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Sistema Gerador de Base Fonte Do Sage

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MODELAGEM OTIMIZADA PARA GERAÇÃO DA BASE FONTE

SCADA/EMS DO SAGE

Eng. MSc. Ricardo Lastra Olsen Eng. MSc. Assis Rogério Gomes da Silva
Paulo
CEEE-GT CEEE-GT
BRASIL

RESUMO
Este artigo descreve a modelagem e a implantação de um sistema para cadastro e geração da base
fonte para o SAGE do CEPEL, inserido no sistema de supervisão e controle hierárquico da CEEE-
GT. A representação dos dados foi separada em Modelo do Sistema Elétrico e Modelo do Sistema
SCADA. A padronização para os tipos de pontos supervisionados é mostrada. São detalhadas as
principais tecnologias utilizadas e aplicativos desenvolvidos na implantação do sistema. Vantagens
como maior consistência dos dados, velocidade de preenchimento e facilidade de manutenção são
apresentadas.

PALAVRAS CHAVE

Base de dados fonte - SAGE - Supervisão - SCADA - EMS - Centros de Controle - Automação.

CEEE-GT:Companhia Estadual de Geração e Transmissão de Energia Elétrica. Depto. de Supervisão e Controle

Av. Joaquim Porto Villanova, 201. Prédio F, Sala 207. Porto Alegre-RS. (51)3382-4734-ricardolo@ceee.com.br.
1. Introdução
A Companhia Estadual de Geração e Transmissão de Energia Elétrica do Rio Grande do Sul (CEEE-
GT) possui um sistema de supervisão e controle em tempo real que foi desenvolvido pela equipe
própria da empresa, o qual está em operação desde 1997. Devido a uma redução na equipe de
desenvolvimento e dada a obsolescência deste sistema, optou-se por substituí-lo pelo sistema SAGE
do CEPEL.
O sistema de supervisão da CEEE-GT é um sistema hierárquico com seu COS ligado aos seus Centros
de Atendimento (CA’s) Regionais. Tanto o COS quanto os CA's adquirem dados das UTR's das
subestações. Considerou-se importante que a base fonte levasse em conta a hierarquia do sistema de
supervisão, de forma a evitar a replicação dos dados de topologia e demais configurações para as
subestações supervisionadas simultaneamente nos CA's e no COS. Por sua vez, a base de dados do
SAGE reflete apenas uma única instalação do sistema e não um sistema hierárquico.
Sabe-se também que a crescente digitalização dos equipamentos de subestações vem aumentando a
dificuldade em documentar e manter as bases de dados de cada componente (UTR’s, relés digitais de
proteção, unidades de bay, multimedidores) do sistema SCADA. Identificou-se que este problema
poderia ser atacado através da padronização dos sinais e da modelagem das bases de dados destes
equipamentos e de suas interconexões.
Desta forma, resolveu-se criar uma nova base de dados padronizada para servir como fonte para o
sistema SCADA hierárquico. Esta nova base rompe com o modelo antigo de uma UTR por
subestação. Para refletir este contexto foi necessário separar em modelagens distintas o sistema
elétrico de potência e o sistema SCADA.
Sobre esta base de dados operam uma aplicação de edição dos dados do sistema elétrico, uma
aplicação de edição dos dados do sistema SCADA e um script de geração da base SAGE, na forma
dos seus arquivos DAT.

2. Modelagem do Sistema Elétrico-EMS


Esta modelagem define o significado dos pontos de supervisão no sistema elétrico de potência,
representando também a topologia do mesmo.
O modelo é composto por instalações, módulos (bays) e conectores. Ver figura 1.
Instalações: são as unidades que compõem o sistema elétrico, subestações ou usinas. Ex:
GRA2=Subestação Gravataí 2, UDFR=Usina Dona Francisca.
Módulos: são os vãos ou bays das subestações, ex. LT’s, transformadores, alimentadores, bancos de
capacitores, etc. Equivalem aos equipamentos (EQP) do SAGE. Cada módulo é ligado a uma
instalação.
Conectores: são os disjuntores e seccionadoras. Cada conector está ligado a um módulo. Os pontos de
supervisão estão sempre ligados ao conector. Existe também um conector especial que serve para
associar os pontos diretamente ao módulo em vez de a um disjuntor ou seccionadora.

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Figura 1 - Exemplo da modelagem do Sistema Elétrico - EMS

2.1. A modelagem EMS no SAGE


O SAGE, além das funcionalidades da parte de aquisição de dados (sistema SCADA), possui módulos
que são responsáveis pelas Funções de Análise de Redes, conhecidos também como EMS (Energy
Management Systems). Compõem o módulo EMS do SAGE os programas: Configurador de Redes,
Estimador de Estados, Análise de Contingências e Controle de Emergência.
Para que a funcionalidade do EMS do SAGE esteja disponível de maneira confiável aos operadores do
sistema (1), faz-se necessário realizar com exatidão a modelagem do Sistema Elétrico, de modo que o
SAGE possa obter a disposição física dos equipamentos em associação à telemedição implantada.
A modelagem EMS do SAGE é feita sobre a sua base fonte em três aspectos distintos:
- entidades de equipamentos (TR2, TR3, LTR, BCP, REA, etc.) contendo a identificação e
parametrização dos mesmos;
- entidades PAS e PDS com os estados e medições aquisitados pelo sistema SCADA. Neste caso
devem ser indicados através dos atributos que fazem o relacionamento da medida ao equipamento
modelado para o EMS. Os atributos são EQP (equipamento), TPEQP (tipo de equipamento) e EST
(estação associada, nível de tensão);
- entidade LIG com as ligações dos conectores e equipamentos considerados no modelo.
Percebe-se que são várias entidades a serem configuradas. A edição, seja dos arquivos DAT, planilhas,
ou mesmo pelo programa STI, é uma tarefa árdua e susceptível à inserção de erros, devido à
quantidade de parâmetros, seus relacionamentos e ao tamanho do sistema elétrico modelado.

2.2. Aplicação de edição do modelo do sistema elétrico / EMS


O software, desenvolvido pela CEEE-GT, objetivou disponibilizar uma ferramenta ágil para que o
preenchimento dos dados fosse feito de uma forma consistente e sem a necessidade de edição direta
das entidades do SAGE.
Ao cadastrar uma nova subestação é preciso criar inicialmente uma nova instalação e as respectivas
estações do modelo EMS (darão origem às entidades INS e EST).

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Em seguida são inseridos todos os módulos da subestação, ver fig. 2. Para os módulos pertencentes ao
modelo EMS são cadastrados o nome (EQP), o tipo de entidade correspondente do SAGE (BCP, CAR,
CSI, LTR, RAM, REA, SBA, TR2, TR3, UGE) e o nome da sua LIG (entidade LIG do SAGE,
representam os nós elétricos do modelo EMS que ligam os equipamentos e conectores). No caso, cada
módulo possui apenas uma LIG pois separamos em diferentes módulos cada lado de uma linha de
transmissão (LTR) e transformador (TR2/TR3). Exemplo a LTR Gravataí 2 (GRA2)- Porto Alegre 10
(PA10) é cadastrada como módulo de linha PA10 na SE GRA2 e módulo de linha GRA2 na SE PA10.
Para o transformador cada lado é cadastrado como um módulo, por exemplo o Trafo 1 da SE GRA2 é
cadastrado em 3 módulos separados, um para o lado de 230kV, outro para o 69kV e ainda outro para o
13,8kV, onde em cada módulo são ligados os respectivos disjuntores e seccionadoras. Adicionalmente,
devem ser cadastrados os parâmetros do equipamento, tais como: R, S e X para LTR; RPS, XPS, TAT,
TPAS para TR2, e de forma análoga para as demais entidades.
Posteriormente, para cada disjuntor e seccionadora, ao serem inseridos em um módulo, são
cadastrados o nome das duas LIG's que representam os nós elétricos aos quais o conector está ligado.
Com estas informações serão geradas as entidades LIG e CNC do SAGE.

Figura 2 - Editor do modelo EMS


Os pontos de supervisão, ao serem cadastrados, são caracterizados pelo tipo da informação
supervisionada, através de listas de múltipla escolha e são sempre ligados ao conector correspondente.
As listas de escolhas de tipos são apresentadas de acordo com o tipo de módulo e conector a que
pertencem. Ex: ao cadastrar um ponto do disjuntor somente são apresentados os tipos de dados
possíveis para disjuntores (posição, mola descarregada, baixa pressão de SF6, falha no circuito de
abertura, etc.). Obviamente, neste caso, não é possível cadastrar um tipo de informação como posição
da seccionadora, pois o conector do ponto já foi definido como disjuntor. Ao serem cadastrados, os
estados e as medidas já são associados ao respectivo conector. Através desta ligação são gerados os
atributos EQP e TPEQP para as entidades PDS e PAS.

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Os pontos, após ligados aos conectores e tipados, recebem automaticamente o ID do SAGE e a
descrição textual. A tipagem das informações permite ainda a verificação de erros como a presença de
duplicação de pontos na base da subestação.
Convenientemente, programam-se neste modelo os dados intrínsecos ao ponto supervisionado, isto é,
que independem do local de operação. Ex.: o estado normal do ponto (aberto ou fechado) é um dado
da tabela de Pontos_em_nós pois esta informação é a mesma tanto para o COS como para o Centro
Regional, portanto basta cadastrá-la apenas uma vez. Já os limites de alarme para a tensão de barra
podem ser diferentes para o Centro Regional e para o COS. Sendo assim, esta informação é cadastrada
junto ao modelo SCADA.
O uso deste aplicativo para a modelagem do Sistema Elétrico da CEEE agilizou o processo de
modelagem de 120 barras, com aproximadamente 1000 medições analógicas consideradas e mais de
2500 estados de conectores, tendo sido realizado em menos de 04 meses (de dezembro de 2005 a
março de 2006) por apenas uma pessoa.
Ressalta-se que a de modelagem do Sistema Elétrico de Potência não é um processo definitivo: a
atualização se faz necessária a qualquer alteração da configuração do mesmo. Este foco deve ser
perene para que os usuários possam utilizar as funções de análise de redes de maneira confiável.

3. Modelagem do Sistema de Supervisão-SCADA


Conforme pode ser observado na fig. 3, a arquitetura do sistema da CEEE-GT para sistemas de
automação de subestações representa um exemplo da complexidade destes sistemas nos dias de hoje.
Antigamente, todos os sinais supervisionados eram aquisitados diretamente pela UTR. Atualmente, os
mesmos podem estar conectados, por exemplo, aos seguintes elementos: relé de proteção,
multimedidor, unidade de controle de bay, UTR/sistema de acessante dos sistema de transmissão, etc.
Estas verdadeiras teias de conexões entre os IED's (Intelligent Electronic Devices) tornam cada vez
mais difícil documentar e manter as bases de dados destes sistemas.

Figura 3 - Visão esquemática parcial do sistema de supervisão e controle da CEEE-GT


Para descrever o sistema SCADA procurou-se uma modelagem genérica, capaz de servir como fonte
para qualquer sistema (não apenas para o SAGE) e sendo tão simples quanto possível. Neste modelo

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descreve-se o sistema SCADA através de seus componentes, aqui chamados de "Nós de Supervisão" e
de suas conexões com os respectivos pontos lógicos e físicos associados, ver fig. 4.
Os conceitos para estes termos são os seguintes:
Nó de supervisão: é um elemento inteligente do sistema de supervisão que aquisita e pode
disponibilizar estados digitais e/ou medidas e/ou comandos a outros elementos através de suas
conexões. Ou seja, possui um conjunto de pontos lógicos (subconjunto do total de pontos do sistema) e
'n' conexões com outros dispositivos.
Conexão: é uma ligação entre dois "nós" de supervisão que suporta o transporte de estados digitais,
medidas e comandos através de um protocolo de comunicação. As conexões no modelo são
unidirecionais, levando dados em um sentido e comandos no contrário. Conexões bidirecionais de
protocolos balanceados são modeladas através de duas conexões unidirecionais. Os pontos
transportados são chamados, analogamente à terminologia do SAGE, de pontos físicos.
Ponto lógico: é o ponto interno ao "nó" de supervisão. Normalmente é um ponto aquisitado, mas pode
ser também um ponto com origem no próprio "nó", do tipo calculado, manual ou estimado. Nestes
casos, o ponto lógico não possui ponto físico de aquisição associado.
Ponto Físico: é o ponto que transporta uma informação de um nó para outro em uma conexão que
utiliza um protocolo de comunicação. O ponto físico associa um ponto lógico da origem com outro no
destino. Cada ponto físico possui um tipo que é a unidade de informação de aplicação (ASDU)
escolhida entre uma das disponibilizadas pelo protocolo empregado, ex: M_SP_NA_1=Informação de
estado digital simples e M_ME_NA_1=Informação de valor normalizado, ambas do protocolo IEC
60870-5-101.
Com estes dados devidamente cadastrados, torna-se possível descrever o trajeto do ponto
supervisionado desde o seu IED de origem, passando por eventuais unidade de controle de bay, UTR
ou concentrador de subestação e centro regional até chegar ao COS.
Através de um script gerador adequadamente desenvolvido, pode-se criar a base de dados de carga
para qualquer um dos sistemas dos IED's, UTR's, concentradores e centros de controle envolvidos.

Figura 4 - Diagrama E-R simplificado dos modelos EMS e SCADA

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Com esta metodologia obtém-se maior consistência nas bases de dados, rastreabilidade das
informações e maior flexibilidade e velocidade tanto na fase de implantação como na manutenção e
eventuais reconfigurações das conexões do sistema, como por exemplo passagem da varredura de uma
UTR de subestação de um centro para outro ou mesmo a substituição da UTR por uma de outro
fabricante.

3.1. Aplicação de edição da base SCADA


Este editor permite cadastrar os "nós de supervisão", os seus pontos lógicos, as conexões e seus pontos
físicos.

Figura 5- Editor do modelo SCADA: edição de pontos lógicos

Figura 6- Editor do modelo SCADA: edição de conexões

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Primeiramente deve ser cadastrado o nó. Passando para a aba "Pontos Lógicos", conforme mostrado
na fig. 5, no painel da direita, são escolhidos os pontos lógicos para o nó dentre os disponíveis no
sistema total (cadastrados no editor do modelo EMS). Os que forem sendo inseridos somem deste
painel, passando ao painel da esquerda. Sobre os pontos disponíveis, para facilitar a escolha, aplicam-
se filtros por subestação, tipo, origem, endereço, etc.
Após descritos os nós, cadastram-se as conexões, ver fig. 6, informando nó origem, nó destino,
protocolo utilizado, e demais parâmetros de canais de comunicação e varredura necessários.
Para cada conexão, cadastram-se os pontos físicos, ver fig. 7, informando os pontos lógicos associado
nos nós de origem e destino, endereço no protocolo, fatores de conversão e o tipo de ASDU desejado
para o transporte da informação.

Figura 7 - Editor do modelo SCADA: edição de pontos físicos

4. Padronização dos Sinais


No sistema antigo da CEEE os sinais não possuíam identificadores textuais (tag’s), sendo relacionados
apenas por um número ao qual estava associada uma descrição em um campo de texto livre. Isto
ocasionou que um mesmo tipo de sinal era descrito de ‘n’ formas diferentes em ‘m’ subestações,
dependendo de quem havia elaborado a base, dos fabricantes e dos integradores dos equipamentos.
Até mesmo dentro da mesma subestação, no caso de ampliação, a mesma informação era cadastrada
de forma inconsistente nos bays novos em relação aos antigos.
Esta despadronização leva aos seguintes problemas:
- incompreensão dos sinais. Apenas quem implementou sabe o que significam todos os sinais. Após
algum tempo somente analisando o projeto é possível saber o que representa cada sinal;
- dificuldade na definição dos sinais que serão implementados no sistema da subestação;
- confusão para os operadores que devem interpretar sinais iguais apresentados com descrições
diferentes;

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- impossibilidade de automatizar a geração e a verificação da consistência das bases de dados.
A padronização criou um número limitado de tipos de sinais possíveis. Ou seja, cada sinal existente no
sistema de automação da subestação deve se enquadrar em um tipo disponível. Quando surge um novo
tipo, o mesmo é acrescentado na base. Na prática, cerca de 800 tipos distintos já foram identificados.
A cada tipo está associado um mnemônico para compor o tag do ponto. Os mnemônicos de 4
caracteres foram inspirados nos nomes dos Logical Nodes da norma IEC 61850.

5. Gerador da Base Sage


Todas as informações necessárias para a criação das bases de dados estão no banco de dados
relacional.
Os bancos de dados utilizados são o MySQL e o PostgreSQL. O banco MySQL já vinha sendo
utilizado no desenvolvimento da interface com a rede corporativa da CEEE (2) e o PostgreSQL passou
também a ser usado por ter sido adotado pelo SAGE. Futuramente serão migradas todas as tabelas e
aplicações para o PostgreSQL.
Para a criação da base SAGE na forma de arquivos DAT, optou-se por utilizar um script na linguagem
PHP. Esta ferramenta é uma das mais utilizadas para desenvolvimento de aplicações da Web. Todavia,
também é muito propícia para uso como linguagem de programação de scripts.
As principais vantagens obtidas pela utilização do PHP são:
- software livre, amplamente difundido, multiplataforma;
- acesso nativo aos bancos de dados PostgreSQL e MySQL;
- alto nível de programação, fácil aprendizagem;
- linguagem interpretada, rápida prototipagem e manutenção;
- extenso conjunto de bibliotecas para praticamente todo tipo de necessidade de programação.

Editor do Editor do
modelo EMS modelo SCADA

Cálculos, Fórmulas,
Instalações, Estações,
Módulos, Conectores, Nós,
Pontos_em_Nós,
SGBD SQL Tipos_Ponto, Conexões,
Pontos_em_Conexões

Script
Gerador
PHP

RCA, TCL, INS, MAP, TAC, TELA, USI,


GRUPO, EST, BCP, CAR, CSI, LTR, RAM,
Arquivos DAT REA, SBA, TR2, TR3, UGE, LIG, CNC,
do SAGE CGS, PAS, PDS, E2M, GRCMP, OCR,
TCTL, NV1, NV2, CNF, CXU, ENU, LSC,
TDD, UTR, CGF, PAD, PAF, PDD, PDF

Figura 8 - Esquema de edição / geração de bases de dados

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Para cada entidade da base SAGE é feita uma consulta SQL ao banco de dados trazendo as
informações necessárias para a sua criação. Os dados são processados pelo script para criar o arquivo
DAT, ver fig.8.
Ao acionar o script gerador, informa-se qual o sistema que deve ser gerado, se o do COS ou o de um
dos Centros de Atendimento Regionais.
Na tabela I estão listadas as entidades do SAGE derivadas pelas tabelas da base fonte relacional da
CEEE-GT.
Tabelas da Base Fonte CEEE Entidades do SAGE Geradas
Cálculos RCA
E Fórmulas TCL
M Estações EMS EST
S Módulos BCP, CAR, CSI, LTR, RAM, REA, SBA, TR2, TR3, UGE,
LIG
Conectores CNC, LIG
Instalações INS, MAP, TAC, TELA, USI, GRUPO
S Nós LSC, TAC, TDD, CNF, UTR
C Pontos_em_Nós CGS, PAS, PDS, E2M, GRCMP
A Tipos_Ponto OCR, TCTL, NV1, NV2, E2M
D Conexões CXU, ENU
A Pontos_em_Conexões CGF, PAD, PAF, PDD, PDF, NV1, NV2
Tabela I - Relação das entidades do SAGE com as tabelas da base fonte proposta.

6. Conclusões
O desenvolvimento deste sistema para a geração da base fonte foi fundamental na implantação do
SAGE na CEEE-GT. Foram utilizadas para configurar a base do COS, hoje com 28.000 pontos lógicos
e 37.000 pontos físicos, basicamente duas pessoas. A parte SCADA foi configurada num período de
cerca de 1 ano e a EMS em 4 meses. O sistema de geração continua sendo aperfeiçoado e está sendo
intensamente utilizado para a migração da varredura das UTR's do sistema antigo para o SAGE, bem
como para a ampliação e manutenção do sistema de supervisão e controle.
Não há dados precisos para comparar a quantidade de homens-hora que seriam utilizados em um
processo convencional de configuração de base do SAGE com o descrito neste artigo. Todavia,
verificou-se que a utilização dos editores dos modelos SCADA e EMS, onde os dados são
apresentados na forma tabular, permitindo a visualização simultânea de diversos registros e dos inter-
relacionamentos entre as tabelas, além da utilização de listas de múltipla escolha e de filtros, agilizou
sobremaneira a entrada de dados. Obteve-se ainda uma maior consistência das informações.
O sistema, pela utilização de banco de dados relacional, permite a manipulação da base por múltiplos
usuários simultâneos. As consultas e atualizações são imediatas, evitando a proliferação de versões de
arquivos texto e de planilhas. As tabelas da base são replicadas em um servidor reserva e backups são
feitos periodicamente para garantir a disponibilidade e a preservação dos dados.
A padronização e a forte tipagem dos pontos supervisionados permitiu que diversas aplicações
extraiam informações sobre os mesmos e sobre a topologia do sistema elétrico para se
autoconfigurarem, evitando assim muito trabalho manual. Ex: criação automática de telas tabulares e
relatórios de consulta aos dados históricos.
Como perspectiva futura, já em estudo, pretende-se integrar os bancos de dados dos diversos setores
da empresa (Engenharia de Sistema, Proteção, Manutenção, Operação e Supervisão) com o objetivo de
evitar a duplicação de dados e esforços de manutenção, bem como reduzir as inconsistências e a falta
de padronização dos dados. Por exemplo, os dados da base EMS do SAGE, tais como os parâmetros

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de linha de transmissão, seriam obtidos durante a geração dos arquivos DAT diretamente da base
mantida pelo pessoal de Engenharia de Sistemas.
BIBLIOGRAFIA
[1] A.R.G. S. Paulo, A.V.Zampieri, S.R.O.Lopes e R.L.Olsen, Estimador de Estados Como Apoio a
Operação em Tempo Real da CEEE - Cases de Utilização e Não-Utilização, IX EDAO, Rio Quente,
GO, Março de 2007.
[2] R.L. Olsen, Integração dos dados da Supervisão de Tempo Real à Intranet Corporativa da CEEE,
V SIMPASE, Brasil.
[3] CEPEL, Manuais de configuração do SAGE.
DADOS BIOGRÁFICOS
Nome: Ricardo Lastra Olsen
Naturalidade: Porto Alegre – RS
Formação:
Engenharia Elétrica – UFRGS – 1990 – P. Alegre.
Mestre em Engenharia – Instrumentação Eletro-Eletrônica – UFRGS – 1992 – Porto Alegre.
Área de Atuação: Engenheiro do Departamento de Supervisão e Controle da CEEE-GT.

Nome: Assis Rogério Gomes da Silva Paulo


Naturalidade: Goiânia - GO
Formação:
Engenharia Elétrica - UFG - 2003 - Goiânia.
Mestre em Engenharia - Sistemas de Energia Elétrica - UFSC - 2006 - Florianópolis.
Área de Atuação: Engenheiro do Departamento de Supervisão e Controle da CEEE-GT.

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