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Antropologia Religiosa - Apostila

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ANTROPOLOGIA RELIGIOSA

Antropologia significa ao p da letra estudo do homem, devido a complexidade do ser humano este estudo pode levar em conta estudando antropologia fsica (estuda o homem como espcie biolgica, suas caractersticas fsicas e sua evoluo); cultural ou etnolgica (estuda o homem do ponto de vista de sua origem histrica) filosfica (estuda o homem do ponto de vista de seus princpios ltimos, questionando seu ser, sua origem e seu destino). O estudo do ser humano pode ser considerado tambm do ponto de vista teolgico: que a viso sobre o homem a partir da experincia religiosa. A antropologia (antropos = homem e logos = palavra, estudo) ocupa-se das questes fundamentais do ser humano: quem , qual sua origem e seu destino, como se comporta e porque se comporta de uma forma ou de outra. O significado fsico, biolgico, cultural, social, psicolgico e espiritual do ser humano estudado com a finalidade de chegar a uma imagem mais completa possvel e integrada do que entendemos por pessoa. antropologia interessa: 1 Todas as caractersticas do ser humano; 2 Os elementos comuns e as suas diferenas; 3 O global: o ser humano de todos os tempos; 4 No s o indivduo, mas o grupo humano organizado e relacionado, a comunidade, a humanidade.

OS VRIOS NVEIS DE CONHECIMENTO


O que conhecimento humano? uma relao que se estabelece entre o sujeito que conhece e o objeto conhecido. O conhecimento sensvel acontece por meio dos cinco sentidos e o no sensvel ocorre com realidades tais como conceitos (ideias), princpios e leis, ou seja, o conhecimento intelectual. Pelo conhecimento o homem reconstitui a realidade em sua mente.

Conhecimento popular ou em emprico: popular ou vulgar o modo comum, corrente e espontneo de conhecer, que se adquire, que nasce com da experincia do dia-a-dia (emprico) no trato direto com as coisas e os seres humanos, as informaes so assimiladas por tradio, experincias causais, ingnuas (por exemplo: uma criana conhece seus pais, sabe distinguir entre gato e cachorro), esse conhecimento constitui a base do saber. Conhecimento cientfico: a cincia moderna nasce, pois com a determinao e com o mtodo pelo qual se far o controle desse conhecimento. Preocupa-se no s com os efeitos, mas principalmente com as causas e leis que o motivaram, esta nova percepo do conhecimento se deu de forma lenta e gradual. uma busca constante de explicaes e solues e a reavaliao de seus resultados. Um saber ordenado e lgico que possibilita a formao de idias, num processo complexo de pesquisa, anlise e sntese, de maneira que as afirmaes que no podem ser comprovadas so descartadas do mbito da cincia. Este conhecimento privilgio de especialistas das diversas reas das cincias. (baseado em hipteses, experincias, comprovaes e aplicaes de leis). Conhecimento filosfico: a filosofia se interessa no por um particular aspecto da realidade, por este problema ou por aquele, mas por tudo uma viso de conjunto, descobrir o porqu de tudo e de todas as inmeras questes que interessam reflexo humana, iluminada pela razo em buscas das causas mais profundas (amor e sabedoria). O conhecimento pode transformar numa coisa ruim (egosmo). Interessa-se por muitos problemas, dos quais podem lembrar-se dos principais: Cosmolgico (do mundo); Gnosiolgico (do conhecimento);

Antropolgico (do homem); Metafsico ou ontolgico (do ser e de sua origem); tico (do bem e do mau moral); Poltico (da sociedade); Esttico (da arte); Pedaggico (da educao); etc

Conhecimento teolgico: a verdade pode ser encontrada tanto pelo caminho de investigao como pela revelao. O conhecimento teolgico, pelo menos na tradio judaico-crist, baseia se exatamente nesta f: Deus falou aos homens por meio de uns intermedirios que transmitiram Sua mensagem. Podemos afirmar que a teologia uma reflexo racional e sistemtica que, porm, parte dos dados da f, por isso, pressupe a f. A revelao pode ter um fundamento histrico, por exemplo: Jesus Cristo morreu na cruz para a salvao dos homens isso contm um dado histrico e um dado de f. A outras formas de conhecimento como aquela produzida pela experincia esttica (ser capaz de tornar belo at o detalhe mais insignificante). Os mitos, cultura, medicinais, moral (a vida nasce de um confronto viso grega) etc

QUEM SOU EU?


O primeiro que o homem procura explicar seu eu. O eu que ele conhece o seu eu fsico, aquele eu fsico que imperiosamente lhe faz pensar atravs de suas necessidades vegetativas e instintivas. Impulsionado por seus desejos de conhecer-se, o homem utiliza sua mente para penetrar na misteriosa mquina humana; investiga, observa, analisa e compara; e faz como o menino que quebra seu brinquedo para ver o que ele contm.O homem descobre em si sentimentos e emoes completamente inacessveis fisiologia. Ento comea a discorrer: "Eu sou um homem, mas h algum valor existente em mim, que eu no conheo. Posso pensar isto e aquilo; posso sentir de um modo ou de outro.

TEOGONIA
Teogonia, tambm conhecida por Genealogia dos Deuses, ou simplismente nascimento dos deuses segundo a mitologia grega. Existem mitos sobre as deidades representam fenmenos ou aspectos bsicos da natureza humana, expressando assim as idias dos primeiros gregos sobre a constituio do universo.

IDEOLOGIA
Ideologia (uma maneira viciada, deturpada, totalmente condicionada de compreender a realidade). O conceito ideologia vem do francs ideologie (1796) que so estudos das idias, que mais tarde se tornou o conjunto de idias trazidas com a realidade, Atualmente doutrina que inspira ou parece inspirar um governo ou um partido. Filosoficamente a cincia que estuda a origem das idias humanas e as percepes sensoriais do mundo externo. Ideologia um conjunto de idias e de representaes, que certos grupos impem como uma verdade acabada e universal. A ideologia de um ponto bom apresenta um certo valor podemos dizer que ideologia igual verdade e apresenta um nico caminho isso literalmente se baseia em: difuses da ideologia. Exemplos: caso do nazismo (belo da antiguidade clssica); sistema educacional espartano: (Fortes! Fracos no tm vez) Idia Sistema repressivo Propaganda

FENOMENOLOGIA HUMANA
O conhecimento da realidade, da verdade, em todos os seus nveis. O homem quer conhecer para ser mais, pois o objetivo do conhecimento o bem do homem. O homem uma realidade extremamente complexa. Isso verdade, antes de tudo, na ordem das aes, ele exerce atividades de diversos gneros e cada uma dessas atividades suscita questes e problemas de difcil soluo. Mas a complexidade acentua-se mais quando se passa do plano da ao ao do ser. Ento nos perguntamos: que este indivduo singular a que chamamos eu e que qualificamos como pessoa? Antes de tudo, vamos a uma abordagem fenomenolgica do homem, quer dizer, procuramos estudar o fenmeno humano, ou seja, o homem nas suas manifestaes mais significativas: corporeidade, mundanidade, conhecimento, vontade, linguagem, sociabilidade, cultura, trabalho, jogo, religio.

Homem: um ser que tem corpo


O corpo do homem nasce em fase de estruturao, mas pode desenvolver-se de maneira maravilhosa (cf. prestidigitadores, danarinos...); se existir o corpo no h identidade. atravs do corpo, particularmente das mos, o homem se torna senhor do mundo, transformando-o; a diferena dos animais, a posio do corpo humano vertical: isso, ao mesmo tempo, essencial para viver e simboliza fora, poder (cf. a construo de grandes torres e palcios).

Funes do corpo humano:


1. mundaniza o homem: isto , faz dele um ser-no-mundo (trabalho, vontade e liberdade) a) Vontade a capacidade que o homem tem de autodeterminar-se. To importante e poderosa quanto a inteligncia, a vontade j foi tomada como caracterstica especfica do homem (vontade algo que no passa, querer o melhor de si mesmo, ou seja, querer o bem). No que diz respeito f, por exemplo, a vontade fundamental. No basta o conhecimento das verdades da religio, necessria a adeso livre a elas. Por outro lado, nem ser necessrio conhecer em profundidade para a adeso acontecer. Portanto, embora possa haver influncias recprocas entre inteligncia e vontade, as operaes ligadas a cada uma destas so reconhecidas pela sua autonomia. Santo Agostinho fazia a perfeita unio entre as duas ao afirmar: (Creio para entender, entendo para crer). b) A filosofia tradicionalmente definiu a vontade como uma tendncia, uma inclinao, um apetite para o bem. O bem sempre o objeto da vontade. Todo ato de vontade se dirige ao Bem ou a algum bem em particular. S o bem pode provocar essa atrao sobre o homem e mesmo quando ele pratica o mal, este lhe aparece sob a forma falsa de um bem. Bem descobriro motivo o qual estamos aqui, ou quem somos (sentido da vida). 2. centro de conhecimento: conhecemos o mundo a partir do nosso corpo (ex. alto e baixo, direita e esquerda, o p da mesa, a cabea do prego...); ou seja, a parte essencial do homem. 3. funo do corpo ter, possuir: posso reclamar como meu apenas aquilo com que meu corpo entra em contato; 4. o corpo um instrumento para fazer o bem ou o mal: a funo moral. CORPO: Corporeidade (Quem sou eu?) - O conceito de imagem corporal remete s relaes existentes entre as percepes que gradualmente constitui do seu corpo e a idia que constri de si mesma. Esta construo constituda por elementos subjetivos e objetivos, possibilitando a formao das percepes sobre sua personalidade, pelas atitudes, sentimentos, idias e nas relaes interpessoais. Logo, quando trabalhamos a corporeidade, atuamos sobre a imagem corporal e incidimos sobre a sua identidade. A corporeidade nos obriga 3 coisas: Sentir-se seguro, Saciedade (fome), Reconhecimento.

Mundanidade (Sei onde estou): o conhecimento um modo de apropriar-se do mundo, relacionar-se com este. O mundo o objeto de todo conhecimento. Mundo, no sentido filosfico, significa o conjunto das coisas com as quais o ser humano se relaciona na sua existncia, em diversos nveis de percepo.

Homem: um ser que conhece


1. 2. Conhecer ser consciente de alguma coisa: isto acontece atravs dos sentidos e da inteligncia. Sentidos: externos (viso, audio, tato, paladar, olfato); internos (ou imaginao): memria e fantasia. Inteligncia: realiza-se atravs de idias (abstratas, universais, inclusive as idias espirituais de bondade, justia...), juzos e raciocnios. O homem coordena os conhecimentos de forma sistemtica. Chega at a refletir sobre si mesmo. O conhecimento sempre parcial, devido complexidade da realidade.

Homem: um ser livre que tem vontade e que ama


- O homem no est determinado como os minerais, vegetais e animais: ele se auto-determina. - A vontade humana volvel, facilmente conformista, aberta transcendncia e livre. A esse respeito vamos considerar: O tema da liberdade humana na histria da filosofia a) Filosofia Antiga (Grcia e Roma: IX sc. a. C. V sc.d. C) O Tema est ausente porque, para os gregos, o destino domina os deuses, os homens e a natureza. b) Filosofia Medieval (Europa: V-XIV sc. d. C.) Graas ao pensamento cristo, para o qual Deus criou o homem como criatura livre, o tema da liberdade considerado na perspectiva religiosa. c) Filosofia Moderna (XV-XVIII sc.) A liberdade do homem analisada nas relaes dos homens com seus semelhantes e com o Estado, sem preocupao religiosa. d) Filosofia Contempornea (XIX-XXI sc.) O problema, nessa poca, consiste em conseguir conciliar a liberdade humana com a tecnologia. A liberdade humana no absoluta, mas condicionada. A inteligncia tende para a verdade e a liberdade tende para o bem: a sabedoria consiste em escolher o bem honesto acima do bel til ou do bem agradvel. A liberdade um dos conceitos que todas as pessoas utilizam com grande frequncia e, aparentemente, todos sabem do que se trata. Mas quando se pede para algum dizer 'o que liberdade', tm-se as mais variadas definies. Do ponto de vista da filosofia, o conceito de liberdade pode ser expresso de dois modos: direto e indireto. Pelo modo indireto, a liberdade a ausncia de coao (immunitas a coactione, conforme diziam os escolsticos); pelo modo direto, liberdade a capacidade de tomar decises, ou seja, de usar coerentemente a vontade. Vemos assim que existe uma grande proximidade entre liberdade e vontade ( "A minha liberdade termina onde comea a do outro.")

Homem: um ser que fala - A linguagem constitui um problema para os cultores de vrias disciplinas: historiador, fisilogo, psiclogo, lgico,
crtico literrio. - O filsofo quer esclarecer a natureza, a origem e as funes da linguagem. a) Natureza: a linguagem todo sistema de signos que serve para a comunicao. b) Origem da linguagem: a linguagem nasceu por evoluo, sob uma base onomatopica (imitao dos sons da natureza).

c) Funes da linguagem: - funo descritiva: para transmitir informaes; - funo comunicativa: para abrir-se aos outros; - funo existencial: manifesta a prpria pessoa, particularmente atravs do nome.

Homem: um ser que vive em sociedade


O homem um ser essencialmente social: desde o incio da histria ele se encontra sempre em grupos sociais, inicialmente pequenos (famlia, cl...) e depois maiores (cidade, estado, pas...globalizao). A sociabilidade conseqncia de outras dimenses humanas: corpo, conhecimento, liberdade, linguagem. A sociabilidade humana se expressa na criao de organismos e instituies (governos, parlamentos, tribunais, escolas, empresas...). A sociabilidade pode ser, ao mesmo tempo, um elemento de desenvolvimento (atravs da transmisso de uma determinada cultura) e de deformao da personalidade (o homem transformado em rob que cumpre apenas o que a sociedade prescreve).

Homem: um ser culto


- Cultura: a transformao da natureza realizada numa comunidade humana. Exemplos de cultura: linguagem, maneira de alimentar-se, de vestir-se, de construir casas... - A cultura humana, social, laboriosa, sensvel dinmica, mltipla e criativa.

Homem: um ser que trabalha


Definio: O trabalho uma atividade cansativa que tem por objetivo modificar as coisas mediante o uso do corpo e de instrumentos. Principais etapas da histria do trabalho: 1. trabalho manual - instrumento: a mo; 2. trabalho artesanal - instrumento: o utenslio (graas descoberta do fogo); 3. trabalho industrial instrumento: a mquina (substitui a fora fsica do homem, atravs do vapor, eletricidade, petrleo, energia atmica...); 3. trabalho ps-industrial (informtica) instrumento: o computer (substitui a fora mental do homem). Funes do trabalho: 1. csmica: atravs do trabalho o homem transforma o mundo; quando isso acontece de forma desordenada, temos a degradao da natureza (cf. problema ecolgico); 2. antropolgica: o homem, atravs do trabalho, desenvolve a si mesmo e ajuda os prprios semelhantes; h o risco de que a mquina e o computador escravizem o homem; 3. religiosa: o trabalho a tarefa que Deus d ao homem para que complete o mundo que Ele criou. Alm disso nas diferentes religies so oferecidos Divindade os frutos do trabalho.

Homem: um ser que se diverte


Definio: o jogo um desenvolvimento de atividades que visa distrao, ao divertimento, satisfao e realizao de si mesmo. O divertimento, pois, caracteriza o jogo como o objetivo principal. Para quem considera no homem apenas a alma, o jogo considerado com uma atitude de rejeio (Calvino, Pascal), ou, no mximo, de tolerncia (Plato, Plotino).

O jogo pertence a uma dimenso humana muito rica que compreende inteligncia e vontade, ao e habilidade, mas, ao mesmo tempo, implica alegria, satisfao e liberdade. O jogo uma antecipao do reino da liberdade e da alegria, da serenidade e da felicidade subjacente aos sonhos de todos os homens.

Homem: um ser religioso


1. Origem etimolgica: vem do latim religare (= unir, vincular) e indica a vinculao do homem com sua origem e seu destino. Alguns preferem o termo latino relegere (= ler de novo), pois a religio leva a reinterpretar a realidade, de uma maneira diferente da cincia, limitada apenas aos dados sensveis. 2. preciso distinguir entre: - religiosidade: como atividade pessoal; - religio: como atividade social (= as religies). 3. raiz da religiosidade: a abertura do homem para o infinito. 4. Principais crticas contra a religio: - no mbito da cincia, a religio foi considerada como uma atitude infantil (Augusto Comte); - o marxismo tradicional acusou a religio de ser pio dos povos.

FENOMENOLOGIA SEGUNDO ALGUNS FILSOFOS


Fenomenologia (problema do homem) o ser humano pratica o bem e o mal; vivncia transitria (todos ns morremos).

FILSOFOS DA NATUREZA
Plato afirma a liberdade absoluta do homem, reconhecendo-lhe uma natureza que no pode ser em hiptese o alguma acorrentadas as foras do mundo, do tempo e do destino. Para Plato, o homem essencialmente alma e esprito. Portanto sua sobrevivncia e mortalidade esto fora de questo e no apresentam nenhum problema. O nico problema para o homem o de resgatar a sua alma da priso do corpo. Aristteles menos otimista que Plato, em relao ao carter transcendental do homem e eternidade do seu esprito. Em sua opinio, o homem essencialmente constitudo de alma e corpo, como todos os outros seres deste mundo. No homem, a alma desempenha o papel da forma, e justamente por isso, e no obstante uma evidente superioridade com relao ao corpo, no parece em condies de escapar da corrupo e, portanto, da morte. O homem um animal racional (a verdade est nas coisas). Plotino retoma e desenvolve a concepo platnica. Ele tambm afirma a dicotomia entre alma e corpo e atribui alma uma atividade que somente a ela pertence: a contemplao. A alma que conhece a verdade, pode escapar a priso do corpo e do mundo para encontrar a si mesma e reunir-se com o Absoluto, o Uno. Pensadores da Patrstica e da Escolstica Santo Agostinho estudou o homem como uma paixo extraordinria; o homem pecador e o batismo uma forma de aderir a f, o homem nasceu pago; segue a mesma dicotomia de Plato a alma (boa) e o corpo (ruim). A predestinao Deus j sabe quem ser salvo, o homem segundo ele tem fim. Santo Toms ele ta certo de um lado de que Plato oferece uma soluo que est substancialmente de acordo com a f que considera-a filosoficamente fraca. Em sua antropologia filosfica tem como pontos caractersticos: o homem composto essencialmente de alma e corpo, a alma no subjaz ao corpo, ao mesmo tempo que a alma tem uma relao prioritria no ato de ser, a morte do corpo no implica a sua morte. A alma , portanto, de direito imortal. (ressurreio dos mortos).

A CARACTERSTICA DA ALMA HUMANA

Agostinho, Descartes e Leibniz seguindo o exemplo de Plato, afirma que a alma humana uma verdadeira substncia e que sua substancialidade se identifica com a do homem. Em outros termos, o homem sua alma. Hobbes, Comte, Marx (estruturalistas), a alma no absolutamente uma substncia uma manifestao da corporeidade. A assim chamada alma, portanto, no seria um esprito que habita a mquina, mas sim o resultado mais ou menos casual de um alto grau da evoluo da matria. Os filsofos da Escolticas II e os neotomistas; a posse, por parte do homem, de uma alma espiritual uma verdade indiscutvel, segundo eles a alma no se identifica com o homem, pois a alma, por si s, no est em condies de desenvolver todas as atividades tpicas do homem. Existe tambm um outro interessante problema antropolgico: a sobrevivncia da alma aps a morte. a) Argumentos de Plato: baseado no conhecimento que a alma possui das idias de belo, bem, verdadeiro, justo, santo etc. O esprito possui, portanto, uma vida prpria: o esprito, ou a alma, eterno porque tem afinidade com idias eternas e imutveis. b) Argumentos de Santo Agostinho: baseado tambm no conhecimento da verdade eterna. A alma, no conhecimento intelectivo, atinge a verdade, enquanto sede de verdade, a alma imortal, da mesma forma que aquela. c) Argumento de Santo Toms de Aquino: baseado no desejo natural que o homem possui de sobreviver morte e de no morrer jamais, e na convico de que impossvel que uma tendncia natural seja v. (Cada homem uma pessoa). A pessoa significa o que h de mais nobre no universo, isto , o subsistente de natureza racional. Os seres humanos so chamados de pessoas porque a sua natureza os distingue j como fins em si...

CARACTERSTICA DA PESSOA HUMANA


O que significa afirmar que o homem uma pessoa? Pessoa quer dizer autonomia no ser, domnio de si mesmo, inviolabilidade, etc. A pessoa possui um ato prprio de ser. Para ser pessoa necessariamente algo mais (o homem pessoa porque dotado de um modo que supera os animais (ele racional). Em nvel fenomenolgico, o que distingue mais profundamente as pessoas das coisas a capacidade de comunicar-se. Elementos constitutivos da pessoa (autonomia quanto ao ser/autoconscincia/ comunicao e auto transcendncia (sinal de espiritualidade que pertence s ao homem). Uma pessoa no um resultado j belo e adquirido desde o nascimento, mas antes, uma mina riqussima de possibilidades, pela a qual a pessoa , em larga medida, uma conquista. A autotranscendncia que leva o homem continuamente para alm do que j e possui, propondo-lhe sempre novos objetivos e conquistas. RELIGIO A pessoa pode se converter depois da morte. O demnio no tem perdo? (Porque ele j viu Deus). Deus quer que sejamos felizes e vivemos o amor. Pulgatrio onde podemos fazer um exame de conscincia. (Temos que perdoar acertar os problemas, isso uma verdadeira converso. Materialistas Deus um grande arquiteto do universo. Idealistas o homem que constri o mundo. Existencialistas no podemos provar a existncia de Deus, ento no devemos contar com ele.

O TERMO RELIGIO
Religare ( ligar, unir ) A religio um conjunto de mitos, ritos e normas com o qual o homem exprime e realiza seus contatos com Deus

Complexidade referente a discusso sobre a religio.

A importncia e amplitude do fenmeno religioso


Os homens desprezam a religio; odeiam-na e temem que seja verdadeira. Para acalm-los, preciso comear mostrando que a religio no contrria razo; que digna de venerao e de respeito; em seguida, torn-la amvel, fazer com que os bons desejem que seja verdadeira, digna de venerao, pois conhece exatamente o homem; amvel porque promete o verdadeiro bem ( B. Pascal. Pensieri) O fenmeno religioso e um fenmeno eminentemente humano. O fenmeno da religio toda humanidade em termos de espao e tempo. No podemos classificar a religio em um grupo social somente ou em uma historia nica. Podemos dizer que o homem sempre esteve ligado a algo ou alguma coisa que vai alem de sua compreenso. Aristteles dizia Todos os homens esto convencidos de que os deuses existem Bergson faz a seguinte observao Houve no passado e h ainda hoje sociedades humanas que no tm nem cincia, nem arte, nem filosofia. Mas no existe nenhuma sociedade sem religio. No podemos classificar a religio em um grupo social somente ou em uma historia nica. Cincia, filosofia, arte e religio como as 4 grandes atividades humana que expressa todas sua genialidade e criatividade. No podemos compreender as estruturas ntimas de uma sociedade se no conhecermos bem a sua religio. No podemos entender as suas conquistas culturais se no compreendermos as crenas religiosas que esto por trs delas. Homem Sapiens (sbio), Loquens (fala), Ludens (jogo), Volens (querer e vontade), faber (operrio) e tambm religiosus (religio) A dimenso religiosa ele se impe como uma constante do ser humano, mesmo que no seja cultivada por todos. Ccero o homem naturalmente religioso, porque a realidade que o circunda, com a sua fora, com o seu fascnio e com o seu terror, sugere a ele a existncia de um Ser superior

Definio e essncia da religio


Conjunto de mitos, ritos e leis que o homem utiliza para relacionar com a divindade. Antes algumas definies de religio: Santo Tomas O culto e chamado de religio porque com tais atos o homem se liga a deus e no se afasta dele, e ainda porque se sente grato a Deus por um natural instinto assim, atraves do culto presta, de maneira compativel com sua natureza, reverencia quele que o principio do seu ser e de todo bem. Segundo Kant a religio: no consiste em dogmas ou em observncia, mas numa disposio do corao para observar todos os deveres humanos como se fossem mandamentos divinos. Segundo Hegel: A religio a conscincia da relao como Deus, e o seu objeto simplesmente incondicionado, simplesmente suficiente, o existente por si mesmo, o inicio absoluto e o fim em si e por si.

Durkheim relao entre religio e sociedade: Uma religio um sistema solidrio de crenas e de praticas relativas a coisas sagradas, isto , separadas, proibidas, crenas e praticas que unificam numa mesma comunidade moral, chamada igreja, todos os que a ela aderem O ato religioso diferentemente de todos os outros atos do conhecimento, inclusive a os ambitos da metafsica exige uma resposta da parte do objeto a que ele mira, segundo sua natureza intencional. Desta forma se fala de religio quando o objeto do ato religioso tem forma divina e pessoal, e seu comprimento no sentido mais amplo da revelao desse elemento pessoal. possvel fazer uma classificao das definies da religio? Dos vrios tipos de definio, qual a melhor, isto , aquela que melhor expressa a essncia da religio?

ESCATOLOGIA
O QUE ESCATOLOGIA
O termo escatologia origina-se de duas palavras gregas, "schatos" e "lgos". "schatos" significa: ltimo de uma srie, fim de uma era, extremo de uma jornada, ponto final de um acontecimento, alvo a ser atingido, meta. A palavra "lgos" tem variadssimo uso, mas aqui tomada no sentido de estudo. Portando, "escatologia" o estudo das ltimas coisas, dos acontecimentos do fim dos tempos, o termo final da atual ordem mundial e da presente histria humana. Tal fim se dar, segundo as Escrituras, com a volta de Cristo, a ressurreio de todos os mortos, a transformao dos eleitos, que estiverem vivos na ocasio do evento, o juzo final, a glorificao dos justos, a perptua condenao e deteno de Satans com seus anjos e sditos. (Estudo das ltimas coisas). Cronos e kairs (Tempo do Homem e Eternidade de Deus) Cronos (sucesso) denota o tempo mensurvel, que permeia o universo material e concreto; Kairs (tempo de Deus), a prpria eternidade, um tempo impossvel de ser medido ou avaliado pelos instrumentos e percepes humanas. A bblia diz que Deus alm de estabelecer um tempo (Cronos) devido para as todas as coisas, tambm ps a eternidade (Kairs) no corao do homem. O tempo s existe para ns seres humanos, os animais simplesmente vivem para eles no h ontem e nem amanh. A passagem do cronos para o kairs ocorre com a morte. No kairs, ou seja, o momento de encontro com Deus (ressurreio) ocorre o julgamento, nesse encontro devemos permitir que Deus nos complete (arrependimento), ter f (acreditar naquilo que no se v), ter esperana. No cronos ter virtudes como fazer caridades porque segundo 1 Joo DEUS AMOR e graas a isso o perdo Deus quem d. Aqueles que se arrependerem ser galado ardo com o cu, caso contrrio o inferno. Justia tornar as pessoas o que realmente elas so. Segundo Aristteles, o termo justia denota, ao mesmo tempo, legalidade e igualdade. Assim, justo tanto aquele que cumpre a lei (justia em sentido estrito) quanto aquele que realiza a igualdade (justia em sentido universal). A constante fuga sem que haja descanso nos da uma idia de inferno o DIO, o suicdio faz parte de um grande egosmo que atinge o ser humano . O pecado clssico (SABER, QUERER E FAZER). QUIASMO Dez mandamentos 1. Amar a Deus sobre todas as coisas; 2. No tomar seu Santo nome em vo; 3. Guardar domingos e festas de guarda; 4. Honrar pai e me; 5. No matar; 6. No pecar contra a castidade; 7. No roubar; 8. No levantar falso testemunho; 9. No desejar a mulher do prximo. 10. No cobiar as coisas alheias.

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