Apostila de Eletronica - Circuitos Eletronicos
Apostila de Eletronica - Circuitos Eletronicos
Apostila de Eletronica - Circuitos Eletronicos
(Teoria 1)
Introdução
Essa Teoria I vai abrir um novo mundo em seus conhecimentos o mundo
da Eletrônica.
Ela lhe ensinará o que são circuitos eletrônicos e explicará os significados
de corrente elétrica, tensão elétrica e resistência elétrica. Você também irá
conhecendo, aos poucos, os tipos mais importantes de componentes usados
na montagem de circuitos eletrônicos. Após o entendimento dessa parte
teórica, veja a parte prática relativa a esse assunto.
Vamos estudar:
A mola metálica, por exemplo, não só permite caminho elétrico para a corrente
como também mantém no lugar, sob pressão, as pilhas em seu interior. As
partes metálicas do interruptor têm que garantir bom contato elétrico e não
ficarem danificadas pelo uso contínuo.
Uma lanterna também tem partes feitas com material não condutor de
corrente elétrica, tais como plásticos e borrachas. A cobertura de plástico
dessa lanterna é um isolante elétrico. Sua forma é importante para que se
tenha um manuseio cômodo. Sua cor a tornará mais ou menos atraente aos
olhos do usuário.
Como você verá, os circuitos elétricos conterão sempre partes que conduzem
e partes que não conduzem correntes elétricas. O segredo todo, nos
circuitos elétricos, é delimitar um caminho pré planejado para a corrente.
Uma lanterna é um produto elétrico simples, mas muita gente já perdeu noites
de sono em seus projetos para que você tenha um dispositivo que trabalhe
bem.
Você pode pensar em alguma outra coisa que o projetista deva levar em
consideração na produção em massa de lanternas?
Corrente elétrica
I = Q : ∆t
Conversões:
1 A = 1 000 mA = 1 000 000 µA ⇒ 1 A = 103 mA = 106 µA
Tensão elétrica
É algo produzido pelas células voltaicas (as pilhas). Esse algo, causa da
corrente elétrica, é a tensão elétrica ou diferença de potencial (d.d.p.) que
surge entre os terminais da pilha (pólo positivo e pólo negativo).
Vamos explicar isso um pouco mais: o que uma pilha realmente faz, quando
em funcionamento, é uma conversão de energia; ela converte energia
química (que está armazenada nas substâncias químicas que estão dentro
dela) em energia elétrica. Quanto de energia química é convertida em energia
elétrica, e transferida para cada coulomb de carga elétrica que é
movimentado dentro dela, é o que caracteriza a tensão elétrica nos terminais
da pilha.
Essa grandeza é indicada pela letra U e é medida na unidade volt (símbolo V).
Assim, falar que a tensão U entre os terminais de uma pilha é de 1,5 V significa
dizer que ela fornece 1,5 J de energia elétrica para cada 1,0 C de carga que a
atravessa.
Do mesmo modo, falar que a tensão elétrica entre os terminais de uma bateria
(associação conveniente de células voltaicas) é de 12 V, significa dizer que:
cada 1,0 C de carga elétrica que passa por dentro dela e sai pelo pólo positivo,
leva consigo 12 J de energia elétrica. Claro, a energia química da bateria
diminui de 12 J e, com o uso contínuo ela irá "pifar", ficar sem energia. O termo
popular para isso, lembra-se, é "descarregada".
Se indicarmos por U a tensão nos terminais da pilha (ou bateria etc.), por Q a
quantidade de carga elétrica que a atravessa e por E a quantidade de energia
que ela fornece para essa carga, teremos:
U=E:Q
Qual desses arranjos acima faria a lâmpada acender com maior brilho?
Uma célula individual pode prover uma pequena intensidade de corrente por
muito tempo, ou uma grande intensidade por pouco tempo. Conectando-se as
células em série aumentamos a tensão elétrica total disponível, mas isso não
afeta o tempo de vida útil das células. Por outro lado, se as células (iguais)
forem conectadas em paralelo, a tensão não fica afetada, continua os mesmos
1.5 V, mas o tempo de vida da bateria é dobrado.
Uma pilha provê uma tensão elétrica com polaridade fixa (o pólo positivo nunca
ficará negativo e vice-versa), de forma que fluxo da corrente se dará sempre no
mesmo sentido. Por isso ela é denominada corrente contínua ou CC, em
contraste com a corrente elétrica domiciliar, que é mantida por um gerador que
provê tensão elétrica constantemente variável. A polaridade nos terminais
desse tipo de gerador é tal que a corrente inverte seu sentido de percurso 60
vezes a cada segundo de funcionamento. Isso dá lugar a uma corrente
alternada ou AC. Nela, os portadores de carga elétrica invertem seu sentido de
percurso, num incessante vai-vem.
Resistência elétrica
Em uma lanterna não acontece isso. Parte do circuito da lanterna limita o fluxo
de cargas, mantendo a intensidade da corrente com valores adequados.
Algumas outras partes não afetam substancialmente esse fluxo. A propriedade
elétrica dessas partes, umas dificultando o fluxo de cargas e outras não,
caracterizam uma grandeza denominada resistência elétrica.
Se uma bateria feita com duas pilhas tamanho C, em série, provê uma
tensão elétrica U = 3 V, nos terminais de uma lâmpada incandescente,
mantendo uma corrente elétrica de intensidade I = 300 mA = 0,3 A, qual a
resistência elétrica R desse filamento?
R = U : I = 3V : 0,3A = 10Ω
Em símbolos:
U : I = constante = R
U = R.I e I=U:R
Escrita dessa última forma, a lei de Ohm estabelece que, sob temperatura
constante, a intensidade de corrente que circula por um material é diretamente
proporcional à tensão elétrica (d.d.p.) aplicada e inversamente proporcional à
sua resistência elétrica.
Essas equações simples são fundamentais para a Eletrônica e, uma vez que
você aprenda a usá-las corretamente, verá que constituem chaves para
resolução de delicados problemas sobre circuitos elétricos.
Nota: Por motivos que será oportunamente explicado (potencial elétrico), evite
escrever a lei de Ohm sob a forma V = R.I. Sob esse prisma, será
perfeitamente válido escrever V - V'= R.I, onde V - V' indica uma diferença de
potenciais elétricos (d.d.p.).
Introdução
Assim como nos demais campos do conhecimento humano, também na
Eletrônica, devemos associar Teoria à Prática. Sua compreensão se
desenvolverá bem mais rapidamente se você começar cedo a manipular e
utilizar os diversos componentes eletrônicos.
Vamos estudar:
Breve você estará apto a montar uma dessas fontes de alimentação (e não vai
mais precisar comprar pilhas ou baterias!)
Os fios que vem da lâmpada devem ser inseridos exatamente nas colunas
mostradas. Cheque o filamento da lâmpada para ver se não está rompido.
Essa montagem ilustra exatamente o circuito da lanterna. A menos que haja
um percurso contínuo, a corrente não circulará e a lâmpada não irá acender.
Nessa figura, passe sua caneta para mostrar as ligações por baixo da matriz
de contatos, de modo a enxergar o circuito completo.
Repare que os canais (blocos com 5 orifícios) são independentes entre si.
Uma vez que seu circuito está pronto para funcionar, o que você nota
com relação ao brilho das lâmpadas?
Em relação aos circuitos anteriores, que você pode dizer quanto à
intensidade de corrente em cada lâmpada?
Faça vários ensaios com esse circuito e procure interpretar suas observações
em termos de resistência global do circuito e intensidades de correntes que
circulam em cada lâmpada.
Teoria 2 - Resistores
Prof. Luiz Ferraz Netto
leo@barretos.com.br
Tópicos
Apesar disso, nas ilustrações eletrônicas brasileiras (de revistas etc.) opta-se
pelo "retângulo", talvez por simplicidade do desenho. Nos livros de Física
publicados no Brasil, em geral, usam-se do "zig-zag" (linha quebrada).
2. Que é um transdutor?
Resistores de fio, são feitos enrolando fios finos, de ligas especiais, sobre uma
barra cerâmica. Eles podem ser confeccionados com extrema precisão ao
ponto de serem recomendados para circuitos e reparos de multitestes,
osciloscópios e outros aparelhos de medição. Alguns desses tipos de
resistores permitem passagem de corrente muito intensa sem que ocorra
aquecimento excessivo e, como tais, podem ser usados em fontes de
alimentação e circuitos de corrente bem intensas.
Código de cores
Como os valores ôhmicos dos resistores podem ser reconhecidos pelas
cores das faixas em suas superfícies?
PRETO MARROM VERMELHO LARANJA AMARELO VERDE AZUL VIOLETA CINZA BRANCO
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9
A QUARTA FAIXA (se existir), um pouco mais afastada das outras três, é a
faixa de tolerância. Ela nos informa a precisão do valor real da resistência em
relação ao valor lido pelo código de cores. Isso é expresso em termos de
porcentagem. A maioria dos resistores obtidos nas lojas apresentam uma
faixa de cor prata, indicando que o valor real da resistência está dentro da
tolerância dos 10% do valor nominal. A codificação em cores, para a
tolerância é a seguinte:
TOLERÂNCIA + ou – 1% + ou – 2% + ou – 5% + ou – 10%
Nosso resistor apresenta uma quarta faixa de cor OURO. Isso significa que o
valor nominal que encontramos 4 700Ω tem uma tolerância de 5% para mais
ou para menos. Ora, 5% de 4 700Ω são 235Ω então, o valor real de nosso
resistor pode ser qualquer um dentro da seguinte faixa de valores: 4 700Ω -
235Ω = 4 465Ω e 4 700Ω + 235Ω = 4 935Ω .
Quando você for ler em voz alta um valor ôhmico de resistor (a pedido de seu
professor), procure a faixa de tolerância, normalmente prata e segure o
resistor com essa faixa mantida do lado direito. Valores de resistências podem
ser lidos rapidamente e com precisão, isso não é difícil, mas requer prática!
A cor preta (0) para a faixa do multiplicador indica que nenhum zero (0 zeros)
deve ser acrescentado aos dois dígitos já obtidos.
Usando esse método, para indicar valores entre 10 ohms e 100 ohms,
significa que todos os valores de resistor requerem o mesmo número de
faixas.
Para resistores com valores ôhmicos nominais entre 1 ohm e 10 ohms, a cor
do multiplicador é mudada para OURO. Por exemplo, as cores marrom, preto
e ouro indicam um resistor de resistência 1 ohm (valor nominal).
A resposta, pelo menos em parte tem algo a ver com a precisão expressas
pelas porcentagens. Na tabela abaixo indicamos os valores encontrados nos
denominados padrões E12 e E24, um para aqueles com tolerância de 10% e
outro para a tolerância de 5%:
Nominal = 100Ω
90 110
Nominal = 120Ω
108
132
Isso significa que, quando você substituir um resistor danificado por outro com
um valor nominal mais alto, sua resistência real, quase certamente, também
terá valor maior. Do ponto de vista prático, tudo isso serviu para mostrar a
você que os resistores de filme de carbono são disponíveis em múltiplos dos
valores indicados nos padrões E12 e E24.
Limitador de corrente
Agora você já está pronto para calcular o valor ôhmico do resistor que deve
ser conectado em série com um LED. É um resistor limitador de corrente.
Observe a ilustração:
R1 = U ÷ I
R1 = 7V ÷ 0,01A = 700Ω
O valor obtido, mediante cálculo, para R1 foi de 700Ω . Qual o valor mais
próximo que deve ser selecionado entre os indicados nos padrões E12 e E24?
Resolução:
b) a soma das tensões sobre todos os componentes deve ser igual à tensão
total aplicada;
Comentemos isso tendo em vista o circuito ilustrado a seguir, onde temos dois
resistores R1 e R2 conectados em série, sob tensão total de 6V:
I = Utotal / Rtotal
Substituindo:
I = 6V / 2 000Ω = 0,003A = 3 mA
A tensão elétrica sobre o resistor R2 deve ser também de 3V, uma vez que a
soma delas deve dar os 6V da fonte de alimentação.
R1 x R2
Rtotal =
R1 + R2
R1 x R2 1000Ω x 1000Ω
Rtotal = = = 500Ω
R1 + R2 1000Ω + 1000Ω
2. Cálculo da corrente total:
Utotal 6V
Itotal = = = 0,012 A = 12 mA
Rtotal 500Ω
Utotal 6V
I1 = = = 0,006 A = 6 mA
R1 1000Ω
NOTA
Uma fórmula alternativa para o cálculo da resistência total para dois resistores
é: 1/Rtotal = 1/R1 + 1/R2 . Apesar de aritmeticamente ser mais trabalhosa para
cálculos mentais, ela é mais geral, pois pode ser estendida a mais de dois
resistores. Para o cálculo da resistência total de 4 resistores (iguais ou não)
em paralelo teremos:
2. U2 ou 3 = R2 ou 3 x I2 ou 3 = 1000Ω x 0,002A = 2V
Energia convertida
Potência =
Tempo para a conversão
Ou
P=U.I
Alguns tipos de resistores (cujo tamanho físico não pode exceder umas dadas
dimensões ... mesmo porque nem caberiam nas caixas que alojam o circuito)
devem usar outros recursos que permitam uma maior dissipação para os seus
tamanhos. Um dos recursos é manter uma ventilação forçada mediante
ventiladores. Outro, é coloca-los no interior de uma cápsula de alumínio
dotada de aletas. Isso determina uma superfície efetiva bem maior. Temos
uma ilustração dessa técnica na figura acima, para o resistor de 25W..
Usando o multímetro
Quanto mais habilitado você estiver com esse aparelho de medição, mais
poderá testar circuitos, entendendo melhor como funcionam, como localizar e
corrigir falhas.
Tópicos
Observe que, para a medida de uma diferença de potencial (tensão) entre dois
pontos (os terminais do resistor R2, na ilustração), o circuito não precisa ser
interrompido; o voltímetro é conectado em paralelo.
Para que a inclusão do voltímetro não altere substancialmente o valor da
resistência do trecho sob medição é preciso que a resistência própria (interna)
do medidor seja a mais alta possível. Em outras palavras, a intensidade de
corrente através do voltímetro deve ser mínima.
Que medição você acha que é mais útil para o experimentador, intensidade de
corrente (com amperímetro) ou tensão elétrica (com voltímetro)?
Ambas são úteis porém, a medida de tensão é muito mais prática e muito
mais freqüente. Ela é uma medição fácil pois incorpora a vantagem de não
necessitar nenhuma interrupção no circuito original. Nesse tipo de medição, as
pontas de prova do voltímetro são simplesmente encostadas nos pontos entre
os quais quer se saber o valor de tensão.
Além disso, o componente cuja resistência está sob medição deve ser retirado
do circuito. Na ilustração, o resistor R2 foi retirado para uma perfeita medição
do valor de sua resistência. Na prática não é necessário dessoldar seus dois
terminais, basta soltar um deles.
Multímetros digitais
Multímetros digitais são projetados por engenheiros eletrônicos e produzidos
em massa. Até mesmo os modelos mais baratos podem incluir características
que você, iniciante, provavelmente não as usará.
Cuidado especial deve ser tomado para as ligações das pontas de prova no
multiteste. O fio vermelho que termina em ponta deve ser conectado ao
terminal marcado com V, Ω ,mA e o fio preto que termina com um jacaré
deve ser inserido no terminal marcado com COM (COMUM).
Multímetros analógicos
Nota: O próximo capítulo (Teoria III) dará detalhes dos divisores de tensão.
A resistência imposta pelo LDR é afetada pela luz que incide sobre sua face
sensível. Na escuridão essa resistência é bem alta, 1 MΩ ou mais. Sob
iluminação (quando então a energia luminosa aumenta o número de
portadores de carga disponível para o fluxo de corrente) a resistência diminui
sensivelmente, podendo mesmo chegar abaixo dos 100 Ω .
2. Medidas de resistência
Observe que a corrente tem que circular pelo amperímetro assim como pelo
circuito. O circuito foi previamente interrompido e o amperímetro inserido.
Faça uma nova leitura de intensidade de corrente levando o "jumper" que está
ligado em A para uma nova posição B.
(A) 1,8 kΩ
(B) 270 Ω
(C) 56 kΩ
RESPOSTAS ... A
1.
(a) Como limitador de intensidade de corrente em determinados componentes,
(b) como um transdutor (como parte de um subcircuito de sensor),
(c) como modificador da constante de tempo quando associado em série com
um capacitor.
RESPOSTAS ... B
(A) 1000Ω ou 1 kΩ
(B) 820Ω
(C) 3 900 000Ω ou 3,9 MΩ .
3. código de cores:
4. ouro = ±5% è máximo: 220Ω +11Ω =231Ω mínimo: 220Ω -11Ω =209Ω
prata = 10%è máximo: mínimo:
RESPOSTAS ... C
1. valores de resistor:
(A) 33
(B) 8.2
(C) 33 000, ou 33
2. códigos de cor:
RESPOSTAS ... D
RESPOSTAS ... E
RESPOSTAS ... F
1. resistor em série:
(A) 3
(B) 2 mA
2. resistor em paralelo:
(A) 0.67
(B) B=9 mA, C=6 mA, D=3 mA,
RESPOSTAS ... G
O divisor de tensão
Sensores de temperatura
Ponte de Wheatstone
Sensores de som
Sinais de interruptores
Conclusão
O divisor de tensão
Você vai ficar sabendo o que é isso, mas não tenha pressa. Acompanhe
atentamente o capítulo e deixe a explicação aparecer naturalmente.
Como você pode ver, foram conectados dois resistores em séries, sendo a
associação alimentada pela tensão Uentrada, freqüentemente proveniente da
fonte de alimentação.
Suponha que o LDR adquirido tenha resistência de 500Ω (0,5 kΩ) sob luz
brilhante e 200 kΩ na sombra (esses valores são bem razoáveis).
Em outras palavras, esse circuito "sensor de luz" entrega na saída uma tensão
BAIXA quando o LDR está intensamente iluminado e uma tensão ALTA
quando o LDR está na sombra. O circuito do divisor de tensão dá uma tensão
de saída que se altera com a iluminação.
Talvez isso não lhe pareça terrivelmente excitante mas, fique sabendo que,
praticamente todos os circuitos sensores que você possa imaginar utiliza, de
algum modo, um divisor de tensão. A menos que você invente um outro
processo para isso!
Nesse divisor de tensão, substituímos o Rde cima pelo LDR. O resistor de 10 kΩ
passou para baixo e a tensão de saída está sendo recolhida entre seus
terminais.
A ação do circuito fica invertida, ou seja, Usaída torna-se ALTA quando o LDR
está sob iluminação e BAIXA quando mantido à sombra.
Sensores de temperatura
Vejamos; como opção pretendemos um circuito que forneça uma ALTA tensão
quando elevações de temperaturas forem detectadas. Para tanto, vamos
precisar de circuito divisor de tensão, com um termístor NTC na posição Rde
cima. A Usaída será recolhida no Rde baixo.
Acompanhe:
Como você faria um circuito sensor para detectar temperaturas abaixo dos 4oC
e com isso advertir os motoristas da possibilidade de gelo sobre a pista?
Dessa vez, queremos um circuito que entregue na saída uma ALTA tensão
sob baixas temperaturas. Para tanto devemos preparar um divisor de tensão,
usando um termístor NTC na posição Rde baixo e recolher a Usaída sobre ele. Veja
o esquema básico:
Para responder a essa pergunta, você precisa calcular (ou saber de antemão)
a resistência do termístor a 4°C.
São fabricados muitos tipos de termístores, cada um com seu próprio padrão
característico de alteração da resistência em função da temperatura. Os
fabricantes publicam gráficos que mostram as curvas características desses
termístores.
Como você pode observar esse particular termístor tem uma resistência ao
redor dos 70 kΩ à 0 oC e aproximadamente 1 kΩ à 100 oC. Os fabricantes
normalmente catalogam seus termístores indicando suas resistências aos 25
o
C esse que ilustramos apresenta resistência de 20 kΩ à 25 oC . Marque
esse ponto no gráfico para mostrar que você entendeu mesmo o jeitão da
coisa.
Se você quiser avançar um pouco mais no assunto eis outra informação:
usualmente os fabricantes acrescentam em seus catálogos outra informação a
respeito do termístor, é o seu beta ou o fator-β . Em posse desses dois dados
RT0 (resistência de referência) e o fator-β , é possível calcular um valor
aproximado da resistência RT do termístor para qualquer particular
temperatura usando da seguinte expressão:
{β [(1/T) - (1/T0)]}
RT = RT0 x e
Isso significa que, selecionando-se um valor para Rde cima perto de 58,2 kΩ ,
fará o divisor de tensão usado como "alarme de gelo" ficar o mais sensível
possível aos 4oC. O valor mais próximo desse valor ideal nos padrões
E12/E24 é o 56 kΩ . Esse detalhe é importante uma vez que grandes
alterações em Usaída facilitam o projeto do sensor de gelo tornando-o mais
confiável para detectar temperatura abaixo dos 4oC.
Termístores são utilizados nos lugares "mais estranhos" que você possa
imaginar. Nos projetos automotivos, por exemplo, citamos:
* etc.
Ponte de Wheatstone
Vamos ajustar RC até que a Usaída sobre ele fique igual à Usaída do divisor que
contém RX. Quando esses valores tornarem-se iguais, a ponte será dita "em
equilíbrio".
Quando o equilíbrio for obtido, a razão RX/RA será igual à razão RB/RC.
Reorganizando:
RA x RB
RX =
RC
Sob esse formato fica menos óbvio o circuito básico de dois divisores de
tensão mas, uma vez que você sabe disso, torna-se fácil entender a ação do
circuito.
Sensores de som
Talvez você conheça um sensor de som com outro nome; que tal, microfone.
Sinais de interruptores
Nos circuitos que processam sinais lógicos, uma BAIXA tensão é denominada
"lógica 0" ou simplesmente "0", enquanto que uma ALTA tensão é
denominada "lógica 1" ou simplesmente "1". Esses circuitos divisores de
tensão, com interruptores de botão, são perfeitos para proverem entradas de
sinais lógicos. [Há um probleminha de "reboot" ... mais isso é outra história.]
Conclusão
Divisores de tensão não são apenas pequenos detalhes num circuito geral,
eles são fundamentais para a compreensão do circuito eletrônico como um
todo. Uma vez que você os entenda e saiba como procura-los você os
encontrará em todos os circuitos.
Praticando com os sensores
Prof. Luiz Ferraz Netto
leo@barretos.com.br
Tópicos
Circuitos possíveis
Medindo resistências
Circuito sensor de luz
Circuito sensor algo diferente
Conclusões
Circuitos possíveis
⇒ Observe bem essa expressão. Ela poderá nos auxiliar a prever coisas
importante.
O que acontecerá com a Usaída se Rbaixo for se tornando cada vez menor?
Medindo resistências
Se o medidor indicar "restos" como ' 1 . ', a provável explicação é que o fusível
interno desse aparelho deve ter "pifado". O fusível interno protege o medidor
de descuidos ou manuseio incorretos nas ligações. Isso pode ocorrer com
freqüência se não for tomado o devido cuidado ao utilizá-lo como amperímetro
ou como ohmímetro. Se tal erro aparecer, substitua o fusível interno
(normalmente de 200 mA, tipo fusão-rápida) ou use outro aparelho.
Anote abaixo o valor da resistência que você obteve com o LDR exposto às
luzes do laboratório:
• ____________________________________________________
• ____________________________________________________
Agora cubra totalmente o LDR com sua mão, de forma que ele fique no
escuro. A resistência do LDR aumentará.
• ____________________________________________________
• ____________________________________________________
Tente cobrir a face sensível do LDR de um modo prático que torne fácil repetir
as situações. Com essa montagem você poderá comparar os valores ôhmicos
do LDR na "luz" e na "escuridão" no circuito básico do sensor no divisor de
tensão. Com isso você poderá verificar "no ato", qual os melhores valores do
resistor fixo que deve ser usado nesse circuito sensor de luz.
Faça a montagem abaixo indicada para construir um circuito de teste para seu
sensor de luz:
Para começar, use um resistor de 100 kΩ como resistor de teste. Faça
medidas da Usaída primeiro com o LDR na luz e depois com o LDR na sombra.
Anote seus resultados na tabela abaixo:
100 Ω . . .
1 kΩ . . .
10 kΩ . . .
100 kΩ . . .
1 MΩ . . .
Na coluna final da tabela anote a diferença entre a tensão de saída com LDR
no escuro e a tensão de saída com o LDR sob a luz (Uescuro - Uclaro). Esse dado
vai lhe indicar como a tensão muda ao passar de uma situação (escuro) para
outra (claro). Esse será o resultado chave para você decidir qual o melhor
valor para o resistor fixo a ser usado no divisor de tensão do circuito sensor de
luz.
Repita o procedimento para cada valor do resistor fixo usado como resistor
teste. Você perceberá que alguns resistores, no teste, fornecerão leituras da
Usaída muito diferentes, na luz e na sombra.
• ____________________________________________________
Que resistor de teste fornece a maior alteração da Usaída entre as situações
claro e escuro?
• ____________________________________________________
Que resistor você usaria para fazer o seu sensor de luz ficar o mais sensível
possível às alterações da iluminação?
• ____________________________________________________
FATO MARCANTE:
Monte novamente o protótipo de seu circuito sensor mas, desta vez, coloque o
LDR no lugar do Rbaixo no divisor de tensão.
100 Ω . . .
1 kΩ . . .
10 kΩ . . .
100 kΩ . . .
1 MΩ . . .
• ____________________________________________________
Que resistor de teste fornece a maior diferença de tensão entre luz e sombra?
• ____________________________________________________
Que resistor de teste você usaria para construir o mais sensível sensor de luz,
com esse circuito?
• ____________________________________________________
Devemos aceitar que seria mais lógico chamar esse circuito de "sensor de
escuro", uma vez que ele fornece uma leitura ALTA para a Usaída quando o
LDR está na escuridão.
FATO MARCANTE:
Conclusões
⇒ O melhor valor para esse resistor fixo, aquele que fornece a maior alteração
na Usaída, é tal que:
Rbaixo = Rcima.
Você pode decidir como o seu circuito sensor irá trabalhar, basta optar pela
colocação do LDR no lugar do Rbaixo ou do Rcima.