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Ipi - Teoria

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IPI – TEORIA E PRÁTICA

Autor: Paulo Henrique Teixeira

SUMÁRIO:

IPI - ASPECTOS JURÍDICOS


Origem e característica do IPI
Regime Jurídico Constitucional do IPI
Princípios constitucionais do IPI
Princípio da reserva legal tributaria
Principio da Anterioridade da Legislação
Principio da Irretroatividade da Legislação
Principio da Isonomia Tributária
Principio da Uniformidade da Tributação
Princípios do Não-Confisco
Princípios Especiais
Princípio da Imunidade
Vigência das normas tributárias
Principio da Legalidade ou Principio da reserva legal
Principio da Anterioridade
Princípio da “Noventena”
Hierarquia das normas
Constituição Federal
Lei Complementar
Lei Ordinária
Medidas Provisórias
Decretos-Lei
Regulamento
Portarias
Instruções Normativas
Atos Declaratórios
Solução de Consulta
Parecer Normativo

IPI – ASPECTOS GERAIS


Produto Industrializado – Conceito
Industrialização
Não se considera industrialização
Estabelecimento Industrial – Conceito
Equiparam-se a estabelecimento industrial
Contribuintes
Fato Gerador

IMUNIDADE

1
Produtos industrializados imunes
Natureza Jurídica das Imunidades
Classificação das Imunidades
Objetivo das Imunidades

ISENÇÃO
São isentos do IPI
Manutenção do crédito

ALÍQUOTA ZERO
Definição
Alguns capítulos da TIPI tributados à alíquota zero – “0”
Manutenção dos créditos - alíquota zero
Saldo credor créditos inclusos

PRODUTOS NÃO TRIBUTADOS


Definição
Alguns capítulos da TIPI não tributados – “NT”
Não escrituração dos créditos de IPI relativos aos produtos Não
Tributados “NT”

SUSPENSÃO DO IMPOSTO
Dos Casos de Suspensão
Serão desembaraçados com suspensão do imposto
IPI - Regime de suspensão para várias operações a partir de
01.10.2002
1. Produtos com direito a suspensão
2. Outros produtos com direito à suspensão
3. Preponderância de faturamento
4. Pessoa jurídica preponderantemente exportadora - conceito
5. Desembaraço na importação
6. Utilização dos créditos
7. Preenchimento na nota fiscal
8. Condições acessórias
9. Termos e condições estabelecidas pela SRF
10. Inaplicabilidade

CRÉDITOS DO IPI
Características da Não-Cumulatividade
Características do Crédito Fiscal Compensável ou Dedutível
Espécies de créditos
Créditos básicos
Insumos, produtos intermediários, material de embalagem
Identificação dos insumos que geram direito ao crédito -
Bens que geram crédito e não integram o produto final
Peças de reposição - jurisprudência do conselho de
Bens que não geram direito ao crédito do IPI
1. Bens do Ativo Imobilizado
2. Material de uso e consumo
3. Aquisição de produtos Imunes, isentos e à alíquota zero
2
4. Vedação de crédito – Simples Nacional
Créditos por devolução ou retorno de produtos
Exigências relativas do direito ao crédito na devolução ou
retorno
Devolução por pessoa física não obrigada à emissão de nota
fiscal
Retorno de bem dado em locação ou arrendamento
Devolução feita a outro estabelecimento do mesmo contribuinte
Produto não entregue ao destinatário original
Créditos fiscais como incentivo
Créditos na compra de atacadista não-equiparado a
Créditos de outra natureza
Crédito presumido
Escrituração dos créditos

ANULAÇÃO E ESTORNO DOS CRÉDITOS


MP, PI e ME que terão o crédito anulado
Produtos não tributados – créditos anulados
Dos créditos inerentes aos insumos (MP, PI, ME) com destinação
comum

MANUTENÇÃO DOS CRÉDITOS


Manutenção do crédito - na suspensão do IPI prevista no art. 42 do
RIPI/2002
Manutenção do crédito - na suspensão do IPI prevista no art. 29 da Lei
10.637/2002
Manutenção do crédito – sucata, aparas, resíduos e fragmentos
Manutenção do crédito na exportação
Saldo Credor Remanescente
Manutenção do crédito na aquisição de materiais aplicados na
industrialização
Manutenção dos créditos - alíquota zero
Saldo credor - Créditos inclusos
Manutenção do crédito do IPI – na aquisição de MP, PI, me aplicados
na industrialização de produtos imunes

UTILIZAÇÃO DOS CRÉDITOS


ICMS e IPI recuperáveis - contabilização
IPI e ICMS na importação
Contabilização

ALÍQUOTAS DO IPI
Nova Tabela TIPI, a partir de 01.01.2007
Utilização da Tabela TIPI
Exemplo de cálculo e aplicação das alíquotas de IPI
Produtos isentos, imunes, não-tributados e à alíquota zero
Produtos com suspensão do IPI
Exportações

3
IPI – PERÍODOS DE APURAÇÃO E PRAZOS DE RECOLHIMENTO
A partir de 01.01.2004
Tabela de prazo de recolhimento a partir de 01.11.2004
Demais prazos de recolhimento
Apuração descentralizada
Transferência de crédito para outros estabelecimentos

BASE DE CÁLCULO
Importação
Produtos Nacionais
Valor Tributável
Valor Tributável Mínimo
Arbitramento do Valor Tributável
ICMS – base de cálculo – inclusão do IPI
Reajuste de preço – tributação pelo IPI
Reajuste por cláusula contratual
Alíquota
Nota fiscal
Recolhimento do IPI

IPI - CRÉDITO PRESUMIDO COMO RESSARCIMENTO DO PIS E DA


COFINS PARA O EXPORTADOR
Direito ao crédito presumido
Não aplicação do crédito às empresas tributadas pelo lucro real
Hipótese de crédito proporcional
Produtos oriundos da atividade rural
Período de apuração
Base de cálculo e crédito fiscal da Lei 9.363/96
Conceito de receita bruta
Receita bruta - exclusão
Apuração centralizada e por estabelecimento
Transferência do crédito presumido
Ressarcimento em moeda corrente
Extinção do direito do ressarcimento do PIS para exportadores
optantes pelo lucro real a partir de 01.12.2002
Ressarcimento do COFINS – novos percentuais para exportadores
optantes pelo lucro real a partir de 01.12.2002
Extinção do direito do ressarcimento da COFINS para exportadores
optantes pelo lucro real a partir de 01.02.2004
Suspensão do direito ao crédito no período de 01.04 a 31.12.1999
Do crédito presumido (DCP)
Critério alternativo de crédito de ressarcimento do PIS e da COFINS
sobre compras destinadas a exportação
Fator aplicável á base de cálculo do crédito presumido
Determinação do crédito presumido
Parcela de estoques que dá direito ao crédito presumido

REDUÇÃO DE 50% DO IPI NA AQUISIÇÃO DE


MÁQUINAS/EQUIPAMENTOS DESTINADOS AO AUMENTO DA
PRODUTIVIDADE E QUALIDADE
4
Incentivos à inovação tecnológica a partir de 01.01.2006 – lei
11.196/2005
Conceito de inovação tecnológica
Dos incentivos à inovação tecnológica – aplicados ao IPI
Disposições gerais
Não aplicação

REPORTO – SUSPENSÃO DO IPI


Beneficiários
Prazo de vigência
Suspensão do IPI, PIS, COFINS e II
Conversão em isenção - IPI
Conversão em alíquota zero – PIS E COFINS
Condicionalidades
Transferência dos bens
Relação de bens
Crédito do PIS E COFINS

INCENTIVOS FISCAIS REGIONAIS


Zona Franca de Manaus
Amazônia Ocidental
Áreas de Livre Comércio
Zona de Processamento de Exportação
Setor automotivo - crédito presumido

NOTA FISCAL
Processamento Eletrônico de Dados
Nota Fiscal
Características das Notas Fiscais
Numeração das Notas Fiscais
Impressão das Notas Fiscais
Cancelamento das Notas Fiscais
Séries
Vendas a Varejo
Operações Fora do Estabelecimento
Requisitos
Emissão de Nota Fiscal com isenção, suspensão e imunidade do IPI
Quantidade e Destino das Vias
Emissão por Processamento Eletrônico de Dados
Remessas com suspensão de IPI (Bebidas e Outros)
Emissão na Entrada de Produtos

LIVROS FISCAIS
Modelos e Normas de Escrituração
Requisitos
Guarda, Exibição e Retirada

INDÚSTRIAS ENQUADRADAS NO SIMPLES


Microempresa
Empresa de Pequeno Porte (EPP)
5
Limites proporcionais
Tributos alcançados pelo SIMPLES
Tributos não alcançados pelo SIMPLES
Vedações das indústrias à opção pelo SIMPLES
Tabela do SIMPLES a partir de 01.01.2006
Notas importantes à tabela do SIMPLES
SIMPLES – Produtos isentos ou à alíquota zero
SIMPLES – Produtos com suspensão do IPI

ASPECTOS FUNDAMENTAIS DAS PRINCIPAIS OPERAÇÕES.


Amostra Grátis
Armazém Geral
Bens de Informática e Automação
Brindes
Cesta Básica
Conserto de Máquinas e Equipamentos do Ativo Fixo.
Consignação
Construção Civil
Demonstração
Depósito Fechado
Devolução
Doação
Drawback
Empréstimo – Comodato
Empréstimo – Mútuo
Exportação
Exposição ou Feiras
Fornecimento de Refeições
Hortifrutigranjeiros
Importação
Industrialização por encomenda
Industrialização por encomenda efetuada por trabalhadores
autônomos ou avulsos
Locação
Carroçaria para veículos, máquinas, motores, aparelhos usados e
veículos usados.
Máquinas e demais bens do ativo fixo, utilizados fora do
estabelecimento
Mostruário
Sucatas, ferro velho, aparas e resíduos
Transferências de mercadorias
Transferências de bens do ativo fixo e materiais de uso e consumo
próprio
Vasilhame, recipientes e a embalagens
Venda à ordem
Venda ao varejo no próprio estabelecimento industrial
Venda de bens pertencentes ao ativo fixo
Das operações realizadas fora do estabelecimento
Venda para entrega futura
Zona franca de Manaus e áreas de livre-comércio
6
APOIO AO DESENVOLVIMENTO TECNOLÓGICO DA INDÚSTRIA DE
EQUIPAMENTOS PARA A TV DIGITAL - PATVD

DO APOIO AO DESENVOLVIMENTO TECNOLÓGICO DA INDÚSTRIA DE


SEMICONDUTORES – PADIS
LEI 9.000/95 – CONCEDE ISENÇÃO DO IPI NA AQUISIÇÃO DE
EQUIPAMENTOS, MÁQUINAS, APARELHOS E INSTRUMENTOS
SUPREMO DECIDE QUE EMPRESAS TERÃO DE REPOR IPI

Siglas utilizadas:

ADCT: Ato das Disposições Constitucionais Transitórias (Constituição


Federal 1988)
CF: Constituição Federal de 1988
CFOP – Códigos Fiscais de Operações
CLT: Consolidação das Leis do Trabalho (Decreto Lei 5452/1943)
CTN: Código Tributário Nacional (Lei 5.172, de 25/10/1966)
GPS: Guia da Previdência Social
IN: Instrução Normativa
INSS: Instituto Nacional de Seguridade Social
IR: Imposto de Renda
IRF ou IRRF: Imposto de Renda Retido na Fonte
IPI – Imposto Sobre Produtos Industrializados
LC: Lei Complementar
ME – Material de Embalagem
MP – Matéria-prima
MTPS: Ministério do Trabalho e da Previdência e Assistência Social
NCM: Nomenclatura Comum do Mercosul
NT: Não Tributado
PAT: Programa de Alimentação do Trabalhador
PI: Produtos Intermediários
PIS: Programa de Integração Social (Lei Complementar 7/70)
PN: Parecer Normativo
RIPI: Regulamento do Imposto Sobre Produtos Industrializados
(Decreto 4.544/2002)
RIR: Regulamento do Imposto de Renda (Decreto 3.000/1999)
SRF: Secretaria da Receita Federal
TIPI – Tabela de Incidência do Imposto sobre Produtos Industrializados
(Decreto 4.542/2002)

NOVA TABELA TIPI, A PARTIR DE 01.01.2007

Conecte-se à internet e clique em Nova Tabela do IPI - Decreto 6006


para fazer o download da tabela do IPI vigente a partir de 01.01.2007.

ASPECTOS JURÍDICOS
7
Origem e característica do IPI

O imposto sobre produtos industrializados – IPI é um dos tributos


típico da sociedade industrial do Brasil, ele surge com a Lei nº 25, de
03/12/1891, embora alguns historiadores tenham localizado indícios
do tributo na época do império.

Regime Jurídico Constitucional do IPI

O IPI assenta-se sobre os seguintes fundamentos legais:


1) Constituição Federal: artigos 150, I, II, III, IV, VI, §1º e 3º, incisos I, II
e III – Normas de Competência e Princípios Gerais Especiais.
2) Código Tributário Nacional aprovado pela Lei 5.172, de 25/10/1966:
artigos 46 a 51, normas destinadas a caracterizar os limites da
hipótese do tributo;
3) Lei 4.502, de 1964; normas destinadas a instituir o tributo;
4) Regulamento do Imposto sobre Produtos Industrializados – RIPI
aprovado pelo Decreto 4.544/2002; normas destinadas a
regulamentar a instituição do tributo.

Competência

O Imposto sobre os Produtos Industrializados é um tributo da esfera


de competência federal. Essa característica do IPI é facilmente
identificada no artigo 153 e seus incisos, que dispõe sobre os
impostos que competem à União.

PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS DO IPI

Ao exercer a competência tributaria para instituir e disciplinar


obrigações, o legislador deve observar os princípios gerais aplicáveis
a qualquer tributo, e princípios especiais, que são particulares a um
determinado tributo.

Os princípios gerais apresentam-se sob a forma de limitações ao


poder de tributar, ou sob a forma de imunidades asseguradas a
determinadas pessoas e bens. Os quais citamos:

Princípio da reserva legal tributaria: (art. 150, inciso I, da


CF/1988)

Significa que nenhum tributo será exigido sem que lei anterior o
estabeleça. O decreto ou norma de hierarquia inferior não pode
instituir o tributo.

O Principio da Reserva Legal atinge a criação, o aumento e a


cobrança do tributo. O aumento do tributo, por sua vez, esta sujeito
ao principio da anterioridade ou anuidade que veremos logo a seguir.

8
Principio da Anterioridade da Legislação Tributária: art. 150,
inciso III, “b”

Significa que nenhum tributo poderá ser cobrado no mesmo exercício


financeiro que haja sido publicada a lei que o instituiu ou aumentou.

O § 1° do artigo 150 da Constituição, entretanto, estabelece uma


ressalva a esse princípio, estabelecendo que o Princípio da
Anterioridade não se aplica ao IPI. Assim, o legislador pode
estabelecer aumento do IPI no curso do mesmo exercício financeiro.
Isso significa que tais aumentos tornam-se exigíveis com a publicação
da respectiva lei ou decreto, ou ato normativo equivalente.

Com relação à entrega em vigência da instituição ou aumento do IPI,


deve ser observado o Princípio da Noventena, na qual a instituição ou
majoração de tributo somente produzirá efeitos após 90 (noventa)
dias da data da publicação da lei, conforme Emenda Constitucional
42/2003.

Princípio da “Noventena” – por este princípio estabelecido pela


Emenda Constitucional 42/03, a instituição ou majoração de tributo
somente produzirá efeitos após 90 (noventa) dias da data da
publicação da lei que os instituiu ou aumentou (art. 150, III, “c” da
CF/88). São exceções a este principio, ou seja, podem ser instituídos
ou majorados antes de noventa dias o Imposto de Importação (II), o
Imposto de Exportação (IE), o Imposto de Renda (IR) e o Imposto
sobre Operações Financeiras (IOF).

Analisando os Princípios da Anterioridade e da “Noventena”


verificamos que o IPI não se sujeita à Anterioridade, mas se sujeita à
“Noventena”, enquanto o Imposto de Renda não se sujeita a
“Noventena”, mas se sujeita à Anterioridade.

Principio da Irretroatividade da Legislação Tributaria: art.


150, inciso III, “a”

De acordo com esse princípio, nenhum tributo poderá ser cobrado em


relação a fatos geradores ocorridos antes da vigência da lei que
houver instituído ou aumentado.

Principio da Isonomia Tributária: art. 150, inciso II

Esse princípio evita tratamento desigual entre contribuintes que se


encontrem em situações equivalentes.

Principio da Uniformidade da Tributação: art. 151, inciso I

A União não pode exigir tributo que não seja uniforme em todo o
9
território nacional, ou que implique distinção ou preferência e relação
a Estado, ao Distrito Federal ou a Município. Em outras palavras, a
União Federal não pode cobrar tributos diferentes em cada Estado ou
Município. Contudo, a Constituição admite exceções para a concessão
de incentivos fiscais destinados a promover o equilíbrio do
desenvolvimento sócio-econômico entre as diversas regiões do país,
chamados de incentivos fiscais.

Princípios do Não-Confisco: art. 150, inciso IV

De acordo com esse princípio a União, os Estados, o Distrito Federal e


os Municípios não podem utilizar tributos com efeitos confiscatórios.

Um exemplo de utilização do IPI com efeito confiscatório seria a


cobrança do imposto a uma alíquota não proporcional à grandeza
econômica tributada.

Princípios Especiais: art. 153, §3°, incisos I, II e III

Alem dos princípios gerais que discriminamos anteriormente, a


instituição, cobrança ou aumento do IPI deve observar os seguintes
princípios que são específicos ao tributo:

• Seletividade: art. 153, §3°, inciso I


O IPI devera ser seletivo em função da essencialidade do produto.
Diz-se que o imposto é seletivo, quando tributa os produtos de
acordo coma sua utilidade. À medida que o produto for adquirindo
uma utilidade secundária, a tributação será aumentada. O IPI,
portanto é um tributo que onera mais os produtos supérfluos e
beneficia aqueles que são méis essenciais.

• Não-Cumulatividade: art. 153, §3°, inciso II


O IPI será não-cumulativo, compensando-se o que for devido em
cada operação com o montante cobrado nas anteriores. Na
prática, abate-se o imposto exigido na operação anterior, de forma
que o tributo não se acumule ao longo das operações
subseqüentes, evitando a incidência em cascata.

Princípio da Imunidade

a) Imunidade sobre livros, jornais, periódicos e o papel


destinado à sua Impressão: artigo 150, inciso VI, alínea “d”, da
Constituição.

O IPI não incide sobre a edição e comercialização de livros, jornais e


periódicos, nem sobre o papel destinado à sua impressão. Neste caso,
não se incluem os demais insumos utilizados na fabricação de jornais,
livros e periódicos, tais como máquinas rotativas e outros
equipamentos, o que constitui um equívoco do legislador, porque a

10
imunidade conferida aos livros, jornais, periódicos e ao papel
destinado à impressão desses produtos, visa, acima de tudo,
incrementar a cultura e o conhecimento, em sentido amplo,
abrangendo as diversas manifestações literárias, tecnológicas,
artísticas e científicas. Ora, a incidência de impostos sobre os outros
insumos empregados na produção dos referidos objetos culturais
constitui uma restrição considerável à aplicação integral do benefício.

b) Imunidade sobre a Exportação de Produtos


Industrializados: artigo 153, § 3°, inciso III.

O IPI não incide sobre produtos industrializados destinados ao


exterior. Nesse dispositivo da Constituição, que consagra uma
imunidade qualificada à incidência do imposto, vê-se nitidamente o
desempenho da função protecionista do tributo. Mediante a adoção
dessa política, o Estado abre mão de uma receita financeira, a fim de
incentivar uma atividade econômica destinada a carrear dívidas para
o país.

c) Imunidade sobre o Ouro como Ativo Financeiro: artigo 153, §


5°.

O IPI não incide sobre a produção do ouro, quando definido em lei


como ativo financeiro ou instrumento cambial, tendo em vista que
esse bem se sujeita, exclusivamente, à incidência do IOF.

d) a energia elétrica, derivados de petróleo, combustíveis e


minerais do País: artigo 18, inciso IV. (art. 155, § 3º CF/88)

O IPI não incide sobre a energia elétrica, derivados de petróleo,


combustíveis e minerais do País.

VIGÊNCIA DAS NORMAS TRIBUTÁRIAS

As normas tributárias têm vigência, salvo disposição em contrário,


quarenta e cinco dias após haverem sido publicadas, salvo se a
norma criadora prever o prazo diverso, por isso geralmente a própria
norma menciona a data em que passa a ter validade.

A vigência das normas tributárias está regida pelo princípio da


anterioridade, “noventena” e da legalidade previstos em nossa
constituição.

Principio da Legalidade ou Principio da reserva legal

Por este princípio para criar ou aumentar um tributo é necessária


uma lei anterior (editada anteriormente). Tal princípio não é somente
aplicado em normas tributárias, mas sobre todos os domínios do
Direto, conforme enunciado no artigo 5, II, CF “Art. 5 (...): II –
Ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa senão
11
em virtude de lei”.

Principio da Anterioridade

Por este princípio, instituir ou aumentar tributos somente produzirá


efeitos no exercício financeiro seguinte (Art. 150, III, b da CF/88). No
Brasil, o exercício financeiro inicia-se no dia 01 de janeiro e termina
no dia de 31 de dezembro de cada ano.

São exceções a este principio, ou seja, podem ser instituídos ou


majorados no mesmo exercício financeiro o Imposto de Importação
(II), o Imposto de Exportação (IE), o Imposto sobre produtos
Industrializados (IPI) e o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF).

Cabe observar então, que, a redução de tributação não obedece este


principio, sendo aplicadas no mesmo exercício financeiro.

Princípio da “Noventena”

Por este principio estabelecido pela Emenda Constitucional 42/03, a


criação ou aumento de tributo somente produzirá efeitos após 90
(noventa) dias da data da publicação da lei que os instituiu ou
aumentou (art. 150, III, “c” da CF/88).

São exceções a este principio, ou seja, podem ser instituídos ou


majorados antes de noventa dias o Imposto de Importação (II), o
Imposto de Exportação (IE), o Imposto de Renda (IR) e o Imposto
sobre Operações Financeiras (IOF).

Observando os Princípios da Anterioridade e da “Noventena”


constatamos que o IPI não se sujeita à Anterioridade, mas se sujeita à
“Noventena”, enquanto o Imposto de Renda não se sujeita a
“Noventena”, mas se sujeita à Anterioridade.

No caso do IPI, significa que o aumento da alíquota do IPI tem


vigência somente após 90 dias da data publicação da norma que
majorou.

HIERARQUIA DAS NORMAS

Constituição Federal

A Constituição Federal: é instrumento primeiro e soberano que se


sobrepõe às demais normas. Nela constam as permissões e
limitações do poder tributante da União, dos Estados, dos Municípios
e do Distrito Federal. A Constituição Federal não cria um tributo,
apenas autoriza a sua criação.

A Constituição Federal somente pode ser alterada mediante Emenda


12
Constitucional, exceto as cláusulas pétreas que não podem ser
alteradas, como exemplo o artigo 5º. A Emenda Constitucional deve
seguir rigorosamente as regras constitucionais sob pena de ser
considerada inconstitucional.

O artigo 60, parágrafo 4º, da Constituição Federal/88 dispõe:

Não será objeto de deliberação a proposta de emenda tendente a


abolir:
I - a forma federativa de Estado;
II - o voto direto, secreto, universal e periódico;
III - a separação dos Poderes;
IV - os direitos e garantias individuais.

Lei Complementar

Regula matéria especialmente prevista na Constituição que para ser


aprovada necessita de um quorum qualificado (art. 69 CF/88), maioria
absoluta nas duas casas do Congresso. Ela possui supremacia
hierárquica com relação às outras Leis (art. 59 parágrafo único da
CF/88).

A Lei Complementar regulamenta as matérias constantes:


• no art. 146, III (normas gerais de matéria tributária);
• no art. 148, I e II (empréstimo compulsório);
• no art. 154, I (impostos não-cumulativos),
• no art. 155 1°, III, “a” e “b” (regras da transmissão causa mortis
e doação).

O Código Tributário Nacional, aprovado pela Lei 5.172, de


25/10/1966, é a chamada Lei Complementar no ordenamento jurídico
tributário brasileiro, a qual serve de complemento para disciplinar às
regras de competência descritas pela Constituição, estabelecendo as
diretrizes que deverão ser observadas pelo legislador ordinário na
definição da hipótese de incidência do tributo.

No tocante ao IPI, essas diretrizes são encontradas nos artigos 46 a


51, que disciplinam, respectivamente:
a) o fato gerador do imposto: que dá início à obrigação
tributária;
b) a base de cálculo: que informa o quantum a ser pago;
c) o sujeito passivo: que identifica quem está obrigado a pagar
o tributo.

Assim, o Código Tributário Nacional cria obrigações para o legislador


ordinário, estabelecendo os parâmetros que ele deve obedecer ao
instituir o imposto.

13
Lei Ordinária (Lei n° 4.502, de 1964)

Pode ser editada pela União, Estados e Municípios, observados seus


limites de competência. Não há hierarquia entre as normas Estaduais,
Federais e Municipais. Trata-se de um instrumento da imposição
tributária declarando os critérios necessários e suficientes, além de
prescrever o comportamento obrigatório de um sujeito, compondo o
esquema de uma relação jurídica. Cabe ainda à Lei Ordinária
preceituar as obrigações acessórias.

Cada tributo possui a lei de regência específica, porque sem lei não
se pode criar ou exigir o tributo. A lei de regência do Imposto sobre
Produtos Industrializados é a Lei n° 4.502, de 1964. É óbvio que,
depois da mesma, vieram diversas outras que a alteraram, mas, por
enquanto, a Lei n° 4.502, de 1964, continua sendo a lei básica do
imposto.

Diferenças entre Lei Complementar e Lei Ordinária:

Uma lei complementar distingue-se de uma lei ordinária, por duas


razões: uma de natureza material (a Constituição Federal
determina as matérias que devem ser objeto de Lei Complementar) e
outra de natureza formal (a Lei Complementar só é aprovada se
tiver quorum qualificado).

Medidas Provisórias

São as normas Federais, com forca de Lei. Estas normas são editadas
pelo Presidente da República sobre questões urgentes e submetidas
em seguida ao Congresso Nacional (art. 62 da CF/88). Pela
Constituição Federal de 1988, alterada pela Emenda Constitucional
32/01 as Medidas Provisórias devem ser convertidas em Lei dentro de
60 dias da edição, podendo ser prorrogadas uma única vez por mais
60 dias.

Se a medida provisória não for apreciada em até 45 dias da sua


publicação, entrará em regime de urgência, ficando impedida, até
que se realize a votação, todas as demais deliberações legislativas da
Casa em que estiver tramitando.

Em não sendo aprovada a medida provisória deve o Congresso


Nacional regular, por decreto legislativo, as relações jurídicas delas
decorrentes. Não editado o Decreto Legislativo em até 60 dias após a
rejeição ou perda de eficácia da medida provisória, serão
considerados válidos os atos praticados no período em que a medida
provisória esteja em vigor.

14
Decreto-Lei (extinto pela Constituição de 1988)

Os decretos-lei eram atos do poder executivo, que utilizava por


delegação do Congresso Nacional para legislar. Não existe mais
desde a publicação da Constituição Federal de 1988. De certa forma
podemos dizer que foram substituídos pelas Medidas Provisórias.

Publicado o Decreto-Lei, que tinha vigência imediata, o Congresso


aprovaria ou rejeitaria em 60 dias, não podendo ter emendas. Se o
texto fosse votado nesse prazo era considerado aprovado. Se
rejeitado não haveria nulidade dos atos praticados.

Regulamento (Decreto)

É uma norma jurídica de caráter geral. O efeito do regulamento é


editar regras que limitam a adaptar a atividade humana ao texto.

Na hierarquia das normas os regulamentos representam o grau mais


alto na esfera administrativa, logo abaixo das leis objeto da
regulamentação, sendo complementares a estas.

Os decretos regulamentares são da maior importância para a


cobrança do tributo, porque põe em prática o que a Lei estabelece.
Na realidade, constituem uma explicação articulada dos dispositivos
da lei, no entanto, não podem interpretar ou inovar a mais do que
dispõe na Lei.

O atual Regulamento do Imposto sobre Produtos Industrializados,


aprovado pelo Decreto n° 4.544, de 26.12.2002 é que irá orientar o
contribuinte da obrigação tributária, em detalhe, sobre os
procedimentos aplicáveis à exigência do imposto.

Para obter, gratuitamente, a íntegra do atual regulamento, acesse


http://www.portaltributario.com.br/ripi.htm.

Portarias

São as determinações baixadas por agentes administrativos,


objetivando providências oportunas e convenientes para o
andamento do serviço público.

As Portarias são atos do Ministro da Fazenda necessários para


regulamentação de alguma norma estabelecida anteriormente.
Exemplo disso é a Portaria MF 93/04, que dispõe sobre o cálculo e a
utilização do crédito presumido do IPI de que trata a Lei n° 9.363/96.

15
Instruções Normativas

Normas de caráter geral, uniforme, endereçadas a todos os órgãos


que tenham a mesma condição, tendo caráter obrigatório apenas
para os subordinados a uma autoridade.

As instruções normativas costumam ser normas federais. Embora


alguns Estados se utilizem desta nomenclatura para estabelecer
procedimentos.

As Instruções Normativas são editadas pelo Secretário da Receita


Federal e visam disciplinar determinados assuntos, como, por
exemplo:

IN RFB 753/2007 - Estabelece normas para a tributação dos cigarros,


classificados no código 2402.20.00 da Tabela de Incidência do
Imposto sobre Produtos Industrializados (TIPI).
IN SRF 607/2006 - Disciplina a aquisição de automóveis com isenção
do IPI, por pessoas portadoras de deficiência física, visual, mental
severa ou profunda, ou autistas.
IN SRF 606/2006 - Disciplina a aquisição, com isenção do IPI, de
veículo destinado ao transporte autônomo de passageiros (táxi).

Atos Declaratórios

Os Atos Declaratórios são normas utilizadas pela Secretaria Receita


Federal para esclarecer os contribuintes sobre alguns pontos que
consideram necessários.

Solução de Consulta

A consulta, formulada por escrito é o instrumento que o contribuinte


possui para dirimir dúvidas sobre a correta classificação fiscal das
mercadorias ou obter esclarecimentos sobre dúvidas na interpretação
da legislação tributária.

A consulta eficaz impede a aplicação de penalidade relativamente à


matéria consultada, a partir da data de sua protocolização até o
trigésimo dia seguinte ao da ciência, pela consulente, da Solução de
Consulta.

Quando a solução da consulta implicar pagamento, este deve ser


efetuado no mesmo prazo. Os efeitos da consulta formulada pela
matriz da pessoa jurídica estendem-se aos demais estabelecimentos.

No caso de consulta formulada por entidade representativa de


categoria econômica ou profissional em nome dos associados ou
filiados, os efeitos referidos neste artigo somente os alcançam depois
de cientificada a consulente da solução da consulta.

16
Na hipótese de alteração de entendimento expresso em Solução de
Consulta, a nova orientação alcança apenas os fatos geradores que
ocorrerem após a sua publicação na imprensa oficial ou após a
ciência do consulente, exceto se a nova orientação lhe for mais
favorável, caso em que esta atingirá, também, o período abrangido
pela solução anteriormente dada.

Na hipótese de alteração ou reforma, de ofício, de Solução de


Consulta sobre classificação de mercadorias, aplicam-se as
conclusões da solução alterada ou reformada em relação aos atos
praticados até a data em que for dada ciência ao consulente da nova
orientação.

Havendo divergência de conclusões entre soluções de consultas


relativas a uma mesma matéria, fundada em idêntica norma jurídica,
proferida pela mesma autoridade administrativa, poderá a decisão ser
revista pela autoridade que a proferiu sendo aplicada, nesse caso,
somente após o contribuinte ser cientificado da nova orientação.

Parecer Normativo

São respostas expedidas pela Coordenação do Sistema de Tributação,


em função de consultas formuladas pelos contribuintes ou entidades
representativas de categorias econômicas ou profissionais.

Os Pareceres Normativos, por serem normas complementares da


legislação, nos termos do inciso I do art. 100 do CTN (Código
Tributário Nacional), vincula os agentes da fiscalização em todo e
qualquer procedimento fiscal.

IPI – ASPECTOS GERAIS

O Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) incide sobre produtos


industrializados, nacionais e estrangeiros. Suas disposições estão
regulamentadas pelo Decreto 4.544 de 2002 (sigla “RIPI/2002”).

O campo de incidência do imposto abrange todos os produtos com


alíquota, ainda que zero, relacionados na Tabela de Incidência do IPI
(TIPI), observadas as disposições contidas nas respectivas notas
complementares, excluídos aqueles a que corresponde à notação
"NT" (não-tributado).

PRODUTO INDUSTRIALIZADO - CONCEITO


Produto industrializado é o resultante de qualquer operação definida
no RIPI como industrialização, mesmo incompleta, parcial ou
intermediária.

Industrialização

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Caracteriza industrialização qualquer operação que modifique a
natureza, o funcionamento, o acabamento, a apresentação ou a
finalidade do produto, ou o aperfeiçoe para consumo, (art.4º do
RIPI/2002) tal como:

a) Transformação
A que, exercida sobre matéria-prima ou produto intermediário,
importe na obtenção de espécie nova.

b) Beneficiamento
A que importe em modificar, aperfeiçoar ou, de qualquer forma,
alterar o funcionamento, a utilização, o acabamento ou a
aparência do produto. No beneficiamento não há a fabricação
de um produto, conforme Parecer Normativo 157/71.

c) Montagem
A que consista na reunião de produtos, peças ou partes e de
que resulte um novo produto ou unidade autônoma, ainda que
sob a mesma classificação fiscal.

d) Acondicionamento ou reacondicionamento
A que importe em alterar a apresentação do produto, pela
colocação da embalagem, ainda que em substituição da
original, salvo quando a embalagem colocada se destine apenas
ao transporte da mercadoria (art.6º do RIPI/2002).

e) Renovação ou Recondicionamento
A que, exercida sobre produto usado ou parte remanescente de
produto deteriorado ou inutilizado, renove ou restaure o
produto para utilização.

Não se considera industrialização:

• Produtos alimentares, vendidos diretamente a consumidor final


• Artesanatos
• Produzido em oficina, por encomenda do usuário final e que
seja preponderante o trabalho pessoal
• Mercadoria produzida fora do estabelecimento industrial em
edificações
• Misturas de tintas em máquinas automáticas
• Mercadoria produzida por produtor rural pessoa física

O RIPI/2002, no seu artigo 5º, traz a relação dos casos que não
caracterizam industrialização:

I – o preparo de produtos alimentares, não acondicionados em


embalagem de apresentação:
a) na residência do preparador ou em restaurantes, bares,
sorveterias, confeitarias, padarias, quitandas e semelhantes,

18
desde que os produtos se destinem a venda direta a
consumidor;
b) em cozinhas industriais, quando destinados à venda direta a
corporações, empresas e outras entidades, para consumo de
seus funcionários, empregados ou dirigentes;
II – o preparo de refrigerantes, à base de extrato concentrado, por
meio de máquinas, automáticas ou não, em restaurantes, bares e
estabelecimentos similares, para venda direta a consumidor;
III – a confecção ou preparo de produto de artesanato.
IV - confecção de vestuário, por encomenda direta do consumidor ou
usuário, em oficina ou na residência do confeccionador;
V – o preparo de produto, por encomenda direta do consumidor ou
usuário, na residência do preparador ou em oficina, desde que, em
qualquer caso, seja preponderante o trabalho profissional;
VI – a manipulação em farmácia, para venda direta a consumidor, de
medicamentos oficinais e magistrais, mediante receita médica;
VII – a moagem de café torrado, realizada por comerciante varejista
como atividade acessória;
VIII - a operação efetuada fora do estabelecimento industrial,
consistente na reunião de produtos, peças ou partes e de que resulte:
a) edificação (casas, edifícios, pontes, hangares, galpões e
semelhantes, e suas coberturas);
b) instalação de oleodutos, usinas hidrelétricas, torres de
refrigeração, estações e centrais telefônicas ou outros sistemas de
telecomunicação e telefonia, estações, usinas e redes de distribuição
de energia elétrica e semelhantes;
c) fixação de unidades ou complexos industriais ao solo;
Nota: O disposto neste item não exclui a incidência do imposto sobre
os produtos, partes ou peças utilizados nas operações nele referidas.
IX – a montagem de óculos, mediante receita médica;
X – o acondicionamento de produtos classificados nos Capítulos 16 a
22 da TIPI, adquiridos de terceiros, em embalagens confeccionadas
sob a forma de cestas de natal e semelhantes;
XI – o conserto, a restauração e o recondicionamento de produtos
usados, nos casos em que se destinem ao uso da própria empresa
executora ou quando essas operações sejam executadas por
encomenda de terceiros não estabelecidos com o comércio de tais
produtos, bem assim o preparo, pelo consertador, restaurador ou
recondicionador, de partes ou peças empregadas exclusiva e
especificamente naquelas operações;
XII – o reparo de produtos com defeito de fabricação, inclusive
mediante substituição de partes e peças, quando a operação for
executada gratuitamente, ainda que por concessionários ou
representantes, em virtude de garantia dada pelo fabricante;
XIII – a restauração de sacos usados, executada por processo
rudimentar, ainda que com emprego de máquinas de costura;
XIV – a mistura de tintas entre si, ou com concentrados de pigmentos,
sob encomenda do consumidor ou usuário, realizada em
estabelecimento varejista, efetuada por máquina automática ou
manual, desde que fabricante e varejista não sejam empresas
19
interdependentes, controladora, controlada ou coligadas.

Também por força do artigo 12 da Lei 11.051/2004, até 31.12.2006,


não se considera industrialização a operação de que resultem os
produtos relacionados nos códigos 2401.10.20, 2401.10.30,
2401.10.40 e na subposição 2401.20 da TIPI, quando exercida por
produtor rural pessoa física.

Observação: A partir de 01.01.2007, não serão considerados


industrialização apenas a operação de que resultem os produtos
relacionados na subposição 2401.20, conforme art. 14 da MP
340/2006, convertida na Lei 11.482/2007.

ESTABELECIMENTO INDUSTRIAL – CONCEITO

Estabelecimento industrial é o que executa qualquer das operações


consideradas industrialização, de que resulte produto tributado, ainda
que de alíquota zero ou isento (art. 8º RIPI).

Equiparação a Estabelecimento Industrial

Os principais estabelecimentos equiparados a industriais são os


seguintes:
• O importador (art. 9º, I a III do RIPI/2002)
• Revenda de produto industrializado por terceiro (art.9º, IV do
RIPI/2002)
• Venda de matéria-prima, produtos intermediários e materiais de
embalagem (art. 9º, § 4º do RIPI/2002)
• Por opção, quando atacadista vende bens de produção a
industrial ou revendedor (art. 11 do RIPI)
• Atacadista de cosméticos (art. 9º VIII do RIPI/2002)

O RIPI/2002, no seu artigo 9º, traz a relação de estabelecimentos que


se equiparam ao industrial:

I – os estabelecimentos importadores de produtos de procedência


estrangeira, que derem saída a esses produtos;
II – os estabelecimentos, ainda que varejistas que receberem, para
comercialização, diretamente da repartição que os liberou, produtos
importados por outro estabelecimento da mesma firma;
III – as filiais e demais estabelecimentos que exercerem o comércio
de produtos importados, industrializados ou mandados industrializar
por outro estabelecimento do mesmo contribuinte, salvo se aqueles
operarem exclusivamente na venda a varejo e não estiverem
enquadrados na hipótese do inciso anterior;
IV – os estabelecimentos comerciais de produtos cuja industrialização
haja sido realizada por outro estabelecimento da mesma firma ou de
terceiro, mediante a remessa, por eles efetuada, de matérias-primas,
produtos intermediários, embalagens, recipientes, moldes, matrizes

20
ou modelos;
V – os estabelecimentos comerciais de produtos do Capítulo 22 da
TIPI, cuja industrialização tenha sido encomendada a estabelecimento
industrial, sob marca ou nome de fantasia de propriedade do
encomendante, de terceiro ou do próprio executor da encomenda;
VI – os estabelecimentos comerciais atacadistas dos produtos
classificados nas posições 7101 a 7116 da TIPI;
VII – os estabelecimentos atacadistas e cooperativas de produtores
que derem saída a bebidas alcoólicas e demais produtos, de produção
nacional, classificados nas posições 2204, 2205, 2206 e 2208 da TIPI
e acondicionados em recipientes de capacidade superior ao limite
máximo permitido para venda a varejo, com destino aos seguintes
estabelecimentos:
a) industriais que utilizarem os produtos mencionados como
insumo na fabricação de bebidas;
b) atacadistas e cooperativas de produtores;
c) engarrafadores dos mesmos produtos.
VIII – os estabelecimentos comerciais atacadistas que adquirirem de
estabelecimentos importadores produtos de procedência estrangeira,
classificados nas posições 33.03 a 33.07 da TIPI (Medida Provisória nº
2.158-35, de 24 de agosto de 2001, art. 39);
IX – os estabelecimentos, atacadistas ou varejistas, que adquirirem
produtos de procedência estrangeira, importados por sua conta e
ordem, por intermédio de pessoa jurídica importadora, observado o
disposto no § 2º (Medida Provisória nº 2.158-35, de 2001, art. 79); e
X – os estabelecimentos atacadistas dos produtos da posição 87.03
da TIPI (Lei nº 9.779, de 19 de janeiro de 1999, art. 12).

Os estabelecimentos industriais quando derem saída a matérias-


primas, produtos intermediários e material de embalagem, adquiridos
de terceiros, com destino a outros estabelecimentos, para
industrialização ou revenda, serão considerados estabelecimentos
comerciais de bens de produção e obrigatoriamente equiparados a
estabelecimento industrial em relação a essas operações.

CONTRIBUINTES

São obrigados ao pagamento do IPI como contribuinte (art.24


RIPI/2002):

I – o importador, em relação ao fato gerador decorrente do


desembaraço aduaneiro de produto de procedência estrangeira;
II – o industrial, em relação ao fato gerador decorrente da saída de
produto que industrializar em seu estabelecimento, bem assim
quanto aos demais fatos geradores decorrentes de atos que praticar;
III – o estabelecimento equiparado a industrial, quanto ao fato
gerador relativo aos produtos que dele saírem, bem assim quanto aos
demais fatos geradores decorrentes de atos que praticar;
IV – os que consumirem ou utilizarem em outra finalidade, ou
remeterem a pessoas que não sejam empresas jornalísticas ou
21
editoras, o papel destinado à impressão de livros, jornais e periódicos,
quando alcançado pela imunidade.

É ainda responsável, por substituição, o industrial ou equiparado a


industrial, mediante requerimento, em relação às operações
anteriores, concomitantes ou posteriores às saídas que promover, nas
hipóteses e condições estabelecidas pela Secretaria da Receita
Federal.

FATO GERADOR

Fato gerador do IPI (conforme artigo 34 do RIPI/2002) é:

1 – o desembaraço aduaneiro de produto de procedência


estrangeira;
2 – a saída de produto do estabelecimento industrial, ou
equiparado a industrial.

Portanto, o fato gerador é a saída do produto, não importando se é


uma venda ou não destinada a teste conforme consta no Parecer
Normativo nº 448/70. Ocorrendo a perda, roubo ou extravio do
produto, após a saída, não haverá como estornar o imposto
destacado no documento fiscal, como determina o Parecer Normativo
n.º 421/70.

Considera-se ocorrido o fato gerador (art.35 RIPI/2002):

I – na entrega ao comprador, quanto aos produtos vendidos por


intermédio de ambulantes;
II – na saída de armazém-geral ou outro depositário do
estabelecimento industrial ou equiparado a industrial depositante,
quanto aos produtos entregues diretamente a outro estabelecimento;
III – na saída da repartição que promoveu o desembaraço aduaneiro,
quanto aos produtos que, por ordem do importador, forem remetidos
diretamente a terceiros;
IV – na saída do estabelecimento industrial diretamente para
estabelecimento da mesma firma ou de terceiro, por ordem do
encomendante, quanto aos produtos mandados industrializar por
encomenda;
V – na saída de bens de produção dos associados para as suas
cooperativas, equiparadas, por opção, a estabelecimento industrial;
VI – no quarto dia da data da emissão da respectiva nota fiscal,
quanto aos produtos que até o dia anterior não tiverem deixado o
estabelecimento do contribuinte;
VII – no momento em que ficar concluída a operação industrial,
quando a industrialização se der no próprio local de consumo ou de
utilização do produto, fora do estabelecimento industrial;
VIII – no início do consumo ou da utilização do papel destinado à
22
impressão de livros, jornais e periódicos, em finalidade diferente da
que lhe é prevista na imunidade, ou na saída do fabricante, do
importador ou de seus estabelecimentos distribuidores, para pessoas
que não sejam empresas jornalísticas ou editoras;
IX – na aquisição ou, se a venda tiver sido feita antes de concluída a
operação industrial, na conclusão desta, quanto aos produtos que,
antes de sair do estabelecimento que os tenha industrializado por
encomenda, sejam por este adquiridos;
X – na data da emissão da nota fiscal pelo estabelecimento industrial,
quando da ocorrência de qualquer das hipóteses enumeradas no RIPI.
XI – no momento da sua venda, quanto aos produtos objeto de
operação de venda que forem consumidos ou utilizados dentro do
estabelecimento industrial;
XII – na saída simbólica de álcool das usinas produtoras para as suas
cooperativas, equiparadas, por opção, a estabelecimento industrial.
XIII - na data do vencimento do prazo de permanência da mercadoria
no recinto alfandegado, antes de aplicada à pena de perdimento,
quando as mercadorias importadas forem consideradas abandonadas
pelo decurso do referido prazo.

Na hipótese de venda, exposição à venda, ou consumo no Território


Nacional, de produtos destinados ao exterior, ou na hipótese de
descumprimento das condições estabelecidas para a isenção ou a
suspensão do imposto, considerar-se-á ocorrido o fato gerador na
data da saída dos produtos do estabelecimento industrial ou
equiparado a industrial.

IMUNIDADE

Produtos industrializados imunes

O Regulamento do Imposto sobre Produtos Industrializados,


observando o disposto na Constituição Federal, nos artigos 153 e 155
estabelece que são imunes à incidência do IPI:
a) os livros, jornais, periódicos e o papel destinado à sua
impressão: artigo 18, inciso I, do RIPI;
b) os produtos industrializados destinados ao exterior: artigo 18,
inciso II, do RIPI;
c) o ouro, quando definido em lei como ativo financeiro ou
instrumento cambial: artigo 18, inciso III, do RIPI;
d) a energia elétrica, derivados de petróleo, combustíveis e
minerais do País: artigo 18, inciso IV. (art. 155, § 3º CF/88)

“Art. 155, § 3º - À exceção dos impostos de que tratam o inciso II do


caput deste artigo e o art. 153, I e II, nenhum outro imposto poderá
incidir sobre operações relativas a energia elétrica, serviços de

23
telecomunicações, derivados de petróleo, combustíveis e minerais do
País.(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 33, de 2001).”

Vê-se que o artigo 18 somente dispõe sobre imunidades objetivas.


Isso ocorre porque o imposto sobre Produtos Industrializados é um
imposto real, isto é, que diz respeito à tributação de bens (produtos
industrializados), e não de pessoas. Portanto, as imunidades que
interessam à legislação do IPI são imunidades que se referem à
circulação econômica de uma determinada espécie de bens: os
produtos industrializados.

As imunidades objetivas conferidas aos livros, jornais, periódicos e ao


papel destinado à sua impressão, também denominadas de incentivo
de proteção à cultura, são as que têm oferecido maior dificuldade de
interpretação. A dificuldade decorre do fato de que as autoridades
fazendárias e, por vezes, o Poder Judiciário, invocando o disposto no
artigo 111, inciso I, do Código Tributário Nacional, cujo teor reproduz
abaixo:

Art. 111 – Interpreta-se literalmente a legislação tributária que


disponha sobre:
I – suspensão ou exclusão do crédito tributário.

A interpretação das normas relativas à imunidade deve ser literal, ou


seja, ao pé de letra, não podendo se estender, por analogia ou por
uma questão de eqüidade ou isonomia, a casos não especificamente
contemplados pela Constituição, tais como os equipamentos e outros
instrumentos destinados à impressão dos livros, jornais e periódicos.
À exceção do papel, segundo entendimento firmado pelo Supremo
Tribunal Federal, nenhum outro equipamento ou instrumento
destinado à impressão de livros, jornais e periódicos está alcançado
pela imunidade objetiva conferida, pelo artigo 150, inciso VI, alínea
“d”, aos livros, jornais e periódicos.

A interpretação do Poder Judiciário a respeito da imunidade conferida


aos objetivos culturais tem sido tão restritiva que, até recentemente,
ainda se discutia se o papel fotográfico destinado à impressão de
livros, jornais e periódicos estava compreendido pela norma
constitucional de imunidade. A suprema Corte só confirmou a
aplicação da imunidade ao papel fotográfico no ano de 1997. Veja-se
sobre o tema, a decisão proferida nos autos do Recurso
Extraordinário n° 218.986-9-RS.

Se a imunidade estiver condicionada à destinação do produto, e a


este for dado destino diverso, ficará o responsável pelo fato sujeito ao
pagamento do imposto e da penalidade cabível, como se a imunidade
não existisse.

Cessará a imunidade do papel destinado à impressão de livros, jornais


e periódicos quando este for consumido ou utilizado em finalidade
24
diversa da prevista, ou encontrado em poder de pessoa que não seja
fabricante, importador, ou seus estabelecimentos distribuidores, bem
assim que não sejam empresas jornalísticas ou editoras.

Natureza Jurídica das Imunidades

No artigo 18, o Regulamento do Imposto sobre Produtos


Industrializados disciplina as imunidades à incidência do IPI.

As normas de imunidade impedem que o Estado crie e exija o tributo


do sujeito passivo. A imunidade, também denominada de não-
incidência qualificada, tem a natureza jurídica de limitação oposta
pela Constituição ao poder de tributar. Essa limitação não autoriza os
titulares da competência tributária a instituir o tributo e a exigir o
cumprimento da obrigação tributária. Todavia, a imunidade não
exime o sujeito passivo do cumprimento das obrigações acessórias
relativas ao tributo, tais como a manutenção e escrituração de livros
e documentos fiscais e o dever de prestar informações, quando
solicitado, à autoridade fazendária.

Não se deve confundir imunidade com outras modalidades de


exoneração tributária como a isenção, a suspensão do pagamento de
tributos, o diferimento e a redução da base de cálculo. A imunidade
distingue-se das demais modalidades de exoneração tributária,
primeiramente, pela sua natureza jurídica de norma constitucional.
Não existe imunidade conferida por lei infraconstitucional; poderá
haver uma norma de não-incidência não qualificada que não se
confunde com a imunidade. As outras modalidades de exoneração
tributária são conferidas pela legislação ordinária, conforme prevê o
Código Tributário Nacional em seu artigo 97.

Por outro lado, a imunidade pressupõe a inexistência da obrigação


tributária. O fato gerador do tributo pode ocorrer em concreto, porém
em virtude de a imunidade constituir norma impeditiva ao poder de
tributar, seus defeitos não se produzem para dar nascimento à
obrigação tributária. As normas de isenção, de suspensão do
pagamento de tributos, de diferimento e de redução da base de
cálculo não impedem o nascimento da obrigação tributária; apenas
dispensam o sujeito passivo, parcial ou totalmente, de seu
cumprimento.

Classificação das Imunidades

Os autores costumam distinguir as imunidades em duas categorias:


1) Subjetivas: quando dizem respeito a pessoas
Exemplo: imunidades conferidas pelo artigo 150, inciso VI,
alíneas “a”, "b” e “c”, da Constituição, às pessoas jurídicas de
25
direito público interno (União, Estados, Distrito Federal e
Municípios), aos templos de qualquer culto, aos partidos
públicos, às fundações, às entidades sindicais dos trabalhadores
e às instituições de educação e de assistência social, sem fins
lucrativos.
2) Objetivas: quando dizem respeito a coisas, bens, produtos e
mercadorias.
Exemplo: imunidade conferida pelo artigo 150, inciso VI, alínea
“d”, da Constituição, aos livros, jornais, periódicos e ao papel
destinado à sua impressão.

Objetivo das Imunidades

As imunidades têm por objetivo, única e exclusivamente, a não-


incidência de tributos pertencentes à espécie do imposto e somente
alcançam à obrigação tributária principal, isto é, o pagamento do
imposto. Assim, as pessoas jurídicas imunes continuam obrigadas ao
pagamento de tributos de outras espécies, tais como taxas,
contribuições de melhoria, contribuições sociais, de intervenção no
domínio econômico e de interesse das categorias profissionais ou
econômicas, e empréstimos compulsórios, bem como ao atendimento
de obrigações acessórias relativas a qualquer tributo.

ISENÇÃO

São isentos do IPI:

I – os produtos industrializados por instituições de educação ou de


assistência social, quando se destinem, exclusivamente, a uso próprio
ou a distribuição gratuita a seus educandos ou assistidos, no
cumprimento de suas finalidades;
II – os produtos industrializados por estabelecimentos públicos e
autárquicos da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos
Municípios, que não se destinarem a comércio;

III – as amostras de produtos para distribuição gratuita, de diminuto


ou nenhum valor comercial, assim considerados os fragmentos ou
partes de qualquer mercadoria, em quantidade estritamente
necessária a dar a conhecer a sua natureza, espécie e qualidade,
atendidas as seguintes condições:
a) indicação no produto e no seu envoltório da expressão "Amostra
Grátis", em caracteres impressos com destaque;
b) quantidade não excedente de vinte por cento do conteúdo ou do
número de unidades da menor embalagem da apresentação
comercial do mesmo produto, para venda ao consumidor;
c) distribuição exclusivamente a médicos, veterinários e dentistas,
bem assim a estabelecimentos hospitalares, quando se tratar de
produtos da indústria farmacêutica;

26
IV – as amostras de tecidos de qualquer largura, e de comprimento
até quarenta e cinco cm para os de algodão estampado, e trinta cm
para os demais, desde que contenham, em qualquer caso, impressa
tipograficamente ou a carimbo, a expressão "Sem Valor Comercial",
dispensadas desta exigência as amostras cujo comprimento não
exceda de vinte e cinco cm e quinze cm nas hipóteses supra,
respectivamente.
V – os pés isolados de calçados, conduzidos por viajante do
estabelecimento industrial, desde que tenham gravada, no solado, a
expressão "Amostra para Viajante".
VI – as aeronaves de uso militar, e suas partes e peças, vendidas à
União;
VII – os caixões funerários;
VIII – o papel destinado à impressão de músicas;
IX – as panelas e outros artefatos semelhantes, de uso doméstico, de
fabricação rústica, de pedra ou barro bruto, apenas umedecido e
amassado, com ou sem vidramento de sal;
X – os chapéus, roupas e proteção, de couro, próprios para tropeiros;
XI – o material bélico, de uso privativo das Forças Armadas, vendido à
União, na forma das instruções expedidas pelo Secretário da Receita
Federal;
XII – o automóvel adquirido diretamente a fabricante nacional, pelas
missões diplomáticas e repartições consulares de caráter
permanente, ou seus integrantes, bem assim pelas representações
internacionais ou regionais de que o Brasil seja membro, e seus
funcionários, peritos, técnicos e consultores, de nacionalidade
estrangeira, que exerçam funções de caráter permanente, quando a
aquisição se fizer em substituição da faculdade de importar o produto
com idêntico favor;
XIII – o veículo de fabricação nacional adquirido por funcionário das
missões diplomáticas acreditadas junto ao Governo Brasileiro, sem
prejuízos dos direitos que lhes são assegurados no inciso anterior,
ressalvado o princípio da reciprocidade de tratamento;
XIV – os produtos nacionais saídos do estabelecimento industrial, ou
equiparado a industrial, diretamente para Lojas Francas, nos termos e
condições estabelecidos pelo art. 15 do Decreto-lei nº 1.455, de 1976
(Decreto-lei nº 1.455, de 1976, art. 15, § 3º, e Lei nº 8.402, de 1992,
art. 1º, inciso VI);
XV – os materiais e equipamentos saídos do estabelecimento
industrial, ou equiparado a industrial, para a Itaipu Binacional, ou por
esta importados, para utilização nos trabalhos de construção da
central elétrica da mesma empresa, seus acessórios e obras
complementares, ou para incorporação à referida central elétrica,
observadas as condições previstas no art. XII do Tratado entre a
República Federativa do Brasil e a República do Paraguai, concluído
em Brasília a 26 de abril de 1973, promulgado pelo Decreto
72.707/1973;
XVI – os produtos importados diretamente por missões diplomáticas e
representações, no País, de organismos internacionais de que o Brasil
seja membro;
27
XVII – a bagagem de passageiros desembaraçada com isenção do
Imposto de Importação na forma da legislação pertinente;
XVIII – os bens de passageiros procedentes do exterior,
desembaraçados com a qualificação de bagagem tributada, com o
pagamento do Imposto de Importação, na forma da legislação
pertinente;
XIX – os bens contidos em remessas postais internacionais sujeitas ao
regime de tributação simplificada para a cobrança do Imposto de
Importação;
XX – as máquinas, equipamentos, aparelhos e instrumentos, bem
assim suas partes e peças de reposição, acessórios, matérias-primas
e produtos intermediários, destinados à pesquisa científica e
tecnológica, importados pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento
Científico e Tecnológico – CNPq, e por entidades sem fins lucrativos
ativas no fomento, na coordenação ou na execução de programas de
pesquisa científica e tecnológica ou de ensino devidamente
credenciadas pelo CNPq;
XXI – os demais produtos de procedência estrangeira, nas hipóteses
previstas pelo art. 2º da Lei nº 8.032, de 1990, desde que satisfeitos
os requisitos e condições exigidos para a concessão do benefício
análogo relativo ao Imposto de Importação;
XXII – as embarcações, exceto as recreativas e as esportivas;
XXIII – os veículos automotores de qualquer natureza, máquinas,
equipamentos, bem assim suas partes e peças separadas, quando
destinadas a utilização nas atividades dos Corpos de Bombeiros, em
todo o Território Nacional, nas saídas de estabelecimento industrial
ou equiparado a industrial;
XXIV – os produtos importados destinados a consumo no recinto de
congressos, feiras e exposições internacionais, e eventos
assemelhados, a título de promoção ou degustação, de montagem ou
conservação de estandes, ou de demonstração de equipamentos em
exposição, observado que a isenção:
a) não se aplica a produtos destinados à montagem de estandes,
susceptíveis de serem aproveitados após o evento;
b) está condicionada a que nenhum pagamento, a qualquer título,
seja efetuado ao exterior, com relação aos produtos objeto da
isenção;
c) está sujeita a limites de quantidades e valor, além de outros
requisitos, estabelecidos pelo Secretário da Receita Federal;
XXV – os equipamentos, máquinas, aparelhos e instrumentos, bem
assim os acessórios, sobressalentes e ferramentas que, em
quantidade normal, acompanhem esses bens, destinados à pesquisa
e ao desenvolvimento tecnológico, quando adquiridos por empresas
industriais e agropecuárias nacionais que executarem Programas de
Desenvolvimento Tecnológico Industrial – PDTI e Programas de
Desenvolvimento Tecnológico Agropecuário – PDTA;
XXVI – os bens de informática destinados à coleta eletrônica de votos,
fornecidos diretamente ao Tribunal Superior Eleitoral, bem assim:
a) as matérias-primas e os produtos intermediários importados para
serem utilizados na industrialização desses bens e dos produtos sob
28
os códigos 8504.40.21, 8471.60.61, 8471.60.52, 8534.00.00 e
8473.30.49, constantes da Nomenclatura Comum do MERCOSUL, a
eles destinados;
b) as matérias-primas, produtos intermediários e materiais de
embalagem, de fabricação nacional, para serem utilizados na
industrialização desses bens;
XXVII – os materiais, equipamentos, máquinas, aparelhos e
instrumentos, importados ou de fabricação nacional, bem assim os
respectivos acessórios, sobressalentes e ferramentas, que os
acompanhem, destinados à construção do Gasoduto Brasil – Bolívia,
adquiridos pelo executor do projeto, diretamente ou por intermédio
de empresa por ele contratada especialmente para a sua execução
nos termos do art. 1º do Acordo celebrado entre o Governo da
República Federativa do Brasil e o Governo da República da Bolívia,
promulgado pelo Decreto 2.142/1997;
XXVIII – as partes, peças e componentes, adquiridos por estaleiros
navais brasileiros, destinados ao emprego na conservação,
modernização, conversão ou reparo de embarcações registradas no
Registro Especial Brasileiro – REB, instituído pela Lei nº 9.432, de 08
de janeiro de 1997;
XXIX – as partes, peças e componentes importados destinados ao
emprego na conservação, modernização e conversão de embarcações
registradas no REB, instituído pela Lei nº 9.432, de 1997, desde que
realizadas em estaleiros navais brasileiros;
XXX – os aparelhos transmissores e receptores de radiotelefonia e
radiotelegrafia, os veículos para patrulhamento policial, as armas e
munições, quando adquiridos pelos órgãos de segurança pública da
União, dos Estados e do Distrito Federal.

Base: art. 51 do RIPI/2002.

MANUTENÇÃO DO CRÉDITO

É admissível o aproveitamento do crédito de IPI decorrente de


aquisição de matéria-prima, produto intermediário e material de
embalagem, aplicados na industrialização de produto com saída
isenta ou de alíquota zero (base: art. 11 da Lei 9.779/99).

O direito ao aproveitamento, nas condições estabelecidas no art. 11


da Lei nº 9.779, de 1999, do saldo credor do IPI decorrente da
aquisição de MP, PI e ME aplicados na industrialização de produtos,
inclusive imunes, isentos ou tributados à alíquota zero, alcança,
exclusivamente, os insumos recebidos no estabelecimento industrial
ou equiparado a partir de 1º de janeiro de 1999 (art. 4 da IN SRF
33/99).

Os créditos, primeiramente devem ser deduzidos dos débitos por


saídas de outros produtos, quando for o caso. Se, entretanto, restar
saldo credor, este poderá ser aproveitado nas condições referidas nos
artigos 73 e 74 da Lei nº 9.430/96, onde se trata da restituição e
29
compensação de Tributos e Contribuições, observadas as normas da
IN SRF 600/2005.

Os créditos acumulados na escrita fiscal, existentes em 31 de


dezembro de 1998, decorrentes de excesso de crédito em relação ao
débito e da saída de produtos isentos com direito apenas à
manutenção dos créditos, somente poderão ser aproveitados para
dedução do IPI devido, vedado seu ressarcimento ou compensação
(art. 5 da IN SRF 33/99).

ALÍQUOTA ZERO

Definição

Os produtos industrializados, nacionais e estrangeiros, que constam


da Tabela de Incidência do Imposto sobre Produtos Industrializados –
TIPI, correspondentes à notação “0”, no campo da alíquota, nessa
tabela, são os chamados produtos à ALÍQUOTA ZERO, sobre os quais
não há a incidência de IPI.

Os produtos isentos também constam na TIPI com a notação “0”,


porém distinguem-se dos produtos tributados à alíquota zero pelo
fato que a isenção consta em Lei, no artigo 51 do RIPI/2002 e em
outros artigos do regulamento, e não poderá incidir a tributação sobre
esses produtos, salvo nos casos de alteração da própria Lei.

Enquanto que os produtos tributados à alíquota zero, só assim o são


porque a TIPI determina, porém o Executivo poderá a qualquer
momento aumentar as alíquotas, por Decreto, respeitado o princípio
da noventena, não sendo necessária a aprovação de Lei pelo
Legislativo para respectiva alteração.

Não há uma regra geral, para localizar os produtos tributados à


alíquota zero deve ser consultada a TABELA TIPI.

Exemplo:

ALÍQUOTA
NCM DESCRIÇÃO
(%)
54.01 Linhas para costurar de filamentos sintéticos ou
artificiais, mesmo acondicionadas para venda a
retalho.
5401.10 -De filamentos sintéticos
5401.10.1 De poliéster
5401.10.1 Não acondicionadas para venda a retalho
0
1
5401.10.1 Acondicionadas para venda a retalho
0
2
5401.10.9 Outras
0
0
5401.20 -De filamentos artificiais
5401.20.1 De raiom viscose, de alta tenacidade

30
5401.20.1 Não acondicionadas para venda a retalho
0
1
5401.20.1 Acondicionadas para venda a retalho
0
2
5401.20.9 Outras
0
0

54.02 Fios de filamentos sintéticos (exceto linhas para


costurar), não acondicionados para venda a retalho,
incluídos os monofilamentos sintéticos com menos de
67 decitex.
5402.1 -Fios de alta tenacidade, de náilon ou de outras poliamidas:
5402.11.0 --De aramidas
0
0
5402.19 --Outros
5402.19.1 De náilon
0
0
5402.19.9 Outros
0
0
5402.20.0 -Fios de alta tenacidade, de poliésteres
0
0
5402.3 -Fios texturizados:
5402.31 --De náilon ou de outras poliamidas, de título igual ou inferior
a 50 tex por fio simples
5402.31.1 De náilon
5402.31.1 Tintos
0
1
5402.31.1 Outros
0
9
5402.31.9 Outros
0
0
5402.32 --De náilon ou de outras poliamidas, de título superior a 50
tex por fio simples
5402.32.1 De náilon
5402.32.1 Multifilamento com efeito antiestático permanente, de título
0
1 superior a 110 tex
5402.32.1 Outros
0
9
5402.32.9 Outros
0
0
5402.33.0 --De poliésteres
0
0
5402.34.0 --De polipropileno
0
0
5402.39.0 --Outros
0
0
5402.4 -Outros fios, simples, sem torção ou com torção não superior
a 50 voltas por metro:
5402.44.0 --De elastômeros
0
0
5402.45 --Outros, de náilon ou de outras poliamidas
5402.45.1 De aramidas
0
0
5402.45.2 De náilon
0
0
5402.45.9 Outros
0
0
5402.46.0 --Outros, de poliésteres, parcialmente orientados
0
0

31
5402.47.0 --Outros, de poliésteres
0
0
5402.48.0 --Outros, de polipropileno
0
0
5402.49 --Outros
5402.49.1 De polietileno, com tenacidade superior ou igual a 26 cN/tex
0
0
5402.49.9 Outros
0
0
5402.5 -Outros fios, simples, com torção superior a 50 voltas por
metro:
5402.51 --De náilon ou de outras poliamidas
5402.51.1 De aramidas
0
0
5402.51.9 Outros
0
0
5402.52.0 --De poliésteres
0
0
5402.59.0 --Outros
0
0
5402.6 -Outros fios, retorcidos ou retorcidos múltiplos:
5402.61 --De náilon ou de outras poliamidas
5402.61.1 De aramidas
0
0
5402.61.9 Outros
0
0
5402.62.0 --De poliésteres
0
0
5402.69.0 --Outros
0
0

54.03 Fios de filamentos artificiais (exceto linhas para


costurar), não acondicionados para venda a retalho,
incluídos os monofilamentos artificiais com menos de
67 decitex.
5403.10.0 -Fios de alta tenacidade, de raiom viscose
0
0
5403.3 -Outros fios, simples:
5403.31.0 --De raiom viscose, sem torção ou com torção não superior a
0
0 120 voltas por metro
5403.32.0 --De raiom viscose, com torção superior a 120 voltas por
0
0 metro
5403.33.0 --De acetato de celulose
0
0
5403.39.0 --Outros
0
0
5403.4 -Outros fios, retorcidos ou retorcidos múltiplos:
5403.41.0 --De raiom viscose
0
0
5403.42.0 --De acetato de celulose
0
0
5403.49.0 --Outros
0
0

54.04 Monofilamentos sintéticos, com pelo menos 67 decitex


e cuja maior dimensão da seção transversal não seja
superior a 1mm; lâminas e formas semelhantes (por
exemplo, palha artificial) de matérias têxteis
sintéticas, cuja largura aparente não seja superior a

32
5mm.

5404.1 -Monofilamentos:
5404.11.0 --De elastômeros
0
0
5404.12.0 --Outros, de polipropileno
0
0
5404.19 --Outros
5404.19.1 Imitações de categute
5404.19.1 Reabsorvíveis
0
1
5404.19.1 Outros
0
9
5404.19.9 Outros
0
0
5404.90.0 -Outras
0
0

5405.00. Monofilamentos artificiais, com pelo menos 67 decitex


00 e cuja maior dimensão da seção transversal não seja
superior a 1mm; lâminas e formas semelhantes (por
0
exemplo, palha artificial) de matérias têxteis
artificiais, cuja largura aparente não seja superior a
5mm.

5406.00 Fios de filamentos sintéticos ou artificiais (exceto


linhas para costurar), acondicionados para venda a
retalho.
5406.00.1 Fios de filamentos sintéticos
0
0
5406.00.2 Fios de filamentos artificiais
0
0

54.07 Tecidos de fios de filamentos sintéticos, incluídos os


tecidos obtidos a partir dos produtos da posição 54.04.
5407.10 -Tecidos obtidos a partir de fios de alta tenacidade, de náilon
ou de outras poliamidas ou de poliésteres
5407.10.1 Sem fios de borracha
5407.10.1 De aramidas
0
1
5407.10.1 Outros
0
9
5407.10.2 Com fios de borracha
5407.10.2 De aramidas
0
1
5407.10.2 Outros
0
9
5407.20.0 -Tecidos obtidos a partir de lâminas ou de formas
0
0 semelhantes
5407.30.0 -“Tecidos” mencionados na Nota 9 da Seção XI
0
0
5407.4 -Outros tecidos, contendo pelo menos 85%, em peso, de
filamentos de náilon ou de outras poliamidas:
5407.41.0 --Crus ou branqueados
0
0
5407.42.0 --Tintos
0
0

33
5407.43.0 --De fios de diversas cores
0
0
5407.44.0 --Estampados
0
0
5407.5 -Outros tecidos, contendo pelo menos 85%, em peso, de
filamentos de poliéster texturizados:
5407.51.0 --Crus ou branqueados
0
0
5407.52 --Tintos
5407.52.1 Sem fios de borracha
0
0
5407.52.2 Com fios de borracha
0
0
5407.53.0 --De fios de diversas cores
0
0
5407.54.0 --Estampados
0
0
5407.6 -Outros tecidos, contendo pelo menos 85%, em peso, de
filamentos de poliéster:
5407.61.0 --Contendo pelo menos 85%, em peso, de filamentos de
0
0 poliéster não texturizados
5407.69.0 --Outros
0
0
5407.7 -Outros tecidos, contendo pelo menos 85%, em peso, de
filamentos sintéticos:
5407.71.0 --Crus ou branqueados
0
0
5407.72.0 --Tintos
0
0
5407.73.0 --De fios de diversas cores
0
0
5407.74.0 --Estampados
0
0
5407.8 -Outros tecidos, contendo menos de 85%, em peso, de
filamentos sintéticos, combinados, principal ou unicamente,
com algodão:
5407.81.0 --Crus ou branqueados
0
0
5407.82.0 --Tintos
0
0
5407.83.0 --De fios de diversas cores
0
0
5407.84.0 --Estampados
0
0
5407.9 -Outros tecidos:
5407.91.0 --Crus ou branqueados
0
0
5407.92.0 --Tintos
0
0
5407.93.0 --De fios de diversas cores
0
0
5407.94.0 --Estampados
0
0

54.08 Tecidos de fios de filamentos artificiais, incluídos os


tecidos obtidos a partir dos produtos da posição 54.05.
5408.10.0 -Tecidos obtidos a partir de fios de alta tenacidade, de raiom
0
0 viscose

34
5408.2 -Outros tecidos, contendo pelo menos 85%, em peso, de
filamentos ou de lâminas ou formas semelhantes, artificiais:
5408.21.0 --Crus ou branqueados
0
0
5408.22.0 --Tintos
0
0
5408.23.0 --De fios de diversas cores
0
0
5408.24.0 --Estampados
0
0
5408.3 -Outros tecidos:
5408.31.0 --Crus ou branqueados
0
0
5408.32.0 --Tintos
0
0
5408.33.0 --De fios de diversas cores
0
0
5408.34.0 --Estampados
0
0

O artigo 522 do RIPI/2002 dispõe que as Seções, os Capítulos, as


posições e os códigos citados no Regulamento são os constantes da
TIPI, aprovada pelo Decreto nº 4070, de 28 de dezembro de 2001.

Alguns capítulos da TIPI tributados à alíquota zero – “0”

Além dos produtos tributados à alíquota zero saírem do


estabelecimento sem tributação, as aquisições de MP, PI e ME para a
industrialização desses produtos geram direito ao crédito do IPI. Se o
referido crédito não for compensado com o débito do imposto,
poderá, ao final do trimestre, ser compensado através de PERDCOMP,
com outros tributos Federais (PIS, COFINS, IRPJ, CSSL dentre outros).

Já os produtos não tributados, com a indicação “NT”, também saem


do estabelecimento sem tributação para fins do IPI, porém não geram
direito ao crédito do IPI, por ocasião das aquisições de MP, PI e ME.

Dessa forma, é importante distinguir os produtos à alíquota zero e os


produtos “NT”. Para isso, é imprescindível averiguar freqüentemente
a tabela TIPI.

Abaixo relacionamos alguns produtos tributados à alíquota zero:

• Capítulo 2 - carnes e miudezas, comestíveis;


• Capítulo 3 - peixes e crustáceos, moluscos e os outros
invertebrados aquáticos (3.02 em diante);
• Capítulo 4 - leite e laticínios; ovos de aves; mel natural;
produtos comestíveis de origem animal, não especificados nem
compreendidos em outros capítulos (alguns NT e outros
alíquota zero);
• Capítulo 8 - frutas; cascas de cítricos e de melões (sem cascas e
embaladas são tributadas à alíquota zero);

35
• Capítulo 9 - café, chá, erva mate e especiarias (moído, torrado
são tributados à alíquota zero);
• Capítulo 11 - produtos da indústria de moagem; malte; amidos
e féculas; inulina; glúten de trigo (maioria dos produtos deste
capítulo é tributada à alíquota zero);

MANUTENÇÃO DOS CRÉDITOS - ALÍQUOTA ZERO

De acordo com a legislação em vigor, os créditos do IPI relativos aos


insumos no estabelecimento industrial ou equiparado, a partir de
01.01.99, para serem empregados na industrialização de produtos
tributados com alíquota reduzida a zero, poderão ser registrados e
mantidos na escrita fiscal independentemente de haver disposição
em lei específica, conforme artigo 11, da Lei 9.779/99.

SALDO CREDOR - CRÉDITOS INCLUSOS

O saldo credor acumulado a cada trimestre-calendário, de que trata o


art. 11 da Lei 9.779/99, compreende os créditos do IPI relativos à
aquisição de insumos aplicados na industrialização de produtos
tributados à alíquota zero, se dará da seguinte forma:

I - o saldo credor remanescente de cada período de


apuração será transferido para o período de apuração subseqüente;
II - ao final de cada trimestre-calendário, permanecendo saldo
credor, esse poderá ser utilizado para ressarcimento ou
compensação, mediante a PERDCOMP, na forma da IN SRF 600/2005,
que disciplina a restituição e a compensação de quantias recolhidas a
título de tributo ou contribuição administrados pela Secretaria da
Receita Federal.

Bases: art. 11 da Lei 9.779/99; Instrução Normativa SRF nº 33, de


1999, artigos 1º a 4º;

PRODUTOS NÃO TRIBUTADOS (NT)

Definição

Os produtos industrializados, nacionais e estrangeiros, constam da


Tabela de Incidência do Imposto sobre Produtos Industrializados –
TIPI, os produtos correspondentes a notação “NT”, nessa tabela, são
os considerados NÃO TRIBUTADOS, sobre os quais não há a incidência
de IPI.

36
Exemplo:

ALÍQUOTA
NCM DESCRIÇÃO
(%)
04.01 Leite e creme de leite, não concentrados nem
adicionados de açúcar ou de outros edulcorantes.
0401.10 -Com um teor, em peso, de matérias gordas, não superior a
1%
0401.10.1 Leite UHT ("Ultra High Temperature") NT
0
0401.10.9 Outros NT
0
0401.20 -Com um teor, em peso, de matérias gordas, superior a 1%
mas não superior a 6%
0401.20.1 Leite UHT ("Ultra High Temperature") NT
0
0401.20.9 Outros NT
0
0401.30 -Com um teor, em peso, de matérias gordas, superior a 6%
0401.30.1 Leite NT
0
0401.30.2 Creme de leite
0401.30.2 UHT ("Ultra High Temperature") NT
1
Ex 01 - Acondicionado em recipiente metálico 0
hermeticamente fechado
0401.30.2 Outros NT
9
Ex 01 - Acondicionados em recipientes metálicos 0
hermeticamente fechados

Base: art. 2º do RIPI/2002

Alguns capítulos da TIPI não tributados – “NT”

Os produtos não tributados, com a indicação “NT”, saem do


estabelecimento sem tributação para fins do IPI, porém não geram
direito ao crédito do IPI, por ocasião das aquisições de MP, PI e ME.

Dessa forma, é importante distinguir os produtos à alíquota zero e os


produtos “NT”. Para isso, é imprescindível averiguar freqüentemente
a tabela TIPI.

Abaixo relacionamos alguns produtos não tributados – “NT”:

• Capítulo 1 - animais vivos;


• Capítulo 3 - peixes e crustáceos, moluscos e os outros
invertebrados aquáticos (somente o subgrupo 3. 01 é produto
não tributado);
• Capítulo 4 - leite e laticínios; ovos de aves; mel natural;
produtos comestíveis de origem animal, não especificados nem
compreendidos em outros capítulos (alguns são NT e outros
tributados à alíquota zero);

37
• Capítulo 5 - outros produtos de origem animal, não
especificados nem compreendidos em outros capítulos;
• Capítulo 6 - plantas vivas e produtos de floricultura;
• Capítulo 7 - produtos hortícolas, plantas, raízes e tubérculos,
comestíveis;
• Capítulo 8 - frutas; cascas de cítricos e de melões (frescas);
• Capítulo 9 - café, chá, erva mate e especiarias (em grão,
cancheado);
• Capítulo 10 – cereais;
• Capítulo 12 - sementes e frutos oleaginosos; grãos, sementes e
frutos diversos; plantas industriais ou medicinais; palhas e
forragens (com exceção das farinhas de semente que são
tributadas à alíquota zero).

Não escrituração dos créditos de IPI relativos aos produtos


Não Tributados “NT”

Não deverão ser escriturados créditos relativos a MP, PI e ME que,


sabidamente, se destinem a emprego na industrialização de
produtos não tributados, ou saídos com suspensão cujo estorno seja
determinado por disposição legal .

Será anulado, mediante estorno na escrita fiscal, o crédito do


imposto, relativo a MP, PI e ME, que tenham sido empregados na
industrialização, ainda que para acondicionamento, de produtos
não-tributados.

Dessa forma, deverão ser estornados os créditos originários de


aquisição de MP, PI e ME, quando destinados à fabricação de
produtos não tributados (NT).

Bases: art. 190, § 1º e art. 193, inciso I, alínea “a”, todos da


RIPI/2002; art. 3º, Instrução Normativa SRF nº 33, de 1999.

Dos créditos inerentes aos insumos (MP, PI, ME) com


destinação comum

Poderão ser calculados proporcionalmente, com base no valor da


saída dos produtos fabricados pelo estabelecimento industrial nos
três meses imediatamente anteriores ao período de apuração a
considerar, os créditos decorrentes de entradas de MP, PI, e ME,
empregado indistintamente na industrialização de produtos que
gozem ou não do direito à manutenção e à utilização do crédito.

Base Legal: art. 3º, Instrução Normativa SRF nº 33, de 1999

SUSPENSÃO DO IMPOSTO

Somente será permitida a saída ou o desembaraço de produtos com

38
suspensão do imposto quando observadas as normas do
Regulamento e as medidas de controle expedidas pela SRF.

O implemento da condição a que está subordinada a suspensão


resolve a obrigação tributária suspensa.

Quando não forem satisfeitos os requisitos que condicionaram a


suspensão, o imposto tornar-se-á imediatamente exigível, como se a
suspensão não existisse.

Se a suspensão estiver condicionada à destinação do produto e a este


for dado destino diverso do previsto, estará o responsável pelo fato
sujeito ao pagamento do imposto e da penalidade cabível, como se a
suspensão não existisse.

Dos Casos de Suspensão

Poderão sair com suspensão do imposto (art. 42 RIPI/2002):

I – o óleo de menta em bruto, produzido por lavradores, com emprego


do produto de sua própria lavoura, quando remetido a
estabelecimentos industriais, diretamente ou por intermédio de
postos de compra;
II – os produtos remetidos pelo estabelecimento industrial, ou
equiparado a industrial, diretamente a exposição em feiras de
amostras e promoções semelhantes;
III – os produtos remetidos pelo estabelecimento industrial, ou
equiparado a industrial, a depósitos fechados ou armazéns-gerais,
bem assim aqueles devolvidos ao remetente;
IV – os produtos industrializados, que contiverem matérias-primas
(MP), produtos intermediários (PI) e material de embalagem (ME)
importados submetidos a regime aduaneiro especial de que tratam os
incisos II e III do art. 78 do Decreto-Lei nº 37, de 18 de novembro de
1966 (drawback – suspensão, isenção), remetidos diretamente a
empresas industriais exportadoras para emprego na produção de
mercadorias destinadas à exportação direta ou por intermédio de
empresa comercial exportadora, atendidas as condições
estabelecidas pela SRF;
V – os produtos, destinados à exportação, que saiam do
estabelecimento industrial para (Lei nº 9.532, de 1997, art. 39):
a) empresas comerciais exportadoras, com o fim específico de
exportação nos termos do parágrafo único deste artigo (Lei nº
9.532, de 1997, art. 39, inciso I);
b) recintos alfandegados (Lei nº 9.532, de 1997, art. 39, inciso
II); ou
c) outros locais onde se processe o despacho aduaneiro de
exportação (Lei nº 9.532, de 1997, art. 39, inciso II);
VI – as MP, PI e ME destinados à industrialização, desde que os
produtos industrializados devam ser enviados ao estabelecimento
remetente daqueles insumos;
39
VII – os produtos que, industrializados na forma do inciso VI e em cuja
operação o executor da encomenda não tenha utilizado produtos de
sua industrialização ou importação, forem remetidos ao
estabelecimento de origem e desde que sejam por este destinados:
a) a comércio; ou
b) a emprego, como MP, PI e ME, em nova industrialização que
dê origem a saída de produto tributado;
VIII – as matérias-primas ou produtos intermediários remetidos por
estabelecimento industrial, para emprego em operação industrial
realizada fora desse estabelecimento, quando o executor da
industrialização for o próprio remetente daqueles insumos;
IX – o veículo, aeronave ou embarcação das posições 87.02, 87.03,
87.04, 87.05, 88.02, 89.01, 89.02, 89.03 e 89.06 da TIPI, que deixar o
estabelecimento industrial exclusivamente para emprego em provas
de engenharia pelo próprio fabricante, desde que a ele tenha de
voltar, não excedido o prazo de permanência fora da fábrica, que será
de trinta dias, salvo motivos de ordem técnica devidamente
justificados, e constará da nota fiscal para esse fim expedida;
X – os produtos remetidos, para industrialização ou comércio, de um
para outro estabelecimento, industrial ou equiparado a industrial, da
mesma firma;
XI – os bens do ativo permanente (máquinas e equipamentos,
aparelhos, instrumentos, utensílios, ferramentas, gabaritos, moldes,
matrizes e semelhantes), remetidos pelo estabelecimento industrial a
outro estabelecimento da mesma firma, para serem utilizados no
processo industrial do recebedor;
XII – os bens do ativo permanente remetidos pelo estabelecimento
industrial a outro estabelecimento, para serem utilizados no processo
industrial de produtos encomendados pelo remetente, desde que
devam retornar ao estabelecimento encomendante, após o prazo
fixado para a fabricação dos produtos;
XIII – as partes e peças destinadas ao reparo de produtos com defeito
de fabricação, quando a operação for executada gratuitamente por
concessionários ou representantes, em virtude de garantia dada pelo
fabricante; e
XIV – as MP, PI e ME, de fabricação nacional, vendidos:
a) estabelecimento industrial, para industrialização de produtos
destinados à exportação; ou
b) estabelecimento comercial, para industrialização em outro
estabelecimento da mesma firma ou de terceiro, de produto
destinado à exportação.
1) A sua aplicação depende de prévia aprovação pelo Secretário
da Receita Federal de plano de exportação, elaborado pela
empresa exportadora que irá adquirir as MP, PI e ME objeto da
suspensão;
2) A exportação dos produtos pela empresa adquirente das MP,
PI e ME fornecidos com suspensão do imposto deverá ser
efetivada no prazo de até um ano, contado da aprovação do
plano de exportação, prorrogável uma vez, por idêntico período,
na forma do inciso II, admitidas novas prorrogações, respeitado
40
o prazo máximo de cinco anos, quando se tratar de exportação
de bens de capital de longo ciclo de produção; e
3) A SRF expedirá instruções complementares necessárias a sua
execução.

No caso da alínea a do inciso V, consideram-se adquiridos com o fim


específico de exportação os produtos remetidos diretamente do
estabelecimento industrial para embarque de exportação ou para
recintos alfandegados, por conta e ordem da empresa comercial
exportadora.

Nota: a IN SRF 300 disciplina a saída temporária de mercadorias da


Zona Franca de Manaus, das Áreas de Livre Comércio e da Amazônia
Ocidental.

O artigo 43 do RIPI/2002, determina que as bebidas alcoólicas e


demais produtos de produção nacional, classificados nas posições
22.04, 22.05, 22.06.00 e 22.08 da TIPI, acondicionados em recipientes
de capacidade superior ao limite máximo permitido para venda a
varejo sairão obrigatoriamente com suspensão do imposto dos
respectivos estabelecimentos produtores, dos estabelecimentos
atacadistas e das cooperativas de produtores, quando destinados aos
seguintes estabelecimentos:
I – industriais que utilizem os produtos mencionados como insumo na
fabricação de bebidas;
II – atacadistas e cooperativas de produtores; e
III – engarrafadores dos mesmos produtos.

Nas notas fiscais relativas às remessas com suspensão do imposto,


previstas no art. 43, deverá constar a expressão a que se refere o
inciso III do art. 341, vedado o destaque do imposto, nas referidas
notas, sob pena de se considerá-lo como indevidamente destacado,
sujeitando o infrator às disposições legais estabelecidas para a
hipótese.

Serão desembaraçados com suspensão do imposto


(art. 45):

I – os produtos de procedência estrangeira importados diretamente


pelos concessionários das Lojas Francas de que trata o Decreto-Lei nº
1.455, de 7 de abril de 1976, nas condições nele referidas e em
outras estabelecidas pelo Secretário da Receita Federal;
II – as máquinas, equipamentos, veículos, aparelhos e instrumentos,
sem similar nacional, bem assim suas partes, peças, acessórios e
outros componentes, de procedência estrangeira, importados por
41
empresas nacionais de engenharia, e destinados à execução de obras
no exterior, quando autorizada a suspensão pelo Secretário da
Receita Federal;
III – os produtos de procedência estrangeira que devam sair das
repartições aduaneiras com suspensão do Imposto de Importação,
nas condições previstas na respectiva legislação; e
IV – MP, PI e ME, importados diretamente por estabelecimento de que
trata os incisos I a III do artigo 44, (Medida Provisória nº 66, de 2002,
art. 31, § 4º).

Base legal: art. 39 a 46 do RIPI/2002

IPI - REGIME DE SUSPENSÃO PARA VÁRIAS OPERAÇÕES A


PARTIR DE 01.10.2002
(equivale ao artigo 44 do RIPI/2002)

1. Produtos com direito a suspensão

A partir de 01.10.2002, as matérias-primas, os produtos


intermediários e os materiais de embalagem, destinados a
estabelecimento que se dedique, preponderantemente, à elaboração
de produtos classificados nos Capítulos 2, 3, 4, 7, 8, 9, 10, 11, 12, 15,
16, 17, 18, 19, 20, 23 (exceto códigos 2309.10.00 e 2309.90.30 e Ex-
01 no código 2309.90.90), 28, 29, 30, 31 e 64, no código 2209.00.00
e 2501.00.00, e nas posições 21.01 a 21.05.00, da Tabela de
Incidência do Imposto sobre Produtos Industrializados - TIPI, inclusive
aqueles a que corresponde à notação NT (não tributados), sairão do
estabelecimento industrial com suspensão do referido imposto.

Base: art. 29 da Lei 10.637/2002 (com redação dada pela Lei


10.684/2003).

2. Outros produtos com direito à suspensão

A suspensão do IPI aplica-se, também, às saídas de matérias-primas,


produtos intermediários e materiais de embalagem, quando
adquiridos por:

I - estabelecimentos industriais fabricantes,


preponderantemente, de:
a) componentes, chassis, carroçarias, partes e peças dos
produtos a que se refere o art. 1 da Lei 10.485/2002;
b) partes e peças destinadas a estabelecimento industrial
fabricante de produto classificado no Capítulo 88 da TIPI;
II - pessoas jurídicas preponderantemente exportadoras.
42
3. Preponderância de faturamento

O disposto em 1 e 2-I anteriores aplica-se ao estabelecimento


industrial cuja receita bruta decorrente dos produtos referidos, no
ano-calendário imediatamente anterior ao da aquisição, houver sido
superior a 60% (sessenta por cento) de sua receita bruta total no
mesmo período.

Exemplo:

Receita Bruta do estabelecimento industrial em 2.006 - R$


10.000.000,00
Receita Bruta dos produtos admissíveis com suspensão em 2.006 - R$
7.000.000,00
% Participação da Receita Bruta: R$ 7.000.000,00 dividido por R$
10.000.000,00 igual a 70%.

Portanto, a suspensão aplica-se ao estabelecimento, relativamente às


operações ocorridas em 2007, por ultrapassar 60%.

4. Pessoa jurídica preponderantemente exportadora -


conceito
A partir de 23.10.2007

A partir de 23.10.2007, para fins do disposto no item 2-II, considera-


se pessoa jurídica preponderantemente exportadora aquela cuja
receita bruta decorrente de exportação para o exterior, no ano-
calendário imediatamente anterior ao da aquisição, houver sido
superior a 70% (setenta por cento) de sua receita bruta total de
venda de bens e serviços no mesmo período, após excluídos os
impostos e contribuições incidentes sobre a venda.

Exemplo:

Receita Bruta total do estabelecimento em 2.006 - R$ 15.000.000,00

Receita Bruta decorrente de exportação em 2.006 - R$ 11.000.000,00

% Participação da Receita Bruta: R$ 11.000.000,00 dividido por R$


15.000.000,00 igual a 73,33%

Portanto, a suspensão aplica-se ao estabelecimento, relativamente às


operações ocorridas a partir de 23.10.2007, por ultrapassar 70%.

Redução de Percentual
O percentual de 70% fica reduzido a 60% (sessenta por cento) no
caso de pessoa jurídica em que 90% (noventa por cento) ou mais de
suas receitas de exportação houverem sido decorrentes da
exportação dos produtos:

43
I - classificados na Tabela de Incidência do Imposto sobre Produtos
Industrializados - TIPI, aprovada pelo Decreto no 6.006, de 28 de
dezembro de 2006:

a) nos códigos 0801.3, 25.15, 42.02, 50.04 a 50.07, 51.05 a 51.13,


52.03 a 52.12, 53.06
a 53.11;
b) nos Capítulos 54 a 64;
c) nos códigos 84.29, 84.32, 8433.20, 8433.30.00, 8433.40.00,
8433.5, 87.01, 87.02, 87.03, 87.04, 87.05 e 87.06; e
d) nos códigos 94.01 e 94.03; e

II - relacionados nos Anexos I e II da Lei nº 10.485, de 3 de julho de


2002.
Base: §§1º e 8º do art. 29 da Lei 10.637/2002, conforme redação dada
pelo artigo 3º da Lei 11.529/2007.

Até 22.10.2007

Até 22.10.2007, para fins do disposto no item 2-II, considerava-se


pessoa jurídica preponderantemente exportadora aquela cuja receita
bruta decorrente de exportação para o exterior, no ano-calendário
imediatamente anterior ao da aquisição, houver sido superior a 80%
(oitenta por cento) de sua receita bruta total no mesmo período.
5. Desembaraço na importação

As matérias-primas, os produtos intermediários e os materiais de


embalagem, importados diretamente por estabelecimento
enquadrados em 1 e 2 serão desembaraçados com suspensão do IPI.

6. Utilização dos créditos

A suspensão do imposto não impede a manutenção e a utilização dos


créditos do IPI pelo respectivo estabelecimento industrial, fabricante
das referidas matérias-primas, produtos intermediários e materiais de
embalagem.

7. Preenchimento na nota fiscal

Nas notas fiscais relativas às saídas referidas com suspensão, deverá


constar a expressão "Saída com suspensão do IPI", com a
especificação do dispositivo legal correspondente, vedado o registro
do imposto nas referidas notas.

8. Condições acessórias

Para os fins de suspensão, as empresas adquirentes deverão:

I - atender aos termos e as condições estabelecidos pela Secretaria

44
da Receita Federal (SRF);
II - declarar ao vendedor, de forma expressa e sob as penas da lei,
que atende a todos os requisitos estabelecidos.

9. Termos e condições estabelecidas pela SRF

As condições para usufruto da suspensão do IPI foram disciplinadas


pela Instrução Normativa SRF 296/2003.

10. Inaplicabilidade

A suspensão não se aplica às pessoas jurídicas optantes pelo Sistema


Integrado de Pagamento de Impostos e Contribuições das
Microempresas e das Empresas de Pequeno Porte (Simples), seja em
relação às aquisições de seus fornecedores, seja no tocante às saídas
dos produtos que industrializem.

Bases: inciso I do art. 23 da IN SRF 296/2003 e ADI SRF 16/2004 e os


citados no texto.

CRÉDITOS DO IPI

Características da Não-Cumulatividade

O Princípio da Não-Cumulatividade conforme o artigo 153, § 3°, inciso


II, da Constituição, significa que, o imposto pago em operações
anteriores representa um crédito compensável do contribuinte
adquirente, que o utilizará para abater o montante correspondente do
valor do IPI devido em operação posterior. Os produtos
industrializados agregam diversas matérias-primas, além de outros
produtos industrializados (produtos intermediários).

A não-cumulatividade caracteriza-se pelo crédito do imposto na


aquisição de matérias-primas e produtos intermediários, material de
embalagens e outros bens que, embora não se integrando ao novo
produto, forem consumidos no processo de industrialização, salvo se
compreendidos entre os bens do ativo permanente; para ser abatido
do débito relativo à venda do produto.

Dispondo sobre o Princípio da Não-Cumulatividade, o artigo 163 do


RIPI estabelece que este é efetivado pelo sistema de crédito,
atribuído ao contribuinte, do imposto relativo a produtos entrados no
seu estabelecimento, para ser abatido do que for devido pelos
produtos dele saídos, num mesmo período. Geralmente, esse período
é mensal (a partir de 01.11.2004).

O crédito compensável decorrente do imposto cobrado na entrada de


matérias-primas e outros insumos no estabelecimento do
contribuinte, também, pode ser utilizado para anular o débito do

45
imposto referente a produtos saídos do estabelecimento e a este
devolvidos ou retornados.

A não-cumulatividade é efetivada num mesmo período, dessa forma,


durante o período de apuração do imposto, os contribuintes
contabilizam “entradas” e “saídas”. As entradas geram créditos; as
saídas geram débitos. Abatendo-se dos débitos os créditos, alcança-
se, ao fim do período, o imposto devido. Se houver mais créditos do
que débitos, não há imposto a pagar, senão créditos a transferir para
o período subseqüente.

De qualquer maneira, a observação de Sacha Calmon Navarro Coelho


é relevante para demonstrar que a não-cumulatividade é aplicada por
operações em cada período, e não por produto, mesmo porque alguns
insumos utilizados no processo de industrialização perdem totalmente
suas características, a partir do momento em que passam a integrar
um novo produto acabado.

Características do Crédito Fiscal Compensável ou Dedutível

O crédito fiscal compensável ou dedutível, gerado pela aplicação do


Princípio da Não-Cumulatividade do IPI ao regime de apuração do
imposto, é um crédito de natureza escritural, cuja titularidade
pertence ao contribuinte do IPI, ou aquele que lhe for equiparado pela
legislação.

O Regulamento do Imposto sobre Produtos Industrializados denomina


os créditos fiscais decorrentes do sistema de apuração do imposto de
créditos básicos, para distingui-los de outros créditos não associados,
diretamente, ao processo de industrialização, ou, melhor dizendo, ao
Princípio da Não-Cumulatividade.

Espécies de créditos

O Regulamento do IPI, para fins de distinção, classifica os créditos


escriturais do imposto nas seguintes categorias:

1) Créditos Básicos.
2) Créditos Por Devolução ou Retorno de Mercadorias.
3) Créditos como Incentivos.
4) Créditos na compra de atacadista não-equiparado a industrial
5) Créditos de Outra Natureza.
6) Créditos Presumidos.

CRÉDITOS BÁSICOS

Créditos Básicos são aqueles diretamente associados ao Princípio da


Não-cumulatividade e ao processo de industrialização, cuja
titularidade pertence ao estabelecimento industrial ou equiparado.

46
São as matérias-primas, produtos intermediários e materiais de
embalagem, adquiridos e aplicados na industrialização de produtos,
incluindo-se, também, os insumos que forem consumidos no processo
de industrialização, mesmo que não se integrando ao novo produto,
salvo de compreendidos entre os bens do ativo permanente (art.164,
I do RIPI/2002).

É permitido os créditos decorrentes da importação, desde que a


empresa comercialize ou industrialize o bem e tenha saída tributada
com IPI, bem assim, exista previsão para manutenção do crédito
(art.164, V do RIPI/2002).

Nesse sentido, dispõe o artigo 164 do RIPI que os estabelecimentos


industriais e os que lhe forem equiparados poderão creditar-se:

1) do imposto relativo a matérias-primas, produtos


intermediários e material de embalagem adquiridos para emprego na
industrialização de produtos tributados, incluindo-se entre as
matérias-primas e produtos intermediários, aqueles que, embora não
se integrando ao novo produto, forem consumidos no processo de
industrialização, salvo se compreendidos entre os bens do ativo
permanente;
2) do imposto relativo a matérias-primas, produtos
intermediários e material de embalagem, quando remetidos a
terceiros para industrialização sob encomenda, sem transitar pelo
estabelecimento adquirente;
3) do imposto relativo a matérias-primas, produtos
intermediários e material de embalagem, recebidos de terceiros para
industrialização de produtos por encomenda, quando estiver
destacado ou indicado na nota fiscal;
4) do imposto destacado em nota fiscal relativa a produtos
industrializados por encomenda, recebidos do estabelecimento que os
industrializou, em operação que dê direito ao crédito;
5) do imposto pago no desembaraço aduaneiro;
6) do imposto mencionado na nota fiscal que acompanhar
produtos de procedência estrangeira, diretamente da repartição que
os libertou, para estabelecimento, mesmo exclusivamente varejista,
do próprio contribuinte;
7) do imposto relativo a bens de produção recebidos por
comerciantes equiparados a industrial (atacadistas);
8) do imposto relativo aos produtos recebidos pelos
estabelecimentos equiparados a industrial que, na saída destes,
estejam sujeitos ao imposto, nos demais casos não compreendidos
nos itens 5 e 7, acima;
9) do imposto pago sobre produtos adquiridos com imunidade,
isenção ou suspensão quando descumprida a condição, em operação
que dê direito ao crédito;
10) do imposto destacado nas notas fiscais relativas a entregas
ou transferências simbólicas do produto, permitidas no RIPI.

47
Nas remessas de produtos para armazém-geral e depósito fechado, o
direito ao crédito do imposto, quando admitido, é do estabelecimento
depositante.

Note-se que, em princípio, só geram direito ao crédito básico do IPI as


aquisições de matérias-primas e insumos que forem aplicados ou
utilizados na industrialização de produtos tributados na saída do
estabelecimento industrial. Por outro lado, as aquisições de produtos
de estabelecimentos optantes pelo SIMPLES não ensejarão aos
adquirentes direito à fruição de crédito de matérias-primas, produtos
intermediários e material de embalagem.

Os créditos do imposto escriturados pelos estabelecimentos


industriais, ou equiparados a industrial, serão utilizados mediante
dedução do imposto devido pelas saídas de produtos dos mesmos
estabelecimentos.

Exemplo:

Total dos débitos apurados no período: R$ 60.000,00


Total dos créditos escriturados: R$ 20.000,00
Valor do IPI a Recolher: R$ 60.000,00 – R$ 20.000,00 = R$ 40.000,00

É permitido ao estabelecimento industrial, ou equiparado a industrial,


creditar-se do imposto relativo a produtos tributados recebidos em
devolução ou retorno, total ou parcial.

É ainda admitido ao contribuinte creditar-se:

I – do valor do imposto, já escriturado, no caso de cancelamento da


respectiva nota fiscal, antes da saída da mercadoria;
II – do valor da diferença do imposto em virtude de redução de
alíquota, nos casos em que tenha havido lançamento antecipado nos
casos de faturamento para entrega futura ou em partes.

Nas hipóteses previstas acima, o contribuinte deverá, ao registrar o


crédito, anotar o motivo do mesmo na coluna "Observações" do livro
Registro de Apuração do IPI.

INSUMOS, PRODUTOS INTERMEDIÁRIOS, MATERIAL DE


EMBALAGEM

Insumo é uma palavra de origem espanhola, que significa o conjunto


dos fatores produtivos, como matérias-primas, energia, trabalho,
amortização de capital, etc., empregados pelo empresário para
produzir o produto final (Aliomar Baleeiro).

Mas, na obra Direito Tributário Brasileiro, Forense Rio de Janeiro,


1980, 9ª edição, limita o significado para “produtos intermediários
que não sendo matérias-primas, são empregados ou se consomem no
48
processo de produção”.

O artigo 164, inciso I, do RIPI/2002 dispõe que se incluem entre as


matérias-primas e produtos intermediários, aqueles que, embora não
se integrando ao novo produto, forem consumidos no processo de
industrialização, salvo se compreendidos entre os bens do ativo
permanente.

A Decisão Normativa CAT 1, de 25.04.2001 (ICMS-SP) dispõe que são


insumos, entre outros, a título de exemplo, os seguintes insumos que
se desintegrem totalmente no processo produtivo de uma mercadoria
ou são utilizados nesse mesmo processo produtivo para limpeza,
identificação, desbaste, solda, etc.:

“Lixas; discos de cortes; discos de lixa; eletrodos; oxigênio e


acetileno; escovas de aço; estopa; materiais para uso em
embalagens em geral – tais como etiquetas, fitas adesivas, fitas
crepe, papéis de embrulho, sacolas, materiais de amarrar ou
colar (barbantes, fitas, fitilhos, cordões e congêneres), lacres,
isopor utilizado para isolamento e proteção dos produtos no
interior das embalagens, tinta, giz, pincel atômico e lápis para
marcação de embalagens-; óleos de corte; rebolos;
modelos/matrizes de isopor utilizados pela indústria; produtos
químicos utilizados no tratamento de água afluente e efluente e
no controle de qualidade e de teste de insumos e de produtos.”

Solução de Consulta nº 79, de 19.08. 2002 (10ª RF)


Assunto: Imposto sobre Produtos Industrializados - IPI
Ementa: matérias-primas e produtos intermediários. Créditos.
Os "insertos e fresas" utilizados como instrumentos de corte em
máquinas industriais enquadram-se, para efeito da legislação do IPI,
como insumos (matérias-primas e produtos intermediários em sentido
amplo), gerando direito ao crédito do IPI sobre eles incidente, desde
que não devam ser classificados no ativo permanente.
Dispositivos legais: Decreto nº 2637, de 1998, art. 147, I; (atual
art.164 RIPI/2002) Parecer Normativo CST nº 65, de 1979.

Solução de Consulta nº 07, de 14.01.2004 - 10ª RF


Assunto: Imposto Sobre Produtos Industrializados - IPI
Matérias-Primas e Produtos Intermediários - Créditos.
As "lixas, serras circulares, serra fita, brocas" utilizadas na fabricação
de móveis enquadram-se, para efeito da legislação do IPI, como
insumos (matérias-primas e produtos intermediários em sentido
amplo), gerando direito a crédito desse imposto, desde que não
devam ser classificadas no ativo permanente.
Dispositivos legais: Decreto nº 4544, de 2002 (RIPI/2002), art. 164, I;
Parecer Normativo CST nº 65, de 1979.

IDENTIFICAÇÃO DOS INSUMOS QUE GERAM DIREITO AO


CRÉDITO - RESPONSABILIDADE DO CONTRIBUINTE
49
Ato Declaratório nº 59, de 07.10.1994

O Coordenador-Geral do Sistema de Tributação, no uso de atribuições


que lhe confere o art. 147, inciso III, do Regimento Interno aprovado
pela Portaria Ministerial nº 606, de 03 de setembro de 1993.

DECLARA, em caráter normativo, as Superintendências Regionais da


Receita Federal e aos demais interessados que ao estabelecimento
industrial ou a ele equiparado, cabe identificar quais as
matérias-primas e produtos intermediários consumidos em
seu processo industrial que geram direito ao crédito do
imposto sobre, Produtos Industrializados - IPI, nas condições
do artigo de 82, inciso I, do Regulamento deste imposto, aprovado
pelo Decreto nº 87981, de 23 de dezembro de 1982 e do Parecer
Normativo CST nº 65/79 (DOU de 06/11/79).
2. Outrossim, o estabelecimento arcara com os ônus decorrentes da
errônea caracterização das matérias-primas ou produto
intermediário, podendo ser-lhe exigidas no prazo previsto no art.
150, parágrafo 4º, do Código Tributário Nacional, eventuais
diferenças de imposto resultantes daquela incorreção.

Nos termos do Ato Declaratório (Normativo) nº 59/94, cabe ao


estabelecimento industrial ou a ele equiparado identificar quais as
matérias-primas e os produtos intermediários consumidos em seu
processo industrial que geram direito ao crédito do IPI nas condições
do art. 82, inciso 1, do RIPI/82 (que corresponde ao art. 164, inciso I,
do RIPI/2002) e do Parecer Normativo CST nº 65/79.

Dispõe, ainda, o referido ato que o estabelecimento arcará com o


ônus decorrente da errônea caracterização das matérias-primas ou do
produto intermediário, podendo ser-lhe exigidas, no prazo previsto no
art. 150, § 4º, do Código Tributário Nacional, eventuais diferenças de
imposto resultantes daquela incorreção.

O Fisco somente poderá exigir a diferença quando, efetivamente,


houver errônea caracterização dos insumos por parte do contribuinte.
É o que ocorre, por exemplo, quando o contribuinte escritura
(indevidamente) créditos do IPI relativos à aquisição de material de
consumo (digamos: material de escritório), o qual não propicia direito
ao aproveitamento porque não integra o produto final nem é
consumido no processo de industrialização.

BENS QUE GERAM CRÉDITO E NÃO INTEGRAM O PRODUTO


FINAL

Além das matérias-primas e dos produtos intermediários que


integram o produto final, também asseguram direito ao crédito do IPI
os bens que, embora não integrem o novo produto, sejam
50
consumidos no respectivo processo de industrialização, salvo se
compreendidos entre os bens do Ativo Permanente.

É, também, o que afirma o artigo 164, I do RIPI/2002, o qual dispõe


que se incluem entre as matérias-primas e produtos intermediários,
aqueles que, embora não se integrando ao novo produto, forem
consumidos no processo de industrialização, salvo se compreendidos
entre os bens do ativo permanente.

Historicamente, a escrituração do crédito relativo aos mencionados


insumos - que não se incorporam ao produto final - vem recebendo o
seguinte tratamento, desde a vigência do Regulamento do IPI,
aprovado pelo Decreto nº 70.162/72:

a) até 12 de março de 1979 (data em que ainda vigorava o


citado RIPI aprovado pelo Decreto nº 70.162/72), o direito ao
crédito era condicionado a que os bens fossem consumidos,
imediata e integralmente, no respectivo processo de
industrialização;

b) a partir de 13 de março de 1979 (data em que começou a


vigorar o RIPI aprovado pelo Decreto nº 83.263/79), passaram a
propiciar direito ao crédito quaisquer bens que sofram, em
função de ação exercida diretamente sobre os produtos
em fabricação, alterações tais como o desgaste, o dano ou a
perda de propriedades físicas ou químicas. Assinale-se que o
RIPI/82 (aprovado pelo Decreto nº 87.981/82), bem como o atual
dispõem sobre o assunto de forma idêntica à prevista pelo
RIPI/1979.

Diante do exposto, verifica-se que tanto o Regulamento baixado em


1979 como os posteriores (RIPI/1982 ao RIPI/2002) fazem restrição
apenas aos bens que integram o Ativo Permanente e os materiais de
uso e consumo. Desse modo, todos os insumos, inclusive
ferramentas, que se consomem ou se desgastam no respectivo
processo de industrialização passaram a proporcionar o direito ao
aproveitamento do crédito do imposto.

Visando elucidar melhor o assunto, reproduzimos, a seguir, o item 11


do Parecer Normativo CST nº 65/79:

“11 - Em resumo, geram direito ao crédito, além dos que se


integram ao produto final (matérias-primas e produtos
intermediários, stricto sensu, e material de embalagem),
quaisquer outros bens que sofram alterações, tais como o
desgaste, o dano ou a perda de propriedades físicas ou
químicas, em função de ação diretamente exercida sobre o
51
produto em fabricação; ou, vice-versa, proveniente de ação
exercida diretamente pelo bem em industrialização, desde que
não devam, em face de princípios contábeis geralmente aceitos,
ser incluídos no Ativo Permanente.”

Solução de Consulta nº 79, de 19.08. 2002 (10ª RF)


Assunto: Imposto sobre Produtos Industrializados - IPI
Ementa: matérias-primas e produtos intermediários. Créditos.
Os "insertos e fresas" utilizados como instrumentos de corte em
máquinas industriais enquadram-se, para efeito da legislação do IPI,
como insumos (matérias-primas e produtos intermediários em sentido
amplo), gerando direito ao crédito do IPI sobre eles incidente, desde
que não devam ser classificados no ativo permanente.
Dispositivos legais: Decreto nº 2637, de 1998, art. 147, I; (atual
art.164 RIPI/2002) Parecer Normativo CST nº 65, de 1979.

Solução de Consulta nº 07, de 14.01.2004 - 10ª RF


Assunto: Imposto Sobre Produtos Industrializados - IPI
Matérias-Primas e Produtos Intermediários - Créditos.
As "lixas, serras circulares, serra fita, brocas" utilizadas na fabricação
de móveis enquadram-se, para efeito da legislação do IPI, como
insumos (matérias-primas e produtos intermediários em sentido
amplo), gerando direito a crédito desse imposto, desde que não
devam ser classificadas no ativo permanente.
Dispositivos legais: Decreto nº 4544, de 2002 (RIPI/2002), art. 164, I;
Parecer Normativo CST nº 65, de 1979.

Vamos analisar a hierarquia das normas, para verificar se há algum


impedimento legal na utilização dos insumos, nos quais há o
destaque do IPI, mas não integram produto final:

a) Constituição Federal

Na Constituição Federal/1988, no artigo 153, consta:

Compete à União instituir impostos sobre:


....
IV - produtos industrializados;
...
§ 3º - O imposto previsto no inciso IV (IPI):
I - será seletivo, em função da essencialidade do produto;
II - será não-cumulativo, compensando-se o que for devido em cada
operação com o montante cobrado nas anteriores;

b) No Código Tributário Nacional – Lei Complementar - LEI N.º


5.172/1966

O Artigo 49, do CTN, dispõe:


O imposto (IPI) é não-cumulativo, dispondo a lei de forma que o
52
montante devido resulte da diferença a maior, em determinado
período, entre o imposto referente aos produtos saídos do
estabelecimento e o pago relativamente aos produtos nele entrados.

c) Lei 5.402/1964 (Lei Ordinária de criação do IPI)

No artigo 25 dispõe:

A importância a recolher será o montante do imposto relativo aos


produtos saídos do estabelecimento, em cada mês, diminuído do
montante do imposto relativo aos produtos nele entrados, no mesmo
período, obedecidas as especificações e normas que o regulamento
estabelecer. (Redação dada pelo Decreto-Lei nº 1.136, de 1970)
§ 1º O direito de dedução só é aplicável aos casos em que os
produtos entrados se destinem à comercialização, industrialização ou
acondicionamento e desde que os mesmos produtos ou os que
resultarem do processo industrial sejam tributados na saída do
estabelecimento. (Redação dada pelo Decreto-Lei nº 1.136, de 1970)
§ 2º (Revogado pelo Decreto-Lei nº 2.433, de 1988)
§ 3º. O Regulamento disporá sobre a anulação do crédito ou o
restabelecimento do débito correspondente ao imposto deduzido, nos
casos em que os produtos adquiridos saiam do estabelecimento com
isenção do tributo ou os resultantes da industrialização estejam
sujeitos à alíquota zero, não estejam tributados ou gozem de isenção,
ainda que esta seja decorrente de uma operação no mercado interno
equiparada a exportação, ressalvados os casos expressamente
contemplados em lei. (Redação dada pela Lei nº 7.798, de 1989)

d) RIPI/2002 – Decreto 4.544/2002

Art. 164 - Os estabelecimentos industriais, e os que lhes são


equiparados,poderão creditar-se (Lei nº 4502, de 1964, art. 25):

I - do imposto relativo a MP, PI e ME , adquiridos para emprego


na industrialização de produtos tributados, incluindo-se, entre as
matérias-primas e produtos intermediários, aqueles que,
embora não se integrando ao novo produto, forem
consumidos no processo de industrialização, salvo se
compreendidos entre os bens do ativo permanente;

e) Parecer Normativo CST nº 65/79

Visando elucidar melhor o assunto, reproduzimos, a seguir, o item 11


do Parecer Normativo CST nº 65/79:

“11 - Em resumo, geram direito ao crédito, além dos que se


integram ao produto final (matérias-primas e produtos
intermediários, stricto sensu, e material de embalagem),
quaisquer outros bens que sofram alterações, tais como o
desgaste, o dano ou a perda de propriedades físicas ou
53
químicas, em função de ação diretamente exercida sobre o
produto em fabricação; ou, vice-versa, proveniente de ação
exercida diretamente pelo bem em industrialização, desde que
não devam, em face de princípios contábeis geralmente aceitos,
ser incluídos no Ativo Permanente.”

f) Conclusão

A Constituição Federal, o Código Tributário Nacional, a Lei de criação


do IPI, o Regulamento do IPI são bem claros que pode existir o crédito
do imposto relativo aos produtos nele entrado, destinado ao processo
industrial de um novo produto.

Não há nenhuma limitação legal, com relação os produtos que não


integram o produto final, mas são consumidos em função da
industrialização.

Sendo que poderá ser creditado o imposto nas aquisições de MP, PI e


ME, incluindo-se, aqueles produtos que, embora não se integrando ao
novo produto, forem consumidos no processo de industrialização
(salvo os compreendidos entre o Ativo Permanente).

Valemo-nos, da Decisão Normativa CAT 1, de 25.04.2001 (ICMS-SP),


na qual dispõe que são insumos, entre outros, a título de exemplo, os
seguintes insumos que se desintegrem totalmente no processo
produtivo de uma mercadoria ou são utilizados nesse mesmo
processo produtivo para limpeza, identificação, desbaste, solda, etc.:
“Lixas; discos de cortes; discos de lixa; eletrodos; oxigênio e
acetileno; escovas de aço; estopa; materiais para uso em
embalagens em geral – tais como etiquetas, fitas adesivas, fitas
crepe, papéis de embrulho, sacolas, materiais de amarrar ou
colar (barbantes, fitas, fitilhos, cordões e congêneres), lacres,
isopor utilizado para isolamento e proteção dos produtos no
interior das embalagens, tinta, giz, pincel atômico e lápis para
marcação de embalagens-; óleos de corte; rebolos;
modelos/matrizes de isopor utilizados pela indústria; produtos
químicos utilizados no tratamento de água afluente e efluente e
no controle de qualidade e de teste de insumos e de produtos.”

As "lixas, serras circulares, serra fita, brocas" utilizadas na fabricação


de móveis enquadram-se, para efeito da legislação do IPI, como
insumos. (Solução de Consulta nº 07, de 14.01.2004 - 10ª RF).

Os "insertos e fresas" utilizados como instrumentos de corte em


máquinas industriais enquadram-se, para efeito da legislação do IPI,
54
como insumos Solução de Consulta nº 79, de 19.08. 2002 (10ª RF).

Passam, portanto, a fazer jus ao crédito, as ferramentas manuais e


as intermutáveis, bem como quaisquer outros bens que, não
sendo partes de bens do Ativo Permanente, independentemente de
suas qualificações tecnológicas, se enquadrem no que ficou
exposto na parte final do subitem 10.1 - se consumirem em
decorrência de um contato físico, ou melhor dizendo, de uma ação
diretamente exercida sobre o produto em fabricação, ou por este
diretamente sofrida.(Item 10.3 do Parecer Normativo CST nº 65/79).

PEÇAS DE REPOSIÇÃO - JURISPRUDÊNCIA DO CONSELHO DE


CONTRIBUINTES

ACORDÃO Nº 203-09858 - 2ª CÂMARA


(SESSÃO DE 10.11.2004 - DOU DE 07.12.2005)
Processo nº: 13807.009227/2001-76
Recurso nº: 124807
Relator-Designado: EMANUEL CARLOS DANTAS DE ASSIS
IPI. CRÉDITOS BÁSICOS. PRODUTOS NÃO CLASSIFICADOS
COMO INSUMOS PELO PN CST Nº 65/79. EXCLUSÃO. Incluem-se
entre os insumos para fins de crédito do IPI os produtos não
compreendidos entre os bens do ativo permanente que, embora
não se integrando ao novo produto, forem consumidos,
desgastados ou alterados no processo de industrialização, em
função de ação direta do insumo sobre o produto em
fabricação, ou deste sobre aquele. Produtos outros como
ferramentas e peças de reposição, não classificados como
insumos segundo o Parecer Normativo CST nº 65/79, incluindo
anel, filtro, pastilha, arruela, viga, fusível, rebite, chave, serrote,
plug, parafuso, bateria, mangueira, abraçadeira, lâmpada,
trena, correia, resistência, luva, prego, joelho, alicate, relê,
chave de fenda, retentor e lona de freio, não podem ser
considerados como matéria-prima ou produto intermediário,
para fins de créditos básicos do imposto.
Recurso negado.
Pelo voto de qualidade, negou-se provimento ao recurso.
Vencidos os Conselheiros César Piantavigna (Relator), Maria
Teresa Martínez López, Valdemar Ludvig e Francisco Maurício R.
de Albuquerque Silva. Designado o Conselheiro
Emanuel Carlos Dantas de Assis para redigir o voto vencedor.
Leonardo de Andrade Couto - Presidente da Câmara

Conforme acórdão acima, a 2ª Câmara do Conselho de Contribuintes


negou o direito ao crédito do IPI relativo aos produtos discriminados
no acórdão. O que merece destaque na decisão é a divisão dos
Conselheiros sobre o assunto: a votação ficou empatada, ou seja,
quatro votos a favor aos créditos e quatro votos contra os créditos.

A decisão somente foi contrária à empresa pelo fato que o voto do


55
Presidente da Câmara, no caso de empate, vale por dois e
desempata, o chamado voto de qualidade.

Quando há divergência no assunto, a empresa pode recorrer para a


Câmara Superior de Recursos Fiscais, instância administrativa
superior ao Conselho de Contribuintes objetivando reverter a
sentença.

Não admitir o crédito do IPI, por exemplo, do fusível (peça de


reposição de máquinas), como bem consumido ou desgastado no
processo de industrialização é uma tremenda incoerência. Até,
porque, não se é possível industrializar o produto sem o fusível, pelo
simples fato que a máquina não funciona. Por outro lado, o fusível se
desgastou em função da fabricação do produto.

A peça de reposição destinada ao funcionamento da máquina


industrial não está classificada nas contas de bens do Ativo
Permanente, mas em contas de insumos aplicados na produção. O
próprio item 11, do Parecer CST 65/79, dispõe bens: “desde que não
devam, em face de princípios contábeis geralmente aceitos, ser
incluídos no Ativo Permanente”.

Esse assunto gera muita controvérsia, pelo fato que o governo quer
manter os sucessivos recordes no recolhimento de tributos, tirando o
direito do contribuinte de utilizar créditos legítimos. Como vimos, nem
a Constituição, nem a Lei Complementar, nem a Lei Ordinária, nem o
Regulamento restringem tais créditos, e sim um Parecer Normativo, o
de número 65 do ano 1979. O qual na verdade também não restringe,
mas traz confusão em seus conceitos.

O próprio critério Contábil de apuração dos custos industriais,


conforme artigo 13, do Decreto-Lei nº 1.598, de 1977, no parágrafo
1º, determina que: o custo de produção dos bens vendidos
compreenderá, obrigatoriamente o custo de aquisição de matérias-
primas e quaisquer outros bens ou serviços aplicados ou consumidos
na produção.

Portanto, cabe a empresa (diretoria, hierarquia superior ao da que


efetua os lançamentos de créditos nos livros fiscais) identificar quais
MP, PI, ME adquiridos para empregona industrialização de produtos
tributados, incluindo-se, entre as matérias-primas e produtos
intermediários, aqueles que, embora não se integrando ao
novo produto, forem consumidos no processo de
industrialização, conforme Solução de Consulta abaixo:

Solução de Consulta nº 17, de 29.01.2003


56
Assunto: Imposto sobre Produtos Industrializados - IPI
Ementa: Crédito do IPI. Insumos empregados no processo
produtivo que não se agregam ao produto final. Geram direito
ao crédito de que trata o art. 164, inciso I, do Decreto nº 4544,
de 2002 - RIPI/2002 (art. 147, inciso I do Decreto nº 2637, de
1998 - RIPI/98), além das matérias-primas e produtos
intermediários que se integrem ao produto final, também
aqueles insumos que, embora não se integrando a tal
produto, sejam consumidos no processo de industrialização,
salvo se compreendidos entre os bens do ativo permanente.
Entenda-se "consumo" como decorrência de um contato físico,
de uma ação diretamente exercida pelo insumo sobre o produto
em fabricação ou deste sobre aquele. Cabe ao
estabelecimento industrial, ou a ele equiparado, identificar
quais matérias-primas e produtos intermediários consumidos
em seu processo industrial geram direito ao crédito nas
condições do art. 164, inciso I, do Decreto nº 4544, de 2002,
(art. 147, inciso I, do RIPI/ 98), observados os critérios e
definições constantes do Parecer Normativo CST nº 65, de
1979. Citados estabelecimentos deverão arcar com as
conseqüências da errônea caracterização das matérias-primas
e produtos intermediários, podendo ser-lhes exigidas, no
prazo previsto no art. 150, parágrafo 4º, do CTN, eventuais
diferenças de imposto resultantes das incorreções.
Dispositivos Legais: Art. 164, inciso I, do Decreto nº 4544, de
2002, Ato Declaratório (Normativo) COSIT nº 59, de 94 e
Parecer Normativo CST nº 65, de 79.

BENS QUE NÃO GERAM DIREITO AO CRÉDITO DO IPI

1. Bens do Ativo Imobilizado

O artigo 164, inciso I, do RIPI/2002 veda os créditos referente as


aquisições do Ativo Permanente. Dessa forma, as aquisições relativas
a construção e benfeitorias, máquinas, móveis e utensílios,
computadores e outros bens classificados no Ativo Permanente,
conforme as Normas Contábeis vigentes.

2. Material de uso e consumo

O Regulamento do IPI, no seu art. 164, I, somente permite o crédito


de insumos de produção e material auxiliar a produção, por isso o
material de uso e consumo não gera direito.

O artigo 66, do inciso V, do Decreto 45.490/2000 - Regulamento do


ICMS do Estado de São Paulo, conceitua como sendo para uso ou
consumo do próprio estabelecimento, assim entendida a mercadoria
que não for utilizada na comercialização ou a que não for empregada
para integração no produto ou para consumo no respectivo processo
57
de industrialização ou produção rural, ou, ainda, na prestação de
serviço sujeita ao imposto.

Pergunto: Peças de máquinas são consumidas ou não no respectivo


processo de industrialização?
Sim, claro que são.

Entende-se por material de uso e consumo o utilizado no próprio


estabelecimento e que não seja empregado na integração no produto
ou para o consumo no respectivo processo de industrialização:

Material de escritório: papel, tinta para impressoras, canetas, etc.,


aplicados na área administrativa.

Material de limpeza e higiene: desinfetantes, escovas, panos,


papel higiênico, etc.,aplicados na área administrativa e conservação
de benfeitorias (não confundir com os materiais exigidos no controle
de qualidade e até mesmo pela Vigilância Sanitária para a
industrialização do produto, os quais são exigidos por lei e, a nosso
ver, aplicados na industrialização do produto geram crédito).

Uniforme, do porteiro, do pessoal de serviços gerais, do pessoal da


administração, etc. Exceto o uniforme exigido pela Vigilância
Sanitária.

Equipamento de Proteção Individual, dos setores da empresa,


exceto dos funcionários que atuam no processo produtivo.

Outros, como exemplo os aplicados na manutenção das áreas


administrativas da empresa.

A grande charada para a empresa é mensurar quais bens são


empregados para o consumo no respectivo processo de produção.
Até porque existem produtos que são aplicados no processo de
industrialização e ao mesmo tempo para consumo do próprio
estabelecimento (nas áreas comerciais, administrativas, comerciais e
financeiras)

Desde quando, havendo a mensuração a indústria terá segurança


para identificar quais produtos que são ou não materiais de consumo.
O procedimento correto é separar na ocasião da compra (ordem de
compras) os insumos que serão consumidos no processo de produção
e os que serão destinados para consumo do próprio estabelecimento.

Havendo essa separação e deixando claro o procedimento, não


haverá dúvidas sobre a utilização ou não do crédito do IPI. Nesse
sentido, o Ato Declaratório nº 59, de 07.10.1994, estabelece que
cabe a empresa identificar quais produtos que são aplicados ao
processo produtivo.

58
3. Aquisição de produtos Imunes, isentos e à alíquota zero

Não geram direito ao crédito do IPI, os produtos entrados com


imunidade: livros, jornais e periódicos, energia elétrica, combustíveis,
ouro ativo financeiro e serviços de comunicação. Bem, assim os
produtos entrados na indústria com alíquota zero ou isentos:

Solução de consulta nº 322 de 29.11.2004

Assunto: Imposto sobre Produtos Industrializados - IPI


Ementa: Crédito de IPI. Entrada de insumos imunes, isentos
ou contemplados com alíquota zero na TIPI.
De acordo com o princípio da não-cumulatividade consagrado na
Constituição Federal, os produtos contemplados com imunidade ou
isenção de IPI ou classificados, na TIPI, em uma das posições
beneficiadas com alíquota zero não geram, na sua entrada no
estabelecimento industrial adquirente, direito ao crédito desse
imposto. Tal direito só é cabível quando se tratar de aquisições
sujeitas ao pagamento do imposto, em que o produto tenha sido
tributado na sua origem.
Dispositivos Legais: Art. 153, inciso IV, e parágrafo 3º, inciso II, da
CF, art. 49 da Lei nº 5172, de 1966, CTN, art. 163 do Decreto nº
4544, de 2002, e Parecer Normativo CST nº 204, de 1972.

4. Vedação de crédito – Simples Nacional

As aquisições de produtos de estabelecimentos optantes pelo


SIMPLES, não ensejarão aos adquirentes direito a fruição de crédito
de matérias-primas, produtos intermediários e material de
embalagem.

CRÉDITOS POR DEVOLUÇÃO OU RETORNO DE PRODUTOS

É permitido ao estabelecimento industrial ou equiparado a industrial,


creditar-se do imposto relativo a produtos tributados recebidos em
devolução ou retorno, total ou parcial. Se os produtos forem isentos,
imunes, ou forem beneficiados com suspensão do imposto, não
haverá direito ao crédito.

Exigências relativas do direito ao crédito na devolução ou


retorno

Em se tratando de devolução ou retorno de produtos, o direito ao


crédito está sujeito ao cumprimento das seguintes exigências:

1) pelo estabelecimento que fizer a devolução:


a) emissão de Nota Fiscal para acompanhar o produto,
declarando o número, data de emissão e o valor da operação
constante do documento originário, bem como;
b) indicando o imposto relativo às quantidades devolvidas e a
59
causa da devolução.

2) Pelo estabelecimento que receber o produto em devolução:


a) menção do fato nas vias das notas fiscais originárias
conservadas em seus arquivos;
b) escrituração das notas fiscais recebidas, nos livros Registro
de Entradas e Registro de Controle de Produção e do Estoque
ou em sistema equivalente, nos termos do artigo 378 do
RIPI/2002, isto é, controle quantitativo de produtos que permita
perfeita apuração do estoque permanente;
c) prova, pelos registros contábeis e demais elementos de sua
escrita, do ressarcimento do valor dos produtos devolvidos,
mediante crédito ou restituição do mesmo, ou substituição do
produto, salvo se a operação tiver sido feita a título gratuito.

As exigências condicionadas ao direito ao crédito fiscal, todavia, não


se aplicam à volta do produto, pertencente a terceiros, ao
estabelecimento industrial, ou equiparado a industrial,
exclusivamente para conserto.

Devolução por pessoa física não obrigada à emissão de nota


fiscal

Quando a devolução for feita por pessoa física ou jurídica não


obrigada à emissão de nota fiscal, o produto deve ser acompanhado
de carta ou memorando do comprador, declarando os motivos da
devolução, competindo ao vendedor, na entrada, a emissão de nota
fiscal com a indicação do número, data da emissão da nota fiscal
originária e do valor do imposto relativo às quantidades devolvidas.
Se o vendedor assumir o encargo de retirar ou transportar o produto
devolvido, servirá a nota fiscal para acompanhá-lo no trânsito para o
seu estabelecimento.

Retorno de bem dado em locação ou arrendamento

No caso de retorno de bem dado em locação ou arrendamento, a


reentrada do mesmo no estabelecimento remetente não ensejará
direito ao crédito do imposto, salvo se o produto tiver sido submetido
à industrialização e ocorrer nova saída tributada.

Devolução feita a outro estabelecimento do mesmo


contribuinte

Se a devolução do produto for feita a outro estabelecimento do


mesmo contribuinte, que o tenha industrializado ou importado e que
não opere exclusivamente no varejo, o que o receber poderá creditar-
se do imposto, desde que registre a nota fiscal nos livros Registro de
Entradas e Registro de Controle da Produção e do Estoque ou em
sistema equivalente (controle quantitativo de produtos que permita
perfeita apuração do estoque permanente).
60
Na hipótese de retorno de produtos, deverá o remetente, para
creditar-se do imposto, escriturá-lo nos livros Registro de Entradas e
Registro de Controle da Produção e do Estoque ou em sistema
equivalente (controle quantitativo de produtos que permita perfeita
apuração do estoque permanente), com base na nota fiscal emitida
na entrada dos produtos, a qual fará referência aos dados da nota
fiscal originária.

Produto não entregue ao destinatário original

Produtos que, por qualquer motivo, não forem entregues ao


destinatário originário, constante da nota fiscal emitida na saída dos
mesmos do estabelecimento, podem ser enviados a destinatário
diferente do que tenha sido indicado na nota fiscal originária, sem
que retornem ao estabelecimento remetente, desde que este:
a) emita nota fiscal de entrada simbólica do produto, para
creditar-se do imposto, com indicação do número e data de entrada
da nota fiscal originária e do valor do imposto nela destacado,
efetuando a sua escrituração nos livros Registro de Entradas e
Registro de Controle de Produção e do Estoque ou em sistema
equivalente (controle quantitativo de produtos que permita perfeita
apuração do estoque permanente);
b) emita nota fiscal com destaque do imposto em nome do novo
destinatário, com menção do local de onde os produtos devam sair.

Base Legal: artigo 167 ao 173 do RIPI/2002

CRÉDITOS FISCAIS COMO INCENTIVO

Esses créditos fiscais não decorrem, direta ou indiretamente, da


aplicação do Princípio da Não-Cumulatividade do Imposto, porém da
função protecionista do IPI. O RIPI prevê os seguintes:

1) Incentivos à ADENE e ADA - será convertido em crédito do imposto


o incentivo atribuído ao programa de alimentação do trabalhador nas
áreas da ADENE e ADA, nos termos dos artigos 2º e 3º da Lei nº
6.542, de 28 de junho de 1978, atendidas as instruções expedidas
pelo Secretário da Receita Federal (Lei nº 6.542, de 1978, arts. 2º e
3º e Medidas Provisórias nºs 2.156 e 2.157, de 2001).

2)Aquisição da Amazônia Ocidental - os estabelecimentos industriais


poderão creditar-se do valor do imposto calculado, como se devido
fosse, sobre os produtos adquiridos com a isenção do inciso III do art.
82, desde que para emprego como MP, PI e ME, na industrialização de
produtos sujeitos ao imposto, sendo os seguintes produtos que dão o
direito ao crédito:
• os produtos elaborados com matérias-primas agrícolas e
extrativas vegetais de produção regional, exclusive as de

61
origem pecuária, por estabelecimentos industriais localizados
na Amazônia Ocidental, cujos projetos tenham sido aprovados
pelo Conselho de Administração da SUFRAMA, excetuados o
fumo do Capítulo 24 e as bebidas alcoólicas, das posições 22.03
a 22.06 e dos códigos 2208.20.00 a 2208.70.00 e 2208.90.00
(exceto o Ex 01).

3) É admitido o crédito do imposto relativo às MP, PI e ME adquiridos


para emprego na industrialização de produtos destinados à
exportação para o exterior, saídos com imunidade.

4) É admitido o crédito do imposto relativo às MP, PI e ME adquiridos


para emprego na industrialização de produtos saídos com suspensão
do imposto e que posteriormente serão destinados à exportação nos
casos dos incisos IV e V do art. 42:
• Os produtos industrializados, que contiverem matérias-primas
(MP), produtos intermediários (PI) e material de embalagem
(ME) importados submetidos a regime aduaneiro especial de
que tratam os incisos II e III do art. 78 do Decreto-Lei nº 37, de
18 de novembro de 1966 (drawback – suspensão, isenção),
remetidos diretamente a empresas industriais exportadoras
para emprego na produção de mercadorias destinadas à
exportação direta ou por intermédio de empresa comercial
exportadora, atendidas as condições estabelecidas pela SRF;
• os produtos, destinados à exportação, que saiam do
estabelecimento industrial para (Lei nº 9.532, de 1997, art. 39):
a) empresas comerciais exportadoras, com o fim específico de
exportação;
b) recintos alfandegados; ou
c) outros locais onde se processe o despacho aduaneiro de
exportação.

Base Legal: artigo 174 ao 177 do RIPI/2002

CRÉDITOS NA COMPRA DE ATACADISTA NÃO-EQUIPARADO A


INDUSTRIAL

Os estabelecimentos industriais e os que lhes são equiparados


poderão, ainda, creditar-se do imposto relativo a matérias-primas,
produtos intermediários e material de embalagem, adquiridos de
comerciante atacadista não-contribuinte, calculado pelo adquirente,
mediante aplicação da alíquota a que estiver sujeito o produto, sobre
50% (cinqüenta por cento) do seu valor, constante da respectiva nota
fiscal.

Dessa forma, o estabelecimento industrial adquire de um atacadista


não-contribuinte do IPI, o qual não faz o destaque do imposto na nota
fiscal, porém o regulamento permite o crédito de 50% do imposto.

62
Exemplo:

Adquirir MP, PI e ME de comerciante atacadista não-contribuinte,


calculado pelo adquirente, mediante aplicação da alíquota a que
estiver sujeito o produto, sobre cinqüenta por cento do seu valor,
constante da respectiva nota fiscal. Dessa forma, se a alíquota do IPI
do produto adquirido for de 12%, conforme a TIPI, a indústria se
creditará de 6% sobre o valor da nota fiscal (nota fiscal de R$ 600,00
x 6% = R$ 36,00).

Base: artigo 165 do RIPI/2002.

CRÉDITOS DE OUTRA NATUREZA

O direito a esses créditos constitui uma faculdade concedida, pela


legislação do IPI, ao contribuinte em situações excepcionais, tais
como:

a) cancelamento da respectiva nota fiscal, antes da saída da


mercadoria, quando o valor do imposto já esteja escriturado;
b) diferença do imposto em virtude de redução da alíquota, nos
casos em que tenha havido lançamento antecipado nas vendas à
ordem ou para entrega futura do produto, ou no faturamento, pelo
valor integral, na hipótese de produto cuja unidade não possa ser
transportada de uma só vez.

Em ambas as hipóteses acima o contribuinte deverá, ao registrar o


crédito, anotar o motivo do mesmo na coluna “Observações” do livro
Registro de Apuração do IPI.

Base: artigo 178 RIPI/2002.

CRÉDITO PRESUMIDO

Os créditos presumidos constituem uma ficção jurídica, porque não


são créditos propriamente ditos gerados pelo sistema de apuração do
IPI. Na realidade, o crédito presumido é uma forma indireta de
exoneração fiscal, através da qual a legislação concede ao
contribuinte do IPI um crédito fictício (presumido) destinado a
ressarcir o ônus do imposto sobre determinadas operações.

O Regulamento do Imposto sobre Produtos Industrializados prevê


duas espécies de crédito presumido:
1) sobre a produção do açúcar;
2) como ressarcimento do PIS/PASEP e da COFINS sobre a
exportação de produtos industrializados.

O crédito presumido como ressarcimento do PIS/PASEP e da COFINS


sobre exportação de produtos industrializados será estudado no
tópico: IPI - CRÉDITO PRESUMIDO COMO RESSARCIMENTO DO
63
PIS E DA COFINS PARA O EXPORTADOR.

ESCRITURAÇÃO DOS CRÉDITOS

Os créditos serão escriturados pelo beneficiário, em seus livros


fiscais, à vista do documento que lhes confira legitimidade:

1) Nos casos dos créditos básicos, incentivados ou decorrentes de


devolução ou retorno de produtos, na efetiva entrada dos produtos no
estabelecimento industrial, ou equiparado a industrial.

2) No caso de entrada simbólica de produtos, no recebimento da


respectiva nota fiscal, exceto no caso de produto adquirido mediante
venda à ordem ou para entrega futura, o crédito somente poderá ser
escriturado na efetiva entrada do mesmo no estabelecimento
industrial, ou equiparado a industrial, à vista da nota fiscal que o
acompanhar.

3) Nos casos de produtos adquiridos para utilização ou consumo


próprio ou para comércio, e eventualmente destinados a emprego
como MP, PI ou ME, na industrialização de produtos para os quais o
crédito seja assegurado, na data da sua redestinação.

4) Nos casos de produtos importados adquiridos para utilização ou


consumo próprio, dentro do estabelecimento importador,
eventualmente destinado a revenda ou saída a qualquer outro título,
no momento da efetiva saída do estabelecimento.

Não deverão ser escriturados créditos relativos a MP, PI e ME que,


sabidamente, se destinem a emprego na industrialização de produtos
não tributados, ou saídos com suspensão cujo estorno seja
determinado por disposição legal.

Nos casos de apuração de créditos para dedução do imposto lançado


de oficio, em auto de infração, serão considerados, também, como
escriturados, os créditos a que o contribuinte comprovadamente tiver
direito e que forem alegados até a impugnação.

Base: artigo 190 ao 192 do RIPI/2002.

ANULAÇÃO E ESTORNO DOS CRÉDITOS

MP, PI e ME QUE TERÃO O CRÉDITO ANULADO

Serão anulados, mediante estorno na escrita fiscal, os créditos do


imposto:

1) Relativo a matérias-primas, produtos intermediários e material de


embalagem que tenham sido:

64
a) empregados na industrialização, ainda que para
acondicionamento, de produtos não-tributados; inclusive, a produtos
destinados ao exterior.

b) empregados na industrialização, ainda que para


acondicionamento, de produtos saídos do estabelecimento industrial
com suspensão do imposto, nos casos de que tratam os incisos VII,
XI, XII, XIII do artigo 42 do RIPI, ou seja:
• os produtos que, industrializados na forma do inciso VI e em
cuja operação o executor da encomenda não tenha utilizado
produtos de sua industrialização ou importação, forem
remetidos ao estabelecimento de origem e desde que sejam
por este destinados:
a) a comércio; ou
b) a emprego, como MP, PI e ME, em nova industrialização
que dê origem a saída de produto tributado;
• Os bens do ativo permanente (máquinas e equipamentos,
aparelhos, instrumentos, utensílios, ferramentas, gabaritos,
moldes, matrizes e semelhantes), remetidos pelo
estabelecimento industrial a outro estabelecimento da mesma
firma, para serem utilizados no processo industrial do
recebedor;
• Os bens do ativo permanente, remetidos pelo estabelecimento
industrial a outro estabelecimento, para serem utilizados no
processo industrial de produtos encomendados pelo remetente,
desde que devam retornar ao estabelecimento encomendante,
após o prazo fixado para a fabricação dos produtos;
• As partes e peças destinadas ao reparo de produtos com
defeito de fabricação, quando a operação for executada
gratuitamente por concessionários ou representantes, em
virtude de garantia dada pelo fabricante;

c) empregados na industrialização, ainda que para


acondicionamento, de produtos saídos do estabelecimento produtor
com a suspensão do imposto determinada no art. 43, ou seja:
• As bebidas alcoólicas e demais produtos de produção nacional,
classificados nas posições 22.04, 22.05, 22.06.00 e 22.08 da
TIPI, acondicionados em recipientes de capacidade superior ao
limite máximo permitido para venda a varejo, saídas com
suspensão do IPI, quando destinados aos seguintes
estabelecimentos:
I – industriais que utilizem os produtos mencionados como
insumo na fabricação de bebidas;
II – atacadistas e cooperativas de produtores; e
III – engarrafadores dos mesmos produtos.

d) empregados na industrialização, ainda que para


acondicionamento, de produtos saídos do estabelecimento remetente
com suspensão do imposto, em hipóteses não previstas nas alíneas

65
“b” e “c”, nos casos em que aqueles produtos ou os resultantes de
sua industrialização venham a sair de outro estabelecimento
industrial ou equiparado a industrial, da mesma empresa ou de
terceiros, não-tributados;

e) empregados nas operações de conserto, restauração,


recondicionamento ou reparo, previstas nos incisos XI e XII do art. 5º;

f) vendidos a pessoas que não sejam industriais ou


revendedores;

2) Relativo a bens de produção que os comerciantes, equiparados a


industrial:
a) venderem a pessoas que não sejam industriais ou
revendedores;
b) transferirem para as seções incumbidas de vender às
pessoas indicadas na alínea a; ou
c) transferirem para outros estabelecimentos da mesma firma,
com a destinação das alíneas a e b;

3) Relativo a produtos de procedência estrangeira remetidos, pelo


importador, diretamente da repartição que os liberou a outro
estabelecimento da mesma firma;

4) Relativo a matérias-primas, produtos intermediários, e quaisquer


outros produtos que hajam sido furtados ou roubados, inutilizados ou
deteriorados ou, ainda, empregados em outros produtos que tenham
tido a mesma sorte;

5) Relativo à MP, PI e ME empregados na fabricação de produtos que


voltem ao estabelecimento remetente com direito ao crédito do
imposto nos casos de devolução ou retorno e não devam ser objeto
de nova saída tributada;

6) Relativo a produtos devolvidos, a que se refere o inciso I do art.


169, ou seja:
• O direito ao crédito do imposto ficará condicionado ao
cumprimento das seguintes exigências, ou seja:
I – pelo estabelecimento que fizer a devolução, emissão de nota
fiscal para acompanhar o produto, declarando o número, data
da emissão e o valor da operação constante do documento
originário, bem assim indicando o imposto relativo às
quantidades devolvidas e a causa da devolução.

No caso dos itens 1, 2, 4 e 5 acima, havendo mais de uma aquisição


de produtos e não sendo possível determinar aquela a que
corresponde o estorno do imposto, este será calculado com base no
preço médio das aquisições.

66
Os estabelecimentos recebedores das MP, PI e ME que, na hipótese
da alínea “d”, do item 1, derem saída a produtos não-tributados,
deverão comunicar o fato ao remetente, no mesmo período de
apuração do imposto, para que, no período seguinte, seja por aquele
promovido o estorno.

O disposto na alínea “d”, do item 1 não se aplica à hipótese do inciso


I do art. 44 (Medida Provisória nº 66, de 2002, art. 31, § 5º), ou seja:
• I – as MP, PI e ME, destinados a estabelecimento que se
dedique, preponderantemente, à elaboração de produtos
classificados nos Capítulos 2 a 4, 7 a 9, 11, 12, 15 a 20, 30 e 64,
no código 2209.00.00, e nas posições 21.01 a 2105.00, da TIPI,
inclusive aqueles a que corresponde a notação NT (Medida
Provisória nº 66, de 2002, art. 31, e Medida Provisória nº 75, de
2002, art. 30);

Anular-se-á o crédito no período de apuração do imposto em que


ocorrer ou se verificar o fato determinante da anulação, ou dentro de
vinte dias, se o estabelecimento obrigado à anulação não for
contribuinte do imposto. Se o estorno for efetuado após o prazo
previsto e resultar em saldo devedor do imposto, a este serão
acrescidos os encargos legais provenientes do atraso.

Base: art. 193 do RIPI/2002.

PRODUTOS NÃO TRIBUTADOS – CRÉDITOS ANULADOS

Não deverão ser escriturados créditos relativos à MP, PI e ME que,


sabidamente, se destinem a emprego na industrialização de
produtos não tributados, ou saídos com suspensão cujo estorno seja
determinado por disposição legal .

Será anulado, mediante estorno na escrita fiscal, o crédito do


imposto, relativo a MP, PI e ME , que tenham sido empregados na
industrialização, ainda que para acondicionamento, de produtos
não-tributados.

Dessa forma, deverão ser estornados os créditos originários de


aquisição de MP, PI e ME, quando destinados à fabricação de
produtos não tributados (NT).

Base legal: art. 190, § 1º e art. 193, inciso I, alínea “a”, todos da
RIPI/2002; art. 3º, Instrução Normativa SRF nº 33, de 1999.

Dos créditos inerentes aos insumos (MP, PI, ME) com


destinação comum

Poderão ser calculados proporcionalmente, com base no valor da


saída dos produtos fabricados pelo estabelecimento industrial nos
três meses imediatamente anteriores ao período de apuração a
67
considerar, os créditos decorrentes de entradas de MP, PI, e ME,
empregado indistintamente na industrialização de produtos que
gozem ou não do direito à manutenção e à utilização do crédito.

Base Legal: art. 3º, Instrução Normativa SRF nº 33, de 1999.

MANUTENÇÃO DOS CRÉDITOS

MANUTENÇÃO DO CRÉDITO - NA SUSPENSÃO DO IPI PREVISTA


NO ART. 42 DO RIPI/2002

Poderá ser mantido o crédito do imposto referente a matérias-primas,


produtos intermediários e materiais de embalagem empregados ou
adquiridos para industrialização dos produtos saídos do
estabelecimento industrial com suspensão do imposto nas hipóteses
dos incisos I, II, III, IV, V, VI, VIII, IX, X e XIV do artigo 42 do RIPI, ou
seja:

I – o óleo de menta em bruto, produzido por lavradores, com emprego


do produto de sua própria lavoura, quando remetido a
estabelecimentos industriais, diretamente ou por intermédio de
postos de compra;
II – os produtos remetidos pelo estabelecimento industrial, ou
equiparado a industrial, diretamente a exposição em feiras de
amostras e promoções semelhantes;
III – os produtos remetidos pelo estabelecimento industrial, ou
equiparado a industrial, a depósitos fechados ou armazéns-gerais,
bem assim aqueles devolvidos ao remetente;
IV – os produtos industrializados, que contiverem matérias-primas
(MP), produtos intermediários (PI) e materiais de embalagem (ME)
importados submetidos a regime aduaneiro especial de que tratam os
incisos II e III do art. 78 do Decreto-Lei nº 37, de 18 de novembro de
1966 (drawback – suspensão, isenção), remetidos diretamente a
empresas industriais exportadoras para emprego na produção de
mercadorias destinadas à exportação direta ou por intermédio de
empresa comercial exportadora, atendidas as condições
estabelecidas pela SRF;
V – os produtos, destinados à exportação, que saiam do
estabelecimento industrial para (Lei nº 9.532, de 1997, art. 39):
a) empresas comerciais exportadoras, com o fim específico de
exportação nos termos do parágrafo único deste artigo (Lei nº
9.532, de 1997, art. 39, inciso I);
b) recintos alfandegados (Lei nº 9.532, de 1997, art. 39, inciso
II); ou
c) outros locais onde se processe o despacho aduaneiro de
exportação (Lei nº 9.532, de 1997, art. 39, inciso II);
VI – as MP, PI e ME destinados à industrialização, desde que os
produtos industrializados devam ser enviados ao estabelecimento
remetente daqueles insumos;

68
....
VIII – as matérias-primas ou produtos intermediários remetidos por
estabelecimento industrial, para emprego em operação industrial
realizada fora desse estabelecimento, quando o executor da
industrialização for o próprio remetente daqueles insumos;
IX – o veículo, aeronave ou embarcação das posições 87.02, 87.03,
87.04, 87.05, 88.02, 89.01, 89.02, 89.03 e 89.06 da TIPI, que deixar o
estabelecimento industrial exclusivamente para emprego em provas
de engenharia pelo próprio fabricante, desde que a ele tenha de
voltar, não excedido o prazo de permanência fora da fábrica, que será
de trinta dias, salvo motivos de ordem técnica devidamente
justificados, e constará da nota fiscal para esse fim expedida;
X – os produtos remetidos, para industrialização ou comércio, de um
para outro estabelecimento, industrial ou equiparado a industrial, da
mesma firma;
.....
XIV – as MP, PI e ME, de fabricação nacional, vendidos a (Lei nº 8.402,
de 8 de janeiro de 1992, art. 3º):
a) estabelecimento industrial, para industrialização de produtos
destinados à exportação; ou
b) estabelecimento comercial, para industrialização em outro
estabelecimento da mesma firma ou de terceiro, de produto
destinado à exportação.

Bases: artigo 193 do RIPI/2002, 29 da Lei 10.637/2002 (com redação


dada pela Lei 10.684/2003) e IN SRF 296/2003.

MANUTENÇÃO DO CRÉDITO - NA SUSPENSÃO DO IPI PREVISTA


NO ART. 29 DA LEI 10.637/2002

A partir de 01.10.2002, a suspensão do imposto não impede a


manutenção e a utilização dos créditos do IPI pelo respectivo
estabelecimento industrial, fabricante das matérias-primas, produtos
intermediários e materiais de embalagem, nos seguintes casos:

1. Destinados a estabelecimento que se dedique,


preponderantemente, à elaboração de produtos classificados
nos Capítulos 2, 3, 4, 7, 8, 9, 10, 11, 12, 15, 16, 17, 18, 19, 20,
23 (exceto códigos 2309.10.00 e 2309.90.30 e Ex-01 no código
2309.90.90), 28, 29, 30, 31 e 64, no código 2209.00.00 e
2501.00.00, e nas posições 21.01 a 21.05.00, da Tabela de
Incidência do Imposto sobre Produtos Industrializados - TIPI,
inclusive aqueles a que corresponde à notação NT (não
tributados), sairão do estabelecimento industrial com
suspensão do referido imposto.
2. Quando adquiridos por estabelecimentos industriais fabricantes,
preponderantemente, de:
a) componentes, chassis, carroçarias, partes e peças dos
produtos a que se refere o art. 1o da Lei no 10.485, de 3
de julho de 2002;
69
b) partes e peças destinadas a estabelecimento industrial
fabricante de produto classificado no Capítulo 88 da Tipi;
3. Quando adquiridos por pessoas jurídicas preponderantemente
exportadoras.

Bases: art. 29 da Lei 10.637/2002 (com redação dada pela Lei


10.684/2003) e art. 20 da IN SRF 296/2003.

MANUTENÇÃO DO CRÉDITO – SUCATA, APARAS, RESÍDUOS E


FRAGMENTOS

O artigo 194 do RIPI assegura o direito à manutenção do crédito do


imposto em virtude de saída de sucata, aparas, resíduos, fragmentos
e semelhantes, que resultem do emprego de matérias-primas,
produtos intermediários e material de embalagem, bem assim na
ocorrência de quebras admitidas pelo regulamento.

MANUTENÇÃO DO CRÉDITO NA EXPORTAÇÃO

É admitido o crédito do imposto relativo às matérias-primas,


produtos intermediários e material de embalagem adquiridos para
emprego na industrialização de produtos destinados à exportação
para o exterior, saídos com imunidade de IPI (Decreto-lei 491/1969,
art. 5º, e Lei 8.402/1992, art. 1º, inciso II).

É também permitido, o crédito do imposto relativo às matérias-


primas, produtos intermediários e material de embalagem
adquiridos para emprego na industrialização de produtos saídos com
suspensão do imposto e que posteriormente serão destinados à
exportação nos casos enquadrados como saídas para terceiros,
remessas de insumos para industrialização e drawback intermediário.
O aproveitamento dos referidos créditos dar-se-á, inicialmente, por
compensação do imposto devido pelas saídas dos produtos do
estabelecimento industrial no período de apuração em que forem
escriturados.

Saldo Credor Remanescente

Remanescendo saldo credor, depois de efetuada a referida


compensação, será adotado o seguinte procedimento:
a) o saldo credor remanescente de cada período de apuração será
transferido para o período de apuração subseqüente;
b) ao final da cada trimestre-calendário, permanecendo saldo credor,
este poderá ser utilizado para ressarcimento ou compensação com
débitos do contribuinte relativos a quaisquer tributos ou contribuições
sob a administração da Secretaria da Receita Federal, mediante
requerimento àquele órgão, na forma da IN SRF 600/2005.

As referidas formas de aproveitamento de crédito do IPI foram


disciplinadas pela Instrução Normativa SRF 33/99.
70
MANUTENÇÃO DO CRÉDITO NA AQUISIÇÃO DE MATERIAIS
APLICADOS NA INDUSTRIALIZAÇÃO DE PRODUTOS COM SAÍDA
ISENTA OU TRIBUTADO À ALÍQUOTA ZERO

É admissível o aproveitamento do crédito de IPI decorrente de


aquisição de matéria-prima, produto intermediário e material de
embalagem, aplicados na industrialização de produto com saída
isenta ou de alíquota zero (base: art. 11 da Lei 9.779/99).

O direito ao aproveitamento, nas condições estabelecidas no art. 11


da Lei 9.779, de 1999, do saldo credor do IPI decorrente da aquisição
de MP, PI e ME aplicados na industrialização de produtos, inclusive
imunes, isentos ou tributados à alíquota zero, alcança,
exclusivamente, os insumos recebidos no estabelecimento industrial
ou equiparado a partir de 1º de janeiro de 1999 (art. 4 da IN SRF
33/99).

Os créditos, primeiramente devem ser deduzidos dos débitos por


saídas de outros produtos, quando for o caso. Se, entretanto, restar
saldo credor, este poderá ser aproveitado nas condições referidas nos
artigos 73 e 74 da Lei nº 9.430/96, onde se trata da restituição e
compensação de Tributos e Contribuições, observadas as normas da
IN SRF 600/2005.

Os créditos acumulados na escrita fiscal, existentes em 31 de


dezembro de 1998, decorrentes de excesso de crédito em relação ao
débito e da saída de produtos isentos com direito apenas à
manutenção dos créditos, somente poderão ser aproveitados para
dedução do IPI devido, vedado seu ressarcimento ou compensação
(art. 5 da IN SRF 33/99).

MANUTENÇÃO DOS CRÉDITOS - ALÍQUOTA ZERO

De acordo com a legislação em vigor, os créditos do IPI relativos aos


insumos no estabelecimento industrial ou equiparado, a partir de
01.01.99, para serem empregados na industrialização de produtos
tributados com alíquota reduzida a zero, poderão ser registrados e
mantidos na escrita fiscal independentemente de haver disposição
em lei específica.

Saldo credor - Créditos inclusos

O saldo credor acumulado a cada trimestre-calendário, de que trata o


art. 11 da Lei nº 9779, de 1999, compreende os créditos do IPI
relativos a aquisição de insumos aplicados na industrialização de
produtos tributados à alíquota zero, se dará da seguinte forma:

I - o saldo credor remanescente de cada período de


apuração será transferido para o período de apuração subseqüente;
71
II - ao final de cada trimestre-calendário, permanecendo saldo
credor, esse poderá ser utilizado para ressarcimento ou
compensação, mediante a PERDCOMP, na forma da IN SRF 600/2005,
que disciplina a restituição e a compensação de quantias recolhidas a
título de tributo ou contribuição administrados pela Secretaria da
Receita Federal.

Bases: art. 11 da Lei 9.779/99; Instrução Normativa SRF nº 33, de


1999, arts. 1º a 4º.

MANUTENÇÃO DO CRÉDITO DO IPI – AQUISIÇÃO DE MP, PI, ME


APLICADOS NA INDUSTRIALIZAÇÃO DE PRODUTOS IMUNES

O artigo 4º da IN SRF 33/99, estabelece que o direito ao


aproveitamento, nas condições estabelecidas no art. 11 da Lei nº
9779, de 1999, do saldo credor do IPI decorrente da aquisição de MP,
PI e ME aplicados na industrialização de produtos, inclusive imunes,
isentos ou tributados à alíquota zero, alcança, exclusivamente,
os insumos recebidos no estabelecimento industrial ou equiparado
a partir de 01 de janeiro de 1999.

No mesmo sentido, a Solução de Consulta nº 316/2004, dispõe que:

“As indústrias de produtos imunes, pelas entradas de insumos


ocorridas a partir de 01 de janeiro de 1999, passaram a ter direito ao
creditamento do IPI, podendo o saldo de créditos excedentes, em
cada trimestre, ser utilizado para compensação de dívidas próprias
relativas a outros tributos administrados pela Secretaria da Receita
Federal, observadas as condições estabelecidas na legislação
aplicável.”
Mencionando os seguintes dispositivos legais: Lei nº 9779, de
19.01.99, art. 11; Decreto nº 4544, de 26.12.2002 (RIPI/2002);
Instrução Normativa SRF nº 33, de 04.03.99; IN SRF nº 210, de
30.09.2002 e IN SRF nº 414, de 30.03.2004.

Solução de Consulta nº 14, de 13.02.2003


ASSUNTO: Imposto sobre Produtos Industrializados - IPI
EMENTA: APROVEITAMENTO DE CRÉDITOS. PRODUTOS IMUNES - A
partir de 01.01.99, poderão ser mantidos na escrita fiscal do IPI os
créditos do imposto relativo à aquisição de matérias-primas, produtos
intermediários e material de embalagem, empregados na
industrialização de minerais do País, ainda que referidos minerais
não sofram a incidência do imposto por força de imunidade
constitucional.
DISPOSITIVOS LEGAIS: art. 11 da Medida Provisória nº 1788/98; art.
11 da Lei nº 9779/99; artigos 2º e 4º da IN SRF nº 33/99; art. 155,
parágrafo 3º da Constituição de 1988.

Porém, o Ato Declaratório Interpretativo nº 05, de 17 de abril de


2006, do Secretário da Receita Federal, determina que não se aplica a
72
manutenção e utilização dos créditos aos produtos amparados por
imunidade. Excetuam-se do disposto, os produtos tributados na
TIPI que estejam amparados pela imunidade em decorrência de
exportação para o exterior.

Por outro lado, o § 2º, do art. 195 do RIPI/2002 estabelece que “o


saldo credor de que trata o § 1º, acumulado em cada trimestre-
calendário, decorrente de aquisição de MP, PI e ME, aplicados na
industrialização, inclusive de produto isento ou tributado à
alíquota zero ou imunes, que o contribuinte não puder deduzir do
imposto devido na saída de outros produtos, poderá ser utilizado de
conformidade com o disposto nos arts. 207 a 209, observadas as
normas expedidas pela SRF (Lei nº 9.779, de 1999, art. 11).”

O Regulamento do IPI (Decreto 4.544/2002), decretado pelo


Presidente da República, a Instrução Normativa SRF 33/99, editada
pelo Ministro da Receita Federal é hierarquicamente superior ao Ato
Declaratório nº 5, assinado pelo Secretário da Receita Federal, bem
como as Soluções de Consultas, acima citadas, são claras que pode
haver o aproveitamento do crédito do IPI, nas aquisições de MP, Pi e
ME aplicados na industrialização de produtos imunes.

O Conselho de Contribuintes tem o mesmo entendimento, conforme


Processo nº 13840.000454/99-53, Acórdão 202-16330, de
17/03/2005:
IPI. CRÉDITOS BÁSICOS. RESSARCIMENTO. O direito ao aproveitamento, nas
condições estabelecidas no art. 11 da Lei nº 9.779/99, do saldo credor do IPI
decorrente da aquisição de matéria-prima, produto intermediário e material
de embalagem aplicados na industrialização de produtos, inclusive imunes,
isentos ou tributados à alíquota zero, alcança, exclusivamente, os insumos
recebidos no estabelecimento industrial ou equiparado a partir de 1º de
janeiro de 1999, nos termos da Instrução Normativa SRF nº 33/99. Os
créditos acumulados na escrita fiscal, existentes em 31 de dezembro de
1998, decorrentes de excesso de crédito em relação ao débito e da saída de
produtos isentos com direito apenas à manutenção dos créditos, somente
poderão ser aproveitados para dedução do IPI, vedado seu ressarcimento ou
compensação.

Produto imune é distinto do produto não tributado.

São imunes, os produtos embora industrializados, não possuem


incidência do IPI em função dos artigos 153 e 155 estabelece que são
imunes à incidência do IPI:
a) os livros, jornais, periódicos e o papel destinado à sua
impressão: artigo 18, inciso I, do RIPI;
b) os produtos industrializados destinados ao exterior: artigo 18,
inciso II, do RIPI;
c) o ouro, quando definido em lei como ativo financeiro ou
instrumento cambial: artigo 18, inciso III, do RIPI;
d) a energia elétrica, derivados de petróleo, combustíveis e
minerais do País: artigo 18, inciso IV. (art. 155, § 3º CF/88).

73
Produto imune é distinto do produto não tributado. O produto não
tributado não sofre um processo de industrialização conforme
definição do Regulamento, no entanto o imune sofre a
industrialização. Exemplo: livro, combustíveis, etc.

UTILIZAÇÃO DOS CRÉDITOS

Os créditos do imposto escriturados pelos estabelecimentos


industriais ou equiparados a industrial, exceto aqueles incentivados,
para os quais a lei expressamente assegurar a manutenção e
utilização, serão utilizados mediante dedução do imposto devido
pelas saídas de produtos dos mesmos estabelecimentos.

Quando do confronto dos débitos e créditos, num mesmo período de


apuração, resultar saldo credor, será este transferido para o período
seguinte.

O saldo credor, acumulado em cada trimestre-calendário, decorrente


de aquisição de MP, PI e ME, aplicados na industrialização, inclusive
de produto isento ou tributado à alíquota zero ou imunes, que o
contribuinte não puder deduzir do imposto devido na saída de outros
produtos, poderá ser utilizado de conformidade com o disposto nos
artigos 207 a 209 do RIPI/2002.

O direito ao crédito está subordinado ao cumprimento das condições


estabelecidas para cada caso e das exigências previstas para a sua
escrituração.

Os créditos incentivados, para os quais a lei expressamente


assegurar a manutenção e utilização, e que não forem absorvidos no
período de apuração do imposto em que foram escriturados, poderão
ser utilizados em outras formas estabelecidas pelo Secretário da
Receita Federal, inclusive o ressarcimento em dinheiro.

As empresas nacionais exportadoras de serviços e outros titulares de


incentivos que não sejam contribuintes do imposto, utilizarão os seus
créditos de acordo com a modalidade estabelecida pelo Secretário da
Receita Federal.

A concessão de ressarcimento de crédito do IPI, pela Secretaria da


Receita Federal, está condicionada à verificação da quitação de
tributos e contribuições federais do interessado.

Base legal: artigo 195 a 198 do RIPI/ 2002.

ICMS E IPI RECUPERÁVEIS - CONTABILIZAÇÃO

O IPI e o ICMS pagos na aquisição de mercadorias para revenda e de

74
insumos da produção industrial (matérias-primas, materiais
intermediários e embalagens) não devem integrar o respectivo custo,
quando forem recuperáveis mediante crédito nos livros fiscais
pertinentes.
Base: § 3º do art. 289 e inciso I do art. 290 do RIR/99.

IPI e ICMS na importação

A segregação do custo de aquisição aplica-se inclusive aos impostos


recuperáveis (IPI/ICMS) pagos na importação de mercadorias
destinadas à revenda ou matérias-primas e outros materiais
destinados à industrialização.

Contabilização

Uma forma de contabilizar os impostos recuperáveis pagos na


aquisição de mercadorias e insumos da produção é o registro, por
ocasião da aquisição desses bens, em contas próprias, classificáveis
no ativo circulante, intituladas “IPI a Recuperar” e "ICMS a
Recuperar”.

Exemplo:

Aquisição de R$ 100.000,00 de materiais para a produção, sendo


recuperáveis R$ 10.000,00 de IPI e R$ 12.000,00 de ICMS:
D- Estoque de Matérias-primas (Ativo Circulante) R$ 78.000,00
D- IPI a Recuperar (Ativo Circulante) R$ 10.000,00
D- ICMS a Recuperar (Ativo Circulante) R$ 12.000,00
C- Fornecedores (Passivo Circulante) R$ 100.000,00

Lançamento por ocasião do término do período de apuração do IPI e


do ICMS, transferindo-se o saldo das contas respectivas para a conta
do passivo:
D- ICMS a Recolher (Passivo Circulante)
C- ICMS a Recuperar (Ativo Circulante)
D- IPI a Recolher (Passivo Circulante)
C- IPI a Recuperar (Ativo Circulante)

ALÍQUOTAS DO IPI

Tabela TIPI – nova tabela a partir de 01.01.2007

A partir de 01.01.2007, o Decreto 6006/2005, trouxe a nova tabela de


IPI TIPI – clique ao lado para acessá-la è Nova Tabela do IPI - Decreto
6006

Utilização da Tabela TIPI

O imposto será calculado mediante aplicação das alíquotas,

75
constantes da TIPI, sobre o valor tributável dos produtos, conforme
dispõe o art. 130 do RIPI/2002.

O artigo 522 do RIPI/2002, também, dispõe que as Seções, os


Capítulos, as posições e os códigos citados no Regulamento são os
constantes da TIPI, aprovada pelo Decreto nº 4070, de 28 de
dezembro de 2001.

Cabe ressaltar que a TIPI é modificada constantemente, através de


Decretos, dessa forma é fundamental observar a atualização da
mesma.

Exemplo de cálculo e aplicação das alíquotas de IPI

(*) Para fins de exemplo utilizaremos os códigos 90.01 a 90.019 da


TIPI, os quais constam abaixo:

a. Produto saído do estabelecimento com o código NCM – 9001.10.11

Consultando o referido código na tabela abaixo (constante da TIPI), a


alíquota é 10%.
15 unidades x R$ 20,00 (preço unitário)= 300,00 x 10% = 30,00
O valor do IPI a ser destacado na nota fiscal é de R$ 30,00

b. Produto saído do estabelecimento com o código NCM – 9007.11.00

Consultando o referido código na tabela abaixo (constante da TIPI), a


alíquota é 30%.
02 unidades x R$ 300,00 (preço unitário)= 600,00 x 30% = 180,00
O valor do IPI a ser destacado na nota fiscal é de R$180,00

c. Produto saído do estabelecimento com o código NCM – 9018.31.11

Consultando o referido código na tabela abaixo (constante da TIPI), a


alíquota é 30%.
300 unidades x R$ 3,00 (preço unitário)= 900,00 x 0% = 0,00
O valor do IPI a ser destacado na nota fiscal é de R$ 0,00

d. Produto saído do estabelecimento com o código NCM – 9011.10.00

Consultando o referido código na tabela abaixo (constante da TIPI), a


alíquota é 5%.
20 unidades x R$ 155,00 (preço unitário)= 3.100,00 x 5% = 155,00
O valor do IPI a ser destacado na nota fiscal é de R$ 155,00

Observação: Em uma única nota fiscal podem constar vários


produtos com diferentes alíquotas, cada produto deve ser
discriminado em separado.
ALÍQUOT
NCM DESCRIÇÃO
A (%)

76
90.01 Fibras ópticas e feixes de fibras ópticas; cabos de
fibras ópticas, exceto os da posição 85.44; matérias
polarizantes em folhas ou em placas; lentes (incluídas
as de contato), prismas, espelhos e outros elementos
de óptica, de qualquer matéria, não montados, exceto
os de vidro não trabalhado opticamente.
9001.10 -Fibras ópticas, feixes e cabos de fibras ópticas
9001.10.1 Fibras ópticas
9001.10.1 Com diâmetro de núcleo inferior a 11 micrômetros (mícrons) 10
1
9001.10.1 Outras 10
9
9001.10.2 Feixes e cabos de fibras ópticas 15
0
9001.20.0 -Matérias polarizantes, em folhas ou em placas 15
0
9001.30.0 -Lentes de contato 0
0
9001.40.0 -Lentes de vidro, para óculos 0
0
9001.50.0 -Lentes de outras matérias, para óculos 0
0
9001.90 -Outros
9001.90.1 Lentes 0
0
9001.90.9 Outros 15
0

90.02 Lentes, prismas, espelhos e outros elementos de


óptica, de qualquer matéria, montados, para
instrumentos ou aparelhos, exceto os de vidro não
trabalhado opticamente.
9002.1 -Objetivas:
9002.11 --Para câmeras (aparelhos de tomada de vistas), para
projetores ou para câmeras fotográficas ou cinematográficas,
de ampliação ou de redução
9002.11.1 Para câmeras fotográficas ou cinematográficas ou para 15
0 projetores
Ex 01 - Para câmeras cinematográficas 0
9002.11.2 De aproximação ("zoom") para câmeras de televisão, de 20 15
0 ou mais aumentos
9002.11.9 Outras 15
0
9002.19.0 --Outras 15
0
9002.20 -Filtros
9002.20.1 Polarizantes 15
0
9002.20.9 Outros 15
0
9002.90.0 -Outros 15
0

90.03 Armações para óculos ou artigos semelhantes, e suas


partes.
9003.1 -Armações:
9003.11.0 --De plásticos 5

77
0
9003.19 --De outras matérias
9003.19.1 De metais comuns, mesmo folheados ou chapeados de 5
0 metais preciosos (plaquê)
9003.19.9 Outras 5
0
9003.90 -Partes
9003.90.1 Charneiras 5
0
9003.90.9 Outras 5
0

90.04 Óculos para correção, proteção ou outros fins, e


artigos semelhantes.
9004.10.0 -Óculos de sol 15
0
9004.90 -Outros
9004.90.1 Óculos para correção 5
0
9004.90.2 Óculos de segurança 5
0
9004.90.9 Outros 5
0

90.05 Binóculos, lunetas, incluídas as astronômicas,


telescópios ópticos, e suas armações; outros
instrumentos de astronomia e suas armações, exceto
os aparelhos de radioastronomia.
9005.10.0 -Binóculos 15
0
9005.80.0 -Outros instrumentos 15
0
9005.90 -Partes e acessórios (incluídas as armações)
9005.90.1 De binóculos 15
0
9005.90.9 Outros 15
0

90.06 Câmeras fotográficas; aparelhos e dispositivos,


incluídos as lâmpadas e tubos, de luz-relâmpago
(“flash”), para fotografia, exceto as lâmpadas e tubos
de descarga da posição 85.39.
9006.10.0 -Câmeras fotográficas dos tipos utilizados para preparação 0
0 de clichês ou cilindros de impressão
9006.30.0 -Câmeras fotográficas especialmente concebidas para 15
0 fotografia submarina ou aérea, para exame médico de
órgãos internos, para laboratórios de medicina legal ou para
investigação judicial
9006.40.0 -Câmeras fotográficas para filmes de revelação e copiagem 15
0 instantâneas
9006.5 -Outras câmeras fotográficas:
9006.51.0 --Com visor de reflexão através da objetiva ("reflex"), para 15
0 filmes, em rolos, de largura não superior a 35mm
9006.52.0 --Outras, para filmes, em rolos, de largura inferior a 35mm 15
0
9006.53 --Outras, para filmes, em rolos, de 35mm de largura

78
9006.53.1 De foco fixo 15
0
9006.53.2 De foco ajustável 15
0
9006.59 --Outras
9006.59.1 De foco fixo 15
0
9006.59.2 De foco ajustável
9006.59.2 Para obtenção de negativos de 45mm x 60mm ou de 15
1 dimensões superiores
9006.59.2 Outras 15
9
9006.6 -Aparelhos e dispositivos, incluídos as lâmpadas e tubos, de
luz-relâmpago ("flash") para fotografia:
9006.61.0 --Aparelhos de tubo de descarga para produção de luz- 15
0 relâmpago ("flashes" eletrônicos)
9006.69.0 --Outros 15
0
Ex 01 - Lâmpadas de luz relâmpago ("flash") 10
9006.9 -Partes e acessórios:
9006.91 --De câmeras fotográficas
9006.91.1 Corpos 15
0
9006.91.9 Outros 15
0
9006.99.0 --Outros 15
0

90.07 Câmeras e projetores, cinematográficos, mesmo com


aparelhos de gravação ou de reprodução de som
incorporados.
9007.1 -Câmeras:
9007.11.0 --Para filmes de largura inferior a 16mm ou para filmes 30
0 "duplo-8mm"
9007.19.0 --Outras 30
0
Ex 01 - Para filmes de 16 mm de largura ou de largura não 0
inferior a 35 mm
9007.20 -Projetores
9007.20.1 Para filmes de largura inferior a 16mm 20
0
9007.20.9 Outros
9007.20.9 Para filmes de largura superior ou igual a 35mm mas inferior 20
1 ou igual a 70mm
9007.20.9 Outros 20
9
9007.9 -Partes e acessórios:
9007.91.0 --De câmeras 20
0
Ex 01 - Tripés de câmeras cinematográficas 0
9007.92.0 --De projetores 20
0

90.08 Aparelhos de projeção fixa; câmeras fotográficas, de


ampliação ou de redução.
9008.10.0 -Projetores de diapositivos 20

79
0
9008.20 -Leitores de microfilmes, microfichas e de outros
microformatos, mesmo permitindo a obtenção de cópias
9008.20.1 Leitores de microfilmes 20
0
9008.20.9 Outros 20
0
9008.30.0 -Outros projetores de imagens fixas 20
0
9008.40.0 -Câmeras fotográficas, de ampliação ou de redução 20
0
9008.90.0 -Partes e acessórios 20
0

90.10 Aparelhos e material dos tipos usados nos


laboratórios fotográficos ou cinematográficos, não
especificados nem compreendidos em outras posições
do presente Capítulo; negatoscópios; telas para
projeção.
9010.10 -Aparelhos e material para a revelação automática de filmes
fotográficos, de filmes cinematográficos ou de papel
fotográfico, em rolos, ou para copiagem automática de
filmes revelados em rolos de papel fotográfico
9010.10.1 Cubas e cubetas, de operação automática e programáveis 20
0
9010.10.2 Ampliadoras-copiadoras automáticas para papel fotográfico, 20
0 com capacidade superior a 1.000 cópias por hora
9010.10.9 Outros 20
0
9010.50 -Outros aparelhos e material para laboratórios fotográficos
ou cinematográficos; negatoscópios
9010.50.1 Processadores fotográficos para o tratamento eletrônico de 20
0 imagens, mesmo com saída digital
9010.50.9 Outros 20
0
Ex 01 - Moviolas 0
9010.60.0 -Telas para projeção 20
0
9010.90 -Partes e acessórios
9010.90.1 De aparelhos ou material da subposição 9010.10 ou do item 20
0 9010.50.10
9010.90.9 Outros 20
0

90.11 Microscópios ópticos, incluídos os microscópios para


fotomicrografia, cinefotomicrografia ou
microprojeção.
9011.10.0 -Microscópios estereoscópicos 5
0
9011.20 -Outros microscópios, para fotomicrografia,
cinefotomicrografia ou microprojeção
9011.20.1 Para fotomicrografia 5
0
9011.20.2 Para cinefotomicrografia 5
0
9011.20.3 Para microprojeção 5
0
9011.80 -Outros microscópios

80
9011.80.1 Binoculares de platina móvel 5
0
9011.80.9 Outros 5
0
9011.90 -Partes e acessórios
9011.90.1 Dos artigos da subposição 9011.20 5
0
9011.90.9 Outros 5
0

90.12 Microscópios, exceto ópticos; difratógrafos.


9012.10 -Microscópios, exceto ópticos; difratógrafos
9012.10.1 Microscópios eletrônicos 5
0
9012.10.9 Outros 5
0
9012.90 -Partes e acessórios
9012.90.1 De microscópios eletrônicos 5
0
9012.90.9 Outros 5
0

90.13 Dispositivos de cristais líquidos que não constituam


artigos compreendidos mais especificamente em
outras posições; “lasers”, exceto diodos “laser”;
outros aparelhos e instrumentos de óptica, não
especificados nem compreendidos em outras posições
do presente Capítulo.
9013.10 -Miras telescópicas para armas; periscópios; lunetas para
máquinas, aparelhos ou instrumentos do presente Capítulo
ou da Seção XVI
9013.10.1 Miras telescópicas para armas 15
0
9013.10.9 Outros 15
0
9013.20.0 -"Lasers", exceto diodos "laser" 15
0
9013.80 -Outros dispositivos, aparelhos e instrumentos
9013.80.1 Dispositivos de cristais líquidos (LCD) 5
0
9013.80.9 Outros 15
0
Ex 01 - Conta-fios 5
9013.90.0 -Partes e acessórios 15
0

90.14 Bússolas, incluídas as agulhas de marear; outros


instrumentos e aparelhos de navegação.
9014.10.0 -Bússolas, incluídas as agulhas de marear 5
0
9014.20 -Instrumentos e aparelhos para navegação aérea ou espacial
(exceto bússolas)
9014.20.1 Altímetros 5
0
9014.20.2 Pilotos automáticos 5
0

81
9014.20.3 Inclinômetros 5
0
9014.20.9 Outros 5
0
9014.80 -Outros aparelhos e instrumentos
9014.80.1 Sondas acústicas (ecobatímetros) ou de ultra-sons (sonar e 5
0 semelhantes)
9014.80.9 Outros 5
0
9014.90.0 -Partes e acessórios 5
0

90.15 Instrumentos e aparelhos de geodésia, topografia,


agrimensura, nivelamento, fotogrametria, hidrografia,
oceanografia, hidrologia, meteorologia ou de
geofísica, exceto bússolas; telêmetros.
9015.10.0 -Telêmetros 5
0
9015.20 -Teodolitos e taqueômetros
9015.20.1 Com sistema de leitura por meio de prisma ou micrômetro 5
0 óptico e precisão de leitura de 1 segundo
9015.20.9 Outros 5
0
9015.30.0 -Níveis 5
0
9015.40.0 -Instrumentos e aparelhos de fotogrametria 5
0
9015.80 -Outros instrumentos e aparelhos
9015.80.1 Molinetes hidrométricos 5
0
9015.80.9 Outros 5
0
9015.90 -Partes e acessórios
9015.90.1 De instrumentos ou aparelhos da subposição 9015.40 5
0
9015.90.9 Outros 5
0

9016.00 Balanças sensíveis a pesos iguais ou inferiores a 5cg,


com ou sem pesos.
9016.00.1 Sensíveis a pesos não superiores a 0,2mg 0
0
9016.00.9 Outras 0
0

90.17 Instrumentos de desenho, de traçado ou de cálculo


(por exemplo, máquinas de desenhar, pantógrafos,
transferidores, estojos de desenho, réguas de cálculo
e discos de cálculo); instrumentos de medida de
distâncias de uso manual (por exemplo, metros,
micrômetros, paquímetros e calibres), não
especificados nem compreendidos em outras posições
do presente Capítulo.
9017.10 -Mesas e máquinas de desenhar, mesmo automáticas
9017.10.1 Automáticas 15
0

82
9017.10.9 Outras 15
0
9017.20.0 -Outros instrumentos de desenho, de traçado ou de cálculo 15
0
9017.30 -Micrômetros, paquímetros, calibres e semelhantes
9017.30.1 Micrômetros 0
0
9017.30.2 Paquímetros 0
0
9017.30.9 Outros 0
0
9017.80 -Outros instrumentos
9017.80.1 Metros 15
0
9017.80.9 Outros 15
0
9017.90 -Partes e acessórios
9017.90.1 De mesas ou máquinas de desenhar, automáticas 15
0
9017.90.9 Outros 15
0

90.18 Instrumentos e aparelhos para medicina, cirurgia,


odontologia e veterinária, incluídos os aparelhos para
cintilografia e outros aparelhos eletromédicos, bem
como os aparelhos para testes visuais.
9018.1 -Aparelhos de eletrodiagnóstico (incluídos os aparelhos de
exploração funcional e os de verificação de parâmetros
fisiológicos):
9018.11.0 --Eletrocardiógrafos 2
0
9018.12 --Aparelhos de diagnóstico por varredura ultra-sônica
("scanners")
9018.12.1 Ecógrafos com análise espectral Doppler 2
0
9018.12.9 Outros 2
0
9018.13.0 --Aparelhos de diagnóstico por visualização de ressonância 2
0 magnética
9018.14 --Aparelhos de cintilografia
9018.14.1 “Scanner” de tomografia por emissão de posítrons (PET – 2
0 “Positron Emission Tomography”)
9018.14.9 Outros 2
0
9018.19 --Outros
9018.19.1 Endoscópios 2
0
9018.19.2 Audiômetros 2
0
9018.19.3 Câmaras gama 2
0
9018.19.8 Outros 2
0
9018.19.9 Partes 2
0
9018.20 -Aparelhos de raios ultravioleta ou infravermelhos
9018.20.1 Para cirurgia, que operem por "laser" 8
0

83
9018.20.2 Outros, para tratamento bucal, que operem por "laser" 8
0
9018.20.9 Outros 8
0
9018.3 -Seringas, agulhas, cateteres, cânulas e instrumentos
semelhantes:
9018.31 --Seringas, mesmo com agulhas
9018.31.1 De plástico
9018.31.1 De capacidade inferior ou igual a 2cm3 0
1
9018.31.1 Outras 0
9
9018.31.9 Outras 0
0
9018.32 --Agulhas tubulares de metal e agulhas para suturas
9018.32.1 Tubulares de metal
9018.32.1 Gengivais 8
1
9018.32.1 De aço cromo-níquel, bisel trifacetado e diâmetro exterior 8
2 superior ou igual a 1,6mm, do tipo das utilizadas com bolsas
de sangue
9018.32.1 Outras 8
9
9018.32.2 Para suturas 8
0
9018.39 --Outros
9018.39.1 Agulhas 8
0
9018.39.2 Sondas, cateteres e cânulas
9018.39.2 De borracha 0
1
9018.39.2 Cateteres de poli(cloreto de vinila), para embolectomia 0
2 arterial
9018.39.2 Cateteres de poli(cloreto de vinila), para termodiluição 8
3
9018.39.2 Cateteres intravenosos periféricos, de poliuretano ou de 0
4 copolímero de etileno-tetrafluoretileno (ETFE)
9018.39.2 Outros 0
9
9018.39.3 Lancetas para vacinação e cautérios 8
0
9018.39.9 Outros
9018.39.9 Artigo para fístula arteriovenosa, composto de agulha, base 0
1 de fixação tipo borboleta, tubo plástico com conector e
obturador
9018.39.9 Outros 8
9
Ex 01 - Para transfusão de sangue ou infusão intravenosa 0
9018.4 -Outros instrumentos e aparelhos para odontologia:
9018.41.0 --Aparelhos dentários de brocar, mesmo combinados numa 8
0 base comum com outros equipamentos dentários
9018.49 --Outros
9018.49.1 Brocas
9018.49.1 De carboneto de tungstênio (volfrâmio) 8
1
9018.49.1 De aço-vanádio 8
2

84
9018.49.1 Outras 8
9
9018.49.2 Limas 8
0
9018.49.4 Para tratamento bucal, que operem por projeção cinética de 8
0 partículas
9018.49.9 Outros
9018.49.9 Para desenho e construção de peças cerâmicas para 8
1 restaurações dentárias, computadorizados
9018.49.9 Outros 8
9
Ex 01 - Cadeiras de dentista equipadas com aparelhos de 4
odontologia
9018.50 -Outros instrumentos e aparelhos para oftalmologia
9018.50.1 Microscópios binoculares, dos tipos utilizados em cirurgia 8
0 oftalmológica
9018.50.9 Outros 8
0
9018.90 -Outros instrumentos e aparelhos
9018.90.1 Para transfusão de sangue ou infusão intravenosa 0
0
9018.90.2 Bisturis
9018.90.2 Elétricos 8
1
9018.90.2 Outros 8
9
9018.90.3 Litótomos e litotritores
9018.90.3 Litotritores por onda de choque 8
1
9018.90.3 Outros 8
9
9018.90.4 Rins artificiais 0
0
9018.90.5 Aparelhos de diatermia 8
0
9018.90.9 Outros
9018.90.9 Incubadoras para bebês 8
1
9018.90.9 Aparelhos para medida da pressão arterial 8
2
9018.90.9 Aparelhos para terapia intra-uretral por microondas (TUMT), 8
3 próprios para o tratamento de afecções prostáticas,
computadorizados
9018.90.9 Endoscópios 8
4
9018.90.9 Grampos e clipes, seus aplicadores e extratores 0
5
9018.90.9 Desfibriladores externos que operem unicamente em modo 8
6 automático (“AED – Automatic External Defibrillator”)
9018.90.9 Outros 8
9
Ex 01 - Conjunto descartável de circulação assistida e 0
conjunto descartável de balão intra-aórtico
Ex 02 - Máquinas cicladoras para diálise peritoneal e seus 0
acessórios

85
Ex 03 - Equipamento de drenagem, cápsula protetora do 0
adaptador de titânio, equipamentos de transferência ou
similar e equipamento cassete cicladora, para diálise
peritoneal

90.19 Aparelhos de mecanoterapia; aparelhos de


massagem; aparelhos de psicotécnica; aparelhos de
ozonoterapia, de oxigenoterapia, de aerossolterapia,
aparelhos respiratórios de reanimação e outros
aparelhos de terapia respiratória.
9019.10.0 -Aparelhos de mecanoterapia; aparelhos de massagem; 8
0 aparelhos de psicotécnica
9019.20 -Aparelhos de ozonoterapia, de oxigenoterapia, de
aerossolterapia, aparelhos respiratórios de reanimação e
outros aparelhos de terapia respiratória
9019.20.1 De oxigenoterapia 2
0
9019.20.2 De aerossolterapia 2
0
9019.20.3 Respiratórios de reanimação 8
0
9019.20.4 Respiradores automáticos (pulmões de aço) 8
0
9019.20.9 Outros 8
0

Produtos isentos, imunes, não-tributados e à alíquota zero

Sobre os produtos saídos do estabelecimento na condição de isentos,


imunes, não-tributados e à alíquota zero não haverá incidência ou
destaque do IPI.

a) Isentos

Constarão na TIPI com a alíquota “0”. Exemplo:

ALÍQUOTA
NCM DESCRIÇÃO
(%)
6501.00.0 Esboços não enformados nem na copa nem na aba,
0 discos e cilindros, mesmo cortados no sentido da 0
altura, de feltro, para chapéus.

6502.00 Esboços de chapéus, entrançados ou obtidos por


reunião de tiras de qualquer matéria, sem copa nem
aba enformadas e sem guarnições.
6502.00.1 De palha fina (manila, panamá e semelhantes)
0
0
6502.00.9 Outros
0
0

6504.00 Chapéus e outros artefatos de uso semelhante,


entrançados ou obtidos por reunião de tiras, de
qualquer matéria, mesmo guarnecidos.
6504.00.1 De palha fina (manila, panamá e semelhantes) 0

86
0
6504.00.9 Outros
0
0

65.05 Chapéus e outros artefatos de uso semelhante, de


malha ou confeccionados com rendas, feltro ou outros
produtos têxteis, em peça (mas não em tiras), mesmo
guarnecidos; coifas e redes, para o cabelo, de
qualquer matéria, mesmo guarnecidas.
6505.10.0 -Coifas e redes, para o cabelo
0
0
6505.90.0 -Outros
0
0

65.06 Outros chapéus e artefatos de uso semelhante,


mesmo guarnecidos.
6506.10.0 -Capacetes e artefatos de uso semelhante, de proteção
0
0
6506.9 -Outros:
6506.91.0 --De borracha ou de plástico
0
0
6506.99.0 --De outras matérias
0
0

6507.00.0 Carneiras, forros, capas, armações, palas e


0 barbicachos, para chapéus e artefatos de uso 0
semelhante.

Porém, não são todos os produtos isentos que constam na TIPI com
alíquota “0”. A maioria dos produtos isentos consta alíquotas
específicas na TIPI, porém cabe ao operador do IPI interpretar e
classificar a isenção. Como exemplo as amostras de produtos,
consultando a TIPI relativa ao produto haverá incidência, porém com
se trata de amostras, não haverá destaque do IPI.

b) Imunes

Constarão na TIPI com a alíquota “NT”. Exemplo:

ALÍQUOTA
NCM DESCRIÇÃO
(%)
26.01 Minérios de ferro e seus concentrados, incluídas as
piritas de ferro ustuladas (cinzas de piritas).
2601.1 -Minérios de ferro e seus concentrados, exceto as piritas de
ferro ustuladas (cinzas de piritas):
2601.11.0 --Não aglomerados NT
0
2601.12.0 --Aglomerados NT
0
2601.20.0 -Piritas de ferro ustuladas (cinzas de piritas) NT
0

c) Não-Tributados

Constarão na TIPI com a alíquota “NT”. Exemplo:

87
ALÍQUOTA
NCM DESCRIÇÃO
(%)
06.01 Bulbos, tubérculos, raízes tuberosas, rebentos e
rizomas, em repouso vegetativo, em vegetação ou em
flor; mudas, plantas e raízes de chicória, exceto as
raízes da posição 12.12.
0601.10.0 -Bulbos, tubérculos, raízes tuberosas, rebentos e rizomas, em NT
0 repouso vegetativo
0601.20.0 -Bulbos, tubérculos, raízes tuberosas, rebentos e rizomas, em NT
0 vegetação ou em flor; mudas, plantas e raízes de chicória

06.02 Outras plantas vivas (incluídas as suas raízes), estacas


e enxertos; micélios de cogumelos.
0602.10.0 -Estacas não enraizadas e enxertos NT
0
0602.20.0 -Árvores, arbustos e silvados, de frutos comestíveis, NT
0 enxertados ou não
0602.30.0 -Rododendros e azaléias, enxertados ou não NT
0
0602.40.0 -Roseiras, enxertadas ou não NT
0
0602.90 -Outros
0602.90.1 Micélios de cogumelos NT
0
0602.90.2 Mudas de plantas ornamentais
0602.90.2 De orquídea NT
1
0602.90.2 Outras NT
9
0602.90.8 Outras mudas
0602.90.8 De cana-de-açúcar NT
1
0602.90.8 De videira NT
2
0602.90.8 De café NT
3
0602.90.8 Outras NT
9
0602.90.9 Outras NT
0

06.03 Flores e seus botões, cortados, para buquês ou para


ornamentação, frescos, secos, branqueados, tingidos,
impregnados ou preparados de outro modo.
0603.1 -Frescos:
0603.11.0 --Rosas NT
0
0603.12.0 --Cravos NT
0
0603.13.0 --Orquídeas NT
0
0603.14.0 --Crisântemos NT
0
0603.19.0 --Outros NT
0
0603.90.0 -Outros NT
0

88
06.04 Folhagem, folhas, ramos e outras partes de plantas,
sem flores nem botões de flores, e ervas, musgos e
líquens, para buquês ou para ornamentação, frescos,
secos, branqueados, tingidos, impregnados ou
preparados de outro modo.
0604.10.0 -Musgos e líquens NT
0
0604.9 -Outros:
0604.91.0 --Frescos NT
0
0604.99.0 --Outros NT
0

d) Alíquota Zero

Sem exceção, constarão na TIPI com a alíquota “0”. Exemplo:

ALÍQUOTA
NCM DESCRIÇÃO
(%)
19.01 Extratos de malte; preparações alimentícias de
farinhas, grumos, sêmolas, amidos, féculas ou de
extratos de malte, não contendo cacau ou contendo
menos de 40%, em peso, de cacau, calculado sobre
uma base totalmente desengordurada, não
especificadas nem compreendidas em outras
posições; preparações alimentícias de produtos das
posições 04.01 a 04.04, não contendo cacau ou
contendo menos de 5%, em peso, de cacau, calculado
sobre uma base totalmente desengordurada, não
especificadas nem compreendidas em outras
posições.
1901.10 -Preparações para alimentação de crianças, acondicionadas
para a venda a retalho
1901.10.1 Leite modificado 0
0
1901.10.2 Farinha láctea 0
0
1901.10.3 À base de farinha, grumos, sêmola ou amido 0
0
1901.10.9 Outras 0
0
1901.20.0 -Misturas e pastas para a preparação de produtos de 0
0 padaria, pastelaria e da indústria de bolachas e biscoitos, da
posição 19.05
1901.90 -Outros
1901.90.1 Extrato de malte 0
0
1901.90.2 Doce de leite 0
0
1901.90.9 Outros 0
0

19.02 Massas alimentícias, mesmo cozidas ou recheadas (de


carne ou de outras substâncias) ou preparadas de
outro modo, tais como espaguete, macarrão, aletria,
lasanha, nhoque, ravioli e canelone; cuscuz, mesmo
preparado.

89
1902.1 -Massas alimentícias não cozidas, nem recheadas, nem
preparadas de outro modo:
1902.11.0 --Contendo ovos 0
0
1902.19.0 --Outras 0
0
1902.20.0 -Massas alimentícias recheadas (mesmo cozidas ou 0
0 preparadas de outro modo)
1902.30.0 -Outras massas alimentícias 0
0
1902.40.0 -Cuscuz 0
0

1903.00.0 Tapioca e seus sucedâneos preparados a partir de 0


0 féculas, em flocos, grumos, grãos, pérolas ou formas
semelhantes.

19.04 Produtos à base de cereais, obtidos por expansão ou


por torrefação (por exemplo, flocos de milho (“corn
flakes”)); cereais (exceto milho) em grãos ou sob a
forma de flocos ou de outros grãos trabalhados (com
exceção da farinha, do grumo e da sêmola), pré-
cozidos ou preparados de outro modo, não
especificados nem compreendidos em outras
posições.
1904.10.0 -Produtos à base de cereais, obtidos por expansão ou por 0
0 torrefação
1904.20.0 -Preparações alimentícias obtidas a partir de flocos de 0
0 cereais não torrados ou de misturas de flocos de cereais não
torrados com flocos de cereais torrados ou expandidos
1904.30.0 -Trigo burgol (“bulgur”) 0
0
1904.90.0 -Outros 0
0

19.05 Produtos de padaria, pastelaria ou da indústria de


bolachas e biscoitos, mesmo adicionados de cacau;
hóstias, cápsulas vazias para medicamentos, obreias,
pastas secas de farinha, amido ou fécula, em folhas, e
produtos semelhantes.
1905.10.0 -Pão denominado "knäckebrot" 0
0
1905.20 -Pão de especiarias
1905.20.1 Panetone 0
0
1905.20.9 Outros 0
0
1905.3 -Bolachas e biscoitos, doces (adicionados de edulcorante);
"waffles" e "wafers":
1905.31.0 --Bolachas e biscoitos, doces (adicionados de edulcorante) 0
0
1905.32.0 --"Waffles" e "wafers" 0
0
1905.40.0 -Torradas, pão torrado e produtos semelhantes torrados 0
0
1905.90 -Outros
1905.90.1 Pão de forma 0
0
1905.90.2 Bolachas 0

90
0
1905.90.9 Outros 0
0

Produtos com suspensão do IPI

Os produtos saídos do estabelecimento e que se enquadrem nas


disposições constantes no art. 42, 43 e 44 do RIPI/2002, no art. 29 da
Lei 10.637/2002 e outra norma que trate sobre a suspensão do
imposto, não terão incidência nem sofrerão destaque do IPI. Consultar
o capítulo SUSPENSÃO DO IMPOSTO.

Exportações

Os produtos saídos do estabelecimento e destinados às exportações


são imunes do IPI ou nas operações intermediárias serão amparados
pelo instituo da suspensão do imposto. Mesmo que determinado
produto conste como tributado em uma determina alíquota na TIPI,
não haverá o destaque nem a incidência do IPI.

IPI – PERÍODOS DE APURAÇÃO E PRAZOS DE RECOLHIMENTO

A PARTIR DE 01.01.2004

O período de apuração do IPI, incidente nas saídas dos produtos dos


estabelecimentos industriais ou equiparados a industrial, passa a ser:

I - de 1º de janeiro de 2004 a 30 de setembro de 2004:


quinzenal; e
II - a partir de 1º de outubro de 2004: mensal.

O disposto não se aplica aos produtos classificados no capítulo 22,


nas posições 84.29, 84.32, 84.33, 87.01 a 87.06 e 87.11 e no código
2402.20.00, da Tabela de Incidência do IPI (TIPI) aprovada pelo
Decreto nº 4.542, de 26 de dezembro de 2002, em relação aos quais
o período de apuração é decendial.

Base: artigo 9 da Lei 11.033/2004.

TABELA PRAZO DE RECOLHIMENTO A PARTIR DE 01.11.2004

Produto Código Período Prazo para Pagamento


de de
Receita Apuraçã
o
Bebidas do capítulo 22 0668 Decendia Até o terceiro dia útil do
da TIPI. l decêndio subseqüente ao
de ocorrência dos fatos
geradores.
Cigarros do código 1020 Decendia Até o terceiro dia útil do
91
2402.20.00 da TIPI. l decêndio subseqüente ao
de ocorrência dos fatos
geradores.
Cigarros do código 5110 Mensal Até o último dia útil da
2402.90.00 da TIPI. quinzena subseqüente ao
mês de ocorrência dos
fatos geradores.
Veículos das posições 0676 Decendia Até o último dia útil do
87.03 e 87.06 da TIPI. l decêndio subseqüente ao
de ocorrência dos fatos
geradores.
Produtos das posições 1097 Decendia Até o último dia útil do
84.29, 84.32, 84.33, l decêndio subseqüente ao
87.01, 87.02, 87.04, de ocorrência dos fatos
87.05 e 87.11 da TIPI. geradores.
Todos os produtos, com 5123 Mensal Até o último dia útil da
exceção de bebidas quinzena subseqüente ao
(Capítulo 22), cigarros mês de ocorrência dos
(códigos 2402.20.00 e fatos geradores
2402.90.00) e os das
posições 84.29, 84.32,
84.33, 87.01 a 87.06 e
87.11 da TIPI.

As disposições relativas ao período de apuração e ao prazo para


pagamento do IPI, contidas no quadro acima, não se aplicam às
microempresas e às empresas de pequeno porte, conforme definidas
no art. 2º da Lei 9.841/1999, que vigorou até 30.06.2007. Tais
pessoas jurídicas recolhiam o IPI da seguinte forma:

I – o período de apuração era mensal;


II – o pagamento poderia ser efetuado até o último dia útil do mês
subseqüente ao de ocorrência dos fatos geradores.

Base: ADE Corat 96/2004.

DEMAIS PRAZOS DE RECOLHIMENTO

Para as seguintes operações, o prazo de recolhimento do IPI será:


• no ato do pedido de autorização da venda de produtos
trazidos do exterior a título de bagagem, despachados com
isenção do imposto ou com pagamento de tributos nas
condições previstas na legislação aduaneira;
• antes da saída do produto da repartição que processar o
despacho, nos casos de importação;
• nos prazos previstos para o recolhimento pelo contribuinte
substituído, no caso dos responsáveis como contribuinte
substituto.

92
Observação: Até 31.12.2003, o período de apuração do imposto
incidente nas saídas dos produtos do estabelecimento industrial ou
equiparado a industrial era decendial.

APURAÇÃO DESCENTRALIZADA

A apuração do IPI não pode ser feita de forma centralizada, assim


cada estabelecimento efetua sua própria apuração.

O artigo 15 da Lei 9.779/99 estabelece quais apurações devem ser


feitas de forma centralizada, deixando de fora as relativas ao IPI.

TRANSFERÊNCIA DE CRÉDITO PARA OUTROS


ESTABELECIMENTOS

A legislação do IPI possibilita a transferência de crédito apenas para


outro estabelecimento da pessoa jurídica, através de nota fiscal, em
três hipóteses, conforme os artigos 16 e 18 da IN SRF 600/2005:

• Créditos presumidos do IPI, como ressarcimento do PIS e da


COFINS.
• Créditos decorrentes de estímulos fiscais na área de IPI.
• Créditos do IPI passíveis de transferência a filial atacadista
(item 6, IN SRF 87/89).

BASE DE CÁLCULO

Importação

É o valor que servir de base para o cálculo dos tributos aduaneiros


(art. 131, I, “a”, do RIPI/2002), acrescido do montante desses tributos
e dos encargos cambiais (Valor da Declaração de Importação +
Tributos + encargos cambiais).

Produtos Nacionais

1. Frete
É um custo na operação, o frete quando cobrado do destinatário,
dessa forma deve fazer parte da base de cálculo do IPI (art. 131, §1º).
Conforme Instrução Normativa 87/89, quando se transportar
mercadorias com alíquotas diferentes deve-se fazer um rateio
proporcional ao peso da mercadoria.

2. Descontos condicionais e incondicionais


Os descontos condicionais e incondicionais devem fazer parte da base
de cálculo do IPI (art. 131, §3º).

3. Despesas acessórias
Fazem parte, também, da base de cálculo todas as despesas

93
acessórias cobradas do destinatário (art.131, §1º).

4. Bonificação
Constitui fato gerador do IPI as remessas de mercadorias em
bonificação, pelo fato que qualquer saída do estabelecimento
industrial ou a ele equiparado é sujeita a esse imposto.

O IPI é um imposto que tem como fatos geradores o desembaraço


aduaneiro e a saída de estabelecimento industrial ou equiparado a
industrial. O RIPI/2002 determina seu valor tributável nos artigos 131
a 138.

Valor Tributável

Salvo disposição em contrário do RIPI, constitui valor tributável:

I – dos produtos de procedência estrangeira:


a) o valor que servir ou que serviria de base para o cálculo dos
tributos aduaneiros, por ocasião do despacho de importação,
acrescido do montante desses tributos e dos encargos cambiais
efetivamente pagos pelo importador ou dele exigíveis;
b) o valor total da operação de que decorrer a saída do
estabelecimento equiparado a industrial; e
II – dos produtos nacionais, o valor total da operação de que
decorrer a saída do estabelecimento industrial ou equiparado a
industrial .
1) O valor da operação referido nos incisos I, alínea b e II,
compreende o preço do produto, acrescido do valor do frete e
das demais despesas acessórias, cobradas ou debitadas
pelo contribuinte ao comprador ou destinatário.
2) Será também considerado como cobrado ou debitado pelo
contribuinte, ao comprador ou destinatário, para efeitos do
disposto no item 1, o valor do frete, quando o transporte
for realizado ou cobrado por firma coligada, controlada
ou controladora (Lei nº 6.404, de 1974) ou interligada
(Decreto-Lei nº 1.950, de 1982) do estabelecimento
contribuinte ou por firma com a qual este tenha relação de
interdependência, mesmo quando o frete seja subcontratado.
3) Não podem ser deduzidos do valor da operação os
descontos, diferenças ou abatimentos,concedidos a
qualquer título, ainda que incondicionalmente.
4) Nas saídas de produtos a título de consignação
mercantil, o valor da operação referido nos incisos I, alínea b e
II, será o preço de venda do consignatário, estabelecido pelo
consignante.
5)Poderão ser excluídos da base de cálculo do imposto os
valores recebidos pelo fabricante ou importador nas vendas
diretas ao consumidor final dos veículos classificados nas
posições 87.03 e 87.04 da TIPI, por conta e ordem dos
concessionários de que trata a Lei nº 6.729, de 28 de novembro
94
de 1979, a estes devidos pela intermediação ou entrega dos
veículos, nos termos estabelecidos nos respectivos contratos de
concessão (Lei nº 10.485, de 2002, art. 2º).
6) Os valores referidos no caput não poderão exceder a 9%
(nove por cento) do valor total da operação (Lei nº 10.485, de
2002, art. 2º, § 2º, inciso I).

Nos casos de produtos industrializados por encomenda será


acrescido, pelo industrializador, ao valor da operação definido no art.
131 do RIPI, salvo tratar-se de insumos usados, o valor das MP, PI e
ME, fornecidos pelo encomendante, desde que este não destine os
produtos industrializados:

I – a comércio;
II – a emprego, como matérias-primas ou produtos
intermediários, em nova industrialização; ou
III – a emprego no acondicionamento de produtos tributados.

Considera-se valor tributável o preço corrente do produto ou seu


similar, no mercado atacadista da praça do remetente, na forma do
disposto nos artigos 136 e 137 do RIPI, na saída do produto
estabelecimento industrial ou equiparado a industrial, quando a saída
se der a título de locação ou arrendamento mercantil ou decorrer de
operação a título gratuito, assim considerada também aquela que, em
virtude de não transferir a propriedade do produto, não importe em
fixar-lhe o preço.

Na saída de produtos do estabelecimento do importador, em


arrendamento mercantil, nos termos da Lei nº 6.099, de 1974, o valor
tributável será:

I – o preço corrente do mercado atacadista da praça em que o


estabelecimento arrendador estiver domiciliado; ou
II – o valor que serviu de base de cálculo do imposto no
desembaraço aduaneiro, se for demonstrado comprovadamente
que o preço dos produtos importados é igual ou superior ao que
seria pago pelo arrendatário se os importasse diretamente.

O imposto incidente sobre produtos usados, adquiridos de


particulares ou não, que sofrerem o processo de industrialização
(renovação ou recondicionamento), será calculado sobre a diferença
de preço entre a aquisição e a revenda.

Valor Tributável Mínimo

O valor tributável não poderá ser inferior:


I – ao preço corrente no mercado atacadista da praça do
remetente quando o produto for destinado a outro estabelecimento
do próprio remetente ou a estabelecimento de firma com a qual
mantenha relação de interdependência;
95
II – a noventa por cento do preço de venda aos
consumidores, não inferior ao previsto no inciso I, quando o produto
for remetido a outro estabelecimento da mesma empresa, desde que
o destinatário opere exclusivamente na venda a varejo;
III – ao custo de fabricação do produto, acrescido dos
custos financeiros e dos de venda, administração e
publicidade, bem assim do seu lucro normal e das demais
parcelas que devam ser adicionadas ao preço da operação, no
caso de produtos saídos do estabelecimento industrial, ou equiparado
a industrial, com destino a comerciante autônomo, ambulante ou não,
para venda direta a consumidor;
IV – a setenta por cento do preço da venda a consumidor
no estabelecimento moageiro, nas remessas de café torrado a
comerciante varejista que possua atividade acessória de moagem.

No caso do item II, sempre que o estabelecimento varejista vender o


produto por preço superior ao que haja servido à determinação do
valor tributável, será este reajustado com base no preço real de
venda, o qual, acompanhado da respectiva demonstração, será
comunicado ao remetente, até o último dia do período de apuração
subseqüente ao da ocorrência do fato, para efeito de lançamento e
recolhimento do imposto sobre a diferença verificada.

No caso do item III, o preço de revenda do produto pelo comerciante


autônomo, ambulante ou não, indicado pelo estabelecimento
industrial, ou equiparado a industrial, não poderá ser superior ao
preço de aquisição acrescido dos tributos incidentes por ocasião da
aquisição e da revenda do produto, e da margem de lucro normal nas
operações de revenda.

Para efeito de aplicação do disposto nos itens I e II, será considerada


a média ponderada dos preços de cada produto, vigorastes no mês
precedente ao da saída do estabelecimento remetente, ou, na sua
falta, a correspondente ao mês imediatamente anterior àquele.

Inexistindo o preço corrente no mercado atacadista, para aplicação


do disposto neste artigo, tomar-se-á por base de cálculo:

I – no caso de produto importado, o valor que serviu de base ao


Imposto de Importação, acrescido desse tributo e demais elementos
componentes do custo do produto, inclusive a margem de lucro
normal; e
II – no caso de produto nacional, o custo de fabricação, acrescido dos
custos financeiros e dos de venda, administração e publicidade, bem
assim do seu lucro normal e das demais parcelas que devam ser
adicionadas ao preço da operação, ainda que os produtos hajam sido
recebidos de outro estabelecimento da mesma firma que os tenha
industrializado.

Arbitramento do Valor Tributável


96
Ressalvada a avaliação contraditória, decorrente de perícia, o Fisco
poderá arbitrar o valor tributável ou qualquer dos seus elementos,
quando forem omissos ou não merecerem fé os documentos
expedidos pelas partes ou, tratando-se de operação a título gratuito,
quando inexistir ou for de difícil apuração o valor previsto no art. 133
do RIPI.

Salvo se for apurado o valor real da operação, nos casos em que este
deva ser considerado, o arbitramento tomará por base, sempre que
possível, o preço médio do produto no mercado do domicílio do
contribuinte, ou, na sua falta, nos principais mercados nacionais, no
trimestre civil mais próximo ao da ocorrência do fato gerador.

Na impossibilidade de apuração dos preços, o arbitramento será feito


segundo o disposto no art. 137 do RIPI.

ICMS – BASE DE CÁLCULO – INCLUSÃO DO IPI

A Constituição Federal, em seu artigo 155, XI, dispõe que não


compreenderá, na base de cálculo do ICMS, o montante do imposto
sobre produtos industrializados, quando a operação, realizada entre
contribuintes e relativa a produto destinado à industrialização ou à
comercialização, configure fato gerador dos dois impostos (ICMS e
IPI). Idem art. 13, parágrafo 2 da Lei Complementar 87/96.

Como regra geral, o imposto sobre produtos industrializados, nos


termos do § 2º do art. 13, da LC 87/96, e do inciso XI do § 2º do art.
155 da Carta Magna:

(a) Não integra a base de cálculo do ICMS somente quando


concorrerem as seguintes condições:
(1) a operação for realizada entre contribuintes;
(2) o objeto da operação for produto destinado à
industrialização ou à comercialização; e
(3) a operação configurar fato gerador de ambos os impostos.

(b) Integra a base de cálculo do ICMS se ocorrer qualquer das


seguintes condições:
(1) a operação não for realizada entre contribuintes;
(2) o objeto da operação for produto não destinado à
industrialização ou à comercialização; e
(3) a operação não configurar fato gerador de ambos os
impostos.

REAJUSTE DE PREÇO – TRIBUTAÇÃO PELO IPI

De acordo com a atual legislação do IPI, constitui valor tributável o


valor total de que decorrer a saída da mercadoria do estabelecimento
industrial ou equiparado.
97
O valor da operação compreende o preço da mercadoria, acrescido do
valor do frete e das demais despesas acessórias, cobradas ou
debitadas pelo contribuinte ao comprador ou destinatário.

Reajuste por cláusula contratual

Havendo cláusula contratual prevendo reajuste de preço, será exigida


a complementação do IPI sobre o respectivo reajuste, cujo
lançamento será feito por meio de emissão de Nota Fiscal
complementar.

Alíquota

Segundo o PN CST 245/1972, determina-se o tratamento fiscal a ser


concedido à mercadoria no momento da ocorrência do fato gerador,
ou seja, quando da sua saída do estabelecimento.

Desta forma, qualquer alteração de alíquota após a saída da


mercadoria do estabelecimento passa a ser irrelevante, prevalecendo
para fins de tributação aquela alíquota em vigor no momento da
ocorrência do fato gerador.

Nota fiscal

A nota fiscal de reajuste do preço deverá ser emitida dentro de 3 dias


da data em que se efetivou o reajuste (art. 333, parágrafo 4 do RIPI).

Se a nota fiscal complementar for emitida fora do prazo citado, o IPI


será recolhido com os acréscimos legais; se fora também do prazo de
recolhimento, em DARF especialmente emitido para este fim (art. 205
RIPI).

Recolhimento do IPI

O IPI devido será recolhido no prazo previsto parta o período de


apuração em que a Nota Fiscal complementar for emitida, conforme
esclarecimento contido no ADN CST 08/1975.

Bases: art. 14, inciso II, Lei 4.502/64 (redação dada pela Lei
7.798/89), artigo 131, parágrafo 1 e inciso II do RIPI, artigos 205 e
333, inciso X, parágrafo 4 do RIPI e os citados no texto.

IPI - CRÉDITO PRESUMIDO COMO RESSARCIMENTO DO PIS E


DA COFINS PARA O EXPORTADOR

A empresa produtora e exportadora de mercadorias nacionais fará jus


a crédito presumido do IPI, como ressarcimento do PIS e da COFINS,
incidentes sobre as respectivas aquisições, no mercado interno, de

98
matérias-primas, produtos intermediários e materiais de embalagem,
para utilização no processo produtivo (artigo 1º da Lei 9.363/96).

DIREITO AO CRÉDITO PRESUMIDO

Fará jus ao crédito presumido a pessoa jurídica produtora e


exportadora de produtos industrializados nacionais.
O direito ao crédito presumido aplica-se inclusive:
I – a produto industrializado sujeito a alíquota zero;
II – nas vendas a empresa comercial exportadora, com o fim
específico de exportação.

NÃO APLICAÇÃO DO CRÉDITO ÀS EMPRESAS TRIBUTADAS


PELO LUCRO REAL

Observe-se que, a partir de 01.02.2004, por força da Lei 10.833/2003,


artigo 14, o direito de ressarcimento do PIS e da COFINS não mais se
aplicará ás empresas sujeitas ao PIS e COFINS não cumulativo.

Pelo fato que, no sistema não cumulativo, a empresa tem o direito ao


crédito do PIS e da COFINS na aquisição da mercadoria, produto ou
serviço e não há tributação na efetiva venda do produto, por se tratar
de exportação (isenção de PIS e COFINS).

Exemplo:

Aquisição de Matérias Primas, no valor de R$ 10.000,00


Crédito do PIS - não cumulativo (1,65%): R$ 165,00
Crédito da COFINS – não cumulativa (7,60%): R$ 760,00

Na venda dos produtos produzidos com as respectivas matérias-


primas, não têm a incidência de PIS nem de COFINS, por se tratar de
isenção, com isso, já há o crédito natural do PIS e da COFINS, na
aquisição, não se aplicando a norma constante do artigo 1º da Lei
9.363/1996.

Este exemplo é aplicado às empresas optantes pelo Lucro Real, desde


que não configure caso de exceção pela legislação.

HIPÓTESE DE CRÉDITO PROPORCIONAL

Na hipótese de a pessoa jurídica auferir, concomitantemente, receitas


sujeitas à incidência não-cumulativa e cumulativa da Contribuição
para o PIS e da COFINS, inclusive no regime de incidência monofásica,
fará jus ao crédito presumido do IPI apenas em relação às receitas
sujeitas à incidência cumulativa dessas contribuições.

Bases: § 1 do art. 24 da IN SRF 404/2004, ADI SRF 13/2004, § único do


art. 32 IN SRF 419/2004 e § único do art. 36 IN SRF 420/2004.

99
PRODUTOS ORIUNDOS DA ATIVIDADE RURAL

O crédito presumido relativo a produtos oriundos da atividade rural,


conforme definida no art. 2º da Lei 8.023/1990, utilizados como MP, PI
ou ME, na industrialização de produtos exportados, será calculado,
exclusivamente, em relação às aquisições efetuadas de pessoas
jurídicas sujeitas à contribuição para o PIS e à COFINS.

PERÍODO DE APURAÇÃO

O crédito presumido será apurado ao final de cada mês em que


houver ocorrido exportação ou venda a empresa comercial
exportadora com fim específico de exportação.

BASE DE CÁLCULO E CRÉDITO FISCAL DA LEI 9.363/96

SIGLAS UTILIZADAS:
MP - matérias-primas
PI - produtos intermediários
ME - materiais de embalagem

A base de cálculo do crédito presumido será determinada mediante a


aplicação, sobre o valor total das aquisições de matérias-primas,
produtos intermediários e materiais de embalagem adquiridos no
mercado interno, do percentual correspondente à relação entre a
receita de exportação e a receita operacional bruta do produtor
exportador.

O crédito fiscal será o resultado da aplicação do percentual de 5,37%


sobre a base de cálculo.

Para efeito de determinação do crédito presumido correspondente a


cada mês, o estabelecimento matriz da pessoa jurídica deverá:

I – apurar o total, acumulado desde o início do ano até o mês a que se


referir o crédito, das matérias-primas, dos produtos intermediários e
dos materiais de embalagem utilizados na produção;
II – apurar a relação percentual entre a receita de exportação e a
receita operacional bruta, acumuladas desde o início do ano até o
mês a que se referir o crédito;
III – aplicar a relação percentual, referida no item II, sobre o valor
apurado de conformidade com o item I;
IV – multiplicar o valor apurado de conformidade com o inciso anterior
por 5,37%, cujo resultado corresponderá ao total do crédito
presumido acumulado desde o início do ano até o mês da apuração;
V – diminuir, do valor apurado de conformidade com o inciso anterior,
o resultado da soma dos seguintes valores de créditos presumidos,
relativos ao ano-calendário:
a) utilizados por intermédio de dedução do valor do IPI devido ou de
ressarcimento;
100
b) com pedidos de ressarcimento já entregues à Secretaria da Receita
Federal (SRF).
O crédito presumido, relativo ao mês, será o valor resultante da
operação a que se refere o item V do parágrafo anterior.

Exemplo:

DISCRIMINAÇÃO: VALOR R$
1. Matérias-Primas adquiridas (acumulado no ano) 1.000.000,
00
2. Produtos Intermediários adquiridos (acumulado no 500.000,00
ano)
3. Materiais de Embalagem adquiridos (acumulado no 100.000,00
ano)
4. Total das Aquisições no Mercado Interno (1 + 2 + 3) 1.600.000,
00
Receita de Exportação no período (RE) 2.500.000,
00
Receita Operacional Bruta no período (ROB) 4.000.000,
00
5. Relação percentual RE/ROB 62,50%
6. Base de Cálculo (5 x 4) 1.000.000,
00
7. Crédito Fiscal Acumulado (6 x 5,37%) 53.700,00
8. Menos: valores já ressarcidos por meio de 45.000,00
compensação com o IPI devido (acumulado no ano)
9. Valor do crédito presumido do mês 8.700,00

* Observe-se que, a partir de 01.12.2002, por força do art. 6 da Lei


10.637/2002, o direito ao ressarcimento da contribuição para o PIS
não se aplica á pessoa jurídica submetida à apuração do lucro real e
sujeita ás regras de não cumulatividade (art. 2 e 3 da Lei
10.637/2002). Entretanto, o direito ao crédito do COFINS continuava
sendo calculado até 01.02.2004, alterando-se somente o percentual
para 4,04%. A partir de 01.02.2004, para as empresas tributadas pelo
lucro real, sujeitas às regras de não cumulatividade do PIS e da
COFINS, não se aplicará mais o cálculo do crédito presumido (art. 14,
da Lei 10.833/2003).

BASE DE CÁLCULO DOS CUSTOS

Para efeito do cálculo do crédito presumido, o ICMS não será excluído


dos custos de MP, de PI e de ME, bem assim os valores do frete e
seguro, desde que cobrados ao adquirente.

CONCEITO DE RECEITA BRUTA

Para fins de ressarcimento do PIS e da COFINS, considera-se:


I - receita operacional bruta, o produto da venda de produtos

101
industrializados pela pessoa jurídica produtora e exportadora nos
mercados interno e externo;
II - receita bruta de exportação, o produto da venda para o exterior e
para empresa comercial exportadora com o fim específico de
exportação, de produtos industrializados pela pessoa jurídica
produtora e exportadora;
III - venda com o fim específico de exportação, a saída de produtos do
estabelecimento produtor vendedor para embarque ou depósito, por
conta e ordem da empresa comercial exportadora adquirente.

Base: art. 3, parágrafo 12 da Portaria MF 93/2004.

RECEITA BRUTA – EXCLUSÃO

Não integra a receita de exportação, para efeito de crédito


presumido, o valor resultante das vendas para o exterior de produtos
não-tributados e produtos adquiridos de terceiros que não tenham
sido submetidos a qualquer processo de industrialização pela pessoa
jurídica produtora.

CONCEITOS

Os conceitos de industrialização, MP, PI e ME são os constantes da


legislação do IPI.

APURAÇÃO CENTRALIZADA E POR ESTABELECIMENTO

A partir de 26.03.2003 (data da publicação da Portaria MF 64/2003), a


pessoa jurídica produtora e exportadora com mais de um
estabelecimento deverá apurar o crédito presumido de forma
centralizada na matriz, ainda que esta não seja contribuinte do IPI.

TRANSFERÊNCIA DO CRÉDITO PRESUMIDO

A partir de 01.10.2002, o crédito presumido, apurado pelo


estabelecimento matriz, que não for por ele utilizado, poderá ser
transferido para qualquer outro estabelecimento da pessoa jurídica
para efeito de dedução do valor do IPI devido nas operações de
mercado interno.

A transferência de crédito presumido será efetuada por intermédio de


nota fiscal, emitida pelo estabelecimento matriz, exclusivamente para
essa finalidade.

Caso o estabelecimento matriz da pessoa jurídica não seja


contribuinte do IPI, a transferência dar-se-á mediante emissão de
nota fiscal de entrada pelo estabelecimento industrial que estiver
recebendo o crédito.

No caso de impossibilidade de utilização do crédito presumido, a


102
pessoa jurídica poderá solicitar à SRF o seu ressarcimento em
espécie.

O pedido de ressarcimento será apresentado por trimestre-


calendário, conforme estabelecido pela SRF.

O ressarcimento em espécie será efetuado ao estabelecimento matriz


da pessoa jurídica.

Bases: art. 4 da Portaria MF 93/2004, artigos 22 e 23 da IN SRF


420/2004 e artigos 18 e 19 IN SRF 419/2004.

REGRAS QUE VIGORARAM ATÉ 26.03.2003

Até 26.03.2003, no caso de empresa com mais de um


estabelecimento produtor exportador, a apuração do crédito
presumido poderia ser centralizada na matriz. A opção pela apuração
centralizada aplicar-se-á em relação a todo o ano-calendário em que
exercida.
O crédito presumido poderia ser transferido para qualquer
estabelecimento da empresa para efeito de compensação com o IPI,
observadas as normas expedidas pela Secretaria da Receita Federal.
No caso de apuração descentralizada, o estabelecimento produtor
exportador poderá computar, na base de cálculo do crédito
presumido, o valor das matérias-primas, dos produtos intermediários
e dos materiais de embalagem, utilizados na produção das
mercadorias exportadas, que houverem sido recebidos por
transferência de outro estabelecimento da mesma empresa.
Nesta hipótese, a transferência deverá ser efetuada pelo exato custo
de aquisição.
O estabelecimento que transferir para outro, matéria-prima, produtos
intermediários e materiais de embalagem deverá excluir o valor
desses insumos da base de cálculo de seu próprio crédito presumido.

RESSARCIMENTO EM MOEDA CORRENTE

Em caso de comprovada impossibilidade de utilização do crédito


presumido em compensação do Imposto sobre Produtos
Industrializados devido, pelo produtor exportador, nas operações de
venda no mercado interno, far-se-á o ressarcimento em moeda
corrente.

EXTINÇÃO DO DIREITO DO RESSARCIMENTO DO PIS PARA


EXPORTADORES OPTANTES PELO LUCRO REAL A PARTIR DE
01.12.2002

A partir de 01.12.2002, o direito ao ressarcimento do PIS de que


tratam as Leis 9.363/ 1996, e 10.276 de 2001, não se aplica à pessoa
jurídica submetida à apuração do valor devido do PIS na forma dos
artigos 2º e 3º da Lei 10.637/2002 (optantes pelo lucro real).
103
RESSARCIMENTO DO COFINS – NOVOS PERCENTUAIS PARA
EXPORTADORES OPTANTES PELO LUCRO REAL A PARTIR DE
01.12.2002

Relativamente à pessoa jurídica exportadora, optante pelo lucro real,


a partir de 01.12.2002:

I – o percentual referido no § 1º do art. 2º da Lei nº 9.363, de


1996, será de 4,04%;
II – o índice da fórmula de determinação do fator (F), constante
do anexo único da Lei 10.276, de 2001, será 0,03.

EXTINÇÃO DO DIREITO DO RESSARCIMENTO DA COFINS PARA


EXPORTADORES OPTANTES PELO LUCRO REAL A PARTIR DE
01.02.2004

Observe-se que, a partir de 01.02.2004, por força da Lei 10.833/2003,


artigo 14, o direito de ressarcimento do PIS e da COFINS não mais se
aplicará ás empresas sujeitas ao PIS e COFINS não cumulativo.

SUSPENSÃO DO DIREITO AO CRÉDITO NO PERÍODO DE 01.04 A


31.12.1999

No período de 01.04.1999 a 31.12.1999 o crédito presumido do IPI da


Lei 9.363/96 foi suspenso, de acordo com o art. 12 da Medida
Provisória 1.807-2, de 25 de março de 1999, e reedições posteriores.
Portanto, as empresas, neste período, não puderam efetuar o crédito
decorrente da Lei, voltando a fazê-lo a partir de 01.01.2000.

DECLARAÇÃO DO CRÉDITO PRESUMIDO (DCP)

A DCP deve ser apresentada, trimestralmente, de forma centralizada,


pelo estabelecimento matriz da pessoa jurídica, até o último dia útil
da primeira quinzena do segundo mês subseqüente ao trimestre-
calendário de ocorrência dos fatos geradores.

Excepcionalmente, o DCP relativo ao 4º trimestre-calendário do ano


de 2002 será entregue no prazo estabelecido para a entrega do DCP
relativo ao 1º trimestre-calendário de 2003.

O programa DCP, de reprodução livre, está à disposição na página da


Secretaria da Receita Federal (SRF) na Internet, no endereço
www.receita.fazenda.gov.br.

Base: Instrução Normativa SRF 419/2004.

DEMAIS NORMAS E PROCEDIMENTOS

Observar as exigências contidas na Instrução Normativa SRF


104
313/2003 , Instrução Normativa SRF 419/2004 e Portaria MF 93/2004,
no tocante á produtos não exportados, transferência de créditos, do
Demonstrativo do Crédito Presumido (DCP), situações de fusão, cisão
e incorporação, além de outras obrigações acessórias e situações
específicas.

CRITÉRIO ALTERNATIVO DE CRÉDITO DE RESSARCIMENTO DO


PIS E DA COFINS SOBRE COMPRAS DESTINADAS A
EXPORTAÇÃO

A Instrução Normativa SRF 69/2001, que vigorou até 15.04.2003,


posteriormente substituída pela Instrução Normativa SRF 315/2003 e
pela Instrução Normativa 420/2004, definiu os critérios alternativos
para o crédito do IPI (Lei 10.276/2001), como ressarcimento do PIS e
da COFINS sobre compras de insumos utilizados no processo
industrial e aplicados na produção de mercadorias destinadas á
exportação.

FATOR APLICÁVEL Á BASE DE CÁLCULO DO CRÉDITO


PRESUMIDO *

O fator a ser aplicado à base de cálculo será determinado mediante


utilização da seguinte fórmula:

F = 0,0365 Rx/(Rt-C), onde:


F é o fator;
Rx é a receita de exportação;
Rt é a receita operacional bruta; e

C é o custo de produção (soma de matérias-primas, produtos


intermediários, materiais de embalagem, energia elétrica e
combustíveis, adquiridos no mercado interno, utilizados no processo
produtivo de produtos destinados á exportação para o exterior).

* Observe-se que, a partir de 01.12.2002, por força do art. 6 da Lei


10.637/2002, o direito ao ressarcimento da contribuição para o PIS
não se aplica à pessoa jurídica submetida á apuração do lucro real e
sujeita ás regras de não cumulatividade (art. 2 e 3 da Lei
10.637/2002). Entretanto, o direito ao crédito do COFINS continuava
sendo calculado até 01.02.2004, alterando-se somente o percentual
para 3%. A partir de 01.02.2004, para as empresas tributadas pelo
lucro real, sujeitas ás regras de não cumulatividade do PIS e da
COFINS, não se aplicará mais o cálculo do crédito presumido (art. 14
da Lei 10.833/2003).

Exemplo:

Apuração do crédito presumido alternativo em novembro/2002:


Receita de Exportação: R$ 1.000.000,00
Receita Total: R$ 2.000.000,00
105
Custo de Produção: R$ 500.000,00
Aplicando a fórmula, teremos:
F = 0,0365 x 1.000.000,00 / (2.000.000,00 – 500.000,00)
F = 0,024333

O crédito presumido será apurado ao final de cada mês em que


houver ocorrido exportação ou venda a empresa comercial
exportadora com fim específico de exportação.

A apuração do crédito presumido será efetuada de forma centralizada


pelo estabelecimento matriz da pessoa jurídica.

Na determinação do fator (F), serão observadas as seguintes


limitações:

I – o quociente Rx/(Rt-C) será reduzido a cinco, quando resultar


superior;
II – o valor dos custos previstos no art. 6º será apropriado até o limite
de oitenta por cento da receita bruta operacional.

DETERMINAÇÃO DO CRÉDITO PRESUMIDO

Para efeito de determinação do crédito presumido correspondente a


cada mês, o estabelecimento matriz da pessoa jurídica deverá:

I – apurar o total acumulado, desde o início do ano até o mês a que se


referir o crédito, dos custos referidos (insumos adquiridos no mercado
interno, energia elétrica, etc.);
II – apurar o fator (F) a ser aplicado, de conformidade com a fórmula,
considerando os valores da receita operacional bruta, da receita de
exportação e dos custos, acumulados desde o início do ano até o mês
a que se referir o crédito;
III – aplicar o fator determinado na forma do item II sobre valor
determinado de conformidade com o item I, resultando o valor do
crédito presumido acumulado desde o início do ano até o mês da
apuração;
IV – diminuir, do valor apurado de conformidade com o inciso III, o
resultado da soma dos seguintes valores de créditos presumidos,
relativos ao ano-calendário:
a) ressarcidos por meio de dedução com o IPI devido ou em espécie;
b) com pedidos de ressarcimento já entregues à Secretaria da Receita
Federal (SRF).

O crédito presumido, relativo ao mês, será o valor resultante da


operação a que se refere o item IV.

Exemplo:

I . Custos = R$ 500.000,00
II. Fator F (exemplo anterior) = 0,0243333
106
III. Crédito Presumido = I x II = R$ 12.166,66
IV. Crédito Presumido já utilizado por dedução com o IPI devido no
período: R$ 5.000,00

Presumido a utilizar no período: III – IV = R$ 7.166,66.

No caso de opção exercida quando do início das atividades da pessoa


jurídica, a acumulação a que se referem os itens I, II, III, bem assim a
soma a que se refere o item IV, aplicam-se a partir do primeiro mês
abrangido pela opção.

PARCELA DE ESTOQUES QUE DÁ DIREITO AO CRÉDITO


PRESUMIDO

A parcela do estoque, existente no início e no final de cada período de


apuração, que gera direito ao crédito presumido, será apurada por
critério de rateio que será efetuado com base em percentual,
calculado mensalmente, resultante da relação entre a soma dos
valores das matérias-primas, dos produtos intermediários, dos
materiais de embalagem e dos combustíveis, acumulados desde o
início do ano até o mês em que é calculado, que geram direito ao
crédito presumido, e a soma dos valores das matérias-primas, dos
produtos intermediários, dos materiais de embalagem e dos
combustíveis adquiridos no mesmo período.

Exemplo:

Apuração das parcelas de estoques que geram direito ao crédito


presumido relativo ao período de janeiro a junho/2002, calculado com
base em junho/2002 (todos os números são meramente
exemplificativos):

1. Soma dos valores dos insumos + combustíveis, acumulados desde


o início do ano até o mês de junho/2002, que geram direito ao crédito
presumido: R$ 1.000.000,00
2. Soma dos valores de aquisição dos insumos + combustíveis,
acumulados do início do ano até o mês de junho/2002: R$
1.250.000,00
3. Rateio (1 : 2) = R$ 1.000.000,00 : R$ 1.250.000,00 = 80%
4. Estoque existente no início do período de apuração: R$ 200.000,00
5. Parcela do estoque existente no início do período de apuração, que
gera direito ao crédito presumido (3 x 4): R$ 200.000,00 x 80% = R$
160.000,00
6. Estoque existente no final do período de apuração: R$ 150.000,00
7. Parcela do estoque existente no final do período de apuração, que
gera direito ao crédito presumido (3 x 6) = R$ 150.000,00 x 80% =
R$ 120.000,00

REDUÇÃO DE 50% DO IPI NA AQUISIÇÃO DE

107
MÁQUINAS/EQUIPAMENTOS DESTINADOS AO AUMENTO DA
PRODUTIVIDADE E QUALIDADE

INCENTIVOS À INOVAÇÃO TECNOLÓGICA A PARTIR DE 01.01.2006 –


LEI 11.196/2005
A partir de 01.01.2006, as pessoas jurídicas podem se beneficiar da
redução de 50% (cinqüenta por cento) do Imposto sobre Produtos
Industrializados - IPI incidente sobre equipamentos, máquinas,
aparelhos e instrumentos, bem como os acessórios sobressalentes e
ferramentas que acompanhem esses bens, destinados à pesquisa e
ao desenvolvimento tecnológico, dentre outras medidas.

Os incentivos fiscais às atividades de pesquisa tecnológica e


desenvolvimento de inovação tecnológica, de que tratam os artigos
17 a 26 da Lei 11.196/2005 estão regulamentados pelo Decreto
5.798/2006.

Base: art. 17 a 26 da Lei 11.196/2005.


CONCEITO DE INOVAÇÃO TECNOLÓGICA

Conforme § 1º do art.17, da Lei 11.196/2005, considera-se inovação


tecnológica a concepção de novo produto ou processo de fabricação,
bem como a agregação de novas funcionalidades ou características
ao produto ou processo que implique melhorias incrementais e
efetivo ganho de qualidade ou produtividade, resultando maior
competitividade no mercado.

DOS INCENTIVOS À INOVAÇÃO TECNOLÓGICA – APLICADOS AO IPI

A pessoa jurídica poderá usufruir dos seguintes incentivos fiscais:

II - redução de 50% (cinqüenta por cento) do Imposto sobre


Produtos Industrializados - IPI incidente sobre equipamentos,
máquinas, aparelhos e instrumentos, bem como os acessórios
sobressalentes e ferramentas que acompanhem esses bens,
destinados à pesquisa e ao desenvolvimento tecnológico;

 Esta redução será aplicada automaticamente pelo


estabelecimento industrial ou equiparado a industrial, à vista de
pedido, ordem de compra ou documento de adjudicação da
encomenda, emitido pelo adquirente, que ficará arquivado à
disposição da fiscalização, devendo constar da nota fiscal a
finalidade a que se destina o produto e a indicação do ato legal
que concedeu o incentivo fiscal. Na hipótese de importação do
produto pelo beneficiário da redução, este deverá indicar na
declaração de importação a finalidade a que ele se destina e o
ato legal que autoriza o incentivo fiscal (art. 5º do Decreto
5.798/2006).

Atualmente, a maioria das aquisições do Ativo Fixo tem o objetivo de


aumentar a qualidade e a produtividade dos produtos ora fabricados.
108
Por isso, a indústria que se enquadre no incentivo, o que não é difícil,
poderá ter a redução de 50% do IPI nas referidas aquisições.

O procedimento é simples, além dos demais requisitos, é suficiente


que a indústria adquirente do ativo fixo informe à indústria vendedora
que é beneficiária da redução de 50% do IPI, pois a aquisição se
destina à inovação tecnológica da empresa adquirente.

DISPOSIÇÕES GERAIS

Os dispêndios e pagamentos incentivados serão controlados


contabilmente em contas específicas.

O gozo dos benefícios fiscais fica condicionado à comprovação da


regularidade fiscal da pessoa jurídica.

O descumprimento de qualquer obrigação assumida para obtenção


dos incentivos, bem como a utilização indevida dos incentivos fiscais
neles referidos implicam perda do direito aos incentivos ainda não
utilizados e o recolhimento do valor correspondente aos tributos não
pagos em decorrência dos incentivos já utilizados, acrescidos de juros
e multa, de mora ou de ofício, previstos na legislação tributária, sem
prejuízo das sanções penais cabíveis.

A pessoa jurídica beneficiária dos incentivos à inovação tecnológica


fica obrigada a prestar ao Ministério da Ciência e Tecnologia, em meio
eletrônico, conforme instruções por este estabelecidas, informações
sobre seus programas de pesquisa tecnológica e desenvolvimento de
inovação tecnológica, até 31 de julho de cada ano (art. 14 Decreto
5.798/2006).

Os Programas de Desenvolvimento Tecnológico Industrial - PDTI e


Programas de Desenvolvimento Tecnológico Agropecuário - PDTA e os
projetos aprovados até 31 de dezembro de 2005 ficarão regidos pela
legislação em vigor na data da publicação da Medida Provisória n o
252, de 15 de junho de 2005, autorizada a migração para o regime
previsto na Lei 11.196/2005, conforme procedimentos constantes no
art. 15 do Decreto 5.798/2006.

NÃO APLICAÇÃO

Os incentivos tecnológicos não se aplicam às pessoas jurídicas que


utilizarem os benefícios de que tratam as Leis nos 8.248, de 23 de
outubro de 1991, 8.387, de 30 de dezembro de 1991, e 10.176, de 11
de janeiro de 2001.

Bases: art. 17 a 26 da Lei 11.196/2005, e os citados no texto.

REPORTO – SUSPENSÃO DO IPI

O REPORTO é um regime temporário, com vigência até o final de


2007, que tem como característica principal a desoneração tributária
da aquisição de máquinas e equipamentos destinados a

109
investimentos nos portos.

Os equipamentos adquiridos através do REPORTO serão desonerados


da incidência de IPI, Cofins, PIS e imposto de importação (no caso de
equipamentos sem similar nacional).

BENEFICIÁRIOS

São beneficiários do REPORTO o operador portuário, o concessionário


de porto organizado, o arrendatário de instalação portuária de uso
público e a empresa autorizada a explorar instalação portuária de uso
privativo misto.

A Secretaria da Receita Federal estabelecerá os requisitos e os


procedimentos para habilitação dos beneficiários ao REPORTO.

PRAZO DE VIGÊNCIA

O REPORTO aplica-se às aquisições e importações efetuadas até 31


de dezembro de 2007.

SUSPENSÃO DO IPI, PIS, COFINS E II

As vendas de máquinas, equipamentos e outros bens, no mercado


interno, ou a sua importação, quando adquiridos ou importados
diretamente pelos beneficiários do REPORTO e destinados ao seu
ativo imobilizado para utilização exclusiva em portos na execução de
serviços de carga, descarga e movimentação de mercadorias, serão
efetuadas com suspensão do Imposto sobre Produtos Industrializados
- IPI, da Contribuição para o PIS/PASEP, da Contribuição para o
Financiamento da Seguridade Social - COFINS e, quando for o caso,
do Imposto de Importação.

CONVERSÃO EM ISENÇÃO - IPI

A suspensão do Imposto de Importação e do IPI converte-se em


isenção após o decurso do prazo de 5 (cinco) anos, contado da data
da ocorrência do respectivo fato gerador.

CONVERSÃO EM ALÍQUOTA ZERO – PIS E COFINS

A suspensão da contribuição para o PIS/PASEP e da COFINS converte-


se em operação, inclusive de importação, sujeita a alíquota 0 (zero)
após o decurso do prazo de 5 (cinco) anos, contado da data da
ocorrência do respectivo fato gerador.

CONDICIONALIDADES

A aplicação dos benefícios fiscais, relativos ao IPI e ao Imposto de


Importação, fica condicionada à comprovação, pelo beneficiário, da
quitação de tributos e contribuições federais e, no caso do IPI
vinculado à importação e do Imposto de Importação, à formalização
de termo de responsabilidade em relação ao crédito tributário

110
suspenso.

A suspensão do Imposto de Importação somente será aplicada a


máquinas, equipamentos e outros bens que não possuam similar
nacional.

TRANSFERÊNCIA DOS BENS

A transferência, a qualquer título, de propriedade dos bens adquiridos


no mercado interno ou importados mediante aplicação do REPORTO,
dentro do prazo de cinco anos, contado da data da ocorrência do
respectivo fato gerador, deverá ser precedida de autorização da
Secretaria da Receita Federal e do recolhimento dos tributos
suspensos, acrescidos de juros e de multa de mora estabelecidos na
legislação aplicável.

A transferência de bens, previamente autorizada pela Secretaria da


Receita Federal, a adquirente também enquadrado no REPORTO será
efetivada com dispensa da cobrança dos tributos suspensos desde
que, cumulativamente:

I - o adquirente formalize novo termo de responsabilidade;

II - assuma perante a Secretaria da Receita Federal a


responsabilidade pelos tributos e contribuições suspensos, desde o
momento de ocorrência dos respectivos fatos geradores.

RELAÇÃO DE BENS

O Poder Executivo relacionará as máquinas, equipamentos e bens


objetos da suspensão. Respectiva relação foi publicada pelo Decreto
5.281/2004.

CRÉDITO DO PIS E COFINS

As vendas efetuadas com suspensão, isenção, alíquota zero ou não-


incidência da Contribuição para o PIS/PASEP e da COFINS não
impedem a manutenção, pelo vendedor, dos créditos vinculados a
essas operações.

Base: artigos 13 a 17 da Lei 11.033/2004.

INCENTIVOS FISCAIS REGIONAIS

ZONA FRANCA DE MANAUS

Isenção

São isentos do imposto (art. 69 do RIPI/2002):

111
I – os produtos industrializados na Zona Franca de Manaus – ZFM,
destinados, ao seu consumo interno, excluídos as armas e munições,
fumo, bebidas alcoólicas e automóveis de passageiros;
II – os produtos industrializados na ZFM, por estabelecimentos com
projetos aprovados pelo Conselho de Administração da
Superintendência da Zona Franca de Manaus – SUFRAMA, que não
sejam industrializados pelas modalidades de acondicionamento ou
reacondicionamento, destinados a comercialização em qualquer outro
ponto do Território Nacional, excluídos as armas e munições, fumo,
bebidas alcoólicas e automóveis de passageiros e produtos de
perfumaria ou de toucador, preparados ou preparações cosméticas,
salvo quanto a estes (posições 33.03 a 33.07 da TIPI) se produzidos
com utilização de matérias-primas da fauna e flora regionais, em
conformidade com processo produtivo básico; e
III – os produtos nacionais entrados na ZFM, para seu consumo
interno, utilização ou industrialização, ou ainda, para serem
remetidos, por intermédio de seus entrepostos, à Amazônia
Ocidental, excluídos as armas e munições, perfumes, fumo,
automóveis de passageiros e bebidas alcoólicas, classificados,
respectivamente, nos Capítulos 93, 33, 24, nas posições 87.03, 22.03
a 22.06 e nos códigos 2208.20.00 a 2208.70.00 e 2208.90.00 (exceto
o Ex 01) da TIPI.

A remessa dos produtos para a ZFM far-se-á com suspensão do


imposto até a sua entrada na mesma, quando então se efetivará a
isenção de que trata o inciso III do art. 69.

Suspensão

Sairão com suspensão do imposto:


I – os produtos nacionais remetidos à ZFM, especificamente para
serem exportados para o exterior, atendidas as condições
estabelecidas pelo Ministro da Fazenda ; e
II – os produtos que, antes de sua remessa à ZFM, forem enviados
pelo seu fabricante a outro estabelecimento, para industrialização
adicional, por conta e ordem do destinatário naquela área, atendida a
ressalva do inciso III do art. 69.

Produtos Importados

Os produtos de procedência estrangeira importados pela ZFM serão


desembaraçados com suspensão do imposto, que será convertida em
isenção quando os produtos forem ali consumidos ou utilizados na
industrialização de outros produtos, na pesca e na agropecuária, na
instalação e operação de indústrias e serviços de qualquer natureza,
ou estocados para exportação para o exterior, excetuados as armas e
munições, fumo, bebidas alcoólicas e automóveis de passageiros.

Não podem ser desembaraçados com suspensão do imposto, nem


112
gozam da isenção, os produtos de origem nacional que, exportados
para o exterior, venham a ser posteriormente importados através da
ZFM .

Os produtos estrangeiros importados pela ZFM, quando desta saírem


para outros pontos do Território Nacional, ficam sujeitos ao
pagamento do imposto exigível na importação, salvo se tratar:

I – de bagagem de passageiros;
II – de produtos empregados como MP, PI e ME, na industrialização de
produtos na ZFM; e
III – de bens de produção e de consumo, produtos alimentares e
medicamentos, importados, e referidos no inciso II do art. 82, que se
destinem à Amazônia Ocidental.
Veículos

Manutenção do Crédito

Será mantido, na escrita do contribuinte, o crédito do imposto


incidente sobre equipamentos adquiridos para emprego na
industrialização de produtos que venham a ser remetidos para a ZFM,
para seu consumo interno, utilização ou industrialização na referida
Zona, bem assim na hipótese do inciso II do art. 72.

Base: art. 69 a 80 do RIPI/2002.

AMAZÔNIA OCIDENTAL

Isenção

São isentos do imposto:


I – os produtos nacionais consumidos ou utilizados na Amazônia
Ocidental, desde que sejam ali industrializados por estabelecimentos
com projetos aprovados pelo Conselho de Administração da
SUFRAMA, ou adquiridos através da ZFM ou de seus entrepostos na
referida região, excluídos as armas e munições, perfumes, fumo,
automóveis de passageiros e bebidas alcoólicas, classificados,
respectivamente, nos Capítulos 93, 33, 24, nas posições 87.03, 22.03
a 22.06 e nos códigos 2208.20.00 e 2208.70.00 e 2208.90.00 (exceto
o Ex 01) da TIPI;
II – os produtos de procedência estrangeira, a seguir relacionados,
oriundos da ZFM e que derem entrada na Amazônia Ocidental para ali
serem consumidos ou utilizados:
a) motores marítimos de centro e de popa, seus acessórios e
pertences, bem assim outros utensílios empregados na atividade
pesqueira, exceto explosivos e produtos utilizados em sua fabricação;
b) máquinas, implementos e insumos utilizados na agricultura,
pecuária e atividades afins;
c) máquinas para construção rodoviária;
d) máquinas, motores e acessórios para instalação industrial;
113
e) materiais de construção;
f) produtos alimentares; e
g) medicamentos; e
III – os produtos elaborados com matérias-primas agrícolas e
extrativas vegetais de produção regional, exclusive as de origem
pecuária, por estabelecimentos industriais localizados na Amazônia
Ocidental, cujos projetos tenham sido aprovados pelo Conselho de
Administração da SUFRAMA, excetuados o fumo do Capítulo 24 e as
bebidas alcoólicas, das posições 22.03 a 22.06 e dos códigos
2208.20.00 a 2208.70.00 e 2208.90.00 (exceto o Ex 01) da TIPI
(Decreto-Lei nº 1.435, de 1975, art. 6º, e Decreto-Lei nº 1.593, de
1977, art. 34).

Suspensão

Para fins da isenção de que trata o inciso I do art. 82, a remessa de


produtos para a Amazônia Ocidental far-se-á com suspensão do
imposto devendo os produtos ingressarem na região através da ZFM
ou de seus entrepostos.

Base: artigos 82 a 85 do RIPI/2002.

ÁREAS DE LIVRE COMÉRCIO

Isenção e suspensão do imposto

A entrada de produtos estrangeiros nas Áreas de Livre Comércio far-


se-á com suspensão do imposto, que será convertida em isenção,
conforme normas estipuladas pelo Regulamento do IPI.

Os produtos nacionais ou nacionalizados, que entrarem nas Áreas de


Livre Comércio estarão isentos do imposto, conforme normas
estipuladas pelo Regulamento do IPI.

As Áreas de Livre Comércio são as seguintes:

• Tabatinga-ALCT , disposições constantes nos artigos 92 a 94do


RIPI/2002
• Guajará-Mirim – ALCGM, disposições constantes nos artigos 95 a
97do RIPI/2002
• Pacaraíma – ALCP e Bonfim-ALCB, disposições constantes nos
artigos 98 a 100 do RIPI/2002
• Macapá e Santana – ALCMS, disposições constantes nos artigos
101 a 103 do RIPI/2002
• Brasiléia – ALCB e Cruzeiro do Sul – ALCCS, (104 a 105)
disposições constantes nos artigos 104 a 105 do RIPI/2002

Disposições Gerais

114
A entrada de produtos estrangeiros em ALC dar-se-á,
obrigatoriamente, através de porto, aeroporto ou posto de fronteira
da ALC, exigida consignação nominal a importador nela estabelecido.

Os produtos estrangeiros ou nacionais enviados às ALC serão,


obrigatoriamente, destinados às empresas autorizadas a operarem
nessas Áreas.

As obrigações tributárias suspensas se resolvem com o implemento


da condição isencional.

A bagagem acompanhada de passageiro procedente de ALC, no que


se refere a produtos de origem estrangeira, será desembaraçada com
isenção do imposto, observados os limites e condições
correspondentes ao estabelecido para a ZFM.

Nota: a IN SRF 300 disciplina a saída temporária de mercadorias da


Zona Franca de Manaus, das Áreas de Livre Comércio e da Amazônia
Ocidental.

Base: art. 86 a 90 do RIPI/2002.

ZONA DE PROCESSAMENTO DE EXPORTAÇÃO

Às empresas que se instalarem em Zona de Processamento de


Exportação – ZPE, desde que atendidas as condições do Decreto nº
96.758, de 22 de setembro de 1988, e suas posteriores alterações,
fica assegurada a fruição da isenção do imposto para os produtos
importados por empresas autorizadas a operar na ZPE.

Base: art. 106 do RIPI/2002.

SETOR AUTOMOTIVO - CRÉDITO PRESUMIDO

Os empreendimentos industriais instalados nas áreas de atuação da


ADA, ADENE e na região Centro-Oeste, exceto no Distrito Federal,
farão jus a crédito presumido, a ser aproveitado em relação às saídas
ocorridas até 31 de dezembro de 2010, para dedução, na apuração
do imposto, incidente nas saídas de produtos classificados nas
posições 87.02 a 87.04 da TIPI.

O crédito presumido de que trata o caput corresponderá a trinta e


dois por cento do valor do IPI incidente nas saídas, do
estabelecimento industrial, dos produtos nacionais ou importados
diretamente pelo beneficiário.

O benefício somente será usufruído pelos contribuintes cujos projetos


hajam sido apresentados até 31 de outubro de 1999, não podendo
ser utilizado cumulativamente com outros benefícios fiscais federais,
exceto os de caráter regional relativos ao imposto de renda das
115
pessoas jurídicas.

Os Ministros de Estado da Fazenda e do Desenvolvimento, Indústria e


Comércio Exterior fixarão, em ato conjunto, os requisitos para
apresentação e aprovação dos projetos.

Inclui-se obrigatoriamente entre os requisitos a que se refere o § 3º a


exigência de que a instalação de novo empreendimento industrial não
implique transferência de empreendimento já instalado, para as
regiões incentivadas.

Os projetos deverão ser implantados no prazo máximo de quarenta e


dois meses, contado da data de sua aprovação.

O direito ao crédito presumido dar-se-á a partir da data de aprovação


do projeto, alcançando, inclusive, o período de apuração do IPI que
contiver aquela data.

A utilização do crédito presumido em desacordo com as normas


estabelecidas, bem assim o descumprimento do projeto, implicará o
pagamento do imposto com os correspondentes acréscimos legais.

Base: art. 110 a 116 do RIPI/2002.

NOTA FISCAL

Os estabelecimentos emitirão os seguintes documentos, conforme a


natureza de suas atividades:

I – Nota Fiscal, modelos 1 ou 1-A;


II – Documento de Arrecadação;
III – Declaração do Imposto; e
IV – Documento de Prestação de Informações Adicionais de interesse
da administração tributária.

A Nota Fiscal, modelos 1 ou 1-A, obedecerá aos modelos anexos ao


RIPI/2002, bem assim aqueles aprovados ou que vierem a ser
aprovados pela Secretaria da Receita Federal, em atos
administrativos ou em convênio com as Unidades Federativas.

Os documentos referidos nos itens II a IV atenderão aos modelos e


instruções expedidos pela SRF.

Os documentos acima serão preenchidos manual, mecanicamente ou


por processamento eletrônico de dados, desde que obedecidas as
legislações específicas, ficando vedado o preenchimento manual para
os documentos mencionados nos incisos III e IV.

Processamento Eletrônico de Dados

116
A emissão de documentos fiscais e a escrituração de livros fiscais por
contribuinte usuário de sistema de processamento eletrônico de
dados depende de prévia autorização do Fisco Estadual, na forma
disposta em legislação específica, exceto quanto aos livros de que
tratam os artigos. 390 e 400.

As pessoas jurídicas que utilizam sistema de processamento


eletrônico de dados para registrar negócios e atividades econômicas
ou financeiras, escriturar livros ou elaborar documentos de natureza
contábil ou fiscal, ficam obrigadas a manter, à disposição da SRF, os
respectivos arquivos digitais e sistemas, pelo prazo decadencial
previsto na legislação tributária.

Ficam dispensadas do cumprimento da obrigação de que trata este


artigo as empresas optantes pelo SIMPLES, de que trata a Lei nº
9.317, de 5 de dezembro de 1996.

Nota Fiscal

A Nota Fiscal, modelos 1 ou 1-A, será emitida:

I – na saída de produto tributado, mesmo que isento ou de alíquota


zero, ou quando imune, do estabelecimento industrial, ou equiparado
a industrial, ou ainda de estabelecimento comercial atacadista;
II – na saída de produto, ainda que não-tributado, de qualquer
estabelecimento, mesmo que este não seja industrial, ou equiparado
a industrial, para industrialização, por encomenda, de novo produto
tributado, mesmo que isento ou de alíquota zero, ou quando imune;
III – na saída, de estabelecimento industrial, de MP, PI e ME,
adquiridos de terceiros;
IV – na saída, em restituição, do produto consertado, restaurado ou
recondicionado, nos casos previstos no inciso XI do art. 5º;
V – na saída de produtos de depósitos fechados, armazéns-gerais,
feiras de amostras e promoções semelhantes, ou de outro local que
não seja o do estabelecimento emitente da nota, nos casos previstos
neste Regulamento, inclusive nos de mudança de destinatário;
VI – na saída de produto cuja unidade não possa ser transportada de
uma só vez, quando o imposto incida sobre o todo;
VII – nas vendas à ordem ou para entrega futura do produto, quando
houver, desde logo, cobrança do imposto;
VIII – na saída de produtos dos associados para as suas cooperativas,
equiparadas, por opção, a estabelecimento industrial;
IX – na complementação do imposto sobre produtos fabricados, ou
importados, remetidos pelo próprio fabricante, ou importador, ou
outro estabelecimento equiparado a industrial, a estabelecimento
varejista não-contribuinte, da mesma firma, e aí vendido por preço
superior ao que serviu à fixação do valor tributável;
X – no reajustamento de preço em virtude de contrato escrito de que
decorra acréscimo do valor do produto;
117
XI – no destaque do imposto, quando verificada pelo usuário diferença
no estoque do selo de controle;
XII – no destaque que deixou de ser efetuado na época própria, ou
que foi efetuado com erro de cálculo ou de classificação, ou, ainda,
com diferença de preço ou de quantidade;
XIII – nos demais casos em que houver destaque do imposto e para os
quais não esteja prevista a emissão de outro documento;
XIV – nas transferências de crédito do imposto, se admitidas;
XV – na entrada, real ou simbólica, de produtos, nos momentos
definidos no art. 361; e
XVI – na transferência simbólica, obrigada ao destaque do imposto,
da produção de álcool das usinas produtoras para as suas
cooperativas, equiparadas a estabelecimento industrial.
Da nota fiscal prevista no inciso IV constará a indicação da nota fiscal
emitida, pelo estabelecimento, por ocasião do recebimento do
produto.

No caso do inciso VI, cumpre ao vendedor do produto observar as


seguintes normas:
• a nota fiscal será emitida pelo valor da operação
correspondente ao todo, com destaque do imposto e com a
declaração de que a remessa, da unidade, será feita em peças
ou partes;
• a cada remessa corresponderá nova nota fiscal, com indicação
do número, série, se houver, e data da nota inicial, e sem
destaque do imposto, ressalvadas, quanto ao destaque, as
hipóteses dos incisos IV e V deste parágrafo;
• cada nota parcial mencionará o valor correspondente à parte do
produto que sair do estabelecimento, de forma que a soma dos
valores das remessas parceladas não seja inferior ao valor total
da nota inicial;
• se a soma dos valores das remessas parceladas exceder ao da
nota inicial, será feito o reajustamento do valor na última nota,
com destaque da diferença do imposto que resultar; e
• ocorrendo alteração da alíquota do imposto, prevalecerá aquela
que vigorar na data da efetiva saída do produto ou de suas
partes e peças, devendo o estabelecimento emitente:
a) destacar, na respectiva nota, em cada saída subseqüente à
alteração, a diferença do imposto que sobre ela for apurada, no
caso de majoração; e
b) indicar, na respectiva nota, em cada saída subseqüente à
alteração, a diferença do imposto que for apurada, no caso de
diminuição.

Na hipótese do inciso VII, o vendedor emitirá, por ocasião da efetiva


saída do produto, nova nota fiscal:
• sem destaque do imposto, ou com destaque complementar
se ocorrer majoração da respectiva alíquota;
• com indicação da diferença do imposto resultante de

118
eventual redução da alíquota, ocorrida entre a emissão da
nota fiscal original e a da nota referente à saída do produto;
e
• com declaração do número, série, se houver, e data da nota
fiscal originária, bem assim da nota fiscal expedida pelo
comprador ao destinatário da mercadoria, se este não for o
próprio comprador, assim como do imposto destacado
nessas notas fiscais.

As notas fiscais a que se referem os incisos IX e X serão emitidas, no


primeiro caso, até o último dia útil do período de apuração em relação
ao movimento de entradas e saídas de produtos no período anterior,
e, no segundo, dentro de três dias da data em que se efetivou o
reajustamento.

Nas hipóteses dos incisos XI e XII, a nota fiscal não poderá ser emitida
depois de iniciado qualquer procedimento fiscal, adotado o mesmo
critério quanto aos demais incisos se excedidos os prazos para eles
previstos.

É vedada a utilização simultânea dos modelos 1 e 1-A da Nota Fiscal,


salvo quando adotadas séries distintas, nos termos dos artigos 331 e
332.

Na nota fiscal é permitido:


I – acrescentar indicações relativas ao controle de outros tributos,
desde que não contrariem a legislação própria;
II – suprimir a coluna destinada ao destaque do imposto, no caso de
utilização do documento em operação não sujeita ao tributo, exceto o
campo “Valor Total do IPI”, do quadro “Cálculo do Imposto”, hipótese
em que nada será anotado neste campo;
III – alterar o tamanho dos quadros e campos, respeitado o tamanho
mínimo, quando estipulado neste Regulamento, e a sua disposição
gráfica;
IV – acrescentar as seguintes indicações, se de interesse do emitente:
a) no quadro “Emitente”: nome de fantasia, endereço
telegráfico, número de telex e o da caixa postal;
b) no quadro “Dados do Produto”:
1. Colunas destinadas à indicação de descontos concedidos e
outras informações correlatas que complementem as indicações
previstas para o referido quadro; e
2. Pauta gráfica, quando os documentos forem manuscritos;
c) na parte inferior da nota fiscal, de indicações expressas em
código de barras, desde que determinadas ou autorizadas pelo
Fisco Estadual;
d) de propaganda na margem esquerda, desde que haja
separação de, no mínimo, cinco décimos de centímetro do
quadrado do modelo; e
e) informações complementares, impressas tipograficamente no

119
verso da nota fiscal, hipótese em que sempre será reservado
espaço, com a dimensão mínima de dez por quinze centímetros,
em qualquer sentido, para aposição de carimbos pela
fiscalização;
V – deslocar o comprovante de entrega, na forma de canhoto
destacável para a lateral direita ou para a extremidade superior do
impresso; e
VI – utilizar retícula e fundos decorativos ou personalizantes, desde
que não excedentes aos seguintes valores da escala “Europa”:
a) dez por cento para as cores escuras;
b) vinte por cento para as cores claras; e
c) trinta por cento para cores creme, rosa, azul, verde e cinza,
em tintas próprias para fundos.

Características das Notas Fiscais

A nota fiscal será de tamanho não inferior a vinte e um centímetros


por vinte e oito centímetros e vinte e oito centímetros por vinte e um
centímetros para os modelos 1 e 1-A, respectivamente, observado o
seguinte:

I – os quadros terão largura mínima de vinte inteiros e três décimos


de centímetros, exceto:
a) o quadro “Destinatário/Remetente”, que terá largura mínima de
dezessete inteiros e dois décimos de centímetros; e
b) o quadro “Dados Adicionais”, no modelo 1-A;
II – o campo “Reservado ao Fisco” terá tamanho mínimo de oito
centímetros por três centímetros, em qualquer sentido; e
III – os campos “CNPJ”, “Inscrição Estadual do Substituto Tributário” e
“Inscrição Estadual”, do quadro “Emitente”, e os campos “CNPJ/CPF”
e “Inscrição Estadual”, do quadro “Destinatário/Remetente”, terão
largura mínima de quatro inteiros e quatro décimos de centímetros.

Numeração das Notas Fiscais

As Notas Fiscais serão numeradas em ordem crescente, de um a


novecentos e noventa e nove mil novecentos e noventa e nove, em
todas as vias e enfeixadas em blocos uniformes de vinte unidades, no
mínimo, e cinqüenta, no máximo, podendo, em substituição aos
blocos, também, ser confeccionadas em formulários contínuos, ou
jogos soltos, observados os requisitos estabelecidos pela legislação
específica para a sua emissão.

Atingindo novecentos e noventa e nove mil novecentos e noventa e


nove, a numeração será reiniciada, com a designação da mesma
série, se houver.

Os blocos serão usados pela ordem crescente de numeração dos


documentos, vedado utilizar um bloco sem que estejam
simultaneamente em uso, ou já tenham sido usados, os de
120
numeração inferior.

A numeração da nota fiscal será reiniciada sempre que houver:


a) adoção de séries distintas, nos termos dos artigos 331 e 332;
e
b) troca de modelo 1 para 1-A e vice-versa.

Impressão das Notas Fiscais

As Notas Fiscais, mesmo quando seus modelos tenham sido


aprovados em regime especial, poderão ser impressas:

I – por terceiros, mediante prévia autorização da repartição


competente do Fisco Estadual; ou
II – em tipografia do próprio usuário, também mediante prévia
autorização, se assim o determinar a repartição do Fisco Estadual.

A critério de cada Unidade Federada, a nota fiscal poderá ainda ser


impressa pela respectiva repartição competente do Fisco Estadual,
cumprindo ao contribuinte que optar pela sua aquisição preencher o
formulário especialmente destinado a esse fim.

Para obtenção da autorização de que tratam os incisos I e II deste


artigo deverá ser preenchido o formulário específico para esta
finalidade, que será entregue ao Fisco Estadual.

No caso de o estabelecimento gráfico situar-se em Unidade Federada


diversa da do domicílio do que vier a utilizar o impresso fiscal a ser
confeccionado, a autorização será requerida por ambas as partes às
repartições do Fisco Estadual respectivas, devendo preceder a da
localidade em que se situar o estabelecimento encomendante.

As Unidades Federadas poderão fixar prazos para a utilização de


impressos de notas fiscais.

Cancelamento das Notas Fiscais

Quando a nota fiscal for cancelada, conservar-se-ão todas as suas


vias no bloco ou sanfona de formulários contínuos, com declaração
dos motivos que determinaram o cancelamento e referência, se for o
caso, ao novo documento emitido.

Se copiada a nota, os assentamentos serão feitos no livro copiador,


arquivando-se todas as vias do documento cancelado.

Séries

As Notas Fiscais, modelos 1 e 1-A, deverão ter séries distintas:


I – no caso de uso concomitante da Nota Fiscal e da Nota Fiscal-Fatura
a que se refere o art. 354; ou
121
II – quando houver determinação por parte do Fisco, para separar as
operações de entradas das de saída.

Poderá ser permitida a utilização de séries distintas, quando houver


interesse do contribuinte, bem assim o Fisco poderá restringir o
número de séries.

As séries serão designadas por algarismos arábicos, em ordem


crescente, a partir de um, vedada a utilização de subsérie.

Vendas a Varejo

Nos estabelecimentos industriais ou equiparados a industrial, que


possuírem seção de venda a varejo isolada das demais, com perfeita
distinção e controle dos produtos saídos de cada uma delas, será
permitida, para o movimento diário da seção de varejo, uma única
nota fiscal com destaque do imposto, no fim do dia, para os produtos
vendidos.

Operações Fora do Estabelecimento

A nota fiscal do contribuinte que executar qualquer das operações


compreendidas no inciso VIII do art. 5º conterá, destacadamente, o
valor dos produtos, partes ou peças, e o dos serviços efetuados.

É facultado emitir nota fiscal nas vendas à ordem ou para entrega


futura, salvo se houver destaque do imposto, o que tornará
obrigatória a sua emissão.

Base: artigos 311 a 335 do RIPI/2002.

Requisitos

A Nota Fiscal, nos quadros e campos próprios, observada a disposição


gráfica dos modelos 1 ou 1-A, conterá:
I – no quadro “Emitente”:
a) o nome ou razão social;
b) o endereço;
c) o bairro ou distrito;
d) o Município;
e) a Unidade Federada;
f) o telefone e/ou fax;
g) o Código de Endereçamento Postal (CEP);
h) o número de inscrição no CNPJ;
i) a natureza da operação de que decorrer a saída ou a entrada, tais
como venda, compra, transferência, devolução, importação,
consignação, remessa (para fins de demonstração, de industrialização
ou outra);
j) o Código Fiscal de Operações e Prestações – CFOP;
l) o número de Inscrição Estadual do substituto tributário na Unidade
122
Federada em favor da qual é retido o imposto, quando for o caso;
m) o número de Inscrição Estadual;
n) a denominação “Nota Fiscal”;
o) a indicação da operação, se de entrada ou de saída;
p) o número de ordem da nota fiscal e, imediatamente abaixo, a
expressão Série, acompanhada do número correspondente, se
adotada nos termos dos artigos 331 e 332;
q) o número e destinação da via da nota fiscal;
r) a data-limite para emissão da nota fiscal ou a indicação “00.00.00”,
quando o Estado não fizer uso da prerrogativa prevista no § 4º do art.
329;
s) a data de emissão da nota fiscal;
t) a data da efetiva saída ou entrada da mercadoria no
estabelecimento; e
u) a hora da efetiva saída da mercadoria do estabelecimento;
II – no quadro “Destinatário/Remetente”:
a) o nome ou razão social;
b) o número de inscrição no CNPJ ou no CPF do Ministério da Fazenda;
c) o endereço;
d) o bairro ou distrito;
e) o CEP;
f) o Município;
g) o telefone e/ou fax;
h) a Unidade Federada; e
i) o número de Inscrição Estadual;
III – no quadro “Fatura”, se adotado pelo emitente, as indicações
previstas na legislação pertinente;
IV – no quadro “Dados do Produto”:
a) o código adotado pelo estabelecimento para identificação do
produto;
b) a descrição dos produtos, compreendendo: nome, marca, tipo,
modelo, série, espécie, qualidade e demais elementos que permitam
sua perfeita identificação;
c) a classificação fiscal dos produtos por posição, subposição, item e
subitem da TIPI (oito dígitos);
d) o Código de Situação Tributária – CST;
e) a unidade de medida utilizada para a quantificação dos produtos;
f) a quantidade dos produtos;
g) o valor unitário dos produtos;
h) o valor total dos produtos;
i) a alíquota do ICMS;
j) a alíquota do IPI; e
l) o valor do IPI, sendo permitido um único cálculo do imposto pelo
valor total, se os produtos forem de um mesmo código de
classificação fiscal;
V – no quadro “Cálculo do Imposto”:
a) a base de cálculo total do ICMS;
b) o valor do ICMS incidente na operação;
c) a base de cálculo aplicada para a determinação do valor do ICMS
retido por substituição tributária, quando for o caso;
123
d) o valor do ICMS retido por substituição tributária, quando for o
caso;
e) o valor total dos produtos;
f) o valor do frete;
g) o valor do seguro;
h) o valor de outras despesas acessórias;
i) o valor total do IPI; e
j) o valor total da nota;
VI – no quadro “Transportador/Volumes Transportados”:
a) o nome ou razão social do transportador e a expressão
“Autônomo”, se for o caso;
b) a condição de pagamento do frete: se por conta do emitente ou do
destinatário;
c) a placa do veículo, no caso de transporte rodoviário, ou outro
elemento identificativo, nos demais casos;
d) a Unidade Federada de registro do veículo;
e) o número de inscrição do transportador no CNPJ ou no CPF do
Ministério da Fazenda;
f) o endereço do transportador;
g) o Município do transportador;
h) a Unidade Federada do domicílio do transportador;
i) o número de Inscrição Estadual do transportador, quando for o
caso;
j) a quantidade de volumes transportados;
l) a espécie dos volumes transportados;
m) a marca dos volumes transportados;
n) a numeração dos volumes transportados;
o) o peso bruto dos volumes transportados; e
p) o peso líquido dos volumes transportados;
VII – no quadro “Dados Adicionais”:
a) no campo “Informações Complementares” – o valor tributável,
quando diferente do valor da operação, e o preço de venda no varejo
ou no atacado quando a ele estiver subordinado o cálculo do imposto;
indicações exigidas neste Regulamento como: imunidade, isenção,
suspensão, redução de base de cálculo; outros dados de interesse do
emitente, tais como número do pedido, vendedor, emissor da nota
fiscal, local de entrega, quando diverso do endereço do destinatário
nas hipóteses previstas na legislação, propaganda, etc.;
b) no campo “Reservado ao Fisco” – indicações estabelecidas pelo
Fisco do Estado do emitente; e
c) o número de controle do formulário, no caso de nota fiscal emitida
por processamento eletrônico de dados;
VIII – no rodapé ou na lateral direita da nota fiscal: o nome, o
endereço e os números de inscrição, Estadual e no CNPJ, do impressor
da nota; a data e a quantidade da impressão; o número de ordem da
primeira e da última nota impressa e respectiva série, quando for o
caso; e o número da Autorização para Impressão de Documentos
Fiscais – AIDF; e
IX – no comprovante de entrega dos produtos, que deverá integrar
apenas a primeira via da nota fiscal, na forma de canhoto destacável:
124
a) a declaração de recebimento dos produtos;
b) a data do recebimento dos produtos;
c) a identificação e assinatura do recebedor dos produtos;
d) a expressão “Nota Fiscal”; e
e) o número de ordem da nota fiscal;

Os órgãos oficiais de controle da produção e circulação de


mercadorias poderão exigir dos fabricantes e comerciantes
atacadistas a eles vinculados o acréscimo, ao modelo da nota fiscal,
de outras indicações desde que não importem em suprimir ou
modificar as mencionadas neste artigo.

Base: Art. 339 RIPI/2002.

Na utilização do modelo de nota fiscal, observar-se-ão as seguintes


normas:
I – serão impressas tipograficamente as indicações:
a) das alíneas a até h, m, n, p, q, e r do inciso I do art. 339, devendo
as indicações das alíneas a, h e m ser impressas, no mínimo, em
corpo “8”, não condensado;
b) do inciso VIII do art. 339, devendo ser impressas, no mínimo, em
corpo “5”, não condensado; e
c) das alíneas "d" e "e" do inciso IX do art. 339;
II – as indicações a que se referem as alíneas a até h e m do inciso I
do art. 339 poderão ser dispensadas de impressão tipográfica, a juízo
do Fisco Estadual da localização do remetente, desde que a nota
fiscal seja fornecida e visada pela repartição fiscal, hipótese em que
os dados a esta referentes serão inseridos no quadro “Emitente”, e a
sua denominação será “Nota Fiscal Avulsa”, observado, ainda:
a) o quadro “Destinatário/Remetente” será desdobrado em quadros
“Remetente” e “Destinatário”, com a inclusão de campos destinados
a identificar os códigos dos respectivos municípios; e
b) no quadro “Informações Complementares”, poderão ser incluídos o
código do Município do transportador e o valor do ICMS incidente
sobre o frete;
III – as indicações a que se referem a alínea l do inciso I e as alíneas c
e d do inciso V do art. 339 só serão prestadas quando o emitente da
nota fiscal for o substituto tributário nos termos da legislação da
Unidade Federada;
IV – nas operações de exportação, o campo destinado ao Município,
do quadro “Destinatário/Remetente”, será preenchido com a cidade e
o país de destino;
V – nas vendas a prazo, quando não houver emissão de Nota Fiscal-
Fatura ou de fatura, ou, ainda, quando esta for emitida em separado,
a nota fiscal, além dos requisitos exigidos, no art. 339, deverá conter,
impressas ou mediante carimbo, no campo “Informações
Complementares” do quadro “Dados Adicionais”, indicações sobre a
operação, tais como preço a vista, preço final, quantidade, valor e
datas de vencimento das prestações;
VI – serão dispensadas as indicações do inciso IV do art. 339 se estas
125
constarem de romaneio, que passará a constituir parte inseparável da
nota fiscal, desde que obedecidos os requisitos abaixo:
a) o romaneio deverá conter, no mínimo, as indicações das alíneas a
até e, h, m, p, q, s e t do inciso I; a até d, f, h e i do inciso II; j do
inciso V; a, c até h do inciso VI, e do inciso VIII, todos do art. 339; e
b) a nota fiscal, deverá conter as indicações do número e da data do
romaneio e, este, do número e da data daquela;
VII – a indicação da alínea a do inciso IV do art. 339:
a) deverá ser efetuada com os dígitos correspondentes ao código de
barras, se o contribuinte utilizar o referido código para o seu controle
interno; e
b) poderá ser dispensada, a critério da Unidade Federada do
emitente, hipótese em que a coluna “Código Produto”, no quadro
“Dados do Produto”, poderá ser suprimida;
VIII – a indicação da alínea c, no quadro “Dados do Produto”, do inciso
IV do art. 339 é obrigatória apenas para os contribuintes, e a das
alíneas j e l, do mesmo inciso, é vedada àqueles que não sejam
obrigados ao destaque do imposto;
IX – em substituição à aposição dos códigos da TIPI, no campo
“Classificação Fiscal”, poderá ser indicado outro código, desde que,
no campo “Informações Complementares” do quadro “Dados
Adicionais” ou no verso da nota fiscal seja impressa, por meio
indelével, tabela com a respectiva decodificação;
X – nas operações sujeitas a mais de uma alíquota de ICMS e/ou
situação tributária, os dados do quadro “Dados do Produto”,
constantes da Nota, deverão ser subtotalizados por alíquota e/ou
situação tributária;
XI – os dados relativos ao Imposto sobre Serviços de Qualquer
Natureza – ISSQN serão inseridos, quando for o caso, entre os
quadros “Dados do Produto” e “Cálculo do Imposto”, conforme
legislação municipal, respeitados os tamanhos mínimos dos quadros e
campos estipulados neste Regulamento e a sua disposição gráfica;
XII – caso o transportador seja o próprio remetente ou o destinatário,
esta circunstância será indicada no campo “Nome/Razão Social”, do
quadro “Transportador/Volumes Transportados”, com a expressão
“Remetente” ou “Destinatário”, dispensadas as indicações das
alíneas "b" e "e" até "i" do inciso VI do art. 339;
XIII – no campo “Placa do Veículo” do quadro “Transportador/Volumes
Transportados”, deverá ser indicada a placa do veículo tracionado,
quando se tratar de reboque ou semi-reboque deste tipo de veículo,
devendo a placa dos demais veículos tracionados, quando houver, ser
indicada no campo “Informações Complementares”;
XIV – na nota fiscal emitida relativamente à saída de produtos em
retorno ou em devolução, o número, a data da emissão e o valor da
operação e do imposto da Nota original deverão ser indicados no
campo “Informações Complementares”;
XV – a aposição de carimbos nas notas fiscais, quando do trânsito de
produtos, deve ser feita no verso das mesmas, salvo quando forem
carbonadas;
XVI – caso o campo “Informações Complementares”, da Nota, não
126
seja suficiente para conter as indicações exigidas, poderá ser
utilizado, excepcionalmente, o quadro “Dados do Produto”, desde que
não prejudique a sua clareza;
XVII – é permitida, numa mesma nota, a inclusão de operações
enquadradas em diferentes códigos fiscais de operações, hipóteses
em que estes serão indicados no campo “CFOP” do quadro
“Emitente”, e no quadro “Dados do Produto”, na linha correspondente
a cada item, após a descrição do produto;
XVIII – quando os produtos não saírem do estabelecimento emitente
da nota fiscal, a data da efetiva saída será aposta, no local desta,
pela própria firma emitente da Nota ou por quem estiver autorizado a
fazer a entrega;
XIX – verificada a hipótese do inciso XVIII, o estabelecimento emitente
da nota fiscal declarará, na via ou cópia da Nota em seu poder, a data
em que o produto tiver efetivamente saído do local da entrega; e
XX – sendo de interesse do estabelecimento o Fisco poderá dispensar
a inserção na nota fiscal do canhoto destacável, comprovante da
entrega do produto, mediante indicação na AIDF.

Base: Art. 341 RIR/2002.

Emissão de Nota Fiscal com isenção, suspensão e imunidade


do IPI

Sem prejuízo de outros elementos exigidos no Regulamento, a nota


fiscal dirá, conforme ocorra, cada um dos seguintes casos:
I – “Isento do IPI”, nos casos de isenção do tributo, seguida da
declaração do dispositivo legal ou regulamentar que autoriza a
concessão;
II – “Isento do IPI – Produzido na Zona Franca de Manaus”, para os
produtos industrializados na ZFM, que se destinem a seu consumo
interno, ou a comercialização em qualquer ponto do território
nacional;
III – “Saído com Suspensão do IPI”, nos casos de suspensão do tributo,
declarado, do mesmo modo, o dispositivo legal ou regulamentar
concessivo;
IV – “Saído com Suspensão do IPI – Zona Franca de Manaus –
Exportação para o Exterior”, quanto aos produtos remetidos à ZFM
para dali serem exportados para o exterior;
V – “No Gozo de Imunidade Tributária”, declarado o dispositivo
constitucional ou regulamentar, quando o produto estiver alcançado
por imunidade constitucional;
VI – “Produto Estrangeiro de Importação Direta” ou “Produto
Estrangeiro Adquirido no Mercado Interno”, conforme se trate de
produto importado diretamente ou adquirido no mercado interno;
VII – “O produto Sairá de........., sito na Rua......., nº........, na Cidade
de..............”, quando não for entregue diretamente pelo
estabelecimento emitente da nota fiscal, mas por ordem deste;
VIII – “Sem Valor para Acompanhar o Produto”, seguida esta
declaração da circunstância de se tratar de mercadoria para entrega
127
simbólica ou cuja unidade não possa ser transportada de uma só vez,
e, ainda, quando o produto industrializado, antes de sair do
estabelecimento industrial, for por este adquirido; ou
IX – "Nota Emitida Exclusivamente para Uso Interno", nos casos de
diferença apurada no estoque do selo de controle, de nota fiscal
emitida para o movimento global diário nas hipóteses do art. 334 e
ainda de saldo devedor do imposto, no retorno de produtos entregues
a ambulantes.

Quantidade e Destino das Vias

a) Estadual
Na saída de produtos para a mesma Unidade Federada, no mínimo
em quatro vias, bem assim as vias da nota fiscal terão o seguinte
destino:
• a primeira acompanhará os produtos e será entregue, pelo
transportador, ao destinatário;
• a segunda permanecerá presa ao bloco, para exibição ao Fisco;
e
• a terceira e quarta atenderão ao que for previsto na legislação
da Unidade Federada do emitente.

b) Interestadual
Na saída de produtos para outra Unidade Federada, no mínimo em
quatro vias, as vias da Nota Fiscal terão o seguinte destino:
• a primeira acompanhará os produtos e será entregue, pelo
transportador, ao destinatário;
• a segunda permanecerá presa ao bloco, para exibição ao Fisco;
• a terceira acompanhará os produtos para fins de controle do
Fisco na Unidade Federada de destino; e
• a quarta atenderá ao que for previsto na legislação da Unidade
Federada do emitente.

c) Zona Franca de Manaus


Na saída de produtos industrializados de origem nacional, para a ZFM,
no mínimo em cinco vias, as vias da nota fiscal terão o seguinte
destino:

• a primeira, depois de visada previamente pela repartição do


Fisco Estadual do domicílio do contribuinte remetente,
acompanhará os produtos e será entregue ao destinatário;
• a segunda permanecerá presa ao bloco, para exibição ao Fisco;
• a terceira, devidamente visada, acompanhará os produtos e
será destinada para fins de controle da Secretaria da Fazenda
do Estado do Amazonas;
• a quarta será retida pela repartição estadual, no momento do
visto a que alude o inciso I; e
• a quinta, devidamente visada, acompanhará os produtos até o

128
local de destino, devendo ser entregue com uma via do
Conhecimento de Transporte à SUFRAMA.

Os documentos relativos ao transporte de produtos não poderão ser


emitidos englobadamente, de forma a compreender produtos de
distintos remetentes.

O contribuinte remetente deverá conservar, pelo prazo previsto na


legislação da Unidade Federada a que estiver subordinado, os
documentos relativos ao transporte dos produtos, assim como o
documento relacionado com o internamento das mercadorias
expedido pela SUFRAMA.

O contribuinte remetente mencionará na nota fiscal, no campo


“Informações Complementares”, além das indicações exigidas pela
legislação:

• o número de inscrição do estabelecimento destinatário na


SUFRAMA; e
• o código de identificação da repartição fiscal da Unidade
Federada a que estiver subordinado o seu estabelecimento.

d) Exportação

Nas saídas dos produtos para o exterior, se embarcadas na mesma


Unidade Federada do remetente, será observado o disposto no item
“a”.

Se o embarque se processar em outra Unidade Federada, a terceira


via da nota fiscal acompanhará os produtos para ser entregue ao
Fisco Estadual do local de embarque.

Observação: As vias das notas fiscais não poderão ser impressas em


papel jornal.

Base legal: art. 353 a 354 RIPI/2002.

Emissão por Processamento Eletrônico de Dados

Observados os requisitos da legislação pertinente, a Nota Fiscal ou


Nota Fiscal-Fatura poderá ser emitida por processamento eletrônico
de dados, com:

I – as indicações das alíneas b até h, m e p do inciso I e da alínea e do


inciso IX do art. 339, impressas por esse sistema; e
II – espaço em branco de até cinco centímetros na margem superior,
na hipótese de uso de impressora matricial.

A Nota Fiscal ou a Nota Fiscal-Fatura poderá ser impressa em

129
tamanho inferior ao estatuído no art. 327 exclusivamente nos casos
de emissão por processamento eletrônico de dados, desde que as
indicações a serem impressas quando da sua emissão sejam grafadas
em, no máximo, dezessete caracteres por polegada, sem prejuízo das
exigências relativas às indicações a serem impressas
tipograficamente, de que trata o inciso I do art. 342.

Ao estabelecimento que utilizar a faculdade prevista neste artigo é


permitido, ainda, o uso de Nota Fiscal ou Nota Fiscal-Fatura emitida a
máquina ou manuscrita, observado o disposto nos artigos 331 e 332.

Base legal: art. 356 RIR/2002.

Remessas com suspensão de IPI (Bebidas e Outros)

Nas notas fiscais relativas às remessas com suspensão do imposto,


previstas no art. 43, deverá constar a expressão a que se refere o
inciso III do art. 341, vedado o destaque do imposto, nas referidas
notas, sob pena de se considerá-lo como indevidamente destacado,
sujeitando o infrator às disposições legais estabelecidas para a
hipótese (Lei nº 9.493, de 1997, art. 6º).

Nas notas fiscais relativas às saídas previstas no art. 44 e inciso IV do


art. 45 deverá constar a expressão a que se refere o inciso III do art.
341, vedado o destaque do imposto, nas referidas notas (Medida
Provisória nº 66, de 2002, art. 31, § 6º).

Emissão na Entrada de Produtos

A Nota Fiscal, modelo 1 ou 1-A, será emitida sempre que no


estabelecimento entrarem, real ou simbolicamente, produtos:

I – novos ou usados, inclusive MP, PI e ME, remetidos a qualquer título


por particulares ou firmas não obrigadas à emissão de documentos
fiscais;
II – importados diretamente do exterior, bem assim os adquiridos em
licitação promovida pelo Poder Público;
III – considerados MP, PI e ME, remetidos a estabelecimentos
industriais por órgãos públicos, para fabricação de produtos, por
encomenda, para seu próprio uso ou consumo;
IV – recebidos para conserto, restauração ou recondicionamento,
salvo se acompanhados de nota fiscal;
V – em retorno de exposição em feiras de amostras e promoções
semelhantes, ou na sua venda ou transferência a terceiros sem
retorno ao estabelecimento de origem;
VI – em retorno de produtos que tenham saído para vitrinas isoladas,
desfiles e outras demonstrações públicas;
VII – em retorno de profissionais autônomos ou avulsos, aos quais
tenham sido enviados para operação que não obrigue o remetente à
emissão de nota fiscal;
130
VIII – em retorno de remessas feitas para venda fora do
estabelecimento, inclusive por meio de ambulantes;
IX – no retorno de remessas que deixarem de ser entregues aos seus
destinatários; e
X – nas demais hipóteses em que for prevista a sua emissão.

A nota fiscal, emitida nos casos do art. 359, servirá ainda para
acompanhar o trânsito dos produtos, até o local do estabelecimento
emitente:

I – quando o estabelecimento destinatário assumir o encargo de


retirar ou de transportar os produtos, a qualquer título, remetidos por
particulares ou firmas não sujeitas à exigência de documentos fiscais;
II – no retorno de exposição em feiras de amostras ou de promoções
semelhantes, ou de profissionais autônomos ou avulsos; e
III – no caso de produtos importados diretamente do exterior, bem
assim os adquiridos em licitação promovida pelo Poder Público.

Base: artigo 359 e 360 RIPI/2002.

LIVROS FISCAIS

Modelos e Normas de Escrituração

Os contribuintes manterão, em cada estabelecimento, conforme a


natureza das operações que realizarem, os seguintes livros fiscais:
I – Registro de Entradas, modelo 1;
II – Registro de Saídas, modelo 2;
III – Registro de Controle da Produção e do Estoque, modelo 3;
IV – Registro de Entrada e Saída do Selo de Controle, modelo 4;
V – Registro de Impressão de Documentos Fiscais, modelo 5;
VI – Registro de Utilização de Documentos Fiscais e Termos de
Ocorrências, modelo 6;
VII – Registro de Inventário, modelo 7; e
VIII – Registro de Apuração do IPI, modelo 8.

Deverá ser observado o seguinte:

• Os livros Registro de Entradas e Registro de Saídas serão


utilizados pelos estabelecimentos industriais e pelos que lhes
são equiparados.
• O livro Registro de Controle da Produção e do Estoque será
utilizado pelos estabelecimentos industriais, e equiparados a
industrial, e comerciantes atacadistas, podendo, a critério da
SRF, ser exigido de outros estabelecimentos, com as
adaptações necessárias.
• O livro Registro de Entrada e Saída do Selo de Controle será
utilizado pelo estabelecimento que fabricar, importar ou licitar
produtos sujeitos ao emprego desse selo.

131
• O livro Registro de Impressão de Documentos Fiscais será
utilizado pelos estabelecimentos que confeccionarem
documentos fiscais para o uso próprio ou para terceiros.
• O livro Registro de Utilização de Documentos Fiscais e Termos
de Ocorrências será utilizado pelos estabelecimentos obrigados
à emissão de documentos fiscais.
• O livro Registro de Inventário será utilizado pelos
estabelecimentos que mantenham em estoque MP, PI e ME, e,
ainda, produtos em fase de fabricação e produtos acabados.
• O livro Registro de Apuração do IPI será utilizado pelos
estabelecimentos industriais, e equiparados a industrial.

O documentário fiscal obedecerá aos modelos anexos a este


Regulamento, bem assim àqueles aprovados ou que vierem a ser
aprovados pela Secretaria da Receita Federal, em atos
administrativos ou em convênio com as Unidades Federativas

Aos livros fiscais poderão ser acrescidas outras indicações, desde que
não prejudiquem a clareza dos respectivos modelos.

A escrituração dos livros fiscais será feita a tinta, no prazo de cinco


dias, contados da data do documento a ser escriturado ou da
ocorrência do fato gerador, ressalvados aqueles a cuja escrituração
forem atribuídos prazos especiais, observando-se o seguinte:

1. A escrituração será encerrada periodicamente, nos prazos


estipulados, somando-se as colunas, quando for o caso.
2. Quando não houver período previsto, encerrar-se-á a
escrituração no último dia de cada mês.
3. Será permitida a escrituração por sistema mecanizado,
mediante prévia autorização do Fisco Estadual, bem assim por
processamento eletrônico.

Requisitos

Os livros serão impressos e terão as folhas costuradas e


encadernadas, e numeradas tipograficamente, ressalvada a hipótese
de emissão por sistema de processamento eletrônico de dados.

Os livros só poderão ser usados depois de visados pela repartição


competente do Fisco Estadual, salvo se esta dispensar a exigência e
os livros forem registrados na Junta Comercial, ou ainda, se o “visto”
for substituído por outro meio de controle previsto na legislação
estadual.

Guarda, Exibição e Retirada

Sem prévia autorização do Fisco Estadual, os livros não poderão ser


retirados do estabelecimento, salvo para serem levados à repartição

132
fiscal.
Presume-se retirado do estabelecimento o livro que não for exibido ao
Fisco, quando solicitado.

Os Agentes do Fisco arrecadarão, mediante termo, todos os livros


fiscais encontrados fora do estabelecimento e os devolverão aos
contribuintes, adotando-se, no ato da devolução, as providências
cabíveis.

Os contribuintes ficam obrigados a apresentar os livros fiscais à


repartição competente do Fisco Estadual, dentro de trinta dias,
contados da data da cessação da atividade para cujo exercício
estiverem inscritos, a fim de serem lavrados os respectivos termos de
encerramento.

No prazo de trinta dias, após a devolução dos livros pelo Fisco


Estadual, os contribuintes comunicarão à unidade local da SRF o
nome e endereço da pessoa que deverá guardá-los, até que se
extinga o direito de constituir o crédito tributário em razão de
operações neles escrituradas.

Nos casos de fusão, incorporação, transformação ou aquisição, o novo


contribuinte deverá transferir para o seu nome, por intermédio da
repartição competente do Fisco Estadual, no prazo de trinta dias da
data da ocorrência, os livros fiscais em uso, assumindo a
responsabilidade pela sua guarda, conservação e exibição ao Fisco.

Base: artigos 369 a 377 do RIPI/2002


INDÚSTRIAS ENQUADRADAS NO SIMPLES
ATUAL REGIME (SIMPLES NACIONAL) – LC 123/2006

A Lei Complementar 123/2006 estabelece normas gerais relativas ao


tratamento diferenciado e favorecido a ser dispensado às
microempresas e empresas de pequeno porte no âmbito dos poderes
da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios.
DEFINIÇÃO DE MICROEMPRESA OU EMPRESA DE PEQUENO PORTE

Consideram-se microempresa ou empresas de pequeno porte, a


sociedade empresária, a sociedade simples e o empresário a que se
refere o art. 966 da Lei 10.406, de 10 de janeiro de 2002 (Código Civil
Brasileiro), devidamente registrados no registro de empresas
mercantis ou no Registro Civil de Pessoas Jurídicas, conforme o caso,
desde que:

1 - no caso das microempresas, o empresário, a pessoa jurídica, ou a


ela equiparada, auferir, em cada ano-calendário, receita bruta igual
ou inferior a R$ 240.000.00 (duzentos e quarenta mil reais);

2 - no caso das empresas de pequeno porte, o empresário, a pessoa

133
jurídica, ou a ela equiparada, que auferir, em cada ano-calendário,
receita bruta superior a R$ 240.000,00 (duzentos e quarenta mil
reais) a igual ou inferior a R$ 2.400.000,00 (dois milhões e
quatrocentos mil reais).

Art. 966 do Código Civil Brasileiro:

Considera-se empresário quem exerce profissionalmente atividade


econômica organizada para a produção ou a circulação de bens ou de
serviços.

Parágrafo único. Não se considera empresário quem exerce profissão


intelectual, de natureza científica, literária ou artística, ainda com o
concurso de auxiliares ou colaboradores, salvo se o exercício da
profissão constituir elemento de empresa.
RECOLHIMENTO EM GUIA ÚNICA – TRIBUTOS ALCANÇADOS

O Simples Nacional implica o recolhimento mensal, mediante


documento Único de arrecadação, dos seguintes impostos e
contribuições:

I - Imposto sobre a Renda da Pessoa Jurídica (IRPJ);

II - Imposto sobre Produtos industrializados (IPI);

III - Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL);

IV - Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social


(COFINS):

V - Contribuição para o PIS/PASEP;

VI - Contribuição para a Seguridade Social, a cargo da pessoa jurídica,


de que trata o art. 22 da Lei nº 8.212, de 24 de julho de 1991, exceto
no caso das pessoas jurídicas que se dediquem às atividades de
prestação de serviços previstas especificamente;

VII - Imposto sobre a Circulação de Mercadorias e Serviços e sobre


Serviços de Transporte Interestadual e Intermunicipal (ICMS);

VIII - Imposto sobre Serviços de Qualquer Natureza (ISS).

ANTIGO REGIME – SIMPLES FEDERAL (LEI 9.317/1996) – QUE


VIGOROU ATÉ 30.06.2007

O Simples Federal era uma forma simplificada e englobada de


recolhimento de tributos e contribuições, tendo como base de
apuração a receita bruta.

A partir de 1997, com a Lei 9.317/1996, foi introduzido um

134
tratamento diferenciado, simplificado e favorecido às microempresas
e às empresas de pequeno porte.

Assim, as pessoas jurídicas que se enquadram na condição de


microempresa ou empresa de pequeno porte poderiam optar pela
inscrição no "Sistema Integrado de Pagamento de Impostos e
Contribuições das Microempresas e Empresas de Pequeno Porte –
SIMPLES".
Microempresa

A partir de 01.01.2006 e até 30.06.2007, considerava-se


microempresa (sigla ME), a pessoa jurídica que tenha auferido, no
ano-calendário imediatamente anterior, receita bruta igual ou inferior
a R$ 240.000,00 (duzentos e quarenta mil reais) - artigo 33 da Lei
11.196/2005.

Empresa de Pequeno Porte (EPP)

A partir de 01.01.2006 e até 30.06.2007, considerava-se empresa de


pequeno porte (sigla EPP), a pessoa jurídica que tivesse auferido, no
ano-calendário imediatamente anterior, receita bruta superior a R$
240.000,00 (duzentos e quarenta mil reais) e igual ou inferior a R$
2.400.000,00 (dois milhões e quatrocentos mil reais) – (artigo 33 da
Lei 11.196/2005).

Limites proporcionais

No caso de início de atividades no próprio ano-calendário, os limites


serão proporcionais ao número de meses em que a pessoa jurídica
houver exercido atividade, desconsideradas as frações de meses.

A partir de 01.01.2006 e até 30.06.2007, na hipótese de início de


atividade no ano-calendário imediatamente anterior ao da opção, os
valores proporcionais eram, respectivamente, de R$ 20.000,00 (vinte
mil reais) para ME e R$ 200.000,00 (duzentos mil reais) para EPP,
multiplicados pelo número de meses de funcionamento naquele
período, desconsideradas as frações de meses.
O Simples Federal era uma forma simplificada e englobada de
recolhimento de tributos e contribuições, tendo como base de
apuração a receita bruta.

A partir de 1997, com a Lei 9.317/1996, foi introduzido um


tratamento diferenciado, simplificado e favorecido às microempresas
e às empresas de pequeno porte. Este tratamento vigorou até
30.06.2007, substituído pelo novo regime do Simples Nacional (Lei
Complementar 123/2006).

Assim, as pessoas jurídicas que se enquadram na condição de


microempresa ou empresa de pequeno porte poderão optar pela
inscrição no "Sistema Integrado de Pagamento de Impostos e
Contribuições das Microempresas e Empresas de Pequeno Porte –
135
SIMPLES".

TRIBUTOS ALCANÇADOS PELO SIMPLES FEDERAL (ATÉ


30.06.2007)

O valor do recolhimento unificado pelo Simples Federal substituia os


seguintes tributos e contribuições:

a) Imposto de Renda das Pessoas Jurídicas (substituição parcial).


b) Contribuição Social sobre o Lucro Líquido – CSLL.
c) Contribuição para os Programas de Integração Social e de
Formação do Patrimônio do Servidor Público – PIS/PASEP.
d) Contribuição para Financiamento da Seguridade Social – COFINS.
e) Imposto sobre Produtos Industrializados – IPI.
f) Contribuições para a Seguridade Social, a cargo da pessoa jurídica,
de que tratam a Lei Complementar 84/96 (contribuição patronal sobre
autônomos, e pró-labore), os artigos 22 e 22A da Lei 8.212/91
(contribuição patronal – incluindo SAT - sobre remunerações de
empregados e contratação de cooperativas de serviços) e o art. 25 da
Lei 8.870/1994 (produção rural) (redação dada pela Lei nº 10.256, de
9.10.2001).
g) as contribuições destinadas ao SESC, SESI, SENAI, SENAC, SEBRAE,
Salário-Educação e contribuição sindical patronal.

Desta forma, a empresa recolhia a título de Previdência Social em sua


GPS, apenas o valor descontado de seus empregados e dos
contribuintes individuais, estando, portanto, excluído da obrigação de
recolher a contribuição patronal de 20% sobre a folha de pagamento,
20% sobre a remuneração paga ou creditada aos empresários e
autônomos, seguro acidente de trabalho e terceiros (SENAI, SESC,
SEBRAE etc.).

TRIBUTOS NÃO ALCANÇADOS PELO SIMPLES FEDERAL

O pagamento do imposto unificado não excluia a incidência dos


seguintes impostos ou contribuições, devidos na qualidade de
contribuinte ou responsável, em relação aos quais será observada a
legislação aplicável às demais pessoas jurídicas:

a) Imposto sobre Operações de Crédito, Câmbio e Seguro ou Relativas


a Títulos ou Valores Mobiliários – IOF.
b) Imposto sobre Importação de Produtos Estrangeiros – II.
c) Imposto sobre Exportação, para o Exterior, de Produtos Nacionais
ou Nacionalizados – IE.
d) Imposto de Renda, relativo aos pagamentos ou créditos efetuados
pela pessoa jurídica e aos rendimentos ou ganhos líquidos auferidos
em aplicações de renda fixa ou variável, bem assim relativo aos
ganhos de capital obtidos na alienação de ativos (o IR Fonte será
considerado de tributação exclusiva).
e) Imposto sobre a Propriedade Territorial Rural – ITR.
136
f) Contribuição Provisória sobre a Movimentação Financeira – CPMF.
g) Contribuição para o Fundo de Garantia do Tempo de Serviço –
FGTS.
h) Contribuição para a Seguridade Social, relativa à parcela
descontada do empregado.

VEDAÇÕES DAS INDÚSTRIAS À OPÇÃO PELO SIMPLES FEDERAL

Não poderia optar pelo Simples Federal, a pessoa jurídica:

I – na condição de microempresa, que tenha auferido, no ano-


calendário imediatamente anterior, receita bruta superior a R$
240.000,00 (duzentos e quarenta mil reais) – limite este fixado a
partir de 2006, pela Lei 11.196/2005;
II – na condição de empresa de pequeno porte, que tenha auferido, no
ano-calendário imediatamente anterior, receita bruta superior a R$
2.400.000,00 (dois milhões e quatrocentos mil reais) - limite este
fixado a partir de 2006, pela Lei 11.196/2005;
III – constituída sob a forma de sociedade por ações (S/A);
IV – que tenha sócio estrangeiro, residente no exterior;
V – constituída sob qualquer forma, de cujo capital participe entidade
da administração pública, direta ou indireta, federal, estadual ou
municipal;
VI – que seja filial, sucursal, agência ou representação, no país, de
pessoa jurídica com sede no exterior;
VII – cujo titular ou sócio participe com mais de 10% do capital de
outra empresa, desde que a receita bruta global ultrapasse o limite
fixado para as Empresas de Pequeno Porte.
VIII– de cujo capital participe, como sócio, outra pessoa jurídica;

Observação: Poderia optar pelo Simples Federal a indústria que


mantivesse receita decorrente da venda de bens importados (MP
1991-15).

TABELA DO SIMPLES DE 01.01.2006 A 30.06.2007

Receita TIPO Percentu Percentu


Acumulada/ano R$ EMPRES al al
A Empresa Empresa
Comercia Industrial
l (IPI)
até 60.000,00 ME 3,0% 3,5%
de 60.000,01 até ME 4,0% 4,5%
90.000,00
de 90.000,01 até ME 5,0% 5,5%
120.000,00
de 120.000,01 até ME 5,4% 5,9%
240.000,00
até 240.000,00 EPP 5,4% 5,9%
de 240.000,01 até EPP 5,8% 6,3%
360.000,00
137
de 360.000,01 até EPP 6,2% 6,7%
480.000,00
de 480.000,01 até EPP 6,6% 7,1%
600.000,00
de 600.000,01 até EPP 7,0% 7,5%
720.000,00
de 720.000,01 até EPP 7,4% 7,9%
840.000,00
de 840.000,01 até EPP 7,8% 8,3%
960.000,00
de 960.000,01 até EPP 8,2% 8,7%
1.080.000,00
de 1.080.000,01 até EPP 8,6% 9,1%
1.200.000,00
De 1.200.000,01 até EPP 9,0% 9,5%
1.320.000,00
De 1.320.000,01 até EPP 9,4% 9,9%
1.440.000,00
De 1.440.000,01 até EPP 9,8% 10,3%
1.560.000,00
De 1.560.000,01 até EPP 10,2% 10,7%
1.680.000,00
De 1.680.000,01 até EPP 10,6% 11,1%
1.800.000,00
De 1.800.000,01 até EPP 11,0% 11,5%
1.920.000,00
De 1.920.000,01 até EPP 11,4% 11,9%
2.040.000,00
De 2.040.000,01 até EPP 11,8% 12,3%
2.160.000,00
De 2.160.000,01 até EPP 12,2% 12,7%
2.280.000,00
De 2.280.000,01 até EPP 12,6% 13,1%
2.400.000,00
Acima de 2.400.000,00 EPP 15,12% 15,72%

NOTAS IMPORTANTES À TABELA DO SIMPLES

1. Se a empresa é EPP, o percentual inicial é de 5,4%, não se


aplicando os percentuais estabelecidos para as ME.
2. O percentual a ser aplicado em cada mês sobre a receita bruta
será o correspondente à receita bruta acumulada, dentro do
ano-calendário, até o próprio mês.
3. Caso a empresa seja contribuinte do IPI, os percentuais serão
acrescidos de 0,5%. Para as empresas industriais, o referido
percentual já está somado na tabela, na coluna “percentual
empresa industrial (IPI)”.
4. No caso de empresa de serviços contribuinte do IPI, os
percentuais referidos na tabela serão acrescidos de 0,75
(setenta e cinco centésimos) ponto percentual, salvo em
relação ao excesso de receita bruta acumulada no ano, quando
então este percentual acrescido será de 0,9%.

138
SIMPLES FEDERAL – PRODUTOS ISENTOS OU À ALÍQUOTA
ZERO

Conforme orientações em "perguntas e respostas" do site da SRF,


relativamente à alíquota do Simples Federal (até 30.06.2007) para
empresas optantes que eram contribuintes do IPI, mesmo que
fabricassem produtos com alíquota 0 (zero), deveria ser acrescido o
percentual, a título de IPI, de:

• 0,5% (meio por cento), quando exclusivamente industrial, e de


• 0,75% quando tiver atividades mistas industriais e de serviços
(estas na proporção igual ou superior a 30% da receita bruta).

Abaixo, o teor da pergunta, e a respectiva resposta, no site da SRF:

A receita bruta proveniente da venda de produtos não-tributáveis,


isentos ou cuja alíquota foi reduzida a zero, sujeitar-se-á à incidência
do percentual adicional de 0,5% (meio por cento) relativo ao IPI?

A pessoa jurídica que vende apenas produtos não-tributáveis (NT)


ficará dispensada do acréscimo de 0,5% (meio por cento), pelo fato
de não ser contribuinte do IPI. Portanto, a totalidade da receita bruta
auferida estará fora do campo de incidência do imposto.
De outra parte, em relação aos produtos isentos e com alíquota
reduzida a zero, caberá o acréscimo de 0,5% (meio por cento), por se
tratar de contribuinte do IPI. Assim, se além de produtos NT a pessoa
jurídica também produzir produtos isentos ou com alíquota reduzida a
zero ou positiva, estará sujeita ao acréscimo de 0,5% (meio por
cento) sobre todo o faturamento, caso faça opção pelo Simples.
NOTA:
Contribuinte que exerça a atividade de industrialização, por conta
própria ou por encomenda, de bebidas, cigarros e demais produtos
classificados nos Capítulos 22 e 24 da Tabela de Incidência do IPI
(TIPI), sujeitos ao regime de tributação de que trata a Lei no 7.798, de
1989, não podem optar pelo Simples desde 1o/01/2001, mantidas as
opções exercidas até 31 de dezembro de 2000 (alteração da Lei no
9.317, de 1996, art.9o, XIX pela MP no 1.990-29, de 2000, art.14, atual
MP no 2.189-35, de 2001, art.14, e IN SRF no 355, de 2003, arts. 20,
XVIII e 24, VI).

SIMPLES – PRODUTOS COM SUSPENSÃO DO IPI

A suspensão não se aplicava às pessoas jurídicas optantes pelo


Sistema Integrado de Pagamento de Impostos e Contribuições das
Microempresas e das Empresas de Pequeno Porte (Simples), seja em
relação às aquisições de seus fornecedores, seja no tocante às saídas
dos produtos que industrializem.

Base: inciso I do art. 23 da IN SRF 296/2003 e ADI SRF 16/2004

139
ASPECTOS FUNDAMENTAIS DAS PRINCIPAIS OPERAÇÕES

AMOSTRAS GRÁTIS

São isentas do IPI as saídas internas e interestaduais de amostras de


produtos para distribuição gratuita, de diminuto ou nenhum valor
comercial, assim considerados dos fragmentos ou partes de qualquer
mercadoria, em quantidade estritamente necessária a dar a conhecer
sua natureza, espécie e qualidade.

Condições:
a) indicação no produto e no seu envoltório da expressão
“Amostra Grátis”, em caracteres impressos com destaque;
b) quantidade não excedente de 20% do conteúdo ou do número
de unidades da menor embalagem da apresentação comercial
do mesmo produto, para venda a consumidor;
c) distribuição exclusivamente a médicos, veterinários e dentistas,
bem assim a estabelecimentos hospitalares, quando se tratar
de produtos da indústria farmacêutica.
Tecidos: de qualquer largura, e de comprimento até 0,45 m para os
de algodão estampado, e 0,30 m para os demais, desde que
contenham, em qualquer caso, impressas tipograficamente ou a
carimbo, a expressão “Sem Valor Comercial”, dispensadas desta
exigência as amostras cujo comprimento não exceda de 0,25 m e
0,15 m nas hipóteses supra, respectivamente;

Calçados: os pés isolados de calçados, conduzidos por viajantes de


estabelecimento industrial, desde que tenha gravada, no solado, a
expressão “Amostra para Viajante”;

Produtos farmacêuticos: que a distribuição seja feita


exclusivamente a médicos, veterinários e dentistas, bem como a
estabelecimentos hospitalares.

Dados para emissão da nota fiscal

Natureza da operação: Amostra Grátis


CFOP : 5.911 (Operações Internas)
CFOP : 6.911 (Operações Interestaduais).

Constar na nota fiscal os seguintes dados adicionais:


Tecidos: “Isento de IPI, conforme art. 51, inc. IV, do RIPI, Decreto
4.544/02”.
Calçados: “Isento do IPI, conforme art. 51, inc. V, do RIPI, Decreto
4.544/02”.
Produtos Farmacêuticos: “Isento do IPI, conforme do art. 51, inc.
III, alínea “c”, do RIPI, Decreto 4.544/02”.
Outros produtos isentos: verificar no art. 51 do IPI, em qual inciso

140
de isenção se classifica o produto,

ARMAZÉM GERAL

Operações internas:

Remessa: as saídas de produtos para depósito em armazém geral


localizado no mesmo Estado do remetente, estão amparadas pela da
suspensão do IPI.
Retorno: o retorno ao estabelecimento depositante também se
aplica suspensão do IPI.

Operações interestaduais:

Remessa: as operações de remessa de mercadoria para armazém


geral localizado em outro Estado, são suspensas do imposto,
conforme o art. 407 do RIPI – Decreto 4.544/02.

Retorno: o procedimento é o mesmo da remessa. O retorno de


mercadoria para o estabelecimento depositante deverá ser feito sem
destaque do IPI, no entanto, se a saída incorrer do armazém-geral
para outra empresa, ainda que da mesma empresa, o imposto deverá
ser destacado normalmente.

Dados para emissão da nota fiscal

Natureza da operação:
“Outras saídas – Remessa para Armazém-geral”
“Outras saídas – Remessa para Armazém-geral em outro Estado”
“Outras saídas – Retorno de Mercadorias Armazenadas”
“Outras saídas – Retorno de Mercadorias Armazenadas em outro
Estado”

CFOP – Código Fiscal:


Remessa:
CFOP - 5.905 - “Outras saídas – Remessa para Armazém-geral”
CFOP - 6.905 -“Outras saídas – Remessa para Armazém-geral em
outro Estado”
Retorno:
CFOP - 5.906 - “Outras saídas – Retorno de Mercadorias
Armazenadas”
CFOP - 6.906 - “Outras saídas – Retorno de Mercadorias Armazenadas
em outro Estado”

Constar na nota fiscal os seguintes dados adicionais:


No mesmo Estado:
Remessa: “Suspenso do IPI, conforme art. 42, inc. III e art. 404 do
RIPI – Decreto 4.544/02”;
Retorno: “Suspenso do IPI, conforme do art. 42, inc. III e art. 404 do
RIPI do RIPI – Decreto 4.544/02”;
141
Em outro Estado:
Remessa: “Suspenso do IPI, conforme art. 42, inc. III e art. 407, do
RIPI – Decreto 4.544/02”;
Retorno: “Suspenso do IPI, conforme do art. 42, inc. III e art. 407 do
RIPI – Decreto 4.544/02”;

Observação: As notas fiscais que acompanharem os produtos serão


emitidas pelo depositante, na remessa, e pelo armazém-geral, no
retorno.

BENS DE INFORMÁTICA E AUTOMAÇÃO

Isenção: Benefício aplicável somente a projetos aprovados a partir


de 12 de janeiro de 2001, e que fizeram jus até 31 de dezembro de
2003., conforme artigo 56 RIPI/2002

Condições: O direito à fruição dos benefícios previstos está


condicionado ao cumprimento pela empresa, dos requisitos e
condições estabelecidos pelo poder executivo.

Dados para emissão da nota fiscal


Natureza da operação: Venda
CFOP – 5.101 e 5.102- operações internas
CFOP - 6.101 e 6.102 – operações interestaduais

Constar na nota fiscal, os dados adicionais:


IPI: “Isento do IPI nos termos do art. 56, do Decreto 4.544/02”.

BRINDES

Os brindes representam mercadorias que não constituem o objeto


normal da atividade do contribuinte, ou seja, são mercadorias
adquiridas prontas (não sofrem o processo de industrialização) tendo
como objetivo exclusivo de serem distribuídas gratuitamente.

Essa operação é estranha à legislação do IPI.

Entretanto, se os objetos que forem distribuídos como brindes, forem


de produção própria ou importados diretamente, haverá normalmente
o destaque do imposto, observando-se para fins de determinação da
base de cálculo o credito estabelecido pelo art. 137, inc. II, do Decreto
4.544/02 – RIPI.

Dados para emissão da nota fiscal

Natureza da operação:
Remessa para distribuição de brindes.
CFOP - 5.910 – operações internas
CFOP - 6.910 – operações interestaduais.
142
CESTA BÁSICA

Os produtos da cesta básica não são alcançados pela tributação do


IPI.

CONSERTO DE MÁQUINAS E EQUIPAMENTOS DO ATIVO FIXO

Remessa: não incidência do imposto nas saídas de máquinas,


equipamentos, ferramentas e outros objetos de uso próprio do
contribuinte.
Retorno: Não incide IPI no retorno dos bens concertados, desde que:
• Destinem-se ao uso da própria empresa encomendante
(remetente), isto é, não sejam destinadas à comercialização;
• Haja o preparo de partes e peças, pelo consertador, destinadas
ao emprego exclusivo e notadamente na operação de conserto;
ou
• Se refira a produto com defeito de fabricação, inclusive
mediante substituição de peças e partes, se a operação de
conserto for executada gratuitamente, ainda que por
concessionário ou representante, em virtude de garantia dada
pelo fabricante (após o prazo de garantia, as partes e peças
empregadas sofrem incidência normal do IPI).

Hipótese de incidência: nas operações de conserto o IPI será


tributado quando:
• O produto consertado se destinar ao comércio pelo
estabelecimento encomendante;
• As partes e peças a serem empregadas se referirem a
componentes normais do estoque do executor (produtos de
fabricação), uma vez que tais produtos, nesse caso, não foram
confeccionados para serrem empregados exclusivamente na
operação do conserto;
• Se o mesmo for realizado após o prazo de garantia.

Estorno de credito: caso não haja a incidência do IPI quando retorno


do produto consertado, o contribuinte se sujeita ao retorno dos
créditos inerentes aos insumos empregados na respectiva operação.

Dados para emissão da nota fiscal


Natureza da operação:
Remessa para conserto ou reparo; ou retorno de conserto ou reparo.
Código Fiscal:
Remessa:
CFOP - 5.915 - operações internas
CFOP - 6.915 - operações interestaduais
Retorno:
CFOP - 5.916 - operações internas
CFOP - 6.916 - operações interestaduais

143
Constar na nota fiscal, em dados adicionais:
Remessa: é desnecessária a fundamentação legal da operação.
Retorno: “Não incidência do IPI, conforme art. 5º, inc. XI, do RIPI,
Decreto 4.544/02” no caso de conserto, ou, “Não-incidência do IPI nos
termos do art. 5º, inc. XII, do RIPI, Decreto 4.544/02” se corresponder
a conserto realizado em virtude de garantia.

Informar, também nos dados adicionais da nota fiscal, os dados


relativos à Nota Fiscal que deu origem à entrada no contribuinte.

Observação1: Caso sejam aplicados na operação de conserto peças


as quais tenham que ser tributadas pelo IPI, o contribuinte devera
emitir Nota Fiscal individualizada para a efetivação da cobrança e
destaque do imposto.

CONSIGNAÇÃO

A consignação mercantil ocorre quando é feita uma remessa de


mercadoria com a finalidade de comercialização por parte da
empresa destinatária (consignatária) e o faturamento realiza-se por
ocasião da venda dessa mercadoria.

Remessa:

Se o produto tiver a incidência do IPI, a emissão da nota fiscal de


remessa conterá o destaque do IPI (art. 423 do RIPI/2002)

CFOP – 5.917 – operações dentro do Estado


CFOP – 6.917 – operações em outros Estados
Natureza da operação: “Remessa em consignação”

Retorno:

Na ocasião do retorno das mercadorias não vendidas pelo


consignatário, compete ao mesmo emitir a Nota Fiscal
correspondente com a indicação do valor do IPI, para efeito de
crédito pelo consignante.

CFOP – 5.918 – operações dentro do Estado


CFOP – 6.918 – operações em outros Estados
Natureza da Operação: Devolução de Produto Recebido em
Consignação
Dados Adicionais na nota fiscal: Devolução total (ou parcial) de
produto recebido em consignação, ref. NF nº...., de.../..../...

Reajuste de preço:

Havendo reajuste de preço, deve ser emitida Nota Fiscal


complementar com destaque do IPI, calculados sobre o valor
144
correspondente ao reajuste.

CFOP - 5.917 – operações dentro do Estado


CFOP - 6.917 – operações em outros Estados
Natureza da Operação: Reajuste de Preço
Dados adicionais na nota fiscal: Reajuste de Preço do produto em
consignação constante na NF nº..., de 01/06/2006.

Faturamento - Nota Fiscal de Venda do produto anteriormente


enviada por consignação

Emitir Nota Fiscal de faturamento, sem destaque do IPI, pois o


valor do imposto já foi destacado na nota fiscal de remessa em
consignação.

O valor da operação corresponderá ao preço do produto efetivamente


vendido, neste incluído, se for o caso, o valor correspondente ao
reajuste de preço.

CFOP – 5.111, 5.112, 5.113, 5.114 – operações dentro do Estado


CFOP – 6.111, 6.112, 6.113, 6.114 – operações em outros Estados
Natureza da operação: Venda
Dados adicionais na nota fiscal: Simples Faturamento de Mercadoria
em Consignação, ref. NF nº...., de 01/06/2006 e da NF nº...., de ... –
reajuste de preço

Base legal: art. 423 a 426 do RIPI/ 2002.

CONSTRUÇÃO CIVIL

A atividade de construção civil não traz qualquer tipo de implicação


na legislação desse imposto, exceto quando a empresa fornecer
produtos de sua própria produção, caso em que se implicará a sua
incidência.

Dados para emissão da nota fiscal


Remessa:
Natureza da operação: Remessa para canteiros de obras
CFOP – 5.949 – operações no Estado
CFOP – 6.949 – operações em outros Estados
Retorno:
Natureza da operação: Retorno de canteiros de obras
CFOP – 1.949 – operações no Estado
CFOP – 2.949 – operações em outros Estados

Base legal: “Emitida nos termos do disposto na Lei Complementar


116, de 31/07/03 – Lista de Serviços, item 7.02, 7.04 e 7.05
(conforme o caso)”.

DEMONSTRAÇÃO
145
Conforme art. 309 – Saída para Demonstração - na saída dos produtos
destinados a vitrinas isoladas, desfiles e outras demonstrações
públicas, será destacado, na respectiva nota fiscal, o imposto.

O valor tributável não poderá ser inferior ao preço corrente no


mercado atacadista da praça do remetente quando o produto for
destinado a outro estabelecimento do próprio remetente ou a
estabelecimento de firma com a qual mantenha relação de
interdependência.

Base legal: art.309 e 136, I, do RIPI/2002

Informações para emissão da nota fiscal


Natureza da operação: Demonstração ou Retorno de
demonstração.
Código Fiscal:
Remessa:
CFOP - 5.912 – Operações no Estado
CFOP - 6.912 – Operações em outros Estados
Retorno:
CFOP - 5.913 – Operações no Estado
CFOP - 6.913 – Operações em outros Estados
Dados adicionais na nota fiscal de retorno: Retorno total de produto
enviado para Demonstração, conforme NF nº....., de .../.../...

DEPÓSITO FECHADO

Operações no Estado:

Remessa: a saída de mercadoria para depósito fechado localizado na


mesmo Unidade da Federação do remetente, ampara-se pela
suspensão do IPI, art. 42, III do RIPI, Decreto 4.544/02.

Retorno: da mesma forma, o retorno também esta amparado pela


suspensão do IPI.
Operações interestaduais

Operações em outros Estados:

Remessa: conforme disciplinam os artigos 42, III e, 414, III, do RIPI –


Decreto 4.544/02, as saídas de mercadorias destinadas a deposito
fechado localizado em outra Unidade da Federação, são suspensas o
imposto.

Retorno: o procedimento é o mesmo da remessa, ou seja, com


suspensão do IPI.

Informações para emissão da nota fiscal


Natureza da operação: remessa para deposito fechado ou retorno
146
de deposito fechado.
Remessa:
CFOP - 5.905 – operações no Estado
CFOP - 6.905 – operações em outros Estados
Retorno:
CFOP - 5.906 – operações no Estado
CFOP - 6.906 – operações em outros Estados

Constar na nota fiscal os seguintes dados adicionais:


No mesmo Estado:
Remessa: “Suspenso do IPI, conforme art. 42, inc. III e art. 414 do
RIPI – Decreto 4.544/02”;
Retorno: “Suspenso do IPI, conforme do art. 42, inc. III e art. 414 do
RIPI do RIPI – Decreto 4.544/02”;

Em outro Estado:
Remessa: “Suspenso do IPI, conforme art. 42, inc. III e art. 414, do
RIPI – Decreto 4.544/02”;
Retorno: “Suspenso do IPI, conforme do art. 42, inc. III e art. 414 do
RIPI – Decreto 4.544/02”;

Observação: As notas fiscais que acompanharem os produtos serão


emitidas pelo depositante, na remessa, e pelo Depósito Fechado, no
retorno.

DEVOLUÇÃO

A operação de devolução, de conformidade com a legislação, objetiva


anular os efeitos da operação de compra. Desse modo, deve-se
proceder observando o mesmo tratamento tributário vigente à época
da saída da mercadoria do estabelecimento fornecedor, ou seja, a
Nota Fiscal de devolução sempre deve se emitida da mesma forma
com que foi a Nota Fiscal de origem.

A devolução pode proceder de duas maneiras, ou seja:

a) Devolução com nota fiscal emitida pelo destinatário:

Após o recebimento das mercadorias pelo destinatário, compete ao


mesmo a emissão de Nota Fiscal de devolução que servirá para
acompanhar as mercadorias.

b) Devolução com a mesma Nota Fiscal:

Nos casos em que a mercadoria seja devolvida com a mesma Nota


Fiscal, o destinatário das mercadorias deverá informar no verso os
motivos que levaram à recusa, datar e assinar.

Dessa maneira o transito das mercadorias poderá ser feito através da


mesma Nota Fiscal de entrada por ocasião de recebimento da
147
devolução, que servirá para escrituração e crédito no livro Registro de
Entradas, mantendo-as em arquivo apartado dos demais documentos
fiscais.

Informações para emissão da nota fiscal


Natureza da operação: devolução
Código Fiscal:
Quando for mercadoria adquirida para industrialização:
CFOP – 5.201 – Operações no Estado
CFOP - 6.201 – Operações em outros Estados
Quando for mercadoria adquirida para comercialização:
CFOP - 5.202 – Operações no Estado
CFOP - 6.202 – Operações em outros Estados
Quando for mercadoria adquirida para ativo fixo ou consumo próprio:
CFOP - 5.553 e 5.556 – Operações no Estado
CFOP - 6.553 e 6.556 – Operações em outros Estados

Se a mercadoria tenha saído do estabelecimento do fornecedor com


algum beneficio fiscal, mencionar, ainda, o dispositivo legal constante
da Nota Fiscal de compra, mencionando-se o dispositivo de acordo
com a legislação do Estado onde a nota fiscal de devolução estiver
sendo emitida, se for o caso.

Caso contrário, complementar informando que a operação foi


realizada de conformidade com a Nota Fiscal de origem.

DOAÇÃO

O RIPI/2002 não prevê quaisquer tipos de benefícios, isto significa


que todas as saídas são normalmente tributadas, observando-
se os preços mínimos para a determinação da base de calculo,
conforme previsto no art. 137, inc. II, do RIPI, Decreto 4.544/02.

Dados para emissão da nota fiscal


Natureza da operação: Remessa em Doação
CFOP - 5.910 – Operações no Estado
CFOP - 6.910 – Operações em outros Estados

DRAWBACK

Drawback é um incentivo fiscal dado a uma mercadoria importada,


que será utilizada na industrialização de produto exportado ou a
exportar. Ele é concedido sob três formas: pela suspensão, pela
isenção e pela restituição.

Isenção: aplica-se a isenção do IPI na importação de mercadoria em


quantidade e qualidade equivalente a utilização no beneficiamento,
fabricação, complementação ou acondicionamento de produto
exportado.

148
Suspensão: poderá, ainda, ser concedido o beneficio da suspensão
do IPI na importação de mercadoria a ser exportada após o
beneficiamento ou destinada a fabricação, complementação ou
acondicionamento de outra a ser exportada.

Restituição: refere-se à restituição total ou parcial de tributos que


incidiram sobre uma importação anterior de mercadoria que venha a
ser exportada após a industrialização.

Dados para emissão da nota fiscal


Natureza da operação, conforme o caso:
Drawback
Remessa para industrialização
Retorno de industrialização
Código Fiscal:
Importação: CFOP - 3.127
Remessa para industrialização: CFOP - 5.901
Retorno de industrialização: CFOP - 5.124, 5.902 e 5.903, conforme o
caso.
Dados adicionais na nota fiscal:
“Isenção ou suspensão (conforme o caso), nos termos do (mencionar
o número do ato concessório do regime) e da Lei 8.402/92”.

EMPRÉSTIMO – COMODATO

É a cessão gratuita de uma coisa para seu uso e com estipulação de


que será devolvida em sua individualidade, após um determinado
período de tempo. Para que exista o comodato, o bem emprestado
deve ser devolvido, não pode ser substituído por outro da mesma
espécie, qualidade e quantidade.

Tem a incidência do imposto apenas os bens de fabricação própria ou


importados diretamente pelo contribuinte, quando destinados ao
empréstimo por comodato.

Remessa:

Na primeira saída a título de empréstimo de um bem incorporado ao


ativo, de importação ou fabricação da própria empresa, ocorrerá o
fato gerador do IPI (art.37, II, “a” do RIPI/2002).

A incidência do IPI fica limitada somente à primeira saída, assim, as


demais saídas não se sujeitam ao lançamento do tributo, exceto, em
situação em que o bem for submetido a nova industrialização.

Na primeira saída, a nota fiscal deverá ser emitida com o destaque do


IPI. Na segunda saída do mesmo bem não haverá o destaque o IPI.

CFOP – 5.908 – Remessa de bem por conta de contrato de comodato

149
Retorno:

No retorno do bem cedido por comodato não haverá o destaque do


IPI.

CFOP – 5.909 – Retorno de bem recebido por conta de contrato de


comodato

EMPRÉSTIMO – MÚTUO

Contrato em que uma das partes empresta a outra coisa fungível


(bem móvel que pode ser substituído por outro), tendo a outra parte,
a obrigação de restituir igual quantidade de bens do mesmo gênero e
qualidade.

Tem a incidência do imposto apenas os bens de fabricação própria ou


importados diretamente pelo contribuinte, quando destinados ao
empréstimo por mútuo.

Remessa:

Na primeira saída a título de empréstimo de um bem incorporado ao


ativo, de importação ou fabricação da própria empresa, ocorrerá o
fato gerador do IPI (art.37, II, “a” do RIPI/2002).

A incidência do IPI fica limitada somente à primeira saída, assim, as


demais saídas não se sujeitam ao lançamento do tributo, exceto, em
situação em que o bem for submetido a nova industrialização.

Na primeira saída, a nota fiscal deverá ser emitida com o destaque do


IPI. Na segunda saída do mesmo bem não haverá o destaque o IPI.

CFOP - 5.949 - Outra saída de mercadoria ou prestação de serviço não


especificado

Retorno:

No retorno do bem cedido por mútuo não haverá o destaque do


IPI.

CFOP - 5.949 - Outra saída de mercadoria ou prestação de serviço não


especificado

EXPORTAÇÃO

Imunidade: as exportações de produtos industrializados efetuadas


diretamente pelo estabelecimento industrial, são imunes do IPI.
Isenção: a venda de produtos para Trading Companies com fim de
exportação, também se beneficia com a isenção do IPI.
Suspensão: a exportação realizada por intermédio de empresas
150
exportadoras, entrepostos aduaneiros, outro estabelecimentos da
mesma empresa, também poderá ser efetuada mediante a suspensão
do IPI.
Manutenção dos créditos: mantêm-se os créditos do IPI
concernentes aos insumos utilizados na respectiva industrialização
dos produtos objetos da exportação.

Dados para emissão da nota fiscal


Natureza da operação: Exportação Direta ou Indireta, conforme o
caso.
Código Fiscal:
Exportação direta:
CFOP - 7.101 – Venda de produção própria, ou
CFOP - 7.102 – Venda de mercadoria adquirida de terceiros.
Exportação indireta:
CFOP - 5.501/6.501 – Venda de produção própria, ou
CFOP - 5.502/6.502 – Venda de mercadoria adquirida de terceiros.
Dados adicionais na nota fiscal:
Exportação Direta: “IPI imune, nos termos do art. 18, inc. II, do RIPI,
Decreto 4.544/02”.
Venda às comerciais exportadoras, Trading Companies e saída
para entrepostos aduaneiros: “Suspenso do IPI, nos termos do art.
42, inc. V, do RIPI, Decreto 4.544/02”. Bem como os dados da
destinação da mercadoria: “Mercadoria será enviada diretamente ao
local de embarque (Porto de Itajaí-SC) por sua conta e ordem”.

EXPOSIÇÃO OU FEIRAS

Remessa: o IPI está suspenso tanto nas remessas internas, quanto


nas interestaduais, nas saídas destinadas a feiras, amostras e
promoções semelhantes. Portanto, não há o destaque do imposto.

Retorno: a sistemática é semelhante à remessa, beneficiando-se pela


suspensão do imposto.

Dados para emissão da nota fiscal


Natureza da operação: remessa para exposição, ou feira, conforme
o caso.
Retorno de exposição, ou feira, conforme o caso.
Código Fiscal:
Remessa:
CFOP - 5.914 – operações no Estado
CFOP - 6.914 – operações em outros Estados
Retorno:
CFOP - 1.914 – operações no Estado
CFOP - 2.914 – Operações em outros Estados
Dados adicionais na nota fiscal:
“IPI suspenso, conforme art. 42, inc. II, do RIPI, Decreto 4.544/02”.

FORNECIMENTO DE REFEIÇÕES
151
Não se considera industrialização o preparo de produtos alimentares,
não acondicionados em embalagens de apresentação:
• na residência do preparador ou em restaurantes, bares,
sorveterias, confeitarias, padarias, quitandas e semelhantes,
desde que os produtos se destinem a venda direta ao
consumidor;
• em cozinhas industriais, quando destinados a venda direta a
corporações, empresas e outras entidades, para consumo de
seus funcionários, empregados ou dirigentes.
E por essa razão, relativamente a esse tributo, o fornecimento de
refeições coletivas, nessas condições, não é alcançado pela
incidência.

Dados para emissão da nota fiscal


Natureza da operação: Venda
Código Fiscal:
CFOP - 5.102 – Operações no Estado
CFOP - 6.102 – Operações em outros Estados

HORTIFRUTIGRANJEIROS

Estes produtos não são industrializados, são comercializados em


estado natural, portanto não sofrem a incidência do IPI. A
classificação fiscal do produto indicará o termo NT (não tributado).

IMPORTAÇÃO

Fato gerador: ocorre no ato do desembaraço aduaneiro do produto.


Base de cálculo: a base de cálculo ou o valor tributável dos
produtos de procedência estrangeira é o valor que servir ou que
serviria de base de cálculos dos tributos aduaneiros, por ocasião do
despacho de importação, acrescido do montante desses tributos e
dos encargos cambiais efetivamente pagos pelo importador ou dele
exigíveis.
Contribuinte: o importador em relação ao fato gerador decorrente
do desembaraço aduaneiro do produto de procedência estrangeira e,
sendo assim, qualquer pessoa, física ou jurídica que promover a
importação.
Momento do recolhimento: o IPI deve ser pago antes do
procedimento de saída do produto da repartição que processar o
respectivo despacho aduaneiro.

Dados para emissão da nota fiscal


Natureza da operação: Importação.
CFOP - 3.101 – Compra para industrialização;
CFOP - 3.102 – Compra para comercialização;
CFOP - 3.126 – Compra para utilização na prestação de serviço;
CFOP - 3.551 – Compra para ativo fixo;

152
CFOP - 3.556 – Compra para uso e consumo próprio;
CFOP - 3.949 – Outras entradas.
Dados adicionais da nota fiscal: Informar o nº da DI – Declaração de
importação.

INDUSTRIALIZAÇÃO POR ENCOMENDA

Remessa:

Operação em que determinado estabelecimento remete (autor da


encomenda ou encomendante) matérias-primas, produtos
intermediários e material de embalagem para outro estabelecimento
(filial, autônomo ou de terceiros) para que este execute operação de
industrialização.

As remessas de insumos destinados à industrialização serão


efetuadas com a suspensão do imposto, desde que os produtos
industrializados retornem ao estabelecimento autor da encomenda
(art. 42, VI, RIPI/2002).

Retorno:

Aplica-se, também, a suspensão do IPI, desde que os mesmos se


destinem a posterior comercialização, ou a emprego em nova
industrialização ou no acondicionamento de produtos tributados, e o
executor da encomenda não tenha utilizado, na respectiva operação,
produtos tributados de sua industrialização ou importação.

O regulamento do IPI não determina prazo para que os produtos


retornem ao estabelecimento autor da encomenda, contrariamente
aos regulamentos do ICMS que estipulam prazo.

Estorno de créditos: se houver aplicação de mercadorias adquiridas


de terceiros, deve-se estornar os créditos eventualmente apropriados
por ocasião das entradas.

Dados para emissão da nota fiscal

1. Autor da encomenda
Remessa:
Natureza da operação: Remessa para industrialização
CFOP - 5.901 – Operação no Estado
CFOP - 6.901 – Operação em outros Estados
Dados adicionais da nota fiscal: “IPI suspenso, conforme art. 42, VI,
do IPI/2002”

CFOP - 1.902 – Operação interna


CFOP - 2.902 – Operação interestadual
Correspondem ao retorno simbólico dos insumos utilizados na
industrialização por encomenda.
153
CFOP - 1.903 – Operação interna
CFOP - 2.903 – Operação interestadual
Correspondem ao retorno dos insumos remetidos para
industrialização e que não participaram do processo, ou seja, não
foram objetos de industrialização e por isso retornaram ao autor da
encomenda da mesma forma e que foram em que foram remetidos.

2. Executor da encomenda

Retorno:

a) Nota Fiscal correspondente ao retorno simbólico dos insumos do


encomendante utilizados na industrialização.

Natureza da operação: Retorno industrialização por encomenda

CFOP - 5.902 – Operação no Estado


CFOP - 6.902 – Operação em outros Estados
Dados adicionais da nota fiscal: “IPI suspenso, conforme art. 42, VI,
do IPI/2002” e
“Retorno total/parcial da NF nº......, de .../.../..., no valor de R$...........”

b) Nota Fiscal correspondente a mão-de-obra aplicada na


industrialização

Natureza da operação: Retorno industrialização por encomenda

CFOP - 5.124 – Operação no Estado


CFOP - 6.124 – Operação em outros Estados
Correspondem ao valor cobrado pela industrialização,
compreendendo as mercadorias empregadas e o valor da mão-de-
obra.

Dados adicionais da nota fiscal: “IPI suspenso, conforme art. 42, VI,
do IPI/2002” e
“Valor de R$ ......, referente a mão-de-obra, não sendo aplicado
material”

Observação: Neste CFOP, devem constar também os materiais de


propriedade da empresa que industrializou o produto, se houverem.

c) Nota Fiscal correspondente aos insumos recebidos para


industrialização e não aplicados no referido processo

Natureza da operação: Retorno industrialização por encomenda

CFOP - 5.903 – Operação no Estado


CFOP - 6.903 – Operação em outros Estados

Dados adicionais da nota fiscal: “IPI suspenso, conforme art. 42, VII,
154
do IPI/2002” e
“Retorno total/parcial da NF nº......, de .../.../..., no valor de R$...........,
material não aplicado na industrialização”.

Verificar casos de suspensão conforme o art. 42, incisos VI, VII e VIII,
do Decreto 4.544/02 – RIPI.

INDUSTRIALIZAÇÃO POR ENCOMENDA EFETUADA POR


TRABALHADORES AUTÔNOMOS OU AVULSOS

Materiais remetidos para ser industrializada por trabalhadores


autônomos ou avulsos

AUTOR DA ENCOMENDA

Remessa:

Natureza da operação: Remessa para industrialização


CFOP - 5.901 – Operação no Estado
CFOP - 6.901 – Operação em outros Estados
Dados adicionais da nota fiscal: “IPI suspenso, conforme art. 42, VI,
do IPI/2002”

Retorno:

Pelo fato que os trabalhadores autônomos e avulsos não são


obrigados a emitir nota fiscal, por ocasião do retorno dos produtos, o
Autor da encomenda deverá emitir a nota fiscal.

a) Nota Fiscal correspondente ao retorno simbólico dos insumos


utilizados na industrialização por encomenda

Natureza da operação: Retorno industrialização por encomenda

CFOP - 1.902 – Operação no Estado


CFOP - 2.902 – Operação em outros Estados
Dados adicionais da nota fiscal: “IPI suspenso, conforme art. 42, VI,
do IPI/2002” e
“Retorno total/parcial da NF nº......, de .../.../..., no valor de R$...........”

b) Nota Fiscal correspondente aos insumos recebidos para


industrialização e não aplicados no referido processo

Natureza da operação: Retorno industrialização por encomenda

CFOP - 1.903 – Operação interna


CFOP - 2.903 – Operação interestadual
Dados adicionais da nota fiscal: “IPI suspenso, conforme art. 42, VII,
do IPI/2002” e
“Retorno total/parcial da NF nº......, de .../.../..., no valor de R$...........,
155
material não aplicado na industrialização”.

LOCAÇÃO

É o contrato no qual uma das partes se obriga, mediante


contraprestação em dinheiro, a conceder à outra, temporariamente, o
uso e gozo de cosia não fungível (bem que não pode ser substituído).
Dessa, forma o bem locado deve ser de propriedade da empresa que
efetua a locação.

Tem a incidência do imposto apenas os bens de fabricação própria ou


importados diretamente pelo contribuinte, quando destinados à
locação ou arrendamento (art. 37, inc II, “a” do RIPI – Decreto
4.544/2002”)

Entretanto, a incidência do imposto se dá apenas na ocorrência


da primeira saída; as demais não se sujeitam ao lançamento do
imposto, salvo se o bem tiver sido submetido à nova industrialização.

Dados para emissão da nota fiscal


Natureza da operação: Locação
Código fiscal:
CFOP - 5.949 – Operações no Estado
CFOP - 6.949 – Operações em outros Estados
Dados adicionais da nota fiscal: “Não-incidência do IPI, conforme do
art. 37, inc II, “a” do RIPI – Decreto 4.544/2002” (No caso da saída
subseqüente à primeira).

O artigo 168, do RIPI/2002 estabelece que no caso de locação ou


arrendamento, a reentrada do produto no estabelecimento remetente
não dará direito ao crédito do imposto, salvo se o produto tiver sido
submetido à nova industrialização e ocorrer nova saída tributada.

CARROÇARIA PARA VEÍCULOS, MÁQUINAS, MOTORES,


APARELHOS USADOS E VEÍCULOS USADOS

A legislação do IPI somente prevê a situação da industrialização de


produtos usados, no art. 135 do RIPI/2002, o qual permite a compra
de produtos usados, que serão industrializados, sendo a base de
cálculo do IPI, por ocasião da venda, será a diferença entre o valor de
compra e venda dos produtos já industrializados.

“Art. 135. O imposto incidente sobre produtos usados,


adquiridos de particulares ou não, que sofrerem o processo de
industrialização, de que trata o inciso V do art. 4º (renovação ou
recondicionamento), será calculado sobre a diferença de preço
entre a aquisição e a revenda (Decreto-Lei nº 400, de 1968, art.
7º)”.

O artigo 310 do RIPI/2992 dispõe que os estabelecimentos que


156
adquirirem, de particulares, produtos usados, assim compreendidos
também os recebidos em troca ou como parte de pagamento de
outros, exigirão recibo do vendedor ou transmitente, de que constem
o seu nome e endereço, número de inscrição no Cadastro de Pessoas
Físicas – CPF, do Ministério da Fazenda, o número e nome da
repartição expedidora de sua carteira de identidade, bem assim a
descrição minuciosa e o preço ou valor de cada objeto.

As operações de venda envolvendo máquinas, aparelhos, motores ou


veículos usados, produzidos pelo próprio estabelecimento, tributados
anteriormente em função de saídas por locação, mútuo, comodato e
arrendamento não sofrerão a incidência do IPI.

Haverá a incidência do IPI na venda dos bens usados e de fabricação


própria, incorporados ao Ativo Permanente, a menos de cinco anos
(art. 37, III, RIPI/2002).

Não há do que se falar em incidência de IPI, na venda de bens usados


e incorporados ao Ativo Permanente, que não tenham sido fabricados
pela própria empresa.

Dados para emissão da nota fiscal


Natureza da operação: Venda ou venda do Ativo Fixo
CFOP - 5.102 - (revenda) ou 5.551 (ativo fixo)
CFOP - 6.102 ou 6.108 (revenda) ou 6.551 (ativo fixo).

MÁQUINAS E DEMAIS BENS DO ATIVO FIXO, UTILIZADOS FORA


DO ESTABELECIMENTO

Remessa:
Com suspensão do imposto relativamente aos bens patrimoniais
remetidos a outros estabelecimentos, com fim específico de serem
utilizados no processo de industrialização de produtos encomendados
pelo remetente, desde que retornem ao estabelecimento de origem
após o prazo fixado para fabricação.

Retorno:
Desde que seja efetivado dentro do prazo fixado para a fabricação
dos produtos, a operação também se beneficia com a suspensão do
IPI.

Dados para emissão da nota fiscal


Natureza da operação: Outras saídas – Utilização fora do
estabelecimento ou retorno.
Código fiscal:
Remessa
CFOP - 5.554 – Operações no Estado
CFOP - 6.554 – Operações em outros Estados
Retorno
CFOP - 5.555 – Operações no Estado
157
CFOP - 6.555 – Operações em outros Estados
Dados adicionais na nota fiscal:
Remessa:”IPI Suspenso, conforme art.42, XIII, do RIPI/2002 – Decreto
4.544/02”.
Retorno: “IPI Suspenso, conforme art. 42, XIII, do RIPI/2002 – Decreto
4.544/02”.

MOSTRUÁRIO

Definição:
Mostruário representa a amostra com valor comercial, entregue ou
remetida a um representante ou vendedor, não para seu uso ou
revenda, mas para servir amostra para a venda de outras
mercadorias da mesma espécie.

Tributação:
As saídas a título de mostruário com destino a representantes,
vendedores etc., são normalmente tributadas pelo IPI.

Crédito dos Impostos no retorno:


Poderão ser aproveitados como crédito, por ocasião do retorno, os
valores do IPI que hajam incidido por ocasião da remessa, salvo se a
mercadoria não for objeto de nova saída tributada, hipótese em que
estes deverão ser estornados.

Dados para emissão da nota fiscal


Natureza da operação: Remessa ou retorno de mostruário
Código fiscal:
Remessa:
CFOP - 5.949 – Operações no Estado
CFOP - 6.949 – Operações em outros Estados

SUCATAS, FERRO VELHO, APARAS E RESÍDUOS

As aparas, desperdícios, sucatas etc., resultantes do processo


industrial integram a TIPI – Tabela de Incidência do IPI, como não
tributados, beneficiados com alíquota zero e, em algumas situações,
como tributados, como no caso de plásticos e suas obras e resíduos e
aparas de peleteria.

Dessa forma, o contribuinte deve verificar de acordo com a espécie


do resíduo o seu enquadramento na TIPI, a fim de poder corretamente
classificá-lo para efeito de tributação, conforme mencionado
anteriormente.

Conforme artigo 194 do RIPI/2002, é assegurado o direito à


manutenção do crédito do imposto em virtude da saída de sucata,
aparas, resíduos, fragmentos e semelhantes, que resultem do
emprego de MP, PI e ME , bem assim na ocorrência de quebras
admitidas no Regulamento.
158
Dados para emissão da nota fiscal
Operações internas:
Natureza da operação:
Outras saídas – Sucatas
Outras saídas – Aparas
Outras saídas – Resíduos
Código fiscal:
CFOP - 5.101/5.102 – Operações no Estado
CFOP – 6.101/ 6 102 – Operações em Outros Estados

TRANSFERÊNCIAS DE MERCADORIAS

Os produtos remetidos, para industrialização ou comércio, de um para


outro estabelecimento industrial ou equiparado a industrial, da
mesma firma, ampara-se pela suspensão do imposto.

A suspensão não se aplica quando o produto remetido for tributado à


alíquota zero e quando o produto remetido for destinado a emprego
na industrialização de produtos tributados a alíquota zero ou isentos,
em relação aos quais não tenha sido autorizado o aproveitamento do
crédito relativo às matérias-primas, aos produtos intermediários e
materiais de embalagem utilizados na sua produção.

Dados para emissão da nota fiscal


Natureza da operação: Transferência de mercadorias
Código fiscal:
Produção Própria:
CFOP - 5.151 – Operações Estaduais
CFOP - 6.151 – Operações em outros Estados
Mercadoria adquirida de terceiros:
CFOP - 5.152 – Operações no Estado
CFOP - 6.152 – Operações em outros Estados

Dados Adicionais na nota fiscal: “IPI suspenso, conforme art. 42, inc.
X, Decreto 4.544/02 – RIPI/2002”.

TRANSFERÊNCIAS DE BENS DO ATIVO FIXO E MATERIAIS DE


USO E CONSUMO PRÓPRIO

Bens integrados ao ativo permanente:


- Poderão sair com suspensão do imposto, os bens do ativo
permanente (máquinas e equipamentos, aparelhos, instrumentos,
utensílios, ferramentas, gabaritos, moldes, matrizes e semelhantes),
remetidos pelo estabelecimento industrial a outro estabelecimento da
mesma firma, para serem utilizados no processo industrial do
recebedor.

Dados para emissão da nota fiscal


Natureza da operação: Transferência de ativo fixo ou Transferência
159
de material de uso e consumo.
Código fiscal:
CFOP - 5.552 – Operações no Estado
CFOP - 6.552 – Operações em outros Estados
Dados adicionais na nota fiscal:
“IPI suspenso, conforme o art. 40, inc. XI, do Decreto 4.544/02 –
RIPI/2002”.

VASILHAMES, RECIPIENTES E EMBALAGENS

Ainda que os vasilhames, recipientes ou embalagens tenham sido


produzidos pela própria empresa remetente, estes serão
considerados como produtos de “Acondicionamento para Transporte”,
nos termos em que o art. 6º, inciso I, os quais não sofrem a incidência
do IPI.

Dados para emissão da nota fiscal


Código fiscal:
Remessa:
Natureza da operação: Outras saídas – Remessa de vasilhames,
recipientes, embalagens ou sacarias.
CFOP - 5.920 – Operações no Estado
CFOP - 6.920 – Operações em outros Estados

Retorno:
Natureza da operação: Outras saídas –Retorno de vasilhames,
recipientes, embalagens ou sacarias.
CFOP -5.921 –Operações no Estado
CFOP - 6.921 – Operações em outros Estados
Dados Adicionais na nota fiscal:
“Não incidência do IPI, conforme art. 6º, incisos I e II, do Decreto
4.544/2002 – RIPI/2002”.

VENDA À ORDEM

Figuram nesta operação três empresas:

1. Fornecedor - (A): que deverá ser contribuinte do IPI/ICMS para


que a operação seja realizada.
2. Adquirente - (B): que deverá ser contribuinte do IPI/ICMS para
que a operação possa ser realizada.
3. Destinatário - (C): qualquer pessoa física ou jurídica contribuinte
ou não do IPI.

• Empresa A faz venda simbólica para empresa B.


• Nota Fiscal simbólica da empresa B para a empresa C.
• No entanto é a empresa A que remete (entrega) a mercadoria
para a empresa C, por conta e ordem da empresa B.

160
Emissão da Nota Fiscal: a legislação faculta ao contribuinte a
emissão de Nota Fiscal. Modelo 1 ou 1-A, para simples faturamento,
com lançamento do IPI.

Entrega da Mercadoria:
No caso de venda à ordem, por ocasião da entrega global ou parcial
das mercadorias a terceiros, o vendedor deverá emitir duas Notas
Fiscais, modelo 1 ou 1-A:
a) A primeira Nota Fiscal em nome do destinatário, para
acompanhar o transporte das mercadorias, sem destaque do
IPI, na qual, além dos demais requisitos exigidos, constarão o
número, a serie e a data da Nota Fiscal emitida pelo adquirente
originário, o nome, o endereço e os números de inscrição no
CNPJ do seu emitente.
b) A segunda, em nome do adquirente originário, com destaque do
IPI, quando devido, na qual, além dos demais requisitos
exigidos, constarão o número e a série da Nota Fiscal prevista
anteriormente.
c) O adquirente originário deverá emitir Nota Fiscal, com destaque
do IPI, quando devido, em nome do destinatário das
mercadorias, consignando-se, além dos demais requisitos
exigidos, o nome, endereço e números de inscrição no CNPJ do
estabelecimento que irá promover a remessa das mercadorias.

Dados para emissão da nota fiscal


Simples Faturamento (do fornecedor (A) para o adquirente
originário (B))
Natureza da operação: Venda à ordem
Código fiscal:
CFOP - 5.118, 5.119 – Operações no Estado
CFOP - 6.118, 6.119 – Operações em outros Estados
Dados Adicionais
Informar os dados da Nota Fiscal de remessa por conta e ordem do
adquirente originário: “Produto faturado com a NF nº........
de .../.../... .”
Observação: nesta nota fiscal haverá o destaque do IPI.

Entrega de mercadoria (do fornecedor (A) para o


destinatário(C)):
Natureza da operação: Remessa por conta e ordem de terceiros
Código fiscal:
CFOP - 5.923 – Operações no Estado
CFOP -6.923 – Operações em outros Estados

Dados Adicionais da nota fiscal: informar o numero, a série e a


data da Nota Fiscal de venda do adquirente para o segundo
adquirente, assim como, o endereço e os números de inscrição
estadual e o CNPJ do seu emitente: “Mercadoria a ser entregue à
Rua.........., empresa................., com CNPJ nº................ e IE
nº..................”
161
Observação: nesta nota fiscal não haverá o destaque do IPI.

Venda do adquirente originário(B) para o segundo adquirente


ou Destinatário (C):
Natureza da operação: Venda
Código fiscal:
CFOP - 5.116 e 5.117
CFOP - 6.116 e 6.117
Dados Adicionais da nota fiscal: indicar o nome do titular, o
endereço e os números de inscrição estadual e no CNPJ do
estabelecimento (fornecedor) que irá promover a entrega da
mercadoria: “A mercadoria será entregue pela empresa .................,
localizada à Rua..................., inscrita no CNPJ nº.............. e IE"
nº........................
Observação: nesta nota fiscal haverá o destaque do IPI

VENDA AO VAREJO NO PRÓPRIO ESTABELECIMENTO


INDUSTRIAL

Nos estabelecimentos industriais ou equiparados a industrial, que


possuírem seção de venda a varejo isolada das demais, com perfeita
distinção e controle dos produtos saídos de cada uma delas, será
permitida, para o movimento diário da seção de varejo, uma única
nota fiscal com destaque do imposto, no fim do dia, para os produtos
vendidos, conforme dispõe o artigo 334 e 341, IX, do RIPI/2002.

Nota Fiscal – Movimentação diária: Ao final de cada dia, o


contribuinte do IPI deverá emitir Nota Fiscal, modelo 1 ou 1-A,
individualizando cada produto vendido, segundo a sua classificação
fiscal –NCM- Nomenclatura Comum do Mercosul, que servirá para
escrituração do valor do IPI no livro de Registro de Entradas.

Valor tributável do IPI: corresponderá ao valor efetivamente cobrado


e praticado pelo contribuinte.

Dados para emissão da Nota Fiscal – movimento diário


Natureza da Operação: Uso interno
Destinatário/Remetente: Resumo do dia.
Código Fiscal:
CFOP – 5.949
Dados Adicionais Exigidos:
Na Nota Fiscal de Movimentação Diária: “emitida nos termos do
art. 334, do Decreto 4.544/02 – RIPI/2002”.

Devem ainda ser declaradas na emissão da Nota Fiscal de


Movimentação Diária, a discriminação do produto e a quantidade total
vendida diariamente. A NCM (Classificação Fiscal) dos produtos, o
valor total da nota, alíquota e valor do IPI, e também a expressão no
campo “dados adicionais/informações complementares”: “Nota
emitida exclusivamente para uso interno”.
162
VENDA DE BENS PERTENCENTES AO ATIVO FIXO

O regulamento do IPI determina a tributação apenas dos bens de


fabricação própria, ou que tenham sido importados diretamente pelo
estabelecimento industrial, considerando o tempo de incorporação:
• Bens incorporados ao Ativo Fixo há mais de 5 anos: não
incide o fato gerador do IPI na a saída de bem patrimonial,
alienado após cinco anos de sua incorporação, pelo
estabelecimento industrial ou a ele equiparado, que os tenha
fabricado ou diretamente importado.
• Bens incorporados ao Ativo Fixo há menos de 5 anos: nos
termos da legislação vigente, a operação de saída deverá ser
normalmente tributada pelo imposto.
• Do crédito fiscal: Admitir-se-á no caso de saída tributada pelo
IPI, a apropriação dos créditos fiscais originários na entrada,
recomendando-se a devida comprovação.

Dados para emissão da nota fiscal


Natureza da operação: Venda de bem do ativo permanente.
Código Fiscal:
CFOP - 5.551 – Operações no Estado
CFOP - 6.551 – Operações em outros Estados

Dados adicionais na nota fiscal: “Não incidência do IPI, conforme


do art. 37, inc.III, do Decreto 4.544/02 – RIPI/2002”. (se vendidos após
05 anos da data da sua incorporação ao ativo fixo)

DAS OPERAÇÕES REALIZADAS FORA DO ESTABELECIMENTO

Saída:
Na saída de produtos para efetuar vendas fora do estabelecimento,
até mesmo por meio de veículos, o contribuinte deverá emitir Nota
Fiscal, modelo 1 ou 1-A, relativa à totalidade dos produtos
transportados. O IPI deverá ser destacado na nota fiscal.

Venda:
Por ocasião da venda do produto, deverá ser emitida Nota Fiscal,
modelo 1 ou 1-A, sem o destaque do IPI, que, além dos demais
requisitos exigidos, conterá o número, a série e a data da emissão da
Nota Fiscal emitida por ocasião da saída do estabelecimento.

Retorno:
No retorno dos produtos não vendidos, o contribuinte emitirá Nota
Fiscal, modelo 1 ou 1-A, para fins de entrada, para se creditar do
imposto relativo às mercadorias retornadas mediante lançamento
desse documento no livro de Registro de Entradas.
O contribuinte arquivará a primeira via da Nota Fiscal correspondente

163
à saída.

Crédito:
O crédito deverá ser lançado no mês em que retornar o veículo com
os produtos, mediante a emissão de Nota Fiscal, modelo 1 ou 1-A,
que, além das indicações a seguir mencionadas, consignará a
demonstração da apuração do valor do imposto a ser apropriado.

No retorno, a 1ª via da Nota Fiscal que foi utilizada na ocasião da


remessa, conterá, em seu verso, um resumo do imposto nela lançado
com o devido nas vendas fora do estabelecimento (IPI lançado na
Nota Fiscal de remessa – IPI devido sobre as vendas realizadas).

Se desta apuração resultar saldo devedor, o estabelecimento emitirá


Nota Fiscal com destaque de imposto e a declaração “Nota emitida
exclusivamente para Uso Interno”, para escrituração no livro de
Registro de Saídas; se resultar saldo credor, será emitida Nota Fiscal
para escrituração no livro de Registro de Entradas.

Dados para emissão da nota fiscal


Remessa:
Natureza da operação: Outras saídas – Remessa para venda fora
do estabelecimento.
Código Fiscal:
CFOP - 5.904 – Operações no Estado
CFOP - 6.904 – Operações em outros Estados
Caso a saída para venda fora do estabelecimento corresponda a
combustíveis e lubrificantes, o CFOP a ser utilizado será 5.657.
Observação: na remessa do produto haverá o destaque do IPI

Venda:
Natureza da Operação: Venda efetuada fora do estabelecimento
Código Fiscal
Quando consignar venda fora do estabelecimento de mercadorias de
sua própria fabricação:
CFOP - 5.103- Operações no Estado
CFOP -6.103- Operações em outros Estados
Quando consignar venda fora do estabelecimento de mercadorias
adquiridas de terceiros:
CFOP - 5.104- Operações no Estado
CFOP - 6.104 – Operações em Outros Estados
Quando consignar venda fora do estabelecimento de mercadorias
adquiridas de terceiros.
Dados adicionais na nota fiscal: informar que o valor o IPI acha-se
incluso no valor do produto e indicar o número e data da Nota Fiscal
de remessa respectiva.
Observação: não haverá o destaque no IPI na Nota Fiscal,
porém o valor do IPI deverá ser informado nos dados
adicionais da nota fiscal.

164
Retorno:
Nota Fiscal de Entrada das mercadorias não vendidas
Natureza da Operação: Retorno de mercadorias não vendidas fora
do estabelecimento.
Código Fiscal:
CFOP - 1.904 – Operações no Estado
CFOP - 2.904 – Operações em outros Estados
Dados Adicionais na nota fiscal: informar os dados das notas
fiscais de remessa, relativamente às mercadorias que ao foram
vendidas.
Observação: como na nota fiscal de remessa foi destacado o IPI sobre
a totalidade dos produtos saídos, na nota fiscal de entrada referente o
retorno dos produtos não vendidos será destacado o IPI, para o
efetivo crédito.

VENDA PARA ENTREGA FUTURA

Emissão opcional da Nota Fiscal: a legislação do IPI concede a


opção da Nota Fiscal de simples faturamento, bem como o
lançamento do imposto naquele momento.

O artigo 336 do RIPI/2002, estabelece que é facultado emitir nota


fiscal nas vendas à ordem ou para entrega futura, salvo se houver
destaque do imposto, o que tornará obrigatória a sua emissão.

Entrega da mercadoria: caso o contribuinte opte pela emissão da


nota fiscal de simples faturamento, por ocasião da saída efetiva da
mercadoria, deverá ser emitida nova Nota Fiscal, que:
1. Não deverá conter o destaque do IPI, caso o emitente tenha
optado pelo seu destaque por ocasião da emissão da Nota Fiscal de
simples faturamento.
2. Deverá conter o destaque do IPI, caso o emitente não tenha
optado pelo seu lançamento por ocasião da emissão da Nota Fiscal de
simples faturamento.

Dados para emissão da nota fiscal

a) Simples Faturamento:
Natureza da Operação: Venda para entrega futura.
Código Fiscal:
CFOP - 5.922 – Operações no Estado
CFOP - 6.922 – Operações em outros Estados
Dados Adicionais na nota fiscal: o RIPI/2002 exige a inserção da
seguinte mensagem: “Sem valor para acompanhar o produto –
Mercadoria para entrega simbólica”.

b) Entrega efetiva da mercadoria:


Natureza da Operação: Outras saídas – Remessa – Entrega Futura.
Código Fiscal:
CFOP -5.116, 5.117 - Operações no Estado

165
CFOP -6.116, 6.117 – Operações em outros Estados
Dados Adicionais na nota fiscal: mencionar os dados da Nota
Fiscal que serviu para o simples faturamento.
Sobre o destaque do IPI, ver item acima entrega da mercadoria.

Ressaltamos, conforme o § 2º, do artigo 190 do RIPI/2002, caso de


produto adquirido mediante venda à ordem ou para entrega futura, o
crédito somente poderá ser escriturado na efetiva entrada do mesmo
no estabelecimento industrial, ou equiparado a industrial, à vista da
nota fiscal que o acompanhar.

ZONA FRANCA DE MANAUS E ÁREAS DE LIVRE-COMÉRCIO

Suspensão:
A remessa dos produtos para a Zona Franca de Manaus se fará com
suspensão do imposto até a sua entrada na mesma, quando então se
efetivará a isenção.

Isenção:
São isentos do imposto, os produtos nacionais entrados na ZFM, para
seu consumo interno, utilização ou industrialização, ou ainda, para
serem remetidos, por intermédios de seus entrepostos, à Amazônia
Ocidental, excluídos as armas e munições, perfumes, fumo,
automóveis de passageiros e bebidas alcoólicas, classificados,
respectivamente, nos Capítulos 93, 33, 24, nas posições 8.703, 2.203,
a 2.206 e nos códigos 2208.20.00 a 2208.70.00 e 2208.90.00 (exceto
o Ex 01) da TIPI (Dec.-lei 288, de 1967, art. 4°, Dec.-lei 340, de
22/12/1967, art. 1°, e Dec.-lei 355, de 06/08/1968, art. 1°).

Manutenção dos créditos:


Será mantido e utilizado o credito do imposto incidente sobre
matérias-primas, produtos intermediários e materiais de embalagens
adquiridos para emprego na industrialização de produtos, sobre as
saídas à ZFM, não fazendo nenhuma alusão às saídas para a
Amazônia Ocidental.

Dados para emissão da nota fiscal


Natureza da Operação: Venda
Código Fiscal:
CFOP - 6.109 – Produção Própria ou
CFOP - 6.110 – Adquiridos de Terceiros.
Dados Adicionais: “Suspensão do IPI, conforme art. 71, do RIPI/2002
– Decreto 4.544/02”.

APOIO AO DESENVOLVIMENTO TECNOLÓGICO DA INDÚSTRIA


DE EQUIPAMENTOS PARA A TV DIGITAL - PATVD

É beneficiária do PATVD a pessoa jurídica que realize investimento em


pesquisa e desenvolvimento - P&D, na forma do art. 17 da Lei
11.484/2007 e que exerça as atividades de desenvolvimento e
166
fabricação de equipamentos transmissores de sinais por
radiofreqüência para televisão digital, classificados no código
8525.50.2 da NCM.

Para efeitos deste incentivo, a pessoa jurídica deve cumprir Processo


Produtivo Básico - PPB estabelecido por portaria interministerial do
Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior e do
Ministério da Ciência e Tecnologia ou, alternativamente, atender aos
critérios de bens desenvolvidos no País definidos por portaria do
Ministério da Ciência e Tecnologia.

O investimento em pesquisa e desenvolvimento e o exercício das


atividades devem ser efetuados de acordo com projetos aprovados
em ato conjunto do Ministério da Fazenda, do Ministério da Ciência e
Tecnologia e do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio
Exterior, nos termos e condições estabelecidas pelo Poder Executivo.

As disposições relativas ao PATVD vigorarão até 22 de janeiro de


2017.

Da Aplicação do PATVD

a) No caso de venda no mercado interno ou de importação de


máquinas, aparelhos, instrumentos e equipamentos, novos, para
incorporação ao ativo imobilizado da pessoa jurídica adquirente no
mercado interno ou importadora, destinados à fabricação de
equipamentos transmissores de sinais por radiofreqüência para
televisão digital, classificados no código 8525.50.2 da NCM. , ficam
reduzidas a 0 (zero) as alíquotas:

I - da Contribuição para o PIS/Pasep e da Cofins incidentes sobre a


receita da pessoa jurídica vendedora quando a aquisição for efetuada
por pessoa jurídica beneficiária do PATVD;

II - da Contribuição para o PIS/Pasep-Importação e da Cofins-


Importação quando a importação for efetuada por pessoa jurídica
beneficiária do PATVD; e

III - do IPI incidente na importação ou na saída do estabelecimento


industrial ou equiparado quando a importação ou a aquisição no
mercado interno for efetuada por pessoa jurídica beneficiária do
PATVD.

As reduções de alíquotas previstas alcançam também as ferramentas


computacionais (softwares) e os insumos destinados à fabricação dos
equipamentos quando adquiridos no mercado interno ou importados
por pessoa jurídica beneficiária do PATVD.

As reduções de alíquotas alcançam somente bens ou insumos


relacionados em ato do Poder Executivo.
167
b) Fica reduzida a 0 (zero) a alíquota da Contribuição de Intervenção
no Domínio Econômico - CIDE destinada a financiar o Programa de
Estímulo à Interação Universidade-Empresa para o Apoio à Inovação
de que trata o art. 2º da Lei nº 10.168, de 29 de dezembro de 2000,
nas remessas destinadas ao exterior para pagamento de contratos
relativos à exploração de patentes ou de uso de marcas e de
fornecimento de tecnologia e prestação de assistência técnica,
quando efetuadas por pessoa jurídica beneficiária do PATVD e
vinculadas às atividades de que trata o art. 13 desta Lei.

Para efeitos deste item, equipara-se ao importador a pessoa jurídica


adquirente de bens estrangeiros, no caso de importação realizada por
sua conta e ordem, por intermédio de pessoa jurídica importadora.

c) Poderá também ser reduzida a 0 (zero) a alíquota do Imposto de


Importação - II incidente sobre máquinas, aparelhos, instrumentos e
equipamentos, novos, relacionados em ato do Poder Executivo e nas
condições e pelo prazo nele fixados, importados por pessoa jurídica
beneficiária do PATVD para incorporação ao seu ativo imobilizado e
destinados às atividades.

d) Nas vendas dos equipamentos transmissores efetuadas por pessoa


jurídica beneficiária do PATVD, ficam reduzidas a 0 (zero) as
alíquotas:

I - da Contribuição para o PIS/Pasep e da Cofins incidentes sobre as


receitas auferidas; e

II - do IPI incidente sobre a saída do estabelecimento industrial.


As reduções de alíquotas não se aplicam cumulativamente com
outras reduções ou benefícios relativos ao mesmo imposto ou às
mesmas contribuições.

Da Aprovação dos Projetos

Os devem ser aprovados em ato conjunto do Ministério da Fazenda,


do Ministério da Ciência e Tecnologia e do Ministério do
Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, nos termos e
condições estabelecidas pelo Poder Executivo.

A aprovação do projeto fica condicionada à comprovação da


regularidade fiscal da pessoa jurídica interessada em relação aos
tributos e contribuições administrados pela Secretaria da Receita
Federal e pela Secretaria da Receita Previdenciária.

O Poder Executivo estabelecerá, em regulamento, os procedimentos


e prazos para apreciação dos projetos.

Do Investimento em Pesquisa e Desenvolvimento


168
A pessoa jurídica beneficiária do PATVD deverá investir, anualmente,
em atividades de pesquisa e desenvolvimento a serem realizadas no
País, no mínimo, 2,5% (dois e meio por cento) do seu faturamento
bruto no mercado interno, deduzidos os impostos incidentes na
comercialização dos equipamentos transmissores.

Serão admitidos apenas investimentos em atividades de pesquisa e


desenvolvimento dos equipamentos referidos no art. 13 da Lei
11.484/2007, de software e de insumos para tais equipamentos.

No mínimo 1% (um por cento) do faturamento bruto, deduzidos os


impostos incidentes na comercialização na forma do caput deste
artigo, deverá ser aplicado mediante convênio com centros ou
institutos de pesquisa ou entidades brasileiras de ensino, oficiais ou
reconhecidas, credenciados pelo Cati ou pelo CAPDA.

A propriedade intelectual resultante da pesquisa e desenvolvimento


realizados mediante os projetos aprovados nos termos deste Capítulo
deve ter a proteção requerida no território nacional ao órgão
competente, conforme o caso, pela pessoa jurídica brasileira
beneficiária do PATVD.

A pessoa jurídica beneficiária do PATVD deverá encaminhar ao


Ministério da Ciência e Tecnologia, até 31 de julho de cada ano civil,
os relatórios demonstrativos do cumprimento, no ano anterior, das
obrigações e condições estabelecidas.

Base: art. 13 a 22 da Lei 11.484/2007.

DO APOIO AO DESENVOLVIMENTO TECNOLÓGICO DA


INDÚSTRIA DE SEMICONDUTORES – PADIS

A Lei 11.484/2007, institui o Programa de Apoio ao Desenvolvimento


Tecnológico da Indústria de Semicondutores - PADIS.

É beneficiária do Padis a pessoa jurídica que realize investimento em


pesquisa e desenvolvimento - P&D na forma do art. 6º, da Lei
11.484/2007 e que exerça isoladamente ou em conjunto, em relação
a dispositivos:

I - eletrônicos semicondutores classificados nas posições 85.41 e


85.42 da Nomenclatura Comum do Mercosul - NCM, as atividades de:

a) concepção, desenvolvimento e projeto (design);


b) difusão ou processamento físico-químico; ou
c) encapsulamento e teste;

II - mostradores de informação (displays) de que trata o § 2º deste


artigo, as atividades de:
169
a) concepção, desenvolvimento e projeto (design);
b) fabricação dos elementos fotossensíveis, foto ou
eletroluminescentes e emissores de luz; ou
c) montagem final do mostrador e testes elétricos e ópticos.

O disposto:

1 - alcança os mostradores de informações (displays) relacionados em


ato do Poder Executivo, com tecnologia baseada em componentes de
cristal líquido - LCD, fotoluminescentes (painel mostrador de plasma -
PDP), eletroluminescentes (diodos emissores de luz - LED, diodos
emissores de luz orgânicos - OLED ou displays eletroluminescentes a
filme fino - TFEL) ou similares com microestruturas de emissão de
campo elétrico, destinados à utilização como insumo em
equipamentos eletrônicos;

2 - não alcança os tubos de raios catódicos - CRT.

Benefícios

a) No caso de venda no mercado interno ou de importação de


máquinas, aparelhos, instrumentos e equipamentos, novos, para
incorporação ao ativo imobilizado da pessoa jurídica adquirente no
mercado interno ou importadora, destinados às atividades de que
tratam os incisos I e II do caput do art. 2º da Lei 11.484/2007, ficam
reduzidas a zero as alíquotas:

I - da Contribuição para o Programa de Integração Social e de


Formação do Patrimônio do Servidor Público - PIS/PASEP e da
Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social - COFINS
incidentes sobre a receita da pessoa jurídica vendedora quando a
aquisição for efetuada por pessoa jurídica beneficiária do Padis;

II - da Contribuição para o PIS/Pasep-Importação e da Cofins-


Importação quando a importação for efetuada por pessoa jurídica
beneficiária do Padis; e

III - do Imposto sobre Produtos Industrializados - IPI, incidente na


importação ou na saída do estabelecimento industrial ou equiparado
quando a importação ou a aquisição no mercado interno for efetuada
por pessoa jurídica beneficiária do Padis.

b) Fica reduzida a 0 (zero) a alíquota da Contribuição de Intervenção


no Domínio Econômico - CIDE destinada a financiar o Programa de
Estímulo à Interação Universidade-Empresa para o Apoio à Inovação
de que trata o art. 2º da Lei nº 10.168, de 29 de dezembro de 2000,
nas remessas destinadas ao exterior para pagamento de contratos
relativos à exploração de patentes ou de uso de marcas e os de
fornecimento de tecnologia e prestação de assistência técnica,
170
quando efetuadas por pessoa jurídica beneficiária do Padis e
vinculadas às atividades de que trata o art. 2º da Lei 11.484/2007.

c) Poderá também ser reduzida a 0 (zero) a alíquota do Imposto de


Importação - II incidente sobre máquinas, aparelhos, instrumentos e
equipamentos, novos, relacionados em ato do Poder Executivo e nas
condições e pelo prazo nele fixados, importados por pessoa jurídica
beneficiária do Padis para incorporação ao seu ativo imobilizado e
destinados às atividades de que tratam os incisos I e II do caput do
art. 2º da Lei 11.484/2007.

d) Nas vendas dos dispositivos referidos nos incisos I e II do caput do


art. 2º da Lei 11.484/2007, efetuadas por pessoa jurídica beneficiária
do Padis, ficam reduzidas:

I - a 0 (zero) as alíquotas da Contribuição para o PIS/Pasep e da Cofins


incidentes sobre as receitas auferidas;

II - a 0 (zero) as alíquotas do IPI incidentes sobre a saída do


estabelecimento industrial; e

III - em 100% (cem por cento) as alíquotas do imposto de renda e


adicional incidentes sobre o lucro da exploração.

Da Aprovação dos Projetos

Os projetos devem ser aprovados em ato conjunto do Ministério da


Fazenda, do Ministério da Ciência e Tecnologia e do Ministério do
Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, nos termos e
condições estabelecidos pelo Poder Executivo.

A aprovação do projeto fica condicionada à comprovação da


regularidade fiscal da pessoa jurídica interessada em relação aos
tributos e contribuições administrados pela Secretaria da Receita
Federal do Ministério da Fazenda e pela Secretaria da Receita
Previdenciária do Ministério da Previdência Social.

O prazo para apresentação dos projetos é de 4 (quatro) anos,


prorrogável por até 4 (quatro) anos em ato do Poder Executivo.

O Poder Executivo estabelecerá, em regulamento, os procedimentos


e prazos para apreciação dos projetos.

Do Investimento em Pesquisa e Desenvolvimento

A pessoa jurídica beneficiária do Padis deverá investir, anualmente,


em atividades de pesquisa e desenvolvimento a serem realizadas no
País, no mínimo, 5% (cinco por cento) do seu faturamento bruto no
mercado interno, deduzidos os impostos incidentes na
comercialização dos dispositivos de que tratam os incisos I e II do
171
caput do art. 2º da Lei 11.484/2007 e o valor das aquisições de
produtos incentivados.

Duração dos Incentivos

O prazo de duração e a vigência dos incentivos constam nos artigos


64 e 67 da Lei 11.484/2007.

Base: artigos 1º ao 12 Lei 11.484/2007.


LEI 9.000/95 – ISENÇÃO DO IPI NA AQUISIÇÃO DE
EQUIPAMENTOS, MÁQUINAS, APARELHOS E INSTRUMENTOS

Ficam isentos do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) os


equipamentos, máquinas, aparelhos e instrumentos novos,
relacionados em anexo, importados ou de fabricação nacional, bem
como os respectivos acessórios, sobressalentes e ferramentas.

São asseguradas a manutenção e a utilização dos créditos do referido


imposto, relativos a matérias-primas, produtos intermediários e
material de embalagem, efetivamente empregados na
industrialização dos referidos bens.

Download para anexo

SUPREMO DECIDE QUE EMPRESAS TERÃO DE REPOR IPI

Fonte: STF - 25/06/2007


Por dez votos a um, o Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu hoje
(25) que a União poderá reaver o IPI (Imposto sobre Produtos
Industrializados) das empresas que compensaram tributos com
créditos de matérias-primas em que incide alíquota zero ou naquelas
não-tributadas. A cobrança só poderá ser feita nos casos dos
pagamentos não realizados nos últimos cinco anos, prazo de
prescrição de tributos.

O julgamento desta tarde durou pouco mais de três horas e debateu


questão de ordem proposta por duas empresas que perderam, em
fevereiro deste ano, o direito de creditar o IPI na aquisição de
matérias-primas tributadas sob os regimes da alíquota zero e da não-
tributação. Na ocasião, ao julgar Recursos Extraordinários (REs
370682 e 353657) interpostos pela União contra as empresas, o STF
decidiu, por seis votos a cinco, que a Constituição Federal não dá
direito a crédito se não for pago imposto na compra das matérias-
primas tributadas sob esses dois regimes.

Essa decisão do Supremo mudou orientação anterior da Corte que,


em 2002, ao julgar caso similar, proferiu decisão favorável aos
contribuintes. Em vista disso, as empresas alegaram que o Supremo
estaria modificando sua jurisprudência em relação à matéria. Por isso,
cobrar os tributos creditados por força de decisões judiciais anteriores

172
ao novo entendimento da Corte seria penalizar os contribuintes
retroativamente e violar o princípio da segurança jurídica.

Apesar do voto favorável do ministro Ricardo Lewandowski, que


levantou a questão de ordem perante o Plenário, a tese das empresas
não vingou. Somente Lewandowski viu razoabilidade no argumento
de que houve uma mudança abruta no entendimento do Supremo
sobre o assunto e, para evitar prejuízo às empresas e salvaguardar o
princípio da segurança jurídica, seria necessário que a decisão do
início do ano só tivesse efeito para o futuro.

Os demais integrantes da Corte entenderam que não houve uma


“virada jurisprudencial na matéria”, para citar palavras do ministro
Sepúlveda Pertence. Segundo ele, o que ocorreu foi uma “reversão de
precedente” em virtude da mudança de composição do Supremo e da
longa rediscussão do assunto.

O ministro Marco Aurélio, primeiro a abrir divergência em relação a


Lewandowski, ponderou que a premissa das empresas era falsa, já
que o Supremo não havia proferido decisão final, sem possibilidade
de recurso, sobre a matéria.

Ele disse ainda que permitir que as empresas que ingressaram em


juízo obtivessem o direito de não devolver o que haviam creditado
seria uma “manifesta injustiça” para com a sociedade e as demais
empresas que pagaram o tributo. “Contribuintes que ingressaram em
juízo conseguirão o implemento do crédito, embora à margem da
autorização normativa constitucional, como se essa não estivesse em
vigor desde 1998.”

Eros Grau comentou que as empresas que não pagaram o tributo o


fizeram “por sua própria conta e risco”. Para ele, permitir o não
pagamento do IPI no caso em discussão seria um “autêntico non
sense” e um “negócio da China para os contribuintes”, já que não
havia jurisprudência pacificada e coisa julgada sobre o assunto.

173

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