Manobras PDF
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MARTIMO
Sumrio
1 1.1 1.2 1.2.1 1.2.2 1.2.3 1.3 1.3.1 1.4 1.5 1.6 2 2.1 2.2 2.3 2.4 3 3.1 3.2 3.3 4 4.1 4.2 4.3
Manobras para evitar coliso ............................................................................ 5 Introduo ............................................................................................................ 5 Regras de manobra nas situaes mais comuns .................................................. 6 Situao de Roda a Roda .................................................................................... 6 Manobra de Ultrapassagem ou de Alcanando .................................................... 7 Manobra em Situao de Rumos Cruzados ou Rumo de Coliso ......................... 7 Manobra em canais estreitos ............................................................................... 8 Efeitos que influenciam o comportamento de uma embarcao ........................... 8 Aes da embarcao obrigada a manobrar ...................................................... 13 Regra de preferncia .......................................................................................... 14 Regras para conduo de embarcaes em visibilidade restrita ......................... 14 Luzes e sinais sonoros .................................................................................... 16 Introduo ........................................................................................................... 16 Luzes e marcas exibidas por embarcaes ........................................................ 16 Luzes de reboque e empurra ............................................................................... 18 Sinais Sonoros de uma embarcao . ................................................................. 24 Balizamento .....................................................................................................27 Conceitos ............................................................................................................ 27 Sistemas de balizamento .................................................................................... 27 Sistema IALA B ................................................................................................... 28 Sinais visuais .................................................................................................... 33 Sinais de uma letra ..................................................................................... 33 Sinais de emergncia .........................................................................................34 Sinais de perigo .................................................................................................. 35
Bibliografia ................................................................................................................... 37
1 Manobras para evitar coliso 1.1 Introduo Veremos nesta unidade o Regulamento Internacional Para Evitar Abalroamento no Mar, chamado RIPEAM, que consiste em uma srie de regras convencionadas, ou seja, que foram discutidas em reunies com vrios pases-membros de uma organizao internacional martima, chegando a varias concluses, padronizando as aes e manobras entre embarcaes, a fim de evitar acidentes entre elas. Estudaremos a estrutura desta conveno e destacaremos algumas regras importantes, que abrangem as manobras mais comuns para evitar coliso como: rodaroda, alcanando e em rumos cruzados; as regras de navegao em rios e canais estreitos; quem tem a prioridade de manobras de acordo com a embarcao e regras para conduo de embarcao em visibilidade restrita. Estrutura do RIPEAM O RIPEAM dividido em quatro partes e trinta e oito regras, alm do anexo que especifica detalhes referentes s regras apresentadas. Vejamos como estruturado o RIPEAM; aconselhamos que voc procure conhec-lo com mais detalhes, obtendo uma publicao por emprstimo, a bordo ou atravs de seu orientador. Parte A - Generalidades Abrange as regras 1, 2 e 3 e trata das aplicaes deste regulamento, define as responsabilidades e fornece definies importantes.
Parte B - Regras do Governo e de Navegao Esta parte contm as principais regras referentes s manobras que abrangem toda a sua unidade I. Vamos prestar ateno a elas, que so divididas em trs sees distintas, de acordo com as seguintes condies. Seo I Conduo de embarcao em qualquer condio de visibilidade, contm as regras 4 a 10. Seo II Conduo de embarcao no visual uma da outra, contendo as regras 11 a 18. Seo III Conduo de embarcao em condio de visibilidade restrita, contendo a regra 19. 5
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Parte C - Luzes e Marcas Esta parte contm as regras 20 a 31 e padroniza as luzes e marcas que devem ser exibidas pelas embarcaes, conforme seu emprego, propulso e situao de governo. Pela sua importncia, veremos este assunto com mais detalhes na unidade II. Parte D - Sinais Sonoros e Luminosos Esta parte do regulamento trata dos sinais sonoros e luminosos previstos para advertir outras embarcaes sobre a manobra realizada, e de como chamar a ateno e distinguir os sinais de perigo. Contm as regras 32 a 37. Parte E - Isenes Esta parte, que contm somente a regra 38, apresenta as isenes feitas neste regulamento. Anexo O anexo contm alguns detalhes tcnicos que so importantes para que a embarcao possa se adequar ao R.I.P.E.A.M.
1.2 Regras de manobra nas situaes mais comuns 1.2.1 Situao de Roda a Roda Quando duas embarcaes, a propulso mecnica, estiverem se aproximando em rumos diretamente ou quase diretamente opostos, em condies que envolvam risco de coliso, cada uma dever guinar para boreste, de forma que a passagem se d por bombordo uma da outra.
Roda a roda 6
1.2.2 Manobra de Ultrapassagem ou de Alcanando Quaisquer que sejam as condies, toda embarcao que esteja ultrapassando outra, dever manter-se fora do caminho desta.
Ultrapassagem 1.2.3 Manobra em Situao de Rumos Cruzados ou Rumo de Coliso Quando duas embarcaes, a propulso mecnica, navegam em rumos que se cruzam, podendo colidir, a embarcao que avista a outra por boreste dever se manter fora do caminho desta e, caso as circunstncias o permitam, evitar sua proa.
Rumo de coliso
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1.3 Manobra em canais estreitos As manobras em rios e canais que apresentem restries, seja em rea para evoluo ou profundidade, requerem do navegante alguns cuidados e procedimentos, principalmente se a embarcao for a propulso mecnica, cujos principais efeitos descreveremos a seguir.
1.3.1 Efeitos que influenciam o comportamento de uma embarcao Velocidade - A velocidade em canais e rios, principalmente em locais de pouca profundidade, tende a aumentar o calado da embarcao. Na prtica, se a relao de gua embaixo da quilha for pequena, deve-se reduzir a velocidade da embarcao para que esta no venha a tocar o fundo.
Relao velocidade x calado Tendncia em guas restritas - Verifica-se, principalmente em canais e rios estreitos, uma tendncia das ondas que se formam na proa encontrarem resistncia na margem mais prxima, repelindo a proa para o bordo oposto; neste caso, a tendncia da proa guinar para a margem mais distante e a popa ser atrada para a margem mais prxima.
Interao de embarcaes - Quando duas embarcaes passam em rumos paralelos e em sentido contrrio, a pequena distncia, pode haver uma interferncia recproca devido ao movimento das guas, gerado pelo sistema de ondas, o qual se inicia na proa (bigode) e corrente de suco. Convm que ambas as embarcaes mantenham velocidade a mais reduzida possvel que lhes permita governar. Vejamos quais so esses efeitos. A - No primeiro momento, as duas amuras se repelem em virtude das ondas que se formam em cada proa, fazendo com que as proas tendam a guinar para as margens.
Interao de embarcaes pela proa B - Quando as embarcaes estiverem pelo travs, as correntes de popa de uma e as ondas de proa da outra se equilibram, tendendo assim, as embarcaes a ficarem em paralelo.
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C - No momento em que as alhetas estiverem na mesma altura, o movimento dos filetos lquidos e a corrente de suco do hlice provocam uma atrao mtua de ambas as popas, momento em que se deve tomar muito cuidado.
Interao de embarcaes pela popa D - Pelo fato destas interaes acontecerem com embarcaes de portes diferentes (uma pequena e outra grande), os efeitos descritos s sero sentidos na embarcao de pequeno porte. Por isto, o procedimento correto nesta situao passar o mais distante possvel da outra embarcao e, ao passar o momento de travs, dar uma pequena guinada para o bordo da outra embarcao, a fim de evitar a aproximao das popas. Com base no que falamos anteriormente, o que acontece com estas duas embarcaes em manobra de ultrapassagem? A menor como alcanada - Neste caso, a tendncia da popa cair para cima da margem mais prxima devido ao efeito das ondas de proa da outra embarcao (maior porte); pode inclusive fazer com que a embarcao alcanada (menor porte) atravesse no canal. O procedimento correto solicitar atravs de uma boa comunicao, a reduo da velocidade de ultrapassagem da embarcao alcanadora.
A menor como alcanadora - Neste caso, a tendncia da embarcao ter a sua proa atrada pela corrente da embarcao alcanada (maior porte). O procedimento correto ento manter a comunicao com a embarcao alcanada, solicitando que reduza ou mesmo pare a propulso para permitir uma ultrapassagem segura.
Interao de embarcaes - alcanando No esquema de separao de trfego, regra n 10 do RIPEAM, nenhuma embarcao dispensada de sua obrigao perante qualquer outra regra, isto , uma embarcao que estiver usando um esquema de separao de trfego dever: A - Seguir na via de trfego apropriada e na direo geral do fluxo de trfego para essa via.
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B Normalmente, deve-se entrar ou sair de uma via em seus terminais, mas caso seja necessrio entrar ou sair de uma via de trfego ao longo de sua extenso por qualquer dos seus dois lados, dever ser feito com o menor ngulo possvel em relao direo geral do fluxo de trfego.
C - Uma embarcao deve evitar tanto quanto possvel cruzar vias de trfego, mas se obrigada a isto, dever faz-lo tomando o rumo mais prximo possvel da perpendicular direo geral do fluxo do trfego (ver embarcao A na figura abaixo). E se possvel avisar no VHF sua inteno de manobra para todos os navios.
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D - Tanto quanto possvel uma embarcao deve evitar fundear em um esquema de separao de trfego ou em reas prximas a suas extremidades.(embarcao A)
1.4 Aes da embarcao obrigada a manobrar Toda embarcao obrigada a manobrar dever, tanto quanto possvel, manobrar antecipadamente, e de forma clara, possibilitando que a outra embarcao perceba a sua execuo e que tenha a eficcia de se manter bem segura (safa) da outra. Quando uma embarcao for obrigada a manobrar, a outra dever manter seu rumo e sua velocidade; entretanto, a embarcao que tem preferncia poder manobrar para evitar a coliso, to logo observe que a embarcao que teve a obrigao de manobrar no execute a manobra. Por isto, hoje se torna vital a comunicao VHF. entre embarcaes, declarando em alto e bom som as manobras que ambas as embarcaes combinarem. bia encarnada A Vamos passar BB com BB?
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1.5 Regra de preferncia Esta regra define quem deve manobrar, dependendo da propulso, emprego e situao da embarcao. Vejamos como ela se apresenta: Embarcaes a propulso mecnica devem manobrar em relao a embarcao: A - sem governo B - de manobra restrita C - engajada na pesca D - a vela
Embarcaes a Vela devem manobrar em relao a embarcao: A - sem governo B - de manobra restrita C - engajada na pesca
Embarcaes engajadas na pesca devem manobrar em relao a embarcao: A - sem governo B - de manobrar restrita Embarcaes de manobra restrita devem manobrar em relao a embarcao: A - sem governo
1.6 Regras para conduo de embarcaes em visibilidade restrita Quando se navega, estamos sujeitos a encontrar condies meteorolgicas adversas, pois nem sempre temos uma noite de luar com o cu todo estrelado; s vezes, nos deparamos com uma cerrao que mal d para enxergar a proa; ento, o que o navegante deve fazer? Segundo a regra 19 do RIPEAM deve-se: Navegar em velocidade segura, adaptada s circunstncias de condies de baixa velocidade predominantes, ou seja, navegar com a velocidade mnima que se possa manobrar. Uma embarcao que detectar a presena de outra apenas pelo radar, deve determinar se est se desenvolvendo uma situao de grande proximidade e/ou risco de coliso. Caso assim seja, ela dever manobrar para evit-la com antecedncia; se esta manobra consistir de uma alterao de rumo, o seguinte procedimento deve ser evitado, sempre que possvel:
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Alterao de rumo para BB, embarcao A para uma embarcao por ante-avante do travs, embarcao B exceto se esta for alcanada em uma ultrapassagem.
Errado!!
Uma mudana de rumo da embarcao A em direo a outra embarcao que se encontra no travs ou por ante-a-r do travs.
No!! A
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2 Luzes e sinais sonoros 2.1 Introduo Nesta Unidade, veremos com mais detalhe a parte C do RIPEAM, referente s luzes e marcaes que devem ser apresentadas pelas embarcaes e que o navegante deve cumprir a fim de evitar acidentes e manter a ordem do trfego aquavirio, defendendo-a e apresentando denncia s autoridades constitudas quando observar irregularidades que possam ocorrer e que desrespeitem esse regulamento. As presentes regras se apresentam com qualquer tempo. As regras referentes s luzes devem ser observadas do pr ao nascer do sol, no devendo ser exibidas outras que possam originar confuso. Mesmo de dia, em caso de visibilidade restrita use as luzes indicadas nestas regras. Durante o dia e com visibilidade normal use as marcas adequadas situao.
2.2 Luzes e marcas exibidas por embarcaes Embarcaes de propulso mecnica em movimento com mais de 50 metros de comprimento. A - Luz de mastro de vante (alcance de 6 milhas) B - Luz de mastro de r mais alta que a de vante (alcance de 6 milhas) C - Luzes de bordos (3 milhas) D - Luz de alcanado (3 milhas)
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Embarcao cujo comprimento fica entre 12 e 50 metros A - Luz de mastro de vante (alcance 5 milhas) B - Luz de mastro de r (no obrigada a ter) C - Luzes de bordos D - Luz de alcanado
Embarcaes com menos de 7 metros Independentemente do tipo de propulso, essas embarcaes devem apresentar uma luz branca; se tiver velocidade maior que 7 ns, luzes de bordo.
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2.3 Luzes de reboque e empurra Se o comprimento do reboque for inferior a 200m, a embarcao (rebocador) deve exibir: A - 2 luzes verticais de mastro a vante B - Luz de alcanado C - Luzes de bordo D - Luz de reboque (amarelo) acima da de alcanado
Se o comprimento do reboque, isto , se o tamanho do cabo de reboque, que vai da popa do rebocador at a popa do rebocado, for mais de 200 metros. Podemos ver: A - 3 luzes verticais de mastro a vante B - Todos as outras como no comprimento de reboque inferior a 200m
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Se a embarcao estiver empurrando ou rebocando a contrabordo, veremos: A - As mesmas luzes dos casos anteriores, exceto a luz amarela de reboque. B - Se for incapaz de ser desviar do seu rumo, deve tambm exibir as luzes de embarcao com capacidade de manobra restrita.
Marca de reboque Quando o comprimento do reboque for superior a 200m, usar a marca onde melhor puder ser vista.
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Durante o dia o rebocado dever usar a marca sempre que possvel, independentemente do comprimento do reboque.
A marca de embarcao com capacidade de manobra restrita deve acompanhar a marca de reboque se a embarcao for incapaz de se desviar do seu rumo.
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Agora veremos como se identifica de dia e de noite, uma embarcao sem governo e uma embarcao com capacidade de manobra restrita. Sem governo De noite deve exibir 2 luzes circulares dispostas em linha vertical. Com seguimento, luzes de bordo e alcanado Marca De dia exibir 2 esferas.
Com capacidade de manobra restrita De noite exibir 3 luzes circulares verticalmente, sendo que: a superior e a inferior, encaixadas e a do meio branca
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Com seguimento, usar luzes de bordo e alcanado. Marca De dia, 2 esferas separadas por 2 cones unidos pela base. E finalmente, como uma embarcao demonstra atravs de suas luzes e marcas quando estiver com restrio de manobra devido a seu calado. De noite exibir 3 luzes encarnadas verticalmente onde melhor possam ser vistas. Se estiver em movimento, luzes de bordo e alcanado. Marca De dia exibir em cilindro.
De noite duas luzes encarnadas circulares dispostas verticalmente. E tambm as luzes de fundeio adequadas ao seu comprimento. Marca De dia exibir trs esferas. 22
Quando estiver fundeada, voc observar: De noite, na parte de vante, luz circular branca; na parte de r, luz circular branca (mais baixa que a de vante). As embarcaes com menos de 50 m podem exibir apenas uma luz circular branca onde melhor possa ser vista. Marca De dia, uma esfera na parte de vante.
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2.4 Sinais Sonoros de uma embarcao Manobrando e em situao de visibilidade restrita. Primeiro vamos saber que sinais sonoros devero soar e quanto tempo eles devem durar, de acordo com o tamanho de sua embarcao.
Vamos conhecer agora como, por meio de sinais sonoros, as embarcaes demostram suas manobras e suas advertncias.
Um apito curto
Quando uma embarcao no consegue entender as intenes de manobra da outra. Aproximando-se de uma curva ou de uma rea de um canal estreito ou via de acesso onde outras embarcaes podem estar ocultas devido a obstculos
Um apito longo.
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Qualquer embarcao pode suplementar os sinais de apito de advertncia e manobra com sinais luminosos por meio de lampejos com durao de cerca de um segundo, em intervalos tambm de um segundo.
Um lampejo
Dois lampejos
Trs lampejos
apito
sino
gongo
Observe com calma o quadro auto-explicativo, a seguir, que define o que a maioria das embarcaes emite sonoramente em suas manobras, sob baixa visibilidade.
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Um apito longo em intervalos no superiores a 2 minutos. Embarcao de propulso mecnica com seguimento. Dois apitos longos sucessivos em intervalos no superiores a 2 minutos. Embarcao de propulso mecnica sob mquinas, mas parada e sem seguimento. Um apito longo seguido de dois apitos curtos em intervalos no superiores a 2 minutos. Embarcao sem governo, restrita devido a seu calado, a vela, engajada na pesca, com capacidade de manobra restrita, rebocando ou empurrando Um apito longo e trs apitos curtos. Embarcao rebocada. Toques rpidos de sino durante cerca de 5 segundos, em intervalos nosuperiores a 1 minuto. Embarcao de comprimento inferior a 100 metros, fundeada. Toque de sino a vante, seguido de toque de gongo a r (ambos durante cerca de 5 segundos), a intervalos no superiores a 1 minuto. Embarcao de comprimento igual ou superior a 100 metros, fundeada. Um apito curto, um longo e um curto. Embarcao fundeada,indicando sua posio e advertindo uma embarcao que se aproxima quanto possibilidade de uma coliso.Alm do toque de sino, ou toques de sino e gongo.
Trs badaladas distintas,um toque de sino e, se determinado, gongo e trs badaladas distintas Embarcao encalhada. Quatro apitos curtos.
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3 Balizamento
3.1 Conceitos Balizamento pode ser definido, resumidamente, como o conjunto de regras aplicadas a todos os sinais fixos e flutuantes (com exceo de faris, faris de setores, sinais de alinhamento, barcas faris e bias gigantes) que permitem a todos os navegantes identificar os limites laterais dos canais navegveis, os perigos naturais e outras obstrues, entre as quais cascos soobrados, outras zonas ou acidentes martimos importantes para os navegantes e os novos perigos. Sem estes limites determinados, o navegador teria muita dificuldade de navegar; seria preciso o conhecimento pleno do lugar, suas modificaes naturais, pela prtica aplicada, como fazem os prticos da barra oriental do rio Amazonas. Este sistema de balizamento compreende cinco tipos de sinais.
cardinal sul
bombordo
No Brasil, na Europa e em muitos outros pases, o balizamento adotado a IALA B. IALA, que em Ingls quer dizer International Association of Lighthouse Authorities, pode ser dividido em IALA A e IALA B. Para se distinguir basicamente a IALA B (sistema usado no Brasil) e a IALA A (usado nos Estados Unidos), simples e basicamente, invertem-se as bias que determinam as margens encarnadas para verdes e vice-versa.
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Sinais laterais
Os sinais laterais so geralmente utilizados para os canais bem definidos. Estes sinais indicam os lados de Boreste e Bombordo do caminho a seguir. Por exemplo, na entrada de um canal, acesso de um porto ou entrada de um rio (ou seja, subindo o rio no sentido contrrio da sua direo natural) a bia encarnada ficar a BE da embarcao (pode ser cega ou luminosa; se for luminosa, exibe vrios lampejos encarnados em qualquer ritmo (exceto 2 + 1). A bia verde, cega ou luminosa, que exibe vrios lampejos verdes em qualquer ritmo (exceto 2+1) fica a BB da embarcao. Exemplo: a bia encarnada que fica a BE da entrada do canal pode ser da forma cnica, pilar ou charuto.
A bia verde fica a BB da entrada do canal; pode tambm ser da forma cnica, pilar ou charuto.
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Sinais de canal preferencial H tambm a possibilidade de bifurcao dos canais. Ento aparecero bias encarnadas com uma faixa verde (canal preferencial a BB desta bia); Ou ao contrrio, quando se encontra uma bia verde com uma faixa encarnada (Canal preferencial a BE desta bia).
Elas piscaro em 2 lampejos + 1 lampejo encarnado se for preferencial a BB e verde (2 lampejos + 1 lampejos verde ) se for preferencial a BE.
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Sinais cardinais Bia de Sinal Cardinal Norte As bias do sinal cardinal norte, tanto de dia (dois cones, um sobre o outro com o vrtice para cima, de cor preta sobre a amarela - PA), quanto de noite, com lampejos brancos rpidos ou muito rpidos ininterruptos, indicam que as guas mais profundas esto ao norte deste sinal, ou indicam ainda o quadrante em que o navegador deve se manter.
Bia de Sinal Cardinal Leste Tanto de dia (dois cones pretos unidos pela base, de cor preta com uma larga faixa de cor amarela - PAP), quanto de noite, com 3 lampejos brancos rpidos (10s) ou muito rpidos (com intervalos de 5s), indicam que as guas mais profundas esto a leste deste sinal, ou indicam o quadrante em que o navegante deve se manter.
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Bia de Sinal Cardinal Sul Tanto de dia (2 cones pretos com os vrtices para baixo de cor amarela sobre preto - AP), quanto de noite, com 6 lampejos brancos rpidos (em intervalos de 15s) ou muito rpidos (em intervalos de 10s), indicam que as guas mais profundas esto ao Sul deste sinal, ou indicam o quadrante em que o navegante deve se manter.
Bia de Sinal Cardinal Oeste Tanto de dia (2 cones pretos um sobre o outro unidos pelo vrtice de cor amarela com uma larga faixa preta - APA), quanto de noite (9 lampejos brancos rpidos em intervalos de 15s ou muito rpidos em intervalos de 10s), indicam que as guas mais profundas esto a Oeste do sinal, ou o quadrante em que o navegante deve se manter.
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Outros sinais do balizamento e suas caractersticas luminosas Sinais de perigo Isolado Indicam os perigos isolados, de tamanho limitado, que devem ser entendidos como aqueles em torno dos quais as guas so seguras. De dia - duas esferas pretas uma sobre a outra de cor preta com uma ou mais faixas encarnadas horizontais; de noite - 2 lampejos brancos por perodo.
Sinais de guas seguras Indicam que em torno de tais sinais as guas so seguras (de dia - apresenta uma esfera encarnada, se houver. de cor branca com faixas encarnadas verticais; de noite - luz branca isofsica, de ocultao ou de lampejo de 10s por perodo, ou exibe a letra A do cdigo morse.
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4 Sinais visuais 4.1 Sinais de uma letra O Cdigo Internacional de Sinais (CIS) foi definitivamente adotado e entrou em vigor, em 1969, na Quarta Assemblia da I.M.O (Organizao Martima Internacional), com as seguintes caractersticas: Utilizar uma s linguagem de comunicao atravs de bandeiras que representam letras do alfabeto grego, tendo cada sinal um significado completo. Ser adequado para transmisso por todos os mtodos (Inclusive radiotelegrafia em cdigo morse e radiotelefonia por exemplo: A = . (ponto, trao), a bandeira ALFA ou a letra A indicam Tenho mergulhador na gua, mantenha-se bem afastado e a baixa velocidade. Vamos, ento, conhecer o significado de cada bandeira isoladamente.
D - Bandeira DELTA mantenha-se afastado, estou manobrando com dificuldade. Se for emitido acusticamente, s poder ser executado de acordo com o estipulado pelas regras 34 e 35 do RIPEAM.
E - Bandeira ECHO - Esta bandeira, se hasteada isoladamente, significa: guinando para BE e, se emitida acusticamente, ser de acordo com as regras 34 e 35 do RIPEAM.
F - bandeira FOXTROT - Isoladamente significa: Estou a matroca; comunique-se comigo; no tem interpretao acstica de acordo com o RIPEAM.
I - Bandeira INDIA - Isoladamente significa: Estou guinando para BB; como voc pode perceber, acusticamente representa uma manobra que pode ser de emergncia; logo, tem que estar de acordo com o RIPEAM regra 34 e 35
L - Bandeira LIMA - Isoladamente hasteada significa: Pare Imediatamente seu navio; no tem interpretao acstica de acordo com o RIPEAM.
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M - Bandeira MIKE - Iada isoladamente, significa: Meu navio est parado e sem seguimento. No tem interpretao acstica de acordo com o RIPEAM.
X - Bandeira XRAY - Isoladamente significa: Suspenda a execuo do que voc est fazendo e observe meus sinais; no tem interpretao acstica de acordo com o RIPEAM.
J - Bandeira Juliet - Mantenha-se bem afastado de mim, tenho incndio a bordo, e tenho carga perigosa a bordo ou estou com vazamento de carga perigosa .
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Como estamos vendo, cada uma destas bandeiras isoladamente tem apenas um significado; se hasteada no mastro de r do navio, apresenta uma mensagem que todos ao observarem devem entender e prestar auxlio, se for o caso.
4.3 Sinais de perigo Os sinais de perigo identificado pelo C.I.S apresentam vrias formas de expresso; preste ateno para memorizar o que eles querem dizer.
sino
buzina
apito Sinal explosivo em intervalos de um minuto Toque contnuo de qualquer aparelho de sinalizao de cerrao Foguetes ou granadas lanando estrelas encarnadas em intervalos curtos
Movimentos lentos para Bandeira quadrada (de qualquer cor) tendo cima e para baixo com acima ou abaixo uma os braos esticados esfera ou qualquer para os lados coisa semelhante a uma esfera
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Rdio-faris de emergncia indicadores de posio. proibido o uso ou exibio de qualquer um dos sinais de perigo ou de outros que com eles possam ser confundidos exceto quando com o propsito de indicar perigo e necessidade de auxlio.
Corante de gua.
Pedao de lona de cor laranja com um crculo e um quadrado pretos (para identificao area).
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Bibliografia
BRASIL. Marinha do Brasil. Diretoria de Portos e Costas. Regulamento Internacional para Evitar Abalroamento no Mar RIPEAM-1972. Rio de Janeiro, 1996. BRASIL. Marinha do Brasil. Diretoria de Portos e Costas. Cdigo Internacional de Sinais - CIS. Rio de janeiro, 1996.
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