A Vila de Salvaterra de Magos - 2 Edição
A Vila de Salvaterra de Magos - 2 Edição
A Vila de Salvaterra de Magos - 2 Edição
RECORDAR, RECONSTUIR!..
TAMBM
Documentos para a Histria do Patrimnio: Geogrfico, Monumental, Cultural, Social, Politico, Econmico e Desportivo Sc. XIII Sc. XIX
2 Edio
SALVATERRA DE MAGOS
A TOPONOMIA DA VILA
RECORDAR, RECONSTUIR!..
TAMBM
Documentos para a Histria do Patrimnio: Geogrfico, Monumental, Cultural, Social, Politico, Econmico e Desportivo Sc. XIII Sc. XIX
2 Edio
SALVATERRA DE MAGOS
5 Em Portugal, as grandes localidades, depressa adoptaram este simbolismo, nos seus espaos habitados, sobressaindo as ruas e praas. A vila de Salvaterra de Magos, durante muitos sculos esteve confinada a pouco mais de 7 ruas e alguns largos - espaos vazios de moradias, onde as propriedades da casa real, ficavam na orla dessas vias de trnsito pblico. nomes terem ligados nomes de O povo dava grande religio santos, catlica, como: da importncia, conotao toponmica, com algumas das ruas de Salvaterra de Magos, Santo Antnio e So Paulo. Com o decorrer do tempo, geraes ainda existem, que falam, to embevecidos da sua rua, por nelas considerarem a sua habitao, ou o seu nascimento, ligando-as sua entidade pessoal. Por imperativos do terramoto de 1909, a vila de Salvaterra de
6 Magos, teve de alargar o seu espao urbano e, depressa abarcou outras identificaes para as suas novas artrias, j ento concludas no novo regime republicano, acabado de surgir no pas, em 1910. Nos ltimos anos a toponmia da vila, sofreu grande transformao, pois foram substitudos nomes, que duravam sculos. O factor poltico, deu alento aos autarcas que foram passando pelo municpio, para uma outra mudana, foi a revoluo dos cravos, em 25 de Abril de 1974, pois at a as mudanas eram quase inexistentes. As placas toponmicas, de ferro esmaltado a azul, do incio do sculo XX, e as mais recentes em pedra, colocadas nas ruas da vila, omitem juntando ao nome, um pequeno dado biogrfico do escolhido, alis uma norma que se v nas grandes cidades e, aqui em Salvaterra de Magos, tem sido descurado, e seria a melhor maneira de dar
7 a conhecer, perpetuando a vida e obra do homenageado, desta terra. Assim, nesta segunda edio, foi aproveitado para rever a anterior, publicada em 2007, aumentando o que por ventura se tornou possivel actualizar, a alm falta de de pretender-se da toponnia remediar especialmente dos filhos
Maro: 2010
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ajudavam na cura da doena da edropsia. Com tantos atributos, e com as regalias que lhe foram concedidos ao longo dos sculos, esta vila tinha grande peso na economia de Portugal. A prpria legislao fiscal de 1455, de D. Joo V, decerto veio acrescentar influncia teve no seu alargamento urbanistico, tal como os outros Forais de D. Manuel I e D. Fernando. A existncia do pao real na vila, trazia-lhe grande movimento, mesmo atravs da sangria de guas que sendo aberta com empenho real, veio a receber o nome de vala real. Depressa atraiu a corte e aqui foi construdo um pequeno pao real, que para a poca tambm teve uma reserva de Coutada, onde a Falcoaria era uma forma de passarem aqui longos dias, especialmente na Primavera. Aquela, e a Casa da pera mais tarde, tambm ocupavam a realeza e seus convidados estrangeiros. O seu perimetro urbano, confinava-se apenas a uma povoao que tinha sete ruas, situao que durou sculos; Rua S. Antnio, Rua Direita, Rua S. Paulo, Rua do Pinheiro, Rua de gua e Rua do Calvrio. Todas elas, vinham para sul, em direco Igreja Matriz. A Rua do Arneiro, um pouco mais afastada para poente. A Rua do Calvrio, tinha l no seu fundo uma grande cruz de pedra, enquanto a Rua do Pinheiro, teve o seu nome devido existncia de uma rvore, daquele tipo, isolada das que se encontravam encostradas no matagal da vila.
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No sc. XVIII, a Gazeta de Lisboa, no s tratava de informar os seus leitores, do dia-a-dia dos despachos da chancelaria rgia, como periodicamente dava conta das novidades do que se passava l fora, mesmo na toponmica de uma pequena urbe na Holanda. Os estrangeiros, que visitavam Portugal, e por aqui paravam em Salvaterra, a convite da corte, assistindo s caadas e brincos de toiros, no deixavam de dar novidades, nos momentos de convivio de sala do que se ia passando na Europa, onde a autorizao de nomes de pessoas nas ruas das grandes e pequenas povoaes, era uma prtica para melhor serem identificadas as familias ali moradoras. Os que tinham morrido hericamente em batalhas, e aqueles que se salientavam na cultura, ou mesmo que tivessem praticado um acto de filantropia, podiam passar a ter o seu nome guardado para sempre numa rua, normalmente na terra, onde nasceram. Em Portugal, segundo um mapa de 1788, d conta que das suas primitivas sete ruas, trs continuam com nomes de santos S. Antnio/ou rua de Baixo, Rua de S. Paulo e Largo de S. Sebastio, esta tinha um pequeno Hospital. Nesta geografia da vila, mostra uma urbanizao com novos arruamentos - Rua Jogo da Bola, Azinhaga das Oliveiras, Rua das Cozinhas, Trav. Forno Vidro, Trav. do Secretrio e Rua de Monturos. Esta ltima dava acesso a um vazedouro pblico, no topo da vila.
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Em 1883, foi aberta (melhorada), a estrada da Ponte da Peteja Palhota, na distncia de 578,81 m, cujo processo data de 10 de Maro daquele ano. Este grande caminho, deu origem mais tarde, a partir da Capela da Misericrdia, avenida que recebeu o nome Jos Luis Brito Seabra. Em 1890, com vrias obras na vila, foi construdo um novo jardim pblico, murado com vedao em ferro, junto foi construdo um espao para mercado dirio de venda de frutas, hortalias e peixe fresco. O Pelourinho em pedra, existente naquele lugar foi retirado. Melhorado o recinto do Fontenrio, que desde sculos recebia o nome da rua ali prxima S. Antnio. Aproveitando a gua, que sobrava da sua corrente constante, esta passou a ser enviada a cu aberto, atravs de uma calha de telhas, pela Trav. do Secretrio, para um grande Tanque em pedra de lioz, que passou a bebedouro de manadas de gado que passavam na vila. Ao largo envolvente do Jardim, com a cmara a norte e a capela a sul, foi dado o nome Dr. Oliveira Feijo (1) Quando do terramoto de 1909, tendo a vila de Salvaterra de Magos, sofrido graves danificaes nas suas moradias, muita da populao foi alojada em barracas, situao que durou muitos meses. Por empenho do lavrador,Gaspar da Costa Ramalho, benemrito de Salvaterra de Magos, que agregando numa grande campanha de solidariedade um vasto
(1) Mdico e lavradador na zona de Santarm, visitava Salvaterra com assiduedade, nas festas das ferras de gado, nesta vila. * In A
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Freguesia da Vrgea (Concelho de Santarm) * Pg 285 / 289 * Antnio Miguel Ascenso Nunes (Jos Vargeano) 2005
grupo de outros cidados da terra, passando a apoiar aquela gente carenciada de bens. Feita nova urnanizao, novas ruas tiveram os toponmos - Rua Nova de S. Paulo, Rua Trs-daIgreja, Rua Marqus de Pombal, Rua Conde de Arcos (estes ltimos protagonistas no romance de Rebelo da Silva), e Dr. Gregrio Fernandes, mdico cirurgio, nascido em Salvaterra de Magos, que ocupou uma artria j conhecida como Rua do Hospital, pois o desaparecido, em 1909, ficava ali muito prximo, no Largo S. Sebastio. Uma grande Horta, foi aberta, para alimentar a populao carenciada, tendo com o decorrer dos anos o povo a conhec-la pela Horta do Sopas, nome do seu primeiro hortelo. Em 1910, institudo o regime republicano, em Portugal, os novos administradores municipais, logo se apressaram a substituir muitos dos nomes existentes, por pessoas que se destacaram na implantao do novo sistema politico. Chapas toponimicas, de esmalte azul com as letras em branco, passaram a ser uma norma no pas, tambm em Salvaterra de Magos, tiveram lugar. Em 1913, a vila tinha um novo hospital e uma escola primria construda, sob a responsabilidade do jornal O Sculo, e em 1920, um grupo de entusiastas da festa brava, construiu uma praa de toiros, que depois ofereceu tambm
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Misericordia, local, tal como j tinha feito Gaspar Costa Ramalho, com o hospital. Existindo ao fundo da rua do Calvrio, um grande Cruzeiro, cuja cruz foi removida para o cemitrio local, por volta de 1920. Naquele grande caminho. em 1945, um grande envestimento em Salvaterra, foram iniciadas, os grandes canteiros para relva e flores, e rvores em fila, de ambos os lados, contemplavam os seus cerca de 900 metros de comprimento. Recebeu o toponimo de Avenida: Vicente Lucas de Aguiar, antigo presidente da cmara municipal, que aps a sua morte foi enterrado no cemitrio existente junto da capela real. A avenida passou a ser a via de maior transito e, na sua entrada o ex-libris, Praa de Toiros, uma construo emblemtica da vila. Logo aps a revoluo de Abril de 1974, e com a mudana de alguns nomes nas ruas, a avenida passou a ser conhecida por: Dr. Roberto Ferreira da Fonseca, distinto mdico, nascido em Salvaterra e, seu presidente da cmara municipal, por duas vezes. As ruas passaram a ostentar; Dr. Machado Santos, Dr. Miguel Bombarda, Alm. Candido dos Reis. A nova Rua Conde dos Arcos, depressa passou a Rua Elias Garcia. A Rua da Azinhaga, teve o nome de Manuel Arriaga, mas por pouco tempo, foi substitudo pelo salvaterrense, Porfirio Neves da Silva, que foi lavrador e antigo presidente da cmara municipal. No Largo S. Sebastio, que at ao terramoto existia um pequeno hospiral, o grande espao recebeu uma urbanizao, e em 1936/37, ali foram construidos um Fontanrio e uma Escola. As ruas paralelas, passaram a ter os toponmos: Jos Luis
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Seabra, h muito construda, e Dr. Antnio Ferrerira Roquette, esta sendo de pequeno curso, era avenida, memorizava um membro da genelogia do 1 Baro de Salvaterra. Por volta de 1945, numa pequena rua, que liga a Rua Luis de Cames (Rua Direita), com a Cndido dos Reis (Rua de Baixo) colocado o toponmo Trav. do Forno. Seria uma lembrana do forno, de po, que ali existiu, e que vinha de sculos e tinha deixado de laborar. Em memria dos portugueses que tombaram no conflito da I guerra mundial (1914 - 1918). Com o decorrer dos anos tem sido abreviado com o nome Largo dos Combatentes. Com as homenagens nacionais, atribudas ao Alm. Gago Coutinho, a Rua do Charco, junto Horta do Sopas, passou a ter o nome deste heri nacional, no campo da aviao. Em 1788, era uma abertura de arruamento, o Matadouro, estava ali perto, entroncava em ruas, que a levam a norte, Roda dos Enjeitados e Fonte do Arneiro. Dois sculos depois, recebeu o nome Rua Martires da Ptria, pois era conhecida por Rua da familia do Jos Monteiro. Dali estava o acesso a pequenas construes de casas, onde familias carenciadas viviam os Quartos da vila. Mais de meio sculo volvido, em 1974, com a revoluo dos capites de Abril, novas mudanas foram operadas. A Rua de gua, passou a ter o nome de, Joo Antnio Ramalho Almeida, o nome do Gen. Humberto Delgado, substituiu Porfirio Neves da Silva. O vereador da cultura epoca, Joaquim Mrio Anto, teve grande influncia nestas decises, como tambm na Rua Padre Cruz, que inicia a entrada ao bairro do Pinhal da Vila. A E.N.118,
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que na primeira metade do sculo XX, passou a dividir a vila, na parte mais a sul, onde j exstia o cemitrio da freguesia, construdo em 1885, por fora das novas leis, que terminaram com os registos paroquiais. Esta grande via de transito, mesmo em frente praa de toiros, volta na volta, alvo de obras, pois ali a entrada da vila. O espao alterado com arranjos urbansticos desde 1945, data do seu primeiro embelezamento, pois um terreno apetecvel para os autarcas locais, darem nas vistas! Entre muitas outras, j l foram construdas zonas ajardinadas separadoras de trnsito, um sistema elctrico de semforos, cpia do que se usava em todo o pas, na preveno dos acidentes rodovirios. Em 1996, um novo estudo, pedido por Dr. Jos Gameiro dos Santos, presidente da cmara, ao arquitecto Flvio Barbini, tcnico italiano, ao servio so municipio, levava construo de duas placas separadoras de trnsito, o que mostraria duas fontes artificiais. De inicio o povo lhe chamou as tijelas da cmara.Tempos depois, a nova presidente, Ana Ribeiro, d ao local nova urbanizao Uma retunda, com uma decorao emblemtica do Ribatejo. Um campino, cavalo e touro. Foi inaugurada em 18 de Outubro de 2002, com festejos. Algumas da ruelas, como as travessas de Joo Gomes, Bilbau e das Amoreiras, sendo muitas antigas na toponimia de Salvaterra, pouco ou nada existe dando conta da sua origem na vila. A Rua Conde dos Arcos, esteve pouco tempo, dando lugar a Elias Garcia. A rua em frente ao novo edificio hospitalar, inaugurado na avenida principal da vila, ficou com o seu nome. A Trav. do Secretrio, deve ter recebido este topnimo,
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julga-se ter existido ao alguma naquela quarteiro manuelino, alguma instalao do pao real.
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A TOPONOMIA,
ORIGEM
DA
SANTO ANTNIO
Santo Antnio de Lisboa, nasceu em Lisboa a 15 de Agosto de 1191 1195?, de sobrenome incerto
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mas batizado como Fernando S. Antnio de Pdua 13 de Junho de 1231. Foi conhecido com um doutor da Igreja que viveu na viragem dos sc. XII e XIII. Primeiramente foi frade Agostiniano, no Covento de So Vicente de Fora, em Lisboa, indo posteriormente para o Convento de Santa Cruz, em Coimbra, onde aprofundou os seus estudos religiosos atravs da leitura da Biblia e da leitura Patristica, cientifica e clssica. Tornou-se Franciscano em 1220, viajando muito,viveu inicialmente em Portugal, depois na Itlia e na Frana. No ano de 1221 fez parte do Capitulo Geral da Ordem de Assis a convite do prprio Francisco o fundador, que o convidou tambm a pregar contra ao Albigenses em Frana. Foi transferido para Bolonha e de seguida para Pdua, onde morreu aos 36 (ou 40) anos. A sua fama de santidade levou-o a ser canonizado pela Igreja Catlica, pouco depois de falecer. Enquanto vivo, sendo vasto o seu conhecimento, depois de canonizado, tanto em Portugal como em Itlia, tem muitos devotos, especialmente em Lisboa, como seu padroeiro e casamenteiro, pois os seus devotos acreditam serem por ele abenoados. Em Portugal, muitas cidades e vilas, no sc.XIII, usaram a sua toponimia Salvaterra de Magos, tambm o fez, numa das suas primeiras ruas. ****************
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guarda-marinha, tendo sido alvo de promoes desde que iniciou a sua carreira como voluntrio, aos 17 anos de idade. Deixou a marinha, reformado em Julho de 1909, tendo recebido a condecorao de Grau de Oficial de da Ordem de Avis e a de Cavaleiro da Torre e Espada pelos feitos ao longo da sua carreira de militar. Foi desde muito novo um adepto republicano, tendo participado contra o regime monarquico e dado contributo Carbonria e da ideologia anticlerical. Como politico, no foi tanto propagandista, mas destacou-se como conspirador, embora tenho sido eleito como deputado republicano em 1910, esteve no golpe que fracassou em 28 de Janeiro de 1908. Esteve inactivo um periodo de tempo, voltou luta como organizador da revolta de 5 de Outubro de 1910. Aps vrias esitaes, o golpe acabou por triunfar., dando origem ao novo regime republicano.
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RUA LUIS DE CAMES (Rua Direita) Desde o sc. XIII, nas primeiras sete ruas que a vila de Salvaterra de Magos tinha, a rua Direita, era uma artria, que saindo numa construo recta desde a vala real/capela da misericrdia at Igreja Matriz, lhe dava o nome. No sc. XX, foi substitudo o seu nome pelo toponmo de Luis de Cames. Este estava no prolongamento da Rua Marqus de Pombal, que passou a us-lo por inteiro. ***********
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Pouco se sabe com certeza sobre a sua vida. Aparentemente nasceu em Lisboa, a data do seu nascimento incerta (10 de Junho 1580?). Filho de uma famlia da pequena nobreza. Sobre a sua infncia tudo conjetura mas, ainda jovem, ter recebido uma slida educao nos moldes clssicos, dominando o latim e conhecendo a literatura. Consta que estudou na Universidade de Coimbra. A sua passagem pela escola no documentada. Frequentou a corte de D. Joo III, onde iniciou a sua carreira como poeta lrico e envolveu-se, como narra a tradio, em amores com damas da nobreza e possivelmente plebeias, alm de levar uma vida bomia e turbulenta. Dizse que, por conta de um amor frustrado, se autoexilou em frica alistado como militar, onde perdeu um olho em batalha. Voltando a Portugal, feriu um servo do Pao e foi preso. Perdoado, partiu para o Oriente. Passando l vrios anos, enfrentou uma srie de adversidades, foi preso vrias vezes, combateu ao lado das foras portuguesas e escreveu a sua obra mais
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conhecida, Os Lusadas tendo-a publicado de volta ptria.Recebeu uma pequena penso do rei D. Sebastio, pelos servios prestados Coroa, mas nos seus anos finais parece ter enfrentado dificuldades para se manter. Logo aps
a sua morte a sua obra lrica foi reunida numa coletnea Rimas, tendo tambm deixado obras de teatro cmico. Enquanto viveu queixou-se vrias vezes de alegadas injustias que sofrera, e da escassa ateno que a sua obra recebia, mas pouco depois de falecer a sua poesia comeou a ser reconhecida como valiosa e de alto padro esttico por vrios nomes importantes da literatura europeia, ganhando prestgio sempre crescente entre o pblico e os conhecedores e influenciando geraes de poetas em vrios pases. Luis de
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Cames foi um renovador da lngua portuguesa e fixou-lhe um duradouro cnone; tornou-se um dos mais fortes smbolos de identidade da sua ptria e uma referncia para toda a comunidade lusfona internacional. Hoje a sua fama est solidamente estabelecida e considerado um dos grandes vultos literrios da tradio ocidental, sendo traduzido para vrias lnguas e tornando-se objeto de uma vasta quantidade de estudos crticos
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RUA MACHADO SANTOS ( Rua S. Paulo)
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Saulo de Tarso, por ter nascido nesta cidade, era cidado romano, antes da converso perseguia os primeiros descipulos de Jesus Cristo, em terras de Jerusalm, juntandose aos outros discipulos, foi um dos doze Apstolos do Cristianismo. A sua santidade pela religio catlica, que viveu intensamente e por ela foi mrtir, em Roma, sendo reconhecido pela Igreja como Santo S.Paulo, segundo escritos, foi um dos grandes influentes escritores do cristianismo primitivo, tendo algumas cartas includas no Novo Testamento, que compe a Biblia. No sc. XIII, D. Joo de Soalhes, bispo de Lisboa, um ano depois do rei D. Dinis, 1295, ter atribudo o Foral a Salvaterra, mandou erguer a Igreja Matriz nesta vila. A povoao passou A ter S. Paulo, como rago. ****************
MACHADO SANTOS
Antnio Maria de Azevedo Machado dos Santos/ ou Antnio Machado Santos, Nasceu em Lisboa a 10 de Janeiro de 1875 faleceu a 19 de Outubro de 1921, foi militar e politico. Considerado um dos fundadores da
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Repblica Portuguesa, pelo empenho com que se bateu na Revoluo de 5 de Outubro de 1910. Ainda antes j se tinha juntado Carbonria.afirmando-se como um conspirador inveterado. Presente em todos movimentos conspitarivos que procederam queda do regime monrquico, distinguindio-se na Revolta de 28 de Janeiro de 1908. Sendo jovem e de aspecto romntico, exerceu um importante papel de coordenao operacional do movimento revolucionrio de 5 de Outubro de 1910, A imprensa, catapultou-o para o papel de heri da Rotunda e pai da Repblica. A sua incontestvel heroicidade, principalmente quando organizou e manteve, perante o aparente fracasso da revoluo, a resistncia no alto da avenida da Liberdade,est bem patente nos relatos da poca e no seu prprio relatrio dos acontecimentos. J no regime republicano, foi eleito Assembleia Constituinte de 1911, sendo dos primeiros a manifestar sinais de desencanto face ao andamento da poltica na Repblica, a qual se afastava rapidamente dos ideais de pureza republicana dos seus defensores iniciais. Fundou ento o jornal O Intransigente, que dirige, no qual expressa o seu desencanto. Entrou
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em vrias revoltas, mesmo dentro do regime que ajudou a instituir e ajudou Sidnio Pais, ao poder. Em 1919, durante a Monarquia do Norte, voltou a salvar o regime republicano, contra um grupo de revoltosos acampados na Serra de Monsanto.
Foi feito Grande-Oficial da Ordem de Avis, em 11 de Maro. Antes de se retirar da vida politica, lana o Partido da Federao Republicana, onde pretende continuar a sua interveno civica/politica. Morre assassinado na noite de 19 de Outubro de 1921, vitima dos seus pares, que to longamente se devotara. Foi vice-almirante, agraciado com a GrCruz. ++ + + +
RUA MIGUEL BOMBARDA (Dr) (Rua do Pinheiro) Naquela zona onde se viria erguer o Pao Real, no inicio
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da povoao de Salvaterra de Magos, para sul, eram visveis mato e pinhal. Havia uma pequena ruela, de serventia s cozinhas, situao, em 1788, ainda registada num mapa. Em transversal iniciava-se uma outra, que no meio, isolado havia um Pinheiro. Este mesmo desaparecido continuou durante sculos a a darlhe o nome as geraes mais antigas, a meados do sc. XX, ainda a identificava como tal.
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MIGUEL BOMBARDA
Nasceu no Rio de Janeiro, em 1851, Estudou em Lisboa, na escola mdico-cirrgicaonde de Lisboa, onde se formou, tendo defendido a tese Delirio das Perseguies. Teve o primeiro emprego, naquela instituio, em 1880, onde lecionou por largos anos a cadeira de fisiologia e histologia, em 1903 passou para a cadeira de fisiologia geral e histologia. Nestas funes deu um importante contributo para a reforma dos estudos mdicos. Colaborou igualmente com instituio, tendo contribudo para a construo do seu edificio, e para aquisio de material cienifico. Dedicou-se especialmente s enfermidades do sistema nervoso, tendopor esse motivo, sido convidado para dirigir o Hospital de Rilhafoles, posio que comeou a ocupar em 1892, tendo reorganizado e melhorado esta instituio, tendo aberto um curso livre de psiquiatria, em 1896. Um curso livre de psiquiatria. Ao longo da sua vida exerceu outros cargos, publicou livros e deixou vrios escritos.
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Na carreira politica, iniciou a actividade em 1908, como deputado, adjudicado a Ferreira do Amaral, ento Presidente do Conselho de tendncias lberais e anticlericais, declarou-se abertamente como republicano, e comeou a colaborar nos planos para uma revoluo para derrubar a Monarquia. No entanto, no prprio dia em que se iniciou a revoluo em 3 de Outubro de 1910, foi assassinado no seu gabinete, no Hospital de Ribafoles, por um doente mental. Uma dcada antes, em 1901, fundou a Junta Liberal, e em 1909, foi membro do Comit Revolucionrio. AV. JOS LUIS DE BRITO SEABRA (Rua do Arneiro) Quando o Foral doado pelo rei D. Dinis, em 1295, nele consta que Salvaterra, tinha sete ruas. Uma delas era a Rua da Azinhaga. No mapa da vila de 1788, esta rua, tinha uma funo escoar as guas das chuvas, para o rio Tejo. Ali, ao lado existe a fonte do Arneiro, cuja nascente de gua vinha dos lados do Convento, e abastecia a populao. A sua construo data de 1711, segundo a data inscrita na frontaria.
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Largo de S. Sebastio, ficou destrudo. Com as obras de limpeza e urbanizao todo aquele espao, desde o Celeiro da Vala/ Rua Jogo da Bola, at ao Palcio da Falcoaria, recebeu o toponmo de Jos Luis de Brito Seabra. Nascendo em Salvaterra de Magos a 30 de Agosto de 1845 e falecendo em Valada, em 27 de Junho de 1893. Cresceu em Salvaterra, junto de sua me, no Palacete que a ela pertencia. Jos Luis Seabra, foi lavrador, ganadero e teve grande actividade na rea do criao de gado bravo, tendo sido scio fundador do real Club Tauromchico Portuguez, criado em 23 de Fevereiro de 1895. No campo politico, teve aco meritria como presidente da cmara municipal de Salvaterra de Magos, e como tal ascendeu a membro da Junta Geral do Distrito de Santarm. Os Seabras do Ribatejo, fazem parte de uma geneologia, que entrou em Portugal, no sc. XII, vindo dos norte de Espanha, cujos progenitores eram conhecidos seabritas.
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as construes de um hospital, uma praa de toiros e um edificio para casa do povo. A feiras anual, realizou-se naqueles terrenos durante muitos anos. O campo de futebol, e a feira, deixaram aquele espao, no inicio da segunda metade do sc. XX, com destino Horta do Loureiro.
QUARTOS DA VILA
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No Mapa de Salvaterra, do ano de 1788, aparece a Trav. do Hospital, uma ruela, dando acesso Rua do Calvrio chegava ao Largo de S. Sebastio, onde havia o pequeno hospital da vila.
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GREGRIO FERNANDES
Nasceu em Salvaterra de Magos, no dia 4 de Janeiro de 1849, na casa onde se encontra uma lpida que, os seus conterrneos, em preito de homenagem, ali mandaram colocar em 1913. Outra homenagem para recordar este vulto da cincia portuguesa, foi feita em 1971, numa proposta do ento vereador da cmara de Salvaterra de Magos, Jos Teodoro Amaro, em atribuir o seu nome, Escola Secundria inaugurada naquele ano. Muito jovem foi para Lisboa, onde fez os primeiros estudos no Colgio de Santo Agostinho. Seguidamente no Porto, fez os preparatrios na Academia Politcnica, voltando a Lisboa, para Escola Mdica, onde concluiu o seu curso, com grande brilho e distino, defendendo tese no ano de 1873, tendo ento 24 anos de idade. Estudioso e inteligente, andou sempre na vanguarda da cincia mdica praticada na poca e, publicou vrios trabalhos, entre os quais, a Patogenia da Febre Traumtica Glaucoma e Recesso do Joelho.
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Este ltimo trabalho relatando uma interveno altamente apreciada, pois foi ele o primeiro cirurgio a realizar em Portugal, mas o seu maior xito foi alcanado em 1892, com uma extraco tero ovariana, operao cirrgica que, nunca at aquela data se tinha feito. Operao, que lhe mereceu os maiores louvores, tanto dos seus colegas portugueses, como do resto da Cincia Mdica Mundial. Semelhantes operaes, feitas em Viana (ustria), Paris e Londres, no lograram to bons resultados. Este ilustre mestre da cincia mdica, que foi incontestavelmente um figura luminria da cirurgia portuguesa desempenhou o cargo de cirurgio extraordinrio do hospital de S. Jos e, foi director da enfermaria de S. Francisco que, tem hoje o seu nome. Acumulou o cargo de delegado de Sade de Lisboa e, o de presidente da Sociedade das Cincias Mdicas. Sob a sua orientao foi
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construdo o Sanatrio de Santa Ana (Parede/Oeiras), para 60 crianas afectadas pela tuberculose ssea. Naquele edifcio tambm foi
construdo um espao para albergar 20 idosos afectados por doenas cardiovasculares, bem como, igual nmero de camas para cancerosos, de harmonia com as prescries testamenteiras da grande benemrita, a sua doente D. Amlia Biester.
No decorrer da construo recebeu grandes dissabores, mas acabou por ver realizada a obra consoante a vontade daquela ilustre senhora. Dotado de grande probidade de carcter moral, aliada a uma bondade sem limites, Gregrio Fernandes, a todos os a que a ele recorriam, sem distino de classes, tratava com a maior solicitude, sem nunca olhar a retribuio. Os pobres em especial, nele encontravam um amigo generoso e prestavel, at porque se privava
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de dias de folga dos seus afazeres em Lisboa, e vinha at Salvaterra, consultar graciosamente os seus conterrneos, at porque se privava dos dias de folga, e todas as quintas-feiras, vinha de Lisboa, at Salvaterra, consultava-os graciosamente. Muitos dos mais ilustres mdicos da sua gerao, como: Sousa Martins, Boaventura Martins Pereira, Serrano, Bombarda e outros, lhe pediam conselho para os casos mais graves dos seus doentes. Este homem, modesto que, foi um espelho de virtudes, faleceu aos 57 anos de idade, no dia 24 de Junho de 1906 na sua casa de Lisboa aps, uma interveno cirrgica. Pena que, a ingratido dos novos tempos em plena democracia - tenha retirado o seu nome do edifcio escolar que, foi inaugurado com o seu nome, nesta vila ribatejana, quando outras terras continuam mantendo o nome daqueles que so suas referncias.
MANUEL DE ARRIAGA
A Azinhaga, era uma das sete vias de comunicao mencionadas na urbanizao da vila.
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No mapa de Salvaterra de magos, do ano de 1788, continuava mencion-la. Aps a impntao em Portugal do regime republicado, os novos autarcas, deram rua o nome de Manuel de Arriaga ( Manuel Jos de Arriaga Brum da Silveira e Peyrelongue). Nasceu na na cidade da Horta, em 8 de Julho de 1840 e faleceu em Lisboa a 5 de Maro de 1917, Foi advogado, professor, escritor e politico. Foi membro destacado do da gerao doutrinria do republicanismo, Grande orador, foi um destacado idelogo do Partido Republicano Portugus. Em 24 de Agosto de 1911, tornou-se o primeiro presidente eleito da Repblica Portuguesa, sucedendo na chefia do estado a Tefilo de Braga. Foi obrigado a demitir-se em 29 de Maio de1915. Com esta situao, tambm em Salvaterra, depressa foi substitudo na toponimia, e deu lugar a Porfirio Neves da Silva, nascido na vila e no seu tempo de lavrador, tinha propriedades em Salvaterra e concelhos vizinhos, o que faziam dele um lavrador rico e respeitado. Tinha sido presidente da cmara municipal EM 1907, no lugar de Administrador Interino, e em vrios anos serviu a Misercicrdia local.
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onde se candidatou s eleies presidenciais. Foi derrotado em 1959, vitima de represlias , pediu asilo politico ao Brasil, estando depois exilado naquele pas. Atrado a uma embuscada, Humberto Delgado foi morto na fronteira espanhola em Vilanueva del Fresno em 13 de Fevereiro de 1965, por um grupo de agentes da Pide, liderados por Rosa Casaco,
O agente Casemiro Monteiro, assassiinou-o, bem como a sua secretria Arajaryr Campos. A Assembleia da Repblica, em 19 de Julho de 1988, decidiu que fosse feita a transladao dos restos mortais de Humberto Delgado para o Panteo nacional. A cerimnia aconteceu em 5 de Outubro de 1990, data que assinalava os 80 anos da implantao da repblica portuguesa e nessa mesma altura o ento General, foi elevado a Marchal a titulo postumo da fora area.
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Naquele ano de 1945, era um dia de Vero, chegou a Salvaterra de Magos, um jovem padre que vinha ocupar o cargo da parquia local. Tinha pouca experincia paroquiana, pois havia deixado o seminrio, onde foi educado sobe as mais rgidas regras usadas nos finais do sc. XIX. O entusiasmo era grande, depressa como pastor, ao servio da sua causa, a Igreja Catlica, apercebeu-se das grandes carncias do seu rebanho, pois a guerra tinha deixado ficar as suas mazelas. O padre Jos Rodrigues Diogo, nascido em Seia (Ourm) l para os lados de Torres Novas, em 1919, foi com algum desespero que viu a forma de viver destas gentes da Lezria
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ribatejana. Os seus 26 anos de idade, deram-lhe muitas foras e com a sua f, comeou a pensar em dar melhores condies de vida s famlias, especialmente do povo rural, que na sua maioria vivia em barracas, num terreno arenoso, junto ao cemitrio da vila e, que nos finais do sc. XIX, ainda pertencia ao pinhal da vila, restos da que foi sua Coutada Real. A fome acompanhada de uma forma de viver, onde as crianas na sua maioria no iam escola, pois eram encaminhadas para os trabalhos do campo, logo nos primeiros anos de vida o trabalho da grade. Em 1947, o padre Jos Diogo, iniciava a sua obra, com a criao do Centro de Assistncia Social que, o governo legaliza atravs de um despacho da secretaria de estado da segurana social. Recebeu de D. Maria Carolina Rebelo de Andrade, a oferta de um edifcio, na rua Cndido dos Reis, onde instalado aquele centro, com a sua creche. Depressa conseguiu o apoio de algumas pessoas castas da terra e, mesmo do concelho, para a oferta de cereais destinados s refeies, que comeou a distribuir, atravs da recm criada Sopa dos Pobres. No entanto o seu grande objectivo era a construo de um bairro social, afim de acabar com as barracas - uma forma de habitao, considerada desumana para as famlias poderem viver com dignidade. Quem se debruar no estudo, da actividade do Centro Paroquial de Bem-estar Social, entidade que sucedeu Sopa dos Pobres, e Centro de
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Assistncia Social, poder encontrar um trabalho de grande humanismo, onde muitos paroquianos colaboraram ao longo dos anos, atravs da Fbrica da Igreja de Salvaterra de Magos. Em 1956, uma nova obra social d os primeiros passos - O Patrimnio dos Pobres. O seu aparecimento, cria um fundo de doaes e legados destinados construo de habitaes sociais na Parquia de Salvaterra de Magos, que veio a comportar 150 casas, em dois bairros a que foram dados os nomes de: S. Paulo. e S. Jos, com rendas de valor social O Lavrador e mdico veterinrio, Jos de Menezes, com sua esposa, Maria de Lurdes Vinagre, naturais da terra, grandes proprietrios, e Manuel da Silva Valente, oferecem terrenos, para to importante obra social. A obra social, do Padre Jos Diogo, chegou ao fim em Salvaterra de Magos, com o arranque dos trabalhos da construo de um moderno edifcio materno-infantil (creche). O autor deste Apontamento, convidado em 1969, pelo padre Diogo para integrar a direco da Fbrica da Igreja (Centro Paroquial), com Refino Morais Andrade, bem sabemos das grandes dificuldade porque passou a direco da Fbrica da Igreja, em levar a bom termo as suas obras em curso. O padre Diogo, viu-se na necessidade de fazer vrias deslocaes ao estrangeiro, para junto das comunidades religiosos e no s, angariar algumas verbas para satisfazer compromissos financeiros assumidos. Em outros projectos esteve
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empenhado, como: A cresche paroquial na vila de Salvaterra de Magos, a construo das Igrejas Foros de Salvaterra, Marinhais, Glria do Ribatejo e Granho. O Escutismo, levou-o a juntar a juventude de Salvaterra, e fazer nascer em 1964, o Agrupamento local.
Anos antes da sua morte, o executivo da cmara municipal, prestou em 1979, justa homenagem a este homem da igreja catlica, que, tudo fez em prol do bem-estar do povo de Salvaterra,. Foi dado o seu nome, a uma nova rua que aberta para acesso aos bairros sociais e Misericrdia da vila. A populao de Foros de Salvaterra, incluindo o lugar da Vrgea Fresca, em preito de homenagem, rogaram-lhe em 27 de Maro de 1989, que aps a sua morte viesse a repousar no cemitrio local, o que aceitou. Aos 77 anos de idade, veio a falecer em Ftima, onde estava recolhido, e foi sepultado em campa rasa no dia 25 de Abril de 1987
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O padre Jos Diogo, que entre outras obras da Igreja, cujo destino era o apoio s familias carenciadas, criou tambm esta Centro Paroquial. Ao comemorar o seu 50 aniversrio entendeu o municpio, atribuir-lhe o galardo mximo do concelho - a Medalha de Mrito Municipal Grau Ouro, pelos servios prestados com diploma aprovado em deliberao de cmara municipal, no dia 8 de Outubro de 1997, alm de ser atribudo o seu nome a uma artria da urbanizao do pinhal da vila que, passou a Rua Centro Paroquial.
AV. ROBERTO FERREIRA DA FONSECA (Dr.) Rua do Calvrio/Av. Vicente Lucas de Aguiar)
CAlVRIO:
Sabe-se que no decorrer dos sculos, era uma grande artria
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que passando no meio da vila, dava azo a um movimento de trnsito, especialmente de manadas de gado. Vindo da Vala real, no seu termo a sul, existia um Cruzeiro em Pedra. Tambm a nos tterrenos prximos, em local existiam trs Monhos, O mapa de Salvaterra, datado de 1788, disso nos d conta. A cruz, em parte foi mudada em 1920, para o cemitrio local, tendo sido destrudos os Monhos, para no local ser construda a Praa de Toiros,, que em 1920 foi inaugurada.
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ROBERTO FERREIRA
A Saudosa Memria de Nosso Presado Marido Pai e Sogro Vicente Lucas d`Aguiar ****** Sua Mulher, Filhas e Genro 18 de Setembro de 1889
DA FONSECA (Dr.)
Nasceu em Salvaterra de Magos, descendente da antiga e conceituada familia Roberto, que teve na vila uma grande actividade na agricultura e criao
de gado. Entre os irmos, foi o nico que escolher ser mdico. Depois dos estudos secundrios, foi para Inglaterra, onde se formou na especialidade urulogia. Foi interno dos hospitais de Lisboa, e com consultrio na sua terra natal, apioava os indegentes seus concidados doentes, com consultras, tal como fazia com a Santa Casa de Misericrdia, onde prestou servio a titulo gracioso, o que fez durante anos. Foi por duas vezes presidente da cmara Municial de Salvaterra
de Magos. O executivo camarrio, em 1980, entendeu atribuir a toponmia maior avenida da vila.
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TRAV. DA AZINHAGA
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A Trav da Azinhaga uma pequena ruela, que faz a ligao com a actual rua Humberto Delgado com a Av Jos Luis Brito Seabra. Em tempos, como consta no mapa de 1788, a primeira tinha o nome de Azinhaga das Oliveiras e a segunda rua do Arneiro, de permeio existia um pequeno espao, onde estava a roda dos enjeitados. Com o decorrer dos tempos, esta pequena artria, na dcada de 30 do
sc.XX., esteve como cenrio de u conto literrio, que passou a fazer parte da histria cultural da vila nela existia a Taberna da Anunciada, uma pequena tasca, ponto de encontro, da gente urbana da vila, espacialmente ao cair da tarde, onde se jogava entre ouros intertns, o chinqilho. Um dia esteve envolvida num conto, cujo autor: Jos Amaro, lhe deu o nome o ltimo dia do lobo em Salvaterra. No seu pequeno espao ainda se v o pequeno casario, como que a lembrar as habitaes do sc.XIX.
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BAIRRO DA CHESAL
Enquanto durava a odisseia do Pe. Jos Diogo, surgiu em 1977, um grupo de entusiastas com a iniciativa de constituir uma Cooperativa de Habitao. Constituiu-se em Comisso PrCooperativa de Habitao, e fizeram circular um comunicado convidando a populao (especialmente os necessitados de casa) a inscreverem-se na organizao. Diversos contactos j havidos com o presidente da cmara, levam a crer que haveria xito na iniciativa. No ano seguinte, em 21 de Julho de 1978, no notrio da vila de Salvaterra de Magos, foi assinada a escritura da constituio da CHESAL Cooperativa de Habitao Econmica de Salvaterra de Magos, SCARL. Foram seus autorgantes: Mrio Ferreira Duarte, Jos Antnio Ferreira da Silva e Manuel Pedro Pinto Pereira. Tendo a Comisso Instaladora, realizado h uns dias antes a Assembleia-geral para eleio dos Corpos Directivos, onde foram eleitos, os associados; Assembleia-geral Presidente: Jos
Manuel Gameiro dos Santos, Maria Manuela Gonalves Cheney e Maria Otlia Assuno. Direco Presidente, Mrio Ferreira Duarte; Secretrio, Fernando Garcia Conde; Tesoureiro, Jos Antnio Ferreira Silva. Vogais Maria Jos Viegas Hiplito; Elias Manuel Guerreiro; Manuel Silva Canio e Jos Manuel Ferreira. Conselho Fiscal Joo Alfredo Oliveira; Armnio Andrade; Maria Jos Rita de Assuno .
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Depois de uma primeira fase de difcil implantao, o dinamismo de alguns elementos da Comisso Instaladora, ultrapassou obstculos de monta e depressa se chegou aos 100 inscritos. Localizado o projecto da Chesal, numa vasta rea de terreno, com cerca de 4 hectares, na zona da Coutadinha a obra numa fase inicial comeou com 156 casas de habitao, zonas verdes, incluindo uma rea arborizada, zonas comerciais e parques para automveis, alm de instalaes sociais, bem como 175 garagens. Uns meses depois realizou-se nos paos do concelho de Salvaterra, uma grande cerimnia pblica, com a distribuio das primeiras chaves
RUA 31 DE JANEIRO * RUA 25 DE ABRIL (Rua das Cozinhas)
De inicio quando da implantao do regime republicano em Portugal, em 1910, a onde de mudanas de toponmos, tambm teve em Salvaterra o seu tempo.
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O antigo caminho que dava acesso ao pao real, era conhecido suas cozinhas, e isso lhe deu o nome que vinha de sculos. A meio tinha os grandes galinheiros que abasteciam os pao Logo aps a implantao da repblica, em 1910, os republicanos salvaterrense, apressaram-se a mudar alguns nomes da vila. Esta velha artria, recebeu o nome 31 de Janeiro, vinha
memorizar aquele dia, em que uma revolta republicana em 1891, teve como alvo o ultimato britnico do ano anterior. A partir da foi uma artria com grande movimento na nova urbanizao da vila. A construo, em 1936, de um novo e moderno edificio, que o filantropo Gaspar Ramalho, custeou e ofereceu aos bombeiros da terra, para seu quartel. Um edificio para Mercado Dirio, tambm ali foi construdo, em 1957, e o edificio do CTT, foi inaugurado em 1964.
Com o regime democrtico, vindo da revolta dos militares em 1974, os novos autarcas por volta de 1980, dividiram esta rua ( 31 de Janeiro, ficou do outro lado da Av. Dr. Roberto Fonseca), e o troo que vinha daquela avenida, para o Largo dos Combatentes, recebeu o toponmo Rua 25 de Abril.
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TRAV. DO FORNO DE VIDRO
O conhecimento que houve em Salvaterra de Magos, um Forno de Vidro, vem de sculos. Pouca documentao est disponivel, ou no est ao alcance de um qualquer interessado. Se nos reportar-mos s pesquisas divulgadas por Sousa Viterbo, aprecia-se que nos sc. XV sc.XVII, uma parte da histria do vidro em Portugal, que leva dos finais da idade mdia a principios da idade moderna. Naquele documento existe uma referncia que interessa a Salvaterra, diz-nos que uma carta de previlgio passada por D. Afonso V, a favor do vidreiro Joo Rodrigues Vadilho, residente em Palmela . Pela lista de Viterbo, verifica-se que no sc. XV, e no seguinte, vrios mestres vidreiros exerciam actividade, em Lisboa, Palmela, Salvaterra de Magos, Santarm, Coina, Alcochete, e Asseiceira. Em 1484, o rei D. Joo II, determinou que em Portugal se no pudesse estabelecer qualquer fbrica de vidrossem conhecimento de Diogo Fernandes, vidreiro no Cvo, Oliveira de Azemeis ......
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Por volta de 1953, o autor deste texo, andava na escola, percorria diriamente esta artria. Um dia um grupo de homens destruia uma casa de rs/cho construda em adobos ( terra de aluvio), pertena da familia Henriques Lino, lavradores nesta vila. Nesse espao foi construdo um edificio de primeiro andar. Nas terras, que foram da casa, o rapazio encontrou muitos botes feitos de ossos (alguns de 4 e 2 buracos), de pequeno e mdio tamanho. Anos mais tarde, em 2000, estando no JVT, jornal em que era Secretrio da Redaco, foi chamado pelo seu amigo, Jos Duro Lino, descendente daquela familia, vivendo naquele prdio, fazendo algumas obras num quintal e
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arrecadaes daquela construo, encontrou vrios pedas de vidros branco/transparente e de vrias cores. Mais no foi encontrado naquele local.
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TRAV. DO FORNO:
Existiu, at 1934 na travessa, que liga a ento rua Direita, com a Rua de S. Antnio, um forno de po. Naquele forno o padeiro de nome Ramalho, que durante anos explorou aquele gnero de abastecimento comunitrio, tinha fechado, pois abriu um forno prprio na Rua do Pinheiro, a que deu o nome Padaria Aurora. A forma comunitria que j era conhecido no sc. XIX, deixou de se fazer. O povo ali entregava farinha; de frigo, aveia, milho e outros cereais., em troca recebia pes. Era um hbito, uma forma comunitria igualmente usada no povoado da Glria, mtodo ainda recentemente visto. De Foros de Salvaterra, naquele tempo, ainda vinham amidas vezes fazer as suas trocas. Escasseava a sua presena, as novas familias l iam construndo na sua habitao, um anexo para forno prprio, que fazia cozedura de quinze em quinze dias. A populao da vila, estava
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aderindo mudana para o abastecimento diria, nas novas padarias, que abriam com caracteristicas indstriais. Um dos filhos, daquele padeiro, de nome Joaquim Hiplito Ramalho, que aprendeu desde menino, a arte de amassar farinha naquele forno, tambm foi trabalhar por conta prpria numa padaria que acabava construir. Um outro de nome, Filipe Hiplito Ramalho, ficou com a instalo da loja, na rua direita, para ali comear nova vida como comerciante de mercearias. Adaptou as instalaes e nelas juntou
tambm a habitao. Na dcada de 40, foi colocada naquela pequena artria uma toponmia Trav do Forno, tal como o grande porto em madeira existem sendo uma restia do que foi o forno de po comunitrio da vila. +++++ 7777 + +++
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No se sabe a causa do nome primitivo desta pequena artria, que est no cruzamento entre a Rua Cndido dos Reis, e a estrada do Rossio da Vila. A sua existncia, segundo apurou o autor, seus bisavs maternos, ali viveram em habitao prpria, que j vinha de familia. Seu av (materno), ali nasceu em 1898. Ouvia-se na familia, que ali tinha vivido um campino, que como todos eles tinham uma inclinao de arteso, trabalhando uma erbcia, de nome Tabuaa, na construo de esteiras. Depois de recolhida, era seca sombra durante algumas semanas, at que ficava com uma cor amarelo palha. Enquanto durava a feitura da esteira, as tabuaas eram molhadas e depois estendidas ao sol para uma secagem, ficavando resistentes e duravam anos.. As esteiras - eram estrados, colocados no cho servindo de camas, muito usadas, pelas gentes do campo, quando estavam dias fora de casa. Os campinos enquanto guardavam o gado nas pastagens, guardavam-nas enroladas com as mantas lobeiras em cima dos cavalos, na parte de trs do assento. De algum registo nesta pequena via, era a existncia, ainda no dobrar do sc. XX. mesmo ponta existia uma taberna, do Jos Maria Ferreira Z Caramelo(1) que explorava junto ao negcio de galinceos que mandava em grandes cestos de
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madeira para Lisboa, atravs do caminho de ferro, via estao de Muge.
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TRAVESSA DO MARTINS
Esta pequena ruela vinha de sculos, outros antigos catlogos geogrficos da vila, davam conta da sua existncia, tal como o mapa de 1788, que
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nos tem vindo a servir de apoio. No tinha nome, mas com o sismo de 1909, todas as casas da zona sofreram os seus efeitos, com destruio total, ou de muitas elas. Nos trabalhos de limpeza, as terras da Trav. do Martins, foram colocadas na zona do Moinho de Arroz, junto vala. Certo , que ali existia uma antiga Botica, mais tarde Farmcia do Martins, pertena de Henrique Jos Martins, natural de Muge. Homem dinmico, que pertenceu a vrios executivos municipais, Misericrdia de Salvaterra, e aqui desempenhou um cargo de representante da Legio Portuguesa.
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RUA DO ROSSIO
Na povoao de Salvaterra de Magos, no seu lado Nascente, mesmo encostado urbanizao de pequeno casario, tinha um terreno de cota muito baixa (fazendo um grande rebaixo de terra) onde passava uma pequena vala - para escoar as
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guas que vinham algumas delas das terras dos Foros, o destino era a vala real. Em 1892, um grande investimento foi ali feito, trabalhos em estacaria deram solidez estrada, cuja obra comeou junto escola primria o sculo, foi substituda a escadaria da Capela Real, (com elevao da cota do pavimento) e veio a terminar nos acessos ponte da vala real. Alguns eucaliptos e Choupos foram plantados no local. Da em diante teve o toponmo Rua do Rossio
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Corria o ano de 1997, estava na presidncia da cmara municipal de Salvaterra, Jos Manuel Gameiro dos Sanros, a nova Urbanizao a Vila, entre a Rua Padre Cruz e a EN 114-3, estava a ficar completa de construes. O executivo camarrio decidiu pelo arranjo das Ruas do Centro Paroquial e Rua Capito Salgueiro. A inaugurao desta, foi feita com uma cerimnia simples, com com grande empenho, pois nela esteve presente alm do antigo presidente da cmara e da Junta de Freguesia; Antnio Moreira, Jos Luis Borrego. No deixou de responder ao convite com a sua presena a viva de Fernando Jos Salgueiro Maia. Depois da bande msica ter tocado alguns acordes, e o lanamento de alguns foguetes, foi descerrada toponmia daquele capito de Abril de 1974
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Por volta de 1973, era vereador na cmara municipal de Salvaterra, Jos Teodoro Amaro. Pessoa com conhecimentos na construo, depressa motivou o executivo, num projecto de urbanizao nos terrenos conhecidos por pinhal da vila. Terreno que mostrava ainda restos de uma vasta zona de barracas, onde ali durante anos viveram familias pobres, especialmente de origem rural.
Anos depois um outro vereador, Joaquim Mrio Anto, pessoa que na poca muito dinamizou o enriquecimento cultural do municipio salvaterrense. Estando a entrada, daquela nova urbanizao que se formava a sul de Salvaterra, props e foi aceite a toponmia do Padre Cruz (Francisco Rodrigues da Cruz, nascendo em Alcochete em 29 de Julho de 1859 e falecendo em Lisboa no dia 1 de Outubro de 1948 O Padre Cruz, ficom conhecido Apstolo da Caridade.
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. RUA NATRCIA RITA DUARTE ASSUNO
Um dia veio de Rabat (Marrocos), para onde tinha ido com o marido Manuel Duarte Assuno, ensinar portugus. Aqui em Salvaterra, se fixou com a familia, na dcada de 40 do sc. XX. Destacou-se, no ensino primrio, com muita dedicao, as suas aulas, eram um centro de sabedoria que transitiu a centenas de alunos que tiveram a sorte de serem preparados por Natrcia Rita Assuno. J reformada, depois de mais de 40 anos de praticar o ensino, um dia em 1986, antigos alunos de vrias geraes prestaramlhe uma justa homenagem. Os poderes autrquicos, associaram-se e colocaram a sua toponmia , na artria que passa em frente do grande centro escolar da vila.
Jos Henriques Lino, e seu irmo Francisco, eram filhos do conceituado lavrador Francisco Ferreira Lino. Este no ano de 1939, era j um benemrito e disso transmitiu a seus filhos. Jos Lino, estudou e licenciou-se em Agronomia. Como
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Engenheiro foi professor na Regentes Agricolas de Santarm. Escola de
A Familia entre muitas terra de agricultura, vvia na mnia, um grande propriedade, ali junto estrada da Peteja. Jos H. Lino, foi bemrito da Misiricrdia Local, era na sua Adega, na Av. que se procedia aos leiles dos Cortejos de Oferendas, para aquela instituio de caridade de Salvaterra de Magos. Um dia, o executivo camario teve em mos o grande projecto de construir uma grande escola secundria (Escola Gregrio Fernandes), uma necessidade no concelho. Na falta de terreno, negociou com a familia Lino, e da mnia, foi retirado um terreno, para a construo da escola. Anos mais tarde, com o alargar do Parque Escolar, um outro edifcio foi construdo, a que foi dado o nome do Prof. Antnio Lopes. A rua de acesso a esta nova urbanizao, foi dado o toponmo Jos Henriques Lino.
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O vasto Largo, Dr. Oliveira Feijo, no final do sculo XIX, era um espao emblemtico, pois era o nico na vila e, disso nos d conta uma planta da vila, quando das obras que recebeu, para a construo do jardim pblico, deixando de existir a escadaria em frente ao edifcio municipal, que dava acesso da Igreja Matriz Fonte de Santo Antnio. O jardim pblico, cuja construo era semelhante a um outro existente, na vila de Almeirim, murado a meio metro de altura, tinha vedao em ferro, em cima de lajes em pedra de lioz.
Nos ltimos anos da dcada de 40, do sc. XX, a residncia paroquial, foi construda naquela praa, com frente ao porto principal do jardim, que tinha um bonito porto de entrada, construdo em ferro, suportado por duas colunas em pedra e, pegado a si o mercado dirio da terra. Este espao pblico de Salvaterra de Magos,
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tornou-se uma curiosidade fotogrfica, no primeiro quartel do sculo XX, sendo agora uma saudade. As suas fotos reproduzidas em quantidade fazem a decorao em tudo quando lugar pblico, especialmente em cafs e salas de restaurantes. Aps a revoluo republicana, de 1910, o largo mudou de nome, e passou para Praa da Repblica. No seu terreno, passa um subterrneo, que transportava um caudal de gua, que alimentava a Fonte de Santo Antnio., que estava encostada em forma de meia-lua, parede em pleno largo de Santo Antnio (espao que ligava a rua do mesmo nome antiga capela real). A destruio da construo original do jardim e mercado, verificou-se em 1957, para dar lugar a uma nova urbanizao ajardinada.
Jardim do Largo Combatentes Situado num grande espao trreo no centro de Salvaterra de Magos, mesmo ali em frente ao edifcio escolar O Sculo, passou a ser conhecido pelo jardim do Lopes, ou do Ribatejano. A sua urbanizao como jardim pblico, ronda o ano de 1957, pois at a, no local apenas existiam algumas rvores,j de idade avanada, e o terreno era de argila com pequena pedra redonda (saibro). O seu espao, ocupado com um quadrado, cujo cho recebeu calada portuguesa, para alm da relva,
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sustentava canteiros de flores, nas quatro pocas do ano. O abastecimento da rede pblica de electricidade vila, em 1951, trouxe a possibilidade, de a serem colocados, quatro candeeiros de grande altura, construdos em cimento, de configurao redonda Avenida Dr. Roberto Ferreira Fonseca Tal como aconteceu junto capela, no lado Norte do jardim pblico, junto ao edifico municipal a escadaria, que dava ligao Igreja Matriz, deixou de existir, para dar lugar a uma via de trnsito.
Vinte cinco anos depois, um grande investimento urbanstico, trouxe rua do Calvrio, a dimenso de avenida, com os seus grandes canteiros para relva e flores, onde as rvores em fila, de ambos os lados, contemplavam os seus cerca de 900 metros de comprimento. Recebeu o nome de Avenida: Vicente Lucas de Aguiar, antigo presidente da cmara municipal, passou a ser a via de maior transito e, na sua entrada existe a bonita Praa de Toiros, construo emblemtica da vila. Logo aps a revoluo de Abril de 1974, e com a mudana de alguns nomes nas ruas, a avenida passou a ser conhecida por: Dr. Roberto Ferreira da Fonseca,
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distinto mdico, nascido em Salvaterra, e seupresidente da cmara municipal, por duas vezes. A Fonte do Arneiro Vem de sculos a existncia desta Fonte, com uma construo abobada e escadaria em pedra de lioz.
Passou por perodos de anos, em que a zona envolvente, esteve descuidada. Por volta de 1985, o terreno de acesso, e o prprio Fontanrio, que ainda deita gua atravs de duas bicas, receberam obras de conservao.
O vereador da cultura, Joaquim Mrio Anto, com um pequeno projecto urbanstico, alindou o espao ajardinando-o, sendo colocada ali uma roda de pedra, como padro emblemtico, do existente ainda nos anos 30, recordando a roda dos enjeitados.
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Jardim do Bairro da Chesal Com a construo do primeiro ncleo de casas, da Cooperativa Habitacional de Salvaterra de Magos, nos anos 70, do sc. XX, que ocupou uma parte dos terrenos da Antiga Coitadinha, sendo destrudo o que restava de um Moinho de Vento, ali foram apareceram vrios espaos ajardinados.
Jardim do Cemitrio Numa grande zona de terreno, envolvente ao campo santo, da freguesia de Salvaterra, por volta de 1980, foi programado construir uma rea de jardim. Ali foi criado um stio verde e plantadas muitas rvores. Estas cerca de 20 anos depois, a relva e o arvoredo (1), davam ao local um bonito espao ajardinado.
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No entanto, num dos lados foram cortadas as rvores e tudo foi alterado, dando lugar a um novo acrescento ao cemitrio da vila.
Jardim da Capela da Misericrdia O terramoto de 1909, destruiu o que ainda restava da Albergaria/hospital da Misericrdia de Salvaterra e, em 1962, no local restava ainda duas paredes ( frente e atrs) pegadas capela. J em 1957, o Dr. Jos Cardador, tinha fotografado a pedra alusiva a esta casa de sade, que se encontrava na da frente, junto porta.
A famlia da casa agrcola Oliveira e Sousa, resolveu urbanizar aquele espao em jardim, ficando a sua manuteno a cargo do municpio local. A pedra de
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mrmore, foi colocada na parede trs, que foi aproveitada como muro e, colocada na porta, um gradeamento em ferro.
CONSTRUES PATRIMNIO
DO
URBANISTICO DA VILA
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Chamis das Cosinhas do extinto Pao Real Sc. XVIII * Ano 1964
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Fontanrio Depois de Mutilado com pintura * Ano 1998 * Junto Luis Palma, esteve na sua construo
82 BIBLIOGRAFIA: Anais de Salvaterra Jos Estevam - Edio 1958 * Salvaterra de Magos Vila Histrica no Corao do Ribatejo Jos Gameiro Edies; 1985 e 1992 * Comunicao Social Avulsa * Revista A Hora Ano de 1939 * Revistas Publicaes Anuais da CMSM * Jornal Vale do Tejo JVT 2002
FOTOS USADAS: Pg. 14 Largo Frente Praa Toiros /EN 119 1978 * Pg. 14 - Obras colocao de semfaros 1985 * Pg. 14 Colocao de semfaros * Pg. 15 Colocao de semafaros 1985 * Pg. 15 Obras construo de palacas redondas (Tijelas) 1997 * Pg. 15 Inaugurao Retunda 1992 * Pg. 20 Palacete Baro Salvaterra 1957 * Pg. 20 Falacete Familia Lapa * Pg. 22 Casa Rua Luis Cames 1999 * Pg. 23 Entrada Rua Luis Cames 2007 Pg. 23 Capela Misericrdia 1960 * Pg. 25 Entrada Rua Machado Santos 1957 * Pg. 26 Entrada Rua Machado Santos 2007 * Pg. 30 Palacete construdo Antnio Jorge Carvalho 1920, Foto 2002 * Pg. 30 Fonte do Arneiro 1985 * Pg. Pg. 31 - Entrada Rua Mrtires da Ptria 2009 * Pg. 32- Casas nos Quartos 1964 * Pg. 32 - Mulher, nos Quartos abrindo porta 2009 * Pg. 33 Casa onde nasceu Gregrio Fernandes 2009 * Pg. 34 Novo Pav. Rua Gregrio Fernandes 2009 * Pg. 37 Entrada Rua Humberto Fernandes 2009 * Pg. 38 Portal sc. XVIII Foto 2009 * Pg. 41 Obras Rua Padre Cruz 1985 * Pg. 42 Obras abertura Rua
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Centro Paroquial * Pg. 42 Pav. Rua Centro Paroquial * Pg. 44 - Obras Antigo Cemitrio (Capela real) Jazigo Familia Brito * Pg. 44 Capa de Vicente Lucas de Aguiar * Pg. 45 Entrada Trav. Azinhaga 2009 * Pg. 47 Jardim Chesal * Pg. 48 Antigo Quartel Bombeiro 2009 * Pg. 48 Edificio CTT 2009 * Pg. 50 Casa antiga Frav. Forno Vidro 2000 * Pg. 50 Jos Duro Lino, mostrando pedaos de vidro 2000 * Pg. 50 Corredor Casa Forno Vidro * Pg. 52 Eurico Borrego e Manuel Martins, junto Porto entrada Forno (Po) * Pg. 52 - Eurico Borrego e Manuel Martins (Sarol), mostrando a 2 porta rua Luis Cames onde era vendido o pp * Pg. 54 Rua das Esteiras 2009 * Pg. 56 Campo do Rossio 1960, * Pg. 57 Estrada do Rossio Novo Pav * Pg. Antigas casa (Oficinas) Entrada Estrada do Rossio Lado Capela * Pg. 57 Obras Nova Biblioteca *Pg. 58 Inaugurao Busto D. Dinis * Pg. 61 Empregado Cmara, Jos Gameiro Cantante, em frente ao Porto do Jardim 1955 * Pg. 62 Vista do Jardim Combatentes * Pg. 63 Vista Avenida Largo Praa Toiros 1964 * Pg. 64 Fonte do Arneiro depois de obras 1985 * Pg. 64 - Fonte do Arneiro 2009 Pg. 64 Jos Gameiro ( O autor) visita a Roda de Pedra * Pg. 65 Jardim da Chesal * Pg. 65 Mquin abatendo rvores Cimetrio alargado 1999 * Pg. 66 Jardim da Capela Misericrdia * Pg. 66 Portal em Pedra, foi pertena da Albergaria da Capela Misericrdia
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