O Mal e o Remédio
O Mal e o Remédio
O Mal e o Remédio
Data: 08/02/10
INTRODUÇÃO
Santo Agostinho nessa mensagem pergunta: “a vossa Terra é, pois, um lugar de alegria,
um paraíso de delicias? A voz do profeta não ressoa mais aos vossos ouvidos? Ele não
apregoou que haveria pranto e ranger de dentes para aqueles que nascessem nesse vale
de dores? Vós que viestes aí viver esperai, pois lágrimas cruciantes e penas amargas, e
mais as vossas dores sejam agudas e profundas, olhai o céu e bendizei o Senhor por ter
querido vos experimentar”.
2. Não devemos, pois acusar DEUS ou lamentarmos diante da DOR, pois ela é
fruto das nossas ações equivocadas e devemos aceitá-la com resignação, pois que a
doutrina espírita nos revela as causas das aflições que podem está na vida presente ou
passada. Joana de Angelis nos informa que além do nosso carma individual, carregamos
o carma coletivo, ou seja, temos os nossos débitos perante as leis divinas
individualmente e também os coletivos que é a própria crucifiação do HOMEM JUSTO,
do Cristo, que nada devia e que doou a própria vida para nos mostrar a vida futura, ou
seja, que a morte não existe, que a vida continua após a morte do corpo físico e a
doutrina espírita nos mostra a grande revelação do mundo espiritual através da vasta
literatura com depoimentos dos que lá se encontram.
3. Diante da DOR, que tem como principal finalidade despertar o homem para o
seu progresso moral e espiritual devemos ter a conduta de AGRADECER a Deus por
nos experimentar, procurar refletir sobre ela e colocar de forma POSITIVA a conduta a
ser tomada, pois somos seres psicológicos, ou seja, pensantes e não devemos deixar que
as emoções NEGATIVAS (pessimismos, acomodação e outras) nos paralisem as forças
ou proporcione desequilíbrios de desespero, na certeza de que aquela situação irá passar
ou aquele problema terá solução e devemos, pois através da ORAÇÃO e da atitude
positiva (com confiança) aguardar com paciência a ação de DEUS, mas não cruzando os
braços de forma acomodados, preguiçosos, devemos fazer planejamentos viáveis e
confiar em JESUS que nos disse “EU SOU O CAMINHO, A VERDADE E A VIDA”.
Santo Agostinho nos diz “procurai, pois consolações aos vossos males no futuro que
Deus vos prepara e a causa deles no passado e vós que sofreis mais, considerai-vos os
bem aventurados da Terra”.
4. Sabemos que somos espíritos reencarnados, que estamos aqui para progredir e
quando estávamos no mundo espiritual escolhemos as nossas provas e nos
acreditávamos muitos fortes para suportá-la e por isso não devemos reclamar. A prova
da fortuna para sustentar a luta da tentação e vencê-la, a luta de corpo e alma contra o
mal moral e físico e quanto mais dura for a prova, tanto maior a vitória e quanto retornar
a verdadeira vida, que é a espiritual a alma retorna mais branca e pura diante do batismo
da expiação e do sofrimento.
5. Pergunta então Santo Agostinho, que remédio, pois recomendar àqueles que
estão atacados de obsessões cruéis e males cruciantes? A resposta é enfática, um só é
infalível: a FÉ, o olhar para o céu e saber que não estamos sós, que Deus existe e nos
ama incondicionalmente, que o Mestre jamais nos abandona. É, pois a FÉ o remédio
certo do sofrimento. Ela mostra sempre os horizontes do infinito, diante dos quais se
apagam os poucos dias sombrios do presente, recordai que aquele que crê é forte pelo
remédio da fé.
6. A dúvida enfraquece a fé. Aquele que duvida um segundo de sua eficácia é logo
punido, porque experimenta no mesmo instante as pungentes angústias da aflição.
9. No campo material, Kardec define a fé como humana, quando ela é usada para
conseguir objetivos materiais e intelectuais (compra de uma casa, passar em concursos,
melhoria profissional buscando novos horizontes de atuação, etc). todos temos que ter
esta fé, que é a crença em nossa própria capacidade de realizar uma tarefa material. Mas
deve ser aliada à humildade e à racionalidade, para não se transformar em orgulho,
sentimento este que nos traz ilusões sobre a nossa personalidade. Exemplos não nos
faltam na nossa própria vida de relação e entre outros como: Gandh, pacifista que lutou
sem armas, Madre Teresa de Calcutá, Irmã Dulce, Chico Xavier, Divaldo Franco,
cientistas e outros. No campo espiritual, Kardec define a fé como divina, pois ela orienta
o homem na crença em uma força superior a ele e a tudo, que direciona a sua capacidade
na busca de algo além do material, na descoberta do seu lado imortal. É a religiosidade,
agregando a caridade, a fraternidade e a melhoria interior. Essa fé, aliada a fé humana,
espiritualiza os objetivos desta última e direciona esta força material para a satisfação da
coletividade e não mais só da individualidade.
10. A fé necessita de uma base, e essa base é a perfeita compreensão daquilo em que
se deve crer. Para crer, não basta ver, é necessário sobretudo compreender (O Evangelho
Segundo o Espiritismo, XIX,6). A Doutrina Espírita veio propogar, que é a fé
RACIONAL. Aquela que veio aliar a este sentimento de crença e vontade de querer,
uma qualidade própria do nosso tempo, que é a razão. É ela quem dá uma base sólida a
nossa crença, podendo encarar a ciência e o progresso a qualquer tempo. E que também
nos ensina que não basta só crer ou ver, é também necessário compreender. Isto se aplica
principalmente no Espiritismo, onde o estudo e a prática da caridade são fundamentais
para um bom desenvolvimento do trabalhador espírita. Não basta também sentir, ver,
ouvir, incorporar ou falar com os espíritos, é importante compreender sua natureza, o
seu ambiente, a sua ação no mundo material e espiritual. A fé cega, aquela que acredita
sem compreender, sem questionar, tem origem no fanatismo religioso que causou tanto
mal para a humanidade e que deve ser combatida com serenidade e racionalidade.
11. A fé sem obras não vale nada, é vital aplicarmos o que estamos apendendo e o
que já sabemos, mudando o mundo em nossa vida, primeiramente o nosso interior e
depois a parte externa (a reforma íntima). Não adianta lermos toda a Bíblia, todas as
obras da codificação, todas as obras complementares, se todo este cabedal de
ensinamentos não mudar o nosso espírito para melhor, transformando em obras
materiais e espirituais o que aprendemos. É o benefício que podemos fazer ao próximo,
e que, com certeza, será também revertido para nós mesmos.
Muita Paz!