Código de Boas Práticas Da Distribuição Alimentar
Código de Boas Práticas Da Distribuição Alimentar
Código de Boas Práticas Da Distribuição Alimentar
da Distribuição Alimentar
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1. Acondicionamento protecção de um produto por 8. Boas Práticas de Higiene (BPH) conjunto de regras
meio de um invólucro inicial ou de um recipiente inicial em que definem as condições de higiene das operações no
contacto directo com o produto em questão, bem como o comércio de géneros alimentícios e que garantem a segurança
próprio invólucro ou recipiente inicial. dos mesmos.
2. Água potável água que respeita os parâmetros 9. Comercialização a detenção, exposição e oferta para
organolépticos e microbiológicos para consumo humano (Ver venda, entrega ou qualquer outra forma de colocação no
D.L. n.º 236/98 de 01.08. e D.L. n.º 243/2001 de 05.09., que mercado.
aprova a qualidade da água para consumo humano).
10. Comércio a retalho o manuseamento e a
3. Alimento seguro alimento que não representa perigo transformação de géneros alimentícios e o respectivo
para a saúde do consumidor. armazenamento no ponto de venda ou de entrega ao
consumidor final, incluindo operações de restauração colectiva,
4. Análise de perigos o processo de pesquisa e avaliação cantinas de empresas, restauração institucional, estabelecimentos
de perigos e dos factores que levam à sua aparição, por forma cuja operação principal seja a armazenagem para venda e a
a se decidir quais são os relevantes para a Segurança Alimentar. venda ao consumidor final, centros de distribuição e mercados
grossistas que vendam géneros alimentícios acondicionados
5. Árvore de decisão sequência de perguntas aplicadas e embalados (cs. o D.L. n.º 339/85 de 21.08. «[
] entende-se
a cada passo ou operação do processo que permitem identificar que exerce a actividade de comércio a retalho toda a pessoa física
os perigos relevantes e determinar em que passo ou operação ou colectiva que, a título habitual e/ou profissional, compra
do processo o dito perigo deverá ser controlado PCC. mercadorias em seu próprio nome e por sua própria conta e as
revende directamente ao consumidor final.»).
6. Auditoria exame sistemático e independente com
vista a determinar se as disposições pré-definidas para um 11. Conformidade cumprimento de uma determinada
sistema ou parte deste se encontram implementadas, bem norma, documento normativo, disposição, requisito ou
como se estas disposições estão adequadas para alcançar os característica referente a produto, serviço, contrato, projecto
objectivos. ou documento, devidamente identificado.
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13. Contaminação a presença não intencional nos 20. Distribuição conjunto de todas as entidades
géneros alimentícios ou no seu ambiente de um agente físico, singulares ou colectivas que, através de múltiplas transacções
químico ou biológico, o qual comprometa ou possa comerciais e de diferentes operações logísticas, desde a fase
comprometer a segurança ou adequação para consumo de produção até à fase de do consumo, colocam produtos
humano do género alimentício. ou prestam serviços, acrescentando-lhes valor, nas condições
de tempo, lugar e modo mais convenientes para satisfazer as
14. Controlo conjunto regular de acções levadas a necessidades dos consumidores.
cabo destinadas a garantir que os procedimentos definidos
para as operações são seguidos e que os limites críticos 21. Embalagem recipiente ou invólucro de um género
definidos não são ultrapassados. alimentício que se destina a contê-lo, acondicioná-lo ou
protegê-lo (segundo Dec.-Lei n.º 560/99 de 18.12.).
15. Cópia controlada cópia de um documento
devidamente aprovado e em vigor, para o qual existe um 22. Embalamento colocação de um ou mais géneros
controlo da sua distribuição; quando actualizados por novas alimentícios numa embalagem.
versões, estes documentos serão substituídos pela respectiva
nova versão. 23. Entreposto/ Armazém/ Plataforma Logística
estabelecimento comercial onde se guardam mercadorias
16. Desinfecção redução do número de microrganismos destinadas a serem vendidas em pontos de venda retalhistas.
em superfícies ou utensílios até um nível que não comprometa Esta unidade assume a função de centralizar e armazenar as
a segurança ou adequabilidade do alimento, levada a cabo entregas dos fornecedores, do seu encaminhamento de
através de agentes químicos e/ou métodos físicos. acordo com as necessidades das lojas consoante os pedidos
efectuados.
17. Desinfectante agente químico de desinfecção.
24. Execução encaminhamento das entregas dos
18. Detergente agente de lavagem. fornecedores de acordo com as necessidades das lojas
consoante os pedidos efectuados.
19. Diagrama de fluxo ou Fluxograma
representação esquemática da sequência de passos ou 25. FEFO (First Expire First Out) princípio da gestão
operações envolvidas na produção/prestação de determinado de stocks segundo o qual o produto que sai em primeiro
produto/serviço. lugar é aquele que estiver mais próximo do fim do seu prazo
de validade.
10
26. FIFO (First In First Out) princípio da gestão de stocks 32. Limite crítico critério que separa a aceitabilidade
segundo o qual o primeiro produto que sai é também o da inaceitabilidade (segundo Codex Alimentarius).
primeiro que tiver dado entrada no stock em causa.
33. Limpeza eliminação de resíduos e sujidades de
27. Género alimentício toda a substância, seja ou superfícies ou utensílios.
não tratada, destinada à alimentação humana, englobando as
bebidas e produtos do tipo das pastilhas elásticas, com todos 34. Lote conjunto de unidades de venda de um género
os ingredientes utilizados no seu fabrico, preparação e alimentício produzido, fabricado ou acondicionado em
tratamento (segundo Dec. -Lei n.º 560/99 de 18.12.). circunstâncias praticamente idênticas.
28. HACCP (Hazard Analysis and Critical Control Point 35. Matérias-primas matérias utilizadas no proce-
Análise de Perigos e Controlo de Pontos Críticos) sistema que ssamento de alimentos.
identifica, avalia e controla perigos que são significativos para
a segurança alimentar (segundo Codex Alimentarius). 36. Medida ou Acção correctiva qualquer
procedimento ou acção a tomar quando ocorre um desvio
29. Higiene dos géneros alimentícios conjunto dos limites críticos.
de medidas necessárias para garantir a segurança e salubridade
dos géneros alimentícios em todas as fases após a produção 37. Medida preventiva qualquer procedimento ou
primária (na qual se incluem a colheita, o abate e a ordenha), acção que possa ser utilizado/a para reduzir ou eliminar um
designadamente a preparação, a transformação, o fabrico, a perigo.
embalagem, a armazenagem, o transporte, a distribuição, o
manuseamento ou a venda ou a colocação à disposição do 38. Monitorização sequência planeada de verificações
público consumidor (segundo Dec. -Lei n.º 67/98 de 18.03.- dos parâmetros associados a um PCC.
Regulamento da Higiene dos Géneros Alimentícios, Art. 2º, n.º 1).
39. Perigo agente físico, químico ou biológico que
30. Higienização operação onde são cumpridos os pode pôr em causa a segurança do alimento e provocar
pressupostos de limpeza e de desinfecção. problemas de Saúde Pública.
31. Lavagem procedimento de limpeza através de 40. Pesticida qualquer substância ou mistura de
detergentes e água. substâncias que vise prevenir, destruir ou controlar qualquer
praga.
11
41. Picking processo de retirada de produtos
combinação desses processos e/ou produtos; podem ser
adicionados de outros géneros alimentícios, condimentos,
depositados em armazéns ou entrepostos com o objectivo
aditivos ou auxiliares tecnológicos.
de preparar o seu envio para os pontos de venda.
49. Recomendações conselhos sobre técnicas
42. Plano de Higienização esquematização dos operativas, de carácter não obrigatório.
procedimentos de limpeza e desinfecção.
43. Ponto de controlo (PC) qualquer etapa, 50. Registos documentos resultantes das actividades
de monitorização.
procedimento ou operação no qual factores físicos, químicos
e biológicos possam ser controlados.
51. Requisitos medidas de controlo que devem ser
44. Ponto de controlo crítico (PCC) qualquer
cumpridas para garantir a segurança dos produtos alimentares.
ponto de controlo onde é possível reduzir ou eliminar um
risco para a segurança alimentar.
52. Retalho sistema comercial de venda de produtos
ou serviços directamente ao consumidor final.
45. Praga qualquer animal que possa contaminar um 53. Risco probabilidade de ocorrência de um perigo
género alimentício.
numa determinada etapa ou processo.
46. Preparação operação cujo objectivo é a obtenção 54. Segurança alimentar garantia de que os
de produtos preparados.
alimentos não causarão danos ao consumidor quando
47. Produtos preparados os géneros alimentícios
preparados e/ou consumidos de acordo com a sua utilização
pretendida (cf. Codex Alimentarius).
que tenham sido submetidos apenas a um processo de
fraccionamento, por exemplo, divididos, separados, seccionados,
desossados, picados, esfolados, moídos, cortados, limpos,
55. Transformação operação cujo objectivo é a
obtenção de produtos transformados.
aparados, descascados ou triturados, adicionados ou não, de
outros géneros alimentícios, condimentos ou aditivos.
57. Verificação aplicação de métodos, procedimentos
48. Produtos transformados os géneros alimentícios ou testes que visam verificar se o Sistema HACCP se encontra
em conformidade com o Plano HACCP e/ou se é necessário
resultantes da aplicação de tratamentos como o aquecimento,
modificá-lo ou revê-lo.
fumagem, cura, maturação, conservação em salmoura, secagem,
marinagem, extracção, extrusão, cozedura, etc., ou de uma
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REQUISITOS
GERAIS
2. Pela sua disposição relativa, e pela sua concepção, 6. Nos locais onde se manipulem, preparem ou transformem
construção e dimensões, as instalações onde ocorra matérias-primas ou produtos sujeitos a contaminação e não
manuseamento dos géneros alimentícios devem: embalados, os tectos devem ser de fácil limpeza.
a. Permitir uma limpeza e/ou desinfecção adequadas; 7. As portas devem ser de material liso, resistente e fácil
de limpar.
b. Prevenir a acumulação de sujidade, o contacto com
materiais tóxicos, a queda de partículas nos alimentos e 8. As instalações devem possuir sistema de esgotos, ligado
a formação de condensação e de bolores indesejáveis nas a colector público ou a sistema individual de tratamento, de
superfícies; acordo com a legislação em vigor.
c. Possibilitar boas práticas de higiene, com protecção, 9. Devem dispor de um número suficiente de lavatórios
nomeadamente, contra a contaminação cruzada e durante próprios para a lavagem de mãos devidamente localizados e
as operações, motivadas pelos géneros alimentícios, sinalizados.
equipamentos, materiais, água, sistema de arejamento ou
pessoal e fontes externas de contaminação; 10. Os lavatórios para a lavagem de mãos devem estar
equipados com água corrente quente e fria, materiais de
d. Sempre que necessário, ter condições de temperatura limpeza das mãos e dispositivos para secagem higiénica. Nas
e humidade adequadas para o processamento e a zonas de trabalho as torneiras dos referidos lavatórios devem
armazenagem higiénicos dos produtos. ser de comando não manual.
3. Os pavimentos devem ser de material impermeável e 11. Deve ser prevista ventilação natural ou mecânica
resistente, fáceis de lavar e de desinfectar e com declive para adequada e suficiente. Os sistemas de ventilação devem ser
um escoamento fácil da água, equipados com ralos ou caleiras construídos de forma a proporcionar um acesso fácil aos
destinados a evacuar a mesma, ou em alternativa o próprio filtros e a outras zonas que necessitem de limpeza ou de
equipamento de lavagem assegurar a remoção total da água. substituição.
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da Distribuição Alimentar
12. As instalações de manipulação dos alimentos devem 4. O equipamento deverá ser instalado de forma a que o
ter luz natural e/ou artificial adequada. No caso de luz artificial, mesmo possa ser limpo de forma eficaz.
as lâmpadas devem estar protegidas contra queda em caso
de rebentamento. 5. O equipamento deverá ser mantido em bom estado
de conservação.
13. Devem existir instalações sanitárias isoladas dos locais
onde se manipulem e vendam géneros alimentícios. As refe- 6. O equipamento e os motores deverão ser lubrificados
ridas instalações devem possuir ventilação, devendo ser man- com lubrificante próprio para contactar com alimentos
tidas convenientemente limpas. sempre que estejam situados numa área em que no caso de
uma eventual fuga possa ocorrer uma contaminação dos
14. O pessoal deverá dispor de instalações adequadas alimentos.
para a mudança de roupa (vestiários).
7. Os termómetros não deverão ser de vidro nem deverão
conter mercúrio.
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a. Antes de iniciar ou reiniciar qualquer tarefa; 6. A responsabilidade do processo de lavagem das fardas
deverá ser definido pela empresa, podendo passar pela
b. Após ter utilizado as instalações sanitárias; subcontratação de uma outra empresa, pela execução de tal
operação pela empresa empregadora, ou pela transmissão
c. Após mexer o cabelo, levar as mãos à boca, olhos ou dessa responsabilidade ao pessoal, entre outros.
ouvidos, tossir e assoar-se;
7. O vestuário não deve ser utilizado fora das instalações.
d. Antes de calçar luvas descartáveis;
8. O cabelo deverá ser mantido limpo e protegido.
e. Após ter manipulado alimentos crus;
9. As unhas deverão ser mantidas limpas, curtas e sem
f. Antes de manipular alimentos cozinhados ou prontos verniz.
a comer não embalados;
10. O pessoal não pode utilizar quaisquer adornos (anéis,
g.Após ter manuseado materiais ou produtos cons- brincos, pulseiras, colares, relógios, piercings, entre outros)
purcantes, incluindo dinheiro; no decurso da sua actividade. Pode constituir excepção o
uso de aliança de casamento lisa.
h. Após as limpezas.
11. O pessoal não deverá utilizar produtos cosméticos
ou de higiene pessoal com cheiro activo.
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REQUISITOS
DE HIGIENE
12. O pessoal que tenha feridas, cortes e arranhões nas II. HIGIENE DAS INSTALAÇÕES,
mãos deverão ser devidamente protegidos com um penso EQUIPAMENTOS E UTENSÍLIOS
impermeável de cor viva, e usar luva ou dedeira.
1. As instalações e equipamentos deverão permitir efectuar
11. O pessoal que tenha furúnculos, feridas infectadas ou a limpeza e desinfecção adequadas.
doenças infecciosas de pele deverá ser afastado das funções
que impliquem contacto directo com géneros alimentícios. 2. As instalações sob o controlo do distribuidor devem
ser regularmente limpas e onde se justifique desinfectadas.
12. O pessoal deverá ser alertado para a sua responsabilidade
em informar a Chefia caso sofra de uma doença com sintomas 3. As frequências mínimas da limpeza e desinfecção de
de febre, tosse persistente, diarreia ou vómitos, ou caso tenha equipamentos, instalações e utensílios deverão ser previamente
uma infecção na boca, garganta, nariz, ouvidos ou olhos, ou definidas pela empresa.
ainda caso seja portador de uma doença infecciosa recorrente,
ou caso contacte com alguém nestas condições. 4. As superfícies que estão em contacto directo com os
géneros alimentícios deverão ser limpas com a frequência
A Chefia deverá zelar para que pessoal nestas condições não necessária.
trabalhe nestas circunstâncias.
5. Os produtos derramados devem ser imediatamente
13. O pessoal a quem tenha sido diagnosticada intoxicação removidos.
alimentar ou uma doença infecciosa, não deverá regressar ao
trabalho sem um atestado de aptidão para trabalhar com 6. Os agentes de limpeza e desinfectantes devem encontrar-
produtos alimentares emitido por um médico. -se claramente identificados e separados dos géneros
alimentícios.
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da Distribuição Alimentar
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REQUISITOS
DE HIGIENE
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Código de Boas Práticas REQUISITOS
ESPECÍFICOS
da Distribuição Alimentar
REQUISITOS
ESPECÍFICOS
2. Deve ser efectuada uma inspecção visual para o despiste 4. As instalações e equipamentos devem estar equipados
de produtos que possam não estar em condições. com um indicador de temperatura. A temperatura dos locais
de armazenagem deverá ser registada diariamente e periodi-
3. Para cumprimento do ponto anterior devem ser definidos camente verificada com um instrumento independente.
critérios de aceitação e de rejeição.
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Código de Boas Práticas
da Distribuição Alimentar
5. Fora dos ciclos de descongelação, as instalações e 5. Fora dos ciclos de descongelação, esses mesmos
equipamentos devem ser mantidos às temperaturas adequadas equipamentos devem ser mantidos às temperaturas adequadas
à conservação dos alimentos armazenados. à conservação dos alimentos expostos.
6. A transferência dos alimentos armazenados para a 6. Os equipamentos devem ter uma linha de reposição
exposição e venda deverá ser realizada no mais curto espaço máxima (linha de carga) que não deverá ser ultrapassada.
de tempo.
7. A operação de descongelação de matérias-primas/alimentos
congelados deverá decorrer sob condições apropriadas.
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REQUISITOS
ESPECÍFICOS
V. RESÍDUOS
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REQUISITOS
ESPECÍFICOS
c. Não conformidades;
d. Controlo de pragas;
e. Serviços de manutenção;
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ANEXOS Código de Boas Práticas
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ANEXO I
PREPARAÇÃO / TRANSFORMAÇÃO
1. Devem ser utilizados equipamento e utensílios distintos 7. Em processos de cozedura, assados e afins, a temperatura
para alimentos crus e alimentos pronto-a-comer. interna do alimento deve ser elevada a um mínimo de 74 ºC
durante pelo menos 2 minutos. Este requisito não é aplicável
2. Todos os produtos de natureza diferente devem ser se se comprovar que estas condições de tempo e temperatura
armazenados separadamente, evitando o contacto directo. não são necessárias para garantir a segurança do alimento.
3. A armazenagem frigorífica deve ser feita com os produtos 8. Os alimentos cozinhados e expostos quentes deverão
que apresentam uma maior susceptibilidade em causar ser mantidos a uma temperatura de pelo menos 63 ºC (por
contaminações nas prateleiras inferiores e os outros nas tempo indefinido), ou em alternativa, para períodos limitados
superiores. no tempo as seguintes condições: 52 ºC/ 2 horas, 54 ºC/ 4
34
ANEXOS
ANEXO I
horas, 58 ºC/ 8 horas. Este requisito não é aplicável se refrigerado e processado no máximo até 24 horas após a
comprovar que estas condições de tempo e temperatura não descongelação terminar.
são necessárias para garantir a segurança do alimento.
15. Após a cozedura ou outro tipo de transformação por
9. Os alimentos cozinhados e expostos refrigerados deverão acção do calor, o alimento deve ser arrefecido tão rapidamente
ser mantidos a uma temperatura não superior a 5 ºC. quanto possível até 5 ºC. O procedimento utilizado para o
arrefecimento deverá ser conduzido de modo que o alimento
10. A temperatura de exposição dos alimentos quentes atinja uma temperatura interna de 10 ºC ou menos no máximo
para venda deve ser registada a intervalos pré-definidos e até 120 minutos. Este requisito não será aplicável:
adequados.
a. A alimentos que não tenham de ser armazenados/con-
11. Os alimentos congelados devem ser descongelados servados em refrigeração;
previamente a serem cozinhados, a não ser que os mesmos
sejam normalmente cozinhados directamente do estado b. A alimentos mantidos a uma temperatura de 63 ºC ou
congelado. mais;
12. Os alimentos congelados que requerem descongelação c. A alimentos para os quais se possa demonstrar que
devem ser descongelados numa das seguintes condições: maiores tempos de arrefecimento não constituem um
risco para a segurança do alimento.
a. Numa área refrigerada;
16. Tratando-se de alimentos pré-embalados pela Empresa
b. Num forno de micro-ondas com ciclo de descongelação; de Distribuição, deverá assegurar-se que o prazo de validade
é adequado.
c. Num espaço destinado a funcionar como área de
descongelação. 17. As mãos não devem ser lavadas em lavatórios que
sejam utilizados para lavar alimentos ou equipamento. Quando
13. O alimento descongelado não deve ser recongelado, um lavatório é utilizado para lavar tanto alimentos como
excepto se for utilizado como ingrediente de um género ali- equipamento, o mesmo deverá ser limpo antes de cada
mentício cozido, assado ou afim e a seguir congelado. utilização.
14. O alimento descongelado que se destine a qualquer 18. O pessoal que manuseie os alimentos deverá assegurar-
tipo de transformação com acção do calor deverá ser mantido se que as suas mãos estão limpas e deverá actuar de acordo
35
ANEXO I
com os requisitos de higiene pessoal constantes no Capítulo 27. As embalagens que entram em contacto directo com
V deste Código. os alimentos devem possuir as características próprias para
o efeito.
19. A área de transformação deverá ser mantida livre
de materiais estranhos. 28. Nos locais em que seja utilizado óleo de fritura deve-
-se assegurar que durante a fritura a temperatura não
20. A utilização de utensílios de madeira deve ser eliminada ultrapassa os 180 ºC.
nos locais onde sejam manipulados géneros alimentícios.
29. Os produtos fatiados não devem ser manuseados
21. As máquinas utilizadas no corte e fatiagem de géneros directamente com as mãos.
alimentícios, devem ser colocadas em local reservado para
o efeito, protegidas eficazmente do contacto com o público.
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ANEXOS
ANEXO I
4. Para os alimentos preparados devem ser mantidas 12. Nos locais em que seja utilizado óleo de fritura, o
referências quanto à sua origem, durante o período de venda mesmo deverá ser controlado, através da medição dos
dos mesmos. compostos polares.
5. Quando as carnes de churrasco são assadas nas instalações 13. Todos os equipamentos e utensílios utilizados para
deverão ser vendidos no dia em que são cozinhados. Se forem alimentos cozinhados e prontos a comer deverão ser lavados
para ser utilizados como matéria-prima, deverão ser seguidos e desinfectados.
os procedimentos definidos no número 15, do ponto II, do
Anexo I.
37
ANEXO II
CUIDADOS ESPECIAIS
4. Ovos,
6. Natas,
deverão ser tidos cuidados especiais uma vez que dada a sua
natureza os mesmos são susceptíveis de contaminar
superfícies, utensílios ou outros alimentos.
I. RECOMENDAÇÕES
38
ÁRVORE DE DECISÃO
ANEXOS
ANEXO III
Não
A Árvore de Decisão apresentada deverá ser aplicada a cada
etapa do processo e a cada perigo identificado nessa etapa. Q2 -Esta etapa elimina ou Não é PCC STOP
reduz o perigo a nível
aceitável?
Não
Q3 - Pode ocorrer
De notar que a Árvore de Decisão acima descrita deverá ser contaminação pelo perigo
tida apenas como exemplo de uma ferramenta a utilizar na ou aumento deste a valores
não aceitáveis? Sim
identificação dos PCC´s, pelo que as empresas de distribuição
poderão recorrer à utilização de outras ferramentas que Não
permitam a determinação dos pontos citados. Sim Não é PCC STOP
Sim
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Código de Boas Práticas
da Distribuição Alimentar BIBLIOGRAFIA
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p. 2726 2727 Decreto-Lei nº 339/85 de 21 de Agosto de Janeiro de 2002, que determina os princípios e normas gerais
1985. da legislação alimentar, cria a Autoridade Europeia para a
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Diário da República, I Série A, n.º 176, de 01/08/1998, matéria de segurança dos géneros alimentícios.
p. 3676 3722 Decreto-Lei nº 236/98 de 1 de Agosto de
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BIBLIOGRAFIA
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