Resumo NBR 7190

Instituto Federal do Maranho IFMA
Curso: Engenharia Civil

Disciplina: Estruturas de madeira
Aluna: Rafaella Moreira Lima Gondim
Cdigo: EC1011035-21
Resumo NBR 7190 Projetos de estrutura em madeira
1. Objetivo
A norma objetiva apresentar parmetros que devem ser seguidos no projeto, controle e
execuo de estruturas de madeira. A norma afirma ainda que, se outra norma puder ser
aplicada, o projetista/executor/fiscal deve aplic-la concomitantemente.
2. Referncias normativas
Este item da norma apresenta uma lista de todas as outras normas que so referenciadas
na NBR 7190.
3. Generalidades
A NBR 7190 ratifica que todo projeto em estruturas de madeira deve ser feito por
profissional legalmente habilitado. Este item tambm preconiza que todo projeto deve ser
composto por memorial descritivo, desenho e, quando necessrio, plano de execuo e
descreve os mesmos. Por fim, o item padroniza as notaes a serem utilizadas em clculo.
4. Hipteses bsicas de segurana
A estrutura deve ser capaz de suportar as situaes previstas com probabilidade aceitvel
de carregamento com grau de confiabilidade adequado. Para situaes no previstas de
carregamento, os danos devem ser proporcionais s causas que o provocaram.
A madeira deve ser aceita para uso estrutural desde que sua resistncia esteja de acordo
com as especificaes de projeto. A aceitao da estrutura ser automtica se o projeto e a
execuo seguirem as especificaes da norma.
Os estados limites se caracterizam como os estados nos quais a estrutura de deixa de ser
funcional. Os estados limites ltimos so os estados nos quais a estrutura deixa de ser estvel.
Os estados ltimos de servio so as situaes nas quais a estrutura comea a apresentar uma
situao de desconforto ao usurio. A condio de segurana que deve ser atendida em
projeto a que os esforos solicitantes devem ser menores que a fora de resistncia em todas
as sees da estrutura.
5. Aes
Aes so as causas do aparecimento de esforos ou deformaes na estrutura. As aes
podem ser do tipo permanente (praticamente no variam ao longo da vida til da estrutura),
varivel (aes que tm variao significativa ao longo da vida til da estrutura) ou
excepcional (aes que tm curta durao, grande intensidade e baixa probabilidade de
ocorrncia). Os carregamentos podem ser normais (cargas previstas para uso corrente da
estrutura), especiais (carregamento que inclui aes variveis da natureza), excepcionais
(quando incluem cargas excepcionais) e de construo (quando inclui cargas transitrias que
ocorrero somente durante a construo da estrutura). No projeto podem ser consideradas as
situaes a seguir: duradouras (devem ser consideradas em todo projeto, a situao qual a
estrutura estar submetida ao longo de sua vida til); transitrias (tm durao muito menor
que a vida til da estrutura); e excepcionais (curta durao).
As aes usuais em estruturas de madeira so: carga permanente, cargas acidentais
verticais, impacto vertical, impacto lateral, foras longitudinais, fora centrfuga e vento. Os
valores de clculo das aes so encontrados a partir de coeficientes listados na norma para
cada combinao de aes. As combinaes para ELU so: combinaes ltimas normais,
especiais ou de construo e excepcionais. As combinaes para ELS so: combinaes de
longa, mdia e curta durao e durao instantnea. Os efeitos estruturais atuantes na
estrutura so as solicitaes (carregamentos e tenses), deformaes e deslocamentos.
6. Propriedades da madeira
As propriedades da madeira so condicionadas pela anatomia do tronco. Logo, deve-se
sempre fazer distino entre caracterstica apresentada na direo paralela s fibras e na
direo normal s fibras.
A densidade bsica da madeira dada pela diviso do peso da madeira seca pelo volume
da madeira saturada. A resistncia a capacidade da matria de suportar tenses. A resistncia
caracterstica da madeira a encontrada quando o material tem umidade de 12%. A rigidez do
material o valor mdio do mdulo de elasticidade. A umidade a quantidade de gua retida
na massa de material. Por norma, a umidade da madeira dividida em 4 classes. Na fase de
projeto deve-se definir a umidade do ambiente da estrutura como pertencente a uma destas
classes. importante ressaltar que os valores encontrados em laboratrio devem ser
multiplicados por coeficientes de segurana para que atendam s diferentes condies de

umidade.
7. Dimensionamento Estados Limites ltimos
Os critrios gerais que podemos adotar para o clculo de esforos atuantes no ELU so
que os esforos devem ser calculados de acordo com os princpios da Esttica; os materiais
tm comportamento linearmente elstico; distribuio das cargas ao eixo ocorre em um
ngulo de 45 graus; as estruturas s sero consideradas hiperestticas se a ligao entre os
elementos for rgida; os furos de pregos na zona comprimida podem ser ignorados; os furos
na zona tracionada podem ser ignorados se a reduo da rea tracionada for menor que 10%;
em prticos e estruturas que distribuem os esforos, podem ser usados mtodos que admitam
comportamento elasto-plstico dos materiais; deve-se considerar as aes usuais listadas na
norma e os esforos devem ser encontrados a partir das aes combinadas e multiplicadas por
coeficiente conforme descrito na norma.
Geralmente, para clculo dos esforos resistentes, devemos admitir o comportamento
elasto-frgil do material. Para peas submetidas a flexo-compresso, podemos admitir
comportamento elasto-plstico da madeira na compresso paralela s fibras.
A norma lista as frmulas, consideraes e mtodos a serem adotados quando a estrutura
est sendo solicitada na direo normal ou na direo tangencial. A seguir, so apresentadas
consideraes que se deve fazer quando a pea estudada est sofrendo compresso simples. A
principal delas a de que sempre devemos considerar uma excentricidade mnima na carga,
uma vez que a pea est sujeita a imperfeies geomtricas e que a carga pode se tornar
descentralizada ao longo da vida til da estrutura devido a deformaes de segunda ordem e
fluncia da madeira (apenas em peas esbeltas)
A seguir, a norma fala sobre contraventamento. A primeira medida que devemos
tomar para que a estrutura seja capaz de oferecer contraventamento alternar ortogonalmente
a direo da face de maior rigidez dos elementos estruturais. Assim como no caso da
compresso simples, devemos considerar a excentricidade das cargas no clculo do
contravantamento.
Salvo algumas excees listadas em norma, peas compostas por elementos
justapostos solidarizados podem ser consideradas peas macias.
8. Ligaes
As peas de madeira podem ser ligadas mecanicamente atravs de pinos metlicos

(pregos ou parafusos); calvilhas (pinos de madeira torneados) ou conectores (anis e chapas
metlicas). Os elementos de ligao, assim como a estrutura, devem ser dimensionados
conforme descrito em norma.
9. Dimensionamento Estados limites de utilizao
Os estados limites de servio (ELS) a serem considerados so: deformao excessiva;
dano material no estrutural devido a deformao excessiva; vibrao excessiva. No ELS,
deve ser sempre satisfeita a seguinte inequao: efeito na estrutura <= valor limite
determinado em norma. importante ressaltar que, para limites de utilizao, os coeficientes
de segurana das aes so iguais a 1,0.
10. Disposies construtivas
No incio deste captulo a norma traz instrues para garantir a durabilidade da estrutura.
A seguir, so apresentadas as dimenses mnimas de elementos estruturais e elementos de
ligao e a esbeltez mximas. So mostradas tambm instrues para a execuo da estrutura
e a classificao das peas.
11. ltima reviso da norma
A verso atual da norma data de agosto de 1997 e vlida desde 29 de setembro de 1997.
Esta norma substituiu a NBR 7190 de 1982.
REFERNCIAS
ASSOCIAO BRASILEIRA DE NORMAS TCNICAS. Projeto de estruturas de
maderia, NBR 7190. Rio de Janeiro, 1997. 107p.

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As peas de madeira podem ser ligadas mecanicamente atravs de pinos metlicos

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