Guia de Estudos Rio Branco
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Guia de Estudos Rio Branco
Concurso de Admissão
à Carreira de Diplomata
Guia de Estudos
2009
GUIA DE ESTUDOS PARA O CONCURSO DE ADMISSÃO À CARREIRA DE DIPLOMATA
GABINETE DO MINISTRO
CELSO AMORIM
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Publicada no Diário Oficial da União de 19 de janeiro de 2009 (Seção 1, página 74).
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Universitário Darcy Ribeiro, Sede do CESPE/UnB – Asa Norte, Brasília/DF, Caixa Postal
4488, CEP 70904-970.
4.2.2 O fornecimento do laudo médico (original ou cópia autenticada) e da cópia
simples do CPF, por qualquer via, é de responsabilidade exclusiva do candidato. O
CESPE/UnB não se responsabiliza por qualquer tipo de extravio que impeça a chegada dessa
documentação a seu destino.
4.3 O candidato portador de deficiência poderá requerer, na forma do subitem 5.4.9
deste Edital, atendimento especial, no ato da inscrição, para o dia de realização das provas,
indicando as condições de que necessita para a realização destas, conforme previsto no artigo
40, parágrafos 1.º e 2.º, do Decreto n.º 3.298/99 e suas alterações.
4.4 O laudo médico (original ou cópia autenticada) e a cópia simples do CPF terão
validade somente para este Concurso Público e não serão devolvidos, assim como não serão
fornecidas cópias dessa documentação.
4.4.1 A relação dos candidatos que tiveram a inscrição deferida para concorrer na
condição de portadores de deficiência será divulgada na Internet, no endereço eletrônico
http://www.cespe.unb.br/concursos/diplomacia2009, na ocasião da divulgação do Edital de
locais e horário de realização da Prova Objetiva.
4.4.1.1 O candidato disporá de um dia a partir da data de divulgação da relação citada
no subitem anterior para contestar as razões do indeferimento, pessoalmente ou por meio de
fax, e-mail ou via SEDEX, citados no subitem 14.5.1 deste Edital. Após esse período, não
serão aceitos pedidos de revisão.
4.5 A inobservância do disposto no subitem 4.2 acarretará a perda do direito ao pleito
das vagas reservadas aos candidatos em tal condição e o não-atendimento às condições
especiais requeridas.
4.6 Os candidatos que, no ato da inscrição, declararem-se portadores de deficiência, se
aprovados e classificados no Concurso, terão seus nomes publicados em lista à parte e
figurarão também na lista de classificação geral.
4.7 Os candidatos que se declararem portadores de deficiência, se não eliminados no
concurso, serão convocados para se submeter à perícia médica promovida pela Junta Médica
designada pelo Diretor-Geral do Instituto Rio Branco, que verificará sobre a sua qualificação
como deficiente ou não, bem como, no estágio probatório, sobre a incompatibilidade entre as
atribuições do cargo e a deficiência apresentada, nos termos do artigo 43 do Decreto n.º
3.298/99 e suas alterações.
4.8 O candidato deverá comparecer à perícia médica, munido de laudo médico
(original ou cópia autenticada), emitido nos últimos doze meses, contados da data de
publicação deste Edital, e de exames comprobatórios da deficiência apresentada, que atestem
a espécie e o grau ou nível de deficiência, com expressa referência ao código correspondente
da Classificação Internacional de Doenças (CID-10), conforme especificado no Decreto n.º
3.298/99 e suas alterações, bem como à provável causa da deficiência.
4.9 A não-observância do disposto no subitem 4.8, a reprovação na perícia médica ou
o não-comparecimento à perícia acarretará a perda do direito às vagas reservadas aos
candidatos em tais condições.
4.10 O candidato que, tendo-se declarado portador de deficiência, for reprovado na
perícia médica por não ter sido considerado deficiente, caso seja aprovado no Concurso,
figurará na lista de classificação geral.
4.11 O candidato portador de deficiência reprovado na perícia médica no decorrer do
estágio probatório em virtude de incompatibilidade da deficiência com as atribuições do cargo
será exonerado.
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4.12 As vagas definidas no subitem 4.1 que não forem providas por falta de candidatos
portadores de deficiência aprovados serão preenchidas pelos demais candidatos, observada a
ordem geral de classificação.
5 DAS INSCRIÇÕES NO CONCURSO
5.1 As inscrições poderão ser efetuadas somente via Internet, conforme procedimentos
especificados a seguir.
5.1.1 TAXA DE INSCRIÇÃO: R$ 110,00.
5.1.2 Será admitida a inscrição exclusivamente via Internet, no endereço eletrônico
http://www.cespe.unb.br/concursos/diplomacia2009, solicitada no período entre 10 horas do
dia 21 de janeiro de 2009 e 23 horas e 59 minutos do dia 12 de fevereiro de 2009, horário
oficial de Brasília/DF.
5.1.3 O CESPE/UnB não se responsabilizará por solicitação de inscrição não recebida
por motivos de ordem técnica dos computadores, falhas de comunicação, congestionamento
das linhas de comunicação, bem como outros fatores que impossibilitem a transferência de
dados.
5.2 O candidato poderá efetuar o pagamento da taxa de inscrição por meio da Guia de
Recolhimento da União (GRU Cobrança).
5.2.1 A GRU Cobrança estará disponível no endereço eletrônico
http://www.cespe.unb.br/concursos/diplomacia2009 e deverá ser impressa para o pagamento
da taxa de inscrição imediatamente após a conclusão do preenchimento da ficha de
solicitação de inscrição online.
5.2.2 A GRU Cobrança pode ser paga em qualquer banco, bem como nas lotéricas e
Correios, obedecendo aos critérios estabelecidos nesses correspondentes bancários.
5.2.3 O pagamento da taxa de inscrição deverá ser efetuado até o dia 13 de fevereiro
de 2009.
5.2.4 As inscrições somente serão acatadas após a comprovação de pagamento da taxa
de inscrição.
5.2.5 O comprovante de inscrição do candidato estará disponível no endereço
eletrônico http://www.cespe.unb.br/concursos/diplomacia2009, após o acatamento da
inscrição, sendo de responsabilidade exclusiva do candidato a obtenção desse documento.
5.2.6 Informações complementares acerca da inscrição estarão disponíveis no
endereço eletrônico http://www.cespe.unb.br/concursos/diplomacia2009.
5.3 Para os candidatos que não dispuserem de acesso à Internet, o CESPE/UnB
disponibilizará locais com acesso à Internet, localizados nos endereços listados a seguir, no
período entre 10 horas do dia 21 de janeiro de 2009 e 23 horas e 59 minutos do dia 12 de
fevereiro de 2009 (horário oficial de Brasília/DF), observados os horários de funcionamento
de cada estabelecimento.
UF Cidade Endereço
Blocout Lan House – Avenida Dublin, n.º 1040, Centro Comercial Barra
AM Manaus
Center 2
BA Salvador Cyber Vip Lan House – Avenida Otavio Mangabeira n.º 815, Box 2 – Pituba
CE Fortaleza CEBRAC Fortaleza – Avenida Bezerra de Menezes, n.º 1.034 – São Gerardo
Universidade de Brasília (UnB), Campus Universitário Darcy Ribeiro,
DF Brasília Instituto Central de Ciências (ICC), ala norte, mezanino – Asa Norte,
Brasília/DF
ES Vitória Microlins Vitória – Avenida Jeronimo Monteiro, n.º 776 – Centro
MA São Luís Net Point – Avenida Joaquim Soeiro Carvalho, n.º 818
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UF Cidade Endereço
MG Belo Horizonte Planet Lan House – Rua Ilacir pereira Lima, n.º 215 – Bairro Silveira
MS Campo Grande CYBER da Rua 7 de setembro, n.º 758 – Centro
MT Cuiabá Original Papelaria Ltda – Avenida Mato Grosso, 280 – Centro
Microlins Centro Somensi – Travessa São Pedro (atrás do Shopping
PA Belém
Iguatemi), n.° 406 – Batista Campos
Microlins Serzedelo Correa – Avenida Serzedelo Correa, n.º 160 – Batista
PA Belém
Campos
Microlins José Malcher – Avenida Governador José Malcher, n.º 1274 –
PA Belém
Nazaré
PA Belém Microlins Umarizal – Avenida Alcindo Cacela, n.º 829 – Umarizal
PE Recife Lan House Multlink – Bairro Graças, Rua do Futuro, 516
PR Curitiba Microlins Portão – Avenida Presidente Kennedy, n.º 4.070 – Água Verde
RJ Rio de Janeiro Claudius Clan Lan House – Rua Francisco Real, n.º 1950, loja 120 – Bangu
Sercon Cyber e Informática – Rua Aurélio Valporto, n.º 102 – Bairro
RJ Rio de Janeiro
Marechal Hermes
SIC Cyber & Modas – Avenida Salvador Allende, n.º 4811 – Recreio dos
RJ Rio de Janeiro
Bandeirantes
RJ Rio de Janeiro Speed Net – Rua Siqueira Campos, n.º 143 – loja 118 – Copacabana
RJ Rio de Janeiro UNIGRANRIO – Rua da Lapa, 86 – 13.º andar – Bairro Lapa
Lan house Cometa – Estrada Luis Soares, n.º 690 – Comendador Soares –
RJ Rio de Janeiro
Nova Iguaçu
RN Natal Microlins Zona Norte – Avenida Bel Tomaz Landim, n.º 4F (ao lado do
Cosern) – Igapó
RS Porto Alegre Dragon Lan House – Rua Garibaldi, n.º 944 – Independência
SC Florianópolis SOS Educação – Rua Felipe, n.º 51, sala 201 – Centro
Acessa São Paulo Metrô São Bento – Boulevard Metrô São Bento, Loja 12 –
SP São Paulo
Centro
Acessa São Paulo Metrô Sé – Praça da Sé, s/n – Centro – Saída Anita
SP São Paulo
Garibaldi
SP São Paulo Acessa São Paulo Poupa Tempo Sé – Praça do Carmo, s/n – Centro
Acessa São Paulo Poupa Tempo Sé II – Secretaria da Fazenda – Avenida
SP São Paulo
Rangel Pestana, n.º 300, 1° andar – Centro
SP São Paulo Acessa São Paulo SEADE – Avenida Cásper Líbero, n.º 478 Térreo – Luz
SP São Paulo Acessa São Paulo SEADS – Rua Bela Cintra, n.º 1.032 – Cerqueira César
Sercon Cyber e Informática – Rua Aurélio Valporto, 102 – Bairro Marechal
SP São Paulo
Hermes
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Lei n.º 11.440, de 29 de dezembro de 2006, a ser requerida na forma da legislação em vigor.
Esta exigência aplica-se também ao(a) candidato(a) casado(a) com estrangeira(o), cuja
separação judicial ainda não tenha transitado em julgado.
5.4.2 É vedada a inscrição condicional (salvo o disposto no subitem 5.4.1.1), a
extemporânea, a via postal, a via fax ou a via correio eletrônico.
5.4.3 É vedada a transferência do valor pago a título de taxa para terceiros ou para
outros concursos.
5.4.4 Para efetuar a inscrição, é imprescindível o número de Cadastro de Pessoa Física
(CPF) do candidato.
5.4.5 As informações prestadas na solicitação de inscrição serão de inteira
responsabilidade do candidato, dispondo o CESPE/UnB e o IRBr do direito de excluir do
Concurso Público aquele que não preenchê-la de forma completa e correta.
5.4.6 O valor referente ao pagamento da taxa de inscrição não será devolvido em
hipótese alguma, salvo em caso de cancelamento do certame por conveniência da
Administração Pública.
5.4.7 Não haverá isenção total ou parcial do valor da taxa de inscrição, exceto para os
candidatos amparados pelo Decreto n.º 6.593, de 2 de outubro de 2008, publicado no Diário
Oficial da União de 3 de outubro de 2008.
5.4.7.1 Estará isento do pagamento da taxa de inscrição o candidato que:
a) estiver inscrito no Cadastro Único para Programas Sociais do Governo
Federal (CadÚnico), de que trata o Decreto n.o 6.135, de 26 de junho de 2007; e
b) for membro de família de baixa renda, nos termos do Decreto n.º 6.135, de 2007.
5.4.7.2 A isenção deverá ser solicitada mediante requerimento do candidato,
disponível por meio do aplicativo para a solicitação de inscrição, até o dia 23 de janeiro de
2009, no endereço eletrônico www.cespe.unb.br/concursos/diplomacia2009, contendo:
a) indicação do Número de Identificação Social (NIS), atribuído pelo CadÚnico; e
b) declaração de que atende à condição estabelecida na letra “b” do subitem 5.4.7.1.
5.4.7.2.1 Os candidatos que não dispuserem de acesso à Internet poderão utilizar-se
dos locais constantes do subitem 5.3 deste Edital para efetuar a solicitação de inscrição com
isenção de taxa.
5.4.7.3 O CESPE/UnB consultará o órgão gestor do CadÚnico para verificar a
veracidade das informações prestadas pelo candidato.
5.4.7.4 As informações prestadas no requerimento de isenção serão de inteira
responsabilidade do candidato, podendo responder este, a qualquer momento, por crime
contra a fé pública, o que acarretará sua eliminação do concurso, aplicando-se, ainda, o
disposto no parágrafo único do art. 10 do Decreto n.o 83.936, de 6 de setembro de 1979.
5.4.7.5 Não será concedida isenção de pagamento de taxa de inscrição ao candidato
que:
a) omitir informações e/ou torná-las inverídicas;
b) fraudar e/ou falsificar documentação;
c) não observar a forma, o prazo e os horários estabelecidos no subitem 5.4.7.2 deste
edital.
5.4.7.6 Não será aceita solicitação de isenção de pagamento de valor de inscrição via
postal, via fax ou via correio eletrônico.
5.4.7.7 Cada pedido de isenção será analisado e julgado pelo CESPE/UnB.
5.4.7.8 A relação dos pedidos de isenção deferidos será divulgada até o dia 10 de
fevereiro de 2009, no endereço eletrônico
http://www.cespe.unb.br/concursos/diplomacia2009.
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6.3.6 O candidato não deverá amassar, molhar, dobrar, rasgar, manchar ou, de
qualquer modo, danificar a sua folha de respostas, sob pena de ter a correção de sua prova
prejudicada pela impossibilidade de realização da leitura óptica.
6.3.7 O candidato é responsável pela conferência de seus dados pessoais, em especial
seu nome, seu número de inscrição e o número de seu documento de identidade.
6.3.8 Não será permitido que as marcações na folha de respostas sejam feitas por
outras pessoas, salvo em caso de candidato a quem tenha sido deferido atendimento especial
para a realização das provas. Nesse caso, se necessário, o candidato será acompanhado por
agente do CESPE/UnB devidamente treinado.
6.3.9 O CESPE/UnB divulgará a imagem da folha de respostas dos candidatos que
realizaram a Prova Objetiva, exceto dos candidatos eliminados na forma do subitem 14.16.1,
no endereço eletrônico http://www.cespe.unb.br/concursos/diplomacia2009, após a data de
divulgação do resultado final da Prova Objetiva. A referida imagem ficará disponível até
quinze dias corridos da data de publicação do resultado final do Concurso Público.
6.3.9.1 Após o prazo determinado no subitem anterior, não serão aceitos pedidos de
disponibilização da imagem da folha de respostas.
7 DOS CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO DA PROVA OBJETIVA
7.1 A folha de respostas será corrigida por meio de processamento eletrônico.
7.2 A nota em cada questão do tipo múltipla escolha, feita com base nas marcações da
folha de respostas, será igual a: 1,00 ponto, caso a resposta do candidato esteja em
concordância com o gabarito oficial definitivo da prova; 0,20 ponto negativo (menos vinte
centésimos), caso a resposta do candidato esteja em discordância com o gabarito oficial
definitivo da prova; 0,00 (zero), caso não haja marcação ou caso haja mais de uma marcação.
7.3 A nota em cada item de cada questão do tipo CERTO ou ERRADO, feita com base
nas marcações da folha de respostas, será igual a: 0,25 ponto, caso a resposta do candidato
esteja em concordância com o gabarito oficial definitivo da prova; 0,25 ponto negativo
(menos vinte e cinco centésimos), caso a resposta do candidato esteja em discordância com o
gabarito oficial definitivo da prova; 0,00 (zero), caso não haja marcação ou caso haja
marcação dupla.
7.4 Para cada candidato, o cálculo da nota no conjunto das questões da Prova Objetiva
será igual à soma algébrica das notas obtidas em todas as questões e os itens que o compõem.
7.5 Será eliminado do Concurso o candidato que obtiver nota inferior a 40% da
pontuação máxima possível no conjunto das questões.
7.5.1 Os candidatos eliminados na forma do subitem 7.5 deste Edital não terão
classificação alguma no Concurso.
7.5.2 Os candidatos não eliminados na forma do subitem 7.5 serão ordenados de
acordo com os valores decrescentes das notas obtidas no conjunto das questões.
7.6 Para os candidatos não eliminados segundo o subitem 7.5 será calculada a nota
final na Prova Objetiva (NFP0) como sendo igual à soma das notas obtidas no conjunto das
questões.
7.7 Os candidatos serão ordenados de acordo com a soma das notas obtidas no
conjunto das questões e os classificados até a 300.ª posição (20.ª posição para os portadores
de deficiência), respeitados os empates na última colocação, serão considerados aprovados na
Primeira Fase.
7.7.1 Os candidatos que não estiverem classificados até a 300.ª posição serão
eliminados e não terão classificação alguma no Concurso.
7.8 Os candidatos aprovados na Primeira Fase serão convocados para a prova da
Segunda Fase, em Edital a ser publicado no Diário Oficial da União, na data provável de 24
de março de 2009, do qual constarão igualmente os locais de realização da prova.
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GUIA DE ESTUDOS PARA O CONCURSO DE ADMISSÃO À CARREIRA DE DIPLOMATA
7.9 Todos os cálculos citados neste Edital serão considerados até a segunda casa
decimal, arredondando-se para cima, se o algarismo da terceira casa decimal for igual ou
superior a cinco.
8 DOS RECURSOS REFERENTES À PROVA OBJETIVA
8.1 Os gabaritos oficiais preliminares das questões da Prova Objetiva serão divulgados
na Internet, no endereço eletrônico http://www.cespe.unb.br/concursos/diplomacia2009, até as
18 horas da data provável de 10 de março de 2009.
8.2 O candidato que desejar interpor recurso contra os gabaritos oficiais preliminares
das questões objetivas disporá de dois dias úteis, a contar do dia subsequente ao da divulgação
desses gabaritos, no horário das 9 horas do primeiro dia às 18 horas do último dia (horário
oficial de Brasília/DF), ininterruptamente, conforme datas determinadas nesses gabaritos.
8.3 Para recorrer contra os gabaritos oficiais preliminares das questões objetivas, o
candidato deverá utilizar os modelos de formulários disponíveis no Sistema Eletrônico de
Interposição de Recurso (http://www.cespe.unb.br/concursos/diplomacia2009), e seguir as
instruções ali contidas.
8.4 O candidato deverá ser claro, consistente e objetivo na elaboração de seu recurso.
Serão preliminarmente indeferidos recursos extemporâneos, inconsistentes e/ou fora de
qualquer uma das especificações estabelecidas neste Edital ou em outros editais que vierem a
ser publicados no Sistema Eletrônico de Interposição de Recurso.
8.5 O recurso não poderá conter, em outro local que não o apropriado, qualquer
palavra ou marca que o identifique, sob pena de ser preliminarmente indeferido.
8.6 Se do exame de recursos resultar anulação de questão ou de item de questão
integrante da prova, a pontuação correspondente a essa questão ou ao item será atribuída a
todos os candidatos, independentemente de terem recorrido. Se houver alteração, por força de
impugnações, de gabarito oficial preliminar de questão ou de item de questão integrante da
prova, essa alteração valerá para todos os candidatos, independentemente de terem recorrido.
8.7 Todos os recursos serão analisados e as justificativas das alterações de gabarito
serão divulgadas no endereço eletrônico http://www.cespe.unb.br/concursos/diplomacia2009
no momento da divulgação do gabarito definitivo. Não serão encaminhadas respostas
individuais aos candidatos.
8.8 Não será aceito recurso via postal, via fax e/ou via correio eletrônico ou entregue
fora do prazo.
8.9 Em nenhuma hipótese serão aceitos pedidos de revisão de recurso ou de recurso de
gabarito oficial definitivo, bem como recurso contra o resultado final nas demais fases.
8.10 Recursos cujo teor desrespeite a banca serão preliminarmente indeferidos.
9 DA SEGUNDA FASE: PROVA ESCRITA DE PORTUGUÊS
9.1 Data e horário: a prova escrita de Português será aplicada no dia 29 de março de
2009, às 14 horas (horário oficial de Brasília/DF), nos locais determinados pelo Edital de
convocação a que se refere o item 7.8. Esta prova terá a duração de 5 horas.
9.2 Características: a prova de Português, de caráter eliminatório e classificatório,
constará de redação sobre tema de ordem geral, com a extensão de 600 a 650 palavras (valor:
60 pontos), e de dois exercícios de interpretação, de análise ou de comentário de textos, com a
extensão de 100 a 150 palavras cada um (valor de cada exercício: 20 pontos). Os exercícios de
interpretação, de análise ou de comentário de textos terão por base extratos dos livros
indicados na bibliografia obrigatória constante do programa da prova de Português, que
integra o Anexo deste Edital.
9.3 Na avaliação da redação, a organização do texto e o desenvolvimento do tema
terão o valor de 30 pontos, e a correção gramatical e a propriedade da linguagem terão o valor
de 30 pontos, totalizando os 60 pontos possíveis.
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GUIA DE ESTUDOS PARA O CONCURSO DE ADMISSÃO À CARREIRA DE DIPLOMATA
9.3.1 Será atribuída nota 0 (zero) à redação caso o candidato não se atenha ao tema
proposto ou obtenha pontuação 0 (zero) na avaliação da correção gramatical e da propriedade
da linguagem.
9.3.2 Será apenada a redação que desobedecer à extensão mínima de palavras,
deduzindo-se 0,20 ponto para cada palavra que faltar para atingir o mínimo exigido de 600
palavras.
9.4 O candidato que entregar a redação ou algum dos exercícios em branco ou com
qualquer forma de identificação diferente da permitida estará eliminado e não terá sua prova
corrigida.
9.5 Aprovação: serão considerados aprovados na Segunda Fase do Concurso os
candidatos que obtiverem, em uma escala de 0 (zero) a 100 (cem), a nota mínima de 60
(sessenta) pontos na prova de Português.
9.6 Resultado: o resultado provisório da Segunda Fase será anunciado na sede do
IRBr, em Brasília, às 16 horas (horário oficial de Brasília/DF), na data provável de 6 de maio
de 2009, e divulgado via Internet, no endereço eletrônico
http://www.cespe.unb.br/concursos/diplomacia2009, até as 20 horas desse mesmo dia.
9.7 Recursos: a forma e o prazo para a vista de provas e a interposição de recurso
contra o resultado provisório na Segunda Fase serão divulgados quando da publicação deste
resultado.
9.7.1 O resultado dos recursos, portanto, o resultado final da Segunda Fase, será
anunciado até as 18 horas (horário oficial de Brasília/DF) na data provável de 27 de maio de
2009, na sede do IRBr, em Brasília, e enviado para publicação no Diário Oficial da União,
em Edital que convocará os candidatos aprovados para as provas da Terceira Fase do
Concurso.
10 DA TERCEIRA FASE: PROVAS ESCRITAS DE HISTÓRIA DO BRASIL,
DE GEOGRAFIA, DE POLÍTICA INTERNACIONAL, DE INGLÊS, DE NOÇÕES DE
ECONOMIA E DE NOÇÕES DE DIREITO E DIREITO INTERNACIONAL
PÚBLICO.
10.1 A Terceira Fase constará de seis provas escritas, a serem realizadas de acordo
com o seguinte calendário:
- data provável de 30 de maio de 2009: História do Brasil;
- data provável de 31 de maio de 2009: Geografia;
- data provável de 6 de junho de 2009: Política Internacional;
- data provável de 7 de junho de 2009: Inglês;
- data provável de 13 de junho de 2009: Noções de Economia;
- data provável de 14 de junho de 2009: Noções de Direito e Direito Internacional
Público.
10.2 As provas da Terceira Fase terão a duração de 4 horas cada uma, com início às 9
horas (horário oficial de Brasília/DF).
10.3 Características referentes às provas da Terceira Fase:
10.3.1 As provas de História do Brasil, de Geografia, de Política Internacional, de
Noções de Economia e de Noções de Direito e Direito Internacional Público consistirão, cada
uma, de quatro questões discursivas, duas das quais com o valor de 30 (trinta) pontos cada
uma e duas com o valor de 20 (vinte) pontos cada uma, totalizando, assim, 100 (cem) pontos
para cada prova.
10.3.1.1 Nas provas de História do Brasil, de Geografia e de Política Internacional, as
respostas às duas questões com o valor de 30 (trinta) pontos terão, cada uma, a extensão
máxima de 90 linhas, e as respostas às duas questões com o valor de 20 (vinte) pontos terão,
cada uma, a extensão máxima de 60 linhas.
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GUIA DE ESTUDOS PARA O CONCURSO DE ADMISSÃO À CARREIRA DE DIPLOMATA
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GUIA DE ESTUDOS PARA O CONCURSO DE ADMISSÃO À CARREIRA DE DIPLOMATA
Capítulo I
Das finalidades e duração
Art. 1º O Curso de Formação do Instituto Rio Branco tem por finalidade a avaliação
das aptidões e capacidade de funcionário nomeado para o cargo inicial da carreira de
diplomata do Serviço Exterior, durante o estágio probatório de que trata o art. 8º da Lei nº
7.501, de 27 de junho de 1986.
Art. 2º O Curso de Formação do Instituto Rio Branco compreende as atividades de
formação e desempenho funcional, a serem coordenadas pelo Instituto Rio Branco (IRBr).
Art. 3º Considerando a natureza da carreira diplomática, poderão ser utilizados como
instrumentos de formação e aperfeiçoamento trabalhos práticos, exercícios, preleções,
exames, debates em seminários, monografias, treinamento, visitas a Estados da Federação e
demais atividades que programe o Diretor do IRBr.
Art. 4º O Curso de Formação do Instituto Rio Branco começará no máximo 30 (trinta)
dias após a nomeação dos aprovados no Concurso de Admissão à Carreira de Diplomata, e
terá a duração de quatro períodos consecutivos, assim distribuídos:
a) os dois primeiros períodos, de não mais do que 20 semanas cada um, darão ênfase a
atividades indispensáveis à formação e ao aperfeiçoamento do funcionário nomeado, a luz das
necessidades da carreira diplomática;
b) os dois últimos períodos compreenderão cursos de aperfeiçoamento e dedicação à
pesquisa ou prática diplomática;
c) os estágios regulares no exterior serão realizados somente pelos alunos do Mestrado
em Diplomacia, após a apresentação ou a aprovação das dissertações, e terão duração de até
seis meses;
d) a distribuição dos estagiários por postos será feita preferencialmente por ordem de
classificação nos exames de qualificação no Mestrado;
e) a designação de estágio no exterior em determinada missão ou instituição poderá se
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GUIA DE ESTUDOS PARA O CONCURSO DE ADMISSÃO À CARREIRA DE DIPLOMATA
Capítulo II
Da avaliação
Art.6º A avaliação das atividades do Curso de Formação do Instituto Rio Branco ficará
a cargo do IRBr e das Chefias imediatas.
Art. 7º O funcionário nomeado e dedicado à prática diplomática será avaliado segundo
critérios de produtividade, assiduidade, disciplina, capacidade de iniciativa e
responsabilidade.
Parágrafo Único – Na aferição desses critérios, serão considerados obrigatoriamente a
proficiência nos instrumentos de formação e aperfeiçoamento, bem como o desempenho
profissional, a conduta pessoal e a integração com a carreira;
Art. 8º A avaliação semestral, de que trata o art. 10, § 2º, alínea a, do Regulamento de
Pessoal do Serviço Exterior, anexo ao Decreto nº 93.325, de 1º de outubro de 1986, com as
alterações aprovadas pelo Decreto de 14 de setembro de 1995, acima citado, e as alterações
subsequentes, será graduada por notas, numa escala de 0 (zero) a 100 (cem), e por conceitos
de “satisfatório” ou “insatisfatório”;
a) a média das notas do período será considerada suficiente se igualar ou superar 60
(sessenta) em cada atividade considerada obrigatória;
b) os conceitos serão também emitidos ao final de cada período;
c) em caso de insuficiência de notas ou de avaliação de “insatisfatório”, o funcionário
será notificado formalmente pelo Diretor do IRBr.
d) Só será admitida uma notificação; e
e) Na eventualidade de uma segunda notificação, que poderá comprometer a
confirmação no Serviço Exterior do funcionário nomeado, o Secretário Geral das Relações
Exteriores designará Comissão de três diplomatas – composta pelo Diretor do IRBr e de dois
outros dentre os Ministros de Segunda Classe e Conselheiros da carreira de diplomata – para
examiná-la.
Art. 9º Os relatórios relativos aos períodos de avaliação, a serem submetidos pelo
Diretor do Instituto Rio Branco ao Secretário Geral das Relações Exteriores, nos termos do
Decreto de 14 de setembro de 1995, § 2, alínea b, acima citado, e as alterações subseqüentes,
incluirão as notas e os conceitos conferidos e, se for o caso, as notificações.
CELSO AMORIM
19
GUIA DE ESTUDOS PARA O CONCURSO DE ADMISSÃO À CARREIRA DE DIPLOMATA
20
GUIA DE ESTUDOS PARA O CONCURSO DE ADMISSÃO À CARREIRA DE DIPLOMATA
PROVA OBJETIVA
21
GUIA DE ESTUDOS PARA O CONCURSO DE ADMISSÃO À CARREIRA DE DIPLOMATA
PORTUGUÊS
Programa:
Bibliografia sugerida:
22
GUIA DE ESTUDOS PARA O CONCURSO DE ADMISSÃO À CARREIRA DE DIPLOMATA
23
GUIA DE ESTUDOS PARA O CONCURSO DE ADMISSÃO À CARREIRA DE DIPLOMATA
(“risco feito para tornar inválidas ou ilegíveis palavras ali contidas, ou substituí-las por
outras”).
Prova de 2008
PARTE I – REDAÇÃO
LEGADO
24
GUIA DE ESTUDOS PARA O CONCURSO DE ADMISSÃO À CARREIRA DE DIPLOMATA
PARTE II – EXERCÍCIO I
25
GUIA DE ESTUDOS PARA O CONCURSO DE ADMISSÃO À CARREIRA DE DIPLOMATA
No excerto de Vidas Secas, Graciliano Ramos recorre ao discurso indireto livre para
relatar diálogo entre Fabiano e Sinha Vitória. Marido e mulher encontravam-se em
movimento migratório, fugindo, novamente, das conseqüências de seca que chegara ao
sertão.
Ao expressar a certeza de que existiam coisas extraordinárias no mundo, Sinha
Vitória declarava ao companheiro ter esperança em uma vida melhor e estável. Demonstrava
estar exausta da rotina desgraçada do sertanejo miserável, refém de suas limitações
intelectuais e das estiagens que assolam a região nordestina de tempos em tempos. O desejo
de vencer as adversidades da vida era a força que animava o casal na luta contra o mundo
pequeno que os aprisionava.
PARTE II – EXERCÍCIO II
26
GUIA DE ESTUDOS PARA O CONCURSO DE ADMISSÃO À CARREIRA DE DIPLOMATA
terras tornava atrativa a imigração européia no regime de servidão temporária. Ao surgir para
o pequeno proprietário a possibilidade de vender regularmente parte de sua produção agrícola,
tornou-se para ele viável o financimento da viagem de um imigrante cujo trabalho seria
explorado durante quatro anos. Estima-se que pelo menos a metade da população européia
que emigrou para os EUA antes de 1700 estava constituída de pessoas que haviam aceito um
ou outro regime de servidão temporária. A principal vantagem que esse sistema apresentava
para o pequeno proprietário estava em que a imobilização de capital era muito menor que a
exigida pela compra do escravo, sendo também menor o risco em caso de morte. O escravo
africano constituía um negócio muito mais rentável para o grande capitalista, mas de maneira
geral não estava ao alcance do pequeno produtor. Por outro lado, as atividades agrícolas
dessas colônias tampouco justificavam grandes inversões. Explica-se, assim, que a importação
de mão-de-obra européia em um regime de servidão temporária tenha continuado nas colônias
mais pobres e haja sido excluída das colônias mais ricas, não obstante fosse amplamente
reconhecido que o trabalho escravo era o mais barato. A transição para o escravo africano só
se realizou ali onde foi possível especializar a agricultura num artigo exportável em grande
escala.
Celso Furtado. Formação econômica do Brasil. 21. ed. São Paulo: Editora Nacional, 1986, p.30.
Nos trechos em destaque, Caio Prado Júnior e Celso Furtado analisam diferenças
existentes entre as colônias tropicais e as temperadas. Enquanto nestas prevaleceu a vontade
de povoar, naquelas erigiu-se vasta empresa colonial, cujo objetivo era tão-somente remeter
altos lucros às metrópoles, sem preocupações em fixar população na colônia.
Esse aspecto empresarial da colônia tropical, administrada em proveito do comércio
europeu, constitui o que Caio Prado Júnior denomina “o sentido da colonização”. Para
realizar esse projeto, foi necessária a exploração de trabalho alheio, com destaque para o
negro africano, escravizado, pois era preciso fixá-lo na terra dos grandes proprietários. Nas
colônias de povoamento, por sua vez, não havia compromisso em remunerar grandes capitais
externos. Os colonos povoadores puderam, por isso, estruturar-se em pequenas propriedades
e fazer uso, quando oportuno, do sistema de servidão temporária, uma vez que seu restrito
capital não lhes permitiria explorar o trabalho africano.
27
GUIA DE ESTUDOS PARA O CONCURSO DE ADMISSÃO À CARREIRA DE DIPLOMATA
HISTÓRIA DO BRASIL
Programa:
28
GUIA DE ESTUDOS PARA O CONCURSO DE ADMISSÃO À CARREIRA DE DIPLOMATA
Bibliografia sugerida:
ALMINO, João & CARDIM, Carlos Henrique (Orgs.). Rio Branco, a América do Sul e a
Modernização do Brasil. Rio de Janeiro: EMC Edições/FUNAG, 2002.
BARBOSA, Carlos Alberto Leite. Desafio Inacabado: A Política Externa de Jânio
Quadros. Rio de Janeiro: Atheneu, 2007.
CANDIDO, Antonio. Formação da Literatura Brasileira. Belo Horizonte: Editora Itatiaia,
1997.
CARONE, Edgar. A República Velha. São Paulo: DIFEL.
________. A Segunda República. São Paulo: DIFEL.
________. A República Nova (1930-1937). São Paulo: DIFEL. 1982.
________. A Terceira República (1937-1945). São Paulo: DIFEL. 1982.
CARVALHO, José Murilo de. A Construção da Ordem/Teatro de Sombras. Rio de
Janeiro: Civilização Brasileira, 2003.
CERVO, Amado; BUENO, Clodoaldo. História da Política Exterior do Brasil. Brasília:
Editora UnB, 2002.
COSTA, Emília Viotti da. Da Monarquia à República: momentos decisivos. São Paulo:
UNESP, 1999.
DORATIOTO, Francisco. Maldita Guerra: nova história da Guerra do Paraguai. São
Paulo: Companhia das Letras, 2002.
FAORO, Raymundo. Os Donos do Poder: Formação do Patronato Político Brasileiro. São
Paulo: Globo/Publifolha, 2001. 2 v.
FAUSTO, Boris. História Concisa do Brasil. São Paulo: EDUSP/Imprensa Oficial, 2002.
FLORES, Moacyr. Dicionário de História do Brasil. Porto Alegre: Edipucrs, 2001.
FREYRE, Gilberto. Casa Grande & Senzala. Rio de Janeiro: Global, 2003.
FURTADO, Celso. Formação Econômica do Brasil. 32. ed. São Paulo: Nacional, 2003.
GARCIA, Eugênio Vargas. Cronologia das Relações Internacionais do Brasil. Rio de
Janeiro: Contraponto Editora, 2006.
HOLANDA, Sérgio Buarque de. Raízes do Brasil. Rio de Janeiro: Cia das Letras, 1995.
IGLESIAS, Francisco. Trajetória Política do Brasil. São Paulo: Cia. das Letras, 2000.
LINHARES, Maria Yedda (Org.). História Geral do Brasil. Rio de Janeiro: Editora Campus,
1996.
LINS, Álvaro. Rio Branco (Barão do Rio Branco): biografia pessoal e história política.
São Paulo: Editora Alfa Ômega, 1996.
MONIZ BANDEIRA, Luiz Alberto. Brasil, Argentina e Estados Unidos: Da Tríplice
Aliança ao Mercosul (1870-2003). Rio de Janeiro: Revan, 2003.
________. As relações perigosas: Brasil-Estados Unidos (de Collor a Lula, 1990-2004).
Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2004.
PENNA, Lincoln de Abreu. República Brasileira. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1999.
29
GUIA DE ESTUDOS PARA O CONCURSO DE ADMISSÃO À CARREIRA DE DIPLOMATA
PRADO JUNIOR, Caio. História Econômica do Brasil. 42. ed. São Paulo: Brasiliense,
1995.
________. A Formação do Brasil Contemporâneo. São Paulo: Publifolha, 2000.
Prova de 2008
Questão 1
30
GUIA DE ESTUDOS PARA O CONCURSO DE ADMISSÃO À CARREIRA DE DIPLOMATA
Questão 2
31
GUIA DE ESTUDOS PARA O CONCURSO DE ADMISSÃO À CARREIRA DE DIPLOMATA
Mercosul – tanto internos, quanto externos – apresentam-se como um dos eixos de ampliação
da experiência do regionalismo do Mercosul para os demais países do continente.
A resolução do contencioso de Itaipu, em 1979, já no início da presidência de João
Figueiredo, pode ser compreendida como um ponto de inflexão nas relações bilaterais entre
Argentina e Brasil. As visitas de Figueiredo à Argentina durante seu governo representaram
o desejo político de propiciar condições para conformação de bases de confiança mútua –
confiança que não se restringiria a governos específicos, mas que se tornou projeto de
Estado, integrando a agenda diplomática de ambos os países. A decisão de aprofundar as
relações para além do âmbito comercial e de incluir, também, assuntos políticos e
estratégicos, formalizada por Sarney e Alfonsín, surge da necessidade de aproximação, no
contexto de redemocratização nas duas nações. A par disso, a crise da década de 1980
indicava aos países em desenvolvimento a necessidade de buscar outras formas de
concertação política, econômica e comercial, uma vez que a conjuntura internacional não
era favorável à retomada do dialogo Norte-Sul.
Brasil e Argentina, na década de 1980, voltaram-se um ao outro, com o intuito de
apoiarem-se em um momento crítico de transição política e de crise econômica. Os acordos
assinados entre os dois países previam a cooperação em diversas áreas, inclusive no setor
militar-nuclear. A problemática nuclear mostrava-se de grande relevância, na medida em que
dois países, não tendo ainda aderido ao Tratado de Não-Proliferação, dispunham-se a abrir
suas instalações para vistas de altas autoridades. Essa atitude política contribuiu não apenas
para convalidar as vontades políticas dos Estados em dar prosseguimento à aproximação,
como também para instituir confiabilidade entre as duas sociedades. A temática nuclear
evoluiria sobremaneira, culminando na institucionalização da ABACC – Agência Brasileiro-
Argentina de Controle e Cooperação, já na década de 1990.
Dessa maneira, ao viabilizar o Mercosul, em 1991, com a integração do Uruguai e do
Paraguai ao processo iniciado por Brasil e Argentina, construiu-se uma base de concertação
política sem precedentes na região. A lógica que sustenta as ações e as decisões do Mercosul
é a ação conjunta em âmbito multilateral, com o intuito de influenciar a conformação de uma
agenda internacional mais representativa das aspirações dos países em desenvolvimento, de
maneira que esses países possam atuar ativamente no delineamento de uma nova ordem
internacional, assim como corrigir as assimetrias inerentes ao processo de globalização.
É importante ressaltar que a integração no Mercosul não visa apenas ao êxito
intrabloco. A diplomacia nacional compreende a crescente institucionalização do bloco no
Cone Sul como um vetor da integração de toda a América do Sul, valendo-se dos
procedimentos de integração já existentes e adaptando-se às realidades de cada país sul-
americano, para instituir uma dinâmica de cooperação benéfica, tanto para os Estados
quanto para seus cidadãos. A integração serve, portanto, ao propósito de amenizar
desigualdades entre países e dentro destes, uma vez que se podem observar disparidades
socioeconômicas em todas as sociedades em busca de integração. Além disso, a ampliação do
processo de integração, com a inclusão no Mercosul, como membros associados, de Chile e
Bolívia nos anos de 1990, dos países da CAN, já nesse século, e da Venezuela – como
membro permanente – aspira à fomentação de maior estabilidade para a região. É esse
também o propósito da cláusula democrática de Ushuaia, consagrada em 1998.
Deve-se enfatizar, ademais, que o Mercosul se apresenta como um projeto de Estado,
tendo sido prioridade para todos os governos desde a assinatura dos acordos de
entendimento, em 1986. Ao consubstanciar-se em um projeto estatal, o Mercosul ganha
legitimidade para atuar como bloco em negociações internacionais e interregionais, como se
viu no âmbito da ALCA ou em concertação com a União Européia, no Acordo-Quadro de
32
GUIA DE ESTUDOS PARA O CONCURSO DE ADMISSÃO À CARREIRA DE DIPLOMATA
Questão 3
É comum que países que passam por rupturas no sistema político adotem novas
constituições. Esse foi o caso do Brasil, após a Proclamação da República de 1889. No ano
seguinte, reuniu-se, sob a presidência de Prudente de Moraes, a assembléia constituinte que
elaboraria a nova Carta Magna brasileira. Em vigor a partir de fevereiro de 1891, foi
amplamente redigida por Rui Barbosa, que tomou como base a Constituição de 1787 dos
Estados Unidos.
Talvez uma das mudanças mais profundas em relação à Carta de 1824 tenha sido a
extinção do Poder Moderador, até então exercido pelo Imperador. Foi adotada Constituição
com três poderes: Executivo, Legislativo e Judiciário. O Legislativo continuou a ser
bicameral, mas foi extinto o caráter vitalício do Senado. Pela Carta promulgada em 1891,
deputados teriam mandatos de três anos e senadores seriam eleitos por nove anos. O Poder
Executivo, por sua vez, passou a ser chefiado por um presidente eleito a cada quatro anos.
De acordo com as disposições transitórias, o primeiro presidente seria eleito pelo Congresso
e, a partir de 1894, a eleição seria direta.
Em termos de participação do eleitorado, observou-se continuidade e ruptura. Como
previsto pela Lei Saraiva, de 1881, analfabetos – à época, mais de 80% da população – não
33
GUIA DE ESTUDOS PARA O CONCURSO DE ADMISSÃO À CARREIRA DE DIPLOMATA
tinham direito ao voto. Por outro lado, foi extinto o voto censitário. Ainda assim, pelo fato de
o voto ser aberto, a cidadania estava fortemente limitada. Ademais, apesar de a Constituição
prever “igualdade para todos”, mulheres só teriam o direito de voto assegurado em 1932.
A “República dos Estados Unidos do Brazil”, segundo o texto constitucional, adotou
a forma federativa. Foram claramente definidas as competências da União e dos municípios.
De forma análoga à Constituição de 1988, a Carta de 1891 previa que as competências não
listadas nela, as remanescentes, pertenciam ao estados, como passavam a ser chamadas as
antigas províncias. A Constituição não era explítica a respeito do título do chefe do executivo
nos estados. Assim, alguns adotaram o título de “governador” enquanto outros estados
preservaram a nomenclatura imperial: “presidente.” O fato de a Constituição ter concedido
amplos poderes às esferas locais propiciou a instituição do coronelismo, situação em que
lideranças regionais foram fortalecidas. Também por isso, os maiores estados eram os que
maior influência exerciam sobre o governo central.
Outra importante inovação da Constituição de 1891 foi a separação entre igreja e
Estado. Em vitória para os positivistas, foi instituído o casamento civil e os cemitérios
passaram para o controle do Estado.
A Carta de 1891 também dedicou seção específica para listar os direitos individuais
dos cidadãos. Apesar disso, vários governos durante a República Velha fizeram uso de
medidas excepcionais, para limitar liberdades dos cidadãos.
Finalmente, a Carta de 1891 promoveu a “grande naturalização”, ao oferecer
cidadania a todos que estivessem em território brasileiro na data de 15 de novembro de 1889
e não optassem por manter sua nacionalidade original.
Assim, a primeira constituição republicana foi largamente inovadora. Poucas foram
as continuidades vindas do Império.
Questão 4
A política externa desenvolvida pela República Velha costuma ser identificada, por
certos setores da historiografia mais tradicional, como largamente tributária do paradigma
americanista. De acordo com essa visão, engendrada em obras como O nacionalismo na
atualidade brasileira, de Hélio Jaguaribe, e Interesse nacional e política externa, de José
Honório Rodrigues, os formuladores brasileiros de política externa, após o marcante período
da chancelaria Rio Branco (1902-1912), teriam promovido certo “alinhamento automático”,
certa subordinação à atuação externa dos Estados Unidos da América. Esse entendimento,
formulado em período da história recente brasileira no qual se propugnava por política
externa mais independente e autônoma, tem sido revisto por moderna historiografia. Essa
corrente busca relativizar a importância daquele alinhamento, do “marchar ao compasso de
Washington”, identificando momentos em que teria prevalecido maior realismo e mesmo
afastamento das posições estadunidenses.
De fato, conquanto seja inegável que a proclamação da República tenha tido o efeito
de promover efetiva “republicanização” da diplomacia brasileira, traduzida em
deslocamento de seu eixo principal de consubstanciação, da Europa para o continente
americano, tal mudança de paradigma não se teria traduzido em conformação acrítica às
34
GUIA DE ESTUDOS PARA O CONCURSO DE ADMISSÃO À CARREIRA DE DIPLOMATA
35
GUIA DE ESTUDOS PARA O CONCURSO DE ADMISSÃO À CARREIRA DE DIPLOMATA
concepção de que a política externa da República Velha seria marcada por “estilo em busca
de um assunto”. As tensões entre a priorização do tabuleiro multilateral, pelo Brasil, em
relação às considerações de ordem geopolítica, pelas potências européias, quando das
negociações para a entrada da Alemanha como membro permanente da SDN, levariam, em
1926, à saída do Brasil do órgão, segundo a estratégia do “vencer ou não perder” de Artur
Bernardes.
36
GUIA DE ESTUDOS PARA O CONCURSO DE ADMISSÃO À CARREIRA DE DIPLOMATA
Programa:
37
GUIA DE ESTUDOS PARA O CONCURSO DE ADMISSÃO À CARREIRA DE DIPLOMATA
Bibliografia sugerida:
ARRIGHI, Giovanni. O Longo Século XX. Rio de Janeiro: Contraponto/São Paulo: UNESP,
2003.
BARRACLOUGH, G. Introdução à História Contemporânea. 4. ed. Rio de Janeiro: Zahar,
1976.
BEAUD, Michel. História do Capitalismo de 1500 a Nossos Dias. 4. ed. São Paulo:
Brasiliense, 1994.
BROGAN, Hugh. The Penguin History of the USA: new edition. New York: Penguin,
2001.
BURNS, Edward McNall. História da Civilização Ocidental. São Paulo: Editora Globo,
1994, 2v.
CARR, Edward H. Vinte Anos de Crise, 1919-1939. Brasília: Editora UnB/Imprensa Oficial
do Estado/IPRI, 2001.
CERVO, Amado Luiz; RAPOPORT, Mario (Orgs.). História do Cone Sul. Brasília, Editora
UnB/Revan, 1998.
HALPERIN DONGHI, Tulio. História da América Latina. São Paulo: Paz e Terra, 1997.
HOBSBAWM, Eric. A Era das Revoluções. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 2003.
________. A Era do Capital. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 2001.
________. A Era dos Extremos. Rio de Janeiro: Cia. das Letras, 2001.
________. A Era dos Impérios. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 2001.
________. Nações e Nacionalismo desde 1780. 3. ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 2002.
KENNEDY, Paul. Ascensão e Queda das Grandes Potências. Rio de Janeiro: Editora
Campus, 1989.
MAGNOLI, Demetrio. Relações Internacionais: teoria e história. São Paulo: Editora
Saraiva, 2004.
MATIAS, Eduardo Felipe P. A Humanidade e Suas Fronteiras: do Estado soberano à
sociedade global. São Paulo: Paz e Terra, 2005.
McWILLIAMS, Wayne; PIOTROWSKI, Harry. The World Since 1945: a History of
International Relations. Boulder: Lynne Rienner Publishers, 2005.
ROBERTS, J. M. The Penguin History of the Twentieth Century: The History of the
World, 1901 to the Present. Londres: Penguin, 2004.
SARAIVA, José Flávio S. (Org.) História das Relações Internacionais Contemporâneas.
São Paulo: Editora Saraiva/IBRI, 2007.
SPENCE, Jonathan D. The Search for Modern China. New York: W. W. Norton, 1999.
VAISSE, Maurice, Les Relations Internationales Depuis 1945. Paris: Armand Collin, 2004.
WATSON, Adam. A Evolução da Sociedade Internacional: uma análise histórica
comparativa. Brasília: Editora UnB, 2004.
*
38
GUIA DE ESTUDOS PARA O CONCURSO DE ADMISSÃO À CARREIRA DE DIPLOMATA
GEOGRAFIA
A prova de Geografia consistirá de quatro questões discursivas, duas das quais com o
valor de 30 (trinta) pontos cada uma e duas com o valor de 20 (vinte) pontos cada uma. As
respostas às questões com o valor de 30 (trinta) pontos terão, cada uma, a extensão máxima de
90 linhas; as respostas às questões com o valor de 20 (vinte) pontos terão, cada uma, a
extensão máxima de 60 linhas.
Programa:
Bibliografia sugerida:
BENKO, George. Economia, Espaço e Globalização. 2.ed. São Paulo: Hucitec, 1999.
BECKER, Bertha & EGLER, Claudio. Brasil: Uma nova potência regional na economia-
mundo. 2. ed. Rio de Janeiro: Bertrand, 1994.
GREGORY, Derek et alli. Geografia Humana. Sociedade, Espaço e Ciência Social. Rio de
Janeiro: Zahar, 1996.
MORAES, Antonio Carlos Robert. Território e História no Brasil. 2. ed. São Paulo:
Annablume, 2005.
RIBEIRO, Wagner Costa (org.) Patrimônio Natural Brasileiro. São Paulo: EDUSP/Imprensa
Oficial, 2004.
SANTOS, Milton. Por uma outra Globalização. Rio de Janeiro:Record, 2000.
39
GUIA DE ESTUDOS PARA O CONCURSO DE ADMISSÃO À CARREIRA DE DIPLOMATA
________ & SILVEIRA, Maria Laura. Brasil. Território e Sociedade no Limiar do Século
XXI. Rio de Janeiro:Record, 2001.
SILVEIRA, Maria Laura (org.). Continente em Chamas. Globalização e território na
América Latina. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2005.
THÉRY, Hervé & MELLO, Neli Aparecida. Atlas do Brasil. Disparidades e dinâmicas do
território. São Paulo: EDUSP, 2005.
BECKER, Bertha et alli. Geografia e meio ambiente no Brasil. 2.ed. São Paulo:Hucitec.1995.
CASTRO, Iná Elias et alli. Explorações geográficas. Rio de Janeiro: Bertrand, 1997.
LENCIONE, Sandra. Região e geografia. São Paulo: EDUSP, 2003.
MAGNOLI, Demétrio. O corpo da pátria. São Paulo: Moderna/EDUNESP, 1997.
MORAES, Antonio Carlos Robert. Bases da formação territorial do Brasil. São
Paulo:Hucitec, 2000.
MORAES, Antonio Carlos Robert. Contribuição para a gestão da zona costeira do Brasil.
São Paulo: HUCITEC/EDUSP, 1999.
RIBEIRO, Wagner Costa. A ordem ambiental internacional. São Paulo: Contexto, 2001.
SOUZA, Maria Adelia Aparecida (org.). Território brasileiro: usos e abusos. Campinas:
Territorial, 2003.
Prova de 2008
Questão 1
O café não é nativo do Brasil mas encontrou em solo brasileiro condições singulares
para o desenvolvimento da lavoura. Embora a pauta de exportações brasileira não se
concentre mais na produção de café, o país ainda figura como principal exportador do
produto, em decorrência da abundância de terras, de condições climáticas favoráveis e da
mecanização da produção. Esse panorama é deveras distinto daquele observado no início do
século XIX, quando a lavoura cafeeira foi instalada na região do Vale do Paraíba
fluminense. De uma produção rudimentar, que acarretava o empobrecimento dos solos, o
café tornou-se objeto de produção agrícola cientifizada,, desenvolvida em solos de alta
fertilidade.
40
GUIA DE ESTUDOS PARA O CONCURSO DE ADMISSÃO À CARREIRA DE DIPLOMATA
41
GUIA DE ESTUDOS PARA O CONCURSO DE ADMISSÃO À CARREIRA DE DIPLOMATA
cidades e engrossando as fileiras do êxodo rural. O sul de Minas Gerais se beneficiaria dessa
transformação, abrigando até os dias de hoje a cafeicultura agroindustrial (destaque para a
região de Patos de Minas), onde se observa um transbordamento da produção para o Centro-
Oeste.
No contexto contemporâneo, a produção do Espírito Santo também ganha relevo,
ocupando o posto de um dos principais Estados produtores. O fenômeno da agroindústria é
observado por meio do estímulo à produção industrial a jusante (indústria de tratores,
arados mecânicos, pesticidas) e a montante (produção de café solúvel) da lavoura cafeeira,
de modo que as plantações de café se encontram hoje plenamente integradas ao modelo
industrial. A cafeicultura tem por base, portanto, a relação de produção capitalista, em que a
agricultura familiar tem significado diminuto. Como as outras culturas de exportação, a
produção cafeeira vem ganhando espaço em relação à produção de gêneros de subsistência
(feijão, mandioca), cujo declínio relativo na produção agrícola nacional é notável. Isso se
deve ao fortalecimento econômico dos poucos produtores que controlam essas áreas de
lavoura, integrados aos interesses da indústria agrícola.
A produção de café sofreu significativas transformações no decorrer de cerca de dois
séculos de cafeicultura brasileira. Inicialmente baseada na mão-de-obra escrava e na
produção rudimentar, despreocupada com o incremento da produtividade dos solos, a
cafeicultura configura hoje exemplo premente de agricultura altamente mecanizada, típica
das culturas de exportação brasileiras, empregando reduzida mão-de-obra. Locais
tradicionais de plantação foram suplantados por outros onde o meio técnico-científico-
informacional pôde se instalar diretamente sobre o meio natural, ensejando a agricultura
cientifizada que propicia níveis expressivos de produtividade do café.
Questão 2
42
GUIA DE ESTUDOS PARA O CONCURSO DE ADMISSÃO À CARREIRA DE DIPLOMATA
trabalho proposto pela União Soviética, que se incumbiu da produção industrial, enquanto à
China era reservada a provisão de matérias-primas. Foi só com o rompimento com a União
Soviética, portanto, que uma maior esforço de industrialização foi envidado. Com a ascensão
de Deng Xiaoping, a China inicia sua inserção na economia de mercado, adotando o modelo
“ um país, dois sistemas”. Tendo como focos iniciais as Zonas Econômicas Especiais, a
atividade industrial se expande, beneficiada pelo baixo custo da mão-de-obra. A produção
em escala tornou a indústria de tecidos e de brinquedos chinesa altamente competitiva.
Atualmente, entretanto, a China tem buscado implementar uma produção industrial de maior
valor agregado e desenvolver tecnologias mais sofisticadas. O crescimento chinês, ancorado
em gigantescas obras estruturais, tem provocado altas na demanda de matérias-primas e o
chamado “ efeito China” tem ocasionado a elevação dos preços das commodities no
mercado internacional. A China, ademais, logrou acumular uma considerável soma de
reservas internacionais, com as quais tem investido em países em desenvolvimento,
especialmente na África, capitaneando projetos de infraestrutura em países como Angola, por
exemplo. A China detém, hoje, uma parcela não desprezível dos fluxos de bens e capitais em
escala global.
A Índia, por sua vez, também teve desafios a superar antes de encetar seu processo de
industrialização. À época da independência, conflitos de ordem étnica e religiosa ensejaram
a divisão do subcontinente indiano em três países: Índia, Paquistão e Bangladesh. Esse
processo, bem como a disputa entre Índia e Paquistão pela região da Cachemira, envolveu
choques armados que consumiram recursos materiais e humanos. A Índia, no entanto, contou
com a atuação incisiva do Estado no processo de substituição de importações que orientou
sua industrialização. Na década de setenta do século passado, o esforço de modernização
atingiu a agricultura e a Índia foi palco da chamada “Revolução Verde”. O uso de
fertilizantes com componentes químicos e de defensivos agrícolas incrementou sobremaneira
a produtividade da agricultura indiana, dotando-a de capacidade para abastecer a grande
população do país. Subsiste, todavia, o modelo de agricultura familiar, motivo da relutância
do governo indiano a aderir plenamente ao regime de liberalização da agricultura discutido
no âmbito da OMC. A rivalidade com o Paquistão levou a Índia a desenvolver sua tecnologia
nuclear, o que lhe permitiu fabricar bombas atômicas. A Índia investiu significativamente na
área de ciência e tecnologia e seus cientistas, hoje, encontram-se entre os mais bem
qualificados do mundo. Ela tem presença marcante no campo da informática e de
desenvolvimento de softwares. A numerosa população, além disso, oferece mão-de-obra para
setores intensivos em trabalho, em particular para o setor de serviços, sendo que muitas
empresas de países de língua inglesa já optaram por transferir suas centrais de atendimento
para a Índia. Diferentemente da China, no entanto, a Índia continua sendo uma economia
bastante fechada, com menor participação nos fluxos internacionais.
A disponibilidade de mão-de-obra relativamente barata e de abundantes recursos
naturais são fatores que atraem empresas estrangeiras à Índia e à China. Tais empresas,
contudo, mantêm seus centros de decisão nos seus países de origem, perpetuando, assim, as
relações centro-periferia. Um outro atrativo oferecido pela Índia e pela China é sua frouxa
legislação ambiental e sua leniência em relação a atividades prejudiciais ao meio ambiente,
m nome do desenvolvimento econômico, com o que ambos os países recebem um grande
número de empresas poluidoras.
Tanto a Índia quanto a China têm alcançado níveis expressivos de crescimento
econômico nos últimos anos. Esse potencial de crescimento, aliado à agressividade com que
ambos têm buscado sua inserção na economia mundial, leva a um inédito protagonismo
desses países na geopolítica global.
43
GUIA DE ESTUDOS PARA O CONCURSO DE ADMISSÃO À CARREIRA DE DIPLOMATA
Questão 3
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GUIA DE ESTUDOS PARA O CONCURSO DE ADMISSÃO À CARREIRA DE DIPLOMATA
Outro grave problema que aflige o sistema de transporte brasileiro é a lentidão nos
trâmites portuários. São comuns as filas de caminhoneiros no porto de Paranaguá esperando
o momento de embarque da soja. A falta de densidade normativa adequada, aumentando a
burocracia, reflete no preço final do produto e tira a competitividade do produto local. A Lei
dos Portos de 1993 permitiu a criação de portos privados para embarque de produtos de
terceiros, de modo a dotar o território de maior porosidade. O alto volume de investimento
necessário inibe as iniciativas que hoje existem no País. A burocracia lenta impede a fluidez
de mercadorias, o que poderia ser resolvido com o aumento de portos secos. O transporte
fluvial apresenta enormes potencialidades no Brasil, como atesta a hidrovia Tietê-Paraná.
Diminuir as viscosidades do território brasileiro para aumentar a competitividade do
produto nacional continua sendo um grande desafio para o governo brasileiro. Hoje, o
desafio maior é equacionar investimentos em infra-estrutura com conservação ambiental e
distribuição eqüitativa dos benefícios.
Questão 4
45
GUIA DE ESTUDOS PARA O CONCURSO DE ADMISSÃO À CARREIRA DE DIPLOMATA
acima, trata-se de novas fábricas que, ao invés de optar pela tradicional área industrial
paulista, preferiram buscar novos espaços, em busca de ganhos comparativos. É verdade que
há, também, o caso de indústrias que se deslocam de São Paulo para novas áreas, buscando
evitar as deseconomias de aglomeração (o próprio ABCD paulista já foi abandonado por
muitas indústrias de automóveis), mas essas perdas são superadas pelos ganhos resultantes
do aumento de produtividade. Dessa forma, o fenômeno de desconcentração industrial é
apenas relativo: o aumento da produção em outras áreas diminui a participação paulista na
produção total, mas não representa uma queda da produção automobilística de São Paulo em
números absolutos.
Essa relativização do processo de desconcentração também pode ser atestado em
maior escala: a maioria das fábricas que, de fato, deixam São Paulo irá se alocar no que
Milton Santos e Maria Laura da Silveira chamam de “Região Concentrada”. Afinal, a
discrepância ainda é gritante no que tange à infraestrutura, permitindo que os municípios da
região tenham melhor sucesso na “guerra dos lugares”. Na indústria automobilística, em
especial, a fábrica da Ford na Bahia, acima citada, é uma das poucas exceções.
O processo de desconcentração industrial pode induzir à ideia de que a enorme
desigualdade regional verificável no território brasileiro poderia, enfim, ser superada. No
entanto, uma análise mais pormenorizada leva à conclusão contrária: de um lado, as áreas
industriais tradicionais mantém seu habitual poderio, com destaque para a Região
Metropolitana de São Paulo; de outro, a discrepância infraestrutural entre as regiões
brasileiras leva a uma “desconcentração concentrada”, que não beneficia as regiões
periféricas deprimidas. A superação dessa desigualdade só será possível mediante a atuação
do governo no sentido de dotar essas áreas de condições de atração das atividades mais
modernas, permitindo, ao menos, que elas participem da “guerra dos lugares” em igualdade
de condições.
*
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POLÍTICA INTERNACIONAL
Programa:
Bibliografia sugerida:
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Brasília
Ministério das Relações Exteriores
Esplanada dos Ministérios, Bloco H
ANEXO II, TÉRREO, SALA 1
70170-900 Brasília - DF
Telefones: (061) 3411-6033/6034/6847/6857
Fax: (061) 3322-2931, 3322-2188
Rio de Janeiro
Palácio Itamaraty
Avenida Marechal Floriano, 196 - Centro
520080-002 Rio de Janeiro - RJ
Telefax: (021) 2233-2318/2079
Prova de 2008
Questão 1
49
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50
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Questão 2
Analise a importância conferida pelo Brasil aos biocombustíveis para a promoção das
agendas de meio ambiente, de desenvolvimento e de combate à fome e à pobreza.
O Governo brasileiro e sua chancelaria têm tratado com destaque da importância dos
biocombustíveis no cenário internacional. O desenvolvimento dos biocombustíveis tem, de
fato, enorme relevância sobre as mais diversas áreas, pois provoca efeitos no meio ambiente
e favorece significativamente as possibilidades de desenvolvimento econômico e social de
muitos países, sobretudo os mais pobres.
A história dos biocombustíveis no Brasil data do início do século passado, quando
começaram as primeiras experiências com a produção de energia a partir do açúcar. A
criação do Instituto do Açúcar e do Álcool, em 1933, apontava para o crescente
desenvolvimento dessa tecnologia. Os acontecimentos e as transformações vividas pelo país
em meados do século, entretanto, adiaram esse projeto para a década de 1970, quando, com
os graves efeitos do primeiro choque do petróleo, o Brasil viu-se na necessidade de criar
alternativas para o gargalo energético. Em 1975, implanta-se o Proálcool, programa
responsável pelo desenvolvimento pioneiro do Brasil na área de biocombustíveis.
A crise dos anos 1980 e a abertura dos anos 1990 provocaram, respectivamente, a
paralisação e o sucateamento do programa, que voltou, nos anos 2000, no entanto, a ganhar
destaque e prioridade, especialmente a partir do governo Lula, em 2003. O lançamento dos
veículos flex fuel, nesse mesmo ano, e a implantação do Programa Nacional de Produção e
Consumo do Biodiesel (PNPB), em 2004, evidenciavam a importância dos biocombustíveis na
agenda do atual governo. Outro exemplo significativo desse comprometimento foi a criação,
em 2006, do Departamento de Energia no Itamaraty, com vistas a otimizar as relações entre
o setor energético e a política externa brasileira.
Como têm declarado, em sucessivos discursos, o presidente Lula e o chanceler Celso
Amorim, os biocombustíveis são uma alternativa importante para a questão energética
mundial e o seu desenvolvimento pode surtir efeitos positivos em diversas áreas da economia
mundial. Na criação do Fundo de Combate à Fome e à Miséria, em 2003, o presidente já
51
GUIA DE ESTUDOS PARA O CONCURSO DE ADMISSÃO À CARREIRA DE DIPLOMATA
52
GUIA DE ESTUDOS PARA O CONCURSO DE ADMISSÃO À CARREIRA DE DIPLOMATA
Questão 3
O africanista Alberto da Costa e Silva deu a um de seus livros o título “Um rio
chamado Atlântico”. Com isso, o autor procurava fazer referência à proximidade existente
entre o continente africano e o Brasil e aos fluxos e refluxos existentes entre ambos os
espaços, sobretudo durante o período colonial. Como é sabido, de 1822 até meados do século
XX, houve um retraimento nessa relação bilateral, com inflexão desse quadro a partir da
Política Externa Independente (PEI) e dinamização do relacionamento após o périplo
africanista de Mário Gibson Barbosa, seguido do reconhecimento de Angola, em 1975. Ainda
que não se possa falar em linearidade, pois houve marchas e contramarchas nesse
relacionamento ao longo das últimas décadas, a África nunca deixou de ser prioridade para
a agenda diplomática brasileira, como a ênfase dada ao continente africano, pelo governo
Lula, no bojo da cooperação sul-sul, bem ilustra.
O ano de 2003 e a realização do Fórum Brasil-África, em Fortaleza, são
emblemáticos da prioridade dada ao continente africano pela gestão Amorim e podem servir
de marco inicial para análise da questão bilateral. De fato, a partir, sobretudo, dessa data
observa-se um incremento sensível nas relações Brasil-África, contemplando diferentes níveis
de atuação, seja no plano governamental, seja no plano da iniciativa privada. Para além do
discurso de solidariedade periférica, de não-indiferença e de cooperação sul-sul, nota-se a
concretização de diversas propostas, com importantes resultados práticos. Percebe-se a
intensificação das trocas comerciais e dos fluxos de investimento produtivo entre Brasil e
África. Importantes empresas brasileiras têm investido no continente africano, estimuladas
pelo governo brasileiro, em conformidade com a política de não-indiferença ante os
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GUIA DE ESTUDOS PARA O CONCURSO DE ADMISSÃO À CARREIRA DE DIPLOMATA
54
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Questão 4
55
GUIA DE ESTUDOS PARA O CONCURSO DE ADMISSÃO À CARREIRA DE DIPLOMATA
para projetos de desenvolvimento que preservem a floresta, é uma iniciativa ousada que pode
ajudar a reduzir, de forma mais acelerada, as queimadas. No plano internacional, a
tecnologia dos biocombustíveis e a vontade política de consolidá-los como alternativa global
ao petróleo são trunfos brasileiros na agenda sobre mudança do clima. A substituição, ainda
que parcial, do petróleo pelos biocombustíveis contribuirá para a redução do aquecimento
global.
56
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INGLÊS
A prova de Inglês, com o valor máximo de 100 (cem) pontos, constará de: tradução de
um texto do inglês para o português (valor 20 pontos); versão de um texto do português para o
inglês (valor 15 pontos); resumo de um texto (valor 15 pontos); e redação a respeito de tema
de ordem geral, com extensão de 350 a 450 palavras (valor 50 pontos).
Na avaliação da redação da prova de Inglês, a correção gramatical terá o valor de 20
pontos, a organização do texto e o desenvolvimento das ideias terão o valor de 15 pontos, e a
qualidade da linguagem terá o valor de 15 pontos, totalizando os 50 pontos possíveis.
Será atribuída nota 0 (zero) à redação caso o candidato não se atenha ao tema proposto
ou obtenha pontuação 0 (zero) na avaliação da correção gramatical.
Será apenada a redação que desobedecer à extensão mínima de palavras, deduzindo-se
0,20 ponto para cada palavra que faltar para atingir o mínimo exigido de 350 palavras.
A legibilidade é condição essencial para a correção da prova.
Programa:
Primeira Fase:
1. Compreensão de textos escritos em língua inglesa.
2. Itens gramaticais relevantes para compreensão dos conteúdos semânticos.
Terceira Fase:
1. Redação em língua inglesa: expressão em nível avançado; domínio da gramática; qualidade
e propriedade no emprego da linguagem; organização e desenvolvimento de idéias.
2. Versão do Português para o Inglês: fidelidade ao texto-fonte; respeito à qualidade e ao
registro do texto-fonte; correção morfossintática e lexical.
3. Tradução do Inglês para o Português: fidelidade ao texto-fonte; respeito à qualidade e ao
registro do texto-fonte; correção morfossintática e lexical.
4. Resumo: capacidade de síntese e de re-elaboração em Inglês correto.
57
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Bibliografia sugerida:
Jornais e revistas
A Internet permite o acesso a vasto número de publicações em língua inglesa. Para
preparar-se para o concurso, é útil a leitura de publicações do padrão do The Times de
Londres, The New York Times, The Washington Post e Guardian, The International Herald
Tribune, The Financial Times, The Economist e Newsweek. Pode-se encontrar a versão
impressa de muitas dessas publicações em livrarias e bancas de revistas das principais cidades
do País.
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Dicionários de inglês
Collins Cobuild English Language Dictionary. Londres: Collins.
Language Activator. Londres: Longman.
The Longman Dictionary of Contemporary English. Londres: Longman.
The Oxford Advanced Learner's Dictionary of Current English. Oxford: University
Press.
Oxford English Dictionary. Oxford: Oxford University Press.
The Random House College Dictionary. New York: Random House.
The Random House Dictionary of the English Language. New York: Random House.
Roget´s Thesaurus. Londres: Longman.
Webster´s Collegiate Dictionary. New York: BD&L.
Webster´s Third International Dictionary. New York: BD&L.
Gramáticas
BENSON, M. et alii.. The BBI Combinatory Dictionary of English: A guide to word
combinations. Amsterdã/Filadélfia: John Benjamins.
Collins Cobuild English Usage. Londres: Harper Collins.
Comprehensive Grammar of the English Language. Londres: Longman.
CUTTS, M. The Plain English Guide. Oxford, Oxford University Press.
FRANK, M. Modern English. Englewood-Cliffs: Prentice-Hall.
LEECH, G.; SVARTVIK, J. A Communicative Grammar of English. Londres: Longman.
HILL, J.; LEWIS, M. (Orgs.) LTP Dictionary of Selected Collocations. Hove: Language
Teaching Publications.
SANTOS, Agenor. Guia Prático de Tradução Inglesa. São Paulo: Cultrix.
SWAN, M. A Practical English Usage. Oxford: Oxford University Press.
THOMPSON, A. J.; MARTINET, A.V. A Practical English Grammar. Oxford: Oxford
University Press.
Outras fontes
WALKER, S. B. Candidate´s Handbook: English. Brasília: FUNAG, 2000.
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Prova de 2008
A) (25 marks)
Translate into Portuguese the following excerpt from James Baldwin’s “Notes of a
native son” (1955) [in: The United States in Literature. Glenview: Scott, Foresman & Co.,
1976, p. M 132.]:
I was born in Harlem thirty-one years ago. I began plotting novels at about the time I
learned to read. The story of my childhood is the usual bleak fantasy, and we can dismiss it
with the restrained observation that I certainly would not consider living it again. In those
days my mother was given to the exasperating and mysterious habit of having babies. As they
were born, I took them over with one hand and held a book with the other. The children
probably suffered, though they have since been kind enough to deny it, and in this way I read
Uncle Tom’s Cabin and A Tale of two Cities over and over and over again; in this way, in
fact, I read just about everything I could get my hands on – except the Bible, probably
because it was the only book I was encouraged to read. I must also confess that I wrote – a
great deal – and my first professional triumph occurred at the age of twelve or thereabouts.
B) (25 marks)
Translate into English the following excerpt adapted from Mário Henrique Simonsen’s
Brasil 2002 (5ª ed. Rio de Janeiro: APEC, 1974, p. 11):
60
GUIA DE ESTUDOS PARA O CONCURSO DE ADMISSÃO À CARREIRA DE DIPLOMATA
61
GUIA DE ESTUDOS PARA O CONCURSO DE ADMISSÃO À CARREIRA DE DIPLOMATA
act single-handedly, without taking into account other countries' opinions or thoughts. As for
internationalism, most people think of it as downplaying the importance of states in the
international community. Reality, however, is less clear-cut, as one can believe in the weight
of nations and still have a tendency towards international cooperation.
Take the case of environmental degradation. Some of the problems nations have to
address can be dealt with locally, for example, deforestation and non-productivity of soil
caused by unsustainable agriculture. Other major issues, such as global warming and the
hole in the ozone-layer, must be discussed globally, for unilateral measures would be of no
use. Therefore, without underestimating the significance of nations as centers of political
action, international cooperation is, at times, of absolute importance.
When it comes to security issues, the usual distinction between nationalism and
internationalism seems even more exaggerated. Many argue that sovereignty and
international military operations do not match. It is interesting to note that Dag
Hammarsjköld made his speech at Stanford University in 1955, exactly one year before the
first official peacekeeping operation under the UN flag. Since that first mission, there has
been a profusion of other mandates in almost every continent of the world. These operations
illustrate how multilateral actions can be fully compatible with national sovereignty. In fact,
the former president of Egypt, Nasser, was known for his nationalist tendencies, yet he agreed
to have blue helmet troops in his territory. He was aware that international peace was also in
his best interest. When he decided to withdraw the UN troops, it resulted in a large loss
of territory in favor of Israel.
International politics is, by definition, a two-level game. Even when considering only
its own national interest, one cannot discard international cooperation. Sometimes domestic
and global interests meet. However, even when this is not the case, in an interdependent
world there can be no such thing as absolute isolationism. The same can be said about
internationalists who believe that states have lost their primacy. The international community
still is – and will probably always be – dominated by power-maximizing states.
2007
Write a composition on the following quotation from Albert Einstein:
“The unleashed power of the atom has changed everything save our modes of thinking
and we thus drift toward unparalleled catastrophe.”
2006
Awareness that change is a constant feature of human life is as old as civilisation.
However, more recently, technological development has greatly enhanced both the prospects
for rapid change and the range of its social, political, and cultural impact.
Bearing this in mind, comment on Berman’s contention (in Muqtedar Khan’s text
“Radical Islam, Liberal Islam” in section 2 above) that “those motivated by aversion for
liberalism will continue to seek the downfall of the West as long as its culture continues
to influence the world, the Muslim World in particular”.
62
GUIA DE ESTUDOS PARA O CONCURSO DE ADMISSÃO À CARREIRA DE DIPLOMATA
NOÇÕES DE ECONOMIA
Programa:
63
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Bibliografia sugerida:
Prova de 2008
Questão 1
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65
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Questão 2
Recorde seus estudos sobre política monetária e macroeconomia para responder aos
itens a seguir.
a) Quais são os principais instrumentos que os bancos centrais utilizam para controlar a
oferta de moeda? Explique, de modo sumário, como cada um deles atua sobre a oferta de
moeda.
66
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Questão 3
São apresentados abaixo alguns dos dados relativos às Contas Nacionais e ao Balanço
de Pagamentos do país Novidade, onde não há governo, no ano 2015:
Calcule:
Fernanda Maria Rocha Soares/Luiz Gustavo Villas Boas Givisiez/Marina Moreira Costa
b) A Renda Nacional Bruta (RNB) equivale ao Produto Interno Bruto menos a Renda
Líquida Enviada ao Exterior (RNB= 1000-275), sendo, portanto, 725.
67
GUIA DE ESTUDOS PARA O CONCURSO DE ADMISSÃO À CARREIRA DE DIPLOMATA
d) A Renda Disponível Bruta (RND) equivale à soma da renda nacional bruta e das
Transferências Unilaterais recebidas, ou seja, RND=RNB+TUr. Substituindo os
valores: RND=725+284. Portanto, a renda nacional disponível é 1009.
g)
Questão 4
Considere que o mercado opera em concorrência perfeita para responder aos itens de
(a) a (d).
68
GUIA DE ESTUDOS PARA O CONCURSO DE ADMISSÃO À CARREIRA DE DIPLOMATA
Para responder aos itens de (e) a (h), considere que o mercado deixa de operar em
concorrência perfeita e passe a operar sujeito ao monopólio de uma empresa, e que a demanda
do mercado mantenha-se como anteriormente descrita. Note que a curva de oferta acima
indicada equivale, para o monopolista, ao seu custo marginal (CMg), em função de
quantidades produzidas, ou seja: CMg = 390 - 3Q. Considere, ainda, que, no novo equilíbrio,
em monopólio, sejam comercializadas 40 unidades.
Para responder aos itens (i) e (j), considere que o preço internacional do bem é R$ 180,00
e que a economia, pequena, se torne aberta, sendo permitido o livre comércio de bens com o
resto do mundo. Suponha que as condições da oferta doméstica no mercado se mantenham
como anteriormente apresentadas.
69
GUIA DE ESTUDOS PARA O CONCURSO DE ADMISSÃO À CARREIRA DE DIPLOMATA
g) Ao cobrar um preço maior que o de equilíbrio (270 > 210), o monopolista reduz o
excedente do consumidor, pois diversos consumidores saem do mercado, realizam menos
transações e, assim, têm acesso a menos bens. A quantidade por ele disponibilizada (40)
também é menor que a de equilíbrio (60), reduzindo a quantidade de bens disponíveis no
mercado.
h) O peso morto é a perda no bem estar total (excedente do produtor + excedente do
consumidor) decorrente da situação de monopólio. No caso em questão, é dado pela área
do triângulo no gráfico a seguir, calculada da seguinte forma: [(270-150) x (Q1 – Q2)]/2
= 1200 (note que o valor 150 é obtido substituindo-se Q2 = 40 em 30 + 3Q).
30 + 5Q
390-
270-
210-
150 –
390 – 3Q
30- 390 - 6q
40 = Q2 Q1 = 60
P
30 + 3Q
390-
importação 390 – 3Q
Qa 60 Qb Q
70
GUIA DE ESTUDOS PARA O CONCURSO DE ADMISSÃO À CARREIRA DE DIPLOMATA
Programa:
71
GUIA DE ESTUDOS PARA O CONCURSO DE ADMISSÃO À CARREIRA DE DIPLOMATA
Bibliografia sugerida:
I – Documentos:
II – Livros:
72
GUIA DE ESTUDOS PARA O CONCURSO DE ADMISSÃO À CARREIRA DE DIPLOMATA
MELLO, Celso Antônio Bandeira de. Curso de direito administrativo. 14 ed. São Paulo:
Malheiros, 2002.
MORAES, Alexandre de. Direito constitucional. 15 ed. São Paulo: Atlas, 2004.
QUOC DINH, Nguyen, Patrick Dailler e Alain Pellet. Direito internacional público. Lisboa:
Calouste Gulbenkian, 1999.
RANGEL, Vicente Marotta. Direito e relações internacionais. 7 ed. São Paulo: RT, 2002.
REALE, Miguel. Lições preliminares de direito. 27 ed. São Paulo: Saraiva, 2003.
REZEK, José Francisco. Direito internacional público: curso elementar. 10 ed. São Paulo:
Saraiva, 2005.
SEITENFUS, Ricardo. Manual das organizações internacionais. 3 ed. Porto Alegre:
Livraria do Advogado, 2003.
SILVA, José Affonso da. Curso de direito constitucional positivo. 23 ed. São Paulo:
Malheiros, 2004.
SOARES, Guido Fernando Silva. Curso de direito internacional público. v. 1. São Paulo:
Atlas, 2002.
THORSTENSEN, Vera. OMC: Organização Mundial do Comércio: as regras do comércio
internacional e a nova rodada de negociações multilaterais. 2 ed. São Paulo: Aduaneiras,
2001.
TRINDADE, Antônio Augusto Cançado. Direito das organizações internacionais. 3 ed.
Belo Horizonte: Del Rey, 2003.
TRINDADE, Antônio Augusto Cançado (org.). A Nova Dimensão do Direito Internacional
Público (Vol. I). Brasília, Instituto Rio Branco, 2003.
Prova de 2008
Questão 1
O direito constitucional não começa onde cessa o direito internacional. Também não é
válido o contrário, ou seja, o direito internacional não termina onde começa o direito
constitucional. Os cruzamentos e as ações recíprocas são por demais intensos para que se dê a
essa forma externa de complementaridade uma idéia exata.
73
GUIA DE ESTUDOS PARA O CONCURSO DE ADMISSÃO À CARREIRA DE DIPLOMATA
englobando ambos, de modo que não faria sentido pensar em uma distinção entre eles – os
mesmos princípios e técnicas seriam aplicáveis a um todo coerente.
Os dualistas, por outro lado, percebem o direito internacional e o direito
constitucional como duas ordens distintas, o que suscita a questão de como elas se
relacionam. Embora cada esfera seja independente a princípio, os “cruzamentos” a que se
refere Häberle existem nos casos concretos e necessitam de um princípio de interpretação.
Atualmente, há exemplos que consagram a prevalência do direito internacional – e que são
até mesmo previstos em algumas constituições – outros que mantêm a primazia da ordem
interna, e uma miríade de posições intermediárias. No Brasil, pratica-se o chamado
“dualismo moderado”: para terem validade no plano interno, os tratados devem ser
recepcionados, em processo que inclui a apreciação do Congresso Nacional; é apenas depois
da aprovação em ambas as Casas e subsequente decreto presidencial de promulgação que os
compromissos internacionais passam a ser obrigatórios no território nacional.
O processo adotado no Brasil mostra que um direito não começa simplesmente onde
termina o outro. Os desenvolvimentos recentes nos ramos do direito da integração e
cooperação penal ampliam e tornam mais complexa a área de intersecção. Desde a década
de 1950, a experiência européia vem impondo novos desafios e suscitando novos princípios.
A existência de instituições supranacionais, com normas de aplicação obrigatória, uniforme e
imediata sobre os cidadãos dos Estados-Membros, dilui alguns limites das soberanias
nacionais. As esferas de competência dos respectivos direitos constitucionais e do direito
comunitário não raro se confundem – não obstante o princípio da subsidiariedade,
orientação segundo a qual deve atuar a esfera que for mais eficiente para o caso em questão
– formando um arcabouço inovador.
A cooperação penal internacional e a proliferação de crimes internacionais, por sua
vez, requer significativa cooperação dos Estados. As experiências da ex-Iugoslávia e de
Ruanda mostram que, em caso de falência das instituições nacionais em julgar graves crimes
de guerra civil, a comunidade internacional deve chamar para si a responsabilidade – por
meio do Conselho de Segurança. A recente criação do Tribunal Penal Internacional pelo
Estatuto de Roma, ao qual o Brasil aderiu, é um grande avanço nesse sentido.
Cabe lembrar que muitas das violações previstas pelo TPI são consideradas contra
normas de jus congens, ou seja, normas imperativas de direito internacional que prevalecem
sobre todas as demais, inclusive as constitucionais. Esse reconhecimento é cada vez mais
importante para que a dignidade humana e a paz, finalidades últimas do direito, sejam
resguardadas independentemente de disposições particularistas a seu respeito.
Peter Häberle demonstrou, portanto, não apenas conhecimento conceitual sobre a
interação entre direito interno e internacional, mas também uma visão atual frente aos
desafios práticos.
Questão 2
O Rei de Argos, Danao, tinha cinqüenta filhas. Ao serem forçadas ao matrimônio, elas
seguiram o plano ardiloso de um assassinato coletivo dos maridos. Morreram quase todos,
menos Linceu, poupado pela arrependida Hipernestra. Condenadas pela engenhosa justiça dos
deuses, as danaides tinham de encher o tonel sem fundo para toda a eternidade. Viraram
símbolo de trabalho sem fim e do desejo insaciável. As irmãs transmutaram-se em expressão
latina: danaidum dolium — o tonel das danaides.
KARNAL, Leandro. Introdução: um certo tonel. In: KARNAL, Leandro e FREITAS NETO, José Alves de (Org.). A escrita da
memória: interpretações e análises documentais. São Paulo: Instituto Cultural Banco Santos, 2004, p. 13.
74
GUIA DE ESTUDOS PARA O CONCURSO DE ADMISSÃO À CARREIRA DE DIPLOMATA
“Defender a existência do direito das gentes parece ser o permanente danaidum dolium
dos internacionalistas: por mais que se aprofunde o tema, ele nunca se esgota”.
75
GUIA DE ESTUDOS PARA O CONCURSO DE ADMISSÃO À CARREIRA DE DIPLOMATA
contudo, é permanente. Nesse sentido, talvez o mais significativo embate contemporâneo seja
a defesa do Jus Cogens. Definido formalmente na Convenção de Viena sobre o Direito dos
Tratados como sendo aquelas normas gerais e universais, cogentes, reconhecidas pelo
conjunto dos Estados, inderrogáveis a não ser por disposição de igual teor, o Jus Cogens
seria, portanto, imperativo. Em face de uma norma de tal natureza, nem mesmo a invocação
do pacta sunt servanda, pálio essencial do atual Direito das Gentes, seria possível. Não
existe, contudo, consenso na comunidade internacional acerca do exato conteúdo substantivo
do Jus Cogens e nem mesmo acerca da sua existência plena no mundo jurídico. Encha-se o
tonel.
Questão 3
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GUIA DE ESTUDOS PARA O CONCURSO DE ADMISSÃO À CARREIRA DE DIPLOMATA
Questão 4
77
GUIA DE ESTUDOS PARA O CONCURSO DE ADMISSÃO À CARREIRA DE DIPLOMATA
78
GUIA DE ESTUDOS PARA O CONCURSO DE ADMISSÃO À CARREIRA DE DIPLOMATA
QUARTA FASE
ESPANHOL
A prova de Espanhol constará de leitura e compreensão de textos em língua espanhola,
na modalidade culta contemporânea. A avaliação das respostas, que deverão ser em língua
espanhola, se pautará pelos seguintes critérios: a) correção gramatical; b) compreensão
textual; c) organização e desenvolvimento de ideias; d) qualidade da linguagem.
FRANCÊS
A prova de Francês constará de leitura e compreensão de textos em língua francesa, na
modalidade culta contemporânea. A avaliação das respostas, que deverão ser em língua
francesa, se pautará pelos seguintes critérios: a) correção gramatical; b) compreensão textual;
c) organização e desenvolvimento de ideias; d) qualidade da linguagem.
79