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Sociologia Do Trabalho - Resumo

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INSTITUTO DE ESTUDOS E PESQUISAS VALE DO ACARA CAMPUS ITAPAJ CURSO: ADMINISTRAO DE EMPRESAS DISCIPLINA: SOCIOLOGIA DO TRABALHO PROF.

: DANIEL ALVES TURMA: ADM-0520 ALUNO: DIEGO FERNANDES

FICHAMENTO As sociedades industriais capitalistas; As diferentes formas de administrao do processo de trabalho no capitalismo moderno; A subjetividade do trabalhador: motivao, satisfao e alienao.

ITAPAJ, 11 DE OUTUBRO DE 2012.

As sociedades industriais capitalistas (p. 27-40) LAZZARESCHI, Nomia. As sociedades industriais capitalistas. IN: Sociologia do trabalho. Curitiba: IESDE Brasil S.A., 2009, p. 27-40.

Karl Marx, Max Weber, e mile Durkheim, compreendendo a Histria como processo de produo da vida, consideraram o trabalho a categoria-chave da anlise da vida social, foco central e eixo de seus estudos da estrutura dinmica; ... Por no ser animal predador, o ser humano, s sobrevive se produzir, pelo trabalho, as condies materiais de sua subsistncia fsica e, por ser dotado de potencialidades intelectuais, mentais espirituais e artsticas, produz, ao mesmo tempo, conscincia. Para mile Durkheim, a caracterstica principal das sociedades modernas a diviso do trabalho social. Ao promover a interdependncia das funes profissionais especializadas, a diviso do trabalho social, cuja origem o aumento da populao, gera a solidariedade orgnica, isto , um novo tipo de coeso ou integrao social que nasce do reconhecimento coletivo da complementariedade das atividades individuais diferenciadas, assegurando a existncia e o funcionamento da sociedade por assegurar satisfao das necessidades individuais de um maior nmero de pessoas. Weber (1980, p. 123) afirma que O capitalismo existe onde quer que se realize a satisfao de necessidades de um grupo humano, com carter lucrativo e por meio de empresas, qual quer que seja a necessidade de que se trate. A mais-valia corresponde diferena entre o valor das mercadorias produzidas pelo trabalhador e o valor de sua fora de trabalho (capacidade para trabalhar), expressa no salrio. Para Marx, a origem da explorao do trabalho a propriedade privada dos meios de produo, responsvel tambm pela diviso social entre trabalho intelectual e material.

Anlise Crtica

Com a transformao da sociedade agrria em industrial, o trabalho transformase na principal ferramenta de negociao do homem. Ele necessita se acostumar s novas regras, tais como o trabalho que deixa de ser artesanal para se tornar massificado, vivendo sobre um regime de altas jornadas e aes disciplinares abusivas. Dependente dessa relao inicia uma transformao nas relaes sociais. Porm, no somente uma questo de sobrevivncia o homem tambm deseja uma ascenso social, uma transformao de vida, nascendo da os problemas sociais como as diferenas de classe. O consumismo nova vertente para satisfao pessoal. A necessidade de poder modifica seu pensamento e sua forma de agir e o meio para o alcance dessas novas metas encontrado pelo trabalho. Os valores sociais so subvertidos a merc do individualismo. Durkheim observa na sociedade uma conscincia coletiva que nota que a partir da necessidade de gerao de empregos, uma diviso social do trabalho a melhor opo. Isso se d pelo reconhecimento do trabalho especializado que aparentemente atende anseios individuais, mas se interliga com os demais em uma relao de interdependncia. Weber denota sobre a instituio da empresa. Algo criado para a satisfao de uma necessidade mediante a troca da oferta de produto ou servio por alguma vantagem lucrativa, exemplo do mundo moderno, o dinheiro. A mesma carrega uma estrutura organizacional racional expressa em: Diviso racional e tecnolgica do trabalho; Diferentes formas de organizao do processo de trabvalho; Existncia de normas racionalmente elaboradas que regulamentam o comportamento de seus membros e a execuo das tarefas; Estrutura de autoridade hierrquica; Aplicao de mtodos e dos conhecimentos cientficos ao processo produtivo e de prestao de servios; Utilizao da mais moderna e sofisticada tecnologia, produto de pesquisa permanente;

Calculo

econmico

permanente,

de

custos

de

produo,

tendncias

mercadolgicas, probabilidades de lucro e prejuzo. Marx explica o modo de produo capitalista atravs do processo de mais-valia o qual o valor da mercadoria produzida supera a soma do valor dos meios de produo e do valor do trabalho, sendo assim a base do lucro no sistema capitalista. Portanto criando uma diviso entre trabalho intelectual, consistido na produo de conscincia, ideologia, viso de mundo formando uma superestrutura dominante e entre trabalho material, que so os no-proprietrios dos meios de produo, produtores das condies materiais de vida, isto , da infraestrutura distintas das condies de vida da classe dominante.

As diferentes formas de administrao do processo de trabalho no capitalismo moderno (p. 41-54) LAZZARESCHI, Nomia. As diferentes formas de administrao do processo de trabalho no capitalismo moderno. IN: Sociologia do trabalho. Curitiba: IESDE Brasil S.A., 2009, p. 41-54. A estrutura econmica da sociedade capitalista originou-se da acumulao primitiva do capital ainda na estrutura econmica da sociedade feudal, anterior, portanto, acumulao capitalista, como resultado de "processos idlicos" (aventureiros), sobretudo violentos, de obteno de riquezas. Pag. 41 Assim, se a acumulao primitiva do capital foi obtida mediante atividades aventureiras, como, por exemplo, as grandes navegaes que permitiram a colonizao, e/ou, sobretudo mediante a violncia cristalizada na escravido e no extermnio dos povos indgenas, a acumulao do capital nas sociedades modernas resulta to-somente da eficcia e eficincia da administrao empresarial, isto , da capacidade de explorar ao mximo, racionalmente, todos os recursos e/ou meios e/ou fatores da produo. Resulta, portanto, da organizao racional do trabalho no interior das empresas, do clculo econmico permanente e da anlise racional, probabilstica em termos matemticos, dos mercados nacionais e internacionais, frutos de mltiplas determinaes: econmicas, polticas, sociais, culturais, universais. Pag. 42 O ponto de partida da obra de Taylor a sua constatao de que o trabalhador , por princpio e definio, vadio, trabalhando muito menos do que fisicamente capaz... Pag. 43 Partindo do princpio da diviso tecnolgica do trabalho e da especializao do operrio, Taylor estabeleceu cargos e funes, definindo o contedo e o modo de execuo das tarefas de cada um e suas inter-relaes com s dos demais, sob a superviso da gerncia. Iniciava-se, assim, o processo de total dissociao entre a concepo do projeto do resultado e do processo de trabalho e o trabalho de execuo

do projeto, isto , dissociao entre trabalho intelectual e trabalho manual. O operrio tornou-se um mero executor de tarefas previamente prescritas. Pag. 44 Assim, no mais havia necessidade de "homens extraordinrios", com exceo dos membros da gerncia. As prticas de seleo e treinamento visavam apenas conhecer as aptides dos candidatos a um emprego e treinar os selecionados de acordo com o mtodo planejado. "A seleo, ento, no consistiu em achar homens extraordinrios, mas simplesmente em escolher entre homens comuns os pouco especialmente apropriados para o tipo de trabalho em vista" (TAYLOR, 1966, p. 76). Da deriva o princpio da escolha do homem certo para o trabalho certo, cujas qualidades deveriam ser a fora fsica e/ou a rapidez de percepo e reao na inspeo de qualquer objeto, mas de todas, sem exceo, a qualidade essencial deveria ser a capacidade para a obedincia estrita. Pag. 44 A nova organizao do trabalho, caracterizada pela centralizao e controle da produo pela gerncia, tornou-se a forma predominante de administrao do processo produtivo at as ltimas dcadas do sculo XX, porque o taylorismo foi aperfeioado por Henry Ford I, o pai da indstria automobilstica, com a introduo, em 1914, de uma inovao tecnolgica: a esteira automtica de produo ou sistema automtico de transporte de peas e ferramentas para intensificar ainda mais o ritmo de trabalho, agora totalmente controlado pela gerncia, que pode imprimir, com um simples apertar de boto, o ritmo que quiser ao trabalho de todos. Pag. 44-45 Ford, diferentemente de Taylor, considerava o trabalhador no apenas um produtor de mercadorias, mas tambm um consumidor. Por isso, aumentou os salrios de seus trabalhadores e instituiu a jornada de trabalho de oito horas como incentivo ao consumo, alm de distribuir alguns benefcios, como restaurantes, transporte, hospital e assistncia social, por ter compreendido que a produo padronizada em massa, graas nova organizao do processo de trabalho inaugurada em suas fbricas com a construo da linha de montagem com esteira rolante - esteira de produo - requeria consumo de massa. Compreendeu tambm que o "fordismo" seria adotado nos mais

diferentes setores da atividade econmica, inclusive nos escritrios, onde a esteira de produo era movida pelo office boy interno", e poderia ser responsvel pelo surgimento da sociedade de consumo de massa. Isso de fato aconteceu devido adoo, na dcada de 1930, de polticas intervencionistas de Estado, isto , de polticas de proteo s economias nacionais, de proteo do emprego, de regulamentao das relaes de trabalho, de fortalecimento dos sindicatos, que garantiram a elevao dos salrios e o consumo em massa. Pag. 45 A anlise crtica do taylorismo/fordismo nos remete questo do conflito de classes nas sociedades capitalistas e ao problema fundamental com o qual se defronta o capitalista e, nos dias de hoje, o administrador que o representa: como obter a colaborao do trabalhador e faz-lo trabalhar mais e melhor? Pag. 45 Assim, o sculo XX, tendo divorciado o trabalho do lazer, do prazer, da alegria da busca da autoestima e da auto-realizao, transformando a experincia e a vivncia do trabalho em castigo, punio, expiao do pecado original, tal como o interpretaram as tradies religiosas do Ocidente, ofereceu como compensao o alargamento do tempo livre para no s possibilitar a reposio saudvel da fora de trabalho e o aumento do consumo da produo em massa, mas tambm para possibilitar (muito embora essa no fosse a inteno) a reverso no e pelo lazer das privaes do desenvolvimento da individualidade no e pelo trabalho a que submeteu milhes de trabalhadores. preciso ressaltar, no entanto, que as consequncias positivas, ao contrrio das negativas, da predominncia do taylorismo/fordismo no se estenderam a toda classe trabalhadora e muito menos a todos os pases. A frica permanece um continente desconectado dos mercados internacionais e a expectativa de vida de sua populao abaixo dos 55 anos de idade. A Amrica Latina ainda se debate para extirpar os enormes bolses de pobreza em todos os seus pases, sem contar a disparidade das condies de vida entre eles. A competio econmica entre pases se acirrou e os conflitos entre eles tornaram-se inevitveis, inclusive os conflitos armados que no deram trgua humanidade um s dia do sculo XX e neste incio do sculo XXI. Pag.47

Considere-se tambm que no foi simples coincidncia o aparecimento das diferentes teorias de motivao para o trabalho, a partir dos anos 1950, quando da universalizao do taylorismo/fordismo, e a contratao de psiclogos nas empresas. A simples denominao dessas teorias - Teorias de Motivao para o Trabalho - j razo suficiente para se dar conta da dimenso das questes suscitadas pelas novas condies de trabalho que no atingiram apenas os trabalhadores, mas tambm as empresas, obrigadas a enfrentar os problemas acima referidos de alcoolismo, drogas, negligncia, turnover etc, a rever os seus mtodos de gesto e a atender muitas das reivindicaes dos trabalhadores, se quisessem obter a sua colaborao. Pag. 47 No entanto, a prosperidade dos Anos Dourados foi desigual e a pobreza em muitos pases da frica, da Amrica Latina e da sia continuou a atingir milhes e milhes de pessoas, apesar do crescimento econmico tambm dessas regies. Por qu? Um parntese deve ser aqui aberto para apontar as causas do fraco desenvolvimento econmico e social da Amrica Latina e, em especial, do Brasil, mesmo durante o curto perodo dos Anos Dourados. Pag. 49

Os Anos Dourados chegam ao fim na dcada de 1970, quando comea a se configurar uma crise de consumo com o acirramento da competio internacional. Para enfrentar a crise, procede-se a uma total reestruturao da economia mundial que, inevitavelmente, provoca uma total reestruturao das empresas e dos mercados de trabalho. Por isso, para compreender a nova forma de administrao do processo de trabalho, em consolidao tambm no Brasil, ser preciso compreender as razes da crise e a reorganizao da economia mundial, com suas consequncias sobre o mundo empresarial e dos mercados de trabalho. Pag.49-50

Anlise Crtica: Baseada no acumulo primitivo de capital oriundo desde o perodo feudal nossa estrutura econmica sofreu alteraes com o decorrer do tempo, transformando-se para

uma administrao empresarial eficaz e eficiente vinda da capacidade de explorar todos os potenciais (recursos/meios/fatores de produo). Esse avano se subdividiu em trs estgios o qual o primeiro basea-se no trabalho operrio especializado, sem uma distino para metas produtivas e com trabalho autnomo, no segundo estgio ou fase B a teoria Taylorista que aborda o homem como vadio, a partir do momento que no utiliza todas as suas potencialidades para execuo da atividade, levanta a seguinte questo: Como fazer o trabalhador trabalhar mais? Dessa questo o Taylorismo lana a proposta de organizao racional do trabalho com atividades planejadas, metas e controle produtivo. Nascem as divises de cargos e funes e a superviso direcionada. O operrio apenas cumpre a atividade que lhe foi designada. Na terceira fase (C) a teoria Fordista apresenta ao mundo a produo em esteira, permitindo intensificar o ritmo de trabalho, mas alm disso nessa fase o mercado consumidor passa a englobar o mercado produtor, ou seja, quem produz automaticamente tambm se torna consumidor de algo. Pensando nessa possibilidade, Henri Ford, aumentou os salrios de seus funcionrios, instituiu carga horaria de oito horas dirias e distribuiu benefcios a seus funcionrios. Esses avanos no significaram apenas vantagens a sociedade, tambm foi estimulador das desigualdades sociais e das lutas de classe. O principal desafio saber como fazer que essas pessoas produzam ao mesmo passo de forma intensa e melhor. Em resposta a isso a sociedade tiveram grandes avanos se utilizando dos sindicatos para alcanar melhorias e transformar suas realidades.

A subjetividade do trabalhador: motivao, satisfao e alienao. (p. 55 -68) LAZZARESCHI, Nomia. A subjetividade do trabalhador: motivao, satisfao e alienao. IN: Sociologia do trabalho. Curitiba: IESDE Brasil S.A., 2009, p. 55-68. incontestvel o fato de que a eficcia e a eficincia empresariais depende em no s da modernizao tecnolgica e organizacional, mas sobretudo da eficcia e eficincia do desempenho das funes do conjunto dos trabalhadores. O bom desempenho das funes do conjunto dos trabalha dores, por sua vez, depende de sua motivao para o trabalho que, sem dvida, nasce da satisfao que lhes proporciona em virtude de sua prpria natureza, isto , de seu contedo, e das condies nas quais se realiza. Pag. 55 Maslow assina a Teoria da Hierarquia das Necessidades, segundo a qual, "aparentemente, ns funcionamos melhor q u a n d o estamos lutando por alguma coisa que necessitamos, quando desejamos alguma coisa que no temos. O objetivo desta luta varia de acordo com as circunstncias." (MASLOW, 1970, p. 15) Partindo dessa premissa, desenvolve a sua teoria afirmando que, uma vez satisfeitas as necessidades primrias, de carter fisiolgico, os homens perseguem a satisfao de outras de nvel mais elevado, isto , de segurana, de reconhecimento social, de autoestima e de auto-realizao. Pag. 56

Para Herzberg e sua equipe, h de se distinguir entre os fatores que determinam a satisfao e os que determinam a motivao para o trabalho. Aos primeiros, deram o nome de fatores higinicos e aos segundos de fatores motivacionais. Pag. 57 As teorias da motivao no deixam dvidas sobre a importncia da subjetividade do trabalhador na determinao dos ndices de produtividade e do sucesso das empresas, a o estabelecerem as inter-relaes entre satisfao, motivao, moral dos trabalhadores e eficcia organizacional. Para alcan-la, segundo Munford, preciso buscar um "ajustamento" entre as necessidades dos indivduos e as exigncias da organizao. Pag. 57

Segundo Vroom (1964), pode-se identificar pelo menos sete variveis na determinao da satisfao no trabalho: 1) estilo de superviso ou liderana; 2) interesse intrnseco da funo, o teor do desafio ou mudana; 3) a coeso dos grupos de trabalho (possivelmente conflito ou harmonia interpessoal); 4) carga e presso do trabalho; 5) o prestgio ou status da funo em relao a outros (possivelmente envolvendo oportunidades percebidas para progresso e ampliao da funo; 6) o tipo de estrutura de recompensa que se associa ao trabalho (por exemplo, pagamento por hora, dia, semana, ms ou ano) e 7) participao na tomada de deciso. Pag. 57-58 Os trabalhadores esto separados do fruto de seu trabalho - expresso de si mesmos apropriado pelo proprietrio dos meios de produo e sobre ele perde o controle. Por isso: O objeto produzido pelo trabalho, seu produto, agora se ope ao trabalhador como um ser estranho, como uma fora independente do produtor. O produto do trabalho trabalho incorporado em um objeto e convertido em coisa fsica; esse produto uma objetificao do trabalho. A execuo do trabalho aparece na esfera da Economia Poltica como uma perverso do trabalhador, a objetificao como uma perda e uma servido ante o objeto, e a apropriao como alienao. (MARX, 1964, p. 95) Pag. 59 A alienao do produto do trabalho tambm alienao do processo de produo. [...] se o produto do trabalho alienao, a prpria produo deve ser alienao ativa - a alienao da atividade e a atividade da alienao. A alienao do objeto do trabalho simplesmente resume a alienao da prpria atividade do trabalho. E,

consequentemente, a relao do trabalhador com sua prpria atividade humana como algo estranho e no pertencente a ele mesmo, atividade como sofrimento (passividade), vigor como impotncia, criao como emasculao, a energia fsica e mental pessoal do trabalhador, sua vida pessoal (pois o que a vida seno atividade?) como uma atividade voltada contra ele mesmo, Independente dele e no pertencente a ele. Isso autoalienao, ao contrrio da acima mencionada alienao do objeto. (MARX, 1964, p. 9799) Pag. 59

A alienao do produto e do processo de trabalho tambm alienao do trabalhador de seu ente-espcie, isto , da humanidade como um todo, da universalizao do homem que, ao realizar sua natureza, realiza toda a humanidade. Tal como o trabalho alienado: 1) aliena a natureza do homem e 2) aliena de si mesmo, de sua prpria funo ativa, de sua atividade vital, assim tambm o aliena da espcie. Ele transforma a vida da espcie em uma forma de vida individual. Em primeiro lugar, ele aliena a vida da espcie e a vida individual, e posteriormente transforma a segunda, como uma abstrao, em finalidade da primeira, tambm em sua forma abstrata e alienada. Pois, trabalho, atividade vital, vida produtiva agora aparecem ao homem apenas como meios para a satisfao de uma necessidade, a de manter sua existncia fsica. (MARX, 1964, p. 100). Pag. 60 Trata-se de uma reelaborao do conceito de modo a torn-lo operacionalizvel, isto , de modo a permitir no s apreender as diferentes formas ou dimenses da alienao e suas implicaes sobre as atitudes e comportamentos operrios em diferentes situaes de trabalho, mas tambm mensurar a sua intensidade varivel de acordo com aquelas diferentes situaes, isto , de acordo com a variao do conjunto de fatores que lhe do origem. Pag. 60

Tecnologia, diviso do trabalho, organizao social e estrutura econmica so as quatro variveis bsicas de todas as anlises comparativas entre ramos industriais e, ao mesmo tempo, os fatores determinantes do grau de alienao e liberdade dos trabalhadores submetidos a distintas condies de trabalho. Pag. 60 Assim definida, a alienao no trabalho se manifesta em quatro dimenses: 1) a impotncia para controlar o processo de trabalho, powerless; 2) a insignificncia da funo e incompreenso de sua utilidade, meaninglessness; 3) o isolamento social, social isolation; 4) o distanciamento de si mesmo, sel estrangemenf. Pag. 61

Talvez o mais srio problema associado c om essas ocupaes seja a frequncia elevada do conflito trabalhador-administrao, c om respeito a mudanas tecnolgicas e sobre a questo do que seja um dia justo de trabalho. Com o vimos, esses conflitos so maiores onde as presses sobre o trabalhador so maiores. Pag. 64 Anlise Crtica: A sociedade moderna conceitua que a satisfao compreende a realizao de necessidades bsicas do indivduo como sua sobrevivncia fsica e de seus familiares com um emprego que lhe proporcione renda, j a motivao est ligada a autorealizao, auto-estima tudo que permita esse indivduo satisfazer o que poderamos dizer como sua alma, como crescimento pessoal, desenvolvimento de potencialidades, planejar e organizar sua vida. Maslow defende que o ser o humano trabalha mediante a satisfao de algum tipo de necessidade, seja ela primria como a subsistncia a outras mais elevadas de cunho pessoal como a auto-estima. Porm, essa teria criticada, pois ela divide o homem em duas metades, a alma e o corpo, mas ambas andam juntas e no h subscrever a satisfao de uma perante a no satisfao total da outra. H uma complexa relao entre elas que at ento no era observada nas teorias fordista e taylorista. Vroom enxergou sete variveis que esto diretamente ligadas a satisfao no trabalho. So elas 1) estilo de superviso ou liderana; Observa-se a necessidade de um tipo de liderana correto para cada tipo de atividade exercida, uma vez que, a opo errada gera descontentamento dos trabalhadores, pois lhe retirado o controle sobre a realizao de seu prprio trabalho e ambiente de trabalho. 2)interesse intrnseco da funo, o teor do desafio ou mudana; necessrio que o trabalhador se sinta envolvido pelo processo levantando seu interesse pelo mesmo, pois a atividade repetitiva desmotiva pela sua mecanizao do ato. 3)a coeso dos grupos de trabalho (possivelmente conflito ou harmonia interpessoal);

A diviso racional do trabalho criou novos postos de atuao baseados numa produtividade individual, ou seja, trabalhadores que atuavam juntos agora se degladiam entre si pelo melhor cargo criando conflitos no ambiente de trabalho e fragmentando o poder da massa trabalhadora, pois os interesses passaram a ser individuais em detrimento ao coletivo. 4) carga e presso do trabalho; O ritmo de trabalho agora ditado pela gerencia e sua presso e altas metas fazem com que o trabalhador atue de forma exaustiva tendo o trabalho como algo punitivo. 5) o prestgio ou status da funo em relao a outros (possivelmente envolvendo oportunidades percebidas para progresso e ampliao da funo; Os trabalhadores enxergam seus cargos como nfimos por terem aparente baixa representatividade na hierarquia da organizao inferindo diretamente em sua autoestima e provocando desmotivao. 6) o tipo de estrutura de recompensa que se associa ao trabalho (por exemplo, pagamento por hora, dia, semana, ms ou ano) Refere-se ao valor pago pelo trabalho. O trabalhador espera uma gratificao adequada ao que foi realizado, mas a organizao no v esse mesmo valor o que causa a insatisfao. 7) participao na tomada de deciso O trabalhador deseja ser importante na organizao e o poder que lhe atribudo fator considervel, uma vez que incutida a idia do mandar gera uma satisfao pessoal almejada por quem no o tem. Para Marx, ocorria uma separao, um afastamento entre o produto, objeto e trabalho que ele conceituou como alienao. Na alienao do produto o mesmo desvinculado se seu produtor, ou seja, como se o produto perdesse as caractersticas da fora produtiva que o fez. Passando a incorporar as caractersticas do dono dos meios de produo. A alienao do objeto se refere a atividade que passa a ser transmitida pelo trabalhador que apenas a realiza sem agregar-lhe suas caractersticas individuais. Isso

ocorre porque o produto alienado, logo para que isso ocorra o seu processo tambm precisa ser alienado. Blauner caracterizou quatro dimenses para essa alienao: 1) a impotncia para controlar o processo de trabalho, powerless; O trabalhador fica impedido de agir, de se impor de ser agente de mudanas ento sua resposta a reatividade 2) a insignificncia da funo e incompreenso de sua utilidade, meaninglessness; Trata-se da alienao do processo produtivo, que mecaniza as atividades da funo lhe retirando o sentido importando apenas sua execuo. 3)o isolamento social, social isolation; Ocorre quando o trabalhador no incorpora os valores da organizao. Mantendo-se afastado do grupo, como um ser estranho dentro da empresa por no ter os mesmos interesses que os outros. 4) o distanciamento de si mesmo, sel estrangemenf. Com uma atividade sem sentido o trabalhador perde a oportunidade de desenvolvimento pessoal, de suas potencialidades o que leva a um desinteresse pela atividade porque se torna rotineira e sem envolvimento.

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