Projeto Mestrado PUC-SP
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FACULDADE DE FILOSOFIA
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Sumário
Objetivo de Estudo
2
Transmutação é, para Nietzsche, analisar todos os valores com os quais vivemos, principalmente os
valores universais, como o Bom, o Belo, e que, segundo ele, degeneram a vida por serem valores
colocados no além, ou seja, acima da vida, e transformá-los em valores que valorizem a vida. Esse
conceito será trabalhado mais adiante nesta dissertação.
Em seqüência procurarei expor a noção de eticidade dos costumes em Nietzsche
como a origem da auto-formação/constituição da humanidade, que partindo da vontade
de poder, inerente a todo ser vivo, a fim de encontrar um sentido para a existência, se
garantiu na tradição e se firmou, principalmente, no ideal ascético.
Busco ainda analisar as suas decorrências na formação/educação ética do
indivíduo e como a transmutação dos valores poder ser um antídoto contra esse sentido,
dada a existência que se baseia fora da própria vida.
Num terceiro momento usarei como texto base a obra de Nietzsche
“Schopenhauer como educador”, de 1874, na qual ele faz uma análise sobre a educação
e sugere, como verdadeira educação filosófica, a educação de si mesmo. Para isso ele
analisa os perigos contra a verdadeira filosofia e os verdadeiros filósofos que se
encontram nos interesses dos Estados, da economia, da ciência, entre outros. Analisa
ainda a utilização de uma cultura histórica no lugar da autêntica cultura. Tudo isto
ligado a institutos educativos voltados para interesses e não para a liberdade, para a
vida. Sua preocupação com a educação é a geração de verdadeiros homens/nobres.
Focaliza, também, a necessidade de mudanças, a transmutação dos valores, que
só poderá ser possível com verdadeiros filósofos educadores.
Para concluir, buscarei analisar o ensino de filosofia e a educação brasileira hoje,
numa sociedade totalmente voltada para práxis, e num momento de intensa tensão
mundial. Para fazer frente a essa realidade, buscaremos propor que o ensino de filosofia
e a educação em geral sejam pautadas no conceito nietzscheano de “educação de si
mesmo”.
Bibliografia Principal
NIETZSCHE, “Shopenhauer Come Educatore”, in Opere 1870/1881. Roma: Grandi
Tascabili Economic Newton, 1ª edizione, 1993.
NIETZSCHE, “Aurora”, in Os pensadores. SP: Nova Cultural, 5ª edição, 1991.
NIETZSCHE, “A Genealogia da Moral”. SP: Companhia das Letras, 1998.
NIETZSCHE, “A Gaia Ciência”, in Os pensadores. SP: Nova Cultural, 5ª edição, 1991.
NIETZSCHE, “Shopenhauer Come Educatore”, in Opere 1870/1881. Roma: Grandi
Tascabili Economic Newton, 1ª edizione, 1993.
NIETZSCHE, “O Anticristo”. SP: Editora Moraes, 1ª edição, 1984.
NIETZSCHE, “Ecce Homo”. SP: Companhia das Letras, 1995.
NIETZSCHE, “Considerações Intempestivas”. Lisboa: Editorial Presença, 1ª edição,
1976.
NIETZSCHE, “Assim Falava Zaratustra”. SP: Companhia das Letras, 2000.
Bibliografia de apoio
NIETZSCHE apud Rosa Maria Dias, “Nietzsche Educador”. SP: Ed. Scipione, 1993.
LEBRUN, Gerard, “Por que ler Nietzsche, hoje?”, in Passeios ao léu. SP: Ed.
Brasiliense, 1983, p. 38.
DELEUZE, “Nietzsche”. Lisboa: Edições 70, 1990.
NIELSEN, Neto, Henrique, “Prologômenos à destruição do ensino no Brasil”, in O
ensino da filosofia no 2º Grau. SP: Ed. SEAF, 1986.
CARTOLANO, Maria T.P., “Filosofia no ensino de 2º grau. SP: Ed. Cortez, 1985.
SILVEIRA, René J. T., “A filosofia vai à escola?”, Tese de doutorado FE/UNICAMP.
LORIERI, Marcos A., “Investigação filosófica com crianças e jovens”, in Filosofia
para crianças. RJ: Ed. Vozes, Vol. IV, 1999.
WUENSCH, Ana M. e KOHAN, Walter º, “Passado, Presente e Futuro da investigação
filosófica com crianças no Brasil”, in Filosofia para crianças. RJ: Ed. Vozes, Vol. IV,
1999.
GALLO, Silvio, “Perspectivas da filosofia no ensino médio brasileiro”, in Filosofia
para crianças. RJ: Ed. Vozes, Vol IV, 1999.