Desenvolvimento Moral: Kolberg
Desenvolvimento Moral: Kolberg
Desenvolvimento Moral: Kolberg
Kohlberg1
© Celeste Duque, 2006-04-14
Psicóloga Clínica (celeste.duque@gmail.com)
A teoria de Piaget
• Na nossa prática educacional, perguntamo-nos frequentemente como as crianças lidam com as regras
(de jogo ou sociais). E mais: o que podemos esperar de cada idade do desenvolvimento humano, no
que diz respeito às relações da criança com os aspectos da justiça e da moral.
• Piaget debruçou-se sobre estas questões e, a partir das suas experiências e observações, propôs que a
forma pela qual as crianças lidam com as regras, com a justiça e a moral, varia no decorrer do
processo de desenvolvimento.
Piaget concluiu...
Crianças diferentes adquiriram versões diferentes das regras e, ao jogarem juntas, essas discrepâncias
tornar-se-ão evidentes e terão de ser resolvidas. De acordo com Piaget, este contacto com pontos de vistas
divergentes constituía um elemento crucial para o desenvolvimento da moralidade autónoma de
reciprocidade.
Teoria de Kohlberg
• Kohlberg investigou o desenvolvimento do raciocínio moral, com base em dilemas.
• Com base nestas questões e dilemas, Kohlberg postulou 3 níveis de raciocínio moral cada um deles
subdivididos em 2 estádios, perfazendo um total de 6 estádios.
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Trata-se de uma Síntese Teórica, elaborada em PowerPoint, no âmbito da disciplina de Psicologia VI (Psicologia do
Desenvolvimento) leccionada na Escola Superior de Faro (ESSaF), da Universidade do Algarve (UAlg), pelo que não deve ser
considerada como um texto ou artigo.
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Evitar infringir regras que acarretem punições, obediência em si mesma, evitar danos físicos a pessoas e
bens.
2- Estádio do objectivo instrumental individual e da troca:
Seguir as regras apenas quando se trata do interesse imediato de alguém; agir por forma a satisfazer os
próprios interesses ou necessidades e deixar os outros fazerem o mesmo.
Conclusão
Relembramos que o desenvolvimento da moralidade é necessário para que a vida em grupo, a vida social,
seja possível; que a conquista da autonomia moral seja desejável para que todo o ser humano possa
avaliar as regras de seu grupo e decidir se elas estão de acordo com os princípios de justiça que
promovem a dignidade inviolável da humanidade; a liberdade; a solidariedade e a igualdade.
Resumindo:
A capacidade de implicação numa acção moral é mais complexa do que o mero conhecimento em
abstracto de “valores”. Esta habilidade requer a capacidade para compreender que uma situação é
moralmente relevante, ou seja, que há diferentes opções para agir e que estas têm diferentes
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consequências para as outras pessoas envolvidas na situação. Por isso, a capacidade básica consiste em ter
em conta a perspectiva dos outros e, neste contexto, ideias como autonomia, respeito pelos outros,
responsabilidade, igualdade, tolerância, justiça, democracia, etc., tornam-se relevantes, o que reflecte uma
moral “europeia” específica, supondo que se foi desenvolvendo ao longo de mais de dois mil anos.
Estas capacidades não são tanto o resultado de uma educação que parte dos professores, mas de
inumeráveis influências do processo de socialização, estimulado, além disso, de acordo com as teorias
sobre o desenvolvimento do indivíduo de Jean Piaget e de Lawrence Kohlberg, depende fortemente do
meio social.
A educação pode ter como função levar o indivíduo a enfrentar situações que correspondam à etapa real
do seu desenvolvimento no sentido de uma “discrepância óptima”.
Duas teorias do desenvolvimento sócio-cognitivo e moral são consideradas fundamentais: a de Robert
Selman, que descreve o desenvolvimento da capacidade para se colocar no lugar do outro. E a de
Lawrence Kohlberg que explica o desenvolvimento moral em seis estádios: (1) a orientação para o
castigo, (2) necessidades imediatas das duas partes, (3) uma orientação convencional para as expectativas
de papel e (4) para o sistema social enquanto tal. Finalmente (5) e (6) orientação pós-convencional para
os princípios éticos universais, como, por exemplo, os direitos humanos.
Bibliografia
Kohlberg, L. (1963). The Development of children's orientation toward a moral order: I. Sequence in
development of moral thought. Vita Humana, 6, 11-33.
Kohlberg, L. (1970). Moral stages as a basis for moral education. Em E. Sullivan & J. Rest (Eds.) Moral
Education. University of Toronto, Canadá.
Kohlberg, L. (1971). From is to ought: how to commit the naturalistic fallacy and get away it in the study
of moral development. Em T.S. Mischel (Ed.). Cognitive Development and Epistemology. New
York: Academic Press.
Kohlberg, L. (1981). Essays on Moral Development (Vol. 1). San Francisco, Harper and Row.
Kohlberg, H. (1984). Essays on moral development. (Vol. 2). The Psychology of Moral Development. San
Francisco: Harper and Row.
Selman, R. L. (1976). Social-cognitive understanding. A guide to educational and clinical practice. In T.
Lickona (Ed.), Moral development and behavior. Theory, research and social issues. New York:
Holt, Rinehart & Winston.
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© Celeste Duque
2008-04-04