Motores CI
Motores CI
Motores CI
MOTORES DE COMBUSTÃO
INTERNA
Existem MCI do tipo rotativo (a grande maioria das turbinas a gás, motor
Wankel, etc.) e do tipo alternativo (a pistão), sendo estes últimos subdivididos
em motores de ignição por centelha ou Otto e de ignição por compressão ou
Diesel.
Histórico:
Beau de Rochas patenteou o princípio do motor de 4 tempos (1862), mas não o desenvolveu
comercialmente. Em 1876, o alemão Nicolaus Otto construiu um motor de quatro cilindros que
funcionava com os principios estabelecidos por Beau de Rochas
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Os motores alternativos também têm sido cada vez mais utilizados em sistemas de
cogeração, onde é efetuada a recuperação do calor dos gases de escape, da
água de resfriamento do motor e, em alguns casos, do óleo do sistema de
lubrificação.
Nestas instalações;
Gases de escape: Pode-se reaproveitar até 29% da energia em forma de vapor (normalmente
com temperatura entre 350 e 500 °C e pressão de 7 a 8 bar ou mais).
Sistema de arrefecimento do motor (resfriamento dos cilindros): o calor pode ser quase
totalmente reaproveitado, porém a baixa temperatura (90 a 95 °C),
Sistema de resfriamento do óleo do motor: reaproveitamento em temperatura ainda mais
baixa (50 °C) e que poderiam ser utilizadas para fins sanitários.
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Ignição por centelha (em motores convencionais, onde a mistura ar + combustível é uniforme
ou em motores de carga estratificada, onde a mistura ar + combustível não é uniforme)
A mistura de ar + combustível é admitida no cilindro e comprimida
Ciclo Otto na câmara de combustão, iniciando a combustão por meio de um
centelhamento proveniente da vela.
Ignição por compressão (em motores diesel convencionais e também em motores a gás
quando se utiliza a injeção piloto de outro combustível)
O motor Wankel, consta apenas de cilindro, de duas partes rotativas, árvore com
respectivo excêntrico, volantes, massas de compensação e o pistão rotativo,
que gira engrenado a um pinhão fixo.
Problemas (desvantagens):
• Alto consumo de combustível (de certa maneira já resolvido)
• Problemas de vedação entre pistão e cilindro; e problemas de lubrificação,
sendo que estes dois últimos já foram sanados.
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Motor Quasiturbine
2 tempos
Segundo o ciclo de trabalho
4 tempos
Monocilíndricos
Segundo o número de cilindros
Policilíndricos
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Segundo a utilização:
ESTACIONÁRIOS
Destinados ao acionamento
de máquinas estacionárias,
tais como geradores,
máquinas de solda, bombas
ou outras máquinas que
operam em rotação
constante.
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INDUSTRIAIS
Destinados ao acionamento de
máquinas de construção civil, tais
como tratores, carregadeiras,
guindastes, compressores de ar,
máquina de mineração, veículos
de operação fora-de-estrada,
acionamento de sistemas
hidrostáticos e outras aplicações
onde se exijam características
específicas do acionador.
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VEICULARES
Destinados ao acionamento
de veículos de transporte
em geral, tais como
caminhões, ônibus e
caminhonetes.
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MARITIMOS
Destinados a proporção de
barcos e maquinas de uso
naval. Conforme o tipo de
serviço e o regime de
trabalho da embarcação,
existe uma vasta
diversidade de modelos com
características apropriadas,
conforme o uso: Laser,
trabalho comercial, pesca,
entre outros.
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Motor V8
Motores em V com mais de 8 cilindros podem ter mais de uma ângulo ideal
V10 (72º ou 144º); V12 (60º); V16 (45º, 90º ou 135º)
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cilindro
Câmara Hemisférica
Câmara Triangular
Câmara no Pistão
Câmara Trapezoidal
Cilindrada
É o volume total deslocado pelo pistão entre o P.M.I. e o P.M.S., multiplicado pelo
número de cilindros do motor. É indicada em centímetros cúbicos (cm³) e tem a
seguinte fórmula:
2πD
C= Curso N cilindros
4
Número de Cilindros 04
Diâmetro cilindro 86,0 mm
Curso do pistão 86,0 mm
π(8,6)2
Taxa de Compressão 9,2:1 C= 8,6 4 = 1998,23 cm3
4
Taxa de Compressão:
Relação matemática que indica quantas vezes a mistura ar/combustível ou
simplesmente o ar aspirado (no caso dos diesel) para dentro dos cilindros pelo
pistão é comprimido dentro da câmara de combustão antes que se inicie o
processo de queima.
Com isso pode-se concluir que a Taxa de Compressão é uma propriedade inerente
ao motor (bloco, cabeçote, pistões) e não ao combustível utilizado no mesmo.
Como exemplo, imagine que a altura (h) do cilindro que compõe o volume morto
(câmara de combustão) tenha sido rebaixada de 0,6 mm. Qual será a nova Taxa
de Compressão deste motor?
Exemplos:
Calcular a cilindrada de um motor de 6 cilindros, sabendo-se que:
— O diâmetro do cilindro é igual a 70 mm.
— O curso é igual a 80 mm.
Taxa de compressão
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Causa também erosão nas superfícies sólidas da cabeça do pistão, furos no topo do
pistão e quebras nos anéis.
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Pré-ignição do combustível
Injeção de combustível
Sobrealimentação em motores:
A superalimentação A Turboalimentação
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A superalimentação
A Turboalimentação
A turboalimentação é formada por um conjunto turbina-compressor. Os gases
quentes que saem do motor acionam a turbina que, conectada ao compressor,
permite que se admita uma massa de ar maior para o interior do cilindro, do que
nos motores convencionais.
Não há nenhum acoplamento mecânico com o eixo do motor.
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Potência e Rendimento
A energia mecânica desenvolvida por um motor é medida com precisão num banco
de testes. É igualmente possível calcular esta energia com uma certa aproximação
tendo em conta as particularidades do motor considerado. Em ambos os casos,
determina-se a quantidade de trabalho mecânico efetuada em um dado tempo. Do
resultado obtido, deduz-se a potência.
Num motor, o impulso que atua sobre o pistão é determinado pela pressão dos
gases durante a explosão e, depois da explosão, durante a expansão.
• Durante a explosão, a pressão aumenta, depois baixa rapidamente no início e mais
lentamente em seguida, até o fim do curso do pistão. No momento da abertura das
válvulas de escape, a pressão no cilindro não passa de alguns bar.
• O impulso recebido pelo pistão é, portanto, variável, e o trabalho fornecido varia a cada
posição do pistão.
• Na prática adota-se uma pressão média, que permite calcular o trabalho real fornecido
pelo pistão durante o seu curso motriz.
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Sabemos que uma parte do trabalho fornecido pelo pistão é absorvida pelos atritos
internos do motor, pelos tempos mortos, pelos efeitos de inércia etc. Então, o
trabalho efetivo disponível à saída do virabrequim é, portanto, mais fraco que o
trabalho real fornecido pelo pistão.
A pressão média efetiva (Pm) permite, então, calcular o trabalho efetivo fornecido
pelo motor.
• Este trabalho é tanto maior quanto maior é a superfície do pistão,
• Quanto mais longo é o curso,
• Quanto mais elevado é o número de cilindros.
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Freio de Prony:
Tipos de Dinamômetros
Freio de Prony: é formado por um simples tambor metálico frenado por sapatas
de madeira. A sua regulagem é delicada; varia constantemente, e o aquecimento
das sapatas necessita de uma irrigação contínua e desagradável para os
operadores. Este freio é utilizado apenas para testes de fraca potência.
Freio Froude é um freio hidráulico. É composto por uma turbina que gira num
carter vedado, munido de chicanas internas, e ligado aos contrapesos. Sob o efeito
da turbina, a água atua sobre o cárter e tende a acioná-lo. Varia-se a eficácia da
frenagem modificando as possibilidades de reação da água sobre as chicanas do
cárter.
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Freio elétrico
É constituído por um simples dínamo fixado a uma estrutura rígida. Mede-se a
tensão e o débito da corrente produzida; deduz-se o número de watts, e, em
seguida, tem-se a potência em kW. Mas o rendimento do dínamo não é constante.
Varia conforme o número de rotações por minuto e o número de watts produzidos.
Cada medida deve ser corrigida por um fator de rendimento diferente que se marca
sobre um gráfico dado pelo fabricante do dínamo. As variações de frenagem são
obtidas modificando a corrente de excitação por meio de um reostato.
Freio eletro-dinamométrico
É igualmente constituído por um dínamo. Mas o estator deste dínamo é montado
sobre um eixo oscilante, e é ligado igualmente a uma carga de contrapeso
completada por um dinamômetro. A reação magnética do induzido tende a acionar o
estator; o esforço de acionamento (torque) é medido em quilos pelos contrapesos e
pelo dinamômetro. O rendimento do dínamo não entra em conta.
Modifica-se a eficácia da frenagem por uma mudança da corrente de excitação como
no caso precedente. Este tipo de freio é recente, e é de manobra simples e precisa.
Pode, por outro lado, funcionar como motor de lançamento e de acionamento para a
rodagem do motor a frio. Permite medir as resistências internas do motor
funcionando ociosamente, e dando, assim, indicações exatas
sobre as condições de funcionamento da superfícies de atrito.
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Os principais fatores responsáveis pela diferença entre o ciclo real Otto e teórico
são:
e) Perdas de calor
No ciclo teórico, as perdas de calor são nulas enquanto que no real elas são
sensíveis, devido à necessidade de refrigeração dos cilindros.
Por causa da alta taxa de compressão do ciclo Diesel pode-se verificar que os
valores dos pontos de pressão de combustão do Diesel são bem superiores aos
do ciclo Otto.
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Diferença entre Ciclo Real e Teórico (ciclo Diesel): As diferenças são semelhantes às
diferenças entre o ciclo Otto real e teórico.
[A] Injeção
CICLO OTTO:
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wc = u2 − u1 = cv (T2 − T1 )
we = u3 − u4 = cv (T3 − T4 )
k = c p cv
wliq wliq
Pressão média efetiva (Pme) Pme = =
Volume deslocado (v1 − v2 )
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k = c p cv
wc = u2 − u1 = cv (T2 − T1 )
k = c p cv
wliq wliq
Pme = =
Pressão média efetiva (Pme) Volume deslocado (v1 − v2 )
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v1
Taxa de compressão: r=
v2
r v3
Razão de corte: rc = =
re v2
Taxa de expansão: v4
re =
v3
Bibliografia: