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CERRADO - PDF 2013 PDF

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DEPARTAMENTO DE CINCIAS BIOLGICAS, AMBIENTAIS E DA SADE

Biomas Intertropicais: Cerrado

Isabelle Passos

Apresentao

O Bioma Cerrado considerado como um ecossistema tropical de Savana, com similares na frica e na Austrlia, possui uma rea de aproximadamente 203 milhes de hectares, segundo IBGE (2004), ocupando poro central do Brasil como mostrado no mapa a baixo, sendo considerado o segundo maior bioma da America do Sul, ocupando cerca de 25% do territrio nacional (IBAMA, 2009). A sua rea continua incide sobre os estados de Gois, Tocantins, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Bahia, Maranho, Piau, Rondnia, Paran, So Paulo e Distrito Federal, alem dos encraves no Amapa, Roraima e Amazonas (IBAMA, 2009), abrangendo 196.776.853 h (IBAMA). H outras reas de Cerrado, chamadas perifricas ou ectonos, que so transies com os biomas Amaznia, Mata Atlntica e Caatinga. Ribeiro e Walter (1998, p. 104 -152 descreve fisionomia do Cerrado, dividida em trs formaes e em onze tipos fitofisionmicos gerais, enquadrados em Formaes Florestais (Mata Ciliar, Mata de Galeria, Mata Seca e Cerrado), Savnicas, (Cerrado sentido restrito, Parque de Cerrado, Palmeiral e Vereda) e Campestres (Campo Sujo, Campo Rupestre e Campo Limpo), muitos desses tipos fitofisionmicos apresentando subtipos com especificidades, que merecem estudos mais aprofundados, como no caso das Formaes Savnicas, visto que as caractersticas paisagsticas e biogeogrficas do Cerrado Brasileiro so tpicas, particularizadas pelas relaes edficas e imposio climtica regional. Portanto, diferem das caractersticas das Savanas Africanas ou de outras formaes assemelhadas. O Cerrado tpico constitudo por rvores relativamente baixas (at vinte metros), esparsas, disseminadas em meio a arbustos, subarbustos e uma vegetao baixa constituda, em geral, por gramneas. Assim, o Cerrado contm basicamente dois estratos: um superior, formado por rvores e arbustos dotados de razes profundas que lhes permitem atingir o lenol fretico, situado entre 15 a 20 metros; e um inferior, composto por um tapete de gramneas de aspecto rasteiro, com razes pouco profundas, no qual a intensidade luminosa que as atinge alta, em relao ao espaamento. Na poca seca, este tapete rasteiro parece palha, favorecendo, sobremaneira, a propagao de incndios.

A tpica vegetao que ocorre no Cerrado possui seus troncos tortuosos, de baixo porte, ramos retorcidos, cascas espessas e folhas grossas. Os estudos efetuados consideram que a vegetao nativa do Cerrado no apresenta essa caracterstica pela falta de gua pois, ali se encontra uma grande e densa rede hdrica mas sim, devido a outros fatores edficos (de solo), como o desequilbrio no teor de micronutrientes, a exemplo do alumnio. O Cerrado brasileiro reconhecido como a savana mais rica do mundo em biodiversidade com a presena de diversos ecossistemas, riqussima flora com mais de 10.000 espcies de plantas, com 4.400 endmicas (exclusivas) dessa rea.. A fauna apresenta 837 espcies de aves; 67 gneros de mamferos, abrangendo 161 espcies e dezenove endmicas; 150 espcies de anfbios, das quais 45 endmicas;120 espcies de rpteis, das quais 45 endmicas. Neste espao territorial encontram-se as nascentes das trs maiores bacias hidrogrficas da America do Sul (Amaznica/Tocantins, So Francisco e Prata), o que resulta numa grande disponibilidade de recursos hdricos. At a dcada de 1950, os Cerrados mantiveram-se quase inalterados. A partir da dcada de 1960, com a interiorizao da capital e a abertura de uma nova rede rodoviria, largos ecossistemas deram lugar pecuria e agricultura extensiva, como a soja, arroz e ao trigo. Tais mudanas se apoiaram, sobretudo, na implantao de novas infra-estruturas virias e energticas, bem como na descoberta de novas vocaes desses solos regionais, permitindo novas atividades agrrias rentveis, em detrimento de uma biodiversidade at ento pouco alterada. Durante as dcadas de 1970 e 1980 houve um rpido deslocamento da fronteira agrcola, com base em desmatamentos, queimadas, uso de fertilizantes qumicos e agrotxicos, que resultou em 67% de reas do Cerrado altamente modificadas, com voorocas, assoreamento e envenenamento dos ecossistemas. Resta apenas 20% de rea em estado conservado. A partir da dcada de 1990, governos e diversos setores organizados da sociedade debatem como conservar o que restou do Cerrado, com a finalidade de buscar tecnologias embasadas no uso adequado dos recursos hdricos, na extrao de produtos vegetais nativos, nos criadouros de animais silvestres, no ecoturismo e outras iniciativas que possibilitem um modelo de desenvolvimento sustentvel e justo. O bioma Cerrado possui apenas 7,44% de sua area protegida por unidades de conservacao, federais, estaduais e municipais, sendo que aproximadamente 2,91% do Cerrado e protegida na forma de unidades de conservacao de protecao integral, tais como os parques nacionais. As unidades de conservao

federais no Cerrado compreendem: dez Parques Nacionais, trs Estaes Ecolgicas e seis reas de Proteo Ambiental.

Mapa de localizao do Bioma e Localizao das Biocenoses

Meio Bitico O bioma Cerrado detm cerca de um tero da biodiversidade brasileira e 5 % da fauna e flora mundiais e por se tratar da savana mais diversificada do

mundo que vem sofrendo diversas ameaas, considerado por Myers (2003) e Mittermeier et al. (2004) como um dos 34 hotspots do mundo. Este grande bioma do Brasil Central compe-se de um complexo vegetacional que rene diversos tipos fitofisionmicos, distribudos entre formas campestres, savnicas e florestais (OLIVEIRA-FILHO e RATTER, 2002). Por estar localizado numa poro mediana da Amrica do Sul, o Cerrado apresenta uma composio de fauna com influncias de outros grandes domnios fitogeogrficos do continente, fazendo limites com Amaznia, Caatinga, Mata Atlntica e Chaco. Por outro lado, o compartilhamento de animais com outros grupos de vegetao tambm resulta numa baixa taxa de espcies endmicas (SILVA, 1995b; BONVICINO et al., 2002; WEKSLERe BONVICINO, 2005), que so aquelas restritas a uma dada regio, e por isso tm maior apelo conservacionista. Fauna Invertebrados Ainda so pouco conhecidos devido ausncia de amostragens na maioria das reas de Cerrado (KLINK e MACHADO, 2005). No entanto, Dias (1992) estima a riqueza de invertebrados em aproximadamente 90.000 espcies. As espcies de invertebrados podem ser restritas a determinadas fitofisionomias ou podem ser mais generalistas de habitat, sendo que o cerrado representa um ectono, apresentando um mosaico entre a fauna das matas com a fauna das formaes abertas. Os ambientes alagados (veredas, brejos) possuem uma fauna prpria de invertebrados e rica em espcies aquticas (ROCHA et al., 1990). Entre os invertebrados, os insetos so os mais bem estudados. So conhecidas, atualmente, 30 ordens de insetos, podendo este nmero sofrer variao de acordo com o tipo de classificao e autor. Dezoito dessas ordens so encontradas com muita frequncia em reas de Cerrado nativo: Diptera, Siphonaptera, Lepidoptera, Trichoptera, Hymenoptera, Coleoptera, Neuroptera, Psocoptera, Blattodea, Mantodea, Isoptera, Dermaptera, Phasmatodea, Orthoptera, Odonata, Hemiptera, Ephemeroptera e Homoptera. Vrios insetos so de extrema importncia para o meio em que vivem e para o homem. Devido sua atividade de polinizao, eles possibilitam a recolonizao e a recuperao de ambientes naturais, o desenvolvimento da agricultura de pomares, castanhas, legumes, algodo e tabaco, alm de mel, cera de abelha, seda e outros produtos de valor comercial. So presas de diversos grupos animais, como aves, peixes, mamferos, rpteis e outros; podem atuar como escavadores, agindo sobre a qualidade e estrutura do solo; so de extrema importncia para a ciclagem de nutrientes, pois possuem

importante papel na decomposio da matria orgnica, tanto de origem animal quanto de origem vegetal, e vm sendo usados na medicina e na pesquisa cientfica. No bioma Cerrado, a estao seca e a chuvosa so bem marcantes, influenciando tambm a abundncia dos insetos ao longo do ano. Para a maioria das ordens, o pico de abundncia ocorre em outubro-novembro (aps as primeiras chuvas), entretanto, um pico secundrio ocorre em abril-junho (estao seca) para outros grupos de insetos (DINIZ e MORAIS, 1997). Em contraste com a sua enorme riqueza de espcies de insetos, que certamente representa a poro mais diversa da fauna do Cerrado, poucos estudos existem sobre esses animais neste bioma. Fontes importantes de informao sobre esses insetos so as colees entomolgicas do departamento de Zoologia da Universidade de Braslia e a coleo do laboratrio da Embrapa Cerrados, tambm em Braslia. Porm, devido presena de poucos taxonomistas e sistematas, boa parte da informao presente nessas colees no publicada ou organizada em bancos de dados, o que dificulta e atrasa a catalogao de espcies presentes no bioma Cerrado. Vertebrados Ictiofauna

Os peixes representam o grupo de vertebrados com a maior riqueza de espcies nos ambientes aquticos, com aproximadamente 31.300 espcies (FROESE e PAULY, 2010), e, dessas, 11.952 habitam, exclusivamente, as guas doces do planeta (NELSON, 2006). Atualmente, so reconhecidas 4.475 espcies vlidas para a Amrica do Sul e Central (REIS et al., 2003), sendo que, nas guas continentais neotropicais, novos estudos tm revelado e descrito novas espcies de peixes. Segundo estimativas de trabalhos em andamento, o nmero de espcies para a Amrica do Sul e Central pode chegar a 6.000. No Brasil, so reconhecidas 2.122 espcies de guas doces, de um universo de 3.416 espcies no total (SABINO e PRADO, 2005). Destas, 16 so Chondrichthyes (ROSA e CARVALHO, 2003) e 2.106 so Osteichthyes (BUCKUP e MENESES, 2003). O Brasil apresenta a maior riqueza de espcies de peixes de gua doce do mundo, e a Bacia Amaznica a maior contribuinte dessa diversidade (MENESES, 1996). Herpetofauna Anfbios e rpteis associam-se a ambientes adequados como abrigo, favorecendo a obteno de alimento e ajudando a viabilizao de eventos reprodutivos. No Cerrado, esses animais devem adaptar-se a duas variveis importantes nas dinmicas ecolgicas desse bioma:

a varivel tempo, marcada pela intensa sazonalidade climtica que impe uma estao seca e outra chuvosa; e a varivel espao, caracterizada pela grande heterogeneidade de paisagens do Cerrado, que lhe confere um grande nmero de habitats e micro-habitats. Dessa forma, o Cerrado brasileiro apresenta uma alta riqueza de espcies, sendo comparvel herpetofauna amaznica (COLLI et al., 2002). At o momento, sabe-se que 10 espcies de tartarugas, 15 crocodilianos, 25 anfisbenas, 68 lagartos, 146 serpentes e 121 anfbios constituem a herpetofauna do Cerrado, totalizando 385 espcies (NOGUEIRA et al., 2009; RIBEIRO et al., 2009; COLLI et al., 2002). Vale ressaltar que no existem espcies de rpteis e anfbios do Cerrado includas na lista oficial do IBAMA de espcies ameaadas de extino. No entanto, esses grupos de fauna apresentam altas taxas de endemismo no bioma Cerrado e se encontram sob forte ameaa, devido, principalmente, expanso rural e urbana desordenada. Portanto, pode-se concluir que todas as espcies endmicas do bioma sofrem sria ameaa de serem extintas. Entre os anfbios, 28% das espcies so endmicas do Cerrado; entre os lagartos, 19% so endmicas; entre as serpentes, 8,2% e, entre as anfisbenas ou cobras-de-duas-cabeas, encontra-se a maior taxa de endemismo, 36% (NOGUEIRA et al., 2009; RIBEIRO et al., 2009; COLLI et al., 2002). Apesar de o IBAMA no reconhecer as ameaas s espcies nativas e endmicas de rpteis e anfbios do bioma Cerrado, o rgo internacional que regulamenta o comrcio mundial de espcies, a Conveno Internacional sobre o Comrcio de Espcies Ameaadas da Fauna e Flora Silvestre (CITES), classifica animais e plantas de todos os continentes, de acordo com seu grau de ameaa de extino. Vrias espcies do Cerrado esto inseridas no Apndice II (em vias de se tornar ameaado) da CITES, e duas espcies de jacars esto no Apndice I (ameaado): Caiman latirostris e Melanosuchus niger. Avifauna O bioma Cerrado considerado uma das savanas de maior biodiversidade do mundo, como demonstra a notvel riqueza de aves catalogadas para a regio: 837 espcies (SILVA, 1995c; SILVA e BATES, 2002). Entretanto, ainda h carncia de dados bsicos sobre a histria de vida de espcies-chave (aves endmicas e ameaadas) em publicaes cientficas, sendo que as pesquisas realizadas se distribuem de forma pontual ao longo de todo o bioma (SILVA 1995a; CAVALCANTI, 1999; BRAZ, 2003).

Situado numa poro central em relao s demais formaes vegetacionais do Brasil, o Cerrado compartilha inmeras espcies com os biomas vizinhos, sejam txons estritamente relacionados aos ambientes savnicos tpicos da regio, ou mesmo espcies com centro de distribuio na Caatinga, Chaco, Amaznia ou Floresta Atlntica (SILVA, 1995b;MARINHO FILHO et al.,1998). Em termos biogeogrficos, os ambientes florestais do Cerrado que acompanham os grandes rios brasileiros so conexes com os outros biomas, atravs dos quais estas espcies manteriam fluxos de migrao e disperso. Segundo Silva (1996), com relao s distribuies das aves florestais que ocorrem no Cerrado, foram identificadas 77 espcies, com centro de distribuio na Floresta Atlntica, comparadas com outras 198 espcies tipicamente amaznicas. No Cerrado, so relacionadas 33 aves endmicas do bioma (SILVA, 1997; CAVALCANTI, 1999; LOPES et al., 2005; BAGNO et al., 2005. Entre as espcies endmicas do bioma Cerrado, apenas sete so aves tipicamente florestais, incluindo o chorozinho-de-bico-comprido Herpsilochmus longirostris, o j citado tapaculo-de-braslia Scytalopus novacapitalis, olimpa-folha-do-brejo Syndactyla dimidiata, barranqueiro Hylocryptus rectirostris, o piolhinho-dogroto Phyllomyias reiseri, o soldadinho Antilophia galeata (Figura 37) e, novamente, o pula-pula Basileuterus leucophrys. Contudo, grande parte das espcies endmicas do bioma (16) so aves associadas s formaes campestres e de Cerrado sentido restrito, tais como o inhambu-carap Taoniscus nanus, o meia-lua-do-cerrado Melanopareia torquata, a gralha-docerrado Cyanocorax cristatellus (Figura 38), o bico-de-pimenta Saltatricula atricollis e o bandoleta Cypsnagra hirundinacea; alm dos j citados codornamineira N. minor, papagaio-galego A. xanthops, andarilho G. poeciloptera, maria-corrura E. rufomarginatus, suiriri S. islelorum, maria-preta K. franciscanus, sanhao N. fasciata, campainha-azul P.caerulescens, capacetinho P. cinerea, o mineirinho C. eucosma e o cardeal-do-gois P. baeri. Mastofauna O Brasil abriga comunidades de mamferos muito peculiares e diversas, com 652 espcies, que correspondem a 13% das mais de 5.000 existentes no mundo. Entre os grupos mais conhecidos e diversificados destacam-se as ordens dos morcegos (Chiroptera, 164 espcies), dos micos e macacos (Primata, 97 spp.), dos carnvoros, como os candeos, felinos e musteldeos (Carnivora, 29 spp.) e das baleias e golfinhos (Cetacea, 41 spp.). Outros grupos tambm so bastante representativos, como os ratos silvestres, caxinguels e capivaras (Rodentia, 235 espcies), e os gambs e cucas (Didelphimorphia, 55 spp.). Por fim, somam-se animais bastante singulares, como os tamandus, preguias e tatus (Xenarthra, 19 spp.), os caitits, queixadas, veados (Artiodactyla, 12 spp.), peixes-boi (Sirenia, 2 spp.), alm da

anta (Perissodactyla) e do tapiti (Lagomorpha) (REDFORD e FONSECA, 1986; REIS et al., 2006). No Cerrado, foram inventariadas 196 espcies de mamferos (MARINHOFILHO et al., 2002; BONVICINO et al., 2002; WEKSLER e BONVICINO, 2005), cerca de um tero dos txons descritos para o Pas. A grande variedade de fitofisionomias presentes no bioma, distribudas na forma de um mosaico de habitat, favorece a existncia de uma mastofauna bastante diversificada. Quanto ao grau de dependncia aos vrios ambientes encontrados no Cerrado, a grande maioria das espcies generalista, isto , vive tanto em florestas como em reas abertas. Como exceo, dos roedores, que apresentam alto grau de especificao, tanto para formaes campestres como para ambientes florestais. Os Xenarthra (tatus e tamandus) mostram-se bastante dependentes de reas abertas, enquanto que os primatas destacam-se como animais muito dependentes de habitat de floresta (MARINHO-FILHO et al.,2002). Entre as formaes savnicas, os campos midos costumam apresentar uma riqueza mais elevada, na maioria dos grupos, em geral, configurando-se em paisagens muito singulares com elementos exclusivos, (p.ex.: Oxymycterus delator). Alguns gneros mais raros, como Euryzygomatomys, Wiedomys e Thylamys, tambm so exclusivos dos cerrados sensu stricto edemais fitofisionomias savnicas do bioma, enquanto que os marsupiais e roedores predominam no nmero de txons especialistas em formaes florestais (VIEIRA e PALMA, 2005; BONVICINO et al., 2008). Entre os mamferos encontrados no Cerrado, uma proporo relativamente baixa das espcies (8,2%) endmica, apenas 16 espcies (BONVICINO et al., 2002; WEKSLER e BONVICINO, 2005). A raposa-do-cerrado Lycalopex vetulus a nica espcie considerada endmica, com distribuio por todo o bioma, sendo que parte dos animais endmicos referem-se a espcies com distribuio conhecida bastante restrita, advindas de registros pontuais. Com relao s caractersticas alimentares dos mamferos do Cerrado, identifica-se que uma grande proporo das espcies possui dieta rica e variada. Por exemplo, mais da metade dos animais consomem frutos, incluindo formas de vida bastante distintas, como pequenos ratos silvestres e grandes carnvoros, como o lobo-guar (Chrysocyon brachyurus). H uma proporo significativa das espcies (18%) considerada onvora, porm, dentro das vrias guildas alimentares, so encontrados grupos com elevado nvel de especializao, tais como insetvoros, com 27% do total de espcies, representados, principalmente, pelos morcegos, tatus e tamandus; e os animais essencialmente frugvoros (9%), sobretudo vrios txons de morcegos. Salienta-se tambm a importncia ecolgica de algumas destas guildas, principalmente as de nectarvoros, granvoros e frugvoros, as quais englobam

variadas espcies de morcegos e roedores, responsveis pela polinizao e disperso de sementes de inmeras espcies vegetais. Os mdios e grandes carnvoros, por situarem-se no topo das cadeias alimentares, tambm formam um grupo com relevante funo dentro dos complexos elostrficos.

Flora

O cerrado possue uma flora relativamente rica e diversa, a qual ainda subinvestigada. Atualmente, tem se mostrado muito mais rico do que se previa e muitas de suas tipologias so endemicas da America do Sul e do Brasil (Mendona et al., 1998). Na mais recente lista de especies do bioma cerrado, houve um acrescimo de cerca de 5.000 especies fanerogmicas, fazendo com que a flora do bioma, praticamente dobrasse em relao a lista de 1988. Hoje o numero alcana 11.046 especies, sendo 11.042 angiospermas e quatro gimnospermas. Essas quatro pertecem as familias Podocarpaceae (Podocarpus brasiliensis; Podocarpus lambertii e Podocarpus sellowii) e Zamiaceae (Zamia boliviana). Estima-se que em cada hectare podem ser encontradas cerca de 400 espcies de plantas. A flora do Cerrado possui uma incalculvel fonte de drogas medicinais. No entanto, apenas 90 espcies de plantas so usadas com propsitos medicinais. Muitas so usadas pelos nativos desde os tempos imemoriais e hoje so comercializadas Brasil afora. A Sucupira Branca, contra infeco, a Catuaba energizante, o Barbatimo cicatrizante, so alguns exemplos de drogas conhecidas e comercializadas. As flores esto presentes na regio durante todo o ano.Expresso, com seus formatos distintos e suas cores as mais variadas, da beleza dessa rica biodiversidade gentica do ecossistema. Apesar do solo bruto e das rudes condies climticas do Cerrado o sol, s vezes, causticante, chuvas torrenciais, secas prolongadas, inverno com noites de temperaturas muito baixas -, as flores do Cerrado brotam por toda parte e em toda as estaes. E brotam em condies e lugares quase impossveis, contrastando sua delicadeza com a rusticidade poderosa do Cerrado. Num arbusto ressequido e quebradio, numa arvore troncuda e cascuda, numa leguminosa, numa composta frgil, surgem flores delicadas, capazes de sensibilizar o mais indiferente ser humano. Esse contraste entre a rusticidade do Cerrado e a delicadeza de suas flores surpreendente. Traduz uma beleza da qual estamos to prximos e que, muitas vezes, nos passa despercebida.

Unidades de Conservao

As amplas transformaes ocorridas nas paisagens do Cerrado e o status de ameaa de muitas de suas espcies tm provocado o surgimento de iniciativas de conservao por parte do governo, de organizaes no governamentais (ONGs), pesquisadores e do setor privado. Existe uma rede de ONGs (a Rede Cerrado) que foi estabelecida para promover localmente a adoo de prticas para o uso sustentvel dos recursos naturais (Fundao Pro-Natureza, 2000). O MMA definiu um grupo de trabalho que, em 2004, props um programa de conservao denominado Programa Cerrado Sustentvel, baseado nos resultados e proposies do seminrio que definiu as prioridades para a conservao do Cerrado, em 1998 (Fundao Pr-Natureza et al., 1999). A Conservao Internacional (CI-Brasil), a The Nature Conservancy (TNC) e a WWF-Brasil possuem programas especificamente voltados para a conservao do Cerrado. A CI-Brasil trabalha com os estados de Gois, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, ONGs locais, universidades e o setor privado para o estabelecimento de corredores de biodiversidade, como os corredores Emas-Taquari e UruuMirador, que objetivam manter a integridade das reas protegidas em paisagens alteradas. A TNC esteve envolvida na ampliao (maio de 2004) em 147.000ha do Parque Nacional Grande Serto Veredas, localizado no noroeste do estado de Minas Gerais, que se estende para o estado da Bahia num total de 231.000 hectares (TNC, 2004). Todas as trs ONGs iniciaram a promoo de atividades econmicas alternativas (por exemplo, ecoturismo, uso sustentvel de produtos da fauna e da flora, plantas medicinais) para apoiar a sobrevivncia de comunidades locais. O Banco Mundial props um amplo zoneamento ecolgico-econmico (World Bank, 2003) para estimular o apoio de agncias nacionais e internacionais para a conservao e o desenvolvimento racional da regio. O programa de pequenos projetos (PPP) que conta com recursos do Global Environment Facility (GEF) e apoio do PNUD-Brasil, promove aes de ONGs locais e pequenas comunidades rurais do Cerrado que buscam o uso sustentvel dos recursos naturais. Meio Abitico

O clima predominante no Domnio do Cerrado o Tropical sazonal, de inverno seco. A temperatura mdia anual fica em torno de 22-23C, sendo que as mdias mensais apresentam pequena estacionalidade. As mximas absolutas mensais no variam muito ao longo dos meses do ano, podendo chegar a mais de 40C. J as mnimas absolutas mensais variam bastante, atingindo valores prximos ou at abaixo de zero, nos meses de maio, junho e julho. A ocorrncia de geadas no Domnio do Cerrado no fato incomum, ao menos em sua poro austral. Em geral, a precipitao mdia anual fica entre 1200 e 1800 mm. Ao contrrio da temperatura, a precipitao mdia mensal apresenta uma grande estacionalidade, concentrando-se nos meses de primavera e vero (outubro a maro), que a estao chuvosa. Curtos perodos de seca, chamados de veranicos, podem ocorrer em meio a esta estao, criando srios problemas para a agricultura. No perodo de maio a setembro os ndices pluviomtricos mensais reduzem-se bastante, podendo chegar a zero. Ventos fortes e constantes no so uma caracterstica geral do Domnio do Cerrado. Normalmente a atmosfera calma e o ar fica muitas vezes quase parado. Em agosto costumam ocorrer algumas ventanias, levantando poeira e cinzas de queimadas a grandes alturas, atravs de redemoinhos que se podem ver de longe. s vezes elas podem ser to fortes que at mesmo grossos galhos so arrancados das rvores e atirados distncia. A radiao solar no Domnio do Cerrado geralmente bastante intensa, podendo reduzir-se devido alta nebulosidade, nos meses excessivamente chuvosos do vero. Por esta possvel razo, em certos anos, outubro costuma ser mais quente do que dezembro ou janeiro. Como o inverno seco, quase sem nuvens, e as latitudes so relativamente pequenas, a radiao solar nesta poca tambm intensa, aquecendo bem as horas do meio do dia. Em agostosetembro esta intensidade pode reduzir-se um pouco em virtude da abundncia de nvoa seca produzida pelos incndios e queimadas da vegetao, to freqentes neste perodo do ano. Por estas caractersticas de clima, o Domnio do Cerrado faz parte do Zonobioma II, na classificao de Heinrich Walter. O relevo do Domnio do Cerrado em geral bastante plano ou suavemente ondulado, estendendo-se por imensos planaltos ou chapades. Cerca de 50% de sua rea situa-se em altitudes que ficam entre 300 e 600 m acima do nvel do mar; apenas 5,5% vo alm de 900m. As maiores elevaes so o Pico do Itacolomi (1797 m) na Serra do Espinhao, o Pico do Sol (2070 m) na Serra do Caraa e a Chapada dos Veadeiros, que pode atingir 1676 m. O bioma do Cerrado no ultrapassa, em geral, os 1100 m. Acima disto, principalmente em terrenos quartzticos, costumamos encontrar os Campos Rupestres, j

caractersticos de um Orobioma. Ao contrrio das Matas Galeria, Veredas e Varjes, que ocupam os fundos midos dos vales, o Cerrado situa-se nos interflvios. Aqui vamos encontrar, tambm, manchas mais ou menos extensas de matas mesfilas sempre-verdes, semi-caduciflias ou caduciflias, que j ocuparam reas bem maiores que as atuais, mas que foram reduzidas a relictos pelo homem, devido boa qualidade das terras e riqueza em madeiras-de-lei. O Mato-Grosso-de-Gois, hoje completamente devastado e substitudo pela agricultura foi um bom exemplo destas matas de interflvio. Originando-se de espessas camadas de sedimentos que datam do Tercirio, os solos do Bioma do Cerrado so geralmente profundos, azonados, de cor vermelha ou vermelha amarelada, porosos, permeveis, bem drenados e, por isto, intensamente lixiviados. Em sua textura predomina, em geral, a frao areia, vindo em seguida a argila e por ltimo o silte. Eles so, portanto, predominantemente arenosos, areno-argilosos, argilo-arenosos ou, eventualmente, argilosos. Sua capacidade de reteno de gua relativamente baixa. Quanto s suas caractersticas qumicas, eles so bastante cidos, com pH que pode variar de menos de 4 a pouco mais de 5. Esta forte acidez devida em boa parte aos altos nveis de Al3+, o que os torna aluminotxicos para a maioria das plantas agrcolas. Nveis elevados de ions Fe e de Mn tambm contribuem para a sua toxidez. Baixa capacidade de troca catinica, baixa soma de bases e alta saturao por Al3+, caracterizam estes solos profundamente distrficos e, por isto, imprprios para a agricultura. Correo do pH pela calagem (aplicao de calcrio, de preferncia o calcrio dolomtico, que um carbonato de clcio e magnsio) e adubao, tanto com macro quanto com micronutrientes, podem torn-los frteis e produtivos, seja para a cultura de gros ou de frutferas. Isto o que se faz em nossa grande regio produtora de soja, situada, como se sabe, em solos de Cerrado de Gois, Minas, Mato Grosso do Sul, etc. Alm da soja, outros gros como milho, sorgo, feijo, e frutferas como manga, abacate, abacaxi, laranja etc, so tambm cultivados com sucesso. Com a calagem e a adubao, os cerrados tornaram-se a grande rea de expanso agrcola de nosso pas nas ltimas dcadas. A pecuria tambm se expandiu com o cultivo de gramneas africanas introduzidas, de alta produo e palatabilidade, como a braquiria, por exemplo. Em parte dos Cerrados, o solo pode apresentar concrees ferruginosas canga - formando couraas, carapaas ou bancadas laterticas, que dificultam a penetrao da gua de chuva ou das razes, podendo s vezes impedir ou dificultar o desenvolvimento de uma vegetao mais exuberante e a prpria agricultura.

Meio Cultural

Enquanto a cultura do Norte, Nordeste e Sudeste foi bastante divulgada no pas, a cultura do Cerrado ainda pouco conhecida. As pessoas acham que no centro do Brasil s se produz msica sertaneja, avalia Veronica Ald, musicista e pesquisadora do Instituto Trpico Submido (ITS) da Universidade Catlica de Gois (UCB). Alm dela, trabalham no instituto mais quatro msicos pesquisadores que investigam as influncias indgenas, europias e africanas na cultura do povo do Cerrado. Ald, que desenvolve projetos com as comunidades indgenas, em especial os Krah, explica que cultura, territrio e conflitos esto relacionados e, ao trabalhar com esses povos, inevitvel pensar sobre o encontro de diferentes culturas e suas conseqncias. A Carta Aberta dos Povos Indgenas do Cerrado, assinada por representantes dos Karaj, Krah, Tapuia, Apinaj e Xavante em 2008, aponta que entre os problemas enfrentados por esses povos esto os posseiros, a deficincia no tratamento de sade, a devastao no entorno dos territrios indgenas demarcados devido ao avano do agronegcio e a falta de dilogo a respeito do impacto das grandes obras governamentais previstas no Plano de Acelerao do Crescimento (PAC). Em seus encontros com os indgenas, a musicista do ITS vivencia a fora e resistncia desses povos no plano da cultura: Eles mantm seus rituais muito fortes, mesmo as aldeias situadas prximas da cidade. muito emocionante v-los na natureza e perceber que so suas formas de relao que mantm mais de 320.000 hectares de Cerrado preservado. O ITS tem auxiliado a comunidade a montar uma espcie de banco sonoro, construir uma memria musical desses povos. Talvez esse material possa ser usado pelos professores indgenas nas comunidades, como um apoio didtico-cultural que a universidade pode oferecer, avalia Ald. Outra forma de divulgao da cultura indgena do Cerrado, da qual Ald participa, o grupo musical Sons do Cerrado, que pesquisa sons de comunidades do Cerrado goiano e baiano e recria seus toques e canes regionais numa linguagem contempornea. Nos espetculos, destaca-se ainda a participao da atriz Larissa Malty, que representa a Velha do Cerrado. Um personagem arquetpico que quer trazer tona a identidade das mulheres do Cerrado: benzedeiras, parteiras, ndias, matriarcas. Para Ald, que vive entre os palcos e a universidade, o papel do artista no processo de valorizao e proteo das comunidades localizadas no Cerrado brasileiro o de uma semente ao vento, que busca sensibilizar e tocar por outros meios a sociedade, diferente de uma palestra, por exemplo.

As discusses sobre cultura, territrio e Cerrado no tocam apenas nos povos indgenas. Iara Monteiro Attuch, em seu mestrado na UnB, explorou os conhecimentos de povos tradicionais associados biodiversidade do Cerrado brasileiro e das relaes interculturais que se estabelecem entre seus detentores e a sociedade, fazendo um estudo etnogrfico com Dona Flor, uma raizeira e parteira de povoado de Moinho, em Alto Paraso, no estado de Gois. Attuch traz tona como essas comunidades vivem entre estarem sujeitados e resistir ao avano da fronteira agrcola; s polticas de turismo dentro e no entorno do Parque Nacional da Chapada dos Veadeiros; ao aumento de compras de terras e sua converso em Reservas Particulares de Proteo Ambiental; alm da expanso de pousadas e restaurantes. Para ela, a preservao da cultura e do bioma do Cerrado est associada s iniciativas que forem capazes de abrir caminhos para articular o manejo sustentvel, a garantia do territrio, desde a boa qualidade e acesso aos recursos naturais at a proteo dos conhecimentos tradicionais locais, discutida atualmente, em que prevalece a propriedade e uso coletivo da terra. Se, por um lado, emergem importantes discusses sobre cultura e cidadania dos povos do Cerrado, tambm ganha ainda mais fora, nos ltimos tempos, a aposta de que, pela produo cultural, seja possvel gerar novas sensibilidades com relao ao bioma. acreditando nessa possibilidade que Drcio Marques, violeiro e cantador mineiro, junto com sua irm, Doroty Marques, vo desenvolver um novo projeto com os Meninos do Cerrado, na Vila So Jorge, tambm em Alto do Paraso. O desafio fazer com que os meninos criem msicas sem palavras, somente com sons e sentimentos. Queremos despertar nesses meninos a capacidade de ouvir o silncio e tirar algo dele. O silncio nosso, dos sons do Cerrado em movimento: das guas, do vento, etc. Empreender uma luta contra a ditadura do som que vivemos hoje, conta o msico entusiasmado. Poetas, escritores e cientistas alimentam a fala de Drcio Marques sobre o Cerrado, suas potencialidades e fragilidades. Diante de um cenrio pouco animador, ele manifesta sua crena na capacidade de tocar as pessoas pela arte, literatura e poesia. Esse foi o caminho encontrado por Carlos Walter Porto-Gonalves, da Universidade Federal Fluminense, para construir sua argumentao em prol de uma poltica ambiental mais atenta ao bioma, em sua Carta aberta invisibilidade do Cerrado na poltica ambiental, endereada ao ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc: Guimares Rosa, senhor ministro, por sua refinada criatividade e capacidade de escuta, foi capaz de ouvir a cultura desses povos e nos deu uma obra Grande Serto: Veredas que, no prprio ttulo, mostra a profunda compreenso das paisagens dos cerrados, suas enormes e vastas chapadas onde o 'corao vive larga', como o gado solto, os Grandes Sertes e os fundos de vales onde os povos fazem suas agri-culturas', as Veredas. Ainda em outro trecho, diz: Guimares Rosa foi quem, melhor do

que ningum, soube transcriar a riqueza cultural desses povos, ao afirmar que os gerais so uma caixa d'gua' e, com isso, mais do que os cientistas, iluminou a leitura de nossa geografia aos nos fazer ver que os nossos rios nascem nos cerrados o So Francisco, o Jaguaribe, o Parnaba, o Tocantins, o Araguaia, o Xingu, o Madeira, os formadores do Paraguai (o Pantanal), o Paranaba, o Grande, o Rio Doce. cerrado a segunda maior regio biogeogrfica do Brasil, se estende por 25% do territrio nacional, cerca de 200 milhes de hectares (4), englobando 12 estados. Sua rea "core", ou nuclear, ocupa toda a rea do Brasil central, incluindo os estados de Gois, Tocantins, Mato Grosso do Sul, a regio sul de Mato Grosso, o oeste e norte de Minas Gerais, oeste da Bahia e o Distrito Federal. Prolongaes da rea "core" do cerrado, denominadas reas marginais, estendem-se, em direo ao norte do pas, alcanando a regio centro-sul do Maranho e norte do Piau, para oeste, at Rondnia, existem ainda fragmentos desta vegetao, formando as reas disjuntas do cerrado, que ocupam 1/5 do estado de So Paulo, e os estados de Rondnia e Amap. Podem ser encontradas ainda manchas de Cerrado incrustadas na regio da caatinga, floresta atlntica e floresta amaznica. Devido a sua localizao, o cerrado, compartilha espcimes com a maioria dos biomas brasileiros (floresta amaznica, caatinga e floresta atlntica). devido a esse fato possui uma biodiversidade comparvel a da floresta amaznica. Contudo devido ao alto grau de endemismo, cerca de 45% de suas espcies so exclusivas de algumas regies (4), e a ocupao desordenada e destrutiva de sua rea o cerrado hoje o ecossistema brasileiro que mais sofre agresses por parte do "desenvolvimento".

Bibliografia IBGE- Manuais Tcnicos em geocincias, nmero 1 , Manual Tcnico da Vegetao Brasileira, IBGE. Zoneamento Ecolgico-Econmico do DF Subproduto 3.1 Relatrio do Meio Fsico e Bitico

KLINK, C.A.; MACHADO, R. B. A conservao do Cerrado brasileiro. Megadiversidade. Volume - N 1. Julho 2005

FERREIRA, I. M. Bioma cerrado: um estudo das paisagens do cerrado Professor do Curso de Geografia Campus de Catalo/UFG. Catalo (GO)

WALTER, B. M. T.; Fitofisionomias do bioma cerrado: sintise terminologica e relaao floristica. Tese submetida ao Departamento de Ecologia do Instituto de Ciencias Biologicas da Universidade de Brasilia, como requisito parcial dp

Programa de Ps-graduao em Ecologia, para obteno do ttulo de Doutor em Ecologia. Brasilia, maro - 2006 MENDONA, R. C.; FELFILI, J. M.; WALTER, BM. T.; SILVA-JUNIOR, M. C.; REZENDE, A. V.; FILGUEIRAS, T. S.; NOGUEIRA, P. E.; FAGG, C. W. Flora vascular do bioma Cerrado um checklist com 11430 especie. In: Cerrado ambiente e flora. Brasilia, segunda edio, no prelo.

Anexos

Fotos Fauna

Uma das vrias espcies de Lepidoptera do Cerrado (Foto: Sandro Barata).

Indivduo adulto do lagarto tei endmico do cerrado,

Tupinambis quadrilineatus. (Foto: Guarino R. Colli)

Indivduo adulto do jacarezinho-do-cerrado, Hoplocercus spinosus. (Foto: Rodrigo R. Coelho)

Indivduo adulto da cobra-de-duascabeas, Amphisbaena alba. (Foto: Ayrton K. Peres Jr.)

Indivduo adulto da ema, Rhea americana. (Foto: Sandro Barata)

Indivduo adulto de veado-catingueiro, Mazama gouazoupira. (Foto: Sandro Barata)

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