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Guia de Manejo Incubação

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incubação

Guia de
Manejo de
Incubação

cobb-vantress.com
Guia de Manejo de Incubação COBB

Introdução
Nos últimos anos, várias foram as modificações ocorridas nos incubatórios, como: introdução
do monitoramento por computador, controle das máquinas, automatização de vários
processos diários de operação. Além disso, houve um aumento na conscientização da
importância do incubatório no controle de doenças.
Um profundo conhecimento sobre a incubação de ovos e o nascimento dos pintinhos é vital
para lidar com estas modificações.
Este manual foi elaborado com o intuito de explicar os princípios relacionados à criação
de frangos e destacar os aspectos mais importantes no manejo do incubatório, desde a
produção de ovos até a entrega dos pintinhos.
Elaboramos este manual com a intenção de aumentar seus já adquiridos conhecimentos
na área de administração de incubatórios. Que esta ferramenta lhe proporcione mais
conhecimento e melhor julgamento para obter resultados de incubação ainda melhores. Esta
publicação é uma ligação entre o manual de Matrizes COBB 500 e o manual de Manejo do
Frangos de Corte e contém conselhos técnicos que abrangem desde a entrega de Matrizes
até a transferência dos Frangos de Corte para o abatedouro.
Nossas recomendações são baseadas em conhecimentos científicos e experiência de
campo em nível mundial. É importante ter conhecimento sobre as leis locais que podem
influenciar na prática do sistema de manejo escolhido.

Revisado 2008

COBB
Desenvolvimento

Infértil
• Nenhum
DIA 1
• Aparecimento
1 DIA 2 2
• Desenvolvimento do
desenvolvimento. do tecido em tecido bem visível
desenvolvimento. • Aparecimento de
vasos sanguíneos.

DIA 7
• Começa o
7 DIA 8 8
• Canhões da pena
DIA 9 9
• Embrião começa a
crescimento da visíveis. ter aparência de ave.
crista. • Parte superior e • Aparece abertura do
• Começa a aparecer inferior do bico do bico.
o dente do bico do mesmo comprimento.
pintinho.

DIA 14 14
• O embrião vira a
DIA 15 15
• O intestino é
DIA 16 16
• Corpo completamente
cabeça em direção absorvido para coberto por penas.
à parte mais larga dentro da cavidade • Albúmen praticamente
do ovo. abdominal. inexistente.
Embrionário do Pintinho

DIA 3 3 DIA 4
• Batimentos cardíacos. • Pigmentação
4 DIA 5
• Aparecimento de
5 DIA 6 6
• Aparecimento do bico.
• Vasos sanguíneos do olho. cotovelos e joelhos. • Começam
bem visíveis. movimentos
voluntários.

DIA 10 10
• Dente de ovo
DIA 11 11
• Crista serrilhada.
DIA 12 12
• Dedos totalmente
DIA 13 13
• Aparecimento de
proeminente. • Pena da cauda formados. escamas.
• Unhas dos dedos. evidente. • Primeiras penas • Corpo levemente
visíveis. coberto por penas.

DIA 17 17
• Líquido amniótico
DIA 18 18
• Crescimento do
DIA 19 19
• Saco vitelino
DIA 20 20
• Saco vitelino
diminui. embrião praticamente absorvido para dentro completamente
• Cabeça posicionada completo. da cavidade abdominal. dentro do corpo.
entre os pés. • Saco vitelino ainda • Não há mais líquido • Embrião se torna
do lado de fora do amniótico.
pintinho respirando
embrião. • Embrião ocupa a (respiração na
• Cabeça posicionada maior parte do ovo câmara de ar).
embaixo da asa (com exceção da • Bicagem interna e
direita. câmara de ar). externa.
Guia de Manejo de Incubação COBB

Conteúdo
Página
1. Nascimento – A medida do Sucesso 1
2. Nascimento dos Ovos Férteis 2
3. Manejo do Ovo Incubável 3-7
3.1 Pontos-Chave no Armazenamento de Ovos 5
3.2 Ótimas Condições para o Armazenamento de Ovos 6
3.3 Efeitos do Armazenamento de Ovos 7
3.4 Incubação dos Ovos 7
3.5 Momento de Incubação 7
4. Operação da Máquina Incubadora 8-12
4.1 Ventilação 8
4.2 Controle de Temperatura 10
4.3 Umidade 11
4.4 Viragem 12
5. Transferência dos Ovos 13
6. Fatores que Influenciam o Tamanho do Pintinho 14
7. Operação da Máquina Nascedouro 14
7.1 Ventilação e Umidade 14
7.2 Temperatura 14
8. Retirada do Pintinho e Processamento 15-18
8.1 Sexagem do Pintinho pela Pena 16
8.2 Janela de Nascimento 17
9. Disposição do Lixo Incubatório 19
10. Transporte de Pintinhos 19
11. Altitude 20
11.1 Oxigênio Disponível 20
11.2 Perda de Umidade 20
12. Manutenção 21
12.1 Manutenção Preventiva 21
13. Automatização do Incubatório 22

COBB
Guia de Manejo de Incubação COBB

Conteúdo
Página
14. Projeto do Incubatório 23-26
14.1 Estrutura 23
14.2 Instalação dos Plenuns do Nascedouro e Incubadora 24
14.3 Localização 26

15. Programa Sanitário do Incubatório 27-28

16. Arquivo 29

17. Guia de Problemas 30-35


17.1 Principais Causas de Falhas do Nascimento 30
17.2 Diferentes Estágios do Desenvolvimento Embrionário 31

18. Conversão Métrica 36

Lista de Gráficos
Fatores de Controle 1
Nascimento do Ovo Fértil 2
Variações nos Ovos Incubáveis 4
Gráfico do Fluxo de Temperatura dos Ovos 5
Limite da Temperatura Ideal para Armazenar Ovos 6
Ventilação do Incubatório — Regulagem Apropriada 9
Calor Produzido por Ovo Incubado 9
Relação entre Tempo de Nascimento, Nascimento e Temperatura 10
Limite de Perda de Peso do Ovo Durante o Processo de Incubação 11
Relação Peso Pintinho 14
Sexagem de Frangos de Corte 16
A janela de Nascimento 18
Plenum de Exaustão (túnel de captação de penugem) 26
Propriedades Químicas dos Desinfetantes Usados nos Incubatórios 28
Ovoscopia e Embriodiagnóstico 30
Gráfico Psicrométrico 35
Quebragem dos Resíduos do Incubatório 37

COBB
Guia de Manejo de Incubação COBB

1. NASCIMENTO - A MEDIDA DO SUCESSO


A medida do sucesso de qualquer incubatório é o número de pintinhos de primeira qualidade
produzidos. Este número representa uma porcentagem sobre o total de ovos colocados nas
máquinas durante uma incubação.

O nascimento é influenciado por vários fatores. Alguns destes fatores são de responsabilidade
do granjeiro e outros são de responsabilidade do incubatório. A fertilidade é um ótimo
exemplo de um fator inteiramente influenciado pela granja; o incubatório não consegue
modificar a fertilidade do ovo; porém, vários outros fatores podem ser influenciados por
ambos, granja e incubatório.

Fatores que podem ser controlados


Granja Incubatório
Nutrição da Matriz Programa Sanitário
Doenças Armazenamento de Ovos
Infertilidade Ovo Danificado
Ovo Danificado Incubação - gerenciamento do
funcionamento das máquinas
Correto Controle do Peso Corporal de incubadoras e nascedouros
Fêmeas e Machos
Manuseio dos Pintinhos
Programa Sanitário do Ovo
Armazenamento de Ovos
Portanto, a granja exerce uma grande influencia nos resultados do incubatório;
daí a importância do trabalho conjunto entre granja e incubatório.

COBB 1
Guia de Manejo de Incubação COBB

2. NASCIMENTO DOS OVOS FÉRTEIS


Como as incubadoras não exercem influência sobre a fertilidade do ovo, é importante
também considerar a eclodibilidade dos ovos férteis, além do nascimento. A eclodibilidade
dos ovos férteis leva em consideração tanto a fertilidade do lote como também o
nascimento; calcula-se a porcentagem de nascimento dividida pela porcentagem da
fertilidade, multiplicado por 100.

Exemplo: (86,4% nascimento ÷ 96% fertilidade) *100 = 90% de nascimento dos ovos
férteis

O exemplo a seguir mostra claramente a importância do cálculo de eclodibilidade.

Incubatório % Nascimento % Fertilidade % Nascimento de Ovo Fértil


A 86 97 88.66
B 82 91 90.11
C 84 94 89.36

Apesar do incubatório B apresentar a porcentagem mais baixa de eclodibilidade, apresenta


a mais alta porcentagem de nascimento dos ovos férteis. Isto se deve ao fato de que
a porcentagem de nascimento foi limitada pela fertilidade e não pela capacidade do
incubatório de permitir o nascimento dos pintos. Conseqüentemente, o incubatório B está
fornecendo pintinhos de mesma qualidade ou de qualidade superior.

Em pico de produção, os lotes devem atingir no mínimo 96,7% de fertilidade e 93,5%


de nascimento dos ovos férteis. A porcentagem padrão de fertilidade e a eclodibilidade
dependem da idade das matrizes.

Idade das matrizes Nascimento dos Ovos Férteis


(em semanas) (%)
25 a 33 >90.2
34 a 50 >91.8
51 a 68 >88.6

As vantagens de se fazer o registro de nascimento dos ovos férteis são:


1. Separar os problemas de fertilidade dos problemas do incubatório
2. Permitir focar no problema
3. Fornecer um guia para a resolução de problemas

2 COBB
Guia de Manejo de Incubação COBB

3. MANEJO DO OVO INCUBÁVEL


Somente se conseguem ótimos nascimentos e pintinhos de boa qualidade quando se
mantém o ovo em ótimas condições, desde a postura até a colocação na máquina
incubadora. Lembremos que o ovo contém muitas células vivas. Uma vez posto o ovo, o
potencial de nascimento pode, na melhor das hipóteses, ser mantido, mas nunca melhorado.
Se o manejo for insatisfatório, o potencial de nascimento pode se deteriorar rapidamente.
1. O uso de ovos de chão reduz o nascimento. Eles devem ser recolhidos e acondicionados
separadamente dos ovos produzidos nos ninhos e claramente identificados. Caso
sejam utilizados para incubação, eles devem ser manuseados separadamente. Evite
grietas en los huevos manejándolos cuidadosamente en todo momento.
2. Prevenir rachaduras: sempre manusear os ovos com cuidado.
3. Colocar os ovos incubáveis com cuidado na bandeja da máquina incubadora ou
bandeja de transporte; a extremidade mais fina deve ser colocada para baixo.
4. Tomar cuidado ao selecionar os ovos. Durante o início de produção, conferir
regularmente o peso dos ovos para selecioná-los para incubação.
5. Guardar os ovos numa câmara separada, com controle de temperatura e umidade.
6. Manter a sala de ovos do galpão limpa e em ordem. Manter controle estrito de animais
daninhos no local. Rejeitar bandejas e carrinhos sujos do incubatório e mantê-los em
bom estado na propriedade.

Ovos de Boa Qualidade

COBB 3
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Remover e descartar os ovos não aptos para incubação, como:


• Sujos
• Quebrados
• Pequenos (de acordo com a Política do Incubatório)
• Ovos de tamanho muito grande ou de gema dupla
• Qualidade de casca frágil; entretanto, qualquer cor de casca é aceitável para incubar
• Ovos grosseiramente deformados

Mancha de Sangue Trincado Sujo

Alongado Redondo Trincado com a unha

Enrugado Pequeno ou Muito Grande


4 COBB
Guia de Manejo de Incubação COBB

3.1 Pontos-Chave no Armazenamento de Ovos


Os ovos devem ser recolhidos dos galpões e enviados para o incubatório no mínimo duas
vezes por semana. Existem três áreas de armazenamento: depósito de ovos no galpão,
transporte, e depósito de ovos no incubatório. É importante que todos estes ambientes
tenham condições semelhantes para evitar mudanças bruscas na temperatura e umidade
que possam ocasionar a condensação (transpiração) dos ovos ou resfriamento e/ou
aquecimento dos mesmos. Além disso, devem-se evitar flutuações de temperatura durante
o transporte e o estoque. A redução da temperatura deve ser suave e gradual, quando
estamos promovendo o resfriamento dos ovos desde o galpão de produção à sala de ovos
do incubatório, da mesma forma como deve também ser gradual o aquecimento dos ovos
que passam da sala de ovos do incubatório para a máquina incubadora.

Gráfico do Fluxo de Temperatura dos Ovos (para ovos frescos)


Temperatura da Galinha Incubadora
104 - 106º F 99.5 - 100º F
40 - 41º C 37.5 - 37.8º C

Galpão de Produção
75 - 85º F
24 - 29º C

Sala de Ovos na Granja*


(vide observação abaixo) Área de Preaquecimento
70 - 77º F 75 - 80º F
21 - 25º C 24 - 27º C

Caminhão
de Transporte
de Ovo
68 - 73º F
20 - 23º C

NOTE:
*Temperaturas mais baixas
para ovos armazenados na Sala de Ovos do Incubatório
granja. (detalhes no item 3.2)
Temperaturas mais altas no 66 - 70º F
caso de ovos transportados 19 - 21º C
diariamente ao incubatório.

COBB 5
Guia de Manejo de Incubação COBB

3.2 Ótimas Condições para o Armazenamento de Ovos


Existe uma relação entre o tempo de armazenamento e o controle da temperatura e
umidade para uma melhor taxa de nascimento. Geralmente, quanto mais tempo os ovos
ficam estocados, mais baixa deve ser a temperatura, e vice-versa.

Limite Ideal de Temperatura para Armazenagem de Ovos


°f °c
69 21
68
20
67
66
19
65
64 18
63
17
62
61 16
60
59 15
0 3 6 9 12 15 18
Dias estoque

6 COBB
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3.3 Efeitos do Armazenamento de Ovos


Os principais efeitos do armazenamento de ovos são:
1. O estoque prolonga o tempo de incubação. No geral, para cada dia de armazenamento,
adicionar uma hora ao tempo de incubação. Isto deve ser levado em consideração quando
os ovos são colocados na máquina, isto é, ovos frescos e ovos de estoque devem ser
programados em tempos diferentes.
2. A eclodibilidade diminui conforme se prolonga o tempo de armazenamento. Esse efeito aumenta à
medida que se estende o tempo de armazenamento. Após o período de 6 dias, resulta na perda de
0,5 a 1,5% diário, com um aumento na porcentagem de perda à medida que os dias passam.
3. A qualidade do pintinho será comprometida e, conseqüentemente, o peso do frango de corte
que resultará deste pintinho, cujo ovo ficou armazenado por 14 dias ou mais.
A troca de gases através dos poros da casca do ovo, ocorre durante o armazenamento. O dióxido
de carbono se dispersa para fora do ovo e sua concentração diminui rapidamente durante as
primeiras 12 horas após a postura. Os ovos também perdem umidade durante o armazenamento.
A perda de dióxido de carbono e umidade contribui para a diminuição do nascimento e da
qualidade do pintinho após o estoque.
As condições do armazenamento devem ser definidas com a finalidade de minimizar essas perdas.
A maioria dos ovos é colocada em caixas abertas ou em carrinhos; porém, alguns são colocados
em caixas fechadas. Disponibilize tempo suficiente para que esses ovos esfriem e sequem
completamente antes de serem encaixotados, evitando assim a condensação e a consequente
proliferação de fungos.
3.4 Incubação dos Ovos
Para evitar o choque térmico do embrião e a consequente condensação na casca, os ovos
devem ser retirados da sala de ovos e preaquecidos antes de incubar. O ideal seria preaquecer
os ovos em uma sala destinada para esta finalidade, sob temperatura de 24-27 ºC (75–80°F) de
modo que todos os ovos possam atingir a temperatura desejada.
A circulação eficiente de ar e a temperatura correta nesta sala são essenciais para o
preaquecimento uniforme dos ovos. O preaquecimento realizado de maneira desuniforme aumenta
a diferença no tempo de incubação, justamente o oposto da finalidade do preaquecimento.
Mesmo com boa circulação de ar, são necessárias 6 horas para que os ovos no carrinho atinjam
25 ºC, indiferente da temperatura inicial. Com má circulação de ar, esse processo pode demorar
até duas vezes mais. Portanto, a recomendação é:
• Propiciar boa circulação de ar ao redor dos ovos.
• Permitir 6 a 12 horas de preaquecimento.
3.5 Momento de Incubação
Três fatores influenciam o tempo total de incubação dos ovos:
1. Temperatura da máquina: normalmente, é a mesma para todas as incubadoras; entretanto,
para conseguir fazer a retirada de pintinhos em um determinado tempo, pode-se modificar o
tempo no qual os ovos são incubados, dependendo da idade e tamanho dos mesmos.
2. Idade dos ovos: ovos que foram submetidos ao armazenamento necessitam levam mais
tempo de incubação. Para ovos armazenados por mais de 6 dias é preciso adicionar 1 hora
para cada dia a mais de estoque.
3. Tamanho do ovo: ovos grandes necessitam de mais tempo de incubação.
COBB 7
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4. OPERAÇÃO DA MÁQUINA INCUBADORA


Na hora de projetar uma máquina incubadora, o consumo de energia, a mão de obra, a
durabilidade, a manutenção e o custo devem ser levados em consideração. As condições
físicas ideais para o sucesso no crescimento de qualquer embrião de frango são:
• Temperatura correta
• Umidade correta
• Troca de gases adequada
• Viragem freqüente dos ovos

Os sistemas comerciais de incubação são classificados em três principais categorias:


• Prateleira fixa de estágio múltiplo
• Carga de carrinho com estágio múltiplo
• Carga de carrinho com estágio único

A capacidade de ovos de cada máquina por incubação, a freqüência de incubação, (uma ou


duas vezes por semana) e a posição dos ovos dentro da máquina variam dependendo do
fabricante. Siga o manual de instruções de uso da máquina recomendado pelo fabricante.
Não a utilize indevidamente.

4.1 Ventilação
1. As máquinas de incubação extraem ar fresco da própria sala de incubação. Esse ar
fresco fornece a umidade e o oxigênio necessários para manter a correta umidade
relativa. O ar que sai da máquina remove o excesso de dióxido de carbono e de calor
produzido pelos ovos.
2. O ar fornecido para as máquinas incubadoras deve ser no mínimo 8 pés cúbicos
por minuto para cada 1000 ovos ou 13,5 m3/hora/1000 ovos. Veja tabela na página
seguinte (ventilação da incubadora-regulagem apropriada).
3. Toda máquina incubadora possui um sensor capaz de controlar vários níveis de
umidade relativa. O ar fornece, relativamente, pouca umidade; por isso, para evitar a
sobrecarga do sistema interno de controle de umidade, o ar que entra na máquina é
pré-umidificado até um nível muito similar à umidade relativa interna. A temperatura
deste ar deve ficar em torno de 24-27 ºC (76-80 ºF).
4. Máquinas de múltiplo estágio necessitam de um suprimento constante de ar. Estas
devem ser calibradas de tal forma que os níveis de dióxido de carbono no interior das
máquinas não excedam 0,4%. A maioria das máquinas com prateleiras fixas funcionam
com um nível de 0,2-0,3% e as com carrinhos, de 0,3-0,4%. No entanto, estes níveis
elevados de CO2 não são exigidos.

8 COBB
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Ventilação incubatório — Regulagem apropriada


Capacidade Temperatura Umidade Pressão local em
Ventilação Relativa relação à atmosfera
pés3/min (m3/hr
Áreas /1000) /1000) °F °C (%) (Em H2O)

Recebimento de ovos (5 minutos de troca 66-70 19-21 60-65 Neutro até +0.01
de ar para a sala)
Sala de ovos 2 3.38 66-70 19-21 60-65 Neutro até +0.01
Sala de máquinas 8 13.5 76-80 24-27 55-62 +0.015 o +0.02
incubadoras

Sala de nascedouro 17 28.7 76-80 24-27 55-62 +0.005 to +0.01


Sala de pintos 40 67.6 72-75 22-24 65-70 Neutro

Sala de retirada (.5 minutos de troca 72-75 22-24 65-70 -.015 to .025
de pintinhos de ar para a sala)
Sala de lavagem (.5 minutos de troca 72-75 22-24 65-70 -.015 to .025
de ar para a sala)
Sala de limpeza (1 minuto de troca 72-75 22-24 N/A Positivo
de equipamento de ar para a sala)
Corredores (5 minutos de troca 75 24 N/A Neutro
de ar para a sala)

Conversão de Pressão (0,01 em H2O = 2,5 Pascal, 0,01 mbar, 0,1016 mm H20)

Calor produzido por ovos incubados


kjoules/ovo/dia Watts/1000 ovos
21.6 250

17.28 200

12.96 150

8.64 100

4.32 50

0 0
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21
Idade (dias)

COBB 9
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Relação entre tempo de nascimento,


nascimento e temperatura
% nascimento tempo médio - nascimento (dias)
100 24

90

80 23

70

60 22

50

40 21

30

20 20

10

0 19
°F 95 96 97 98 99 100 101 102 103 104 105
°C 35 36 37 38 39 40
temperatura

4.2 Controle de Temperatura


A temperatura determina o grau de velocidade do metabolismo do embrião e,
conseqüentemente, seu grau de desenvolvimento.
1. Em máquinas de múltiplos estágios, a temperatura deve ser mantida constante. A
temperatura ideal, tanto para nascimento quanto para a qualidade do pinto, depende
do modelo de máquina. Temperaturas acima ou abaixo do recomendado pelo
fabricante implicam aumento ou diminuição da velocidade do desenvolvimento e,
conseqüentemente, a redução de nascimentos.
2. Em máquinas de estágio único, a temperatura pode ser alterada a fim de alterar
o crescimento do embrião e estimular o aumento de produção de calor animal,
começando com temperaturas mais altas e reduzindo em diferentes etapas até a
transferência.
3. Uma grande variação na temperatura pode ocorrer quando uma máquina de múltiplo
estágio não é carregada de forma equilibrada ou uniforme. Máquinas parcialmente
carregadas acabam não atingindo a temperatura desejada, prolongando assim o
tempo de incubação, enquanto que máquinas sobrecarregadas podem ocasionar
superaquecimento. Em ambos os casos, os efeitos serão desfavoráveis, tanto para o
nascimento quanto para a qualidade do pinto.

10 COBB
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4.3 Umidade
1. Durante o processo de incubação, o ovo perde umidade através dos poros da casca.
A rapidez com que o ovo perde umidade depende do número e tamanho dos poros
da casca, e também da porcentagem de umidade no ambiente ao redor do ovo. Para
obter melhores taxas de nascimento, um ovo deve ter perdido 12% do seu peso no 18º
dia de incubação.
2. Devido às diferenças na estrutura da casca e, conseqüentemente, na condução de
gases, quando o ovo é incubado sob uma mesma condição de umidade, ocorrerá uma
variação na perda de umidade. Em ovos de matrizes, essa variação normalmente não
altera de forma significativa o nascimento. Porém, quando fatores como idade, nutrição
ou doenças reduzem a qualidade do ovo, será eventualmente necessário ajustar, na
máquina, a umidade relativa para manter ótimas condições de nascimento e qualidade
do pinto.

Limite de perda de peso do ovo durante processo de incubação


% perda de peso
12

11

10

0
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21
Dias

COBB 11
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4.4 Viragem
1. Ovos devem ser virados durante o processo de incubação. Isto deve ser feito para
prevenir a aderência do embrião à membrana da casca do ovo, principalmente durante
a primeira semana da incubação. A viragem também ajuda no desenvolvimento das
membranas embrionárias.
2. A medida que o embrião se desenvolve e aumenta sua capacidade de produzir calor, a
viragem constante ajuda na circulação do ar e auxilia na redução da temperatura.

12 COBB
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5. TRANSFERÊNCIA DOS OVOS


Aos 18 ou 19 dias, os ovos são transferidos da máquina incubadora para as bandejas
do nascedouro. Isto é feito por duas razões. Uma porque os ovos são deixados de lado
para facilitar o movimento livre do pintinho ao nascer e, a outra, porque ajuda na higiene
durante o nascimento, quando se produz grande quantidade de penugem que, se estiver
contaminada, poderia espalhar-se ao redor do incubatório.

Quando os ovos são transferidos precoce ou tardiamente, o embrião é exposto a condições


não tão favoráveis, diminuindo assim os nascimentos. Tudo isso deve ser levado em
consideração quando se altera o momento da transferência. O momento da transferência
irá variar dependendo do tipo de máquina (em geral é realizado entre 18 ou 19 dias).

1. A transferência deve ser feita de forma cuidadosa e rápida, evitando o resfriamento dos
ovos, o que resultará em atraso do nascimento.
2. Ao transferir os ovos, pode ser feita a ovoscopia, separando os ovos claros (inférteis e
embriões mortos, ovos estragados e outros) para contá-los e descartá-los.
3. Neste estágio, a casca do ovo é mais frágil devido ao embrião retirar cálcio da casca
para a formação do seu esqueleto. Sendo assim, extremo cuidado é necessário
durante sua transferência para evitar a quebra do ovo. O manuseio incorreto dos
ovos durante esta fase pode ocasionar hemorragias e rupturas. As transferências
automatizadas permitem a realização mais cuidadosa deste processo do que se
consegue manualmente.
4. As bandejas devem estar limpas e secas no momento da transferência. Ovos colocados
em bandejas molhadas esfriam quando a água se evapora. Os Nascedouros devem
estar secos e na temperatura adequada antes da transferência dos ovos.
5. Ovos podres e estragados devem ser colocados em um recipiente com desinfetante.
6. Atualmente, encontra-se à disposição o sistema de vacinação in-ovo, que pode ser
utilizado na proteção contra a doença de Marek, bem como para administração de
outras vacinas. As recomendações do fabricante devem ser seguidas.

COBB 13
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6. FATORES QUE INFLUENCIAM O TAMANHO DO PINTINHO


1. O tamanho do ovo é o fator que determina o tamanho do pintinho. O peso do pintinho
normalmente corresponde a 66-68% do peso do ovo; sendo assim, pintinhos de ovos
com peso médio de 60g pesam por volta de 40g. Porém, individualmente, os pintinhos
podem pesar entre 34 a 46g.
2. O peso do ovo diminui durante o período de incubação devido à perda de umidade, o que
contribui também para uma variação no peso de pintinhos nascidos de ovos do mesmo
tamanho.
3. O tempo entre nascimento, retirada e entrega também afeta o peso final do pintinho. O
tempo de permanência dentro da máquina nascedouro tem um efeito maior sobre o peso
do pintinho do que a temperatura mais baixa na sala de pintinhos ou dentro do caminhão
de transporte.
Relação Peso Pintinho

75
% do peso do ovo

70

65

0 24 48 72
momento formação da casca tempo (horas)

7. OPERAÇÃO DA MÁQUINA NASCEDOURO


Na maioria dos incubatórios de frango, ocorrem dois nascimentos por semana, por máquina.
A máquina nascedouro é lavada e desinfetada após cada nascimento. A durabilidade da
estrutura e a fácil limpeza da máquina são fatores de suma importância.
7.1 Ventilação e Umidade
O suprimento de ar na máquina nascedouro deve ser de 17 cfm/1000 ovos (28,7 m3 por hora).
Desde o ponto da transferência até a bicagem da casca, o fornecimento de ar e umidade
na máquina nascedouro deve ser igual ao da máquina incubadora. Durante o processo
de nascimento, a umidade é importante para manter as membranas da casca macias e
maleáveis, assim o pintinho pode sair ileso. Quando começam a bicar, o nível de umidade
aumenta, resultando no aumento na temperatura de bulbo úmido. Neste momento, a entrada
do ar (damper) precisa ser ajustada para manter esse nível. Umidade adicional talvez se faça
necessária, através do sistema nebulizador. Algumas horas antes da retirada, a entrada de ar
(damper) é aberta para aumentar o suprimento de ar para os pintinhos.

7.2 temperaturA
A temperatura na máquina nascedouro é geralmente um pouco mais baixa do que a
temperatura da máquina de incubação, reduzindo o risco de um aquecimento excessivo.
14 COBB
Guia de Manejo de Incubação COBB

8. RETIRADA DO PINTINHO E PROCESSAMENTO


Os pintinhos estão prontos para serem retirados quando a maioria deles está seca e
com penugem. Alguns (mais ou menos 5%) ainda apresentam o pescoço úmido. Um erro
comum é deixar os pintinhos além do tempo necessário dentro da máquina nascedouro, o
que causa desidratação. A desidratação do pintinho pode ser resultado de um erro no ajuste
do tempo da máquina incubadora com relação à idade dos ovos ou perda excessiva de
peso durante o período de incubação. No caso de estarem “verdes” (ainda não maduros),
verificar o momento (hora) de incubação como também verificar a possibilidade de
resfriamento durante o processo de incubação, o que reduz o grau de desenvolvimento.

Enquanto o pintinho é retirado, ele deverá ser separado dos fragmentos da casca,
classificados em pintinhos de primeira e/ou descarte, contados e colocados em caixas.
Alguns incubatórios estendem seus serviços além disso, como:

• Sexagem, na maioria das vezes feitas pelo exame das asas em pintinhos de frango de
corte, bem como sexagem pela cloaca em matrizes;
• Vacinação, em spray ou injeção, manual ou automática;
• Debicagem.

1. Durante o processamento, o ambiente onde ficam os pintinhos deve ser monitorado


para evitar aquecimento ou resfriamento. Não superlotar as caixas com pintinhos ou
durante o transporte nas esteiras rolantes. Para evitar a perda de peso dos pintinhos,
manter o nível correto de umidade na sala de pintinhos. Almejar 23 ºC (73 ºF) com
umidade relativa de 65-70%.
2. Foram desenvolvidas máquinas automáticas para melhorar o manuseio dos pintinhos
enquanto se reduz também o número de funcionários.
3. Evitar manuseio grosseiro dos pintinhos em operações de manuseio manual e quando
da utilização de máquinas. Fazer regularmente uma boa manutenção das máquinas.
4. Após cada nascimento, deve ser feita uma limpeza completa das máquinas. Todas as
partes que ficam expostas ou em contato direto com os pintinhos, tais como esteiras
rolantes e carrossel, devem ser de fácil acesso para a realização da limpeza.

COBB 15
Guia de Manejo de Incubação COBB

8.1 Sexagem de Frangos de Corte


Os frangos auto-sexavéis – de empenamento lento - podem ser sexados pela asa no
primeiro dia de idade, conforme ilustrado a seguir.

No formato de empenamento rápido, os machos e as fêmeas mostram o mesmo padrão de


desenvolvimento das penas, como mostra o diagrama a seguir em relação às fêmeas.

ACIMA DA ASA

A-Primárias
B-Secundárias

FÊMEAS MACHOS
Penas secundárias sempre mais As penas secundárias sempre do
curtas que as primárias. mesmo tamanho que as primárias,
ou até mais compridas
No momento do Secundárias
nascimento, todas as e primárias
penas são curtas; do mesmo
porém, as secundárias comprimento.
se estendem 1⁄2 até
3⁄4 do comprimento em
relação às primárias.

Após algumas Secundárias


horas, as penas são estendem-se um
mais compridas; pouco além das
só as secundárias penas primárias.
mantêm 1⁄2 até 3⁄4
do comprimento das
primárias.
Secundárias
estendem-se
bastante além das
penas primárias.

1. Abrir as asas como leque.


2. Observar as penas na sua parte inferior: as penas de baixo são as primárias e as
de cima as secundárias.
3. Quando as primárias são mais compridas que as secundárias, o pintinho é
fêmea.
4. Quando as primárias têm o mesmo tamanho ou mais curtas que as penas
secundárias, o pintinho é macho.

16 COBB
Guia de Manejo de Incubação COBB

8.2 A Janela de Nascimento


A janela de nascimento indica o número de aves nascidas após a transferência dos ovos
da incubadora para o nascedouro.

Quando os ovos eclodem cedo demais, os pintos tornam-se suscetíveis a problemas


como a desidratação. A desidratação em pintos nesse estágio poderá levar ao aumento da
mortalidade aos 7 dias e aos 14 dias de idade e/ou frangos de baixo desempenho. Quando
a eclosão dos ovos se dá tardiamente, o resultado pode se traduzir em baixa eclodibilidade,
problemas de qualidade dos pintos, aumento do número de ovos bicados e ovos com
embriões vivos não nascidos.

Os fatores que afetam o nascimento precoce incluem:


• Período de pré-aquecimento longo demais
• Colocação precoce dos ovos na incubadora. Excesso de horas de incubação
• Temperatura e umidade inadequadas na incubadora e no nascedouro
• Pontos mais quentes dentro da incubadora e do nascedouro
• Ventilação incorreta
• Mudanças sazonais de temperatura que afetam o ambiente dentro do incubatório
• Excesso de ovos férteis no nascedouro
• Tamanho dos ovos

Os fatores que afetam o nascimento tardio incluem:


• Colocação tardia dos ovos na incubadora
• Temperatura e umidade inadequadas na incubadora e no nascedouro
• Ventilação incorreta
• Mudanças sazonais de temperatura que afetam o ambiente dentro do incubatório
• Ovos armazenados por longos períodos
• Ovos armazenados sob temperaturas muito baixas
• Padrões incorretos de regulagem em equipamentos de estágios múltiplos
• Problemas relacionados a doenças e à fertilidade

COBB 17
Guia de Manejo de Incubação COBB

Porcentagem Ideal
de Nascimentos Superior Média Inferior
100%

80%

60%

40%

20%

0%
-43 -38 -33 -23 -13 0
hora
O gráfico de barras acima indica os ovos colocados nas posições superior, média e inferior
da incubadora e posteriormente transferidos ao nascedouro.

De forma ideal, a porcentagem total de nascimentos não deve ultrapassar 25% 23 horas
antes da retirada e mais de 75% do total de nascimentos devem ter ocorrido 13 horas antes
da retirada.

Distribuição Ideal
de Nascimentos Superior Média Inferior
70
60
50
40
30
20
10
0
-43 -38 -33 -23 -13 0
hora
O gráfico de barras indica a distribuição do nascimento de pintos, no período de 23 horas
antes da retirada. O número de pintos nascidos em cada cesta/bandeja deve ser uniforme
em toda a incubadora.

18 COBB
Guia de Manejo de Incubação COBB

9. DISPOSIÇÃO DO LIXO DO INCUBATÓRIO


Com uma média de 85% de nascimentos dos ovos, 15% dos ovos serão inférteis ou
apresentarão embrião morto. Estes ovos, juntamente, com as cascas restantes após a retirada
dos pintinhos, constituem o lixo do incubatório. Atualmente, em alguns países a reutilização/
reaproveitamento são proibidos por lei. A reutilização deste material como subproduto na ração
aumenta o risco de propagação de organismos patogênicos. Existem poucas alternativas
lucrativas para estes subprodutos, que a maioria dos incubatórios descarta como lixo.
1. Ovos não nascidos na bandeja de incubação devem ser triturados para destruir os
embriões não nascidos. Ovos bicados e pintinhos de descarte devem ser eliminados
usando dióxido de carbono ou qualquer outro método aceitável na região.
2. Restos e fragmentos no piso podem ser retirados para um silo ou contêiner fechado por
meio de um aspirador a vácuo, para depois realizar a devida disposição, segundo leis
ambientais e a prática local e/ou do país.

10. TRANSPORTE DE PINTINHOS


Veículos com instalações adequadas, com controle de ambiente, devem ser utilizados para
o transporte dos pintinhos do incubatório até seu destino final: a granja de recria.
1. O veículo deve estar equipado com um sistema de aquecimento auxiliar, mas pode
eventualmente usar o ar fresco externo para o resfriamento. No entanto, se durante a
época de verão as temperaturas ultrapassarem 30 ºC (86 ºF), é necessário um sistema de
ar condicionado.
2. Na cabine do veículo deve estar instalado um controle de temperatura do compartimento de carga,
para que o motorista possa conferir a temperatura e ajustar os ventiladores caso necessário.
3. Os pintinhos encaixotados devem estar a uma temperatura de mais ou menos 32 ºC (90 ºF)
dentro das caixas. Essa temperatura pode ser atingida com a temperatura de 24 ºC (75 ºF) do
compartimento de carga, com caixas plásticas, ou 20 ºC (71 ºF) com caixas de papelão.
4. Quando utilizadas caixas de plástico para o transporte, é necessário um maior cuidado com
os pintinhos, uma vez que estas caixas se aquecem e resfriam mais rapidamente do que as
de papelão. Certificar-se de que o veículo possua um sistema adequado de aquecimento e
ar-condicionado para o transporte de caixas plásticas.
5. As caixas devem ser corretamente empilhadas, deixando espaços entre as mesmas para a
circulação do ar. Cada fileira deve ser fixada com uma barra que atravessa toda a largura do
veículo evitando o deslocamento das caixas durante o transporte.
6. Pode ser providenciada uma cortina plástica na traseira do veículo para uso durante a
descarga, ajudando na retenção de ar quente durante este processo.
7. O motorista deve ser treinado corretamente e estar consciente da sua função.
Cada motorista deve começar o dia com roupa limpa e trocar de macacão/botas após cada
entrega. De preferência não permitir a entrada dos motoristas dentro dos galpões.
8. Lavar a jato com detergente/desinfetante cada vez que o veículo utilizado para o transporte
retornar ao incubatório. O veículo deve estar equipado com um spray/desinfetante para
desinfetar rodas e pneus entre uma granja e outra, caso haja entregas múltiplas no mesmo
dia para diferentes granjas.
9. Caixas de pintinhos que retornam para o incubatório representam alto risco sanitário. Essas
caixas devem permanecer separadas e devem ser completamente lavadas/desinfetadas antes
de serem reutilizadas.
COBB 19
Guia de Manejo de Incubação COBB

11. ALTITUDE
Em muitos países, a avicultura é praticada em altitudes relativamente elevadas. Incubatórios
que operam em altitudes elevadas apresentam problemas de baixas taxas de nascimento,
principalmente aqueles localizados acima de 762 m (2.500 pés).

A pressão barométrica diminui com a altitude, como também a pressão parcial do oxigênio
e a umidade. Na ventilação com ar puro, o ar tende a ser mais frio e seco do que ao nível
do mar. Incubatórios com sistema deficiente de controle de temperatura e umidade terão
maiores problemas sob essas condições ambientais. Os problemas nos nascimentos em
locais de altitudes elevadas estão relacionados a uma menor quantidade de oxigênio no ar,
e uma maior perda de umidade dos ovos.

11.1 Oxigênio Disponível


A porcentagem de oxigênio disponível no ar livre é de 21,6% e, na sala/máquina, o nível
não deve ser inferior a 20%. A redução da pressão parcial em altitudes elevadas resulta
em menos oxigênio para um determinado volume de ar. Esta redução na pressão causa a
diminuição do nível de oxigênio no sangue e uma menor disponibilidade para o tecido.

11.2 Perda de Umidade


A perda de umidade do ovo durante o período de incubação é maior em altitudes elevadas.
Isto se deve a uma maior difusão do vapor de água através da casca. A casca se torna
um meio de condução muito importante em altitudes elevadas. As máquinas incubadoras
devem ser ajustadas para assegurar que a perda de peso do ovo aos 18 dias de incubação
seja de 12%.

20 COBB
Guia de Manejo de Incubação COBB

12. MANUTENÇÃO
Com incubadoras cada vez maiores e mais automatizadas, a necessidade de manutenção
preventiva se torna crucial. Seguem algumas sugestões:
1. Obter recomendações do fabricante no que diz respeito a serviços e manutenção
rotineiros.
2. Realizar regularmente a manutenção segundo as recomendações do fabricante e sua
própria experiência.
3. Fazer, uma vez ao ano, uma minuciosa limpeza e inspeção nas máquinas de incubação
de múltiplo estágio.
4. Os ciclos são muito rápidos nas máquinas nascedouros, deixando pouco tempo para
serviços e reparos. Manter à disposição uma máquina de reserva para possibilitar
reparos indispensáveis, caso necessário.
5. Manter em estoque as peças mais usadas. Manter um minucioso inventário de uso e
compra de peças.
6. Os funcionários que operam as máquinas incubadoras e nascedouros devem fazer o
treinamento adequado e estarem familiarizados com o funcionamento das mesmas,
além dos procedimentos a seguir em caso de falha.
7. Garantir a adoção de medidas de segurança adequadas. Providenciar a placa de
proteção necessária e interruptores de segurança. Assegurar que todo o processo de
trabalho esteja dentro das especificações de segurança do Ministério do Trabalho. Isto
é de responsabilidade da gerência.

12.1 Manutenção Preventiva


• Calibrar máquinas
• Calibrar salas
• Controlar perda de umidade
• Controlar ovos bicados
• Controlar a extensão do tempo de nascimento (dos primeiros aos últimos pintinhos nascidos)
• Confirmar que os programas estejam produzindo os resultados desejados
• Compartilhar informação entre gerência e pessoal de manutenção

COBB 21
Guia de Manejo de Incubação COBB

13. AUTOMATIZAÇÃO DO INCUBATÓRIO


1. Devido à existência de incubatórios maiores e aumento no custo da mão-de- obra,
existe a oportunidade de automatizar vários processos que demandam mão-de-obra
dentro do incubatório.

2. Com relação aos funcionários, a norma geral é um funcionário para cada milhão de
pintinhos/ano (não incluídos motoristas), quando a unidade não é automatizada, ou um
funcionário para cada dois milhões de pintinhos/ano, com automatização.

3. Existem máquinas disponíveis para:


a. Classificar os ovos antes da incubação
b. Fazer a ovoscopia e transferência com 18 dias de incubação
c. Administrar a vacinação in-ovo
d. Separar pintinhos dos fragmentos da casca de ovo
e. Fazer a contagem dos pintinhos
f. Fornecer vacinação em spray e encaixar pintinhos
g. Remover o lixo

Encontram-se à disposição diferentes tipos de esteiras rolantes, elevadores e carrosséis


para a aceleração dos processos de seleção e sexagem e outras operações efetuadas
manualmente.

4. Muitos destes equipamentos são de alta precisão e muito caros; só um incubatório de


grande porte pode justificar seu uso. Porém, incubatórios menores podem beneficiar-
se de equipamentos como máquina de transferência por vácuo e carrosséis de
classificação de pintinhos, que são relativamente baratos e com os quais se consegue
consideráveis benefícios na produtividade.

5. Melhoramento na produtividade se consegue com:


a. Maior cuidado no manuseio dos ovos para reduzir quebra
b. Vacinação mais rigorosa dos pintinhos
c. Contagem mais apurada dos pintinhos
d. Redução do cansaço dos operadores e a criação de um melhor ambiente de trabalho

Ao escolher os equipamentos, atentar para que os mesmos sejam eficientes, e


permitam desinfecção fácil e rápida. Os equipamentos que ficam em contato com
ovos e pintinhos não devem ser fonte de contaminação cruzada entre ovos nem entre
pintinhos.

22 COBB
Guia de Manejo de Incubação COBB

14. PROJETO DO INCUBATÓRIO


Um bom projeto na ocasião da construção de um incubatório é essencial para que um
incubatório apresente baixo custo operacional. Os incubatórios participam da cadeia
alimentar e por isso o seu projeto deve incorporar o mesmo padrão de higiene dos
alimentos.

As condições dentro das máquinas, que permitem um bom desenvolvimento do embrião,


também são ideais para o crescimento de bactérias e fungos. A superfície externa do ovo
deve estar livre de contaminação assim como toda a superfície da área da sala. As peças
de equipamento e das máquinas de incubação devem ser projetadas de tal forma que
permitam uma simples, freqüente e efetiva limpeza e esterilização.

14.1 Estrutura
Os incubatórios devem ter as seguintes características:
1. Paredes e pisos com acabamento bom e durável, com drenagem e de fácil limpeza.
As paredes devem ter um mínimo de juntas e parafusos permitindo a limpeza eficaz.
Um bom acabamento para ser usado no piso é uma mistura de cimento incorporando
um agregado de pedra dura, ou cobertura com material de epóxi que possui certas
vantagens em relação aos acabamentos mais tradicionais. O piso deve ter uma
inclinação em direção ao ralo em cada sala de incubação. Todos os ralos são do
tipo armadilha, particularmente na área de nascimentos e transferência para evitar
a obstrução por cascas de ovo e fragmentos. Todo ralo deve ser projetado com a
finalidade de suportar grandes quantidades de água juntamente com sólidos.
2. Fluxo de biossegurança dentro do prédio para o deslocamento de ovos, pintinhos e
equipamento. Áreas consideradas limpas devem ser separadas das áreas consideradas
sujas para prevenir a contaminação cruzada por penugem que pode ser deslocada
ao redor do prédio de incubação pela corrente de ar, roupa dos funcionários e
equipamentos. É necessário certificar-se de que o sistema de ventilação corra das
áreas chamadas limpas para as áreas chamadas sujas e nunca ao contrário e/ou na
mesma direção que os ovos, da máquina incubadora para máquina de nascimento.
O sistema de ductos da ventilação propriamente dita deve ser apropriado para que
se possa fazer uma limpeza periódica. Neste contexto, os ductos de ar de polietileno
oferecem muitas vantagens sobre o material metálico que é difícil de limpar.

COBB 23
Guia de Manejo de Incubação COBB

14.2 Instalação de Plenums na Máquina Nascedouro e Incubadora


introdução
Com o advento dos exaustores de velocidade variável e de sensores e controles de pressão
confiáveis, hoje é possível realizar a exaustão adequada da máquina nascedouro ou
incubadora utilizando-se um plenum controlado.

Vantagens
A criação de um plenum para a máquina nascedouro ou incubadora oferece várias vantagens:
1. Possibilita modificações nos projetos de construção dos incubatórios, variando dos
tradicionais prédios em forma de “T”, pois os incubatórios não necessitam mais de uma
parece externa para exaustão.
2. Possibilita o controle das condições atmosféricas variáveis que podem interferir na
exaustão correta da máquina nascedouro e incubadora.
3. Elimina todo o sistema de ductos que precisariam ser calibrados, monitorados e
ajustados adequadamente para o bom funcionamento dos equipamentos.
4. Promove uma melhor sanitização e limpeza do incubatório, bem como a redução do
número de homens-hora para o entediante trabalho de limpeza dos ductos.
5. Reduz ou elimina a emissão da penugem dos pintos na atmosfera.

Instalação
A seguir, apresentamos instruções passo-a-passo para a instalação do plenum, com
exaustores de velocidade variável e controle de pressão:
Incubadoras
Para o plenum das máquinas incubadoras, multiplicar o número total de máquinas por 500
pés cúbicos por minuto para determinar o número de pés cúbicos por minuto necessários
para manter a pressão neutra (0,00) da câmara do plenum em relação à atmosfera. O plenum
da incubadora deve se localizar acima das máquinas e cobrir toda a área de superfície do teto
das incubadoras, para lidar com a perda de calor do equipamento. O ar deve ser transferido
por exaustão para a atmosfera, longe de toda e qualquer entrada de ar fresco.
Nascedouros
No caso do plenum das máquinas nascedouros, multiplicar o número total de máquinas
controladas por um determinado plenum por 450 pés cúbicos por minuto para determinar a
capacidade de exaustão necessária para garantir que o plenum seja mantido constantemente
à pressão neutra (0,00) em relação à atmosfera. O plenum dos nascedouros deve se localizar
atrás das máquinas, no nível do piso, e deve fazer a exaustão do ar para o meio externo.
Caso o sistema de exaustão de uma determinada máquina esteja direcionado diretamente
à frente do exaustor, a exaustão da máquina deverá ser direcionada para baixo, em direção
ao piso. O ar deve ser removido por exaustão para o meio externo e para longe de toda
e qualquer entrada de ar fresco. Todos os exaustores de controle de pressão devem ser
equipados com um bom sistema anti-retorno (persianas). Se o exaustor estiver instalado em
uma chaminé, é preciso que haja uma persiana anti-retorno instalada na parte inferior da
chaminé, para eliminar o efeito-chaminé que altera a capacidade do exaustor de controlar a
pressão corretamente.

24 COBB
Guia de Manejo de Incubação COBB

1. Posicionar corretamente os tubos e a unidade sensora de pressão. Existem duas opções:


a. Medir desde o plenum até o exterior do edifício (recomendado). Esse é denominado
ponto de referência atmosférico.
b. Medir desde o plenum até a sala de nascedouro ou incubadora. (Nesse caso, a
pressão do plenum deve ser ajustada para ser negativa, uma vez que, na sala, ela
é positiva, para garantir que o plenum seja neutro em relação à atmosfera.)
Os tubos sensores nunca devem percorrer mais de 7,7 metros (25 pés) até a parte externa
do edifício, nem devem ser usados para mais de um sensor, a menos que se aumente o
tamanho do tubo ou que este seja inserido em um cano de PVC que atravesse até o exterior
do incubatório. O sensor externo deverá ser instalado de forma a evitar que seja afetado
pelo vento.

A localização correta destes sensores deve ser determinada através do monitoramento e


do registro da operação dos nascedouros ou incubadoras. No entanto, o próprio plenum
precisa ser vedado em relação à sala do nascedouro ou da incubadora, bem como em
relação ao exterior, para evitar que o sensor apresente leitura falsa como resultado da sala
pressurizada.

2. O plenum deve ser construído cuidadosamente:


a. Inclinar o telhado a um ângulo de aproximadamente 45º, da parte superior do
equipamento até a parede, para facilitar a limpeza.
b. Instalar sistema de iluminação de luminária horizontal, a prova d’água, para obter
iluminação máxima.
c. Posicionar o exaustor de velocidade variável o mais alto possível no plenum para
que a penugem dos pintos se deposite no piso.
d. Posicionar o exaustor o mais distante possível do sistema de exaustão dos
nascedouros.
e. Instalar um ralo em cada plenum, se possível, para facilitar a limpeza.
f. Instalar uma canaleta na parte de trás dos nascedouros, dotada de suporte para
painéis de plenum verticais. Isso irá facilitar a limpeza da parte superior dos
nascedouros pela equipe de limpeza. A canaleta deverá apresentar um leve declive
em direção a uma das extremidades, com tampas para ralo, quando necessário.

3. Providenciar um dispositivo extra para o monitoramento da pressão:


Deverá haver um manômetro Magnehelic em cada plenum, com a finalidade de
detectar a mesma pressão detectada pelos sensores de controle dos exaustores de
velocidade variável. Posicionar os manômetros Magnehelic diretamente ao lado dos
sensores de controle, para que as leituras possam ser facilmente monitoradas.

Resumo
O plenum de exaustão propicia inúmeras vantagens no incubatório. O manejo do ar
removido por exaustão consiste em uma melhoria incontestável. Esse conceito deve ser
considerado no caso de novas construções ou como forma de melhorar instalações antigas
que estejam em reforma.

COBB 25
Guia de Manejo de Incubação COBB

HVAC*
Plenum de Exaustão Ab. Linha do Teto

E.

Ac.
A.

C.
F.

D.

Nascedouro

B.

*(Sistemas de Aquecimento, Ventilação e Ar-Condicionado)


Equipamentos Necessários:
A. Exaustor de velocidade variável com cobertura de proteção contra vento e persianas
anti-retorno
Ab. Persiana anti-retorno
Ac. Cobertura de proteção contra vento
B. Câmara do Plenum
C. Fornecimento de entrada de ar
D. Ar removido por exaustão para a câmara de plenum
E. ângulo de 45 graus
F. Ar removido por exaustão para o exterior

14.3 Localização
A localização do incubatório é uma escolha inevitável entre o risco de doenças em uma
área com alto índice de população avícola e o custo do transporte de ovos e pintinhos, a
disponibilidade de mão-de-obra e a infra-estrutura de rodovias.
Sistema de alarme e gerador de energia
1. Todo incubatório deve estar equipado com um sistema gerador automático de prontidão,
com capacidade suficiente para permitir que o incubatório continue funcionando no caso
de falha no fornecimento de energia elétrica.
2. O sistema de alarme deve indicar qualquer falha no sistema ou falta de energia elétrica,
para que o funcionário do incubatório possa rapidamente tomar as devidas providências,
solucionando o problema sem demora.
3. Cada máquina incubadora deve ser dotada de um sistema secundário de alarme
indicador de temperatura para indicar se a temperatura aumenta ou diminui. Esse
sistema deve ser independente do sistema de controle tanto do fornecedor direto de
energia elétrica quanto do controle da própria máquina incubadora. Isto é particularmente
importante em nascedouros onde falhas de componentes podem levar rapidamente à
perda total dos pintinhos.
26 COBB
Guia de Manejo de Incubação COBB

15. PROGRAMA SANITÁRIO DO INCUBATÓRIO


1. Um programa sanitário deve ser elaborado para o controle de contaminação, e os
resultados do programa devem ser conferidos regularmente usando processos-padrão
de monitoração bacteriológica (Placa de Agar e Swab de contato).
2. As fontes de contaminação, além de ovos contaminados e penugem dos pintinhos,
podem ser: ar; pessoas (tanto funcionários como visitantes); animais, como ratos
e camundongos; pássaros e insetos; e equipamentos, como caixas, bandejas e
carrinhos.
3. Assegurar que todos os funcionários e visitantes usem roupas adequadas (macacão) de
proteção. O uso de macacões de diferentes cores é uma boa prática, de acordo com os
diferentes locais de trabalho dentro do incubatório (parte limpa ou suja do incubatório)
ou de acordo com cada função. Isso ajuda a identificar o deslocamento incorreto de
funcionários dentro do incubatório e na prevenção de contaminação cruzada.
4. Antes da utilização de qualquer desinfetante, é importante a retirada de todo material
orgânico. Por exemplo, as máquinas nascedouros devem de ser lavadas por inteiro
com água e detergente antes de serem desinfetadas.
5. Os desinfetantes devem ser usados seguindo exatamente as recomendações e
instruções do fabricante. Nem todos os desinfetantes são compatíveis; a maioria deles
é tóxica e todos os desinfetantes devem ser manuseados com cuidado.
6. Assegurar que os funcionários estejam cientes das exigências de armazenamento,
manuseio e mistura correta dos desinfetantes usados. Obter dos fabricantes informações
sobre os desinfetantes e seguir cuidadosamente as instruções. Vários aspectos
relacionados à segurança seguem vários códigos de prática e normas de segurança.
É de responsabilidade do gerente do incubatório estar familiarizado com tais códigos e
normas de segurança; é preciso certificar-se de que os funcionários entendam e sigam
tais códigos e normas. O treinamento específico de funcionários em relação ao uso
correto dos desinfetantes é essencial.
7. Os desinfetantes usados devem estar de acordo com as regulamentações
governamentais.
8. Efetuar testes de sensibilidade contra os desafios sanitários do incubatório para
determinar qual é o desinfetante mais efetivo para o incubatório.

COBB 27
Propriedades químicas dos desinfetantes usados nos incubatórios

Hipoclorito e outros Compostos Formaldeído


Propriedades dos compostos a base de Amônio Fenóis Iodo Glutaraldeído Ácido
produtos de uso regular de cloro Quaternário Líquido Gasoso Peracético

Bactericida + + + + + + + +

Esporicida + – + + + + + +

Fungicida + + + + + + + +
– –

Viricida + + + + + + + +
– – –

28
Tóxico para animais + – + + + – + –
– –
e humanos
Ativo em material – – + + – – + +
– – –
orgânico
Detergente – + – – – – – –

Mancha – – + – – + – –

Corrosivo + – + – – – – +
– – –

Custo – + – – – + + +
Guia de Manejo de Incubação COBB

+ Características Positivas – Características Negativas +


– Propriedades Variáveis

COBB
Guia de Manejo de Incubação COBB

16. Arquivo
1. São três as principais finalidades dos arquivos nos incubatórios:
• Auxiliar nas decisões gerenciais diárias e semanais
• Monitorar e controlar o fluxo de ovos e pintinhos que passam pelo incubatório
• Auxiliar nas decisões relativas aos planos de ação em geral

2. Isto cria a necessidade de manter dois tipos de arquivos:


Individual, resultado do lote e da incubação, informação quanto à fertilidade,
nascimentos, seleção, ovos contaminados, etc.
Custo total para produzir um pintinho: deve incluir mão-de-obra, eletricidade, veículos, etc.

3. As fichas de arquivo devem ser:


• Fáceis de preencher
• Fáceis de entender e interpretar
• Fáceis de controlar a exatidão
• Fáceis de comparar com valores projetados

4. A análise das informações arquivadas é essencial para complementar a experiência


do gerente em monitorar o desempenho do incubatório. Isto significa pesquisar e
investigar as diferenças entre os resultados atuais e os resultados projetados.

5. A revisão das fichas dos lotes após cada nascimento permitirá detectar áreas com
problemas e definir a tomada de ação para sua correção precoce.

6. As máquinas individuais podem ser meticulosamente programadas usando equipamento


computadorizado.

7. Um típico relatório sobre o embriodiagnóstico irá fornecer todo tipo de informação


necessária para a avaliação do seu incubatório.

8. O aspecto mais importante no arquivamento e na análise da informação é a


SIMPLICIDADE!

COBB 29
Guia de Manejo de Incubação COBB

17. GUIA DE PROBLEMAS


Qualquer investigação sobre a causa de baixo nascimento deve incluir um exame da morte
embrionária. Os principais pontos a serem observados são:
1. Tamanho do ovo e qualidade da casca
2. Câmara de ar
3. Posição do embrião no ovo
4. Anormalidades anatômicas
5. Anormalidades nutricionais
6. Albúmen não incorporado
7. Idade do embrião

O quadro abaixo mostra diferentes idades embrionárias e mortalidades em lotes normais.

Ovoscopia e Embriodiagnóstico

1234567 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21
Precoce Médio Tardio

• Ovoscopia (10-12 dias), resíduo (ao nascimento)


• Observar quando ocorre a morte embrionária
• Controlar o lote e as máquinas novamente
• Controlar o mesmo lote em máquinas diferentes
• Controlar diferentes lotes na mesma máquina
• Observar a presença de fungos
• Observar certa repetição de padrões

17.1 Principais Causas de Falhas dos Nascimentos


• Armazenamento do ovo
• Nutrição das matrizes
• Infertilidade verdadeira (idade da matriz)
• Doenças
• Contaminação por bactéria ou fungo
• Genética
• Deformação da casca e casca trincada
• Erros de incubação

30 COBB
Guia de Manejo de Incubação COBB

17.2 Diferentes Estágios do Desenvolvimento Embrionário


Estágios do Guia de problemas
Desenvolvimento
DIa 1 • Baixa fertilidade • Ovos invertidos
• Aparecimento do tecido em • Pré-incubação • Manuseio inadequado do ovo
desenvolvimento
• Fumigação inadequada • Descanso insuficiente do ovo
• Viragem inadequada • Falta de cuidado na
• Temperatura incorreta incubação dos ovos
• Umidade inadequada • Ovos contaminados
• Ventilação incorreta • Nutrição, drogas e toxinas

DIa 2 • Baixa fertilidade • Ovos invertidos


• Desenvolvimento do tecido • Pré-incubação • Manuseio inadequado do ovo
bem visível
• Fumigação inadequada • Descanso insuficiente do ovo
• Aparecimento de vasos
sanguíneos • Viragem inadequada • Falta de cuidado na
• Temperatura incorreta incubação dos ovos
• Umidade inadequada • Ovos contaminados
• Ventilação incorreta • Nutrição, drogas e toxinas

DIa 3 • Baixa fertilidade • Ovos invertidos


• Batimentos cardíacos • Pré-incubação • Manuseio inadequado do ovo
• Vasos sanguíneos bem • Fumigação inadequada • Descanso insuficiente do ovo
visíveis
• Viragem inadequada • Falta de cuidado na
• Temperatura incorreta incubação dos ovos
• Umidade inadequada • Ovos contaminados
• Ventilação incorreta • Nutrição, drogas e toxinas

DIa 4 • Viragem inadequada • Ovos invertidos


• Pigmentação do olho • Temperatura incorreta • Falta de cuidado na
incubação dos ovos
• Umidade inadequada
• Ovos contaminados
• Ventilação incorreta • Nutrição, drogas e toxinas
DIa 5 • Viragem inadequada • Ovos invertidos
• Aparecimento de cotovelos • Temperatura incorreta • Falta de cuidado na
e joelhos incubação dos ovos
• Umidade inadequada
• Ovos contaminados
• Ventilação incorreta • Nutrição, drogas e toxinas

DIa 6 • Viragem inadequada • Ovos invertidos


• Aparecimento do bico • Temperatura incorreta • Falta de cuidado na
• Começam movimentos • Umidade inadequada incubação dos ovos
voluntários • Ventilação incorreta • Ovos contaminados
• Nutrição, drogas e toxinas

COBB 31
Guia de Manejo de Incubação COBB

Estágios do Guia de problemas


Desenvolvimento
DIa 7 • Viragem inadequada • Ovos invertidos
• Começa o crescimento da • Falta de cuidado na
• Temperatura incorreta
crista
• Umidade inadequada incubação dos ovos
• Bico superior e inferior do • Ovos contaminados
mesmo comprimento • Ventilação incorreta
• Nutrição, drogas e toxinas

DIa 8 • Viragem inadequada • Descanso insuficiente do ovo


• Canhões de penas visíveis • Temperatura incorreta • Falta de cuidado na
• Picos superior e inferior • Umidade inadequada incubação dos ovos
igual en longitud
• Ventilação incorreta • Ovos contaminados
• Ovos invertidos • Nutrição, drogas e toxinas

DIa 9 • Viragem inadequada • Descanso insuficiente do ovo


• O embrião começa a ter • Temperatura incorreta • Falta de cuidado na
aparência de ave
• Umidade inadequada incubação dos ovos
• Aparece abertura do bico
• Ventilação incorreta • Ovos contaminados
• Ovos invertidos • Nutrição, drogas e toxinas

DIa 10 • Viragem inadequada • Descanso insuficiente do ovo


• Dente de ovo proeminente • Temperatura incorreta • Falta de cuidado na
• Unhas dos dedos • Umidade inadequada incubação dos ovos
• Ventilação incorreta • Ovos contaminados
• Ovos invertidos • Nutrição, drogas e toxinas

DIa 11 • Viragem inadequada • Descanso insuficiente do ovo


• Crista serrilhada • Temperatura incorreta • Falta de cuidado na
• Pena da cauda evidente • Umidade inadequada incubação dos ovos
• Ventilação incorreta • Ovos contaminados
• Ovos invertidos • Nutrição, drogas e toxinas

DIa 12 • Viragem inadequada • Descanso insuficiente do ovo


• Dedos totalmente formados • Temperatura incorreta • Falta de cuidado na
• Primeiras penas visíveis • Umidade inadequada incubação dos ovos
• Ventilação incorreta • Ovos contaminados
• Ovos invertidos • Nutrição, drogas e toxinas

DIa 13 • Viragem inadequada • Descanso insuficiente do ovo


• Aparecimento de escamas • Temperatura incorreta • Falta de cuidado na
• Corpo levemente coberto • Umidade inadequada incubação dos ovos
com penas
• Ventilação incorreta • Ovos contaminados
• Ovos invertidos • Nutrição, drogas e toxinas

32 COBB
Guia de Manejo de Incubação COBB


Estágios do Guia de problemas
Desenvolvimento
DIa 14 • Viragem inadequada • Descanso insuficiente do ovo
• Embrião vira a cabeça em • Temperatura incorreta • Falta de cuidado na
direção à parte mais larga
do ovo • Umidade inadequada incubação dos ovos
• Ventilação incorreta • Ovos contaminados
• Ovos invertidos • Nutrição, drogas e toxinas

DIa 15 • Viragem inadequada • Ovos invertidos


• O intestino é absorvido • Temperatura incorreta • Ovos contaminados
para dentro da cavidade
abdominal • Umidade inadequada • Nutrição, drogas e toxinas
• Ventilação incorreta

DIa 16 • Viragem inadequada • Ovos invertidos


• Corpo completamente • Temperatura incorreta • Ovos contaminados
coberto com penas
• Umidade inadequada • Nutrição, drogas e toxinas
• Albúmen praticamente
inexistente • Ventilação incorreta

DIa 17 • Viragem inadequada • Ovos invertidos


• Diminui o líquido amniótico • Temperatura incorreta • Ovos contaminados
• A cabeça encontra-se entre • Umidade inadequada • Nutrição, drogas e toxinas
os pés
• Ventilação incorreta
• Nascedouro aberto • Viragem inadequada
DIa 18 demais, durante o ciclo
• Crescimento do embrião • Temperatura incorreta
de nascimento
praticamente completo • Transferência sem cuidado • Umidade inadequada
• Saco vitelino ainda do lado • Ovos trincados durante • Ventilação incorreta
de fora do embrião transferência • Ovos invertidos
• Bandeja e máquina
• Cabeça posicionada nascedouro molhadas • Ovos contaminados
debaixo da asa direita • Transferência inconsistente • Nutrição, drogaas e toxinas
DIa 19 • Nascedouro aberto • Temperatura incorreta
• Saco vitelino é absorvido demais, durante o ciclo • Umidade inadequada
para dentro do corpo de nascimento
• Transferência sem cuidado • Ventilação incorreta
• Não há mais líquido • Ovos trincados durante • Ovos contaminados
amniótico transferência • Nutrição, drogaas e toxinas
• Embrião ocupa a maior • Bandeja e máquina
parte do ovo (não há nascedouro molhadas
câmara de ar) • Transferência inconsistente
DIa 20 • Nascedouro aberto • Temperatura incorreta
• Saco vitelino esta demais, durante o ciclo • Umidade inadequada
completamente dentro de nascimento
• Transferência sem cuidado • Ventilação incorreta
do corpo
• Ovos trincados durante • Ovos contaminados
• Embrião se torna pintinho transferência • Nutrição, drogaas e toxinas
(respirando na câmara de ar) • Bandeja e máquina
• Bicagem interna e externa nascedouro molhadas
• Transferência inconsistente

COBB 33
Guia de Manejo de Incubação COBB

Diagnóstico de problemas de nascimento

Nascimento precoce • Temperatura muito alta - 1 a 19 dias


• Ovos pequenos

Nascimento tardio • Temperatura muito baixa ou baixa umidade - 1 a 19 dias


• Estocagem do ovo
• Ovos grandes
• Temperatura da máquina nascedouro muito baixa

Pintinho pegajoso • Temperatura muito alta - 20 a 21 dias


• Estocagem do ovo
• Ovos quebrados na bandeja
• Viragem inadequada

Posição incorreta • Ovos colocados com ponta para cima


• Ovos com deformações
• Viragem inadequada

Umbigo não • Temperatura muito alta - 1 a 19 dias


cicatrizado • Umidade muito alta - 20 a 21 dias
• Estocagem do ovo

Pintinho • Variação na temperatura durante incubação


incapacitado • Idade do lote
de andar
• Manuseio do ovo na primeira semana de incubação

Pintinho anormal • Bico cruzado: Hereditário ou infecção por vírus


• Faltando olhos: Temperatura alta ou manuseio
• Pescoço torto: Nutrição
• Dedos tortos: Temperatura e nutrição
• Pés abertos: Bandeja lisa na máquina nascedouro

34 COBB
Guia de Manejo de Incubação COBB

Este gráfico mostra a relação entre temperatura do bulbo seco, temperatura do bulbo
úmido, umidade relativa e umidade absoluta.

Gráfico psicrométrico simplificado para o uso em incubatórios


Umidade absoluta, pressão vapor mm. de mercúrio

°F
em
co
se
o
lb

% RH
bu
do
ra
tu
ra
pe
m
Te

% Umidade relativa

% RH

Temperatura do bulbo úmido em °F

COBB 35
Guia de Manejo de Incubação COBB

18. CONVERSÕES MÉTRICAS


1 mm = 0,0394 pol Temperatura
1 cm = 10 mm = 0,3937 pol
1 m = 100 cm = 1,0936 jardas = 3,2808 pés °C °F
1 km = 1000 m = 0.6215 milhas 45 113.0
44 111.2
1 pol = 2.54 cm 43 109.4
1 pé = 30.48 cm 42 107.6
1 jarda = 0.9144 m 41 105.8
1 milha = 1.609 km 40 104.0
39 102.2
1g = 0.002205 libra = 0.0353 onça
38 100.4
1 kg = 2.2046 libra
37 98.6
1 tonelada = 1000 kg = 0.9842 tonelada britânica (UK) 36 96.8
= 1.1023 tonelada americana) 35 95.0
1 onça = 28.35 g 34 93.2
1 libra = 0.4536 kg = 453.6 g 33 91.4
1 tonelada UK = 1.016 toneladas = 1.016 kg 32 89.6
1 tonelada USA = 0.9072 toneladas = 907.2 kg 31 87.6
30 86.0
1 cm2 = 0.155 pol2 29 84.2
1 m2 = 1.196 jarda2 28 82.4
= 10.7639 pé2 27 80.6
1 pol2 = 6.4516 cm2 26 78.8
1 pe2 = 0.0929 m2 25 77.0
24 75.2
1 jarda2 = 0.8363 m2
23 73.4
1 litro = 0.22 galões imperiais 22 71.6
= 0.2624 galões americanos 21 69.8
1 pt (Imp) = 0.5682 litro 20 68.0
1 pt (USA) = 0.4732 litro 19 66.2
1 qt (Imp) = 1.1365 litro 18 64.4
1 qt (USA) = 0.9463 litros 17 62.6
1 galão (Imp) = 4.54596 litros 16 60.8
1 galão (USA) = 3.7853 litros 15 59.0
14 57.2
1 m3/kg/h = 16.016 pé3/libra/h 13 55.4
1 pe3/libra/h = 0.0624 m3/kg/h 12 53.6
1 m3/h = 0.5886 pé3/min 11 51.8
1 m/sec = 196.85 pé/min 10 50.0
1 kcal = 3.97 BTU 9 48.2
1 kcal/m3 = 0.1123 BTU/pé3 8 46.4
1 kcal/kg = 1.8 BTU/libra 7 44.6
6 42.8
1 pascal = 10-2 mbar = 0.021 libra-força/pé2 5 41.0

36 COBB
Cobb-Vantress Brasil Ltda Tel.: 55 17 3267 9999

COBB
Rodovia Assis Chateaubriand, km 10 Fax: 55 17 3267 9992
Guapiaçu – SP – Brasil - CEP: 15110-970

Lote n°

Incubadora n° Data incubação Idade ovos Idade Lote

Nascedouro n° Linhagem
Data ovoscopia % Produção
Fêmea
n° de Ovos Data Linhagem
% Atual Nascimento
embriodiagnóstico Macho
#Ovo/ Embriões Mortos Trincados Ovos com
Posição Bandeja não Ovos Pintinhos Trans- Conta- Ovos ponta para
Bandeja nascidos Infértil Precoce Médio Tardio Bicados descartes Precoce ferência minados Descartes cima

37
Totaliza

Percentagens

% Nascimento % Nascimento
Tamanho Amostra % Fertilidade
estimado dos ovos férteis
Guia de Manejo de Incubação COBB

19. Notas

38 COBB
Guia de Manejo de Incubação COBB

notAs

COBB 39
Cobb-Vantress Inc.
PO Box 1030, Siloam Springs
Arkansas 72761, US
Tel: +1 479 524 3166
Email: info@cobb-vantress.com

Cobb Europe Ltd


Oyster House, Severalls Lane, Colchester
Essex CO4 9PD, UK
Tel: +44 1206 835835
Email: info@cobb-europe.com

Cobb-Vantress Brasil, Ltda.


Rodovia Assis Chateaubriand, Km 10
Cep: 15110-970/Caixa Postal 2
Guapiaçu-SP-Brasil
Tel: +55 (17)3267 9999
Email: cobb.info@cobb-vantress.com.br

Cobb-Vantress Philippines Inc.


5/F 8101 Pearl Plaza, Pearl Drive
Ortigas Center, Pasig City
Philippines
Tel: +63 2 634 3590
Fax: +63 2 634 3598

L-1032-02
Outubro 1, 2008

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