excederem as disposies testamentrias a poro disponvel, sero proporcionalmente reduzidas
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Quadro Comparativo entre o Novo Cdigo Civil e o Cdigo Civil Anterior Lei no 3.071/1916 as quotas do herdeiro ou herdeiros institudos, at onde baste, e, no bastando, tambm os legados, na proporo de seu valor. 2o Se o testador, prevenindo o caso, dispuser que se inteirem, de preferncia certos herdeiros e legatrios, a reduo farse- nos outros quinhes ou legados, observando-se, a seu respeito, a ordem estabelecida no pargrafo anterior. Art. 1.728. Quando consistir em prdio divisvel o legado sujeito reduo, far-se- esta, dividindo-o proporcionalmente. 1o Se no for possvel a diviso, e o excesso do legado montar a mais de um quarto do valor do prdio, o legatrio deixar inteiro na herana o imvel legado, ficando com o direito de pedir aos herdeiros o valor que couber na metade disponvel. Se o excesso no for de mais de um quarto, aos herdeiros torn-lo- em dinheiro o legatrio, que ficar com o prdio. 2o Se o legatrio for ao mesmo tempo herdeiro necessrio, poder inteirar sua legtima no mesmo imvel, de preferncia aos outros, sempre que ela e a parte subsistente do legado lhe absorverem o valor. Captulo XVI Da Revogao dos Testamentos Art. 1.746. O testamento pode ser revogado pelo mesmo modo e forma por que pode ser feito. Art. 1.747. A revogao do testamento pode ser total ou parcial.
Cdigo Civil Comparado

Lei no 10.406/2002 as quotas do herdeiro ou herdeiros institudos, at onde baste, e, no bastando, tambm os legados, na proporo do seu valor. 2o Se o testador, prevenindo o caso, dispuser que se inteirem, de preferncia, certos herdeiros e legatrios, a reduo farse- nos outros quinhes ou legados, observando-se a seu respeito a ordem estabelecida no pargrafo antecedente. Art. 1.968. Quando consistir em prdio divisvel o legado sujeito a reduo, farse- esta dividindo-o proporcionalmente. 1o Se no for possvel a diviso, e o excesso do legado montar a mais de um quarto do valor do prdio, o legatrio deixar inteiro na herana o imvel legado, ficando com o direito de pedir aos herdeiros o valor que couber na parte disponvel; se o excesso no for de mais de um quarto, aos herdeiros far tornar em dinheiro o legatrio, que ficar com o prdio. 2o Se o legatrio for ao mesmo tempo herdeiro necessrio, poder inteirar sua legtima no mesmo imvel, de preferncia aos outros, sempre que ela e a parte subsistente do legado lhe absorverem o valor. Captulo XII Da Revogao do Testamento Art. 1.969. O testamento pode ser revogado pelo mesmo modo e forma como pode ser feito. Art. 1.970. A revogao do testamento pode ser total ou parcial.
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Quadro Comparativo entre o Novo Cdigo Civil e o Cdigo Civil Anterior Lei no 3.071/1916 Pargrafo nico. Se parcial, ou se o testamento posterior no contiver clusula revogatria expressa, o anterior subsiste em tudo que no for contrrio ao posterior. Art. 1.748. A revogao produzir seus efeitos, ainda quando o testamento, que a encerra, caduque por excluso, incapacidade, ou renncia do herdeiro, nele nomeado; mas no valer, se o testamento revogatrio for anulado por omisso ou infrao de solenidades essenciais, ou por vcios intrnsecos. Art. 1.749. O testamento cerrado que o testador abrir ou dilacerar, ou for aberto ou dilacerado com seu consentimento, haver-se- como revogado. Lei no 10.406/2002 Pargrafo nico. Se parcial, ou se o testamento posterior no contiver clusula revogatria expressa, o anterior subsiste em tudo que no for contrrio ao posterior. Art. 1.971. A revogao produzir seus efeitos, ainda quando o testamento, que a encerra, vier a caducar por excluso, incapacidade ou renncia do herdeiro nele nomeado; no valer, se o testamento revogatrio for anulado por omisso ou infrao de solenidades essenciais ou por vcios intrnsecos. Art. 1.972. O testamento cerrado que o testador abrir ou dilacerar, ou for aberto ou dilacerado com seu consentimento, haver-se- como revogado. Captulo XIII Do Rompimento do Testamento Art. 1.750. Sobrevindo descendente sucessvel ao testador, que o no tinha, ou no o conhecia, quando testou, rompe-se o testamento em todas as suas disposies, se esse descendente sobreviver ao testador. Art. 1.751. Rompe-se tambm o testamento feito na ignorncia de existirem outros herdeiros necessrios. Art. 1.752. No se rompe, porm, o testamento, em que o testador dispuser da sua metade, no contemplando os herdeiros necessrios, de cuja existncia saiba, ou deserdando-os, nessa parte, sem meno de causa legal. Captulo XVII Do Testamenteiro
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Art. 1.973. Sobrevindo descendente sucessvel ao testador, que no o tinha ou no o conhecia quando testou, rompe-se o testamento em todas as suas disposies, se esse descendente sobreviver ao testador. Art. 1.974. Rompe-se tambm o testamento feito na ignorncia de existirem outros herdeiros necessrios. Art. 1.975. No se rompe o testamento, se o testador dispuser da sua metade, no contemplando os herdeiros necessrios de cuja existncia saiba, ou quando os exclua dessa parte. Captulo XIV Do Testamenteiro
Cdigo Civil Comparado

Quadro Comparativo entre o Novo Cdigo Civil e o Cdigo Civil Anterior Lei no 3.071/1916 Art. 1.753. O testador pode nomear um ou mais testamenteiros conjuntos ou separados, para lhe darem cumprimento s disposies de ltima vontade. Art. 1.754. O testador pode tambm conceder ao testamenteiro a posse e administrao da herana, ou de parte dela, no havendo cnjuge ou herdeiros necessrios. Pargrafo nico. Qualquer herdeiro pode, entretanto, requerer partilha imediata, ou devoluo da herana, habilitando o testador para o cumprimento dos legados, ou dando cauo de prest-los. Art. 1.755. Tendo o testamenteiro a posse e a administrao dos bens, incumbe-lhe requerer o inventrio e cumprir o testamento. Pargrafo nico. Se lhe no competir a posse e a administrao, assistir-lhe- direito a exigir dos herdeiros os meios de cumprir as disposies testamentrias; e, se os legatrios o demandarem, poder nomear execuo os bens da herana. Art. 1.756. O testamenteiro nomeado, ou qualquer parte interessada, pode requerer, assim como o juiz pode ordenar, de ofcio, ao detentor do testamento que o leve a registro. Art. 1.757. O testamenteiro obrigado a cumprir as disposies testamentrias, no prazo marcado pelo testador, e a dar contas do que recebeu e despendeu, subsistindo sua responsabilidade enquanto durar a execuo do testamento.
Cdigo Civil Comparado

Lei no 10.406/2002 Art. 1.976. O testador pode nomear um ou mais testamenteiros, conjuntos ou separados, para lhe darem cumprimento s disposies de ltima vontade. Art. 1.977. O testador pode conceder ao testamenteiro a posse e a administrao da herana, ou de parte dela, no havendo cnjuge ou herdeiros necessrios. Pargrafo nico. Qualquer herdeiro pode requerer partilha imediata, ou devoluo da herana, habilitando o testamenteiro com os meios necessrios para o cumprimento dos legados, ou dando cauo de prest-los. Art. 1.978. Tendo o testamenteiro a posse e a administrao dos bens, incumbe-lhe requerer inventrio e cumprir o testamento.

Art. 1.979. O testamenteiro nomeado, ou qualquer parte interessada, pode requerer, assim como o juiz pode ordenar, de ofcio, ao detentor do testamento, que o leve a registro. Art. 1.980. O testamenteiro obrigado a cumprir as disposies testamentrias, no prazo marcado pelo testador, e a dar contas do que recebeu e despendeu, subsistindo sua responsabilidade enquanto durar a execuo do testamento.
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Quadro Comparativo entre o Novo Cdigo Civil e o Cdigo Civil Anterior Lei no 3.071/1916 Art. 1.758. Levar-se-o em conta ao testamenteiro as despesas feitas com o desempenho de seu cargo e a execuo do testamento. Art. 1.759. Sendo glosadas as despesas por ilegais, ou por no conformes ao testamento, remover-se- o testamenteiro, perdendo o prmio deixado pelo testador. Art. 1.760. Compete ao testamenteiro, com ou sem o concurso do inventariante e dos herdeiros institudos, propugnar a validade do testamento. Art. 1.761. Alm das atribuies exaradas nos artigos anteriores, ter o testamenteiro as que lhe conferir o testador, nos limites da lei. Art. 1.762. No cancedendo o testador prazo maior, cumprir o testamenteiro o testamento e prestar contas no lapso de um ano, contado da aceitao da testamentaria. Pargrafo nico. Pode esse prazo prorrogar-se, porm, ocorrendo motivo cabal. Art. 1.763. Na falta de testamenteiro nomeado pelo testador, a execuo testamentria compete ao cabea-de-casal, e, em falta deste, ao herdeiro nomeado pelo juiz. Art. 1.764. O encargo da testamentaria no se transmite aos herdeiros do testamenteiro, nem delegvel. Mas o testamenteiro pode fazer-se representar em juzo e fora dele, mediante procurador com poderes especiais.
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Lei no 10.406/2002

Art. 1.981. Compete ao testamenteiro, com ou sem o concurso do inventariante e dos herdeiros institudos, defender a validade do testamento. Art. 1.982. Alm das atribuies exaradas nos artigos antecedentes, ter o testamenteiro as que lhe conferir o testador, nos limites da lei. Art. 1.983. No concedendo o testador prazo maior, cumprir o testamenteiro o testamento e prestar contas em cento e oitenta dias, contados da aceitao da testamentaria. Pargrafo nico. Pode esse prazo ser prorrogado se houver motivo suficiente. Art. 1.984. Na falta de testamenteiro nomeado pelo testador, a execuo testamentria compete a um dos cnjuges, e, em falta destes, ao herdeiro nomeado pelo juiz. Art. 1.985. O encargo da testamentaria no se transmite aos herdeiros do testamenteiro, nem delegvel; mas o testamenteiro pode fazer-se representar em juzo e fora dele, mediante mandatrio com poderes especiais.
Cdigo Civil Comparado

Quadro Comparativo entre o Novo Cdigo Civil e o Cdigo Civil Anterior Lei no 3.071/1916 Art. 1.765. Havendo simultaneamente mais de um testamenteiro, que tenham aceitado o cargo, poder cada qual exerc-lo, em falta de outros. Mas todos ficam solidariamente obrigados a dar conta dos bens, que lhe forem confiados, salvo se cada um tiver, pelo testamento, funes distintas, e a elas se limitar. Art. 1.766. Quando o testamenteiro no for herdeiro, nem legatrio, ter direito a um prmio, que, se o testador o no houver taxado, ser de um por cento a cinco por cento, arbitrado pelo juiz, sobre toda a herana lquida, conforme a importncia dela, e a maior ou menor dificuldade na execuo do testamento. Pargrafo nico. Este prmio deduzir-se somente da metade disponvel, quando houver herdeiro necessrio, Art. 1.767. O testamenteiro que for legatrio poder preferir o prmio ao legado. Art. 1.768. Reverter herana o prmio, que o testamenteiro perder, por ser removido, ou no ser cumprido o testamento. Art. 1.769. Se o testador tiver distribudo toda a herana em legados, o testamenteiro exercer as funes de cabea-de-casal. Ttulo IV Do Inventrio e Partilha Captulo I Do Inventrio Art. 1.770. Proceder-se- ao inventrio e partilha judiciais na forma das leis em vigor no domiclio do falecido, observado o que se dispe no artigo 1.603, comeanCdigo Civil Comparado 549

Lei no 10.406/2002 Art. 1.986. Havendo simultaneamente mais de um testamenteiro, que tenha aceitado o cargo, poder cada qual exerc-lo, em falta dos outros; mas todos ficam solidariamente obrigados a dar conta dos bens que lhes forem confiados, salvo se cada um tiver, pelo testamento, funes distintas, e a elas se limitar. Art. 1.987. Salvo disposio testamentria em contrrio, o testamenteiro, que no seja herdeiro ou legatrio, ter direito a um prmio, que, se o testador no o houver fixado, ser de um a cinco por cento, arbitrado pelo juiz, sobre a herana lquida, conforme a importncia dela e maior ou menor dificuldade na execuo do testamento. Pargrafo nico. O prmio arbitrado ser pago conta da parte disponvel, quando houver herdeiro necessrio. Art. 1.988. O herdeiro ou o legatrio nomeado testamenteiro poder preferir o prmio herana ou ao legado. Art. 1.989. Reverter herana o prmio que o testamenteiro perder, por ser removido ou por no ter cumprido o testamento. Art. 1.990. Se o testador tiver distribudo toda a herana em legados, exercer o testamenteiro as funes de inventariante. Ttulo IV Do Inventrio e da Partilha Captulo I Do Inventrio

Quadro Comparativo entre o Novo Cdigo Civil e o Cdigo Civil Anterior Lei no 3.071/1916 do-se dentro em um ms, a contar da abertura da sucesso, e ultimando-se nos trs meses subseqentes, prazo este que o juiz poder dilatar, a requerimento do inventariante, por motivo justo. Pargrafo nico. Quando se exceder o ltimo prazo deste artigo, e por culpa do inventariante no se achar finda a partilha, poder o juiz remov-lo, se algum herdeiro o requerer, e, se for testamenteiro, o privar do prmio, a que tenha direito. Art. 1.771. No inventrio, sero descritos com individuao e clareza todos os bens da herana, assim como os alheios nela encontrados. Art. 1.991. Desde a assinatura do compromisso at a homologao da partilha, a administrao da herana ser exercida pelo inventariante. Captulo III Dos Sonegados Art. 1.780. O herdeiro que sonegar bens da herana, no os descrevendo no inventrio, quando estejam em seu poder, ou, com cincia sua, no de outrem, ou que os omitir na colao, a que os deva levar, ou o que deixar de restitu-los, perder o direito, que sobre eles cabia. Art. 1.781. Alm da pena cominada no artigo antecedente, se o sonegador for o prprio inventariante, remover-se-, em se provando a sonegao, ou negando ele a existncia dos bens, quando indicados. Art. 1.782. A pena de sonegados s se pode requerer e impor em ao ordinria, movida pelos herdeiros, ou pelos credores da herana.
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Lei no 10.406/2002

Captulo II Dos Sonegados Art.1.992. O herdeiro que sonegar bens da herana, no os descrevendo no inventrio quando estejam em seu poder, ou, com o seu conhecimento, no de outrem, ou que os omitir na colao, a que os deva levar, ou que deixar de restitu-los, perder o direito que sobre eles lhe cabia. Art. 1.993. Alm da pena cominada no artigo antecedente, se o sonegador for o prprio inventariante, remover-se-, em se provando a sonegao, ou negando ele a existncia dos bens, quando indicados. Art.1.994. A pena de sonegados s se pode requerer e impor em ao movida pelos herdeiros ou pelos credores da herana.

Cdigo Civil Comparado

Quadro Comparativo entre o Novo Cdigo Civil e o Cdigo Civil Anterior Lei no 3.071/1916 Pargrafo nico. A sentena que se proferir na ao de sonegados, movida por qualquer dos herdeiros, ou credores, aproveita aos demais interessados. Art. 1.783. Se no se restiturem os bens sonegados, por j os no ter o sonegador em seu poder, pagar ele a importncia dos valores, que ocultou, mais as perdas e danos. Art. 1.784. S se pode argir de sonegao o inventariante depois de encerrada a descrio dos bens, com a declarao, por ele feita, de no existirem outros por inventariar e partir, e o herdeiro, depois de declarar no inventrio que os no possui. Captulo V Do Pagamento das Dvidas Art. 1.796. A herana responde pelo pagamento das dvidas do falecido; mas, feita a partilha, s respondem os herdeiros, cada qual em proporo da parte, que na herana lhe coube. 1o Quando, antes da partilha, for requerido no inventrio o pagamento de dvidas constantes de documentos, revestidos de formalidades legais, constituindo prova bastante da obrigao, e houver impugnao, que se no funde na alegao de pagamento, acompanhada de prova valiosa, o juiz mandar reservar, em poder do inventariante, bens suficientes para soluo do dbito, sobre os quais venha a recair oportunamente a execuo. 2o No caso figurado no pargrafo antecedente, o credor ser obrigado a iniciar a ao de cobrana dentro no prazo de trinCdigo Civil Comparado

Lei no 10.406/2002 Pargrafo nico. A sentena que se proferir na ao de sonegados, movida por qualquer dos herdeiros ou credores, aproveita aos demais interessados. Art. 1.995. Se no se restiturem os bens sonegados, por j no os ter o sonegador em seu poder, pagar ele a importncia dos valores que ocultou, mais as perdas e danos. Art. 1.996. S se pode argir de sonegao o inventariante depois de encerrada a descrio dos bens, com a declarao, por ele feita, de no existirem outros por inventariar e partir, assim como argir o herdeiro, depois de declarar-se no inventrio que no os possui. Captulo III Do Pagamento das Dvidas Art. 1.997. A herana responde pelo pagamento das dvidas do falecido; mas, feita a partilha, s respondem os herdeiros, cada qual em proporo da parte que na herana lhe coube. 1o Quando, antes da partilha, for requerido no inventrio o pagamento de dvidas constantes de documentos, revestidos de formalidades legais, constituindo prova bastante da obrigao, e houver impugnao, que no se funde na alegao de pagamento, acompanhada de prova valiosa, o juiz mandar reservar, em poder do inventariante, bens suficientes para soluo do dbito, sobre os quais venha a recair oportunamente a execuo. 2o No caso previsto no pargrafo antecedente, o credor ser obrigado a iniciar a ao de cobrana no prazo de trinta dias,
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Quadro Comparativo entre o Novo Cdigo Civil e o Cdigo Civil Anterior Lei no 3.071/1916 ta dias, sob pena de se tornar de nenhum efeito a providncia indicada. Art. 1.797. As despesas funerrias, haja ou no herdeiros legtimos, sairo do monte da herana. Mas as de sufrgios por alma do finado s obrigaro a herana, quando ordenadas em testamento ou codicilo. Art. 1.798. Sempre que houver ao regressiva de uns contra outros herdeiros, a parte do co-herdeiro insolvente dividirse- em proporo entre os demais. Art. 1.799. Os legatrios e credores da herana podem exigir que do patrimnio do falecido se discrimine o do herdeiro, e em concurso com os credores deste, serlhes-o preferidos no pagamento. Art. 1.800. Se o herdeiro for devedor ao esplio, sua dvida ser partilhada igualmente entre todos, salvo se a maioria consentir que o dbito seja imputado inteiramente no quinho do devedor. Captulo IV Das Colaes Art. 1.786. Os descendentes, que concorrerem sucesso do ascendente comum, so obrigados a conferir doaes e os dotes, que dele em vida receberam. Lei no 10.406/2002 sob pena de se tornar de nenhum efeito a providncia indicada. Art. 1.998. As despesas funerrias, haja ou no herdeiros legtimos, sairo do monte da herana; mas as de sufrgios por alma do falecido s obrigaro a herana quando ordenadas em testamento ou codicilo. Art. 1.999. Sempre que houver ao regressiva de uns contra outros herdeiros, a parte do co-herdeiro insolvente dividirse- em proporo entre os demais. Art. 2.000. Os legatrios e credores da herana podem exigir que do patrimnio do falecido se discrimine o do herdeiro, e, em concurso com os credores deste, serlhes-o preferidos no pagamento. Art. 2.001. Se o herdeiro for devedor ao esplio, sua dvida ser partilhada igualmente entre todos, salvo se a maioria consentir que o dbito seja imputado inteiramente no quinho do devedor. Captulo IV Da Colao Art. 2.002. Os descendentes que concorrerem sucesso do ascendente comum so obrigados, para igualar as legtimas, a conferir o valor das doaes que dele em vida receberam, sob pena de sonegao. Pargrafo nico. Para clculo da legtima, o valor dos bens conferidos ser computado na parte indisponvel, sem aumentar a disponvel. Art. 1.785. A colao tem por fim igualar as legtimas dos herdeiros. Os bens con552

Art. 2.003. A colao tem por fim igualar, na proporo estabelecida neste Cdigo,
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Quadro Comparativo entre o Novo Cdigo Civil e o Cdigo Civil Anterior Lei no 3.071/1916 feridos no aumentam a metade disponvel. Lei no 10.406/2002 as legtimas dos descendentes e do cnjuge sobrevivente, obrigando tambm os donatrios que, ao tempo do falecimento do doador, j no possurem os bens doados. Pargrafo nico. Se, computados os valores das doaes feitas em adiantamento de legtima, no houver no acervo bens suficientes para igualar as legtimas dos descendentes e do cnjuge, os bens assim doados sero conferidos em espcie, ou, quando deles j no disponha o donatrio, pelo seu valor ao tempo da liberalidade. Art. 1.787. No caso do artigo antecedente, se ao tempo do falecimento do doador, os donatrios j no possurem os bens doados, tero colao o seu valor. Art. 1.792. Os bens doados, ou dotados, imveis, ou mveis, sero conferidos pelo valor certo, ou pela estimao que deles houver sido feita na data da doao. 1o Se do ato de doao ou do dote, no constar o valor certo, nem houver estimao feita naquela poca, os bens sero conferidos na partilha pelo que ento se calcular valessem ao tempo daqueles atos. 2o S o valor dos bens doados ou dotados entrar em colao; no assim o das benfeitorias acrescidas, as quais pertencero ao herdeiro donatrio, correndo tambm por conta deste os danos e perdas, que eles sofrerem. Art. 1.788. So dispensados da colao os dotes ou as doaes que o doador determinar que saiam de sua metade,
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Art. 2.004. O valor de colao dos bens doados ser aquele, certo ou estimativo, que lhes atribuir o ato de liberalidade. 1o Se do ato de doao no constar valor certo, nem houver estimao feita naquela poca, os bens sero conferidos na partilha pelo que ento se calcular valessem ao tempo da liberalidade. 2o S o valor dos bens doados entrar em colao; no assim o das benfeitorias acrescidas, as quais pertencero ao herdeiro donatrio, correndo tambm conta deste os rendimentos ou lucros, assim como os danos e perdas que eles sofrerem. Art. 2.005. So dispensadas da colao as doaes que o doador determinar saiam da parte disponvel, contanto que no
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Quadro Comparativo entre o Novo Cdigo Civil e o Cdigo Civil Anterior Lei no 3.071/1916 contanto que no excedam, computado o seu valor ao tempo da doao. Lei no 10.406/2002 a excedam, computado o seu valor ao tempo da doao. Pargrafo nico. Presume-se imputada na parte disponvel a liberalidade feita a descendente que, ao tempo do ato, no seria chamado sucesso na qualidade de herdeiro necessrio. Art. 1.789. A dispensa de colao pode ser outorgada pelo doador, ou dotador, em testamento, ou no prprio ttulo da liberalidade. Art. 2.006. A dispensa da colao pode ser outorgada pelo doador em testamento, ou no prprio ttulo de liberalidade. Art. 2.007. So sujeitas reduo as doaes em que se apurar excesso quanto ao que o doador poderia dispor, no momento da liberalidade. 1o O excesso ser apurado com base no valor que os bens doados tinham, no momento da liberalidade. 2o A reduo da liberalidade far-se- pela restituio ao monte do excesso assim apurado; a restituio ser em espcie, ou, se no mais existir o bem em poder do donatrio, em dinheiro, segundo o seu valor ao tempo da abertura da sucesso, observadas, no que forem aplicveis, as regras deste Cdigo sobre a reduo das disposies testamentrias. 3o Sujeita-se a reduo, nos termos do pargrafo antecedente, a parte da doao feita a herdeiros necessrios que exceder a legtima e mais a quota disponvel. 4o Sendo vrias as doaes a herdeiros necessrios, feitas em diferentes datas, sero elas reduzidas a partir da ltima, at a eliminao do excesso.
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Quadro Comparativo entre o Novo Cdigo Civil e o Cdigo Civil Anterior Lei no 3.071/1916 Art. 1.790. O que renunciou herana, ou dela foi excludo, deve, no obstante, conferir as doaes recebidas, para o fim de repor a parte inoficiosa. Pargrafo nico. Considera-se inoficiosa a parte da doao, ou do dote, que exceder a legtima e mais a metade disponvel. Art. 1.791. Quando os netos, representando os seus pais, sucederem aos avs, sero obrigados a trazer colao, ainda que o no hajam herdado, o que os pais teriam de conferir. Art. 1.793. No viro tambm colao os gastos ordinrios do ascendente com o descendente, enquanto menor, na sua educao, estudos, sustento, vesturio, tratamento nas enfermidades, enxoval e despesas de casamento e livramento em processo-crime, de que tenha sido absolvido. Art. 1.794. As doaes remuneratrias de servios feitos ao ascendente tambm no esto sujeitas colao. Art. 1.795. Sendo feita a doao por ambos os cnjuges, no inventrio de cada um se conferir por metade. Captulo II Da Partilha Art. 1.772. O herdeiro pode requerer a partilha, embora lhe seja defeso pelo testador. 2o No obsta partilha o estar um ou mais herdeiros na posse de certos bens do esplio, salvo se da morte do proprietrio houver decorrido vinte anos.
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Lei no 10.406/2002 Art. 2.008. Aquele que renunciou a herana ou dela foi excludo, deve, no obstante, conferir as doaes recebidas, para o fim de repor o que exceder o disponvel.

Art. 2.009. Quando os netos, representando os seus pais, sucederem aos avs, sero obrigados a trazer colao, ainda que no o hajam herdado, o que os pais teriam de conferir. Art. 2.010. No viro colao os gastos ordinrios do ascendente com o descendente, enquanto menor, na sua educao, estudos, sustento, vesturio, tratamento nas enfermidades, enxoval, assim como as despesas de casamento, ou as feitas no interesse de sua defesa em processo-crime. Art. 2.011. As doaes remuneratrias de servios feitos ao ascendente tambm no esto sujeitas a colao. Art. 2.012. Sendo feita a doao por ambos os cnjuges, no inventrio de cada um se conferir por metade. Captulo V Da Partilha Art. 2.013. O herdeiro pode sempre requerer a partilha, ainda que o testador o proba, cabendo igual faculdade aos seus cessionrios e credores.

Quadro Comparativo entre o Novo Cdigo Civil e o Cdigo Civil Anterior Lei no 3.071/1916 Lei no 10.406/2002 Art. 2.014. Pode o testador indicar os bens e valores que devem compor os quinhes hereditrios, deliberando ele prprio a partilha, que prevalecer, salvo se o valor dos bens no corresponder s quotas estabelecidas. Art. 1.773. Se os herdeiros forem maiores e capazes, podero fazer partilha amigvel, por escritura pblica, termo nos autos do inventrio, ou escrito particular, homologado pelo juiz. Art. 1.774. Ser sempre judicial a partilha, se os herdeiros divergirem, assim como se algum deles for menor, ou incapaz. Art. 1.775. No partilhar dos bens, observar-se-, quanto ao seu valor, natureza e qualidade, a maior igualdade possvel. Art. 1.776. vlida a partilha feita pelo pai, por ato entre vivos ou de ltima vontade, contanto que no prejudique a legtima dos herdeiros necessrios. Art. 1.777. O imvel que no couber no quinho de um s herdeiro, ou no admitir diviso cmoda, ser vendido em hasta pblica, dividindo-se-lhe o preo, exceto se um ou mais herdeiros requererem lhes seja adjudicado, repondo aos outros, em dinheiro, o que sobrar. Art. 2.015. Se os herdeiros forem capazes, podero fazer partilha amigvel, por escritura pblica, termo nos autos do inventrio, ou escrito particular, homologado pelo juiz. Art. 2.016. Ser sempre judicial a partilha, se os herdeiros divergirem, assim como se algum deles for incapaz. Art. 2.017. No partilhar os bens, observar-se-, quanto ao seu valor, natureza e qualidade, a maior igualdade possvel. Art. 2.018. vlida a partilha feita por ascendente, por ato entre vivos ou de ltima vontade, contanto que no prejudique a legtima dos herdeiros necessrios. Art. 2.019. Os bens insuscetveis de diviso cmoda, que no couberem na meao do cnjuge sobrevivente ou no quinho de um s herdeiro, sero vendidos judicialmente, partilhando-se o valor apurado, a no ser que haja acordo para serem adjudicados a todos. 1o No se far a venda judicial se o cnjuge sobrevivente ou um ou mais herdeiros requererem lhes seja adjudicado o bem, repondo aos outros, em dinheiro, a diferena, aps avaliao atualizada. 2o Se a adjudicao for requerida por mais de um herdeiro, observar-se- o processo da licitao.
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Quadro Comparativo entre o Novo Cdigo Civil e o Cdigo Civil Anterior Lei no 3.071/1916 Art. 1.778. Os herdeiros em posse dos bens da herana, o cabea-de-casal e o inventariante so obrigados a trazer ao acervo os frutos que, desde a abertura da sucesso, perceberam, tm direito ao reembolso das despesas necessrias e teis, que fizeram, e respondem pelo dano, a que, por dolo, ou culpa, deram causa. Art. 1.779. Quando parte da herana consistir em bens remotos do lugar do inventrio, litigiosos, ou de liquidao morosa, ou difcil, poder proceder-se, no prazo legal, partilha dos outros, reservando-se aqueles para uma ou mais sobrepartilhas, sob a guarda e administrao do mesmo, ou diverso inventariante, a aprazimento da maioria dos herdeiros. Art. 1.779. Quando parte da herana consistir em bens remotos do lugar do inventrio, litigiosos, ou de liquidao morosa, ou difcil, poder proceder-se, no prazo legal, partilha dos outros, reservando-se aqueles para uma ou mais sobrepartilhas, sob a guarda e administrao do mesmo, ou diverso inventariante, a aprazimento da maioria dos herdeiros. Captulo VI Da Garantia dos Quinhes Hereditrios Art. 1.801. Julgada a partilha, fica o direito de cada um dos herdeiros circunscrito aos bens do seu quinho. Art. 1.802. Os co-herdeiros so reciprocamente obrigados a indenizar-se, no caso de evico, dos bens aquinnhoados. Art. 1.803. Cessa essa obrigao mtua, havendo conveno em contrrio, e bem
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Lei no 10.406/2002 Art. 2.020. Os herdeiros em posse dos bens da herana, o cnjuge sobrevivente e o inventariante so obrigados a trazer ao acervo os frutos que perceberam, desde a abertura da sucesso; tm direito ao reembolso das despesas necessrias e teis que fizeram, e respondem pelo dano a que, por dolo ou culpa, deram causa. Art. 2.021. Quando parte da herana consistir em bens remotos do lugar do inventrio, litigiosos, ou de liquidao morosa ou difcil, poder proceder-se, no prazo legal, partilha dos outros, reservando-se aqueles para uma ou mais sobrepartilhas, sob a guarda e a administrao do mesmo ou diverso inventariante, e consentimento da maioria dos herdeiros. Art. 2.022. Ficam sujeitos a sobrepartilha os bens sonegados e quaisquer outros bens da herana de que se tiver cincia aps a partilha.

Captulo VI Da Garantia dos Quinhes Hereditrios Art. 2.023. Julgada a partilha, fica o direito de cada um dos herdeiros circunscrito aos bens do seu quinho. Art. 2.024. Os co-herdeiros so reciprocamente obrigados a indenizar-se no caso de evico dos bens aquinhoados. Art. 2.025. Cessa a obrigao mtua estabelecida no artigo antecedente, ha557

Quadro Comparativo entre o Novo Cdigo Civil e o Cdigo Civil Anterior Lei no 3.071/1916 assim dando-se a evico por culpa do evicto, ou por fato posterior partilha. Art. 1.804. O evicto ser indenizado pelos co-herdeiros na proporo de suas quotas hereditrias; mas, se algum deles se achar insolvente, respondero os demais, na mesma proporo, pela parte desse, menos a quota que corresponderia ao indenizado. Captulo VII Da Nulidade da Partilha Art. 1.805. A partilha, uma vez feita e julgada, s anulvel pelos vcios e defeitos que invalidam, em geral, os atos jurdicos. Lei no 10.406/2002 vendo conveno em contrrio, e bem assim dando-se a evico por culpa do evicto, ou por fato posterior partilha. Art. 2.026. O evicto ser indenizado pelos co-herdeiros na proporo de suas quotas hereditrias, mas, se algum deles se achar insolvente, respondero os demais na mesma proporo, pela parte desse, menos a quota que corresponderia ao indenizado. Captulo VII Da Anulao da Partilha Art. 2.027. A partilha, uma vez feita e julgada, s anulvel pelos vcios e defeitos que invalidam, em geral, os negcios jurdicos. Pargrafo nico. Extingue-se em um ano o direito de anular a partilha. Livro Complementar Das Disposies Finais e Transitrias Disposies Finais Art. 2.028. Sero os da lei anterior os prazos, quando reduzidos por este Cdigo, e se, na data de sua entrada em vigor, j houver transcorrido mais da metade do tempo estabelecido na lei revogada. Art. 2.029. At dois anos aps a entrada em vigor deste Cdigo, os prazos estabelecidos no pargrafo nico do art. 1.238 e no pargrafo nico do art. 1.242 sero acrescidos de dois anos, qualquer que seja o tempo transcorrido na vigncia do anterior, Lei no 3.071, de 1o de janeiro de 1916.
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Quadro Comparativo entre o Novo Cdigo Civil e o Cdigo Civil Anterior Lei no 3.071/1916 Lei no 10.406/2002 Art. 2.030. O acrscimo de que trata o artigo antecedente, ser feito nos casos a que se refere o 4o do art. 1.228. Art. 2.031. As associaes, sociedades e fundaes, constitudas na forma das leis anteriores, tero o prazo de um ano para se adaptarem s disposies deste Cdigo, a partir de sua vigncia; igual prazo concedido aos empresrios. Art. 2.032. As fundaes, institudas segundo a legislao anterior, inclusive as de fins diversos dos previstos no pargrafo nico do art. 62, subordinam-se, quanto ao seu funcionamento, ao disposto neste Cdigo. Art. 2.033. Salvo o disposto em lei especial, as modificaes dos atos constitutivos das pessoas jurdicas referidas no art. 44, bem como a sua transformao, incorporao, ciso ou fuso, regem-se desde logo por este Cdigo. Art. 2.034. A dissoluo e a liquidao das pessoas jurdicas referidas no artigo antecedente, quando iniciadas antes da vigncia deste Cdigo, obedecero ao disposto nas leis anteriores. Art. 2.035. A validade dos negcios e demais atos jurdicos, constitudos antes da entrada em vigor deste Cdigo, obedece ao disposto nas leis anteriores, referidas no art. 2.045, mas os seus efeitos, produzidos aps a vigncia deste Cdigo, aos preceitos dele se subordinam, salvo se houver sido prevista pelas partes determinada forma de execuo. Pargrafo nico. Nenhuma conveno prevalecer se contrariar preceitos de orCdigo Civil Comparado 559

Quadro Comparativo entre o Novo Cdigo Civil e o Cdigo Civil Anterior Lei no 3.071/1916 Lei no 10.406/2002 dem pblica, tais como os estabelecidos por este Cdigo para assegurar a funo social da propriedade e dos contratos. Art. 2.036. A locao de prdio urbano, que esteja sujeita lei especial, por esta continua a ser regida. Art. 2.037. Salvo disposio em contrrio, aplicam-se aos empresrios e sociedades empresrias as disposies de lei no revogadas por este Cdigo, referentes a comerciantes, ou a sociedades comerciais, bem como a atividades mercantis. Art. 2.038. Fica proibida a constituio de enfiteuses e subenfiteuses, subordinando-se as existentes, at sua extino, s disposies do Cdigo Civil anterior, Lei no 3.071, de 1o de janeiro de 1916, e leis posteriores. 1o Nos aforamentos a que se refere este artigo defeso: I cobrar laudmio ou prestao anloga nas transmisses de bem aforado, sobre o valor das construes ou plantaes; II constituir subenfiteuse. 2o A enfiteuse dos terrenos de marinha e acrescidos regula-se por lei especial. Art. 2.039. O regime de bens nos casamentos celebrados na vigncia do Cdigo Civil anterior, Lei no 3.071, de 1o de janeiro de 1916, o por ele estabelecido. Art. 2.040. A hipoteca legal dos bens do tutor ou curador, inscrita em conformidade com o inciso IV do art. 827 do Cdigo Civil anterior, Lei no 3.071, de 1o de janeiro de 1916, poder ser cancelada, obedecido o disposto no pargrafo nico do art. 1.745 deste Cdigo.
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Quadro Comparativo entre o Novo Cdigo Civil e o Cdigo Civil Anterior Lei no 3.071/1916 Lei no 10.406/2002 Art. 2.041. As disposies deste Cdigo relativas ordem da vocao hereditria (arts. 1.829 a 1.844) no se aplicam sucesso aberta antes de sua vigncia, prevalecendo o disposto na lei anterior (Lei no 3.071, de 1o de janeiro de 1916). Art. 2.042. Aplica-se o disposto no caput do art. 1.848, quando aberta a sucesso no prazo de um ano aps a entrada em vigor deste Cdigo, ainda que o testamento tenha sido feito na vigncia do anterior, Lei no 3.071, de 1o de janeiro de 1916; se, no prazo, o testador no aditar o testamento para declarar a justa causa de clusula aposta legtima, no subsistir a restrio. Art. 2.043. At que por outra forma se disciplinem, continuam em vigor as disposies de natureza processual, administrativa ou penal, constantes de leis cujos preceitos de natureza civil hajam sido incorporados a este Cdigo. Art. 1.806. O Cdigo Civil entrar em vigor no dia 1o de janeiro de 1917. Art. 1.807 Art. 2.044. Este Cdigo entrar em vigor 1 (um) ano aps a sua publicao. Art. 2.045. Revogam-se a Lei no 3.071, de 1o de janeiro de 1916 Cdigo Civil e a Parte Primeira do Cdigo Comercial, Lei no 556, de 25 de junho de 1850. Art. 2.046. Todas as remisses, em diplomas legislativos, aos Cdigos referidos no artigo antecedente, consideram-se feitas s disposies correspondentes deste Cdigo. Braslia, 10 de janeiro de 2002; 181o da Independncia e 114o da Repblica. FERNANDO HENRIQUE CARDOSO Aloysio Nunes Ferreira Filho
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