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Lei Orgânica Do Município de Caicó-RN

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Lei Orgnica do Municpio de Caic

SUMRIO PREMBULO Ttulo I Da Organizao Municipal Captulo I Do Municpio Seo I Dos Princpios Fundamentais (Arts. 1 ao 4) Seo II Da Organizao Poltico-Administrativa (Arts. 5 ao 8) Captulo II Dos Bens e da Competncia do Municpio Seo I (Arts. 9 ao 13) Ttulo II Da Organizao dos Poderes Captulo I Do Poder legislativo Seo I Da Cmara Municipal (Arts. 14 ao 20) Seo II Do Funcionamento da Cmara (Arts. 21 ao 28) Seo III Das Atribuies da Cmara Municipal (Arts. 29 ao 31) Seo IV Dos Vereadores (Arts. 32 ao 35) Seo V Do Processo legislativo (Arts. 36 ao 46) Seo VI Da Fiscalizao Contbil, Financeira e Oramentria (Art. 47) Captulo III Do Poder Executivo Seo I Do Prefeito e do Vice-Prefeito (Arts. 48 ao 55) Seo II Das Atribuies do Prefeito (Arts. 56 ao 58) Seo III Da Responsabilidade do Prefeito (Art. 59) Seo IV Dos Auxiliares do Prefeito (Art. 60) Captulo IV Da Tributao e do Oramento Seo I Do Sistema Tributrio Municipal Subseo I Dos Princpios Gerais (Arts. 61 e 62) Subseo II Dos Impostos do Municpio (Art. 63) Subseo III Das Receitas Tributrias e Repartidas (Art. 64) Subseo IV Das limitaes do Poder de Tributar (Arts. 65 ao 70) Seo II Das Finanas Pblicas 01 01 01 01 02 02 02 05 05 05 06 09 11 13 16 16 16 18 20 20 20 20 20 22 23 23 25

Subseo I Das Normas Gerais (Art. 71 ao 75) Captulo V Da Ordem Econmica e Social Seo I Da Ordem Econmica (Arts. 76 e 77) Seo II Da Ordem Social (Arts. 78 e 79) Seo III Da Sade (Arts. 80 ao 88) Seo IV Da Educao (Arts. 89 ao 98) Subseo I Da Educao Escolar, seus nveis e Modalidades (Arts. 99 ao 102) Seo V Da Cultura (Arts. 103 e 105) Seo VI Do Desporto (Art. 106) Seo VII Do Turismo (Arts. 107 ao 109) Captulo VI Da Poltica Urbana e Rural Seo I Da Poltica Urbana (Arts. 110 e 111) Seo II Da Poltica Rural (Arts. 112 e 114) Capitulo VII Do Meio Ambiente (Art. 115) Captulo VIII Dos Deficientes da Criana e do Idoso (Arts. 116 ao 118) Captulo IX Do Plebiscito e do Referendo Popular (Art. 119) Captulo X Dos Servidores Municipais (Art. 120) Ttulo III Das Disposies Organizacionais Transitrias (Arts. 12 ao 92)

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PREMBULO Ns, representantes do Povo de Caic, reunidos sob a proteo de Deus, comprometendo-nos a lutar pelo pleno cumprimento de seus princpios e normas, para que todos vivam numa sociedade livre e justa, promulgamos a seguinte LEI ORGNICA MUNICIPAL:

TTULO I DA ORGANIZAO MUNICIPAL CAPTULO I DO MUNICPIO SEO I DOS PRINCPIOS FUNDAMENTAIS

Art. 1 - O Municpio de Caic, em unio indissolvel ao Estado do Rio Grande do Norte e Repblica Federativa do Brasil, constitudo, dentro do Estado Democrtico de Direito, em defesa de governo local, objetiva, na sua rea territorial e competencial, o seu desenvolvimento com a construo de uma comunidade livre, justa e solidria, fundamentada na autonomia, na cidadania, na dignidade da pessoa humana, nos valores sociais do trabalho, na livre iniciativa e no pluralismo poltico, exercendo o seu poder por deciso dos Muncipes, pelos seus representantes eleitos ou diretamente, nos termos desta lei Orgnica, da Constituio Estadual e da Constituio Federal. Pargrafo nico - A ao municipal desenvolve-se em todo o seu territrio, sem privilgios de distritos ou bairros, reduzindo as desigualdades regionais e sociais, provendo o bem estar de todos, sem preconceitos de origem, raa, sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de discriminao. Art. 2 - So poderes do Municpio, independentes e harmnicos entre si, o legislativo e o Executivo. Art. 3 - O Municpio, objetivando integrar a organizao, planejamento e a execuo de funes pblicas de interesse regional comum, pode associar-se aos demais municpios limtrofes e ao Estado, para formar associaes. Pargrafo nico - A defesa dos interesses municipalistas fica assegurada por meio de associaes ou convnio com outros municpios ou entidades localistas. Art. 4 - So smbolos do Municpio de Caic a Bandeira e o Braso Municipais.

SEO II A ORGANIZAO POLTICO- ADMINISTRATIVA

Art. 5 - O Municpio de Caic, unidade territorial do Estado do Rio Grande do Norte, pessoa jurdica de direito pblico interno, com autonomia poltica, administrativa e financeira, organizado e regido pela presente Lei Orgnica, na forma da Constituio Federal e da Constituio Estadual. 1 - O Municpio tem sua sede na cidade de Caic. 2 - O Municpio compe-se de distritos. 3 - A criao, a organizao e a supresso de distritos dependem de Lei Municipal, observada a legislao estadual. 4 - Qualquer alterao territorial do Municpio de Caic s pode ser feita, na forma da lei Complementar Estadual, preservando a continuidade e a unidade histrico-cultural do ambiente urbano, dependendo de consulta prvia s populaes diretamente interessadas, mediante plebiscito. Art. 6 - So requisitos para a criao de Distritos: Pargrafo nico - A implantao e funcionamento de, no mnimo, um posto policial, um posto de sade, um posto de servio telefnico e uma escola pblica para atender a populao. Art. 7 - A instalao do Distrito se far perante o Presidente da Cmara Municipal, na sede distrital. Art. 8 - A Cmara Municipal dar nome ao Distrito.

CAPTULO II DOS BENS E DA COMPETNCIA DO MUNICPIO SEO I

Art. 9 - So bens do Municpio de Caic: I - os que atualmente lhe pertencem e os que lhe vierem a ser atribudos; II - os sob seu domnio. Pargrafo nico - O Municpio tem direito participao no resultado da explorao de quaisquer riquezas minerais e hdricas para fins de gerao de energia eltrica e de outros recursos minerais de seu territrio, a ele pertencente. Art. 10 - Compete ao Municpio: I - legislar sobre assuntos de interesse local; II - suplementar a legislao federal e estadual no que couber; III - instituir e arrecadar os tributos de sua competncia; IV - aplicar suas rendas, prestando contas e publicando balancetes, nos prazos fixados em lei; V - criar, organizar e suprimir distritos, observada a legislao estadual; VI - organizar e prestar, diretamente ou sob regime de concesso ou permisso, os servios pblicos de interesse local, includos o de transporte coletivo e txi, que tm carter essencial; VII - manter, com a cooperao tcnica e financeira da Unio e do Estado, programas de educao pr-escolar e de ensino fundamental; VIII - prestar, com a cooperao tcnica e financeira da Unio e do Estado, servios de atendimento sade da populao; IX - promover, no que couber adequado ordenamento territorial mediante planejamento e controle do uso, do parcelamento e da ocupao do solo urbano; X - promover a proteo do patrimnio histrico-cultural local, observadas a legislao e a ao fiscalizadora federal e estadual; XI - elaborar e executar a poltica de desenvolvimento urbano com o objetivo de ordenar as funes das reas habitadas do Municpio e garantir o bem estar de seus habitantes; XII - elaborar e executar o plano diretor como instrumento bsico da poltica de desenvolvimento e de expanso urbana; XIII - exigir do proprietrio do solo urbano no edificado, subutilizado ou no utilizado, que promova sua adequao, na forma do plano diretor, sob pena, sucessivamente, de parcelamento ou edificao compulsrios, imposto sobre a propriedade urbana progressivo no tempo e desapropriao com pagamentos mediante ttulos da dvida pblica municipal, com prazo de resgate at dez anos, em parcelas anuais e sucessivas, assegurados o valor real da indenizao e os juros legais;

XIV - constituir a guarda nacional destinada proteo de seus bens, servios e instalaes, conforme dispuser a lei; XV - planejar e promover a defesa permanente contra as calamidades pblicas; XVI - legislar sobre a licitao e contratao, em todas as modalidades, para a administrao pblica municipal, direta e indiretamente, inclusive as fundaes pblicas municipais e em empresas sob seu controle, respeitadas as normais gerais da legislao federal; XVII - estabelecer normas de edificaes, de loteamento, de arruamento e zoneamento urbano e rural; XVIII - promover os servios de mercado pblico, feiras, matadouros e iluminao pblica. Art. 11 - A competncia comum ser exercica para assuntos de interesse do Municpio, do EstadoFederao e da Unio. Art. 12 - A competncia suplementar ser exercitada, na ausncia de legislao federal ou estadual, sobre assuntos que digam respeito ao peculiar interesse do Municpio. Art. 13 - da competncia do Municpio em comum com a Unio e o Estado; I - zelar pela guarda da Constituio Federal, da Constituio Estadual e das leis destas esferas de governo, das instituies democrticas e conservar o patrimnio pblico; II - cuidar da sade e assistncia pblica, da proteo e garantia das pessoas portadoras de deficincias; III - proteger os documentos, as obras e outros bens de valor histrico, artstico e cultural, os monumentos, as paisagens naturais notveis e os stios arqueolgicos; IV - impedir a evaso, a destruio e a descaracterizao de obras de arte e de outros bens de valor histrico, cultural ou artstico; V - proporcionar os meios de acesso cultura, educao e cincia; VI - proteger o meio ambiente e combater a poluio em qualquer de suas formas; VII - preservar a fauna e a flora; VIII - fomentar a produo agropecuria e organizar o abastecimento alimentar; IX - promover programas de construo de moradias e melhoria das condies habitacionais e de saneamento bsico; X - combater as causas da pobreza e os fatores de marginalizao, promovendo a integrao social dos setores desfavorecidos; XI - acompanhar a fiscalizao as concesses de direitos de pesquisa e explorao de recursos hdricos e minerais em seu territrio; XII - estabelecer e implantar a poltica de educao para a segurana do trnsito. Pargrafo nico - A cooperao do Municpio com a Unio e o Estado, tendo em vista o equilbrio de desenvolvimento e do bem-estar na sua rea territorial, ser feita na conformidade de lei complementar federal fixadora dessas normas.

TTULO II DA ORGANIZAO DOS PODERES CAPTULO I DO PODER LEGISLATIVO SEO I DA CMARA MUNICIPAL

Art. 14 - O Poder Legislativo do Municpio exercido pela Cmara Municipal. Art. 15 - A Cmara Municipal compe-se de Vereadores, eleitos pelo sistema proporcional, para mandato de quatro anos. Pargrafo nico - Cada legislatura ter durao de quatro anos, sendo cada ano uma sesso legislativa, Art. 16 - So condies de elegibilidade para o mandato do Vereador; I - a nacionalidade brasileira; II - o pleno exerccio dos direitos polticos; III - o alistamento e domiclio eleitoral na circunscrio; IV - filiao a partido poltico; V - ser alfabetizado; VI - idade mnima de dezoito anos. Pargrafo nico - O nmero de Vereadores ser fixado pela Justia Eleitoral, com base na populao do Municpio, respeitados os limites fixados pelo Art. 29, da Constituio Federal. Art. 17 - A Cmara Municipal reunir-se-, anualmente, na sede do Municpio, no perodo de 15 de fevereiro a 30 de junho e de 12 de agosto a 15 de dezembro. 1 - As reunies marcadas para essas datas sero transferidas para o primeiro dia til subseqente, quando recarem em sbados, domingos ou feriados. 2 - A Cmara Municipal se reunir em sesses ordinrias, extraordinrias ou solenes, conforme dispuser o Regimento Interno. 3 - A convocao extraordinria da Cmara Municipal far-se-: I - pelo Prefeito quando este a convocar; II - pelo Presidente da Cmara para o compromisso e a posse do Prefeito e do Vice-Prefeito; III - pelo Presidente da Cmara ou a requerimento da maioria simples da Casa, em caso de urgncia ou por motivo de interesse pblico. 4 - Na sesso legislativa extraordinria, a Cmara Municipal s deliberar sobre a matria para a qual for convocada.

Art. 18 - As deliberaes da Cmara Municipal sero tomadas por maioria de votos, presente a maioria absoluta de seus membros, salvo disposio em contrrio. Art. 19 - As sesses da Cmara sero realizadas em recinto destinado ao seu funcionamento, salvo excees previstas por Lei. 1 - Comprovada a impossibilidade de acesso ao recinto da Cmara ou outra causa impeditiva de sua utilizao, as sesses podero ser realizadas fora do recinto da Cmara a critrio da Mesa Diretora. 2 - As sesses sero pblicas, salvo deliberao de dois teros dos Vereadores. Art. 20 - As sesses somente podero ser abertas com a presena de, no mnimo, um tero dos membros da Cmara. Pargrafo nico - Considerar-se- presente sesso o Vereador que assinar o livro de presena at o incio da Ordem do Dia, participar dos trabalhos do Plenrio e das votaes.

SEO II DO FUNCIONAMENTO DA CMARA

Art. 21 - A Cmara Municipal reunir-se- em sesso preparatria, no dia 1 de janeiro, do primeiro ano da legislatura, para aposse de seus membros e eleio da Mesa. 1 - A posse ser feita em sesso solene, que se realizar com qualquer nmero, sob a presidncia do Vereador mais idoso entre os presentes. 2 - O Vereador que no tomar posse na sesso prevista pelo pargrafo anterior, dever faz-lo no prazo de quinze dias, contados a partir do inicio do funcionamento ordinria da Cmara, sob pena de perda do mandato, salvo motivo justificado perante a maioria absoluta dos membros da Cmara. 3 - Em sesso preparatria, os Vereadores, sob a presidncia do mais idoso, elegero a Mesa da Cmara pelo voto da maioria simples, presente, inicialmente, a maioria absoluta. Art. 22 - A Mesa da Cmara e composta pelo Presidente, Primeiro e Segundo Vice-Presidente, Primeiro e Segundo Secretrio, que se substituiro nessa ordem. 1 - Na ausncia dos membros da Mesa, o Vereador mais idoso assumir a Presidncia. 2 - Qualquer membro da Mesa poder ser destitudo do cargo, pelo voto de dois teros dos membros da Cmara, em caso de falta, omisso e desempenho no satisfatrio das atribuies regimentais, elegendo-se outro Vereador para a complementao do mandato, assegurada ampla defesa ao acusado. Art. 23 - A Cmara ter comisses permanentes e especiais. Pargrafo nico - O Regimento Interno definir a competncia, limites e funcionamento das comisses. Art. 24 - Compete Cmara Municipal elaborar seu Regimento Interno, que dispor sobre sua organizao, provimento de cargos e servios, polcia e, especialmente, sobre: I - sua instalao e funcionamento;

II - posse de seus membros; III - eleio da Mesa, composio e atribuies; IV - comisses; V - sesses; VI - deliberaes; VII - toda e qualquer matria de interesse administrativo interno. Art. 25 - A Cmara poder convocar, por deciso da maioria absoluta dos seus membros, Secretrio Municipal ou Coordenador, para, pessoalmente, prestar informaes sobre assuntos previamente estabelecidos. Pargrafo nico - A falta de comparecimento das autoridades acima mencionadas ser considerada desacato ao Poder Legislativo Municipal, sendo punida com a instaurao do competente processo. Art. 26 - A Mesa da Cmara poder encaminhar pedidos escritos de informao aos Secretrios Municipais e Coordenadores importando crime de responsabilidade a recusa ou o no-atendimento, no prazo de trinta dias, bem assim a prestao de informao falsa. Art. 27 - Mesa compete: I - diligenciar pela regularidade dos trabalhos legislativos; II - propor projetos que criem ou extingam cargos nos servios da Cmara e fixem os respectivos vencimentos; III - apresentar projetos de lei, dispondo sobre a abertura de crditos suplementares e especiais, pelo aproveitamento total ou parcial das consignaes oramentrias da Cmara; IV - promulgar as emendas feitas lei Orgnica; V - representar, junto ao Poder Executivo, sobre necessidades de economia interna. Art. 28 - Ao Presidente compete: I - representar a Cmara em Juzo ou fora dele: II - dirigir, executar e disciplinar os trabalhos administrativos da Cmara; III - interpretar e fazer cumprir o Regimento Interno; IV - promulgar as Resolues e Decretos legislativos; V - promulgar as leis com sano tcita, ou aquelas cujo veto tenha sido rejeitado pelo Plenrio; VI - fazer publicar os atos da Mesa, as resolues, decretos legislativos e os atos normativos que vier a promulgar; VII - autorizar a despesa da Cmara; VIII - representar, por deciso da Cmara, sobre a inconstitucionalidade de lei ou ato normativo municipal; IX - solicitar, por deciso da maioria absoluta da Cmara, interveno do Municpio, nos casos previstos pela Constituio Federal e Constituio Estadual; X - manter a ordem no recinto da Cmara, podendo solicitar a fora policial para esse fim.

SEO III DAS ATRIBUIES DA CAMARA MUNICIPAL

Art. 29 - Compete Cmara Municipal, com a sano do Prefeito, dispor sobre todas as matrias de competncia do Municpio e, especialmente: I - instituir e arrecadar os tributos de sua competncia, bem como aplicar suas rendas; II - autorizar isenes, anistias fiscais e remisso de dvidas; III - votar o oramento anual e plurianual de investimentos, bem assim autorizar abertura de crditos suplementares e especiais; IV - deliberar sobre a obteno e concesso e operaes de crdito, bem assim a forma de pagamento; V - autorizar a concesso de auxlios e subvenes; VI - autorizar a concesso dos servios pblicos, nomeadamente de transportes coletivos; VII - autorizar a concesso do direito real de uso de bens municipais; VIII - autorizar a concesso administrativa de uso de bens municipais; IX - autorizar a alienao de bens imveis; X - autorizar a aquisio de bens imveis, exceto quando se tratar de doao sem encargos; XI - criar, transformar, extinguir cargos, empregos e funes pblicas e fixar os respectivos vencimentos, inclusive os da Cmara; XII - criar, estruturar e conferir atribuies a Secretrios e Coordenadores equivalentes e rgos da administrao pblica; XIII - aprovar o Plano Diretor de Desenvolvimento Integrado; XIV - autorizar convnios com entidades pblicas ou particulares e consrcios com outros municpios; XV - delimitar o permetro urbano; XVI - autorizar a alterao da denominao de prdios municipais, vias, bairros e logradouros pblicos; XVII - estabelecer normas urbansticas, particularmente s relativas a zoneamento e loteamento. Art. 30 - Compete, privativamente, Cmara Municipal exercer as seguintes atribuies: I - eleger sua Mesa; II - elaborar seu Regimento Interno; III - organizar os servios administrativos internos e prover os cargos respectivos; IV - propor a criao ou a extino dos cargos de servios administrativos internos e a fixao dos respectivos vencimentos; V - conceder licena ao Prefeito, Vice-Prefeito e Vereadores;

VI - autorizar o Prefeito a ausentar-se do Municpio por mais de quinze dias; VII - tomar e julgar as contas do Prefeito, deliberando sobre o parecer do Tribunal de Contas do Estado, no prazo mximo de sessenta dias do seu recebimento, observados os seguintes preceitos: a) o parecer do Tribunal de Contas somente deixar de prevalecer por deciso de dois teros dos membros da Cmara; b) decorrido o prazo de sessenta dias, sem deliberao pela Cmara, as contas sero consideradas aprovadas ou rejeitadas, de acordo com a concluso do parecer do Tribunal de Contas do Estado; c) rejeitadas as contas, estas sero remetidas ao Ministrio Pblico para fins de direito; VIII - decretar a perda do mandato do Prefeito, Vice-Prefeito e Vereadores, nos casos indicados pela Constituio Federal, nesta Lei e na Legislao aplicvel; IX - autorizar a realizao de emprstimos, operao ou acordo externo de qualquer natureza, de interesse do Municpio; X - proceder tomada de contas do Prefeito, atravs de Comisso Especial, quando no apresentadas Cmara, dentro de sessenta dias, aps a abertura da sesso legislativa; XI - aprovar convnio, acordo ou qualquer outro instrumento celebrado pelo Municpio com a Unio, Estado-Membro ou outra pessoa jurdica de direito pblico interno ou outras entidades; XII - estabelecer e mudar temporariamente o local das reunies; XIII - convocar o Prefeito, Secretrio Municipal ou Coordenador, para prestar esclarecimentos, aprazando dia e hora para o comparecimento; XIV - deliberar sobre o adiamento, adiantamento e a suspenso das reunies; XV - criar comisso parlamentar de inqurito sobre fato determinado e com prazo certo, mediante requerimento de um tero dos seus membros; XVI - conceder ttulo de cidado honorrio ou conferir homenagem a pessoas que, reconhecidamente, tenham prestado servios ao Municpio, mediante proposta, pelo voto secreto, de dois teros dos membros da Cmara ou cinco por cento do eleitorado do Municpio; XVII - solicitar a interveno do Estado no Municpio; XVIII - julgar o Prefeito, o Vice-Prefeito e os Vereadores, nos casos previstos nesta lei e em Lei Federal ou Estadual; XIX - fiscalizar e controlar os atos do Poder Executivo, inclusive os da administrao indireta e fundacional; XX - sustar os atos normativos do Poder Executivo que exorbitem do poder regulamentar ou dos limites da delegao legislativa. Art. 31 - Fixar, com observncia do que dispe os artigos 37, XI, 150, II e 153, 22, I, da Constituio Federal, a remunerao do Prefeito, Vice-Prefeito e Vereadores, em cada legislatura para a subseqente, com as atualizaes devidas.

SEO IV DOS VEREADORES

Art. 32 - Os Vereadores so inviolveis, no exerccio do mandato e na circunscrio do Municpio, por suas opinies, palavras e votos. Art. 33 - vedado ao Vereador: I - desde a expedio do diploma: a) firmar ou manter contrato com o Municpio, com suas autarquias, fundaes, empresas pblicas, sociedades de economia mista ou com suas empresas concessionrias de servio pblico; b) aceitar cargo, emprego ou funo no mbito da administrao pblica direta ou indireta municipal, salvo mediante aprovao em concurso pblico, observado o que dispe sobre a matria a Constituio Federal. II - desde a posse: a) ocupar cargo, funo ou emprego na administrao pblica direta ou indireta do Municpio, de que tenha exonerao AD NUTUM, exceto o cargo de Secretrio Municipal ou Coordenador, desde que se licencie do exerccio do mandato; b) exercer outro cargo eletivo federal, estadual ou municipal; c) ser proprietrio, controlador ou diretor de empresa que goze de favor decorrente de contrato com pessoa jurdica de direito pblico do Municpio, ou nela exercer funo remunerada; d) patrocinar causa junto ao Municpio em que seja interessada qualquer das entidades a que se refere a alnea "a" do inciso I. Art. 34 - Perder o mandato o Vereador que: I - infringir qualquer das proibies estabeleci das no artigo precedente; II - cujo procedimento for declarado incompatvel com o decoro parlamentar ou atentatrio s instituies vigentes; III - que se utilizar do mandato para a prtica de atos de corrupo ou improbidade administrativa; IV - que deixar de comparecer, em cada sesso legislativa, tera parte das sesses ordinrias da Cmara, salvo doena comprovada, licena ou misso autorizada pela edilidade; V - que fixar residncia fora do Municpio; VI - que perder ou tiver seus direitos polticos suspensos. 1 - Nos casos dos incisos I e 11, a perda do mandato ser declarada pela Cmara, por voto secreto em maioria absoluta, mediante provocao da Mesa ou de Partido Poltico representado na Cmara, assegurada ampla defesa; 2 - Nos casos previstos nos incisos III e IV, a perda ser declarada pela Mesa da Cmara, de ofcio ou mediante provocao de qualquer de seus membros ou de Partido Poltico com representao na Cmara, assegurada ampla defesa.

Art. 35 - O Vereador poder licenciar-se: I - por motivo de doena; II - para tratar, sem remunerao, de interesse particular, desde que o afastamento no ultrapasse cento e vinte dias por sesso legislativa; III - para desempenhar misses temporrias, de interesse do Municpio; 1 - No perder o mandato, considerando-se automaticamente licenciado o Vereador investido no cargo de Secretrio Municipal ou Coordenador, conforme o previsto nesta Lei. 2 - A licena para tratar de interesse particular no ser inferior a trinta dias e o vereador no poder reassumir o exerccio do mandato, antes do trmino da licena; 3 - A hiptese do 12, o Vereador poder optar pela remunerao do mandato. 4 - O Suplente convocado dever tomar posse no prazo de quinze dias, salvo motivo aceito pela Cmara, mediante maioria absoluta. 5 - A convocao do Suplente dar-se- por razo de vaga ou licena.

SEO V DO PROCESSO LEGISLATIVO

Art. 36 - O processo legislativo municipal compreende a elaborao de: I - emendas lei Orgnica Municipal; II - leis complementares; III - leis delegadas; IV - leis ordinrias; V - resolues; VI - decretos legislativos. Art. 37 - A lei Orgnica poder ser emendada por proposta: I - do Prefeito Municipal; II - da Mesa da Cmara Municipal; III - de um tero dos Vereadores; IV - e Representao do Eleitorado Municipal. 1 - A proposta ser votada em dois turnos, com interstcio de cinco dias e aprovada por dois teros dos membros da Cmara Municipal. 2 - A emenda lei Orgnica Municipal ser promulgada pela Mesa da Cmara, com o respectivo nmero de ordem. 3 - A lei Orgnica no poder ser emendada na vigncia do Estado de Stio ou de Interveno Municipal.

4 - No caso previsto no inciso IV, a proposta popular dever ser apresentada por, no mnimo, cinco por cento do eleitorado do Municpio. Art. 38 - A iniciativa das leis cabe a qualquer Vereador, Prefeito, Vice-Prefeito e ao Eleitorado, que a exercer, com a assinatura mnima de cinco por cento dos eleitores do Municpio. Art. 39 - As leis complementares sero aprovadas pela maioria absoluta dos membros da Cmara Municipal; Pargrafo nico: Sero Leis Complementares: I - Cdigo Tributrio do Municpio; II - Cdigo de Obras; III - Plano Diretor de Desenvolvimento Integrado; IV - Cdigo de Postura; V - Lei Instituidora da Guarda Municipal; VI - Lei Instituidora do Regime Jurdico nico dos Servidores Pblicos Municipais; VII - Lei da Criao de Cargos, Funes ou Empregos Pblicos. Art. 40 - So de iniciativa exclusiva do Prefeito as leis que disponham sobre: I - criao, transformao ou extino de cargos, funes ou empregos; II - servidores pblicos, seu regime jurdico, provimento de cargos, estabilidade e aposentadoria; III - matria oramentria, bem assim a que autoriza a abertura de crditos ou conceda auxlios, prmios e subvenes; Pargrafo nico - No ser admitido aumento das despesas previstas nos projetos de iniciativa exclusiva do Prefeito Municipal, ressalvado o disposto no inciso III. Art. 41 - de competncia exclusiva da Mesa da Cmara a iniciativa das leis que disponham sobre: I - autorizao para abertura de crditos suplementares ou especiais, pelo aproveitamento total ou parcial das consignaes oramentrias da Cmara; II - organizao dos servios administrativos da Cmara, criao, transformao ou extino de cargos, empregos e funes e fixao da respectiva remunerao. Pargrafo nico - Nos projetos de competncia exclusiva da Mesa da Cmara, no sero admitidas emendas que aumentem a despesa prevista, ressalvado o disposto pelo inciso II deste artigo, se assinada pela maioria absoluta da Cmara. Art. 42 - O Prefeito poder solicitar urgncia, para apresentao de projetos de sua iniciativa. 1 - Solicitada urgncia, a Cmara dever se manifestar em at trinta dias sobre a proposio, a partir da data da solicitao. 2 - Esgotado o prazo previsto no pargrafo anterior, sem deliberao pela Cmara, ser a proposio includa na Ordem do Dia, com prioridade para votao. Art. 43 - Aprovado o projeto de Lei, ser este enviado ao Prefeito que, aquiescendo, o sancionar.

1 - O Prefeito, considerando o projeto, no todo ou em parte, inconstitucional ou contrrio ao interesse pblico, veta-lo- total ou parcialmente, no prazo de quinze dias teis, contados da data do recebimento, s podendo ser rejeitado o veto pelo voto da maioria absoluta dos Vereadores, em votao secreta. 2 - O veto parcial somente abranger texto integral de artigo, de pargrafo, de incisos ou de alneas. 3 - Decorrido o prazo do pargrafo primeiro, o silncio do Prefeito importar em sano. 4 - A apreciao do veto pelo plenrio da Cmara ser dentro de quinze dias a partir do recebimento, numa s discusso e votao com parecer ou sem ele, considerando-se rejeitado pela maioria absoluta dos Vereadores, em votao secreta. 5 - Rejeitado o veto, o projeto ser remetido ao Prefeito para promulgao. 6 - A no-promulgao da lei no prazo de quarenta e oito horas, pelo Prefeito, obrigar o Presidente da Cmara a faz-lo em igual prazo. Art. 44 - As leis delegadas sero elaboradas pelo Prefeito, que dever solicitar a delegao Cmara Municipal. 1 - Os atos privativos da Cmara no sero objeto de delegao. 2 - A delegao ao Prefeito ser efetuada por meio de Decreto Legislativo, que especificar o seu contedo e os termos do seu exerccio. 3 - O Decreto Legislativo poder determinar a apreciao do projeto pela Cmara, que o far em votao nica, vedada a apresentao de emenda. Art. 45 - Os projetos de resoluo disporo sobre matrias de interesse interno da Cmara e os projetos de Decretos Legislativos sobre os demais casos de sua competncia privativa. Art. 46 - A matria constante de projeto de lei rejeitado somente poder ser constituda em objeto de deliberao de outro projeto na mesma sesso legislativa, mediante proposta da maioria absoluta dos membros da Cmara. SEO VI DA FISCALIZAO CONTBIL, FINANCEIRA E ORAMENTRIA

Art. 47 - a fiscalizao contbil, financeira e oramentria do Municpio ser exercida pela Cmara Municipal, mediante controle externo e pelos sistemas de controle interno do Executivo, institudos por lei. 1 - O controle externo da Cmara ser exercido com o auxlio do Tribunal de Contas do Estado e compreender a apreciao das contas do Prefeito e da Mesa da Cmara, o acompanhamento das atividades financeiras e oramentrias, bem assim o julgamento das contas dos administradores e demais responsveis por bens e valores pblicos. 2 - As contas do Prefeito e da Cmara Municipal, prestadas anualmente, sero julgadas pelo Poder Legislativo Municipal, no prazo de sessenta dias, aps o recebimento do parecer prvio do Tribunal de

Contas, que ser remetido Cmara no prazo improrrogvel de sessenta dias a partir do recebimento das referidas contas. 3 - As contas referentes aplicao dos recursos transferidos pela Unio-Estado sero prestadas na forma da legislao estadual em vigor.

CAPTULO III DO PODER EXECUTIVO SEO I DO PREFEITO E DO VICE-PREFEITO

Art. 48 - O Poder Executivo Municipal exercido pelo Prefeito, com o auxlio dos Secretrios Municipais. Pargrafo nico - Aplica-se elegibilidade para o Prefeito e Vice-Prefeito o disposto pelo artigo 16. desta Lei, exceto ainda de que de vinte e um anos. Art. 49 - A eleio do Prefeito e do Vice-Prefeito realizar-se- simultaneamente, nos termos institudos pelo art. 29. incisos I e III, da Constituio Federal. 1 - A eleio do Prefeito importar a do Vice-Prefeito com ele registrado. 2 - Ser eleito Prefeito o candidato que, registrado por partido poltico, obtiver a maioria dos votos, no computados os em branco e os nulos. Art. 5 - O Prefeito e o Vice-Prefeito tomaro posse no dia 19 de janeiro do ano subseqente eleio, em sesso solene da Cmara Municipal, prestando o compromisso de manter, defender e cumprir a lei Orgnica, observar as leis federais, estaduais e municipais, promover o bem geral de todos os muncipes. Pargrafo nico - Se, decorridos dez dias fixados para a posse, o Prefeito e o Vice-Prefeito, salvo motivo de fora maior, no tiverem assumido o cargo, este ser declarado vago. Art. 51 - Substituir o Prefeito, no caso de impedimentos e suceder-lhe-, no da vaga, o VicePrefeito. 1 - O Vice-Prefeito no poder recusar-se a substituir ou suceder ao Prefeito, sob pena de extino do mandato. 2 - O Vice-Prefeito, alm de outras atribuies que lhe forem conferi das por ato normativo, prestar auxilio ao Prefeito, sempre que por ele for convocado para misses especiais. Art. 52 - Em caso de impedimento do Prefeito e do Vice-Prefeito, ou vacncia do cargo, assumir a administrao municipal, o Presidente da Cmara. Art. 53 - Ocorrendo a vacncia do cargo de Prefeito e inexistindo o Vice-Prefeito, ser observado o seguinte: I - Verificando-se a vacncia nos trs primeiros anos de mandato, dar-se- eleio, noventa dias aps sua abertura, cabendo aos eleitos completar o perodo de seus antecessores;

II - ocorrendo a vacncia no ltimo ano de mandato, assumir o Presidente da Cmara que completar o perodo. Art. 54 - O mandato do Prefeito de quatro anos, vedada a reeleio para o perodo subseqente, e ter incio no dia, 1 de janeiro do ano seguinte ao da eleio. Art. 55 -O Prefeito e o Vice-Prefeito, quando no exerccio do cargo, no podero, sem prvia licena da Cmara Municipal, ausentar-se do Municpio, por perodo superior a quinze dias, sob pena de perda do mandato. I - O Prefeito regularmente licenciado ter direito a perceber a remunerao, quando: a) impossibilitado de exercer o cargo, por motivo de doena devidamente comprovada; b) a servio ou em misso de representao do Municpio; c) a remunerao do Prefeito e do Vice-Prefeito ser estatuda, na forma do art. 29, V, da Constituio Federal.

SEO II DAS ATRIBUIES DO PREFEITO

Art. 56 - Ao Prefeito compete dar cumprimento s deliberaes da Cmara, dirigir, fiscalizar e defender os interesses do Municpio, bem assim adotar todas as medidas administrativas necessrias ao desempenho do mandato. Art. 57 - de competncia do Prefeito: I - iniciativa das leis, nos casos previstos nesta Lei; II - representar o Municpio em Juzo ou fora dele; III - sancionar os projetos de lei aprovados pela Cmara, ou vet-los, no todo ou em parte, promulgar e fazer publicar as leis aprovadas pelo Poder Legislativo Municipal e expedir os regulamentos para sua fiel execuo; IV - decretar, nos termos da lei, a desapropriao por necessidade ou utilidade pblica ou por interesse social; V - expedir decretos, portarias e outros atos administrativos; VI - permitir ou autorizar o uso de bens municipais por terceiros; VII - permitir ou autorizar a execuo de servios pblicos por terceiros; VIII - prover os cargos pblicos e expedir os demais atos relativos situao funcional dos servidores; IX - enviar Cmara os projetos de lei referentes ao oramento anual e ao plano plurianual do Municpio; X - encaminhar Cmara, at quinze de abril, a prestao de contas, bem como os balanos do exerccio findo;

XI - encaminhar aos rgos competentes os planos de aplicao e as prestaes de contas exigidos por lei; XII - fazer publicar os atos oficiais; XIII -prestar Cmara, dentro de dez dias, as informaes por ela solicitadas, salvo prorrogao, a seu pedido e por prazo determinado, sob pena de ser instaurado, pelo Poder Legislativo, o processo de afastamento e cassao de seu mandato; XIV - prover os servios e obras da administrao pblica; XV - superintender a arrecadao dos tributos, bem assim a guarda aplicao da receita, autorizando as despesas e pagamentos dentro das disponibilidades oramentrias ou dos crditos votados pela Cmara; XVI - colocar disposio da Cmara, dentro de dez dias de sua requisio, a previso financeira e os recursos relativos s dotaes oramentrias, compreendendo os crditos suplementares e especiais, sob pena de instaurao de processo de afastamento e cassao do mandato pelo Poder Legislativo Municipal; XVII - aplicar as multas previstas em leis e contratos, bem assim rev-Ias, quando necessrio; XVIII - resolver sobre os requerimentos, reclamaes ou representaes que lhe forem dirigidas; XIX - oficializar as vias e logradouros pblicos, mediante denominao aprovada pela Cmara; XX - convocar, extraordinariamente, a Cmara, quando for necessrio; XXI - aprovar projetos de edificaes e planos de loteamentos, arruamento e zoneamento urbano; XXII - apresentar, anualmente, Cmara, relatrio circunstanciado sobre a situao geral do Municpio, bem assim o programa de administrao para o ano seguinte; XXIII - organizar os servios internos das reparties criadas por lei; XXIV -contrair emprstimos e realizar operaes de crdito, com prvia autorizao da Cmara; XXV - desenvolver o sistema virio do Municpio; XXVI - organizar, dirigir e fiscalizar os servios relativos s terras do Municpio; XXVII - conceder auxlios, prmios e subvenes, conforme a previso oramentria financeira; XXVIII - estabelecer a diviso administrativa do Municpio, conforme dispuser a lei; XXIX - solicitar o auxlio das autoridades policiais do Estado, para garantir o cumprimento dos seus atos. Art. 58 - O Prefeito poder delegar, por decreto, a seus auxiliares as funes administrativas que julgar necessrio.

SEO III DA RESPONSABILIDADE DO PREFEITO

Art. 59 - Os crimes que o Prefeito Municipal praticar, no exerccio do mandato ou em decorrncia dele, por infraes penais comuns ou por crime de responsabilidade, sero julgados perante o Tribunal de Justia do Estado. 1 - A Cmara Municipal, tomando conhecimento de qualquer ato do Prefeito que possa configurar infrao penal comum ou crime de responsabilidade, nomear comisso especial para apurar os fatos que, no prazo de trinta dias, devero ser apreciados pelo plenrio. 2 - Se o plenrio entender procedentes as acusaes, determinar o envio do apurado Procuradoria Geral da Justia do Estado para as providncias; se no. determinar o arquivamento, publicando as concluses de ambas as decises. 3 - Recebida a denncia contra o Prefeito pelo Tribunal de Justia, a Cmara decidir sobre a designao do Procurador para assistente de acusao. 4 - O Prefeito ficar suspenso de suas funes com o recebimento da denncia pelo Tribunal de Justia, que cessar se, at cento e oitenta dias, no tiver concludo o julgamento.

SEO IV DOS AUXILIARES DO PREFEITO

Art. 60 - Lei complementar regular as atividades dos auxiliares do Prefeito, definindo sua condio jurdica, direitos e deveres funcionais.

CAPTULO IV DA TRIBUTAO E DO ORAMENTO SEO I DO SISTEMA TRIBUTARIO MUNICIPAL SUBSEOI DOS PRINCPIOS GERAIS

Art. 61 - O Municpio poder instituir os seguintes tributos: Art. 62 - Sem prejuzo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, vedado ao Municpio: I - exigir ou aumentar tributo sem lei que o estabelea; II - instituir tratamento desigual entre contribuintes que se encontrem em situao equivalente, proibida qualquer distino em razo de ocupao profissional ou funo por eles exercidas, independentemente da denominao jurdica dos rendimentos, ttulos ou direitos; III - cobrar tributos;

a) em relao a fatos geradores ocorridos antes do inicio da vigncia da lei que os houver institudo ou aumentado; b) no mesmo exerccio financeiro em que haja sido publicada a lei que os instituiu ou aumentou; IV - utilizar tributo com efeito de confisco; V - estabelecer limitaes ao trfego de pessoas ou bens por parte de tributos intermunicipais, ressalvado a cobrana de pedgio pela utilizao de vias conservadas pelo Municpio; VI - instituir impostos sobre: a) patrimnio, renda ou servio da Unio ou do Estado; b) templos de qualquer culto; c) patrimnio, renda ou servios de partidos polticos, inclusive suas fundaes, das entidades judiciais dos trabalhadores, das instituies de educao e de assistncia social sem fins lucrativos, atendidos os requisitos da lei; d) livros, jornais e peridicos; VII - estabelecer diferena tributria entre bens e servios de qualquer natureza, em razo de sua procedncia ou destino. 1 - A vedao do inciso VI "a", extensiva s autarquias e s fundaes institudas e mantidas pelo Poder Pblico, no que se refere ao patrimnio, renda e aos servios vinculados s suas finalidades essenciais ou s decorrentes. 2 - As vedaes do inciso VI, "a" e a do pargrafo anterior no se aplicam ao patrimnio, renda e aos servios relacionados com a explorao de atividades econmicas regidas pelas normas aplicveis a empreendimentos privados ou que haja contraprestao ou pagamento de preos ou tarifas pelo usurio, nem exonera o promitente comprador da obrigao de pagar imposto relativo ao bem imvel. 3 - As vedaes expressas no inciso VI, alnea "b" e "c", compreendem somente o patrimnio, a renda e os servios relacionados com as finalidades essenciais das entidades nelas mencionadas. 4 - A lei determinar medidas para que os consumidores sejam esclarecidos acerca dos impostos que incidam sobre mercadorias e servios. 5 - Qualquer anistia ou remisso que envolva matria tributria ou previdenciria s poder ser concedida atravs da lei municipal especifica.

SUBSEO II DOS IMPOSTOS DO MUNICPIO

Art. 63 - Compete ao Municpio instituir impostos sobre: I - propriedade predial e territorial urbana;

II - transmisso "inter vivos", a qualquer ttulo, por ato oneroso, de bens imveis, por natureza ou acesso fsica e de direitos reais sobre imveis, exceto os de garantia, bem como cesso de direitos sua disposio; III - vendas a varejo de combustveis lquidos e gasosos, exceto leo diesel; IV - servios de qualquer natureza, no compreendidos na competncia do Estado definida em lei complementar federal que poder excluir da incidncia em se tratando de exportao de servios para o exterior. 1 - O imposto previsto no inciso I poder ser progressivo, nos termos do Cdigo Tributrio Municipal, de forma assegurar o cumprimento da funo social da propriedade. 2 - O imposto previsto no inciso 11; a) no incide sobre a transmisso de bens ou direitos incorporados ao patrimnio de pessoa jurdica em realizao de capital, nem sobre a transmisso de bens ou direitos decorrentes de fuso, incorporao, ciso ou extino de pessoa jurdica, salvo se, nesses casos, a atividade preponderante do adquirente for a compra e venda desses bens ou direitos, locao de bens imveis ou arrendamento mercantil; b) compete ao Municpio em razo da localizao do bem. 3 - O imposto previsto no inciso III no exclui a incidncia do imposto estadual sobre a mesma operao. 4 - As alquotas dos impostos previstos nos incisos III e IV no podero ultrapassar o limite fixado em lei complementar.

SUBSEO III DAS RECEITAS TRIBUTRIAS REPARTIDAS

Art. 64 - Pertencem ao Municpio: I - O produto da arrecadao do imposto da Unio sobre renda e proventos de qualquer natureza incidente, na fonte, sobre rendimentos pagos, a qualquer ttulo, por ele, suas autarquias e pelas fundaes que instituir ou manter; II - cinqenta por cento do produto da arrecadao do imposto da Unio sobre a propriedade territorial relativamente aos imveis nele situados; III cinqenta por cento do produto da arrecadao do imposto do Estado sobre a propriedade de veculos automotores licenciados em seu territrio; IV - a sua parcela dos vinte e cinco por cento do produto da arrecadao do imposto do Estado relativas s operaes de circulao de mercadorias e sobre prestaes de servios de transporte interestadual e intermunicipal e de comunicao, ICMS, na forma do pargrafo seguinte.

Pargrafo nico - A lei estadual que dispuser sobre a repartio tributria do ICMS assegurar, no mnimo, que trs quartas partes sero na proporo do valor adicionado nas operaes relativas circulao de mercadorias e nas prestaes de servios realizados em seu territrio.

SUBSEO IV DAS LIMITAES DO PODER DE TRIBUTAR

Art. 65 - Compete ao Municpio instituir e cobrar: I - impostos de sua competncia; II - taxas, em razo do exerccio do poder de polcia ou pela utilizao, efetiva ou potencial, de servios pblicos especficos e divisveis, prestados ao contribuinte ou postos sua disposio; III -contribuio de melhoria, decorrentes de obras pblicas. 1 - Sempre que possvel, os impostos tero carter pessoal e sero graduados segundo a capacidade econmica do contribuinte, facultado administrao tributria, especialmente para conferir efetividade a esses objetivos, identificar, respeitados os direitos individuais e nos termos da lei, o patrimnio, os rendimentos e as atividades econmicas do contribuinte. 2 - As taxas no podero ter base de clculo prpria de impostos. 3 - A legislao municipal sobre matria tributria respeitar as disposies da lei complementar federal: I - sobre conflito de competncia; II - regulamentao s limitaes constitucionais do poder de tributar; III - as normas gerais sobre: a) definio de tributos e suas espcies, bem como fatos geradores, bases de clculos e contribuintes de impostos; b) obrigao, lanamento, crdito, prescrio e decadncia tributrios; c) adequado tratamento tributrio ao ato cooperativo pelas sociedades cooperativas. 4 - O Municpio poder instituir contribuir, cobrada de seus servidores, para custeio, em benefcio destes, de sistema previdencirio e assistncia social. Art. 66 - A Unio entregar ao Municpio, atravs do Fundo de Participao dos Municpios, FPM, em transferncias mensais na proporo do ndice apurado pelo Tribunal de Contas da Unio, a sua parcela dos vinte e dois inteiros e cinco dcimos por cento do produto da arrecadao dos impostos sobre a renda e proventos de qualquer natureza e sobre produtos industrializados, deduzido o montante arrecadado na fonte e pertencentes a Estados e Municpios. Art. 67 - O Estado repassar ao Municpio a sua parcela dos vinte e cinco por cento relativa dos dez por cento que a Unio lhe entrar do produto da arrecadao do imposto sobre produtos industrializados, na forma do pargrafo nico do art. 64.

Art. 68 - vedada a reteno ou qualquer restrio entrega e ao emprego dos recursos atribudos ao Municpio nesta Subseo, neles compreendidos os adicionais e acrscimos relativos a impostos. Pargrafo nico - A Unio e o Estado podem condicionar a entrega dos recursos ao pagamento de seus crditos vencidos e no pagos. Art. 69 - O Municpio acompanhar o clculo das quotas e a liberao de sua repartio nas receitas tributrias a serem repartidas pela Unio e pelo Estado, na forma da lei complementar federal. Art. 70 - O Municpio divulgar, at o ltimo dia do ms subseqente ao da arrecadao, o montante de cada um dos seus tributos arrecadados e os recursos recebidos, discriminados.

SEO II DAS FINANAS PBLICAS SUBSEO I DAS NORMAS GERAIS

Art. 71 - Leis de iniciativa do Poder Executivo estabelecero: I - O Plano Plurianual; II - As Diretrizes Oramentrias; III - Os Oramentos Anuais. 1 - A lei que estabelece o plano plurianual estabelecer, por distritos, bairros e regies, as diretrizes, objetivos e metas da administrao pblica municipal para as despesas de capital e outras delas decorrentes e para as relativas aos programas de durao continuada. 2 - A lei de diretrizes oramentrias compreender as metas e prioridades da administrao pblica municipal. incluindo as despesas de capital para exerccio financeiro subseqente, que orientar a elaborao da lei oramentria anual, dispor sobre as alteraes na legislao tributria e estabelecer a poltica de fomento. 3 - O Poder Executivo pub1icar, at trinta dias aps o encerramento de cada bimestre, relatrio resumido da execuo oramentria. 4 - Os planos e programas municipais, distritais, de bairros, regionais e setoriais previstos nesta Lei Orgnica, sero elaborados em consonncia com o plano plurianual e apreciao pela Cmara Municipal. 5 - A lei oramentria anual compreender: I - o oramento fiscal referente aos Poderes Legislativos e Executivo, seus fundos, rgos e entidades da administrao direta e indireta, inclusive fundaes institudas e mantidas pelo poder pblico municipal:

II - o oramento de investimento das empresas em que o Municpio, direta ou indiretamente, detenha s maioria do capital social com direito a voto; III - a proposta de lei oramentria ser acompanhada de demonstrativo regionalizado do seu efeito sobre receitas e despesas decorrentes de isenes, anistias, remisses e benefcios de natureza financeira e tributria. 6 - Os oramentos previstos no pargrafo quinto, incisos I e II deste artigo,compatibilizados com o plano plurianual, tero, entre suas funes, a de deduzir desigualdades entre distritos, bairros e regies, segundo critrio populacional. 7 - A lei oramentria anual no conter dispositivo estranho previso da receita e fixao da despesa, no se incluindo, na proibio, a autorizao para a abertura de crditos suplementares e contratao de operao de crdito, ainda que por antecipao da receita, nos termos da lei. 8 - Obedecer s disposies da lei complementar federal especfica a legislao municipal referente a: I - exerccio financeiro; II - vigncia, prazos, elaborao e organizao do plano plurianual, da lei de diretrizes oramentrias e da lei oramentria anual; III - normas de gesto financeira e patrimonial da administrao direta e indireta, bem como instituio de fundos. Art. 72 - Os projetos de lei relativos ao plano plurianual e as diretrizes oramentrias e proposta do oramento anual sero apreciados pela Cmara Municipal na forma de Regimento Interno, respeitados os dispositivos deste artigo. 1 - Caber Comisso Permanente de Finanas: I -examinar e emitir parecer sobre os projetos e propostas referidos neste artigo e sobre as contas apresentadas anualmente pelo Prefeito; II - examinar e emitir parecer sobre planos e programas municipais, distritais, de bairros, regionais e setoriais previstos nesta Lei Orgnica e exercer o acompanhamento e a fiscalizao oramentria, sem prejuzo da atuao das demais comisses criadas, da Cmara Municipal. 2 - As emendas s podero ser apresentadas perante a Comisso, que sobre elas emitir parecer escrito. 3 - As emendas proposta do oramento anual ou aos projetos que o modifiquem somente podem ser aprovados caso: I - sejam compatveis com o plano plurianual e com a lei de diretrizes oramentrias; II - indiquem os recursos necessrios, admitidos apenas os provenientes de anulao de despesa, excludas as que incidam sobre: a) dotaes para pessoal e seus encargos; b) servio da dvida municipal;

III - sejam relacionadas: a) coma correo de erros e omisses; b) com os dispositivos do texto da proposta ou do projeto de lei. 4 - As emendas ao projeto de lei de diretrizes oramentrias no podero ser aprovadas quando incompatveis com o plano plurianual. 5 - O Prefeito Municipal poder enviar mensagens Cmara Municipal para propor modificaes nos projetos e propostas a que se refere este artigo enquanto no iniciada a votao, na Comisso, da parte cuja alterao proposta. 6 - No enviados no prazo previsto na lei complementar referida no 8, do art. 71, a Comisso elaborar, nos trinta dias seguintes, os projetos e propostas de que trata este artigo. 7 - Aplicam-se aos projetos e propostas mencionadas neste artigo, no que no contrariar o disposto nesta Subseo, as demais normas relativas ao processo legislativo. 8 - Os recursos que, em decorrncia de veto, emenda ou rejeio da proposta de oramento anual, ficaram sem despesas correspondentes, podero ser utilizadas, conforme o caso, mediante crditos especiais ou suplementares com a prvia e especfica autorizao legislativa. Art. 73 - So vedados: I - o incio de programas ou projetos no includos na lei oramentria anual; II - a realizao de despesas ou a assuno de obrigaes diretas que excedam os crditos oramentrios ou adicionais; III - a realizao de operaes de crditos que excedam o montante das despesas de capital, ressalvadas as autorizadas mediante crditos suplementares e especiais com a finalidade precisa, aprovadas pela Cmara Municipal por maioria absoluta; IV - a vinculao de receita de impostos a rgo, fundo ou despesa, a destinao de recursos para a manuteno de crditos por antecipao da receita; V - a abertura de crdito suplementar ou especial sem prvia autorizao legislativa, sem indicao dos recursos correspondentes; VI - a transposio, o remanejamento ou a transferncia de recursos de uma categoria de programao para outra ou de um rgo para outro, sem prvia autorizao legislativa; VII - a concesso ou utilizao de crditos ilimitados; VIII - a utilizao, sem autorizao legislativa, de recursos do oramento anual para suprir necessidade ou cobrir dficit de empresa, fundaes ou fundos do Municpio; IX - a instituio de fundos de qualquer natureza sem prvia autorizao legislativa. 1 - Nenhum investimento cuja execuo ultrapasse um exerccio financeiro poder ser iniciado sem prvia incluso no plano plurianual ou sem que autorize a incluso, sob pena de crime de responsabilidade.

2 - Os crditos especiais e extraordinrios tero vigncia no exerccio financeiro em que forem autorizados, salvo se o ato de autorizao for promulgado nos ltimos quatro meses daquele exerccio, caso em que, reabertos nos limites de seus saldos, sero incorporados ao oramento do exerccio financeiro subseqente. 3 - A abertura de crdito extraordinrio somente ser admitida para atender a despesas imprevisveis e urgentes, como as decorrentes de calamidade pblica. Art. 74 - Os recursos correspondentes s dotaes oramentrias, compreendidos os crditos suplementares e especiais destinados Cmara Municipal, ser-lhe-o entregues at o dia vinte de cada ms. Art. 75 - A despesa com o pessoal ativo e inativo do Municpio no poder exceder os limites estabelecidos em lei complementar federal. Pargrafo nico - A concesso de qualquer vantagem ou aumento de remunerao, a criao de cargos ou alterao de estrutura de carreiras, bem como a admisso de pessoal, a qualquer ttulo, pelos rgos e entidades da administrao direta e indireta, inclusive fundaes institudas e mantidas pelo Poder Pblico Municipal, s podero ser feitas: I - se houver prvia dotao oramentria suficiente para atender s projees de despesa de pessoal ou aos acrscimos delas decorrentes; II - se houver autorizao especfica na lei de diretrizes oramentrias, ressalvadas as empresas pblicas e as sociedades de economia mista.

CAPTULO V DA ORDEM ECONMICA E SOCIAL SEO I Art. 76 - A ordem econmica e social, no mbito do Municpio, obedecer aos princpios estabelecidos pela Constituio Federal. Art. 77 - A lei definir as condies de fomentos, isenes e incentivos econmicos e sociais s Cooperativas, Micro-Empresas e Empresas de pequeno porte.

SEO II DA ORDEM SOCIAL

Art. 78 - dever do Municpio apoiar no que lhe couber, o Conselho de Direitos da Mulher, o Conselho de Menores, o Conselho de Comunidade junto aos presos recolhidos ao presdio local e o Conselho de Defesa dos Direitos do Cidado, inclusive contra a especulao de comerciantes inescrupulosos. Art. 79 - A ordem social tem como base o primado do trabalho, e como objetivo o bem-estar e a justia sociais.

SEO III DA SADE

Art. 80 - A sade direito de todos e dever do Estado, garantido mediante polticas sociais e econmicas que visem reduo do risco de doena e de outros agravos e ao acesso universal e igualitrio s aes e servios para sua promoo, proteo e recuperao. Pargrafo nico - lei Estadual define formas de estimulo doao de rgos e ao cadastramento de voluntrios doadores, observado o disposto no 4, do art. 199, da Constituio Federal. Art. 81 - Aos residentes no Municpio assegurada a assistncia farmacutica bsica provida pelo Poder Pblico. Art. 82 - So de relevncia pblica as aes e servios de sade, cabendo ao Poder Pblico dispor, nos termos da lei, sobre sua regulamentao, fiscalizao e controle, devendo sua execuo ser feita diretamente ou atravs de terceiros e, tambm, por pessoa fsica ou jurdica de direito privado. Art. 83 - As aes e servios pblicos de sade integram uma rede regionalizada e hierarquizada e constitui um sistema nico, organizado de acordo com as seguintes diretrizes: I - descentralizao, com direo nica em cada esfera do governo; II - atendimento integral, com prioridade para as atividades preventivas, sem prejuzo dos servios assistenciais; III - participao da comunidade assegurada na forma da lei, eleio direta e democrtica dos diretores das instituies de sade do Municpio; IV - valorizao dos profissionais de sade, garantida, na forma da 1ei, por tratamento remuneratrio diferenciado quando do exerccio de suas funes a atividade nas localidades no urbanas, em dedicao exclusiva e tempo integral. 1 - Alei dispor sobre a criao do Conselho Municipal de Sade, com participao de representantes da sociedade civil; 2 - So prioritrios os servios de controle das epidemias e o atendimento aos casos de agravo sade geral nos termos da lei;

3 - O sistema nico de sade ser financiado, nos termos do art. 195, da Constituio Federal, com recursos do oramento da seguridade social, da Unio, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municpios, alm de outras fontes. Art. 84 - A assistncia sade livre iniciativa privada. 1 - As instituies privadas podero participar de forma complementar do sistema nico de sade, segundo diretrizes deste, mediante contrato de direito pblico ou convnio, tendo a preferncia s Entidades Filantrpicas e as sem fins lucrativos. 2 - vedada a destinao de recursos pblicos para auxilio ou subvenes s instituies privadas com fins lucrativos; 3 - vedada a participao direta ou indireta de empresas ou capitais estrangeiros na assistncia sade do Municpio, salvo nos casos previstos em lei. Art. 85 - Ao sistema nico de sade compete, alm de outras atribuies, nos termos da lei: I - controlar e fiscalizar procedimentos, produtos e substncias de interesse para a sade e participar da produo de medicamentos, equipamentos, imunobiolgicos, hemoderivados e outros insumos; II - executar as aes de vigilncia sanitria e epidemiolgica, bem como as de sade do trabalhador; III - ordenar a formao de recursos humanos na rea de sade; IV - participar da formao da poltica e da execuo das aes de saneamento bsico; V - incrementar, em sua rea de atuao, o desenvolvimento cientfico e tecnolgico; VI - fiscalizar e inspecionar alimentos, compreendido o controle de seu teor nutricional, bem como bebidas e gua para o consumo humano; VII - participar do controle e fiscalizao da produo, transporte, guarda e utilizao de substncias e produtos psicoativos, txicos radioativos; VIII - colaborar na proteo do meio- Ambiente, nele compreendido o do trabalho. Art. 86 - Sempre que possvel o Municpio promover: I - formao de conscincia sanitria individual nas primeiras idades, atravs do ensino primrio; II - servios hospitalares e dispensrios, cooperando com a Unio e o Estado, bem como as iniciativas particulares e filantrpicas; III - combate s molstias especficas, contagiosas e infecto-contagiosas; IV - combate ao uso de txicos; V - servios de assistncia maternidade e infncia. Art. 87 - A inspeo mdica, nos estabelecimentos de ensino municipal ter carter obrigatrio. Pargrafo nico - Constituir exigncia indispensvel a apresentao, no ato da matrcula, de atestado de vacina contra molstias infecto-contagiosas. Art. 88 - O Municpio cuidar do desenvolvimento das obras e servios relativos ao saneamento e urbanismo, com a assistncia da Unio e do Estado, sob condies estabelecidas na lei complementar federal.

SEO IV DA EDUCAO

Art. 89 - A educao, direito de todos e dever do Estado e da famlia, promovida e incentivada com a colaborao da sociedade, visando ao pleno desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exerccio da cidadania e sua qualificao para o trabalho. Art. 90 - O ensino ministrado com base nos seguintes princpios: I - igualdade de condies para o acesso e permanncia na escola; II - liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar o pensamento, a arte e o saber; III - pluralismo de idias e de concepes pedaggicas, e coexistncia de instituies pblicas e privadas de ensino; IV - gratuidade do ensino pblico em estabelecimentos oficiais; V - valorizao dos profissionais do ensino, garantidos, na forma da lei, planos de carreira para o magistrio pblico, com piso salarial profissional e ingresso, exclusivamente por concurso pblico de provas e ttulos, observando os artigos 26, 6 e 110, da Constituio Estadual, assegurado regime jurdico nico para todas as instituies mantidas pelo Municpio e melhor remunerao ao exerccio do magistrio nas localidades no urbanas; VI - gesto democrtica no ensino pblico, na forma da lei, assegurada a eleio direta da respectiva direo da escola, pelos corpos docente, discente, servidores e pais de alunos. VII - garantia do padro de qualidade; VIII - adequao do ensino realidade municipal. Art. 91 - O Escotismo dever ser considerado como mtodo complementar da educao, merecendo o apoio dos rgos do Municpio. Art. 92 - O ensino livre iniciativa privada atendidas as seguintes condies: I - cumprimento das normas gerais da educao nacional; II - autorizao e avaliao de qualidade pelo Poder Pblico. Art. 93 - So fixados contedos mnimos para o ensino fundamental, de modo a assegurar formao bsica e comum e respeito aos valores culturais, cvicos e artsticos, nacionais e regionais. 1 - O ensino religioso, de matrcula facultativa, constitui disciplina dos horrios normais das escolas pblicas de ensino de primeiro e segundo graus e ser ministrado de acordo com a confisso religiosa do aluno, manifestada por ele, se for capaz ou por seu representante legal ou responsvel: 2 - As escolas pblicas de primeiro e segundo graus incluem, entre as disciplinas oferecidas, o estudo da cultura local, envolvendo noes bsicas da literatura, artes plsticas e folclore do Municpio: 3 - O ensino fundamental regular ministrado em lngua portuguesa: 4 - O Municpio orientar e estimular, por todos os meios, a educao fsica que ser obrigatria nos estabelecimentos municipais de ensino e dos particulares que recebem auxlio do Municpio.

Art. 94 - O Municpio organiza, em regime de colaborao com a Unio, seu sistema de ensino visando garantia dele: I - ensino fundamental obrigatrio e gratuito, inclusive para os que a ele no tiverem acesso na idade prpria; II - progressiva extenso de obrigatoriedade e gratuidade - ao ensino mdio: III - atendimento educacional especializado aos portadores de deficincia, preferencialmente na rede regular de ensino; IV - atendimento em creche e pr-escola s crianas de zero a seis anos de idade: V - acesso aos nveis mais elevados do ensino, da pesquisa e da criao artstica, considerando-se o ritmo de aprendizagem e as potencialidades individuais; VI - oferta de ensino noturno regular, adequado s condies do educando: VII - atendimento ao educando, no ensino fundamental, atravs de programas suplementares de material didtico-escolar, transporte, alimentao e assistncia a sade. 1 - O Municpio atua prioritariamente no ensino fundamental e pr-escolar; 2 - Compete ao Poder Pblico Municipal recensear os educandos no ensilo fundamental, fazerlhes a chamada e zelar, junto aos pais ou responsveis, pela freqncia escolar. 3 - O no-oferecimento de ensino obrigatrio pelo Poder Pblico Municipal ou sua oferta irregular importam responsabilidade da autoridade competente. 4 - O Municpio assegura criana de quatro a seis anos a educao pr-escolar obrigatria, laica, pblica e gratuita, com o objetivo de promover o seu desenvolvimento bio-social, psico-afetivo e intelectual. Art. 95 - O Municpio aplica, anualmente, nunca menos de vinte e cinco por cento da receita, resultante de impostos, compreendida e proveniente de transferncia, na manuteno e desenvolvimento do ensino. 1 - A parcela de arrecadao de impostos transferida pelo Estado aos respectivos municpios no considerada, para efeito do clculo previsto neste artigo, receita do Governo Estadual. 2 - Para efeito do cumprimento do disposto no "caput" deste artigo, so considerados os sistemas de ensino estadual e municipal e os recursos aplicados na forma do artigo 95, da Constituio Estadual. 3 - A distribuio dos recursos pblicos assegura prioridade ao atendimento nas necessidades do ensino obrigatrio, nos termos do Plano Nacional de Educao. 4 - Os programas suplementares de alimentao e assistncia sade previstos no artigo 208, VII, da Constituio Federal, sero financiados com recursos provenientes de contribuies sociais e outros recursos oramentrios. 5 - O ensino fundamental pblico ter como fonte adicional de financiamento, a contribuio social do salrio-educao, recolhida, na forma da lei, pelas empresas, que dela podero deduzir a aplicao realizada no ensino fundamental de seus empregados e dependentes.

Art. 96 - Os recursos pblicos so destinados s escolas pblicas, podendo ser dirigidos a escolas comunitrias, confessionais ou filantrpicas, definidas em lei, que: I - comprovem finalidade no lucrativa e apliquem seus excedentes financeiros em educao; II - assegurem a destinao de seu patrimnio a outra es cola comunitria, filantrpica ou confessional, ou ao Poder Pblico, no caso de encerramento de suas atividades. 1 - Os recursos de que trata este artigo podem ser destinados a bolsas de estudos para ensino fundamental e mdio, na forma da lei, para os que demonstrem insuficincia de recursos, quando houver falta de vagas em cursos regulares da rede pblica na localidade da residncia do educando, ficando o Poder Pblico obrigado a investir, prioritariamente, na expanso de sua rede na localidade. 2 - As atividades universitrias de pesquisa e extenso podem receber apoio financeiro do Poder Pblico Municipal. Art. 97 - O Municpio auxiliar, pelos meios a seu alcance, as organizaes beneficentes, culturais e amadorsticas, nos termos da lei, sendo que as amadorsticas e as colegiais tero prioridade no uso de estdios, ginsios, campos e instalaes de propriedade do Municpio. Art. 98 - A lei regular a composio, o funcionamento e as atribuies do Conselho Municipal de Educao e do Conselho Municipal de Cultura.

SUBSEOI DA EDUCAO ESCOLAR, SEUS NVEIS E MODALIDADES

Art. 99 - A educao escolar ser organizada nas categorias gerais da educao bsica e educao superior, includos na primeira os seguintes nveis: I - educao infantil oferecida criana de zero a seis anos de idade, compreendendo as creches e as pr-escolas; II - ensino fundamental -com durao mnima de oito anos obrigatrios a partir dos sete anos de idade e facultativos a partir dos seis anos de idade; III - ensino mdio -posterior ao fundamental e com durao mnima de trs anos ou duas mil quinhentas e vinte horas de trabalho escolar. Art. 100 - A educao bsica tem por objetivo geral o desenvolvimento do indivduo, assegurandolhe a formao comum a que todos tm direito para poder participar ativamente, como cidados, da vida em sociedade e prosseguir desenvolvendo-se, seja no trabalho, seja em estudos posteriores, e na vida social em geral. Art. 101 - A educao infantil, etapa preliminar da educao bsica, tem por objetivo o desenvolvimento da criana, promovendo a ampliao de suas experincias e conhecimentos, atravs de propostas pedaggicas apropriadas sua faixa etria, em complementao ao da famlia.

Art. 102 - A educao infantil ser oferecida em creches para crianas de zero a trs anos de idade, e em pr-escolas para os de quatro a seis anos e constitui direito da criana e dos seus pais trabalhadores, e dever do Estado e da famlia, na forma dos artigos 72, 208, IV, da Constituio Federal.

SEO V DA CULTURA

Art. 103 - O Municpio garante a todos o pleno exerccio dos direitos culturais e o acesso s fontes da cultura, apia e incentiva a valorizao e a difuso das manifestaes culturais. 1 - O Municpio protege as manifestaes das culturas populares e de outras participaes do processo civilizatrio nacional; 2 - A lei dispe sobre a fixao de datas comemorativas de alta significao para os diferentes segmentos tnicos nacionais. Art. 104 - Constituem patrimnio cultural municipal os bens de natureza material e imaterial, tomados individualmente ou em conjunto, portadores de referncia identidade, ao, memria dos diferentes grupos formadores da sociedade caicoense, nos quais se incluem: I - as formas de expresso; II - os modos de criar, fazer e viver; III - as criaes cientficas, artsticas e tecnolgicas; IV - as obras, objetos, documentos, edificaes e demais espaos destinados manifestaes artstico-culturais; V - os conjuntos urbanos e stios de valor histrico, arqueolgico, paleontolgico, ecolgico e cientfico. 1 - O Poder Pblico Municipal, com a colaborao da comunidade, promove e protege o patrimnio cultural municipal, por meio de inventrio, registro, vigilncia, tombamento e desapropriao, e de outras formas de acautelamento e preservao. 2 - Cabem Administrao Pblica Municipal, na forma da lei, a gesto da documentao governamental e as providncias para franquear sua consulta a quantos dela necessitem. 3 - A lei estabelece incentivos para a produo e o conhecimento de bens e valores culturais. 4 - Os danos e ameaas ao patrimnio cultural so punidos na forma da lei. Art. 105 - Cabe ao ensino fundamental criar as bases para a formao de culturas tcnicas e associativas.

SEO VI DO DESPORTO Art. 106 - dever do Municpio fomentar prticas desportivas formais e no formais, como direito de cada um, observados: I - a autonomia das entidades desportivas dirigentes e associaes, quanto a sua organizao e funcionamento; II - a destinao de recursos pblicos para a promoo prioritria do desporto educacional e, em casos especficos, para a do desporto de alto rendimento; III - o tratamento diferenciado para o desporto profissional e no profissional; IV - a proteo e o incentivo s manifestaes desportivas de criao nacional. Pargrafo nico - O Poder Pblico incentivar o lazer como forma de promoo social.

SEO VII DO TURISMO

Art. 107 - O Poder Pblico Municipal desenvolver programa especifico, destinado a incentivar o turismo no Municpio. Art. 108 - A Prefeitura incentivar o turismo local atravs de: I - conservao de pontos tursticos de destaque; II - realizao de festivais e outros eventos de natureza cultural, artstica e desportiva; III - divulgar do Municpio de Caic6 atravs dos meios de comunicao de massa, rdio, jornal e televiso, de todos seus eventos sociais, culturais e religiosas. Art. 109 - O Municpio estabelece incentivos fiscais para o fomento do turismo local.

CAPTULO VI DA POLTICA URBANA E RURAL SEO I DA POLITICA URBANA

Art. 110 - A Poltica de Desenvolvimento Urbano, executada pelo Poder Pblico Municipal, conforme diretrizes gerais fixadas em lei, tem por objetivo ordenar o pleno desenvolvimento das funes sociais da cidade e garantir o bem estar dos seus habitantes. 1 - O Plano Diretor, aprovado pela Cmara Municipal, o instrumento bsico da poltica de desenvolvimento e expanso urbana. 2 - A propriedade urbana cumprir sua funo social, quando atender s exigncias fundamentais de ordenao da cidade, expressa no plano diretor.

3 - As desapropriaes de imveis urbanos sero feitas com a prvia e justa indenizao em dinheiro, salvo se estes imveis no estiverem satisfazendo as suas finalidades sociais expressas nesta Lei Orgnica. Art. 111 - O Municpio estimular a implantao do usucapio urbano, previsto pelo art. 183, da Constituio Federal.

SEO II DA POLITICA RURAL

Art. 112 - O Municpio instituir, por lei, as diretrizes do desenvolvimento rural. Art. 113 - A Poltica Agrcola Municipal ser planejada e executada na forma da lei, com a participao efetiva do setor de produo, envolvendo produtores e trabalhadores rurais, observando o disposto no art. 187, da Constituio Federal e no art. 117, da Constituio Estadual, observando as seguintes diretrizes: 1 - No mbito da poltica agrcola, o Municpio fomentar a produo agropecuria e a organizao do abastecimento alimentar, atravs de aes comuns com a Unio e o Estado. 2 - O abastecimento alimentar atender s necessidades mnimas dos segmentos de baixa renda da populao. Criando canais de distribuio e comercializao de alimentos bsicos assegurando o nvel de qualidade necessrio. 3 - Os oramentos municipais prevem despesas de custeio da poltica agrcola a ser executada no Municpio, segundo o Plano Municipal de Desenvolvimento Rural. 4 - O Plano Municipal de Desenvolvimento Rural ser elaborado, executado e acompanhado por unidade especfica do Poder Pblico Municipal. 5 - O Conselho Municipal de Desenvolvimento Rural, criado na forma da lei, assegurar a participao popular e de entidades de classe, no planejamento, execuo, acompanhamento e avaliao da poltica agrria, agrcola e de abastecimento. Art. 114 - O Municpio obriga-se, atravs de seus rgos da administrao direta e indireta, especialmente a Secretaria de Agricultura a: I - manter um setor especfico para estudar, pesquisar e desenvolver prticas de agricultura socialmente adaptadas. ecologicamente sustentveis e economicamente viveis; II - estimular a produo de hortigranjeiros nos espaos urbanos e apoiar o uso popular de plantas medicinais, visando a uma alimentao mais equilibrada; III - restringir-se a montante dos audes pblicos a produo de alimentos sem uso de agrotxicos; IV - executar um plano de produo de sementes fiscalizadas para atender demanda de pequenos agricultores do Municpio. V - criar mecanismos para dispor de profissionais habilitados, para na forma da lei, prescrever o receiturio agronmico especialmente aos agricultores de baixa renda.

VI - educar e divulgar proposta de manejo racional da caatinga.

CAPTULO VII DO MEIO AMBIENTE

Art. 115 - Fica o Poder Pblico Municipal obrigado a elaborar, at cento e oitenta dias aps a promulgao desta Lei Orgnica, o Plano Municipal de Meio Ambiente, que dever conter, alm dos princpios especificados em leis federais e estaduais, os seguintes princpios: I - definio e implantao de rea e seus componentes representativos de todos os ecossistemas originais de espao territorial do Municpio, a serem especialmente protegidos sendo a alterao de supresso, inclusive dos j existentes, permitida somente por lei, vedada qualquer utilizao que comprometa a integridade dos atributos que justifiquem sua proteo; II - garantir a educao ambiental em todos os nveis de ensino e promover a conscientizao pblica para a preservao e defesa do meio ambiente, atravs dos meios de comunicao de massa; III - proteger a fauna e a flora, conjuntamente com rgos federais e estaduais, fiscalizando a extrao, captura, produo, transporte, comercializao e consumo de seus espcimes e subprodutos; IV - combater a poluio em todas as suas formas; V - estimular e promover a arborizao urbana, utilizando-se preferencialmente de essncias nativas e espcies frutferas; VI - estimular e promover o reflorestamento em reas degradas, objetivando especialmente a proteo de encostas e dos recursos hdricos; VII - incentivar a integrao da Universidade, Instituies de Pesquisa e Associaes Cveis nos esforos para garantir e aprimorar o controle da poluio, inclusive no ambiente de trabalho; VIII - estimular a pesquisa, o desenvolvimento e a utilizao de fontes de energia alternativas, no poluentes; IX - criao do horto municipal e do cinturo verde em volta do Municpio, inclusive com a utilizao das reas dos rios; X - a criao do Conselho Municipal do Meio Ambiente, que, entre outras atribuies definidas em lei, dever: a) funcionar como colegiado autnomo e deliberativo; b) contar, em seus quadros, com representantes do Poder Pblico, entidade ambientalista e representantes da sociedade civil, conforme dispuser. XI - considerar reas de proteo permanente as seguintes: a) matas ciliares; b) as reas que abriguem exemplares raros da fauna e flora e de espcies ameaadas de extino, bem como aquelas que sirvam como local de pouso ou reproduo de espcies migratrias;

c) reas de valor paisagstico; d) as cavidades subterrneas naturais; e) as encostas sujeitas eroso e deslizamentos; f) as reservas de flora apcola compreendendo uma infinidade de espcies vegetais e enxames silvestres; g) as margens de audes pblicos.

CAPTULO VIII DOS DEFICIENTES, DA CRIANA E DO IDOSO

Art. 116 - A lei dispor sobre a exigncia e adaptao dos logradouros, dos edifcios de uso pblico e dos veculos de transporte coletivo. a fim de garantir acesso adequado s pessoas portadoras de' deficincias fsicas e sensoriais. Art. 117 - O Municpio promover programas de assistncia criana e ao idoso. Art. 118 - Aos maiores de sessenta e cinco anos garantida a gratuidade do transporte coletivo urbano.

CAPTULO IX DO PLEBISCITO E DO REFERENDO POPULAR

Art. 119 - A Cmara Municipal, por solicitao do Prefeito, Vice-Prefeito, um tero dos seus membros ou cinco por cento do eleitorado municipal, pode convocar plebiscito ou referendo popular, para decidir sobre questes fundamentais do Municpio. Pargrafo nico - Lei complementar estabelecer as diretrizes da consulta popular.

CAPTULO X DOS SERVIDORES PBLICOS MUNICIPAIS

Art. 120 - Os servidores da administrao pblica direta, das autarquias e das fundaes pblicas sero regidos pelo regime jurdico nico, o estatutrio, vedada qualquer outra vinculao de trabalho. Art. 121 - Os servidores do Municpio, da administrao direta, autrquica, das fundaes pblicas, sociedade de economia mista e empresas pblicas, em exerccio, no dia cinco de outubro de mil novecentos e oitenta e oito, h, pelos menos, cinco anos, continuados ou no, e que tenham sido admitidos por concurso pblico, so considerados estveis no servio pblico, s podendo perder o cargo em virtude de sentena judicial transitada em julgado ou mediante processo administrativo, com garantia de ampla defesa.

Art. 122 - Ao servidor da administrao direta, autrquica e fundacional, em pleno exerccio de suas funes, fica assegurado o acesso ao cargo ou emprego de nvel superior identificado ou equivalente formao do curso de nvel superior que venha a concluir. Art. 123 - A lei assegurar, aos servidores da administrao direta, isonomia de vencimentos para cargos de atribuies iguais ou assemelhados do mesmo Poder e entre servidores do Poder Executivo e Legislativo, ressalvadas as vantagens de carter individual e as relativas natureza ou ao local de trabalho. Pargrafo nico - Aplicam-se aos servidores da administrao municipal os seguintes direitos; I - salrio mnimo, fixado em lei federal, com reajustes peridicos; II - irredutibilidade de salrio, salvo o disposto em concesso ou acordo coletivo; III - dcimo terceiro salrio com base na remunerao integral ou no valor da aposentadoria; IV - remunerao do trabalho noturno superior do diurno; V - salrio-famlia para seus dependentes; VI - durao do trabalho normal no superior a oito horas dirias e trinta horas semanais para os servidores burocrticos e quarenta horas para os demais servidores; VII - repouso semanal remunerado, preferencialmente aos domingos; VIII - remunerao dos servios extraordinrios superior, no mnimo, em cinqenta por cento do normal; IX - gozo de frias anuais remuneradas com, pelo menos, cinqenta por cento do normal; X - licena gestante, remunerada, de cento e vinte dias; XI - licena paternidade de oito dias; XII - proteo do mercado de trabalho da mulher nos termos da lei; XIII - reduo dos riscos inerentes ao trabalho; XIV - adicional de remunerao para as atividades penosas, insalubres ou perigosas, na forma da lei; XV - proibio de diferenas de salrios, de exerccio de funes e de critrio de admisso por motivo de sexo, idade, cor ou estado civil; XVI - o servidor concluinte de curso superior ou equivalente poder, durante o perodo de aulas, ausentar-se da sua repartio, sem prejuzo dos seus vencimentos, desde que: a) comprove a sua concluso; b) comprove que as disciplinas necessrias concluso do curso s esto sendo oferecidas no perodo do expediente. Art. 124 - O servidor ser aposentado: Pargrafo nico - Aplica-se aos servidores pblicos municipais o disposto no art. 40, I, II, III, a, b, c, d, 1, 2, 3, 4 e 5, da Constituio Federal. Art. 125 - So estveis, aps dois anos de efetivo exerccio, os servidores nomeados em virtude de concurso pblico.

1 - O servidor pblico municipal estvel s perder o cargo em virtude de sentena judicial transitada em julgado ou mediante processo administrativo em que lhe seja assegurada ampla defesa. 2 - Invalidada, por sentena judicial, a demisso do servidor pblico municipal, ser ele reintegrado e o eventual ocupante da vaga reconduzido ao cargo de origem, sem direito indenizao, aproveitado em outro cargo ou posto em disponibilidade. 3 - Extinto o cargo ou declarada sua desnecessidade o servidor estvel ficar em disponibilidade remunerada, at seu adequado aproveitamento em outro cargo. Art. 126 - livre a associao profissional ou sindical do servidor pblico municipal na forma da lei federal observando-se o seguinte: 1 - Haver uma s associao sindical para os servidores da administrao direta, das autarquias e das fundaes, todas do regime estatutrio. 2 - assegurado o direito de filiao de servidores, profissionais liberais, profissionais da rea de sade, associao sindical de sua categoria. 3 - Os servidores da administrao indireta, das empresas pblicas e de economia mista, todos celetistas, podero associar-se em sindicato prprio. 4 - Ao sindicato dos servidores pblicos municipais de Caic cabe.a defesa dos direitos e interesses coletivos ou individuais da categoria, inclusive em sugestes judiciais ou administrativas. 5 - A assemblia geral fixar a contribuio que ser descontada em folha, para custeio do sistema confederativo da representao sindical respectiva, independentemente da contribuio prevista em lei. 6 - Nenhum servidor ser obrigado a filiar-se ou manter-se filiado ao sindicato. 7 - obrigatria a participao do sindicato nas negociaes coletivas de trabalho. 8 - O servidor aposentado tem direito a votar e ser votado no sindicato da categoria. Art. 127 - O direito de greve assegurado aos servidores pblicos municipais no se aplica aos que exercem funes em servios ou atividades essenciais, assim definidas em lei. Art. 128 - A lei dispor, em caso de greve, sobre o atendimento das necessidades inadiveis da comunidade. Art. 129 - assegurada a participao dos servidores pblicos municipais, por eleio, nos colegiados da administrao pblica em que seus interesses profissionais ou previdencirios sejam objeto de discusso e deliberao. Art. 130 - A lei instituir a Assessoria Jurdica para os Poderes Executivo e legislativo, e fixar os critrios relativos aos atuais exercentes de cargos, empregos ou funes jurdicas. Pargrafo nico - A lei de que trata este artigo ser editada em cento e vinte dias aps a promulgao da lei Orgnica.

VEREADORES QUE PARTICIPARAM DA ELABORAO DA LEI ORGNICA DO MUNICPIO DE CAIC-RN

Presidente da lei Orgnica - Ivanor Pereira Vice-Presidente - Regina Arajo de Souza Secretrio - Joaris da Silva Relator Geral - Hamilton Teixeira de Arajo E os Vereadores - Jos Furtunato Sobrinho Francisco Garcia de Arajo Manoel Tomaz de Barros Paulo Roberto de Oliveira Francisco Gregrio de Azevdo Dinarte Alves da Mota Manoel Damsio dos Santos; Nailde Dantas Pereira Edevaldo Adolfo Maia Piraj Saraiva Bezerra (in memoriam) Suplente de Vereador - Roberto Medeiros Germano.

Caic(RN), 04 de abril de 1990

TITULO III DAS DISPOSIES ORGANIZACIONAIS TRANSITRIAS

Art. 1- lei complementar, no prazo de sessenta dias, a partir da promulgao desta lei Orgnica, criar a Comisso de Defesa do Consumidor, vinculada Cmara Municipal. Art. 2 - O Municpio instituir o sistema de transporte coletivo, no prazo de doze meses, a partir da promulgao desta Lei Orgnica. Art. 3 - O Municpio promover gestes para desobstruo do leito do Rio Serid. Art. 4 - As agencias bancrias instaladas no Municpio, bem como todos os rgos pblicos, providenciaro o acesso fcil e estacionamento para seus usurios e, em especial, para os deficientes fsicos. Art. 5 - lei complementar, no prazo de cento e oitenta dias, aps a promulgao desta lei Orgnica, criar o Conselho Municipal de Defesa da Criana e do Adolescente, que definir sua estrutura, funcionamento e composio dos recursos destinados a implementao do seu pleno funcionamento. Art. 6 - O Municpio instituir um Fundo Municipal dos Direitos da Criana e do Adolescente. Art. 72 - O fundo a que se refere o artigo anterior, ter como misso institucional, a defesa dos direitos da criana e do adolescente, nos termos do art. 221, da Constituio Federal. Art. 8 - O Conselho e o fundo Municipal de Defesa da Criana e do Adolescente, contar com recursos advindos do oramento municipal, das transferncias estaduais e federais, bem como de entidades filantrpicas, beneficentes e de assistncia social, de acordo com os artigos 195 e 204, da Constituio Federal. Art. 9 - Que seja criado um espao na feira livre de Caic aos pequenos produtores rurais para a comercializao dos seus produtos de origem animal e vegetal.

VEREADORES QUE PARTICIPARAM DA ELABORAO DA LEI ORGNICA DO MUNICPIO DE CAIC-RN

Presidente da lei Orgnica - Ivanor Pereira Vice-Presidente - Regina Arajo de Souza Secretrio - Joaris da Silva Relator Geral - Hamilton Teixeira de Arajo E os Vereadores - Jos Furtunato Sobrinho Francisco Garcia de Arajo Manoel Tomaz de Barros Paulo Roberto de Oliveira Francisco Gregrio de Azevdo Dinarte Alves da Mota Manoel Damsio dos Santos; Nailde Dantas Pereira Edevaldo Adolfo Maia Piraj Saraiva Bezerra (in memoriam) Suplente de Vereador - Roberto Medeiros Germano.

Caic(RN), 04 de abril de 1990

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