Segurito 77
Segurito 77
Segurito 77
Mensagem ao Leitor
Prezados Prevencionistas, Algum tempo atrs pensei em fazer um jornalzinho para passar aos alunos informaes interessantes sobre a Segurana do Trabalho. No incio praticamente no escrevia, apenas compilava textos de bons livros, a trs anos comecei a distribuir pela internet e a escrever a maior parte das edies. A aceitao do jornal via e-mail foi mantendo a motivao e nesta edio com mais de 7000 e-mails enviados e divulgao em diversos sites o Jornal Segurito completa 07 anos. Para comemorar a data entrei em contato com alguns dos leitores ilustres que me enviaram textos para compor um Segurito de aniversrio. Um abrao e obrigado, Prof. Mrio Sobral Jr.
Sempre em Frente
BOA LEITURA
Este livro apresenta a experincias de trs profissionais. Trazendo embasamento terico e prtico de diversos assuntos, com texto didtico e excelente apresentao grfica, tornando a leitura mais agradvel.
osso segmento cresceu nos ltimos tempos, mas ainda permanece truncado em face do comportamento de nossa gente profissional, pois falta boa vontade e seriedade, precisamos acordar e mostrar interesse pelo segmento profissional, fato que desmotiva e emperra nosso crescimento, precisamos sair do comodismo, leitura e dinamismo fazem parte. Independentemente da situao, ser e estar na condio de Tcnico, sou prevencionista e isso faz a grande diferena, pois somos todos prevencionistas independente de nossa atuao, pois fazemos e somos parte do SESMT e, precisamos uns dos outros, esse importante elo necessrio, pois mantm viva essa grande corrente que tem a responsabilidade incontestvel de trabalhar a vida dos trabalhadores. Para sermos melhores, devemos ser mais responsveis, vestindo a camisa da preveno em prol do universo que nos rodeia.
Cludio Antonio Dias de Oliveira, Tcnico Segurana do Trabalho, Bacharel em Cincias Jurdicas, Palestrante e Editor do Jornal Semanal O Prevencionista. (solicite o jornal pelo e-mail: claudio3214@yahoo.com.br).
Preveno e Controle de Risco em Mquinas Equipamentos e Instalaes Ed. SENAC So Paulo Armando Campos, Jos da Cunha Tavares e Valter Lima
Piadinhas
Disse ao mdico que estava me sentindo gordo e feio. Ento perguntei o que eu tinha. E ele me respondeu: - Razo! A coroa diz ao garoto: - Do que voc mais gosta em mim? Do meu rosto angelical ou do meu corpo magnfico? - Do seu senso de humor
mtodos de trabalho, impliquem risco acentuado em virtude de exposio permanente do trabalhador a: (...) energia eltrica. Ao descrever apenas energia eltrica, o novo art. 193 da CLT aumentou a abrangncia dos profissionais que fazem jus ao adicional de periculosidade em virtude dessa exposio. Tudo nos leva a crer (por uma questo de interpretao literal do novo texto celetista), que a partir de agora, independente de ser um sistema eltrico de potncia (SEP) ou sistema eltrico de consumo (SEC); independente da voltagem da rede eltrica, enfim, nada disso importa: o trabalhador ter direito ao adicional de periculosidade. No entanto, por cautela, bom que aguardemos um posicionamento definitivo do Judicirio (e esperamos que isso ocorra logo) quanto a seguinte pergunta: o novo art. 193 da CLT revoga (de fato e de direito) o antigo Decreto 93.412/1986? Bons debates ho de vir. Um forte abrao, e um incrvel 2013 para todos ns!
Mensagem do Cosmo
No stimo aniversrio do Jornal Segurito muito oportuno citar a importncia do conhecimento como base para uma preveno de acidentes verdadeira e eficaz. Espero que este informativo na minha forma de ver muito til siga por muitos anos sendo uma ferramenta prevencionista simples e importante como sempre foi.
JORNAL SEGURITO
Piadinhas
Ele era to feio que quando foi comprar a mscara para o carnaval o cara vendeu s os elastiquinhos. Se passando lcool nas mos voc fica imune a vrias bactrias, bebendo ento... voc fica quase imortal.
Essas recomendaes do PPR, na prtica, significam que: 1) o respirador e filtro, quando existente, devem ser adequados ao risco, isto , selecionados de acordo com o citado documento da Fundacentro; 2) a pea facial do respirador selecionado no item anterior deve vedar de modo aceitvel no rosto do usurio, o que deve ser verificado pela realizao do Ensaio de Vedao; 3) o respirador deve estar colocado corretamente no rosto, o que verificado pela realizao do teste de presso positiva ou negativa; 4) o trabalhador deve utilizar o respirador durante todo o tempo que estiver na rea contaminada; 5) o usurio deve ter condies fsicas e psicolgicas que permitam o uso desse EPI, o que exige alguns cuidados no exame mdico; 6) o respirador deve estar em
Maurcio Torloni Doutor em Engenharia Qumica e Consultor em Proteo Respiratria mtorloni@uol.com.br e Maurcio Torloni Filho Engenheiro de Segurana do Trabalho e Higienista - mauricio.filho@twabrasil.com.br
JORNAL SEGURITO
Passivos de um Acidente
os Segurito taxista aos fins de semana e no domingo que vem iria fazer a prova da segunda fase de um concurso em que foi pontuado na primeira fase. Durante a semana trabalha na empresa Di Tudo Ltda. aonde, na sexta passada, sofreu um acidente do trabalho e precisar ficar afastado da empresa por alguns meses. Como entende que a empresa no est lhe amparando adequadamente, contratou um advogado e ir processar a Di Tudo solicitando danos emergentes, lucros cessantes, dano moral, dano esttico e dano pela perda de uma chance. Como que , professor? Apesar da histria fictcia, importante termos uma noo em relao s frequentes reclamaes trabalhistas. Vejamos o que significa cada termo: Dano Emergente: est relacionado quilo que o lesado perdeu efetivamente (Ex: dinheiro perdido durante perodo de afastamento, tratamento mdico e demais despesas). Lucro cessante: a consequncia do ato danoso sobre o patrimnio da vtima, aquilo que a vtima deixar de lucrar (ex; dinheiro dos fins de semana como taxista).
Exercendo a profisso - Conhea a sua empresa: Ande em todos os setores da empresa, conhea os superiores de cada setor. Tcnico em Segurana do Trabalho tem que saber se relacionar para poder contar com opinies e conselhos de todos. - Grau de Risco: importante conhecer o Grau de Risco principal e os secundrios, isso ajuda na hora de tomar decises. - Faa-se conhecer: importante que todos saibam que o novo TST da empresa, para isso at Emails e comunicados internos na empresa servem. - CIPA: Procure contato imediato com os
cipeiros se a empresa tiver. A CIPA um aliado muito importante em favor do sucesso da gesto de segurana do trabalho na empresa. Por isso procure conversar muito com eles, e avalie cada proposta ou sugesto que fizerem. Documentao: Procure saber se os programas da empresa esto em dia. O PPRA merece ateno especial, pois no caso de fiscalizao normalmente o primeiro documento solicitado. Veja se o PPRA atual da empresa atende a realidade atual , veja tambm se o cronograma de aes est sendo cumprido, se no estiver coloque isso como prioridade. - Verifique se os EPIs da empresa atendem as normas e a realidade do risco da empresa, e se esto em ordem. O profissional de sucesso aquele que consegue resolver o problema usado os meios reais, no os imaginveis. Nossa profisso visa encontrar solues reais e no somente apontar problemas. Esquea o seu anterior: No culpe ningum pelos problemas que encontrar na empresa. Caso no houvesse problemas no precisariam de voc. Somos contratados exatamente para isso. - Documente suas aes: Se tem uma coisa que estou aprendendo a duras penas o valor dos Emails na organizao do meu trabalho na empresa.
Cuidando da Semente
nquanto tcnico e educador na rea de SST eu sempre tive um sonho que queria ver realizado. Desde a dcada de 90 integrei grupos de trabalho formados por tcnicos tanto do Ministrio do Trabalho e Emprego quanto da Fundacentro com o objetivo de inserir contedos sobre Segurana e Sade no Trabalho nos planos de cursos e disciplinas do ensino fundamental. Assim foram bem planejados e testados vrios projetos dentre os quais destaco: A Escola do Futuro Trabalhador e o Aprendendo com a Natureza, mas, infelizmente, veio a burocracia oficial com as suas doses de inveja aliada politicagem e conseguiu engavetar essas boas iniciativas.
poderia chamar muita ateno, seno o projeto teria o mesmo destino dos anteriores. No primeiro semestre de 2011 realizei reunies com representantes do Cerest-DF e da Secretaria de Estado de Educao do DF e lancei o desafio de realizarmos, ao menos uma vez por ms, a ttulo de experincia, atividades extraclasses com alunos do 8 e 9 ano do ensino fundamental, haja vista a proximidade com o mundo do trabalho. Ento veio tona o projeto Segurana e Sade no Trabalho na Educao Bsica com o objetivo de disseminar informaes e conhecimentos para professores e alunos. Esta experincia educativa por enquanto vai vingando e j estamos entrando agora em 2013 para o terceiro ano. So realizadas atividades extraclasse uma vez por ms no auditrio da Fundacentro-DF, tanto no perodo matutino quanto no vespertino, o Cerest-DF fornece o nibus e a Diretoria de Ensino Fundamental da SEEDF seleciona as escolas pblicas. Tudo feito em parceria e num ritmo dinmico. Os relatrios de avaliao mostram o quanto tem sido aceito por professores e alunos. Pelo xito dessa experincia continuo acreditando que na rea de SST: Se semearmos bem a semente no necessitaremos no futuro desentortar rvores!.
Piadinhas
Estava to carente que quando abriu a geladeira e a luz acendeu achou que fosse uma festa surpresa... ramos to pobres que a minha me obrigava a comer sopa com garfo, para sobrar caldo para o irmo seguinte.
Agora em 2011 resolvi colocar em prtica uma nova ideia no campo do ensino de SST para adolescentes, mas tomei o cuidado, pois no
Luiz Augusto Damasceno Brasil, Educador e Tecnologista Snior da Fundacentro-DF Informaes sobre o projeto podem ser obtidas pelo E-mail ladbrasil@gmail.com
JORNAL SEGURITO
Contra o tempo P arece at tema os prazos Holllywoodiano, de filme mas a verdade que da NR-12 para
as empresas adequarem suas mquinas esto chegando ao fim. Entretanto nem tudo est perdido. Teoricamente se as mquinas da sua empresa no geram RISCO GRAVE e IMINENTE de acidentes ainda possvel realizar a adequao das mesmas at 24 junho de 2013, segundo a portaria SIT N 197, DE 1712-2010. Mas como saber se a mquina se enquadra nesta situao?
desequilbrio devido queda de algum material, andaime sem total estabilidade, tbuas sem resistncia ideal, talabarte com desgaste, dentre vrias outras situaes possveis.
Para isso necessrio realizar a avaliao de risco da mquina. Com ela ser possvel classificar o risco da mquina e identificar os pontos de perigo, que por sua vez devero ser protegidos fisicamente ou por sistemas de segurana (ex: cortina de luz, chaves de segurana, vlvulas de segurana, etc). Aps a avaliao de risco as etapas que se seguem so as de projeto de segurana e implementao das protees cujo objetivo definir o que ser melhorado na mquina e a integrao dos sistemas de segurana projetados, respectivamente. Mas fique atento! Implementar sistemas de segurana nas mquinas no como montar uma rvore de natal em que voc pe uma bolinha aqui e outra ali. necessrio obedecer normas tcnicas de instalao como a NBR 5410, por isso solicite ao prestador de servio ou profissional responsvel a emisso de ART (Anotao de Responsabilidade Tcnica) tanto da avaliao de risco quanto das fases de Projeto/ implementao. Receita para sair do fundo do poo: 1 Realize o Inventrio das mquinas conforme as exigncias do item 12.153 da NR-12; 2 Elabore um Plano de ao priorizando as mquinas por criticidade (mais perigosas); 3 Estabelea prazos os mais curtos possveis e implemente as aes. Caso a sua mquina esteja enquadrada como de RISCO GRAVE e IMINENTE haja rapidamente, pois nesses casos existe grande probabilidade de acidentes e a legislao implacvel (no determina prazos) podendo a autoridade fiscal do trabalho, inclusive, interditar a mquina Essas dicas acima no garantem imunidade, pois cabe autoridade fiscal do trabalho aceitar ou no os planos de ao, mas apresentar um trabalho j iniciado bem melhor que no apresentar nada. Bom trabalho!
No entanto, basta um segundo de total auto confiana, como por exemplo, no realizar a diria inspeo do cinto e do andaime que estar utilizando e o acidente pode ocorrer. Ento precisamos deixar o trabalhador seguro, porm fazer com que ele saiba todos os riscos envolvidos, ou seja, colocar uma pulga atrs da orelha, que o faa manter a ateno mnima necessria para realizar sua atividade sem acidentes.
Quando o vero o ano todo M anaus uma cidade quente, com Exposio Ocupacional - TLVs(2012), mdia anual de temperatura elevada. A
exposio ao calor depende diretamente das condies climticas locais, havendo variao durante o dia, ms e ano, ficando impossvel se caracterizar a exposio com preciso por meio de amostras instantneas.
A NR-15 da Portaria 3.214/78 foi clonada dos limites de tolerncia da ACGIH de 1976. Os limites da ACGIH so atualizados anualmente e a Legislao Brasileira parou no tempo. Quando se criou o Anexo 3 da NR-15, utilizouse um limite estabelecido para os EUA, e em nenhum momento houve preocupao em adapt-lo s diferentes regies brasileiras. Atividades desenvolvidas cu aberto, ou sobre influncia direta da carga solar, nas regies sul e sudeste, so muito mais amenas do que as desenvolvidas na regio norte. No se poderia estabelecer um limite de tolerncia nico para todas as regies brasileiras. Em face disso, qualquer atividade desenvolvida cu aberto na cidade de Manaus, em dia ensolarado, no perodo mais desfavorvel (12:00 s 15:00h), ultrapassar o limite de tolerncia estabelecido pela NR-15. A prpria ACGIH em seu Livreto de Limites de
reconhece que para indivduos aclimatados, alm do monitoramento ambiental, deve-se avaliar a sobrecarga fisiolgica, que a resposta fsica global resultante da sobrecarga trmica. Essas respostas fisiolgicas destinamse a dissipar o excesso de calor do corpo. Cita ainda que o julgamento profissional mostra-se especialmente importante na avaliao do nvel de sobrecarga trmica e sobrecarga fisiolgica por calor (pg. 229 a 241). Caso ocorram os sintomas, considera-se que houve sobrecarga fisiolgica do trabalhador exposto. Do ponto de vista deste autor, os trabalhadores da Regio Norte so aclimatados para trabalhos em IBUTG em torno de 34C, que o comumente encontrado na cidade de Manaus entre 12:00 e 15:00 (desde que estejam protegidos contra os efeitos da radiao ultravioleta e infravermelha), sem apresentarem os sintomas de sobrecarga fisiolgica. Houve falha tcnica do MTE ao considerar um limite de tolerncia estabelecido para o Hemisfrio Norte, como padro para todas as regies do Pas. Os limites constantes do anexo 3, so viveis na regio sul e sudeste onde a temperatura mxima do ar chega aos 25 C, diferente do Amazonas onde atinge normalmente 36C. Este autor ento questiona, qual a soluo? Qual a medida de controle adequada? Climatizar toda a cidade? Proibir o trabalho a cu aberto ou sobre influncia direta da carga solar, pois a exposio mxima permitida pela NR-15 de 32,2C?. Como laboraro os agentes de trnsito? Carteiros? Empregados da construo civil? Fica a interrogao para cada um de ns, profissionais de SST, respondermos.
JORNAL SEGURITO
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AGENTE
AGENTE NOCIVO ANEXO IV DO DECRETO N 3.048/99 80 dB(A) at 05/03/97 90 dB(A) a partir 06/03/97 85 dB(A) a partir de 19/11/03 5
5 Qualquer fonte. A dvida persiste em razo da Lei anterior, n 491/65, que previa somente fonte artificial ANEXO 3 DA NR-15
FONTE DE CALOR
Qualquer fonte
Qualquer fonte
CALOR
ANEXO 3 DA NR-15
ANEXO 3 DA NR-15
RADIAES IONIZANTES
ANEXO 5 DA NR-15
ANEXO 5 DA NR-15
PRESSES HIPERBRICAS
ANEXO 6 DA NR-15
ANEXO 6 DA NR-15
No h previso
RADIAES NOIONIZANTES
ANEXO 7 DA NR-15 Somente para laser, ultravioleta e microondas ANEXO 8 DA NR-15 ISO 5349 para mos e braos e ISO 2631 para corpo inteiro ANEXO 9 DA NR-15 ANEXO 10 DA NR-15 ANEXO 14 DA NR-15 ANEXOS 11, 12 e 13 DA NR-15
VIBRAES
ISO 5349 para mos e braos e ISO 2631 para corpo inteiro. Somente para trabalhos com perfuratrizes e marteletes pneumticos. No concede aposentadoria especial No concede aposentadoria especial ANEXO IV DO DECRETO N 3.048/99 ANEXO IV DO DECRETO N 3.048/99
ANEXO 7 DA NR-15 Somente para laser, ultravioleta e microondas ANEXO 8 DA NR-15 ISO 5349 para mos e braos e ISO 2631 para corpo inteiro ANEXO 9 DA NR-15 ANEXO 10 DA NR-15 ANEXO 14 DA NR-15 ANEXOS 11, 12 e 13 DA NR-15
TLVS DA ACGIH
TLVS DA ACGIH