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Exercicios de Lamaseria

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1

EXERCCIOS

DE

LAMASERIA





















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PRLOGO



Neste parque da Cidade do Mxico, D.F. ante minha vista tenho nestes
momentos formosas rvores, belos prados, algumas crianas que brincam sob
os ardentes raios do sol. H alguns bancos onde as pessoas se sentam para
contemplar as belezas da natureza.
No instante em que dito estes prlogos, vm-me memria muitas
cenas, muitos dramas, passagens extraordinrias dos antigos tempos, colgios
iniciticos, eremitas solitrias, onde os anacoretas meditavam em silncio,
arroios cantantes que se precipitavam entre os leitos da rocha, sibilas
maravilhosas da Europa druida, ermites do velho Egito dos faras nos
primeiros tempos, etc.
No h dvida, meus caros irmos, que nos mistrios de Elusis, assim
como nos de Tria, Roma, Cartago, Egito, etc., o psquico e o fsico
marchavam de forma paralela, harmnica, perfeita.
Recordem, por um instante, por exemplo, os mistrios pitagricos:
ento no era admitido aquele que no soubesse matemtica. Recordem os
dervixes danantes, as runas magnficas, as belas danas da Antiga ndia, os
movimentos rtmicos perfeitos dos iniciados egpcios e vejam, meus caros
irmos, esse paralelismo extraordinrio que sempre existiu entre o espiritual,
o anmico e o fsico.
Temos, sem dvida, um corpo de carne e osso. Tal corpo possui uma
eurritmia maravilhosa e no crebro se encontram muitos poderes latentes que
devem ser despertados. indispensvel aprenderem a manejar nosso corpo,
saberem tirar dele, extrair dele suas mais doces melodias. importante faz-lo
vibrar como uma sinfonia entre a harpa milagrosa do universo infinito.
absurdo, meus caros irmos, permitir que Jeropas (o Tempo)
danifique este precioso veculo, que nos foi dado para nossa prpria realizao
ntima. Em verdade, irmos lhes digo que ns, os gnsticos, temos mtodos
precisos para rejuvenescer o organismo e para curar todas as enfermidades.
inquestionvel que ns podemos aprender a nos autocurar. Cada um de ns
pode converter-se em seu prprio mdico, aprendendo a curar-se a si mesmo e
sem a necessidade de remdio. Eis a o mais caro ideal.
Faz-se urgente conservarmos este corpo em perfeita sade durante
muitos anos, a fim de dispormos deste precioso veculo para nossa auto-
realizao ntima.




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Aqui vo os exerccios necessrios para conservar a sade e prolongar
a vida. Aqui vocs tm, irmos, os mtodos preciosos mediante os quais, se
esto velhos, podero reconquistar a juventude e, se esto jovens, podero
prolongar tal juventude de forma indefinida.
Entendam, pois leiam com ateno e pratiquem. De nada serve
teorizar. H que se ir ao gro, aos fatos. Esta uma obra eminentemente
prtica e didtica ao mesmo tempo. O ensinamento se entrega de forma
dialtica, mas repito: no se contentem unicamente com a informao livresca,
convertam a doutrina em fatos.
Entregam-se tambm, nesta obra, ensinamentos para o despertar da
conscincia. Chegou a hora, o momento de despertar. Por que temos de
continuar adormecidos? Os procedimentos que nesta obra estamos
entregando humanidade so eficientes e absolutamente prticos em cem por
cento.
Todos e cada um dos irmos, praticando a meditao da forma como a
temos ensinado, poder chegar algum dia ao Samadh.
Hoje, j com os exerccios prticos e de didtica precisa, qualquer
aspirante sincero pode provocar e si mesmo a grande mudana, a
transformao radical autntica.
Antes de tudo, o que se quer de verdade continuidade de propsitos.
No basta praticarmos hoje e amanh nos esquecermos. Faz-se necessrio
praticar e praticar intensamente durante toda a vida, at chegar a meta, ao
triunfo verdadeiro.

Que a paz esteja com a humanidade inteira.

Samael Aun Weor.

















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CAPTULO I

REFLEXIONEM, IRMOS


Quero dizer-lhes, em nome da verdade csmica, em nome disso que o
real, que h necessidade de morrer de instante a instante, de momento a
momento. S com a morte advm o novo. Algum por a, cujo nome no
menciono, algum autor, por certo muito famoso dizia que talvez no ano de
2007 viria a idade de Ouro para o mundo. Obviamente, isto me parece um
absurdo. De onde vamos tirar esta Idade de Ouro, com todos estes egos que
esto retornando incessantemente, com o eu ou eus? Parece-me que isso
impossvel, absurdo.
Realmente, no possvel uma idade de luz e de glria enquanto no
tenhamos morrido em ns mesmos. Como poderia haver paz sobre a face da
terra se cada um de ns leva, interiormente, os elementos que produzem
guerras? Como poderia haver amor, se dentro de cada um de ns existe o
dio? De onde tiraramos o altrusmo, quando no fundo de nossa conscincia
levamos desgraadamente, o egosmo? Como poderia resplandecer a
castidade, se no fundo de cada um h luxria?
Inquestionavelmente, meus caros irmos, seria impossvel criar uma
idade de luz nestas circunstncias. O ego no pode jamais criar uma idade de
luz. Assim, pois, toda profecia neste sentido parece-me totalmente falsa.
Obviamente, devemos morrer de momento a momento, s assim
advm a luz. Entretanto, que fazem as multides? Se o conglomerado social
est bem vivo, se os eus retornam incessantemente, se vm constantemente a
este vale do Samsara, ento, de onde tiraramos essa idade de ouro? Quem a
edificaria? O ego? Sat? O mim mesmo? O si mesmo? O eu pluralizado? Os
eus das multides? Reflexionem profundamente, irmos.


A PROFECIA SOBRE HERCLUBUS


Obviamente, estamos em vsperas de um grande cataclismo csmico,
isso ostensvel. Os cientistas j sabem que para a rbita de nosso planeta
Terra vem um mundo, que se chama o Planeta Vermelho. Aproxima-se e os
homens de cincia querem afast-lo com exploses nucleares. No obstante,
tudo ser intil, pois chegar um instante em que tero que se cumprir todas
as profecias.

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Maom j falou, claramente, falou do terremoto que nos est
reservado desde o principio dos sculos. Disse textualmente que ento as
montanhas sero esmagadas, que voaro pelos ares caindo em p. Isto nos
convida a refletir....
Tudo isto seria impossvel se no houvesse um terremoto, porm, por
que aconteceria esse terremoto? Sem dvida, tal evento aconteceria por uma
coliso de mundos e, precisamente, isso o que vai acontecer, meus queridos
irmos. O Apocalipse tambm nos fala de um grande terremoto, to grande,
diz, como jamais houve sobre a face da terra. Quero que reflexionem muito
profundamente sobre o momento em que estamos atualmente.
Realmente, vivemos uma poca difcil, estamos nos tempos do fim,
como diz o Apocalipse de So Joo, no principio do fim da era dos gentios. A
terra antiga, a Atlntida, pereceu pela gua; nossa terra presente ser
queimada pelo fogo. Sobre isto tambm falou claramente Pedro, em sua 2
Epstola aos Romanos, e disse que a Terra e tudo que nela existe sero
queimados pelo fogo. E isso verdade, meus caros irmos, os elementos
ardendo sero desfeitos.
Reflexionem sobre isto, aprofundem. Certamente, isto que estou
falando tem um vislumbre de tragdia, verdade, porm que no quero
perder nem sequer um instante para cham-los a ateno, necessrio que
vivam em estado de alerta, sim, sobretudo, nestes tempos difceis.
No mundo das causas naturais, pude vivenciar esse futuro que
aguarda a nosso planeta Terra. O que vi realmente foi espantoso. As doze
constelaes do zodaco apareciam de forma simblica, pictrica, alegrica,
como doze gigantes terrveis, ameaadores, grandiosos e deles saam raios e
troves. Parecia como se nesses instantes fosse o fim, a catstrofe final.
Tambm me dei conta, meus caros irmos, de que pessoas de outros mundos
no ignoram o que vai acontecer e se preparam. Podem estar seguros de que,
no dia e na hora, naves de outros mundos, de outros planetas tomaro,
digamos, fotografias usando desta vez nossos termos terrestres de fotografar
ou imprimir imagens em alguma placa ou algo parecido com o propsito de
guardar essa recordao em seus arquivos.
O planeta Terra um mundo no qual a humanidade foi sentenciada
por suas maldades, uma humanidade terrivelmente perversa.
Em outra ocasio, eu conversava com minha Divina Me-Kundalini e
Ela me dizia:
Tudo j est perdido, o mal do mundo to grande que j chegou at
o cu. Babilnia a Grande, a me de todas as fornicaes e abominaes da
Terra, ser destruda e de toda essa perversa gerao de vboras no ficar
pedra sobre pedra.



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Assombrado, disse:
Oh! Minha Me encontramo-nos ante um beco sem sada?
Respondeu a Adorvel:
Queres fazer um negcio comigo?
Claro que sim.
Ento, tua abres o beco sem sada continuou dizendo e eu os
mato.
Abrir tal beco, meus queridos irmos, isso o que estamos fazendo,
estamos nestes instantes formando o Exrcito de Salvao Mundial, sim.
Ditosos os que saibam aproveitar esse beco, porque quero que saibam de
forma concreta, clara e definitiva, que tudo isto que atualmente existe,
desaparecer. Quando aquele planeta, que esta viajando rumo ao nosso
mundo, rumo ao planeta Terra, for se aproximando, obviamente queimar
com suas radiaes tudo aquilo que tenha vida. Com sua aproximao, o fogo
lquido do interior da terra ser atrado magneticamente e, ento, brotaro,
por toda a parte, vulces em erupo e haver terremotos espantosos nunca
antes vistos nem sentidos, lava de cinzas por todas as partes.
Dizem as Sagradas Escrituras que por aqueles dias, o Sol se escurecer
e no dar sua luz. bvio, meus queridos irmos, aquele astro viajante, aquele
que vem a se chocar com nosso mundo terrestre, se interpor entre o
resplandecente Sol que nos ilumina e este nosso aflito mundo. Ento, haver
trevas muito espessas, movimentos telricos terrveis e gritos de dor. Subir
espantosamente a temperatura, as pessoas fugiro por todas as partes, e no
haver remdio, no encontrar a humanidade escapatria em nenhuma
parte.
Por ltimo, o depsito de hidrognio de nosso planeta Terra se
incendiar e tudo arder em um grande holocausto, em meio ao espao
infinito. Assim, pois, irmos, quando aquele mundo que vem a se chocar com o
nosso se aproximar, a morte com sua gadanha ceifar milhes e milhes de
vidas. Quando acontecer o choque meramente fsico, j no haver ningum
vivo. Quem poderia resistir? Assim termina meus caros irmos, uma
civilizao perversa, assim sucumbir esta civilizao de malvados.
O que estou dizendo agora poder lhes parecer algo extico e estranho,
o mesmo parecia aos atlantes naqueles dias antes do Dilvio Universal, antes
que as guas tragassem aquela humanidade. Muitos riam raros foram aqueles
que escutaram o Man Vaivaswata, que foi o autntico No Bblico e que tirou
seu povo seleto, seu Exrcito de Salvao Mundial da zona de perigo e o levou
at a Meseta Central da sia, passando por toda a parte em que achou terra
seca.
Ento, os perversos, os magos negros, os senhores da face tenebrosa,
desesperados, morreram. Hoje, irmos, estamos falando como falvamos na
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Atlntida, hoje, estou profetizando como profetizei tambm no continente
submerso.

Hoje, estou advertindo como adverti naquela poca. Somente h uma
diferena: naquele tempo, a terra da Atlntida, com tudo quanto nela havia,
pereceu pela gua e, agora, nossa terra atual sucumbir pelo fogo. Assim, pois,
meus caros irmos, depois do grande cataclismo s haver fogo e vapor de
gua, um grande caos.
Esta terra ficar desabitada. Os seletos sero tirados da zona de perigo
e levados a outros mundos. Quando a terra estiver em condies de ter
novamente semente humana em sua face, aqueles que tenham sido levados e
que em outro mundo do espao infinito se tenham cruzado com outras raas,
sero trazidos de novo para povoar sua face transformada, esta terra do
amanh, a Nova Jerusalm da qual se fala o Apocalipse de So Joo.
Recordem vocs que haver cus novos e terra nova, nisso esto de
acordo todos os profetas e , precisamente, sobre essa terra onde vo
ressuscitar as gloriosas civilizaes esotricas do passado. A Sexta Grande
Raa Raiz do futuro ser uma mistura de nossa semente humana terrestre
com o melhor da semente de outros mundos.
Quero que compreendam, pois, que a ressurreio das civilizaes
passadas ser um fato concreto. Na primeira sub-raa da Sexta Grande Raa
Raiz ressuscitar aquela cultura, aquela civilizao esotrica que floresceu
originria da submerso da Atlntida, na meseta central da sia, na primeira
idade de nossa Quinta raa.
A segunda sub-raa da futura Sexta-Raa Raiz ser tambm
grandiosa, porque ento veremos a ressurreio dessas poderosas culturas que
floresceram ao sul da sia, a cultura pr-vdica, a da sabedoria dos Rishis, a
das grandes procisses com elefantes sagrados, dos antigos tempos
hindustnicos etc.
A terceira sub-raa da futura Sexta Raa Raiz, l nessa terra
transformada do amanh, ressuscitar; ressurgir a poderosa civilizao do
Egito. Ento, haver um novo Nilo, novas pirmides e esfinges e milhes de
almas egpcias regressaro, reencarnaro para fazer resplandecer a sabedoria
Neptuniano-Amentina sobre a face da terra, com todo o seu esplendor e
brilhantismo.
Na quarta sub-raa da futura Sexta Raa-Raiz, na terra nova do
futuro, voltar a ressurgir, ento, com todo seu poder, a cultura greco-
romana, com os mistrios de Elusis, com os mistrios sagrado da antiga
Roma, etc. E haver uma quanta sub-raa, na qual se repetiro os estados da
civilizao anglo-saxnica, teutnica, etc., porm em uma forma muito mais
elevada, mais espiritual.
Entretanto, no se poder evitar que naquela poca existam alguns
fracassos e os haver, isso claro. Com a sexta sub-raa resplandecer uma
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cultura muito anloga a esta raa que povoa nosso continente ibero-
americano, porm, repito: em uma oitava de ordem superior.

Por ltima, na stima sub-raa da futura Sexta Raa-Raiz, em uma
terra transformada do futuro, com novos cus e novos mares, florescer outra
muito semelhante, digamos, que h atualmente nos Estados Unidos, porm
imensamente mais espiritual; entretanto, no se podero evitar novos e novos
fracassos.
Finalmente, vir, meus caros irmos, outra grande catstrofe, que ser
naquela poca causada pela gua, e, ao final dos tempos, ressurgir um ltimo
continente, um pstumo continente, onde florescer a Stima Raa Raiz.
Hoje, s me limito a recordar que nos preparamos para um grande
cataclismo, para aqueles que queiram engrossar as filas do Exrcito da
Salvao Mundial venham conosco. Aqueles que nos sigam sero tirados da
zona de perigo no momento preciso, adequado, indicado pela Grande lei.
Aqueles que no nos sigam, esses que no aceitam os ensinamentos
esses que rechacem o Gnosticismo, o esoterismo, a sabedoria antiga,
inquestionavelmente, perecero. Haver, pois, um acontecimento
extraordinrio, algo muito similar ao que, j lhes disse, aconteceu nos antigos
tempos, quando foi destrudo o continente atlante.
A poderosa civilizao do futuro, a Idade de Ouro, a Idade de Luz e do
Esplendor, somente surgir depois da grande calamidade que se avizinha.
Agora, no possvel, simplesmente porque o ego no pode criar culturas
divinais. O ego no capaz de permitir a ressurreio das antigas civilizaes
de tipo esotrico-espiritual.
Por essa razo, os que profetizam dizendo que no ano 2000 ou 2007 se
iniciar a idade do esplendor e da luz, esto completamente equivocados.
Creiam-me vocs, em nome da verdade, que tal idade somente poder ser
edificada pelo Ser, pelo divinal, pelo mais decente que temos no mais profundo
de nossa conscincia, jamais pelo mim mesmo, pelo si mesmo, pelo eu.
Quero dizer a nossos irmos gnsticos que se preparem, quero-lhes
aconselhar que dissolvam o ego. Devem morrer em si mesmos, eliminar o mim
mesmo.
Somente o Ser pode originar poderosas civilizaes de luz. Somente
aqueles que tenham morrido em si mesmos podero sair vitoriosos na hora
derradeira. Somente esses no entraro no abismo, somente esses podero
viver na Idade de Ouro sem necessidade de passar pela morte segunda.
Em minha obra intitulada O Mistrio do ureo Florescer, ensino a
vocs o uso da lana. necessrio saber manejar a lana de Longinus, a arma
de Eros, para destruir todos esses agregados psquicos que constituem o ego, o
mim mesmo, o si mesmo. Indubitavelmente, na forja dos ciclopes podemos
realizar maravilhas, ali onde podemos criar o Soma Puchicn, isto , o traje
de bodas da alma.
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tambm ali onde podemos manejar essa arma maravilhosa, essa
arma de Eros com a qual dado destruir os agregados psquicos que
constituem o si mesmo. Quando tivermos eliminado radicalmente o ego,
somente ficar em nosso interior o Ser, o Divinal, isso que perfeito.

Creiam-me vocs, meus caros irmos, que o ego nos faz feios no
sentido mais completo da palavra. Aqueles que levem interiormente o ego, sem
dvida, irradiam ondas da esquerda, sinistras, tenebrosas, abominveis.
Quando algum morre em si mesmo, fica somente, no seu interior, no interior
profundo, a beleza e dessa beleza emana isso que se chama amor.
Como poderamos ns, hoje, sinceramente, irradiar o amor se,
interiormente, carregamos o ego? necessrio que o ego seja destrudo, para
que em ns fique unicamente o amor. Hermes Trimegisto disse: Dou-te amor,
no qual est contido todo o summum da sabedoria.
Amar fundamental. O amor nos faz realmente sbios em todos os
aspectos da existncia, pois , em verdade, o summumda sabedoria.
A autntica sabedoria no da mente, e sim do ser. um
funcionalismo da conscincia, sntese gloriosa disso que se chama amor,
porque o amor o summumde toda cincia, de todo conhecimento real e
verdadeiro.
A mente meus caros irmos, no conhece a verdade, est engarrafada
no ego, nada sabe sobre o real.
Destruamos o ego, libertamo-nos da mente, para que fique em ns o
verdadeiro, o que o Ser, o real.
Em O Mistrio do ureo Florescer, ensino a manejar essa arma
extraordinria que a lana e que agora repetimos com o nimo sincero de
que vocs aprenderam a manej-la de forma precisa e possam destruir cada
um dos agregados psquicos que constituem o eu pluralizado, o ego, o mim
mesmo, o si mesmo.
, precisamente, na forja de ciclopes onde devemos invocar a Devi
Kundalini, a nossa Divina Me Csmica particular, para que com a lana nos
elimine tal e qual defeito psicolgico, isto , tal ou qual agregado psquico, tal
ou qual erro, tal ou qual eu. Obviamente, Ela com sua arma poder faz-lo e,
assim, iremos morrendo de instante a instante, de momento a momento.
No basta compreender um defeito, necessrio elimina-lo. A
compreenso no tudo, necessita-se de eliminao. Ns podemos rotular um
defeito com distinto nome, passa-lo de um departamento a outro da mente,
etc., porm jamais altera-lo fundamentalmente. Necessitamos de um poder
superior mente, capaz de eliminar tal ou qual erro. Afortunadamente, acha-
se tal poder em estado latente dentro de cada um de ns. Obviamente, estou
falando de Devi Kundalini, a serpente gnea de nossos mgicos poderes.
Somente implorando a Ela podemos conseguir que nos elimine o defeito que
temos compreendido integralmente.
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Morrendo assim, de momento a momento, como j o temos indicado,
chegar o instante delicioso em que dentro de cada de um de ns somente
morar o divinal, o perfeito, o Ser, isso que real.




Aqueles que realmente queiram vir fazer parte da futura civilizao,
aqueles que no queiram agora descer na involuo submersa entre as
entranhas da terra, devem dissolver o ego. Estamos, pois, ante um dilema: ou
dissolvemos o ego por nossa prpria conta, por nossa prpria vontade, ou
dissolvem por ns.
Se no resolvemos dissolv-los, se no o desintegramos, ento, a
natureza se encarregar de faz-lo nos mundos infernais, nas infradimenses
do Cosmos, dentro das entranhas vivas deste planeta em que vivemos. Porm,
em que condies? Atravs de infinitas amarguras, de interminveis
sofrimentos e espantosos padecimentos, impossveis de descrever com
palavras.
Reflexionem, convido-os a reflexionar muito detidamente sobre este
aspecto e a morrer em si mesmo. Compreendam minhas palavras que, para
muitos, podem ser a ltima oportunidade.























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CAPTULO II

PALADINOS GNSTICOS



Durante 18 anos de contnua jornada aqui no Mxico, no trabalho
permanente de difuso do ensinamento gnsticos tenho lutado muitssimo
para formar o Movimento Gnstico.
Depois de to duro trabalho, consegui preparar um grupo de
paladinos que esto dispostos a fazer um gigantesco Movimento, que se
estenda de fronteira a fronteira e de mar a mar, isto , desde a fronteira da
Guatemala at a dos Estados Unidos e desde o Atlntico at o Pacfico.
Tudo isto tem sido questo de intenso trabalho, de incansvel luta, j
temos vrios grupos organizados e assentadas as bases para o gigantesco labor
que nos aguarda, j que o Movimento Gnstico no Mxico ser, dentro de
pouco tempo, poderoso e organizado conforme a lei.
Temos muitssimas pessoas em primeira cmara. Muitos aspirantes
assistem aos distintos grupos de primeira cmara. Na segunda cmara h
menos aspirantes, e isto porque necessitam de uma melhor preparao.
Nesta etapa do ensinamento eu sou mais cuidadoso para fazer passar um
estudante a segunda cmara. Tenho que estar seguro de que os aspirantes
estejam completamente definidos. claro que nesta segunda cmara j
entram em jogo aspectos esotricos de muita responsabilidade e claro est que
necessrio haver muita venerao, respeito e responsabilidade no estudante.
O estudante deve entrar na segunda cmara, devidamente preparado,
para apreciar o seu valor esotrico. Minha pessoa no poderia autorizar a
entrada de indivduos que no se definiram completamente. Isso seria
absurdo, por tal razo, demoro muito para passar algum segunda cmara.
s vezes, no o permito, seno depois de um ou dois anos. H indivduos que
demoro at trs anos para passar segunda cmara porque no alcanam de
que se necessita.
Agora, para a terceira cmara so muito poucos, porque devem estar
muito bem definidos. A terceira cmara funciona aqui, no Mxico em um
lugar muito especial. Quero dizer de forma enftica que a terceira cmara tem
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um s objetivo: despertar a conscincia. A nos dedicamos em grupo a
trabalhar para o despertar da conscincia, como j disse, com mtodos
prticos efetivos.





Na terceira cmara temos indivduos que j trabalham no estado
J inas, que trabalham perfeitamente na quarta dimenso, que viajam com o
corpo fsico pela quarta coordenada, a quarta vertical. H pessoas que tem ido
ao Tibete com o corpo de carne e osso em estado J inas. Claro gente de
terceira cmara.
Aqui se trabalha intensamente na concentrao, meditao, Samadhi,
etc. Aqui, os irmos de terceira cmara, vo despertando rapidamente, porque
trabalham a todo o vapor, de forma prtica, para sair em corpo astral, em
J inas, em xtase e eu no fico contente at que no fiquem totalmente
despertos.
Aos de terceira cmara, aqui no Mxico, disse-lhes que chegar o
momento em que teremos de nos reunir unicamente em estado-de-jinas e que
os que no estejam preparados para concorrer com seu corpo em estado-de-
jinas vo ficar fora. H alguns lutando e outros esto muito contentes porque
conseguiram seu propsito. Isto o essencial, trabalhar intensamente nas
prticas.
Chegar o tempo em que tero que concorrer todos em estado-de-jinas
e os que no conseguirem, no sero admitidos na terceira cmara.
H que se ver a forma em que meu Real Ser me levantou, a fora. No
me deixava nem um minuto tranquilo. Mal acabava de me deitar, por
exemplo, quando a mesmo me tirava do corpo fsico em corpo astral. Meu
Real Ser interno lutou e lutou desesperadamente para me levantar do lodo da
terra. No me deixava nem um segundo quieto, at que chegou o dia em que
voltei ao real caminho.
Se algum ler a Divina Comdia, de Dante, ver, pois, que comea
descendo ao inferno e logo diz: ... quando me afastei do caminho reto e ca em
uma selva muito escura.... Dante o disse no? E eu digo o mesmo... Claro que
eu era um Boodhisattva cado, porm meu real Ser me trouxe ao caminho reto
e, ento, me levantou, agora estou de p outra vez.
Quando o Real Ser quer levantar algum, faz esforos supremos para
levant-lo, e o levanta. Agora, graas a Deus, j estamos lutando, trabalhando
sob ordens do Pai. A vamos pouco a pouco. O que interessa que as pessoas
recebam o ensinamento, que todos recebam a Mensagem e que saibam
aproveit-la. Isso o importante.


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CAPTULO III

HABITANTES DO SOL


As pessoas comuns e correntes crem que o Sol uma bola de fogo
incandescente e esse conceito est equivocado, falso, essa uma forma de
pensar completamente medieval. Na Idade Mdia se acreditava que esse astro
que nos ilumina era uma bola de fogo. um modo de pensar equivocado das
pessoas, porm que vamos fazer? Assim a humanidade.
Um cientista por ai, supe que o Sol uma nuvem de hlio em estado
incandescente, e se isso fosse assim os planetas do sistema solar sairiam de
suas rbitas, no haveriam gravitado jamais ao redor do mesmo. S o fato de
que as esferas celestes gravitem em torno desse centro luminoso nos est
indicando, com toda a claridade, que se trata de um Sol fsico.
Aquele cientista que afirma que o Sol uma nuvem de hlio e que no
pesa nada, baseado em clculos equivocados, sem dvida, um ignorante
ilustrado.
Eu pergunto: por que gravitam os planetas ao redor do Sol, sobre que
base, sobre qual o centro nuclear ou gravitacional pode se fundamentar o
sistema planetrio? O prprio fato de os mundos gravitarem ao redor desse
astro nos est indicando que tal mundo, tal estrela chamada Sol, pesa muito
mais que todos os planetas do sistema solar. Somente assim podemos explicar
que os mundos gravitam ao redor do Sol, ainda que isso no entenda os
homens da cincia.
Ns os ocultistas, temos instrumentos maravilhosos para a investigao
da vida nos mundos superiores. O corpo astral, o eidolon, nos permite
viajar de um planeta a outro. Eu, com esse veculo chamado eidolon, corpo
astral ou sideral, tenho-me transportado muitas vezes ao astro rei, portanto, o
conheo muito bem, sei realmente de que forma funciona, de que feito como
sua superfcie e o que h no Sol.
Posso dizer-lhes que o Sol muito gigantesco, enorme, milhes de
vezes maior que a Terra ou Jpiter. Tem rica vida mineral, vegetal, animal e
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humana, elevadssimas cordilheiras, plos norte e sul cobertos de gelo,
enormes e profundos mares, selvas extraordinrias, etc.
Ainda que parea incrvel, h lugares no Sol onde se poderia morrer
de frio, montanhas imensas cobertas de neve com climas sumamente frios.
Tambm existem climas temperados muito agradveis e climas clidos e os
litorais, por exemplo, muito quentes, pois esto ao p dos mares, isso bvio.



Portanto, no Sol, existem todos os climas. Os habitantes do Sol jamais
vivem em cidades, consideram absurdo o fato de se formarem cidades e
estamos de acordo com eles, porque a vida das cidades realmente danosa e
prejudicial em alto grau.
Nas cidades ns, os seres humanos, vivemos amontoados, como
celeiros, uns os outros em edifcios de vrios andares, em casas pegadas as
outras, entre a fumaa das fbricas e dos automveis, tropeando-nos
mutuamente, prejudicando-nos de forma voluntria, ou involuntariamente
etc. Por tal motivo, os habitantes do Sol jamais cometeriam o desatino de viver
em cidades. Eles no gostam das cidades e, ainda que vivam normalmente no
campo, tm pequenas vilas onde fazem investigaes do tipo cientfico.
Uma vez, em meu veculo sideral ou corpo astral, estive conversando
ali com um grupo de sbios solares. Eles me atenderam muito
harmoniosamente. O interessante do caso foi que, apesar de eu estar em meu
corpo astral ou sideral, eles puderam me ver e ouvir. No h dvida de que
estavam ali, nesses momentos, em corpo de carne e osso e me viam como se eu
tambm estivesse em corpo fsico, o que nos indica que possuem faculdades
extraordinrias, de clariaudincia, etc. Conversamos, sim, sentados ante uma
bela mesa, e, depois, se desculparam porque era o momento preciso, adequado
para passar para o observatrio. Vi-os ali olhando atravs de umas lentes e
fazendo enormes e complicados clculos matemticos.
Por esses dias, estavam muito preocupados com um distante sistema de
mundos situados a muitos milhes de anos-luz, demasiado afastado do mundo
solar onde eles vivem.
Estavam interessadssimos em investigar a fundo tal jogo de mundos,
porque por esses dias projetavam fazer uma expedio a esses mundos to
distantes. claro que, os habitantes do Sol possuem naves csmicas
maravilhosas que podem viajar atravs do espao, porm, eles estavam
traando devidamente a rota e fazendo os clculos, para poderem chegar com
preciso ao mencionado sistema de mundos o qual estavam, por esses dias,
interessadssimos em reconhecer exatamente.
Eu fiquei francamente assombrado. Esses telescpios que possuem so
extraordinrios. Falando esotericamente, e tais telescpios podem chamar de
tescohanos, um termo bastante extico, no verdade? Tescohanos.
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novidade para vocs saberem, por exemplo, que h habitantes no
Sol, no verdade? Pois saibam tambm que eles, com seus telescpios, podem
ver o planeta Terra e qualquer outro planeta do sistema solar. Podem, com
suas lentes, no somente ver nosso mundo, como tambm suas cidades e as
casas que temos na Terra. Podem ver as pessoas que vivem em cada casa que
eles queiram investigar e no somente as ver do ponto de vista meramente
fsico, mas tambm desde o aspecto esotrico ou oculto. Podem ver
perfeitamente a aura das pessoas, o estado psicolgico em que se encontra
qualquer pessoa, etc.

Eles, pois, no ignoram o desastroso estado em que se encontra nosso
planeta Terra e lamentam o estado em que nos encontramos. Desejam o
melhor para nosso mundo, porm, desgraadamente, temos de reconhecer que
a Terra est completamente fracassada. De modo eles desejam ou querem ter
relaes com pessoas que possuem o ego, o mim mesmo, o si mesmo, a legio.
Os habitantes solares s entram em contato com pessoas bem
mortas. Quando falo assim, de pessoas bem mortas, quero que saibam
entender-me, no estou falando de morte fsica, refiro-me de forma enftica
morte do ego.
Quando digo: pessoas bem mortas, estou dando a entender que, eles
somente desejam entrar em contato com pessoas que j desintegraram o ego;
que j morreram em si mesmas, no eu, no mim mesmo; em outros termos, que
no possuem ego, isto , que no tenham eus, que estejam livres dos eus.
Tm razo e nisso estou completamente de acordo com eles, porque
aqueles que possuem ego, que tm o eu, emitem um tipo de vibraes sinistras,
fatais, diablicas, perversas. Gente assim introduz a desordem onde quer que
v. Essa gente, que tem tal condio egica e diablica, no poderia viver
jamais em harmonia com o infinito. Por esse motivo que eles no querem ter
relaes, digamos, pessoais, com indivduos ou gente que no tenham morrido
em si mesmos, que no tenham dissolvido o ego, o eu.
Vm-me memria algumas paisagens belssimas do Sol... H ali um
mar to profundo, to gigantesco, de guas to claras e to belas que fiquei
assombrado. Muitas vezes, em meu corpo astral, tenho chegado a certa baa
em uma pequena embarcao, onde tenho repousado horas inteiras. claro
que em astral tambm se pode navegar em algumas embarcaes,
naturalmente feitas de matria astral e se pode tambm entrar em qualquer
embarcao, digamos, fsica...
Qualquer um que saiba viajar em corpo astral pode fazer o mesmo,
isso claro. O que se tem que fazer tornar-se consciente. Os adormecidos
no poderiam fazer essas coisas. Essa baa me tem parecido preciosa. Aquele
mar milhes de vezes maior que o planeta Terra. Poderia assegurar-lhes que
se depositssemos todos os sete mares da Terra naquele mar, seria como que
lanar nesse grande oceano um copo de gua. Que vocs pensem no que
significa o tamanho desse grande oceano. Qualquer um de nossos oceanos
16
existentes aqui em nosso planeta um pequeno charco, se comparado com esse
imenso mar do Sol ao qual estou me referindo. De quando em quando, via
surgirem certos monstros marinhos superfcie, que completavam o horizonte
e voltavam e submergiam entre as profundezas incalculveis do mar solar.
Tudo isso inconcebvel para os terrcolas.
As pessoas desta poca pensam que o Sol uma bola de fogo e no h
quem lhes possa tirar essa ideia cabea.



Olhando o Sol desde o ponto de vista astral, extraordinrio. Por
exemplo, existe um caminho secreto que conduz ao templo corao do Sol.
Claro, no se trata de um caminho fsico, e quero que todos vocs entendam
isso. Refiro-me a um caminho secreto, astral, esotrico que conduz, como j
disse, ao templo corao do Sol. um caminho que no pertence matria
densa. Quando algum se aproxima para v-lo na superfcie, a nica coisa que
percebe uma grande profundidade, um abismo tenebroso, porm, l no
fundo, no ignoto, se vem algumas labaredas.
Em meu veculo astral, pude descer por esse grande precipcio, chegar
at aquelas chamas. Ali, um grande Ser nos abenoa. o porteiro ou guardio
do templo, que nos abenoa com um ramo de oliveira. Logo, por um caminho
secreto, nos dirige at o templo corao do Sol.
No templo corao, encontramos os sete Choanes, sete grandes seres
que trabalham no sistema solar. Ali se sente o fluxo e refluxo da Grande Vida,
a sstole e a distole de todo o sistema em que vivemos, nos movemos e temos
nosso Ser. Pode-se dizer que ali est o corao do Sol, o corao do sistema
solar. O sistema solar observado de longe parece um homem caminhando
atravs do inaltervel espao infinito. E tem rgos funcionais. Poe exemplo,
Marte o fgado do sistema solar e o Sol propriamente dito o corao, porm
a esse corao tem que se buscar no prprio ncleo dessa massa central.
Por certo que o raio mais poderoso do Sol vibra na aurora e pertence
Kundalini. Devido a isso, torna-se interessante e, at muito aconselhvel,
praticar o Sahaja Maithuna na aurora, no amanhecer do dia.
Existem tambm, ali no Sol, distintos elementais da natureza, como os
h em todo o planeta. Ali flui e reflui a vida com incessante beleza.
Os cientistas supem que o Sol uma bola de fogo ou uma nuvem de
hlio, ou o que quer que seja. As pessoas comuns e correntes pensam no Sol
como em uma grande fogueira, da qual quanto mais prximo se esteja mais
exposto est a se queimar. No assim. Vocs subam a uma montanha de
5.000 metros de altura e vero que morrem de frio, e se vocs se elevassem em
um balo aerosttico estratosfera, ali morreriam de frio. Nos espaos
interplanetrios a temperatura chega a 120 graus centgrados abaixo de zero.
Ento no h tal coisa, de que o Sol seja uma bola de fogo. um
mundo sumamente rico de urnio, rdio, cobalto, etc., e como to imenso,
17
claro que a radiao de suas minas tambm muito forte, muito poderosa. A
soma total de tantas minas produz irradiaes tremendas. Todas as radiaes
das minas, toda a energia atmica que tem atravessa o espao interplanetrio
e, ao chegar atmosfera terrestre, a prpria atmosfera decompe tais
radiaes em luz, calor, cor e som.





precisamente camada superior da atmosfera terrestre a que se
encarrega de analisar e decompor os raios solares de luz, calor, cor e som,
porm, no espao interplanetrio, h intenso frio, como j disse, e chega at
120 graus centgrados abaixo de zero.
Assim, pois, no que o Sol seja uma bola de fogo, como crem as
pessoas comuns e correntes e como supem alguns cientistas, seno que rico
em minas e suas irradiaes so as que, ao se decomporem na atmosfera da
Terra, se convertem ou chegam como luz, calor, cor e som. As radiaes do Sol
no somente chegam ao planeta Terra, mas o fazem em todos os mundos do
sistema solar e em cada planeta acontece o mesmo.
Feita esta explicao, convm tirar de uma vez por todas essas ideias
falsas da mente e saber que o Sol no uma bola de fogo. Muitos astrnomos
se distraem estudando a aurola do sol, a coroa do Sol. Eles pensam que essa
coroa deve ser uma massa fsica, material, uma massa densa, mas no h tal
coisa. A coroa do sol uma espcie de aurora boreal formada pela prpria
eletricidade e magnetismo daquele astro. Isso tudo.
Os habitantes do Sol so pessoas de uma estatura ou um corpo mais ou
menos como o dos homens ou seres humanos da Terra. Os habitantes do Sol,
em tamanho, so como as pessoas da Terra, no obstante, seus corpos so
harmoniosos, perfeitos, belssimos. Homens e mulheres vivem em um estado
de harmonia insupervel.
Pergunta: Mestre, se a Terra no houvesse atmosfera, seria nosso
planeta um mundo escuro?
Resposta: Se no houvesse atmosfera de nenhuma espcie na Terra,
pois este poderia ser um mundo escuro. Neste caso, contestar-me-iam que a
Lua no h atmosfera e que, entretanto, h tempos em que h luz e tambm
em que h escurido, ou que tem, digamos, uma metade de luz e uma metade
de escurido, quer dizer, que o ms lunar se divide em poca de luz e poca de
escurido, de acordo com os perodos csmicos que j se conhecem a fundo e
que os astronautas tm utilizado para suas expedies. De todos os modos, j
foi aceito oficialmente que na Lua h atmosfera e que, ainda que rarefeita,
incipiente, pode perfeitamente decompor os raios solares em luz, calor, cor e
som.
18
Se no houvesse atmosfera em nosso planeta Terra, essa decomposio
no existiria, haveria trevas, porm, como a massa densa oporia uma
resistncia s irradiaes solares, com essa resistncia se produziria, ento, o
calor e at seria possvel que essa massa densa, ao se opor radiao,
resplandecesse, transformasse a radiao, no somente em calor, como
tambm em luz. Ento, de todas as maneiras, haveria luz, porm com um
calor insuportvel.





CAPTULO IV

HABITANTES DO SOL SRIO



Srio a capital, digamos, de toda esta galxia em que vivemos. Esta
galxia, a Via Lctea, o Macrocosmos, tem muitos milhes de sistemas solares
e todos os sis e planetas giram ao redor do Sol Central Srio. Srio milhes
de vezes maior do que o Sol que nos ilumina e tem um irmo gmeo que a
Lua, 5.000 vezes mais densa que o chumbo. Essa Lua gira ao redor de Srio de
forma incessante. Srio , pois, uma estrela dupla.
Resulta muito interessante saber que o prprio ncleo dessa grande
galxia esteja devidamente polarizado.
De Srio provm todas essas irradiaes que governam a todos os
supracus dos diversos mundos que compem a galxia e de seu irmo gmeo,
essa Lua to pesada, 5.000 vezes mais densa que o chumbo, provm todas
essas influncias negativas, tenebrosas, que caracterizam cada um dos
satlites-luas que giram ao redor de seus mundos, radiaes fatais, sinistras,
que governam os infra-infernos.
H uma terceira fora, que chamaramos de neutra, a qual permite
certo equilbrio entre os poderes positivos e negativos. Vejam vocs como a
galxia est devidamente equilibrada entre a luz e as trevas, entre o positivo e
o negativo.
Srio, em si mesmo, um mundo gigantesco que tem rica vida mineral,
vegetal, animal e humana. Seus habitantes so de muito pequena estatura, no
chegam a ter nem sequer um metro de altura. Eu creio que tm
aproximadamente meio metro. Delgados de corpo e com formosa presena,
so verdadeiros Adeptos da Irmandade Branca.
Em Srio no pode se reencarnar ningum que no tenha alcanado a
estatura de uma Kumara. Em Srio, aqueles homens so verdadeiros deuses.
19
Vivem humildemente nos campos e a ningum ocorre construir cidades. Isso
de construir cidades prprio de gente no inteligente. Os habitantes de Srio
jamais cometeriam semelhante erro.
Tm humildes casas, usam tnicas tecidas singelamente. Cada casa
tem sua horta, onde o siriano cultiva seus alimentos, e seus jardins, onde
cultivam suas flores. Todos vivem em harmonia, uns com os outros.






Em Srio, ningum pensaria em fazer guerras nem nada parecido, pois
tudo isso brbaro e selvagem. Os sirianos so pessoas muito cultas,
verdadeiros homens iluminados, no sentido mais transcendental da palavra.
A est Igreja Transcendida; as pessoas se assombram quando
penetram nesse templo de maravilhas. Aqui, oficiam os grandes iniciados da
galxia. Eu tenho assistido vrias vezes s cerimnias.
Constantemente, se faz passar ou se vive, em Srio, o Drama Csmico,
a vida, paixo e morte do Cristo. No templo corao daquele mundo
gigantesco, daquele Sol extraordinrio, encontramos o Deus Srio e, com ele,
todos os seus iniciados, seus discpulos. Realmente, Srio a capital da grande
galxia em que vivemos.





















20












CAPTULO V

SONHOS INTEIS


Bom, vou falar de algo que muito importante: quero referir-me
enfaticamente questo dos sonhos. Chegou a hora de ir ao fundo desta
questo: considero que o mais importante deixar de sonhar. Na realidade, os
sonhos no so mais que meras projees da mente e, portanto, ilusrios, no
servem.
precisamente o ego que projeta sonhos e obviamente esses sonhos
resultam inteis. Ns necessitamos transformar o subconsciente em
consciente. Necessitamos eliminar radicalmente, no s os sonhos, mas
tambm a possibilidade de sonhar e isso grave. inquestionvel que tal
possibilidade existe enquanto existam elementos subjetivos dentro de nossa
psique.
Necessitamos de uma mente que no projete, necessitamos esgotar o
processo do pensar. A mente projetista projeta sonhos e estes so vos e
ilusrios. Quando falo de mente projetista, no estou me referindo aos meros
projetos como os que fazem um engenheiro que traa e projeta os planos para
um edifcio, uma grande ponte ou uma estrada, no, quando falo de mente
projetista, quero referir-me a todo animal intelectual.
claro que o subconsciente sempre projeta, no somente casas,
edifcios ou coisas pelo estilo, no. Esclareo: projeta suas prprias
recordaes, seus prprios desejos, suas prprias emoes, paixes, ideias,
experincias, etc., etc., etc. A mente projetista, repito, projeta sonhos e claro
que enquanto o subconsciente exista, existiro as projees. Quando o
subconsciente termina, quando se transforma em consciente, as projees
terminam, j no podem existir, desaparecem.
Se quisermos chegar autntica iluminao, necessrio, digamos,
transformar o subconsciente em consciente. Indubitavelmente, tal
21
transformao somente possvel aniquilando o subconsciente. Porm, o
subconsciente o ego, ento, tem que se aniquilar o ego, o eu, o mim mesmo, o si
mesmo, e, assim, como se transforma o subconsciente em consciente.
necessrio deixar de existir o subconsciente para que, em seu lugar, aparea a
conscincia objetiva, real e verdadeira.
Em outros termos, quero dizer que enquanto exista qualquer elemento
subjetivo, por insignificante que seja, dentro de ns mesmos, aqui e agora, a
possibilidade de sonhar continua. Porm, quando acaba qualquer elemento
subjetivo, quando j no fique em nossa psique elemento subconsciente algum,
o resultado a conscincia objetiva, a iluminao autntica e verdadeira.




Um indivduo que possua conscincia objetiva, que tenha eliminado o
subconsciente, viver nos mundos supra-sensveis completamente desperto e,
enquanto seu corpo durma no leito, mover-se- nesses mundos vontade,
vendo, ouvindo e palpando as grandes realidades dos mundos superiores.
Uma coisa andar nos mundos hiper-sensveis com a conscincia
objetiva, isto , desperto, e outra coisa faz-lo em estado subjetivo,
subconsciente, projetando sonhos. Vejam vocs que diferena to grande
existe entre o que perambula por essas regies projetando sonhos e o que vive
ali sem fazer projees, com a conscincia completamente desperta,
iluminado, em um estado de superexaltada viglia. Obviamente, este ltimo
verdadeiramente um iluminado e pode se assim o quiser investigar os
mistrios da vida e da morte e conhecer todos os enigmas do universo.
Por a h certo autor que diz que os sonhos no so mais que ideias
disfaradas, e se isso assim, ns podemos esclarecer um pouco mais a
questo, dizendo so projees da mente, porque essas ideias disfaradas se
projetam mentalmente e eis os sonhos. Portanto, so falsos e vos. Porm,
aquele que vive desperto, j no sonha.
Ningum poderia viver desperto sem haver morrido em si mesmo, sem
haver aniquilado o ego, o eu, o mim mesmo. Por isso que quero que todos os
irmos se preocupem mais com a desintegrao do ego, porque s assim,
desintegrando essa terrvel legio, podero ficar despertos radicalmente.
Sem dvida, no fcil eliminar elementos subjetivos. Eles existem e
so muito variados. Esta eliminao se processa de forma didtica, pouco a
pouco, porm, conforme algum v eliminando tais elementos, a conscincia
vai-se objetivando, e quando a eliminao absoluta, a conscincia fica
totalmente objetivada, desperta. Ento, a possibilidade de sonhar termina,
deixa de existir.
Os grandes adeptos da Fraternidade Universal Branca no sonham,
possuem conscincia objetiva. A possibilidade de sonhar para eles
desapareceu e os encontramos nos mundos superiores em estado de viglia
22
intensificada, totalmente iluminados, dirigindo a corrente dos inumerveis
sculos, governando as leis da natureza, convertidos em deuses que esto mais
alm do bem e do mal.
Faz-se, pois, indispensvel compreender isto a fundo. Para sintetizar
melhor, para que todos possam extrair um resumo exato, quero dizer-lhes o
seguinte:

1 O subconsciente o prprio ego. Aniquile-se o ego e a conscincia
despertar.
2 Os elementos subconscientes so elementos infra-humanos que
cada um leva interiormente. Destruam-se e toda a possibilidade de sonhar
terminar.


3 Os sonhos so projees do ego e, portanto, no servem.
4 O ego mente.
5 Os sonhos so, por conseguinte, projees da mente.
6 Vocs devem anotar isto com muita ateno: indispensvel no
projetar.
7 No somente se projetam coisas para o futuro, constantemente,
vivemos projetando as coisas do passado.
8 Tambm se projetam toda classe de emoes presentes,
morbosidades, paixes, etc.

As projees da mente so, pois, infinitas, e, em conseqncia, as
possibilidades de sonhar so, tambm infinitas. Como poderia se considerar
iluminado um sonhador? Obviamente, o sonhador no mais que sonhador,
nada sabe sobre a realidade das coisas, sobre isso que est mais alm do
mundo dos sonhos.
indispensvel que nossos irmos do Movimento Gnstico se
preocupem em despertar, para o que se requer que se dediquem de verdade
dissoluo do eu, do ego, do mim mesmo, do si mesmo. Que essa seja sua
principal preocupao.
Conforme vo morrendo em si mesmos, a conscincia ir-se- tornando
cada vez mais objetiva e as possibilidades de sonhar iro diminuindo de forma
progressiva. Meditar indispensvel para compreender nossos erros
psicolgicos. Quando algum compreende que tem tal ou qual erro ou defeito,
pode se dar ao luxo de elimin-lo, tal como o ensino em minha obra intitulada
O Mistrio do ureo Florescer.
Eliminar tal ou qual erro, tal ou qual defeito psicolgico equivale a
eliminar tal ou qual agregado psquico, tal ou qual elemento subjetivo dentro
do qual existem as possibilidades de sonhar ou de projetar sonhos.
Quando algum quer eliminar um defeito, um erro ou um agregado
psquico deve primeiro compreend-lo. Porm, irmo, no basta compreender
23
unicamente, h que ir mais fundo, mais profundo: necessrio capturar o
profundo significado daquilo que se tem compreendido e somente se pode
conseguir essa captura atravs da meditao fundamental, profunda, muito
ntima...
Aquele que capturou o profundo significado do que compreendeu est
em condies de eliminar. Eliminar agregados psquicos urgente. Agregados
psquicos e defeitos psicolgicos, no fundo, so o mesmo. Qualquer agregado
psquico no mais que a expresso de um defeito de tipo psicolgico...






Que temos que eliminar esses defeitos, claro, porm primeiro temos
que hav-los compreendido e tambm haver capturado sua prpria
significacncia. Assim como vamos morrendo de instante a instante. S com
a morte advm o novo. Alguns querem estar despertos no astral, no mental
etc., porm, no se preocupam em morrer e o mais grave que confundem os
sonhos com as verdadeiras experincias msticas.
Uma coisa so os sonhos, que no so mais que simples projees do
subconsciente, e outra so as experincias msticas reais. Qualquer experincia
mstica autntica exige o estado de alerta e a conscincia desperta.
Eu no poderia conceber experincias msticas com a conscincia
adormecida. Assim, pois, a experincia mstica real, verdadeira, autntica, s
advm quando objetivamos a conscincia, quando estamos despertos.
Reflexionem, nossos irmos, profundamente sobre tudo isto. Que
estudem nossa obra O Mistrio do ureo Florescer, que se preocupem em
morrer de momento a momento, s assim conseguiro realmente a objetivao
total da conscincia.
Pergunta: Mestre, todas aquelas multides que correm por ai como
loucas, vo adormecidas, vo projetando, vo sonhando, vo alienadas de si
mesmas?
Resposta: Certamente, essa gente que vai s pressas correndo, vai
sonhando. No necessrio que seus corpos estejam deitados na cama,
roncando e meia-noite para estarem sonhando.
As pessoas sonham aqui mesmo em carne e osso. Assim como voc as
v correndo como loucas, pela rua, perambulando nesse constante vai-e-vem,
como mquinas sem tom nem som, nem orientao alguma, assim andam
tambm nos mundos internos, quando o corpo fsico est dormindo na cama.
O que acontece que essas pessoas que sonham na vida, que andam
sonhando assim no mal chamado estado de viglia, que so vistas em estado de
adormecimento, sonhando, quando chega o momento em que seu corpo fsico
dorme, abandonam tal veculo e entram nos mundos supra-sensveis, levando
24
a tais regies seus prprios sonhos, isto , cada um leva seus sonhos aos
mundos internos, tanto durante as horas em que o corpo dorme, como depois
da morte.
As pessoas morrem realmente sem saber como, entram nos mundos
internos sonhando, vivem sonhando, nascem se saber a que hora, nem como, e
na vida prtica andam sonhando em todos os momentos.
No , pois, estranho que as pessoas caiam debaixo das rodas dos
automveis, que cometam tantas loucuras. Isto se deve ao fato de terem a
conscincia adormecida, de estarem sonhando...





Deixar de sonhar indispensvel. O que deixa de sonhar, aqui e agora,
deixa de sonhar em qualquer rinco do universo, anda desperto em todas as
partes. O que desperta aqui e agora desperta no infinito, nos mundos
superiores, em qualquer lugar do cosmos.
O que importa despertar aqui e agora, neste mesmo momento em
que estamos falando, de instante a instante, de momento a momento.




















25












CAPTULO VI

CHAVE SOL



Indiscutivelmente, o que mais importa na vida a realizao ntima do
Ser. Uma vez interroguei a minha Divina Me Kundalini, dizendo-lhe:
O caminho que h de conduzir at a ressurreio demasiado
longo?
Ela me respondeu:
No que seja longo o que acontece que h que se lavr-lo, cinzela-
lo, trabalhar duramente na pedra filosofal. H que se dar pedra bruta a
forma cbica perfeita.
Nossa divisa thelema, quer dizer, vontade. Comecemos por despertar
a conscincia. Obviamente, todos os seres humanos esto adormecidos e
necessrio despertar para ver o caminho. O essencial despertar aqui e agora.
Desafortunadamente, as pessoas dormem. Parece incrvel, porm assim .
Andamos pelas ruas com a conscincia adormecida. Estamos em casa,
no trabalho, na oficina, no escritrio, etc., com a conscincia profundamente
adormecida. Dirigimos o automvel e vamos fbrica com a conscincia
tremendamente adormecida.
As pessoas nascem, crescem, se reproduzem, envelhecem e morrem
com a conscincia adormecida, e nunca sabem de onde vm nem qual o
objetivo de sua prpria existncia. O mais grave que todos crem que esto
despertos.
Muitas pessoas, por exemplo, se preocupam em saber muitas coisas
esotricas, porm nunca se preocupam em despertar a conscincia. Se as
26
pessoas assumissem o propsito de despertar aqui e agora, de imediato,
poderiam conhecer tudo aquilo que para elas so enigmas. Por isso que
existe o ceticismo, porque o ctico ignorante. Ignorncia conscincia
adormecida.
Certamente, devo dizer-lhes, em nome da verdade, que existe no
ceticismo pela ignorncia e que, no dia em que o homem deixar de ser
ignorante e despertar a conscincia, de fato desaparecer o ceticismo, porque
a ignorncia equivale ao ceticismo e vice-versa.
Nossa doutrina certamente no e a de convencer cticos, porque se
hoje convencemos cem cticos, amanh aparecero dez mil e se convencemos
aos dez mil, aparecero cem mil e assim no terminramos nunca.





O sistema para conseguir a realizao ntima do Ser questo de
trabalhos conscientes e padecimentos voluntrios,, porm necessria a
continuidade de propsitos nos trs fatores da revoluo da conscincia.
Logicamente, para conseguir o despertar da conscincia, necessita-se morrer
de instante a instante, de momento a momento.
O homem adormecido na presena de uma taa de vinho termina
embriagado. Quando o homem adormecido se encontra na presena do sexo
oposto, termina fornicando. O adormecido se identifica com tudo quanto o
rodeia e se esquece de si mesmo.
Vem-me neste momento memria o caso inslito de Piotr
Demianovich Ouspensky, que, quando caminhava pelas ruas de So
Petersburgo, se havia proposto no se esquecer nem um instante sequer de si
mesmo. De momento a momento estava se recordando, afirma que at via um
aspecto espiritual em todas as coisas, como que se sentia transtornado e
aumentava sua lucidez de tipo espiritual, etc. Entretanto, aconteceu algo
muito curioso... De imediato sentiu a necessidade de entrar em uma tabacaria
para mandar preparar seus cigarros. Certamente, depois de o atenderem e lhe
despacharem seu pedido de cigarro, saiu muito tranquilamente fumando, ao
longo de uma avenida e andou por distintos lugares de So Petersburgo,
recordando distintas coisas, ocupado em diversos assuntos intelectuais, etc.,
isto , chegou a absorver-se em seus prprios pensamentos.
Hora e meia mais tarde, estava em sua casa. De imediato, observou
bem sua habitao, seu quarto de dormir, sua sala, seu escritrio, etc., e
recordou que havia adormecido que havia andado por muitos lugares com a
conscincia desperta e que, ao entra na tabacaria, suas boas intenes de
permanecer desperto se haviam reduzido poeira csmica. Lamentou o caso.
Desde a tabacaria, demorou uma hora e meio para chegar a sua casa, todo
27
esse tempo passou pelas ruas da dita cidade com a conscincia totalmente
adormecida.
Vejam vocs quo difcil algum permanecer de instante a instante,
de momento a momento e de segundo a segundo com a conscincia desperta, e
esse o primeiro passo: no esquecer de si mesmo nem um s instante, se
que se tm anelos verdadeiros de despertar.
Chegue algum aonde chegue, a qualquer sala, ande pelas ruas a p ou
de carro, percorra lugares de dia ou de noite, esteja onde estiver, seja em seu
trabalho ou na escola, onde quer que seja, tem que estar recordando de si
mesmo. Na presena de qualquer objeto formoso, de qualquer vitrina onde se
exibam coisas muito belas, jias muito preciosas, etc., tem-se que no esquecer
de si mesmo, no se identificar com nada de tudo quilo que o fascine ou lhe
agrade.




SUJEITO


H necessidade, pois, de estar recordando-se sempre de si mesmo, no
somente no fsico, seno vigiando seus prprios pensamentos, sentimentos,
emoes, dedues, aparncias, temores, anelos e outras tantas coisas.


OBJETO


O segundo aspecto que me parece bastante interessante, meus caros
irmos, no se identificar com as coisas, como j o dissemos. Se vocs vem
um belo objeto, um traje na vitrina, uma exposio de algo ou uma exibio do
quer que seja, como um automvel muito bonito ou uns sapatos nunca vistos,
um animal raro ou um elefante que voa ou um camelo que aparece no meio da
sala, etc., o fundamental estarem vigilantes e no se identificarem com nada,
saber distinguir entre o normal e o anormal, pois a primeira coisa que se tem
que fazer reflexionar.
No se identificar com o objeto, a coisa ou criatura que est vendo,
porque se algum se identifica com o que est vendo, com a representao que
tem, fisicamente, diante de seus olhos, ento, acontece que fica fascinado, isto
, da identificao passa a fascinao e fica encantado, maravilhado,
identificado, esquece de si mesmo e logo cai no sono profundo da conscincia.
28
Com esse proceder equivocado, deixando-se fascinar estultamente, a
nica coisa que se consegue que a conscincia siga adormecida, meus caros
irmos, e isso muito grave, gravssimo, gravssimo, gravssimo.


LUGAR


Vem-me nestes momentos memria uma recordao inslita: faz
muitssimos anos, quando eu estava por l nos pases da Amrica do Sul,
caminhando pelo mundo, como dizem, porque eu sempre andei para um lado
e para outro, aconteceu que uma noite qualquer me vi atravessando uma
jardim; logo cheguei a uma sala, atravessei-a e, por ltimo, passei a um
escritrio de advogado. Ali vi uma senhora de certa idade, de cabelos brancos,
muito simptica, que, sentada ao p de uma escrivaninha, me recebeu, logo se
ps de p para dar-me as boas-vindas.



De repente, observei que, sobre a escrivaninha, havia duas mariposas
de vidro. Bom, isso no tem nada de raro, ver duas mariposas, no verdade?
Porm o interessante era que as duas mariposas tinham vida prpria, moviam
suas asas, suas cabecinhas, suas perninhas e isso, sim, raro, no verdade?
Isso era algo inslito, estranho, um par de mariposas de vidro com vida. Isso
no normal, claro que no natural, meus caros irmos, isso j raro, uma
caso de se pr muito cuidado.
Pois bem, sabem vocs o que fiz eu? No me identifiquei com o par de
mariposas, unicamente reflexionei, disse a mim mesmo: Como possvel que
haja nesse mundo mariposas com asas de vidro, com o corpo de vidro, patas
de vidro, cabea de vidro e que respirem e tenham vida prpria como as
naturais? Assim reflexionei, meus caros irmos. Que tal se houvesse me
identificado com as mariposas, sem fazer nenhuma anlise, sem refletir nas
tais mariposas de vidro? Que lhes parece se eu tivesse fascinado, houvesse me
encantado e tivesse cado na inconscincia? Mas isso teria sido insensato, no
verdade?
Porm, eu reflexionei, disse a mim mesmo: No, isto estranho, isto
muito raro, impossvel que haja esta classe de criaturas no mundo fsico, no,
no, no, isto no normal, aqui h gato escondido, aqui h algo raro. Esta
classe de fenmenos, que eu saiba, no existe no mundo tridimensional, isto s
possvel no mundo astral, a no ser que esteja no astral. Ser que estou no
mundo astral?
Ento, perguntei a mim mesmo: Ser que estou adormecido, ser que
deixei meu corpo fsico em algum lugar? Pois muito raro e, para tirar as
dvidas, vou dar um saltinho na inteno de flutuar, para ver se estou em
29
astral ou para ver o que que acontece. Assim disse-me, irmos, com toda a
franqueza, digo-lhes que assim procedi? Porm, dava-me constrangimento dar
um salto ali, diante dessa senhora. Ento. Disse a mim mesmo: esta senhora
pode pensar que sou louco, dando saltos aqui em seu escritrio. Ainda que
tudo fosse normal, um escritrio como outro qualquer, a cadeira onde se
sentava senhora era dessas que giram de um lado para outro; havia ali dois
candelabros agora o recordo, um direita e outro esquerda, que pareciam
de ouro macio.
Recordo isto com muita exatido, meus caros irmos, ainda que j faa
muito tempo, muitos anos. Entretanto, recordo que os candelabros eram de
sete braos, j que eu estava muito jovem naquela poca. Bem, falando aqui
vontade, eu no achava nada estranho nesse escritrio, tudo era normal
naquele lugar, porm ao pr a vista nas mariposas, era a nica coisa
realmente rara. Ademais, eu dizia: esta senhora nada tem de estranho, to
normal como todas as senhoras do mundo, porm estas mariposas tm-me
intrigado; que tenham vida prpria muito raro. Bom, seja como for, resolvi
sair dali e, ento, o fiz com inteno de dar o saltinho, entendem? Claro, tinha
que dar alguma desculpa senhora. Pedi-lhe permisso, disse-lhe que
necessitava sair um momento e sa dali.

J fora do corredor e seguro de que ningum estava me observando,
dei um salto alongado com a inteno de flutuar... Que tal lhes digo o que
sucedeu, pois sinceramente conto-lhes que imediatamente fiquei flutuando no
ambiente circundante. Claro est que me senti deliciado, meus caros irmos,
deliciado. Disse ento a mim mesmo: Estou em corpo astral, aqui j no h
nem a menor dvida. Recordei que havia deixado meu corpo fsico
adormecido na cama h umas quantas horas e que, movendo-me por a no
astral, havia chegado at ali, quele escritrio.
Regressei quele local, sentei-me novamente ante a senhora, falei-lhe
com muito respeito e disse-lhe: A senhora apenas olhou-me com olhos de
sonmbula, estranha. No me entendeu, no me compreendeu. Entretanto,
quis esclarec-la um pouco dizendo-a: Recorde que a senhora se deitou para
dormir h algumas horas, de forma que no lhe parea estranho o que lhe
estou dizendo. Seu corpo fsico est adormecido na cama e a senhora est aqui
em astral, conversando comigo...
No entanto, definitivamente aquela senhora no entendeu, estava
profundamente adormecida, tinha a conscincia adormecida. Vendo que tudo
era intil, compreendendo que no despertaria nem com tiros de canho essa
pobre senhora que jamais havia se dedicado a este labor de despertar a
conscincia, francamente, meus caros irmos, resolvi pedir-lhe desculpas e fui
embora.
Bom, como fato curioso quero-lhes contar que muitos anos depois,
talvez uns 30 anos ou mais, tive que viajar a Taxco, Guerrero. Taxco um
povoado muito belo, situado sobre uma encosta e construdo ao estilo colonial.
30
Suas ruas esto empedradas como na poca da colnia e muito rico, com
certeza tem muitas minas de prata e vendem-se objetos e jias muito formosas
de prata.
Eu tinha que viajar para aquele lugar porque havia algum para quem
eu estava fazendo alguns remdios; queria curar-se e que eu o ajudasse no
processo da cura. Era um pobre paciente muito enfermo...
Cheguei a uma casa, atravessei o jardim e cheguei sala, que
reconheci de imediato. Havia ali uma senhora, olhei-a e a reconheci, a mesma
que havia visto muitos anos atrs em astral, por trs da escrivaninha, com
exceo de que desta vez estava ela na sala.
Convidou-me para seguir um pouco mais adiante, encontrei o famoso
escritrio de advogado, onde h tantos anos eu havia chegado em corpo astral.
Agora, em vez de estar a senhora no escritrio, estava seu marido, um homem
mais bem educado e dedicado advocacia, sem ttulo; em algumas partes
chamam-nos de rbulas. Bom, chamem-no como quer que seja. O certo foi
que ele estava sentado ali, no dito escritrio. Parou para dar-me as boas-
vindas e logo me fez sentar frente sua escrivaninha. Reconheci
imediatamente o escritrio e a senhora.

Ento, aconteceu que, como quele homem agradavam um pouco estes
estudos de tipo espiritual, conversamos e dialogamos um pouco sobre estes
assuntos, porque lhe agradava tudo o que se tratasse de estudos esotricos.
Logo o surpreendi um pouco quando lhe disse:
Senhor, eu estive aqui h algum tempo. Estive em corpo astral, fora
do corpo fsico e voc sabe que a gente se move, anda e vai de um lugar para
outro. O senhor j conhecia um pouco dessas coisas e no lhe pareceram
estranhas.
Logo lhe disse:
Veja, neste escritrio havia duas mariposas de vidro. Que aconteceu,
onde esto as mariposas?
Ento, rapidamente, respondeu-me:
Aqui esto s mariposas, aqui mesmo, veja-as.
Levantou uns jornais que havia em cima da escrivaninha e,
certamente, a estavam duas mariposas muito belas, de vidro... Claro, ficou
muito surpreso porque eu conhecia essas mariposas. Logo lhe disse:
Porm, falta algo mais. Eu estou vendo um candelabro de sete
braos, porm so dois. Onde est o outro que fez dele?
Aqui est o outro, veja-o aqui respondeu-me o senhor do escritrio.
Tirou uns papis e jornais que havia ali e certamente tirou o outro candelabro,
que apareceu para confirmar ainda mais minhas asseveraes. Claro que o
homem ficou assombrado.
Disse-lhe ainda:
Saiba que eu conheo sua senhora, porm, quando eu vim aqui, sua
senhora estava no escritrio.
31
Bom, maravilhado ficou o senhor.
hora da ceia, sentamo-nos todos ao redor de uma mesa redonda e,
ento, aconteceu algo verdadeiramente inusitado: aquela senhora disse-me ali,
na presena do mesmo senhor:
Eu conheo voc h muito tempo, no sei exatamente onde o vi...
Porm eu o vi antes, em algum lugar. De todas as maneiras, voc no uma
pessoa desconhecida para mim.
Imediatamente, toquei o senhor com o cotovelo e disse-lhe:
D-se conta? Convenceu-se de minhas palavras?
O assombro daquele homem chegou ao mximo. Desafortunadamente,
e isso, sim, muito grave, meus queridos irmos, aquele homem estava to
preso por sua seita, digamos, de tipo romanista, que francamente no entrou
no caminho por isso, pela questo sectria. Ah! Caso contrrio teria vindo
para o caminho, porque eu lhe dei provas extraordinrias, provas que para ele
foram contundentes e definitivas, pois ficou assombrado para sempre, no?
Lamentavelmente, sua religio no o deixava, o confundia e enredava-
se em todos aqueles dogmas de tipo religioso etc. J se passaram muitos anos,
entretanto, eu no pude deixar de lhes relatar este acontecimento.


Por essa razo, recomendo a diviso da ateno em trs partes:

1 SUJEITO: Ou seja, a prpria pessoa no se esquecer de si mesmo
nem um s instante.

2 OBJETO: Observar todas as coisas, como no caso que lhe contei,
das mariposas. Que tal neste mesmo momento em que esto lendo este livro,
chegasse uma pessoa que j morreu h alguns anos e lhes falasse. Seriam vocs
to ingnuos, estariam to distrados para no se perguntarem a si mesmos:
Que isto? Ser que estou em astral?
Seriam vocs to despreocupados de no fazerem o experimento e
darem o saltinho? Pois bem, no se esqueam de que qualquer detalhe, por
insignificante que seja, deve ser motivo para fazer esse tipo de reflexo. Tudo
deve ser estudado detidamente e se deve perguntar a si mesmo:- Por que estou
aqui?

3 LUGAR: No se deve viver inconsciente. Quando chegamos a
algum lugar, devemos observ-lo detalhadamente, muito minuciosamente e
perguntarmos a ns mesmos: por que estou eu aqui neste lugar? E a
propsito, voc que est lendo este livro, diga-me, j se perguntou por que est
a nesse lugar onde se encontra lendo? E j teve o cuidado de observar esse
lugar, o teto ou as paredes, ou o espao que o rodeia? J observou o piso ou o
lugar, acima, abaixo ou aos lados, atrs de voc ou frente?
32
Voc j olhou (e se h vrias pessoas), j olharam as paredes e ao seu
redor, para fazerem a pergunta? Onde esto? E se no a fizerem, que tal, hei?
Est voc por acaso lendo inconscientemente este livro? claro que nunca se
deve viver inconsciente, esteja-se onde estiver, encontre-se onde encontrar, em
uma casa, na rua, em um templo ou um txi, no mar ou em um avio, etc.
Onde quer que seja, onde esteja e como esteja, o primeiro que se tem que
perguntar a si mesmo :

Por que estou neste lugar?

Olhar em detalhe tudo quanto o rodeia, o teto, as paredes, o piso. Essa
observao no somente para o parque, a casa, ou o lugar desconhecido, mas
tambm se deve olhar sua casa diariamente cada vez que se entre nela e a todo
o momento, como se fosse algo novo ou desconhecido.
Deve-se tambm perguntar: Por que estou neste lugar? Que curioso! E
olhar o teto, as paredes, o solo, os ptios etc., tudo em detalhe, para se fazer a
pergunta: Por que estou neste lugar? Ser que estou em astral? E dar um
saltinho, com a inteno de flutuar.



Se a pessoa no flutua, porm pressente que pode estar em corpo
astral, ento suba em uma cadeira ou em uma mesa no muito alta, um
caixote ou algo parecido e d um saltinho para ver se assim flutua, porque s
vezes se d um saltinho alongado e, entretanto, no se flutua. Ento, o melhor
subir sobre algo que permita saltar e experimentar se flutua atirando-se ao
ar com a inteno de voar. claro que se est em astral, fica flutuando, e se
no, tudo fica do mesmo jeito. No esquecer:

SUJEITO-OBJETO-LUGAR

Diviso da ateno em trs partes.

Se algum se acostuma a viver sempre com a ateno dividida nessas
trs partes: sujeito, objeto e lugar, acostuma-se a faz-lo diariamente e a todo
o momento, de instante a instante e de segundo a segundo, pois esse hbito fica
gravado profundamente na conscincia e, noite, ao estar adormecido, acaba
fazendo o mesmo exerccio que faz no fsico, ento, o resultado o despertar
da conscincia.
Vocs sabem que, muitas vezes, acaba-se fazendo noite o mesmo que
se est acostumado a fazer durante o dia. Muitos, por exemplo, esto
trabalhando durante o dia na fbrica, ou como vendedores ambulantes, ou no
escritrio, e, noite, se vem trabalhando durante o sono, fazendo exatamente
o mesmo que realizam durante o dia, sonham que esto na fbrica vendendo
33
ou no escritrio, etc. claro que tudo o que algum faz durante o dia o faz
noite, isto , acaba sonhando com aquilo noite.
questo, pois, de fazer a prtica durante o dia a todas as horas, em
todo momento e segundo, para conseguir faze-la noite e despertar a
conscincia.
claro que quando toda pessoa adormecida, a essncia est longe do
corpo. Ento, acontece que estando fora do corpo ou em astral, acaba
repetindo o mesmo que faz de dia. E que tal? A pessoa desperta
automaticamente, porque a prtica do exerccio lhe d vivacidade, fica
desperta. J estando desperta em astral, pode invocar os Mestres, chamar o
Anjo Anael, por exemplo, ou Adonai, o filho da luz, e da alegria, ou o Mestre
Kout Hum, para que venham instru-lo, ensinar-lhe etc., meus caros irmos.
Podem chamar, tambm, a qualquer outro Mestre, a Moria, ao Conde
Saint Germain, etc. e, os que me invocarem, podem estar seguros de que eu
concorro ao chamado, disso sim, estejam seguros.
Dessa forma, dou-lhes o sistema para receber o ensinamento
diretamente e, se querem recordar as vidas passadas, invoquem os Mestres da
Loja Branca, Kout Hum, Hilrion, Moria, etc., e peam-lhes que tenham a
amabilidade, a bondade de faz-los recordar suas existncias anteriores, faze-
los reviver suas vidas passadas. Podem estar seguros de que o Mestre lhes
conceder a petio.
Este sistema que dou a todos vocs para que recebam o conhecimento
direto. Podem viajar tambm ao Tibete Oriental, podem ir tambm ao fundo
dos mares, inclusive a outros planetas, se quiserem...
Por isso, este o caminho para receber os conhecimentos diretos. Por
este motivo que eu lhes digo: despertem, meus caros irmos, despertem,
despertem no continuem assim, vivendo essa vida de inconscientes, de
adormecidos. Isso muito triste, meus caros irmos. Vejam vocs os
adormecidos como andam inconscientes no astral e, depois da morte, seguindo
adormecidos, inconscientes, sonhando tontices. Nascem sem saber a que hora,
morrem sem saber a que hora. Eu no quero que vocs sigam assim, nessa
inconscincia to terrvel. Quero que vocs despertem.










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CAPTULO VII

LEI DO TROGO-AUTO-EGOCRTICO-CSMICO-
COMUM


Em nome da verdade devo dizer que existe uma grande lei, que se
poderia denominar assim: Lei do Trogo-Auto-Egocrtico-Csmico-Comum.
Tal lei tem dois fatores bsicos fundamentais: tragar e ser tragado. Recproca
alimentao de todos os organismos. Inquestionavelmente, o peixe maior
sempre tragar o menor e, nas selvas profundas, o mais dbil sucumbir ante
o mais forte: lei da Por mais vegetarianos que fssemos, na negra sepultura,
nosso corpo seria devorado pelos vermes e, assim se cumpre a lei do Eterno
Auto-Egocrtico-Csmico-Comum.
Inquestionavelmente, todos os organismos vivem de todos os
organismos. Se descermos ao interior da Terra, por exemplo, descobriremos
um metal que serve de gravitao para as foras evolutivas e involutivas da
natureza: quero referir-me de forma enftica ao cobre (Cu). Se aplicssemos o
fator positivo da eletricidade ao dito metal, por exemplo, poderamos
evidenciar, com o sexto sentido, processos evolutivos maravilhosos nas
molculas, nos tomos. Mas se aplicssemos a fora negativa, veramos o
inverso, processos involutivos muito semelhantes aos da humanidade
35
decadente de nossos tempos. A fora neutra manteria, pois, o metal em um
estado esttico ou neutro.
Obviamente, a radiao do cobre tambm transmitida a outros
metais que se encontram no interior da Terra e vice-versa. As emanaes
daqueles so recebidas pelo cobre e, assim, os metais, no interior da Terra, se
alimentam reciprocamente; eis a a Lei do Eterno Trogo-Auto-Egocrtico-
Csmico-Comum.
maravilhoso saber que a radiao de todos os metais, entre as
entranhas da terra em que se desenvolvem, transmitida a outros planetas do
espao infinito. As emanaes chegam ao interior, quer dizer, chegam s
entranhas vivas dos planetas vizinhos de nosso sistema solar, so recebidas
pelos metais situados em seu interior e, por sua vez, eles tambm irradiam e
suas irradiaes so ondulaes energticas que chegam at o interior de nosso
mundo, para alimentarem os metais deste nosso planeta, no qual vivemos, nos
movemos e temos nosso Ser.
Todos os mundos vivem de todos os mundos, isso bvio, indiscutvel,
patente, manifesto e sobre esta lei da recproca alimentao planetria se
fundamenta o equilbrio csmico. Interessante isto, no verdade? Como?
Alimentando-se os mundos entre si, vivendo uns dos outros se promove um
equilbrio planetrio to maravilhoso e perfeito.


A gua dos mundos , digamos o alimento bsico para a cristalizao
desta grande Lei do Eterno Trogo-Auto-Egocrtico-Csmico-Comum.
Pensemos por um momento: que seria de ns e de nosso planeta Terra, que
seria das plantas e de todas as criaturas animais se a gua acabasse, se
evaporasse, desaparecesse, terminasse? Obviamente, nosso mundo se
converteria em uma grande lua, em um cadver csmico, no poderia
cristalizar a grande lei do Eterno Trogo-Auto-Egocrtico-Csmico-Comum,
todas as criaturas morreriam de fome.
Esta grande lei se processa, certamente, de acordo com as leis do Santo
Triamanzikamno, ou Triamenzano (o Santo Trs) e do Sagrado
Heptaparaparshinok (a Lei dos Sete). Observe-se bem como se processam estas
leis: um princpio ativo, por exemplo, se aproxima de um princpio passivo ou,
para ser mais claro, a vtima (principio passivo) tragada pelo principio ativo;
essa a lei, no verdade? O principio ativo seria o plo positivo, o principio
passivo seria o plo negativo e um princpio que concilia ambos a terceira
fora, a neutra. A lei dos Trs se conforma ento com os trs princpios: Santo
Afirmar, Santo Negar e Santo Conciliar. Este ltimo a fora que concilia o
afirmar com o negar e a vtima devorada, claro est por quem lhe
corresponda de acordo com a mesma lei, entendido?
O tigre traga, por exemplo, o humilde coelho. O tigre seria o Santo
Afirmar, o coelho o Santo Negar e a fora que os concilia a ambos o Santo
36
Conciliar e se realiza, ento, a lei do Eterno Trogo-Auto-Egocrtico-Csmico-
Comum.
A guia, por exemplo, seria o Santo Afirmar, o pobre pintinho seria o
Santo Negar. Ela o traga e a terceira fora, o Santo Conciliar, os concilia entre
si como um todo nico. Isto cruel? Sim, porm aparentemente. Que vamos
fazer? Essa a lei dos mundos. Esta j existiu, existe e existir sempre. Lei
lei e a lei se cumpre, a despeito das opinies, conceitos, costumes etc.
Porm, continuemos, porque necessrio aprofundar um pouco mais,
penetrar mais a fundo neste assunto. De onde vem realmente esta lei do eterno
Trogo-Auto-Egocrtico-Csmico-Comum? Eu digo que vem do ativo
Okidanok, omnipenetrante, onisciente, omnimisericordioso.
Esse ativo Okidanok, por sua vez, de onde emana? Qual sua causa
causorum? Indiscutivelmente, tal origem ou causa no outra seno o
Sagrado Absoluto Solar. Assim, pois, o Sagrado Sol Absoluto emana o Santo
Okidanok, e ainda que ele fique, digamos, dentro dos mundos, no fica
completamente involucrado dentro deles, no pode ser aprisionado, ainda que
para sua manifestao criadora necessite desdobrar-se nas trs foras
conhecidas como positiva, negativa e neutra.





Durante a manifestao csmica, cada uma das trs foras trabalha
independentemente, mas sempre unida sua origem, que o Santo Okidadok.
Depois da manifestao, estes trs fatores ou ingredientes, positivo, negativo e
neutro, voltam outra vez a fusionar-se, a se unir com o Santo Okidanok e, ao
final do Mahamanvantara, o Santo Okidanok ntegro, completo e total se
reabsorve no Sagrado Absoluto Solar.
Vejam, pois, vocs, meus caros irmos, a origem do Eterno Trogo-
Auto-Egocrtico-Csmico-Comum. Partindo deste principio, fica sem base, de
fato, o vegetarianismo. Obviamente, os fanticos do vegetarianismo tm feito
deste uma religio de cozinha, e isso certamente lamentvel.
Os grandes Mestres Tibetanos no so vegetarianos e o que duvide de
minhas palavras, que leia o livro intitulado Bestas, Homens e Deuses escritos
por um grande explorador polons, que esteve no Tibete e foi recebido pelos
Mestres. O curioso do caso que em banquetes e festins, aos quais assistiu,
figurava a carne de gado como alimento bsico.
Aos fanticos do vegetarianismo pareceriam absurdas minhas
palavras, entretanto, Kozobzky, o autor do livro citado, se alegrar, porque
ver que compreendi este importante aspecto.
, pois absurdo afirmar que os Grandes Mestres do Tibete sejam
vegetarianos. Quando o grande iniciado Saint German, Prncipe Rakoczy, o
Grande Mestre da Loja Branca, que dirige o raio da poltica mundial,
37
trabalhou durante a poca de Lus XV, para falar mais claro, no se
manifestou como vegetariano, viram-no nos festins comendo de tudo. Alguns
at comentam como saboreava a carne de frango, por exemplo. De onde saiu,
pois, esta coisa de vegetarianismo?
Indiscutivelmente, a escola vegetariana contrria ao Eterno Trogo-
Auto-Egocrtico-Csmico-Comum, isso bvio. Por outro lado, as protenas
animais de modo algum devem ser desprezadas, so indispensveis para a
alimentao.
Eu fui um fantico vegetariano e, em nome da verdade digo-lhes que
fiquei desiludido desse sistema. Todavia, recordo aquela poca na Serra
Nevada; quis fazer com que um pobre co se tornasse vegetariano, em cem
por cento. O animal aprendeu se afez ao sistema, porm, logo que aprendeu,
morreu. Entretanto, observei os sintomas daquela criatura, a debilidade que
apresentava antes de morrer. Muito mais tarde, na repblica vizinha de El
Salvador, em mim se apresentaram os mesmos sintomas, certo dia em que
regressava para casa subindo por uma longa rua que tendia mais a ser vertical
que horizontal, pois tinha bastante declive. Suava espantosamente e minha
debilidade aumentava horrivelmente a cada passo, acreditei que ia morrer.
No me restou outro remdio seno chamar a Mestra Litelantes, minha
esposa, e lhe pedir que assasse carne de gado. Assim o fez e comi. Minhas
energias voltaram ao corpo, senti que voltava a viver... Desde ento, me
desiludi do sistema.


Aqui no Mxico, precisamente, conheci o diretor de uma escola
vegetariana. Conheci-o em um restaurante vegetariano. Esse homem era
alemo e seu corpo foi-se debilitando espantosamente, terrivelmente, at
apresentar os mesmos sintomas daquele co do meu experimento. O desditado
senhor, ao fim, terrivelmente debilitado, morreu.
Conheci tambm Lavahniny. Era iogue, gastrlogo e no sei que
outras coisas mais, um fantico vegetariano insuportvel. Representava, aqui
no Mxico, a Universidade da Mesa Redonda. Com o vegetarianismo, seu
organismo foi se debilitando terrivelmente at apresentar os sintomas daquele
pobre co de meu experimento e morreu.
Dessa forma, meus caros amigos, irmos, que leiam este livro, saibam
que existe a grande lei do Eterno Trogo-Auto-Egocrtico-Csmico-Comum e
que intil tratar de evadir-nos desta santa lei, que emana, como j disse, do
ativo Okidanok e no possvel alter-la. No quero com isto dizer: devemos
tornar-nos carnvoros de forma exagerada, no. Mais vale que sejamos um
pouco equilibrados. Dizia o doutor Arnold Krumm Heller que necessitamos
comer uns 25% de carne entre os alimentos, e nisso estou de acordo com o
Mestre Huirakocha.
E repito: por mais vegetarianos que nos tornemos, a lei se cumpre e,
quando vamos fossa sepulcral, os vermes tragaro nosso corpo, agrade-nos
38
ou no, porque lei lei. Isso bvio, no verdade? As vacas so vegetarianas
cem por cento e, entretanto, como dissera um grande iniciado, jamais vimos
uma vaca iniciada. Se, com o deixar de comer carne, nos auto-realizssemos a
fundo, posso assegurar-lhes que ainda que morresse deixaria de comer carne e
todos deixariam de com-la. Porm, ningum se vai tornar mais perfeito
porque deixe de comer carne e alguns at dizem: como vo pr dentro de seu
organismo elementos animais, se j esto na senda da perfeio etc.? Esses que
dizem tais coisas ignoram sua prpria constituio interna. melhor que
comam um pedao de carne e no que continuem, precisamente, com os
agregados animalescos que carregam dentro de sua psique.
O corpo humano tem como assento um corpo vital, o lingam sarira, do
qual falam os tesofos. Mais alm de tudo isso, o que que existe dentro dos
organismos destes humanides viventes e intelectuais? Os agregados
animalescos, aqueles agregados psquicos que personificam nossos erros, esses
monstros bestiais de nossas paixes.
Pois bem, mais vale eliminar esses monstros que se preocupar com o
pedacinho de carne que se serve na mesa hora das refeies. Quando
comemos carne de gado ou frango, no nos prejudicamos de forma alguma,
no obstante, com todos esses agregados bestiais que carregamos, no somente
estamos nos prejudicando a ns mesmos, mas prejudicamos tambm aos
nossos semelhantes, o que pior.



por acaso pouca coisa, a ira? A cobia? A luxria? A inveja? O
orgulho? A preguia? A gula? E que diremos de todas essas bestas que
levamos interiormente e que representam murmurao, a calnia, a
bisbilhotice etc.?
Melhor que no lavemos tanto as mos presumindo-nos de santo.
Chegou a hora de nos tornarmos mais compreensivos. O importante morrer
em si mesmo, aqui e agora. Entretanto, no quero por isso tampouco negar a
seleo dos alimentos. De modo algum aconselharia eu, por exemplo, carne de
porco, j se sabe que esse animal leproso e que tem uma psique demasiado
brutal, que prejudica nosso organismo.
conveniente comer o alimento sadio, carne de gado, de frango,
porm jamais sem chegar aos excessos, porque estes so daninhos,
prejudiciais.
Bom, meus caros irmos, creio que com o que lhes falei acerca do
vegetarianismo vocs tm uma suficiente orientao para saberem alimentar
seu corpo sem que lhe falte, nem sobre, dentro de um perfeito equilbrio. Isso
tudo.



39


























CAPTULO VIII

EXERCCIOS DE LAMASERIA


necessrio saber que no corpo humano, no organismo celular,
existem alguns chacras que poderamos denominar de especficos, especiais
para a vitalidade orgnica. So espcies de vrtices pelos quais entra o prana,
a vida, para nosso organismo, a saber: o occipital, o frontal, o larngeo, o
heptico e o prosttico. Ademais, existem outros dois que se correspondem
com os joelhos. Estes sete chacras so bsicos, repito, para a vitalidade do
organismo fsico e, por eles, entra o prana, a vida, para o corpo vital, assento
de toda atividade orgnica.
O chacra larngeo, por exemplo, guarda estreita relao com o
prosttico, por isso que a voz, a palavra, deve ser cuidada. H que se evitar
cuidadosamente os sons chiantes da voz, ou, demasiado baixos. Se
observarmos a vida de muitos ancios decrpitos, podemos perfeitamente
40
verificar que emitem muitos sons, digamos, chiantes, e isto falseia sua potncia
sexual ou indica, por sua vez, impotncia. O mesmo acontece com aqueles sons
demasiado graves, cavernosos; tambm falseiam a potncia sexual. A voz do
homem, pois, deve manter-se dentro do normal e a da mulher nem demasiado
baixa, nem alta, porque isto falseia a potncia sexual, devido intima relao
existente entre a laringe propriamente dita e o centro sexual.
Poder-se-ia argumentar que a mulher no tem prstata e assim ,
porm tem um chacra que se relaciona com o tero, o qual desempenha um
papel muito importante nela, to importante como o chacra prosttico no
homem. A este chacra na mulher poderamos cham-lo chacra uterino, e j
sabemos a importncia do tero na mulher.
Feito este curto prembulo, vamos narrar, para bem de nossos irmos
gnsticos, algo que de suma importncia como informao.
Acontece que na ndia vivia, h algum tempo, um coronel ingls
afastado do servio militar. Era um homem de uns sessenta anos, tinha um
amigo jovem. Aquele coronel ouviu falar de uma lamaseria que existia no
Tibete, onde as pessoas se tornavam jovens, aonde muitos chegavam velhos e
saam jovens.
A primeira coisa que devemos fazer buscar a sade, porque um
corpo so serve para tudo, agenta tudo e responde em todo momento que se
lhe exija trabalho material e espiritual. Assim, primeiramente temos que
curar o corpo e mant-lo vigoroso durante toda a vida. Em segundo lugar,
mant-lo em boas condies, porque o que se pode fazer com o corpo
enfermo?



bvio que um esoterista, um iniciado, no deve estar enfermo jamais.
As enfermidades e os problemas tormentosos so para as pessoas que no
esto no real caminho. Aquele que est na senda no deve estar decrpito nem
enfermo, isso claro.
De maneira que h uma srie de exerccios esotricos muito
importantes. No esoterismo se tem falado muito, por exemplo, sobre
Kundalini-Ioga, sobre o Viparita-Karana-Mudra, tem-se falado sobre os
dervixes danantes, ou seja, os dervixes-torvelinho. No Paquisto, na ndia h
dervixes que sabem realizar certas danas maravilhosas e, por meio das
mesmas, despertam certos poderes, desenvolver os chacras. Ento, vamos ver
esta srie de exerccios.
Os jovens no apreciam o que vale a juventude, porque esto jovens,
porm os ancies, sim, apreciam essa riqueza que a juventude. Entretanto,
com estes ritos que vamos praticar, um ancio pode rejuvenescer-se. claro
que com estes ritos uma pessoa jovem pode manter-se assim, e se est velha
pode voltar juventude.
41
Com estas prticas, qualquer pessoa pode curar-se de suas prprias
doenas. Aqui, veremos o Mayurasana, a posio dos joelhos, a posio de
mesa, que seve em algumas runas sagradas, etc., etc., etc. uma sntese de
exerccios esotricos, com documentao na ndia, Prsia, Paquisto,
Turquesto, Yucatn, Mxico etc. Tenho visto algumas publicaes, por ai,
porm no ensinam a frmula amplamente de que se necessita.
Com estes exerccios, homens de setenta anos podem ficar, por
exemplo, convertidos em pessoas de trinta e cinco ou quarenta anos. Dir-me-
o, ento, por que eu no demonstro pouca idade? Simplesmente porque no
estava interessado em conservar meu corpo fsico, mas agora, que estou
informado de que tenho que conservar este corpo por tempo indefinido, para
poder iniciar a Era de Aqurio, bvio que tenho que praticar tais exerccios.
Uma vez, vi, por a, uma publicao que me enviaram da Costa Rica, a
qual continha tais ritos, porque estes ritos no so patrimnios exclusivos de
ningum. Existem algumas lamaserias nos Himalaias e em outros lugares onde
se praticam, sobretudo, em uma lamaseria que se chama O Manancial da
Juventude. Contudo, claro est que, apesar de praticar l muitos exerccios,
no encontrei toda a documentao dos mesmos na citada publicao.
Tambm encontrei alguns dados recolhidos da mesma lamaseria, que
eu conheo muito bem, como tambm conheo outras escolas que h no
Hindusto. Basta dar-se o incmodo de viajar um pouco pelo Turquesto,
Prsia, Paquisto, etc., e ai se conhecer algo sobre os dervixes danantes ou
torvelinhos etc.
H que se meditar um pouco sobre o que simboliza estar de joelhos.
Desde criana se pratica inconscientemente certos exerccios. Em todo caso, eu
via nessa publicao um relato bastante interessante.



Nessa revista de outrora contavam o caso do coronel ingls, que com a
idade de 70 anos, l na ndia, soube que l no Tibete existia uma lamaseria
onde as pessoas podiam rejuvenescer-se, e decidiu sair sua procura.
Convidou um amigo que tinha, porm seu amigo era jovem. Claro, no quis
fazer caso, pois dizia para qu, sendo jovem, com que objetivo ia ele buscar
onde rejuvenescer-se?
No dia da partida do pobre velho, seu jovem amigo, como de se
supor, riu-se bastante, ao ver o pobre velhote de 70 anos com seu basto, sua
cabea calva, uns poucos cabelos brancos, muito velho, viajando rumo aos
Himalaias, em busca da juventude. O jovem amigo pensou consigo mesmo:
que curioso este pobre velho j viveu sua vida e quer tornar a viver outra vez.
Claro que o viu ir-se e a nica coisa que lhe causou foi riso.
O curioso do caso que passados, mais ou menos uns quatro meses, o
jovem amigo do coronel recebeu uma carta do velho que lhe informava j
42
estar na pista dessa lamaseria chamada O Manancial da Juventude. Pois lhe
causou riso e assim, ficou a coisa.
O certo foi que quatro anos mais tarde aconteceu algo que no era
motivo de riso: algum bateu porta da casa do jovem, o qual saiu para abrir:
s suas ordens. Que deseja?
O recm chegado que parecia um homem de uns 35 ou 40 anos, disse:
Sou o coronel Fulano de tal.
Ah!... disse o jovem,- voc o filho do coronel que se foi l para os
Himalaias?
No, respondeu-lhe, sou o mesmssimo coronel.
Porm, como pode ser possvel, se eu conheo o coronel, meu amigo
e um pobre velho, e voc no est velho?
Repito-lhe, sou o coronel que lhe escrevera uma carta quatro meses
depois de minha partida, informando-lhe que havia encontrado a pista para
chegar lamaseria. Mostrou ao jovem a documentao e este, claro, ficou
assombrado.
O curioso que o tal coronel, l nos Himalaias, viu muitos jovens dos
quais se fez amigo, l na lamaseria O Manancial da Juventude. No havia
nenhum velho no lugar, todos eram jovens; o nico velho era ele. Os demais
eram pessoas de 30, 35 ou 40 anos de idade. Porm, depois, quando se fez bem
amigo de muitos, descobriu que todos eles tinham mais de 100 anos de idade,
isto , que todos eram mais velhos que ele, porm nenhum tinha aparncia de
velho.
Claro, o coronel ficou assombrado. Submeteu-se disciplina esotrica
da lamaseria e conseguiu reconquistar a juventude.





Vi todo este relato nessa publicao que me enviaram, porm eu
conheo pessoalmente a lamaseria. Estive ali. um edifcio bastante grande,
com imensos ptios. Em um ptio trabalham os homens e, no outro,
trabalham as iniciadas. No somente h mulheres tibetanas iniciadas, mas
tambm inglesas, alems e de distintos pases europeus nessa lamaseria.
Conheo todos os exerccios que se ensinam l desde os antigos tempos.
Conheci junto aos maometanos os movimentos torvelinhos, que constituem
parte dos aspectos esotricos do Maometanismo e que so praticados, como
disse, pelos dervixes danantes.
Quanto posio dos joelhos a da mstica esotrica, movimentos
tcnicos especiais. A posio de ms se encontra em Yucatn. A posio que
alguns denominam lagartixa, um exerccio que serve para diminuir a
barriga tem documentao no Hindusto, na Kundalini-Ioga, chama-se
simplesmente Mayurasana.
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A posio de pernas para cima tem vasta documentao, conhecida
sempre como o Viparita-Karana-Mudra e se encontra em muitos textos
sagrados. Existe tambm o famoso Vajroli-Mudra, que serve para a
transmutao sexual dos solteiros, como tambm ajuda muito aos que
trabalham com o Sahaja Maithuna.
No , pois, esta srie de exerccios, propriedade exclusiva de uma s
pessoa. Tm-se feito como digo muitas publicaes, mas muito poucos so os
que conhecem a parte esotrica dos mesmos.
Eu conheo a parte esotrica, no unicamente pelo que haja dito a
citada publicao da Costa Rica, nem muitas outras que temos visto e que
falam destes exerccios, seno desde h muitssimo tempo atrs. Conheo-a
praticamente desde a Lemria, porque, por exemplo, o Viparita-Karana-
Mudra pratiquei-o intensamente quando estive reencarnado no Continente
Um, ou Lemria e sei que tem muita importncia.
Os lamas que trabalham na lamaseria O Manancial da Juventude
praticam tais ritos. Utilizam o tapetinho da orao, um pequeno tapete sobre o
qual se podem fazer os exerccios. Deitam-se, ajoelham-se, sentam-se e a cada
posio ou sadhana lhe corresponde sua meditao ou orao, isto , a cada
mudana de posio corresponde uma intensificao em qualquer dos
aspectos msticos, segundo o que se trate.


CURA PELO ESPRITO SANTO


A Divina Me Kundalini o objeto central de toda sadhana. Quando
algum est fazendo estas prticas, est em perfeita concentrao, em orao,
suplicando, rogando Divina Me pela necessidade mais premente.


Por meio dela se pode pedir ao Logos. Ela intercede ante o Logos, pede
com o suplicante, suplica para ele. Ela tem grande poder.
Suplica-se a Ela, Divina Me, que interceda ante o Terceiro Logos
(Esprito Santo) e que suplique ao Logos a cura, o despertar da conscincia, o
despertar de tal ou qual chacra, etc.
Cada posio diferente e significa intensificar a orao, a splica, o
rogo. Nestas prticas de meditao, concentrao e splicas bem podemos
pedir a nossa Divina Me Kundalini que Ela, por sua prpria conta, invoque
seu Divino Esposo, o Divino Terceiro Logos, Sacratssimo Esprito Santo, bem
sabemos que o Esposo da Me Divina o Esprito Santo.
H que se rogar, suplicar intensamente Me Divina, para que Ela
suplique e rogue a seu Divino Esposo que nos cure, nos alente em qualquer
enfermidade ou doena que nos aflija. Ento, Ela se concentrar no Logos, seu
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Esposo, o Arquihierofante ou Arquimago, como se chama, para que venha e
cure determinado rgo enfermo que nos impea de dar rendimento.
Nesses momentos, devemos nos intensificar com o Logos, com o
Esprito Santo e, de forma tremenda, imperiosa, ordenar ao rgo que est
enfermo, dizendo-lhe:

SARA! SARA! SARA!
TRABALHA! TRABALHA! TRABALHA!

H que se falar a esse rgo com f verdadeira, com energia, com
valor, pois tem que sarar forosamente. H que se concentrar decididamente
em cada clula do rgo enfermo, em cada molcula em cada tomo, em cada
eltron do rgo enfermo, ordenando-lhe que trabalhe que sare que se cure!
E, profundamente, concentrado no Logos, plenamente identificado com o
Esprito Santo, que nesses momentos est fazendo a cura, sarando o rgo
enfermo. Assim, esse rgo ter que sarar, ter que se curar, isso bvio.
Assim, pois, aconselhvel que cada um aprenda a se curar por si
mesmo. Mediante a fora do Esprito Santo pode-se chegar a curar a si
mesmo, a sarar de qualquer enfermidade. Isso de andar enfermo muito
triste, muito doloroso e aquele que anda na senda no tem por que estar
enfermo.
Com esses exerccios, pois, se desenvolvem os chacras e, por outro
lado, se cura o organismo. H chacras importantssimos, como o occipital, por
exemplo, que uma porta por onde entram foras para o organismo. O
frontal outra porta por onde as foras vitais penetram no organismo quando
se desenvolvem os chacras. O larngeo que, como j disse, tem ntima relao
com o prosttico, que o do sexo. Estes dois chacras so importantes para a
sade do organismo. Existe o chacra do fgado que, como se sabe, um
verdadeiro laboratrio. H que se desenvolv-lo para que o fgado trabalhe
corretamente, porque quando o fgado trabalha bem, o organismo marcha
muito bem.

EXERCCIO N. 1


Coloca-se o estudante de p, com os braos abertos em forma de cruz,
de lado a lado comear a dar voltas, a girar no sentido em que giram os
ponteiros do relgio (figura 1). claro que tambm os chacras giraro ao se
realizar este exerccio com alguma intensidade e depois de algum tempo de
prtica.
Temos que fazer de conta que estamos parados no centro de um
relgio e girar como os ponteiros, at completar 12 voltas, claro que alguns
comearo com poucas voltas at que chegar o dia de fazer as 12. As voltas se
faro com os olhos abertos. Quando se terminam os giros, fechar-se-o os
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olhos para no cair, pois se acaba um pouco enjoado segundo as voltas que se
consiga dar. Tem-se que chegar a fazer o exerccio completo, isto , 12 voltas.
Com os olhos fechados, permanecer p discpulo at que haja
desaparecido o enjo. Entretanto, continuar suplicando, rogando,
implorando Me Divina para que suplique a sei Divino Esposo, que lhe
rogue para que conceda a cura de tal ou qual rgo enfermo. O discpulo
estar plenamente identificado com o Logos, suplicando intensamente Me
Divina para que Ela interceda por ele ante o Logos.


EXERCCIO N. 1


Girando sobre si mesmo 12 voltas, no mnimo, no sentido dos ponteiros
do relgio.

FIGURA N. 1
















Temos que girar da esquerda para direita, porque entre os mdiuns
espiritistas os chacras giram da direita para a esquerda, de forma negativa e
isso no serve. Ns no somos mdiuns nem nada nesse estilo. Portanto, o
sistema que lhes estou ensinando maravilhoso, porque permite o
desenvolvimento dos chacras e a cura de enfermidades. Todos os exerccios se
complementam.
Quando executarem o exerccio de forma prtica, h que se
concentrarem profundamente na Divina Me Kundalini e com os ps juntos,
ao estilo militar, em posio firme, braos abertos lado a lado, rodando da
esquerda para a direita, pediro intensamente o que mais desejam. Antes de
tudo, cura para o rgo que tenha enfermo e, depois, que girem seus chacras.
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claro que se giram da esquerda para direita, da mesma forma que os
ponteiros de um relgio, visto de frente, os chacras giraro positivamente de
maneira que dem as voltas ao ritmo que considerem conveniente. O indicado
so 12 voltas; se da querem seguir com outras mil, isso coisa de cada um.
Durante essas voltas, deve concentrar-se em sua Divina Me
Kundalini, pedir-lhe que chame o Esprito Santo e que lhe rogue a cura do
rgo enfermo, que suplique ao Logos que o cure. Ademais, e isto muito
importante, h que se abrir esse rgo enfermo, dizendo-lhe:

ABRE-TE SSAMO!

Este poderoso mantra, que figura em As Mil e Uma Noites, deve ser
repetido, pelo menos, trs vezes. As pessoas sempre creram que somente um
conto agradvel aquele no qual aparece o mantra e no lhe tm prestado
muita ateno, porm Abre-te ssamo! um verdadeiro mantra. Abre-te
Ssamo! E se ordena ao rgo enfermo que receba a fora curativa vital, ento
penetra a fora do Esprito Santo dentro do rgo e claro que sara, que se
cura com a fora do Terceiro Logos; porm, h que faz-lo com muitssima f,
f e f.


EXERCCIO N . 2


Agora j terminaram de girar e abriram seus olhos. Agora se deitem
no solo em decbito dorsal, isto , boca para cima com os calcanhares juntos e
os ps abertos em leque, pernas estiradas, braos abertos lado a lado em
forma horizontal, olhando para o cu ou o teto da casa.
J em posio, se intensifica a concentrao, a meditao na Divina
Me Kundalini, rogando-lhe, suplicando-lhe que cure o rgo enfermo. Nesses
momentos, os que no esto se curando podem pedir por qualquer outra
necessidade, como pode ser para que a Divina Me elimine tal ou qual eu
psicolgico, tal ou qual defeito psquico, ou que desenvolva tal ou qual
faculdade ou poder, etc. Temos o direito de pedir, para isso so estes
exerccios.
Nesta posio, estendido de costas no solo, se suplica e se intensifica a
orao, o rogo, plenamente identificados com o Terceiro Logos. De maneira
que assim deitados j sabem agora suplicar e pedir em tal posio (figura n.
2).


FIGURA N. 2

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EXERCCIO N. 3


Uma vez deitados e havendo feito suas splicas, agora, levantem as
pernas de modo que fiquem em posio vertical (figura n. 3). J no h
necessidade de ter os braos em cruz. Com as mos pode ajudar a sustentar as
pernas, procurando ficar o mais vertical possvel, como aparece na figura n.
3, sem levantar as ndegas, ou, mais claramente, a cintura deve estar bem
colocada sobre o solo, pegada ao piso. Isso o que se chama no Oriente
Viparita-Karana-Mudra.










FIGURA N. 3








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Com esta posio o sangue flui para a cabea, chega ao crebro e pe
para trabalhar determinadas reas, fortificando todos os sentidos, pois
necessrio ter uma vista muito boa, bom olfato, bom tato, boa audio, bom
paladar, etc., etc., etc.
Permanece o estudante nesta posio intensificando seus rogos
Divina Me Kundalini, suplicando-lhe, rogando-lhe que o ajude a conseguir
com seu Divino Esposo o benefcio de que necessita a cura, a faculdade, a
desintegrao do agregado psquico, etc.
Bom, com isso j suficiente. Fez o exerccio, suplicou Me Divina
que traga o Terceiro logos e est plenamente identificado com Ele para que
sare ou nele desperte tal ou qual poder etc.
Estes 3 exerccios so complementares e se localizam perfeitamente nas
figuras 1, 2, e 3.
Como j disse estes exerccios tambm servem para despertar os
chacras e assim o estudante gnstico pode penetrar no caminho do despertar
da conscincia. Antes de tudo, tm que ser prticos, j conhecem a dana dos
dervixes, que so os giros, o Viparita-Karana-Mudra e outras posies.
Lembrem que h que se abrir o rgo enfermo com a imaginao,
ordenando-lhe imperiosamente: Abre-te ssamo! Abre-te ssamo! Abre-te
ssamo!
Todos esses exerccios no so meramente fsicos, seno que seis
maneiras de orao. um sistema diferente de curar-se e de rejuvenescer-se
mediante a orao. Os lamas praticam estes seis ritos sobre o tapetinho da
orao. Bom, pode ser tambm alfombra ou tapete, como se queira chamar
isto de acordo com os costumes e linguagens dos diferentes pases.



claro que a estes exerccios tem que se ir acostumando com muita
pacincia, com lentido, at que chegue o dia em que se faam os exerccios
com facilidade. Isto no para ser feito, tudo de uma vez, no. H que ir-se
acostumando o organismo lentamente e, pouco a pouco, vo-se fazendo os
exerccios, at faz-los corretamente. Nisso de acostumar o corpo, alguns, pois,
podem levar dias, outras semanas ou anos, etc.
Estes exerccios tampouco so para cidados de tal ou qual pas de
forma exclusiva: so para todos os cidados gnsticos do mundo. Eu no sei
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como possvel que as pessoas estejam envolvidas nessa questo do
patriotismo, isso de que minha ptria e a sua no so as mesmas. Os homens
dividiram a Terra em lotes e mais lotes e em cada lote pem uma bandeira,
levantam esttuas a seus heris e enchem as fronteiras com hordas selvagens
armadas at os dentes, etc., e a isso chamam de ptria.
muito triste que a Terra esteja dividida em lotes. Dia chegar em
que a humanidade da Terra tenha que mudar, mas desgraadamente s ser
possvel depois do grande cataclismo, ento teremos convertido o planeta
Terra em uma s grande ptria..., porm atenhamo-nos aos exerccios que
estou ensinando.


EXERCICIO N. 4


Agora, ajoelhe-se a no solo, colocado de joelhos em direo ao oriente
(figura n. 4), para onde sai o sol. Incline a cabea um pouco para baixo,
apenas um pouco, no muito. Em seguida far uns 3 pranaiamas, assim:


PRANAIAMA


Coloque o dedo indicador da mo direita sobre a fossa nasal esquerda,
inale pela fossa direita. Agora pressione com ambos os dedos, indicador e
polegar, as duas fossas e detenha o alento por alguns segundos. Seguidamente,
destape a fossa esquerda e exale todo o ar. A seguir, inale pela fossa nasal
esquerda, tapando a direita com o polegar, pressione com indicador e polegar
e detenha o alento e logo exale pela fossa direita. Isto um pranaiama
completo. Repete-se o exerccio duas vezes mais, at completar trs
pranaiamas.
Lembre-se de que s se usam os dois dedos, exclusivamente o
indicador e o polegar da mo direita: obstrui-se com um, inala-se pela outra
fossa nasal, fecham-se as duas, destapa-se a outra, etc; um jogo que, quando
se fecha com um, se destapa com o outro e
vice-versa. J feito esses exerccio, agora baixe
sua cabea, entre em orao Divina Me
Kundalini-Shakty, suplicando-lhe o que
voc necessita etc. Pranaiama, a cincia
do controle da respirao.

FIGURA N. 4


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EXERCCIO N. 5


Agora, assim como est, incline seu corpo para trs, conservando a
posio de joelhos (figura n. 5), continuando com os braos unidos ao longo
do corpo. Agora incline o corpo bem para trs, at onde agente,
permanecendo nessa posio alguns segundos, rogando, suplicando,
implorando Bendita Me Kundalini que interceda por voc ante o
Sacratssimo Esprito Santo, para que conceda o benefcio que pediu, seja de
cura ou de qualquer outra ndole.
Este exerccio bem mais curto por ser forte ou forado, porm
muito bom para mobiliar o corpo e queimar algumas toxinas. O interessante
faz-lo o melhor que pudermos.
Lembrem muito bem de que, em cada exerccio, h necessidade de
rogar e suplicar intensamente, se for preciso chorando, para que Ela chame o
Terceiro Logos e cure o rgo que est enfermo. Lembrem que Ela a
mediadora, a que pode invocar o Logos, que seu Divino Esposo, o
Sacratssimo Esprito Santo Shiva (como dizem no Oriente), o Arqui-
hierofante e Arquimago, o Primognito da Criao, o Cisne de viva
plumagem, a Pomba Branca, o Imortal Hiram Abiff, o Mestre secreto contra
quem cometemos todos ns o erro, no passado, de assassinar, e o assassinamos
quando cometemos o pecado original. Por isso, necessitamos ressuscit-lo de
entre os mortos, exclamar com todas as foras de nosso corao: O Rei est
morto! Via o Rei! Orando Divina Me para que interceda por ns diante do
Esprito Santo.

FIGURA N. 5
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EXERCCIO N. 6

Agora, procedero da seguinte maneira: sentar-se-o no solo com
pernas estiradas para diante e as mos colocadas para trs sobre o solo, o
tronco do corpo um pouco inclinado para trs apoiado nas mos, a cabea
olhando para frente, calcanhares juntos, ps abertos em forma de leque
(figura n. 6). Aqui de novo fazem a petio, a splica com muita f e devoo
Me Divina.

FIGURA N. 6














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EXERCCIO N. 7


Agora, para executar este exerccio s suficiente encolher um pouco
as pernas, colocando as plantas dos ps no solo e levantando as ndegas e o
estmago, ficando assim na posio de mesa, isto , com os joelhos e o
abdmen em uma mesma linha horizontal.
O rosto deve ficar olhando para cima, para o cu ou teto da casa. O
corpo deve ficar apoiado pelas mos e pelos ps, porm com a boca para cima,
formando uma mesa humana, conforme a figura n. 7.
Nesta posio devem intensificar-se os rogos e suplicas Bendita Me
Kundalini, implorando-lhe que invoque seu Divino Esposo, o Sacratssimo
Esprito Santo, para que venha e lhe faa a cura de que necessita. Isto eu j
expliquei vrias vezes, porm, bom que no se esquea para que o exerccio
seja completo, porque no se trata s de algo meramente fsico, trata-se de
algo distinto, espiritual, equilibrado.

FIGURA N. 7


























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FIGURA N. 8





















EXERCCIO N. 8


Veremos agora o exerccio chamado Mayurasana. Antes de tudo,
necessrio que volte a fazer trs pranaiamas completos, tal como os fez no
exerccio n. 4. (Observer a figura n. 8) Aps fazer os pranaiamas com muita
devoo e encomendar-se a sua Divina Me Kundalini, colocar-se- na posio
de lagartixa, como aparece nas figuras n. 9 e 10.
Aps fazer os pranaiamas com muita devoo e encomendar-se a sua
Divina Me Kundalini, colocar-se- na posio de lagartixa, como aparece na
figura n. 9A.
Muita gente pratica a lagartixa para acabar com o abdmen volumoso,
isto , com o que ns chamamos barriga, o estmago gorducho, inflado.
Este exerccio n. 8 consta de duas posies ou movimentos, a saber:






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1) movimento: Com as palmas das mos sobre o solo, apoiado
maneira de lagartixa, sustentar-se nas pontas dos ps com as pernas estiradas
para trs. O rosto olhando para frente, conservando em linha reta a cabea, a
nuca, as costas, o traseiro e as pernas at os calcanhares, tal como uma
lagartixa. (Figura n. 9).

FIGURA N. 9









FIGURA N. 10











2) movimento: ento baixe a cabea, ponha-a debaixo do peito o mais
que possa e logo faa o seguinte movimento: baixe o estmago e as pernas
contra o solo, apoiado sobre as mos e as pontas dos ps, sem dobrar os
braos. Logo volte primeira posio, para cima, logo para baixo, para cima,
etc., (figura 10). Aqui rogue Divina Me Kundalini para que ative todos os
seus chacras.








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EXERCCIO N. 9

Agora, aproveitando o rito anterior, continue com este exerccio. Da
mesma posio anterior, como tem a cabea debaixo do peito, no exerccio de
lagartixa, tendo as mos quietas em seu lugar, avance uns passinhos curtos
para adiante, at ficar convertido em um arco humano, tal como est na
figura n. 11.

FIGURA N. 11












Assim, apoiado nos ps e mos, com a cabea colocada debaixo do
peito, formando em perfeito arco humano, pode e deve entrar em orao,
pedindo, suplicando, rogando, como j ensinei, Me Divina, pelo que mais
necessite. Por debaixo podem passar carros e carretas, porque deve formar
uma espcie de arco humano.
Agora, depois de permanecer um momento nessa posio de orao,
abaixe um pouco os joelhos, abaixe o corpo, levante as mos e se ponha de p.
Termina assim o exerccio.
Lembre-se de que com essa posio de arco humano, tal como o fez se
consegue que o sangue flua cabea, eliminado toxinas, enfeixando e
irrigando por meio da linfa todas as zonas do crebro.
Estes exerccios so muito especiais para acabar com o estmago
volumoso. No sei por que s pessoas lhes encanta manter a curva da
felicidade. No se deve ter jamais estmago cheio de gordura. Com este
exerccio adeus, barriga.







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EXERCCIO N. 10


Coloca-se deitado em decbito dorsal sobre o solo, a seguir levantam-
se as pernas, colocando-as em forma vertical sobre a parede. Para este
exerccio, deve-se colocar bem junto parede, as costas sobre o solo, sem
almofada, braos ao lado do corpo, um pouco flexionados, sobre o piso.
(Figura n. 12).

FIGURA N. 12















Este exerccio especial para realizar um grande trabalho, que
somente o Sacratssimo Esprito Santo pode executar dentro de nosso
organismo. Acontece que ns temos no crebro uma lua, o que nos converte,
de fato, em seres lunares, com uma conduta negativa e lunar. Em troca, na
regio do umbigo, temos um sol maravilhoso.
Desde que samos de Paraso, mudou-se em ns o sol luminoso do
crebro, o qual passou ao umbigo e a lua fria passou ao crebro. Ento,
conhecendo este aspecto e estando nesta posio, rogamos ao Sacratssimo
Esprito Santo para que nos faa esse transplante, para que tire a lua do
crebro e a coloque em nosso umbigo e, por sua vez, nos tire o sol luminoso do
umbigo e o deposite em nosso crebro.
claro que nos toca fazer de forma incessante, constante, permanente,
o exerccio do Viparita-Karana-Mudra. Temos que rogar, suplicar, implorar ao
Esprito Santo que nos conceda essa graa de nos fazer essa mudana: colocar
no umbigo a lua que temos no crebro e o sol que temos no umbigo leva-lo at
nosso crebro.
Este um trabalho que somente o Terceiro Logos pode fazer. Deve-se
implorar e suplicar profundamente, concentrado no Terceiro Logos, para que
Ele venha e nos faa esse transplante da lua ao umbigo e do sol ao crebro.
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Este Viparita-Karana-Mudra um verdadeiro rito, maravilhoso para
conseguir o rejuvenescimento do corpo fsico. Voltar a reconquistar a
juventude urgente e necessrio, j que o corpo deve permanecer vigoroso e
rejuvenescido, no iniciado que marcha pela senda do fio da navalha.
Quem conseguir azer este exerccio por um perodo de trs horas,
vencer a morte e reconquistar a juventude, ainda que se deva comear com,
no mximo, cinco minutos e depois ir aumentando o tempo paulatinamente,
lentamente, com pacincia, devagar, aumentando, por exemplo, um minuto
diariamente.
Aos que anelem rejuvenescer o corpo e curar-se de toda enfermidade,
aqui damos a frmula maravilhosa: o Viparita-Karana-Mudra. Entendido?


EXERCCIO N. 11

VAJROLI-MUDRA

TRANSMUTAO PARA SOLTEIROS


Vamos entrar no estudo do sexto rito, que se relaciona exatamente com
o Vajroli-mudra. Trata-se da transmutao da energia sexual. Este tipo de
energia o mais fino que o organismo produz. , digamos, a fora mais sutil
com a qual trabalha o corpo.
O veculo humano tem certos canais muito finos, por onde circula a
energia, a qual pode sair de seus condutos. Quando a energia irrompe em
outros canais, claro que se produz catstrofe. A energia sexual uma fora
explosiva maravilhosa, que temos que aprender a conduzir sabiamente, se
que queremos verdadeiramente a auto-realizao ntima do Ser.
Sem dvida, o Vajroli-mudra muito especial para os solteiros, ainda
que tambm ajude os casados. De forma especfica poderamos dizer que os
solteiros tm com o Vajroli-mudra um sistema fundamental para se sustentar
em Brahmacharya , ou seja, em castidade.
Os que no tm mulher, ou as mulheres que no tm marido, tm que
se sustentar em Brahmacharya, claro, at o dia em que tenham os homens
sua sacerdotisa e as mulheres seu marido.
Muitos solteiros gostariam de estar cumprindo suas funes sexuais,
aqui e por todas as partes, com distintas mulheres. Isso fornicao e est
proibido para os aspirantes ao adeptado.
O indivduo que verdadeiramente aspire chegar ao adeptado no pode
estar se mesclando com distintas mulheres, porque neste caso est violando a
Lei, est contra o Sexto Mandamento da Lei de Deus.

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O solteiro deve manter-se firme em Brahmacharya at que lhe chegue
sua esposa, e no possvel manter-se em Brahmacharya quando no se sabe
transmutar a energia sexual.
Aquele que quiser aprender a transmutar tem que conhecer a fundo o
Vajroli-mudra. Se no conhece, no sabe, no tem cincia para a
transmutao.
Entre outras coisas, o Vajroli-mudra tem a vantagem de que o solteiro
possa, apesar de estar s, conservar sua potncia sexual, no perder sua
virilidade. Normalmente, rgo que no se usa se atrofia. Se algum deixa de
usar uma mo, esta se atrofia. Se deixar de usar um p, este no funciona
mais. Assim, tambm, se deixam de usar seus rgos criadores, simplesmente
estes se atrofiam e o homem se torna impotente, ento, j caminha mal.
Com o Vajroli-mudra vocs podem conservar sua potncia sexual toda
a vida. No quero dizer, e explico que com o Vajroli-mudra v o indivduo
criar os corpos existenciais superiores do Ser, no. Eu no estou fazendo esse
tipo de afirmaes, nem estou dizendo que com isso se vai conseguir a auto-
realizao ntima do ser. Quem quiser se auto-realizar tem que trabalhar na
Forja dos Ciclopes, isso claro. Acontece que, com o Vajroli-mudra, trabalha-
se com uma fora; no caso do homem, com a masculina e, no caso da mulher,
com a feminina, nada mais.
J para criar os corpos existenciais superiores do Ser se necessita de
algo mais, necessita-se trabalhar com as trs foras da natureza e do cosmos:

FORA MASCULINA
(no homem)
FORA FEMININA
(na mulher)
FORA NEUTRA
(que concilia as duas)

Como j disse anteriormente, a masculina o Santo Afirmar, a
Feminina o Santo Negar e a neutra o Santo Conciliar. claro que para que
haja criao se necessita das trs foras, por isso que o Maithuna
indispensvel para poder criar os corpos existenciais superiores do Ser. As
pessoas comuns e correntes no possuem os corpos astral, mental nem causal.
Tais corpos tm que ser criados e somente podem ser criados mediante a
Maithuna ou magia sexual. No obstante, repito, o Vajroli-mudra serve aos
homens que no tm mulher, s mulheres que no tm esposo e tambm aos
casais que esto trabalhando com a Sahaja Maithuna, porque os ajuda a
sublimar e transmutar a energia sexual.
, pois, o Vajroli-mudra, muito til para solteiros e casados, para
solteiras e casadas. Bem, j com esta explicao, vou dar a tcnica do Vajroli-
mudra.
59

Estou aqui parado, em posio de sentido, olhando para frente; ponho
as mos na cintura, na forma de uma jarra, com os polegares para trs (figura
n. 13A) e inalo at encher os pulmes de ar. Logo, ponho as palmas das mos
sobre as coxas, pela frente e vou-me inclinado para diante, nem para os lados
nem para trs, seno como quem est fazendo uma reverncia muito profunda
e sigo baixando as palmas de minhas mos at chegar aos joelhos.
Simultaneamente, vou exalando a ar, de modo que, quando j posso tocar
meus joelhos, no tenho ar nos pulmes (figura n. 13B).
Aqui estamos prontos para continuar o exerccio, porm ainda no
inalei o ar, meus pulmes esto completamente vazios. Agora, continuo
subindo as mos em direo aos rgos criadores, porm ainda no enchi os
pulmes de ar. Agora fao uma massagem sobre minha prstata, para que a
vibrao toque a prstata e se realize a transmutao sexual. No s fao a
massagem sobre a prstata, como posso e devo faz-la sobre os rgos sexuais,
com firmeza. Logo aps ter realizado a massagem sobre os rgos criadores
(figura n. 13C) ento, lentamente vou levantando o corpo, vou-me
endireitando, enquanto meus ps permanecem unidos e firmes em terra.
Ponho-me reto e levo novamente as mos cintura em forma de jarra, de lado
a lado conforme ilustra a figura n. 13A).

FIGURAS N. 13 A, B e C












Uma vez tendo realizado a massagem e colocado as mos na cintura,
inalo enchendo os pulmes de ar, levando a energia at o crebro pelos canais
I d e Pingal. Logo, exalo lentamente e repito o mesmo procedimento por trs
vezes (trs HAM-SAH).
Em relao s massagens sobre a prstata e sobre os rgos sexuais, h
trs tipos: a) massagem suave sobre a prstata e rgos criadores; b)
massagem mdia, ou seja, um pouco mais forte e c) massagem forte.



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bvio que a massagem forte sobre a prstata e os rgos sexuais
produz a ereo do falo, isso claro, tem que ser assim, por isso aconselhvel
este terceiro tipo de massagens. especial para solteiros. Assim, quando o falo
est em ereo, se produz a transmutao do smen em energias e se faz subir
at o crebro.
Quanto aos casados, convm-lhes o primeiro e segundo tipo de
massagens, nada mais, ou com o primeiro mais que suficiente, posto que
tenham mulher e, claro, levam o falo ereo completa por meio da Sahaja
Maithuna. A tm, pois, o que no Oriente chamam de Vajroli-mudra.
No caso da mulher, o Vajroli-mudra igual, s que as massagens
devem ser realizadas ou as deve fazer a mulher nos ovrio esquerdo e direito e
sobre seus rgos femininos, na vagina ou yoni, para ser mais claro. Ento, se
produz a transmutao da energia sexual da mulher.
O mesmo deve fazer a mulher casada, ainda que no necessite
massagem forte, somente suave. A solteira necessita massagem um pouco mais
forte a fim de produzir a transmutao de usa prpria energia sexual.
necessrio que essa energia suba ao crebro.
Necessita-se, pois, de que haja uma grande fora de vontade durante o
Vajroli-Mudra, que nenhum pensamento luxurioso cruze pela mente dos
estudantes. H que controlar os sentidos h que controlar os sentidos, h que
subjugar a mente.
Quando se pratica o Vajroli-mudra tem-se que estar concentrado na
Divina Me Kundalini, ou no Terceiro logos. Concentrando-se exclusivamente
nos rgos sexuais e se esquecendo da Me Divina e do Terceiro Logos, ento,
no se sublima a energia, e isso contra a Lei Csmica.
Ademais, tenha-se em conta que, se o ser humano no tem suficiente
pureza em seus pensamentos, pode degenerar-se e converter-se em um
masturbador. Para os impuros e masturbadores ser o abismo e a morte
segunda, onde se ouve pranto e ranger de dentes.
Assim, pois, o Vajroli-mudra para homens e mulheres completamente
castos, que verdadeiramente estejam dispostos a seguir a senda da mais
absoluta castidade.
O Vajroli forte, muito forte, somente se pode praticar uma vez ao dia e
pata isso se necessita que o indivduo seja muito srio e respeitoso com seu
prprio corpo. Isto para solteiros. Um indivduo casado no necessita praticar
Vajroli forte, pois consegue a ereo com sua esposa sacerdotisa.
Do mesmo modo, uma mulher que tenha marido no necessita praticar
Vajroli forte, pois transmuta suas energias com seu marido. Tanto casadas
como casados devem fazer suas massagens de Vajroli sumamente suaves. O
que se buscar elevar essa energia criadora, sutil e delicada, at o crebro.



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No caso do homem casado suficiente, como j indiquei s uma ligeira
massagem sobre a prstata e rgos sexuais. Igualmente para a mulher
casada, uma ligeira massagem sobre os ovrios e o tero, de forma muito sutil
e suave, pois no prejudica em nada e se pode praticar cada vez que se
trabalhe com os seis ritos ensinados neste livro, sem o menor prejuzo.
Assim, se sublima a energia sexual constantemente, incessantemente e
se aproveita para a regenerao.
Estou falando, pois, muito claro, para que me entendam. Este sistema,
tal como ensinei aqui, o sistema Tibetano. Repito que se necessita de pureza
e nada de luxria, nem de maus pensamentos passionais, porque, nesse caso, o
fio da espada se volta e o estudante pode rodar ao abismo por fazer mau uso
destes ensinamentos.
Eu creio que os irmos gnsticos j entenderam a finalidade do
Vajroli-Mudra, e no me cansarei de repetir que este o sistema mais prtico e
preciso de transmutao sexual para solteiros.
Ao ensinar a prtica do Vajroli-mudra, tenho que dizer o seguinte: a
anttese fatal do Vajroli-mudra o vcio horripilante, imundo e abominvel da
masturbao. Os que praticam a masturbao vo para o abismo, para a
morte segunda, por haver profanado seu prprio corpo, por haver insultado
com seus atos o Esprito Santo, o Terceiro logos.
Cuidem-se muito bem, ento, os irmos e irms que pratiquem o
Vajroli-mudra, para no carem no vcio abominvel e repugnante de
masturbao. O Vajroli-mudra algo muito santo, muito sagrado e se requer
para pratic-lo, uma tremenda castidade, uma grande santidade, um enorme
amor ao Sacratssimo Esprito Santo e Divina Me Kundalini.
Tambm devo esclarecer que no quero dizer que, com o Vajroli-
mudra, se vai despertar a Kundalini, ou que se possam criar os corpos
existenciais superiores do Ser, no. Unicamente se transmuta o smen em
energia, isso tudo. claro que, para despertar a Kundalini se necessita de
cooperao das trs foras da natureza e do cosmo, e isto j dissemos
anteriormente, porm vale a pena record-lo uma vez mais para que o gravem
muito bem na mente.
A primeira fora o Santo Afirmar, a segunda fora o Santo Negar e
a terceira fora o Santo Conciliar. Esta ltima une e concilia as duas
primeiras. Assim, pois, a Kundalini s pode ser desenvolvida por meio da
magia sexual ou Sahaja Maithuna, ou seja, com a cooperao das trs foras.
O homem tem a fora positiva, a mulher tem a fora negativa e o
Esprito Santo concilia ambas. Com a fuso das trs foras desperta a Divina
Princesa Kundalini.




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Os corpos existenciais superiores do Ser no poderiam ser criados com
uma s fora. O homem tem uma fora, o Santo Afirmar, a mulher s tem a
fora negativa, o Santo negar. S possvel fazer criao com a unio das trs
foras: a positiva ou masculina, a negativa ou feminina e a neutra que
coordena e mescla ambas.
A transmutao sempre indispensvel, uma necessidade orgnica,
fundamental. Foi necessrio falar amplamente sobre este aspecto, j que o
Vajroli-mudra, por exemplo, que um sistema maravilhoso de transmutao
para solteiros, se pratica na ndia, no Tibete e na Lamaseria da Eterna
Juventude. O objetivo deste sistema elevar a energia criadora at o crebro,
ou seja, seminizar o crebro e cerebrizar o smen.

Samael Aun Weor
























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SUMRIO

EXERCCIOS DE LAMASERIA

PRLOGO......................................................................................185
CAPITULO I REFLEXIONEM, IRMOS.....................................187
CAPITULO II PALADINOS GNSTICOS...................................194
CAPITULO III HABITANTES DO SOL........................................196
CAPITULO IV HABITANTES DO SOL SRIO............................201
CAPITULO V SONHOS INTEIS...............................................203
CAPITULO VI CHAVE DE SOL..................................................208
CAPITULO VII LEI DO TROGO-AUTO-EGOCRTICO-
CSMICO-COMUM........................................................................217
CAPITULO VIII EXERCCIOS DE LAMASERIA.........................222

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