Análise Da Petição Inicial

ANLISE DA PETIO INICIAL
A petio apresentada no esta de acordo com os elementos da ao, nem com o que explana o Art. 282 do Cdigo de Processo Civil, logo fere os princpios gerais do processo. O primeiro erro evidente grosseiro, pois diz respeito ao juzo competente para processar e julgar, em se tratando de aes possessrias o juzo competente para conhecer tal ao o juiz de direito da vara civil, onde est localizado o imvel, ou seja, neste caso o juiz de direito da vara civil da comarca de Rio Verde, vide Art. 95, do CPC: Nas aes fundadas em direito real sobre imveis competente o foro da situao da coisa. Pode o autor, entretanto, optar pelo foro do domiclio ou de eleio, no recaindo o litgio sobre direito de propriedade, vizinhana, servido, posse, diviso e demarcao de terras e nunciao de obra nova. Desta feita, est incorreta a informao que indicaria o juiz ou tribunal, a que dirigida a petio, Art. 282, I do CPC: A petio inicial indicar: I - o juiz ou tribunal, a que dirigida. A petio apresenta um pargrafo que diz respeito aos fatos, porm os mesmos no condizem com os pedidos e a fundamentao, dos elementos da ao, o mais difcil de precisar. A ela se refere o CPC, ao exigir que o autor, na petio inicial, indique o fato e os fundamentos jurdicos do pedido (art.282, III). Para Chiovenda, causa de pedir o fundamento, a razo de uma pretenso ("Instituies", I/358), isto , do pedido do autor. Antes de mais Chiovenda:
"Que a causa petendi seja anorma de lei invocada pela parte em juzo. Individua -se e identifica-se a ao por meio dos elementos de fato (...) e no pela norma abstrata de lei. Por conseqncia, a simples mudana do ponto de vista jurdico (ou seja, a invocao duma norma diferente no caso de que um fato possa incidir em diferentes normas de lei) no importa diversidade de aes; lcita, portanto, assim parte como ao Juiz." ("Instituies", I/111 e segs.).
Deste modo, a pea se mostra inepta, conforme os art.s 282, III, IV e conforme o art. 284 do CPC, o juiz ao verificar que a petio no preenche os requisitos dos art.s 282 e 283 do cdigo mencionado, mandar que o autor emende a mesma, sob pena de indeferimento, no prazo de 10 (dez) dias.
Assim entende o Theotonio Negro quanto emenda a inicial:

A emenda da petio inicial depois da citao do ru no pode, em regra, implicar alterao dos elementos constitutivos da demanda. Ainda , quando autorizada nessas condies , a emenda no pode prejudicar o direito de defesa do ru.
Referente ao pedido de concesso de liminar da reintegrao de posse, a petio no apresenta sequer meno aos requisitos para a concesso da mesma, So requisitos da concesso da medida cautelar o fumus boni juris (fumaa do bom direito), configurado pela existncia de pretenso razovel, com probabilidade de xito em juzo; aparncia de um direito justo e periculum in mora, justificado pelo risco de ineficcia com o provimento final, decorrente da demora do andamento e julgamento do pedido principal. Em atendimento ao art. 282, VI e VII, a petio deveria conter o requerimento para a citao do ru, bom como a indicao de quais provas sero produzidas para que o autor prove o alegado. Para finalizar, no contem o valor estipulado causa, conforme requisito do dispositivo art. 282, V do Cdigo de Processo Civil. Outro ponto peculiar da petio que em nenhum momento h manifestao de um profissional dotado de capacidade postulatria, ou seja, o advogado devidamente inscrito nos quadros da OAB. Neste sentido diz Negro: A capacidade para estar em juzo tambm conhecida como capacidade processual em sentido estrito ou legitimatio ad processum. conceito que, diferentemente da capacidade de ser parte, possui natureza estritamente processual. , em outras palavras, a capacidade para exercitar os direitos atuando processualmente, e no apenas figurar como parte no processo
Dessa forma o Oficial de Justia Bolinha, no pode representar ningum em juzo pois o mesmo no detm capacidade postulatria. E mais, visto que a petio apresenta srios erros no resta dvidas quanto sua inpcia.

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