Monografia Auto-Hemoterapia
Monografia Auto-Hemoterapia
Monografia Auto-Hemoterapia
AUTO HEMOTERAPIA
JUIZ DE FORA
2006
1
AUTO HEMOTERAPIA
JUIZ DE FORA
2006
2
AUTO HEMOTERAPIA
Aprovada em ----/-----/-----
BANCA EXAMINADORA
DEDICATÓRIA
AGRADECIMENTO
Agradeço a Deus por me dar esta grande oportunidade de estar encerrando este
Curso de Graduação e de poder estar apresentando este trabalho de conclusão de
curso na minha área de interesse e que considero de extrema importância para
todos, sejam estes professores, enfermeiros ou leigos. Agradeço também a minha
família, pelo incentivo, torcida, preocupação e oportunidade que me deram para a
realização deste Curso de Graduação, estando sempre presente nestes quatro
anos e com certeza estarão eternamente; a minha “madrinha”, tia Cáca, por estar
ao meu lado em todos os momentos e torcendo por mim; ao professor de “trabalho
de conclusão de curso”, Marco Aurélio Veiga, por me auxiliar na minha monografia
junto com a minha orientadora, mostrando que nada é tão difícil quanto parece,
basta ter calma. Agradeço ao Rafael, por me fazer acreditar que sou capaz, e por
estar sempre ao meu lado.
5
RESUMO
A auto hemoterapia é uma técnica bastante antiga. Em 1911 F. Ravaut descreveu seu
emprego em diversas doenças infecciosas, especialmente na febre tifóide e nas
dermatoses. É um recurso terapêutico de baixo custo, simples que se resume em
coletar sangue do próprio paciente e aplicar em seu músculo. Este procedimento
estimula o Sistema Retículo Endotelial, quadruplicando o percentual de monócitos e por
conseguinte, de macrófagos em todo organismo. Esta pesquisa descritivo exploratória
de enfoque quanti-qualitativo, tem como objetivo demonstrar a importância da auto
hemoterapia, através da realização do procedimento e de estudos de casos clínicos em
uma amostra de dez pacientes, dos quais destacaram-se 05 (cinco) casos, em vista de
sua relevância. O critério de inclusão foi terem os pacientes procurado
espontaneamente este tratamento, sendo em seguida incluídos em um protocolo de
atendimento específico. Realizou-se o follow-up dos casos e coletaram-se as
expectativas e resultados obtidos com o tratamento através de depoimentos dos
próprios pacientes, com a intenção de divulgar a auto-hemoterapia no meio acadêmico
e cientifico, demonstrando a eficácia do método e evidenciando a importância e papel
do enfermeiro como profissional responsável pela aplicação deste procedimento.
Ressaltamos neste estudo, o desaparecimento de verrugas após a 3ª aplicação; da
grande melhora das dermatoses crônicas. O relato de melhora com relação ao estado
de ânimo e ao desaparecimento de dores foi unânime entre os clientes atendidos que
expuseram isto com tamanha intensidade, expressando seu contentamento com o fato.
Foi também muito interessante observar o relato por mais de um deles sobre a melhoria
da sua acuidade visual durante o tratamento, fato este que nos impulsiona a questionar
sobre a eficácia desse método na ajuda a pessoas com deficiências visuais,
necessitando de estudos posteriores que venham a comprovar esta eficácia.
ABSTRACT
The itself blood therapy is one sufficiently old tachnique. In 1911 F. Ravaut it
described this technique in diverse infectious illnesses, especially in the tifoide
fever and dermatosis. It is a therapeutical resource of low cost, simple that it
consists of to collect blood of the proper patient, applying it after that in its muscle.
This procedure stimulates the endothelial reticulum system, quadruplicating the
percentage of monocytes and also of macrophages in all the organism. This
exploratory descriptive research It is quanti-qualitative approach it has as objective
to demonstrate the importance of itself blood therapy through the accomplishment
of the procedure e of studies of clinical cases in one it shows of ten patients of
which 05 (five) cases had been distinguished in sight of its relevance. The inclusion
criterion was to have the patients looked spontaneously this treatment being after
that enclosed in a protocol of specific attendance. Follow-up of the cases was
become fulfilled e the expectations had been collected e resulted gotten with the
treatment through depositions of the proper patients with the intention to divulge
the itself blood therapy in the half scientific academic and, demonstrating the
effectiveness of the method e evidencing the importance and paper of the
responsible nurse as professional for the application of this procedure. We stand
out in this study the wart disappearance after third application, of the great
improvement of the chronic dermatosis. The improvement story of the spirit state
and the disappearance of pains it was unanimous between taken care of
customers that they had displayed this with joy. It was also very interesting to
observe the story of some patients on the improves of the its vision during the
treatment. This in induces them to question on the effectiveness of this method to
help the people with visual deficiencies, needing posterior studies that they come to
prove this effectiveness.
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO-----------------------------------------------------------------------------10
DESENVOLVIMENTO-------------------------------------------------------------------14
1- TERAPIAS NÃO CONVENCIONAIS EM SAÚDE----------------------------14
2- O HISTÓRICO DA AUTO HEMOTERAPIA------------------------------------16
3- HISTÓRIAS DO DR. LUIZ MOURA----------------------------------------------18
3.1- Patologias tratadas pelo Dr. Luiz Moura--------------------------------------------18
3.1.2- Esclerodermia------------------------------------------------------------------------19
3.1.5-LES-------------------------------------------------------------------------------------22
3.1.7- Petéquias------------------------------------------------------------------------------23
4- IMUNOLOGIA--------------------------------------------------------------------------25
4.1- Imunidade-------------------------------------------------------------------------------25
4.3-Medula óssea--------------------------------------------------------------------------27
4.4- Monócitos-------------------------------------------------------------------------------29
4.5- Macrófagos-----------------------------------------------------------------------------29
5- HEMOTERAPIA-----------------------------------------------------------------------32
8
7.2- Aplicação--------------------------------------------------------------------------------39
INTRODUÇÃO
25%
20%
15%
10%
5%
0%
1 º Dia 2º Dia 3 º Dia 4 º Dia 5 º Dia 6 º Dia 7 º Dia 8 º Dia
Por seus benefícios, a auto hemoterapia deveria ser mais divulgada entre os
profissionais de saúde, principalmente por se tratar de uma terapia relativamente
simples com uma eficácia comprovada a partir de depoimentos de seus usuários e de
estudos laboratoriais que demonstram o efetivo crescimento do número de macrófagos
celulares, o que induz a um indiscutível aumento da imunidade orgânica.
Após assistir o DVD, formou-se uma equipe, liderada pela referida professora,
que deu início a pesquisa alvo do presente estudo no laboratório de Semiologia e
Semiotécnica de Enfermagem da UNIPAC – JF, onde foi montada uma sala
especialmente para a realização do procedimento em um grupo de clientes que,
inicialmente, foi composto por pessoas que também assistiram a mesma sessão de
DVD. Esses clientes, foram incluídos na pesquisa tendo procurado espontaneamente
realizar a auto hemoterapia com esta equipe.
Aqui no Brasil foi o professor Jesse Teixeira que provou que o Sistema Retículo
Endotelial (SRE) era ativado pela auto hemoterapia em seu trabalho publicado e
premiado em 1940 na Revista Brasil - Cirúrgico, no mês de Março. Jesse Teixeira
provocou a formação de uma bolha na coxa de pacientes, com cantárida, substância
irritante. Fez a contagem dos macrófagos antes da auto hemoterapia, a cifra foi de 5%.
Após a auto hemoterapia a cifra subiu a partir da 1ª hora chegando após 8 horas a
22%. Manteve-se em 22% durante 5 dias e finalmente declinou para 5% no 7º dia após
a aplicação.
17
A oclusão vascular aguda pode ser provocada por um êmbolo ou por uma
trombose aguda. As oclusões arteriais agudas podem resultar da lesão iatrogênica, a
qual pode acontecer durante a inserção de cateteres invasivos, como aqueles utilizados
para a arteriografia, colocação de estentor / PTA ou uma bomba de balão intra –
aórtico. As outras causas incluem trauma a partir de uma fratura, lesão por
esmagamento e lesões penetrantes que rompem a camada íntima arterial. O
diagnóstico exato de uma oclusão arterial, como a de origem embólica ou trombótica, é
necessário para iniciar o tratamento apropriado (BRUNNER, 2002).
Relato do caso:
Dr. Luiz Moura relata que devia ao Dr. Floramante Garófalo, em 1976, quando
este tinha então 71 anos, o conhecimento que resultou em mais abrangência da ação
terapêutica da auto hemoterapia. Em março de 1976 o Dr. Garófalo queixou-se de
fortes câimbras em sua perna direita quando caminhava mais de 100 metros; então foi
sugerido pelo Dr. Moura que o colega procurasse um angiologista. Este decidiu fazer
arteriografia da femural direita sendo constatada obstrução de cerca de 10cm ao nível
do terço médio da coxa direita. O angiologista disse ao Dr. Garófalo que resolveria o
problema com uma prótese que substituiria o segmento da artéria obstruída.O Dr.
Garófalo disse ao angiologista: - "não quero me tornar um homem biônico, amanhã terei
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outra artéria obstruída e terei que colocar novas próteses. Vou resolver o problema com
a auto hemoterapia”. Então o Dr. Luiz Moura se ofereceu para fazer as aplicações.
Durante 4 meses, de 7 em 7 dias aplicava 10ml de sangue no Dr. Garófalo que então
decidiu se submeter à nova arteriografia de femural direita, já que podia caminhar
normalmente, porém o angiologista acreditava que era impossível que a artéria
estivesse livre da obstrução atribuindo a melhora à sugestão. Repetida a arteriografia,
não havia mais nenhuma obstrução na femural direita. O estímulo do S.R.E
comprovado por Jesse Teixeira e as ações deste bem explicados no trabalho de
Ricardo Veronesi explicavam a desobstrução da artéria femural de Garófalo e abriam
um enorme campo no tratamento das doenças auto-imunes.
3.1.2 - Esclerodermia
Relato de casos:
O Dr. Luiz Moura Iniciou o tratamento da paciente com E.S.P., no dia 10/09/1976. Para
provocar o desvio imunológico e assim aliviar a paciente aplicou 5ml de sangue em
cada deltóide e 5ml em cada glúteo, de 5 em 5 dias. A paciente já não caminhava há 8
meses e não deglutia sólidos, só líquidos, devido a estenose do esôfago. Dia
10/10/1976 a paciente saía andando do Hospital, com alta melhorada assinada pela
Dra. Ryssia. A paciente continuou o tratamento com a dose reduzida para 10ml de
sangue por semana. Em maio de 1977 a paciente A.S.O. foi reinternada para avaliação,
sendo constatada grande melhora em relação ao dia 10/10/1976 quando teve alta no
ano anterior.
Relato do caso:
paciente que sobrevive entre aquelas diagnosticadas em 1980 como miastenia gravis,
no Instituto de Neurologia.
Relato de casos:
3.1.5 - LES
Relato de caso:
Relato de caso:
Em 1978, a filha do Dr. Luiz Moura, que vivia na Espanha tinha ovários
policísticos, não ovulava, era estéril. Então, ele solicitou ao ginecologista e obstetra -
que fizesse a auto hemoterapia de 10ml semanais.Após 6 meses ela engravidou, e
repetido o exame com insuflação tubária, já não haviam mais cistos. O médico obstetra
fez os partos, um casal hoje com 20 e 21 anos respectivamente e prosseguiu aplicando
DIU ao longo de 20 anos a fim de evitar gravidez indesejada.
3.1.7 - Petéquias
Relato de caso:
Relato de caso:
4 - Imunologia
4.1 - Imunidade
defesa da imunidade inata, que são especificamente destinados a reagir contra eles e
contra seus produtos. Os fagócitos (neutrófilos e macrófagos), englobam os
microrganismos e os destroem pela produção de substâncias microbicidas; os
macrófagos também secretam citocinas que estimulam a inflamação e as respostas dos
linfócitos. As células matadoras naturais destroem as células infectadas por vírus e
produzem a citocina ativadora dos macrófagos, o interferon-y. As respostas imunes
inatas, além de combater as infecções, estimulam a subseqüente imunidade específica
(ou adquirida). As respostas da imunidade adquirida desenvolvem-se mais tarde e
consistem na ativação dos linfócitos. Existem dois tipos de respostas imunes
adquiridas, designadas imunidade humoral e imunidade mediada por célula. A humoral
é mediada por células do sangue, chamadas anticorpos, que são produzidos pelos
linfócitos B. Os anticorpos reconhecem especificamente os antígenos
microbianos,neutralizam a infecciosidade dos microrganismos e marcado-os para a
eliminação pelos vários mecanismos efetores. A imunidade humoral é o principal
mecanismo de defesa contra microrganismos extracelulares e suas toxinas, devido ao
fato dos anticorpos secretados poderem se ligar a esses microrganismos e toxinas e
ajudar na sua eliminação. A imunidade mediada por célula, também chamada de
imunidade celular, é mediada por células chamada linfócitos T. Os microrganismos
intracelulares, tais como os vírus e algumas bactérias, sobrevivem e proliferam dentro
dos fagócitos e de outras células do hospedeiro, onde ficam inacessíveis aos anticorpos
circulantes. A defesa contra essas infecções é uma função da imunidade celular, que
promove a destruição dos microrganismos que residem nos fagócitos à lise das células
infectadas (ABBAS,2003).
progressivamente pela medula dos ossos chatos, de tal modo que, na puberdade, a
hematopoiese ocorre na sua maior parte no esterno, nas vértebras, nos ossos ilíacos e
nas costelas. A medula vermelha, que é encontrada nesses ossos, consiste de uma
estrutura reticular esponjiforme localizada entre trabéculas longas. Os espaços nessas
estruturas são cheios com células gordurosas, com fibroblastos estromais e com
precursores das células sanguíneas.Esses precursores amadurecem e saem por meio
de uma densa rede de seios vasculares para entrarem na circulação vascular. Quando
a medula óssea é lesada ou quando ocorre uma demanda excepcional de produção de
novas células sanguíneas, o fígado e o baço podem ser recrutados como sítios de
hematopoiese extramedular (ABBAS,2003).
Todas as células sanguíneas originam-se de uma célula tronco comum que fica
comprometida a se diferenciar ao longo de linhagens particulares. Essas células
primordiais carecem de marcadores das células diferenciadas e, em vez disso,
expressam duas proteínas.
linfócitos B e depois migram para a medula. A maturação dos linfócitos T não ocorre na
medula óssea.
4.4 - Monócitos
4.5 - Macrófagos
Após ressaltarmos tantas e tão importantes funções, fica fácil de ser entendido o
papel desempenhado pelo sistema retículo endotelial no determinismo favorável ou
desfavorável de processos mórbidos tão variados como sejam os infecciosos,
neoplásicos, degenerativos e auto-imunes e a sua importância evidenciada através da
auto hemoterapia.
32
5 - Hemoterapia
Em relação aos testes sorológicos, em 1989, não eram realizados testes para
Hepatite C e nem para HTLV I / II, tornando-se obrigatório no ano de 1993. Em 1996, os
testes anti HIV- 1e anti HIV – 2, Doença de Chagas, Hepatite B e C, e HTLV I/II.
6 - O papel do enfermeiro
6.1 - Na hemoterapia
Foi montada uma sala especifica pela nossa equipe, garantindo o conforto dos
pacientes, a qualidade do procedimento e a organização do processo. Nesta sala
encontra-se: uma maca, duas cadeiras, suporte de braço para a injeção e um armário
contendo todos os materiais necessários para o procedimento, tais como: luvas de
procedimentos, bolsa de água quente, garrotes, seringas, agulhas, algodão, álcool
70%.
A bolsa de água quente tem sido utilizada com sucesso, sempre que um
paciente apresenta rede venosa de difícil acesso. Nestes casos, permanecem de 5 a 10
37
minutos com aplicação de calor local (morna), de modo a facilitar a punção venosa
através da vasodilatação produzida.
38
7.2 - Aplicação
Com isso, cabem a nós enfermeiros orientarmos a população com relação aos
seus benefícios, conscientizando sempre sobre a eficácia das terapias alternativas.
Mas, para que isso ocorra, é necessário divulgar a auto hemoterapia, e demonstrar a
importância desta como fator de aumento da imunidade através do aumento da taxa de
macrófagos.
Lembrando sempre que o enfermeiro como educador não deve apenas indicar,
demonstrar e conscientizar, mas também realizar a educação continuada, não se
prendendo apenas no problema ou atual patologia do paciente e sim tratar a atual e
prevenir as futuras, mantendo seu paciente informado dos fatores de risco e
possibilidades de adquirir determinadas patologias.
9 - Metodologia
Para Tripodi et al (1975 apud MARCONI e LAKATOS, 1990, p.76), “as pesquisas
de campo dividem-se em três grandes grupos: quantitativo-descritivos, exploratórios e
experimentais, com as respectivas subdivisões”. Neste estudo coube fazer uma
abordagem quantitativo-descritiva e ainda exploratória.
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Foi criado pela nossa equipe um protocolo de inclusão, onde consta o critério
que o paciente nos procure espontaneamente; em seguida são realizados a anamnese,
histórico de enfermagem, exame físico e evolução, sendo enviada para o médico da
equipe. Após a análise destes dados pelo médico ele nos envia a receita, constando da
dosagem do tratamento e do número de aplicações necessárias. Em seguida,
informamos ao paciente que seu tratamento já pode ser iniciado. Nos casos que
estamos tratando, todos os pacientes estão recebendo 10 ml de sangue, sendo
43
Cliente 1 - M.C.D.J., 56 anos (F), que tinha como queixa principal uma intensa
dor no quadril. Acreditou muito no tratamento, confiando plenamente na auto
hemoterapia e na nossa equipe.
Cliente 2 - R.C.P., 77 anos (M). Já realizou cirurgia na vesícula biliar e ate hoje
sofre as conseqüências desta. Tinha muita dificuldade de permanecer sentado com a
coluna reta, precisando ficar recostado. Apresentava edema, dor nos membros
inferiores, artrite, tendinite e bursite.
PACIENTE PROCURA A
EQUIPE POR DEMANDA
EXPONTÂNEA
CONSULTA DE
ENFERMAGEM
MÉDICO
(ANAMNESE E EXAME
FISICO)
MÉDICO
ACOMPANHAMENTO
MÉDICO E DE
ENFERMAGEM
ALTA DO PACIENTE
OU CONTINUIDADE
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10 – Resultados:
Cada paciente tem seu prontuário, contendo neste uma folha com o seu nome, a
data do início do tratamento e a data do término. Em seguida vem a ficha de anamnese
que foi preenchida na primeira consulta e logo depois a receita médica. Antes da ficha
de evolução do paciente, nossa equipe formulou uma ficha que recebe o nome de
“Formulário de controle das aplicações”, onde são registradas as datas, a seqüência
das aplicações, o local da punção, os locais de aplicação e quem realizou o
procedimento (Anexo E). São anotados na evolução clínica do paciente seus relatos,
queixas e melhoras, contendo também os resultados de exames, caso tenham
realizado algum (follow-up).
CLIENTE 1
⇒ Em julho de 2006, M.C.D.J (F) – 56 anos, iniciou tratamento. Ela apresentava como
queixa principal dor no quadril. Paciente já havia realizado esplenectomia e cirurgia de
amídalas. No primeiro dia de consulta relatou dor no quadril persistente e incomodo na
garganta, com sensação de `entupimento` ao engolir sentindo um gosto desagradável.
Relatou também se encontrar muitas vezes confusas tendo sensação de fraqueza. O
médico prescreveu para ela oito sessões de 10 ml, sendo realizada semanalmente.
Esta paciente era uma pessoa muito dedicada e confiante no tratamento, por isso trazia
todos os dias de aplicação o que sentiu durante cada dia após a aplicação da auto
hemoterapia.
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1ª aplicação: Paciente relata muita dor no quadril, incômodo na garganta e estar com a
memória muito ruim. Encontra-se com sono preservado. Nos mostrou um resultado de
um hemograma que havia sido realizado em 27/06/06 onde apresentava leucócitos
=4600 mm3 e linfócitos = 50%. Ela irá realizar laringoscopia direta no dia 12/07/06 e
depois nos mostrará o resultado. Relatou que no dia seguinte ao da aplicação estava
meio sonolenta pela manhã e com a sensação de que estava com algo parado na
garganta. Foi ao otorrino e realizou a laringoscopia e não foi detectada nenhuma
anormalidade, sendo relatado pelo otorrino que esses sintomas podem ser devido a
uma reação alérgica devido ao tempo frio. No dia seguinte, acordou novamente muito
fraca, com a voz ficando cada vez mais fraca e o com os olhos lacrimejando e ardendo,
sua visão estava turva. Na parte da tarde segundo suas anotações, a paciente relata
uma melhora com relação à fraqueza e a visão. Nos dois dias seguintes, a paciente
estava tonta e quase não conseguia se movimentar da cintura para baixo, pois se
sentia travada e fraca. Na manhã seguinte ela continuava fraca, um pouco nervosa e
ansiosa, sua voz continuava fraca e cansada. A perna esquerda, o quadril e a cabeça
doíam muito até tomar um relaxante muscular que melhorou as dores. No dia seguinte
estava se sentindo bem, mais forte e notou melhora na garganta. Só estava sentindo os
nós no quadril e a pele do rosto meio irritada.
3ª aplicação: Neste dia relatou melhora da rinite, porém aquela sensação desagradável
na garganta persistia. Foi no médico (gastroenterologista) onde este solicitou uma
endoscopia, pois suspeitava de refluxo.
6ª aplicação: Relata estar muito bem, não sentindo nada de anormal no seu organismo.
Três dias após a aplicação começou a sentir muita falta de ar e entupimento nasal. Fez
nebulização. Paciente relata não apresentar hematomas nem dores após a punção e as
aplicações.
Após a oitava aplicação (última) da paciente M.C.D.J, ela nos relatou o que
achou do tratamento:
Esplenectomia
É a operação que tem sido feita com mais freqüência na hipertensão porta
esquistossomótica. Ela tem as seguintes vantagens: elimina o tumor abdominal, corrige
49
CLIENTE 2
mais de dez minutos por dia. O médico prescreveu para ele doze sessões de 10 ml
semanalmente.
1ª aplicação: Relata após esta ter sentido melhora nas dores, principalmente na perna
direita.
9ª aplicação: Paciente relatou grande melhora com relação a tendinite, bursite, os pés
não estão mais ficando inchados, não apresenta mais dor no corpo ao acordar, nem
tonteira e nem disânimo. Encontra-se muito satisfeito com o tratamento relatando
apresentar uma melhora de 90% desde que iniciou a auto hemoterapia. Relatou pela
primeira vez que apresentava carcinoma na mão esquerda, segundo seu médico, e já
tinha indicação cirúrgica, porém este está sumindo. Irá ao médico para confirmar. Não
queixa dor durante nem após o procedimento, e nem qualquer outro tipo de alteração.
Na sua penúltima aplicação, o CLIENTE 2 nos deu seu relato de como está
sentindo com a auto hemoterapia, tanto com relação as melhoras quanto as que ainda
não melhoraram:
Tendinite e Bursite
CLIENTE 3
⇒ Em julho de 2006, L.M.S.M. (F) – 51 anos. Paciente procurou nossa equipe por
relatar que desde pequena tem problemas dermatológicos (feridas) e que tratava com
ervas, mas até hoje sofre desses problemas, pois não encontrou solução. Teve muitos
efeitos colaterais com corticosteróides, como: inchaço, coceira, feridas na mão devido a
coceira. Relata apresentar prurido intenso em todo corpo, irritação, mau humor devido a
isso. Diz que no período noturno os sintomas pioram, chegando a sentir queimação em
todo corpo. Os locais onde estas feridas mais se encontram são: na face, nas
pálpebras, no pescoço, região inguinal e nádegas. Paciente apresenta bronquite
alérgica, dispnéia esporadicamente com crises leves aos pequenos esforços, é
hipertensa, apresenta angina pectoris, apresenta osteoporose e artrose. Paciente relata
já ter realizado quimioterapia, pois já realizou cirurgia para a retirada de dois tumores da
vista. A ultima vez que foi ao ginecologista, ele solicitou uma USG de pélvis, onde
mostrou mioma uterino de pequeno tamanho. Foi prescrito para ela oito semanas de
tratamento, sendo 10 ml semanalmente.
52
5 ª aplicação: Está fazendo o banho com chá de camomila, mas a coceira continua na
região do pescoço principalmente e um pouco menos nas pálpebras e narinas. Não
sente mais coceira nas mãos nem no abdome depois que iniciou a auto hemoterapia.
Sua respiração melhorou quase 100%, segundo relato da paciente. Está andando muito
a pé, o que não fazia antes, e não conseguia “subir ladeira” pois se sentia muito
cansada. Relata também melhora na vista, sendo pedido para a enfermeira para ela
continuar observando.
8 ª aplicação: Veio para receber sua última aplicação, relatando melhora na respiração,
na dermatose crônica (no pescoço e nas pálpebras) e melhora na vista. Encontra-se
mais animada querendo melhorar mais ainda das “coceiras”. Está muito agradecida
com a nossa equipe.
Dermatose Crônica
A CLIENTE 3 é uma paciente muito agitada e que procurava uma forma para
tratar as suas feridas que se encontravam por todo corpo. Ela já havia tentado vários
tipos de tratamento, porém sem resultados. A paciente já realizou oito aplicações de
auto hemoterapia, finalizando o tratamento prescrito. Ela encontra-se no período de
intervalo, mas está querendo muito reiniciar o tratamento.
CLIENTE 4
⇒ No final de julho de 2006, J.F.P. (F) – 75 anos iniciou o tratamento. Ela já conhecia a
auto hemoterapia, pois já realizou este tratamento há 30 anos. Incomoda-se por não
conseguir abaixar, pois tem dificuldade de reerguer-se do chão. Realiza exame de
sangue periodicamente para controle do hipotireoidismo. Diz ser bastante ativa. Já
realizou histerectomia total há mais ou menos 20 anos, pois apresentava mioma.
Paciente relata ter osteoporose e ter tido lesão no menisco e ficou com seqüela, não
conseguindo agachar. Faz tratamento para o hipotireoidismo e reposição hormonal. Foi
prescrito para ela doze semanas de tratamento sendo aplicado 10 ml.
3ª aplicação: A `verruga` começou a cair. Melhora das dores nos membros inferiores e
do resfriado.
4ª aplicação: Muito satisfeita, a paciente nos mostrou que a ` verruga` caiu. Encontra-se
cada dia mais animada e satisfeita com o tratamento. Relata não apresentar
hematomas após a punção e as aplicações.
"Essa dor no joelho parece que refletia no calcanhar e que qualquer calcado
que eu usasse estava me incomodando muito. A partir da segunda aplicação,
os problemas sumiram, e eu também tinha uma `verruga` no dedo médio que já
tinha indicação cirúrgica onde o médico me relatou que teria que dar uns
pontinhos.”
Hipotireoidismo
Osteoporose
CLIENTE 5
1 ª aplicação: Paciente queixa fortes dores nas pernas e na região coccígena. Foi ao
médico, onde ente solicitou vários exames (sangue e urina), onde no resultado
constava infecção urinária. Iniciou o tratamento com o antibiótico prescrito pelo médico,
porém começou a sentir muita falta de apetite e de energia. Por esse motivo parou o
tratamento pela metade, faltando toar metade da cartela de antibiótico. Encontra-se
animado e confiante com a auto hemoterapia.
2 ª aplicação: Relata continuar com as dores nas pernas e muito cansaço. Foi no
cardiologista onde realizou exames não constatando nenhuma anormalidade, com
exceção do pulmão, que estava apresentando um princípio de edema (paciente
tabagista). Está tomando um xarope e um anti-inflamatório. Diz estar muito confiante
com o tratamento. Paciente relata não sentir dores durante o tratamento, nem no
momento da punção e nem durante e após as aplicações. Relata a ausência de
hematomas.
Após a terceira aplicação o paciente N.C.F nos relatou o que estava achando da auto
hemoterapia:
57
"Eu ainda sinto um pouco de dor perto do nervo ciático, mas o resto da dor nas
pernas que eu sentia já melhoraram bastante. As câimbras que eu sentia
durante a noite já melhoraram 90% e o esfriamento nas pontas dos pés
também.”
CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Considerando o disposto no inciso II do art. 198 da Constituição Federal, que dispõe sobre a
integralidade da atenção como diretriz do SUS;
Considerando o parágrafo único do art. 3º da Lei nº 8.080/90, que diz respeito às ações destinadas
a garantir às pessoas e à coletividade condições de bem-estar físico, mental e social, como fatores
determinantes e condicionantes da saúde;
Considerando que a Organização Mundial da Saúde (OMS) vem estimulando o uso da Medicina
Tradicional/Medicina Complementar/Alternativa nos sistemas de saúde de forma integrada às
técnicas da medicina ocidental modernas e que em seu documento "Estratégia da OMS sobre
Medicina Tradicional 2002-2005" preconiza o desenvolvimento de políticas observando os
requisitos de segurança, eficácia, qualidade, uso racional e acesso;
Art. 1º Aprovar, na forma do Anexo a esta Portaria, a Política Nacional de Práticas Integrativas e
Complementares (PNPIC) no Sistema Único de Saúde.
Parágrafo único. Esta Política, de caráter nacional, recomenda a adoção pelas Secretarias de
Saúde dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, da implantação e implementação das
ações e serviços relativos às Práticas Integrativas e Complementares.
Art. 2º Definir que os órgãos e entidades do Ministério da Saúde, cujas ações se relacionem com
o tema da Política ora aprovada, devam promover a elaboração ou a readequação de seus planos,
programas, projetos e atividades, na conformidade das diretrizes e responsabilidades nela
estabelecidas.
ANEXO
1. INTRODUÇÃO
- 1986 - 8ª Conferência Nacional de Saúde (CNS), considerada também um marco para a oferta
das Práticas Integrativas e Complementares no sistema de saúde do Brasil, visto que,
impulsionada pela Reforma Sanitária, deliberou em seu relatório final pela "introdução de
práticas alternativas de assistência à saúde no âmbito dos serviços de saúde, possibilitando ao
usuário o acesso democrático de escolher a terapêutica preferida";
- 1996 - 10ª Conferência Nacional de Saúde que, em seu relatório final, aprovou a "incorporação
ao SUS, em todo o País, de práticas de saúde como a fitoterapia, acupuntura e homeopatia,
contemplando as terapias alternativas e práticas populares";
- 2000 - 11ª Conferência Nacional de Saúde que recomenda "incorporar na atenção básica: Rede
PSF e PACS práticas não convencionais de terapêutica como acupuntura e homeopatia";
- 2003 - Relatório Final da 12ª CNS que delibera pela efetiva inclusão da MNPC no SUS (atual
Práticas Integrativas e Complementares).
- 2005 - Decreto Presidencial de 17 de fevereiro de 2005, que cria o Grupo de Trabalho para
elaboração da Política Nacional de Plantas Medicinais e Fitoterápicos; e
- 2005 - Relatório Final do Seminário "Águas Minerais do Brasil", em outubro, que indica a
constituição de projeto piloto de T ermalismo Social no SUS.
Esta política, portanto, atende às diretrizes da OMS e visa avançar na institucionalização das
Práticas Integrativas e Complementares no âmbito do SUS.
A acupuntura é uma tecnologia de intervenção em saúde que aborda de modo integral e dinâmico
o processo saúde-doença no ser humano, podendo ser usada isolada ou de forma integrada com
outros recursos terapêuticos. Originária da medicina tradicional chinesa (MTC), a acupuntura
compreende um conjunto de procedimentos que permitem o estímulo preciso de locais
anatômicos definidos por meio da inserção de agulhas filiformes metálicas para promoção,
manutenção e recuperação da saúde, bem como para prevenção de agravos e doenças.
69
Achados arqueológicos permitem supor que essa fonte de conhecimento remonta há pelo menos
3000 anos. A denominação chinesa zhen jiu, que significa agulha (zhen) e calor (jiu), foi
adaptada nos relatos trazidos pelos jesuítas no século XVII, resultando no vocábulo acupuntura
(derivado das palavras latinas acus, agulha, e punctio, punção). O efeito terapêutico da
estimulação de zonas neurorreativas ou "pontos de acupuntura" foi, a princípio, descrito e
explicado numa linguagem de época, simbólica e analógica, consoante com a filosofia clássica
chinesa.
No ocidente, a partir da segunda metade do século XX, a acupuntura foi assimilada pela medicina
contemporânea, e graças às pesquisas científicas empreendidas em diversos países tanto do
oriente como do ocidente, seus efeitos terapêuticos foram reconhecidos e têm sido
paulatinamente explicados em trabalhos científicos publicados em respeitadas revistas científicas.
Admite-se, atualmente, que a estimulação de pontos de acupuntura provoca a liberação, no
sistema nervoso central, de neurotransmissores e outras substâncias responsáveis pelas respostas
de promoção de analgesia, restauração de funções orgânicas e modulação imunitária.
A OMS recomenda a acupuntura aos seus Estados-Membros, tendo produzido várias publicações
sobre sua eficácia e segurança, capacitação de profissionais, bem como métodos de pesquisa e
avaliação dos resultados terapêuticos das medicinas complementares e tradicionais. O consenso
do National Institutes of Health dos Estados Unidos referendou a indicação da acupuntura, de
forma isolada ou como coadjuvante, em várias doenças e agravos à saúde, tais como odontalgias
pós-operatórias, náuseas e vômitos pós-quimioterapia ou cirurgia em adultos, dependências
químicas, reabilitação após acidentes vasculares cerebrais, dismenorréia, cefaléia, epicondilite,
fibromialgia, dor miofascial, osteoartrite, lombalgias e asma, entre outras.
A MTC inclui ainda práticas corporais (lian gong, chi gong, tuina, tai-chi-chuan); práticas
mentais (meditação); orientação alimentar; e o uso de plantas medicinais (fitoterapia tradicional
chinesa), relacionadas à prevenção de agravos e de doenças, a promoção e à recuperação da
saúde.
No Brasil, a acupuntura foi introduzida há cerca de 40 anos. Em 1988, por meio da Resolução nº
5/88, da Comissão Interministerial de Planejamento e Coordenação (Ciplan), teve suas normas
fixadas para atendimento nos serviços públicos de saúde.
De acordo com o diagnóstico da inserção da MNPC nos serviços prestados pelo SUS e os dados
do SIA/SUS, verifica-se que a puntura está presente em 19 estados, distribuída em 107
municípios, sendo 17 capitais.
Diante do exposto, é necessário repensar, à luz do modelo de atenção proposto pelo Ministério, a
inserção dessa prática no SUS, considerando a necessidade de aumento de sua capilaridade para
garantir o princípio da universalidade.
1.2. HOMEOPATIA
- atua em diversas situações clínicas do adoecimento como, por exemplo, nas doenças crônicas
não-transmissíveis, nas doenças respiratórias e alérgicas, nos transtornos psicossomáticos,
reduzindo a demanda por intervenções hospitalares e emergenciais, contribuindo para a melhoria
da qualidade de vida dos usuários; e
Em 2004, com o objetivo de estabelecer processo participativo de discussão das diretrizes gerais
da homeopatia, que serviram de subsídio à formulação da presente Política Nacional, foi
realizado pelo Ministério da Saúde o 1º Fórum Nacional de Homeopatia, intitulado "A
Homeopatia que queremos implantar no SUS". Reuniu profissionais; Secretarias Municipais e
Estaduais de Saúde; Universidades Públicas; Associação de Usuários de Homeopatia no SUS;
entidades homeopáticas nacionais representativas; Conselho Nacional de Secretários Municipais
de Saúde (Conasems); Conselhos Federais de Farmácia e de Medicina; Liga Médica
Homeopática Internacional (LMHI), entidade médica homeopática internacional, e representantes
do Ministério da Saúde e da Agência Nacional de Vigilância Sanitária. (ANVISA).
A fitoterapia é uma "terapêutica caracterizada pelo uso de plantas medicinais em suas diferentes
formas farmacêuticas, sem a utilização de substâncias ativas isoladas, ainda que de origem
vegetal". O uso de plantas medicinais na arte de curar é uma forma de tratamento de origens
muito antigas, relacionada aos primórdios da medicina e fundamentada no acúmulo de
informações por sucessivas gerações. Ao longo dos séculos, produtos de origem vegetal
constituíram as bases para tratamento de diferentes doenças.
Desde a Declaração de Alma-Ata, em 1978, a OMS tem expressado a sua posição a respeito da
necessidade de valorizar a utilização de plantas medicinais no âmbito sanitário, tendo em conta
72
que 80% da população mundial utiliza essas plantas ou preparações destas no que se refere à
atenção primária de saúde. Ao lado disso, destaca-se a participação dos países em
desenvolvimento nesse processo, já que possuem 67% das espécies vegetais do mundo.
O Brasil possui grande potencial para o desenvolvimento dessa terapêutica, como a maior
diversidade vegetal do mundo, ampla sociodiversidade, uso de plantas medicinais vinculado ao
conhecimento tradicional e tecnologia para validar cientificamente esse conhecimento.
- a Resolução Ciplan nº 8/88, que regulamenta a implantação da fitoterapia nos serviços de saúde
e cria procedimentos e rotinas relativas a sua prática nas unidades assistenciais médicas;
- o Relatório da 12ª Conferência Nacional de Saúde, realizada em 2003, que aponta a necessidade
de se "investir na pesquisa e desenvolvimento de tecnologia para produção de medicamentos
homeopáticos e da flora brasileira, favorecendo a produção nacional e a implantação de
programas para uso de medicamentos fitoterápicos nos serviços de saúde, de acordo com as
recomendações da 1ª Conferência Nacional de Medicamentos e Assistência Farmacêutica".
- 2005 - Decreto Presidencial de 17 de fevereiro de 2005, que cria o Grupo de Trabalho para
elaboração da Política Nacional de Plantas Medicinais e Fitoterápicos.
No âmbito federal, cabe assinalar, ainda, que o Ministério da Saúde realizou, em 2001, o Fórum
para formulação de uma proposta de Política Nacional de Plantas Medicinais e Medicamentos
Fitoterápicos, do qual participaram diferentes segmentos tendo em conta, em especial, a
intersetorialidade envolvida na cadeia produtiva de plantas medicinais e fitoterápicos. Em 2003, o
Ministério promoveu o Seminário Nacional de Plantas Medicinais, Fitoterápicos e Assistência
Farmacêutica. Ambas as iniciativas aportaram contribuições importantes para a formulação desta
Política Nacional, como concretização de uma etapa para elaboração da Política Nacional de
Plantas Medicinais e Fitoterápicos.
O uso das Águas Minerais para tratamento de saúde é um procedimento dos mais antigos,
utilizado desde a época do Império Grego. Foi descrita por Heródoto (450 a.C.), autor da primeira
publicação científica termal.
A crenoterapia consiste na indicação e uso de águas minerais com finalidade terapêutica atuando
de maneira complementar aos demais tratamentos de saúde.
No Brasil, a crenoterapia foi introduzida junto com a colonização portuguesa, que trouxe ao País
seus hábitos de usar águas minerais para tratamento de saúde. Durante algumas décadas foi
disciplina conceituada e valorizada, presente em escolas médicas, como a UFMG e a UFRJ. O
campo sofreu considerável redução de sua produção científica e divulgação com as mudanças
surgidas no campo da medicina e da produção social da saúde como um todo, após o término da
segunda guerra mundial.
A partir da década de 90, a Medicina Termal passou a dedicar-se a abordagens coletivas, tanto de
prevenção quanto de promoção e recuperação da saúde, inserindo neste contexto o conceito de
Turismo Saúde e de Termalismo Social, cujo alvo principal é a busca e a manutenção da saúde.
74
Países europeus como Espanha, França, Itália, Alemanha, Hungria e outros adotam desde o início
do século XX o Termalismo Social como maneira de ofertar às pessoas idosas tratamentos em
estabelecimentos termais especializados, objetivando proporcionar a essa população o acesso ao
uso das águas minerais com propriedades medicinais, seja para recuperar seja para sua saúde,
assim como preservá-la.
2. OBJETIVOS
3. DIRETRIZES
- articulação com a Política Nacional de Atenção à Saúde dos Povos Indígenas e as demais
políticas do Ministério da Saúde.
3.7. Garantia do acesso aos demais insumos estratégicos das Práticas Integrativas e
Complementares, com qualidade e segurança das ações.
Diretriz MTCA 1
Deverão ser priorizados mecanismos que garantam a inserção de profissionais de saúde com
regulamentação em acupuntura dentro da lógica de apoio, participação e co-responsabilização
com as ESF
- identificar, em conjunto com as equipes da atenção básica (ESF e equipes de unidades básicas
de saúde) e a população, a(s) prática(s) a ser(em) adotada(s) em determinada área;
- discutir clinicamente os casos em reuniões tanto do núcleo quanto das equipes adscritas.
2. Centros especializados
Para toda inserção de profissionais que exerçam a acupuntura no SUS será necessário o título de
especialista.
Diretriz MTCA 2
1. Incentivo à capacitação para que a equipe de saúde desenvolva ações de prevenção de agravos,
promoção e educação em saúde -individuais e coletivas na lógica da MTC, uma vez que essa
capacitação deverá envolver conceitos básicos da MTC e práticas corporais e meditativas.
Exemplo: Tuí-Na, Tai Chi Chuan, Lian Gong. Chi Gong, e outros que compõem a atenção à
saúde na MTC.
3. Articulação com outras áreas visando ampliar a inserção formal da MTC/acupuntura nos
cursos de graduação e pós-graduação para as profissões da saúde.
Diretriz MTCA 3
Resolução COFEN-200 / 97
RESOLVE:
1. FINALIDADE
2. OBJETIVOS
3. RECURSOS HUMANOS
81
b) Assistir de maneira integral aos doadores, receptores e suas famílias, tendo como
base o Código de ética dos Profissionais de Enfermagem e a legislação vigente.
6. DISPOSIÇÕES GERAIS
(*) Alguns destes textos são retirados de periódicos que permitem a reprodução desde que citada
a fonte. Não me foi possível contactar todos os autores para uma permissão específica. Solicito
que os autores que acharem que estou inflingindo seus direitos que me mande um e-mail que
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retirarei o texto. Procurei ser fiel e cuidadoso na reprodução dos textos embora erros possam
existir, agradeceria correções ou retificações.
85
O pesquisador irá tratar a sua identidade com padrões profissionais de sigilo, o mesmo
ocorrendo com as gravações e imagens. Os resultados da pesquisa, estarão
disponíveis à partir da defesa da monografia e permanecerão confidenciais. Seu nome
ou o material que indique a sua participação não será liberado sem a sua permissão.
Você não será identificado(a) em nenhuma publicação que possa resultar deste estudo,
sem seu consentimento impresso. Uma cópia deste consentimento informado será
arquivada no Curso de Enfermagem da Universidade Presidente Antônio Carlos.
CUSTOS DA PARTICIPAÇÃO, RESSARCIMENTO E INDENIZAÇÃO POR
EVENTUAIS DANOS: A participação no estudo não acarretará custos para você e não
será disponível nenhuma compensação financeira adicional.
DECLARAÇÃO DO PARTICIPANTE OU DO RESPONSÁVEL PELO PARTICIPANTE:
Eu, ____________________________________________________________ tendo
procurado o tratamento da auto hemoterapia por minha livre e espontânea vontade,
declaro que fui informada (o) dos objetivos desta pesquisa de maneira clara e detalhada
e esclareci minhas dúvidas. Sei que em qualquer momento poderei solicitar novas
informações e modificar minha decisão se assim o desejar. A professora orientadora
TELMA GEOVANINI que poderá ser encontrada no telefone (32)84094974 certificou-
me de que todos os dados desta pesquisa serão confidenciais. Em caso de dúvidas
poderei chamar a estudante MARIA CLARA SALOMÃO E SILVA no telefone (32)
99253618, que também está apta a me prestar informações. Recebi uma cópia deste
termo de consentimento livre e esclarecido e me foi dada à oportunidade de ler e
esclarecer as minhas dúvidas.