Aula 07 Ultrassonografia
Aula 07 Ultrassonografia
Aula 07 Ultrassonografia
SUMRIO
AULA 1 - Princpios de Ultrassom
- Introduo
- Princpios fsicos
- Transdutores
- Sistemas de Imagens de Ultrassom
Introduo
A idia de utilizar o eco das ondas sonoras como forma de deteco de
objetos (ecolocalizao) data do incio do sculo XX aps estudos com
golfinhos e morcegos.
Introduo
Somente aps a 2o. Guerra Mundial cresceu o interesse do uso de ecos de
ondas de som na medicina.
Os mdicos Douglas Howry e D. Ronderic Bliss foram pioneiros ao realizar
estudos com ultrassom. Em 1949 desenvolveram o primeiro sistema com
objetivo mdico e em 1950 realizaram a primeira imagem mdica com
ultrassom.
Os primeiros estudos revelaram a necessidade de pulsos curtos (com
perodo tau) e repetidos (perodo de repetio PR) para determinar a
localidade da interface dos tecidos
Princpios fsicos
Ondas de ultrassom so ondas mecnicas com freqncia acima da faixa
de audio humana (> 20KHz).
Por ser onda mecnica, ela precisa de um meio para propagar, e a
velocidade de propagao da onda depende das propriedades de
cada meio.
O ultrassom se propaga pela vibrao do meio; logo, depende da
presso exercida pela onda e das propriedades de vibrao do
meio.
Fonte: http://telecom.inescn.pt/research/audio/cienciaviva/natureza_som.html
Princpios fsicos
Caractersticas bsicas das ondas de ultrassom:
O comprimento de onda distncia entre dois mximos (ou mnimos) consecutivos.
A amplitude revela o comportamento da presso exercida no meio (expanso ou conpresso
quando a amplitude mxima).
Perodo o tempo gasto para que uma oscilao seja completada. Ele introduz o conceito de
frequncia que a taxa de repetioes que ocorrem em um intervalo de tempo definido.
A velocidade de propagao das ondas a relao entre o comprimento de onda e o perodo
de oscila; constante para um determinado meio.
Princpios fsicos
Meio
Velocidade (m/s)
Ar
330
gua doce
1435
Sangue
1560
Msculo
1570
Gordura
1580
Princpios fsicos
Uma caracterstica tambm intrnseca de cada meio a sua
Impedncia acstica:
Ela demonstra a resistncia do meio em extender e contrair de acordo
com a presso exercida pela onda acstica.
Por definio:
p
Z=
v
onde Z a impedncia caracterstica do meio, p a presso exercida
pela ultrassom e v a velocidade de uma partcula.
Princpios fsicos
A definio considera um sistema onde a presso aplicada sobre
uma nica partcula do meio.
p m.a 1
m
d
Z= =
. =
.
c 0 area c0 area . d T
Z = . c0
Princpios fsicos
Material
(106 Rayls)
Ar
0,0004
Gordura
1,38
gua
1,48
Msculo
1,64
1,63
Osso
7,80
Princpios fsicos
Vamos investigar o que ocorre na interface entre dois meios diferentes
Inicialmente apresentamos a equao de propagao de onda em um
meio qualquer. Neste caso, em funo da presso da onda:
Princpios fsicos
Na interface entre os dois meios, teremos:
Princpios fsicos
Entretanto, a velocidade das partculas no meio 2 depende do fator de
reflexo, da presso inicial e da impedncia do meio 1. Assim:
Princpios fsicos
Em uma nova configurao, os ngulos de incidncia, reflexo e
refrao do ultrassom deve ser considerado:
Princpios fsicos
E como soluo encontrada a igualdade dos ngulos de incidncia e
reflexo, alm da lei de Snell para ultrassom:
Dessa forma, entende-se que h uma impedncia efetiva para cada onda,
que depende do ngulo de incidncia (meio 1) e do ngulo de transmisso
(meio 2):
Princpios fsicos
Nesta configurao, o fator de reflexo passa a ser:
Princpios fsicos
Meio 1
Z1
Z2
Lei de Snell:
I R
Meio 2
Princpios fsicos
Exerccio 1: Calcule o fator de reflexo de uma ultrassom passando
perpendicularmente da gua para um msculo e da gua para um
osso. Que informao pode ser obtida destes valores?
Princpios fsicos
Uma outra propriedade fsica relevante para as imagens de ultrassom
a absoro da onda pelos tecidos.
Quando o ultrassom se propaga no meio h perdas de sua energia por
diversos fatores como atrito, presso e estresse, os quais convertem essa
energia cedida pela onda em calor local.
Essas perdas de energia caracterizam a absoro da onda pelo tecido. Em
geral cada tecido possui um coeficiente de absoro particular.
A lei que governa a absoro do ultrassom pela estrutura a lei de Beer e
determina a amplitude da onda como funo da profundidade de
penetrao da onda
Princpios fsicos
O coeficiente de atenuao frequentemente apresentado em
unidades de decibis por centmetro (dB/cm).
Porm os dados experimentais tambm tem revelado que a absoro
do meio depende da freqncia de oscilao do ultrassom, de forma
que:
Transdutores
Um transdutor de ultrassom gera ondas acsticas pela converso de
energia trmica, eltrica ou magntica, em energia mecnica.
A tcnica mais eficiente para gerar ultrassom na faixa de aplicaes
mdicas atravs do efeito piezoeltrico.
O efeito piezoeltrico foi inicialmente demonstrado por Jacques e
Pierre Currie em 1880.
Neste experimento, eles observaram um potencial eltrico nos
terminais de um cristal de quartzo quando o mesmo sofria um
estresse mecnico.
O efeito piezoeltrico inverso tambm foi observado, de forma que se
um potencial era aplicado nos terminais do cristal havia uma
deformao na sua superfcie.
Assim, um cristal piezoeltrico converte um sinal eltrico oscilante em
uma onda acstica, e vice-versa.
Transdutores
Esquema simplificado de um transdutor
Transdutores
Princpio de funcionamento de um transdutor:
Seja um transdutor descrito como o esquema abaixo
Transdutores
onde C0 a capacitncia do transdutor, d o deslocamento, V a
tenso aplicada e S a permissividade do capacitor de placas
paralelas medida na condio de repouso.
d
d
Transdutores
Onde CD a constante de rigidez do transdutor, D o deslocamento
dieltrico quando um campo E aplicado e h a constante
piezoeltrica.
Transdutores
A transformada inversa de Fourier revela o espectro de frequncias da
fora exercida pelo transdutor:
Transdutores
A maioria dos sistemas de imagens por ultrassom opera com mais de
um transdutor, formando uma matriz de transdutores
Um tpico arranjo de transdutores o seu posicionamento em linha
onde uma nica dimenso composta pelos sensores.
Transdutores
A vantagem de operar com uma matriz de transdutores que eles so
rapidamente focalizados e direcionados com controle eletrnico,
enquanto os transdutores com elemento nico precisam de controle
mecnico da direo e possui foco fixo.
Os dois tipos mais comuns de matrizes de transdutores so as
matrizes lineares e as matrizes faseadas.
O transdutor de matriz linear desloca a abertura ativa (conjunto de
transdutores que capturam o eco) varrendo todos os elementos da
matriz, conforme mostra a figura abaixo.
Transdutores
O resultado so imagens compostas como abaixo, onde um nmero
fixo de linhas formado.
Transdutores
Os transdutores de matrizes faseadas mantem a abertura ativa fixa e
direciona eletrnicamente com pequenas variaes angulares.
Cada linha direcionada com um pequeno incremento do ngulo em
relao ao anterior
Transdutores
O resultado so imagens compostas como abaixo, onde um nmero
fixo de linhas formado.
Transdutores
Modo A Amplitude
Modo B - Brilho
mais utilizado;
imagens em duas dimenses;
Os princpios so os mesmos daqueles do
mapeamento A exceto que o transdutor
movimentado;
estabelece informao sobre a estrutura
interna do corpo;
tem sido usado no diagnstico do fgado,
mama, corao e feto;
pode detectar gravidez, e pode
estabelecer informao sobre anomalias
uterinas.
Fonte: Schiabel, H. Notas de aula da disciplina: Princpios de Imagens Mdicas.
Ultra-som de mama
Ultrassonografia Modo A
Modo A
http://www.cnpdia.embrapa.br/publicacoes/download.php?file=DOC08_2003.pdf
Ultrassonografia Modo B
Modo A discretizado em escala de cinza
Cada pixel recebe um valor associado a sua
amplitude
http://www.incor.usp.br/spdweb/frame_cursos.htm
Ultrassonografia Modo B
Ultrassonografia Modo B
Ultrassonografia Modo M
Modo A dinmico em tons de cinza
Ecocardiografia
Ultrassonografia Modo M
http://en.wikipedia.org/wiki/File:PLAX_Mmode.jpg
f 2v cos
=
fo
c
Ultrassonografia Intravascular
(IVUS)
Lumen
Cateter de
Ultrassom
Regio
Imageada
Placa
Aterosclertica
IVUS vs Angiografia
Convencional
A
B
IVUS vs Angiografia
Convencional
A
B
IVUS vs Angiografia
Convencional
A
B
Ultrassonografia 3D e 4D
Transdutores
Varredura Espacial Aquisio de Mltiplos
Cortes