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FACULDADE DE ARACRUZ

DEPARTAMENTE DE ARQUITETURA E URBANISMO

MAURICIO LOPES DA SILVA


ORLANDO VINICIUS RANGEL NUNES
RENATA SERRA

MUROS DE CONTENÇÃO

ARACRUZ
2008
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MAURICIO LOPES DA SILVA


ORLANDO VINICIUS RANGEL NUNES
RENATA SERRA

MUROS DE CONTENÇÃO

Pesquisa apresentada ao Departamento de


Arquitetura e Urbanismo da Faculdade de
Aracruz, como requisito parcial para
obtenção de nota na disciplina de
Topografia e Solo.
Professor: Antônio Romero Santana

ARACRUZ
2008
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SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO ...................................................................................................... 3

2. OS MODELOS DE MUROS DE CONTENÇÃO .................................................... 3

3. CONSIDERAÇÕES FINAIS ................................................................................. 10

4. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .................................................................... 11

ANEXOS .................................................................................................................. 12
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1. INTRODUÇÃO

Um muro de arrimo, ou muro de contenção, nada mais é que uma parede de


contenção para barrar o deslizamento de terra decorrente da perturbação, incidida
no terreno, feita pelo homem ou por elementos naturais.
Em geral quando é feito um corte no terreno é necessário a utilização do
murro de arrimo para estabilizar o terreno logo acima do corte. Tudo isso varia de
acordo com o tipo de solo no local e varia também segundo a altura do corte feito.
Um muro pode ser confeccionado de várias formas e materiais, sendo,
portanto, dimensionado para tal feito segundo parâmetros que será discutido no
decorrer da pesquisa.

2. OS MODELOS DE MUROS DE CONTENÇÃO

Como fora dito, há vários tipos de muro de arrimo que assumem formas
segundo a sua aplicabilidade. Os principais tipos de muro de arrimo são os de
gravidade e de flexão.
Os muros de gravidade utilizam-se do próprio peso para manter-se de pé e
segurar o empuxo horizontal exercido pelo solo do qual ele sustenta. Em geral são
utilizados só para conter cortes em desníveis pequenos ou até médios, cerca de
5m. Eles podem até ser construídos de pedra, concreto (simples ou armados),
gabiões e pneus, em geral, reaproveitados.
Os muros de pedras não são tão utilizados hoje em dia, devido o seu
elevado custo, mas foram bastante utilizados no passado, o que deixou numerosas
espécimes no Brasil, inclusive eles são os mais antigos dos muros de contenção.
Há várias formas de construir um muro de pedra, a primeira e arrumando as
pedras manualmente, o que gera atrito entre as pedras que impedem o
desmoronamento. Ele é bem simples de confeccionar e sua construção dispensa o
uso de drenagem, pois o próprio material utilizado, ou seja, a pedra, já faz a
drenagem naturalmente. Quando encontramos o material de produção no local o
valor monetário do muro será ainda mais reduzido, contudo isso é um pouco difícil
devido à exigência da utilização de pedras com dimensões parecidas uma das
outras.
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Pode-se criar um muro de pedra sem argamassa, e sem a arrumação


manual. Entretanto, ele não pode ser utilizado para a contenção de taludes maiores
que 2 metros em média, devido o seu baixo atrito. Sua base tem que estar entre
0,5m a 1,0m abaixo do solo.
Já com os murros de pedra com argamassa a aplicabilidade deste torna-
se mais versátil, podendo ser empregado em taludes maiores (cerca de 3,0m). Os
blocos podem ter dimensões variadas, sendo, a utilização da drenagem,
indispensável. A drenagem pode ser por dreno de areia ou geossintético no tardoz e
tubos barbaças para alívio de poropressões na estrutura de contenção.

Muro de arrimo de pedra: pedras arrumadas manualmente (esquerda) e pedras com argamassa (direita).

Há ainda muros com concreto ciclópico, ou concreto gravidade, como


também é conhecido. Ele se caracteriza por ser moldado com concreto e blocos de
rocha de dimensões variadas e ainda pela indispensável utilização de drenagem.
Tem um formato trapezoidal com a base tendo 50% da altura, em média.
Quando o muro é plano para o talude é recomendado a utilização de uma inclinação
no lado oposto, sendo este na ordem de 1:30.
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Exemplo de Murro de Arrimo em concreto ciclópico com seu sistema de drenagem.

Os muros de gabiões são construídos sobrepondo-se gaiolas metálicas


cheias de pedras, arrumadas manualmente. Dimensionado da seguinte forma: 2m
de comprimento quadrado por 1m de aresta, mais caso o muro seja muito grande
então abaixamos a altura dos gabiões para 0,5m, apresentando assim mais rigidez e
resistêcia. Quando os murros são longo podemos utilizar, para agilizar ainda mais a
construção, gabiões de 4m de largura.
A malha é confeccionada com fios de aço galvanizado em malha hexagonal
com dupla torção, fato que dá ao gabião uma resistência mecânica elevada, pois
mesmo que haja a ruptura de uma dos fios a dupla torção preserva a forma e a
flexibilidade da malha, absorvendo as deformações excessivas. A flexibilidade do
muro de gabiões é um “capitulo a parte”, pois devido sua capacidade de deformação
ela suporta os recalques diferenciados e permeabilidade sem muitos danos ao muro
num todo.
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Esquema de um Muro de Gabiões.

Os muros em fogueiras são do tipo pré-moldados in-loco, é composto por


concreto armada, madeira ou aço, disposto em forma de “fogueira”, ou seja, justa
posta e interligada longitudinalmente, por dentro é colocado um material granular
graúdo, tipo pedra. São estruturas capazes de se acomodarem a recalques das
fundações e funcionam como muros de gravidade.

Muro em fogueira, ou Muro Crib Wall, como também é chamado.


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Os muros de sacos de solo-cimento são constituídos de sacos (de poliéster


ou similares) preenchido com cimento-solo (um solo misturado com cimento) da
ordem de 1:10 ou 1:15 (em volume).
Este muro é muito versátil por dispensa a utilização de moldes no local de
construção do muro. Sendo que os sacos são dispostos horizontalmente, organizada
desencontradamente, possibilitando um maior intertravamento, no final é feita a
compactação, em geral, manualmente. A face frontal do morro recebe uma camada
de concreto magro, que o protege das intempéries. É interessante ressaltar que este
murro ganha dos demais quando o assunto é custo-benefício, possibilitando uma
economia de até 60%, em média, sobre o mesmo muro em concreto armado. Ele,
ainda, é fácil de construir e não precisa de mão-de-obra especializada.

Há ainda um muro construído a partir de pneus asados, eles são amarados


uns nos outros e dentro deles é colocado solo compactado. Ele é muito bem visto,
devido o reaproveitamento dos pneus, sua flexibilidade e baixo custo, considerando
o custo dos demais muros.
Ele não pode assumir alturas maiores que 5m, sua base esta na ordem de
40 a 60% da altura, para a amarração utiliza-se cordas de polipropileno com 6mm de
diâmetro, a face externa deve ser revestida com blocos de concreto, concreto
projetado, placas pré moldadas ou vegetação, possui uma deformação superior aos
demais muros e não se recomenda a construção do muro para a contenção de
terrenos que sirva como suporte a obras civis.
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Esquema de muro de pneus usados

Foto ilustrativa do muro de Pneus


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Os muros de flexão são mais finos em forma de “L”, que resiste aos
empuxos por flexão, daí seu nome. Na verdade ele utiliza-se do peso do maciço
sobre a base do “L” para se manter equilibrado.
São construídos, em geral, de concreto armado, o que torna-se inviável para
alturas maiores que 5m a 7m. A base da laje tem de 50 a 70% da altura do muro.
Para muros com mais de 5m utiliza-se contrafortes (nervuras), o espaço entre os
contra fortes é de aproximadamente 70% da altura do muro.

Esquema de muros de flexão em forma de “L”.

Pode-se ter ainda muros de flexão com tirantes ancorados a base para
melhorar sua estabilidade. Esta solução é utilizada, em geral, quando o murro
concorre com outros materiais (rocha sã ou alterada) ou quando há limitações de
espaço disponível.

Muro com tirante.


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Pode-se ter ainda muros de flexão com tirantes ancorados a base para
melhorar sua estabilidade. Esta solução é utilizada, em geral, quando o murro
concorre com outros materiais (rocha sã ou alterada) ou quando há limitações de
espaço disponível.

3. CONSIDERAÇÕES FINAIS

É importante ressaltar o papel fundamental do calculista para o


dimensionamento do murro de arrimo, para a identificação exata da modelo e
dimensões do muro a ser adotado na obra.
Somente o calculista tem o conhecimento adequado para correlacionar os
dados de solo, altura, intempéries, recalques e vários outros fatores que influenciam
diretamente e indiretamente na escolha da contenção. O profissional é importante
também para a manutenção que o muro necessitará daqui a algum período.
É importante lembra também da importância da drenagem das águas
proporcionadas pelos orifícios de gotejamento. Muitas vezes, elementos como esses
são negligenciados, pelos não profissionais, colocando em risco não só a
estabilidade do muro, como também a segurança das edificações e principalmente
dos usuários.
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4. REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS

EDIFIQUE. Infra-estrutura. Muro de Arrimo. Disponível em:


<http://www.edifique.arq.br/nova_pagina_42.htm>. Acessado em: 24 jun. 2008.

UNIVERSIDADE ESTADUAL DO RIO DE JANEIRO. Faculdade de Engenharia.


Departamento de Estruturas e Fundações. Estruturas de Contenção. Disponível
em: <http://www.eng.uerj.br/~denise/pdf/muros.pdf>. Acessado em: 24 jun. 2008.

WATANABE, Roberto Massaru. Como funcionam os muros de arrimo. São Paulo,


2004. Disponível em: <http://www.ebanataw.com.br/roberto/percolacao/perc10.htm>.
Acessado em: 24 jun. 2008.

WIKIPÉDIA. Contraforte. Disponível em: < http://pt.wikipedia.org/wiki/Contraforte>.


Acessado em: 24 jun. 2008.
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ANEXOS
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Fotos registradas pelo grupo sobre o tema muro de arrimo, em Aracruz.


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