Calorimetria Texto
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AULA 13 CALORIMETRIA
1- INTRODUO Neste captulo estudaremos o calor e suas aplicaes. Veremos que o calor pode simplesmente alterar a temperatura de um corpo, ou at mesmo mudar o seu estado fsico. 2- CALOR O calor definido como sendo energia trmica transitando de um corpo de maior para um corpo de menor temperatura. Esta energia trmica proveniente da agitao das molculas que constituem o corpo.
3- EQUILBRIO TRMICO Conforme o fluxo de energia trmica passa do corpo de maior para o de menor temperatura, o corpo mais quente vai se esfriando, e o corpo mais frio vai se aquecendo, at que suas temperaturas atinjam o mesmo valor. Esta temperatura denominada temperatura de equilbrio trmico.
4- CALOR SENSVEL E CALOR LATENTE Quando uma substncia ao receber ou ceder calor, sofre somente uma variao em sua temperatura, dizemos que ela recebeu ou cedeu calor sensvel. Portanto, se esta substncia ao receber ou ceder calor, sofre uma mudana de estado, dizemos que ela recebeu ou cedeu calor latente. Na ilustrao abaixo, temos a mesma fonte fornecendo calor a dois corpos. Note que um dos corpos sofrer apenas um aquecimento (calor sensvel), enquanto o outro corpo sofrer uma mudana de estado (calor latente).
A capacidade trmica ou calorfica de um corpo mede o calor necessrio para variar de uma unidade a temperatura deste corpo. Considere um corpo a uma temperatura q1 que ao receber uma certa quantidade de calor Q, passa a ter uma temperatura q 2 . A capacidade trmica deste corpo dada pelo quociente entre o calor Q e a variao de temperatura Dq , sofrida pelo corpo. A capacidade trmica tambm diretamente proporcional massa e ao calor especfico sensvel da substncia que constitui o corpo.
6- QUANTIDADE DE CALOR SENSVEL (Q) A quantidade de calor sensvel obtida da definio da capacidade trmica. Multiplicando a equao da capacidade trmica membro a membro pela variao de temperatura em seguida substituindo a capacidade trmica pelo produto da massa pelo calor especfico sensvel, temos determinada a equao fundamental da Calorimetria.
7- CALORIA A caloria definida como sendo a quantidade de calor necessria e suficiente para elevar de 1C a temperatura de 1g de gua pura.
8- CALOR ESPECFICO DA GUA Com os dados acima e aplicando Calorimetria, temos: a equao fundamental da
9- BALANO ENERGTICO Corpos em diferentes temperaturas colocados em contato trmico em um sistema isolado vo trocar calor at que se atinja o equilbrio trmico. Como no haver entrada nem sada de calor deste sistema, podemos afirmar que todo calor cedido (pelos corpos de temperaturas mais altas) dentro do sistema, ser tambm recebido (pelos corpos de temperaturas mais baixas) dentro do sistema. Quando um corpo recebe calor, sua variao de temperatura positiva, logo, o calor recebido positivo. Quando um corpo cede calor, sua variao de temperatura negativa, logo, o calor cedido negativo. Se somarmos o calor total cedido com o calor total recebido o resultado ser nulo.
10- MUDANAS DE ESTADO OU FASE. Na natureza as substncias podem se apresentar nas fases slida, lquida e gasosa. A mudana da fase slida para a fase lquida a fuso e da fase lquida para a fase slida a solidificao. A mudana da fase lquida para a fase gasosa a ebulio ou vaporizao e da fase gasosa para a fase lquida a condensao ou liquefao. A mudana da fase slida para a fase gasosa a sublimao e da fase gasosa para a fase slida tambm a sublimao.
11- LEIS DAS MUDANAS DE ESTADO OU FASE 1 LEI Durante uma mudana de fase, presso constante, a temperatura tambm se mantm constante. Isto significa dizer que, por exemplo, presso atmosfrica normal, o gelo comea a se fundir a 0C e durante toda a fuso a temperatura se mantm a 0C. 2 LEI Cada substncia pura tem a sua temperatura prpria de mudana de fase. Isto significa dizer que, por exemplo, presso atmosfrica normal, a gua entra em ebulio a 100C enquanto que o lcool entra em ebulio a 78C. 3 LEI Se a presso se altera as temperaturas de mudanas de fase tambm se alteram. Por exemplo, numa panela de presso a temperatura de ebulio da gua atinge valor maior que 100C devido ao aumento de presso. 12- QUANTIDADE DE CALOR LATENTE (Q) Experimentalmente verificou-se que a quantidade de calor necessria para mudar a fase de uma substncia era diretamente proporcional massa da substncia. A constante de proporcionalidade foi chamada de calor especfico latente e da surgiu a relao:
13- CURVAS DE AQUECIMENTO E RESFRIAMENTO Considere um corpo de massa m inicialmente no estado slido e a uma temperatura inferior a sua temperatura de fuso. Fornecendo calor a este corpo , ele ir atingir a temperatura q4 , passando de liquido e de liquido para gasoso. Nesse processo aquecimentos (calor sensvel) e mudanas de estado (calor grfico abaixo mostra como varia a temperatura em quantidade de calor. slido para ocorreram latente). O funo da
EXERCCIOS
1- (MACKENZIE) um corpo de certo material, com 200g, ao receber 1000cal aumenta sua temperatura de 10C. Outro corpo de 500g, constitudo do mesmo material, ter capacidade trmica de: a) 50cal/C b) 100cal/C c) 150cal/C d) 250cal/C e) 300cal/C
2- (UNISA) O grfico representa a temperatura de uma amostra, de massa 100g, de uma substncia, em funo da quantidade de calor por ela absorvida. O calor especfico sensvel dessa substncia, em cal/gC, : a) 0,10 b) 0,20 c) 0,40 d) 0,60 e) 0,80
q(C)
80
20 0 1200
Q(cal)
3- (UNISA-SP) Tem-se 20g de gelo a -20C. A quantidade de calor que se deve fornecer ao gelo para que ele se transforme em 20g de gua a 40C : Dados: Calor especfico sensvel do gelo = 0,50cal/gC Calor especfico sensvel da gua = 1,0cal/gC Calor especfico latente de fuso do gelo = 80cal/g a) 1000cal b) 1200cal c) 2600cal d) 3000cal e) 4800cal 4- (FUVEST-FGV-SP) Dispe-se de gua a 80C e gelo a 0C. Deseja-se obter 100g de gua a uma temperatura de 40C (aps o equilbrio), misturando gua e gelo em um recipiente isolante e com capacidade trmica desprezvel. Sabe-se que o calor especfico latente de fuso do gelo 80cal/g e o calor especfico sensvel da gua 1,0cal/gC. A massa de gelo a ser utilizada a) 5,0g b) 12,5g c) 25g d) 33g e) 50g 5- (UELON-PR) Em um recipiente, de paredes adiabticas e capacidade trmica desprezvel, introduzem-se 200g de gua a 20C e 80g de gelo a -20C. Atingindo-se o equilbrio trmico, a temperatura do sistema ser:
a) -11C b) 0C, restando 40g de gelo. b) 0C, restando apenas gua. b) 0C, restando apenas gelo. a) 11C Dados: Calor especfico sensvel do gelo = 0,50cal/gC Calor especfico sensvel da gua = 1,0cal/gC Calor especfico latente de fuso do gelo = 80cal/g