TCC Prontoo
TCC Prontoo
TCC Prontoo
GUARATINGUET 2013
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como de e
Lngua
Portuguesa
Fsica do 3 Ano do Ensino Mdio do Colgio Tcnico Industrial de Guaratinguet, sob orientao dos professores Rolando. Donizeti Jos dos Santos Moreira e Rodolfo Meissner
GUARATINGUET 2013
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Trabalho de Concluso de Curso apresentado ao Colgio Tcnico Industrial de Guaratinguet como um projeto escolar.
AGRADECIMENTOS Agradecemos primeiramente a Deus e a todos os nossos familiares. Agradecemos a todos que direta ou indiretamente ajudaram na resoluo desse trabalho. Agradecemos aos professores que no decorrer deste projeto ajudaram-nos para que consegussemos alcanar nossos objetivos, em especial, aos professores Donizeti Jos dos Santos Moreira e Rodolfo Meissner Rolando, que nos orientaram para que fizssemos um bom trabalho de concluso de curso. A todos os nossos amigos, pelo incentivo, nosso muito obrigado.
RESUMO Santo Antnio de Sant`Anna Galvo, conhecido comumente como So Frei Galvo, nascido em Guaratinguet, em 1739, foi um frade catlico, que se dedicou inteiramente ao franciscanismo desde a influncia de seu pai em sua infncia, e possua como sua principal vertente a imensurvel dedicao aos enfermos e pessoas moribundas que clamavam por sua ajuda. Portanto, esta pesquisa justifica-se, justamente, a respeito do fato do descaso da prefeitura de Guaratinguet a um possvel projeto de desenvolvimento do turismo acerca do frei, pois pode ser considerado at mesmo uma contradio o ato de uma cidade no investir em algo que trar um progresso econmico e cultural muito significativo para a populao local. Assim tem-se como objetivo principal desse trabalho, a apresentao de uma alternativa de um projeto bem arquitetado de turismo em torno do primeiro santo brasileiro, tornando-o assim uma fonte de renda muito lucrativa para o municpio.
ABSTRACT Santo Antonio Sant `Anna Galvao, commonly known as So Frei Galvo, born in Guaratinguet, in 1739, was a Catholic friar, who devoted himself entirely to the Franciscans from the influence of his father in his childhood, and had as its main focus is on immeasurable dedication to the sick and dying people clamoring for your help. Therefore, this research is justified precisely to respect the fact that the indifference of the prefecture of Guaratinguet a possible project development of tourism on the brake, because it can even be considered a contradiction in the act of a city does not invest in something that bring economic progress and cultural very significant for the local population. So has the main objective of this work, the presentation of an alternative design of a well architected tour around the first Brazilian saint, making it therefore a very lucrative source of income for the municipality.
LISTA DE FIGURA E GRFICOS Imagem 01: Ferrovia de Guaratinguet.......................................16 Imagem 02: Mapa de Guaratinguet...........................................17 Imagem 03: Bandeira de Guaratinguet......................................18 Imagem 04: Braso de Guaratinguet.........................................18 Imagem 05: Peregrinaes na Idade Mdia..................................23 Imagem 06: Circuito turstico Religioso.......................................24 Imagem 07: Turismo religioso...................................................24 Imagem 08: Frei Galvo...........................................................26 Imagem 09: O primeiro santo brasileiro......................................27 Imagem 10: Dom da Levitao..................................................28 Imagem 11: O frango do diabo..................................................29 Imagem 12: A beatificao........................................................31 Imagem 13: Grfico Faixa etria............................................34 Imagem 14: Grfico Sexo.....................................................34 Imagem 15: Grfico Voc conhece ou j ouviu falar sobe Frei Galvo?...............................................................................35 Imagem 16: Grfico Se conhece, como teve contato com essas informaes?........................................................................35 Imagem 17: Grfico Voc acha que a imagem de So Frei Galvo bem divulgada?....................................................................35 Imagem 18: Grfico Voc acha que a figura de Frei Galvo um grande potencial turstico a ser explorado?................................36 Imagem 19: Grfico Se sim, voc acha que a prefeitura de Guaratinguet explora bem esse potencial (em relao a seu aproveitamento econmico)?..................................................36 Imagem 20: Grfico Se no, voc acha que seria uma boa opo a implementao, em Guaratinguet, de um projeto de turismo semelhante ao que feito em Aparecida?..................................36 Imagem 21: Grfico Faixa Etria..........................................37 Imagem 22: Grfico Sexo...................................................37
Imagem 23: Grfico Voc acha que a imagem de So Frei Galvo bem divulgada?......................................................................38 Imagem 24: Grfico Voc acha que a figura de Frei Galvo um grande potencial turstico a ser explorado?.................................38 Imagem 25: Grfico Se sim, voc acha que o Museu Frei Galvo juntamente com os outros pontos tursticos existentes no municpio acerca do frei( a Casa de Frei Galvo, o Memorial de Frei Galvo, e a Fonte Frei Galvo) conseguem explorar bem esse potencial?.39 Imagem 26: Grfico Se no, voc acha que seria uma boa opo a implementao, em Guaratinguet, de um projeto de turismo semelhante ao que feito em Aparecida?.................................39
SUMRIO INTRODUO.........................................................................11 1. JUSTIFICATIVA...........................................................12 2. PROBLEMATIZAO....................................................12 3. HIPTESES................................................................13 4. OBJETIVOS................................................................13 4.1. GERAL...............................................................13 4.2. ESPECFICOS.....................................................13 5. METODOLOGIA............................................................14 6. CRONOGAMA..............................................................14 7. FUNDAMENTAO TERICA..........................................15 7.1.CAPTULO 1 GUARATINGUET..............................15 7.1.1. Histria............................................................15 7.1.2.Delimitao da rea............................................17 7.1.3.Localizao e Limites..........................................17 7.1.4.Smbolos Municipais.............................................18 7.1.5.Clima.................................................................19 7.1.6.Transporte, Sade e Educao..............................19 7.1.7.Aspectos Socioeconmicos...................................19 7.2.CAPTULO 2 TURISMO.........................................21 7.2.1.Definio............................................................21 7.2.2.Turismo no Brasil................................................21 7.2.3.O Turismo Religioso.............................................22 7.2.4.Turismo Religioso no Brasil....................................23 7.3.CAPTULO 3 SO FREI GALVO.............................27 7.3.1.O Santo............................................................27 7.3.2.Suas obras.........................................................28 7.3.3.Fatos sobrenaturais.............................................28 7.3.4.Devoo a Imaculada Conceio..........................30 7.3.5.A Caridade.........................................................30 7.3.6.Milagres...........................................................31
7.3.7.A beatificao......................................................31 7.3.8.Canonizao.......................................................32 7.3.9.As plulas............................................................33 7.4. CAPTULO 4 COLETA E ANLISE DE DADOS...........34 CONSIDERAES FINAIS.........................................................41 REFERNCIAS........................................................................44 APNDICE 1............................................................................45 APNDICE 2............................................................................46
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INTRODUO O Brasil um dos principais centros tursticos do mundo e considerado o segundo da Amrica Latina. Tal potencial devidamente aproveitado, j que uma grande parcela da renda brasileira gerada pelo turismo anualmente. Segundo o historiador Francisco Sodero Toledo, "O nosso rico e variado abrem patrimnio cultural para e o ambiental, as tradies das ligadas principalmente religiosidade catlica popular fornecem elementos e oportunidades desenvolvimento atividades tursticas na regio". O Vale do Paraba pode ser tratado como um importante centro turstico religioso, entretanto, a cidade de Guaratinguet no "usufrui" corretamente da imagem do Santo Frei Galvo. O primeiro Santo brasileiro est sendo divulgado em todo o pas, gerando cada vez mais devotos, entretanto, o municpio no se adapta para receber religiosos e eventos, assim como o comrcio no est adequado ao foco turstico guaratinguetaense. Ento, este trabalho expe, justamente, a real situao social e econmica do municpio de Guaratinguet, dando enfoque no turismo da cidade ( e do Vale do Paraba, em geral), mais precisamente na falta de planejamento de projetos bem arquitetados acerca de Frei Galvo, mostrando, ainda, possveis alternativas para a soluo de tal descaso.
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1. JUSTIFICATIVA De acordo com a ascenso da imagem de Frei Galvo no Brasil, a escolha do tema foi baseada em dois principais motivos: o fato de que o primeiro santo brasileiro nasceu na cidade de Guaratinguet e a existncia de um dficit de informaes e conhecimentos da populao local a respeito do frei, comprovando, assim, que h um desenvolvimento turstico insuficiente e inadequado para a magnitude da imagem do santo. Portanto, devido a atualidade do assunto e a importncia que o tema tem para o desenvolvimento do Vale, este trabalho, alm de ter o objetivo de transmitir e ampliar os conhecimentos acerca de So Frei Galvo e de sua cidade natal , este tambm mostrar a contradio existente no ato de Guaratinguet no investir em um possvel projeto de turismo acerca do religioso.
2. PROBLEMATIZAO 1- Quem foi So Frei Galvo? 2- Como se sucedeu o processo de canonizao de Frei Galvo? 3- Como sucedem-se as atividades tursticas no Vale do Paraba? 4- O Frei Galvo um potencial turstico lucrativo a ser explorado pela cidade de Guaratinguet? 5- A imagem de Frei Galvo algo bem explorado pelo municpio, em seu mbito econmico? 6- Em que projeto a cidade de Guaratinguet deveria basear-se para arquitetar um programa de turismo bem elaborado a cerca do frei? 7- Os planos tursticos (religiosos) aplicados em Aparecida seriam boas alternativas para a cidade de Guaratinguet?
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3. HIPTESES 1- A imagem do So Frei Galvo um grotesco potencial turstico lucrativo, que ser devidamente aproveitado e trar boas consequncias culturais, sociais e econmicas quando um projeto de turismo acerca do Frei for implementado na cidade. 2- Atualmente a imagem de Frei Galvo somente explorada religiosamente pelo municpio, futuramente, sua imagem pode ser usada como atrativo turstico, trazendo devotos para Guaratinguet, aumentando assim a renda municipal. 3- O municpio de Guaratinguet dever orientar seus projetos tursticos tendo como exemplo os projetos de Aparecida, que h muito tempo vem desenvolvendo-se economicamente usando da imagem da Nossa Senhora de Aparecida, a padroeira do Brasil, como atrativo turstico. 4. OBJETIVOS 4.1. GERAL Apresentar a alternativa de um projeto de turismo na cidade de Guaratinguet, em torno de Frei Galvo, como uma possvel fonte de renda muito lucrativa para o municpio. 4.2. ESPECFICOS Fazer um levantamento, e posteriormente visitas aos pontos tursticos do santo, visando analisar a real situao dos investimentos realizados nestas instituies. Elaborar pesquisas de campo, junto a pessoas relacionadas ao meio religioso (que dependem da movimentao do capital gerados a partir do turismo acerca do frei), afim da confirmao
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da necessidade de um projeto e ainda encontrar as melhores opes para a execuo deste. 5. METODOLOGIA Para a realizao deste trabalho, utilizou-se o mtodo de pesquisa bibliogrfico baseada em livros e sites relacionados com o tema. Os textos foram elaborados com as concluses tiradas a partir dessas leituras. Usou-se, tambm, como ferramenta para esse projeto a pesquisa de campo, por meio da elaborao de dois questionrios. Um deles aplicado aos funcionrios do Museu Frei Galvo contendo seis perguntas fechadas. O outro foi aplicado populao de Guaratinguet com oito perguntas, tambm fechadas. Os dois questionrios foram realizados com o objetivo de mensurar a real situao do turismo religioso na cidade de Guaratinguet.
6. CRONOGRAMA
1 BIMESTRE DESCRIO DAS ATIVIDADES REALIZADAS Apresentao do tema a ser trabalhado neste TCC. 2 BIMESTRE Construo do projeto. 3 BIMESTRE Produo de textos elaborados com base no mtodo de pesquisa bibliogrfica a partir das concluses tiradas pela leitura e anlise da pesquisa de campo. 4 BIMESTRE Apresentao do TCC e finalizao deste projeto escolar.
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De acordo com Jos Luiz Pasin, em 1600, Guaratinguet era marcado por garas brancas que marcavam a paisagem da cidade. Os ndios dominaram at a chegada dos brancos, em 1628, atravs de uma doao a Jacques Flix e seus filhos de terras no Vale do Paraba. Por sua localizao, Guaratinguet era ponto de passagem para Minas Gerais e as vilas de Taubat e So Paulo, alm de ser o ponto de partida para Parati. Durante as primeiras dcadas do sculo XVIII, o municpio importante participao no ciclo do ouro em Minas Gerais e foi o principal abastecedor do territrio mineiro. J em 1739, nasceu em Guaratinguet Antnio Galvo de Frana, o Frei Galvo, primeiro santo catlico brasileiro. No final do mesmo sculo, a cidade perdeu uma grande parte do seu territrio com a emancipao do muncipio de Cunha, mesmo com essa emancipao, Guar passou a crescer economicamente com a produo de cana-de-acar, que passou a ser principal fonte de renda da economia do municpio. No sculo XIX o caf passou a ser a principal fonte econmica do muncipio, ocasionando a queda na produo de cana-de-acar e acar. Junto com o progresso do caf veio o desenvolvimento econmico, poltico, social e urbano do municpio quem em 1844 era elevada a categoria de cidade. A populao de Guaratinguet aumentou com a vinda dos escravos que trabalhavam nas plantaes. A cidade comeou a viver um perodo de embelezamento com a iluminao das ruas atravs dos lampies. O comrcio teve um grande desenvolvimento, chegando mercadorias da Europa pelo porto de Parati. A ferrovia chegou em Guar e com isso ligou a corte do Rio de Janeiro com a de
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No sculo XX, ocorre um declnio na produo de caf no Vale do Paraba, com isso a agricultura cafeeira cedeu seu lugar para a prtica de agricultura extensiva e pecuria leiteira e em poucas dcadas, Guaratinguet torna-se uma das maiores bacias leiteira do Brasil. O desenvolvimento do municpio fez com que surgissem as primeiras associaes de classes, ajudando a organizar a economia da cidade. Guaratinguet comeou o seu processo de industrializao com a fundao da Fbrica de Cobertores. Esse processo comeou a cresce a partir da abertura da Rodovia Presidente Dutra e com a chegada de famlias mineiras. Na rea educacional, chegam cidade o SENAC e a FATEC. Ocorre a criao do Museu do Frei Galvo, e juntamente com este cria-se tambm a Escola de Especialista da Aeronutica, dando um impulso muito grande na economia da cidade. No sculo XXI, foi feita a canonizao de Frei Galvo, fazendo com que a atividade turstica do muncio crescesse.
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7.1.2.
Delimitao da rea
De acordo com o site da 6 Diviso Regional do DER de Taubat, o municpio localiza-se na regio do Vale do Paraba, no estado de So Paulo, que est no sudeste do Brasil no continente americano. 7.1.3. Localizao e Limites
Segundo o site da 6 Diviso Regional do DER de Taubat, o municpio de Guaratinguet localiza-se toda em zona intertropical e na regio do Vale do Paraba. Est a 176 km de So Paulo, 237 km do Rio de Janeiro, 65 km de Campos do Jordo, 84 km de So Jos dos Campos e a 99 km de Parati, e chega-as na cidade atravs da via Dutra, no km 67. Seu limite ao norte Campos do Jordo, Piquete, Delfim Moreira e Itajub. Ao sul Cunha, Lagoinha, Aparecida e Potim. Ao leste Pindamonhangaba e ao oeste Lorena.
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7.1.4.
Smbolos Municipais
De acordo com o site oficial da Secretria de Turismo de Guaratinguet, as cores vermelha, branca e azul, so cores do fardamento dos soldados dos corpos militares da cidade. O vermelho representa altivez, audcia e glria. O branco representa a nobreza, simplicidade , pureza, paz e unio. E o azul simboliza a ascenso.
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7.1.5.
Clima
Considerada uma das cidades mais quentes do Vale do Paraba, segundo o site da Prefeitura Municipal de Guaratinguet, possui a temperatura mdia de 22 C, a mnima de 15,5 C e a mxima de 28,4 C. O que influencia o clima da regio so as massas de ar equatorial continental, tropical atlntica e frente intertropical. 7.1.6. Transporte, Sade e Educao
Atravs do site da Prefeitura Municipal de Guaratinguet, podese afirmar que a cidade est atualmente com uma grande rede rodoviria, com avenidas asfaltadas e com boas condies para os nibus circularem. Antigamente no havia a Rodovia Presidente Dutra, e com isso no viagem de nibus, tendo apenas viagens de trem, que atualmente s est sendo utilizado para transporte de cargas de grande porte para outros estados. Segundo o site da Prefeitura, tambm constatou-se que o muncipio possui o segundo melhor IDH do Vale do Paraba, contando com uma ampla rede de sade, atendendo a populao local e de cidades vizinhas. A cidade conta, atualmente, com um posto de sade por bairro. A partir do site da Secretaria de Educao de Guaratinguet, constatou-se que Guar possui uma ampla rede de escolas pblicas e particulares. As escolas de Guaratinguet no apenas absorvem alunos da cidade como alunos de outras regies mais precrias de ensino. 7.1.7. Aspectos Socioeconmicos
Baseando-se no site da Prefeitura Municipal de Guaratinguet, a economia da cidade estruturada na agropecuria. Possui indstrias de pequeno, mdio e grande pote, produzindo tecidos, alimentos e produtos qumicos.
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Seu comrcio amplo e diversificado, e atende alm do municpio, as cidades vizinhas e do Sul de Minas. A produo de arroz merece destaque tambm, pois vem alcanando altos nveis de produtividade no municpio. Observa-se, tambm, tendncia de crescimento na produo de hortifrutigranjeiros. Na rea de produo animal, Guaratinguet uma importante bacia leiteira do Vale do Paraba. Na pecuria, possui rebanhos bovinos, sunos, equinos, muares, caprinos, ovinos, bubalinos, aves e piscicultura. O turismo religioso algo que vem movimentando a economia de Guaratinguet recentemente. Turistas vindos de todas as regies do pas, para conhecer os atrativos da cidade, como a Casa de Frei Galvo, a Igreja de Frei Galvo, a Gruta de Nossa Senhora de Lourdes, o Seminrio de Frei Galvo e a Catedral de Santo Antnio.
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De acordo com Hamilton Afonso de Oliveira, historiador doutor da Universidade Estadual Paulista - UNESP/FRANCA, o turismo uma atividade essencial para a economia de um pas, alm de ser um importante reduplicador da cultura pelo mundo, j que trocar informaes uma das principais caractersticas do mesmo. Segundo a OMT (Organizao Mundial de Turismo), turismo "as atividades que as pessoas realizam durante suas viagens e permanncia em lugares distintos dos que vivem, por um perodo de tempo inferior a um ano consecutivo, com fins de lazer, negcios e outros." Ou seja, sair de sua cidade residencial, e passar um tempo (menos que um ano) em outro municpio e praticar o lazer, economia, cultura ou qualquer outra atividade que envolva dinheiro e troca de conhecimentos, pode ser considerado turismo. Parafraseando Hamilton Afonso de Oliveira, um ponto essencial para a prtica do turismo, a existncia e a possibilidade de mobilidade dos turistas, que podem ser definidos como um visitante que desloca-se voluntariamente por perodo de tempo igual ou superior a vinte e quatro horas para um local diferente de onde mora e do seu trabalho sem a obteno de lucro. Os visitantes que no pernoitam, ou seja, no se situam fora do local residencial por mais de 24 horas, so chamados de excursionistas. Existem tambm os nmades, os diplomatas, os militares, as tripulaes e os imigrantes. 7.2.2. Turismo no Brasil O Brasil, atualmente, pode ser considerado um dos pases com maior potencial turstico de todo mundo, j que abrange uma enorme extenso territorial e que, cada regio do pas dotada de uma
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cultura diferente, com isso, a diversidade de pontos tursticos enorme. O ponto forte do turismo brasileiro a capacidade de oferecer tanto aos estrangeiros quanto aos brasileiros uma variedade de opes de atrativos, aumentando cada vez mais a importncia desta atividade na economia brasileira. A renda anual brasileira, conta largamente com a atividade turstica no pas, dados fornecidos pelo Ministrio brasileiro de turismo, revela que os gastos de turistas estrangeiros em 2008 alcanaram 5,8 bilhes de dlares. Por conta deste crescimento, o Brasil foi reeleito - no dia 13 de outubro de 2011, na 19 reunio da Assembleia Geral da Organizao - membro do Conselho Executivo da Organizao Mundial de Turismo, no perodo de 2012 a 2015. O Brasil o segundo colocado em um ranking que classifica os pases com maior atuao turstica da Amrica Latina. Tendo em vista todo este potencial, verifica-se que o mesmo no bem aproveitado, entretanto, uma pesquisa feita pelo Ministrio do Turismo com 80 das maiores empresas brasileiras lucraram 57,6 Bilhes de Reais, alm de empregar aproximadamente 115 mil pessoas em 2012. Alm dos lucros e dos empregos, verificou-se tambm que os preos do setor se elevaram, aumentando assim, o custo do turismo brasileiro. No Brasil, a forma turstica que mais cresce o turismo religioso, tal qual surgiu na Idade Media, quando as pessoas comearam a buscar a espiritualidade. 7.2.3. O Turismo Religioso Tudo comeou com o catolicismo, esta busca espiritual era denominada de peregrinao, praticada somente pelos nobres que se organizavam em grupos, conhecidos como caravanas e partiam rumo
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a locais sagrados, como Santurios, tmulos de santos, mosteiros e at mesmo o Santo Sepulcro. Esta peregrinao, no era vista como um passeio em busca da espiritualidade e sim como uma forma de penitncia, pois era considerado pelo clero como um sacrifcio em ofcio da f.
Portanto, o turismo por motivao religiosa vem sendo praticado desde os primrdios das sociedades, desde sempre com o objetivo de de achar na f, respostas para seus problemas. O turismo religioso, portanto, cresce conforme a f, quanto mais devotos, quanto mais houver fluxo de romeiros a procura desta espiritualidade, maior ser os benefcios de contar com o turismo religioso. 7.2.4. Turismo Religioso no Brasil De acordo com o portal in-line do Ministrio do Turismo do Brasil e juntamente como a FIPE (Fundao Instituto de Pesquisas Econmicas), o Nordeste a regio em que o turismo religioso perde apenas para o turismo em busca de praias, um turismo mais comercializado. A pesquisa tambm revelou, que em 2006, 3,2% dos turistas nacionais viajaram por motivos religiosos e que a cada ano mais de 1,5 milhes de viagens por este motivo so realizadas, gerando aproximandamente 6 bilhes de reais. Parafraseando Andrei Guimares Pinto, mestre em geografia,
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alm do Nordeste, o pas conta com outra regio cujo potencial turstico acerca da religio muito importante, trata-se do Vale do Paraba(SP), onde existe o chamado Circuito Turstico Religioso.
De acordo com o site www.cidadespaulistas.com.br, visitado no dia 15 de outubro de 2013, este circuito abrange com as seguintes cidades: Aparecida, Guaratinguet e Cachoeira Paulista. Tais cidades tm presente em suas extenses territoriais a avenida mais importante do Brasil, a Av. Presidente Dutra. Anualmente, o circuito conta com a presena de 10 milhes de turistas (visitantes ou devotos). Em Aparecida o turismo gira em torno da Nossa Senhora de Aparecida, a Padroeira do Brasil, atraindo muitos romeiros de toda a parte do pas. Este polo turstico conta com o maior culto mariano de todo mundo - culto Virgem Maria - gerando um enorme fluxo populacional, entretanto a permanncia do romeiro na cidade muito curto, geralmente apenas 1 dia.
podemos afirmar que na cidade da Padroeira o turista encontra o Santurio Nacional de Nossa Senhora da Conceio Aparecida, que traz anualmente 7 milhes de pessoas no feriado do dia 12 de Outubro (dia da Nossa Senhora de Aparecida) O municpio vive do comrcio, por causa das visitas de pessoas de todo o pas, que se deslocam at a cidade para encontrar Nossa Senhora Desde Aparecida, o sculo agradecendo XX, quando suas a conquistas, da pagando fora promessas e principalmente buscando a paz. imagem Virgem encontrada, o turismo na cidade vem crescendo. Como antigamente no havia um pensamento sobre o turismo, uma ideia de que as visitas de romeiros traria benefcios econmicos, cidade cresceu "desordenadamente", evoluiu sem um projeto - digamos assim turstico acerca da figura de Nossa Senhora. Embora tenha sido assim o processo de desenvolvimento na cidade de Aparecida, o turismo essencial para a mesma e vem dando muito certo. J em Cachoeira Paulista, o site http://www.cancaonova.com afirma que o ponto turstico religioso uma das casas da Cano Nova, com espao para receber milhares de pessoas do Brasil e do mundo, contm uma boa infraestrutura para acampamentos e retiros. No local feito vrios congressos, missas e tambm shows de ilustres nomes da musica catlica brasileira. Por ltimo, Guaratinguet, a terra natal do primeiro Santo brasileiro, Santo Antnio de Sant'Anna Galvo, o Frei Galvo, canonizado no ano de 2007. O Papa Bento XVI visitou o Brasil neste mesmo ano e participou da missa de canonizao do Santo em Guaratinguet, alm de ter visitado a Fazenda esperana, um centro que cuida de dependentes qumicos.
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O turismo na cidade ainda bem imaturo, entretanto, existem pontos em que a religio est presente no turismo, como na Casa em que viveu Frei Galvo, o Museu Municipal de Frei Galvo, - onde o enfoque no o Santo e sim a histria e objetos da cidade, entretanto, documentos e pesquisas do Santo esto presentes neste museu - o XXXX dos Milagres, a Igreja de Santo Antnio - local onde o Frei foi batizado e celebrou sua primeira missa - e tambm visitar a Igreja de Frei Galvo.
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Imagem 09: O primeiro santo brasileiro Foto tirada da Casa de Frei Galvo, Guaratinguet,SP.
De acordo com o site de Frei Galvo (2013), Antnio de Santana Galvo nasceu em Guaratinguet, So Paulo, no ano de 1739. Seu pai era um imigrante portugus chamado Antnio Galvo de Frana e sua me Isabel Leite de Barros, bisneta de Ferno Dias Pais. Frei Galvo viveu Bahia, no em uma casa grande na sua cidade natal at os 13 colgio de padres e jesutas at o ano 1756. anos ,e devido s boas condies de seus pais, estudou em Belm, Devido convivncia com padres no colgio, decidiu torna-se um deles, e aos 21 anos entrou no noviciado na Vila de Macacu no Rio de Janeiro. J no ano de 1761, se destacou pela sua piedade e no ano seguinte foi nomeado sacerdote e enviado para o convento de So Francisco, So Paulo, coma finalidade de avanar seus estudos filosficos e teolgicos. E no ano de 1766 fez seus votos perptuos tornado-se filho e escravo de Maria. Assim sendo, na dcada de 70 tornou-se confessor de um recolhimento de piedosas mulheres em
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So Paulo, e que conheceu a irm Helena Maria do Esprito Santo, que segundo ela, tinha vises com Jesus pedido a construo de um novo recolhimento. 7.3.2. Suas obras Segundo informaes do site Brasil escola, acessado no dia 19 de outubro de 2013, devido as vises da Madre Helena, Frei Galvo construiu o recolhimento da luz em 2 de fevereiro no ano de 1774, que logo aps um ano, a madre viera a morrer deixando o recolhimento sob sua direo. Alm disso, na mesma poca o recmcapito-general de So Paulo ordenou fechar do recolhimento, que por presso popular foi reaberta. Com o passar dos anos, o recolhimento passou por reformas adquirindo um tamanho bem maior, e foi construda uma igreja inaugurada no ano de 1802, que hoje chamada de Mosteiro da Luz, e declarada patrimnio cultural da humanidade pela UNESCO.
7.3.3. Fatos sobrenaturais, segundo o museu de frei Galvo em Guaratinguet. Dom da Levitao
Imagem 10: Dom da Levitao Foto tirada da Casa de Frei Galvo, Guaratinguet,SP.
Conta a tradio que frei Galvo tinha o dom da levitao, muitas vezes se elevando do solo, quando em orao. Esse fato
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serviu de inspirao para uma quadrinha, que era popular mesmo em que o santo ainda vivia: Na minha aflio, Da-me consolao, Senhor meu frei Galvo, Que no pisais no cho . O dom da Ubiquidade Possuindo o dom da ubiquidade, Frei Galvo podia aparecer em dois lugares ao mesmo tempo. Foi dessa forma que pode atender a inmeras pessoas que o invocavam, mesmo quando se encontrava a longa distancia em do outro. Usando esse dom, atendeu e salvou uma gestante que se achava gravemente enferma no interior de So Paulo, estando o frade santo no rio de Janeiro. O cordo Uma sobrinha de ,Frei Galvo, que se achava grvida e com risco de vida, teve a inspirao de colocar em volta de seu corpo, como remdio, o cinto de franciscano de frei Galvo. Sem revelar sua vontade, comeou a tecer em segredo um cordo, para troca-lo com o de seu tio frade. Chegando de surpresa a Guaratinguet, frei Galvo apareceu na casa da sobrinha. Trocando com ela o seu cinto, lhe disse: guarda este cordo, que servir para salvar muitas mes, nas aperturas do parto. O frango do diabo
Imagem 11: O frango do diabo Foto tirada da Casa de Frei Galvo, Guaratinguet,SP.
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Um homem que residia em Itu, ficando doente, prometeu que levaria uma vara de frangos para o frei, se ficasse bom. Tendo sarado, amarrou em uma vara doze frangos, e seguiu caminho. No trajeto escaparam trs frangos, sendo-lhe fcil recapturar dois. Como o terceiro, um carij, fugisse e se escondesse no mato, o homem lhe gritou: -pare ai, frango do diabo, alcanando-o depois, dentro de um espinheiro. Quando foi entregar os frango a frei Galvo, este lhe agradeceu o presente, recusando, porm, o frango carij -porque este, tu j o deste ao diabo. A tempestade Frei Galvo fazia uma pregao em Guaratinguet, no largo da matriz, quando se formou uma grande tempestade.O santo frade acalmou os devotos, que pensaram em se retirar, afirmando que naquela praa no choveria sobre a vila. Fato semelhante ocorreu durante a solenidade na manha de 25 de outubro de 1998, na praa de So Pedro, no Vaticano. 7.3.4. Devoo a Imaculada Conceio Em 1766, Frei Galvo assinou com seu prprio sangue, um documento de f e escravido a Nossa Senhora da Conceio. A ela dedicou sua vida e sua obra. Devoto de Nossa senhora de Conceio Aparecida, sempre que vinha a Guaratinguet, ia visitar e rezar em sua antiga capela, hoje baslica velha. 7.3.5. A Caridade Desde pequenino Frei Galvo possua o dom da caridade, auxiliando os pobres, escravos e doentes. Muitas vezes doou aos pedintes objetos de sua casa. Na beatificao de frei Galvo, o Papa Joo Paulo II lhe conferiu o titulo de homem de Paz e da Caridade.
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7.3.6. Milagres Milagre de potunduba Aconteceu no ano de 1810, em ja, no bairro de potunduba, margem do rio tiete. Tendo sido mortalmente apunhado por um desafeto, Manoel portes invocou Frei Galvo, para se confessar. Os presentes assistiram ento chegada do frade aquele local distante e ermo. Amparando o moribundo em seus braos, Frei Galvo o absolveu, desaparecendo em seguida. Nesse mesmo momento, em So Paulo, frei Galvo interrompeu uma cerimnia religiosa, para pedir aos assistentes que rezassem com ele por um cristo que agonizava. Milagre de Daniella No ano de 1990, quando tinha somente quatro anos de idade a menina Daniella Cristina da Silva adoeceu gravemente, tendo sido desenganada pelos mdicos. Sua tia e seus pais, Cheios de F, recorreram proteo de Frei Galvo que a curou. Este milagre foi reconhecido pelo Papa Joo Paulo II. 7.3.7. A beatificao
Imagem 12: A beatificao Foto tirada da Casa de Frei Galvo, Guaratinguet, SP.
Segundo o museu de Frei Galvo em Guaratinguet, em 25 de outubro de 1998 o Papa Joo Paulo II beatificou no vaticano, em Roma, Frei Antonio de Santana Galvo. O milagre escolhido para a
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beatificao foi a da menina Daniella, que se tornou, ento, o primeiro brasileiro nato na Gloria dos Santos. Durante o processo, o vaticano reconheceu suas virtudes, que somam mais de 27.800 graas documentadas e estudadas. 7.3.8. Canonizao Atravs do site do frei Galvo, sua canonizao ocorreu em 11 de maio de 2007 feito pelo papa XVI durante sua visita ao Brasil. Reconhecendo nesse processo o caso da Sra. Sandra Grossi de Almeida e de seu filho Enzo de Almeida Gallafassi, em So Paulo. Sandra tinha malformao no sue tero, e j tinha sofrido 3 abortos espontneos, que a deixava sem esperana e impossvel ter um filho. E no dia de 11 de maio de 1999, Sandra engravidou, e tambm o antigo risco de hemorragia reapareceu. Sua gestao evoluiu ate o 8 ms, mesmo com o risco alertado pelo medico, e que a qualquer momento poderia sofrer outro aborto. Porm no dia de 11/12/1999, atravs de uma cesariana, nasceu seu filho pesando 1.995 Gr, mas apresentava srios problemas de respirao e seu filho teve que ser encubado. E depois de 8 dias Enzo j havia melhorado recebendo alta e finalmente foi levado por sua me ate sua casa. Tal graa alcanada, foi atribuda a intercesso de frei Galvo durante todo sua gravidez, invocado pela famlia com muita orao e f.Tomou as plulas de frei Galvo e participou de muitas novenas. E segundo os mdicos, tal acontecimento inexplicvel para a cincia, e foi esse o milagre que o Papa Bento XVI autorizou no dia 16/12/2006, a congregao das causas dos santos a promulgar o decreto a respeito do milagre atribudo a intercesso do beato frei Antonio de Santana Galvo.
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7.3.9. As plulas Parafraseando o site de So Frei Galvo do dia 14 de outubro de 2013, as famosas plulas de Frei Galvo originaram-se quando ele foi procurado por um senhor muito aflito, porque sua mulher estava em trabalho de parto e corria risco de morrer. Foi neste momento que o frade escreveu em trs papelinhos versculos do Ofcio da Santssima Virgem: pos partum virgo, inviolata permansisti: Dei genitrix intercede pro nobis (depois do parto, Virgem, permaneceste intacta: Me de Deus interceda por ns). Aps enrola-las deu-os ao homem que os levou para sua esposa. Ela ento ingeriu e a criana nasceu normalmente. Alm disso, outro caso semelhante foi com o jovem que tinha intensas dores provocadas por clculos vesicais. Frei Galvo ento preparou plulas com oraes e de para o jovem, que logo mais ficou curado. Enfim, suas famosas plulas so consumidas excessivamente nos dias de hoje, que muito procurada pelos seus devotos, e at hoje o Mosteiro fornece para pessoas que tm f na intercesso de Servo de Deus.
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7.4. CAPTULO 4 COLETA E ANLISE DE DADOS De acordo com os resultados obtidos no QUESTIONRIO APLICADO POPULAO DE GUARATINGUET, realizado no dia 16 de outubro de 2013, ( APNDICE 1) , pde-se constatar os seguintes grficos:
35.4%
23.5%
0-18 19-40
17.6% 23.5%
41-60 60 ou mais
Das cinquenta pessoas entrevistadas, a maioria (35,4%) possui sessenta anos ou mais.
47.1% 52.9%
Masculino Feminino
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0%
Sim No 100%
Imagem 15: Grfico Voc conhece ou j ouviu falar sobe Frei Galvo?
11.8%
76.4%
Rdio
Internet Imagem 16: Grfico Se conhece, como teve contato com essas informaes?
Quando perguntado aos entrevistados qual a forma que eles tomaram contato com as informaes sobre Frei Galvo, 76,4% disseram que foi por meio de amigos, familiares ou conhecidos.
29.4% 70.6%
Sim No
Imagem 17: Grfico Voc acha que a imagem de So Frei Galvo bem divulgada?
Quanto divulgao da imagem do religioso, 70,6%, ou seja, a maioria respondeu que ela no bem divulgada.
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5.9%
Sim No 94.1%
Imagem 18: Grfico Voc acha que a figura de Frei Galvo um grande potencial turstico a ser explorado?
Grande parte dos entrevistados(94,1%) disse que o frei um grande potencial turstico a ser explorado.
Imagem 19: Grfico Se sim, voc acha que a prefeitura de Guaratinguet explora bem esse potencial (em relao a seu aproveitamento econmico)?
Oitenta e oito vrgula dois por cento das pessoas acreditam que a prefeitura de Guaratinguet no explora adequadamente seu potencial turstico.
Imagem 20: Grfico Se no, voc acha que seria uma boa opo a implementao, em Guaratinguet, de um projeto de turismo semelhante ao que feito em Aparecida?
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A maior parte dos cidados de Guaratinguet (88,2%) acreditam que a implementao De acordo com DO de o um projeto de turismo na cidade, AOS DE semelhante ao de Aparecida, seria uma boa alternativa. QUESTIONRIO FREI GALVO, APLICADO NA CIDADE FUNCIONRIOS MUSEU
GUARATINGUET, realizado no dia 16 de outubro de 2013, ( APNDICE 2), obteve-se os seguintes resultados:
0.0% 0.0% 0-18 33.3% 66.7% 19-40 41-60 60 ou mais
33.3%
Masculino Feminino
66.7%
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Imagem 23: Grfico Voc acha que a imagem de So Frei Galvo bem divulgada?
Sim No 100%
Imagem 24: Grfico Voc acha que a figura de Frei Galvo um grande potencial turstico a ser explorado?
Todos
os
entrevistados
acreditam
no
potencial
turstico
relacionado ao santo.
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33.3%
Sim No
66.7%
Imagem 25: Grfico Se sim, voc acha que o Museu Frei Galvo juntamente com os outros pontos tursticos existentes no municpio acerca do frei( a Casa de Frei Galvo, o Memorial de Frei Galvo, e a Fonte Frei Galvo) conseguem explorar bem esse potencial?
Sessenta e seis vrgula sete por cento dos entrevistados acreditam que os pontos tursticos relacionados ao frei no conseguem explorar esse potencial.
0%
Sim No
100%
Imagem 26: Grfico Se no, voc acha que seria uma boa opo a implementao, em Guaratinguet, de um projeto de turismo semelhante ao que feito em Aparecida?
Todos os entrevistados acreditam que a implementao de um projeto de turismo na cidade, semelhante ao de Aparecida, seria uma tima opo. A partir dos dados obtidos, pode-se afirmar que a cidade de Guaratinguet possui um grande potencial turstico, a imagem de Frei Galvo, porm este no devidamente explorado. Ainda foi possvel
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verificar que o turismo de Aparecida poderia servir de exemplo a ser seguido pela prefeitura guaratinguetaense.
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CONSIDERAES FINAIS Atendendo ao objetivo geral deste estudo, que apresentar uma alternativa de projeto de turismo na cidade de Guaratinguet, em torno de Frei Galvo, faremos um comparativo entre a atividade turstica de Aparecida nas dcadas passadas e a atual. Dessa forma, mostraremos o projeto turstico implementado em Aparecida durante vrios anos, expondo assim uma alternativa para Guaratinguet seguir. Tivemos a oportunidade de encontrar um relato de um padre que vivenciou a estrutura turstica ( em torno de Nossa Senhora) de Aparecida, no passado. O nome dele era Rmulo Candido de Souza, com o nascimento na data de 20 de novembro de 1929. Segundo Pe. Rmulo, a estrutura de hospedagem( que se fundamentava na f) era precria. No seu tempo, tudo concentravase em torno da Baslica Velha, comrcio, hospedagem, e vida religiosa. Existiam algumas pousadas e hotis, porm no existia sequer uma caraterstica de distino entre hotis e penses. Tudo era muito simples. A alimentao era caseira. O povo que frequentava a cidade no era refinado, e no tinha conhecimento de outros meios de acolhimento. As romarias, na sua maioria, vinham de trem, e no existia rodovia adequada. Parafraseando Padre Rmulo, no aspecto comercial, Aparecida vivia na dependncia dos romeiros, porm no tinha nada para oferece como atrativo, e a nica atrao era Nossa Senhora e a Igreja. A diverso do romeiro era andar de bondinho de Aparecida a Guaratinguet. Segundo os dados do relatrio do Santurio Nacional, feito em 18 de abril de 2012, so cerca de 8 milhes de peregrinos que anualmente acorrem a Aparecida. O Santurio Nacional, a cada que passa, vem se adaptando ao nmero crescente de romeiros. Atualmente, percebe-se a realidade do centro de apoio aos romeiros, sala dos motorista, berrio,
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pronto-socorro, praa de alimentao, sala de imprensa, guarda patrimonial, planto policial e entro de convenes para atender as grandes romarias. Existe o avano e a preocupao da cidade de Aparecida, que vem refletindo e procurando solues concretas para o turismo religioso. Aparecida, hoje, sai em busca de fiis de alta renda. Atualmente, segundo o site da Prefeitura Municipal de Aparecida, 14% dos fiis hospedam-se em hotis por no mximo trs dias. De acordo com a pesquisa da FIPE (Fundao Instituto de Pesquisas Econmicas), os peregrinos de Aparecida, gastam, por dia, em mdia, dez reais na Baslica e vinte reais no comrcio. Se permanecer na cidade, os gastos sero ampliados em at trs vezes. Alm de novos hotis, outras mudanas esto sendo preparadas pelo comrcio, pelas agncias de viagem e pela prefeitura. Segundo o presidente da ACI (Associao Comercial e Industrial), ngelo Reginaldo Leite, o muncipio tem sido assediado por empresrios de So Paulo, inclusive por uma rede de hotis, que pediu informaes para a construo de um hotel fazenda voltado para a terceira idade. As lojas esto modernizando-se, instalando inmeros atrativos para atrair clientes de mdio e alto poder aquisitivo. As agncias de viagem, por sua vez, passaram a criar estruturas paralelas para atender grupos que no chegam cidade de nibus, mas que vm at So Paulo por meio de avies e precisam, portanto, de translado. Ento, em relao ao turismo religioso, comparando Aparecida antes e hoje, percebe-se uma transformao marcante, fato muito bem exemplificado pelo Santurio, que no para em seus projetos para acolher bem os romeiros. A partir dos inmeros fatos expostos nos pargrafos anteriores, percebe-se que se implementou um projeto turstico bem arquitetado
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em Aparecida, que resultou em um desenvolvimento econmico e social muito significativo para a cidade. Assim, a prefeitura de Guaratinguet deveria basear-se em planejamento semelhante, pois, provavelmente, teria o mesmo sucesso( at porque ambos projetos teriam o mesmo tipo de figuras como base, ou seja, figuras religiosas).
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REFERNCIAS ARQUIVO DA PROVINCIA DE SO PAULO. Redentorista de Aparecida. 1945 a 1951. Crnicas da Casa
BRASIL ESCOLA. Disponvel em: <http//www.brasilescola.com/religio/frei-galvao.html> Acesso em: Junho de 2013 GUARATINGUET-SP.GOV. Disponvel em: <http//www.guaratingueta.sp.gov.br/novo/index.php?sitesig=PMGUA RA&page=PMGUARA_0410_Localiza%5Bccedil%5D%5Batilde%5Do>. Acesso em: Outubro de 2013. MAIA, Thereza Regina de Carvalho e MAIA, Tom. Frei Galvo sua terra e sua vida. Ed. Santurio. Aparecida, SP. 1998. _____. GUARATINGUET Roteiro Turstico, Cultural e Ecolgico. Ed. CERED. So Paulo, SP. 1994. PORTAL VALE. Disponvel em: <http://www.portalvale.com.br/cidades/guaratingueta/historiadeguar atingueta.php>. Acesso em: Maro de 2013. PREFEITURA MUNICIPAL DE GUARATINGUET. Disponvel em: <http//www.guaratingueta.sp.gov.br/novo/index.php?sitesig=PMGUA RA&page=PMGUARA_0150_GOVERNO_MUNICIPAL> Acesso em: Agosto de 2013. REVISTA POCA. Disponvel em: <http://www.revistaepoca.globo.com/revista/epoca/0,EDR764776014,00.html>. Acesso em: Setembro de 2013. SO FREI GALVO. Disponvel em: <http: //www.saofreigalvao.com/imagens/pilulas.jpg> . Acesso em: Outubro de 2013. _____. Disponvel em: < http://www.saofreigalvao.com/w3c_beatificacao/canonicacao.asp>. Acesso em: Outubro de 2013. SECRETRIA DE TURSIMO DE SO PAULO. Disponvel em <http://www.turismo.sp.gov.br/index.php//home/17-noticias-comfotos/1209-818-quilometros-contam-a-historia-de-frei-galvao.html>. Acesso em: Setembro de 2013.
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APNDICE 1 QUESTIONRIO APLICADO POPULAO DE GUARATINGUET 1) Idade: ( ) 0 18 anos ( ) 19 40 anos ( ) 41 60 anos ( anos 2) Sexo: ( ) Masculino ( ) Feminino ) mais de 60
4) Se conhece, como teve contato com essas informaes? ( ) Amigos, familiares ou conhecidos ( ) Internet ( ) Livros ( ) TV ( ) Rdio
( ) Outros: _____________________
6) Voc acha que a figura de Frei Galvo um grande potencial turstico a ser explorado? ( ) Sim ( ) No
7) Se sim, voc acha que a prefeitura de Guaratinguet explora bem esse potencial ( em relao a seu aproveitamento econmico)? ( ) Sim ( ) No
8) Se no, voc acha que seria uma boa opo a implementao, em Guaratinguet, de um projeto de turismo semelhante ao que feito em Aparecida? ( ) Sim ( ) No
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APNDICE 2 QUESTIONRIO APLICADO AOS FUNCIONRIOS DO MUSEU FREI GALVO, NA CIDADE DE GUARATINGUET: 1) Idade: ( ) 0 18 anos ( ) 19 40 anos ( ) 41 60 anos ( anos 2) Sexo: ( ) Masculino ( ) Feminino ) mais de 60
4) Voc acha que a figura de Frei Galvo um grande potencial turstico a ser explorado? ( ) Sim ( ) No
5) Se sim, voc acha que o Museu Frei Galvo juntamente com os outros pontos tursticos existentes no municpio acerca do frei (a Casa de Frei Galvo, o Memorial de Frei Galvo e a Fonte Frei Galvo) conseguem explorar bem esse potencial? ( ) Sim ( ) No
6) Se no, voc acha que seria uma boa opo a implementao, em Guaratinguet, de um projeto de turismo semelhante ao que feito em Aparecida? ( ) Sim ( ) No
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