Trompa
Trompa
Trompa
Confeccionado de metal, considerado um instrumento de execuo relativamente difcil. Consiste, fundamentalmente, em um tubo enrolado em helicides, tendo em sua parte mdia um jogo de vlvulas, que faz com que o seu comprimento seja dividido harmonicamente. Em uma das extremidades est o bocal de sopro e na outra, a campnula ou pavilho de sada do som gerado. O trompista, usa a mo esquerda para o acionamento das vlvulas, sendo que a sua mo direita introduzida na campnula do instrumento, com o objetivo de, alm de apoi-lo, controlar o seu timbre ou at segurar um tipo especfico de surdina. Desta maneira, a Trompa pode assumir um som macio e suave, intenso e vibrante, metlico. Exemplificando, o trompista lendo a indicao stopped, chiuso, bouch sob o pentagrama, dever tirar de seu instrumento um som menos ressoante e mais rarefeito. Para isto, dever introduzir a sua mo direita mais firmemente na campnula do instrumento. Diante da indicao cuivr sob o pentagrama, resulta em conseguir um som mais metlico, para o que dever introduzir a sua mo direita mais firmemente na campnula, porm em forma de cunha, soprando com mais intensidade. A indicao con sordino sob o pentagrama, aconselha ao msico o emprego da surdina - dispositivo em forma de pra normalmente feito de metal, madeira ou outro material fibroso. A surdina propicia um som abafado e distante. Com relao s vlvulas da Trompa, lembramos que so do tipo rotativas (tambm chamadas de rotores), diferentemente s dos trompetes e trombones, que so deslizantes. A Trompa caracteriza-se como um instrumento musical transpositor. Sendo afinada em F, a sua partitura grafada cinco notas acima do som real. Antigamente, as Trompas eram fabricadas com um s tubo, formando um caminho nico para o ar soprado (volta). Atualmente, as Trompas so duplas, isto , possuem duas voltas de tubos selecionveis e distintos, para o encaminhamento do ar soprado. So as preferidas, na atualidade. Isto quer dizer que uma Trompa dupla equivale a duas Trompas simples, acopladas. Nesta nova Trompa, uma das voltas possui afinao em F - soa normalmente metlica - e a outra volta com afinao em Si bemol - soa com timbre mais brilhante. A mudana de afinao na Trompa dupla, queremos dizer, a troca de um jogo de voltas para o outro feita atravs de uma quarta vlvula, acionada pelo polegar da mo esquerda. (Figura ao lado) No Jazz, a Trompa tem um emprego reduzido. Vamos encontr-la, geralmente, participando de grandes orquestras, ou ento em algumas formaes menores, na obteno de efeitos harmnicos especiais, complementando e embelezando as concepes musicais.
A trompa um instrumento de sopro da famlia dos metais, muito importante na orquestra sinfnica moderna. Consiste num tubo metlico de 3,7 metros de comprimento, ligeiramente cnico, com um bocal numa das extremidades e uma campnula (ou pavilho) na outra, enrolado vrias vezes sobre si mesmo como uma mangueira, e munido de trs ou quatro chaves, de acordo com o modelo. O trompista aciona as chaves com a mo esquerda, e com a mo direita dentro do pavilho ajuda a controlar o fluxo de ar dentro do instrumento, e pela ao conjunta das chaves, da mo direita no interior da campnula, e do sopro (e, s vezes, suco) do trompista que as notas so produzidas em diferentes alturas e timbres. um instrumento dificlimo de tocar,mas no h nada como estudar para conseguir: o trompista no s tem que ter um ouvido afinadssimo e saber solfejar com preciso, como tambm tem que ter uma coordenao motora perfeita para controlar os msculos da mo direita e a prpria respirao. O timbre da trompa o mais rico em harmnicos, assemelhando-se muito voz humana. A mo dentro da campana permite uma enorme variedade de timbres. Trompas aparecem nas 10 ltimas sinfonias de Haydn e Mozart, em todas as 9 de Beethoven, nas 4 de Schumann, nas 4 de Brahms, nas 6 de Tchaikovsky, nas 9 completas de Mahler. A partitura da Segunda Sinfonia de Mahler exige dez trompas.
Histria
A histria da trompa comea h milhares de anos, quando o homem aprendeu a usar chifres de animais como instrumento. Quando se passou a forjar metais, o instrumento deixou de ser feito de chifre, passando ao metal. O tubo ganhou extenso, ficando enrolado para ser mais compacto. Na idade mdia, a trompa de caa (corno di caccia) era usada pelos caadores como uma forma de comunicao e sinalizao dentro florestas. O instrumento no passava de um tubo metlico enrolado, com um pavilho numa extremidade e o bocal na outra. Mais tarde, descobriu-se por acaso que, ao por a mo obstruindo parcialmente a campana, todos os sons baixavam de meio tom, ampliando a gama de sons possveis a trompa na poca (que por no possuir chaves ou pistos, tinha os sons limitados srie harmnica de sua fundamental. Bach e Handel incluram corni di caccia nas partituras dos seus concertos. No sculo XIX o engenheiro alemo chamado Heinrich Stoetzel (1780-1844) teve a idia de adicionar vlvulas que modificavam o caminho percorrido pelo ar dentro do instrumento, alterando a nota emitida. Documento datado de 6 de Dezembro de 1814, Stoetzel solicita ao rei da Prssia, Frederico Guilherme III, permisso para o uso da trompa a vlvula nas bandas militares dos regimentos da corte. Essa mudana demorou a ser acatada pelos compositores, que preferiam a trompa de caa, de som mais puro. A trompa moderna capaz tocar todas as notas da escala cromtica dentro de sua extenso. Instrumentos da famlia da trompa tm sido encontrados por arquelogos. Os judeus ainda hoje usam o shofar, um chifre de carneiro oco e com um orifcio a servir de bocal, que eles usam nas ocasies solenes, como para anunciar o Yom Kippur ou o Rosh Hashana (ano novo judaico), e cujo som tem um significado religioso para os hebreus. As palavras que traduzem "trompa" em outras lnguas, como corno (em italiano e espanhol), cor (em francs), horn (em ingls e alemo), hoorn (em holands), significam "chifre" nas respectivas lnguas.
Caractersticas Gerais
A trompa o segundo instrumento mais agudo da famlia dos metais. afinada em F ou Sib ou uma combinao dos dois. Em alguns lugares, existe a tradio de que o aprendiz de trompa deve usar a trompa simples em F, enquanto outros preferem a trompa em Sib. A trompa em F mais usada do que a trompa em Sib, especialmente em bandas escolares. Comparada com os outros metais da orquestra, tem um bocal muito diferente, mas tem a maior extenso til, aproximadamente 4 oitavas, dependendo do trompista. Para se produzirem diferentes notas numa trompa, deve-se fazer muitas coisas as 4 mais importantes so: apertar as vlvulas, aplicar a tenso labial apropriada, soprar e colocar a mo no pavilho. Mais tenso labial e alta velocidade do ar produz as notas agudas. Menos tenso labial e baixa velocidade do ar produz notas graves. A mo direita, normalmente colocada dentro do pavilho numa posio de "ponteiros de relgio s 3 horas", consegue abaixar a afinao em at um semitom na extenso do instrumento, dependendo de quo mais fundo o trompista a pe. A trompa toca numa poro mais aguda da srie harmnica, em relao maioria dos instrumentos de metal. A forma cnica do seu tubo (em oposio forma cilndrica do trompete e do trombone) a responsvel principal pelo seu timbre caracterstico, descrito freqentemente como "doce". Hoje, a msica para trompa tipicamente escrita em F e soa uma 5 justa abaixo. As limitaes de extenso do instrumento so primariamente governadas pelas combinaes disponveis das vlvulas para as 4 primeiras oitavas da srie harmnica e, depois destas, pela habilidade do executante em controlar a afinao atravs do suprimento de ar e da embocadura. As extenses escritas tpicas para a trompa comeam ou no F#1 imediatamente abaixo da clave de F ou no D1. A extenso padro, que comea desde o F# grave, baseada nas caractersticas da trompa simples em F. Entretanto, existe uma enorme quantidade de msica escrita alm dessa extenso, assumindo que os trompistas estejam usando a trompa dupla em F/Sib. Esse o instrumento padro usado nas orquestras e suas combinaes de vlvulas permitem a produo de toda a escala cromtica. Embora a tessitura mais aguda do repertrio trompstico raramente exceda ao D5 (que soa F4), trompistas habilidosos podem alcanar sons mais agudos. tambm importante notar que muitas peas, desde o Barroco at o Romantismo, so escritas em afinaes diferentes de F. Esta prtica comeou nos tempos antigos da trompa lisa (sem vlvulas), quando o compositor queria indicar a afinao que a trompa deveria ter (trompa em R, trompa em Mi, etc.) e a parte era escrita como se estivesse em D. Essas diversas afinaes eram conseguidas atravs da mudana dos "corpos de substituio", que possibilitavam o aumento ou diminuio do comprimento do tubo. Um trompista com um instrumento moderno deve executar a correta transposio. Por exemplo, um D escrito para trompa em R deve ser transposto uma tera menor abaixo e tocado como um L na trompa em F.