O documento é uma coleção de músicas e poemas do mestre de capoeira Paulo dos Anjos. Ele descreve sua vida e carreira, incluindo ter aprendido capoeira com mestre Canjiquinha e conhecido mestre Bimba quando criança. Ele também fala sobre ter academias em São Paulo e atualmente no bairro de Itapoã na Bahia, onde ensina capoeira e dá conselhos sobre não criar problemas.
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O documento é uma coleção de músicas e poemas do mestre de capoeira Paulo dos Anjos. Ele descreve sua vida e carreira, incluindo ter aprendido capoeira com mestre Canjiquinha e conhecido mestre Bimba quando criança. Ele também fala sobre ter academias em São Paulo e atualmente no bairro de Itapoã na Bahia, onde ensina capoeira e dá conselhos sobre não criar problemas.
O documento é uma coleção de músicas e poemas do mestre de capoeira Paulo dos Anjos. Ele descreve sua vida e carreira, incluindo ter aprendido capoeira com mestre Canjiquinha e conhecido mestre Bimba quando criança. Ele também fala sobre ter academias em São Paulo e atualmente no bairro de Itapoã na Bahia, onde ensina capoeira e dá conselhos sobre não criar problemas.
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Mestre Paulo dos Anjos
Track 1 Track 2
Igreja do Bonfim [O] mundo de Deus é grande
E Mercado Modelo Deus tá nu[m]a mão fechada Ladeira do Pelourinho O pouco com Deus é muito E Baixa do Sapateiro E o muito sem Deus é nada Falar na Cidade Alta Noite de escuro não serve Eu me lembrei do Terreiro Pra caçar de madrugada Igreja de São Francisco Caçador dá muitos tiros E Praça da Sé De manhã não mata nada Aonde fica as baianas Veado corre é pulando Vendendo acarajé Cutia corre é na tri[lh]a Por falar em Itapoã Se eu fosse governador Lagoa do Abaeté Ô, manobrasse Bahia.. Camaradinho Marinheira absoluta Ê viva meu Deus Nego pintando arrelia Iê viva o meu mestre Isso que marujo faz Ei quem me ensinou Comigo ele não faria Ei volta do mundo Iê é hora é hora Ei que o mundo deu Iê galo cantou Ei que o mundo dá Iê cocorocou
Pomba vôou, Pomba vôou Ontem eu fui ni u’a roda
Pomba vôou, gavião pegou Um moleque me chamou pra jogar Ê vou m’embora dessa terra Eu que sou desconfiado, mas Ê porque já disse que vou fiquei bem de parte a reparar Ê se eu não sou querido aqui O que estava escrito na camisa Ê na minha terra eu sou Era um tal de Besouro Mangangá Ê pomba vôou, gavião pegou Ê ê, ê á Era um tal de Besouro Mangangá Quem nunca viu, venha ver Ai meu Deus licurí quebrar dendê Sai sai Catarina Saia de lá, venha ver Idalina Ei Catarina minha nega Ei Catarina venha cá Mas Ô que saudade danada Ai meu Deus, se não vir vou lhe buscar Oi custe lá o que custar E saia de lá, venha ver Idalina Mestre Paulo dos Anjos
Track 3 Track 4
Não tem o que fazer Ele disse que eu sou covarde
Para viver nesse mundo Diz até que eu tenho é medo Se andar limpo é malandra Minha mãe me avisou Se andar sujo é imundo Se tu(?) jogar capoeira Mundo atrapalhado Tu se cuida enquanto é cedo Além de tudo, enganoso Galinha do olho só Se comer pouco é mesquinho Procura o poleiro cedo Se comer muito é guloso Respondi pra minha mãe Se conversa é falastrão Goteira(?) de bica fina nunca vai Ai meu Deus, se não conversa é manhoso furar rochedo Me criei pelo mundo Água de beber Do mundo que eu tive ensino Goma de engomar Quando apanha é covarde Iê ferro de passar Quando mata é assassino Camaradinha O iaiá, meu senhor mandou chamar Iê é hora, é hora Meu senhor mandou chamar Iê galo cantou Do Mercado Popular Iê cocorocou Tô jogando capoeira, Só vou lá quando acabar Puxa, puxa, leva, leva Eu conheci Mestre Bimba Jogue p’o lado de cá Conheci Canjiquinha Mas quem não pode não intima E também Seu Maré O iaiá, deixe quem pode intimar Ele me disse um dia: Eu dei um nó, guardei a ponta “Capoeira é pra homem, Você não vai desatar, o iaiá menino e mulher” Se é de morrer Marcelino, o iaiá Éé Morra a mulher do Marça, o iaiá “Pra menino e mulher...” É se é de morrer quem dá gosto, o iaiá Morra quem gosto não dá, o iaiá E baraúna caiu, quanto mais eu Mas meu senhor mandou chamar, Baraúna caiu, quanto mais eu ô iaiá, do Mercado Popular, ô iaiá Ei valha-me Nossa Senhora Eu tô jogando capoeira, diga a ele Ei mãe de Deus da Conceição que eu vou já, ô iaiá Ei me livre dessa senhora Tô jogando capoeira no Mercado Mas isso é a imagem do cão Popular Quanto mais eu, quanto mais eu Eu vou me embora dessa terra Ai meu Deus porque já disse que vou Mas eu não sou querido aqui E na minha terra eu sou Quanto mais eu, quanto mais eu Quanto mais eu, quanto mais eu Quanto mais eu, quanto mais eu Mestre Paulo dos Anjos
Track 5 Track 6
Olha aí, rapaziada: Minha vida é um livro Iê
aberto. O meu nome é Paulo dos Anjos, Dessa arte eu sei um pouco nascido em Sergipe, criado na Bahia. Filho O mestre quem me ensinou criado sem pai, por uma mãe pobre, muito Depois passei para alguém sofrida. Comecei a aprender a capoeira em Eu tenho bons professor ’50, com o mestre Canjiquinha, apesar de Todos são bem educado que o primeiro capoeirista que eu conheci foi Eu vou provar pra o senhor o mestre Bimba, se eu era criança, ali numa Me orgulho dessa arte varanda(?). E hoje em dia eu tenho uma Foi Deus quem me ajudou academia ali no quilômetro 17, é um trecho É mandingueiro lá que pertence ao bairro de Itapoã. Tive Ei sabe jogar academias em São Paulo, tenho bons Iê joga-te pra lá alunos, vivi uma vida boa. E continuo Iê joga-te pra cá enfrentando essa vida que eu gosto, essa vida de capoeira. Pra mim é uma beleza. Iê bem-te-vi botou Que conto com a ajuda dos meus amigos, Gameleira no chão porque eu tenho bastante amigo pelo Brasil Botou botou afora. E o que eu aconselho a vocês é tomar Mandou botar como exemplo tudo o que eu faço: não criar Tornou botar probrema, não ser probremático, que capoeira não é nada do que o povo fala por aí. É beleza. Jogando capoeira tem muito Quem nunca viu venha ver doutor—muito mais doutor jogando capoeira Licurí quebrar dende do que jogando futebol. Então, portanto, temos que jogar a capoeira. Ê paraguá Paraguá paranauê, paraguá Vou-me embora que é de noite Tenho mata que passar Ê faço dos olhos candeia Ê para sopada num dar Paraguá paranauê, paraguá Paraguá paranauê, paraguá
Ê dá, dá, dá no nego
No nego você não dá (diz!) Ê mas se der tem que apanhar
Pega esse gunga me venda ou me dê
O gunga é meu mas não dá pra vender Foi pai que me deu so não dá pra vender O meu mestre deu so não dá pra vender O gunga é meu eu não posso vender Esse gunga é meu, esse gunga é meu Ô, foi meu mestre que me deu Mestre Paulo dos Anjos
No estado da Bahia Jogo de dentro, jogo de fora
Existia um cidadão Valha-me Deus, minha Nossa É por demais conhecido Senhora E todo mundo [ou]viu falar Esse jogo é Angola, esse jogo é No Besouro Mangangá Angola Ê, todo mundo viu falar Ele é São Bento Grande, E o Burguês já viu falar Ele não é Angola Ê, Itapoã já viu falar Ele é jogo de dentro, esse jogo é de fora E o Nininho viu falar Ô levante esse jogo, por Nossa Senhora Ê, Suassuna viu falar Esse jogo é São Bento, esse jogo não é Ê, Canjiquinha viu falar Angola E o Tabosa viu falar E o Zulu já viu falar Valha-me Deus, Senhor São Bento E o Peixinho viu falar Ai meu Deus, E eu também já vi falar Vou jogar meu Barravento E o Marlon viu falar Eu vou jogar meu Barravento Ê, eu também já vi falar Ê vou jogar meu Barravento E o Sateli viu falar Quando vê cobra assanhada O[s] meus aluno[s] viu falar Não meto o pé na rodia Ê, eu também já vi falar Que a cobra assanhada morde E eu também já vi falar E eu sendo a cobra, eu mordia E eu que não estava lá Ê vou jogar meu Barravento
Êê zum zum (zum)
Acabaram com o samba E já mataram um Ah minha mãe, aí vem o home Ô minha filha, deixa vir Mas eu não devo nada ao home E nem o home deve a mim Ê é vem a cavalaria Ê da Donzela Teodora Em cada cavalo uma moça E na sela, duas senhora Acabaram o samba E já mataram um Abalou capoeira, abalou
Abalou, deixa abalar
Mas quem quiser moça bonita Mas vá na Ilha de Maré Em uma mão quebro bolacha E a outra eu bebo café Em casamento não falei Mas fica quando Deus quiser Abalou, deixa abalar