Material Didatico Tomografia Cefet
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TOMOGRAFIA
COMPUTADORIZADA
CURSO TÉCNICO DE RADIOLOGIA
2. FORMAÇÃO DO TOMOGRAMA 11
2.1 INTRODUÇÃO 11
2.2 REPRESENTAÇÃO DA IMAGEM 11
2.2.1. Elementos Fotográficos 11
2.3 RECONSTRUÇÃO DA IMAGEM 12
2.3.1. Obtenção dos Dados 12
2.3.2. Cálculo da matriz tomográfica 13
2.4 CONFECÇÃO DA MATRIZ DA IMAGEM 15
2.4.1. Valores de Densidade 15
2.4.2. Escala Hounsfield de Densidade 15
2.4.3. Densitometria 16
2.5 VARIAÇÃO DA IMAGEM 18
3. OPERAÇÃO DO TOMÓGRAFO 19
3.1 INTRODUÇÃO 19
3.2 CONSOLE DE OPERAÇÕES 20
3.3 CONTROLE DE MENU 20
3.4 CONTROLE DE VARREDURA 21
3.5 PROTOCOLOS DE VARREDURA 22
3.6 MANIPULAÇÃO DE DADOS 22
3.7 PROCESSAMENTO DA IMAGEM 23
3.8 GRÁFICOS SOBRE A IMAGEM 24
3.9 CONTROLE DA JANELA 25
3.10CONTROLES DO TRACKBALL 26
4. BIBLIOGRAFIA 27
pág. iii
Folha deixada em branco
pág. iv
1. TOMÓGRAFO COMPUTADORIZADO
sível a determinação de relações espaciais entre as (Fig. 1.4). Um feixe ou leque de raio reduz o número
estruturas internas de uma região selecionada do cor- de incrementos angulares necessários para a varredu-
po humano. O tomograma calculado, ou seja, a ima- ra. As varreduras são feitas em passos de 10o que cor-
gem apresentada na tela consiste-se numa matriz de respondem ao ângulo de abertura do leque. O tempo
valores de atenuação, ou, num cálculo inverso, uma mínimo para a varredura está entre 6 e 20 segundos
matriz com valores de dose absorvida. Visualmente, para cada corte. Este é um tomógrafo da 2a geração.
para o diagnóstico, os valores de atenuação são apre-
sentados na forma de tons de cinza, criando assim
uma imagem espacial do objeto varrido.
anódicas" neles contidas produzam um feixe de fó- mógrafo móvel, conhecido como Tomoscan M. Di-
tons com direção conhecida e precisa. A direção do vidido em três partes, todas com rodas, o portal (450
feixe é a dos sensores de raios X, que estão posicio- kg), a mesa para o paciente (135 kg) e o console de
nados diametralmente opostos aos anéis-alvo. No comando podem ser levados a qualquer local do
caminho entre os anéis e os sensores, o feixe de fó- hospital. Com dimensões que permitem passar por
tons interage com o paciente que está sobre a mesa. portas de 90 cm de largura, inclusive ser levado em
A vantagem deste tipo de tecnologia está elevadores, este sistema diminui o trauma do
principalmente no fato de não existirem partes mó- paciente de ser removido de seu leito para ser levado
veis, o que sempre é um fator de limitação na veloci- até a sala de tomografia.
dade de geração de imagens nos tomógrafos O tomógrafo possui um sistema elétrico que
giratórios. Além disso, há uma grande melhora na funciona com 4 baterias, o que permite que qualquer
dissipação de calor gerado pela produção de raios X, tomada de parede de 220 V, com capacidade para 10
já que a "pista anódica" possui área muito maior e Amperes, possa carregar as baterias. Alem da mobi-
fica um tempo muito menor recebendo o impacto dos lidade, o sistema de baterias permite ao tomógrafo
elétrons acelerados. Atualmente, existem mais de 100 funcionar quando há falta de energia elétrica no hos-
EBCT instalados no mundo, com os Estados Unidos pital, aliviando o sistema de fornecimento de emer-
hospedando mais de 70% destas unidades. gência de energia.
Figura 1.9. Partes componentes de um Ultra- Figura 1.10. Tomoscan M, da Philips Medical Sys-
fastCT da Imatron (Imatron Inc., divulgação). tem: o primeiro tomógrafo móvel (Revista Medica
Mundi, Philips Medical Ssytem).
1.5 PORTAL
(b)
Figura 1.14. Interior de um tomógrafo: (a) fotogra-
fia; (b) identificação dos componentes. (Picker Inter-
nacional - divulgação)
1.5.1. Cabeçote
controle
da ampola
detetor eletrônica
cabeçote colimador
Figura 1.13. Fotomontagem do interior de um portal. (cortesia - Hosp. Mun. São José - Joinville)
cristal de cintilação
diodo
janela de
pinos de soldagem entrada
câmara de pressão
placas
(a)
placa de circuito
impresso
detetores
alta
tensão
amplificador sinal
motores que
acionam os
colimadores
colimadores
Conforme podemos ver na Figura 2.3, quanto O valor de L necessário para os cálculos das
maior for a espessura de um determinado material, densidades dos tecidos é dado em conjunto pela ma-
mais a radiação será bloqueada, ou atenuada. Esta triz escolhida e pelo campo de visão determinado
relação na realidade é exponencial, e dada pela equa- pelo técnico. Uma vez conhecidos estes dois valores,
ção: o computador tem condições de determinar cada um
dos valores de atenuação de cada ponto da matriz-
I = I o e − µL imagem.
(2.1) Conforme visto no item 2.2.1, a escolha do
onde I = intensidade do feixe após interação; número de pontos da matriz e o tamanho do campo
IO = intensidade emitida; de visão irão determinar o valor de L para a equação
L = espessura atravessada (em linha reta); 2.2.
µ = coeficiente de atenuação do material. Independente do tipo de tomógrafo utilizado,
o resultado de cada corte realizado será uma quanti- e assim por diante. Genericamente, temos:
dade enorme de valores de intensidade de radiação
detectados pelos sensores em cada uma das posições I n = I n −1e − µn Ln (2.6)
de corte. E desta forma, a reconstrução da imagem a Fazendo-se a inclusão da equação 2.4 na e-
partir destas medidas também será o mesmo para quação 2.3, e a equação 2.5 na equação 2.4, e assim
qualquer tomógrafo. A equação fundamental é aquela por diante até o total de fatias, obteremos a equação
apresenta pela equação 2.1. No entanto, com a ajuda da radiação remanescente após a interação coma to-
da figura 2.4, podemos notar que a espessura que a- das as fatias.
tenuará o feixe de fótons é equivalente ao campo de
visão especificado pelo técnico. I = I n = I 0 ( e − µ1 L1 )( e − µ 2 L2 )...( e − µ n Ln ) (2.7)
2.4.3. Densitometria
+ 1000
+ 90
+ 700
Sangue
+ 80
coagulado
+ 600
+ 70 SD
+ 500
+ 60
Figado Sangue
completo
+ 400 + 50
Baço Músculo
+ 40 Pancreas
Osso (substância
+ 300
esponjosa)
+ 30 Rim Tecido
+ 100 Solução
+ 10
0 Água
dura
Gor-
- 10
- 100
- 20
- 200
- 30
Tecido
- 300
- 40
Gorduroso
- 400 - 50
Misto
- 60
- 500
- 70
Tecido do
- 600
pulmão
- 80
- 700
- 90 Gordura
- 800 - 100
- 900
Ar - 1000
(b)
MONITOR
DE IMAGEM
MONITOR
COMPUTADOR
DE DADOS
Figura 3.2. Console de comando do equipamento
Elscint Exel 1800. (cortesia Hosp. Reg. Hans Schimidt -
Joinville)
TECLAS
3.2 CONSOLE DE OPERAÇÕES DE COMANDO
3 4 5 6 7
SCAN CONTROL SCAN PROTOCOLS DATA HANDLING PROCESSING IMAGE GRAPHICS WINDOW CONTROL TRACKBALL CONTROL
8
9
WIDTH CENTER
1 2
c Teclado Alfanumérico
d Teclas de Controle de Menu h Teclas de processamento
e Teclas de Controle de Varredura i Teclas de gráficos da imagem
f Teclas do Protocolo de Varredura j Controle da janela
g Teclas de Manipulação de Dados k Controle do trackball
Figura 3.5. Diagrama típico de um console de comando de TC onde se verifica que as funções são
acessíveis através de teclas agrupadas em locais definidos do console.
↑
PRINT
SEQ TRAST FILM SCAN
*
(a)
← ↓ →
START DYN SURVW AUTO
STUDY STUDY PLAN SCAN
Figura 3.6. Botões de movimentação do cursor e
do menu de opções.
STOP CON- HOLD MANUAL
SEQ TRAST STORE SCAN
Descrição das Teclas
CONTRAST (contrast- CONTRASTE) - é adicionais podem ser selecionados a partir das teclas
usado para marcar os cortes que foram realizados ADD HEAD (adicionar crânio) ou ADD BODY
após a injeção de material contrastante. As imagens (adicionar corpo) que apresentarão um menu com
são marcados com a letra C. Em Estudos Dinâmicos mais opções de parâmetros. Para o Exel 2000, existe
a tecla ativa um relógio para a medida do intervalo de apenas mais 15 opções de protocolos ao teclar-se
tempo desde a injeção e o último corte. Este tempo é ADD PROT (adicionar protocolo). A tecla Helix
registrado nas imagens junto com a letra C. permite o acesso aos protocolos especiais para a to-
VOICE/FILM (voice/film - mografia helicoidal.
VOZ/FOTOGRAFAR) – ativa ou cancela as instruções Cada protocolo inclui parâmetros de varredu-
de VOZ, que consiste num conjunto de instruções ra e de reconstrução e opções de arquivamento. No
pré-gravadas (do tipo inspira/expira) que são transmi- entanto, sempre que um protocolo está disponível no
tidas ao paciente de forma automatizada com o exa- Monitor de Dados, o operador poderá modificar os
me (opcional); ou ativa ou cancela o processo de valores dos parâmetros de acordo com a requisição,
impressão/fotografia automática após cada corte (op- ou selecionar um protocolo diferente, e finalmente,
cional). iniciar o procedimento de varredura. A tecla marcada
com asterisco ( ∗ ) é usada para modificar o protoco-
Modelo Exel 2000 sprint (teclas diferencia- lo corrente.
das) Cada um dos protocolos pode ser alterado
DYN STUDY (dynamic study - ESTUDO DI- pelo operador que deve ir ao menu MISC (miscelâ-
NÂMICO) - retorna a mesa para a posição inicial e nea) e escolher a opção GENERATE SCAN
prepara o equipamento para realizar de novo um cor- PROTOCOLS (gerar protocolos de varredura).
te ou uma série de cortes.
HOLD STORE (hold sore - MANTER
ARQUIVAMENTE) - habilita o ajuste do número de
janelas para fotogramento automático.
3.6 MANIPULAÇÃO DE DADOS
THORX
BODY
LARGE
BODY
BODY
PED
SPINE
SURVW
BODY
ADD
BODY ∗
PAT CLEAR
FILM
CAT ARCH
(a)
HEAD HEAD HEAD HEAD CERVIC SURVW ADD Figura 3.9. Botões de manipulação de dados.
EAR
P.F. STD COR PED SPINE HEAD PROT
PART
WINDW
GRID IRROI PART
WINDW
GRID IRROI BRAIN P.F. BONE LUNG ABDOM SPINE
∗
KEEP SCRN ACTIV KEEP SCALE ARROW
WINDW ORG GRAPH WINDW WIDTH CENTER
(a) (b)
Figura 2.11. Botões de inserção de gráficos: a)
modelo Twin Scan; b) modelo Exel 2000 sprint.
BUSHONG, Stewart C. Radiologic science for technologists: physics, biology, and protection. 6 ed.
Mosby-Year Book, Inc. St. Louis 1997, 600 pp.
EISENBERG, Ronald L. Radiology: an illustrated history. Mosby-Year Book, Inc. St. Louis 1992, 606
pp.
HOXTER, Erwin A. Introdução a técnica radiográfica. Siemens AG - Editora Edgard Blücher Ltda. São
Paulo 1977, 223 pp.
KODAK. Fundamentos de Radiografia. Eastman Kodak Company, Estados Unidos 1980, 128 pp.
Manuais de Fabricantes: Philips, General Electric e Siemens.