Psicologia e Iridologia
Psicologia e Iridologia
Psicologia e Iridologia
A personalidade na ris
Enviado por Jos Antonio de Oliveira
Resumo
Introduo
Iridologia / irisdiagnose
Histria da iridologia
Possibilidade e limites
O olho
Corpo e mente o "ser"
O "Olho de Deus"
O mtodo "Rayid"
Psicologia e iridologia
Aspectos ticos
Pressuposto
Justificativa
Material e mtodo
Discusso
Concluso
Ps concluso
Referncias bibliogrficas
Monografia para obteno do ttulo de Especialista em Iridologia apresentada no VI Curso de
Ps-Graduao "Latu Sensu" em Iridologia pela Faculdade de Cincias da Sade - FACIS
"Um funcionamento inadequado da psique pode causar tremendos prejuzos ao corpo, da
mesma forma que, inversamente, um sofrimento corporal pode afetar a psique; pois a psique
e o corpo no esto separados, mas so animados por uma mesma vida. Assim sendo, rara a
doena corporal que no revele complicaes psquicas, mesmo quando no seja
psiquicamente causada."
C. G. JUNG
Resumo
Este trabalho apresenta uma nova proposta de atuao metodolgica a ser utilizada pela
Psicologia, no que tange determinao dos padres bsicos de personalidade dos indivduos,
com seu conseqente reconhecimento cientfico. Mostra-se que h uma interface entre o
mtodo iridolgico Rayid, criado por Denny Johnson e a Psicologia Analtica ou Junguiana,
desenvolvida por Carl Gustav Jung. Num primeiro momento, apresenta-se a histria da
Iridologia e um estudo da embriognese do olho. Num segundo momento, discorre-se sobre o
mtodo Rayid, sobre a Psicologia Junguiana e sua tipologia da personalidade. Finalmente,
apresenta-se estudo de casos com demonstrao estatstica dos mesmos, onde mostrou-se
importante conexo entre a Psicologia Junguiana e o mtodo Rayid.
ABSTRACT
This work introduces a new proposal a of methodological performance for being used by the
Psychology, in the that says about the determination of the basic standards of personality of
the individuals, with its consequent scientific recognition. It shows that there is an interface
between iridological method Rayid, created by Denny Johnson and the Analytic Psychology or
Junguiana, developed by Carl Gustav Jung. In a first moment, it introduces History and a study
of embryo genesis of the eye. Secondly, it runs or flow over about the method Rayid, about the
Psychology Junguiana and its typology of the personality. Finally, it introduces study of cases
with statistical demonstration of the same, where shows important connection between
Psychology Junguiana and the method Rayid.
Introduo
Seria certo imaginar que o comportamento que uma pessoa apresentar em toda sua
existncia determinado no ato da concepo? possvel que a personalidade tenha algum
substrato fsico ou gentico, sendo determinada antes do nascimento? Ou seriam os padres
comportamentais pr-determinados? Que importncia tem o meio na formao da
personalidade ou no afloramento e fixao deste ou daquele aspecto comportamental? A
personalidade pode sofrer condicionamento?
Estas perguntas so o cerne da cincia Psicologia que tem por objetivo compreender e
apreender a essncia do ser humano. De imediato pode-se dizer que nada imutvel apenas
a morte. Se a personalidade fosse inacessvel e no fosse possvel redirecionar o
comportamento, no teria razo de ser a existncia da Psicologia, posto que seria impossvel a
sua prxis, qual seja, ajudar o homem vivenciar seu bem-estar.
Entretanto, a cincia psicolgica esbarra nas normas e padres cientficos que a impedem de
utilizar tcnicas de vanguarda por no terem sido, ainda, reconhecidas como cientficas, como
o caso da Iridologia. Mas no fora a prpria Psicologia, antes do reconhecimento de seu valor
cientfico, taxada de no-cientfica e misticismo?
A Iridologia, atravs da anlise da ris, nos traz um novo mtodo para a compreenso e estudo
do ser humano, seja em seu aspecto fsico, seja em seu aspecto psicolgico. Inmeras
pesquisas j foram realizadas e, especificamente no campo psicolgico, contamos com o
mtodo Rayid, criado por Denny Johnson, que evidencia haver uma determinao psquica
demonstrvel na ris. Ora, se as pesquisas j realizadas parecem validar tal mtodo, por que a
Psicologia no se vale deste instrumento para enriquecer seu pool de aes e, principalmente,
beneficiar o prprio homem?
Seria possvel a unio entre Psicologia e Iridologia? Qual papel caberia a ambas? Como se
enquadraria a Medicina nesse contexto? Estas perguntas encerram o objetivo deste trabalho,
qual seja, o de demonstrar que o mtodo Rayid tem um valor cientfico e que a Psicologia
muito se beneficiaria com o seu reconhecimento, aliando-o sua prtica clnica. Para isso, ser
utilizada a teoria psicolgica desenvolvida por Carl Gustav Jung, denominada de Psicologia
Junguiana, a qual tem seu valor cientfico reconhecido pela Psicologia, sendo uma de suas
especialidades.
Finalmente, tentar-se- provar que h uma correlao entre a Psicologia, notadamente a
Psicologia Junguiana, com a Iridologia, atravs do mtodo Rayid, bem como, destas com a
Medicina.
Iridologia / irisdiagnose
Iridologia significa estudo da ris. A ris a parte do olho que lhe d a cor. A Iridologia poderia,
ento, ser definida como "o estudo da ris que vai desde a sua anatomia, fisiologia, histologia,
farmacologia, patologia at a possibilidade de se conhecer a constituio geral e parcial do
indivduo". (BATELLO, 1999).
No entanto, para a proposta deste trabalho, o termo Irisdiagnose, que pode ser definido como
sendo o conhecimento do ser humano obtido atravs do estudo da ris, o mais adequado
pois o estudo iridolgico nos proporciona conhecer no somente a constituio fsica mas,
tambm, os aspectos psquicos da pessoa.
Medicina e Psicologia sempre viveram em confronto, pois uma s conseguia ver o fsico, o
palpvel; o que no podia ser medido no tinha valor cientfico. A outra, muitas vezes
relegava, a segundo plano, o fsico, voltando-se to somente para o psquico, o inominvel e,
por isso, era considerada misticismo, quando seus mtodos de atuao e pesquisa, por mais
sistematizados que fossem, no revelassem dados concretos. Como exemplo temos o trabalho
com sonhos que, por no poderem ser medidos, sistematizados, observados e sentidos, a no
ser pelo prprio sonhador, so classificados como fico, sendo que o nico referencial o
relato do sonhador no qual se tem que confiar cegamente. A utilizao to somente de
tcnicas psicolgicas intuitivas acaba por se tornarem reducionistas, que desprezam situaes
concretas vivenciadas pela pessoa.
Este cisma que ainda perdura, divide o ser humano em metades: corpo e mente. De um lado, a
Medicina a cuidar do corpo. De outro, a Psicologia a cuidar da psique. E com isso o ser humano
que nico tornou-se o objeto de desejo da cincia.
Para por fim a essa disputa insana, surge a Irisdiagnose que permite ao profissional da sade
ver, enxergar a unicidade do ser humano atravs da simples observao de uma minscula
parte do corpo, a qual revela o fsico e o psquico ao mesmo tempo, provando que corpo e
mente a mesma coisa! Um o reflexo do outro. Como nos diz o Dr. Batello: "a medicina
uma s, o que difere so as tcnicas e os mtodos teraputicos utilizados" (BATELLO, 1999).
Assim, podemos ser comparados a uma folha de papel: o que impresso de um lado pode vir a
impressionar o outro lado e vice-versa. Ou seja, uma pessoa que sofre a amputao de um
brao pode vir a apresentar um quadro depressivo. Ou, ento, uma pessoa extremamente
ansiosa e distnica por vir a fazer uma lcera duodenal! E que maravilha , atravs da
Irisdiagnose, poder ver revelada na ris do indivduo ambas as situaes e, com isso, poder
tratar e cuidar da sua pessoa por completo.
A Irisdiagnose um novo marco do saber que recoloca o ser humano no centro, nico,
indiviso, como a prpria ris o em seu formato circular, a indicar que o nosso olho passa a ser
a janela para a nossa alma.
Histria da iridologia
No podemos precisar um incio para a Iridologia. No Egito e Grcia antigos h relatos de
estudos iridolgicos. No sculo XVII encontra-se estudos cientficos sobre sinais na ris. Em
todos os povos o olho, e mais especificamente a ris, reverenciado como um caminho para o
conhecimento interior do homem.
Entretanto, um acontecimento singular e original pode ser colocado como um marco para o
que a Iridologia viria a se tornar. O mrito cabe ao hngaro Ignatz Von Peczely que aos 10 anos
de idade fez uma observao espetacular. Ao passear por uma floresta "encontrou uma coruja
que havia ficado presa numa cerca. Ignaz tentou ajud-la e esta, apavorada, agarrou-se na
mo do jovem. Ele, na tentativa de livrar-se das garras, quebrou-lhe uma das patas. Nesse
momento notou que, na ris da coruja correspondente ao lato da fratura, apareceu um trao
escuro. Ignaz tratou o ferimento e observou como o trao foi clareando gradativamente at
restar uma tnue marca" (PIN e DOS SANTOS, 1997). Formando-se mdico, Ignatz inicia seus
estudos em Iridologia, tendo criado "o primeiro Mapa Iridolgico, o qual mostrava, embora
ainda de forma rudimentar, a correlao de rgos e sistemas a reas especficas do disco
iridal". (PIN e DOS SANTOS, 1997).
Aps Ignatz, muitos outros estudiosos pesquisaram a correlao entre alteraes do
funcionamento fisio-psquico normal e os sinais na ris. Entre os que mais se destacaram temos
o dr. Bernard Jensen, precursor da escola americana; Josef Deck, da escola alem; Denny
Jonhson, americano precursor da Iridologia Psquica; dr. Celso Batello, brasileiro e criador do
mapa condensado de Irisidiagnose que rene os principais mapas iridolgicos desenvolvidos
at os dias atuais; dr. Daniele Lo Rito, italiano e seus estudos dos traumas psicolgicos, dentre
tantos outros.
Particularmente no Brasil a Iridologia-Irisdiagnose tem tido um avano significativo. Em 1992
foi fundada a Associao Mdica Brasileira de Iridologia, a qual, juntamente com a Associao
Mundial de Irisdiagnose, tem realizado vrios congressos e simpsios. Tem-se que ressaltar a
existncia de um curso em nvel latu sensu, que tem formado inmeros profissionais
interessados em atuar com a Irisdiagnose como um instrumento auxiliar de suas atividades.
Este curso talvez seja o nico no mundo que propicia tal nvel de formao acadmica. Tudo
isso serve para mostrar que a Iridologia-Irisdiagnose tende a ser um instrumento cientfico de
suma importncia, no trabalho com o cuidado do bem-estar do homem, despontando como
um elo transdisciplinar a unir as mais diferentes reas do saber.
Possibilidade e limites
A partir deste ponto estaremos utilizando o termo Irisdiagnose por entend-lo mais
apropriado do que Iridologia, em funo do que proposto neste estudo.
A Irisdiagnose surge como novo limiar cientfico onde corpo e mente so vistos como uma
nica realidade, embora com suas especificidades a se influenciarem mutuamente. Com isso,
sua aplicabilidade se torna quase que inesgotvel. Medicina e Psicologia, ou melhor, as
cincias da sade tm, agora, um novo instrumento que possibilita antever padres fsicos e
psquicos que podem se tornar ativos e, assim, conduzirem a vida das pessoas. Para que isso
seja compreendido preciso entender o significado dos termos grifados em itlico acima.
Antes cabe uma explicao. O conhecimento que a ris nos proporciona est relacionado com
sua leitura. Isto feito atravs da verificao de sinais em sua superfcie que esto
relacionados aos diversos rgos do corpo, utilizando-se de mapas iridolgicos onde consta a
localizao desses rgos. Assim, um determinado sinal como uma mancha psrica ou uma
lacuna (ou ptala) num ponto da ris que corresponda a determinado rgo pode significar
uma fragilidade. Com isso, dizemos que aquele rgo um rgo de choque que apresenta
uma fragilidade inerente. Qualquer ao fsica ou situao/acontecimento psquico podem
desencadear doenas ou comportamentos que venham a prejudicar a homeostase, aquele
estado de equilbrio funcional quase (porqu se total significaria a morte) perfeito que
mantm a vida da pessoa dentro de padres aceitveis como normais.
Quando dizemos antever, significa que podemos nos valer da Irisdiagnose como um
instrumento preventivo na verificao de possveis disfunes fsicas e/ou distrbios psquicos.
Ora se ao ler uma ris observamos que o corao aparece com um rgo de choque, ou seja,
um rgo de menor resistncia, o profissional da sade pode atuar antes do aparecimento de
um infarto controlando-se, por exemplo, o modo de vida e a alimentao do paciente. Como
corpo e mente so nicos, a Psicologia sabendo o significado simblico do corao, pode agir
no campo emocional conhecendo o comportamento e atitudes do paciente e, junto com ele,
trabalhar para que aqueles aspectos de sua vida que no estejam sendo vividos da maneira
correta possam ser atualizados antes que o Self, centro controlador e regulador de nosso
funcionamento, interfira e compense a negligncia da pessoa com sua expresso amorosa com
um infarto! Neste caso, h um duplo benefcio proporcionado pela Psicologia: previne-se um
sintoma fsico e corrige-se um padro comportamental/emocional que poderia estar levando a
pessoa infelicidade e perda da homeostase.
Falamos em padres fsicos e psquicos. Ora, mesmo os padres tm variaes e, em nosso
caso, isso devido individualidade de cada ser humano, em funo de sua gentica nica e
de seu convvio social a influenciar seus comportamentos, isso sem mencionar seus complexos
psquicos que norteiam seu modo de ser no mundo, sua personalidade. Ento, o que vale para
uma pessoa pode no servir para outra e vice-versa. Mas os padres existem e so eles que
possibilitam a existncia da cincia, seno no teramos dados para serem coletados, medidos,
analisados e comparados. Nem to pouco se poderia desenvolver e aplicar teorias, pois,
estaramos sendo ilusionistas, ao mostrar algo que no existe.
Neste pensamento cientfico se enquadra perfeitamente a Irisdiagnose. Segundo Batello, no
aspecto fsico, "muito embora seja impossvel estabelecer um diagnstico, que pressupe dar
nomes s doenas, a Irisdiagnose funciona como um pr diagnstico, onde a deteco dos
rgos de choque, permite mais facilmente a elaborao do mesmo, atravs de exames
complementares que venham a confirmar as suspeitas clnicas" (BATELLO, 1999).
O mesmo raciocnio vale para o aspecto psicolgico. A Irisdiagnose, de forma revolucionria,
pode ser aplicada, como se pretende mostrar neste trabalho, a determinar os padres de
personalidade de uma pessoa, sem a necessidade de um teste tipolgico de personalidade! E
mais, quando a aplicao de tal procedimento impossvel, como no caso de pessoas no
alfabetizadas, ou de nvel intelectual sofrvel ou, ainda, dissociadas egoicamente, visto ser o
"Quati", teste padro utilizado na determinao tipolgica da personalidade, composto de
perguntas e respostas. Neste sentido, a Irisdiagnose torna-se um instrumental nico do qual
pode se valer a Psicologia, notadamente a Junguiana.
Esta escola de Psicologia ensina que o ser humano possui, em sua personalidade, duas atitudes
energticas bsicas e contrrias e quatro funes: duas conscientes, sendo uma dominante e
outra auxiliar, e outras duas inconscientes. Isto ser visto em detalhes no item I.8, aqui apenas
colocado para melhor entendimento do que est sendo exposto. "Essas funes (sensao,
pensamento, sentimento e intuio) sero introvertidas ou extrovertidas segundo o tipo
psicolgico do indivduo. De ordinrio uma s dessas funes, a funo principal,
constantemente exercitada... diferencia-se em detrimento das trs outras" (SILVEIRA, 1981).
Para Jung, "graus de atividade muito diferentes dessas funes podem originar perturbaes
neurticas. O exerccio de atividades ocupacionais, escolhidas intencionalmente, viria solicitar
o uso de cada uma das quatro funes e especialmente estimularia a funo inferior, conforme
o tipo psicolgico" (SILVEIRA, 1981). A estimulao das funes menos desenvolvidas evitaria
que o inconsciente se ativasse pondo em risco um ego fragilizado. Por outro lado, o estmulo
adequado da funo principal reforaria o complexo do ego, impedindo seu esfacelamento.
Ora, como por em prtica to importante teraputica se no pudermos saber a estrutura de
personalidade do indivduo, pela impossibilidade da aplicao de um teste de personalidade?
A resposta est na Irisdiagnose, como ser demonstrado no decorrer deste trabalho.
importante frisar que a Irisdiagnose no faz diagnstico. Na melhor das hipteses ela atua
como um instrumento de pr-diagnstico e como preventivo de acontecimentos que
poderiam interferir negativamente na vida da pessoa, seja no nvel fsico e/ou psquico, bem
assim, como um instrumento auxiliar da prtica psicolgica no que tange doena mental,
visando homeostase fsico/psquica da pessoa.
Aqui est uma das maiores limitaes da Irisidiagnose. O profissional ao fazer uso dela poderia
ser levado a atuar corretivamente sobre algo que poderiam no estar ocorrendo, o que seria
um desastre. Imagine dizer a uma pessoa que ela tem um cncer. Ou, ento, que ela
esquizofrnica. Isto deixaria marcas indelveis na sua vida. E no s. Descoberta a falha e
"corrigido" o problema, a competncia desse profissional estaria abalada. Por isso fizemos
questo de frisar a expresso "pode", pois o que a ris nos mostra pode vir a ocorrer ou no.
Por outro lado, o que mostrado "pode" estar ocorrendo neste momento ou "j ter ocorrido".
Quanto ao que se relaciona ao passado, podemos nos reportar a um trauma psicolgico que,
como j mencionado, pode ter ficado impresso na ris. Estes fatos fazem parte de um estudo
do Dr. Daniele Lo Rito e de seu estudo chamado cronorischio, o qual no ser aqui abordado
por no fazer parte desta proposta.
Entretanto, quanto ao que a ris mostra que pode estar ocorrendo no momento presente na
vida do paciente, temos um outro meio de utilizao da Irisdiagnose e, aqui sim, como um pr-
diagnstico pois, a Irisdiagnose, per se, insuficiente para mostrar o quantum um rgo est
afetado ou at que ponto um comportamento pode estar levando a pessoa a um distrbio
psquico. Por isso, o profissional consciente e tico deve usar de todos os meios cientficos
para se confirmar o pr-diagnstico dado pela ris, quer seja atravs de exames laboratoriais
e/ou clnicos, quer seja atravs da anlise psicolgica, para que se feche o diagnstico
propriamente dito e, assim, o paciente seja realmente visto em sua integralidade fsica e
psquica, alis, como seu direito e o dever de todo profissional que se pe a cuidar do bem-
estar do ser humano.
As limitaes aqui colocadas poderiam depor contra a Irisdiagnose o que no verdade. Ao
contrrio, atuam para que no se caia na "verdade indiscutvel", no "eu sei tudo", "eu vejo
tudo", abrindo-se caminho para a prepotncia e a "cegueira narcsica" onde o profissional
iridologista o "deus do saber" e o resto simplesmente resto. No se pode negar os avanos
cientficos, nem to pouco as especialidades mdicas ou psicolgicas, posto ser a pessoa
humana extremamente complexa em sua existncia o que torna impossvel para uma nica
cincia saber tudo sobre ela. A mesma advertncia vale para as demais cincias da sade que,
como j foi dito, tendem a negar tudo aquilo que no pode ser mensurado e que poderiam
no dar, como no tm dado, Irisdiagnose seu devido valor.
Portanto, cabe aos profissionais da sade, conscientes de seu dever para com a evoluo
cientfica e o saber humano, atuar de maneira tica, precisa, comedida e cientfica para que a
Irisdiagnose se torne um instrumento reconhecido e que possa servir de maneira eficaz
sade e felicidade do ser humano.
O olho
necessrio fazer uma breve descrio anatmica, fisiolgica e embriolgica e
principalmente esta, para que se entenda o funcionamento do olho e o que se busca em um
estudo iridolgico.
De modo geral, as pessoas e, infelizmente, os profissionais de sade no reconhecem na
Irisdiagnose algo "cientfico". mister, ento, tornar evidente as razes que levam os
iridologistas a praticarem a Irisdiagnose com total confiana naquilo que fazem. E isto porque
eles sabem e conhecem aquilo com que esto lidando. Interessante notar que muitas coisas
passam desapercebidas e, justamente, por estarem to "nossa vista". Pior ver que, mesmo
elas sendo trazidas luz da conscincia, muitos cientistas ainda teimam em renegar achados
concretos, talvez em funes de interesses outros que no a evoluo cientfica ou, qui,
querendo disfarar a prpria ignorncia.
No se pode conceber que pessoas intelectualizadas, ditas sbias, estudiosas do corpo e da
mente humana no admitam a validade da Irisdiagose diante de provas to cabais que so e
que j foram produzidas no decorrer das dcadas em milhares de estudos iridolgicos. Espera-
se que tais pessoas e o prprio leitor, encontrem neste trabalho a certeza de que a
Irisdiagnose muito mais do que uma cincia. a prova cabal de que o ser humano est acima
de convenes sociais poltico-partidrias deste ou daquele interesse, pois o micro cosmos da
ris revela todo o macro cosmos que nosso corpo-mente.
I.4.1 - Embriologia
"O olho se forma na 4a. semana de vida, a partir de 2 folhetos o ectoderma e o mesoderma. O
ectoderma recebe do neuroectoderma do crebro anterior (prosencfalo), a base da vescula
ptica e do ectoderma superficial da cabea, o lens placide do cristalino, o mesoderma (da
cabea) recebe a base do mesnquima ocular." (BATELLO, 1996).
"Da prega neural no extremo cranial do embrio de 4 semanas, surge o sulco ptico que
invagina para formar as vesculas pticas. Com o desenvolvimento das vesculas pticas, sua
conexo com o crebro anterior se estreita para dar origem ao pedculo ptico. O ectoderma
superficial (lens placide) se expressa e invagina at formar uma vescula que ir se
transformar no cristalino." (BATELLO, 1996).
Figura 1
"O rebordo do clice ptico que se projeta na frente do cristalino, cobrindo-o parcialmente
tem o nome de RIS e composto por uma camada pigmentar, uma camada neural, pelo corpo
ciliar e pela retina." (BATELLO, 1996) .
Figura 2
Quando da formao embriolgica, "o tubo neural se diferencia em duas regies, o crebro
primitivo e a medula espinhal" (BATELLO, 1996), que a responsvel por conduzir os impulsos
nervosos at o crebro e deste para os mais distantes receptores do corpo. Ou seja, todo o
corpo tem ligao com o crebro.
Figura 3 Figura 4
O crebro primitivo se segmenta em 3 pores: a anterior, a mdia e a posterior. A poro
anterior se divide em telencfalo e diencfalo, sendo que do diencfalo brotam dois pedculos
laterais que iro formar os dois olhos.
Figura 5
Aqui est o cerne de tudo o que foi exposto at agora, a razo de se afirmar que a Irisdiagnose
to cincia ou mais do que qualquer outra. Temos o seguinte diagrama: numa extremidade o
corpo e na outra o olho/ris e no centro, unindo os dois, o crebro.
A medula espinhal formada do mesmo tecido neural que d origem ao crebro e
responsvel pelas transmisses nervosas de todas as regies, rgos e tecidos do corpo. O
olho e a ris so tecidos cerebrais, formados a partir do crebro e, por isso, pode-se afirmar
sem medo de errar que o olho e ris so uma extenso do crebro. Ora se a medula traz ao
crebro todas as informaes do corpo e sendo o olho e a ris uma extenso do crebro, fica
evidente que o corpo, e seu estado funcional, se revela na ris. Isto, pensando-se no aspecto
fsico, mas no s.
A ris nos mostra, tambm, os aspectos psquicos da pessoa. Isto ficar evidente nos prximos
captulos, que nosso objetivo primrio. Entretanto, se fez necessrio, agora, esse maior
enfoque no aspecto fsico, pois era preciso comprovar a relao ris-olho com o corpo, para
que no pairasse quaisquer dvidas sobre o que ser mostrado daqui para a frente. No se
esquea, tambm que a Psicologia sempre pregou, como j demonstrado no captulo anterior,
que corpo e mente a mesma coisa expressa cada qual em sua dimenso, ou seja, o corpo na
dimenso fsica e a mente na dimenso psquica. Da no d para analisar o corpo sem ver a
mente e vice-versa. Isto nos deixa tranqilos para demonstrar que a personalidade de uma
pessoa pode ser evidenciada na ris.
I.4.2 - Sinais Iridolgicos
A anlise da ris feita atravs da leitura dos sinais que ela apresenta.
Como estaremos abordando os aspectos psquicos, quais sejam, os diversos padres de
personalidade estaremos nos valendo to-somente de quatro sinais bsicos, cuja presena ou
no na ris, em conjunto ou isoladamente iro nos mostrar as caractersticas de personalidade
da pessoa.
Sabemos que no existem duas pessoas perfeitamente idnticas. Igualmente, no existem
duas ris perfeitamente iguais, mesmo em gmeos univitelnios, o que confirma que cada
pessoa um ser nico. Os sinais, ento, servem como referencial que, quando presentes,
indicaro que a pessoa cuja ris est sendo analisada e que contenham determinados sinais,
possui determinadas caractersticas que so bsicas e esto presentes em todas as pessoas
que possuam sinais semelhantes.
Esses sinais se resumem basicamente em quatro e estaro sendo anali-
sados psicologicamente. Caso estivesse sendo feita uma anlise orgnica, a interpretao
desses sinais seria totalmente diferente. Como isso foge ao objetivo deste trabalho, no ser
aqui abordado.
O primeiro "sinal" a "ausncia de sinais". Isto visto numa ris que possua uma aparncia
lisa, sem manchas.
Foto 1
O segundo "sinal" o que tem o formato de "ptalas" da flor margarida, "so aberturas curvas
ou arredondadas nas fibras da ris". (JOHNSON, 1992). Neste caso as fibras da ris so frouxas.
Foto 2
O terceiro "sinal" so "manchas" escuras, "concentraes que parecem pontos nas fibras da
ris, em cores que variam do ouro claro ao negro" (JOHNSON, 1992), podendo ser uma ou
vrias.
Foto 3
O quarto "sinal" a presena na ris tanto de "manchas" escuras ou de "ptalas".
Foto 4
O quinto e sexto "sinais" a verificao da existncia ou no de uma colorao mais escura
(dourado ou marrom) na regio do colarete (ao redor da pupila), em relao ao restante da cor
da ris.
Foto 5 - Foto 6
A leitura e o significado desses sinais sero vistos no prximo captulo, luz do mtodo Rayid,
desenvolvido por Denny Johnson, que foi uma primeira tentativa de associar aspectos
psicolgicos e Irisdiagnose.
Corpo e mente - o "ser"
O ser humano formado por um conjunto de 46 cromossomos, sendo 23 doados pelo pai e 23
pela me. O processamento da conjugao desses 23 pares de cromossomos que ir formar o
novo ser ainda um mistrio para a cincia e talvez nunca seja revelado. Isto nos leva a
acreditar numa pr-destinao dada pela Natureza para cada vivente. Quer dizer que uma
pessoa j nasce com um perfil fsico-psquico pr-determinado. Pr-determinado e no
simplesmente determinado, pois fatores sociais e emocionais podem influir no modo como a
pessoa atuar durante sua vida.
Entretanto, uma base formativa ou formada existe e ir nortear suas aes, seu
comportamento e sua personalidade, como mostra Jung: "a personalidade j existe em germe
na criana, mas s se desenvolver aos poucos por meio da vida e no decurso da vida". (JUNG,
1994). Por exemplo, uma pessoa no se torna, mas j nasce extrovertida. Outra pessoa pode
ser mais fria, racional. Embora o convvio social, por exemplo, possa influenciar o
comportamento de ambas para que atuem de maneira um tanto quanto diferente, a base da
personalidade no pode ser alterada, conforme diz Jung: "sem determinao, inteireza e
maturidade no h personalidade". (JUNG, 1994).
Em termos metafsicos a teoria da pr-determinao psquica pode bem explicar o fato de a
personalidade de uma pessoa ser inata. Ora, em no sendo a personalidade bsica construda,
mas sendo formada durante a concepo e, sendo o crebro - na verdade o corpo o centro
das emoes de uma pessoa, fica claro que na ris tambm est expressa a personalidade.
Atualmente, os estudos psicolgicos se valem de teste de personalidade e das observaes do
analista em relao ao seu analisando para determinar a personalidade deste. A irisdiagnose,
portanto, se coloca como algo extremamente inovador e sem precedentes, como um valioso
auxiliar do trabalho psicolgico antevendo e agilizando diagnsticos que poderiam demorar
mais tempo. Por exemplo, um teste para corroborar observaes clnicas, que j demandaram
pelo menos 5 sesses psicoterpicas, pode demorar algumas horas para ser concludo, desde o
incio de sua feitura pelo analisando at o laudo emitido. Somando-se essas duas situaes l
se vo de 3 a 6 semanas. A Irisdiagnose "pode" reduzir isso para "1 dia"! Agora, que fique bem
claro as aspas, principalmente o "pode" pois, a Irisdiagnose deve ser um auxiliar e no um fim
em si mesmo. Ento, ela pode ser usada como um primeiro passo, para agilizar observaes
iniciais que devero vir a ser confirmadas. Diagnsticos rpidos, "relmpagos" na Psicologia
no existem e se forem tentados podem rotular uma pessoa para sempre. Imaginem se o
diagnstico tenha sido "equivocado"? Imaginem o estrago na vida dessa pessoa. Portanto, ser
criterioso, tico e parcimonioso na utilizao desses instrumentais de fundamental
importncia para que injustias no sejam cometidas.
O "Olho de Deus"
Nos termos em que tudo est sendo colocado o olho, dentro de todas as estruturas do corpo,
passa a ter uma importncia capital, pois ele nos revela o "todo" do ser. Estava correta a
pessoa que cunhou a expresso: "os olhos so a janela para a alma".
Como esta prpria frase diz, estamos lidando com a pessoa em todos os seus aspectos, em
toda sua essncia. Portanto, uma qualificao profissional terica-tcnica fundamental. A
essncia da pessoa estar exposta nossa frente e tudo o que dissermos poder ser usado
contra ela, lembrando Oliveira Filho: "s diga coisas que possam ajudar o paciente" (OLIVEIRA
FILHO, in BATELLO, 1996). Assim, uma avaliao s depor contra a pessoa se no formos
ticos e capacitados e se nossas observaes, sendo mal-feitas, estiverem erradas. Como,
ento, ter certeza de que o parecer que emitimos est correto? Como saber se o que
observamos na ris est correto?
Na cincia, como em tudo, as grandes descobertas so feitas pelo mtodo simplrio, mas no
menos eficiente da "tentativa e erros (e acertos!). Tentar, arriscar vlido mas, como j
mencionado, pode destruir uma pessoa. O iridologista dever se valer de outros mtodos e,
no sendo qualificado, dever encaminhar o paciente para um profissional que o seja, para
eliminar seno minimizar quaisquer possibilidades de erros.
O homem imperfeito, mas busca a perfeio em tudo; e o deve faz-lo sempre. Quando
lidamos com um objeto uma "coisa" pode-se errar em todas as tentativas. Mas ao lidar com
um ser humano... isso pode ser fatal. No somos deuses, mas devemos agir como se fssemos.
S assim o olho, a ris e a Irisdiagnose poder ser vista como um instrumento sine qua non
para o conhecimento integral, holstico do ser humano.
O mtodo "Rayid"
Denny Johnson foi o criador do mtodo Rayid. Baseando-se nos conhecimentos j existentes
em Iridologia ele criou esse mtodo que consiste em verificar a personalidade de uma pessoa
atravs de sua ris. "Ray", significa "raio" e "id" o representado do "inconsciente"
preconizado por Freud. Portanto, Rayid poderia ser definido como um raio de luz a partir do
inconsciente. "O mtodo Rayid descreve as maravilhas da luz invisvel que existe dentro e em
torno de cada pessoa: ele acompanha o avano dessa luz de dentro para fora, passando
atravs dos inmeros nveis da mente e do corpo." (JOHNSON, 1992).
O mtodo simples e baseado, logicamente, nos sinais iridolgicos. Ele rene conceitos
psicolgicos, pois uma tentativa de se tornar um instrumento nesse nvel. Entretanto, a
Psicologia, como as demais cincias, pode demorar anos, dcadas at reconhecer um
procedimento como cientfico. At l muitas pessoas idneas, srias, ticas sero perseguidas,
tero seus diplomas cassados, por utilizarem algo que no-cientfico no exerccio
profissional, at o momento que, num rompante de luz, tudo validado.
Com o mtodo Rayid no diferente. Ele no reconhecido como um instrumento, uma
tcnica psicolgica cientfica. Portanto, no pode ou deve ser utilizado como tal por um
psiclogo. E o profissional que fizer uso dele, poder ser cassado. Nossa tentativa, portanto a
de mostrar que o mtodo Rayid pode ser sim cientfico e utilizado pela Psicologia como
recurso para o conhecimento do ser humano.
Na sua essncia, esse mtodo procura determinar a personalidade e atitudes de uma pessoa
como, por exemplo, se ela introvertida ou extrovertida, se mais emocional ou racional e,
ainda, usando de "simbologia", se um determinado sinal numa determinada rea da ris que
representa um determinado rgo leva a pessoa a ter uma determinada atitude. Atravs do
mtodo Rayid descobrimos que "o olho tambm um holograma. um holograma que revela
mais do que apenas o fsico. Ele expresso com preciso a totalidade de nossos pensamentos,
emoes e capacidades." (JOHNSON, 1992).
Ento, no mtodo Rayid temos a extroverso que " o movimento para fora da vitalidade
emocional e fsica" (JOHNSON, 1992) e introverso que " o movimento da vitalidade
emocional e fsica voltado para dentro" (JOHNSON, 1992). Sobre esses fluxos energticos
bsicos tem-se os 4 padres de personalidades que so: o padro jia que "reagem aos demais
com anlise, pensamento e palavras" (JOHNSON, 1992); o padro flor que "reagem vida com
os sentimentos e a comunicao visual" (JOHNSON, 1992); o padro corrente que "so
fisicamente sensveis e reagem ativamente aos outros com gestos delicados" (JOHNSON,
1992); e, finalmente, o padro agitador que "so pessoas intensamente entusiastas, em geral
dedicadas a uma causa ou a um objetivo" (JOHNSON, 1992).
A correlao entre os sinais iridolgicos, as caractersticas de personalidade apontadas pelo
mtodo Rayid e a Psicologia Junguiana ser mos-
trada com detalhes no item I.8.2.
Psicologia e iridologia
Ser possvel uma interface entre a Psicologia e a Iridologia, atravs da Irisdiagnose? Poder a
Irisdiagnose vir a ser reconhecida como um mtodo cientfico pela Psicologia? Temos total
convico que sim. Ento porque esse reconhecimento ainda no ocorreu?
A Psicologia uma cincia relativamente "nova"; tem pouco mais de 100 anos (embora desde
que existe o ser humano ela existe no oficialmente, no cientificamente). Igualmente, a
Iridologia tambm uma cincia nova. Como j visto, o homem precisa do concreto para que
algo exista. Assim, uma "teoria" psicolgica, abstrata, carecer de observaes e concluses
dentro das metodologias cientficas para que seja reconhecida. Isso implica em muito trabalho,
pesquisas e publicaes de resultados para que algo abstrato se transforme em algo
"concreto" ou reconhecido.
Como psiclogo junguiano vemos uma "estreita relao" entre o mtodo Rayid e a Psicologia
Junguiana, mesmo porque as duas se baseiam na simbologia. O sintoma na doena um
smbolo que pode ser interpretado. Segundo Dahlke, "o meio de expresso do corpo a
linguagem simblica". (DAHLKE, 2000). Todo rgo "doente" tem um smbolo e esse smbolo
sempre particular e dirigido para a pessoa que o possui! Ora, se falamos de sinais iridolgicos
que podem determinar a fragilidade ou falncia de um rgo, podemos nos referir ao smbolo
ali mostrado, pois "tudo o que acontece no corpo de um ser vivo a expresso do padro
correspondente de informao, ou seja, a condensao da imagem correspondente."
(DETHLEFSEN e DAHLKE, 1996). E isso o campo do trabalho psicolgico. Temos ento, a
interface entre Psicologia e Irisdiagnose que, sem sombra de dvida, ser reconhecido e
aclamado como a grande descoberta deste sculo.
I.8.1 - Psicologia Junguiana
Assim como na Medicina existem as inmeras especialidades, na Psicologia existem os
diversos mtodos ou teorias psicolgicas. Somos adeptos da teoria junguiana criada pelo
psiclogo suo Carl Gustav Jung. Isso se deve ao fato de uma identificao pessoal, ou seja,
"nos vemos na teoria". Por outro lado, a achamos a mais completa, pois ela v o ser humano
como um "todo" e no apenas alguns de seus aspectos. Nem to pouco procura "reduzir" o ser
humano e suas vicissitudes a apenas um de seus aspectos como, por exemplo, o faz a teoria
freudiana que tenta explicar tudo o que acontece a uma pessoa atravs do impulso sexual que,
na verdade, apenas uma das facetas do ser.
Essa amplido, essa liberdade, proporcionada pela Psicologia Junguiana nos d espao para ver
e entender a Irisdiagnose e poder aplic-la na clnica como um instrumento auxiliar sem
precedentes. Logicamente estamos indo contra os "preceitos cientficos atualmente
reconhecidos" mas, isso tambm no o fez Freud, Jung, Einstein, Galileu, Coprnico e outros? E
no final no foram reconhecidos, eles e seus mtodos?
Utilizando a Irisdiagnose como um auxiliar da prtica psicolgica, no estamos usando algo
"ilegal", mas um mtodo que se vale do mesmo objeto que a prpria Psicologia utiliza,
especialmente a Junguiana, que o "smbolo" e a "interpretao simblica" de um achado
fsico, um sintoma. Se o uso do smbolo e sua interpretao simblica j tm o reconhecimento
cientfico pela Psicologia a Irisdiagnose tambm cientfica!
A teoria junguiana no ser aqui colocada em detalhes, pois fugiria ao nosso objetivo e
incorreria no fato de ser repetitiva com o que ser colocado no prximo captulo. Fica a
sugesto para aqueles que quiserem maiores esclarecimentos que se valham da bibliografia
utilizada neste trabalho.
I.8.2 - A personalidade e a ris
A partir de agora ser feita a ligao entre a Psicologia e a Irisdiagnose. Para cada aspecto
psicolgico haver uma breve introduo sendo utilizada especificamente a teoria junguiana, a
qual ser aplicada ao mtodo Rayid. Aps cada exposio terica ser colocada uma foto para
demonstrar como este ou aquele aspecto ser visto e estar determinado na ris.
Para a Psicologia Junguiana, a personalidade de uma pessoa encerra um nmero indefinido de
potencialidades. Essas potencialidades so inatas. So os fatores interativos, notadamente os
sociais, que faro uma determinada potencialidade aflorar e outra se retrair e ficar
"escondida" no subconsciente. Essas potencialidades so conhecidas pela Psicologia Junguiana
como "arqutipos" que so "sistemas de prontido para a ao e, ao mesmo tempo, imagens e
emoes." (JUNG, apud SHARP, 1993). Esses sistemas psquicos constituem o inconsciente
coletivo que "camada estrutural da psique humana" (SHARP, 1993), e que so encontrados
em todas as pessoas de qualquer cultura; como exemplo o arqutipo materno.
Paralelamente, os complexos so "idias carregadas de sentimento que, com o correr do
tempo, se acumulam ao redor de determinados arqutipos". (SHARP, 1993). No so bons
nem ruins mas, quando ativados, so acompanhados de afeto o que podem interferir e at
dominar a orientao do ego (que tambm um complexo). O correto, ento, dizer que um
complexo tem a pessoa e no que a pessoa tem um complexo. Eles se diferem dos arqutipos,
por serem pessoais, ou seja, embora estejam presentes em todas as pessoas, s esto ativos
naquelas em que foram levados a serem dominantes; como exemplo um complexo de
inferioridade. Isto determinado pela interao social. Os complexos que no foram ativados,
que no atuam junto ao complexo do ego, so "reprimidos" para o subconsciente
especificamente numa instncia psquica chamada de "sombra". Isto no significa que os
complexos reprimidos estejam "mortos". Eles continuam a atuar e a influenciar as pessoas,
principalmente se forem aspectos dos quais elas precisem para serem perfeitas. Esse
complexos podem aflorar no corpo em forma de sintomas, forando a pessoa a tomar ou
mudar certas atitudes ou comportamentos. Neste ponto a avaliao iridolgica pode ajudar a
antecipar essas mudanas evitando sofrimentos para a pessoa.
I.8.2.1 - Atitudes e funes
Vejamos, ento, os aspectos e caractersticas psicolgicas "bsicas" que esto expressas na ris:
I.8.2.1.a-; As atitudes
"Prontido da psique para agir ou reagir de um determinado modo, com base em uma
orientao psicolgica subjacente. A adaptao ao meio ambiente requer uma atitude
apropriada: mas, devido mudana de circunstncias, nenhuma atitude permanentemente
conveniente." (SHARP, 1993). Quando uma atitude no mais apropriada realidade interior
ou exterior, pode haver o surgimento de um sintoma para compensar e tentar orientar o
sujeito para uma mudana de atitude. De acordo com Jung existem dois tipos de atitudes: a
extroverso e a introverso.
I.8.2.1.a.1 - introverso
A pessoa est voltada para o seu interior de onde retira sua energia. Pode-se dizer que ela
quase no precisa do meio para sentir-se viva. Exemplo: pessoa que aprecia um esporte
individual, como a natao, ao contrrio de um esporte coletivo.
Essa atitude pode ser vista na ris como uma faixa de cor concentrada circundando a pupila.
Foto 7
Caractersticas pessoais: so pessoas sensveis, reservadas e observadoras. Preferem os
arredores conhecidos do lar e as horas ntimas com poucos amigos mais chegados. Preferem
fazer tudo com seus prprios recursos, por sua prpria iniciativa e a seu prprio modo. Com
isso, tendem a serem classificadas como egostas e individualistas, o que pode no ser
verdade.
I.8.2.1.a.2 - extroverso
A pessoa movida por motivaes externas a si. como se retirasse sua energia vital do
ambiente que a circunda, confiando naquilo que recebido de fora e no propenso a
examinar motivaes pessoais. Preferem o convvio social, por exemplo, preferindo esportes
coletivos como o futebol.
Na ris, a extroverso caracterizada pela ausncia de concentrao de cor e por uma estria
distinta circundando a pupila.
Foto 8
Caractersticas pessoais: so pessoas expressivas e francas, exteriorizando pensamentos,
emoes e palavras. Quando chegam em algum lugar so logo percebidas ou se fazem
perceber, o que pode ser uma vantagem em situaes sociais e no relacionamento com o meio
ambiente. Procuram sempre o convvio social. Tendem a serem classificadas como pessoas
verdadeiras e que no escondem o que pensam, sendo que isso pode no corresponder
realidade, pois podem usar essa habilidade de relacionarem-se para proveito prprio.
I.8.2.1.b - As funes
Jung descobriu que o ser humano possui quatro funes psicolgicas
bsicas, sendo uma dominante da sua personalidade, outra ficando num nvel mais abaixo na
sua psique, no subconsciente e, as outras duas, compondo seu inconsciente, mas no menos
atuante e influenciando o comportamento da pessoa. Isto pode ser visto nos complexos que,
quando so ativados e por estarem inconscientes e reprimidos, so forados "para fora" para o
consciente, tentando conduzir o comportamento da pessoa, tirando-a de seu "eixo
emocional".
Cada funo tem sua oposta: o pensamento oposto ao sentimento; a intuio oposta
sensao. Com isso, se a funo pensamento a funo dominante, o sentimento estar no
mais profundo inconsciente. Se a funo intuio estiver no subconsciente, a sensao estar
no inconsciente, mas num nvel menos profundo do que o sentimento. So essas funes
aliadas s atitudes, introverso ou extroverso, que regem a personalidade da pessoa, as quais
sero pormenorizadas adiante.
"Em sntese, a funo da sensao nos assegura de que algo existe; a do pensamento nos diz
do que se trata; o sentimento nos fornece o seu valor e, atravs da intuio, temos um palpite
do que podemos fazer com isso (as possibilidades)." (SHARP, 1990).
I.8.2.1.b.1 - a pessoa pensamento (jia)
Corresponde ao padro mental jia no mtodo Rayid. Utilizam o processo mental de
interpretao daquilo que percebido. uma funo racional, tendo a lgica como base. "O
pensamento consiste em associar idias umas s outras para chegar a um conceito geral ou
soluo de um problema. uma funo intelectual que procura compreender as coisas." (HALL
e NORDBY, 1992).
Na ris, so observadas manchas de tonalidades escuras que variam do dourado claro ao
negro.
Foto 9
Caractersticas pessoais: usam poucos gestos fsicos e subconscientemente aprendem melhor
a partir de instrues visuais. As pessoas pensamentos podem ser tachadas como frias e
calculistas mas, na realidade, pensam e analisam profundamente antes de tomarem uma
atitude. Sentem-se atradas por pessoas do tipo sentimento, seu oposto, como um movimento
para compensar este aspecto inconsciente.
I.8.2.1.b.2 - a pessoa sentimento (flor)
Corresponde ao padro emocional flor no mtodo Rayid. A funo sentimento, assim como o
pensamento, uma funo racional, avaliadora. "Aceita ou rejeita uma coisa, idias ou fato
tomando como base o sentimento agradvel ou desagradvel que suscita." (HALL e NORDBY,
1992). No se deve confundir emoo, que afeto e resultado de um complexo ativo, com o
sentimento. O sentimento, no contaminado pelo afeto, pode ser bastante frio.
Na ris, so vistas estruturas como ptalas de uma margarida, aberturas arredondadas e
ovaladas nas fibras.
Foto 10
Caractersticas pessoais: como julgam o valor, as pessoas sentimento podem parecer "lentas".
Costumam reagir com emoo e podem ser sentimentais, saudosistas. Utilizam bastante a
viso e aprendem melhor atravs de instrues auditivas. Sentem-se atradas por pessoas do
tipo pensamento, seu oposto psquico.
I.8.2.1.b.3 - a pessoa sensao (corrente)
Corresponde ao padro cinestsico corrente do mtodo Rayid. Perce-
be a realidade atravs dos sentidos fsicos, que "incluem todas as experincias conscientes
produzidas pela estimulao dos rgos dos sentidos, tanto quanto as sensaes que tm
origem no interior do corpo." (HALL e NORDBY, 1992). A sensao, assim como a intuio, so
tidas como funes irracionais, pois so experincias dadas imediatamente e no resultantes
da anlise do pensamento ou avaliao do sentimento.
Na ris, so vistas variaes sutis nas fibras da ris que aparecem como linhas retas ou faixa de
cor.
Foto 11
Caractersticas pessoais: As pessoas sensao tm uma sensibilidade fsica extrema, sentindo
as percepes fsicas, externas e internas, com grande intensidade. Por exemplo, quando
sentem fome, ficam desesperadas, irritadas, s voltando ao seu estado emocional "normal"
quando tm essa sensao desagradvel aliviada. Aprendem melhor atravs da experincia e
do toque. Percebemos facilmente uma pessoa sensao pela sua maneira de vestir: elas
costumam no serem muito discretas, usando muitos adereos, como brincos, anis, roupas
mais coloridas, perfumes fortes. Aprendem melhor atravs da experincia, do toque e das
idias. Por isso, so atradas pelo seu oposto, as pessoas do tipo intuio.
I.8.2.1.b.4 - a pessoa intuio (agitador)
Corresponde ao padro extremista agitador do mtodo Rayid. Tambm uma funo
irracional, porque sua apreenso do mundo baseia-se na percepo dos fatos dados atravs do
inconsciente, no dependendo da realidade concreta. "A pessoa no sabe de onde vem (a
intuio) nem como ela se origina." (HALL e NORDBY, 1992). So os conhecidos insights.
Devido falta de concretude, a pessoa intuitiva pode no ser levada a srio, sendo
freqentemente vista como visionria e fora da realidade, quase um louco.
Na ris, so observados pontos de cor, como no padro jia-pensamento, alm de ptalas,
como no padro flor-sentimento. Seria uma juno dos dois sinais.
Foto 12
Caractersticas pessoais: So pessoas dinmicas, progressistas, visionrias, que se aventuram
alm dos limites convencionais do pensamento e ao. Na vanguarda da mudana e da
inovao, desafiam a vida pela entrega e dedicao, muitas vezes atravs do ridculo. Impelida
para o sucesso, passa por ciclos de grandes altos e baixos. So dedicadas a uma causa e
aventureiras, aprendendo pelo contato fsico e pelo movimento. Por isso, so atradas pelo seu
oposto, as pessoas do tipo sensao.
Aspectos ticos
A quem cabe o exerccio da Irisdiagnose? Ao mdico, ao psiclogo, ao nutricionista, ao
fisioterapeuta, ao terapeuta ocupacional, ao naturopata ou ser que deve ser exercida por
qualquer pessoa bem intencionada? Sendo a Iridologia e mais a Irisdiagnose no reconhecidas
como cincia, devem ser exercidas e praticadas enquanto atividades relacionadas sade?
Quais atitudes poderiam validar estas prticas?
Responder a estas perguntas e a outras pertinentes difcil, porquanto no h uma
sistematizao para o ensino e a prtica da Iridologia/Irisdiagnose. Ainda "no so cientficas".
E isso torna a sua prtica algo que "ilegal". Por isso observa-se que os aspectos ticos
envolvidos so de suma importncia.
Nos dias atuais qualquer pessoa ou profissional pode se valer das tcnicas iridolgicas que
esto sendo desenvolvidas para exercer a "profisso" de iridologista, geralmente por trs de
um ttulo, no mnimo imprprio, de "terapeuta". H at um sindicato para tornar "oficiosa"
esta e outras prticas no reconhecidas oficialmente. Isto faz da Iridologia/Irisdiagnose uma
"terra de ningum", onde uma pessoa com um curso de "final-de-semana", possa avocar a si o
saber inerente para ser um terapeuta.
inadmissvel que um leigo que faa um curso de 24, 48 horas saia pelo mundo fora se
dizendo terapeuta e "receitando" medicamentos para pessoas doentes, mesmo que sejam
fitoterpicos. Ou, ento, exercendo a funo do psiclogo e dispondo-se a "tratar" a pessoa
acometida de uma alterao psquica "visualizada" na ris.
Dvidas no h quanto aplicabilidade da Irisdiagnose nas mais diversas reas da sade. Isto,
per se, j delimita o quadro de profissionais que poderiam se valer de tal tcnica. Mas no o
suficiente. H que se ter o reconhecimento oficial do ensino e instituies que o forneam.
Entretanto, antes preciso reconhecer-se o valor cientfico da Iridologia. E mais: permitir-se
somente pessoas legalmente habilitadas e vinculadas rea da sade o exerccio profissional
da Irisdiagnose. Como bem observa Valter de Oliveira Filho: "... o exame iridolgico deve ser
de competncia de mdicos, mdicos veterinrios, psiclogos, ou, no mnimo, assessorado por
estes profissionais". (OLIVEIRA FILHO, in BATELLO, 1996)
Em nosso entender somente o psiclogo e o mdico seriam os profissionais aptos ao exerccio
da Irisdiagnose, devidamente autorizados e respaldados pelas normas de seus respectivos
Conselhos Profissionais. A estes caberia, tambm, a fiscalizao, denncia e punio de
quaisquer outros que praticassem a Irisdiagnose irregularmente.
Mas para que tudo isso seja atingido, preciso que a Iridologia seja reconhecida como cincia
e a Irisdiagnose como uma prtica vlida e eficaz. Talvez um comeo ideal para isso seria
impedir que pessoas no relacionadas Medicina ou Psicologia pudessem ter acesso a esses
estudos e prticas. O seu ensino seria considerado "srio" e sua prtica "vlida" pois seria
exercida por pessoas competentes e aptas para tal.
Pressuposto
O mtodo Rayid se prope a dar informaes sobre o psiquismo do ser humano. Contudo,
ainda, faltam elementos que comprovem ou validem este mtodo.
Partindo-se do pressuposto que a Psicologia Junguiana aceita pela Comunidade Cientfica
como sendo uma teoria psicolgica vlida cujo campo de ao est centrado no estudo da
personalidade humana, e sendo este composto pela determinao do padro tipolgico do
indivduo, pretende-se estabelecer uma correlao entre o mtodo Rayid e a Psicologia
Junguiana.
Isto ser feito atravs da anlise dos sinais iridolgicos e sua comparao com os resultados
obtidos com a aplicao do Questionrio de Avaliao Tipolgica Quati, que o teste utilizado
na determinao tipolgica da personalidade e aprovado pelo Conselho Federal de Psicologia.
Justificativa
O mtodo Rayid praticado no mundo inteiro, sendo utilizado como um instrumento nico de
avaliao psquica, indicando padres de comportamento social e emocional, baseados em
fatores genticos. Isto, per se, j o torna uma revoluo no estudo do psiquismo e abre
precedentes ainda no calculados. Neste sentido, algo que reconhea e valide este mtodo
pode ser de extrema valia para a Cincia.
Outro fator que tambm justifica este reconhecimento a rapidez, praticidade e fcil
execuo que o mtodo Rayid proporciona, bastando a utilizao de instrumentos baratos
como uma lupa e uma laterna, olhando-se diretamente a ris do analisando.
E mais. O nico instrumento para determinao tipolgica da personalidade, at hoje, um
teste que precisa ser respondido pelo analisando. Ora, uma pessoa no-alfabetizada ou sem
condies intelectuais jamais poderia ter seu padro de personalidade determinado. Isso no
existe com o mtodo Rayid, pois possvel analisar-se qualquer ris e de qualquer pessoa.
Portanto, a Psicologia no pode abrir mo de um diferencial como este que facilitar a sua
prxis.
OBJETIVO
O objetivo deste trabalho , em se analisando a ris humana atravs da tica do mtodo Rayid,
se estabelecer uma inter-relao com a Psicologia Junguiana obtendo-se, assim, o
reconhecimento cientfico para este mtodo e sua ampla utilizao pelos profissionais
psiclogos.
Material e mtodo
Foram analisadas as ris de 24 pessoas, escolhidas aleatoriamente entre estudantes,
funcionrios pblicos, profissionais autnomos, estudantes, donas-de-casa, aposentados,
empresrios e pacientes psiquitricos, todos em condies de responderem ao teste tipolgico
aplicado.
V.1 - MATERIAL
Aps a explicao da finalidade cientfica do experimento e obteno de autorizao para a
pesquisa, por escrito, aplicou-se o Questionrio de Avaliao Tipolgica QUATI, obtendo-se o
resultado do tipo de personalidade de cada um, de acordo com padro determinado pela
Psicologia Junguiana.
Em seguida, fotografou-se as ris com uma mquina fotogrfica digital Sony Mavica FD200 com
a utilizao do iridofoto, lente especialmente desenvolvida para esse fim, analisando-as sob a
tica do mtodo iridolgico Rayid.
Posteriormente, comparou-se os dois resultados, tabulando-os e expressando-os em grficos.
Neste particular, considerou-se o conjunto de personalidades e no seus portadores, posto
que so aquelas que esto sendo analisadas e comparadas. Afinal, a personalidade independe
de a pessoa ser um funcionrio pblico ou um empresrio, mas exatamente o contrrio.
Como a inteno a validao cientfica do mtodo Rayid, a explanao terica sobre os
padres de personalidade centrou-se na teoria da Psicologia Junguiana, no s por ser esta
reconhecida oficialmente pela Cincia mas, tambm, em funo de as caractersticas de
personalidade descritas no Rayid serem essencialmente as mesmas desta teoria psicolgica.
V.2 - ESTUDO METODOLGICO
Com o intuito de se mostrar que h uma correlao entre personalidade e a ris, sero feitas
anlises de ris utilizando-se o mtodo iridolgico Rayid com concomitante classificao frente
ao modelo tipolgico da Psicologia Junguiana sendo que, neste caso, utilizou-se da aplicao
do teste tipolgico de personalidade Quati.
Cabe ressaltar que o teste Quati classifica a personalidade em funo dominante com uma
correspondente auxiliar. Neste trabalho estamos, apenas, ressaltando a funo dominante
sem mencionar sua auxiliar, motivo pelo qual algum sinal possa vir a ser visualizado na ris sem
ser mencionado, sendo que isto no invalida o resultado final da avaliao. A funo auxiliar
tambm pode ser determinada pelo mtodo Rayid mas, igualmente, nos delimitamos em
mostrar apenas a funo principal, em razo da importncia e/ou maior presena dos sinais
iridolgicos, bem como ser a que rege funcionamento consciente da pessoa. Tal procedimento
visou simplificar a anlise, avaliao e classificao das ris.
As fotos no diferenciam as ris, se ris esquerda ou ris direita, por isso no interessar-nos e
nem interferir nos resultados.
V.2.1 - Fatores tcnicos de anlise
Mostra-se abaixo os resultados encontrados na anlise das ris de 24 pessoas atravs do
mtodo Rayid, sendo que o ndice de corroborao com o mtodo Junguiano, atravs do
Questionrio de Avaliao Tipolgica Quati, ficou em torno de 95 % (noventa e cinco por
cento) . Este ndice de concordncia, embora no total, suficiente para validar o mtodo
Rayid, mesmo porque, a discrepncia verificada deve-se ao fato de o Quati assinalar o
momento de vida presente. Como a pessoa vive em interao com o meio, ela deve adaptar-se
a este levando-a a mudar de forma relativa o seu comportamento, seu modus operandi, para
que a homeostase pessoa-meio seja relativamente estabelecida e sua vida tenha um curso
normal. Entretanto, a base da personalidade fica preservada e a registrada na ris. Nos
grficos, ento, optou-se por registrar to somente os resultados obtidos pelo mtodo Rayid.
V.2.2 - Quadro resumo
Discusso
"Conhea-te a ti mesmo". Esta parece ser a frase que melhor definiria a aventura humana na
terra. Cincia, Filosofia, Religio, Psicologia, Medicina so criaes do prprio homem, esse ser
que busca o conhecimento de si prprio, traduzido em normas e experincias fsicas e
metafsicas. Quem sou eu? De onde vim? Para onde vou? Isto tudo? Ou ser uma parte, um
incio?
Desde a pr-histrica essa busca se efetiva. E hoje se torna intensa. O conhecimento, a gnose
(sabedoria) buscada com nsia. Clonagem, manipulao gentica, projeto Genoma, bilhes
de dlares investidos, dias, meses, anos, dcadas de estudos para se chegar a um simples
resultado, uma descoberta nfima, quando ocorre. Mas preciso tentar, preciso saber.
Irisdiagnose, a gnose atravs da ris, tambm faz parte do pool de estratgias que o homem
est utilizando para seu auto-conhecimento. E uma ferramenta espetacular, pois permite
conhecer o homem no seu todo, corpo, mente e esprito. E no que ela insuficiente em si,
funciona como auxiliar de outros mecanismos cientficos.
Quando comecei a estudar Irisdiagnose h 5 anos, o fiz por curiosidade. J havia ouvido falar,
mas nada sabia a respeito e, como intuitivo que sou, vislumbrei possibilidades. Mas, tambm,
sou uma pessoa pensamento, racional. Preciso ver lgica nos fatos, ou seja, que sejam
cientficos, comprovveis. Qual no foi minha surpresa quando descobri que algo que, at
ento, era tido como uma prtica de misticismo, se transformava na mais pura cincia. Mais
surpreso ainda fiquei, quando vi que podia aplicar a Irisdiagnose em minha prtica clnica de
psicologia. Um instrumento de trabalho impar, revolucionrio, cientfico e no invasivo.
Jung falava da totalidade do ser. Todos os aspectos psquicos estando presentes na
personalidade da pessoa, um compensando a ao do outro, levando o indivduo totalidade
e, ao mesmo tempo, individuao. Da mesma forma, cada ser parte de um todo maior,
csmico, indiviso. Estes ensinamentos psicolgicos no podiam ser contemplados fisicamente.
Uma tentativa de soluo dessa problemtica a fsica quntica e falaramos at em psicologia
quntica mas, ainda, abstratas. Com a Irisdiagnose esse impasse superado, pois o abstrato e
o psicolgico podem ser visualizados. O mtodo Rayid propiciou isso, como tcnica de
Irisdiagnose. Agora pode ser validado e incorporado como uma tcnica psicolgica e de apoio
ao trabalho do psiclogo.
Para mim ficou bem claro, com a realizao deste trabalho, os alcances da aplicao da
Irisdiagnose como mtodo propedutico, propiciando uma viso integral do ser humano.
Mente e corpo, at agora tratados de forma separada, como que no fazendo parte de um
nico ser podem, desde j, serem re-unidos e vistos em sua unicidade.
Entretanto me pergunto at quando o Conselho de Psicologia ir lutar contra inovaes na
prtica psicolgica? At quando trabalhos psicoteraputicos, que poderiam ser realizados em
cima do desenvolvimento psquico, levando a pessoa individuao e a humanidade a um
estgio evolutivo superior, sero taxados de prtica espria ou proibida? Isso me deixa
profundamente triste, enquanto psiclogo. Se esqueceram que a prpria Psicologia, em seu
incio, foi considerada loucura e misticismo. Sei que uma prtica para ser cientfica precisa ser
pesquisada, aplicada, testada, confirmada mas, j so mais de 100 anos de existncia da
Iridologia, praticamente a mesma o mesmo tempo de existncia da Psicologia, sem que esse
reconhecimento tenha chegado. Onde a Irisdiagnose est falhando? Ou ser que a falha mais
subjetiva? No podemos esquecer que toda mudana ou inovao causa estranheza e medo. O
que se teme com a Irisdiagnose?
Concluo este trabalho com esta esperana. Que os resultados aqui obtidos falem por si. Que a
comunidade cientfica comece a ver a Irisdiagnose atravs de um critrio cientfico por
excelncia e no pejorativo e depreciativo. E, como integrante da comunidade humana,
lutando para que as perguntas feitas no incio desta discusso, possam ser respondidas com a
ajuda da Irisdiagnose.
Concluso
No se pode calcular a capacidade do saber humano, posto estar vinculado ao que se h por
aprender. Do mesmo modo, no h como se quantificar o que tem para ser aprendido pelo
homem, pois no sabemos at onde vai nossa existncia e, aqui, a existncia deve ser
entendida como todo o universo.
Buscar, pesquisar, errar, acertar, ser um cientista, um aventureiro, um idealista, um realizador,
parece fazer parte de nossa prpria essncia. A existncia do homem impulsionada por
desafios, para a superao de seus limites e por suas descobertas. isso que d energia vida.
A Iridologia/Irisdiagnose uma dessas descobertas ao acaso e um desafio que nos intriga,
encanta, impressiona e estimula a irmos sempre em frente. Essa fora da
Iridologia/Irisdiagnose vem exatamente de seu objeto de estudo: o ser humano. Buscar nossa
essncia, nossa origem e tentar saber nosso destino o que mais nos impele em nossa
existncia. E se cuidamos de ns mesmos, devemos faz-lo com o mximo de critrios.
Por isso, essa cincia que desponta no deve ser tratada como uma
"coisa" qualquer, mas como algo que nos torna capazes de conhecermos a ns mesmos, corpo
e alma. Portanto, Medicina e Psicologia devem se valorizar mutuamente, deixando diferenas
de lado e lembrando que o "ser" de compreenso de ambos o ser humano, que nico e
indivisvel.
Essa unio pode voltar a existir e o caminho ser a Iridologia/Irisdiagnose que provou isso
quando permitiu a viso de um achado psquico atravs da observao do fsico. Por outro
lado ela, tambm, propiciou encontrar algo fsico atravs de um fato psquico. Na ris a unio
corpo-mente se evidencia. Na Iridologia/Irisdiagnose a re-unio Medicina-Psicologia se
concretiza.
Damos, assim, por atingido nosso objetivo primevo que era o de demonstrar que as
descobertas da Iridologia no campo psquico so vlidas e que a Psicologia pode valer-se da
Irisdiagnose para melhor desempenhar suas funes. Mais ainda, conclumos que Psicologia-
Iridologia-Medicina so facetas diferenciadas da mesma realidade humana o saber humano.
Poder-se-ia falar num novo termo: Psicoiridomedicina ou Iridopsicomedicina. Mas, na verdade,
o que importa que sempre se tenha em mente que o que sempre estar em jogo a vida
humana e que o objetivo final, seja da Psicologia, da Medicina ou da Iridologia, deve ser o
bem-estar e o estar-bem de cada um dos seres humanos, ns.
Ps concluso
Quando do incio deste trabalho no atuvamos com a prtica da Irisdiagnose. Apenas
tnhamos contato em sala-de-aula e com estudo de casos. Entretanto, aps a finalizao da
redao, fomos contratados pela municipalidade de Jundia (SP), atravs de concurso pblico,
para atuar na Secretaria da Sade, mais especificamente no CAPS Centro de Ateno
Psicossocial, que cuida de doentes mentais graves neurticos e psicticos, de classes sociais
menos abastadas.
A populao atendida , em sua maioria, de pessoas no alfabetizadas ou semi-alfabetizadas,
com baixo nvel intelectual e/ou cognitivo que, embora tenham diagnsticos severos, acham-
se com certo controle egico. Essas caractersticas per se impedem uma atuao "dialtica" na
abordagem psicoteraputica sendo que o mais indicado o trabalho atravs da teraputica
ocupacional como anteriormente citado. Este trabalho se traduziria em um
reforo/reestruturao egica, ao mesmo tempo em que se tem que integrar, no consciente,
contedos do inconsciente que irrompem na conscincia desestruturando-a e ocasionado,
assim, o surto psictico ou neurtico. Como os melhores ou nicos procedimentos, mtodos,
formas e tcnicas teraputicas, bem como o enfoque psicolgico utilizado nesses casos, so
preconizados pela Psicologia Junguiana que estabelece que o ponto de partida a
determinao dos padres de personalidades, fica evidente a dificuldade que se apresenta,
face impossibilidade de determinar tais padres pelos mtodos convencionais os testes
psicolgicos.
Poderamos ficar, ento, com as observaes do psicoterapeuta que poderiam ser falhas dado
que inconsciente e consciente estariam quase num mesmo nvel de atividade. Pela perspectiva
da Psicologia Junguiana no haveria, ento, muito o que fazer sem um procedimento
sistematizado, organizado, organizador e re-estruturador da personalidade do doente. Estaria
criado um impasse?
Sim, estaria mas, graas predestinao (ser que se poderia falar em destino?), chegamos ao
final do curso de especializao com um instrumental fantstico: a Irisdiagnose que, atravs do
mtodo Rayid e da comprovao de sua ntima relao com os conceitos da Psicologia
Junguiana, mostrou que possvel sua aplicabilidade como mtodo eficaz, vlido e
comprovado de pesquisa e de auxlio na prtica clnica da psicoterapia. Pese-se o fato de a
Irisdiagnose poder ser utilizada no servio pblico de sade que, diante dos recursos
financeiros escassos, no pode abrir mo de um mtodo propedutico por excelncia, seja no
mbito mdico como quanto no psicolgico, auxiliando no pr-diagnstico ou na reduo do
tempo de tratamentos prolongados como tende a ser a psicoterapia.
Surge, agora, uma nova possibilidade de explorao da prxis da Irisdiganose, bem como, seu
reconhecimento oficial como cincia ou, no mnimo, um mtodo de atuao oficialmente
reconhecido pela Psicologia e pela Medicina. Como nosso objetivo era o de mostrar a interface
Psicologia/Iridologia, por sinal totalmente atingido, e reforado pelo ora exposto, fizemos uma
pequena meno desta grande descoberta, qual seja, a utilizao da Irisdiagnose na
determinao dos padres de personalidade. Ficando, portanto, em aberto a necessidade de
novos estudos que possam ampliar esta pesquisa.
Palavras-chave: iridologia, irisdiagnose, mtodo Rayid, Psicologia Junguiana, atitudes, fluxo,
funo, padro.
Unitermos: personalidade, sinais iridolgicos, psiquismo, energia psquica, padres bsicos de
personalidade, extroverso, introverso.
Key Words: Iridology, Irisdiagnosis, method Rayid, Psychology Junguiana, attitudes, flow,
functions, standards.
Uniterms: personality, iridological signals, psyche, psychic energy, basic standards of
personality, extroverted, introverted.
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29 - Anais do V Congresso Brasileiro de Iridologia e III Congresso Internacional de
Irisdiagnose. Valinhos: 2000
CRDITOS DAS ILUSTRAES
Figuras 1, 2, 3 e 4:
Iridologia Total de Celso Batello
Figura 5:
Iridologia e Irisdiagnose de Celso Batello
Fotos 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9, 10, 11 e 12:
O Olho Revela de Denny Johnson
minha mulher CONCEIO APARECIDA,
pelo amor, carinho e compreenso nas
ausncias e por sua ajuda na reviso do texto;
e aos colegas e amigos que, com suas ris, contriburam
para que este trabalho pudesse ser o mais completo possvel,
e em especial ao Dr. CELSO BATELLO, por sua confiana,
DEDICO
Autor:
Jos Antonio de Oliveira
junguiano[arroba]saudepsi.com.br
Orientador: Prof. Dr. Celso Batello
So Paulo (SP) - 2004
FACULDADE DE CINCIAS DA SADE - FACIS
INSTITUTO BRASILEIRO DE ESTUDOS
HOMEOPTICOS IBEHE