Planeamento e Gestão de Instalações Desportivas - Dr.José Pedro Sarmento
Planeamento e Gestão de Instalações Desportivas - Dr.José Pedro Sarmento
Planeamento e Gestão de Instalações Desportivas - Dr.José Pedro Sarmento
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1. PLANEAMENTO E GESTÃO DE INSTALAÇÕES DESPORTIVAS
Introdução
A melhoria do nível de vida na Europa Ocidental tem sido caracterizada, entre muitos indicadores, por
um enorme aumento da oferta desportiva aos cidadãos. Este aumento é evidente num cada vez maior e
melhor parque de instalações desportivas disponíveis.
A qualidade e complexidade atingidas exigem um esforço de formação cada vez mais consistente e
diversificado dos técnicos responsáveis pela sua gestão e funcionalidade.
Serei um gestor desportivo?
Actividades principais
. Planear
. Construir
. Gerir.
Planear
. Detectar oportunidades
. Executar estudos de pré-viabilidade
. Estudar os produtos a oferecer
. Conhecer o mercado
. Promover estudos técnicos (localização, engenharia e arquitectura)
. Identificação dos recursos necessários (qualificações e competências, físicos e financeiros)
Construir
. Definição dos cadernos de encargos
. Equipas de acompanhamento e desenvolvimento técnico
. Fiscalização da obra
Gerir
. Espaços
. Actividades
. Recursos humanos
. Recursos financeiros
. Enquadramento político
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Realidade Portuguesa
. Não planeamos em rede.
. Não trabalhamos em equipas pluridisciplinares de projectistas
. Não definimos previamente os modelos de gestão
. Cedemos repetidamente:
ao conhecimento empírico
à gestão do imediato
e à ilusão dos resultados a curto prazo.
Consequências
Temos uma oferta de instalações desportivas desequilibrada e desadaptada com a procura, com o tipo de
actividades pretendidas, de fraca qualidade, com pequena capacidade multidisciplinar e quase nula
interactividade.
Necessidades futuras
. Pensar as instalações desportivas de uma forma integrada e em rede
. Integrar os gestores nas equipas de projectistas e criar uma nova forma de comunicação entre eles
. Reconhecer o papel fundamental do caderno de encargos na definição do que será cada instalação.
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2. ORGANIZAÇÃO E GESTÃO DE PESSOAL
Introdução
O acto de organizar corresponde ao assumir do poder e consequentemente à distribuição de competências
e atribuições numa estrutura organizativa.
Gerir pessoas é conseguir manter a motivação entre os membros de forma a que os objectivos da
organização e de cada um dos membros sejam atingidos com os níveis de eficácia pretendidos.
Situação Actual
As concepções tradicionais sobre a estrutura das organizações baseavam-se em comportamentos fechados
e profundamente defensivos. Actualmente esta área do conhecimento científico encontra-se em
desenvolvimento, essencialmente motivado pelas “Alterações na estrutura do trabalho” e pela
“Revolução da informática”.
Factores primordiais
A interacção com o envolvimento
privilégio do fluxo informativo na dinâmica da organização
As parcerias.
Os Gurus da gestão
. Peter Drucker, evidencia o papel fundamental do elemento humano na performance da organização;
. James Champy, aposta na inovação constante como forma de sobrevivência de qualquer organização;
. Michael Hammer, defende o risco como o factor fundamental do sucesso;
. Charles Handy, realça a importância do sentimento de identificação dos elementos com a organização;
. Henry Mintzberg, fala-nos da importância da definição prévia da forma da uma estrutura de
organizativa.
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Estandardização pela qualificação do pessoal - Neste caso os eixos de coordenação estão dependentes da
formação dos elementos
Ajuste mútuo - Retoma a comunicação verbal mas a um nível de complexidade superior
Factores de diferenciação:
. Sexo
. Formação
. Disponibilidade
Factores de individualização
. Capacidade de decisão
. Sistemas de comunicação
. Sistemas de recompensa e punição
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3. CARACTERIZAÇÃO DE INSTALAÇÕES DESPORTIVAS
Introdução
. Classificação das instalações desportivas
. Tipologia das instalações desportivas
. Dimensionamento das instalações desportivas
. Determinação da localização
. Natureza dos equipamentos
. Factores de gestão
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Determinação da localização
. Proximidade de zonas residenciais
. Proximidade de zonas escolares
. Proximidade de zonas de lazer
. Proximidade de áreas laborais
. Complementaridade com outros equipamentos sociais
Factores de gestão
. Número e tipo de utilizadores
. Tipos de prática desportiva:
. Formal, informal ou recreativa.
. Horários de funcionamento
. Recursos humanos disponíveis
. Tecnologia existente
. Meios financeiros
. Condições para o público
Piscinas
. Cobertas e descobertas
. De competição, de lazer e mistas.
. Olímpicas, de 50 metros, de 25 metros e de 16 metros
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Áreas da Piscina
. Pé descalço e pé calçado
. Área técnica
. Balneários
. Recepção
. Área administrativa
Principais cuidados
. Capacidade de absorção de água
. Escoamento de águas pluviais
. Sistema de rega
. Compactação
. Corte
. Tratamento
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Principais cuidados
. Limpeza
. Rega
. Escoamento de águas fluviais
. Reposição de areia
Recintos Cobertos
. Naves Desportivas
. Polivalentes
. Ginásios
. Salas de Artes Marciais
. Salas de Armas
. Salas de Musculação
. Campos de Squash
Principais cuidados:
. Limpeza
. Manutenção das características do piso
. Climatização
. Iluminação
Recintos ao Ar Livre
. Polivalentes exteriores
. Campos de Ténis:
Campos de terra batida
Campos de relva artificial (areia)
Campos de piso rápido (sintético e betuminoso)
. Campos de Futebol de terra batida
Principais cuidados:
. Limpeza
. Escoamento das águas
. Manutenção das características do piso
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Postos Náuticos
. Vela
. Remo
. Canoagem
. Motonaútica
Centros de Estágio
. Alojamento
. Alimentação
. Serviços Administrativos
. Serviços Desportivos
. Instalações Desportivas
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4. GESTÃO DE MATERIAL DESPORTIVO
Selecção do material
Fase de grande complexidade, onde se tenta detectar as necessidades de determinada instalação ou
actividade e se tenta encontrar entre o material disponível no mercado aquele que de acordo com as
disponibilidades existentes garante uma maior qualidade de funcionamento.
Aquisição
Fase em que se opta por uma determinada proposta em função das condicionantes técnicas, económicas,
de garantia, de facilidade de manutenção e prazos de entrega.
Utilização
Rentabilização do investimento através de uma adequada e equilibrada utilização dos materiais, sempre
de acordo com as limitações impostas pelos fabricantes.
Manutenção
Conjunto de acções que evitam a deterioração dos materiais e intervêm quando o estado de conservação
dos mesmos põe em risco os seus possíveis utilizadores.
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Armazenamento de material desportivo
Quanto melhor armazenado estiver o material, assim se poderá controlar, utilizar e manter durante mais
tempo em bom estado de conservação.
Arrumação do material
Disposição de acordo com a utilização
Recurso a armários de prateleiras para materiais pequenos
Armários com rodas para transporte.
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5. PROBLEMAS DA GESTÃO DE UMA INSTALAÇÃO DESPORTIVA
Relações Públicas
Sector que pretende desenvolver as acções de apoio a todos os intervenientes directos (jogadores e
técnicos) e indirectos (espectadores, jornalistas, dirigentes, agentes diversos e público em geral). Neste
âmbito ganha importância decisiva, o tipo, a quantidade e a qualidade dos meios disponíveis aos serviços
de atendimento geral e específico dos diferentes grupos.
Segurança
Esta área corresponde não apenas ao controlo dos diversos grupos de pessoas envolvidas, mas também a
todo o controlo dos percursos de acesso e de retorno ao local do evento por parte dos espectadores,
participantes e acompanhantes.
O controlo da ordem pública tem de ser estudado de forma integrada, nunca reduzindo o evento a ele
próprio, respeitando uma visão global a que correspondem fases anteriores, simultâneas e posteriores à
realização do evento, alargando-se mesmo a vigilância e controlo às áreas envolventes.
Primeiros Socorros
Os cuidados médicos imediatos representam hoje em dia, em qualquer actividade um pressuposto básico.
Toda a actividade desportiva tem de possuir planos de intervenção para situações dos mais diversos graus
de gravidade. Estes planos têm de estar devidamente testados e garantidos todos os esquemas de
interligação com os diversos organismos envolvidos (meios de intervenção rápidos, meios de evacuação,
apoios de retaguarda e serviços de relações públicas).
Limpeza
A limpeza é um dos sectores que hoje em dia mais preocupa os gestores, não só pela qualidade necessária
neste tipo de serviço, mas também pelos problemas que põe não só na Gestão dos Recursos Humanos
(horários e formação), como pelos elevados valores monetários que estão em causa.
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CONSULTAS ÚTEIS:
Livros
Bayeux, P.; Dupuis, J. (1995). Equipements sportifs: coúts et controle de gestion. Revue EPS. Paris.
Drucker, P. (1990). Organizações sem Fins Lucrativos. Difusão Cultural.
Hansen, H. Gestão Economica em Piscinas Cobertas e de Ar Livre. Antologia de Textos “Desporto e
Sociedade”. DGD. Lisboa.
Lacouture, P. (1996). Programmation, conception et entretien des Équipements sportifs. CNFPT. Paris.
Minztberg, H. (1995). Estrutura e Dinâmica das Organizações. Publicações Dom Quixote. Lisboa.
Pires, G. (1995) Desporto: planeamento e Gestão de projectos. FMH-UTL. Lisboa.
Sayers, P. (1991). Managing sport and leisure facilities: a guide to competitive tendering. Bechenham.
Kent. E&FN Spon.
Slack, T. (1997). Understanding Sport Organizations. Human Kinetics. USA.
Walker, M.; Stotlar, D. (1997). Sport facility management. Jones and Bartlett. Boston. USA.
Cunha, Luís Miguel. (2007). Os Espaços do Desporto – uma Gestão para o Desenvolvimento Humano.
Lisboa: Almedina.
Revistas
Revista Piscinas XXI (Português)
Revista Instalaciones XXI (espanhol)
European Journal of Sport Management (Inglês)
International Journal of Sport Management (Inglês)
IAKS
Na Web
www.lin.ca/resource/html/humid.htm
Site sobre os problemas mais comuns em piscinas e como os resolver - INGLêS
www.lin.ca/resource/html/nbaqsafe.htm
Site sobre segurança em piscinas - INGLêS
Cultura.gencat.es/esport/ftee
Manual sobre instalações desportivas – CATALÃO
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