As Cinco Lições Da Psicanálise de S
As Cinco Lições Da Psicanálise de S
As Cinco Lições Da Psicanálise de S
Freud
O texto Cinco lies da Psicanlise apresenta uma srie de descries de casos
psicanalticos conduidos por um no!o processo terap"utico# apresentados em
con$er"ncia pelo mdico Si%mund Freud. &m suas !inte p%inas transcritas# Freud
di!ide suas experi"ncias com a psicanlise em cinco partes.
A primeira li'o apresenta um caso do (r. )reuer# anti%o pro$essor de Freud. &ste
so*re Ana# uma +o!em de ,- anos# descrita como tendo alta capacidade intelectual e
outros ad+eti!os positi!os# mas .ue mani$esta uma doena com uma srie de
pertur*aes $sicas e ps.uicas/ paralisias nas extremidades do lado direito do corpo#
pertur*aes oculares# a!ers'o aos alimentos e a %ua e estados de a*sence
0aus"ncia1. O .ue c2ama aten'o .ue os 3r%'os internos nada re!elam de anormal#
c2e%ando4se ao dia%n3stico de 2isteria.
A paciente# em um dos seus estados de a*sence# diia pala!ras .ue parecia sur%ir do seu
pensamento. &m estado 2ipn3tico# essas pala!ras eram usadas para .ue a +o!em
associasse idias# desco*rindo4se assim li%a'o com os seus sintomas. Perce*eu4se#
ent'o# .ue .uando o sintoma era exterioriado ener%icamente ele era curado# ou se+a# a
partir do momento em .ue os traumas patol3%icos eram traidos 5 consci"ncia eles
poderiam ser superados.
6essas experi"ncias pontos importantes s'o perce*idos para o sucesso do tratamento.
7ressaltado .ue as recordaes pato%"nicas de!em ser produidas em ordem
cronol3%ica e precisamente in!ersa# pois %eralmente o primeiro trauma o mais ati!o.
Alm disso# exposto .ue o paciente tem .ue acreditar no tratamento# nada acontecer
se esti!er descrente da 2ipnose.
6a se%unda li'o# Freud *usca tratar a 2isteria com a sua *ase terap"utica. Porm
con$essa .ue a tcnica de 2ipnose n'o era a solu'o# + .ue nem todos os seus pacientes
eram pass!eis de 2ipnose e esta n'o se $aia mais necessria para compreendes a $ora
da resist"ncia# .ue poderia ser dri*lada atra!s de con!ersas e lem*ranas. (esta $orma#
no estado normal de consci"ncia era poss!el incenti!ar os pacientes a $alar tudo o .ue
lem*ra!am# para posteriormente li%ar as cenas pato%"nicas e aos sintomas.
Com a certea de .ue as recordaes n'o se perdiam# podia a$irmar .ue existiria uma
$ora resist"ncia .ue tenta!a prote%er o estado m3r*ido. Assim# de!eria suprir essa
resist"ncia para .ue os sintomas pudessem ser superados. O processo de retirar da
consci"ncia os acidentes pato%"nicos correspondentes# se c2amaria repress'o.
&ssa idia de repress'o ilustrada por Freud da se%uinte $orma/ existe uma sala onde o
silencio pertur*ado por uma pessoa incon!eniente e *arul2enta. Com di$iculdade# o
indi!iduo posto para $ora da sala 0est sendo reprimido1. &ste a%ora se pe a $aer
*arul2o e cadeiras s'o postas em $rente 5 porta. Assim consumada a repress'o# a%ora#
resist"ncia.
6este exemplo# a sala seria o consciente# en.uanto# o lado de $ora# o inconsciente.
6aterceira li'o !ai discorrer um pouco mais so*re as duas $oras anta%8nicas .ue
atuam so*re o su+eito# de um lado o es$oro do paciente de traer 5 tona as lem*ranas
es.uecidas e de outra a resist"ncia .ue impede a passa%em para o consciente o elemento
reprimido.
Se%uindo# Freud# discorda do senso comum# .ue trata as tcnicas de interpreta'o de
son2os como sendo supr$lua e ridiculariada# + .ue os son2os se apresentam# muitas
!ees# de $orma con$usa e sem nexo.
Freud comea explicando .ue nem todos os son2os s'o de di$cil compreens'o. Os
son2os das crianas# por exemplo# expressam# de $orma %eral# seus dese+os e
acontecimentos ocorridos na !spera do son2o. 6os adultos# essa caracterstica tam*m
est presente# entretanto o son2o se apresenta de maneira distorcida de!ido a um
processo semel2ante 5 dor dos 2istricos.
(e!emos entender .ue o processo ps.uico correspondente teria uma express'o !er*al
muito di!ersa. O ato de !er*aliar o son2o demanda uma !asta escol2a de pala!ras e
aca*a sendo di$erente dos pensamentos latentes do son2o 0.ue parte constituinte do
inconsciente1. Atra!s do inconsciente poss!el $aer um lin9 com a 2isteria# uma !e
.ue am*os possuem o mesmo mecanismo e %"nese. :uem son2a recon2ece t'o mal o
sentido dos seus son2os .uanto um 2istrico associa os si%ni$icados dos seus sintomas.
At mesmo o processo .ue trans$orma o trauma em sintoma e o dese+o em son2o se
parece.
6esta li'o Freud utilia um importante conceito# ela*ora'o onrica .ue entendido
da se%uinte $orma/ um processo cu+os pensamentos doinconsciente do son2o se
dis$aram no conte;do mani$esto. &is um processo super curioso .ue en!ol!e tanto o
inconsciente .uanto o consciente# ou se+a# ocorre em dois processos ps.uicos
di$erentes. Por $im# os pesadelos n'o se contrapem ao .ue $oi dito at a%ora# mas ele
pode ser interpretado com a mani$esta'o da ansiedade para realiar o dese+o
reprimido.
Outro t3pico le!antado so*re os lapsos de mem3ria# pe.uenos en%anos .ue passam
desperce*idos# mas .ue na !erdade uma mani$esta'o do inconsciente/ os atos $al2os.
&les testemun2am a repress'o e a su*stitui'o inclusi!e em pessoas s's. Pode4se
concluir a%ora# tendo em !ista tantos mtodos# .ue a psicanlise cumpre com o seu
papel de retirar os sintomas patol3%icos passando para a consci"ncia tal material
ps.uico.
6a .uarta li'o# Freud pe o elemento sexual 0a li*ido1 com import<ncia nos sintomas
patol3%icos 0$orma'o de su*stitutos1. C2ama a aten'o para o $ato de .ue existe
sexualidade nas crianas. =am*m ressalta .ue a .uest'o sexual independe da
procria'o# como o caso do auto4erotismo .ue apenas pela *usca de sensaes de
praer. A criana toma particularmente um de seus %enitores como o*+eto de seus
dese+os er3ticos# exemplos disso s'o a suc'o e a !ontade de c2upar o dedo# pois estes
mesmo incitam a criana com sua ternura com ntido carter sexual# mas sem
demonstrar claramente as suas $inalidades# porm esses sentimentos nem sempre s'o
positi!os# podem tam*m possuir carter ne%ati!o# de 2ostilidade. 7 dessa teoria .ue
nasce o Complexo de 7dipo. 7 natural .ue a criana$aa dos pais a primeira escol2e
amorosa 0a menina se a$eioa com o pai# e o menino com a m'e1# porm ao lon%o de sua
!ida esse dese+o pelos pais a*andonado e passado para uma pessoa estran2a# e!itando
estran2amento e ameaas sociais. A tend"ncia 5 neurose ad!m de uma pertur*a'o do
desen!ol!imento sexual.
&n$im# na ultima li'o# Freud discorre so*re a re%ress'o para as primeiras $ases da !ida
sexual# podendo assim c2e%ar 5s poss!eis causas de uma neurose. Freud $oca
principalmente no tema da trans$er"ncia. &ste sur%e ao se tratar de um paciente
neur3tico# na .ual ele trans$ere de $ato sentimentos# tanto a$etuosos .uanto 2ostis# para o
terapeuta de acordo com as $antasias do seu inconsciente# s'o trec2os da !ida
sentimental do paciente# di$cil de serem superados. Para ele esse $en8meno n'o criado
pela psicanlise# mas sim um processo natural e espont<neo .ue ocorre inclusi!e nas
relaes 2umanas. >ma di$iculdade da psicanlise o $ato do doente .ue apresenta
$eridas na !ida ps.uica teme toc4las para n'o aumentar seu so$rimento. 6o .ue cai 5
compara'o do tratamento analtico com o tra*al2o de um cirur%i'o. >m dese+o
inconsciente tem muito mais $ora do .ue .uando consciente. O tratamento psicanaltico
coloca4se como mel2or su*stituto da repress'o $racassada# $aendo com .ue impulsos
inconscientes ten2am uma utilia'o con!eniente# a .ual de!ia ter encontrado
anteriormente.