peticaomodelo2-CESTA BÁSICA

Daniel Guedes de Carvalho OAB/AM 7.
533 Advocacia e Consultoria Jurdica EXCELENTSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA JUIZADO ESPECIAL CVEL DA COMARCA DE MANAUS/AM. VARA DO
fls. 1
TAVIO
AUGUSTO
LIMA
RODRIGUES,
nacionalidade
brasileira, solteiro, servidor pblico estadual, portador da carteira de identidade n. 0322 CBAM, inscrito no CPF sob n. 439.405.872-49, residente e domiciliado na Rua Cinco de Junho, n. 187, Glria, Manaus/AM, por intermdio de seu advogado que esta subscreve, com escritrio profissional descrito em nota de rodap, onde recebe intimaes e demais atos processuais, vem presena de Vossa Excelncia, com fulcro nos artigos 42, nico, 39, III do Cdigo de Defesa do Consumidor, propor a presente AO DE REPETIO DE INDBITO C/C REPARAO POR DANOS MORAIS em face de BRADESCO S/A, pessoa jurdica de direito privado, inscrita no CNPJ sob nmero 60746948/0001-12, com endereo na Avenida 7 de Setembro, n. 847, Centro, CEP 69005-140, pelos motivos de fato e de direito que passa a expor: Rua Ajuricaba, n. 54 Centro CEP: 69.020-100 Celular: 9190-8933/8190-6666 Email: danielguedes_adv@hotmail.com
Este documento foi assinado digitalmente por DANIEL GUEDES DE CARVALHO. Protocolado em 13/02/2013 s 16:47:20. Se impresso, para conferncia acesse o site http://consultasaj.tjam.jus.br/esaj, informe o processo 0601095-32.2013.8.04.0015 e o cdigo FE7F66.
Daniel Guedes de Carvalho OAB/AM 7.533 Advocacia e Consultoria Jurdica 1. DOS FATOS O requerente possui negcio jurdico com o
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requerido por meio da conta corrente n. 0003154-2, agncia 3739, pois necessita de conta bancria para recebimento do seu salrio que creditado mensalmente. Cumprir informar excelncia que o banco requerido razo pela qual todo o funcionalismo estadual/municipal
detentor
da
folha
de
pagamento
dos
servidores
pblicos,
obrigado a manter conta junto ao requerido. O requerente mantm acesso a sua conta corrente por meio de carto DBITO/CRDITO, ressaltando-se que utiliza a referida conta apenas para as operaes simples, como: saque do seu salrio e pagamento de compras via dbito. Excelncia, o que traz o requerente ao judicirio o fato do requerido est surrupiando valores da sua conta, isto , ESTO SENDO DESCONTADOS VALORES REFERENTES TARIFA BANCARIA CESTA BASICA DE SERVIOS, E O QUE PIOR, o REQUERENTE NO SOLICITOU E NEM AUTORIZOU A COBRANA DE NENHUMA TARIFA NA SUA CONTA. So notrios os valores surrupiados pelo requerido, passando assim a descriminar os ltimos meses:
MS/ANO 04/2012 05/2012 06/2012 07/2012 08/2012 ATO ILCITO TARIFA BANCARIA CESTA BASICA DE SERVIOS TARIFA BANCARIA CESTA BASICA DE SERVIOS TARIFA BANCARIA CESTA BASICA DE SERVIOS TARIFA BANCARIA CESTA BASICA DE SERVIOS TARIFA BANCARIA CESTA BASICA DE SERVIOS VALORES R$ 13,40 R$ 13,40 R$ 13,40 R$ 13,40 R$ 13,40
Rua Ajuricaba, n. 54 Centro CEP: 69.020-100 Celular: 9190-8933/8190-6666 Email: danielguedes_adv@hotmail.com
Daniel Guedes de Carvalho OAB/AM 7.533 Advocacia e Consultoria Jurdica

09/2012 10/2012 11/2012 12/2012 TARIFA BANCARIA CESTA BASICA DE SERVIOS TARIFA BANCARIA CESTA BASICA DE SERVIOS TARIFA BANCARIA CESTA BASICA DE SERVIOS TARIFA BANCARIA CESTA BASICA DE SERVIOS TOTAL R$ 13,40 R$ 13,40 R$ 13,40 R$ 13,40 R$ 120,60
fls. 3
requerente
no
sabe
informar
desde
quando
os
valores esto sendo descontados, pois o requerido s fornece extratos bancrios detalhados mediante pagamento de tarifa. Assim, tem-se que os valores pagos pelo requerente a ttulo de TARIFA BANCARIA CESTA BSICA DE SERVIOS so indevidos em razo do requerente jamais ter sido informada sobre a existncia de tal tarifa, muito menos ter solicitado ou autorizado tais servios. Por fim, mas no menos importante do ponto de vista jurdico, por diversas vezes o requerente procurou informaes na sua unidade bancria, restando o todavia, requerente s recebeu respostas ao poder evasivas, o que impossibilitou resolver o problema de forma administrativa, judicirio. 2. DO DIREITO A) DA ILEGALIDADE DA COBRANA SEM PREVIA AUTORIZAO DO CLIENTE Exercendo o seu poder regulamentar, o Banco Central do Brasil procurou de forma clara e objetiva dirimir todas as dvidas concernentes ao caso, tratando de editar a Resoluo Bacen 3.919/2010. Rua Ajuricaba, n. 54 Centro CEP: 69.020-100 Celular: 9190-8933/8190-6666 Email: danielguedes_adv@hotmail.com socorre-se
Daniel Guedes de Carvalho OAB/AM 7.533 Advocacia e Consultoria Jurdica Vejamos o que dispem os artigos 1, 2 e 8 da resoluo acima:
Art. 1 A cobrana de remunerao pela prestao de servios por parte das instituies financeiras e demais Banco instituies Central do autorizadas a funcionar como pelo Brasil, conceituada tarifa
fls. 4
para fins desta resoluo, deve estar prevista no contrato firmado entre a instituio e o cliente ou autorizado ou solicitado pelo cliente ou pelo
ter
sido
respectivo
servio
previamente
usurio. (grifo nosso) Art. 2 vedada s instituies a mencionadas pessoa no
art. 1 a cobrana de tarifas pela prestao de servios Ibancrios essenciais fsica, assim considerada aqueles relativos a: Conta corrente de depsito vista; Art. 8 A contratao de pacotes de servios deve ser realizada mediante contrato especifico. (grifo nosso)
Nobre
Magistrado,
requerido
mesmo
tendo
conhecimento do dispositivo legal acima, desconta da conta do requerente, valores a titulo de tarifas, sem a sua prvia autorizao, razo pela qual fica evidente a sua prtica abusiva e ilegal. B) DA REPETIO DO INDBITO O art. 42, nico do Cdigo de Defesa do
Consumidor, impe uma penalidade ao fornecedor de produtos e servios que cobram indevidamente o consumidor.
Daniel Guedes de Carvalho OAB/AM 7.533 Advocacia e Consultoria Jurdica A m-f do requerido latente, pois tem acesso ao contrato de abertura da conta do requerente, portanto, tem cincia que o requerente no autorizou a cobrana de nenhuma tarifa em sua conta, o que vem sendo praticado mensalmente. A jurisprudncia j se manifestou no caso da comprovao de m-f, acolhendo a tese do pagamento em dobro do indbito, conforme passa a expor:
fls. 5
sentido de admitir a repetio do indbito na forma simples, e no em dobro, salvo prova da m-f (STJ.AgRg no Ag 570214/MG, Rel. Min. Nancy Andriaghi, DJ 28/06/2004).
Deste modo Excelncia, a conduta do requerido se amolda com o dispositivo supracitado, e ainda, configura outro ilcito que demonstraremos a seguir:
APELAAO POR DE DANOS CVEL MORAIS DO E AAO DECLARATRIA DE DE INDBITO DE -
INEXISTNCIA DE DBITO BANCRIO C/C INDENIZAAO REPETIAO REQUERENTE DOS REPETIAO MORAIS CONTRATO DE EMPRSTIMO - CONSIGNAAO EM FOLHA PAGAMENTO QUITAAO INDBITO ANTECIPADA COBRANA CONTINUIDADE DANOS DESCONTOS
INDEVIDA
POSSIBILIDADE
CONFIGURADOS
QUANTUM INDENIZATRIO JUSTO - SENTENA MANTIDA - RECURSO IMPROVIDO - DECISAO UNNIME. TJSE APELAAO CVEL: AC 2009216756 SE
C) DA PRTICA ABUSIVA O ato ilcito praticado pelo requerido se configura como prtica abusiva, previsto no art. 39, III do CDC, conforme passa a dispor: Rua Ajuricaba, n. 54 Centro CEP: 69.020-100 Celular: 9190-8933/8190-6666 Email: danielguedes_adv@hotmail.com
entendimento
dominante
neste
STJ
no

Art. 39 - vedado ao fornecedor de produtos ou servios, dentre outras prticas abusivas: [...] III - enviar ou entregar ao consumidor, sem solicitao prvia, qualquer produto, ou fornecer qualquer servio;
fls. 6
Excelncia, o requerente nunca autorizou a cobrana cesta bsica de servio, portanto, o valor indevido, pois se originou de ato ilcito. D) DO DIREITO BSICO DO CONSUMIDOR E O DANO MORAL O requerido ignora a condio de vulnervel do
de nenhuma tarifa na sua conta, muito menos contratou alguma
consumidor, massacrando com suas polticas negociais, lesando direitos e obtendo vantagem ilcita. O dano moral encontra-se previsto no art. 6, VI, do CDC, seguindo os preceitos constitucionais previstos no art. 5, V e X da CF, conforme passa a expor:
Art. 5 Todos so iguais perante a lei, sem distino de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no Pas a inviolabilidade do direito vida, liberdade, [...] V assegurado o direito de resposta, proporcional ao agravo, alm da indenizao por dano material, moral ou imagem X so a inviolveis honra e a a intimidade, imagem das a vida privada, pessoas, igualdade, segurana e propriedade, nos termos seguintes:

assegurado o direito a indenizao pelo dano material ou moral decorrente de sua violao; Art. 6 - So direitos bsicos do consumidor: [...] VI - a efetiva preveno e reparao de danos patrimoniais e morais, individuais, coletivos e difusos;
fls. 7
pelos
descontos
realizados
de
forma
repetida
na
conta
do
requerente, portanto, comprovada est a ilicitude autorizadora do dano moral. O nexo de causalidade entre a conduta e o resultado latente, pois, os extratos bancrios anexados aos autos, esto em nome do prprio requerido, portanto, demonstrado o nexo. Excelncia, percebero global. Hipoteticamente, se o requerido possui 100.000,00 (cem mil) clientes, e destes 100.000,00 (cem mil) o requerido desconta R$ 1,00 (hum real) de cada, teremos R$ 100.000,00 (cem mil reais) por ms. Certamente o mnimo de consumidores percebero tais descontos, e ainda, o mnimo de consumidores pleitearo em juzo seus direitos, portanto, um negcio lucrativo para o requerido, embora seja ilegal. Rua Ajuricaba, n. 54 Centro CEP: 69.020-100 Celular: 9190-8933/8190-6666 Email: danielguedes_adv@hotmail.com tais o requerido aposta nesse o tipo de
prtica, pois acredita que um nmero mnimo de consumidores descontos, configurando assim dano moral
O ato ilcito praticado pelo requerido externa-se
Daniel Guedes de Carvalho OAB/AM 7.533 Advocacia e Consultoria Jurdica E) RESPONSABILIDADE CIVIL E A DESNECESSIDADE DA DEMONSTRAO DE DOLO OU CULPA Na relao de consumo dispensada a comprovao de dolo ou culpa, pois o fornecedor responde independente de culpa pelo fato do servio, conforme art. 14 do CDC. Fundamentando a responsabilidade objetiva, tem a consumo, ou seja, aquele que auferi lucro deve arcar com os prejuzos inerentes a sua atividade. (AQUELE QUE AUFERI COMODOS DEVE ARCAR COM OS INCOMODOS)
Art. 14 - O fornecedor de servios responde, independentemente da existncia de culpa, pela reparao dos danos causados aos consumidores por defeitos bem relativos como por prestao dos servios, e riscos. informaes
fls. 8
insuficientes ou inadequadas sobre sua fruio
Dessa independentemente
forma, de culpa
o pelas
fornecedor leses
responder causadas aos
consumidores, pois um risco inerente prpria atividade. F) DA INVERSO DO NUS DA PROVA Excelncia, a fim de embasar sua pretenso
jurdica, o requerente procurou o requerido, objetivando os extratos bancrios da sua conta corrente, contudo, no foi possvel em razo do requerido cobrar por tais extratos.
teoria
do
risco
da
atividade
desenvolvida
no
mercado
de
Daniel Guedes de Carvalho OAB/AM 7.533 Advocacia e Consultoria Jurdica E ainda, procurou informaes sobre a origem do desconto, seria CDC.
Art. 6 - So direitos bsicos do consumidor: [...] VIII a facilitao da defesa de seus direitos, inclusive com a inverso do nus da prova, a seu favor, no processo civil, quando, a critrio do juiz, for verossmil a alegao ou quando for ele hipossuficiente, segundo as regras ordinrias de experincia.
fls. 9
no
sendo
informado uma
pelo
requerido, na sua
alegando em
que So
necessrio
fazer
consulta
matriz
Paulo. Assim, requer aplicao do disposto no art. 6, VIII do
A inverso do nus da prova deve ser feita sempre que esteja presente do sim que e a verossimilhana No se ou trata comprovada de a hipossuficincia cumulativos possvel demonstre a de requerente. alternativos, do nus no da quesitos que se
portanto prova de
inteiramente em descontar
inverso
objetivando m-f
forma
estava
valores relativos a servios inexistentes e ainda, manter-se no erro reiteradamente.
4. DO PEDIDO Ante o exposto, requer a citao do requerido no endereo apresentar revelia; supracitado, instruo defesa para e os comparecer fatos audincia como sob pena de de conciliao, julgamento, bem querendo,
contra
narrados
Daniel Guedes de Carvalho OAB/AM 7.533 Advocacia e Consultoria Jurdica A CDC; Apresentao dos extratos bancrios dos ltimos 5 (cinco) anos, bem como, o valor atualizado de todas as taxas descontadas do requerente no mesmo perodo; inverso do nus da prova em face da hipossuficincia do requerente, nos moldes art. 6, VIII do
fls. 10
referentes
CESTA
BSICA
DE
SERVIO,
bem
como
seja
apresentado contrato assinado pelo requerente; A procedncia dos pedidos, condenando o requerido a devolver em dobro os valores debitados indevidamente da conta do requerente, nos ltimos 5 (cinco) anos, art. 286, II e III do CPC c/c Art. 42, nico do CDC, a ttulo de repetio do indbito; E ainda, seja o requerido condenado em R$ 27.120,00 (vinte e sete mil, cento e vinte reais) a ttulo de dano moral, bem como, se abstenha de praticar qualquer desconto vindouro referente TARIFA BANCARIA CESTA BSICA DE SERVIOS na conta corrente do requerente; Seja o requerido condenada a suportar o nus da sucumbncia, bem como as custas processuais no caso de futuro recurso; Pretende documentais, legal do bem requerido, provar sob o alegado de atravs do em de caso provas de no
como
depoimento pena
pessoal confisso
representante
comparecimento, ou comparecendo se recuse a depor; Rua Ajuricaba, n. 54 Centro CEP: 69.020-100 Celular: 9190-8933/8190-6666 Email: danielguedes_adv@hotmail.com
Seja
apresentada
solicitao
dos
servios
Daniel Guedes de Carvalho OAB/AM 7.533 Advocacia e Consultoria Jurdica D-se a causa o valor de R$ 27.120,00 (vinte e sete mil, cento e vinte reais). Termos em que, Pede deferimento. Manaus, 09 de fevereiro de 2013
fls. 11
OAB/AM N. 7.533
DANIEL GUEDES DE CARVALHO

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O ato ilcito praticado pelo requerido externa-se

insuficientes ou inadequadas sobre sua fruio

responder causadas aos

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Paulo. Assim, requer aplicao do disposto no art. 6, VIII do

valores relativos a servios inexistentes e ainda, manter-se no erro reiteradamente.

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