Dinamica Maquinas Electricas
Dinamica Maquinas Electricas
Dinamica Maquinas Electricas
das
Máquinas
Eléctricas
Gil Marques
Abril 2002
ii
Prefácio
Abril de 2002
ii
Índice iii
Índice
Prefácio........................................................................................ ii
Índice ..................................................................................................................... iii
Capítulo 1 ............................................................................................................... 1
Princípios de Conversão Electromecânica de Energia....................................... 1
1.1. Introdução .................................................................................................. 1
1.2. Princípio da Conservação de Energia ...................................................... 2
1.3. Expressões da força mecânica e energia .................................................. 5
Máquinas em "translação" e em "rotação"....................................... 5
Expressões da força electromagnética em função da energia .......... 7
Exemplo 1.1 ....................................................................... 8
Exemplo 1.2 ..................................................................... 10
Expressões de binário em função da co-energia magnética........... 10
Exemplo 1.3 ..................................................................... 12
Expressões do binário electromagnético........................................ 12
1.4. Expressões simplificadas (circuitos lineares)......................................... 13
Balanço Energético: .................................................................. 15
Exemplo 1.4 ..................................................................... 15
1.5. Sistemas de campo magnético de excitação múltipla............................ 16
Exemplo 1.5 ..................................................................... 18
1.6. Caso do circuito magnético linear. ......................................................... 19
1.7. Aplicação ao caso de circuitos magnéticos com ímanes permanentes. 21
Classificação dos dispositivos electromecânicos consoante o uso de
íman permanente ....................................................................... 22
Anexo 1: Expressões matemáticas para a energia magnética..................... 24
Caso do circuito magnético linear.................................................. 25
Exercícios de Revisão...................................................................................... 27
Capítulo 2 ............................................................................................................. 31
Sensores e Actuadores Electromecânicos .......................................................... 31
2.1 - Sistemas de relutância ............................................................................ 31
Modelo Matemático ....................................................................... 31
Propriedades gerais dos sistemas relutantes................................... 32
Exemplos ....................................................................................... 32
Exemplo 1: Electroímans .......................................................... 32
A - Núcleo em forma de U............................................... 33
B - Electroímans em forma de E...................................... 33
C - Electroímans cilíndricos............................................. 34
D. Electroímans de duplo efeito e reversíveis.................. 34
Influência da forma do circuito magnético ...................... 35
Exemplo 2: Relés ...................................................................... 35
Exemplo 3: Contactores ............................................................ 35
Exemplo 4: Electroválvulas ...................................................... 36
Exemplo 5: Motor oscilante relutante ....................................... 36
Exemplo 6: Motores passo-a-passo........................................... 37
Análise de um motor de relutância rotativo, alimentado em corrente
alternada .................................................................................... 38
A - Cálculo do binário a partir da relutância ............................. 38
B - Sistema de relutância alimentado por uma fonte de
tensão alternada sinusoidal ................................................... 39
C - Cálculo do binário a partir da indutância ............................ 41
Alimentação com corrente contínua ................................ 42
Alimentação com uma fonte de corrente alternada.......... 42
2.2. Sistemas Electrodinâmicos ...................................................................... 43
Generalidades................................................................................. 43
Equações. ....................................................................................... 43
Propriedades gerais. ....................................................................... 44
Exemplo 7: Altifalante. ............................................................. 44
Princípio e características ................................................ 44
O Transdutor do altifalante .............................................. 45
Exemplo 8: Aparelhos de medida de quadro móvel ................. 45
Exemplo 9: Traçador................................................................. 46
2.3. Sistemas Electromagnéticos .................................................................... 47
Generalidades................................................................................. 47
Propriedades gerais ........................................................................ 47
Exemplo 10: Motores passo a passo polifásicos ....................... 48
Exemplo 11: Motores passo-a-passo monofásicos.................... 48
Exemplo 12: Captores. .............................................................. 49
2.4. Sistemas Relutantes Polarizados ou Híbridos ....................................... 50
Generalidades................................................................................. 50
Capítulo 1
1.1. Introdução
Com este capítulo inicia-se o estudo das máquinas eléctricas e outros dispositivos
electromecânicos através da teoria dos circuitos.
Nesta teoria as máquinas são vistas como circuitos eléctricos ligados
magneticamente para o caso se sistemas magnéticos, ou electricamente para o caso dos
sistemas electrostáticos. Os coeficientes de auto-indução e de indução mútua, (ou os
coeficientes de capacidade), são funções de uma ou mais variáveis.
O processo da conversão electromecânica de energia realiza-se através do campo
eléctrico ou magnético de um dispositivo de conversão.
Embora os vários dispositivos de conversão funcionem baseados em princípios
similares, as estruturas dos dispositivos dependem da sua função.
Os transdutores são dispositivos que se empregam na medição e controlo.
Normalmente funcionam em condições lineares, saída proporcional à entrada, e com
sinais relativamente pequenos. Entre os muitos exemplos referem-se microfones,
taquímetros, acelerómetros, sensores de temperatura, de pressão etc.
Os actuadores são dispositivos que produzem força. Como exemplos têm-se os
relés, electroímans, motores passo-a-passo etc.
A terceira categoria de dispositivos inclui equipamentos de conversão contínua de
energia, tais como motores e geradores.
O princípio da conservação de energia afirma que esta não é criada nem destruída,
apenas muda de forma. Este princípio constitui uma ferramenta conveniente para
determinar as características do acoplamento electromecânico. É também necessário ter
em atenção as leis do campo eléctrico e magnético, as leis dos circuitos eléctricos e
magnéticos, e a mecânica newtoniana.
Como as frequências e velocidades são relativamente baixas comparadas com a
velocidade da luz, pode admitir-se a presença de regimes em que o campo é quase
estacionário, sendo a radiação electromagnética desprezável. Assim, a conversão
electromecânica de energia envolve energia em quatro formas e o princípio de
conservação de energia leva à seguinte relação entre essas formas:
Entrada de Saída de
Aumento
Energia Eléctrica Energia Mecânica
menos perdas = mais perdas + de Energia (1.3)
Armazenada
Eléctricas Mecânicas
O primeiro membro da equação 1.3 pode ser expresso em termos das correntes e
tensões nos circuitos eléctricos do dispositivo de acoplamento.
Considere-se o esquema geral de um dispositivo de conversão mostrado na figura
1.1.
Perdas de Perdas
Joule mecânicas
i
r Sistema de
Sistema Sistema
u e Conversão de
eléctrico mecânico
energia
Pode escrever-se:
u i dt → diferencial de energia de entrada da parte eléctrica
ri2 dt → diferencial de energia de perdas de Joule
dWele = u i dt - i2 r dt =(u - r i)i dt=e i dt Diferencial de energia eléctrica
líquida de entrada no dispositivo de acoplamento.
Para que o dispositivo de acoplamento possa absorver energia do circuito
eléctrico, o campo de acoplamento deve produzir uma reacção sobre o circuito. Esta
reacção é a força electromotriz indicada pela tensão e na figura 1.1. A reacção sobre a
entrada é uma parte essencial do processo de transferência de energia entre um circuito
eléctrico e outro meio qualquer.
Da discussão precedente, deverá ser evidente que as resistências dos circuitos
eléctricos e o atrito e ventilação do sistema mecânico, embora sempre presentes, não
representam partes importantes no processo de conversão de energia. Este processo
envolve o campo de acoplamento e sua acção e reacção nos sistemas eléctrico e
mecânico.
A equação 1.3 pode pôr-se na forma diferencial:
dWele = dWcampo + dWmec (1.4)
onde
dWele - diferencial de energia recebida pelo campo de acoplamento
fluxo ψ, criado pela corrente i, e da relutância R do circuito que por sua vez também é
função da posição x da armadura. Assim a energia magnética é função de 2 quantidades.
Wm = f (ψ, x) (1.5)
r Perímetro
i =4l
u n
x
Armadura
Guia
Fig. 1.2. Relé Electromecânico.
Ver-se-á que a força electromecânica Fem, que se exerce sobre a armadura tem
uma expressão simples em função desta energia.
r i
θ
u n
ou
∂Wm ∂Wm
− i dψ + Fem + dx = 0 (1.9)
∂ψ ∂x
∂Wm (ψ , x)
Fem = − (1.11)
∂x
A expressão (1.11) traduz a força como sendo a derivada parcial da função energia
magnética em função da posição. Esta função energia magnética é uma função de estado
e deverá estar escrita em termos do fluxo ligado ψ e da coordenada de posição x. As
equações 1.10 e 1.11 são as chamadas equações paramétricas.
Exemplo 1.1
4l − x
Rmfe =
µr µo S
1 4l x 1 4l
Rm = x + − ≈ x +
µ oS µr µr µo S µr
ψ2 1ψ 2 1
= 2i ψ = 2Fmm φ = 2Rm φ2 = 2Rm
1 1 1 1
Wm = = 2L i2
n2 2 L
1 1 ψ2 1ψ2
Wm = Rm φ 2 = Rm 2 =
2 2 n 2 L
2. Cálculo da força
∂Wm 1 ψ2 ∂Rm 1 ψ2 1
Fem = - = - 2 2 • -2 2
∂x n ∂x n µo S
Fmm =ni
e então
ni n2i
φ=R ; ψ=R
m m
donde
1 n 2i 2 1
Fem = -
2 R 2 µoS
m
φ=S B
Como
1 4l
ni = φ Rm ≈ B x +
µ0 µr
1.5 40 10−2
ni = = 954.9 Ae
4π 10−7 500
ou
i< 4.77 A
Exemplo 1.2
ψ 1.6
Wm = (A 0-A1 cos 2θ) ∫0 ψ dψ
2.6
ψ
W m =(A 0-A1 cos 2θ)
2 .6
∂W m ψ 2.6
M em = − = −2A1sen 2θ
∂θ 2.6
ψ(i)
ψ
Wm
W'm
Tem-se
Wm + Wm' = ψ i (1.13)
donde
como
∂Wm' ∂Wm'
dWm' (i, x) = di + dx (1.16)
∂i ∂x
tem-se
∂Wm' ∂Wm'
0 = Fem dx − di − dx + ψdi (1.17)
∂i ∂x
ou
' '
F − ∂Wm dx + ψ − ∂Wm di = 0 (1.18)
em ∂x ∂i
Atendendo à independência das variáveis x e i e fazendo um raciocínio semelhante
ao que fizemos da expressão equivalente em função da energia, tem-se:
∂Wm'
Fem = (1.19)
∂x
∂Wm'
ψ= (1.20)
∂i
Obtém-se assim uma outra expressão para a força que se exerce sobre a armadura,
igual à derivada parcial em relação a x da função co-energia magnética. As expressões
(1.11) e (1.19) são equivalentes e válidas em todos os casos. Pode utilizar-se
indiferentemente uma ou outra conforme o caso em que se escolha como variáveis
independentes ψ e x ou i e x. A função co-energia magnética é também uma função de
estado. A força de origem electromagnética pode ser assim calculada através da
expressão 1.11 ou alternativamente pela expressão 1.19.
Exemplo 1.3
1 n2 n2
W m' = L(x )i 2 L(x ) = =
2 Rm (x ) 1 4l
x +
µ 0S µr
1 (ni) 2 1
Fem = -
2 Rm2 µoS
∂Wm (ψ ,θ )
M em = − (1.21)
∂θ
∂Wm' (i,θ )
M em = (1.22)
∂θ
ou ainda n i = R(x) φ.
A energia e a co-energia magnética, apesar de serem funções de variáveis
diferentes, tomam neste caso valores iguais, e as expressões simplificam-se pelo facto
da variável x aparecer independente de i ou φ.
A energia escreve-se:
1
Wm = 2 R(x) φ2 (1.24)
1 ∂R 1 dR
Fem(φ,x) = - 2 φ2 = -2 φ2 dx (1.25)
∂x
A co-energia escreve-se
1
W’m = 2 L(x) i2 (1.26)
A primeira corresponderá, como se verá mais tarde, ao ponto de vista dos circuitos
"excitados em tensão", e a segunda ao ponto de vista dos circuitos "excitados em
corrente".
Em particular, a expressão (1.27) mostra claramente que a força electromagnética
resulta da corrente na bobina e da variação da indutância do circuito.
No caso de uma máquina girante, à coordenada x corresponde θ e à força
corresponde o binário:
1 dR
Mem(φ,θ) = - 2 φ2 (1.28)
dθ
1 dL
Mem(i,θ) = 2 i2 (1.29)
dθ
Das expressões 1.28 e 1.29 pode concluir-se que para o cálculo da força ou do
binário não é necessário conhecer todos os parâmetros geométricos do conversor
electromecânico. É necessário conhecer apenas a função R(x) ou L(x). O mesmo se
pode dizer para o cálculo das grandezas eléctricas. Com efeito, para o caso do conversor
electromecânico da figura 1.2, tem-se:
dψ d
u = ri + dt = ri + dt (L(x) i) (1.30)
di dL(x)
u = ri + L(x) dt + i dt (1.31)
di dL(x) dx
u = ri + L(x) dt + i dx dt (1.32)
Da expressão 1.32 pode concluir-se que o facto de a peça móvel se deslocar com a
velocidade x provoca uma força contra-electromotriz de movimento que vale:
dL(x) dx
i dx dt (1.33)
dx2
m = Fem - Fc (1.34)
dt2
Assim, o estudo do sistema pode ser feito resolvendo as equações diferenciais:
di dL(x) dx dx2
u = ri + L(x) dt + i dx dt e m = Fem - Fc (1.35)
dt2
Para a resolução destas equações é necessário conhecer a função L(x) (própria do
dispositivo) e a função Fc que depende da aplicação onde o dispositivo se empregue.
Balanço Energético:
ou
d 1 1 dL(x) dx
u i = ri2 + dt 2 L(x) i2 + 2 i2 dx dt (1.38)
onde
u i → potência de entrada
r i2 → perdas de Joule
d 1 2
dt 2 L(x) i → Variação da energia magnética armazenada no campo
1 2 dL(x) dx
2 i dx dt → potência mecânica
Exemplo 1.4
Resolução:
θ
i1
u1 i2
u2
∂Wm(ψ1,ψ2,θ)
i2 = (1.40)
∂ψ2
∂Wm(ψ1,ψ2,θ)
Mem = - (1.41)
∂θ
∂W’m(i1,i2,θ)
ψ2 = (1.44)
∂i2
∂W’m(i1,i2,θ)
Mem = (1.45)
∂θ
e a co-energia é dada por:
i1 i2
Wm' (i1 , i2 , θ ) = ∫0 ψ1di1 + ∫0 ψ 2 di2 (1.46)
Nos casos que se têm vindo a analisar tem-se considerado apenas um grau de
liberdade para o deslocamento x (para translação) ou θ (para rotação).
Dos raciocínios que se apresentaram não é difícil concluir que para os casos em
que o deslocamento se possa fazer em duas ou 3 direcções independentes se tem:
∂W’m(i1,i2,x,y,z)
Femx(i1,i2,x,y,z) = (1.47)
∂x
∂W’m(i1,i2,x,y,z)
Femy(i1,i2,x,y,z) = (1.48)
∂y
∂W’m(i1,i2,x,y,z)
Femz(i1,i2,x,y,z) = (1.49)
∂z
As forças Femx, Femy, Femz seriam substituídas por binários Mθ, Mγ ,Mε se as
Exemplo 1.5
i N
b
a
x y δ
a
ε
Resolução
A. Hipóteses:
1. As linhas de campo só existem na zona de entreferro mínimo e têm
a direcção de x.
2. A permeabilidade do ferro é infinita.
3. O referencial encontra-se na peça fixa na qual se encontra o
enrolamento.
B. Determinação das forças
Tendo em conta as hipóteses consideradas tem-se para o valor da
permeância.
µo b (a − y )
P =
2x
1 2 1 2 2
Wm = Li = n i P = W m'
2 2
As forças que se exercem sobre a peça segundo x e y serão:
∂W’m(i,x,y) ∂W’m(i,x,y)
Fmx = Fmy =
∂x ∂y
1 dP 1 dP
Fmx = 2n2i2 dx Fmy = 2 n2i2 dy
1 µ b (a − y ) 1 2 2 µo b
Fmx = − n2i2 o Fmy =− n i
2 2ax 2 2 2x
CONCLUSÕES:
. Tanto Fmx como Fmy tem resultados independentes do sentido de i, Fmx
é força de atracção (sempre) e Fmy tende a centrar a peça.
. A intensidade de Fmx é tanto maior quanto mais centradas estiverem
as peças.
. Fmx e Fmy variam inversamente com a dimensão do entreferro. Fmx
depende do quadrado do entreferro e Fmy varia inversamente com o
entreferro.
Nota: As expressões da permeância e das forças acima indicadas foram
determinadas desprezando a relutância do ferro (µr=∞). Esta
→0 é
aproximação é válida quando o entreferro for grande. Quando x→
necessário considerar também a relutância do ferro.
ou
1 1
W’m = 2 L1(θ) i12 + M(θ) i1 i2 + 2 L2(θ) i22 (1.52)
dψ2
u2 = r2 i2 + dt (1.55)
e notando que:
1
W’m = 2 IT L(θ) I (1.59)
Obtém-se
1 dL(θ)
Mem = 2 IT I (1.60)
dθ
d . dL
U = R I + L(θ) dt I + θ I (1.61)
dθ
onde
. dL
θ I f.e.m. de velocidade
dθ
As expressões 1.60 e 1.61 são válidas também para o caso em que existem mais
do que dois circuitos ligados magneticamente. A definição das matrizes será a
correspondente.
O estudo completo de um sistema com vários circuitos ligados magneticamente
faz-se com as equações diferenciais (1.61) e a 2ª equação de Newton associada à
expressão do binário.
d2θ 1 T dL(θ)
J = I I - Mc (1.62)
dt2 2 dθ
Como o binário depende apenas das correntes e da posição, e não das derivadas
das correntes, pode dizer-se que há desacoplamento entre as equações (1.61) e a equação
(1.62).
L1(θ) =n12 P1(θ) L2(θ) =n22 P 2(θ) M(θ) =n1 n2 P M(θ) (1.63)
ou seja
1 dP 1(θ) dP M(θ) 1 dP 2(θ)
Mem = 2 Fm12 + Fm1 Fm2 + 2 Fm22 (1.65)
dθ dθ dθ
dP M(θ)
Mem ≈ Fmi nb ib (1.67)
dθ
1 2 dP 1 (θ ) dP (θ )
M em = Fmi + Fmi nb nb M (1.68)
2 dθ dθ
• Sistemas relutantes polarizados. Neste caso o termo de força mútua e o termo de
força devido à bobina tem uma ordem de grandeza comparáveis. A expressão do binário
nestes sistemas é semelhante à expressão 1.66.
Caso geral
A energia magnética pode ser obtida pelo integral de volume da densidade de
energia. Assim obtém-se:
B & &
Wm = ∫0 H .dB (A1.1)
B & &
Wm = ∫∫∫ ∫
H .dB dV
V 0
(A1.2)
onde a corrente é uma função da posição x e do fluxo ligado ψ. Daqui resulta que
a energia magnética é uma função do fluxo e da coordenada de posição. Basta conhecer
a relação i(ψ,x) e o integral da equação A1.3 para se obter a energia magnética.
Na expressão A1.3, a energia é expressa em termos do fluxo ligado e indutâncias,
conceitos particularmente úteis quando a não-linearidade não é importante. O ponto de
vista aqui é o do analista de circuitos. A teoria do funcionamento da maioria dos
dispositivos de conversão electromecânica pode ser desenvolvida supondo que o
dispositivo é um elemento do circuito (teoria de circuitos) com indutância variável com
a posição. Este ponto de vista dá pouca compreensão dos fenómenos internos e não dá
qualquer ideia do tamanho físico.
Uma posição intermédia entre a do projectista e a do analista de circuitos é obtida
a partir da equação 1.12 a partir de uma mudança de variável. Com efeito, como ψ=nφ,
ψ φ
Wm(ψ,x) = ∫0 idψ = ∫0 nidφ (A1.4)
1 B2
Wm = ∫∫∫ V2 µ
dV (A1.6)
Fmm
R= φ (A1.7)
1
P=R (A1.8)
a energia vem:
1 1 1
Wm = 2 i ψ = 2 Fmm φ = 2 R φ2 (A1.9)
ψ nφ
L = i = i = n2 P (A1.10)
obtém-se também
1 ψ2
Wm = 2 L (A1.11)
Exercícios de Revisão
I
Considere a máquina eléctrica representada na figura seguinte:
θ
i
II
Para o transdutor magnético de um circuito eléctrico mostrado na figura, foi
determinado experimentalmente que:
i
ψ=
3(1 - a x3)
em que a = 104.
x f
i
u
III
No dispositivo que se mostra na figura, os campos de dispersão nas extremidades
podem ser desprezados. O valor da capacidade pode ser assim determinada e expresso
como:
ε0 A
C=d-x
onde A é a área da armadura. Quando se aplicar uma tensão u=0 e uma força f=0,
o sistema encontra-se em equilíbrio em x=0. Despreze qualquer atrito mecânico mas
considere a força da gravidade.
i K f
x
u M d
IV
Determinou-se experimentalmente que a relação entre o fluxo e a corrente de um
determinado sistema electromecânico depende da posição da sua peça móvel x e da
corrente i pela relação:
1000 i
ψ = x3+1 2/3
V
Um determinado sistema eléctrico tem uma relação entre as cargas e os potenciais
dada por:
q(u, x) = qm (1-e-βxu)
VI
Um determinado sistema magnético com dois pares de terminais eléctricos (u1, i1)
e (u2, i2) e um grau de liberdade mecânico (f, x) é definido pela seguinte relação entre as
tensões e as correntes:
di1 d
u1 = 2 a i1 dt + dt (b(x) i2)
d di2
u2 = dt (b(x) i1) + 2 c i2 dt
Capítulo 2
Modelo Matemático
di dL dθ
u = ri + L + i (2.2)
dt dθ dt
Exemplos
Exemplo 1: Electroímans
Como se viu num dos exemplos do capítulo anterior, a força num sistema de
relutância é sempre uma força de atracção. Um electroíman pode ser constituído apenas
pelo sistema de atracção ou também pelo sistema ferromagnético que se desloca
(atraído). No primeiro caso dizem-se electroímans abertos.
Os electroímans podem ser classificados consoante a sua geometria, do seguinte
modo:
A - Núcleo em forma de U
B - Electroímans em forma de E
C - Electroímans cilíndricos
Exemplo 2: Relés
Exemplo 3: Contactores
Bobina
Mola
A 13 1 3 5
Peça fixa
Peça móvel B 14 2 6
4
a) Esquema b) Símbolo
Exemplo 4: Electroválvulas
a) fechada b) aberta
Fig.2.6. Electroválvula.
C' B'
B C
A'
θ
Rd d Rq
d
q d
q
q
a) b) c)
Fig. 2.9. Máquina de relutância. Esta figura mostra apenas a parte do circuito magnético não estando
representada a bobina de excitação.
Rd = Rmin
b) Quando θ = 90º ou θ = 270º, isto é o rotor encontra-se alinhado segundo o
eixo q perpendicular a d, a relutância é máxima (fig. 1.9c). Chamemo-lhe Rq:
Rq = Rmax
c) Para valores intermédios de θ, a relutância toma valores intermédios entre Rd e
Rq
Rd
Relutância
Tendo em conta que a relutância toma o mesmo valor em cada meia volta,
conclui-se que R (θ) é uma função periódica do ângulo 2θ. A lei matemática
Rd + Rq Rd − Rq
R (θ) = + cos2θ (2.4)
2 2
u= 2 U cos(ωt) (2.6)
Se se desprezar a resistência, o fluxo vem:
1 U
φ=
N ∫ udt = 2 Φ sen(ωt) onde Φ =
ωN
(2.7)
ou
θ = ωm t - αm (2.10)
Utilizando as expressões
1 - cos(2ωt)
sen2 ωt = 2
1
sen a cos b = 2 [sen (a+b) + sen (a-b)]
obtém-se:
sen(2ωt − 2α m )
1
( 1
)
M em = Φ 2 Rd − Rq − sen[2(ω m + ω )t − 2α m ]
2 2
(2.11)
1
− 2 sen[2(ω m − ω )t − 2α m ]
Se ω e ωm forem valores quaisquer, as 4 parcelas têm valores médios nulos.
Se ωm = ± ω, um dos dois últimos termos torna-se igual a +(1/2) sen (2αm) e os outros
Para que o dispositivo produza binário de valor médio não nulo, é necessário que
o rotor gire a uma velocidade angular igual à pulsação da fonte.
ωm = ω → Nr = 60 f [rpm] (2.13)
não nulo apenas para duas velocidades de rotação ωm=ω e ωm=-ω. Não tem a
capacidade de arrancar autonomamente. Se for posto em movimento por um meio
auxiliar, continua a rodar tomando uma decalagem (αm) correspondente ao binário
resistente Mc. Se se aumentar progressivamente o binário de carga, o rotor aumenta a
R − Rd
45°, φ 2 q (2.14)
4
onde o motor dessincroniza.
Note-se que o binário médio é proporcional ao quadrado da tensão aplicada à
bobina. É também proporcional à diferença entre a relutância segundo o eixo q e a
relutância segundo o eixo d.
1,5 1 2
4
(
Φ Rd − Rq )
1
0,5
Binário
-0,5
-1
-1,5
-90 -45 0 45 90
Ângulo [graus]
Indutância
Ld
Lq
ou seja:
Ld + Lq Ld − Lq
L(θ) = + cos 2θ (2.15)
2 2
A partir da equação 2.1. obtém-se:
1
M em = - i 2 ( Ld -Lq )sen 2θ
2
Atendendo à semelhança formal com a equação 2.8 pode afirmar-se que este
binário é oscilatório e que o seu valor médio, à velocidade de sincronismo, vale:
Ld-Lq
Memav = I2 4 sen(2αm) (2.18)
Em função do ângulo αm, o binário médio varia segundo uma lei semelhante ao
caso anterior.
Generalidades.
Equações.
Para o caso mais frequente que é composto apenas por uma bobina e por um íman,
tem-se para a equação dos binários:
dPM
Mem =
dθ
Fmi nb ib (2.19)
onde
P M - Permeância mútua entre o íman e a bobina
Fmi , nb ib, - Forças magnetomotrizes associadas ao íman (i) e à bobina (b)
dib dPM
ub = rbib + Lb + nb θ Fmi (2.20)
dt dq
Propriedades gerais.
Exemplo 7: Altifalante.
Princípio e características
O Transdutor do altifalante
membrana
bobina
íman permanente
N
S
circuito magnético
Exemplo 9: Traçador
Jacto de tinta
bobina
íman
Papel
Generalidades
1 2 dP1(θ) dPM(θ)
M em = Fmi + Fmi nb ib (2.21)
2 dθ dθ
e
dib dPM
ub = rbib + Lb + nb θ.Fmi (2.22)
dt dθ
Propriedades gerais
1. Existe um binário (ou uma força) de posicionamento sem excitação, isto é sem
corrente na bobina. Esta característica é importante para dispositivos que
devam assegurar uma posição fixa sem excitação.
2. O fluxo criado pela bobina atravessa o íman. Sendo o íman caracterizado por
uma permeabilidade aparente muito baixa, a indutância da bobina é por
consequência muito baixa. Os sistemas electromagnéticos prestam-se assim ao
funcionamento a frequências elevadas.
3. Os motores electromagnéticos são, geralmente, caracterizados por um
rendimento elevado, graças a uma tensão induzida de movimento importante.
B B’
N
bobinas
bobina
Circuitos
magnéticos
Circuito
magnético íman
íman
agulha agulha
a) Vulgar b) Estereofónico
Generalidades
Propriedades gerais.
Comportamento
Estruturas possíveis
À priori são possíveis duas possibilidades para a disposição relativa do íman e das
bobinas de um transdutor relutante polarizado: Podem estar sobre o mesmo suporte ou
em suportes diferentes. Não há nenhuma vantagem de natureza electromagnética em
cada um destes casos. São considerações de natureza económica, construtiva ou
dinâmica que tornam uma solução mais interessante que a outra.
Íman fixo
Íman móvel
A figura 2.21 mostra o mesmo motor com um íman ligado à parte móvel. A
distribuição de fluxo está representada segundo a mesma convenção da figura 2.20.
Mola Mola
Peça móvel
Peça móvel
Bobina Bobina
N N
S S
A figura 2.23 apresenta uma disposição relativa possível para o motor oscilante,
aplicada a uma campainha eléctrica.
O movimento da parte móvel assegura a abertura e fecho de contactos o que
provoca a inversão da corrente na bobina de excitação. Trata-se de um sistema
auto-pilotado em posição.
N N
S S
Generalidades
Equações
∂We'
Fem = (2.26)
∂θ
∂We' ∂We'
Q1 = Q2 = (2.27)
∂u1 ∂u 2
2. Equações eléctricas
A relação entre as cargas e as potenciais, será:
i1 C1 C12 d u1 C1 C12 u1
i = C +θ (2.30)
2 12 C2 dt u 2 C12 C 2 u 2
O modelo será
du dx dC
i = C(x) dt + dt dx u
1 dC
F= 2 u2 dx (2.32)
Propriedades gerais
Este tipo de motor explora a escala favorável das forças electrostáticas no domínio
do micrómetro. O rotor de oito dentes roda em torno do centro até 2500 rpm
respondendo a tensões aplicadas sequencialmente aos pólos do estator de modo a criar
um campo electrostático girante. O “entreferro” é de 2 µm. Tem um binário máximo de
12 pNm com uma tensão de excitação de 100 V.
dispositivos está hoje a ser desenvolvida vencendo algumas limitações dos dispositivos
de origem magnética.
Exercícios de Revisão:
I
Um contactor tem o circuito magnético indicado na figura. A bobina tem 1000
espiras e uma resistência de 100 Ω.
5 cm
2
Secção=10 cm
3 cm
II
Um motor passo-a-passo de relutância, de 3 fases, tem os coeficientes de indução
própria com a forma indicada na figura. Não se sabe como é que variam os coeficientes
de indução mútua. Pretende-se alimentar este sistema com um conversor de corrente
comutado. A partir de uma fonte de corrente este conversor faz circular a corrente por
uma fase apenas em cada instante, trocando sucessivamente a corrente de fase em
instantes bem definidos. Admite-se que a comutação é instantânea.
La Lb Lc
Ld
Lq
π/2 π 3π/2 2π θ
a) Diga em que instantes em função da posição θ ligaria a corrente a cada uma das
fases se desejar que o sistema funcione como motor.
b) Calcule o valor do binário em função da corrente de alimentação e da lei de
comutação que determinou na alínea a).
c) Determine as equações eléctricas do sistema para a lei de comutação da alínea
a).
d) Será que este sistema também pode funcionar como gerador? Justifique a sua
resposta.
III
total q2. Por construção tem-se que: q1=C0 (1+cos 2θ) u1 e q2 =C0 (1–cos 2θ) u2
sendo C0 uma constante positiva.
Indique todos os cálculos e hipóteses que vier a efectuar.
q1 q2
u1 u2
IV
A figura mostra uma máquina síncrona monofásica de relutância. O rotor tem k
dentes (o desenho é feito para k = 12). O estator tem uma fase mostrada em corte
transversal pelos pontos e cruzes. O rotor não tem enrolamentos.
Capítulo 3
3.1 Introdução
A - Máquina Assíncrona
Coeficientes de auto-indução
Como a posição relativa entre estes enrolamentos é fixa, isto é, não depende da
posição do rotor, estes coeficientes também são constantes tal como os coeficientes de
auto-indução. Atendendo à simetria, enrolamentos desfasados dois a dois de 120º, pode
afirmar-se que os seus valores serão todos iguais. Como o ângulo entre estes
θ
5
4
1 x
6
b) Análise harmónica
Fig. 3.2 Análise harmónica do coeficiente de indução mútua entre um enrolamento do estator e um
enrolamento do rotor.
4 5 6
2π 4π
1 θ θ+ 3 θ+ 3
4π θ 2π
2 θ+ 3 θ+ 3
2π 4π θ
3 θ+ 3 θ+ 3
e como:
2π 4π
cos 3θ + 3 = cos 3θ + 3 = cos 3θ (3.3)
2π 4π
θ2 = θ + 3 θ3 = θ + 3 , (3.4)
y
2
θ
f
1 x
Indutâncias próprias
0 2 ªH 4 ªH 6 ªH 8 ªH
b) Análise harmónica
b) Análise harmónica
ψ
1 La+Lbcos2θ Ma+Mbcos2θ2 Ma+Mbcos2θ3 MFcosθ i1
ψ2 = Ma+Mbcos2θ2 La+Lbcos2θ3 Ma+Mbcos2θ2 MFcosθ3 i2 (3.10)
ψ3 Ma+Mbcos2θ3 Ma+Mbcos2θ La+Lbcos2θ2 MFcosθ2 ii3
ψf MFcosθ MFcosθ3 MFcosθ2 Lf f
Tal como na máquina de indução, pode obter-se o modelo de máquina síncrona a
partir das equações 3.10.
Introdução
. dL dI
U = RI + θ dt I + L dt (3.11a)
1 dL
Mem = 2 IT dθ I (3.11b)
I = Q I’ U’ = P U e ψ’ = P ψ (3.12)
Para que esta equação seja formalmente idêntica à equação 3.11a deverá ter-se:
R’ = PRQ (3.14a)
L’ = PLQ (3.14b)
dL dQ
G = G’ + G” = P dθ Q + P L dθ (3.15)
. dI’
U’ = R’I’ + θ G I’ + L’ dt (3.16)
donde
quadrada. No caso em que esta matriz seja uma matriz rectangular o número de
equações dos dois modelos será diferente.
Quando na matriz de transformação existirem números complexos, faz-se a
potência complexa invariante, isto é, a potência activa e a potência reactiva. Donde:
_ _
S = UT* I = S ’ (3.20)
Como
U’T* I’ = UT* I = UT* Q I’
donde
U’T* = UT*Q
Tomando os conjugados U’T = UT Q* e transpondo, obtém-se:
U’ = QT* U (3.21)
1
Mem = 2 I’T G’ I’ (3.22)
dQ
dt = 0 (3.23)
d
U’ = R’I’ + dt ψ’ onde ψ’ = L’I’ (3.24)
u12 i12
u r1 0 0 0 i e
0 r2 0 0 e12
u3 = 0 0 r3 0 i3 + e3
u4 0 0 0 r4 i4 0
As forças electromotrizes e1, e2 e e3 representam as entradas do
sistema e as correntes i1, i2, i3 e i4 as incógnitas a calcular.
Se se definirem as correntes de malha im1 e im2 como se mostra na
figura 3.7, tem-se:
i1
1 0
i2 -1 -1 im1
i3 = 0 1 im2
i4 1 0
A matriz
1 0
-1 -1
C = 0 1
1 0
é a matriz de conexão de Kron. Esta matriz também é designada por
matriz de ligação. Pode ser interpretada como uma matriz de
transformação que transforma o modelo primitivo no circuito da figura
3.7.
u12
u
1 -1 0 1 u1-u2+u4
Um = CT U =
0 -1 1 0 u3 =
-u2+u3
u4
Os elementos da matriz [Um] representam a soma das tensões ao longo
Um = 0
0
B - Cálculo da matriz das forças electromotrizes
e1
e
Em = CT E = 1 -1 0 1 2 =
e1-e2
-e +e
0 -1 1 0 e3 2 3
0
C - Cálculo da matriz das resistências
01 r2 0 0 -11 -10
r 0 0 0
1 -1 0 1
CT R C =
0 -1 1 0 0 0 r3 0 0 1
0 0 0 r4 1 0
-r12 -r2
r 0
1 -1 0 1 r1+r2+r4 r2
=
0 -1 1 0 0 r3 =
r2 r2+r3
r4 0
Modelo em variáveis "correntes de malha"
O modelo transformado será:
Composição de transformações
I = C I' U' = CT U
I´ = T I” U” = TT U’
e
I = C T I”
U” = TT CT U = C TT
Ceq = C T (3.25)
CTE 0 LE M CE 0
CTLC =
MT L
T
0 CR R 0 CR
T T
CTE 0 LECE MCR CELECE CEMCR
=
= (3.26)
T T T
0 CR MTCE LRCR CRMTCE CRLRCR
R’ = P R Q L’ = P L Q
Congruente P = QT
Diz-se que duas matrizes A e B são congruentes se existir uma matriz não singular
Q tal que:
B = QT A Q
I = Q I’ U’ = Q-1 U U = Q U’
Esta equação permite concluir que a matriz das tensões se transforma do mesmo
modo que a matriz das correntes.
As transformações de semelhança têm a propriedade extremamente importante de
que os valores característicos são invariantes sobre a transformação. Este resultado só é
válido quando a derivada da matriz de transformação for nula.
Ortogonal P = Q-1 = QT
Uma transformação ortogonal é um caso especial de uma transformação de
semelhança e de uma transformação congruente. Tem as propriedades de ambas as
transformações.
Definição da transformação
1' α'
a) Sistema trifásico b) Sistema bifásico
Para que estas duas máquinas sejam equivalentes é necessário que a energia
magnética armazenada em cada uma delas seja igual. Isto obtém-se com iguais
distribuições do campo de indução magnética. Para que tal aconteça, uma vez que o
entreferro é igual, é necessário que haja ondas de força magnetomotriz iguais. Assim,
tem-se:
i cos(θ )+
a s
4 2π
FmT = [K N]
π e T + ib cosθs− 3
(2.28)
+ ic cosθs−4π3
4π 1 3
cosθs − 3 = -2 cos(θs) - 2 sen(θs) (3.30)
Por sua vez a onda de força magnetomotriz provocada pelo sistema bifásico
escreve-se:
4 iα cos(θs)+
FmB = [KeN]B (3.32)
π + iβ sen(θs)
Para que ambas as ondas de força magnetomotriz sejam iguais é necessário ter-se:
1 1
iα 1 -2 -2 ia
= (K eN)T ib (3.33)
iβ (KeN)B 3 3
0 2 -2 ic
A relação entre os dois vectores das correntes está assim dependente da relação
dos números eficazes de espiras. Contudo a matriz de 2x3 presente na equação não é a
matriz que se pretende calcular. A matriz C deve relacionar as variáveis originais com
as variáveis novas. Além disso a matriz da expressão 3.33 não tem inversa.
Para resolver este problema considera-se uma nova variável iο que seja
proporcional à corrente homopolar, isto é, que seja proporcional à soma das 3 correntes
i a , i b e i c.
Substituamos também a relação de número de espiras por uma constante k a
determinar. Obtém-se:
1 1
iα ia
1 -2 -2
iβ = k 3 3
ib (3.34)
0 2 -2
ic
iο
m m m
1 1 1 0 m
1 -2 -2 1 1 0 0
k
3 3
k
-2 2
3
m
= 0 1 0 (3.35)
0 2 -2
1 0 0 1
m m m -2 -2
3
m
1 1 2
k21 + 4 + 4 = 1 donde k= 3 (3.36)
1
3k2 m2 = 1 donde m= (3.37)
2
1
1 0 iα
ia 1 2
ib 2 3 1 iβ
3 2 2
= - 2 (3.38)
ic -12 3 1 iο
-2
2
1 0
1
2 -2
3
C2,3 = 2 (3.40)
3
1 3
-2 -2
Resolução:
1. Sistema simétrico de tensões de sequência directa
Seja:
ua = 2 U cos(ωt+α)
2π
ub = 2 U cos(ωt+α− )
3
4π
uc = 2 U cos(ωt+α− )
3
Como:
1 1
1 -2 -2 ua
uα
uβ = 2 0
3
-2
3 ub
u 3
2
ο
1
2
1
2
1
2 uc
Substituindo ua, ub e uc pelos seus valores e executando os
cálculos, obtém-se:
uα = 3 U cos(ωt+α)
uβ = 3 U sen(ωt+α)
uο = 0
4π
ub = 2 U cos(ωt+α− )
3
2π
uc = 2 U cos(ωt+α− )
3
uβ = - 3 U sen(ωt+α)
u0 = 0
ua = 2 U cos(ωt+α)
ub = 2 U cos(ωt+α)
uc = 2 U cos(ωt+α)
uβ = 0
uο = 6 U cos(ωt+α)
ωt
u
b
ωt
u
c
ωt
u 3
α 2
ωt
u 2
β
ωt
1 0.5
0.5
0
xc
0
xc
-0.5
-0.5
-1 -1
-1 1 1
-0.5 0.5 0.5 1
0 0 0 0.5
0
0.5 -0.5 -0.5 -0.5
1 -1 xb xb -1 -1 xa
xa
B=S-1AS (3.41)
z
z'
x+y+z=0
(1,1,1)
(0,g,-g)
y'
x'
x
C 0
Q= (3.46)
0 C
d
U = R I + dt [ L I] (3.47)
1 1 1
1 -2 -2 Lss 1 0
2 3 3
Mss Mss
2
1 3 1
2
Mss 3 2 2
L' = 0 -2 Lss Mss - (3.48)
Mss
3 2 2
1 1 1
Mss Lss -12 3 1
2 2 2 -2
2
Lss+2Mss
1 1
1 -2 -2 Lss-Mss 0
2
2
3 3
Lss-Mss 3 Lss+2Mss
L' = 3 0 2 -2 - 2 2 (Lss-Mss)
2
1 1 1 Lss-Mss Lss+2Mss
2 2 2 - 2
3
- 2 (Lss-Mss)
2
Efectuando as operações, obtém-se:
Lss-Mss 0 0
L’ = 0 L -M
ss ss 0 (3.49)
0 0 Lss+2Mss
Tem-se:
M’ = CT M C
1 1 1
1 -2 -2 Msrcosθ Msrcosθ2 Msrcosθ3 1 0
2
2 3 3
Msrcosθ3 Msrcosθ Msrcosθ2 -2 2
1 3 1
2 (3.53)
M’ = 3 0 -
1 2 2
1 1
Msrcosθ2 Msrcosθ3 Msrcosθ 1 3 1
2 2 2 -2 - 2 2
cosθ -senθ 0
3
M’ = 2 Msr
senθ cosθ 0
(3.54)
0 0 0
A aplicação da transformação de Concordia aos termos relativos à terceira
harmónica na expressão 3.5 faz-se do mesmo modo. Apenas o termo correspondente à
terceria linha e terceira coluna é não nulo. Obtém-se:
ψαs
u β s rs i β s ψ β s
uαs rs iαs
u ο s rs i ο s d ψ ο s
uαr = rr iαr + dt ψαr (3.56)
u β r rr i β r ψ β r
u ο r rr i ο r ψ ο r
onde
ψ
αs Ls 0 0 Mcosθ −Msenθ 0 iαs
i
ψ βs 0 Ls 0 Msenθ Mcosθ 0
βs
ψοs = 0 0 Lso 0 0 3M3cos3θ iοs
ψαr Mcosθ Msenθ 0 Lr 0 0 iαr
ψβr -Msenθ Mcosθ 0 0 Lr 0 i βr
ψοr 0 0 3M3cos3θ 0 0 Lrο i οr
(3.57)
Onde
3
M = 2 Msr e Lro = Lrr+2Mrr (3.58)
ψ
αs Ls 0 Mcosθ −Msenθ i
i
αs
ψ βs = 0 Ls Msenθ Mcosθ
βs (3.59)
ψαr Mcosθ Msenθ Lr 0 iαr
ψβr -Msenθ Mcosθ 0 Lr i βr
e
ψ
uαs rs iαs αs
uβ s rs i β s d ψ βs
+ dt
ψαr
= (3.61)
uαr rr iαr
uβ r rr i β r ψ βr
Em que a relação entre os fluxos e as correntes é dada pela equação 3.59. Tal
como referimos anteriormente, pode concluir-se que a 3ª harmónica dos coeficientes de
indução mútua estator-rotor pode ser ignorada. Com efeito, mesmo quando esta
harmónica é elevada, ela não entra na conversão electromecânica de energia desde que a
componente homopolar seja nula. As equações 3.61 representam o equilíbrio eléctrico
do sistema. Efectuando as derivadas do produto matricial obtém-se:
r 0 -ω Msenθ −ωmMcosθ
uαs
u s m
iαs
βs = 0 rs ωmMcosθ -ωmMsenθ
i βs +
uαr -ωmMsenθ ωmMcosθ rr 0 iαr
uβr -ωmMcosθ -ωmMsenθ 0 rr i βr
L 0 Mcosθ −Msenθ i
0s iαs
+
Ls Msenθ Mcosθ
d βs (3.62)
Mcosθ Msenθ Lr 0 dt iαr
-Msenθ Mcosθ 0 Lr i βr
O binário é dado por:
-Msenθ -Mcosθ iαs
0 0 Mcosθ -Msenθ iβs
0 0
1
Mem=2 pp [ iαs iβs iαr iβr ]
(3.63)
-Msenθ Mcosθ 0 0 iαr
-Mcosθ -Msenθ 0 0 iβr
ou, atendendo à simetria
-ψβ iα + ψα iβ
Esta expressão pode ser escrita em termos do produto externo do vector do fluxo
→ →
estatórico ψ s=(ψα,ψβ) por i s = (iα, iβ.). Tem-se:
→ →
Mem = pp ( ψ s × i s) (3.66)
As expressões 3.55 ou 3.56 estão expressas em termos dos fluxos e das correntes
e são válidas também em regime de saturação do circuito magnético.
C 0
Q= (3.68)
0 1
Onde C é a matriz de transformação de Concordia.
Tal como no caso da máquina de indução, a matriz de transformação, é uma
matriz de constantes. Assim a matriz G" é nula e como consequência pode ser escrito na
forma 3.11 ou mais compactamente:
d
U = R I + dt {L I} (3.69)
θ
f
α x
1
Lα = (La-Ma) + 2 Lb+Mb cos2θ (3.70)
1
Lβ = (La-Ma) - 2 Lb+Mb cos2θ (3.71)
1
Mαβ = 2 Lb+Mb sen2θ (3.72)
Ld+Lq Ld-Lq
Lβ = 2 - 2 cos2θ (3.74)
Ld-Lq
Mαβ = 2 sen2θ (3.75)
onde:
1
Ld = (La-Ma) + 2 Lb + Mb (3.76)
1
Lq = (La-Ma) - 2 Lb + Mb (3.77)
O coeficiente de indução própria do enrolamento de excitação é independente da
posição do rotor da máquina. Assim:
Lf = cte (3.78)
Ld+Lq Ld-Lq
Lav = 2 Los = 2 (3.81)
donde
Lα L
Ld β
Lq
π/2 π 3π/2 2π θ
Fig. 3.13 Andamento de Lα e Lβ.
Ld+Lq Ld-Lq
Lβ = 2 - 2 cos2θ
y
q d
β
φd
Fd θ
Fq φq α x
f
φβ = φd sen θ + φq cos θ
Substituindo, obtém-se:
φβ =
1 1 1
F sen(2θ)
Rmq α 2
-
Rmd
O fluxo no enrolamento β será:
Ke2N2 Ke2N2 1
ψβ = Ke N φβ =
Rmq α 2
- i sen(2θ)
Rmd
Identificando:
Ke2N2 Ke2N2
Ld = e Lq =
Rmd Rmq
Obtém-se a expressão:
Ld-Lq
Lαβ = 2 sen 2θ
A. Definição
ρ
iq B
id ρ
O iα
C α
donde:
1 3
-2cosρ− 2 senρ
1 3
2cosρ− 2 senρ
1
2
ou
1
cosρ -senρ
2
2 cosρ− 3
2π
-senρ− 3
2π 1
T = (3.89)
3 2
cosρ− 3
4π
-senρ− 3
4π
1
2
Ψαβ
dΨ
Uαβ = Rαβ Iαβ + dt (3.90)
β d
q
α x
cosρ -senρ
C(ρ) =
(3.94)
senρ cosρ
d
Uαβ = Rαβ C(ρ) Idq+dt [C(ρ) ψdq]
. dC(ρ) ψdq
dψ
= Rαβ C(ρ) Idq + ρ ψdq + C(ρ) dt (3.95)
dρ
. dC(ρ)
Udq = C(ρ)T Rαβ C(ρ)Idq + C(ρ)T ρ ψ
dρ dq
ψdq
dψ
+ C(ρ)T C(ρ) dt (3.96)
Define-se
dψd .
ud=rd id + dt - ρ ψq (3.100)
dψq .
uq=rq iq + dt + ρ ψd (3.101)
NOTAS:
.
1. ρ é a velocidade a que roda o referencial d, q em relação ao referencial α, β
2. Como nestes cálculos não entrou nenhuma relação entre os fluxos e as
correntes, as equações resultantes são válidas mesmo quando há saturação magnética.
.
3. Quando ρ =0 as equações tomam a mesma forma que as equações originais. Se
.
ρ≠0 há que adicionar termos proporcionais à velocidade de rotação do referencial.
As equações 3.90 e 3.91 são equações semelhantes às equações das máquinas de
comutação. Assim, pode dizer-se que esta transformação transforma uma máquina de
corrente alternada numa máquina de comutação equivalente. Certos autores designam
esta transformação por transformação de comutador (“Commutator transformation”).
Se o valor das resistências dos enrolamentos for igual, a matriz das resistências é
invariante na transformação.
Expressões do binário
→ →
ou Mem = pp (-ψ r × i r) (3.105)
Onde:
→ →
ψ s = (ψds , ψqs) i s = (ids , iqs) (3.106)
ua = 2 U cos(ωt+α)
2π
ub = 2 U cos(ωt+α− )
3
4π
uc = 2 U cos(ωt+α− )
3
Resolução:
1. Do exemplo nº 2 obtivemos para o sistema directo:
uα = 3 U cos(ωt+αu)
uβ = 3 U sen(ωt+αu)
uο = 0
ud cos(ωt+αu-ωmt-αm)
= 3 U
uq sen(ωt+αu-ωmt-αm)
se ω = ωm, obtém-se:
ud = 3 U cos(αu-αm)
uq = 3 U sen(αu-αm)
onde se pode verificar que ud e uq são funções constantes no tempo
uβ = - 3 U sen(ωt+αu)
uο = 0
uβ = - 3 U sen(5ωt+αu)
Transformação de Blondel-Park
ud cos(ωt+αu-ωmt-αm)
= 3 U
uq sen(ωt+αu-ωmt-αm)
ud cos(6ωt+αu+αm)
= 3 U
uq -sen(6ωt+αu+αm)
uβ = 3 U sen(7ωt+αu)
Transformação de Park
cos(7ωt-ρ+αu)
= 3 U
sen(7ωt-ρ+αu)
fazendo ρ = ωt + αm, tem-se:
ud cos(6ωt+αu-αm)
= 3 U
uq sen(6ωt+αu-αm)
Observação:
Deste exercício pode concluir-se que a transformação de
Blondel-Park modifica a frequência das variáveis.
Introdução
dψ βs
uβs=rs iβs + dt (3.107b)
dψdr
udr=rr idr + dt + ppωm ψqr (3.107c)
dψqr
uqr=rr iqr + dt - ppωm ψdr (3.107d)
Ls 0 M 0
L’ =
0 Ls 0 M
M 0 Lr 0
0 M 0 Lr
A matriz G será dada por:
CE
T LE
CE
T dM
CE CR
G = G’ + G” =
dθ dθ
T dM
T
T dLR
CR
dθ
CE CR
dθ
CR
C T
L
dCE
E E dθ
T
CE M
dCR
dθ
+
C T T dCE
T dCR
R M dθ
CR LR
dθ
Executando os cálculos, obtém-se:
0
0 0 0 0
0 0 0
G = 0 M 0 Lr
-M 0 -Lr 0
Ao que corresponde um modelo que se pode pôr na forma:
0s
r 0 0 0
uαs
uβs iαs M iαs
i Ls 0 M 0 i
rs 0 0
= • • βs + 0 Ls 0 d βs (3.108)
udr 0• Mθ rr Lrθ
idr M 0 Lr 0
dt
idr
uqr -Mθ 0
•
-Lrθ rr iqr 0 M 0 Lr iqr
Estas equações podem por-se na forma das equações 3.107. Note-se que
na matriz das indutâncias existe desacoplamento magnético entre as
equações relativas ao eixo d e as equações relativas ao eixo q. Este
iβr = Ir sen(ωrt)
Aplicando a transformação, obtém-se:
dψqs
uqs=rs iqs + dt + ppωm ψds (3.109b)
dψαr
uαr=rr iαr + dt (3.109c)
dψ βr
uβr=rr iβr + dt (3.109d)
dψqs
uqs=rs iqs + dt + ω R ψds (3.110b)
dψdr
udr=rr idr + dt - (ωR - ppωm) ψqr (3.110c)
dψqr
uqr=rr iqr + dt + (ωR - ppωm) ψdr (3.110d)
cosθ -senθ 0
C=
senθ cosθ 0
(3.111)
0 0 1
A variável if mantém-se inalterada nas novas equações. Só nestas condições (ρ=θ)
é que a matriz L podse ser simplificada. Devido ao facto de existirem pólos salientes na
máquina existe apenas um referencial onde a transformação de Park simplifica as
equações.
Pelas equações 3.100 e 3.101 obtém-se:
dψd
ud = r1 id + dt - ppω ψq (3.112a)
dψq
uq = r1 iq + dt + ppω ψd (3.112b)
dψf
uf = rf if + dt (3.112c)
cosθ -senθ 0
C = senθ cosθ 0
0 0 1
Executando os cálculos obtém-se:
Ld 0 M
L’ = 0 Lq 0
(3.113)
M 0 Lf
que é uma matriz que não depende do ângulo de posição θ. Os seus
coeficientes de indução são constantes.
0 Ld-Lq 0
G’ = Ld-Lq 0 M (3.114)
0 M 0
Cálculo de G" = CT L [dC/dθ]
-senθ -cosθ 0
G” = C
T
L cosθ -senθ 0
0 0 1
0 -Ld 0
G” = Lq 0 0 (3.115)
0 -M 0
As equações da Máquina Síncrona em variáveis de Park serão:
•
d
u
rd -θLq id
Ld 0 M
d
i
• •
0
iq +
uq iq
0 Lq 0 d
= (3.116)
uf θLd rq θM
Lf
dt
if
0 0 rf if M 0
1 T
Mem = 2 I’ G’ I’
d
i
0 Ld-Lq 0
iq
1
Mem = 2 [ id , iq , if] d q
L -L 0 M (3.117)
0 0
M
if
1
Mem = 2 { (Ld-Lq) Id Iq + (Ld-Lq) Id Iq + M Iq if + M Iq if}
ou seja
Mem = (Ld-Lq) id iq + M iq if (3.118)
O termo (Ld-Lq)idiq é devido ao facto de existir relutância
magnética diferente nos dois eixos d e q. Designa-se este termo por
binário de relutância. Este binário não existe na Máquina Síncrona de
pólos lisos. O termo Miqif resulta da interacção entre os enrolamentos
do estator e do rotor. Designa-se por binário síncrono.
NOTA: O binário também poderá ser calculado através dos elementos
do modelo proporcionais a ωm , isto é, através da matriz
0 -Lq 0
G = Ld 0 M (3.119)
0 0 0
Note-se que:
G' = G + GT (3.120)
Assim:
1 T 1 T { T
Mem = 2 I’ G’ I’ = 2 I’ G + G } I’
1 T 1 T T
= 2 I’ G I’ + 2 I’ G I’ (3.121)
ψq = Lq iq (3.124b)
q
d θ
f
q
eq=ωψd d
iq Lq M
ed=-ωψq
uq Ld
id
Lf
ud
Entreferro
dψD
0 = rD iD + dt (3.125a)
dψQ
0 = rQ iQ + dt (3.125b)
ψd = Ld id + M if + MDd iD
ψq = Lq iq + MQq iQ
ψf = Lf if + M id + MDf iD (3.126)
ψD = LD iD + MDf if + MDd id
ψQ = LQ iQ + MQq iq
q
eq=ωψd d
iq Lq M
ed=-ωψq
uq Ld
id
iQ
Lf
ud
Entreferro
iD
A. Introdução:
1
ia
cosγ -senγ
2 id
ib = 2 2π 2π 1
cosγ− 3 -senγ− 3 iq
i 4π 4π iο
3 2
c
cosγ− 3 -senγ− 3 1
2
1
i 1 0
2 iα i i
a 2 1 3 1 α cosγ i
-senγ 0 d
ib = -2 2
2
iβ
iβ senγ cosγ 0 q
1 3 iο
3 dq
ic iο 0 0
1 iο
-2 - 2 1
2
i i
α
1 1 0
i
+ d
1 1 0
ib
f
iβ = 1 -j j 0
oi- q = -j
i 1 j 0
io
abc o 2 0 2 i
o 2 0 2 i
i 0
i 0
1 1 1 + + f
ia
i i ejγ 0 0 i
ib = 1 -2
a
-
a 1 i-
i- = -jγ
ib
3
o 0 e 0 fbo
ic i 0 1 i
o
a- 1 i
-2 ο 0
a
jγ -jγ
a
i
e e 1
if
ib = 1 j(γ−2π/3) -j(γ−4π/3) ib
j(γ+4π/3) io
3 e e 1
ic e e
-j(γ+2π/3)
1
+
1 + 1
i =
(i + j iβ) u = (u + j uβ) (3.127a)
2 α 2 α
- 1 - 1
i = (i - j iβ) u = (u - j uβ) (3.127b)
2 α 2 α
Como as grandezas αβ são reais, as componentes + e - são sempre complexas
conjugadas.
A transformação será definida:
donde
1 1 1 -1 1 1 j
C= e C = (3.129)
2 -j j 2 1 -j
-1
A matriz C é a transconjugada de C. Estas matrizes designam-se por matrizes
unitárias. O factor 1/ 2 garante que a transformação seja unitária.
1 1
1 -2 -2 ia
iα 2 3 3
iβ = 0 2 - 2 i b
iο
3
1 1 1 ic
2 2 2
Tem-se
1 1
i +
1 j 0 1 -2 -2 ia
- 1 1 2 3 3 ib
2
= -j 0 0 2 -2
i
iο 0 0 2
3
1 1 1 ic
2 2 2
Executando os cálculos, tem-se:
+ ia
2
1 a- a-
i
- = 1
i
3 1 2
a- a- b
i
(3.131a)
iο 1 1 1 ic
1 1 1 +
i a
i b 1
-2 i
= a a- 1 i- (3.131b)
3
ic a- a-
2
1 iο
onde
a- = e
j2π/3
(3.132)
- 1 3 -(jωt+αu)
u = 3 U [ cos(ωt+αu)-jsen(ωt+αu)] = 2 U e
2
+ -
O vector u roda no sentido positivo à velocidade ω. O vector u
roda em sentido negativo à mesma velocidade.
+ 1 3 -(jωt+αu)
u = 3 U [ cos(ωt+αu)-jsen(ωt+αu)] = 2 U e
2
- 1 3 (jωt+αu)
u = 3 U [ cos(ωt+αu)+jsen(ωt+αu)] = 2 U e
2
−
Uβ = -j 3 Uβ e β
jθ
uβ = 3 Uβ sen(ωt+θβ )
Considerando a identidade de Euler, os valores instantâneos das
tensões escrevem-se:
3
uα = 2 Uα ( ej(ωt+θα) + e-j(ωt+θα)) (3.133a)
3
uβ = 2j Uβ ( ej(ωt+θβ) - e-j(ωt+θβ)) (3.133b)
1
uβ = 2 U−β ejωt + U−* e-jωt
β (3.134b)
−
Uα + jU−β jωt U−* + jU−*
+ 1 α β -jωt
u = 2 e +
e (3.135a)
2 2
−
Uα - jU−β jωt U−* - jU−*
- 1 α β -jωt
u = 2 e +
e (3.135b)
2 2
Onde
−+ −-
U e U são as componentes de Fortescue das amplitudes complexas.
As expressões 3.136 determinam que as componentes (+/-) simétricas
instantâneas são formadas tomando as componentes simétricas de
4 1
5 6 2
3
30º 30º
2
6 3
5
1 4
a) Componente + b) Componente -
Fig 3.21 Componentes + e - dum sistema de tensões rectangulares.
Obtêm-se apenas 6 pontos que se encontram sobre uma circunferência
de raio unitário. Estes 6 pontos encontram-se desfasados de 60°.
0 Mcosθ −Msenθ
1 j Ls 1 1
T* 1 1 -j
C L C=
0 Ls Msenθ Mcosθ 1 -j j
2 1 j Mcosθ Msenθ Lr 0 2 1 1
1 -j -Msenθ Mcosθ 0 Lr -j j
Obtém-se:
jθ
Ls 0 Me 0-jθ
0-jθ Ls 0 Me (3.137)
Me 0jθ Lr 0
0 Me 0 Lr
Como há desacoplamento entre as grandezas + e - , a matriz 4x4 da equação 3.137
é equivalente a duas matrizes de 2x2. Pode escrever-se:
O modelo em coordenadas +/- instantâneas traduz-se por equações que são função
de θ tal como as equações em componentes αβ. Este resultado não deve ser de estranhar
pois estas variáveis são apenas a tradução complexa das componentes αβ.
+
1 +
1
i =
(i + j iβ) ψ =(ψα + j ψβ)
2 α 2
- 1 - 1
i = (i - j iβ) ψ = (ψα - j ψβ)
2 α 2
Verificando que os produtos:
+* + ψα iα + ψβ iβ -ψβ iα + ψα iβ
ψ i = 2 + j 2
-* - ψα iα + ψβ iβ ψβ iα - ψα iβ
ψ i = 2 + j 2
O binário pode ser escrito como:
+* + -* -
Mem = 2 pp Imagψs is = - 2 pp Imagψs is (3.131)
ou
+* + -* -
Mem = pp ψs is - ψs is (3.132)
C1. Definição
+
f
i e-jρ 0 i i+ ejρ 0
f
i
b = jρ
- - = -jρ
b (3.146)
i 0 e i i 0 e i
b = jρ - (3.147)
0 e 0 i
i
io 0 0 1 io
ou seja:
i
2 a
1 a- a-
-jρ
f
i e 0 0
b 1
i
=
0 e
jρ
0 3 1 2
a- a- b
i (5148)
io 0 0 1 1 1 1 ic
donde:
-jρ -j(ρ−2π/3) -j(ρ−4π/3) i
f a
i e e e
b 1
3 e ib
= jρ j(ρ+4π/3) j(ρ+2π/3) (3.149)
i e e
io 1 1 1 ic
Nota: A transformação fb é normalmente aplicada ao rotor da máquina de indução
fazendo a mudança de referencial do rotor para o estator (grandezas do rotor). O ângulo
de transformação é neste caso ρ=−θ. Em muitos livros a transformação fb é aplicada
apenas para este caso e a matriz de transformação vem definida com sinal menos no
ângulo utilizando-se o ângulo θ em vez de ρ.
Onde
−+ −-
U e U são as componentes de Fortescue das amplitudes complexas.
Aplicando as equações 3.146 obtém-se:
( U−+ + U− − e-j2ωt)
f 1 *
u = 2 (3.151a)
( U− + + U−- ej2ωt)
b 1 *
u = 2 (3.151b)
30º 30º
a) Componente f b) Componente b
Fig 3.22 Componentes f e b dum sistema de tensões rectangulares.
e
ψb Ls M
ibs
s =
b b (3.153)
ψr M Lr ir
Como tanto as variáveis +/- como as variáveis fb são complexas conjugadas duas a
duas, só é necessário considerar duas equações. O modelo em grandezas +f será assim:
d d
+
us
=
rs+Ls dt M dt +
is
uf if
(3.156)
r
d d
M ( dt - j ppωm ) rr + Lr ( dt -j ppωm) r
f b
f f dψs f b dψs
b b
us = rs is + dt + jωR ψs us = rs is + dt - jωR ψs (3.157)
f b
f f dψr f b dψr
b b
ur = rr ir + dt + j(ωR−ppωm)ψr ur = rr ir + dt - j(ωR −ppωm) ψr (3.158)
Também neste caso, são necessárias apenas duas equações. As componentes b são
complexas conjugadas de f. Às componentes f correspondem as equações:
d d
f
us
=
rs+Ls (dt +jωR) M ( dt +ωR) f
i s
(3.159)
uf if
r
d
M [dt +j(ωR -ppωm)]
d
rr + Lr [dt +j(ωR -ppωm)] r
(ω-ppωm) = sω
Substituindo na equação 3.159 e dividindo ambos os membros da
segunda equação pelo escorregamento s, obtém-se:
f
us rs+jωLs j ωM
ifs
ufr = rr if
(3.160)
s j ωM s + j ωL r r
Estas equações traduzem o esquema equivalente da máquina de indução
em regime permanente sinusoidal e equilibrado.
+ 1 − −*
i = 2 ( I+s ejωt + I−s e-jωt)
f 1 − − *
i = 2 ( Ifr ejωt + Ibr e-jωt)
A partir das equações 3.156, tira-se:
d − + jωt −*
− e-jωt)
0 = M(dt-jppωm)( Is e +Is
−+ f −
0 = j (ω−ppωm) M Is + [ rr+j(ω−ppωm)Lr] Ir
e
−* −*
− = (r - jω L ) I − −b *
Us s s s -jω M Ir
− −* b − *
0 = - j (ω+ppωm) M Is + [ rr-j(ω+ppωm)Lr] Ir
Estes dois conjuntos de equações são independentes. Estão escritos
em termos das componentes de Fortescue.
Como
−+ −f
0 = j ωM Is + s +jωLrIr
rr
(3.161b)
e
−− −− −b
Us = (rs+jω Ls) Is +jω M Ir (3.162a)
−− −b
0 = jωM Is +2-s +jωLr Ir
rr
(3.162b)
us jωM
Vectores espaciais.
2π 4π
Fm(θs,t) = N Ke i1 cosθs + i2 cosθs - 3 + i3 cosθs - 3 (3.164)
1 -jθs ~ +jθs ~ *
Fm(θs,t) = N Ke 2c e i s + e is (3.166)
onde
~ j2π/3 j4π/3
i s = c i1+ i2 e + i3 e (3.167a)
~* -j2π/3 -j4π/3
i s = c i1+ i2 e + i3 e (3.167b)
~
O vector i s é um vector proporcional à componente de sequência positiva
instantânea e c uma constante de normalização. Este vector pode ser interpretado como
um vector espacial que representa uma distribuição de corrente sinusoidal no espaço.
Do mesmo modo se podem definir os mesmos vectores para a outras grandezas.
Naturalmente que não é necessário trabalhar com o par de vectores das equações 3.167
pois este par é complexo conjugado.
Assim, obtém-se:
~ j2π/3 j4π/3
us = c u1+ u2 e + u3 e (3.168a)
~ j2π/3 j4π/3
i r = c i4+ i5 e + i6 e (3.168b)
~ j2π/3 j4π/3
ur = c u4+ u5 e + u6 e (3.168c)
~ j2π/3 j4π/3
ψs = c ψ1+ ψ2 e + ψ3 e (3.168d)
~ j2π/3 j4π/3
ψr = c ψ4+ ψ5 e + ψ6 e (3.168e)
~ ~
Fms = Ke Ns i s (3.169a)
~ ~
Fmr = Ke Ns i r (3.169b)
~ µo ~ ~
B = g Fms +Fmr (3.170)
~
~ dis d ~
us = rs i s + Ls dt + M dt ejθ i r
~ (3.171a)
~
~ dir d ~
ur = rr i r + Lr dt + M dt e-jθ i s
~ (3.171b)
O vector espacial pode ser interpretado como um vector que tem um módulo
proporcional à grandeza que representa e a sua localização no plano de Argand, ou seja
o seu argumento, representa a posição no espaço dessa grandeza em ângulos eléctricos.
Este assunto será visto de novo na secção seguinte.
1 1
1 − −
xα 2 2 x
3
a
x = 2 0 3
− xb (3.172)
β 3 2 2
xo 1 1 1 xc
2 2 2
1 x
xa 1 0
α
x = − 1 3
1 x β (3.173)
b 2 2
xc 1 3 x0
− 2 −
2
1
1 0 1
1 3
T = − 1 (3.174)
2 2
1 3
− 2 −
2
1
ia
p = [ua ub uc ]ib = U t I = (TU ')t TI = U ' T t TI ' (3.175)
ic
O produto de T t T dá:
1 1 3
1 − − 0 0
2 2 1 0 1 2
3 3 1 3 3
0 − − 1 = 0 0 (3.176)
2 2 2 2 2
1 1 1 1 3 0 0 3
− 2 −
2
1
p=
3
2
(
uα iα + u β i β + 2uo io ) (3.177)
p=
3
2
(
uα iα + u β i β ) (3.178)
3
O factor afecta agora o produto das tensões e correntes nas novas variáveis.
2
Como a velocidade não é alterada, o mesmo factor afectará também o binário. Assim
ter-se-á:
3→ →
M em = Ψ × I (3.179)
2
2 1
Xα = X a − (X b + X c ) = X a (3.180)
3 2
2 3 3
Xβ = ×b− × c =
3
(X b − X c ) = X b − X c
3 2 2 2 3
(3.181)
1. Definição
~ 2 1 1 2 3 3
x = xa − xb − xc + j xb − xc (3.183)
3 2 2 3 2 2
Rearranjando, tem-se:
~ 2 1 3 1 3
x = xa + − + j xb + − − j
2
xc
(3.184)
3 2 2 2
definindo:
2π
j 1 3
a =e 3 =− + j (3.185)
2 2
tem-se:
~ 2
(
x = x a + a xb + a 2 x c
3
) (3.186)
2. Interpretação geométrica
2 β
x3
xβ P
α,1
xα x1
x2
ε
ρ
xα α
~
xαβ = xα + jx β = x e jε (3.187)
xdq = xd + jxq = x e j (ε − ρ ) = ~
~ xαβ e − jρ (3.188)
jρ
. ~
xαβ = e ~ xdq (3.189)
− jρ
~
xdq = e ~
xαβ (3.190)
~ dψ~s
u~s = rs is + + jω Rψ~s (3.193)
dt
~ dψ~r
u~r = rr ir + + j (ω R − p pω m )ψ~r (3.194)
dt
~ ~
ψ~r = M is + Lr ir (3.196)
3 ~
M em = p p Im ψ~s is* (3.197)
2
~ dψ~s
u~s = rs is +
dt (3.198)
~ dψ~r
u~r = rr ir + − jp pω mψ~r (3.199)
dt
Num referencial genérico tem-se:
~
xαβ = e jρ ~
xdq (3.200)
~
e jρ u~dq = rs e jρ idq +
d jρ ~
dt
{
e ψ dq } (3.201)
dρ
desenvolvendo, e tendo em atenção que por definição ω R = ρ = :
dt
~ dψ~dq
e jρ u~dq = rs e jρ idq + jρe jρψ~dq + e jρ (3.202)
dt
jρ
Eliminando o elemento e que é comum aos dois termos de equação,
obtém-se:
~ dψ~dq
u~dqs = rs idq + + jρψ~dq (3.203)
dt
Para o rotor obter-se-á:
~
~ dψ dq
~
u dqr = rs is +
dt
(
+ j ω R − p pω m ψ~r ) (3.204)
dψ~s dψ~r
M
dt dt
Fig. 3.25. Esquema equivalente representando a relação entre os fluxos e as correntes na máquina de
indução.
x s = x s e j (ω s t +ϕ s ) = x s e jω s t
~ (3.205)
x r = xr e j (ω s t +ϕ r ) = x r e jω s t
~ (3.206)
As equações ficarão:
u s e jω s t = rs is e jω s t + jω sψ s e jω s t (3.207)
u r e jω s t = rr ir e jω s t + jω sψ r e jω s t − pω mψ r e jω s t (3.208)
u s = rs is + jω sψ s (3.209)
u r = rr ir + jω sψ r − p pω mψ r (3.210)
u s = rs i s + jω sψ s (3.211)
u r rr
= ir + jω sψ r
s s (3.212)
us ur / s
j ωM
Transformação abc → α, β, 0.
A matriz dos coeficientes de indução será:
CT 0 ee
L Mef
C 0 CTLeeC CTMef
=
0 1 Mef T
Lf 0 1
MefT C Lf
Onde C é a matriz de transformação de Concordia.
1 1 1
3 3 L11 M12 M13
1 -2 -2
1 0
2
01 21 -12 MM1312 ML2322 LM3323
T 2 2 1 3 1
C LeeC = -2 2
3 3 2
2 2 2 1 3 1
-2 - 2
2
1 1 1 3 1
1 -2 -2
L11-2(M12+M13)
M12-12(L22+M23)
2 (M12-M13) (L +M +M )
2 11 12 13
T 2 3 3 3 1
C LeeC = 3 0 -2 2 (L22-M23) (M +L +M )
1 2 12 22 23
2
1
2
1
2
1
2 M13-2(M23+L33)
3
2 (M23-L33)
1
(M +M +L )
2 13 23 33
Donde:
2
Lαα = 3 L11 -1M12 -1M13 -1M12 +1L22 +1M23 -1M13 +1M23 +1L33
2 2 2 4 4 2 4 4
2
Lαβ = 3 3M12 - 3M13 - 3L22 + 3M23 - 3M23 + 3L33
2 2 4 4 4 4
2
Lβα = 3 3 M12- 3 L22 - 3 M23 - 3 M13 + 3 M23 + 3 L33
2 4 4 2 4 4
2 3
Lββ = 3 4 [ L22 - M23 - M23 + L33]
Simplificando, obtém-se:
2
Lαα = 3 L11 +1L22 +1L33 -M13 -M12 +1M23
4 4 2
Lαβ =
1 1L33 -1L22 +M12 -M13
3 2 2
1
Lββ = 2 [ L22 + L33 - 2 M23]
2
Lαα = 3 La + Lb cos2θ + 1 La + 1 Lb cos2θ3 + 1 La +
4 4 4
1 1 1
4 Lb cos2θ2 - Ma -Mbcos2θ3-Ma-Mbcos2θ2+2 Ma+2 Mbcos2θ
2 3
= 3 2La-2Ma+Lbcos2θ+4(cos2θ3+cos2θ2)-Mbcos2θ3+cos2θ2-2 cos2θ
3 1 1
2 3 2 3
Lαα = La-Ma + 3 Lb 4 cos2θ + 3 Mb 2 cos2θ
Lαβ =
1 1La+1Lbcos2θ2-1La-1Lbcos2θ3+Ma+Mbcos2θ2-Ma-Mbcos2θ3
3 2 2 2 2
1
Lββ = 2 [ La+Lbcos2θ3+La+Lbcos2θ2-2Ma-2Mbcos2θ]
Lb
= La - Ma + 2 ( cos2θ3 + cos2θ2) -Mbcos2θ
1
= 3 [ L11+L22+L33+2M12+2M13+2M23]
2 1
Lαο = 3 L11+M12+M13-1M12-1L22-1M23-1M13-1M23-1L33
2 2 2 2 2 2 2
= 3
2 L11-1L22-1L33+1M12+1M13-M23
2 2 2 2
2 3 1
Lβο = 3 2 [ M12 + L22 + M23 - M13 -M23 - L33]
2
1
= [ L22 - L33 + M12 - M13]
6
1
Lοο = 3 (La + Lbcos2θ + La + Lbcos2θ3 + La + Lbcos2θ2
Lοο = La + 2Ma
2 1 1 1 1 1
L αο = 3 (La + Lbcos2θ -2La -2Lbcos2θ3 -2La -2Lbcos2θ2 +2Ma
1 1 1 1
+2Ma +2Mbcos2θ +2Ma +2Mbcos2θ3 - Ma -Mbcos2θ)
= 3
2 Lb cos2θ -1[cos2θ3+cos2θ2]-Mb cos2θ -1[cos2θ3+cos2θ2]
2 2
= 3
2 3Lb cos2θ - Mb 3 cos2θ
2 2
1
L αο =
2 ( Lb - Mb) cos2θθ
1
Lβο = [ La+Lbcos2θ3-La-Lbcos2θ2+Ma+Mbcos2θ2-Ma-Mbcos2θ3]
6
1
Lβο = ( -Lb 3 sen2θ + Mb 3 sen2θ)
6
1
Lβο = -
2 ( Lb - Mb) sen2θθ
T
Cálculo de C Mef
1 1
1 -2 -2
cosθ
cosθ3 = 3
1
cosθ-2(cosθ3+cosθ2)
3
T 2 3 3 2
C Mef = 0 -2 MF 3 MF
2
3 (cosθ3 −cosθ2 )
1
2
1
2
1
2
cosθ2 0
2 3 cosθ 3 cosθ
= 3 MF 2 senθ = 2 MF senθ
0 0
Exercícios de revisão
I
a) Mostre que qualquer transformação de potência invariante, real, de 2x2,
ortogonal, deve ser da forma:
x -y
C =
onde x2 + y2 = 1
y x
ou a sua transposta.
d
E = dt(LI)
onde
e1 i1
E =
I =
e2 i2
1+2senθcosθ sen2θ-cos2θ
L =
sen2θ-cos2θ 1-2senθcosθ
CE' = E CI' = I
onde
e'1 i'1 cosθ -senθ
E' = I' = C=
e'2 i'2 senθ cosθ
para obter a nova equação
d
E' = L' dt I' + B'I'
II
Uma máquina de pólos lisos é descrita em coordenadas αβ no estator e dq no
rotor, através das equações:
uαs r 0 0 0
0s rs 0 0
iαs
Ls 0 M 0
i
iαs
uβ s = • •
i βs + 0 Ls 0 M
d βs
udr 0 • Mθ rr Lrθ
idr M 0 Lr 0
dt idr
uqr -Mθ rr iqr 0 Lr iqr
•
0 -Lrθ M 0
onde:
1 1 0 0
1 -j j 0 0
A=
2
0 0 1 1
0 0 -j j
a) Calcular, através de operações matriciais, os elementos das novas matrizes das
impedâncias em termos dos elementos das matrizes originais.
III
Considere uma máquina assíncrona em coordenadas α β.
1.a Obtenha um novo modelo fazendo uma transformação das grandezas do rotor para
o referencial do estator.
1.b Qual a frequência, em regime permanente das novas variáveis que representam o
rotor ?
2.b Qual a frequência, em regime permanente, das novas variáveis que representam o
rotor ?
3.b Qual as frequências, em regime permanente, das novas variáveis que representam
o estator e o rotor ?
IV
Máquina assíncrona monofásica
Considere uma máquina eléctrica rotativa de pólos lisos. Esta máquina tem um
VII
Id
Vd
iq
Vq
VIII
Vc
Ir
Vr
a) Determine um modelo matemático para o estudo deste servomotor.
b) Calcule o binário médio em regime permanente em Nm para uma velocidade
de 6000 rpm e uma tensão aplicada de 230V (valor eficaz) da fase de
referência (Vr) e 115V (valor eficaz) na fase de controlo (Vc) estando estas
duas formas de onda em quadratura.
c) Para uma velocidade de 6000 rpm calcule o binário médio de regime
permanente desenvolvido quando o interruptor se encontra aberto e a fase de
referência tem 230V aplicados.
Capítulo 4
a sua aplicação resultam da teoria dos contactos deslizantes. Utiliza-se esta estratégia
pois daqui resulta uma simplificação matemática considerável.
Na teoria dos contactos deslizantes distinguem-se dois tipos de circuitos: os
circuitos do tipo filiforme, caracterizados por ausência de comutação e que obedecem à
lei geral de indução, e os circuitos de comutação ou de contactos deslizantes. Nestes
circuitos a corrente e a matéria que serve de suporte físico para ela, não se deslocam á
mesma velocidade. Isto é possível pelo facto de haver comutação. Para este tipo de
circuitos o Prof. M. S. Garrido estabeleceu uma equação de equilíbrio de tensões. Para
se obter um modelo matemático de um determinado sistema electromecânico é
necessário escrever a equação dos contactos deslizantes e uma equação que determine a
posição das correntes, ou das escovas fictícias que as determinam. Estas duas equações
são equivalentes às equações 4.1.
d
if
N
f uf
a c
q b
ib ic
ia
ub uc
ua
S
if - corrente de excitação
ic - corrente de comutação
ib - corrente de compensação
ia - corrente no induzido
θ
α
q
Donde:
dψ d
ud = + ω mψ q
dt
(4.3)
dψ q
u q = ra ia + − ω mψ d
dt
ψb 0 0 Mbc Lb Mba
ib
ψa 0 0 Mca Mba L a ia
dia
ut = rt ia + Lt + ω m Mi f (4.8)
dt
Com:
Lt = (La+Lb+Lc)+2(Mbc+Mca+Mba) (4.9)
As equações 4.7 a 4.9 bem como a equação do binário 4.10 constituem o modelo
da máquina DC normalmente utilizado no estudo dos regimes transitórios.
ωm id
ud RL
iq
Uq
Resolução.
Assim, tem-se
Ld = Lq = cte = La
Mdq = La cos(ρd-ρq)=0
dψ d
u d = raid + + ω mψ q
dt
dψ q
u q = raiq + − ω mψ d
dt
ψd L a 0 i d
=
ψq 0 L a i q
Que introduzindo nas equações fundamentais, tem-se:
did
ud = ra id + La dt + ωm La iq e ud = - RL id
diq
uq = ra iq + La dt - ωm La id
dωm
Mem = 0 J dt = 0 – Mc
did
0 = (ra +RL)id + La dt + ωm La iq
diq
uq = ra iq + La dt - ωm La id
ωm = cte
0 = (ra + RL) Id + ωm La Iq
U q = r a I q - ωm L a I d
ωm L a
Id = - Uq
ra (ra + RL) + ωm2 La2
ra + RL
Iq = Uq
ra (ra + RL) + ωm2 La2
ωm L a Uq
Id = - Uq = -
ωm 2 L a 2 ωm L a
RL RL Id
Iq = Uq = -
ωm L a 2
2 ωm L a
g. Curto-circuito
Circuito aberto
ra + RL
Pq = Uq Iq = U 2
q
ra(ra+RL) + ωm2 La2
R L ωm 2 L a 2
Pd = RL Id2 = U 2
q
( a a L
r (r +R ) + ω m
2 L 2
a )
2
(ra+RL)[ra(ra+RL)+ωm2 La2]
Pq = U 2
q
( ra(ra+RL) + ωm2 La2) 2
2
(ra+RL) ra + ωm2 La2(ra+RL)
= U 2 = r I 2 - ω L I I
q a q m a q d
( ra(ra+RL) + ωm2 La2) 2
P d = - ωm L a I d I q - r a I d 2
Assim tem-se:
if
Rf
uf Lf
ωm
id
iq
Ud RL
Fig. 4.5
Resolução:
Assim, tem-se
ψd
La 0 M
d
i
ψq = 0 La 0
iq
Lf i
ψf M 0
f
& &
M em = −ψ r × ir = −ψ diq + ψ qid = −(Laid + Mif )iq + Laiqid = − Mifiq
diq
uq = ra iq + La dt - ωm(La id +M if)
did dif
uf = rf if + M dt + Lf dt
ωm 2 M L a
Id = - If
ra (ra + RL) + ωm2 La2
(ra + RL) ωm M
Iq = If
ra (ra + RL) + ωm2 La2
RL Id
0 = R L I d + ωm L a I q Iq = -
ωm L a
M
0 = La Id + M If Id = - L If
a
Note-se que a corrente Id não depende da carga. Por sua vez, a
corrente Iq é tanto maior quanto maior for a resistência de carga.
e) Pf = rf If2
Considerando nula a resistência do induzido,
2 M
Pd = RL Id = RL(L If)2
a
Pq = 0
A potência mecânica será Pm = Mem ωm = - M iq if ωm
ou
M RL Id If
Pm = - La = RL Id2
Assim, aparte as perdas, a potência mecânica é transformada em
potência eléctrica e entregue à carga.
ia
ua Carga
O indutor é constituído por uma bobina que roda à velocidade ωm. Constitui um
circuito do tipo filiforme. A modelização do conjunto “enrolamentos do estator,
rectificador” pode ser feita através da teoria da transformação de Park. Neste caso, em
regime permanente, a velocidade do referencial deverá ser igual à velocidade do campo
girante. Pode escrever-se imediatamente:
dψ d
u d = ra id + −ω ψ q
dt
dψ q
u q = ra iq + +ω ψd (4.11)
dt
dψ f
u f = rf i f +
dt
Onde ω é a velocidade de rotação da corrente equivalente que cria a mesma onda
de F.m.m. Para simplificar a notação vamos admitir que a máquina tem apenas um par
de pólos.
A relação entre os fluxos e as correntes será:
ψd L a 0 M i
d
ψq = 0 La 0 iq (4.12)
M
ψf 0 L f if
q y d´
q´
ρ λ
θ
if
x
uf
Rotor
Estator
Na figura 4.7 representa-se este sistema com um número de fases elevado para o
caso da rectificação simples. Sabe-se que toda a rectificação em ponte tem como
equivalente uma rectificação simples.
A posição do enrolamento do indutor é representada pela coordenada θ e
dθ/dt=ωm.
uf - rf if
Lf M cosλ -M senλ
ua-raia-ωm M if senλ dia
dt
= M cosλ La 0 (4.17)
m L a i a m M if
- ω - ω cosλ -M senλ 0 La dλ
ia dt
Por sua vez, o binário escreve-se:
Mem = - M if ia sen λ (4.18)
ia < 0
(4.19)
ua > 0
As equações 4.17 e 4.18, conjuntamente com as desigualdades 4.19 são as
equações eléctricas procuradas.
ua = ωm M if sen λ + ra ia (4.20)
0 = M if cos λ + La ia
(em valores negativos) cos λ tende para 1 o que implica que λ →0. Isto significa que
um aumento de corrente de carga tende a alinhar a corrente do induzido com o
enrolamento do indutor. O fluxo criado pelo circuito do induzido tende a opor-se ao
fluxo criado pela bobina do indutor.
Se se desprezar a resistência do induzido, tem-se
2 La ia 2
sen λ = 1 - M i (4.22)
f
La ia2
ua2 = (ωm M if)2 1 - M i (4.23)
f
uao = ω m M if (4.25)
uao
icc = (4.26)
ω m La
ua [V]
200
. .
.
100 .
.
.
2.5 ia [A]
ua [V]
200
.
.
.
100
.
.
5
.
ia [A]
Resolução
+ -
+
Turbina
35 fases
- Excitação Máquina Síncrona Rotor
Sistema de Excitação
Estator da Máquina Síncrona
y,q
f x,d
Equações eléctricas
dψ d
ud = ra id + +ω ψq
dt
dψ q
uq = ra iq + .−ω ψd
dt
dψ f
uf = rf i f +
dt
Admitindo uma distribuição sinusoidal de força magnetomotriz,
tem-se na forma matricial a seguinte relação entre fluxos e correntes:
ψ f Lf M cos ρ
ψ = M cos ρ i
a La . f
0 a
i
ψ b − M sin ρ
di f di a dρ
uf = rf if + Lf + M cos ρ - M sen ρ i a
dt dt dt
di f dρ di a
u a = r a i a + M cos ρ - M i f sen ρ + La +
dt dt dt
+ ρ M i f senρ - θ M i f sen ρ
di f di a
u a = r a i a + M cos ρ + La - ω M i f sen ρ
dt dt
Com as desigualdades
ia < 0 ua > 0
uf-rfif
Lf
M cosρ -M senρ dt
ua-raia-ωMifsenρ =
M cosρ La 0 didta
ωLaia+ωMifcosρ
-M senρ
dρ
ia dt
0 La
Regime permanente
b)Pela expressão
La ωM
cos ρ = -ia , i cc = if
M if ω La
verifica-se que é possível controlar a corrente de excitação da
máquina síncrona ia variando a corrente no estator if.
Se se pretender, por exemplo, aumentar ia em valor absoluto,
aumentamos também if. Neste sistema não se pode como habitualmente
controlar a corrente de excitação ia variando a velocidade rotórica ω
porque a máquina é uma Máquina Síncrona.
Este sistema conhecido por sistema “Brushless” tem a vantagem de
não ter escovas e consequente desgaste destas como acontece por
exemplo no sistema de controlo de velocidade WARD-LEONARD.
Exercícios de Revisão:
I
Considere uma máquina pólos lisos constituída por:
- Um enrolamento monofásico sinusoidalmente distribuído e colocado no estator .
- Um enrolamento do induzido com colector colocado no rotor semelhante ao de
uma máquina de corrente contínua. Sob o colector assentam dois pares de escovas. Estes
dois pares de escovas encontram-se respectivamente alinhados e em quadratura com o
enrolamento do estator. Estes dois enrolamentos encontram-se em curto-circuito.
Sabe-se que o coeficiente de auto-indução do estator é 0.1H. O coeficiente de
auto-indução do enrolamento em quadratura é 0.05H. O factor de ligação magnética
entre os dois enrolamentos que se encontram alinhados é de 0.95.
a) Determine a matriz dos coeficientes de indução desta máquina.
b) Determine o modelo matemático desta máquina escrevendo as suas equações
eléctricas e a equação do binário.
c) Escreva as equações da alínea b) em função das variáveis de estado (correntes
nos enrolamentos).
d) A máquina encontra-se alimentada com uma fonte de tensão alternada
sinusoidal de valor eficaz igual a 230 V e frequência 50 Hz.
d.1) Obtenha um modelo matemático apropriado para o estudo da máquina em
regime permanente.
d.2) Diga como obteria as características eléctricas e mecânicas desta máquina.
II
D - Regulação da máquina.
1. Como pode inverter o sentido de marcha desta máquina?
2. Diga como pode variar a velocidade desta máquina.
3. Será que é possível regular a velocidade actuando na posição das escovas? Em
caso afirmativo diga quais as vantagens e inconvenientes de tal regulação.
Esta máquina foi dimensionada para funcionar como motor. Será possível o
funcionamento também como gerador? Em caso afirmativo diga quais as ligações que
executaria. Qual a influência da saturação?
Frequentemente são utilizados motores que, além dos dois circuitos atrás
referidos, têm também um enrolamento de compensação. Este enrolamento encontra-se
no estator alinhado com o enrolamento do induzido. São possíveis duas soluções:
1 - Compensação série, em que o enrolamento de compensação é percorrido pela
corrente do motor.
2 - Compensação em curto-circuito, em que o enrolamento de compensação se
encontra em curto-circuito.
I I
f f
U U
c c
a a
III
I
U f
Bibliografia:
Capítulo 5
5.1 Introdução
Será dada mais importância ao funcionamento desta máquina como motor, pois é
como motor que ela tem mantido o seu interesse industrial, dado que, como gerador ela
tem vindo a ser substituída por outros sistemas.
uf
ia
if
ua
Mem
ωm
Mc
uf rf 0 0
if Lf 0 0
pif
ua Moif ia + 0 0 pia
d
= 0 ra La p=dt (5.3)
Mc 0 Moif 0 ω m 0 0 -J pωm
Que poderá ser escrita na forma condensada
[U] = [R] [X] + [L] [pX] (5.4)
Existe energia magnética armazenada nos circuitos de campo e induzido e energia
cinética armazenada nas massas rotativas. Consequentemente, as correntes de campo e
induzido e a velocidade são variáveis de estado.
ia Fonte
if uf
de
ua Energia
Eléctrica
M
ωm em
J Mc
Mc = D ωm + Mu (5.6)
-1
D - Coeficiente de atrito N m rad s
Quando, em situações extremas, na equação 5.6 se fizer D=0 está-se a representar
uma característica de carga com o binário independente da velocidade. Por outro lado,
quando Mu=0, pode representar-se uma carga em que o binário é proporcional à
velocidade.
Assim:
U a ( s ) ra k m I a ( s ) La 0 sI a ( s )
M ( s ) = k +
− D Ω m ( s ) 0 − J sÙ m ( s )
(5.8)
u m
Ua(s), Mu(s), Ia(s) e Ωm(s) são as transformadas de Laplace de ua(t), Mu(t), ia(t)
U a ( s ) ra + La s km I a ( s )
M ( s ) = k − D − Js Ù m ( s )
(5.9)
u m
Utilizando a regra de Kramer:
Ua(s) km
M (s) -D-Js (D+Js)Ua(s)+kmMu(s)
u
Ia(s) = r +L s k = (5.10)
a a m ∆
k -D-Js
m
ra+Las Ua(s)
k Mu(s) kmUa(s)-(ra+Las)Mu(s)
m
Ωm(s) = r +L s k = (5.11)
a a m ∆
k -D-Js
m
onde:
2
∆ = (Ra+Las)(D+Js)+km (5.12)
concluí-se:
Ù ( s ) Km I ( s ) D + Js
F1 = m = F2 = a = (5.13a)
U a ( s ) Ä( s ) U a ( s ) ∆( s )
Ù m( s ) r + La s I (s) K
G1 = =− a G2 = a = m (5.13b)
Mu( s ) Ä( s ) M u ( s ) Ä( s )
Verifica-se que as funções F1 e G2 tem apenas dois pólos enquanto que as funções
F2 e G1 têm 2 pólos e 1 zero. O comportamento das variáveis ia e ωm será diferente
consoante se tenham variações nas duas funções de entrada Ua e Mu .
1 D 1 D 1
s 2 + + s + + = 0 (5.17)
τa J τa J τm
Comparando com a forma normalizada s2 + 2 ξ ωn s + ω2n concluí-se:
1 1 D
ωn = + (5.18)
τ a τ m J
1 D
+
1 τa J
ξ= (5.19)
2 1 1 D
+
τ a τ m J
Exemplo 5.1
J= 0.068 Kg m2 J= 1.82 Kg m2
Solução:
Motor Nº 1 Motor Nº 2
1 Cv = 735 W 100 Cv = 73.5 kW
500 rpm = 52.3 rad/s 1750 rpm = 183 rad/s
735
MN = = 14.1 Nm MN = 402 N.m
52.3
MN
D = = 0.269 D= 2.20
ω mN
ξ = 1.82 ξ = 0,47
z1=-1.98 z1 = -0.61
r
z 2 = − a = −137 z2 = -13.1
La
Neste caso o factor Mu=0, pois o binário útil encontra-se representado no factor D.
Das equações (5.11) e (5.12) obtém-se:
D
s+
I a (s) =
(D + Js )U a U
= a J (5.23)
La Js( s + 2ξωn s + ωn ) La s ( s + 2ξωn s + ωn2 )
2 2 2
UaD
I ao = lim sI ( s ) = (5.24)
a 2
s →0 k m + ra D
kmU a k U 1
Ωm ( s) = = m a (5.25)
2
La Js( s + 2ξωn s + ωn2 ) JLa s ( s + 2ξωn s + ωn2 )
2
k U
ω mo = lim sΩ ( s ) = m a (5.26)
m 2 +r D
s →0 km a
Exemplo Nº 5.2
50
45
40
35
Velocidade [rad/s]
30
25
20
15
10
0
0 0.1 0.2 0.3 0.4 0.5
Tempo [s]
14
12
10
Corrente Ia [A]
0
0 0.1 0.2 0.3 0.4 0.5
Tempo [s]
250
200
Velocidade [rad/s]
150
100
50
0
0 0.2 0.4 0.6 0.8 1
Tempo [s]
4500
4000
3500
3000
2500
Corrente [A]
2000
1500
1000
500
-500
0 0.2 0.4 0.6 0.8 1
Tempo [s]
Os valores dos factores de amortecimento relativo bem como os dos pólos e zeros
são os obtidos no exemplo 5.1
Conclusões
oscilatório tem como consequência que a velocidade tem uma pequena sobre-elevação,
o que se traduz em funcionamento da máquina como gerador (ia < 0, Ua > 0) durante um
pequeno período de tempo.
Tanto para o motor Nº1 como para o motor Nº 2 a corrente atinge valores
bastantes elevados nos primeiros instantes. No primeiro caso atinge 4 vezes o valor de
regime estacionário e no segundo 14 vezes. Assim este transitório é bastante violento e
há toda a vantagem em evitá-lo. Deve notar-se, que para transitórios tão violentos,
algumas das hipóteses simplificativas que fizeram poderão não ser verdadeiras e o
problema exigir um tratamento mais cuidado.
Contudo, uma vez que estes dependem pouco do factor D, os novos valores daquelas
grandezas não serão afectados significativamente.
com
k M M
∆I ao = lim s∆I ( s ) = 2 m u ≅ u (5.28)
a km + ra D km
s →0
r
− a + s
− (ra + sLa )M u M La
ÄΩm ( s) = 2 2
= u (5.29)
La Js( s + 2ξωn s + ωn ) J s ( s + 2ξωn s + ωn2 )
2
com
r M r M
ωmo = lim s∆Ù ( s ) = − 2 a u ≅ − a 2 u (5.30)
m km + ra D km
s →0
Exemplo Nº 5.3
Motor Nº 1 Motor Nº 2
ξ= 1.98 ξ= 0.46
∆Ia = 3.33 A =100% ∆Ia=317 A.=100%
∆ωm=-11.9 rad/s ∆ωm=-7.17 rad/s
60
50
40
Velocidade [rad/s]
30
20
10
0
0 0.1 0.2 0.3 0.4 0.5 0.6
Tempo [s]
4.5
3.5
Corrente Ia [A]
2.5
1.5
0.5
0
0 0.1 0.2 0.3 0.4 0.5 0.6
Tempo [s]
Para este tipo de transitório, enquanto que a corrente variou bastante (passou de
quase zero ao valor nominal), a velocidade quase que se manteve inalterável. Esta
resposta era de esperar pois é típica do motor de excitação independente. Contudo, o que
há a destacar nas curvas das figuras 5.5 e 5.6 é que o comportamento transitório tem
formas bastante diferentes para os dois motores devido ao facto de se ter pólos e zeros
diferentes.
200
180
160
140
Velocidade [rad/s]
120
100
80
60
40
20
0
0 0.2 0.4 0.6 0.8 1
Tempo [s]
400
350
300
250
Corrente [A]
200
150
100
50
0
0 0.2 0.4 0.6 0.8 1
Tempo [s]
Introdução
Modelo Matemático
ia
uf i Fonte
f
de
u Energia
ua Eléctrica
M
ωm em
J Mc
U = R X + L pX
.
A presença da variável de estado i na matriz R, permite concluir que se está em
presença de um sistema não linear. Sendo assim, não se pode determinar a resposta do
sistema analiticamente como se fez para o motor de excitação independente. Resolve-se
o problema utilizando técnicas numéricas. Comece-se por passar o sistema (5.32) para a
sua forma canónica.
di
L f + La 0 dt u r f + ra M oi i
= − (5.33)
0
− J dω m M u M o i − D ω m
dt
como
−1 1
L 0 0
= L (5.34)
0 − J
1
0 −
J
vem
di 1 1
dt L 0 u 0 r + r M oi i
f a
dω = − L (5.35)
1 M u 1 − D ω m
m 0 − 0 − M oi
dt J J
ou
di r f + ra M oi u
dt − L −
L
i L
dω = M i +
D ω m M u
(5.36)
m o −
dt J J J
Para a integração numérica deste sistema de equações poderá ser utilizado um dos
muitos métodos de integração numérica descrito na literatura da especialidade.
cálculo, e em função das respostas que se forem obtendo, conclui-se se se tem respostas
correctas ou incorrectas.
120
100
80
Velocidade [rad/s]
60
40
20
0
0 0.5 1 1.5 2
Tempo [s]
600
500
400
Corrente [A]
300
200
100
0
0 0.5 1 1.5 2
Tempo [s]
Exemplo Nº 5.4
Como se acabou de ver, o modelo de estado do motor série pode ser posto na
forma de um sistema de duas equações diferenciais não lineares.
ωm = cte p ωm = 0
d⊗ i
⊗ u = R⊗ i + M o io⊗ ω m + M oω mo⊗ i + L (5.44)
dt
d⊗ ω m
⊗ M u = 2 M o io⊗ i − D⊗ ω m − J
dt
Pondo na forma matricial obtém-se:
dÄ i
⊗ u R + M oω mo M o io Ä i L 0 dt
⊗ M = 2M i +
− D Ä ω m 0 − J dÄ ω m
(5.45)
u oo
dt
O sistema de equações (5.45) constitui o modelo de estado linearizado em torno
do ponto de funcionamento (io, ωmo). Neste caso io e ωmo não são variáveis de estado
mas valores constantes. As funções de estado são agora (∆i e ∆ωmo). O sistema de
equações (5.45) representa um sistema linear que se aproxima do modelo inicial (5.36)
junto do ponto de funcionamento (io, ωmo). A matriz [L] do modelo linearizado
coincide com a matriz [L] do modelo inicial. A matriz [R] do modelo linearizado é
função das grandezas io e ωmo, ou seja do ponto de funcionamento. Assim, deve
concluir-se que para um determinado sistema electromecânico o modelo resultante da
linearização em torno do ponto de funcionamento não é único sendo válido apenas para
pequenas perturbações. Permite contudo determinar a estabilidade do ponto (io, ωmo).
Para tal pode utilizar-se as técnicas usadas para sistemas lineares. Pode definir-se
funções de transferência, determinar pólos do sistema etc.
(R + M o ωo ) + Ls M o io
∆=
2 M o io − D − Js
∆ = 0 → as 2 + bs + c = 0
a = LJ
b = LD + J (R + M o ωo )
c = 2 M o2i02 + D(R + M o ωo )
Como os valores de a, b e c são sempre positivos, pode-se concluir que o motor
série é sempre estável.
Exercícios
11. Utilizando as técnicas estudadas neste capítulo, demonstre que o gerador série
é instável quando debita sobre uma resistência de carga e quando se encontra
directamente ligado a uma rede de corrente contínua de tensão constante.
ANEXO
ξ<1
- ξω n t
e 2
X (t) = 1 - sen ω n 1 -ξ t + arcos ξ
2
1 -ξ (A3)
ξ>1
2
s1 = - ξ ω n + ω n ξ -1
2 s2 s1 t s1 s2 t
s2 = - ξ ω n - ω n ξ -1 X (t) = 1 + e - e
s1 - s2 s1 - s2 (A4)
2
s1 - s2 = 2 ω n ξ -1
1,50
ξ=.3
X(t)
1,25 ξ=.707
1,00
ξ=1
0,75
ξ=2
ξ=5
0,50
0,25
0,00
0 5 10 15 20
ωn t
Fig. A1 Resposta no tempo da variável de estado X(t) de um sistema normalizado para vários factores de
amortecimentos relativo (ξ)
ξ<1
a= - ξ ωn
2
ω1 = ω n 1 -ξ
ω1 ω1 at
α = artg - artg X (t) = 1 + A e sen ω1 t+ α
a+z a (A7)
2 2 2 2
a + ω1 a+z + ω1
A =
zω1
ξ>1
2
s1 = - ξ ωn + ω n ξ -1
2 s1 t s2 t
s2 = - ξ ω n - ω n ξ -1 X (t) = 1 + B e -C e (A8)
s s1 + z
B= 2
z s1 - s2
s s2 + z
C= 1
z s1 - s2
5
X(t)
ξ=2
4
ζ=.05
3
ζ=.1
2
ζ=.2
1
ζ=1
ζ=100
0
0 5 10 15 20
ωn t
14
X(t)
ξ=.5
12
10 ζ=.05
6
ζ=.1
4
2 ζ=.2
0 ζ=1
-2
0 5 10 15 20
ω n t
Capítulo 6
Modelo matemático
i1 i2
u1 u2
ψ 1 L1 M i1
ψ = M L2 i2
(6.1)
2
di di
u1 = r1i1 + L1 1 + M 2 (6.2.a)
dt dt
di1 di
u2 = r2i2 + M + L2 2 (6.2.b)
dt dt
Onde:
em que:
M2
σ = 1− (6.7)
L1 L2
donde:
r1r2
s1 = − (6.9)
L1r2 + L2 r1
1 L1 L2
τm = − = + = τ10 + τ 20 (6.10)
s1 r1 r2
s1 = 0 (6.12)
L r + L2 r1 1r r
s2 = − 1 2 = − 2 + 1 (6.13)
σL1L2 σ L2 L1
1
τd = σ (6.14)
1 1
+
τ 10 τ 20
Interpretação.
r1 l1 l2 r2
M
τd
τm
Exemplo 6.1
τ1o=τ20=19.7506 s τm=39.5 s
τd=4.1 ms
Os valores aproximados para os pólos são:
S1=-245.7644 S2=-0.0253
Como se pode ver as expressões que determinam os valores dos pólos
dão uma precisão aceitável. Note-se também que a relação entre as duas
constantes de tempo é superior a 1000.
b)Com carga resistiva, os cálculos são semelhantes. Obtém-se:
S1=-19907 S2=-0.000005
Utilizando as expressões desenvolvidas, tem-se:
τ1o= 19.7506 s τ20= 0.1227 sτm=19.8732 s
τd= 0,05 ms
Os valores aproximados para os pólos são:
S1=-19907 S2=-0.05
Funções de transferência
onde:
Y11( s ) =
(1 + τ 20 s ) (6.18)
r1(1 + sτ m )(1 + sτ d )
− Ms
Y12 ( s ) = (6.19)
r1r2 (1 + sτ m )(1 + sτ d )
Y22 ( s ) =
(1 + τ10 s ) (6.21)
r2 (1 + sτ m )(1 + sτ d )
Imag.
Y11
1
τ20 Re.
1 1
τd τm
Imag.
Y12 Y21
Re.
1 1
τd τm
Imag.
Y22
1
τ10 Re.
1 1
τd τm
Transformador em vazio
U1( s ) 1 U1( s )
I1( s ) = = (6.24)
r1 + L1s r1 1 + sτ10
Só existe uma constante de tempo dada por τ10 . Note-se que esta constante de
1 sM
U 2 ( s ) = sψ 2 ( s ) = sMI1 ( s ) = U1( s ) (6.25)
r1 1 + sτ10
Gain dB -20
-40 -3 -2 -1 0 1
10 10 10 10 10
Frequency (rad/sec)
90
Phase deg
60
30
0 -3 -2 -1 0 1
10 10 10 10 10
Frequency (rad/sec)
Figura 6.4.Diagrama de Bode do transformador em vazio.
Exemplo 6.2
Resolução
fenómeno não está representado no modelo que temos vindo a analisar que não
considera a saturação do ferro.
No transformador em vazio, e desprezando a resistência do primário, tem-se
u1 = dψ 1 / dt . Se num instante t=0 se se aplicar uma tensão sinusoidal, a solução da
equação anterior terá duas componentes: a resposta forçada ψf e a resposta livre ψl.
Considerando que o núcleo se encontra desmagnetizado e que no instante inicial se
aplica a tensão no momento em que passa por zero (esta é a pior situação) tem-se
ψl(t=0)= -ψf(t=0). O fluxo atinge aproximadamente o dobro do seu valor em regime
permanente meio período depois. Como há saturação, a este valor corresponde uma
corrente muito elevada.
150
0.6
100
0.4
50
0.2
Tensão [A]
Fluxo [Wb]
0 0
-0.2
-50
-0.4
-100
-0.6
-150 -0.8
0 0.02 0.04 0.06 0.08 0.1 0 0.02 0.04 0.06 0.08 0.1
Tempo [s] Tempo [s]
0.5 50
40
Corrente em vazio [A]
Fluxo [Wb]
30
0
20
10
-0.5 0
-0.2 -0.1 0 0.1 0.2 0 0.02 0.04 0.06 0.08 0.1
Corrente [A] Tempo [s]
150 0.5
100
50
Tensão [A]
Fluxo [Wb]
0 0
-50
-100
-150 -0.5
9.9 9.92 9.94 9.96 9.98 10 9.9 9.92 9.94 9.96 9.98 10
Tempo [s] Tempo [s]
0.5 0.5
Corrente em vazio [A]
Fluxo [Wb]
0 0
-0.5 -0.5
-0.2 -0.1 0 0.1 0.2 9.9 9.92 9.94 9.96 9.98 10
Corrente [A] Tempo [s]
200
100
U1 [V])
0
-100
-200
0 0.02 0.04 0.06 0.08 0.1
200
100
U2 [V])
-100
-200
0 0.02 0.04 0.06 0.08 0.1
Tempo [s]
Figura 6.7. Transitório de arranque do transformador em vazio.
Transformador em curto-circuito
r1 i1 l1 l2 i 2 r2
u1 P
M
sM (r2 + sl2 )
Z eq ( s ) = sl1 + (6.26)
r2 + sL2
pois L2 = M + l2 (6.27)
l1
Considerando a simplificação 6.29 e desprezando o termo face a 1,
M
M ≈ L2 (6.29)
l l
s 1 +1+ s 2
r r2
Z eq ( s ) = sL2 2
L
1+ s 2
r2
l1 l2
1 + s +
r2 r2
Z eq ( s ) = sL2
1 + sτ 2 o
1 + sτ cc
Z eq ( s) = sL2 (6.30)
1 + sτ 20
onde:
l +l L
τ cc = 1 2 τ 20 = 2 (6.31)
r2 r2
A equação (6.30) traduz a variação de impedância equivalente vista do ponto P em
função de frequência. A função Zeq(s) é a função de transferência que permite calcular a
corrente em função da tensão. A função Z eq representa a reactância operacional do
50
Gain dB
-50 -4 -2 0 2 4
10 10 10 10 10
Frequency (rad/sec)
0
-30
Phase deg
-60
-90
-4 -2 0 2 4
10 10 10 10 10
Frequency (rad/sec)
2
Imag Axis
-2
-4
-6
-8
0 5 10 15
Real Axis
Exemplo 6.3
τcc=0,0081 s τ20=19.75 s
i1
i2
A
(a) Esquema.
r1 i1 l1 l2 i2
r2
u1 M
sM
I 2 (s) = I1( s ) (6.33)
r2 + s (M + l2 )
o que é equivalente a:
I 2 ( s ) sM / L2 M s M s
= = = (6.34)
I1 ( s ) r2 +s L2 s + 2r L2 s + 1
L2 L2 τ 20
Gain dB -20
-40 -3 -2 -1 0 1
10 10 10 10 10
Frequency (rad/sec)
90
Phase deg
60
30
0 -3 -2 -1 0 1
10 10 10 10 10
Frequency (rad/sec)
Figura 6.12. Característica do transformador de corrente.
Equações
i1 u2
u1
i3
u3
dψ 1
u1 = r1i1 + (6.35)
dt
dψ 2
u2 = r2i2 + (6.36)
dt
dψ 3
u3 = r3i3 + (6.37)
dt
A relação entre os fluxos e as correntes será dada pela matriz das impedâncias.
r1 L11-L12-L13+L23 L22-L12 i2 r2
i1
L12-L23
L33-L31 r3 i3 u2
u1
L23
L13-L23 u3
Se se aplicar a transformação :
1 0 0
C = 0 k 2 0 (6.40)
0 0 k 3
Em vez da matriz original 6.39, tem-se agora a matriz modificada 6.41. Estas
matrizes representam a mesma realidade e são fomalmente semelhantes. Apenas os
parâmetros são diferentes. Como k2 e k3 são arbitrários, os novos parâmetros terão agora
valores que podemos escolher com dois graus de liberdade. O novo circuito equivalente
será semelhante ao da figura 6.14. Naturalmente que os novos parâmetros são os que
figuram na matriz da equação 6.41. É possível simplificar o circuito escolhendo valores
de k2 e k3 convenientes. Fazendo:
n n
k2 = 1 e k3 = 1 (6.42)
n2 n3
L L
k 2 = 13 e k 3 = 12 (6.43)
L23 L23
que correspondem a valores próximos dos adoptados nas equações 6.42. A matriz das
impedâncias será:
r1 + L11s Lm s Lm s
L13
2
Z ' = Lm s (r2 + L22 s ) Lm s (6.44)
L23
2
Lm s Lm s
L12
( )
r3 + L s
33
L23
onde
L L
Lm = 13 12 (6.45)
L23
l3 r3 i3
r1 l1 l2 i2 r2
u3
i1
u1 Lm u2
Onde
l1 = L11 − Lm (6.46)
2
L
l2 = 13 L22 − Lm (6.47)
L23
2
L
l3 = 12 L33 − Lm (6.48)
L23
Fazendo uma partição como se indica na equação 6.49, o modelo pode escrever-se
na forma condensada 6.50.
resolvendo, tem-se:
−1
U1 = Z11 X 1 + Z12 X 2 U1 = Z11 X1 − Z12 Z 22 Z 21 X1
(6.51)
−1Z X
0 = Z 21 X1 + Z 22 X 2 X 2 = − Z 22 21 1
Obtém-se:
U1 = ZX 1 (6.52)
com:
−1
Z = Z11 − Z12 Z 22 Z 21 (6.53)
r + L s L12 s L13 s 1
Z = 1 11 − [L s L32 s] (6.54)
L21s r2 + L22 s L23 s r3 + L33 s 31
ou seja:
L L s L L s
r1 + L11 − 31 13 s L12 − 13 32 s
r3 + L33s r3 + L33s
Z = (6.56)
L − L23 L31s s
r2 + L22 −
L23 L32 s
s
21 r + L s r3 + L33s
3 33
2
'
L13 s
L11 ( s ) = L11 − (6.57)
r3 + L33s
L223s
L'22 ( s ) = L22 − (6.58)
r3 + L33s
L23 L31s
M ' ( s ) = L21 − (6.59)
r3 + L33s
obtém-se:
A equação 6.60 tem a mesma forma que a equação 6.49. Em vez das indutâncias
constantes têm-se agora indutâncias operacionais transitórias dependentes de s. Pode
voltar a aplicar-se a mesma técnica. Assim, tomando a segunda equação,
( )
M '( s ) sI1( s ) + r2 + L'22 ( s ) s I 2 ( s ) = 0 (6.61)
donde
M (' s ) s
I 2 ( s) = − I1( s ) (6.62)
r2 + L'22 ( s ) s
M ('2s ) s 2
U1( s ) = r1 + L11
'
(s) s − I (s) (6.63)
r + L '
( s ) s 1
2 22
M ('2s ) s
L"11( s ) = L11
'
( s) − (6.64)
r2 + L'22 ( s ) s
U1( s )
I1( s ) = (6.65)
r1 + L"11( s ) s
' L2 L2
L11 ( s) = L11 − 13 = L111 − 13 = σ13L11 (6.66)
L33 L33 L11
L2 L2
L'22 ( s ) = L22 − 23 = L22 1 − 23 = σ 23 L22 (6.67)
L33 L33L11
L L31 L L
31
M (' s ) = L21 − 23 = L21 1 − 23 = σ 123 L21 (6.68)
L33 L31L33
σ 2 L2
L"11( s ) = σ13 L11 − 123 21 (6.69)
σ 23 L22
Constituição
Modelo matemático
L pp M pp M pp L ps M ps M ps
M L pp M pp M ps L ps M ps
pp
M pp M pp L pp M ps M ps L ps
L= (6.70)
L ps M ps M ps Lss M ss M ss
M ps L ps M ps M ss Lss M ss
M ps M ps L ps M ss M ss Lss
L pp 0 0 L ps 0 0
0 L pp 0 0 L ps 0
0 0 L pp 0 0 L ps
L= (6.71)
L ps 0 0 Lss 0 0
0 L ps 0 0 Lss 0
0 0 L ps 0 0 Lss
L pp − M pp 0 0 L ps − M ps 0 0
0 L pp − M pp 0 0 L ps − M ps 0
0 0 L pp + 2 M pp 0 0 L ps + 2 M ps
(6.71)
L ps − M ps 0 0 Lss − M ss 0 0
0 L ps − M ps 0 0 Lss − M ss 0
0 0 L ps + 2 M ps 0 0 Lss + 2 M ss
Definindo:
L p = L pp − M pp Lop = L pp + 2 M pp (6.72)
M = L ps − M ps M o = L ps + 2 M ps , (6.74)
rp Lp-M Ls-M rs
i αp iαs
uap M uas
rp Lp-M Ls-M rs
i βp i βs
uβp M ubs
rp Lop-Mo Los-Mo rs
i οp i οs
uop Mo uos
Exercícios
I
Considere um transformador trifásico com as seguintes características:
SN=100kVA Xcc=8% Rcc=3% Io=4%
1.1 Calcule o factor de dispersão deste transformador.
1.2 Fazendo as aproximações que achar necessárias e convenientes determine as
várias constantes de tempo bem como os pólos e zeros das várias funções de
transferência definidas neste capítulo.
1.3 Em função dos valores obtidos na alínea anterior, trace os diagramas de Bode
que relacionam, em vazio, as tensões do secundário com as tensões do
primário.
1.4 Trace o diagrama de Bode que relaciona, em curto-circuito, a corrente no
secundário com a corrente no primário.
U1
1/s
Capítulo 7
7.1 Introdução
Neste capítulo vai fazer-se a análise de alguns transitórios que podem ocorrer nas
máquinas síncronas.
Para a resolução da maior parte dos problemas relacionados com o regime
transitório das máquinas síncronas, as equações usadas são as de uma máquina síncrona
com dois enrolamentos amortecedores, um segundo o eixo d e o outro segundo o eixo q.
Embora seja apenas uma aproximação, os resultados obtidos são suficientemente
aproximados para a maioria das aplicações. Por exemplo, os conceitos de reactância
transitória e subtransitória, que serão vistos neste capítulo, dependem desta
simplificação.
Tem-se verificado que o modelo descrito neste capítulo é suficientemente
aproximado para o estudo das máquinas síncronas de pólos salientes utilizadas em
centrais hidroeléctricas etc. A interpretação dos resultados obtidos nas máquinas de
rotor maciço requer algum cuidado pois normalmente são necessários mais do que dois
enrolamentos amortecedores para se obter uma aproximação razoável.
O objectivo principal deste capítulo consiste em leccionar conhecimentos que
permitam a determinação dos transitórios usando simulação em computador por
integração do modelo matemático obtido no capítulo 3. Para isso vai recorrer-se a um
programa de simulação que se encontra descrito em anexo e que permite facilmente
dψ d
ud = rs id + − p pωmψ q (7.1a)
dt
dψ q
uq = rs iq + + p pωmψ d (7.1b)
dt
dψ o
u o = ro io + (7.1c)
dt
dψ f
u f = rf i f + (7.1d)
dt
dψ D
u D = rD i D + (7.1e)
dt
dψ Q
uQ = rQ iQ + (7.1f)
dt
u D = uQ = 0 (7.1g)
O binário, vem:
* *
(
M em = p p (ψ s × is ) = p p ψ d iq −ψ qid ) (7.2)
ψ d Ld M fd M dD id
ψ = M Lf
M fD i f (7.3)
f fd
ψ D M dD M fD LD i D
ψ q Lq M qQ iq
ψ = M LQ iQ
(7.4)
Q qQ
ψ o = Lo io (7.5)
Os valores das indutâncias podem ser reduzidos com um factor arbitrário como se
fez no caso do transformador. A forma mais simples é:
onde:
Ld = Lmd + l a
L f = Lmd + l f
L D = Lmd + l kd (7.8)
Lq = Lmq + l a
LQ = Lmq + l kq
Às equações 7.1, 7.6, 7.7 e 7.8 correspondem os esquemas equivalentes da figura 7.1 e
7.2.
pp ωm la
rs id rf lf
- + rD if
ud dψd iD uf
Lmd lkD
dt
pp ωm la
rs iq
+ - rQ
uq dψq iQ
Lmq lkQ
dt
u d rs + Ld s M fd s M dD s − ωLq − ωM qQ id
u M s r + L s M fD s 0 0 i
f fd f f f
u D = M dD s M fD s rD + LD s 0 0 i D (7.9)
u q ωLd ωM fd ωM dD rq + Lq s M qQ s iq
uQ 0 0 0 M qQ s rQ + LQ s iQ
Impedâncias operacionais
u d + ωψ q rs + Ld s M fd s M dD s 0 0 id
u M s r +L s M fD s 0 0 i
f fd f f f
0 = M dD s M fD s rD + LD s 0 0 i D (7.10)
0 0 0 rq + Lq s
M qQ s iq
u q − ωψ d
0 0 0 0 M qQ s rQ + LQ s iQ
M qQ s
iQ = − iq (7.11)
rQ + LQ s
M dD s M fD s
iD = − id − if (7.12)
rD + LD s rD + LD s
2 2 M dD M fD s 2
r + L s − M dD s M fd s − 0
s d
rD + LD s rD + LD s
u d
+ ωψ q M dD M fD s 2 M 2fD s 2 id
uf = M fd s − r + L s rf + L f s −
rD + LD s
0 i f
u D D
q − ωψ d iq
M qQ s
2 2
0 0 rs + Lq s −
rQ + LQ s
(7.13)
Definindo:
2 s
M dD
'
Ld ( s ) = Ld −
rD + LD s
M 2fD s (7.14)
'
L f (s) = L f −
rD + LD s
M dD M fD s
M fd ( s ) = M fd −
rD + LD s
2 s
M qQ
Lq ( s ) = Lq −
rQ + LQ s
u d + ωψ q rs + Ld ( s ) s
' M 'fd ( s ) s 0
id
' ' i f (7.15)
uf = M fd ( s) s r f + L f ( s) s 0
u q − ωψ d 0 0 rs + Lq ( s ) s iq
As equações 7.15 contêm a mesma informação que as equações originais que lhes
deram origem (7.10). São uma forma condensada de representar o modelo da máquina
síncrona. Tomando a segunda equação obtém-se:
uf M fd ( s ) s
if = − id (7.16)
r f + L' f ( s ) s r f + L' f ( s ) s
M 2fd ( s ) s 2 M ( s) s
ud + ωψ q rs + L'd ( s) s − 0 id fd
u − ωψ = r f + L' f ( s ) s i + r + L' ( s) s u f (7.17)
q d q f f
0 rs + Lq ( s ) s 0
X q (s)
ψ q (s ) = I q ( s) (7.18)
ωo
X d ( s) G( s)
ψ d ( s) = I d ( s) + u (s) (7.19)
ωo ωo f
Onde
M 2fD s 2
X d ( s ) = ωo L'd ( s ) = ωo Ld ( s ) s − (7.20)
rD + LD s
2
M qQ s
X q ( s ) = ωo Lq ( s ) = ωo Lq − (7.21)
rQ + LQ s
M fd ( s ) s
G ( s ) = ωo (7.22)
r f + L' f ( s ) s
O factor ω 0 é introduzido apenas para que Xq(s) e Xd(s) tenham dimensões de uma
reactância. As funções Xd(s) , Xq(s) são funções de s, obtidas em cada caso como o
cociente de dois determinantes, cada um dos quais, quando trabalhado, pode ser posto
na forma de uma expressão polinomial em s. Após alguns cálculos laboriosos,
obtém-se:
1 + sτ q"
X q ( s) = X q "
(7.23)
1 + sτ qo
G (s) =
(1 + sτ kd ) X md
(7.25)
' "
(1 + sτ do )(1 + sτ do ) rf
Longitudinais
x f + X md
τ 'do = (7.26)
ω0 r f
Transitória em curto-circuito
X md xa
xf +
X md + xa
τ 'd = (7.27)
ω0 r f
Subtransitória em vazio
1 X md x f
τ"do = xkd + (7.28)
ω0 rD X md + x f
Subtransitória em curto-circuito
1 X md xa x f
τ"d = xkd + (7.29)
ω0 rD X md xa + X md x f + xa x f
Transversais
Subtransitória em vazio
τ"qo =
1
ω0 rQ
(
xkq + X mq ) (7.30)
Subtransitória em curto-circuito
1 X mq xa
τ"q = xkq + (7.31)
ω0 rQ X mq + xa
xkd
τ kd = (7.32)
ω0 rD
1
Tb = (7.33)
ω0
Durante o regime permanente, quando todas as variáveis relativas aos dois eixos
forem constantes, tem-se s=0, e de acordo com as expressões 7.12, 7.13 e 7.14, tem-se:
X d (s) = X d (7.34)
X q ( s) = X q (7.35)
X md
G( s) = (7.36)
rf
τ ' τ"
X d (∞ ) = X d" = X d d d (7.37)
' τ"
τ do do
" τ q"
X q (∞ ) = X q = X q (7.38)
'
τ qo
G (∞ ) = 0 (7.39)
τ'
X d ( s ) = X d' = X d d (7.40)
'
τ do
X q ( s ) = X q' = X q (7.41)
1 + sτ kd X md
G (s) = (7.42)
' rf
1 + sτ do
As tabelas 7.1 a 7.2 apresentam os valores típicos das constantes de tempo e das
reactâncias síncrona, transitória e subtransitória das máquinas síncronas. Uma das
vantagens de se trabalhar em valores por unidade é o facto de se obterem valores que,
expressos em pu, variam pouco com a potência das máquinas. Isto é evidente nas
tabelas acima referidas.
Estes valores são normalmente tabelados e existem normas que especificam os
valores a utilizar nos cálculos.
τ’d 0.4 1.1 1.8 0.5 1.8 3.3 1.2 2.0 2.8
τ”d= τ”q 0.02 0.035 0.05 0.01 0.035 0.05 0.02 0.035 0.05
τ’a 0.04 0.16 0.35 0.3 0.15 0.25 0.10 0.17 0.3
Admitâncias operacionais
' "
1 (1 + sτ do )(1 + sτ do )
Yd ( s ) = = Yd (7.43)
X d (s ) (1 + sτ d' )(1 + sτ d" )
1 1 + sτ "
=
qo
Yq ( s ) = Y
" q
(7.44)
X q (s ) 1 + s τ
q
1
Yd ( s ) = 1 + As + Bs (7.45)
Xd 1 + s τ ' 1 + sτ "
d d
Calculando A e B, obtém-se:
τ ' τ "
τ d' 1− do 1− do
τ ' τ '
A=− d d (7.46)
τ"
1 − d
τ'
d
τ ' τ "
τ d" 1 − do 1 − do
τ " τ "
B=− d d
(7.47)
τ'
1 − d
τ"
d
Como τ"d e τ"do tomam valores pequenos comparados com τ 'd e τ 'do obtém-se
aproximadamente:
1 1 1 sτ d'
1
1 sτ d"
Yd ( s ) = + − + − ' (7.48)
X d X d X d
' 1 + sτ
'
d Xd
"
Xd 1 + sτ "
d
id
sψd 1 1
−
1 sτ d' 1
−
1 sτ "
d
X' X" X ' 1 + sτ "
Xd d X d 1 + sτ d
'
d d d
''
1 1 1 τ q s
Yq ( s ) = + − (7.49)
X q X q'' X q (1 + sτ q'' )
rad/s um valor sensivelmente igual a X d' . Acima de 10 rad/s o valor desta amplitude
volta a diminuir, estabilizando acima de 100 rad/s num valor igual a X d'' .
A reactância operacional transversal tem um andamento mais simples. Nos dois
primeiros troços atrás referidos mantêm-se constante e igual a Xq. Começa a reduzir-se
para frequências próximas de 10 rad/s e estabiliza no valor igual a X q'' para frequências
0
10
amplitude
-1
10 -2 -1 0 1 2 3
10 10 10 10 10 10
-1
-10
fase [graus]
0
-10
1
-10
2
-10 -2 -1 0 1 2 3
10 10 10 10 10 10
frequência [rad/s]
Figura 7.4. Reactância operacional segundo d.
0
10
amplitude
-1
10 -2 -1 0 1 2 3
10 10 10 10 10 10
-2
-10
fase [graus]
0
-10
2
-10 -2 -1 0 1 2 3
10 10 10 10 10 10
frequência [rad/s]
Aditância do eixo d
2
1.8
1.6
1.4
1.2
0.8
0.6
0.4
0.2
0
0 1 2 3 4 5
Admitância do eixo q
5
4.5
3.5
2.5
1.5
0.5
0
0 1 2 3 4 5
4
10
2
amplitude
10
0
10
-2
10 -2 -1 0 1 2 3
10 10 10 10 10 10
0
-10
fase [graus]
1
-10
2
-10
3
-10 -2 -1 0 1 2 3
10 10 10 10 10 10
frequência [rad/s]
Exemplo 7.1
Considere uma máquina síncrona de pólos salientes de S=325MVA,
20kV, p=32, 50Hz, com os seguintes parâmetros dados em valores por
unidade.
Solução:
Constantes do tempo
τdo’ = 7.2582
τd’ = 2.3909
τdo” = 0.0722
τd” = 0.0516
τqo” = 0.108
τq” = 0.0451
τkd = 0.0361
Reactâncias
Xd’ = 0.2800
Xd” = 0.2000
Xq” = 0.2000
Condições iniciais
u f = rf i f (7.50a)
u do = −ωψ q u qo = ωψ d (7.50b)
ψ do = Lmd i fo (7.50c)
id = iq = i D = iQ = 0 (7.50d)
Como:
ψ q = Lq iq + M qQ iQ = 0 (7.51)
tem-se:
U do = 0 U qo = U m = 3U (7.52a)
ψ do = U m / ω 0 (7.52b)
i fo = ψ do / Lmd (7.52c)
u fo = r f i fo (7.52d)
ψ fo = ( Lmd + l f )i fo (7.52e)
ψ Do = ( Lmd + l f )i fo (7.52f)
kd
ψ Q0 = ψ qo = 0 (7.52g)
Equações operacionais
X d (s )
0 = rs + s I ( ) − X q (s )I q (s ) (7.54)
ωo d s
U X q (s )
− m = X d (s )I d (s ) + rs + s I ( ) (7.55)
s ωo q s
sX d (s )
0 rs + − X q (s )
d (s )
ωo I
Um = (7.56)
−
s X sX q (s ) I q (s )
rs +
d (s )
ω o
ω 02 1 Um
I d (s ) = − (7.57a)
2 2 1 1 ω 02 rs2 X d (s ) s
s + ω 0 + sω 0 rs + +
X d (s ) X q (s ) X d (s ) X q (s )
X d (s )
ω 02 rs + s
ω 0 1 Um
I q (s ) = − (7.57b)
1 2 2 X d (s ) X q (s ) s
1 ω 0 rs
s 2 + ω 02 + sω 0 rs + +
X d (s ) X q (s ) X d (s ) X q (s )
− ω02 Um
I d (s ) = (7.58a)
2
s(s + 2αs + ω02 ) X d (s)
− ω0 Um
I q (s) = 2
(7.58b)
(s + 2αs + ω02 ) X q ( s)
onde:
ω r 1
1 1
α = 0 s + = (7.59)
2 X " X " τ a
d q
− ω02
I d ( s) =
( s 2 + 2αs + ω02 )
(7.60)
1 1 1 sτ d' 1 1 sτ d" U m
+ ' − + " − "
X d X d X d (1 + τ 'd s ) X d X q (1 + sτ d" ) s
− sω0 τ"s
I q (s ) = 1 + 1 − 1 q Um (7.61)
( s 2 + 2αs + ω02 ) X q X q" X q 1 + sτ q" s
1 1 1 − t / τ d' 1 1 −t / τ "
id = −U m + − e + − e d
X d X d' Xd
X" X'
d
d (7.62)
e −αt
+Um cos(ω o t )
X d"
e −αt
iq = −U m sen(ω o t ) (7.63)
X q"
valor negativo não nulo enquanto que segundo iq este valor é nulo. A influência das
constantes de tempo τ’d e τ”d só se exerce sobre as correntes segundo o eixo d.
4
0 3
2
-2
1
iq [pu]
id [pu]
-4 0
-1
-6
-2
-3
-8
-4
-10 -5
0 5 10 15 0 1 2 3 4 5
tempo [s] tempo [s]
1 1 1 − t / τ d' 1 1 −t / τ "
ia = − 2U + − e + − e d cos(ω ot + θ 0 )
X d X d X d
' X "
d Xd
'
2U 1 1 −αt
+ + e cos(θ o ) (7.64)
2 X " X "
d q
2U 1 1 −αt
+ − e cos(2ω ot + θ o )
2 X " X "
d q
2
[p u ]
0
ia
-1
-2
-3
-4
-5
0 0 .5 1 1 .5 2 2 .5 3
te m p o [s ]
C u r t o - c i r c u i t o d a M á q u i n a S ín c r o n a
4
0
i b [p u ]
-2
-4
-6
-8
0 0 .5 1 1 .5 2 2 .5 3
te m p o [p u ]
C u r t o - c i r c u i t o d a M á q u i n a S ín c r o n a
8
4
i c [p u ]
-2
-4
0 0 .5 1 1 .5 2 2 .5 3
te m p o [p u ]
C u rto - c ir c u i to d a M á q u in a S ín c r o n a
5
2
[p u ]
0
ia
-1
-2
-3
-4
-5
0 0 .5 1 1 .5 2 2 .5 3
te m p o [s ]
2
[p u ]
0
ia
-1
-2
-3
-4
-5
3 3 .5 4 4 .5 5 5 .5 6
te m p o [s ]
C u r t o - c i r c u i t o d a M á q u i n a S ín c r o n a
5
2
i a [p u ]
-1
-2
-3
-4
-5
6 6 .5 7 7 .5 8 8 .5 9
te m p o [s ]
Figura 7.12. Correntes na fase a nos 9 primeiros segundos.
que esta componente existe sempre em pelo menos duas fases pois existem 3 fases e
apenas é possível que ela se anule numa das 3 fases.
Nos primeiros instantes, correspondendo a um ciclo ou dois da rede, existe um
transitório que se anula rapidamente. Depois existe um transitório que se anula num
intervalo de tempo muito mais longo. Aos primeiros instantes dá-se o nome de regime
subtransitório e a seguir a designação de regime transitório. Finalmente atinge-se o
regime permanente (não mostrado na figura).
ψ d =ψ d0 +⊗ ψ d (7.65a)
ψ q = ψ q0 + Ä ψ q (7.65b)
tem-se:
X d (s ) − ω0 Um
Ä ψd = I d (s ) = (7.66)
ω0 s 2 + 2αs + ω 02 s
X q (s ) − sω 0 Um
Ä ψq = I q (s ) = (7.67)
ω0 2 2
s + 2αs + ω 0 s
t
−
Um
Ä ψd = − 1 − e τ a cosω o t (7.68)
ω0
t
−
U
Ä ψ q = − m e τ a senω o t (7.69)
ωo
t
−
U
ψ d = m e τ a cos(ω ot ) (7.70)
ωo
t
−
U τa
ψq = − m e sen(ω ot ) (7.71)
ωo
Estes dois fluxos combinam-se e formam um campo girante que roda no sentido
negativo à velocidade ω o e portanto é estacionário relativamente ao estator. A sua
0.8
0.6
0.4
0.2
Yd [pu]
-0.2
-0.4
-0.6
-0.8
-1
0 1 2 3 4 5
tempo [s]
0.8
0.6
0.4
0.2
Yq [pu]
0
-0.2
-0.4
-0.6
-0.8
-1
0 1 2 3 4 5
tempo [s]
0.8
0.6
0.4
0.2
Yq [pu]
-0.2
-0.4
-0.6
-0.8
-1
-1 -0.5 0 0.5 1
Yd [pu]
Cálculo do Binário
t −
t t
−
1 1 1 τ d' 1
1 −τ "
M em = U 2e τ a + − e + − ' e d
senω0t
' X "
Xd Xd Xd d Xd
(7.72)
2t
U 2 − 1 1
+ eτa − sen 2ωot
2 X" X"
q d
1
Mem [pu]
-1
-2
-3
-4
-5
0 1 2 3 4 5 6
tempo [s]
Mem [pu]
0
-1
-2
-3
-4
-5
0 0.1 0.2 0.3 0.4 0.5
tempo [s]
Corrente de excitação
− Lmd s (1 + sτ kd )
⊗ I f ( s) =
( ' 1 + sτ "
r f 1 + sτ do do)( )I d ( s ) (7.73)
− (1 + sτ kd ) X md U m sω 0
⊗ I f ( s) =
' ( " 2 )( 2 )(
r f 1 + sτ d 1 + sτ d s + 2αs + ω 0 X d r f s ) (7.74)
como se tem normalmente τd’ >> τd”, τkd, pode fazer-se a aproximação,
− (1 + sτ kd ) 1 τ d' τ τ"
− 1 − kd d
( )( )
= (7.75)
r f 1 + sτ d' 1 + sτ d" τ d' 1 + sτ d' τ d" 1 + sτ "
d
− U m X md − t / τ d' τ kd −t / τ " τ
e
d − kd e − t / τ a cos ω t
⊗ if = e − 1− o (7.76)
ω oτ d' r f X d τ" τ d"
d
Como
i fo 2
X md τ ' −τ ' X −X'
− U m X md =i d d
= = i fo do d (7.77)
ω oτ d' r f X d τ d' ω o r f X d τ' fo X '
d d
4.5
3.5
if [pu]
2.5
1.5
1
0 5 10 15
tempo [s]
Curto-circuito da Máquina Síncrona
5.5
4.5
3.5
if [pu]
2.5
1.5
1
0 0.1 0.2 0.3 0.4 0.5
tempo [s]
Figura 7.17. Corrente de excitação da máquina síncrona.
4 3
3 2
1
2
iD [pu]
iQ [pu]
0
1
-1
0
-2
-1 -3
-2 -4
0 0.5 1 1.5 2 2.5 3 0 0.5 1 1.5 2 2.5 3
Tempo [s] Tempo [s]
0.9
0.02
0.8
0
0.7
0.6 -0.02
YQ [pu]
YD [pu]
0.5 -0.04
0.4
-0.06
0.3
-0.08
0.2
0.1 -0.1
0 1 2 3 4 5 0 1 2 3 4 5
tempo [s] tempo [s]
Figura 7.19. Fluxos nos enrolamentos amortecedores.
1.2
1.1
Yf [pu]
0.9
0.8
0.7
0.6
0.5
0 1 2 3 4 5
tempo [s]
Figura 7.20. Fluxo no enrolamento de excitação.
Interpretação de resultados
São os termos da primeira linha da equação 7.64. As amplitudes destes termos são
determinadas por duas constantes de tempo τ d' e τ d'' que fazem dois decrescimentos a
velocidades muito diferentes. A figura 7.21 representa o andamento da amplitude da
componente alternada de frequência fundamental durante o transitório.
Componentes fundamentais
5
4.5
4
3.5
3
2.5
2
1.5
1
0.5
0
0 1 2 3 4 5 6
1 1 1 1 1
ia = − 2U + − + − cos(ω t + θ )
o 0
X d X d' X d X d" X d'
(7.79)
2U
ia = − cos(ωo t + θ 0 )
X d"
O que sugere que a corrente é limitada pela reactância X d'' . Este é o regime
subtransitório. Numa primeira fase, a amplitude desta corrente vai decair com a
tempo τ d' .
1 1 1 −t / τ '
ia = − 2U + − e d cos(ω t + θ ) (7.80)
' o 0
X d X d X d
2U
ia = − cos(ωot + θ 0 ) (7.81)
X d'
2U
ia = − cos(ωot + θ 0 ) (7.82)
Xd
Também agora se sugere a reactância síncrona Xd. Neste regime, as correntes dos
enrolamentos amortecedores já se extinguiram há muito tempo e também já não há
variações da corrente do enrolamento de excitação.
Do ponto de vista da componente alternada, tudo se passa como se existissem três
regimes, caracterizados por três valores da reactância que os determina: O regime
subtransitório, o regime transitório e o regime permanente. O regime subtransitório é
regido pela constante de tempo τ d'' , e existe durante um ou dois ciclos. É também
caracterizado por valores elevados de corrente. O regime transitório é caracterizado por
uma outra constante de tempo muito mais elevada e por uma reactância também mais
elevada.
Estes dois regimes também se verificam na corrente de excitação, com regimes
transitórios equivalentes, e um binário oscilatório com uma frequência fundamental.
As componentes em ωo de dq são:
e −αt
id = U m cos(ω o t ) (7.83a)
X d"
e −αt
iq = −U m " sen (ωot ) (7.83a)
Xq
Estas duas componentes desenham uma elipse no plano dq. Podem ser
decompostas da forma:
U 1
1 −αt
Um 1
1 −αt
id = m + e cos (ω o t ) + − e cos(ω o t ) (7.84a)
2 X " X " 2 X " X "
d q d q
U 1 1 −αt Um 1 1 −αt
iq = − m + e sen (ω o t ) + − e sen(ω o t ) (7.84b)
2 X " X " 2 X " X "
d q d q
2U 1 1 −αt
ia = + e cos(θ o )
2 X d" X q"
(7.85)
2U 1 1 −αt
+ − e cos(2ωo t + θ o )
2 X d" X q"
Exemplo 7.2
Considere a situação de curto-circuito trifásico simétrico a
partir do vazio. Determine as várias componentes de Id e Iq bem como
da corrente nas fases para a máquina do exemplo 1
Resolução
Das equações 7.51 e 7.52 tira-se:
1
Componente contínua de id: = 1.1765
Xd
1 1
Componente transitória: − = 2.3951
X'
d
Xd
1 1
Componente Subtransitória: − = 1.4285
X"
d X'
d
1
Componente oscilatória segundo d: = 5
X"
d
1
Componente oscilatória segundo q: = 4.9994
X"
q
1 1 1 2π
+ sen 3 = 3.0672
2 X "
Componente contínua nas fases b e c:
"
X q
d
1 1 1
Componente de frequência dupla = − = 3 × 10 − 4
"
2 Xd Xq "
2.5
1.5
0.5
0 0.5 1 1.5 2 2.5 3
0
Id
-5
0 0.5 1 1.5 2 2.5 3
0
Iq
-5
0 0.5 1 1.5 2 2.5 3
Tempo [s]
0.5
ia [pu]
-0.5
-1
-1.5
0 1 2 3 4 5
Tempo [s]
Figura 7.24. Corrente no induzido
1.9
1.8
if [pu]
1.7
1.6
1.5
1.4
1.3
0 1 2 3 4 5
Tempo [s]
Figura 7.25. Corrente de excitação
-0.1
-0.2
-0.3
id [pu]
-0.4
-0.5
-0.6
-0.7
-0.8
-0.9
0 1 2 3 4 5
Tempo [s]
Figura 7.26. Corrente no induzido segundo d
1.4
1.2
0.8
iq [pu]
0.6
0.4
0.2
-0.2
0 1 2 3 4 5
Tempo [s]
0.1
0.05
iD [pu]
-0.05
-0.1
0 1 2 3 4 5
Tempo [s]
Figura 7.28. Corrente nos amortecedores segundo d
0.2
0.1
iQ [pu]
-0.1
-0.2
-0.3
-0.4
0 1 2 3 4 5
Tempo [s]
Figura 7.29. Corrente nos amortecedores segundo q
-0.1
-0.2
ud [pu]
-0.3
-0.4
-0.5
-0.6
-0.7
0 1 2 3 4 5
Tempo [s]
0.95
uq [pu]
0.9
0.85
0.8
0.75
0 1 2 3 4 5
Tempo [s]
Figura 7.31. Tensão no induzido segundo q
0.95
uq [pu]
0.9
0.85
0.8
0.75
-0.7 -0.6 -0.5 -0.4 -0.3 -0.2 -0.1 0 0.1
ud [pu]
Figura 7.32. Tensão no induzido segundo dq
1.6
1.4
1.2
1
Mem [pu]
0.8
0.6
0.4
0.2
-0.2
0 1 2 3 4 5
Tempo [s]
1.5
0.5
ibeta [pu]
-0.5
-1
-1.5
-2
-2 -1.5 -1 -0.5 0 0.5 1 1.5 2
ialfa [pu]
Figura 7.34. Vector corrente do induzido
Exercícios
I
Considere uma pequena rede eléctrica constituída por uma máquina síncrona, um
transformador, uma linha e uma carga eléctrica de 120MW, 60Mvar.
Características da máquina síncrona.
Sn=300MVA UN=20kV p=32 f=50Hz
J=35.1x106 Kgm2
Os parâmetros em valores por unidade são:
Ra=.0019 Rf=.00041 RD=.0141 RQ=.0136
As matrizes dos coeficientes de indução em valores por unidade são:
0.85 0.73 0.73 d
0.73 0.9349 0.73 f 0.48 0.36 q
0.36 0.629 Q
0.73 0.73 0.89 D
Características do transformador.
Sn=150MVA , 50Hz , 20/230kV , Ucc=10% ligações YY
Características da linha
Reactância de 60Ω/fase
II
Uma máquina síncrona de relutância (sem excitação) bipolar de 380V, f=50 Hz, 3
kW, 3 fases, tem os seguintes parâmetros:
rs=1Ω Lmd=0.1 H lls=0.005 H Lmq=0.02 H
a) A máquina encontra-se alimentada com uma fonte de tensão de frequência
50Hz, e valor eficaz 380V. O binário de carga é igual ao binário nominal. Calcule o
ângulo de potência e as correntes do estator. Faça um diagrama vectorial para esta
situação.
b) Repita a alínea a) com a máquina ligada a uma fonte de 190V e 25 Hz.
Considere agora que o binário de carga é igual a metade do binário nominal.
Que poderá dizer acerca do comportamento dinâmico desta máquina? Será que
neste caso se poderá observar os regimes subtransitório, transitório e permanente?
1. Modelo de Simulink
Ud Mem
id
tri-fonte
ia
abcDQ
uf DQabc1
Sín-comp
Mc wm
if
20-11-96
rf 6
rf - if
3 + K- 1/s
uf Sum2 wb Yf 2
Linv-d id
1 1
ud + Mem
-K- - K- 1/s
+
rs wb2 Yd Momento +
Sum K- 1/s
-
* Sum3 1/2H wm
5
P1 4 wm_
* Mc -K
P2 wb3
-
-K- - K- 1/s 3
+ 1/s 4
rs_ wb1 Yq iq
Sum1 Linv-q
2 Int1 teta
uq
2
2
Mux K Demux id
Yd
1
1 Mux Ldinv Demux
if
Yf
1/s -K-
YD -wb rD
1
Yq
1
Mux K Demux
iq
Mux Lqinv Demux
1/s -K
Yq1 -wb rq1
1 *
Id 4 Product -
+ 1 1
Yq
2 * Sum p Mem
Iq 3 Product1
Yd
1 +
-
a Sum1 K-
2 + -K- sqrt(2/3) f(u) 1
+
b Sum 1/2 Fcn d
Mux
3 + K-
- Mux f(u) 2
c Sum2 1/sqrt(2)
Fcn1 q
4
ângulo
1
Escalão unitário u(t)
s
t n exp(−αt ) 1
u (t )
n! (s + α )n
s
cos(ω o t )u (t )
s 2 + ω o2
ωo
sen(ω ot )u (t )
s 2 + ω o2
s +α
exp(−αt ) cos(ω o t )u (t )
(s + α )2 + ω o2
ωo
exp(−αt ) sen(ω ot )u (t )
(s + α )2 + ω o2
ω o2
e − at − e −αt cos(ω 0t )
(
(s + a ) s 2 + 2αs + ω o2 ) (a,α)<<ω0
sω o
e −αt sen(ω 0t )
(
(s + a ) s + 2αs + ω o2
2 ) (a,α)<<ω0
Bibliografia
Livros
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Concordia C., “Synchronous Machines, Theory and Performance”, Jonhn Wiley & Sons,
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Kassakian John G., Schlecht Martin F., Verghese George C., “Principles of Power
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Novotny, D. W.;Lipo T.A. “Vector Control and Dynamics of ac Motor Drives”, Oxford
Science Publications, 1996.
Retter, G. J., “Matrix and Space-phasor theory of Electrical Machines” Akdémiai Kiadó,
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Vas, Peter, “Electrical Machines and drives, A Space-Vector Theory Approach”, Oxford
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