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Relatório Bloco Cerâmico FINAL

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RESUMO

importante conhecer as propriedades dos materiais de construo, por isso esse ensaio teve por objetivo analisar as caractersticas visuais, geomtricas e fsicas do bloco cermico, a fim de verificar se as suas caractersticas atendem ou no as normas que os especificam. Seguindo os padres de execuo dos ensaios determinado pela NBR 15270 foram realizados diversos especificaes. Os blocos foram comprados na JLN Materiais de Construo da Compensa, Zona Oeste de Manaus e produzidos na olaria Cermica Amaznia. Nos blocos apenas foram citados o nome e o nmero de telefone da olaria e as dimenses do bloco, no apresentando o CNPJ da empresa. Palavras chaves: bloco, cermico, caractersticas, verificar. ensaios e seus resultados comparados com as

SUMRIO
1. Introduo................................................................................................... 5 2. Objetivo Geral............................................................................................. 6 3. Experimento 1 Caractersticas Visuais................................................. 6 3.1 Materiais............................................................................................ 6 3.2 Mtodos............................................................................................. 6 3.3 Resultados........................................................................................ 6 4. Experimento 2 Caractersticas geomtricas........................................... 7 4.1 Materiais............................................................................................ 7 4.2 Mtodos............................................................................................. 7 4.3 Resultados........................................................................................ 8 5. Experimento 3 Caractersticas fsicas................................................... 11 5.1 Materiais.......................................................................................... 11 5.2 Mtodos........................................................................................... 12 5.2.1 Determinao da massa seca............................................ 12 5.2.2 Determinao do ndice de absoro Dgua inicial........... 13 5.2.3 Determinao do ndice de absoro Dgua..................... 13 5.3 Resultados...................................................................................... 14 5.3.1 Determinao da massa seca............................................ 14 5.3.2 Determinao do ndice de absoro Dgua inicial........... 14 5.3.3 Determinao do ndice de absoro Dgua (Umidade)... 15 6. Reviso de literatura................................................................................... 16 7. Resultados Gerais...................................................................................... 23 8. Concluso.................................................................................................... 23 9. Anexos......................................................................................................... 25

1. INTRODUO
Os materiais cermicos so bastante utilizados na construo civil devido existncia de uma extensa variedade de materiais que podem ser utilizados em diversas situaes, sendo empregados principalmente como refratrios e em aplicaes de resistncia ao desgaste. Sua utilizao de fundamental importncia para qualquer construo de alvenaria, sendo vedao ou estrutural.

As caractersticas mais relevantes dos materiais cermicos so: alta resistncia compresso, alta rigidez, porosidade, capacidade de absorver gua e alta fragilidade. A ltima caracterstica citada confere ao mesmo

propriedades indesejadas como ductibilidade e baixa resistncia aos choques. As cermicas esto submetidas a agentes fsicos, agentes qumicos e agentes mecnicos que podem causar a sua desagregao. A umidade um dos mais graves entre estes agentes uma vez que possui a capacidade de penetrar nos poros do material diminuindo sua resistncia compresso.

Os materiais cermicos passam por um rigoroso controle de qualidade, o qual possui diversas etapas de modo a garantir a qualidade do produto final. Apesar do fato citado, necessrio que os profissionais da construo civil avaliem se o material est realmente de acordo com as normas estabelecidas. quanto s dimenses e uniformidade, resistncia, capacidade de absoro, entre outras caractersticas. So diversos os tipos de materiais cermicos, o que foi utilizado nos ensaios e sero enfatizados nos relatrio so os blocos cermicos, conhecidos popularmente como tijolos. Os tijolos (blocos) podem ainda ser classificados como: de vedao e estruturais. Sero abordados somente os de vedao. Os estruturais sero abordados em posteriores relatrios. O conhecimento e determinao da qualidade dos blocos cermicos so determinados experimentalmente por meio de normas regulamentadas que definem no s o modo de execuo dos ensaios laboratoriais, mas tambm os valores padres que cada material precisa atingir para que sejam considerados 5

de qualidade, isto , aptos para desempenhar a funo no qual sero destinados.

2. OBJETIVO GERAL:
O objetivo geral dos ensaios realizados foi o de verificar as propriedades e caractersticas dos blocos cermicos observando se estes atendem ou no as normas regulamentadoras. Os ensaios feitos analisaram as seguintes caractersticas: dimenses do bloco, desvio em relao ao esquadro, planicidade (flecha), ndice de absoro de gua e taxa de suco. As comparaes qualitativas dos resultados foram feitas atravs da norma da ABNT NBR 15270-1 Bloco cermico para alvenaria de vedao Terminologia e requisitos.

3. EXPERIMENTO I- CARACTERSTICAS VISUAIS


3.1 MATERIAIS: No foi utilizado nenhum material especfico.

3.2 MTODOS: Os 13 blocos foram identificados e cada um passou por uma anlise visual que procurou verificar quebras, superfcie spera, defeitos, vazios e imperfeies nas faces expostas.

3.3 RESULTADOS As anlises feitas em cada um dos blocos esto citadas na tabela a seguir: Bloco Quebras Superfcie spera Defeitos Vazios Imperfeies nas faces expostas 1 2 No Sim Na medida Na medida No No Sim Sim Sim Sim 6

3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13

Sim No No No Sim No Sim No No No No

Na medida Na medida Na medida Na medida Na medida Na medida Na medida Sim Na medida Na medida Na medida

No No Sim Sim Sim No Sim Sim No No Sim

Sim Sim Sim Sim Sim Sim Sim Sim Sim Sim Sim

No No Sim Sim Sim No Sim No No Sim No

Tabela 1: Caractersticas Visuais

4. EXPERIMENTO II-CARACTERSTICAS GEOMTRICAS


4.1 MATERIAIS:

Os materiais utilizados para a realizao dos ensaios de caractersticas geomtricas (Dimenses do bloco, desvio em relao ao esquadro e flecha) foram: Esquadro de 30cm; Trena; Tijolos cermicos- adquiridos na JLN-Materiais de construo Ltda, no bairro compensa, zona Oeste de Manaus e produzidos na olaria Cermica Amaznia; Superfcie plana (Mesa);

4.2 MTODOS:

A sequncia seguida do mtodo empregado no experimento das caractersticas geomtricas do bloco foi: 1. Identificaram-se os blocos, enumerando-os de 1 a 13;

2. Enfileiraram-se os 13 blocos sobre uma superfcie plana e indeformvel, primeiramente na posio de assentamento e posteriormente na posio horizontal e depois vertical, para a medio destes juntos nessas posies. E, como os valores, tirou-se a mdia; 3. Foi medido as dimenses de cada bloco (altura, largura e comprimento), conforme a figura 1 do anexo; 4. Determinao da rea bruta (Ab) atravs da frmula: em que L a largura e C o comprimento do bloco; 5. Mediu-se o septo (altura e largura) e a distncia da face externa at o septo. Calculou-se a rea do septo (As), para determinar a rea lquida atravs da frmula: Al = Ab (8*As); 6. Determinou-se o desvio em relao ao esquadro de cada bloco, medindo-os em relao a uma das faces destinadas ao assentamento, conforme a figura 2 do anexo; 7. Verificar a planicidade atravs da determinao da flecha formada na diagonal de uma das faces, empregando o esquadro metlico, como mostra nas figura 3 do anexo;
,

4.3 RESULTADOS Os resultados obtidos esto dispostos nas tabelas a seguir:


Medio (cm) Comprimento Largura Altura Mdia 245 118 244,5 202,5 Mdia (cm) 18,8462 9,0769 18,8077 15,7693

Tabela 2: Medio dos blocos enfileirados

Comparando os valores encontrados com os dados fornecidos pela NBR 15270-1 (2005) (90x190x190 mm) considerando a tolerncia permitida de 3 mm para dimenses quando relacionadas a mdia, verificou-se que os blocos esto dentro dos padres exigidos, j que houve desvio de 1,5 mm no comprimento, de 0,8 mm na largura e 1,9 mm na altura. 8

Bloco

Altura (cm)

Comprimento (cm)

Largura (cm)

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 Mdia

18,7 18,5 18,7 18,7 18,9 18,6 18,7 18,6 18,7 18,8 18,6 18,8 18,7 18,69

19,3 19,4 19,2 19,2 19,1 19,1 19 19,2 19,3 19,3 19 19,2 19,4 19,21

9 9,1 9,2 9,2 9,2 9 9 9 9,2 9,1 9 9 9 9,08

Tabela 3: Dimenses dos Blocos Segundo a NBR 15270-1 (2005), as dimenses de fabricao para esse bloco deveriam ser (LxHxC) 90x190x190 mm. Segundo essa mesma norma a tolerncia mxima permitida de desvio de 5 mm tanto para mais quanto para menos, todos os 13 blocos da amostra se enquadraram na norma.

Bloco 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11

rea Bruta (Ab) cm 173,7 176,54 176,64 176,64 175,72 171,9 171 172,8 177,56 175,63 171

12 13 Mdia

172,8 174,6 174,35

Tabela 4: rea bruta dos blocos

Bloco

Altura Do Septo (cm)

Largura do Septo (cm)

Face externa at o septo (cm)

rea do septo (As) (cm)

rea lquida (Al) (cm)

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 Mdia

3,7 3,6 3,5 3,5 3,6 3,6 3,4 3,6 3.6 3,65 3,7 3,6 3,6 3,59

3,2 3,1 3 3,2 3,2 3 3,1 3,2 3,1 3,1 3,1 3,2 3,2 3,38

5 5 4,8 4,8 4,9 4,9 5 4,9 5 4,9 5 4,9 4,8 4,92

11,84 11,16 10,5 11,2 11,52 10,8 10,54 11,52 11,16 11,315 11,47 11,52 11,52 11,24

78,98 87,26 92,64 87,04 83,56 85,5 86,68 80,64 88,28 85,11 79,24 80,64 82,44 79,85

Tabela 5: Medidas do septo e rea lquida

Bloco 1 2 3 4 5 6 7 8

Desvio em relao ao esquadro (mm) 2 3 1,5 1 4 2 2 5

10

9 10 11 12 13 Mdia

3 2 0,8 1 0,2 2,5

Tabela 6: Desvio em relao ao esquadro

Segundo a norma, a tolerncia permitida do desvio em relao ao esquadro de no mximo 3 mm, portanto os tijolos nmero 5 e 8 no esto enquadrados na norma.
Bloco 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 Mdia Flecha (mm) 1 0,5 0,5 0,2 1,2 1 0 0,5 0,5 0,2 0,6 0,5 0,6 0,56

Tabela 7: Planicidade Segundo a norma, a tolerncia mxima permitida da flecha de 3 mm, portanto todos os tijolos esto de acordo com a esta.

5. EXPERIMENTO III- CARACTERSTICAS FSICAS


5.1 MATERIAIS:

11

Os

materiais

utilizados

nos

ensaios

de

caractersticas

fsicas

(determinao da massa seca, determinao do ndice de absoro de gua e determinao do ndice de absoro de gua inicial) foram:

Balana de preciso; 6 blocos cermicos; Estufa; Bandeja; Papel; Rgua; Pano limpo- para enxugar o excesso de gua; 3 baldes; Papelo-para no danificar a balana;

5.2 MTODOS:

DETERMINAO DA MASSA SECA:

O procedimento seguido na execuo do ensaio de determinao da massa seca foi, na sequncia:

1. Seleo de 6 blocos cermicos. Os escolhidos foram os blocos de nmero 1, 5, 7, 8, 9 e 11.

2. Em seguida, realizou-se a pesagem dos blocos escolhidos. 3. Aps a pesagem, colocou-se os blocos na estufa no horrio de 16:30 do dia 17/09/2013.

4. Aps 24 horas, conforme recomendado, retirou-se os blocos da estufa e os mesmos foram novamente pesados, obtendo desta forma a suas respectivas massas secas.

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DETERMINAO DO NDICE DE ABSORO DGUA INICIAL: O procedimento seguido na execuo do ensaio de determinao Do ndice de absoro dgua inicial, realizado logo aps a retirada da estufa para os mesmos 6 blocos foi, na sequncia:

1. Preenchimento com gua de uma bandeja at a altura de 3mm;

2. Aps, colocou-se o bloco 1 na bandeja conforme posio de assentamento. Cronometrou-se o tempo de 1 minuto, quando o tempo foi atingido, retiramos o bloco da bandeja, retiramos o excesso de gua e pesamos o mesmo.

3. Depois de pesado o primeiro bloco, verificamos se a altura da gua ainda era de 3mm, conforme recomenda a norma 15720. Como o tijolo havia absorvido um pouco da gua, a altura j no era mais a mesma. Acrescentou-se ento gua at que a altura voltasse a ser a mesma de 3mm.

4. Aps acrescentar a quantidade necessria de gua, inseriu-se o segundo bloco. Aps, foi repetido tudo o que foi exposto nos itens 1,2 e 3, at a insero do ltimo bloco. DETERMINAO DO NDICE DE ABSORO DGUA:

O procedimento seguido na execuo do ensaio de determinao do ndice de absoro dgua, realizado logo aps a determinao do ndice d e absoro dgua inicial foi, na sequncia:

1. Primeiramente realizou-se a seleo dos baldes utilizando o critrio de limpeza; 13

2. Aps a determinao dos baldes, encheu-se os mesmos de gua de forma que os tijolos ficassem totalmente submersos. No dia da realizao do experimento no havia fornecimento de gua na instituio, ento recorreu-se aos bebedouros para encher os mesmos;

3. Os tijolos permaneceram submersos por um perodo de 24 horas, quando ento os mesmos foram retirados dos baldes e pesados.

5.3 RESULTADOS:

DETERMINAO DA MASSA SECA

No experimento de determinao da massa seca, as massas obtidas antes do processo de secagem e aps o processo de secagem na estufa esto apresentadas na tabela abaixo:

Peso dos blocos cermicos(g) Massa mida


Blocos 1 5 7 8 9 11 Mdia Antes do processo de secagem 2046,5 2101,4 2045,7 2037,8 2100,0 2090,9 2070,38

Massa seca Aps o processo de secagem


2040,5 2091,3 2040,7 2034,0 2091,4 2086,8 2064,12

DETERMINAO DO NDICE DE ABSORO DE GUA INICIAL:

O ndice de absoro de gua inicial (AAI) foi calculado de acordo com a frmula definida pela norma 15720:

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Onde AAI o ndice de absoro de gua inicial em g/cm,

variao de massa obtida no ensaio em gramas, calculada atravs da diferena entre o peso obtido aps retirada da bandeja de gua e o peso seco (aps estufa).

rea, segundo a norma, pode ser tanto a lquida, quanto a bruta. Optamos pela rea bruta que foi calculada anteriormente no tpico de condies geomtricas. Estes valores e o ndice de absoro de gua inicial esto detalhados na tabela abaixo:

NDICE DE ABSORO DE GUA INICIAL


BLOCOS PESO SECO(g) PESO APS BANDEJA(g) 1 5 7 8 9 11 Mdia 2040,5 2091,3 2040,7 2034,0 2091,4 2086,8 2064,12 2050,1 2100,7 2049,7 2043,2 2100,8 2096,4 2073,48 9,60 9,40 9,00 9,20 9,40 9,60 9,34 REA (cm) 168,30 173,88 172,04 167,40 172,04 167,40 170,18 AAI (g/cm2) 11,03 10,36 10,07 10,55 10,58 11,03 10,60

DETERMINAO DO NDICE DE ABSORO DE GUA (UMIDADE):

Atravs deste ensaio podemos calcular no s a umidade, como tambm a rea lquida. A umidade calculada atravs da frmula:

( )

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Onde AA o ndice de absoro de gua, mu o peso determinado aps 24 horas de imerso no balde e ms o peso seco, determinado aps 24 horas na estufa. A rea lquida calculada atravs da frmula:

Onde Aliq a rea lquida, mu o peso determinado aps 24 horas de imerso no balde, ms o peso seco, y o peso especfico da gua de 1g/cm e H altura do bloco calculada de acordo com a posio de assentamento.

Os valores encontrados para o ndice de absoro e para a rea lquida esto demonstrados na tabela abaixo:

REA LQUIDA E NDICE DE ABSORO DE GUA


BLOCOS 1 5 7 8 9 11 Mdia MU(g) 2343,3 2429,9 2363,2 2357,2 2427,1 2422,1 2390,47 ALiq(cm) 16,19 17,92 17,25 17,34 17,95 19,03 17,61 AA(%) 0,29 0,48 0,25 0,19 0,41 0,19 0,30

O ideal seria que o AA(%) fosse nulo para uma melhor resistncia e utilidade destes blocos cermicos, mas AA=0,30% ainda aceitvel. Considerando que na prtica muito difcil obter este ndice nulo, AA=0,30% no s aceitvel, como bom.

6.REVISAO DE LITERATURA:
Blocos cermicos ou tijolos como so mais conhecidos, so de muita importncia para qualquer tipo de construo de alvenaria. Os tijolos se

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destacam devido a sua boa resistncia, o fcil manuseio e a sua matria-prima que fornecida em grande escala pela natureza. Existem no mercado diversos tipos de tijolos em vrios tamanhos e matrias-primas, isso influncia no preo e na qualidade dos tijolos. Os blocos cermicos podem ser classificados em dos tipos de vedao e estrutural. Vedao: So usados para paredes que suportaro o seu prprio peso, normalmente essas paredes so utilizadas para colocar objetos que so colocados atravs de furos feitos horizontalmente a parede. A alvenaria de vedao apresenta as caractersticas a seguir: A mo de obra mesmo sendo de baixa qualidade executa as atividades com facilidade, mesmo que s vezes no consiga obter o resultado desejado; Como no se utiliza projeto de alvenaria, as solues construtivas so improvisadas durante a execuo dos servios; Problemas na execuo podem ser detectados somente atravs do prumo sem a utilizao de aparelhos mais modernos de difcil manuseio. O retrabalho: os tijolos ou blocos so assentados, as paredes so seccionadas para a passagem de instalaes e embutimento de caixas e, em seguida, so feitos remendos com a utilizao de argamassa para o preenchimento dos vazios; O desperdcio de materiais: o desperdcio de materiais pode ser comprovado no transporte, acabamento, aberturas nas paredes so atividades comuns na construo onde se ver uma perca muito grande de material. As paredes apenas fecham os vos entre pilares e vigas, elementos encarregados de receber o peso da obra, sendo denominadas alvenarias de fechamento.

Estruturais:

Componentes

vazados,

com

furos

prismticos

perpendiculares s faces que os contm. Assim como os blocos de vedao os estruturais tambm so utilizados para vedar e servir como apoio para objetos atravs de furos horizontais a parede. Na alvenaria estrutural elementos como 17

vigas e pilares podem ser destacados, pois as paredes - chamadas portantes distribuem a carga uniformemente ao longo dos alicerces.

Para ergu-las, preciso usar blocos especiais, mais resistentes que as peas de vedao. Eles podem ser de concreto, cermicos, slico-calcrios ou de concreto celular, sendo tambm possvel recorrer aos tijolos macios, assentados com juntas desencontradas e amarrados com ferragens. A utilizao desse sistema permite diminuio significativa no custo da obra, porm preciso que os projetos, mais detalhados, j sejam elaborados considerando a modulao dos blocos e as caractersticas da soluo, pois as etapas de construo so diferentes.

O bloco estrutural tambm possibilita economia no tempo de execuo e na mo de obra. Como so furados, os blocos permitem a passagem de ferragens (quando necessrias) e de instalaes eltricas e hidrulicas, evitando quebras posteriores nas paredes.

Dessa forma, quando totalmente erguida, a superfcie est pronta para receber revestimento de gesso e, depois, pintura, dispensando reboco e massas grossas e finas. Contudo, a alvenaria estrutural pode apresentar limitaes para a realizao futura de reformas e mesmo ampliaes na construo. Para estas ltimas, uma boa alternativa j considerar eventuais modificaes durante a elaborao do projeto.

Tipos de tijolos: Tijolos de barro Fabricados em olarias, em fornos de alta temperatura, o produto proporciona bom isolamento acstico e trmico. Como tem mais densidade, oferece uma vedao trmica. Tem uma boa resistncia a esforos como, por exemplo, a colocao de pregos e parafusos. Como so tijolos menores consomem mais mo de obra e tem um peso elevado exigido uma superestrutura.

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Exige uma mo de obra qualificada devido o tijolo exigir um excelente alinhamento. O tijolo de barro tem aplicaes diversas: pode ser usado na construo de paredes estruturais, de vedao ou ficar aparente, muitas vezes servindo at como revestimento de piso. Nestes dois ltimos casos, deve-se optar por peas especiais, mais uniformes e um pouco mais caras, j que os tijolos comuns tm acabamento mais rstico. Tijolos cermicos Utilizados para vedao e para alvenaria estrutural e qualquer outro tipo de obra. Os blocos cermicos devem atender a NBR 152701, a qual, alm de definir termos, fixa os requisitos dimensionais, fsicos e mecnicos exigveis no recebimento. Fabricados com cermica vermelha cujas caractersticas fsicas so obtidas aps a queima da argila em uma temperatura de 850C.

Elas

oferecem

ainda

excelente

conforto

termo-acstico

boa

impermeabilizao, pois seus coeficientes de absoro so menores do que os de concreto, ou seja, absorvem menos gua. Disponveis em acabamento de textura fina (permitindo uso vista) ou ranhurada (para revestimento).

Alm dos blocos existem outros tipos de componentes cermicos complementares que integram as alvenarias de vedao, com funes especficas como a canaleta U, que permite a construo de cintas de amarrao, vergas e contravergas, a canaleta J, os blocos de amarrao, os compensadores e outros que podem ser especificados em projetos, desde que atendam aos requisitos de desempenho exigidos. Apesar de no ser comumente utilizado dessa forma, os blocos cermicos tambm podem ficar aparentes. Porm, para se obter um trabalho com alto valor esttico, fundamental que os cuidados com o produto sejam aplicados desde o transporte at o momento do assentamento. Esse deve obedecer aos critrios bsicos de prumo, planicidade e regularidade das fiadas assentadas. Para isso existem no mercado diversos equipamentos apropriados que auxiliam na boa execuo, como escantilhes, colheres meia-cana e rguas de nvel/ prumo, entre outros. O modelo cermico vertical para vedao um dos mais

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utilizados, pois mais econmico e tm qualidade superior aos demais produtos disponveis no mercado.

Para o caso da utilizao de tijolos macios cermicos para alvenaria devem-se verificar as especificaes constantes da norma NBR 7170 (caractersticas visuais, geomtricas e mecnicas), considerando os

respectivos critrios de aceitao e rejeio. A verificao da resistncia compresso do tijolo deve ser feita conforme mtodo de ensaio apresentado na norma NBR 6460.

O item tem maior produtividade na mo de obra, menor consumo de argamassa de assentamento e revestimento se comparado ao tijolo. Consome cerca de 12,5 blocos por m de parede, enquanto que para mesma dimenso de tijolos o consumo bem maior, cerca de 70 unidades. Em relao aos blocos de concreto, a produtividade tambm maior, pois as peas cermicas so 40% mais leves. Os modelos cermicos assim como os demais, possuem peas especiais, como os modelos vazado, criados especialmente para passagem das instalaes eltricas e hidrulicas. Peas com dimenses bastante precisas garantem uma construo mais uniforme. Suas dimenses mnimas so de 19 cm de comprimento x 19 cm de altura x 9 cm de largura, e as mximas de 39 x 19 x 19cm. Tijolo Baiano o tipo de tijolo mais barato encontrado no mercado, mais apresenta diversos problemas entre eles o alto ndice de quebras. Alm dos problemas de fabricao ele contribui muito para formao de entulhos na obra. Pode ser encontrado no mercado com 6 ou 8 furos, mas tem diversos tipos vazados. Os tijolos apresentam capacidade trmica superior e menor absoro de gua que os blocos de concreto, alm de serem mais leves. Tijolo baiano reciclado (bloco cermico reforado com fibra celulsica): Material composto por p de carvo (reaproveitamento), argila e resduo de papel (30% do total), para fechamento de parede (tipo tijolo baiano). Trata-se de um produto que incorpora sobras da indstria de papel e celulose, com

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menor tempo de queima que os blocos convencionais e menor emisso de CO2 atmosfera.

Todos esses benefcios incidem, tambm, no preo final do produto, que altamente competitivo em relao s opes convencionais de mercado. A adio desses insumos reaproveitados resulta num produto de maior resistncia mecnica, com reduo, inclusive, das perdas por quebra durante transporte, descarregamentos e movimentao em geral. Produtos

semelhantes so fabricados e conhecidos na Europa com o nome de blocos termo-argila. Tijolo Laminado - O tijolo laminado de 21 (vinte um) furos um produto de alta resistncia utilizado em alvenarias com acabamento aparente

principalmente em fachadas de prdios e escolas sua textura proporciona um fino acabamento. Estes, por sua vez, so uma evoluo do tijolo de barro cozido, tendo maior resistncia mecnica e menos porosidade, com menor absoro de gua. O modelo mais comum tem 21 furos cilndricos e mede aproximadamente 24 x 11,5 x 5 cm, sendo indicados para alvenaria aparente. Tijolo comum - A matria prima do tijolo comum a argila misturada com um pouco de terra arenosa. Depois de selecionada e misturada a argila misturada com gua at formar uma pasta, que moldada em formas apropriadas que vo dar o formato ao tijolo. As formas so retiradas com a massa ainda mole, os tijolos crus so deixados a secar no sol formando o que se chama de adobe. Uma vez atingida a dureza inicial e retirado o excesso de umidade, os tijolos so cozidos em fornos com temperatura entre 900 a 1.100C. As peas que ficarem mais prximas do fogo ficaro mais escuras e tero resistncia fsica maior.

A cor do tijolo varia com o tipo da argila, porm a mais encontrada aquela que fica entre overmelho e o amarelo. O tijolo comum pode ter vrios formatos, atendendo a vrias finalidades como paredes curvas, cantos arredondados e efeitos decorativos. Alm do tradicional em formato de

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paraleleppedo existem os redondos e os fracionados: meio-tijolo no sentido horizontal e meio-tijolo no formato vertical.

Segundo a NBR 8491 (1983) - Tijolo macio de solo cimento, este material definido como tijolo cujo volume no inferior a 85% do seu volume total aparente, constitudo por uma mistura homognea, compactada e endurecida de solo (o qual no deve apresentar matria orgnica em teores prejudiciais), cimento Portland, gua e, eventualmente, aditivos. Podem ser classificados em tipo I e II, com dimenses de (20x9,5x5)cm e (23x11x5)cm, respectivamente (comprimento, largura e altura).

No tocante s especificaes tcnicas, estes tijolos devem apresentar teores de absoro de gua mdio e individual no superiores a 20% e 22%, respectivamente, e resistncia mnima compresso mdia e individual de 2,0MPa e 1,7MPa, respectivamente. Neste caso, cada 25.000 blocos ou frao superior a 10.000 unidades constituem um lote do qual se deve retirar, ao acaso, uma amostra de 13 tijolos para determinao da resistncia compresso e absoro de gua.

O tijolo comum pode ter vrios formatos, atendendo a vrias finalidades como paredes curvas, cantos arredondados e efeitos decorativos. Alm do tradicional em formato de paraleleppedo existem os redondos e os fracionados: meio-tijolo no sentido horizontal e meio-tijolo no formato vertical. Existem tambm com largura de e 1/4 de tijolo, usados no revestimento de fachadas. Algumas olarias fornecem peas com meio-corte, para facilitar a separao das metades na obra, mas nada impede que se corte com uma serra eltrica ou at mesmo com a colher de pedreiro. J tambm os em formato de tramela e em curva. Tijolos refratrios - Um tipo especial de tijolo cozido, feito com argila enriquecida de materiais que diminuem a retrao mecnica quando exposto ao forte calor. Funcionam tambm como isolantes trmicos. So isolantes trmicos fortssimos, portanto em lugares quentes no muito utilizado e acaba sendo uma desvantagem do tijolo para certos locais. 22

So materiais capazes de suportar elevadas temperaturas e tambm esforos mecnicos, ataques qumicos, variaes bruscas de temperaturas e outras situaes.

7.RESULTADOS GERAIS:
Com o estudo realizado, montou-se a seguinte tabela a fim de explicitar o ndice de aceitao dos blocos analisados.

Inspees e ensaio realizados Identificao dos blocos Caractersticas visuais Caractersticas geomtricas Caractersticas fsicas

Nmero de blocos ensaiados


1 amostra

Blocos no conformes
N de aceitao N de rejeio -----------

13

-----------

13

13

11

13

13

8. CONCLUSO:
Os ensaios realizados de forma adaptada s condies do laboratrio, entretanto foram executados o mais prximo possvel segundo a determinao e padronizao da execuo de experimentos definidos pelas normas da ABNT para garantir um resultado confivel.

Com a anlise de todos os resultados, notou-se que os blocos cermicos estavam de acordo com as especificaes da norma. sempre de fundamental importncia fazer essa anlise da qualidade e das caractersticas fsicas dos materiais de construo antes de serem empregados em grandes obras para que no causem problemas futuramente na segurana e durabilidade das construes. 23

A execuo destes ensaios foi de fundamental importncia para os alunos da disciplina Materiais de Construo II, ministrada pela professora e doutora Valdete Santos, pois proporcionou maior conhecimento pratico, conhecimento este que ainda que de forma adaptada, e sempre mais benfico do que possuir apenas o conhecimento terico.

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9. APNDICE

Figura 1: Demonstrao de como medir as dimenses do bloco

Figura 2: Como medir o desvio em relao ao esquadro

Figura 3: Verificando a planicidade

Figura 4: Blocos enfileirados (altura) Autora: Mnica Almeida

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Figura 5:Medindo o desvio em relao ao esquadro Autora: Mnica Almeida

Figura 6: Retirando da estufa Autora: Jssica Bessa

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Figura 7: Aps a estufa Autora: Jssica Bessa

Figura 8: Pesando Autora: Jssica Bessa

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Figura 9: Imerso dos blocos na gua Autora: Jssica Bessa

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