Location via proxy:   [ UP ]  
[Report a bug]   [Manage cookies]                

As Teorias Demográficas

Fazer download em doc, pdf ou txt
Fazer download em doc, pdf ou txt
Você está na página 1de 12

As teorias demogrficas Teoria malthusiana(Thomas Malthus- sculos XVIII e XIX- Revoluo Industrial) Nos pases que se industrializavam, a produo

de alimentos aumentou e a populao que migrava do campo encontrava na cidade uma situao socioeconmica e sanitria muito melhor. Assim, a mortalidade se reduziu e os ndices de crescimento populacional se elevaram. Analisando a relao entre a produo de meios de subsistncia e a evoluo demogrfica, Malthus concluiu que o crescimento populacional excedia a capacidade da terra de produzir alimentos. Enquanto o crescimento populacional tenderia a seguir um ritmo de progresso geomtrica, a produo de alimentos cresceria segundo uma progresso aritmtica. Assim, a populao tenderia a crescer alm dos limites de sua sobrevivncia, e disso resultariam a fome e a misria. Diante dessa constatao e para evitar uma catstrofe, Malthus props uma restrio moral aos nascimentos, o que significaria: proibir o casamento entre pessoas muito jovens; limitar o nmero de filhos entre as populaes mais pobres; elevar o preo das mercadorias e reduzir os salrios, a fim de pressionar os mais humildes a ter uma prole menos numerosa. Ao lanar suas idias, Malthus desconsiderou as possibilidades de aumento da produo agrcola com o avano tecnolgico. Aos poucos essa teoria foi caindo em descrdito e desmentida pela prpria realidade. Os neomalthusianos (a partir de 1950 - exploso demogrfica - planejamento familiar) A Segunda acelerao do crescimento populacional ocorreu a partir de 1950, particularmente nos pases subdesenvolvidos. Esse perodo, imediatamente posterior Segunda Guerra Mundial, foi marcado pelo surgimento de novos pases independentes africanos e asiticos e por grandes conquistas na rea da sade, como a produo de antibiticos e de vacinas contra uma srie de doenas. Os remdios se tornaram mais acessveis e baratos. Esse processo denominado revoluo mdico-sanitria, incluiu tambm a ampliao dos servios mdicos, as campanhas de vacinao, a implantao de postos de sade pblica em zonas urbanas e rurais e a ampliao das condies de higiene social. Todos esses fatores permitiram uma acentuada reduo nas taxas de mortalidade, principalmente a infantil, que at ento eram muito elevadas nos pases subdesenvolvidos. A diminuio da mortalidade e a manuteno das altas taxas

de natalidade resultaram num grande crescimento populacional, que atingiu seu apogeu na dcada de 1960 e ficou conhecido como exploso demogrfica. Com a nova acelerao populacional, voltaram a surgir estudos baseados nas idias de Malthus, dando origem a um conjunto de teorias e propostas denominadas neomalthusianas. Novamente, os tericos explicavam o subdesenvolvimento e a pobreza pelo crescimento populacional, que estaria provocando a elevao dos gastos governamentais com os servios de educao e sade. Isso comprometeria a realizao de investimentos nos setores produtivos e dificultaria o desenvolvimento econmico. Para os neomalthusianos, uma populao numerosa seria um obstculo ao desenvolvimento e levaria ao esgotamento dos recursos naturais, ao desemprego e pobreza. Enfim, ao caos social. Para os neomalthusianos, a desordem social poderia levar os pases subdesenvolvidos a se alinhar com os pases socialistas, que se expandiam naquele momento. Para evitar o risco, propunham a adoo de polticas de controle de natalidade, que se popularizaram com a denominao de planejamen1- Teoria Malthusiana - Segundo Malthus , no sc XVIII , a populao crescia em PG( 1,
3 , 9...) e os alimentos em PA( 1 , 4 , 7...) , o que resultaria no futuro um grande contigente de fomintos. hoje a teoria malthusiana contestada , pois com os avanos tecnolgicos pode - se produzir alimentos em quantidade , alm disso a populao no cresceu como o esperado , pois fatores como o uso de anticoncepcionais e a emancipao feminina contribuiram para diminuir o rtmo do crescimento poupulacional.Caso a previso de Malthus se concretizasse hoje a populao mundial seria de aproximadamente 185 bilhes de pessoas , no entanto passa u pouco de 6 bilhes de pessoas. 2-Teoria Neomalthusiana- Tem dimenso aps a 2a Guerra Mundial , com o advento da exploso demogrfica , quando houve um crescimento populaxcional descontrolado nopase do terceiro mundo , devido queda da mortalidade (medicamentos novos , vacinas , antibiticos).Segundo os neomalthusianos os pases pobres so culpados pelas mazelas socias( violncia , drogas , desemprego) , pois no controlam o crescimento populacional , para issso recomendam o uso de anticoncepcionais. 3-Reformistas ou Marxista-Contraria as idias malthusianas , para os reformistas , a pobreza que que causa crescimento elevado da populao e para isso prega as reformas sociais ( educao , emprego , renda). Fonte: http://pt.shvoong.com/social-sciences/education/1931134-teorias-demogr %C3%A1ficas/#ixzz1uBW3z1qtto familiar.

Populao: Teorias Demogrficas


Em 2003, o planeta contava com cerca de 6,3 bilhes de habitantes. Do incio dos anos 1970 at 2003, o

crescimento da populao mundial caiu de 2,1% para 1,2% ao ano, o nmero de mulheres que utilizam algum mtodo anticoncepcional aumentou de 10% para 50% e o nmero mdio de filhos por mulher (taxa de fecundidade) em pases desenvolvidos caiu de 6 para 2,7. Ainda assim, esse ritmo continua elevado e, caso se mantenha, a populao do planeta ser de 9 bilhes em 2050. Desde a antiguidade, o crescimento populacional tema de reflexo para muitos estudiosos que se preocupam com o equilbrio entre a organizao da sociedade, a dinmica demogrfica e a explorao dos recursos naturais. Na China, h mais de mil anos, textos apontavam as vantagens do que era considerada a quantidade ideal de pessoas para manter um hipottico equilbrio entre a disponibilidade de terras e a populao local, indicando que o governo deveria incentivar as migraes de zonas muito povoadas para outras com menor densidades de ocupao. Na Grcia antiga, Plato e Aristteles advertiram, como fez Malthus na Inglaterra muitos sculos depois, que no seria possvel aumentar as reas de cultivo na mesma velocidade do crescimento populacional, o que tenderia a aumentar os nveis de pobreza e a escassez de alimentos ao longo de sucessivas geraes. Somente a partir do sculo XVIII, com o desenvolvimento do capitalismo, o crescimento populacional passou a ser estudado como um fato positivo, uma vez que, quanto mais pessoas houvesse, mais consumidores tambm haveria. Nessa poca, foi publicada a primeira teoria demogrfica de grande repercusso, formulada pelo economista ingls Thomas Robert Malthus (1766-1834). Ao final da Segunda Guerra Mundial surgiu outra teoria demogrfica importante, a neomalthusiana, e, em resposta ela, representantes dos pases subdesenvolvidos elaboraram a chamada teoria reformista, com concluses inversas s das duas teorias demogrficas anteriores. Conhea trs teorias demogrficas de destaque, surgidas a partir do sculo XVIII e outros conceitos bsicos sobre demografia. Caractersticas e crescimento da populao mundial: Pases com mais de 100 milhes de habitantes em 1950, 2003 e 2050 Por que a populao mundial est envelhecendo? Uma anlise que explica o fenmeno do envelhecimento populacional verificado nos pases desenvolvidos e a tendncia de "encolhimento" populacional nessas naes.

Revoluo Industrial e Crescimento Demogrfico : uma reflexo sobre a importncia da industrializao da sociedade no crescimento demogrfico dos pases europeus entre os sculos XVIII e XIX. Taxas - Fundamentos bsicos para a leitura de dados demogrficos : Taxa de natalidade, taxa de mortalidade, taxa de crescimento vegetativo, taxa de fecundidade, taxa de mortalidade infantil. Teoria de Malthus : a mais famosa teoria demogrfica, suas concepes, reflexes e consideraes. Teoria neomalthusiana: teoria que, embora com postulados totalmente diferentes daqueles utilizados por Malthus, chega mesma concluso. Teoria reformista (marxista) : teoria elaborada em resposta aos malthusianos, que chega concluso inversa s teorias malthusianas, e muito mais adequada aos interesses terceiromundistas.

Bibliografia: MOREIRA, J.C. SENE, Eustquio. Geografia Geral e do Brasil: espao geogrfico e globalizao. So Paulo : Scipione, 2005. p.430.

Teorias demogrficas e estrutura da populao Presentation Transcript

1. TEORIA MALTHUSIANA TEORIA NEOMALTHUSIANA TEORIA

REFORMISTA OU MARXISTA TEORIA DO CICLO OU TRANSIO DEMOGRFICA TEORIAS DEMOGRFICAS

2. TEORIA MALTHUSIANA DEFENDIDA EM 1798 PELO

ECONOMISTA E SACERDOTE ANGLICANO THOMAS ROBERT MALTHUS

A POPULAO CRESCE EM RITMO DE PROGRESSO GEOMTRICA (PG), DOBRANDO A CADA 25 ANOS A PRODUO DE ALIMENTOS CRESCE EM RITMO DE PROGRESSO ARITMTICA (PA) PREVIA QUE EM UM FUTURO PRXIMO, FALTARIA ALIMENTOS E QUE O PLANETA ENTRARIA EM UM CAOS SOCIAL SOLUO: CONTROLE DE NATALIDADE DE FORMA NATURAL (ABSTINNCIA SEXUAL)

3. FALHAS COMETIDAS POR MALTHUS COM A URBANIZAO

A POPULAO REDUZ O NMERO DE FILHOS AUTOMATICAMENTE A ENTRADA DA MULHER NO MERCADO DE TRABALHO POR OPO OU NECESSIDADE CASAMENTOS COM IDADES MAIS AVANADAS REDUZINDO O TEMPO NATURAL DE FERTILIDADE DA MULHER EVOLUO E DISSEMINAO DE MTODOS CONTRACEPTIVOS EVOLUO NA AGRICULTURA AUMENTANDO A PRODUTIVIDADE

4. TEORIA NEOMALTHUSIANA DEFENDIDA POR UM GRUPO DE

PASES DESENVOLVIDOS NO PS SEGUNDA GUERRA MUNDIAL A TEORIA AFIRMA QUE: O EXCESSO DE FILHOS CAUSA POBREZA O ALTO CRESCIMENTO VEGETATIVO CANALIZA MUITOS RECURSOS PARA SADE E EDUCAO DOS JOVENS, COMPROMETENDO OS INVESTIMENTOS NOS SETORES PRODUTIVOS E DIFICULTANDO O DESENVOLVIMENTO DO PAS SOLUO: CONTROLE RGIDO E OFICIAIS DA NATALIDADE (PLANEJAMENTO FAMILIAR)

5. TEORIA REFORMISTA OU MARXISTA DEFENDIDA POR

PASES SUBDESENVOLVIDOS, CONTRAPE-SE TEORIA ANTERIOR A TEORIA AFIRMA QUE: A POBRESA E A MISRIA QUE LEVA AO EXCESSO DE FILHOS AS ELEVADAS TAXAS DE CRESCIMENTO VEGETATIVO SO CONSEQUNCIAS E NO CAUSA DO SUBDESENVOLVIMENTO SOLUO: REDISTRIBUIO DE RENDA E REFORMAS SOCIOECONMICAS A PARTIR DA MELHORA NO PADRO E QUALIDADE DE VIDA A REDUO E O CONTROLE DE NATALIDADE SER ESPONTNEO PELA POPULAO

6. TEORIA DO CICLO OU TRANSIO DEMOGRFICA A TEORIA

SUSTENTA A IDIA DE QUE OS PASES PASSAM POR ESTGIOS DE CRESCIMENTO TODOS OS PASES UM DIA ATINGIRO O LTIMO ESTGIO (EQUILBRIO DEMOGRFICO COM BAIXO CRESCIMENTO VEGETATIVO)

7. ESTGIOS DE CRESCIMENTO 1 ESTGIO CRESCIMENTO

BAIXO OU LENTO (TAXAS ALTAS DE NATALIDADE E MORTALIDADE) 2 ESTGIO CRESCIMENTO ALTO OU ELEVADO (TAXAS DE NATALIDADE ALTAS E DE MORTALIDADE BAIXAS EXPLOSO DEMOGRFICA) 3 ESTGIO CRESCIMENTO PARADO OU ESTAGNADO (BAIXAS TAXAS DE NATALIDADE E MORTALIDADE)

8. VARIAO DO CRESCIMENTO VEGETATIVO DO BRASIL

9. ESTRUTURA DA POPULAO ESTRUTURA OCUPACIONAL

ATIVOS QUE TRABALHAM, QUE EXERCEM UMA ATIVIDADE REMUNERADA OU ESTO EM CONDIES DE EXERC-LA (ADULTOS) INATIVOS POR ALGUM MOTIVO NO PODEM EXERCER UMA ATIVIDADE REMUNERADA (JOVENS, IDOSOS E INVLIDOS) OBS: QUANTO MAIOR O PERCENTUAL DE ATIVOS, MAIS DESENVOLVIDO O PAS POPULAO ECONOMICAMENTE ATIVA (PEA) POPULAO ECONOMICAMENTE INATIVA (PEI)

10. OBS: QUANTO MAIOR O PERCENTUAL DE ADULTOS,

MAIOR SER O PERCENTUAL DE ATIVOS

11. SETORES DA ECONOMIA PRIMRIO ENGLOBA AS

ATIVIDADES RURAIS (AGRICULTURA, PECURIA E EXTRATIVISMO) SECUNDRIO ENGLOBA AS INDSTRIAS E A CONSTRUO CIVIL TERCIRIO ENGLOBA O COMRCIO, PRESTAO DE SERVIOS E SUBEMPREGOS

12. OBS: QUANTO MAIOR O PERCENTUAL DE ATIVOS NO

SETOR PRIMRIO, MENOS DESENVOLVIDO SER O PAS

13. ESTRUTURA POR IDADE E SEXO IDOSOS 60 ANOS OU

MAIS ADULTOS 20 A 59 ANOS JOVENS 0 A 19 ANOS

14. OBS: QUANTO MAIOR FOR O PERCENTUAL DE JOVENS,

MAIS POBRE SER O PAS

15. 16. EVOLUO DO BRASIL NO BRASIL J PREDOMINA

ADULTOS, MAS AINDA GRANDE O PERECENTUAL DE JOVENS (ELEVADOS GASTOS COM EDUCAO E SADE) COM O DECORRER DO TEMPO O PROCESSO SER OPOSTO - REDUO DE JOVENS E AUMENTO DE IDOSOS (MAIORES GASTOS COM APOSENTADORIAS)

Todos os seres vivos aumentam de tamanho desde o seu nascimento at atingirem as dimenses mximas caractersticas de cada espcie, que dependem igualmente das condies ambientais. a esse processo de aumento natural de tamanho que se chama crescimento individual. Em ecologia chama-se crescimento populacional ao aumento do nmero de indivduos de uma espcie que vivem em determinado habitat. Este processo estudado pela dinmica das populaes.

Nossa populao est em exploso demogrfica desde a revoluo industrial que comeou na Inglaterra no sculo XVII por volta de 1650. Veja como essa progresso geomtrica: 1 a 2 bilhes de pessoas entre 1850 a 1925 75 anos se passaram. 2 a 3 bilhes de pessoas entre 1925 a 1962 37 anos se passaram. 3 a 4 bilhes de pessoas entre 1962 a 1975 13 anos se passaram. 4 a 5 bilhes de pessoas entre 1975 a 1985 10 anos se passaram. 5 a 6 bilhes de pessoas entre 1985 a 1993 8 anos se pasaram. 6 a 7 bilhes de pessoas entre 1993 a 1999 6 anos se passaram. A projeo indica que a populao humana estar crescendo de 1 bilho de pessoas a mais por ano (1.000.000.000/ano ) neste planeta ainda nesta dcada. 2000 a 2010 ! necessrio rever as polticas de controle da natalidade em todos os pases do mundo. No justo deixar a populao humana sem controle algum na natalidade e prosseguir na exploso demogrfica at a extino Malthusiana, a morte por fome e destruio total do ambiente, com o aquecimento global e guerras entre os povos tentando sobreviver at s custas do canibalismo. necessrio desvincular o controle da natalidade humana de conceitos extritamente religiosos e passar a proceder nessa realidade de forma mais cientfica, mdica, ecolgica e racional. Seno as conseqncias sero cada vez mais agravadas at finalmente a constatao na prtica de que a Teoria Populacional Malthusiana especialmente vlida e correta. POPULAO E SOCIEDADE A populao e como ela pode estar espalhada em um determinado pas. Tambem algumas teorias sobre o crescimento da populao, e o que influi no crescimento natural de uma populao. Populao o conjunto de pessoas que residem em determinado territrio, que pode ser uma cidade, um estado, um pas ou mesmo o planeta como um todo. Ela pode ser classificada segundo sua religio, nacionalidade, local de moradia, atividade econmica e tem seu comportamento e suas condies de vida retratada atravs de indicadores sociais. A populao de um pas pode conter vrias naes, como o caso de diversos pases da frica, onde os colonizadores europeus estabeleceram as atuais fronteiras em funo dos prprios interesses econmicos e geopolticos. Em uma dada populao, mesmo que as pessoas tenham ideais comuns e formem uma nao, h grandes contrastes no que se refere a participao dos habitantes na renda nacional, ou seja, existem as classes sociais, e da surge a necessidade da ao do Estado para intermediar os conflitos de interesses. Nos pases subdesenvolvidos, o Estado costuma estar a servio dos interesses privados de uma minoria da populao e os servios pblicos so relegados a ltimo plano. Quanto mais acentuadas as diferenas sociais, maior a concentrao da renda, maiores as distncias entre a mdia dos indicadores sociais de populao e a realidade em que vive a maioria dos cuidados. Por exemplo, se a taxa de

natalidade de um pas for alta, necessrio considerar o que est acontecendo nas suas diferentes regies ou classes sociais: os pobres costumam ter mais filhos que os ricos. Populao absoluta nmero total de habitantes e relativa por quilmetros quadrado. Um pas considerado populoso quando o nmero absoluto de habitantes alto. Porm, quando a anlise parte do pressuposto que interessa, ou seja, da qualidade de vida da populao, esses conceitos devem ser relativizados. Os Pases Baixos, apesar de apresentarem uma populao relativa alta 429 hab./km, possuem uma estrutura econmica e servios pblicos que atendem as necessidades dos seus cidados e no podem, portanto, ser considerados um pas superpovoados. J o Brasil, com uma baixa populao relativa, muito povoado, devido a carncia de servios pblicos. Nesse contexto, o que conta a analise das condies socioeconmicas da populao, e no a anlise demogrfica. O crescimento populacional ou demogrfico Do inicio dos anos 70 at hoje, o crescimento da populao mundial caiu de 2,1% para 1,6% ao ano, o numero de mulheres que utilizaram algum mtodo anticoncepcional aumentou de 10% para 50% e o nmero mdio de filhos por mulher em pases subdesenvolvidos caiu de 6 para 4. Ainda assim, esse ritmo continua alto e, caso se mantenha, a populao do planeta duplicar at 2050. O crescimento demogrfico est ligado a dois fatores: o crescimento natural ou vegetativo, e a taxa de migrao, que a diferena entrem a entrada e a sada de pessoas de um territrio. O crescimento da populao foi, explicado a partir de teorias. Vejamos as principais. Teoria de Malthus Em 1798, Malthus publicou uma teoria demogrfica que apresenta basicamente dois postulados: - A populao, se no ocorrerem guerras, epidemias, desastres naturais, tenderia a duplicar a cada 25 anos. Ela cresceria, portanto, em progresso geomtrica. - O crescimento da produo de alimentos ocorreria apenas em progresso aritmtica e possuiria em limite de produo, por depender de um fator fixo: o prprio limite territorial dos continentes. Malthus concluiu que o ritmo de crescimento populacional seria mais acelerado que o ritmo de crescimento da produo alimentar. Previa ainda que um dia estariam esgotadas as possibilidades de aumento da rea cultivada, pois todos os continentes estariam plenamente ocupados pela agropecuria e a populao do planeta continuaria crescendo. A conseqncia seria a fome, a falta de alimentos para abastecer as necessidades de consumo do planeta. Hoje, sabe-se que suas previses no se concretizaram: a populao do planeta no duplicou a cada 25 anos e a produo de alimentos cresceu no mesmo ritmo do desenvolvimento tecnolgico. Os erros dessa previso esto ligados

principalmente as limitaes da poca para a coleta de dados, j que Malthus tirou suas concluses a partir da observao do comportamento demogrfico em uma regio limitada. No previu os efeitos decorrentes da urbanizao na evoluo demogrfica e do progresso tecnolgico aplicado a agricultura. A fome que castiga mais da metade da populao mundial resultado da m distribuio, e no da carncia na produo de alimentos. A fome existe porque as pessoas no possuem o dinheiro necessrio para suprir suas necessidades bsicas, fato facilmente do enorme volume de alimentos exportados, as prateleiras dos supermercados esto sempre lotadas e a panela de muitas pessoas n~\o tem nada para comer. Teoria de neomalthusiana Foi realizada uma conferencia de paz em 1945, em So Francisco, que deu origem a Organizao das naes Unidas. Foram discutidas estratgias de desenvolvimento, visando evitar a ecloso se um novo conflito militar em escala mundial. Mas havia um ponto de consenso entre os participantes: a paz depende da harmonia entre os povos e, portanto, da diminuio das desigualdades econmicas no planeta. Passaram a propor amplas reformas nas relaes econmicas, bvio, diminuram as vantagens comerciais e, portanto, o fluxo de capitais e a evaso de divisas dos pases subdesenvolvidos em direo ao caixa dos pases desenvolvidos. Foi criada a teoria demogrfica neomalthusiana, ela defendida pelos pases desenvolvidos e pelas elites dos pases subdesenvolvidos, para se esquivarem das questes econmicas. Segundo essa teoria, uma populao jovem numerosa, necessita de grandes investimentos sociais em educao e sade. Com isso, diminuem os investimentos produtivos nos setores agrcolas e industriais, o que impede o pleno desenvolvimento das atividades econmicas e, portanto, da melhoria das condies de vida da populao. Segundo os neomalthusianos, quanto maior o numero de habitantes de um pas, menor a renda per capita e a disponibilidade de capital a ser distribudo pelos agentes econmicos. Ela passa, ento, a propor programas de controle de natalidade nos pases subdesenvolvidos e a disseminao da utilizao de mtodos anticoncepcionais. uma tentativa de encobertar os efeitos devastadores dos baixos salrios e das pssimas condies de vida que vigoram nos pases subdesenvolvidos a partir de uma argumentao demogrfica. Teoria reformista Nessa teoria uma populao jovem numerosa, em virtude de elevadas taxas de natalidade, no causa, mas conseqncia do subdesenvolvimento. Em pases desenvolvidos, onde o padro de vida da populao elevado, o controle da natalidade ocorreu paralelamente a melhoria da qualidade de vida da populao

e espontaneamente, de uma gerao para outra. necessrio o enfrentamento, em primeiro lugar, das questes sociais e econmicas para que a dinmica demogrfica entre em equilbrio. Para os defensores dessa corrente, a tendncia de controle espontneo da natalidade facilmente verificvel ao se comparar a taxa de natalidade entre as famlias brasileiras de classe baixa e as de classe mdia. medida que as famlias obtm condies dignas de vida, tendem a diminuir o nmeros de filhos para no comprometer o acesso de seus dependentes aos sistemas de educao e sade. Essa teoria mais realista, por analisar os problemas econmicos, sociais e demogrficos de forma objetiva, partindo de situaes reais do dia-a-dia das pessoas. O crescimento vegetativo ou natural Atualmente, o que se verifica uma queda global dos ndices de natalidade e mortalidade, apesar de estar aumentando o numero de pessoas que vivem na misria e passam fome. Essa queda est relacionada principalmente ao xodo rural, e suas conseqncias no comportamento demogrfico: - Maior custo para criar os filhos: muito mais caro e dificil criar filhos na cidade, pois necessrio adquirir maior volume de alimentos bsicos, que no so cultivados pela famlia. As necessidades gerais de consumo com vesturio, lazer, medicamentos, transportes, energia, saneamento e comunicao aumentam substancialmente. - Trabalho feminino extradomiciliar: no meio urbano, aumentam sensivelmente o percentual de mulheres que trabalham fora de casa e desenvolvem carreira profissional. - Aborto: sabe-se, porm, que a urbanizao elevou bastante a sua ocorrncia, contribuindo para uma queda da natalidade. - Acesso a tratamento mdico, saneamento bsico e programa de vacinao: esses fatores justificam um fenmeno: nas cidades, a expectativa de vida maior que no campo. Mas isso no significa que a populao esteja vivendo melhor, vive apenas mais. Em alguns pases desenvolvidos, as alteraes comportamentais criadas pela urbanizao e a melhoria do padro de vida causaram uma queda to acentuada dos ndices de natalidade que, em alguns momentos, o ndice de crescimento vegetativo chegou a ser negativo. Nos pases subdesenvolvidos, de forma geral, embora as taxas de natalidade e mortalidade venham declinando, a de crescimento vegetativo continua elevado de 1,7% ao ano. O movimento populacional O deslocamento de pessoas pelo planeta se deve principalmente por causas econmicas. Nas reas de repulso populacional, observa-se crescente desemprego, subemprego e baixos salrios, enquanto nas reas de atrao populacional so oferecidas melhores perspectivas de emprego e salrio. H tipos diferenciados de movimentos populacionais: espontneos, quando o

movimento, tnica ou poltica e, por fim, controlados, quando o estado controla numrica ou ideologicamente a entrada de imigrantes. Qualquer deslocamento de pessoas traz conseqncias demogrficas e culturais. Tem crescido, a cada ano, os conflitos entre povos que passam a compartilhar o mesmo espao nacional em seu cotidiano. Em todo o planeta, crescem os movimentos neonazistas e separatistas, que esto assumindo dimenses criticas na Europa, tendo em conseqncia do grande fluxo de movimento populacional. Transio demogrfica A transio demogrfica , no geral, um processo de diminuio de taxas de mortalidade e natalidade, sendo que a primeira diminui mais rpido que a segunda, causando um perodo de aumento do crescimento vegetativo e, portanto, de grande acrscimo populacional. E esse termo, que utilizado em demografia, ajuda a entender ao mesmo tempo dois fenmenos: Em primeiro lugar, explica porque o crescimento da populao mundial se disparou nos ltimos 200 anos (passando dos 1.000 milhes de habitantes no ano 1800 aos 6.500 milhes na atualidade). Em segundo lugar, descreve o perodo de transformao de uma sociedade prindustrial (caracterizada para ter umas taxas de natalidade e de mortalidade altas) a uma moderna ou ps-industrial (caracterizada por ter ambas as taxas baixas). A taxa de mortalidade ou coeficiente de mortalidade um dado demogrfico do nmero de bitos geralmente para cada mil habitantes em uma dada regio em um perodo de tempo. A taxa de mortalidade pode ser tida como um forte indicador social, j que quanto piores as condies de vida, maior a taxa de mortalidade e menor a esperana de vida. No entanto, pode ser fortemente afetada pela longevidade da populao, perdendo a sensibilidade para acompanhamento demogrfico. Outros indicadores de sade, como a taxa de mortalidade infantil, so mais significativos, pois tm forte correlao com as condies de vida em geral. Mortalidade infantil consiste no bito de crianas durante o seu primeiro ano de vida e a base para calcular a taxa de mortalidade infantil que consiste na mortalidade infantil observada durante um determinado perodo de tempo, normalmente um ano, referida ao nmero de nascidos vivos do mesmo perodo. Para facilidade de comparao entre os diferentes pases ou regies do globo esta taxa normalmente expressa em nmero de bitos de crianas com menos de um ano, a cada mil nascidos vivos. O ndice considerado aceitvel pela Organizao Mundial da Sade (OMS) de 10 mortes / mil nascimentos. Taxa de natalidade Em demografia, a taxa de natalidade de uma populao se refere ao nmero de crianas nascidas por grupo de 100 pessoas por ano. Ela pode ser representada

pela equao matemtica onde n o nmero de crianas nascidas no ano e p a mdia populacional do perodo em questo. Desde a dcada de 1970 vem ocorrendo uma reduo na taxa de natalidade no Brasil. CRESCIMENTO VEGETATIVO O crescimento vegetativo a diferena entre os nascimentos e os bitos, ou seja, entre a taxa de natalidade e a de mortalidade, geralmente ele expresso em porcentagem. O Crescimento vegetativo pode ser: * Positivo: Quando o nmero de nascimentos maior que o de mortes. * Negativo: Quando o nmero de nascimentos menor que o de mortes. * Nulo: Quando o nmero de nascimentos igual ao de mortes.

Você também pode gostar