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Apostila Técnica de Som Automotivo

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SOM AUTOMOTIVO

REVISADO 20/02/2011 Por Júlio Cesar T.P.


jucesar@bol.com.br
jucesar@r7.com

© Copyright 1993-2011 JC ELETRONICA ® - Todos os direitos reservados


INTRODUÇÃO

O som (áudio) é a propagação de uma oscilação mecânica, esta onda não se propaga no
vácuo propagando-se em meios materiais com massa e elasticidade (sólidos, gasosos,
líquidos). A sua frequência distingue-se pela possibilidade do ser humano conseguir ouvir essa
oscilação. As frequências de áudio encontram-se no espectro de frequências entre 20 Hz e 20
Khz, a sua amplitude e energia mede-se em Decibéis. Os circuitos de áudio foram os primeiros
circuitos eletrônico com uma concepção prática, a necessidade comunicar e transmitir sons
com níveis mais elevados ou a distâncias superiores gera uma imensidão de circuitos, desde o
simples amplificador de aúdio ao mais sofisticado circuito eletrônico de transmissão e captação
de sons à distância.

A potência RMS ou valor quadrático médio ou rms (do inglês root mean square) ou valor eficaz
é a potência gerada por uma corrente e tensão alternada que tem o mesmo efeito de uma
corrente e tensão contínua. Existe muita confusão quando se encontram referências a
equipamentos de áudio em W (Watt) com valores discrepantes. Estes valores são valores de
pico, podem induzir em erro.

A potência PP (pico-a-pico) - refere o nível de pico a pico - Peak-to-Peak. É a potencia entre


os picos superiores e inferiores de saída. Pode ser calculado o valor RMS a partir deste valor
usando a seguinte expressão Ppico-a-pico= 2 * Pico ou RMS = Pico / 1,414

A potência PMPO - refere o nível de pico de saída instantânea - Peak Momentary Performance
Output. O valor é instantâneo e existem muitas formas de cálculo, sendo que cada fabricante
pode dar um valor que mais lhe convém. A PMPO é uma medida realizada no máximo do
máximo que um sistema sobre condições restritas pode fornecer. É importante por isso nos
fatores de comparação usar algo constante a potência RMS

Um amplificador áudio é um amplificador eletrônico que amplifica sinais compreendidos entre


as frequências de 20 Hertz 20.000 hertz, com um nível apropriado o sinais podem colocar em
funcionamento altofalantes. A primeira fase de um amplificador de áudio é composta por
etapas executam tarefas como a pré-amplificação, controle de tom, equalização, mistura e
efeitos ou fontes áudio como leitores gravadores, de cd ou cassetes. A maioria dos
amplificadores necessitam de entradas de baixo nível. O sinal de entrada a um amplificador
pode ser de apenas alguns micro-watts a sua saída pode ser dez, cem ou milhares dos watts.
Quando referimos amplificadores de áudio e as suas etapas de saída, as configurações mais
comuns são: A, B, AB, D, G, e H.

Classes de amplificadores

Amplificador classe A: Usada apenas em amplificadores Hi-Fi, tanto transistorizados como


com válvulas. Elevada fidelidade na reprodução, com um consumo de energia e libertação de
calor muito alto, os transistores (ou válvulas) de saída conduzem de forma permanente,
mesmo na ausência de sinal.
Amplificador classe B: Apresenta distorção (de crossover) elevada em níveis baixos de sinal.
Apenas metade dos transistores de saída conduzem de cada vez (cada semiciclo), daí a maior
eficiência. Encontra-se este tipo de amplificadores em PA de alta potência e em equipamentos
portáteis por causa do baixo consumo.
Amplificador classe AB: Modo intermédio entre as classes anteriores (daí o nome), reunindo
algumas vantagens de ambas. É a classe de amplificadores mais usada atualmente. Os
transistores conduzem ligeiramente, quando na ausência de sinal.
Amplificador classe D (ou PWM): Vulgarmente chamado "amplificador digital", funciona
segundo a técnica de modulação por largura de pulso (PWM). Usa-se de forma cada vez mais
frequente em aplicações onde se exige alto rendimento como em multimídia ou telefonia.
Recentes avanços no fabrico de transístores de alta velocidade, têm trazido melhorias na
qualidade de áudio destes amplificadores.
Amplificador classe G e H: Funcionam segundo princípios semelhantes, sendo a H uma
evolução da G (em alguns países, as definições são invertidas). Cada um tem sua própria fonte
de alimentação com valores diferentes, que atuam de acordo com o nível de saída exigido. Na
classe H, a tensão mais alta da fonte é modulada pelo sinal de entrada. A classe H começa a
ser comum em PA, nos amps para graves. A qualidade nas frequências altas ainda não
satisfaz, mas novos aperfeiçoamentos prometem melhoras.
Existem ainda algumas classes exóticas, como I (reúne classe A e D num único aparelho);
A/AB ou super A (polarização variável, oscila entre A e AB); as defuntas classes E e F; classe J
que combina as B e D; a classe S, semelhante à classe D; e algumas topologias proprietárias
de certos fabricantes, como Crown, Sunfire (Carver), Tripath (classe T)

Características das classes de amplificação mais comuns em áudio

Classe A A/B B D H

Eficiência Baixa Média Alta Alta Alta

Qualidade
Alta Alta Baixa Baixa Baixa
baixas freq.
Qualidade
Alta Alta Alta Alta Alta
altas freq.

Relação
Fraca Média Média Boa Boa
Custo-Potência

Relação
Fraca Média Média Boa Boa
Peso-Potência

Informações iniciais para o recondicionamento de Alto-falantes,


Cornetas, Drivers, Médios e Tweeters.

Alto-Falantes, quanto a seu tamanho

Para maior facilidade, as dimensões dos alto-falantes são dadas em polegada,


que é uma medida internacional.
Caso você não saiba a medida do alto-falante, “ em polegadas ( 2,54 cm ) ”,
utilize uma régua, meça em
centímetros e divida por 2,54.
Ex: Um falante que você mediu 25,4 cm basta agora você dividir 25,4 por 2,54 e o
resultado será um auto-falante de 10” ( dez polegadas ).

Alto-falantes profissionais

No que se refere a desempenho e qualidade, são vários os tipos de alto-falantes


disponíveis no mercado.
No caso dos alto-falantes profissionais, esses são fabricados com maior qualidade
de modo a proporcionar um melhor desempenho em sua aplicação na sonorização
de ambientes, é um mercado em constante evolução.
Portanto, dada a qualidade do material, sua recuperação torna-se altamente
vantajosa.
Impedância

Cada alto-falante tem uma impedância específica, ou seja, um valor em Ohms, e


que pode ser de 3,2 OHMS, 4 OHMS , 6 OHMS , 8 OHMS, 16 OHMS, 25 OHMS,
etc...
Na falta de especificação da impedância no alto-falante, utilize um multímetro na
escala de resistência e de preferência um multímetro digital.
Potência

No próprio alto-falante encontramos estampada a potência, que poderá vir com


referência em P.M.P.O ( potência máxima de pico de saída ), ou em R.M.S (
relação métrica quadrada ) sendo está última a potência real.
Exemplo: um alto-falante de 1000 Watts P.M.P.O. tem potência de 277 Watts em
R.M.S.
Caso seu alto-falante esteja especificando a potência em P.M.P.O. e você queira
saber qual é a potência em R.M.S., basta dividir por 3,6 para obter a potência real.
Na prática usamos dividir o valor indicado no auto-falante por 4, sendo, assim um
falante que vem indicado uma potência de 1000 Watts dividida por 4 resulta em uma
potência real de 250 Watts.

Como começar a limpar e tirar as medidas de um alto-falante?

São vários os cuidados para iniciar a limpeza de um ALTO-FALANTE:


a) Verifique quantas polegadas é o auto-falante.
Retire o cone velho com muito cuidado, de modo a não danificar a bobina, pois
nem sempre encontramos outra com a mesma impedância e diâmetro, meça a altura
do cone.
Logo em seguida meça também a bobina, é comum a bobina vir a sua
especificação em milímetros.
Retire agora a centragem, meça o seu diâmetro e também a sua altura.
Na maioria dos alto-falantes importados, as bobinas e os cones são diferentes.
Por isso às vezes torna-se necessário reutilizar esses componentes, desde que
não estejam danificados.
b) Observe com atenção se o cone é liso ou frisado.
c) Verifique se o protetor é de papel, alumínio ou de fibra, se for necessária à troca,
substitua pelo mesmo tipo para manter a originalidade.

Obs: Muitos fabricantes como Pioneer, Aiwa, Sony, JVC e outros, usam alto-falantes
com cones de polietileno, obrigando-nos a mantê-los, uma vez que são encontrados
no mercado de reposição.

Caso seja realmente necessária a troca do cone desse tipo de alto-falante,


mantenha o original à mão como referência quando da aquisição de um novo.
É importante que as características destes se assemelham ao máximo às do
original, com isso pode se cobrar mais pelo serviço.
d) O imã é um componente muito importante, portanto verifique com atenção se o
mesmo não está deslocado, quebrado ou mesmo trincado.
e) Verifique atentamente se a bobina não está solta, quebrada ou desfiada dentro
do sulco.
f) Observe se a sujeira ou ferrugem não tomou conta do sulco.
Caso isso ocorra, utilize uma fita crepe ou adesiva para efetuar a limpeza.
Se necessário, desloque o imã e retire os resíduos, conforme explicaremos
posteriormente.
Antes da limpeza dos resíduos que ficaram na carcaça do auto-falante é necessário
se colocar um pedaço de fita crepe fechando a parte central do imã do auto-falante.
g) Na limpeza da carcaça, utilize Thinner para amolecer a cola e um formão para
retirar os resíduos.
h) No caso de carcaça enferrujada, lixe e pinte, pois em certos tipos de alto-
falantes, é interessante, do ponto de vista econômico, o aproveitamento para
conservar a originalidade.
i) Observe bem os terminais de ligação. Caso estejam quebrados, estes deverão
ser consertados cuidadosamente, arrebitando-os antes de colar o cone ou
qualquer outro material.

Muita atenção na hora da montagem desses terminais para que não fiquem
em curto com a carcaça. Coloque-os antes de arrebitar a bucha de
isolação.

Tipos de Alto-Falantes

A profundidade dos alto-falantes são bastantes variadas portanto, na hora da


compra dos materiais, é aconselhável que se leve à carcaça a ser recuperada pois o cone
tem três medidas de profundidade: alta, média e baixa ( reta ).
A centragem ou aranha; também pode ser alta, média e baixa ( reta ).
Às vezes é necessário se colocar dois cones colados juntos, porque o auto-
falante é muito pesado, quer dizer, muito potente.
O mesmo pode ocorrer com a centragem que, em certos casos convém colar
duas centragens juntas, evitando assim que o auto-falante pule demais.
A figura abaixo mostra em detalhes as partes de um auto-falantes em vista
explodida.
Alto-Falante com borda ou suspensão de esponja ou fibra

Geralmente utilizados na instalação de som automotivo porque com esse tipo de


ALTO-FALANTE, podemos obter sons mais graves.
Nesse caso não é aconselhável a troca do cone de borda por um cone comum
de papel, porque poderá haver alteração tanto na potência como na qualidade do som.

Passos para o recondicionamento de um auto-falante

1) Colocar a bobina no sulco do auto-falante e marcar a profundidade,


lembrando que a melhor altura da bobina deve ser aquela em que a altura do enrolamento da
bobina fique rente em cima com o tarugo central do imã do falante.
2) Em seguida cortar o furo da centragem exatamente na medida da bobina,
cortando em seguida o furo do cone que é do mesmo tamanho do diâmetro da bobina.
3) Logo coloque a bobina, centragem e o cone, verificando se todos esses
componentes estão na medida da carcaça.
Se todos os componentes colocados na carcaça do auto-falante estiverem bem
ajustados poderemos prosseguir com a reparação, agora verifique bem pois, se o material
colocado não ficar ajustado adequadamente ocasionara algum problema mais para frente.
Certifique-se pela altura do cone, se estiver acima da borda do auto-falante, você
terá que substituir ou o cone ou a centragem e se estiver abaixo vale também a mesma dica.

Atenção
Ainda não use cola alguma, só estamos testando o material que esta sendo preparado.
Colocação da bobina e gabarito de centralização

Coloque a bobina no imã circular central do auto-falante, afunde até que a altura do
enrolamento da bobina fique pareado no tarugo central do imã.
Em seguida coloque um ou mais gabarito de centralização em quantidade suficiente
até que esta fique bem fixada e centralizada .
Se for necessária maior firmeza na fixação, utilize mais um gabarito, até que se
certifique que a bobina está bem fixada, para que essa não desloque quando for colocado o
cone e a centragem.
Observe que a bobina possui um gap ou abertura em toda a sua extensão que é
proposital para que o técnico reparador possa ver a altura do enrolamento da bobina que deve
estar rente à parte de cima do tarugo do imã.
Logo, quando você confeccionar seus próprios gabaritos devera também manter
esta abertura para que possa ver a altura do enrolamento da bobina. Veja na figura logo mais.

Importante
Observe cuidadosamente a profundidade da bobina quando estiver fixando a
mesma, É preferível deixar algumas espiras para cima do tarugo central para que esta
não bata no fundo do auto-falante, quando o usuário aumentar demais o volume de seu
equipamento.

O próximo passo agora é partir para a preparação da centragem e sua colocação.


Como é efetuado o corte da centragem e sua fixação é mostrado a seguir.
Fique atento quanto ao tempo de cada passo respeitando o tempo mínimo de 10
minutos para cada colagem.
Agora nosso próximo passo é colocar a bobina sobre a centragem e marcá-la com a
caneta retro-projetor, veja logo a seguir.
Em seguida com uma tesoura de ponta fina, corte a centragem exatamente em cima de
onde você riscou, faça um corte o mais redondo possível para ajustar melhor ba bobina.
Se a bobina ainda não entrar na centragem você deve, pegar a tesoura e raspar em
forma circular por dentro da centragem fazendo assim uma bainha e alargando a centragem.
E se caso a bobina estiver entrando um pouco folgada na centragem, não haverá
maiores problemas, desde que a folga não seja assim tão grande. Caso contrario você terá que
colar com cola araudite um papel em volta da bobina aumentando o seu diâmetro.

Corte e colocação da centragem

Coloque a bobina exatamente no centro da centragem e em seguida marque com a


caneta retro-projetor circundando a bobina, marcando assim o local de corte na centragem.
Retire a bobina e, com uma tesoura de ponta fina, corte a centragem exatamente em cima de
onde você riscou.
Após a colocação da bobina, aplique a cola BRASCOPLAST na centragem e na
carcaça do auto-falante.
Ainda não cole, aguarde pelo menos cinco minutos para, então, colar a centragem,
porque esta cola é chamada de cola de contato e deve ser passada em ambas as partes e
aguardar alguns minutos para uma boa adesão.
Colar agora a centragem apertando bem com os dedos ou com uma madeirinha para
aderir melhor.
Não é necessário reforçar de cola a centragem porque a cola de contato ira aderir
ainda mais com o tempo e emborrachar quase endurecendo já sendo o suficiente.
Com o aumento da temperatura durante o funcionamento do auto-falante, o calor
pouco interfere com a cola, sem contar que, com o movimento de vai e vem do auto-falante,
desloca-se ar que retira a temperatura de cima do auto-falante como um todo.
Alguns fabricantes dotam os seus auto-falantes com um duto, que vão de fora a fora e
por dentro do imã formando assim um duto de ventilação resfriando o imã e todo o auto-falante.
Existe auto-falantes com o dobro da altura de seus imãs, motivo pelo qual, o fabricante
já esta prevendo que o usuário ira colocar muita potência e com isso o auto-falante ira pular bel
mais do que o normal.
Já outros fabricantes colocam dois imãs em seus auto-falantes, fazendo com isso um
reforço nas linhas de forças que provem do imã, conseguindo um rendimento maior.
Após essa operação, verifique se a bobina continua na posição correta. Caso a
bobina esteja fora da posição correta, você terá que ajustá-la novamente.
Em seguida, prepare a cola ARALDITE RÁPIDA em um pequeno pires para que seja
colocada entre a bobina e a centragem.
Coloque uma camada de cola em boa quantidade para que ela possa entrar pelos
furos da centragem, dando uma camada maior e reforçando a colagem tanto do lado de cima
da centragem como do lado de baixo.
Outra dica, quando o auto-falante estiver secando em cada fase dos passos de
montagem, colocar o auto-falante de cabeça para baixo, evitando assim que a cola escorra
para dentro do auto-falante e cole a bobina no imã.
Caso isso ocorra, você terá que aquecer o falante em água quente, descolar tudo e
recomeçar todo o trabalho, sem contar com a perda do material.

Auto-falante em processo de secagem de cabeça para baixo.

Preparação do cone

Marcação do local onde será feito o corte do cone,.


Veja a figura abaixo.
Depois do corte do cone veja se a bobina entra com certa facilidade no cone caso a
bobina não entra pegue novamente a tesoura passe por dentro do cone e faça uma bainha
alargando o cone, veja novamente se a bobina se ajusta bem ao cone.
Depois de colocar a cola entre a centragem e a bobina, utilize a cola BRASCOPLAST
na carcaça e no cone, tomando o cuidado de deixar os fios no centro do cone e do lado dos
terminais. (ver figura abaixo).
Deixar sempre a mão um pedaço de pano e um pouco de thinner para a limpeza devido
a se trabalhar com cola e tinta.
Processo de se passar à cola BRASCOPLAST no cone, veja as figuras abaixo.

Figura 1

Figura 2
Após a fixação do cone, reforce a cola ARALDITE entre o cone e a bobina, do lado de
dentro do cone, concluindo assim essa fase do trabalho, conforme a figura abaixo:

Ligação do fio da malha entre o cone e os terminais

Primeiramente faça dois pequenos furos no cone do alto-falante com uma punção ou
mesmo com a tesoura para a passagem do fio de malha, esses orifícios deverão ficar próximos
à bobina e do lado dos terminais para que não haja problemas na hora da colocação do
protetor.
Veja a figura abaixo.

Se necessário for coloque provisoriamente o protetor em cima do cone e faça uma


pequena marca com o lápis preto em cima do cone, retire o protetor e faça os furos com uma
punção no meio da distancia entre a sua marcação e a bobina.
Veja a figura abaixo.
Passe o fio de malha pelos furos e solde com o fio da bobina, em seguida, cole com
ARALDITE RAPIDA para a fixação dos pontos de solda, passe cola nos dois lados do cone,
para que o cone e a malha não fiquem vibrando, logo em seguida solde também os fios de
malha nos terminais do auto-falante não deixando os mesmos esticados.
Para maior segurança, utilize a mesma bitola do fio original, nunca deixando o fio de
malha esticado, pois este precisa de folga para se movimentar com o cone.
Não utilize fio de malha muito fina, pois dependendo da potência do equipamento
utilizado, este poderá romper-se. Aguarde dez minutos ou mais e verifique em seguida se a
cola ARALDITE está seca.
Se já estiver seca, retirar os gabaritos, observando se a bobina não está raspando no
imã.
Para esse teste pressione o cone com a mão e verifique se este não está encostando-se
ao imã. Finalmente, faça um teste de áudio, e de preferência com baixo volume.
Se tudo estiver ajustado, passe para a fase de montagem do protetor, cole no centro do
cone, fixando-o com a cola BRASCOPLAST, conforme mostra a figura abaixo.

IMPORANTE
Existem diversos tipos de protetores, tais como: protetor de tecido, de plástico, de
acetato, de papel e de alumínio. O tipo de material a ser utilizado é uma opção pessoal
Recomendamos porem muita atenção na hora da instalação do protetor, como esses
auto-falantes em geral são pares a modificação do protetor de apenas um deles pode
provocar distorções de som, descontentamento do cliente, sem contar no visual que
ficaria diferente tirando a originalidade do auto-falante.

» Tipos de falantes

Os alto-falantes são escolhidos de acordo com a frequência sonora que irá reproduzir. Sendo assim,
existem diversos tipos, cada um com uma função específica. Veja as diferenças:

Woofers: Para sons graves, médio-graves e parte dos médios - grave de


ataque. Os woofers equipam a maioria dos "Trios-Elétricos", pela sua resposta
de freqüência estendida. A faixa de freqüência em que eles operam varia de
50 Hz a 5000 Hz. Seu tamanho varia de 6" a 18". São indicados para
reproduzir sons como: Bumbo, tambor, parte do piano, parte do baixo e da
guitarra.
Subwoofers: Para os sons subgraves - grave retumbante). Dividem-se
basicamente em 2 categorias, a BOX (caixa) e a Free Air (ar-livre, tampão).
Quanto maior for o seu Ímã, melhor. A faixa de freqüência em que eles
operam varia de 20 a 1500 Hz. Seu tamanho varia de 8"a 18". São indicados
para reproduzir sons como: Contrabaixo, baixo eletrônico, bumbo da bateria,
músicas c/ subgraves (CD-BASS).

Mid-bass: Para os sons médio-graves. Os mid-bass são utilizados na parte


frontal do carro, para aumentar a resposta de graves na parte da frente do
carro. Em alguns casos eles são instalados nas portas onde é aproveitado o
espaço interno da porta como caixa acústica. Em outros casos eles são
usados em pezinhos. A faixa de freqüência em que eles operam varia de 60 a
5500 Hz. Seu tamanho varia de 6" a 8". São indicados para reproduzir sons
como: Bumbo, tambor e outros.

Mid-range: Para os sons médios. Eles tem uma maior fidelidade na faixa de
freqüência que cobre a voz. Também é usado em pezinhos. A faixa de
freqüência em que eles operam varia de 200 a 3500 Hz. Seu tamanho varia
de 3-1/2" a 6". São indicados para reproduzir sons como: voz
(preferivelmente) e a alguns instrumentos musicais que atuam entre 200 e
3500 Hz.

Full-range: Parte dos sons: graves, médios e agudos. São indicados para
cobrir a maior parte da faixa audível. Ele é muito usado em pezinhos. A faixa
de freqüência em que eles operam varia de 100 Hz a 12000 Hz. Seu tamanho
varia de 4" a 6". São indicados para reproduzir principalmente a voz e a
maioria dos instrumentos musicais.

Tweeter - (para sons agudos): Existem tweeters de vários materiais. Eles vão
do comum papelão ao moderno neodimium (o mais usado). Ele é usado em
pezinhos e em cima do painel, sempre direcionados de forma correta.

Triaxial: Contém um woofer, um mid-range e um tweeter na mesma carcaça.


Esses falantes são geralmente instalados nas portas e no tampão. Sua
vantagem é reproduzir uma grande faixa de freqüência, porém, só há divisores
que efetuam o corte subsônico, ou seja, eles atuam cortando os graves. Isso
faz com que o woofer reproduza sons agudos, perdendo um pouco da
qualidade sonora. A faixa de freqüência em que eles operam varia de 50 Hz a
20 KHz. Seu tamanho varia de 6", 6"x 9" e 8". São indicados para reproduzir
sons como: todos, exceto contrabaixo, baixo eletrônico e bumbo da bateria.

Coaxial: Contém um wooofer e um tweeter na mesma carcaça. Esse falante é


pratico, porém, com menor fidelidade. É muito usado em kits originais.
Apresenta o mesmo problema dos divisores dos Triaxiais. A faixa de
freqüência em que eles operam varia de 50 Hz a 20 KHz. Seu tamanho varia
de 4",a 8", incluindo o oval 6"x 9". São indicados para reproduzir sons como:
todos, exceto contrabaixo, baixo eletrônico e bumbo da bateria
Associação de subwoofers

Impedância X Resistência Associação de Subwoofers bobina dupla

A resistência é a dificuldade que uma corrente elétrica Observando um subwoofer de bobina dupla,
contínua tem ao passar por um componente e a notamos que ele possui 4 terminais (2
Impedância é a resistência à corrente variável em positivos(vermelho) e 2 negativos(preto)),
frequência portanto a impedância varia com a frequência internamente ele é composto por 2 bobinas
também. independentes montadas em um suporte em
comum. Podemos aproximar o subwoofer B.D.
Associação de Subwoofers Bobina simples. (bobina dupla) a 2 resistores.
Portanto podemos ligar um subwoofer B.D. em
Podemos associar dois subwoofers em paralelo ou em paralelo ou em série com ele mesmo ou em
conjunto com outro subwoofer B.D. sempre
série.
levando em conta a polaridade.Ligando as
bobinas de um subwoofer B.D. em série.Liga-se
Associação em série. polo positivo no polo negativo da outra bobina,
sobrando o polo negativo da primeira bobina e o
Consiste em ligar um terminal de um sub no polo oposto polo positivo da segunda bobina:
do outro, isto é, o polo positivo(vermelho) de um, no polo
negativo(preto) do outro (ou vice-versa), afim de termos
um polo positivo e outro negativo sobrando como mostra a
figura abaixo:

(ligação série de um subwoofer bobina dupla)

O resultado é um subwoofer com impedância igual


a soma das impedâncias das bobinas e potência
(ligação série de 2 subwoofers)
total igual à soma das potências suportadas por
cada bobina.Se você ligar polo positivo de uma
Se você ligar polo positivo com polo positivo e utilizar os bobina com polo negativo da outra bobina e
polos negativos (ou vice-versa), os cones de cada também o polo negativo de um com o polo positivo
subwoofer se deslocarão em sentidos opostos causando o do outro (como na figura abaixo), as bobinas se
cancelamento de ondas sonoras, pois um força o ar para deslocarão em sentidos opostos causando o
frente enquanto que o outro força o ar para trás resultando descolamento das mesmas sobre o suporte
em deslocamento zero (supondo os subwoofer virados cilindrico, travando o cone do subwoofer por dano,
para um mesmo lado). possivelmente por descolamento do fio da bobina.

(cancelamento sonoro por deslocamento oposto)

A impedância equivalente medida nos 2 terminais, será a


soma das impedâncias. A regra de soma vale para mais
de 2 subwoofers ligados em série.
(deslocamento contra por ligação errada)
Ligando as bobinas de um subwoofer B.D. em
paralelo.
Basta ligar polo positivo de uma bobina com o
polo positivo da outra bobina e polo negativo de
uma bobina com o polo negativo da outra bobina,
o resultado é um sub com impedância equivalente
à metade da impedância de uma das bobinas
(quando iguais) e potência equivalente ao dobro
da potência suportada por cada bobina.

(ligação de subwoofers em série)

Associação em paralelo.

Consiste em ligar polo positivo(vermelho) no polo


positivo(vermelho) de outro subwoofer e o polo
negativo(preto) do primeiro no polo negativo do segundo (ligação em paralelo de um subwoofer bobina
como mostra a figura abaixo: dupla)

A ligação de um polo positivo no polo negativo e


polo negativo no polo positivo da outra bobina
também causará o deslocamento inverso das
bobinas no interior do sub, danificando-o.Para
utilização com outros subwoofers podemos
simplificar os cálculos agrupando em conjuntos
pequenos e calculando aos poucos.
Ex: Temos 2 subwoofers B.D. cada uma com 2
bobinas de 4 Ohms e quero ligá-los em um
(ligação em paralelo de 2 subwoofers) amplificador de 2 canais bridge com impedância
mínima de 4 Ohms
Supondo que os dois subwoofers possuam a mesma
impedância, o equivalente do conjunto será a metade da 1a opção:
impedância dos subs. No nosso exemplo, os 2 (4 + 4)//(4 + 4) = (8)//(8) = 4 Ohms
subwoofers são de 4 Ohms e a impedância equivalente é ligando em série as bobinas de um sub, fazendo o
de 2 Ohms. mesmo com outro sub e colocando em paralelo os
Mas a regra geral para mais de um subwoofer é: dois subwoofers

R = (R1*R2)/(R1+R2) 2a opção:
(4//4) + (4//4) = (2) + (2) = 4 Ohms
ou para mais subwoofers: ligando em paralelo as bobinas de um subwoofer,
fazendo o mesmo com o outro sub e ligando em
R = (R1*R2*R3*R4*...)/(R1+R2+R3+R4+...) serie os dois subwoofers.

"//" indica a ligação em paralelo.


O resultado é igual para ambos os casos:
Impedância final de 4 Ohms e potência igual a
soma das potências.

Crossover

Alto-Falantes

Para permitir uma melhor qualidade fabricam-se alto-falantes específicos para funcionar com
uma melhor performance a determinada frequência.
Tweeter é um alto-falante usado para reproduzir a faixa de alta frequência (a partir de
5kHz) do espectro audível, ou seja, os sons mais agudos.

Woofer é um alto-falante usado para reproduzir frequências graves e médio-graves


(300Hz para baixo). Woofers para frequências graves (abaixo de 120Hz) denominam-
se subwoofers.

Mid-range é um altifalante usado para reproduzir as frequências médias de áudio


(300Hz a 5kHz). Também engloba os mid-bass, falantes mid-range voltados mais para
os médio-graves.

A resposta de um alto-falante a um impulso elétrico faz com que a sua impedância varie, e o
som produzido é influenciado não só pelo movimento das bobinas internas como também da
impedância que varia com o funcionamento.

Para compensar esta limitação de resposta em toda a gama de frequências de áudio utilizam-
se circuitos de filtragem para frequências (CROSSOVER)

Crossover

Um crossover é um circuito que filtra sinais baseado na frequência.


High Pass

Um crossover do tipo passa-alta ("high pass") é um filtro que permite que frequências acima
de um certo valor passem sem serem filtradas, e as abaixo do mesmo ponto continuam a
passar pelo filtro, mas são atenuadas de acordo com a curva do crossover.

Low Pass

Um crossover do tipo passa-baixa ("low pass") é justamente o oposto, as baixas frequências


passam, mas as altas são atenuadas.
Band Pass

Um crossover do tipo passa-banda ("band pass") é o que permite a passagem de uma certa
gama de frequências, atenuando aquelas acima ou abaixo daquela faixa.

Crossover passivo

Os crossovers passivos são constituídos por componentes passivos, ou seja, não possuem
alimentação externa.

Crossover ativo

Os crossovers ativos são constituídos por componentes ativos, ou seja, requerem alimentação
externa. Como o da foto abaixo.
Crossover 12dB por Oitava

Crossover 24dB por Oitava

Programas para som automotivo

Muitos procuram por programas especializados em projetos de som automotivo, cálculo de volume,
dimensionamento de fusíveis e cabos, etc. O site AutoSom.net, fornece links para diversas empresas
que produzem os mais variados softwares do gênero.

XactAutoSound
O primeiro programa no mundo que monta graficamente
seu projeto sonoro. Especificações:
- lista de especificação dos produtos comercializados no
mercado;
- projetos personalizados para qualquer carro, qualquer
marca e qualquer estilo;
- cálculo de dimensionamento de cabos e fusíveis;
- projeto de caixas acústicas completo;
- divisores de frequência passivos de até 24dB/oitava;
Além do XactAutoSound existem diversos outros programas para download.Não perca seu tempo,
faça o download dos programas. Vá ao site http://autosom.net e aponte o mouse no botão "projetos".
Irá aparecer na parte inferior da barra de botões vários links. Clique em Softwares.
Sistema de SPL para som automotivo
Um sistema de som voltado para o SPL (Sound Pressure Level ou nível de Pressão sonora)
consiste em fazer um sistema de som com o maior nível de pressão sonora possível, ou seja, o
maior barulho possível, normalmente utilizando as baixas freqüências (os graves). Muito comum
em campeonatos aonde os competidores chegam ao extremo com dezenas de subwoofers,
módulos e baterias em apenas um automóvel.
Neste tipo de sistema quando mais equipamentos colocarem maior será o SPL, portanto o fator
determinante para o limite é o bolso do cliente ou o espaço do carro. Pessoas normais que
adotam este tipo de sistema para o dia-a-dia são os adeptos ao estilo musical Bass, este tipo de
música tocam freqüências tão baixas que em um carro com um sistema bem eficiente chega
parecer um verdadeiro terremoto, disparando alarmes de carros e vibrando vidraças, para isso um
ou dois subwoofers já são suficientes sem ter que sacrificar completamente o porta-malas do
carro. Os falantes responsáveis pelas freqüências médias e altas podem ser os falantes originais
tocados pelo CD-Player ou por um módulo, vai depender do gosto e bolso do cliente.
Abaixo temos um exemplo de um sistema de som de SPL para campeonato:

* Alguns módulos têm entrada RCA e saída RCA para não serem necessários divisores
como mostrado no exemplo.

Em que consiste a ligação Bridge?

- Consiste em ligar o positivo do SubWoofer na saída positiva do canal esquerdo e o


negativo do SubWoofer na saída negativa do canal direito, ou vice-versa.
- Essa ligação não é aceita em módulos do tipo Booster
- Em alguns amplificadores é necessário mover chaves e configurar crossovers.
Verifique sempre seu manual.
- Assim você tem uma saída mono com cerca de 3 vezes mais potência do que numa
ligação comum em estério.
- A maioria dos amplificadores aceita uma mínima impedância de 4 Ohms nesta
ligação, mas em alguns amplificadores, chamados de alta corrente, podemos ligar uma
associação de SubWoofer com 0,5 Ohms podendo chegar a até 10 vezes mais de
potência fornecida pelo amplificador comparando com uma ligação comum em 4 Ohms
(caso do Audio Art 100HC).
- Em alguns amplificadores como o 4.6x da Rockford Fosgate é necessário inverter a
polaridade do SubWoofer em relação à polaridade de saída do amplificador caso esteja
utilizando crossover passa-alta para os falantes da frente e passa-baixa para o
SubWoofer.
- Verifique sempre o manual do amplificador para se certificar se ele aceita este tipo de
ligação e como fazer a correta ligação em modo Bridge.
- Geralmente os amplificadors MOS-FET trabalham com tensões de -28 Volts a 0 volts
e 0 a +28 Volts na ligação estério (2 canais) e na ligação bridge (1 canal) a tensão
varia de -28 a +28 Volts.

COMO REGULAR O GANHO DO AMPLIFICADOR


A regulagem do ganho é fundamental para o bom desempenho do sistema, e ganhos de entrada
corretamente regulados são garantia de durabilidade da aparelhagem.

Um amplificador, quando projetado, deve prever a possibilidade de utilização de vários aparelhos


de marcas diferentes (isto é, um amplificador de uma marca com um CD de outro etc.).
Diferentemente do som residencial, não existe um padrão no que se refere à voltagem do sinal de
áudio (RCA) e sua impedância. Um determinado amplificador, então, tanto pode ser ligado em um
aparelho que envie 2 volts de sinal, ou a um que envie 0,5 volts, e o mesmo deve vir preparado
para que se possam compensar essas variações. Este é chamado "ganho de entrada" do
amplificador.

Tal regulagem existe para que você possa fazer com que o amplificador chegue ao seu limite de
volume juntamente com o aparelho (auto-rádio, toca-fitas ou CD player) a que estiver conectado.
Alguns instaladores imaginam que o ganho de entrada de um amplificador é responsável pela
potência que o mesmo irá produzir, o que não é verdade. Se a fábrica projetou um amplificador que
pode produzir 200 watts, no máximo, não há nada que este profissional possa fazer que aumente
essa potência. Porquê? Simples! A potência de um amplificador é determinada basicamente pela
voltagem e amperagem que sua fonte possa produzir. Se já sabemos que o ganho não torna o
amplificador mais potente, vamos adiante.

Ganhos de entrada

A maioria dos instaladores faz (ou sugere) que a regulagem dos ganhos de entrada seja feita de
ouvido. Cuidado! Vários testes provam que o ouvido humano não é capaz de identificar valores de
distorção menores do que 20% da duração da programação musical. Em um ambiente ruidoso,
como uma loja de instalação de som, aumenta ainda mais (chegando até 30% ou 35%). Distorções
por clipagem neste nível podem facilmente queimar tweeters mais sensíveis, mesmo que a
potência aplicada seja baixa.

Como Regular

A maneira mais segura de regular ganhos de entrada é aplicar um sinal de 1 KHz (o som que a
televisão tem pela manhã juntamente com as barras coloridas), gravado em -10 dB ou -15 dB, para
compensar os diferentes níveis de gravação dos CDs, e iniciar a regulagem até que o osciloscópio
acuse a "clipagem". Uma pequena quantidade não será prejudicial, mas procure manter a onda
perfeita.

FONTE DE ALIMENTAÇÃO DOS AMPLIFICADORES AUTOMOTIVOS

1.1. Teoria conversores CC-CC

Conversores CC-CC são sistemas formados por semicondutores de potência operando


como interruptores, e por elementos passivos, normalmente indutores e capacitores que tem
por função controlar o fluxo de potência de uma fonte de entrada para uma fonte de saída,
adaptando tensão de entrada e saída conforme especificado em projeto.

Figura 1-Conversor cc-cc e forma de onda de tensão de saída

Onde Fs é a freqüência de comutação. Esta freqüência tende a ser a mais alta


possível, diminuindo assim o volume dos elementos magnéticos e capacitivos do conversor e
melhorando ou eliminando os ruídos audíveis produzidos pela oscilação. A razão entre o
intervalo de comutação (Ts) e o intervalo de condução do interruptor S (Ton) é definida por
razão cíclica e dada por:

A tensão média na saída deste conversor é calculada por:


Usando Ton = D.Ts tem-se:

A relação entre a tensão de saída e a tensão de entrada é definida por ganho estático
do conversor e dada então por:

Pelo gráfico mostrado na Figura 2 pode-se notar que a variação da tensão de saída
contra a razão cíclica é linear.

Gráfico 1-Ganho estático em função de D.

Os sinais de comando do interruptor podem ser gerados com freqüência de comutação


fixa ou variável. Uma forma de gerar os sinais de comando com frequência fixa é através de
modulação por largura de pulso (PWM). Na Figura 2 mostra uma forma simples de realizar
PWM.

Figura 2-Exemplo de circuito PWM.

Algumas aplicações de conversores:

Controle de velocidade de motores CC;


Fontes chaveadas;
Energias alternativas;
Correção de fator de potência;
Carregadores de bateria;
Aplicações veiculares;
Adaptação de tensão contínua;
1.2 Conversor Boost

Para a demanda idealizada para este relatório, iremos projetar um conversor Boost
elevador, de forma a atende-la. Segue o princípio básico de funcionamento do mesmo.
O Boost é um conversor elevador de tensão, caracterizado por ter entrada em corrente
e saída em tensão. Pode operar no modo de condução contínua ou descontínua, sendo que no
primeiro apresenta pouca distorção e é preferencialmente seu modo de operação usual. Pode
manter a tensão de saída regulada, sendo utilizado como pré-regulador. Além disso, também é
utilizado para correção do fator de potência. A Figura 3 mostra o diagrama elétrico do
conversor Boost.

Figura 3-Configuração conversor Boost.

As etapas de funcionamento do conversor Boost para operação no modo de condução


contínua são descritas a seguir.
1a Etapa: S está conduzindo. O indutor L é carregado com a energia da fonte VI.
2a Etapa: S está bloqueado. O diodo D entra em condução. A fonte Vi e o indutor L
fornecem energia à saída. A tensão na carga aumenta.
Ao retornar para a primeira etapa, o capacitor Co irá manter a tensão constante,
idealmente, sobre a carga enquanto L é carregado novamente.
A forma de onda da tensão sobre o indutor é mostrada na Figura 4.

Figura 4-Configuração conversor Boost.

Como a tensão média sobre o indutor deve ser nula, então:

Na Figura 5 mostra a variação da tensão de saída em função da razão cíclica para o


conversor Boost.
Figura5-Ganho estático em função de D.

As principais formas de onda do conversor Boost são mostradas na Figura 6.

Figura 6 – Principais formas de onda.


As principais características do conversor Boost são:

Tensão de saída maior que de entrada.


Utilizado na correção do fator de potência, com boa qualidade na corrente de
entrada, operando em malha fechada ou malha aberta para, respectivamente,
modo de operação contínua ou modo de operação descontínua.
Pode apresentar descontinuidade, conforme temporização e chaveamento.

1.2.1 Circuito e aplicação


1.2.2 Dimensionamento do Conversor Boost

Potência de saída: Pom= 48V.15 A = 720 VA – especificada para suportar a capacidade


requerida por um módulo de potência com carga máxima de 15ª.
Tensão de entrada nominal: Vi = 13,8 Vrms ± 10%. Essa tensão é obtida através de uma
bateria(do automóvel).
Tensão de Saída: Vo = 60 Vcc – corresponde à tensão do secundário com o qual será
estabelecido o fornecimento de energia aos equipamentos. Função de alimentação e
estabilização da tensão de saída.

Considerando Pin = Po, para um circuito ideal sem perdas, tem-se:


Corrente máxima de entrada Ii(Max):

Vin.Iin = Vo.Io => Iin = Po / Vin

Corrente máxima de saída Io(Max):

Vin.Iin = Vo.Io => Io = Pin /

Freqüência de chaveamento: A escolha da frequência de chaveamento é realizada a partir de


alguns fatores, tais como: frequência audível, evitando ruídos; perdas nas chaves; melhoria do
rendimento dos elementos reativos. Portanto escolheu-se uma freqüência fs=20 KHz para
atender essas especificações.

Indutância L1: a indutância foi calculada para uma variação máxima de 10% da máxima
corrente de pico. A máxima corrente de pico do indutor ocorre no pico da tensão de entrada
mínima com solicitação máxima de potência. O ciclo de trabalho D e a corrente de pico do
indutor ILp(max) para esta condição são dados por:

VO 1 VO Vi (0,9)
D
Vi 1 D VO

Po
I Lp (max) 2
0,9 Vi

IL 10% IL = 0,1*25,63

O valor da indutância é obtido por:


2 (Vi 0,9) D
L1
fS IL
Para garantir o modo de condução contínua, diminuindo distorções, ainda pode-se
fazer a seguinte análise, como garantia.
L>Lmin = Vin2.D / 2.Po.f
L>Lmin = (39,6)2.0,175 / 2.720.20k

Capacitor de saída C1: A expressão para o cálculo da capacitância está abaixo, considerando
uma variação de +-5% na tensão de saída (ripple admitido no projeto)
Vo = 48*0,05 = 2,4V
Io D
C
Vo f s
Chave semicondutora controlada S1 e o diodo de saída D1: as correntes de pico da chave e
no diodo são iguais às do indutor. Uma vez que é estabelecido um equilíbrio de energia no
indutor, a corrente média da chave e do diodo é igual à metade da corrente média de entrada.
Quando a chave semicondutora controlada está no estado de condução a tensão de
saída recai sobre o diodo. Quando a chave é bloqueada o diodo passa a conduzir e com isso a
tensão de saída é aplicada diretamente à chave semicondutora. Como a operação se dá em
alta frequência o diodo a ser usado deve ser do tipo rápido. Como chave semicondutora
controlada pode-se usar IGBT (Isulated Gate Bipolar Transistor) ou MOSFET. (Metal-Oxide-
Semiconductor Field-Effect Transistor)
Assim as exigências para o diodo e a chave semicondutora controlada são:
Corrente de pico máxima: 25,63A
Corrente eficaz nominal: 15A
Corrente média nominal: 14,73A
Tensão reversa mínima (diodo): Vo + Vo = 48 + 2,4 = 50,4V
Tensão direta de bloqueio (chave): Vo + Vo = 48 + 2,4 = 50,4V

1.2.3 Circuito Projetado e Simulado

Abaixo o diagrama do circuito desenvolvido e as simulações.

Circuito implementado

Tensão média de entrada e de saída


VS1 - Tensão sobre a chave

VL – Tensão sobre o indutor (geral e ampliada)


DICAS DE MANUTENÇÃO

MÓDULO POWER ACOUSTIK G640- 4 1000Wmax

FONTE QUEIMADA:
Utiliza 02 MOSFET FQP50N06, 02 resistores de polaridade dos Fet’s de 68R,e o PWM
utilizado é o TL494,conforme a foto abaixo:
Pode-se substituir os MOSFETs FQP50N06 pelos IRFZ44,que possuem uma corrente de dreno
de 50A e tensão VDSS de 60V, esta maior que do original.
Veja as características do IRFZ44:
Já os resistores possuem tolerância de 5% e podem variar entre 47 R a 100R.

Após substituição dos componentes danificados, ocorrer um apito nos transformadores de


fequência (transformador Toroidal) ,substitua o TL494(pode ser KA,ST,TL...494).
Foto acima destacando os transformadores de freqüência(toroidais)

CONFIGURAÇÃO TÍPICA DO TL494


PYRAMID GOLD 800

ACENDENDO PROTEÇÃO APÓS ALGUNS SEGUNDOS LIGADA:


O defeito com certeza está na etapa de áudio, ou seja na saída dos amplificadores Push Pull
,que são 04.Verifique se há algum transistor das saídas em curto ou aberto,senão siga as
etapas abaixo:
Observe que a fonte de alimentação é dupla, sendo cada uma delas alimentar 02
amplificadores.
Primeiro isole uma das fontes, retirando os 02 diodos schottky de um dos lados e ligue o
módulo.Se acender a proteção, recoloque-os no lugar e retire os do outro lado.Caso não
acenda a proteção, já sabemos qual lado dos amplificadores está o problema.
Verifique os resistores de fio das saídas que foram isoladas da proteção.
No meu caso um desses resistores de fio estava aberto.São resistores de 0R15 de 5W,mas se
houver algum mal contato,transistores e resistores alterados,em curto ou aberto nas etapas do
amplificador, o TL494 identificará como dano acionando assim a proteção, tendo visto que este
CI é um PWM e chaveado (além da freqüência) também de acordo com o consumo de corrente
, usando um comparador feito por um AO LM2904 ou LM358.

Veja acima os resistores de fio

Características e pinagem do:


BANDA VXICE 1800WRMS MONO DIGITAL

Módulo de potência Digital,com microcontrolador para controle total do equipamento e saída


digital do tipo amplificador classe D.
NÃO FUNCIONA E PROTEÇÃO ACIONADA
Defeito constatado foi um dos MOSFETs de saída em curto.Mas vamos a um breve resumo de
como funciona este equipamento:
Possui uma entrada de áudio analógica, passando por um modulador e integrador e enviado a
um conversor analógico/Digital e entregue a um comparador que aciona um drive que chavea
os MOSFETs e sua saída pulsante aciona transformadores toroidais que converte o sinal
chaveado pulsante em sinal analógico que por sua vez aciona os altofalantes.
Sabendo disso, além de testar os MOSFETs é necessário também testar os drives do
respectivo Fet danificado.
Abaixo a foto da etapa de saída deste módulo:
Características do MOSFET IRFP90N20D

Características do Diver IR2010S


PLACA COMPLETA

Esquema de um canal de áudio


Entrada de áudio, modulador e conversor AD

Entrada de áudio,modulador e conversor AD de 01 canal


Ligação de altofalante:

TH2500

SAÍDA DE ÁUDIO QUEIMADA, ACENDENDO PROTEÇÃO:


Este equipamento utiliza em sua saída transistores Darlington em cascata..
Em cada canal possui 03 TIP105 e 03 TIP102.A maior dificuldade de se medir estes na placa é
que os mesmos são interligados em cacata, e qualquer um deles que apresentar uma fuga fica
difícil perceber, medindo-os na placa, sendo que o primeiro passo é retira-los e medi-los
individualmente.

Sua fonte é compatível com as demais fontes chaveadas DC DC,porém o PWM é o SG3525
CONFIGURAÇÕES TÍPICAS DO SG3525
CROSSFIRE CFA1000D / 250W RMS

Módulo digital com amplificador tipo D, utilizando MOSFET IRF9640 para SUBWOOFEER.
FONTE QUEIMADA:
Visivelmente se constatou a queima dos MOSFETs da fonte, devido a carbonização visível.Os
MOSFETs utilizados nesta fonte são os IRF3205,com características semelhantes ao IRFZ44 e
48, porém com corrente praticamente o dobro dos IRFZ, que são de 50 a 60 A e o IRF3205 é
de 110A ,sendo não indicado utilizar os IRFZ, porém pode-se utilizar o IRF1405 trabalha com
correntes de até 169A ,sendo até mais eficiente.
Esquema da fonte do Crossfire

Amplificador tipo D do CROSSFIRE


BOSS CX1000
DEFEITO: RUÍDO QUANDO CARRO ESTÁ LIGADO.
Este módulo possui as características básicas análoga aos Pyramid.Porem com uma fonte
maior(04 Fets por fonte)e ao invés de utilizar o LM2904 este utiliza um KIA4558, a saída
utilizando 04 transístores por canal ao invés de 02.
É um defeito muito simples de se resolver, pois o mesmo está nos conectores RCA,
provavelmente está com o terminal terra quebrado, sendo asssim basta medir o terra dos
conectores com a carcaça do módulo. Evite emendar o conector para evitar mau contato e
justamente uma peça muito barata, substitua.

As fontes de alimentação
Observe a foto acima, os conectores RCA ficam nesta placa menor.
DICAS TÉCNICAS

TURBINANDO UM MÓDULO PYRAMID SIGNATURE PB780

Primeira coisa, melhorar os capacitores de entrada de alimentação, pra não ter queda,coloca
de 6800 µF/25V. Depois troca os IRFZ da fonte, original usa o IRFZ44, coloca os IRF3205 ou
IRF1405,. Enrolar o secundário do toroidal , original dá 23 voltas, enrola um com 33voltas.
Trocar os capacitores de filtro, coloca ,se possível, de 15.000 µF/70V,no secundário,. Trocar os
transistor de saida que é 2SB688 e o par 2SB718, e coloca os 2SA1941, e o par 2SC5198,. Ai
os excitadores trocar pelos BD139 e o BD140, que é o par. Agora pega os circuitos do pré que
usa o MC4558, coloca os LM072, pronto te garanto que você dobra a potencia do módulo....
DATASHEET DE ALGUNS TRANSÍSTORES DE SAÍDA DE ÁUDIO
TIPOS DE PINAGENS MAIS COMUNS
Características do alto falante Bomber
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