Manual D Evac I Nacao
Manual D Evac I Nacao
Manual D Evac I Nacao
VACINAO
Mateus J. R. Paranhos da Costa Departamento de Zootecnia, FCAV-UNESP, Jaboticabal-SP Luciandra Macedo de Toledo Agncia Paulista de Tecnologia dos Agronegcios - APTA, Plo Regional do Vale do Ribeira, UPD Registro-SP Anita Schmidek Programa de Ps-Graduao em Gentica e Melhoramento Animal, FCAV-UNESP, Jaboticabal-SP
Ficha catalogrfica elaborada pela Seo Tcnica de Aquisio e Tratamento da Informao Servio Tcnico de Biblioteca e Documentao - UNESP, Campus de Jaboticabal.
P223b
Paranhos da Costa, Mateus J. R. Boas Prticas de Manejo, Vacinao / Mateus J. R. Paranhos da Costa, Luciandra Macedo de Toledo, Anita Schmidek, - Jaboticabal : Funep, 2006 32 p. : il. 1. Vacina. 2. Bovinos de Corte. 3. Manejo racional. I. Toledo, Luciandra Macedo de. II. Schmidek, Anita. III. Ttulo. CDU 636.2 Desenho de Capa: Paulo Tosta Diagramao e projeto grfico: fielder.com.br
Partes deste manual foram redigidas com a colaborao do Md. Veterinrio Cleber Souza Silva, integrante da equipe tcnica da Fort Dogde Sade Animal. Distribuio gratuita www.grupoetco.org.br - www.fortdodge.com.br Todos os direitos reservados.
Via de acesso Professor Paulo Donato Castellane, s/n - Campus da Unesp - Bairro Rural - CEP: 14884-900 Jaboticabal/SP - PABX: 16 3209-1300 - Setor de Eventos: 16 3209-1303 - Fax: 16 3209-1301
NDICE
Apresentao Planejamento
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Desenvolvimento e validao do manual Opinies de quem j usa os procedimentos
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Tipos de vacinas para bovinos
Vacinas Cuidados com as vacinas Preparao das instalaes Preparao dos equipamentos Conduo e manejo dos animais no curral Formas de vacinao Conseqncias do manejo incorreto durante o processo de vacinao A vacinao passo a passo Agradecimentos
14 15 16 20 23 25 26 28
Apresentao
VACINAO
Em qualquer tipo de manejo com os bovinos deve-se enfatizar a boa relao entre o homem e o animal. A vacinao uma ao necessria na criao animal, quer seja pela obrigatoriedade de leis que visam preveno ou erradicao de algumas doenas, quer para assegurar boas condies de sade aos animais, minimizando riscos de doenas e conseqentes prejuzos econmicos. No entanto, o procedimento de vacinao , em si, uma prtica aversiva, portanto, deve ser realizada de forma racional, de modo que o impacto negativo do manejo no seja to acentuado para os animais. A adoo do manejo racional na vacinao proporciona benefcios econmicos diretos, com diminuio na perda de vacina, de danos aos equipamentos (seringas quebradas e agulhas tortas) e de riscos de acidentes de trabalho, melhorando a rotina das atividades da fazenda.
VACINAO
Os procedimentos descritos no manual foram validados pela implementao do Manejo Racional na Vacinao em vrias fazendas comerciais. Essas experincias nos ajudaram a melhorar o manual, ajustando as recomendaes e procedendo a correes e detalhamentos necessrios para melhorar sua aplicao na prtica.
VACINAO
A vacinao racional realizada de forma to rpida quanto a convencional. Resulta em menos abscessos e a vacina realmente aplicada no pescoo, devido melhor imobilizao dos animais. Um ponto importante o baixo desperdcio de vacinas, pois no h perdas como as que ocorrem na vacinao no brete. Alm de tudo isto, menos cansativo para os vaqueiros. muito eciente.
No comeo eu tinha uma certa desconana do manejo racional na vacinao, mas hoje percebi que mais fcil, por isso prero usar esse novo manejo. Tem menor risco para os animais e para as pessoas que esto vacinando. Alm disso, quase no quebra equipamentos, menor o nmero de doses perdidas e menos cansativo. O tempo para vacinar o mesmo e pode at diminuir com a experincia. No precisa de maior nmero de vaqueiros para realizar o trabalho.
Planejamento
1- quais vacinas sero aplicadas, 2- quando sero aplicadas, 3- quais animais sero vacinados, 4- onde a vacinao ser realizada, 5- quem realizar o trabalho, 6- como a vacinao ser feita (padres de boas prticas de manejo).
VACINAO
O planejamento da vacinao comea com a denio de quem ser responsvel pela organizao dos trabalhos. Essa pessoa deve estruturar um calendrio de vacinaes, denindo:
O planejamento das datas de vacinaes ao longo do ano deve levar em conta o programa ocial de vacinao da regio, alm da denio de datas mais convenientes do ponto de vista imunolgico e climtico (a vacinao em poca de muita chuva diculta a realizao de um bom manejo). O responsvel pela vacinao deve tambm cuidar da preparao de instalaes e equipamentos, compra e manuteno das vacinas e treinamento da equipe responsvel pelo trabalho, bem como oferecer condies necessrias para o bom desempenho das atividades. Evite o acmulo de atividades no perodo de vacinao, para que o trabalho possa ser executado com calma e ecincia. No caso de fazendas com grande nmero de animais necessrio denir quantos animais sero vacinados por perodo de trabalho. Isto importante para denir quantos animais devem ser levados ao curral, de forma a evitar que eles permaneam ali por muito tempo, alm de possibilitar o planejamento de outras atividades importantes. Para implementar o manejo racional na vacinao necessrio dispor de instalaes adequadas, curral em boas condies de trabalho e piquetes prximos, onde os animais sero mantidos antes e aps o manejo. O trabalho deve ser realizado em tronco de conteno com caractersticas que permitam acesso ao pescoo dos animais e que seja seguro para os animais e trabalhadores.
Vacinas
VACINAO
Vacinas so substncias que ao serem introduzidas no organismo de um animal, induzem uma reao do sistema imunolgico (sistema de defesa) semelhante que ocorreria no caso de uma infeco por um determinado agente (micrbio), tornando esse animal imune (protegido) a esse agente e s doenas por ele provocadas. O perodo de proteo e a eccia de uma determinada vacina esto relacionados a vrios fatores:
Fatores relacionados vacina Formulao da vacina: existem inmeros laboratrios que produzem vacinas para bovinos no Brasil e no mundo. Diferentes
tecnologias so empregadas, conseqentemente originando produtos com caractersticas diferentes entre si, mas com a mesma nalidade de proteo. Validade: ateno data de validade das vacinas (que consta do rtulo), no aplique vacinas vencidas.
Fatores relacionados ao manejo da vacinao Conservao da vacina: mantenha as vacinas bem armazenadas, siga sempre a orientao do fabricante.
Dose de reforo: quase todas as vacinas para os bovinos, para expressarem seu efeito mximo, precisam de uma dose de reforo quando o animal a recebe pela primeira vez em sua vida, seguida de doses complementares semestrais ou anuais conforme a orientao do fabricante.
DATA DE VALIDADE E BULA DA VACINA
VACINAO
Quais categorias devem ser vacinadas: fmeas bovinas com idade entre 3 e 8 meses de vida.
Obs.: o homem pode contrair a brucelose. Portanto deve-se tomar cuidados adicionais (uso de luvas, culos, descarte de agulhas, uso de desinfetantes) durante a manipulao de animais doentes ou suspeitos, bem como no processo de vacinao, por se tratar de uma vacina que usa organismos vivos atenuados.
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VACINAO
Vacina contra clostridiose Finalidade: proteger o bovino contra infeco pelos microorganismos do gnero Clostridium, que so causadores de enfermidades que podem levar morte. Dentre as doenas mais comuns causadas por esses microorganismos, podemos citar: carbnculo sintomtico, gangrena gasosa, enterotoxemia, morte sbita e ttano. Deve-se observar na bula da vacina, contra quais doenas ela protege, uma vez que existe uma grande variedade de vacinas polivalentes no mercado. Quais categorias devem ser vacinadas: machos e fmeas, a partir dos 3 meses de vida. Em geral, deve ser feito o reforo
aps 30 dias, para os animais vacinados pela primeira vez. recomendada a revacinao anual.
Vacina contra botulismo Finalidade: proteger o bovino contra intoxicao pela toxina botulnica, que produzida pelo microorganismo
Clostridium botulinum.
Quais categorias devem ser vacinadas: machos e fmeas, a partir dos 3 meses de vida. Tambm deve ser feito o reforo
aps 30 dias para os animais vacinados pela primeira vez, sendo recomendada a revacinao anual.
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VACINAO
Vacina contra febre aftosa Finalidade: proteger o bovino contra infeco pelo vrus da febre aftosa, que causa leses ulcerativas nos membros e
boca, podendo levar os animais morte.
Quais categorias devem ser vacinadas: seguir a orientao do rgo de defesa agropecuria da regio. Vacina contra leptospirose Finalidade: proteger o bovino contra infeco pelos microorganismos do gnero Leptospira, que podem causar nos animais
infertilidade, aborto, mastite e at a morte.
Quais categorias devem ser vacinadas: bovinos de ambos os sexos a partir dos 3 meses de vida, com aplicao de dose
de reforo aps 30 dias para os animais vacinados pela primeira vez. recomendada a revacinao semestral de todos os animais.
Vacina contra raiva dos herbvoros Finalidade: proteger o bovino contra infeco pelo vrus da raiva, que causa a morte desses animais e pode contaminar o ser humano. Quais categorias devem ser vacinadas: seguir a orientao do rgo de defesa agropecuria da regio.
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VACINAO
Vacina contra IBR/BVD Finalidade: proteger o bovino contra infeco pelo vrus da rinotraqute infecciosa bovina e pelo vrus da diarria viral
bovina, que podem causar nos animais infertilidade, morte embrionria, aborto, rinotraquete e at a morte.
Quais categorias devem ser vacinadas: machos e fmeas a partir dos 3 meses de vida. Em geral, deve ser feito o reforo
aps 30 dias para os animais vacinados pela primeira vez, sendo recomendada a revacinao semestral ou anual, dependendo da indicao do mdico veterinrio. Alm disso, recomenda-se vacinar os bovinos em fase de reproduo pelo menos um ms antes do comeo da estao de monta.
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VACINAO
Vacinas, via de regra, so produtos bastante delicados, principalmente em relao temperatura que devem ser guardadas.
Ao planejar a vacinao, verique a dosagem a ser aplicada (indicada pelo fabricante) e compre a quantidade que ser usada. Considere perdas em torno de 3%. Leia as recomendaes de uso da vacina (no rtulo ou na bula), pois em alguns casos deve-se agitar o frasco antes de carregar a seringa.
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VACINAO
VISTA DA REA DE MANEJO INTENSIVO NUM CURRAL, ONDE: 1= SERINGA COM PORTEIRAS GIRATRIAS, 2= BRETE (CORREDOR ESTREITO QUE LIGA A SERINGA AO TRONCO DE CONTENO E BALANA, TAMBM CONHECIDO COMO TRONCO COLETIVO) EM CURVA, 3= TRONCO DE CONTENO INDIVIDUAL; 4= APARTADOR TIPO OVO.
Verique tambm se porteiras abrem e fecham com facilidade. Teste os comandos do tronco de conteno, aperte os parafusos (exceto das trancas e articulaes) e verique se as portas e pescoceiras deslizam bem, engraxando-as quando necessrio. A preparao das instalaes resultar em maior agilidade, bem como em menor risco de acidentes para a equipe e para os animais.
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VACINAO
Verifique se as seringas esto disponveis em nmero adequado e se esto em boas condies para o trabalho. Providencie a manuteno ou a substituio quando for o caso. recomendado ter mo pelo menos duas seringas para cada vacina a ser aplicada. No utilize agulhas tortas, com o gasto (ponta romba), nem as que estiverem sujas ou enferrujadas. Agulhas nestas condies devem ser jogadas fora.
SERINGAS DESCARTVEIS
PISTOLA
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VACINAO
Para guardar as vacinas e seringas carregadas deve-se usar caixa trmica (de isopor, plstico, ou de alumnio), com gelo ou gel congelado para garantir a temperatura recomendada pelo fabricante da vacina. Coloque a caixa trmica em local abrigado do sol, mantenha a tampa sempre bem fechada e abra a caixa o mnimo possvel. D preferncia ao uso de gel ou gelo dentro de garrafas plsticas, pois diminui o acmulo de gua na caixa trmica em comparao ao que acontece quando se usa o gelo solto, diminuindo assim o risco de contaminao (gua suja). recomendado esterilizar as agulhas durante a vacinao, de preferncia em gua fervente. Para isto, tenha mo os seguintes equipamentos: ebulidor eltrico ou fogareiro, vasilha de metal, pina (de bambu ou madeira para pegar as agulhas da gua fervendo,
(nunca de metal se usar o ebulidor eltrico) e papel absorvente limpo (para que a agulha seque e esfrie antes que seja
novamente usada).
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VACINAO ideal dispor de uma mesa prxima ao tronco de conteno, onde todos
os equipamentos sero colocados. importante que a caixa trmica que sempre tampada e em local sombreado. O ideal que a rea de trabalho seja coberta, o que ir favorecer a conservao das vacinas, bem como das instalaes e equipamentos, alm de proporcionar melhores condies de trabalho. A vasilha para esterilizao das agulhas deve car em local de fcil acesso s pessoas e prximo fonte de energia eltrica e de gua, mas afastada do trnsito da equipe de vacinao. A gua para esterilizao deve ser colocada para ferver antes de comear o trabalho e deve ser trocada com freqncia, para que esteja sempre limpa.
AGULHAS DANIFICADAS
As agulhas devem car na gua fervendo por pelo menos 15 minutos, para que ocorra a esterilizao (colocar as agulhas depois que a gua ferver). Aps este tempo, retire as agulhas da gua fervente e coloque-as sobre papel absorvente, mantendo-as cobertas para que permaneam limpas. Troque a agulha a cada recarga da seringa. Tenha mo a quantidade de agulhas necessrias para sempre dispor de agulhas limpas. Por exemplo, se a dose de medicamento permitir vacinar 10 animais, deve-se dispor de pelo menos 20 agulhas, sendo esterilizadas de 5 em 5.
LOCAL DE TRABALHO LIMPO E ORGANIZADO
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VACINAO Trabalhando com duas seringas, o ideal manter sempre uma delas carregada, deixando-a descansar na posio horizontal dentro
da caixa trmica. Este procedimento facilita a retirada do ar da seringa. Ao nal do dia de trabalho, limpe as seringas e agulhas. Desmonte as seringas antes de lav-las. Se a vacina for aquosa ( base de gua), lave-a com gua. No caso de vacinas oleosas (como a da aftosa, por exemplo), devem ser lavadas com gua e detergenteneutro, enxaguando muito bem em seguida. Aps a limpeza ferva as partes de vidro e metal, da mesma forma que as agulhas. Deixe a seringa desmontada at que seque. Depois, devem ser lubricadas, montadas e guardadas em local protegido.
Veja na tabela abaixo a especicao da agulha dependendo do tipo de vacina, via de administrao e da categoria do animal.
Produto a ser aplicado Vacina contra Febre Aftosa Vacina contra Febre Aftosa Vacinas aquosas em geral Vacinas aquosas em geral Vacinas aquosas em geral Vacinas aquosas em geral
Categoria animal Bezerros(as) Vacas, novilhas, garrotes e touros Bezerros(as) Vacas, novilhas, garrotes e touros Bezerros(as) Vacas, novilhas, garrotes e touros
Especicao da Agulha** 10 X 15 ou 10 X 18 15 X 15 ou 10 X 18 10 X 15 15 X 15 20 X 15 ou 25 X 15 30 X 15 ou 40 X 15
* Observe a recomendao do fabricante do produto quanto via de administrao. **O primeiro nmero se refere ao comprimento e o segundo se refere ao calibre ou grossura da agulha.
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VACINAO
A conduo dos animais at o curral deve sempre ser realizada com calma, sem correrias ou gritos, deslocando os animais de preferncia ao passo. Use sempre um cavaleiro em frente ao gado chamando os animais (ponteiro). No use ferro e evite usar o basto eltrico. Quando o pasto for muito distante, conduza os animais na vspera, deixando-os passar a noite em um piquete prximo ao curral. O ideal que os piquetes tenham gua, sombra e cocho, onde deve ser oferecida pequena quantidade de rao para condicionar os animais a virem ao curral.
CONDUO DO GADO COM PONTEIRO
Utilize piquetes prximos ao curral para deixar os animais a serem vacinados. Conduza pequenos grupos de animais do piquete para o curral, e logo aps a vacinao volte a solt-los nos piquetes. Procure sempre conduzir os animais ao passo. Tenha em mente que sempre mais fcil trabalhar com lotes menores.
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VACINAO
Dentro do curral, procure trabalhar com lotes de no mximo 20 animais. Evite manter os animais por longo tempo nos compartimentos do curral (mangas). Leve os animais ao brete sem correria, gritos ou choques. No encha o brete a ponto de apertar os animais, nem as mangas, onde os animais devem ocupar no mximo metade do espao disponvel.
PESCOCEIRA LISA
Conduza um a um os animais ao tronco de conteno, o que pode ser facilitado com a utilizao de bandeiras. Antes de conter o animal com a pescoceira, feche a porteira dianteira do tronco de conteno, e s depois contenha-o com a pescoceira. A utilizao da pescoceira para parar os animais, alm de machuc-los, diminui a vida til do tronco de conteno. Conter cada animal na pescoceira, de preferncia com o animal j parado e sem golpes. O fechamento das porteiras de entrada e sada tambm deve ser feito sem pancadas. Ateno: h diversos tipos de pescoceiras, alguns deles apresentam salincias (ver fotos ao lado), nesses casos deve-se ter cuidado redobrado para evitar pancadas durante a conteno dos animais.
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VACINAO
A equipe de trabalho deve estar bem posicionada: uma pessoa cuida da porteira de entrada e da conteno do posterior do animal (quando necessrio) e outra cuida da porteira de sada e da pescoceira. Com o animal contido, um deles realiza a aplicao da vacina.Com isto, h diminuio do risco de acidentes e menor desgaste dos vaqueiros. No caso de mais de um tipo de vacina ou de aplicao simultnea de vermfugos, conveniente contar com mais uma pessoa, aplicando os produtos em lados opostos do pescoo do animal.
ANIMAL CONTIDO, PRONTO PARA SER VACINADO
Aps a conteno do animal, abra a janela do tronco e proceda vacinao. Em seguida feche a janela, solte a pescoceira e, s ento, abra a porteira dianteira de sada. O ideal que o animal saia direto em uma manga ou piquete que tenha de gua e sombra e, se possvel, que encontre ali uma recompensa na forma de alimento (isto pode ser feito a cada lote, ou no caso de lotes muito grandes, a cada 20-30 animais). Ao nal do trabalho, faa o possvel para passar os animais novamente pela seringa, brete e tronco de conteno (com todas as porteiras abertas), conduzindo-os imediatamente de volta ao pasto.
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Formas de vacinao
VACINAO
Em geral, as vacinas de bovinos so aplicadas por via subcutnea ou intramuscular, havendo agulhas especcas para cada uma delas. (ver pg. 20)
A via de administrao subcutnea (em baixo da pele) a mais comum na rotina das fazendas. Para este tipo de vacinao use agulhas com dimenses 10x15, 10x18 ou 15x15. Neste caso, a vacinao deve ser feita na tbua do pescoo, puxando a pele do pescoo e deixando o conjunto seringa e agulha em posio paralela ao corpo do animal. Introduza a agulha e injete a vacina. Sempre que possvel, depois da retirada da agulha, faa leve massagem circular no local da aplicao. Devemos estar certos de que a agulha atravessou o couro mas no atingiu o msculo. (Caso tenha atingido o msculo, tire a agulha e faa nova introduo.)
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VACINAO
Formas de vacinao
No caso da vacinao intramuscular, a aplicao deve ser feita no interior do msculo. Para este tipo de vacinao, devemos utilizar agulhas como recomendado na tabela da pgina 20. Tambm neste caso, a aplicao deve ser feita na tbua do pescoo, deixando o conjunto seringa-agulha em posio perpendicular ao corpo do animal.
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1- Antes de comear a vacinao, deixe tudo preparado. Leve as vacinas para o curral dentro da caixa trmica, leve tambm os equipamentos necessrios para a vacinao e esterilizao das agulhas. Ponha tudo sobre uma mesa em local seguro e protegido do sol (caso a vacinao dure o dia todo, talvez seja preciso mudar o local da caixa no perodo da tarde). Prepare as seringas e agulhas e ponha gua para ferver. Carregue duas seringas e coloque-as dentro da caixa trmica em posio horizontal, at que a vacinao tenha incio. 2- Rena os animais, levando-os ao brete ao passo, sem gritos e sem choques (repetir este procedimento quando faltarem dois animais para entrar no tronco de conteno). 3- No encha o brete a ponto de apertar os animais, tampouco as mangas (os animais devem ocupar no mximo metade do espao da manga). 4- Quando estiver tudo pronto, conduza o primeiro animal ao tronco de conteno. Conduza um animal de cada vez e sempre ao passo. 5- Antes de conter o animal com a pescoceira, feche a porteira da frente do tronco de conteno. 6- Feche as porteiras sem pancadas. 7- Contenha o animal com a pescoceira, sem golpes e preferencialmente quando ele estiver parado. 8- Abra a porta (ou janela) imediatamente atrs da pescoceira (use o lado que for mais conveniente e confortvel) para aplicar a vacina. Nunca enfie o brao por entre as travessas do tronco de conteno.
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VACINAO
9- Aplique a vacina na tbua do pescoo do animal. Para aplicao subcutnea, posicione a seringa na posio paralela ao pescoo do animal, puxe o couro, introduza a agulha e aplique a vacina. Para vacina intramuscular, mantenha a seringa na posio perpendicular ao pescoo do animal, introduza a agulha e injete a vacina. 10- Aps a aplicao, feche a porta (ou janela), solte a pescoceira e s ento abra a porteira de sada. 11- Solte o animal j vacinado e contenha o animal prximo. 12- O ideal que o animal saia direto em uma manga ou piquete com gua e sombra e, se possvel, que encontre ali uma recompensa na forma de alimento. 13- Quando a carga da seringa acabar, retire a agulha, coloque-a na vasilha com gua. Pegue uma agulha limpa (j seca e fria) e coloque-a na seringa. Abastea a seringa e coloque-a na caixa trmica em posio horizontal. Pegue a seringa carregada que cou em descanso na caixa. Feche bem a tampa da caixa trmica. Esteja certo de que h gelo dentro da caixa trmica, garantindo a temperatura correta (at 8 C). 14- Preste ateno na gua de esterilizao. Se estiver suja, troque-a e mantenha sempre o nvel correto (no deixe ficar baixo, de tempo em tempo preciso colocar mais gua). 15- Ao final de um perodo de trabalho, ponha as agulhas em gua fervente por 15 minutos. Retire as agulhas esterilizadas da vasilha com gua fervente, colocando-as sobre papel absorvente limpo e seco. Cubra com outra folha de papel. 16- Ao final do trabalho, faa o possvel para passar os animais novamente pela seringa, brete e tronco de conteno.
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VACINAO
Agradecimentos
Agradecemos aos tcnicos e funcionrios da Fazenda So Marcelo pela colaborao no desenvolvimento da pesquisa sobre o Manejo Racional na Vacinao de Bovinos de Corte. A validao do manual foi realizada com o apoio de vrias fazendas (Agropecuria Jacarezinho, Fazenda Dobro, Fazenda Mundo Novo, Fazenda Prata de Lei e Sete Estrelas Embries). Agradecemos tambm aos proprietrios e funcionrios pela ateno e hospitalidade. Praticamente todos os integrantes do Grupo ETCO colaboraram com este trabalho, ora atuando na coleta de dados ora na reviso deste manual; demonstrando companheirismo e cooperao sempre. A todos que se sentirem parte deste trabalho, nossos agradecimentos. Em especial a Marcos Chiquitelli Neto e Adriano Gomes Pscoa que atuaram diretamente na coleta de dados na Fazenda So Marcelo. equipe tcnica de campo da Fort Dodge que muito contribuiu para confeco deste material e a Joo Henrique Rossi pela cesso de algumas fotos.
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VACINAO
R EALIZAO :
unesp