COMPREENSO E INTELECO DE TEXTOS

A compreenso e a inteleco dos textos so primordiais em qualquer situao do cotidiano, tendo em vista que o desempenho da leitura interfere na aprendizagem de todas as outras matrias, alm de promover a socializao e a cidadania do leitor. O bom leitor sabe selecionar o que deve ler e que efetivamente pode contribuir para sua formao intelectual e melhorar sua compreenso a respeito da complexidade do mundo. Interpretar criar sentido, pois toda interpretao provoca a criao de outro texto . !ada leitor um su"eito singular, que utiliza diferentes estratgias #sua experi$ncia prvia, suas crenas, seus conflitos, suas expectativas e suas rela%es com o mundo& para dar sentido ao que l$, sem, no entanto, eliminar o sentido original do texto. !abe, porm, ressaltar que quase imposs'vel determinar o grau de fidelidade de um leitor ao texto original. O ato de interpretar possibilita a construo de novos conhecimentos a partir daqueles que existem previamente na mem(ria do leitor, os quais so ativados e confrontados com as informa%es do texto, permitindo)lhe atribuir coer$ncia *quilo que est+ lendo.

cuidado o que cada enunciado pede. 2uitas vezes, o erro proveniente do descuido, ou da pressa, no momento de ler as informa%es dos comandos.

Erros mais frequentes, quando no se faz uma leitura adequada dos textos:
Extrapolao 5 consiste em acrescentar
informa%es ao texto original ou mesmo aplic+)lo em outros contextos. Reduo 5 ocorre quando o leitor diminui ou elimina informa%es ou a pr(pria intensidade do texto. Inverso 5 acontece quando o leitor perde passagens do desenvolvimento do texto ou altera a orientao de seu sentido, o que pode lev+)lo a conclus%es opostas *s expressas pelo autor.

NVEIS DE LIN !" EM

A linguagem qualquer con"unto de sinais que nos permite realizar atos de comunicao. 6ependendo dos sinais escolhidos, teremos uma comunicao verbal, visual, auditiva etc. 6amos o nome de fala * utilizao que cada membro da comunidade faz da l'ngua, tanto na forma oral quanto na escrita. 7m decorr$ncia do car+ter bastante individual da l'ngua, necess+rio destacar algumas modalidades8 NORMA CULTA: aquela utilizada em situa%es formais, principalmente na escrita 5 mais plane"ada e bem elaborada. !aracteriza)se pela correo da linguagem em diversos aspectos8 um cuidado maior com o vocabul+rio, obedi$ncia *s regras estabelecidas pela 9ram+tica, organizao rigorosa das ora%es e dos per'odos etc. !onfira no texto abaixo8
(...) O mais forte e aprecivel motivo para um estudo dos assuntos humanos a curiosidade. Este um dos traos distintivos da natureza humana. Ao que parece, nenhum ser humano dele totalmente destitu do, apesar de seu !rau de intensidade variar enormemente de indiv duo para indiv duo. "o campo dos assuntos humanos, a curiosidade nos leva a #uscar uma $ptica panor%mica, atravs da qual se possa che!ar a uma vis&o da realidade, t&o inteli! vel quanto poss vel para a mente humana.'
Arnold TOYNBEE. Um estudo da histria . :ras'lia8 7d;n:. ,<=>. 1+g. 4>. #com adapta%es&.

Como fazer uma leitura eficaz:

,. .. -eia todo o texto, com ateno, procurando entender o seu sentido geral. /dentifique as idias do texto #cada par+grafo contm uma idia central e outras secund+rias&, estabelecendo as rela%es entre as partes. 1rocure compreender todos os voc+bulos e express%es. 2uitas vezes, o pr(prio texto "+ fornece o significado da palavra. 2as, na medida do poss'vel, use o dicion+rio sempre que estiver lendo, pois com isso aumentar+ os seus conhecimentos e ampliar+ o seu vocabul+rio. -embre)se de que bastante freq3ente a cobrana do significado #tanto literal quanto contextual& das palavras nessas provas. -eia atentamente as instru%es para a resoluo das quest%es e analise com

0.

4.

LINGUAGEM COLO UIAL: adotada em situa%es informais ou familiares. !aracteriza)se pela espontaneidade, "+ que no existe uma preocupao com as normas estabelecidas #aceita o uso de g'rias e de palavras no dicionarizadas&. 7mbora se"a

uma linguagem informal, no necessariamente inculta, pois a desobedi$ncia a certas normas gramaticais se deve * liberdade de expresso e * sensibilidade estil'stica do falante. ? facilmente encontrada na correspond$ncia pessoal #msn, e(mail etc.&, na literatura, hist(rias em quadrinhos, nos "ornais e revistas. @e"a o exemplo8
)ei l* Acho que tudo vai ficar le!al. +ra que ent&o ficar esquentando tanto, -e parece que as coisas no fim sempre d&o certo.

estrangeiras modernas, principalmente do ingl$s. @e"a alguns exemplos8 do italiano #maestro, pizza, tchau, espaguete&G do franc$s #aba"ur, toalete, champanhe&G do ingl$s #recorde, sandu'che, futebol, bife, gol, clube, e muitos outros mais&. NEOLOGI)MO): so palavras novas, que vo sendo logo absorvidas pelos falantes no seu processo di+rio de comunicao. ;mas, surgem para expressar conceitos igualmente novosG outras, para substituir aquelas que deixam de ser utilizadas. Os neologismos podem ser criados a partir da pr(pria l'ngua do pa's #ce!onheiro, por exemplo&, ou a partir de palavras estrangeiras #deletar, escanear etc.&. RECRIA+,E) )EM-NTICA): existem, tambm, aquelas palavras que adquirem novos sentidos ao longo do tempo. 1or exemplo8 ce!onha #carreta que transporta autom(veis, desde as montadoras at as concession+rias&, laran1a #testa de ferro, pessoa que empresta o nome para a realizao de neg(cios il'citos& e muitas mais. G*RIA): so palavras caracter'sticas da linguagem de um grupo social #os "ovens&, que, por sua expressividade, acabam sendo incorporadas * linguagem coloquial de outras camadas sociais. Eo exemplos de g'rias8 vi #velho&, mano, #ro #brother&, 2aneiro*, Aadical*, e muitas outras. OB).: como as g'rias tambm evoluem #elas surgem e desaparecem com o passar do tempo& pode ser que os exemplos dados "+ tenham ca'do em desusoI /ARG,E): so os voc+bulos caracter'sticos da linguagem utilizada por alguns grupos profissionais #mdicos, policiais, vendedores, professores etc.& e que, por sua expressividade, acabam sendo incorporadas * linguagem de outras camadas sociais. 7xemplos8 positivo, #ico fino, 34 #policiais&G caroo #vendedores& e outros. REGIONALI)MO): so as varia%es originadas das diferenas de regio ou de territ(rio. @e"a o exemplo de uma variedade regional, tambm conhecida como fala caipira , pr(pria do interior de alguns estados brasileiros8
!heguei na #era do porto onde as onda se espaia. As !ara d meia vorta, senta na #era da praia. 7 o cuitelinho no gosta que o boto de rosa caia.
Milton Nascimento

LINGUAGEM T!CNICA: utilizada por alguns profissionais #policiais, vendedores, advogados, economistas etc.& no exerc'cio de suas atividades. 7xemplo8 .amos direto ao assunto/ interface
!rfica ou n&o, muitas vezes, preciso tra#alhar com o prompt do DOS, sendo a#orrecedor esforar(se na redi!ita&o de su#diret$rios lon!os ou comando mal di!itados .
Aevista PC World, agoB.CC>. p. <=.

O0)./ Do se deve confundir vocabul+rio tcnico com "argo #modalidade coloquial&. LITER"RIA #art$stica%: tem finalidade expressiva, como a que feita pelos artistas da palavra #poetas e romancistas, por exemplo&. Observe8 &O cu 1o!ava tinas de !ua so#re o
noturno que me devolvia a )&o +aulo. O com#oio #recou, lento, para as ruas molhadas, furou a !are suntuosa e me 1o!ou nos $culos menineiros de um !rupo ne!ro. )entaram(me num autom$vel de p2sames .
2em(rias Eentimentais de Foo 2iramar. Os'ald de Andrade

V"RI"#ES LIN !STIC"S

Eo as varia%es que uma l'ngua apresenta, de acordo com as condi%es sociais, culturais, regionais e hist(ricas em que utilizada. A l'ngua um organismo vivo, que se modifica no tempo, a todo instante. Os tipos de varia%es mais cobrados em provas so8 EM(R!)TIMO) LINGU*)TICO): voc+bulos incorporados ao nosso idioma em sua forma original ) ou aportuguesados. Do portugu$s usado ho"e no :rasil, existe influ$ncia de v+rias l'nguas8 do contato com o 'ndio, incorporamos palavras como cip$, mandioca, pero#a, carioca etc.G a partir do processo de escravido no :rasil, incorporamos inHmeros voc+bulos de l'nguas africanas, tais como quia#o, macum#a, sam#a, vatap e muitos outros. 1odemos encontrar tambm, no portugu$s atual, palavras provenientes de l'nguas

$!N#ES D" LIN !" EM

.

O modo como a linguagem se organiza est+ diretamente ligado * funo que se dese"a dar a ela, isto , * inteno do autor. 1ara os seis componentes da comunicao, seis so as suas fun%es8 Emissor: aquele que transmite a mensagem. Receptor: aquele com quem o emissor se comunica. Mensa0em: aquilo que se transmite ao receptor. Re1erente: assunto da mensagem. C2di0o: conveno social que permite ao receptor compreender a mensagem. Canal: meio f'sico que conduz a mensagem ao receptor.
EMOTI3A #E4(RE))I3A%

5"TICA

Ocorre quando o canal posto em destaque. A funo testar o canal de comunicao. Acontece nos cumprimentos di+rios, conversas de elevador, nas primeiras palavras de uma aula etc. Importante6 ? poss'vel encontrar em um texto mais de uma funo da linguagem. 1ortanto, cabe ao leitor identificar aquela que predomina e, por conseguinte, a inteno de seu autor.

$ORM"

E CONTE%DO DOS TEXTOS

7st+ centrada na expresso dos sentimentos, emo%es e opini%es do emissor. Aefora o aspecto sub"etivo, pessoal da mensagem. ? comum nesse tipo de funo a presena de inter"ei%es, retic$ncias, pontos de exclamao e, ainda, de verbos na ,J pessoa. O narrador apresenta opini%es com as quais outras pessoas podem ou no concordar. Kextos l'ricos so exemplos dessa funo, "+ que expressam o estado de alma do emissor.
CONATI3A #A(ELATI3A%

7xistem duas maneiras de se classificar os textos, quanto ao conteHdo e * forma8

(OE)IA um g$nero textual que se caracteriza pela escrita em versos # o verso o ordenador r tmico e mel$dico do poema&, que pode apresentar rima e mtrica e uma elaborao muito particular da linguagem. A poesia em geral reflete o momento, o impacto dos fatos sobre o homem e a criao de imagens que reflitam esse impacto.
Eu canto porque o instante existe E a minha vida est completa. No sou alegre nem sou triste Sou poeta.
(...)

Ocorre quando o receptor posto em destaque e estimulado pela mensagem. L+ um autor querendo influenciar o receptor. ? comum nesse tipo de texto o emprego do modo imperativo dos verbos e de vocativos.
RE5ERENCIAL #IN5ORMATI3A%

Ocorre quando o referente posto em destaque e a inteno principal do emissor informar. Os textos cu"a funo referencial possuem linguagem clara, direta e precisa, procurando traduzir a realidade de forma ob"etiva. Alguns textos "ornal'sticos, os cient'ficos e os did+ticos so o melhor exemplo disso.
(O!TICA

Sei que canto. E a cano tudo. Tem sangue eterno a asa ritmada. E um dia sei que estarei mudo ! mais nada.
Ceclia Meireles Motivo

1odemos encontr+)la nos casos em que o emissor enfatiza a construo, a elaborao da mensagem por meio da escolha de palavras que realcem a sonoridade, pelo uso de express%es imprecisas #legal, hiper, isso a'&. O texto no ob"etivo, traz uma fala cheia de rodeios, transmite pouca informao. A funo potica ocorre tanto em prosa como em verso.
METALINGU*)TICA

(RO)A8 um discurso que reproduz a maneira natural de falar, sem mtrica nem rima. As linhas ocupam quase toda a extenso horizontal da p+gina, demarcada, fisicamente, pelo par+grafo ) pequeno afastamento em relao * margem esquerda da folha. O par!rafo o ordenador l$!ico da prosa.

TIPOS TEXT!"IS
Os tipos textuais designam uma seq3$ncia definida pela natureza ling3'stica de sua composio e, para a sua classificao, so observados aspectos lexicais, sint+ticos, tempos verbais e, principalmente, as rela%es l(gicas. 1or sua estrutura composicional, os textos se dividem em8

Kem como funo realar o cdigo ) quando este utilizado como assunto ou explica a si mesmo. 1or exemplo, quando um poema tece reflex%es sobre a criao potica, um filme tematiza o pr(prio cinema ou um programa de televiso debate o papel social da televiso.

&' N "RR"TIVO
Kexto que visa a discorrer sobre fatos, relatar epis(dios, acontecimentos e

hist(rias verdadeiras #narrativa real& ou fict'cias #narrativa ficcional&. O texto narrativo possui uma seq3$ncia de acontecimentos #comeo, meio e fim& que pode ter sua ordem alterada pelo escritor, dependendo do efeito que ele pretenda alcanar. Eo exemplos de narrativas8 romance, novela, conto, crMnica, anedota e, at, hist(rias em quadrinhos. -eia o texto que segue8 !ontou)me um amigo uma hist(ria exemplar, ocorrida na cidade mineira de Dova -ima, por volta dos anos 0C. 7m Dova -ima, existe uma importante mina de ouro 5 a mina de 2orro @elho 5 que, *quela poca, vivia o seu apogeu, e era propriedade de uma companhia inglesa. Os oper+rios, nas entranhas da terra, perfuravam a rocha com suas brocas e picaretas e, dessa forma, respiravam durante anos, nas galerias fundas, a poeira de pedra que o trabalho levantava. Eem nenhuma proteo, ao fim de algum tempo, os mineiros, na sua quase totalidade, contra'am a silicose, causada pelo dep(sito do p( de pedra em seus pulm%es. A silicose, alm de encurtar a vida e a capacidade de trabalho, provoca tambm uma tosse crMnica, oca e ressoante, capaz de denunciar, a distNncia, a molstia que lhe d+ origem. Das noites de Dova -ima, quando buscava repouso, a cidade era sacudida e inquietada por uma trovoada surda e cava que, nascendo dos casebres oper+rios, chegava at *s fraldas das montanhas em torno. 7ra a grande tosse dos pobres, sintoma e denHncia eloq3ente da silicose que os roia. Os ingleses, perturbados em seu sono e em sua boa consci$ncia, em vez de adotarem medidas h+beis para que a silicose cessasse, resolveram enfrentar o problema pelo exclusivo ataque ao sintoma. 2ontaram em Dova -ima, com banda de mHsica e foguetes, uma f+brica de xarope contra a tosse que, ao mesmo tempo, produzia para consumo dos colonizadores matria)prima para refrigerantes que no eram encontrados em nosso pa's.
Llio 1ellegrino. (sican7lise da criminalidade 8rasileira: ricos e po8res. 5n8 Folha de S. Paulo, Oolhetim . Apud /n8 http8BBPPP.cefetsp.brBeduBesoBpellegrinocriminalidadecsc. html.

biografia civil, um ser humano, que pode construir v+rios narradores #um para cada hist(ria que dese"ar contar&.
!. "ER# NA$EN#: so os seres que esto

envolvidos com a hist(ria, que vivem os fatos e que so caracterizados f'sica e psicologicamente. Qualquer tipo de ser #gente, bicho, criaturas inanimadas& pode virar personagem de uma narrativa. Os personagens podem ser classificados como8 (rincipais 9 quando participam diretamente da trama. )ec:nd7rios 5 quando participam de forma pouco intensa da hist(ria. Caricat:rais 5 que t$m traos de personalidade ou padr%es de comportamento realados, acentuados #*s vezes beirando o rid'culo&.
%. ENRED : a hist(ria em si, o con"unto

encadeado dos fatos, organizado de acordo com a vontade do escrito. Kodo enredo sup%e um conflito. OB).: ;ma narrativa pode apresentar um enredo linear 5 quando os fatos vo se desenrolando um depois do outro, em ordem cronol(gica de tempo 5 ou um enredo nolinear 5 quando a hist(ria interrompida por uma volta ao passado #para algo ser lembrado&. ? o que chamamos de flash#ac6, muito comum em filmes.
&. E#"A' : o espao da narrativa o local

onde se desenvolve a hist(ria, o cen+rio. A descrio do espao serve para criar o clima que envolve o leitor nos acontecimentos. A descrio do espao serve, tambm, para caracterizar, de forma indireta, um personagem. 1ode ser8 5$sico: o cen+rio por onde circulam os personagens e onde se desenrola a trama. Mental: o retrato de uma poca, a $nfase nos costumes de determinado per'odo da hist(ria.
(. )E*" : o tempo da narrativa o quando

Elementos da narrativa:
1. NARRAD R: quem conta a hist(ria, um

ser ficcional a quem o autor transfere a tarefa de narrar os fatos. L+ textos narrativos quase totalmente 5 ou totalmente 5 dialogados. Desse caso, o narrador aparece muito pouco, ou fica subentendido. Ateno: no confunda o narrador com o autor da hist(ria. 7ste um escritor, com uma

acontece a hist(ria. Cronol20ico: o tempo marcado pelo rel(gio, pelo calend+rio ou por outros 'ndices exteriores #momentos do dia, esta%es do ano, fatos hist(ricos&. (sicol20ico: o tempo sub"etivo, vari+vel de indiv'duo para indiv'duo. 7sse tempo marca)se pelas sensa%es ou pensamentos do personagem.

+o,o narrativo -ou ponto de vista.: 4

 Quando o narrador participa do enredo, personagem atuante, diz)se que um narrador-personagem. /sso constitui o foco narrativo ou ponto de ;ista da primeira pessoa. arrador-o!ser"ador o que serve de intermedi+rio entre o epis(dio e o leitor 5 < o 1oco narrati;o de terceira pessoa. Ocorrem casos em que o narrador classificado como onisciente, pelo fato de dominar o lado ps'quico de seus personagens, antepondo)se *s suas a%es, percorrendo)lhes a mente e a alma ) tambm sob o 1oco narrati;o de terceira pessoa.

estilo indireto livre, as ora%es da fala so independentes, sem verbos dicendi, mas com transposi%es do tempo do verbo #pretrito imperfeito& e dos pronomes #0J pessoa&. A caracter'stica que distingue esse tipo de discurso dos outros #direto e indireto& que no cab'vel sua transformao em ob"eto direto do verbo transitivo. !ompare os dois exemplos8 >?% Achamos o nome engraado. Qual o padrinho que pusera o nome de 2ilagre naquele afilhadoR 7 o portugu$s explicou que no, que o nome do pretinho era Eebastio. -ila!re era apelido.
)tanisla' (onte (reta

+ormas de DI#/0R# :
O disc:rso direto caracteriza)se pela reproduo fiel da fala do personagem. 7strutura)se normalmente com a preced$ncia de dois)pontos e inicia)se ap(s travesso. Dormalmente vem acompanhado por verbos de elocuo #dizer, falar, responder, berrar, retrucar, indagar etc.&. Do discurso direto, o narrador reproduz #ou imagina reproduzir& textualmente as palavras, a fala dos personagens. 7ste tipo de discurso permite melhor caracterizao dos personagens, pois reproduz de maneira mais viva os matizes da linguagem afetiva e as peculiaridades de expresso, tais como g'ria, modismos etc.. Observe o exemplo8 ...0otou as mos na cabea e a #oca no mundo8 5 Dossa senhora, meu patrozinho me mataI
5ernando )a8ino

@?% Einh+ @it(ria falou assim, mas Oabiano franziu a testa, achando a frase extravagante. Aves matarem #ois e cavalos, que lem#rana* Olhou a mulher, desconfiado, "ulgou que ela estivesse tresvariando.
Graciliano Ramos

A t1,ni,a do di2lo3o:
Ao transmitir pensamentos expressos por personagem real ou imagin+rio, o narrador pode utilizar o discurso direto ou o indireto e *s vezes, de uma "uno dos dois 5 o discurso indireto livre #ou semi)indireto&. 7sses tr$s estilos de discurso so marcados por8 @erbos dicendi, ou de elocuo, cu"a principal funo indicar o interlocutor que est+ com a palavra. Eo os verbos de dizer #afirma, declara...&G de perguntar #indaga, interroga...&G de responder #retruca, replica...&G de concordar #anuiu, assentiu&G de pedir #solicitou, rogou...&G de ordenar #mandando, determinando...&G de contestar #negando, ob"etando...& etc. 1ronomes demonstrativos para fazer aluso a idias expressas anterior ou posteriormente, para marcar refer$ncias no tempo e no espao8 os correspondentes * primeira pessoa #este, esta, isto& so usados no discurso direto e os relativos * terceira pessoa #aquele, aquela, aquilo& so usados no discurso indireto. Aecursos de pontuao8 travess%es, aspas ou v'rgulas #para marcar as falas&G pontos de interrogao, exclamao e qualquer sinal que d$ sonoridade *s frases, no sentido de torn+)las mais claras e v'vidas para o leitor.

O disc:rso indireto ocorre quando o narrador utiliza sua pr(pria fala para reproduzir a fala de um personagem. O tempo verbal, no discurso indireto, ser+ sempre passado em relao ao tempo verbal do discurso direto. Do discurso indireto, o narrador incorpora na sua linguagem a fala dos personagens, transmitindo)nos apenas a ess$ncia do pensamento a eles atribu'do. !onfira8 6. 7varista ficou aterrada. Ooi ter com o marido, disse(lhe que estava com dese1os.
Mac=ado de Assis

O disc:rso indireto li;re uma mescla do discurso direto com o indireto. Do discurso indireto livre, a fala do personagem se insere sutilmente no discurso do narrador, permitindo)lhe expor aspectos psicol(gicos do pensamento do personagem. Do discurso indireto li"re, a fala de determinado personagem ou fragmentos dela inserem)se discretamente no discurso indireto, atravs do qual o autor relata os fatos. Do

/omo transformar um dis,urso direto em indireto e vi,e4versa:

O disc:rso direto apresenta)se em primeira pessoa e necessita de uma pontuao espec'fica. @e"a o exemplo8 7la respondeu8 5 #omprei um lindo vestido. Ou ainda8

5 Do !e!o dessa +gua 5 afirmou a menina. O disc:rso indireto, em terceira pessoa #a fala do personagem 5 ele ou ela 5 reproduzida com palavras do narrador&. Alm do mais, o tempo verbal sempre ser+ passado em relao ao tempo verbal do discurso direto. Observe8 7la respondeu que comprara um lindo vestido. Ou ainda8 A menina afirmou que no 8e8ia daquela +gua.

5 nos cinco sentidos8 viso, tato, audio, paladar e olfato. O!ser"e o trecho a seguir:
A terra Ao sobrevir das chuvas, a terra #...& transfigura)se em muta%es fant+sticas, contrastando com a desolao anterior. Os vales secos fazem)se rios. /nsulam)se os cMmoros escalvados, repentinamente verde"antes. A vegetao recama de flores, cobrindo)os, os grot%es escancelados, e disfara a dureza das barrancas, e arredonda em colinas os acervos de blocos dis"ungidos 5 de sorte que as chapadas grandes, intermeadas de convales, se ligam em curvas mais suaves aos tabuleiros altos. !ai a temperatura. !om o desaparecer das soalheiras anula)se a secura anormal dos ares. Dovos tons na paisagem8 a transpar$ncia do espao salienta as linhas mais ligeiras, em todas as variantes da forma e da cor. 6ilatam)se os horizontes. O firmamento, sem o azul carregado dos desertos, alteia)se, mais profundo, ante o expandir revivescente da terra. 7 o serto um vale frtil. ? um pomar vast'ssimo, sem dono. 6epois tudo isto se acaba. @oltam os dias torturantesG a atmosfera asfixiadoraG o empedramento do soloG a nudez da floraG e nas ocasi%es em que os estios se ligam sem a intermit$ncia das chuvas 5 o espasmo assombrador da seca. A natureza compraz)se em um "ogo de ant'teses.
7uclides da !unha. Os sert$es - campanha de #anudos. Aio de Faneiro8 7ditora Orancisco Alves. ,<=.. 1+ginas 0>)0= #com adapta%es&

/ara,ter5sti,as de uma narrativa:

Encadeamento de aes e fatos. As frases se organizam em uma progresso temporal (relao de anterioridade/posterioridade), tanto ue no se pode alterar a se !"ncia sem afetar #asicamente o te$to. %e$to din&mico, uma 'ez ue e$istem muitos 'er#os indicando mo'imento, ao, e, ainda, a passagem do tempo.

(' DESCRITIVO
Kexto em que feita a caracterizao de uma pessoa, um animal, um ob"eto ou uma situao qualquer. ? um texto em que no h+ progresso temporal, "+ que apenas p7e em relevo as propriedades e aspectos dos elementos num certo estado, considerado como se estivesse parado. Dos enunciados descritivos podem at aparecer verbos que exprimam ao, movimento, mas os movimentos so sempre simultNneos, no indicando progresso de um estado anterior para outro posterior.

A apresentao con"unta de traos f'sicos e psicol(gicos permite que a descrio se torne mais concreta, mais sens'vel e mais capaz de fazer o leitor realizar em sua imaginao o ob"eto descritoBser descrito. -esmo assim, 8s vezes, poss vel visualizar a descri&o so! dois enfo%ues/

('&' O)*ETIVO 5 um processo de

caracterizao que procura descrever a realidade, de maneira direta e ob"etiva, sem acrescentar nenhum "u'zo de valor. O autor torna)se impessoal e a linguagem utilizada denotativa. -eia a descrio abaixo e observe que, * medida que voc$ avana no texto, a imagem do ser descrito vai)se formando em sua mente8
7ra um burrinho pedr$s, miHdo e resignado, vindo de 1assa)Kempo, !onceio do Eerro, ou no sei onde no serto. !hamava)se Eete) de)ouros, e "+ fora to bom, como outro no existiu e nem pode haver igual. Agora, porm, estava idoso, muito idoso. Kanto, que nem seria preciso abaixar)lhe a maxila teimosa para espiar os cantos dos dentes. 7ra decrpito mesmo a distNncia8 no algodo bruto do p$lo 5 sementinhas escuras em rama rala e encardida8 nos olhos remelentos, cor de bismuto, com p+lpebras rosadas, quase sempre oclusas, em constante semi)sonoG e, na linha, fatigada e

/ara,ter5sti,as de uma des,rio:

Encadeamento de informaes. %odos os enunciados apresentam ocorr"ncias simult&neas. (i ueza de detal)es e a presena a#undante dos ad*eti'os. +o e$iste temporalidade (datas), tanto ue se pode alterar a se !"ncia, sem afetar #asicamente o sentido. ,so dos cinco sentidos. %e$to est-tico, pois faz um uso reiterado de 'er#os de estado (e no de ao).

A descrio um processo de caracterizao que exige sensibilidade daquele que descreve, para sensibilizar tambm aquele que l$. Eendo assim, ela se baseia na percepo

respeit+vel 5 uma horizontal perfeita, do comeo da testa * raiz da cauda em p$ndulo amplo, para c+, para l+, tangendo as moscas.
Foo G:imares Rosa. Sagarana. Aio de Faneiro8 -ivraria Fos OlUmpio 7ditora, ,<>T.

preposies e pronomes relati'os, demonstrati'os) e as pala'ras a#stratas ue integram a estrutura #-sica do te$to.

('(' S!)*ETIVO 5 um processo de

caracterizao que busca transmitir o estado de esp'rito do autor diante da coisa observada ou a sua opinio sobre ela. 7le faz uma representao particular do ob"eto, normalmente usando a linguagem conotativa. Observe a descrio su!&eti"a de uma personagem feminina, de 2achado de Assis8 Assomando * porta, levantou o reposteiro e deu entrada a uma mulher, que caminhou para o centro da sala. Do era uma mulher, era uma s'lfide, uma viso de poeta, uma criatura divina. 7ra louraG tinha os olhos azuis, que buscavam o cu ou pareciam viver dele. Os cabelos, desleixadamente penteados, faziam) lhe em volta da cabea, um como resplendor de santaG santa somente no m+rtir, porque o sorriso que lhe desabrochava os l+bios era um sorriso de bem)aventurana, como raras vezes h+ de ter tido a terra. ;m vestido branco, de fin'ssima cambraia, envolvia)lhe o corpo, cu"as formas, ali+s, desenhava, pouco para os olhos, mas muito para a imaginao.
A c=inela t:rca. /n8 Obra !ompleta. Aio de Faneiro8 7ditora Aguilar. ,<=T. p.0C, #Adaptado&.

Estr:t:ra padro da dissertao:

Introd:o: o par+grafo de abertura, respons+vel pela apresentao do assunto, em que lanada a tese #t(pico frasal ou idia principal& a ser desenvolvida nos par+grafos seguintes. Aesen;ol;imento8 a parte fundamental da dissertao, em que se desenvolve o racioc'nio ou o ponto de vista sobre o assunto, por meio de argumentos convincentes. 6o desenvolvimento, depende a profundidade, a coer$ncia e a coeso do texto. 9ada ar!umento (idia secundria) a ser tra#alhado dever ocupar um par!rafo. Concl:so8 ? a parte final do texto, em que se faz um arremate das idias apresentadas. ? mais comum, na concluso de um texto que o autor oferea uma sugesto para o problema levantado. 2as, *s vezes, ele se limita a passar a soluo do problema para o leitor, por meio de uma pergunta.

dis,urso na dissertao:
>B pessoa do sin0:lar 5 imprime extrema sub"etividade no texto e encontrada com mais freq3$ncia nos textos liter+rios. Eo exemplos do uso da ,J pessoa nos textos8 Eu acho, eu acredito, a meu ver, no meu entender, para mim, na minha opini&o etc. >B pessoa do pl:ral 5 tambm atribui certo grau de sub"etividade ao texto. Autores que optam pela ,J pessoa do plural buscam maior interatividade com o leitor, no sentido de inclu')lo como participante das idias do texto. 7xemplo8 .ivenciamos atualmente tempos de !lo#aliza&o da po#reza... #consenso& C:idado6 7xiste uma ,J pessoa do plural que n&o inclui o leitor 5 o chamado pl:ral de mod<stia. /sso acontece quando um autor produz e assina, sozinho, um texto no qual ele expressa +ara citarmos um e:emplo... . CB pessoa #ideol20ica% 5 imprime ob"etividade no texto, dando * expresso do pensamento um car+ter mais universal. O uso da 0J pessoa facilita a persuaso, "+ que confere maior credibilidade *s idias. 7x.8 A pol tica econ;mica do !overno

+' DISSERT"TIVO
Kexto em que se faz uma exposio de opini%es, pontos de vista, fundamentados em argumentos e racioc'nios baseados na viv$ncia, na leitura, na concluso a respeito da vida, dos homens e dos acontecimentos. O texto dissertativo baseia)se, sobretudo, em afirma%es que transmitem um conceito relativo, pois suscitam dHvidas, hesita%es. Dele, aparecem os pontos de vista diferentes e conflitantes e os graus de verdade eBou falsidade. Do texto dissertativo, o autor tem maior preocupao com o uso dos conectores, com a sintaxe, e, ainda, as corretas rela%es semNnticas entre as palavras. /ara,ter5sti,as de uma dissertao:
Encadeamento de id.ias e racioc/nio. 0s assuntos so tratados de maneira a#strata e gen.rica. As relaes internas e a coer"ncia entre as frases . ue l)e garantem o sentido, *- ue so os mecanismos de coeso (con*unes,

>

<ula n&o promove, de fato, o #em(estar social.

+'& , "R !MENT"TIVO

9 < o texto que visa a influenciar o leitor, por meio de uma linha de racioc'nio consistente, procurando convenc$)lo, ante a evid$ncia dos fatos, a concordar e aceitar como correto e v+lido o ponto de vista expresso. O!ser"e o e'emplo8
!arne dada aos vermes. Alguns gram+ticos extravagantes v$em nas s'labas iniciais da expresso latina !Aro 6Ata @7Amibus a origem da palavra cad+ver. A ci$ncia, no seu esforo de salvar vidas, logrou, no entanto, dar)lhe outra finalidade mais nobre8 a de suprir a fal$ncia de (rgos de pessoas vivas, substitu'dos por partes que dele possam ser retiradas. !ontra esse benef'cio para a humanidade, levantam)se barreiras * utilizao de (rgos removidos de cad+veres, se no h+, para isso, consentimento familiar, com a invocao de princ'pios que orientam a tica mdica. :en"amin :entham estabeleceu que o direito e a moral ocupam c'rculos conc$ntricosG o raio maior seria o da moral.O direito, portanto, seria o m'nimo tico. 1osta a premissa, o debate da retirada de (rgos de cad+veres deve, necessariamente, ferir)se no campo da ?tica. !ontudo, grande diferena vai entre a ?tica, como considerada no Nmbito da Oilosofia, e a disciplina imposta ao exerc'cio de profiss%es liberais pelos seus (rgos de classe. Da Axiologia, os valores so vistos dentro de uma escala, estabelecida segundo os costumes e a cultura dos povos. O sentido dessa escala o de oferecer fundamentos para dirimir o conflito que se instale entre esses valores. O conflito inerente * vida de relao, tanto que, na organizao do 7stado, prevista a instituio de um poder s( para dirimi)lo8 o Fudici+rio. Denhum pa's, com foros de civilizao, h+ de colocar a vida em segundo plano na escala de valores. Kudo o que se fizer para a salvao de uma vida , por princ'pio, tico. A ?tica, aplicada no uso de partes do cad+ver, para restituir a saHde de pessoas ou salvar)lhes a vida, p%e)se diante do seguinte dilema8 preservar a saHde ou a vida contra a morte ou a doena, ou preservar o cad+ver para satisfazer o dese"o da fam'liaR A discusso da lei da doao presumida de (rgos , diante da ?tica, absolutamente estril. Os primeiros transplantes no dependeram de lei e ainda ho"e, como antes, a ?tica lhes d+ o necess+rio suporte. A retirada de (rgos de cad+ver, para transplante, tica at contra a vontade, em vida, do morto. O direito, ainda dentro do m'nimo tico, colocaria esse ato em face do estado de necessidade, que o !(digo 1enal considera excludente de ilicitude. O artigo .4 do !(digo 1enal calha, no caso, como uma luva. Ee a Hnica alternativa para salvar uma vida o transplante de (rgo de cad+ver, a sua retirada, para esse fim, inteiramente abonada pelo estado de necessidade. !onduta em sentido inverso relevante para a configurao de crime por omisso, se o mdico podia e devia evitar a morte

ou curar a doena. ? inconceb'vel que todo o pensamento penal tenha sido formulado contra a ?tica. Do h+ tica que se sustente contra a vida. Assim, por sentimento da fam'lia, que se leve em maior conta o daquela ligada ao paciente que espera pelo (rgo. 7, se inevit+vel o sofrimento de uma 5 pela falta do (rgo, ou de outra 5 pela sua retirada, a soluo, sempre conflituosa, deve ser buscada na escala de valores.
7delberto -uiz da Eilva. Correio BraDilienseE ,,B,B<= #com adapta%es&.

+'( ,

EXPOSITIVO - o texto que procura somente informar, explicar ou interpretar idias, conceitos ou pontos de vista, por meio de uma explanao imparcial que no conduza * pol$mica e no tenha o prop(sito imediato de persuadir ou formar a opinio do leitor. (eia:
A maioria dos coment+rios sobre crimes ou se limitam a pedir de volta o autoritarismo ou a culpar a viol$ncia do cinema e da televiso, por excitar a imaginao criminosa dos "ovens. 1oucos so aqueles que pensam que vivemos em uma sociedade que estimula, de forma sistem+tica, a passividade, o rancor, a impot$ncia, a inve"a e o sentimento de nulidade nas pessoas. Do podemos interferir na pol'tica, porque nos ensinaram a perder o gosto pelo bem comumG no podemos tentar mudar nossas rela%es afetivas, porque isso assunto de cientistasG no podemos, enfim, imaginar modos de viver mais dignos, mais cooperativos e solid+rios, porque isso coisa de obscurantista, idealista, perdedor ou ide(logo fan+tico , e o mundo dos fazedores de dinheiro. Eomos uma espcie que possui o poder da imaginao, da criatividade, da afirmao e da agressividade. Ee isso no pode aparecer, surge, no lugar, a reao cega ao que nos impede de criar, de colocar no mundo algo de nossa marca, de nosso dese"o, de nossa vontade de poder. Quem sabe e pode usar 5 com firmeza, agressividade, criatividade e afirmatividade 5 a sua capacidade de doar e transformar a vida, raramente precisa matar inocentes de maneira bruta. 7xistem mil outras maneiras de nos sentirmos potentes, de nos sentirmos capazes de imprimir um curso * vida que no se"a pela fora das armas, da viol$ncia f'sica ou da evaso pelas drogas, legais ou ilegais, pouco importa.
Furandir Oreire !osta. /n8 :atro a:tores em 8:sca do Brasil. Aio de Faneiro8 Aocco, .CCC, p. 40 #com adapta%es&.

.' IN *!N TIVO 5 um texto

instrucional, que indica procedimentos a serem realizados. A inteno pode ser persuasiva ou apenas instrutiva. Eo exemplos de textos in1untivos as receitas #culin+rias ou mdicas&G os manuais de instruo8 as bulas de remdios, artigos e leis, de modo geralG placas de sinalizao de trNnsitoG editais de concursosG campanhas comunit+rias etc.

/ara,ter5sti,as de um texto in6untivo:

'er#os empregados no modo imperati'o1 emprego do padro culto da l/ngua1 linguagem clara e acess/'el a todo tipo de pessoas1 predom/nio da funo referencial da linguagem, em#ora a conati'a se*a tam#.m #astante recorrente. a inteno pode ser persuasi'a ou apenas de instruo.

sorte, profecias, hor(scopos, prenHncios de comportamentos e situa%es etc.

7e*a, a#ai$o, um e$emplo de te$to prediti'o, e$tra/do da pro'a para Professor de Ensino 5-sico, da 2EP8A9/:;, aplicada pela ;undao ,ni'ersa. 6aqui a uns cinquenta anos, alguns dos recursos usados ho"e em sala de aula e considerados modernos provavelmente estaro obsoletos. Dovos utens'lios sero desenvolvidosG alguns at, quem sabe, revolucion+rios. Do entanto, na opinio da doutora em educao pela 1ontif'cia ;niversidade !at(lica do Aio de Faneiro, a professora Andrea Aamal, no sero ferramentas de Hltima gerao que marcaro a aula do futuro. 1ara ela, os novos rumos da educao esto mais relacionados * postura de professores e alunos em sala de aula. V/magino a sala de aula do futuro como um lugar comunicativo, sendo o espao da polifonia, da diversidade das vozes, onde todos podero se comunicar, se posicionar, e onde, desse di+logo, vai se produzir conhecimentoV, prev$ a doutora. A aula do futuro, a meu ver, ser+ formada por grupos, reunidos por interesses em temas espec'ficos, e no por faixas et+rias, exclusivamenteG equipes multidisciplinares, trabalhando "untas nos colgios, e no divididas em +reas como portugu$s, matem+tica, geografia, hist(ria. Eero equipes de trabalho, formadas por professores e alunos, desenvolvendo pro"etos "untos. A avaliao no ser+ a mesma para todos e no vai ser determinada por uma Hnica pessoa. /sso porque existiro tantos curr'culos quantas forem as navega%es dos alunos. !omo o indiv'duo navegante o pr(prio autor, haver+ um curr'culo por aluno. Do fundo, existiro avalia%es diversificadas, por compet$ncias, e no por conteHdosG em s'ntese8 uma mudana radicaCl, em que no vai mais existir o conceito de turma, mas de comunidade cooperativa de aprendizagem.
Internet: http://teclec.psico.ufrgs.br (com adaptaes). Acesso em 8/7/2010.

2egue um e$emplo de te$to in6untivo (e$tra/do da pro'a do 3inist.rio da 2a4de, aplicada pelo CE2PE/,n5)6 C:idados para e;itar en;enenamentos
2antenha sempre medicamentos e produtos t(xicos fora do alcance das crianasG Do utilize medicamentos sem orientao de um mdico e leia a bula antes de consumi)losG Do armazene restos de medicamentos e tenha ateno ao seu prazo de validadeG Dunca deixe de ler o r(tulo ou a bula antes de usar qualquer medicamentoG 7vite tomar remdio na frente de crianasG Do ingira nem d$ remdio no escuro para que no ha"a trocas perigosasG Do utilize remdios sem orientao mdica e com prazo de validade vencidoG 2antenha os medicamentos nas embalagens originaisG !uidado com remdios de uso infantil e de uso adulto com embalagens muito parecidasG erros de identificao podem causar intoxica%es graves e, *s vezes, fataisG 1'lulas coloridas, embalagens e garrafas bonitas, brilhantes e atraentes, odor e sabor adocicados despertam a ateno e a curiosidade natural das crianasG no estimule essa curiosidadeG mantenha medicamentos e produtos domsticos trancados e fora do alcance dos pequenos.
Internet: FTT(:GG>HI.@H.>@H.>JJGportalGaplicacoesGnoticias #Adaptado%

/' PREDITIVO um texto que faz

previs%es. 1odem ser descri%es, narra%es ou disserta%es futuras em que o autor antecipa uma informao, uma idia, um saber. Deste tipo de texto, as formas verbais t$m sempre valor de futuro, visto ocorrer uma predio de algo que est+ por acontecer. L+ certos tipos de textos que normalmente so preditivos ou contm partes preditivas. Eo exemplos de textos preditivos as previs%es em geral8 boletins meteorol(gicos, programas de eventos e viagens, leituras de

Caracter01tic a 1 2e al3u41 2i1cur1o1

Aisc:rso a pr+tica social de produo de textos. Kodo discurso uma construo social #e no individual&, que s( pode ser analisada considerando)se o seu contexto hist(rico)social, suas condi%es de produo e, essencialmente, a viso de mundo vinculada ao autor do texto e * sociedade em que ele vive. Os discursos que

<

podem aparecer, mais frequentemente, em provas de concursos so8

"C"D5MICO
? um discurso que tem a finalidade de expor a investigao de um fato, de um acontecimento ou de uma experi$ncia cient'fica, com bastante rigor nos conceitos e informa%es utilizados. 7ste dom'nio discursivo aparece em Kem como caracter'stica8 9eralmente explica ou fundamenta as afirma%es com base em dados ob"etivos, cientificamente comprovadosG 1ode servir)se de descri%es, de enumera%es, de exposi%es narrativas, de relatos de fatos, de gr+ficos, de estat'sticas etc. Dormalmente segue um roteiro preestabelecido8 apresenta, normalmente, introduo, desenvolvimento e concluso. 7m alguns casos, pode apresentar outras partes, como folha de rosto, anexos, sum+rio etc. -inguagem ob"etiva e impessoal, de acordo com o padro culto da l'ngua.

de modo que, nele, importa no apenas o que se diz, mas o modo como se diz. 7ste dom'nio discursivo aparece em8 contos, f+bulas, lendas, poemas, peas de teatro, crMnicas, roteiros de filmes, hist(rias em quadrinhos etc. Kem como caracter'sticas8 1redom'nio da linguagem conotativa, "+ que, por sua funo esttica, o autor sempre atribui novos sentidos *s palavras. ;tiliza mHltiplos recursos estil'sticos8 ritmos, sonoridades, repetio de palavras ou de sons, repetio de situa%es ou descri%es.

*ORN"LSTICO
? um texto que tem funo utilit+ria, pois visa a informar o leitor. Desse caso, o plano da expresso no tem muita importNncia, "+ que sua finalidade apenas veicular conteHdos. 7ste dom'nio discursivo aparece em editoriais, not'cias, reportagens, artigos de opinio, coment+rios, cartas ao leitor, crMnica policial, crMnica esportiva, entrevistas "ornal'sticas, expediente, boletim do tempo, erratas e charges. Kem como caracter'sticas8 1redom'nio da narrao, com a presena dos elementos essenciais de um texto narrativo8 fato, pessoas envolvidas, tempo em que ocorreu o fato, o lugar onde ocorreu, como e por que ocorreu o fato. Dormalmente, apresenta um t'tulo. 1redom'nio da funo referencial, na qual se privilegia a linguagem denotativa e as constru%es gramaticais em ordem direta e clara.

CIENT$ICO
? um discurso de natureza expositiva e tem por finalidade expor um assunto de cunho cient'fico. 1ossui uma estrutura relativamente simples8 apresentao de uma tese #explicao sobre o ob"eto de estudo& a ser desenvolvida por meio de provas #exemplos, compara%es, rela%es de causa e efeito, resultados de testes, dados estat'sticos etc.&. Desse tipo de texto, a concluso facultativa. 7ste dom'nio discursivo aparece em artigos e relat(rios cient'ficos, teses, disserta%es, monografias, verbetes de enciclopdias, artigos de divulgao cient'fica etc. Kem como caracter'stica8 O m+ximo de preciso e rigor nos conceitos e informa%es utilizadosG 1resena obrigat(ria de terminologia cient'fica de uma ou mais +reas do conhecimentoG @erbos empregados predominantemente no presente do indicativoG -inguagem clara, ob"etiva e impessoal, de acordo com o padro culto da l'ngua.

P!)LICIT6RIO
? um discurso de natureza dissertativa que tem por finalidade apresentar argumentos #diretos ou indiretos& para persuadir o interlocutor sobre as eventuais vantagens de um produto8 quantitativas #rende mais, mais barato&G qualitativas #o melhor, o mais saboroso, o mais nutritivo& e ideol$!icas #mais moderno, mais arro"ado, mais exclusive&. 7ste dom'nio discursivo aparece em propagandas, anHncios classificados, cartazes, folhetos, outdoors, inscri%es em muros, placas, front li!hts, logomarcas, publicidade em geral. Kem como caracter'sticas8 ? quase sempre constitu'do por imagem e texto. O n'vel de linguagem utilizado varia de acordo com o pHblico que se quer atingir.

LITER6RIO
? um discurso que tem funo esttica, no qual o escritor busca no apenas traduzir o mundo, mas recri+)lo nas palavras,

,C

 ;tiliza verbos geralmente no modo imperativo ou no presente do indicativo. Oaz uso de recursos tais como8 figuras de linguagem, ambig3idades, "ogos de palavras #trocadilhos&, provrbios etc. A estrutura pode variar, mas geralmente composta por8 t tulo #que chame a ateno sobre o produto&G te:to #que amplie o argumento do t'tulo& e assinatura #logotipo ou marca do anunciante&.

nesta vossa terra vi. 7 se algum pouco me alonguei, 7la me perdoe, que o dese"o que tinha de vos dizer tudo me fez assim por pelo miHdo. 1ois que, Eenhor, certo que, assim, neste cargo que levo, como em outra qualquer coisa, que de @osso servio for, @ossa Alteza h+ de ser, por mim, muito bem servida. A 7la peo que, para me fazer singular merc$, mande vir da /lha de Eo Kom, Forge de Os(rio, meu genro, o que dW7la receberei em muita merc$. :ei"o as mos de @ossa Alteza. 6este 1orto Eeguro de vossa ilha de @era !ruz, ho"e, sexta)feira, primeiro dia de maio de ,SCC.

EPISTOL"R
? um discurso de natureza narrativa, escrito sob a forma de carta, que se caracteriza por apresentar opini%es, manifestos e discuss%es, as quais vo muito alm dos meros interesses pessoais ou utilit+rios. Kexto que combina paix%es e apelos sub"etivos com o debate de temas abrangentes e abstratos. A partir do Aenascimento, antes do surgimento da imprensa "ornal'stica, as cartas exerciam a funo de informar sobre fatos que ocorriam no mundo. 1or isso, as ep'stolas de um autor, reunidas, poderiam vir a ser publicadas devido a seu interesse hist(rico, liter+rio ou documental, como no caso das Ep stolas de )&o +aulo #na :'blia&, destinadas *s comunidades crists e das cartas do padre AntMnio @ieira e de 1ero @az de !aminha. Da modernidade, com a difuso dos meios eletrMnicos de escrita, o disc:rso epistolar tende a se reinventar 5 em outros moldes e estilos, como mensagens de e(mail, por exemplo.
-eia, abaixo, trechos da 9arta de 9aminha, escrita nos prim(rdios do descobrimento do :rasil, impressa em ,=,> pela /mprensa Agia do Aio de Faneiro8
)en=or 2esmo que o !apito)mor desta vossa frota e tambm os outros capites escrevam a vossa alteza a not'cia do achamento desta vossa Kerra Dova que, agora, nesta navegao se achou no deixarei, tambm, de dar disso minha conta a @ossa Alteza, tal como eu melhor puder ainda que para bem contar e falar o saiba fazer pior que todos. 2as tome @ossa Alteza minha ignorNncia por boa vontadeG e creia, como certo, que no hei de pMr aqui mais que aquilo que vi e me pareceu, nem para aformosear nem para afear. #...& 2as o melhor fruto que nela se pode fazer, me parece que ser+ salvar esta genteG e esta deve ser a principal semente que @ossa Alteza nela deve lanar. 7 que no houvesse mais do que ter aqui esta pousada para esta navegao de !alecute, bastaria, quanto mais disposio para se cumprir nela e fazer o que @ossa Alteza tanto dese"a, ou se"a8 acrescentamento da nossa Eanta O. 7 desta maneira Eenhor, dou aqui a @ossa Alteza not'cia do que

5NEROS TEXT!"IS
Os g$neros textuais tambm esto ligados *s pr+ticas sociais e, portanto, so inHmeros 5 textos orais ou escritos produzidos por falantes de uma l'ngua em determinado momento hist(rico. 1odem ser definidos de acordo com o estilo, a funo, a .ale lem#rar que muitos !2neros s&o comuns a vrios dom nios discursivos. Alguns g$neros utilizados em provas de concurso8

composio e, principalmente, o contedo.

1. EDI) RIA7
) um te'to dissertati"o, que manifesta a opinio do "ornal ou da revista a respeito de um assunto da atualidade, quase sempre pol$mico, com a inteno de esclarecer ou alterar pontos de vista dos leitores, alertar a sociedade e, *s vezes, at mobiliz+)la. O editorial, como texto argumentativo que , tem por finalidade persuadir o leitor e, por isso, precisa dar a impresso de que detm a verdade, evitando opini%es pessoais, afirma%es generalizantes e sem fundamento. Do desenvolvimento das idias de um editorial, os recursos empregados para dar maior consist$ncia ao texto e aproxim+)lo da verdade so exemplos, depoimentos, dados estat'sticos, pesquisas, compara%es ou rela%es de causa e efeito. Eemelhante a outros textos argumentativos, o editorial normalmente apresenta uma estrutura organizada em torno de tr$s partes8 introduo, em que se anuncia a tese a serem defendida pelo "ornalG o desen"ol"imento, em que so apresentados os argumentos que fundamentam essa teseG e a concluso, em que se faz uma s'ntese das idias expostas. -eia o editorial abaixo, extra'do da revista !poca, de .C de setembro de .CCS.
Einais inequ'vocos de como o homem moderno "+ est+ sendo pre"udicado pelo uso depredat(rio dos recursos naturais t$m se multiplicado mundo afora. Do ano de .CCS, houve um nHmero sem precedentes de irregularidades clim+ticas de conseq3$ncias tr+gicas. Quase

,,

simultaneamente, houve ondas de calor nos 7;A, na 7uropa, na Xsia e na Xfrica. /nunda%es na Xsia, nos 7;A e na 7uropa. 7 tambm furac%es devastadores nas Antilhas, nos 7;A e na Xsia. 7 at no :rasil, um caso com poucos precedentes. 7 ainda por cima comeam a se desenvolver hip(teses de que a atividade vulcNnica, respons+vel por maremotos #tsunamis&, pode ser induzida pelo aumento da temperatura do mar. 7mbora no se"a consenso, pesquisas cient'ficas apontam uma relao de causa e efeito entre o aquecimento global e as perturba%es clim+ticas observadas nos Hltimos tempos. !om base nisso, desde ,<<>, representantes de cerca de duas centenas de pa'ses t$m se reunido para discutir um protocolo de inten%es para regular a emisso dos gases poluidores respons+veis pelo aquecimento global. A esse protocolo foi dado o nome de YUoto, cidade "aponesa onde ocorreu a primeira reunio do grupo.

at mesmo as toras de madeira que sustentavam o teto da cabana que o abriga com a larga prole. 2as o dinheiro no dava. A fome sempre reaparecia. Oinalmente, seis semanas atr+s 2uhammad fez algo que se tornou infelizmente digno de nota no pa's. 7le levou dois de seus dez filhos para o bazar da cidade mais pr(xima e os trocou por sacos de trigo. Agora os garotos Eher, ,CG :az, S, esto longe de suas casas. O que mais eu poderia fazerR , pergunta o pai, em Yangori, uma remota vila no norte do Afeganisto. 7le no quer parecer indiferente8 Einto falta de meus filhos, mas no havia nada para comer . Das colinas pr(ximas, v$em)se pessoas debilitadas voltando de uma colheita primitiva de variedades de vegetais da regio e at mesmo grama 5 uma colheita que s( fica minimamente comest'vel se fervida por muito tempo. 1ara alguns, no h+ nada mais , balbucia 2uhammad.
:7AAAY, :arrU. (ai a1e0o ;ende 1il=os para comprar comida. 5ol=a de )o (a:lo, Eo 1aulo, ,> mar. .CCT.

!. N )8/IA
? um te'to narrati"o que expressa um fato novo, buscando despertar o interesse do pHblico a que se destina. 9$nero tipicamente "ornal'stico, a not'cia pode ser veiculada em "ornais, escritos ou falados, e em revistas. ;ma not'cia deve ser imparcial e ob"etiva, ou se"a, deve expor fatos, e no opini%es, em linguagem clara, direta e bastante precisa. 7la encabeada por um t'tulo ) que anuncia o assunto a ser desenvolvido e no qual so empregadas palavras curtas e de uso comum.

%. RE" R)A$E*
? uma modalidade de car,ter opinati"o, que estabelece uma conexo entre o fato central e os fatos paralelos, questiona causas e efeitos desses fatos, interpretando)os e orientando o leitor sobre eles. Do possui uma estrutura r'gida8 de modo geral, introduzida por um lead e sempre encabeada por um t'tulo #que anuncia o fato em si& e pode ou no apresentar subt'tulo. Da reportagem, o autor desenvolve a narrativa pormenorizada dos fatos, compondo) a por meio de entrevistas, depoimentos, dados estat'sticos, pequenos resumos e textos de opinio, e, depois, emite sua opinio a respeito do assunto. 7mbora se"a um texto de linguagem clara, dinNmica e ob"etiva #de acordo com o padro culto&, a maioria dos "ornais e revistas brasileiros costuma empregar uma linguagem mais informal, dependendo do pHblico a que esses ve'culos se destinem. -eia o excerto abaixo8
7nquanto a not'cia nos diz no mesmo dia ou no seguinte se o acontecimento entrou para a hist(ria, a reportagem nos mostra como que isso se deu. Komada como mtodo de registro, a not'cia se esgota no anHncioG a reportagem, porm, s( se esgota no desdobramento, na pormenorizao, no amplo relato dos fatos. O salto da not'cia para a reportagem se d+ no momento em que preciso ir alm da notificao 5 em que a not'cia deixa de ser sinMnimo de nota 5 e se situa no detalhamento, no questionamento de causa e efeito, na interpretao e no impacto, adquirindo uma nova dimenso narrativa e tica. 1orque, com essa ampliao de Nmbito, a reportagem atribui * not'cia um conteHdo que privilegia a verso. Ee a nota geralmente a hist(ria de uma s( verso [...\, a reportagem , por dever e mtodo, a soma das diferentes vers%es de um mesmo acontecimento.

Os elementos que comp%em a not'cia so a resposta a estas seis perguntas b+sicas.

O K:LM #os fatos narrados& :emM #os personagensBas pessoas envolvidas& :andoM #em que data ocorreram os fatos& OndeM #em que lugar se deram os fatos& ComoM #de que maneiraB por meio de que& (or K:LM #por qual motivo&

*strutura te'tual da not+cia:

LEAA um resumo do fato em poucas linhas e compreende, normalmente, o primeiro par+grafo da not'cia. !ontm as informa%es mais importantes e deve fornecer ao leitor a maior parte das respostas *s perguntas formuladas anteriormente. COR(O so os demais par+grafos da not'cia, nos quais se apresenta o detalhamento do assunto exposto no (eadE fornecendo ao leitor novas informa%es, em ordem cronol(gica ou de importNncia. -eia esta not'cia extra'da do "ornal Oolha de Eo 1aulo8
Assombrado pela necessidade e pela fome AshZar 2uhammad primeiro vendeu alguns de seus animais. A', enquanto os meses iam passando, trocou os tapetes da fam'lia, os utens'lios de metal e

,.

[...\ ? fundamental ouvir todas as vers%es de um fato para que a verdade apurada no se"a apenas a verdade que se pensa que e, sim, a verdade que se demonstra e tanto que poss'vel se comprova.
/ornalE =ist2ria e t<cnica: as t<cnicas do Nornalismo . Eo 1aulo8 Xtica, ,<<C.

&. AR)I$

DE

"INI9

? um texto "ornal'stico de car,ter dissertati"o, com assinatura do autor, no qual ele expressa uma opinio ou comenta um assunto a partir de determinada posio. ? uma modalidade na qual o articulista geralmente apresenta opini%es 5 que refletem apenas a forma como ele compreende e interpreta os fatos. -eia o artigo de opinio, escrito pelo "ornalista 7ug$nio :ucci, extra'do da revista @e"a, de ,=BC<B<T.
Do seu programa de 6omingo dia = [setembro de ,<<T\, o apresentador Oausto Eilva colocou em cena o garoto Aafael, da altera do seu "oelho. -ogo que o peso)pena pisou no programa, Oausto tentou entrevist+)lo. O menino, com idade mental de criana que acabou de deixar a fralda, no entendia as perguntas. Aespondia uma ou outra, com uma voz que parecia um balbucio. Louve ento sess%es de piada tendo o garoto como tema. [...\ A apresentao do :izarro na televiso um recurso que d+ resultado, sempre deu. O bizarro atrai a ateno do ser humano quase que por instinto, sem que ele raciocine. [...\ Ee os telespectadores ficam olhando curiosos, o ibope do programa sobe e isso significa sucesso comercial, mais anHncios, mais faturamento. Qual a fronteira, qual a linha divis(ria entre o que se pode levar ao ar para atrair mais telespectadoresR ? t$nue a linha que divide o que curioso e o que transforma a curiosidade em algo que ridiculariza uma pessoa , arrisca o empres+rio E'lvio Eantos, dono do E:K, uma emissora que no raro transp%es essa linha. [...\

<. /AR)0* -do in3l;s cartoon.

? um desenho humor'stico que tem amplo espao na imprensa escrita atual e retrata, de maneira extremamente cr'tica, um fato que no depende do contexto espec'fico de uma poca ou cultura. O cart:m trata de temas universais #o amante, o palhao, a guerra, a luta do bem contra o mal& que podem ser entendidos em qualquer parte do mundo por diferentes culturas e em diferentes pocas. ? uma forma de manifestao caricatural que normalmente prescinde de textos de apoio, representando as idias apenas pela expresso dos personagens no desenho.

=. +>?07A
? um texto narrativo de car+ter aleg(rico, que trabalha o imagin+rio e que pretende transmitir alguma lio de fundo moral, tendo geralmente animais como personagens. Quando ela utiliza ob"etos inanimados, recebe o nome de ap$lo!o. A f+bula constitui uma forma simples de narrativa. Euas ra'zes remontam * Antiguidade greco)romana, com 7sopo e Oedro. -a Oontaine, poeta franc$s, foi quem introduziu e aprimorou as f+bulas antigas, fazendo com que chegassem at n(s. Do :rasil, coube a 2onteiro -obato recriar as f+bulas de -a Oontaine e a 2illMr Oernandes atualizar algumas das hist(rias cl+ssicas. 2illMr tambm criador de algumas f+bulas modernas cheias de humor e filosofia, como mostra o e'emplo a!ai'o:

(. /:AR$E -do fran,;s charger carregar .

? uma forma de manifestao caricatural que relata um fato ocorrido em uma poca definida, dentro de determinado contexto cultural, econMmico e social espec'fico que depende do conhecimento desses fatores para ser entendida #fora desse contexto, ela provavelmente perde sua fora comunicativa&. A c=ar0e transforma a inteno art'stica em uma pr+tica pol'tica, em uma forma de resistir aos acontecimentos, nem sempre ob"etivando o riso #embora o tenha como atrativo&, utilizando)se da caricatura, de recursos visuais e ling3'sticos para fazer uma s'ntese dos acontecimentos cotidianos filtrados pelo olhar de seus atentos produtores. Fustamente por isso, ela tem um papel important'ssimo como registro hist(rico.

,0

A ca:sa da c=:;a
Do chovia h+ muitos e muitos meses, de modo que os animais ficaram inquietos. ;ns diziam que ia chover logo, outros diziam que ainda aia demorar. 2as no chegava a uma concluso. !hove s( quando a +gua cai do telhado do meu galinheiro ) esclareceu a galinha. Ora, que bobagemI ) disse o sapo de dentro da lagoa. !hove quando a +gua da lagoa comea a borbulhar as gotinhas. !omo assimR ) disse a lebre. 7st+ visto que s( chove quando as folhas das +rvores comeam a deixar cair as gotas dW+gua que t$m dentro. Desse momento comeou a chover. @iramR ) gritou a galinha. O telhado do meu galinheiro est+ pingando. /sso chuva. Ora, no v$ que a chuva a +gua da lagoa borbulhandoR ) disse o sapo. 2as, como assimR ) tomou a lebre. 1arecem cegosI Do v$em que a +gua cai das folhas das +rvores. Moral: Todas as opiniOes esto erradas.
-ill.r Fernandes #Adaptado&.

A. /RBNI/A
? um texto "ornal'stico de car,ter narrati"o, que obedece * ordem do tempo #etimologicamente, a palavra vem do grego chr$nos, que significa ]tempoW&. 2odernamente, a crMnica um relato sobre os acontecimentos do cotidiano, escrito em linguagem leve. 7la difere do conto no apenas no tamanho, mas tambm na linguagem. 7la busca a intimidade e o humor da anedota, numa linguagem cotidiana que encontra receptividade em todos os leitores. Ao mesmo tempo em que a crMnica tem o car+ter transit(rio de um "ornal ) uma vez que nasceu dentro desse ve'culo de comunicao de massa ), ela apresenta tambm um narrador #que o pr(prio autor&, personagens que se aproximam muito das pessoas da vida real, enredo, tempo e espao. Da maioria dos casos, todos esses elementos so trabalhados numa linguagem potica. 2uitos cronistas contemporNneos conseguem captar flashes, circunstNncias do cotidiano, de uma maneira to l'rica que fica dif'cil dizer que tais textos no assumem um car+ter liter+rio. !abe ressaltar que, apesar de ser um g$nero narrativo por definio, a crMnica um texto geralmente h'brido #uma mescla de modalidades&, que no prescinde da reflexo e do coment+rio. (eia:
@e"o uma aranha caar uma mariposa ^ eis o problema. 2ato a aranhaR 6eixo a aranha viva e salvo a mariposaR 6eixo a aranha devorar a mariposaR O fato se passa numa tera)feira de carnaval, mas no fao alegoria. Do me refiro veladamente a um pierrM malvado que seq3estra uma indefesa colombina... ? carnaval, mas estou sentado * minha mesa de trabalho e a trinta cent'metros de mim, sob a borda da "anela, que se processa esse assassinato. 6etenho)me e observo. A mariposa se agita presa por fios invis'veis, e "+ da sombra surge a aranha, pequenina, dedilhante. A princ'pio sou

@. IN+ $R>+I/
? um quadro informativo que mistura texto e ilustrao para transmitir visualmente uma informao #7m vez de contar , o infogr+fico mostra a not cia como ela , com detalhes mais relevantes e forte apelo visual&. O infogr+fico usado corriqueiramente no design de "ornais, com a funo de descrever como aconteceu determinado fato e quais as suas conseq3$ncias ou de explicar, por meio de ilustra%es, diagramas e textos, fatos que o texto ou a foto no conseguem detalhar com a mesma efici$ncia. 7le se tornou um grande atrativo para a leitura das matrias, tendo em vista que facilita a compreenso do texto e oferece uma noo mais r+pida e clara dos su"eitos, do tempo e do espao da not'cia. Observe o exemplo que segue8

,4

pura curiosidade8 a aranha muito menor que a mariposa, que ir+ fazerR Aproxima)se, faz uma volta em torno dela, detm)se em certos pontos, move afanosamente as pernas. A mariposa se agita menos, enleada. ? quando intervm em mim o sentimento8 a aranha vai devor+)laI O seu trabalho agora sinistro8 sobe na mariposa, tece)lhe na cabea, procura vir+)la, muda de posio ^ upaI ^ vira)a. 1arece um homem trabalhando, amarrando sua presa. Ouo distante o rumor de um bloco que passa l+ na rua dos fundos. O Aio inteiro est+ mergulhado na folia, e como se a aranha aproveitasse essa distrao para cometer o seu crime silencioso. 1or acaso, um dos habitantes da cidade ^ eu ^ ficou em casa, e com isso a aranha no contava. Eou a testemunha. 2ais que isso8 posso evitar o crime. :astaria um gesto meu e a mariposa estaria salva. 6evo faz$)loR 7nquanto isso, a aranha continua sua faina sinistra. Agora arrasta a mariposa, "+ imobilizada, para aquele canto da sombra, sob o parapeito, donde sa'ra momentos antes. 1ercebo na aranha uma intelig$ncia quase humana. 1obre mariposa, e o carnaval troando l+ foraI @ou salv+)la. 7rgo a mo, mas vacilo como uma divindade irresoluta. ;m segundo, minha mo onipotente detm)se erguida no ar. 7nfim, para que servem as mariposasR ^ 1ara que as aranhas as comam ^ responde)me a aranha sem interromper seu servio. ^ Eim, mas para que servem as aranhasR ^ 1ara comer as mariposas. ^ Ora bolas, mas para que servem as aranhas e as mariposasR A aranha "+ no se dignou responder. A essa altura sumira com a mariposa sob o parapeito da "anela. Algum, providencialmente, bate * porta do escrit(rio e me chama * realidade dos homens.
Ferreira Gullar. A estranha "ida !anal. "io de #aneiro #os $l%mpio& '()(.

morta. F+ houve muitos casos dessa operao no :rasil, como o da "ovem /sabel, de ,= anos, cega desde nascena, que passou a ver bem. Do a conheoG e estimo que se"a feliz em suas vis%es, e ve"a sempre coisas que a faam alegre. ? pelos olhos que entra em n(s a maior parte das alegrias e tristezas. Os meus, ainda que bastante usados, enxergam bem, e mesmo, em certas circunstNncias, demais. Eo, natural, su"eitos a muitas ilus%esG de muitas "+ fui ao emp(s, e eram miragens que me levaram ao meio de um deserto onde me alimentei de gafanhotos e l+grimas, tomando sopa de vento, comendo piro de areia, como diz a cano. A fina membrana dos olhos no guarda a lembrana das vis%esG mas que sabemosR A matria viva uma coisa sutil e sens'vel que ningum entende. O "ornal no diz de quem eram os olhos com que ho"e v$ a moa /sabelG e ela, nunca tendo visto antes, no sabe se as vis%es de ho"e so verdade ou fantasiaG talvez este"a a ver este mundo atravs do filtro emocional de uma criatura "+ mortaG #...& mas tenham visto o que tiverem antes, que ora ve"am tudo em suave e belo azul, a cor dos sonhos e descobrimentos nas navega%es dos ,= anos. Que so tontas, mas belas navega%es.
Aubem :raga, O =omem ro:co. Aio8 7ditora do Autor, ,<T0

INTERTEXT!"LID"DE
Ocorre quando h+ um di+logo #impl'cito ou expl'cito& entre textos ou g$neros textuais. 7la serve para ilustrar a importNncia do conhecimento de mundo e como este interfere no n'vel de compreenso de um texto. Assim, mesmo quando no h+ citao expl'cita da fonte inspiradora, poss'vel reconhecer elementos do outro texto, "+ que ele normalmente bastante conhecido. 7sse conhecimento, porm, no se d+ por acaso nem por obra da intuio e, sim, pelo exerc'cio da leitura. Quanto mais experiente for o leitor, mais possibilidades ele ter+ de compreender os caminhos percorridos por um determinado autor em sua produo e, da mesma forma, mais possibilidades ele ter+ de utilizar seus pr(prios caminhos. Eo exemplos de intertextos8 Ep !rafe #escrita introdut(ria a uma outra&G 9ita&o #transcrio de texto alheio, marcada por aspas&G +arfrase #reproduo do texto do outro, com palavras daquele que o reproduz&G +ar$dia #forma de apropriao que, em lugar de endossar o modelo retomado, rompe com ele, sutil ou abertamente, visando * ironia ou * cr'tica& e =radu&o #recriao de um texto&. 7m sua 1orma impl$cita, a intertextualidade bastante comum nos textos publicit+rios e, neste caso, serve para persuadir o leitor e lev+)lo a consumir um produto ou, at mesmo, para difundir a cultura. 7m sua 1orma ePpl$cita, a superposio de um texto sobre outro pode

1C. /RDNI/A RE+7EEIFA

? uma modalidade de crMnica na qual o autor tece re1lePOes filos(ficas, ou se"a, produz opini%es e impress%es #humor'sticas ou l'ricas& sobre um assunto, cativando a sensibilidade do leitor numa abordagem descontra'da. Da crMnica reflexiva, no h+ preocupao com a forma, "+ que ela admite tanto a linguagem culta quanto a coloquial, alm de recursos poticos, como repeti%es enf+ticas e g'rias. Ela representa a e:press&o espont%nea do pensamento. O!ser"e o te'to %ue segue:
Os ol=os de Isa8el /nstalou)se ontem, no Aio, um banco de olhos. Ali ser+ conservada na geladeira uma parte dos olhos tirados de pessoas que acabam de morrer, de acidentados e natimortos. Os cegos que so capazes de distinguir a claridade podero, em muitos casos, ter vista perfeita, recebendo nos olhos a c(rnea da pessoa

,S

promover uma atualizao ou modernizao das ideias do primeiro texto, fazendo chegar ao leitor, de maneira mais efetiva, o pensamento do autor. 7sta forma aparece com frequ$ncia nos textos utilizados pelas :ancas examinadoras em provas de concursos. Do texto que segue, por exemplo, o poeta 2+rio Quinatana faz aluso a uma passagem da :'blia e a uma famosa frase do escritor franc$s @oltaire. /e&a:
Da impar,ialidade

Htil para levar o leitor a dizer a mesma coisa 5 de maneiras diferentes. RE)UMO: consiste em traduzir um texto, fazendo uma condensao fiel de suas idias. ? reduzir o texto ao seu esqueleto essencial, obedecendo aos seguintes procedimentos: captar cada uma das id1ias rele"antes8 respeitar a progresso em %ue elas se sucedem8 encadear 4correlacionar5 cada uma das partes. )*NTE)E: consiste em traduzir, em poucas palavras, aquilo que o autor expressou amplamente. Da s'ntese, importante agrupar os fatos particulares em um todo, dando)lhes uma viso geral.

A imparcialidade uma atitude desonesta. 6as duas uma8 ou o imparcial est+ mentindo, traindo, assim, as suas mais leg'timas prefer$ncias, ou ento no passa de um exato robM, mero boneco mecNnico, sem opinio pessoal, sem nada de humano. Aquela frase de @oltaire, to citada8 Do creio em uma s( palavra do que dizes, mas defenderei at * morte teu direito de o dizer . ? uma das coisas mais demag(gicas que algum "+ poderia ter inventado. Ee achamos que algo nocivo, meu 6eus, como conseguiremos dormir tranquilos sem evitar sua propagaoR 1ilatos tambm um exemplo de imparcialidade. Ao condenar !risto, aparentemente deixou de tomar posio. 1orm a realidade insurge) se contra os fatos. Orente * massa, procurou preservar seu governo. 6esempenhou na List(ria uma pontinha. 2as que pontinhaI !ondenou um inocente, desconhecendo a posteridade. 7squeceu 1ilatos, entretanto, que a verdade deve ser reconhecida e proclamada em qualquer situao.
M7rio adapta%es&. :intana . /n8 #aderno 0. 1orto Alegre. #!om

PROCESSOS DE COESO TEXT!"L

A coeso de um texto decorrente das rela%es de sentido que se operam entre os seus elementos. 2uitas vezes, a compreenso de um termo depende da interpretao de outro ao qual ele faz refer$ncia. Os elementos de que a l'ngua disp%e para relacionar termos ou segmentos na construo de um texto so os rec:rsos ;oca8:laresE sint7ticos e semQnticos 9 chamados de conecti"os7 coesivos ou conectores.

REESCRIT!R"S DE TEXTOS

consiste no desenvolvimento interpretativo de um texto. A par+frase 1 uma esp1cie de 2traduo3 4com pala"ras do prprio tradutor5 das id1ias de um te'to 6 sem coment,rios marginais7 sem nada acrescentar e sem nada omitir so!re a%uilo %ue est, no original. A par(dia, por exemplo, um tipo de par+frase sat'rica, com inteno cr'tica, que tem por caracter'sticas a caricatura, a "ocosidade e a fuga * inteno primeira do autor.
(AR"5RA)E: (ER*5RA)E #ampli1icao%: consiste

O texto adequado aquele que resume as seguintes qualidades:

Correo:

o textoBfragmento deve obedecer *s regras gerais da l'ngua #ressalvando)se sempre algumas liberdades como conseq3$ncia do estilo&. O emprego da modalidade culta formal atribui maior credibilidade ao texto. afirma e o que diz o contexto extraverbal # necess+rio que o leitor conhea o assunto a que o texto faz refer$ncia&.

Coerncia: a adequao entre o que se

Clareza: imprescind'vel para que o

leitor ganhe mais facilmente a adeso do leitor *s suas idias #ao compreender com facilidade as idias expostas o leitor estar+ mais propenso a concordar com elas&.

no emprego de um rodeio de pala"ras 4e outros floreios5 para e'primir7 ampliar uma id1ia ou parte de um te'to. A per'frase textual pode ser

Coeso: ocorre quando as palavras ou os

termos das ora%es 5 e mesmo as ora%es 5 se ligam para formar um texto. 7ssa ligao se d+ por meio de recursos como

,T

con"un%es, pronomes, preposi%es, a pr(pria escolha vocabular, entre outros.

C:idado6
A preposio deS no deve contrair)se com8 o arti!o que precede o su1eito de um ver#o. 7x.8 ? tempo de a pol'cia agir com efic+cia. o arti!o que faz parte de um t tulo. 7x.8 O fato de O 9lobo ter noticiado a negociao... Kratar com carinho #modo&G ficar pobre com a inflao #ca:sa&G vinho se faz com uva #mat<ria&G ir ao cinema com o Fonas #compan=ia&G "ogar com #contra& os argentinos #oposio&. 7screver em franc$s #modo&G televisor em cores #K:alidadeGestado&G pagar em cheque #meio&G ficar em casa #l:0ar&G pedir em casamento #1inalidade&. Para mim, ela est+ mentindo #re1erLncia&G ter +gua para dois dias apenas #tempo&G nascer para o trabalho #1inalidade&G ser inteligente para no cair numa cilada #conseK:Lncia&G vou para 9oiNnia #l:0ar% 9 neste casoE para d+ a idia de estada permanente ou definitiva, ao contr+rio da preposio ]aT, que exprime #reve re!resso. 6esse modo, vamos para o cu ou para o inferno, "+ que de tais lugares no h+ regresso.

Conciso: o resultado do uso de

linguagem precisaBenxuta, sem, contudo, comprometer a clareza. O procedimento oposto a proliPidade, o encher ling3ia 5 defeito que deve ser evitado em um texto.

PRINCIP"IS REC!RSOS DE COESO

PREPOSI#ES R palavras invari+veis que ligam outras palavras, estabelecendo entre elas determinadas rela%es de sentido e de depend$ncia. As preposi%es podem ser8 Essenciais #sempre t$m essa funo&8 a, ante, ap$s, at, com, contra, de, desde, em, entre, para, perante, por, sem, so#, so#re, trs. Acidentais #circunstanciais, pois podem pertencer a outras classes gramaticais&8 afora, conforme, consoante, durante, e:ceto, fora, mediante, tirante, salvo, se!undo.

Ao ligarem os termos7 as preposi$es podem esta!elecer rela$es de:

Ass:nto8 O ministro falou so!re 7ducao. Ca:sa8 7le vibrava de entusiasmo. Compan=ia8 7stava com o secret+rio particular. AireoGsentido8 6epois seguiu para o Eul. Especialidade8 7le especialista em Eociologia. 5alta8 !ontudo, estava sem verbas naquele momento. 5inalidade: 6isse aquilo para tranq3ilizar o professor. Instr:mento8 Atrapalhou)se com o microfone. L:0ar8 7le mora em :ras'lia. Mat<ria8 Aqui comprou uma bota de couro. Meio8 !ertamente voltar+ de avio. Oposio8 2ostrou)se contra a estatizao do ensino. Ori0em8 Da verdade, natural de 2acei(. (osse8 7m :ras'lia, hospeda)se na casa de 7rundina. Entre o:tras... ;ma mesma preposio pode atribuir idias distintas a um texto. 1ortanto, desista de declin+)las apenas e atente para os poss'veis sentidos que podem trazer ao contexto. Observe8 Oicar de p #modo&G morrer de fome #causa&G pulseira de ouro #material&G mao de cigarros #conte9do&G casa de -u's #posse&G falar de futebol #assunto&G descendente de alemes #origem&G via"ar de avio #meio&G atitude de imbecil #semelhana& etc.

CON*!N#ES ) palavras invari+veis que ligam duas ora%es ou duas palavras de mesma funo em uma orao. 1odem ser8 Coordenati;as8 ligam ora%es, estabelecendo entre elas apenas depend$ncia semNntica. Eo elas8 aditi"as7 ad"ersati"as7 alternati"as7 conclusi"as e e'plicati"as. ):8ordinati;as/ ligam ora%es, estabelecendo relao de depend$ncia semNntica e gramatical, ou se"a, uma orao termo de outra. Eo elas8 integrantes7 causais7 comparati"as, concessi"asE condicionais7 conformati"as7 consecuti"as7 temporais7 finais e proporcionais. As ora%es se apresentam como elementos capazes de esta#elecer rela7es de si!nificado ao te:to. A troca de uma con"uno por outra muda completamente a relao semNntica do per'odo. Observe8 a% Kodos os seres humanos so iguais e nenhum superior ou inferior aos outros. #e _ adio entre as ora%es& 8% Kodos os seres humanos so iguais, portanto nenhum superior ou inferior aos outros. #portanto_ relao de concluso& c% Kodos os seres humanos so iguais, porK:e nenhum superior ou inferior aos outros. #porK:e _ relao de causa e efeito&

,>

O8ser;e as id<ias atri8:$das por determinadas conN:nOes e ePpressOes:

O conectivo &eS anuncia o desenvolvimento do discurso e no a repetio do que foi dito antesG indica uma progresso semNntica que adiciona, que acrescenta um dado novo. ? necess+rio tomar cuidado na an+lise dessa con"uno, pois em alguns casos, seu uso se constitui apenas um rec:rso estil$stico8 serve para enfatizar uma idiaI O mecanismo Ainda serve para introduzir mais um argumento a favor de determinada concluso ou incluir um elemento a mais dentro de um con"unto qualquer. 7xemplo8 O n vel de vida dos #rasileiros #ai:o porque os salrios s&o pequenos. 9onvm lem#rar ainda que os servios p>#licos s&o e:tremamente deficientes'. Alguns termos servem para introduzir um argumento decisivo #Ali7sE al<m do maisE al<m de t:doE al<m disso&, apresentado como acrscimo, como se fosse desnecess+rio, "ustamente para dar o golpe final no argumento contr+rio. 7xemplo8 Os salrios est&o cada vez mais #ai:os porque o processo inflacionrio diminui consideravelmente seu poder de compra. Al1m de tudo s&o considerados como renda e ta:ados com impostos'. Algumas express%es #isto <E K:er diDerE o: seNaE em o:tras pala;ras & introduzem esclarecimentos, retifica%es, desenvolvimento ou desdobramento da idia anterior. 7xemplo8 -uitos 1ornais fazem alarde de sua neutralidade em rela&o aos fatos, isto 1, de seu n&o comprometimento com nenhuma das foras em a&o no interior da sociedade'. Alguns conectivos adversativos #masE toda;iaE por<mE cont:doE entretanto% marcam oposio entre dois enunciados ou dois segmentos do texto. Do poss'vel ligar, por meio desses conectivos, segmentos que no se oponham. !ertos elementos de coeso servem para estabelecer gradao entre os componentes de uma escala. Alguns #mesmo, at<, at< mesmo% situam a idia no topo da escalaG outros #ao menos, pelo menos, no m$nimo% situam)na no plano mais baixo. 7xemplos8 O homem am#icioso, quer ser dono de #ens materiais, da ci2ncia, do pr$prio semelhante? at1 mesmo do futuro e da morte . @ preciso !arantir ao homem seu #em( estar/ o lazer, a cultura, a li#erdade, ou, no m+nimo, a moradia, o alimento e a sa>de . Os conectivos que estabelecem ao mesmo tempo uma relao de contradio e de

concesso #em8oraE ainda K:eE mesmo K:e& servem para admitir um dado contr+rio, e depois negar seu valor de argumento. ? preciso ficar atento ao seu uso, pois se essa relao no for apropriada, deixar+ o enunciado descabido. @e"a8 2*m!ora o 0rasil possua um solo frtil e imensas reas de terras plantveis, vamos resolver o pro#lema da fome'. PRONOMES REL"TIVOS 5 pronomes que retomam um termo "+ citado numa orao, substituindo)o no in'cio da orao seguinte. @e"a8 7u trouxe os l+pis. @oc$ precisar+ desses l+pis. 7u trouxe os l+pis de que voc$ precisar+. Os pronomes relativos podem ser8 /ari,"eis: oBa qual, osBas quaisG cu"o#s&, cu"a#s&G quanto#s&, quanta#s&. :n"ari,"eis8 que, quem, onde, como, quando.

(rincipais caracter$sticas dos pronomes relati;os:

>B% Os relativos sempre iniciam uma nova ora&o. @isitaremos a cidade B onde eu nasci.
Orao A Orao :

@B% A maioria das bancas examinadoras do pa's gosta de cobrar os pronomes relativos atrelados * reg$ncia #nominal ou verbal&. 7xemplos8 7le o rapaz a cu"as idias me refiro. 7le o rapaz de cu"as idias discordo. 7le o rapaz com cu"as idias concordo. 7le o rapaz de cu"as idias desconfio. 7le o rapaz em cu"as idias me confio. CB% O relativo %ue: a& 1ode retomar palavras que nomeiam pessoas ou coisas. 7x.8 O rapaz que chegou meu vizinho. #o
qual&

b&1ode se referir aos demonstrativos oE aE osE as. 7x.8 Eei o que voc$ faz neste lugarI #o _
aquilo&

UB% O relativo %uem s( usado para retomar palavras que designam pessoas. 7x.8 7la a pessoa com quem voc$ conversava. VB% Os relativos cu&o4a57 cu&os4as5 so usados entre dois substantivos, estabelecendo entre eles uma idia de posse. 7xemplo8 6iscutiremos um assunto cu"as causas so complexas.
#cu"as causas _ as causas do assunto&

,=

WB% Os relativos onde7 aonde/ essas duas formas sempre indicam lugar e t$m empregos diferentes. Onde 5 indica lugar em que . 7xemplo8 Oui * cidade onde voc2 nasceu. #Quem nasce, nasce em&. Aonde 5 indica lugar a que . 7xemplo8 !onheo a cidade aonde voc2 vai. #Quem vai, vai a&. XB% Os relativos %uanto4s5 e %uanta4s5 so precedidos de tudo7 todo7 tanto #e varia%es&. 7xemplos8 7squeceu)se de tudo quanto prometera. Kodos quantos assistiram ao filme ficaram decepcionados. @oc$ quer provas de concursoR 1ois pegue tantas quantas quiser. HB% O relativo como tem sempre as palavras modo , maneira ou forma como antecedentes e equivale semanticamente a pelo %ual #e varia%es&. 7xemplos8 !ontaram)me a maneira como voc$ se comportou. #pela
qual&

Este #e ;ariaOes% 5 refere)se ao elemento citado por Hltimo. 7xemplo8 :rasil e ;ruguai so dois pa'ses sul) americanos. Aquele foi colonizado pelos portuguesesG este, pelos espanh(is. Aquele 5 :rasil #citado primeiro&G 7ste 5 ;ruguai #citado por Hltimo&.
*E/ANI#* # DE RE+ERGN/IA N E#"A' (:@<%<C02) A 80CA8<BA3 2E(E2 0, C0<2A2 +0 E2PA=0.

;sa)se este7 esta7 isto7 deste7 desta7 disto7 neste7 nesta e nisto para o K:e est7 pr2Pimo da pessoa K:e 1ala. ;sa)se esse7 essa7 desse7 dessa7 nesse7 nessa para o que est+ pr(ximo da pessoa com quem se fala. A%uele7 a%uela7 a%uilo7 na%uele7 na%uela7 na%uilo7 da%uele7 da%uela7 da%uilo indicam o que est+ longe de quem fala e tambm longe de quem ouve. 7xemplo8 O que aquilo que est+ l+ no fim da ruaR .
*E/ANI#* # DE RE+ERGN/IA N )E*" (:@<%<C02) A 80CA8<BA3 2E(E2 0, C0<2A2 +0 %E3P0.

@amos acertar o modo como irei trabalhar.

#pelo qual&

IB% O relativo K:ando sempre ter+ um antecedente que d$ idia de tempo. Desse caso, ele equivale semanticamente a em %ue. @e"a os exemplos8 7ra chegado o dia K:ando ter'amos que resolver o caso. #em que& :endita a hora K:ando voc$ apareceu aquiI
#em que&

PRONOMES DEMONSTR"TIVOS 5 pronomes que situam elementos dentro do texto, ou os seres ) no tempo e no espao ) em relao em relao a cada uma das tr$s pessoas gramaticais. Eo eles8
3ECA+<2302 :E A(%<C,8A=>0 %E?%,A8 -)G* +0N'9 ANA+HRI/A E /A)A+HRI/A. I servem para situar elementos no ,ontexto lin3J5sti,o.

*ste7 esta7 isto7 neste7 nesta7 nisto7 deste7 desta e disto indicam um tempo presente atual. 7xemplo8 Este ano tem sido muito bom para quem quer passar em um concurso pHblico. #ano de .CC>&. ;sa)se esse7 essa7 isso7 nesse7 nessa7 nisso7 desse7 dessa e disso indicam um tempo passado ou futuro, mas no muito distante. 7xemplos8 A seleo brasileira "ogar+ no !hile nesse fim de semana. A%uele7 a%uela7 a%uilo7 na%uele7 na%uela7 na%uilo7 da%uele7 da%uela7 da%uilo indicam um tempo distante. 7xemplo8 2udei para :ras'lia h+ vinte anos. Daquela poca aqui no havia tantos mendigos nas ruas .

Ateno6
Os pronomes ad"etivos #Hltimo, penHltimo, antepenHltimo, anterior, posterior& e os numerais ordinais #primeiro, segundo etc.& tambm podem ser usados para se fazer refer$ncias em geral.

*sse7 essa7 isso7 nesse7 nessa7 nisso7 desse7 dessa e disso so termos anafricos #retomam o que foi mencionado&. *ste7 esta7 isto7 neste7 nesta7 nisto7 deste7 desta e disto so termos catafricos #referem) se ao que ser+ mencionado&. A%uele4s57 a%uela4s57 a%uilo so usados 5 con"untamente com os pronomes este#s%, esta#s% 5 para fazer refer$ncia a elementos "+ citados. Eendo assim8 AK:ele #e ;ariaOes% 5 refere)se ao elemento citado primeiroG

$"TORES LIN !STICOS DE COESO TEXT!"L

&' P " R " L E L I S M O S 1.1 4 "aralelismo sint2ti,o a combinao de palavras em estruturas sint+ticas que se repetem ao longo do texto. Desse caso, no se repetem as

,<

palavras, mas a mesma construo sint+tica #o mesmo tipo de su"eito seguido do mesmo tipo de verbo com o mesmo tipo de complemento etc&. O paralelismo sint+tico serve para mostrar que os sentidos transmitidos pelas constru%es paralelas mant$m entre si algum tipo de simetria ou de assimetria. 7xemplos8
Das ondas da praia quero ser feliz B Das ondas do mar quero me afogar. Os amores #esto& na mente B As flores #esto& no cho B A certeza #est+& na frente B A hist(ria #est+& na mo.

ou se"a, necessito saber em que cidade e em que data tal texto foi publicado&.
!.1.

1.! 4 "aralelismo semKnti,o a relao

Dixis pessoal I indica as pessoas do discurso, permitindo selecionar os participantes dentro do processo comunicativo. /ntegram este grupo8 pronomes pessoais #tu, me, n(s etc.&G determinantes e pronomes possessivos #meu, vosso, seu, teu etc.&G sufi:os fle:ionais de n>mero e pessoa #falas, falei, falamos etc.& bem como vocativos. Dixis temporal I localiza os fatos no tempo, tomando como ponto de refer$ncia o momento da comunicao. Os elementos que desempenham tal funo so advr#ios, locu7es adver#iais ou e:press7es denotativas de tempo. 1or exemplo8 amanh, ontem, na semana passada, de noite, na semana seguinte, * tarde etc.
assinala os elementos espaciais, tendo como refer$ncia o lugar da enunciao, evidenciando a relao de maior ou menor proximidade em relao aos lugares ocupados por locutor e interlocutor. Os elementos que cumprem esta funo so advr#ios e locu7es adver#iais de lu!ar #aqui, l+, l+ de cima, perto de&, determinantes e pronomes demonstrativos #esse, aquela, a outra&, bem como alguns ver#os que indicam movimento #chegar, entrar, subir&.
I

de semelhana #correspond$ncia de sentidos& quanto ao sentido das ora%es. Observe os exemplos8

>?% Das ondas da praia quero ser feliz Das ondas do mar quero me afogar.
Man:el Bandeira

!.!.

#Desse caso, o paralelismo ocorre pela correspond$ncia do dese"o, da atrao pelo mar e pela morte&. @?% A semente que tu semeias, outro colhe G
A riqueza que tu achas, outro guardaG As roupas que tu teces, outro vesteG As armas que tu for"as, outro empunha .
)=elleY

!.%4

Dixis espacial

#Desse caso, o paralelismo p%e em relevo o mesmo tema8 quem faz alguma coisa no a faz para siG ou ainda, ningum usufrui dos bens que produz&. LueMra -inten,ional. do paralelismo AnHncio de uma exposio das obras de Ealvador 6ali, no 2AE18 Auem viu, viu. Auem n&o viu, ainda pode ver . Desse caso, houve uma quebra intencional do paralelismo, que seria algo como Quem no viu, no viu ou quem no viu, no vai ver mais . 1or meio dessa quebra, o anunciante procura atrair a ateno do leitor e persuadi)lo a ver a exposio enquanto h+ tempo.

SEM7NTIC"
C o estudo da significao das pala'ras e das mudanas de sentido ocasionadas pelo conte$to.
A palavra #signo ling3'stico& uma combinao de forma #escrita e falada& e conteHdo #conceito, idia&, os quais se traduzem em8 )i0ni1icante: o elemento concreto, material, percept'vel8 os sons #fonemas& e as letras. )i0ni1icado: o elemento intelig'vel #o conceito& ou a imagem mental.

(' D 5 I X I S

Os elementos d;iti,os t$m a funo de localizar entidades no contexto espao)temporal, social ou discursivo, "+ que eles apontam para elementos exteriores ao texto e mudam de sentido conforme o contexto, isto , no possuem valor semNntico em si mesmos, podendo variar a cada nova enunciao. Observe o exemplo da manchete de um "ornal8 Ontem& aqui& caiu um temporal
#A compreenso que se ter+ da idia expressa pelos advrbios ontem e aqui somente ser+ poss'vel pela situao do texto,

.C

*S +*,*-"*S +$SS.E/ S01N0203*4$S 5.E +$4E/ SE"

7I)ERA7NDEN )A)IF :

*conomia: deflao, dficit, super+vit, "uros,

cNmbio, balana etc. Direito: mandado, arrolamento, alada, ementa, agravo etc. Internet: Peb, p+gina, linZ, portal, blog, site etc. In1orm7tica: drive, softPare, programas, hardPare, mem(ria AA2 etc.

o sentido convencional, real, que no permite mais de uma interpretao, igual para todos os falantes da l'ngua. Aparece na lin!ua!em cient fica, informativa ou tcnica.
/ N)EE)0A7N/ N )A)IF : o sentido

figurado, diferente do convencional e que raramente se encontra no dicion+rio. E( poss'vel descobri)lo quando se observa o contexto em que tal palavra aparece. ? apropriado * lin!ua!em literria, cu"as palavras mais sugerem do que informam.

OB).:

OB).: o sentido original a pr(pria significao etimol(gica do termo, mas este tambm sofre constantes altera%es no decorrer do tempo, devido * sua expanso ou generalizao. 1or exemplo, carrasco era o nome do algoz :elchior Dunes !arrasco e generalizou)se para todos os algozes e an1itrio era personagem de uma comdia de 1lauto e se expandiu a todos aqueles reHnam, em sua casa, convidados e amigos.

A relao entre hipMnimos e hiperMnimos no absoluta, pois um mesmo termo pode exercer as duas fun%es, dependendo do contexto8 /erte!rado um hipMnimo de animal, mas um hiperMnimo de mam fero. -am+fero um hipMnimo de animal e de verte#rado, mas um hiperMnimo de roedor, de ruminante etc.

7OEI/

/A*"

#E*9N)I/ o emprego de palavras que pertencem ao mesmo universo de significao, formando fam'lias ideol(gicas . Kais palavras se associam por meio de uma espcie de imantao sem;ntica, ou se"a, embora no se"am sinMnimas, remetem umas *s outras em determinado contexto. Assim, so exemplos de campos semNnticos8 Nat:reDa8 seres que constituem o universo, temperamento, espcie, qualidade etc. Nota8 anotao, comunicao escrita e oficial do governo, cdula, som musical, ateno etc. Bre;e8 de pouca durao, ligeiro, resumido etc. 6entro de um mesmo campo semNntico, as palavras so caracterizadas como8
FI(ERZNIMO)8 palavras que possuem um sentido mais genrico. 7xemplos8 7conomia, 6ireito, futebol, componentes automotivos, disciplinas escolares, p+ssaros etc. FI(ZNIMO): palavras que possuem car+ter mais espec'fico. Assim, so hipMnimos de8

o con"unto de palavras de uma l'ngua. A l'ngua um organismo vivo e se atualiza de acordo com as necessidades sociais de seus usu+rios. 1or isso, no existe falante que domine por completo o lxico de uma l'ngua8 a cada dia, as palavras podem perder alguns sentidos e ganhar outros ou at desaparecerem quando deixam de ser usadas por muito tempo.

/A*"

7EEI/A7 o emprego de fam'lias de palavras 5 ou de pala;ras co0natas, ou se"a, que descendem de um mesmo radical, de uma mesma raiz. 9o!na&o quer dizer parentesco. 1or exemplo, do latim )tella derivam estrela, estelar, estrelar, estrelado. @e"a tambm8 !ampo lexical de terra8 aterrar, terremoto, desenterrar, aterrissar, desterro, terraplanagem, trreo, terrestre, territ(rio, terr+queo, terracota etc. !ampo lexical de l:D8 aluno, iluminar, luminosidade, ilustre, ilustrado, iluminado etc.

RELAES DE SENTIDO ENTRE OS VOCBULOS DO TEXTO

SINONMIA:
ocorre uando pala'ras podem ser su#stitu/das umas pelas outras, sem pre*udicar a compreenso das id.ias do te$to. 1or exemplo, em uma prova de

concurso, a banca fez a seguinte assertiva8 1ode)se substituir o voc+bulo =emis1<rica por ]minuciosaW sem que isso altere as rela%es de sentido do texto. A princ'pio, parece ser imposs'vel estabelecer uma relao de sinon'mia entre tais voc+bulos, mas o texto trazia o seguinte conteHdo8 7u me considero

.,

um consumidor to educado que nunca compra nada sem antes fazer uma tomada hemisfrica de preos . Deste caso, o voc+bulo minuciosa3 no s( substitui hemisf1rica como o mais adequado ao contexto. @e"a outros exemplos8 AivalBadvers+rioBantagonista 5 cloreto de s(dioBsal 5 'ntegroGproboBcorretoB"ustoBhonesto 5 unhasBgarras 5 aguardarBesperar 5 pessoaBindiv'duo 5 caraBrosto.

HOM)NIMAS

PERFEITAS'

possuem mesma grafia e mesma pron4ncia, com sentidos diferentes. 052.6 As )omDnimas perfeitas so tam#.m c)amadas de palavras polissmicas, polifnicas, plurvocas ou, ainda, plurissignificativas.

ANTONMIA:

ocorre uando duas ou mais pala'ras se opem uanto ao significado dentro do te$to. @e"a8

<eal _ verdadeiroG real _ relativo * realezaG real _ moeda brasileira. Sentena _ condenaoG sentena _ frase. -ente _ intelectoG mente _ verboG mente _ sufixo.

OelizBinfeliz 5 bemBmal 5 ricoBpobre 5 amorB(dio 5 euforiaBmelancolia 5 sagradoBprofano 5 claroBescuro.

FORMAS VARIANTES' so pala'ras

ue, em#ora ten)am um mesmo sentido, admitem grafia e pron4ncia diferentes. E$emplos6

PARONMIA:

ocorre uando pala'ras ou e$presses possuem grafia e pron4ncia parecidas, com sentidos diferentes. 0#ser'e os e$emplos6

/r ao encontro de _ estar de acordo. /r de encontro a _ chocar)se, opor)se. "a medida em que #-oc. causal& _ tendo em vista que. B medida que #-oc. proporcional& _ * proporo que. /nfrao _ violao da lei. /nflao _ desvalorizao da moeda. !'vel _ relativo ao 6ireito !ivil. !ivil _ relativo ao cidado.

cotaBquota 5 catorzeBquatorze 5 cocienteBquociente trasladoBtranslado 5 aspectoBaspeto 5 assoviarBassobiar percentualBporcentual 5 necr(psiaBnecropsia cpticoBctico 5 pro"tilBpro"etil 5 conectivosBconetivos malformaoBm+) formao 5 aterrissarBaterrizar car+terBcar+cterBcaractere #s( um plural8 caracteres&

POLISSEMIA' consiste no fato de uma mesma palavra possuir significados diferentes, os quais se explicam pelo contexto. @e"a os exemplos8
1assar uma mo de tinta no porto _ uma demoG 6ar uma m&o _ a"udarG 1assar a m&o no dinheiro do outro _ roubarG Abrir m&o de _ prescindir, dispensarG -anar m&o de _ utilizarG Abrir a m&o _ gastarG 1egar a m&o errada da via _ sentido, direo. Obs.8 O antMnimo d polissemia monossemia #quando uma palavra apresenta apenas um sentido.

HOMONMIA: ocorre com palavras

que possuem grafia ou pronHncia igual, por causa de sua origem, mas que t$m sentidos distintos. As palavras homMnimas podem

ser8 HOMGRAFAS h t !"#o$%&'

possuem mesma grafia e pron4ncia diferente, com sentidos tam#.m diferentes.

Eede #$& _ vontade de beber. Eede #& _ administrao de empresaB casa de fazenda. Almoo #M& _ substantivo. Almoo #(& _ verbo. !olher #$& _ verbo. !olher #& _ substantivo.

HOMFONAS

h t !"(!%#%&'

AMBIGUIDADE' ocorre quando uma palavra ou expresso admite mais de uma interpretao. ? um recurso ling3'stico muito utilizado em textos liter+rios e publicit+rios. Observe8
AnHncio em bancas de revistas8 Aprenda a 1aDer :ma 0alin=a no ponto6S. O anHncio d+ a idia de que querem vender livros de receitas, mas, na verdade, o que ser+ vendido uma re'ista de pontoEcruz. Ou se"a, aprenda a 1aDer :ma 0alin=a no ponto[R cr:D\ #para bordar em panos de prato&. /nterpretao do stimo mandamento, segundo :astos Kigre8 o furtar,s C pre!a o Declo!o? e cada homem dei:a para amanh& a o#serv%ncia do stimo

possuem mesma pron4ncia e grafia diferente, com sentidos tam#.m diferentes.

Acender _ atear fogo. Ascender _ subir, elevar)se. !oser _ costurar. !ozer _ cozinhar. !esso _ doao #verbo doar&. Eeo _ repartioBdepartamento, diviso. Eesso _ durao de um evento.

..

mandamento . A graa vem do fato de que pelo fato de se utilizar o verbo no tempo futuro, as pessoas esto sempre prorrogando o prazo para comear a respeitar o mandamento.

2inha alma uma estrada de terra K:e le;a a l:0ar al0:m. #indica uma alma rHstica, abandonada ) e angustiadamente inHtil& O8s.: toda met+fora uma espcie de comparao impl$cita, em que o elemento comparativo no aparece. 2ais exemplos8 -eu pai um le&o quando "oga futebol. -inha vida um 1il$. 7u no acho a chave de mim. #OMPARA$%O &S'MILE( consiste em estabelecer uma relao entre dois elementos de universos diferentes, por meio de palavras ou express%es que estabeleam a relao de sentido entre termos comparados. A comparao metaf(rica depende muito do su"eito que a enuncia #de sua sensibilidade, seu estado de esp'rito e sua experi$ncia. @e"a o exemplo8 7le chorou feito um condenado. #associa)se o modo como ele chorou ao modo como se imagina que choraria um condenado&. A sombra das roas macia e doce, %ue nem uma car'cia . #/or0e Amado% 2eu pai agressivo como um touro quando "oga futebol. Eo conectivos comparativos8 como, feito, que nem, assim como, tal, tal qual, qual. ME!ON'MIA ocorre quando empregamos uma palavra em lugar de outra, com a qual aquela se achava relacionada. A meton'mia estabelece uma relao K:alitati;a entre os termos, ou se"a, a implicao entre os conceitos decorre da relao de contig3idade entre eles. 1or exemplo, a causa pelo efeito, o continente pelo conteHdo, o autor pela obra, o lugar pelo produto, o instrumento pela pessoa que o utiliza. @e"a os exemplos8

FIGURAS DE LINGUAGEM
2o recursos estil/sticos utilizados por uem fala ou escre'e para reforar a linguagem, tornandoEa mais interessante e original. %ais recursos costumam se des'iar das regras da gram-tica normati'a e dos sentidos frios das acepes de dicion-rios.
?#.: as figuras de linguagem no so meros enfeites do te$to. Elas contri#uem, ao aprimorar a mensagem, para ampliar a nossa capacidade de refle$o, de an-lise e, conse uente, compreenso do fato anunciado.

FIGURAS DE PALA RA
Consiste na su#stituio de uma pala'ra (ou e$presso) por outra, a ual caracteriza uma mudana do sentido ue o consenso identifica como normal (real) para o sentido figurado da pala'ra. 2o elas6 ME!"FORA consiste em utilizar uma palavra ou expresso em lugar de outra, sem que ha"a uma relao real de sentido entre elas, mas o nosso esp'rito as associa e depreende entre ambas certas semelhanas. A met+fora tem car+ter absolutamente sub"etivo e momentNneo. Aepare os exemplos8 V2eu pensamento um rio s:8terrQneo.V -+ernando
"essoa.

#o poeta estabelece rela%es de semelhana entre um rio subterrNneo e seu pensamento 5 profundo, inating'vel&.

.0

 1asse)me a manteiga. [manteigueira\. Amanh irei ao correio. [edif'cio onde funciona a ag$ncia dos !orreios e Kelgrafos\. E(crates tomou a morte. [veneno\. SIN)DO*UE ocorre quando a relao entre os termos K:antitati;a, ou se"a, quando se alarga ou se reduz a significao da palavra. 7stas rela%es entre os termos so basicamente as seguintes8 a parte pelo todo, o singular pelo plural, o g$nero pela espcie, o particular pelo geral #ou vice)versa&. Observe8 O homem o ser mais confuso da Kerra. [Os homens\. Os sem-teto fazem uma manifestao na 7splanada dos 2inistrios. [sem casa para morar\
?#.: Atualmente, no se faz mais a distino entre meton/mia e sin.do ue. Por ser mais a#rangente, o conceito de meton/mia pre'alece so#re o de sin.do ue.

A%uele %ue tudo pode ir+ nos proteger. [6eus\ consiste na aproximao de palavras semelhantes pelos sons, mas de sentidos diferentes, ou se"a, o emprego de palavras parMnimas. 7xemplo8
PARONOM"SIA

!ada leito em seu leito B cada pai'o com seu &eito.

VAquela cati;a que me tem cati;o porque nela ;i;o "+ no quer que ;i;aV
-7u5s Faz de /amPes, <edondilhas)

ANADIPLOSE consiste na repetio

AN!ONOM"SIA &EP'!E!O( substituio de um nome pr(prio #pessoas& pela qualidade ou atributo que o distingue. 7xemplos8 Os brasileiros "+ esqueceram o =guia de 0aia. (Rui ?arMosa)

da Hltima palavra #ou expresso& de um seguimento de verso ou de um membro da frase no in cio do se!uinte. 1or exemplo8 VQuero escrever sem sa!er, B Sem sa!er o que dizer.V -Dante *ilano. Do h+ felicidade onde no h+ pa?, e pa? s( h+ onde h+ 6eus. O mau)humor produz a impaci@nciaG da impaci@ncia nasce a c(leraG a "iol@nciaG e a "iol@ncia conduz ao crime.
EPI+EU,E &enca-eamento(

consiste em repetir a mesma palavra duas ou mais vezes seguidas 5 sem outra de permeio. 1or exemplo8 V-ar+lia, -ar+lia, s a estrela da manh.V VAmigo, amigo7 por favor no v+ embora.V V7u queria conhecer a minha me, me, me. Do a minha madrastaIV & O#A!I O( consiste na VinvocaoV de algum ou de coisa personificada, ou se"a, o chamamento do receptor da mensagem, se"a ele imagin+rio ou no. ? uma figura bastante usada na linguagem cotidiana8 nas ora%es religiosasG nos discursos pol'ticos e nas situa%es mais diversas. A introduo da ap(strofe interrompe a linha de
AP.S!ROFE

O poeta dos escra"os o autor do clebre poema O navio negreiro .

-/astro Alves.

PER'FRASE consiste no uso de uma

expresso que designa um ser #coisas ou animais& por meio de caracter'sticas, atributos ou, ainda, de um fato que o celebrizou. Deste caso, utilizam)se express%es para traduzir a ideia que a palavra original, sozinha, no conseguiria exprimir. 1retendo visitar o pa+s do sol nascente. #Fapo&. >ltima flor do (,cio , inculta e bela [-'ngua portuguesa\. - lavo ?ila,.

.4

pensamento do discurso, destacando) se, assim, a entidade a quem se dirige e a ideia que se pretende pMr em evid$ncia. @e"a os exemplos8 Po"o de Aua?eiroI ? com grande alegria` . VPai osso, que estais no cu...V. -inha ossa Senhora, o que foi issoRI . /alha-me Deus, que eu no posso mais com esse menino . ocorre quando, por falta de um termo espec'fico para designar um conceito, toma)se outro termo VemprestadoV. Assim, passamos a empregar algumas palavras fora de seu sentido original. 7ntretanto, devido ao uso cont'nuo, no conseguimos mais perceber que esse uso figurado.
#A!A#RESE -e6a os exemplos

As quaresmeiras abriam em flor depois do carnaval, os ip$s [a!riam\ em "unho. (Ra,Qel de Lueiroz. VO meu pai era paulista B 2eu avM, pernambucano B O meu bisavM, mineiro B 2eu tataravM, baiano.V -/Qi,o
?uarque.

PLEONASMO &estil/stico( a repetio de um termo "+ expresso ou de uma idia "+ sugerida, com o ob"etivo de real+)la, torn+)la mais expressiva. 7xemplos8 7 rir meu riso e derramar meu pranto. 7 quem sabe sonhavas meus sonhos por fim. -/artola. /sso eu vi com meus pr(prios olhosI -frase
popular. -Fin5,ius de *oraes.

Eormi!ueiro humano #Eormi!ueiro _ poro de formigas&G realidade das coisas #Fes _ coisa&G espalhar dinheiro #espalhar _ separa a palha&G pssima cali!rafia #cali!rafia _ boa letra&G em#arcar num avio #em#arcar _ tomar a barca&.

OB).: o pleonasmo torna)se vicioso quando a repetio for considerada desnecess+ria ou quando a redundNncia no trouxer reforo algum * idia. Observe as constru%es8 descer para #ai:o ] sair para fora ] su#ir para cima ] fato real'. SILEPSE ocorre quando efetuamos a concordNncia 5 no com os termos expressos, mas, sim, com a idia que associamos em nossa mente. A E/-71E7 se divide em8
SILEPSE DE G0NERO

FIGURAS DE SIN!A,E
Consistem em uma modificao A Fs 'ezes, #rusca E na estrutura da orao (tam#.m con)ecidas como fi3uras de ,onstruo). So elas: ELIPSE consiste na omisso de um termo facilmente subentendido 5 que pode ser depreendido pelo contexto. 7xiste elipse de preposio, con"uno, preposio ou verbo. @e"a8 7le estava b$bado, com a cala rasgada e [com\ a camisa na mo... +EUGMA consiste em suprimir, ocultar verbos 5 expressos anteriormente 5 para evitar sua repetio. Observe os exemplos8 .S

A criana nasceu. 7ra magn'fico. VQuando a gente novo, gosta de fazer bonito.V -Roo $uimares
Rosa. SILEPSE DE PESSOA

Os cinco autom(vel .

est+vamos

no

VKodos os sertane"os somos assim.V

-Ra,Qel de Lueiroz. SILEPSE DE N1MERO

O peloto chegou * praa e estavam cansados.

V!oisa curiosa gente velha. !omo comemIV -An5Mal *a,Qado.

POLISS'NDE!O2 a repetio da con"uno coordenativa. Dote os exemplos8 VEuspira, e chora, e geme, e sofre, e sua...V
- lavo ?ila,.

AN"S!ROFE constitui uma inverso da ordem normal dos termos numa orao #palavras vizinhas&. !ompare os exemplos8 Da igre&a B estava ela na frente . Aqueles rapazes, por dinheiro B so muito ,"idos. *ntre as nu"ens do amor B ela dormia. VBo le"e estou B que nem sombra tenho.V
-*2rio Luintana.

V2e gentil, traioeira.V

de liveira.

mas

cruel,

mas

-AlMerto

ASS'NDE!O2 consiste na omisso de

con"un%es entre ora%es dispostas em seq3$ncia #neste caso, as ora%es se disp%em em seq3$ncia 5 separadas por v'rgulas, quando poderiam vir ligadas pelo conectivo de adio&. 1or exemplo8 @im, [e\ vi, [e\ venci . 7la cosia com amor, [e\ aprendia a arte do bilro . Kua raa quer partir, [e\ guerrear, [e\ sofrer, [e\ vencer, [e\ voltar .
-/e,5lia *eireles.

AN"FORA &EPAN"FORA( consiste na repetio de palavra #ou expresso& no in'cio de frases ou versos consecutivos. ? muito usada em quadrinhos, letras de mHsica e literatura em geral, especialmente na poesia. EPemplos:
`O que ser+ que ser+R :e vive nas idias desses amantes :e cantam os poetas mais delirantes :e "uram os profetas embriagados
-$onza3uinQa.

3IP)R4A!O &IN ERS%O( !aracteriza)se pela inverso da ordem natural e direta dos termos da orao, ou da ordem natural das ora%es no per'odo. 7mpregado deliberadamente, o hiprbato visa obter determinado efeito estil'stico. 7ste artif'cio um dos mais usados por poetas, com o intuito de trazer maior desenvoltura * l'ngua #ritmo, melodia, sonoridade ou at ambiguidades originais capazes de marcar um estilo&. @e"a8 Ao (dio venceu o amor. #a ordem direta seria O amor venceu ao (dio .& 6os meus problemas cuido euI #a ordem direta seria 7u cuido dos meus problemas .& Os bons vi sempre passar B no mundo graves tormentos.7 V1asseiam, * tarde, as belas na Avenida.V -/arlos
Drummond de Andrade.

&Lu/s

a5 -e #am6es(

V1assarinho, desisti de ter.V -RuMem

?ra3a.

&I!ERA$%O( consiste no uso repetido de palavras ou ora%es 5 para enfatizar ou intensificar a afirmao ou sugerir insist$ncia, progresso. !ompare8 V#antei, cantei, to cruel cantar assimIV
-/Qi,o ?uarque.

VBudo, tudo parado8 parado e morto.V

-*2rio Luintana.

S'N*UISE &con7us8o( ocorre quando a inverso muito violenta na ordem natural dos termos, de modo que a sua compreenso se"a seriamente pre"udicada. !onsiste, segundo alguns autores, em um v'cio de linguagem, e no em uma figura de linguagem com fins estil'sticos. @e"a8 .T

 VKu de amante o teu fim h+s encontrado.V

-$re3Srio $uerra. de *atos

A grita se levanta ao cu, da gente.

-7u5s Faz de /amPes.

ANA#OLU!O &7rase que9ra-a(

AN!'!ESE &#ON!RAS!E( a figura que salienta o confronto de idias opostas entre si, mas que podem ocorrer, inclusive, de maneira simultNnea. 7xemplos8 Koda guerra finaliza por onde devia ter comeado8 a pa?I Briste?a no tem fim, felicidade simI
(Fin5,ius de *oraes.

consiste na mudana da construo sint+tica no meio da frase, ficando alguns termos desligados do resto do per'odo. /sso acontece porque comeamos uma determinada construo sint+tica e depois optamos por outra. O anacol:to tambm chamado de 1rase K:e8rada, "+ que corresponde a uma interrupo na sequ$ncia l(gica do pensamento. @e"a este exemplo8 *sses alunos da escola, no se pode duvidar deles. #a expresso Vesses alunos da escolaV deveria exercer a funo de su"eito. Do entanto, h+ uma interrupo da frase e essa expresso fica * parte 5 sem exercer funo sint+tica&. 2ais exemplos8 2eu casaco, preciso peg+)lo na lavanderia. 1obre, quando come frango, um dos dois est+ doente. A vida, no sei realmente se ela vale alguma coisa. A mim, no me importa o que falam de mim.
Ms.: o anacoluto de'e ser usado com finalidade e$pressi'a, e em casos muito especiais. Em geral, de'eEse e'it-Elo.

PARADO,O &O,'MORO( a ant'tese levada ao extremo8 unir duas ideias que no so aceit+veis do ponto de vista l(gico, "+ que sua explicao transcende os limites da pr(pria expresso verbal. Dote os exemplos8 BemE mas aca!ouI #ret(rica de vendedores para "ustificar a aus$ncia de um produto na lo"a&.
Amor fogo que arde sem se "er ? ferida que di e no se sente ? um contentamento descontente ? dor que desatina sem doer.
-7u5s Faz de /amPes.

3IP)R4OLE uma afirmao exagerada 5 ou uma deformao da verdade 5 ob"etivando um efeito expressivo. Eo exemplos as constru%es8 chorar rios de l!rimas ] dizer um milh&o de vezes ] desconfiar da pr$pria som#ra ] &morrer de rir . @e"a um bom exemplo de hiprbole8
1essoas at muito mais vo lhe amar, At muito mais dif'ceis que eu, pra voc$. Que eu, que dois, que dez, %ue de? milh$es. Kodos iguais.
-$ilMerto $il I Esot1ri,o.

FIGURAS DE PENSAMEN!O
Constituem processos e$pressi'os ue introduzem uma ideia diferente da uela ue a pala'ra normalmente e$prime. 2o elas6 .>

IRONIA a figura pela qual dizemos o contr+rio do que pensamos, quase sempre com inteno sarc+stica. @e"a o exemplo8 O ministro foi sutil como uma &amanta e delicado como :m =ipop2tamo. OB).: A ironia usa a entonao e o contexto para apenas sugerir a idia. 1or isso, os sinais que mais evidenciam

pensamento irMnico so o ponto)de) exclamao e as retic$ncias. PERSONIFI#A$%O &PROSOPOP)IA( a figura que consiste em atribuir sentimentos ou caracter'sticas humanas a coisas ou animais. 7xemplos8 As margens pl+cidas do CrioD :piranga ou"iram o brado retumbante de um povo her(ico ... (:ino Na,ional
?rasileiro.

os sinestsicos como pessoas de percepo elevada e mais pr(ximos da divindade. EUFEMISMO consiste na tentativa de suavizao de uma idia desagrad+vel, por meio da substituio do termo exato por outro menos ofensivo, menos inconveniente. Observe os exemplos8 O pobre homem entregou a alma a Deus. [morreu\ Quem faltar com a "erdade, ser+ punido. [mentir\ OB).: ;m exemplo de eufemismo famoso #e Htil, na poca& na List(ria aconteceu quando 6. Foo // rebatizou o !abo das Kormentas #que marca o encontro dos oceanos AtlNntico e andico& como !abo da :oa 7sperana .

O cra"o !rigou com a rosa debaixo de uma sacada... -,anti3a popular. REIFI#A$%O #do latimE RE) ^ Coisa% a figura de linguagem que consiste em dar tratamento de coisa a pessoas. 7xemplos8 Do :rasil de ho"e, mais f+cil comprar um senador do que um vereador . Das grandes cidades, os passageiros andam empilhados nos Mnibus urbanos . SINES!ESIA uma variante de met+fora que consiste em fazer o cruzamento de planos sensoriais diferentes #engloba um con"unto geral de percep%es e sensa%es interligadas por processos sensoriais&. 1or exemplo, do gosto com o cheiro , da viso com o olfato etc. Dote os exemplos8 Do sil@ncio escuro do seu quarto, aguardava os acontecimentos. V@amos respirar o ar "erde do outonoV 7ste perfume tem um cheiro muito doceI 7ra uma sonoridade a"eludada como a superf'cie de uma flor.
-$iuliano +ratin.

FIGURAS

DE

SOM

Constituem recursos estil/sticos ue e$ploram a sonoridade das pala'ras, por meio da repetio/imitao de sons produzidos por seres ou coisas, para dar maior e$pressi'idade F mensagem. ALI!ERA$%O a repetio constante
de consoantes #fonemas consonantais id$nticos& como recurso para intensificao do ritmo ou como efeito sonoro significativo. Exemplos

VAara, rubra, risonha, rgia rosaV.

-+1lix "a,Qe,o.

VA fria, fluente, frouxa claridade flutuaV. -/ruz e #ouza.

@ozes veladas, veludosas vozes, @olHpias dos viol%es, vozes veladas @agam nos velhos v(rtices velozes 6os ventos, vivas, vs, vulcanizadas
-/ruz e #ouza.

OB).: A sinestesia um fenMmeno sensorial que ocorre por meio da mem(ria e pelo excesso de criatividade. 7sta palavra vem do 9rego sGn #unido& e aGnthesis #percepo&, formando a expresso percep&o unida. Os AomNnticos viam .=

ASSON:N#IA

a repetio constante e ordenada de vogais #fonemas voc+licos id$nticos&8

VEou um mulato nato no sentido lato B mulato democr+tico do litoral.V

ONOMA!OPEIA consiste em reproduzir sons por meio de palavras. Au'dos, gritos, canto de animais, sons da natureza, barulho de m+quinas, o timbre da voz humana fazem parte do universo das onomatopias. @e"a exemplos8 Os sinos faziam !l1m7 !l1m7 !l1m7 !l1m. -iau, miau. #Eom emitido pelo gato& Bic-tac, tic-tac fazia o rel(gio da sala de "antar.

que 6 est contida em outra parte do texto. +or exemplo

7 ela rolou escada a!ai'o em meio ao assombro da platia. #riar mil no"os empregos. L+ um consenso geral em relao a isso. O "uiz deferiu fa"ora"elmente. AM4IGUIDADE &ANFI4OLOGIA( a possibilidade de uma mensagem ter dois sentidos. 7ssa duplicidade provocada pela m+ organizao das palavras na frase, que compromete a clareza do enunciado. @e"a o exemplo #manchete de um famoso "ornal brasileiro&8
/rianas que re,eMem leite materno so frequentemente mais sadias.

'#IOS DE LINGUAGEM
Ocorrem quando as normas estabelecidas pela 9ram+tica Dormativa no so obedecidas em se tratando de linguagem escrita. /sso ocorre por simples desconhecimento de tais regras. SOLE#ISMO ocorre quando so cometidos erros de sintaxe nas frases8 reg$ncia, concordNncia ou colocao pronominal. @e"a8 -e parece que ela ficou doida. Fa?em cinco anos que no ve"o meu pai. 7u assisti um "erdadeiro ato de selvageria. E#O a repetio de palavras
terminadas pelo mesmo $8serve os exemplos som.

7las so mais sadias porque recebem leite frequentemente ou so frequentemente mais sadias porque recebem leiteR Oormas adequadas de escrever8 !rianas que recebem frequentemente leite materno so mais sadias. !rianas que recebem leite materno frequentemente so mais sadias. 2ais exemplos8 @ende)se leite de ca!ra em p B @ende)se leite em p de ca!ra. O deputado disse que sempre lutou contra a corrupo e a 1tica na pol'tica. 4AR4ARISMO consiste no uso de palavra, expresso ou construo estrangeira no lugar de uma equivalente da pr(pria l'ngua. 6e acordo com a origem, os estrangeirismos recebem diferentes nomes8 galicismos, se provenientes do franc$s8 champagneG toilletG maUonnese etc. anglicismos, quando oriundos do ingl$s8 performanceG home theaterG hitG linZ etc. .<

7ternamente ter na mente ter na mente .

-ins,rio fla3rada em um 3rafite no muro de uma 3rande ,idade.

O menino repetente mente alegremente.

-*arina /aMral.

PLEONASMO &;icioso( redund9ncia viciosa& repetio desnecessria de idia& porque indica uma

uma uma uma idia

 castelhanismos, quando provenientes do espanhol8 gringoG tapasG aficcionado etc. O:E.8 Quando ocorrem erros de grafia ou pronHncia dos voc+bulos da l'ngua portuguesa, d+)se o nome de

4AR4ARISMO

OR!OGRAFI#O.

1or exemplo8 tau#a, em vez de t+buaG r_brica, em vez de ru8ricaG po#rema, em vez de problemaG 0erminada #casa&, em vez de 0eminada etc.

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