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Apostila Direito Administrativo - GMF

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DIREITO ADMINISTRATIVO

Professores Clvis Feitosa e Gustavo Brgido



APRESENTAO: ADMINISTRAO PBLICA

CONCEITO:

Em vrios momentos do nosso estudo, seja nos livros ou fazendo questes de concurso, iremos
encontrar a expresso Administrao Pblica. Mas o que significa propriamente esse termo?

Na definio sugerida pela doutrina
1
, Administrao Pblica corresponde face do Estado (o
Estado-Administrao) que atua no desempenho da funo administrativa, objetivando atender
concretamente os interesses coletivos. Ela pode ser entendida em dois sentidos:

1) SENTIDO FORMAL, SUBJETIVO OU ORGNICO como o conjunto de agentes, rgos e
pessoas jurdicas (seja de direito pblico ou de direito privado) aos quais atribudo o exerccio da
funo administrativa. Constitui a prpria maquina administrativa. Assim, essa definio leva em
considerao os sujeitos que exercem a atividade administrativa.

2) SENTIDO MATERIAL, OBJETIVO OU FUNCIONAL a Administrao Pblica
corresponde a um conjunto de funes ou atividades de carter essencialmente administrativo, tais
como o fomento, a polcia administrativa, o servio pblico e a interveno administrativa, todas
disciplinadas pelo regime jurdico de Direito Pblico. Compreende a prpria funo administrativa,
ou melhor, a prpria atividade que exercida por aqueles entes e pessoas.

Assim, conjugando os dois sentidos acima, pode-se definir a Administrao Pblica como
um conjunto de pessoas jurdicas, de rgos pblicos e de agentes pblicos que esto, por lei,
incumbidos do dever-poder de exercer a funo ou atividade administrativa, consistente em realizar
concreta e imediatamente os fins constitucionalmente atribudos ao Estado.

QUESTES - CESPE/UnB

01. (CESPE/UnB - TCNICO JUDICIRIO REA ADMINISTRATIVA TRT 6
REGIO/2002) - A atividade administrativa, como projeo objetiva da administrao pblica,
inclui a polcia administrativa, a qual executa e fiscaliza as restries impostas por lei ao exerccio
dos direito individuais em benefcio do interesse coletivo.


1
Dirley da Cunha Jnior e Marcelo Novelino, Constituio Federal para Concursos, 2010.


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02. (CESPE/UnB - AGU/2004) A Administrao pblica, em seu sentido formal, o conjunto de
rgos institudos com a finalidade de realizar sanes as opes polticas e os objetivos do
governo; em seu sentido material, o conjunto de funes necessrias ao servio pblico em geral.

Gabarito: C - C
PRINCPIOS ADMINISTRATIVOS

1. INTRODUO

Durante algum tempo, os princpios eram vistos como valores meramente ilustrativos e sem
nenhum carter vinculativo. As normas que obrigavam eram as regras.

Nesse ponto, houve uma grande evoluo no pensamento jurdico e a doutrina moderna
(ps-positivismo ou neoconstitucionalismo) aponta que o Direito atualmente formado tanto por
Normas-regras (ou simplesmente regras) como por Normas-princpios (ou princpios)
2
. Ambos
com o mesmo recado: devem ser obedecidos.

Essa significativa mudana ocorreu a partir da constatao de que no verdadeira a crena
de que as normas jurdicas em geral tragam sempre em si um sentido nico, objetivo e vlido para
todas as situaes que incidem. Conforme ensina Luis Roberto Barroso, nesse contexto sobreveio a
ascenso dos princpios, cuja carga axiolgica e dimenso tica conquistaram, finalmente, eficcia
jurdica e aplicabilidade direta e imediata. Princpios e regras passam a desfrutar do mesmo status
de norma jurdica sem embargo de serem distintos no contedo, na estrutura normativa e na
aplicao.

E o que seriam princpios administrativos? Segundo Gustavo Barchet, princpios
administrativos so os valores, as diretrizes, os mandamentos mais gerais que orientam a
elaborao das leis administrativas, direcionam a atuao da Administrao Pblica e condicionam
a validade de todos os atos por ela praticados.

Podemos extrair, da definio acima, as funes dos princpios:

1) Orientar na elaborao das Leis;
2) Direcionar o agente no momento de aplicar a lei (interpretao);
3) Condicionar a validade do ato praticado. Se o ato infringir algum principio, estar invlido.

E onde os princpios administrativos podem ser encontrados? E mais: de que modo eles
se apresentam? Eles podem ser encontrados na Constituio ou nos atos normativos
infraconstitucionais (como nas Leis citadas abaixo) de modo expresso ou implcito (tcito).

Tendo a Constituio como parmetro, observe como se apresentam os princpios:


2
Em sntese lapidar, Alexy estabelece que o ponto decisivo entre regras e princpios reside em que os princpios so
normas ordenadoras de que algo se realize na maior medida possvel, dentro das possibilidades jurdicas e reais
existentes. So mandamentos de otimizao. As regras, ao contrario, s podem ser cumpridas ou no. Ou tudo ou nada.


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Expressos: Tambm chamados de princpios bsicos administrativos. Esto previstos no
art. 37, caput, da CF/88. So eles: LEGALIDADE, IMPESSOALIDADE, MORALIDADE,
PUBLICIDADE E EFICINCIA. o famoso LIMPE.

Implcitos: Principio da Proporcionalidade/Razoabilidade e Principio da Finalidade.

E quais princpios podem ser encontrados nas Leis administrativas? Antes de qualquer coisa,
preciso dizer que existem diversas leis administrativas
3
. Observe no quadro abaixo algumas dessas
Leis e o assunto principal por elas disciplinado:

LEIS (exemplos) ASSUNTO
8.112/90 Estatuto dos Servidores Pblicos Civis Federais
8.666/93 Lei Geral de Licitaes e Contratos
Administrativos
8.987/95 Lei de Concesses e Permisses de Servios
Pblicos
9.784/99 Lei de Processo Administrativo
10.520/02 Lei do Prego
11.107/05 Lei de Consrcios Pblicos


Pois bem, em todas essas leis iremos encontrar princpios expressos e implcitos. Pois bem,
tendo como referncia a Lei 9784/99 iremos observar os seguintes princpios expressos: legalidade,
finalidade, motivao, razoabilidade, proporcionalidade, moralidade, ampla defesa,
contraditrio, segurana jurdica, interesse pblico e eficincia. J como princpio implcito o
da verdade real.

O que importa destacar, enfim, que os princpios, dentro dessa nova fase ou movimento
jurdico, seja ele expresso ou no, possui papel destacadssimo no Direito, sendo a sua obedincia
obrigatria para Administrao. No por outro motivo sua forte incidncia nas provas de
concurso. A propsito, com base nesses conceitos, observe, essa questo da FCC/TRF 5
regio/2008:

Os princpios informativos do Direito Administrativo:
(A) ficam restritos queles expressamente previstos na Constituio Federal.
(B) consistem no conjunto de proposies que embasa um sistema e lhe garante a validade.
(C) ficam restritos queles expressamente previstos na Constituio Federal e nas Constituies
Estaduais.
(D) so normas previstas em regulamentos da Presidncia da Repblica sobre tica na
Administrao Pblica.
(E) so regras estabelecidas na legislao para as quais esto previstas sanes de natureza
administrativa.

3
Conforme ensina Odete Medauar, no Direito administrativo a importncia dos princpios ainda maior, pois, no
ordenamento brasileiro, o Direito Administrativo no est codificado (no h um cdigo de direito administrativo
como h no direito tributrio, penal, civil). Existem textos sobre matrias especficas, sem que forme um todo
sistematizado. Com efeito, os princpios administrativos atuariam como fios a interligar esses diversos assuntos e
leis, deixando o direito administrativo mais coeso.



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Gabarito oficial definitivo: letra b


2. PRINCPIOS CONSTITUCIONAIS EXPRESSOS ou PRINCPIOS BSICOS:

2.1. Princpio da Legalidade
Como sabido, at o Sculo XVIII, predominava o chamado Estado Absolutista ou de
Polcia, caracterizado na idia de que o Rei era livre para agir, sem limites impostos pelas normas.
A mxima superior do absolutismo, conforme ensina Jos dos Santos Carvalho Filho,
poderia se resumir na frase o que agrada ao Rei tem fora de Lei (quod principi placuit legis
habet vigorem). de se imaginar a sensao de insegurana que existiam nas relaes jurdicas,
podendo ser mudada, extinta ou criada ao sabor do Monarca.
Em flagrante oposio a esse pensamento, e inclusive a substituindo, eclodiu o Estado de
Direito, a partir da Revoluo Francesa. A idia trazida por essa concepo simples e inspiradora:
substituir a vontade individual do monarca pela vontade geral. E essa vontade geral, tendo
como herana a clssica tripartio de Poderes de Montesquieu, dever ser concretizada em uma
norma emanada do Poder Legislativo, com reconhecida legitimidade popular.
Com efeito, nesse novo estgio, o Estado obrigatoriamente s poder fazer o que est na Lei.
Excluem-se as arbitrariedades e se inclui o ideal de segurana jurdica, tanto para os
Administradores como para os particulares.
A imposio de comportamentos unilaterais pelo Poder Pblico s ser possvel se estiver
respaldado em Lei.A sociedade j sabe que seus indivduos s sero obrigados a fazer ou deixar de
fazer algo se estiver previsto em Lei. Da o enunciado do art. 5 II da CF que diz Ningum ser
obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa seno em virtude de Lei.
A legalidade requer observncia de todos, seja da Administrao, seja dos particulares.
Para a Administrao Pblica, a legalidade administrativa, em essncia, indica que seus
agentes s podem fazer o que a Lei determina ou autoriza. agir apenas secundum legis, nunca
contra legem ou praeter legem.
Mas que lei essa na qual a Administrao est obrigada a respeitar? De acordo com
Reinaldo Moreira Bruno, abrange todas as espcies legislativas previstas no art. 59 da CF e
tambm os regulamentos internos, ordem de servio e outros.
Para os particulares, a legalidade possui um perfil diverso, com uma maior incidncia de
liberdade, que pode ser sintetizada nos seguintes termos: as partes podero fazer tudo o que a lei
no probe. a autonomia das vontades.


Esquematizando:

LEGALIDADE
Direito Privado
Direito PblicoDireito
Administrativo
- Aos particulares tudo possvel,
desde que no contrarie a Lei;
- Incidncia da Autonomia das
Vontades, garantindo ampla liberdade ao
particular na gesto de seus interesses.
- Administrao Pblica s pode fazer
o que a Lei determina ou autoriza;

- Administrar uma atividade
infralegal, consistente na expedio de


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comandos complementares Lei.
Assim, a vontade da Administrao a
que decorre da Lei, havendo ausncia
ou reduo de liberdade. Por isso,
alguns autores chamam o principio da
legalidade de restritividade.


2.2. Princpios da Impessoalidade:

A atuao impessoal da Administrao Pblica imperativo que funciona como uma via de
mo dupla, pois se aplica em relao ao administrado e ao administrados. Assim, o princpio da
impessoalidade pode ser visto sob dois prismas distintos:

em relao aos administrados: a funo administrativa deve ser uma atividade
destinada a satisfazer a todos e por isso a Administrao Pblica no poder atuar discriminando
pessoas determinadas de forma gratuita, a no ser que esteja presente o interesse pblico. Com
efeito, a atividade administrativa deve ser destinada a todos os administrados, sem discriminao
nem favoritismo, constituindo um desdobramento do princpio da isonomia (art.5, caput).

em relao aos Administradores: a responsabilidade dos atos administrativos
praticados no deve ser imputada ao agente e sim pessoa jurdica Administrao
Pblica direta ou indireta. Alm disso, sob essa prima, se veda a promoo pessoal de
autoridades e servidores pblicos nas propagandas pblicas, evitando nomes,
smbolos ou imagens desses agentes (art. 371 CF).

Observao:
Para Hely Lopes Meirelles, o princpio da impessoalidade est relacionado ao princpio da
finalidade, pois a finalidade se traduz na busca da satisfao do interesse pblico. Para fins de
concurso, esse tem sido o entendimento adotado pelas bancas. Para exemplificar, observe essas
questes:

(FCC - Tcnico Judicirio Adm - TRE-PE/2004) - A Constituio Federal no se referiu
expressamente ao princpio da finalidade, mas o admitiu sob a denominao de princpio da
(A) impessoalidade.
(B) publicidade.
(C) presuno de legitimidade.
(D) legalidade.
(E) moralidade.
Gabarito oficial definitivo: letra A

(CESPE/Hemobrs/2008) O princpio da impessoalidade prev que o administrador pblico deve
buscar, por suas aes, sempre o interesse pblico, evitando deste modo a subjetividade.
Gabarito oficial definitivo: correto

2.3. Princpio da Moralidade

Ser que tudo que legal honesto?


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Tendo esse questionamento em tela (e note que essa indagao remonta Roma), vrias
escolas filosficas e jurdicas tentaram justificar seus pontos de vista. Sob o enfoque jurdico, uma
melhor sistematizao passa a ser concebida na Frana (1927), merecendo destaque os
ensinamentos de Maurice Hauriou.

Sintetizando seu tirocnio, podemos afirmar que a moral administrativa no apenas
observar o que legal ou ilegal, o bem e o mal, o justo e o injusto, mas tambm o honesto e o
desonesto. Em outros termos, agir de acordo com a Lei e de modo honesto, respeitando os
costumes e a boa-f objetiva dos administrados. Moralidade Administrativa o conjunto de regras
de conduta retirada da disciplina interna da Administrao.

Sem dvidas no mbito de atuao do Poder Discricionrio que se verifica com mais
intensidade a necessidade de obedincia a esse princpio. Com efeito, no basta o agente pblico
afirmar que praticou o ato de acordo com a permisso da Lei. preciso indagar se o ato praticado
tambm honesto e obedece aos demais preceitos ticos.

Como exemplo, imagine que determinado Estatuto permita, caso o servidor efetivo ocupe
certo cargo comissionado por 5 anos consecutivos, o direito a um acrscimo. Imagine que durante
16 anos, esse servidor ocupou o cargo comissionado. Entretanto, toda vez que estava prximo de
completar o qinqnio, era exonerado (ato discricionrio) e logo aps alguns meses, era
novamente nomeado. Esse ato no ilegal....mas moral?

luz da jurisprudncia ptria, infringem tal princpio: a) realizao de gastos excessivos, a
pretexto de outorga de ttulos e honrarias, com bebidas, comestveis, peas de vesturio etc ( TJSP-
Ap. 186.613-1/0); b) o custeio, pela municipalidade, das despesas de viagem ao exterior da esposa
do prefeito, em companhia dele, o que no representa nenhum benefcio para o municpio, ainda
que ela dirigisse algum rgos pblico; sendo idntica a concluso em relao s despesas com
viagem do prefeito no autorizadas pela Cmara Municipal (STJ, Resp. 37.275-5); c) abertura de
conta-corrente em nome de particular para movimentar recursos pblicos, independentemente da
demonstrao de prejuzo material aos cofres pblicos (STF, RE 170.768-2).

interessante ainda destacar, consoante a doutrina moderna, que a moralidade
administrativa abrange padres objetivos de condutas exigveis do administrador pblico, no
importando a finalidade ou intenes dos agentes pblicos.

Como forma de sancionar esses desvios de comportamentos, existe um remdio
prprio e especfico: a ao popular (art. 5, LXXIII
4
).


Observao:

Ainda sobre a necessidade de obedincia ao principio em tela, principalmente nos atos
discricionrios, observe, desde logo, questo recente sobre o tema:

4
LXXIII - qualquer cidado parte legtima para propor ao popular que vise a anular ato lesivo ao patrimnio
pblico ou de entidade de que o Estado participe, moralidade administrativa, ao meio ambiente e ao patrimnio
histrico e cultural, ficando o autor, salvo comprovada m-f, isento de custas judiciais e do nus da sucumbncia;


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(Analista Administrativo rea: Direito ANATEL- 2009) Governadores de estado devem
obrigatoriamente observar o princpio da moralidade pblica na prtica de atos discricionrios.

Gabarito Definitivo: Correto.



2.4. Princpio da Publicidade

Com a Constituio de 1988, temos uma ruptura na forma do Estado brasileiro lidar com a
divulgao de dados e informaes quando comparado com a sistemtica constitucional anterior
(Constituio de 1967-69). Antes, a regra era o segredo, a invisibilidade dos atos estatais. Agora, a
concepo segredista de Estado deve ser tratada como exceo, pois, como bem sintetiza Noberto
Bobbio, a democracia governo do poder pblico em pblico.

Assim, o princpio da publicidade tem como viga-mestra a idia de dar transparncia ou
visibilidade a toda atuao administrativa, permitindo o controle dos atos praticados.

A doutrina costuma diferenciar a publicidade geral da restrita. Acompanhe:

PUBLICIDADE GERAL: busca assegurar o conhecimento, por toda a sociedade, dos
comportamentos pblicos e envolve a publicao no rgo oficial dos atos de efeitos gerais ou
externos, ressalvadas as excees legais. Defende Raquel Melo Urbano de Carvalho que em
relao publicidade geral, vige, em regra, o principio da simetria ou do paralelismo das formas, no
sentido que se certo ato administrativo para surgir submeteu-se a divulgao no rgo oficial, para
ser alterado ou extinto devem observar a mesma publicidade (divulgao no rgo oficial).

PUBLICIDADE RESTRITA: busca assegurar que as pessoas diretamente
interessadas em determinado ato, tenham dele conhecimento, como, por exemplo, atravs de
notificao, citao ou intimao, a obteno de certido para defesa de direitos e esclarecimento
de situaes, presena do interessado no local onde o ato ser praticado, vista dos autos e etc. Em
regra, a publicidade utilizada quando a publicidade geral no exigida, ou seja, para atos de
efeitos internos ou de carter individual. Assim, os atos internos da Administrao Pblica no
necessitam de publicao no dirio oficial.

tambm, com a publicidade, que os atos e contratos administrativos passam ter a condio
de eficcia, ou seja, s com a devida divulgao que haver a produo dos efeitos esperados.

So instrumentos constitucionais, utilizados para assegurar o recebimento de informaes, o
prprio Direito de Petio (art.5, inc. XXXIV, letra a; habeas data (art. 5., inc. LXXII, da CF) e o
Mandado de Segurana, individual ou coletivo (art. 5., incs.LXIX e LXX, da CF) e etc.


- Excees ao princpio da publicidade:
O aludido princpio comporta algumas excees elencadas pela prpria Constituio (art. 37, 3.,
inc. II. Assim, ao decidir pelo oferecimento ou no de informao, dever a Administrao respeitar
o art. 5, X, que assegura o direito intimidade das pessoas, e tambm o inciso XXXIII ligados a


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atos e atividades relacionadas com a segurana da sociedade ou do Estado. Regulando esse ltimo
dispositivo, tem-se a Lei 11.111/05.

- Procedimento policial investigativo x direito do defensor em obter informaes: SMULA
VNCULANTE N 14: direito do defensor, no interesse do representado, ter acesso amplo aos
elementos de prova que, j documentados em procedimento investigatrio realizado por rgo com
competncia de polcia judiciria, digam respeito ao exerccio do direito de defesa

- Propagandas estatais:
Por fim, outro ponto relativo a publicidade o atinente propaganda das obras e servios
administrativos realizados pelas Entidades Administrativas. Conforme j sabemos, de
acordo com o principio da impessoalidade, esse anncio s ser admitido se tiver
objetivo educativo, informativo ou de orientao social, proibindo-se a promoo pessoal
de autoridades ou de servidores pblicos por meio de divulgao de nomes, smbolos e
imagens (art. 37 1 da CF).

2.5. Princpio da Eficincia

Inserido pela Emenda Constitucional n 19/98, o princpio da eficincia visa
aperfeioar os servios e as atividades prestadas, buscando otimizar os resultados e
atender o interesse pblico com maiores ndices de rapidez (ausncia de burocracia e
presena de celeridade e dinmica), perfeio (servio satisfatrio e completo) e
rendimento (mais economicidade e produtividade).
Segundo Dirley da Cunha Jr., possvel visualizar o princpio da eficincia sob dois
aspectos, a saber:

VOLTADO AO MODO DE ORGANIZAR E ESTRUTURAR A ADMINISTRAO
PBLICA. Ao estudar um pouco de nossa histria administrativa, iremos perceber,
conforme Bresser Pereira, que passamos por 5 (CINCO) momentos ou estgios no modo
como se organizou a Administrao Pblica brasileira. Acompanhe:
Primeiro perodo: o da Administrao Oligrquica e Patrimonial, vigente antes
da Revoluo de 1930 e ainda a milhas de distncia dos princpios administrativos,
sobretudo os da impessoalidade e legalidade;
Segundo Perodo: ocorre com a Reforma Burocrtica de 1936. Cria-se o regime
jurdico dos funcionrios pblicos que comeam a profissionalizar-se e a Administrao
passa a desdobrar-se em novos entes, para cumprir novas misses (o modelo de
autarquias surge exatamente nesse perodo).
Terceiro Perodo: sintetizado na Reforma Desenvolvimentista de 1967, de que o
Decreto-Lei n 200 o smbolo maior. Objetiva articular melhor os rgos e entes
administrativos, de descentralizar, de criar um regime mais flexvel para alguns desses
entes. Entretanto, parte da pretenso dessa norma se frustrou no tempo, em virtude do
receio de que o uso de frmulas privadas pela Administrao gerasse uma fuga
generalizada para o direito privado.
Quarto Perodo: coincide, na viso do citado jurista, com a promulgao da
Constituio de 1988, havendo um retrocesso ao modelo burocrtico, pois, mesmo ainda
existindo os vrios tipos de entes da Administrao Indireta, inclusive os privados,
sujeitou-os as rgidas formalidades burocrticas (licitao, concurso pblico).Assim, existe
o retorno da Administrao Burocrtica.


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Quinto Perodo: o perodo atual, culminado com a Reforma Administrativa
implementada pela Emenda Constitucional n 19 de 1998, arquitetada pelo prprio
Bresser Pereira, enquanto Ministro de FHC. o modelo do Estado mnimo. Por isso, o
principio da eficincia associado a mudana de uma Administrao Burocrtica para
uma Administrao Gerencial, refletido, por exemplo, na criao de agncias
reguladoras e contratos de gesto;

VOLTADO AO MODO DE ATUAO DO AGENTE PBLICO: A eficincia
aparece como requisito indispensvel para a aquisio e perda da estabilidade do
servidor, conforme as regras do art. 41 da CF. Assim, mesmo aps a estabilidade (3
anos), o servidor dever ser avaliado periodicamente para analisar a sua eficincia, na
forma de lei complementar, possibilitando at a sua exonerao, caso seja ineficiente.

Conforme ensina Fernanda Marinela, tambm representa a implantao do
princpio da eficincia as regras quanto racionalizao da mquina administrativa,
definidos no art.169 da Constituio. A Administrao Pblica no pode, com despesa de
pessoal, exceder os limites previstos na Lei de Responsabilidade Fiscal (LC 101/00).

Por derradeiro, embora introduzido no texto constitucional somente em 98, o
princpio da eficincia j constava de nossa legislao infraconstitucional, a exemplo das
previses constantes do Dec.-lei n. 200/67 (arts. 13 e 25, inc. V), da Lei de Concesses e
Permisses (Lei n. 8987/95, arts. 6., 1., e 7., inc. I) e do Cdigo de Defesa do
Consumidor (Lei n. 8.078/90, arts. 4., inc. VII, 6., inc. X, e 22, caput).

QUESTES DE CONCURSO Lista 1:

01. (Esaf-Oficial de Chancelaria MRE/2004) A determinao constitucional de
tratamento isonmico encontra, na Administrao Pblica, seu principal apoio no
seguinte princpio:
a)impessoalidade;
b) moralidade;
c) eficincia;
d) legalidade;
e) razoabilidade

02. (Esaf-Procurador de Fortaleza/2002) O princpio constitucional da eficincia
vincula-se noo da administrao:
a) patrimonialista
b) descentralizada
c) gerencial
d) burocrtica
e) informatizada

03. (Cespe-Juiz Substituto TJSE/2004) - A obrigao dos rgos pblicos de permitir
o acessode particulares a informaes de seu interesse particular materializa, no texto
constitucional brasileiro, um dos aspectos do princpio da publicidade.



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04. (Cespe-Auxiliar Judicirio / reas Administrativa e Judiciria TJAP 2004) A
legalidade, a impessoalidade, a moralidade, a publicidade e a eficincia constituem
princpios expressos do direito administrativo brasileiro.

05. (FCC-Analista Judicirio rea Judiciria TRE BA/2003) - As afirmaes abaixo
esto relacionadas obrigatoriedade de obedincia dos princpios constitucionais pela
administrao pblica.
I. Os princpios devem ser obedecidos pela administrao de quaisquer Poderes.
II. A obrigatoriedade de obedincia destina-se administrao direta, no alcanando as
empresas pblicas.
III. Todas as entidades estatais (Unio, Estados, Distrito Federal e Municpios) devem
obedincia queles princpios.
Est correto APENAS o que se afirma em
a) II e III.
b) I e III .
c) I e II .
d) II .
e) I .

06. (Analista Judicirio Execuo de Mandados TRT 24 Regio/2003) - O Prefeito
Municipal passou a exibir nas placas de todas as obras pblicas a indicao
"GOVERNO TOTONHO FILHO". Assim agindo, o governante ofendeu o princpio da
administrao pblica conhecido como:
a) moralidade.
b) impessoalidade.
c) autotutela.
d) razoabilidade.
e) publicidade.

07. (FCC-Tcnico Judicirio - Adm TRT 23 R/2004) - As smulas 346 e 473 do STF
estabelecem, respectivamente, que a administrao pblica pode declarar a nulidade
dos seus prprios atos e que a administrao pode anular os seus prprios atos,
quando eivados de vcios que os tornem ilegais, porque deles no se originam direitos;
ou revog-los, por motivo de convenincia ou oportunidade, respeitados os direitos
adquiridos, e ressalvada, em todos os casos, a apreciao judicial. O princpio bsico
da Administrao Pblica que est consagrado nas respectivas smulas o princpio
da
a) supremacia do interesse pblico.
b) especialidade.
c) presuno de veracidade.
d) moralidade administrativa.
e) autotutela.

08. (FCC-Analista Judicirio Adm TRT 22 R/2004) - Depois de ingressar nos
quadros do executivo federal mediante concurso pblico, o servidor em estgio
probatrio foi dispensado por no convir Administrao a sua permanncia, aps ter
sido apurado, em avaliao especial de desempenho realizada por comisso instituda
para essa finalidade, assegurada a ampla defesa, que realizou atos incompatveis com


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a funo do cargo em que se encontrava investido. Referida dispensa est embasada,
precipuamente, no
a) elemento da impessoalidade.
b) requisito da publicidade.
c) princpio da eficincia.
d) princpio da imperatividade.
e) requisito de presuno de veracidade.

09. (FCC-Anal. Jud.Jud/Exec.MandTRT 9 R/2004) Aps tomar cincia de
irregularidades praticadas pela Assemblia Legislativa de seu Estado, o cidado Jos
da Silva diligenciou junto ao referido rgo, oportunidade em que lhe foi negado o
direito de obter certides que esclarecessem tal fato. Com essa recusa, foi
desrespeitado o princpio da
a) eficincia.
b) impessoalidade.
c) tipicidade.
d) motivao.
e) publicidade.

10. (FCC-Procurador PGE-SE/2005) - Uma autoridade administrativa presenciou a
prtica de ato de subordinado seu, a configurar ilcito administrativo. Considerando-se
que tal autoridade tem competncia para aplicar ao subordinado a respectiva
penalidade disciplinar,
a) dever aplic-la de imediato, sob pena de estar, por sua vez, praticando ato ilcito
ao omitir-se na defesa do interesse pblico.
b) poder aplic-la de imediato, invocando o princpio da verdade sabida.
c) ainda assim dever iniciar processo administrativo, tendente aplicao da
penalidade, em razo do princpio da inrcia.
d) poder aplic-la de imediato, invocando o princpio da autotutela.
e) ainda assim dever iniciar processo administrativo, tendente aplicao da
penalidade, em razo do princpio da ampla defesa.

11. (FCC-Analista Judicirio rea Administrativa TRT 11 Regio 2005) - O
principio bsico que objetiva aferir a compatibilidade entre os meios e os fins, de modo
a evitar restries desnecessrias ou abusivas por parte da Administrao Pblica,
com leses aos direitos fundamentais, denomina-se
a) motivao
b) razoabilidade
c) impessoalidade
d) coercibilidade
e) imperatividade

12. (FCC-Gestor Fazendrio GEFAZ MG/2005) - Assinale a opo correta,
relativamente ao princpio da legalidade.
a) Tal princpio de observncia obrigatria apenas para a Administrao direta, em
vista do carter eminentemente privatstico das atividades desenvolvidas pela
Administrao indireta.


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b) No se pode dizer que todos os servidores pblicos estejam sujeitos ao princpio da
legalidade, na medida em que, para alguns, sua conduta profissional regida
precipuamente por regulamentos, editados pelo Poder Executivo.
c) A inobservncia ao princpio da legalidade, uma vez verificada, cria para o
administrador o dever e no a simples faculdade de revogar o ato.
d) Tal princpio no autoriza o gestor pblico a, nessa qualidade, praticar todos os atos
que no estejam proibidos em lei.
e) O princpio da legalidade caracterstico da atividade administrativa, no se
estendendo atividade legislativa, pois esta tem como caracterstica primordial a
criao de leis, e no sua execuo.

13. (Cespe-Juiz Substituto TJBA 2005) - No atinente aos princpios da
administrao pblica, julgue os itens que se seguem.
O princpio da proporcionalidade hoje amplamente reconhecido pela doutrina e pela
jurisprudncia brasileiras como um dos que regem a atividade administrativa, conquanto
remanesa como princpio implcito no ordenamento jurdico positivo do pas.

14. (FCC-Tcnico Judicirio rea administrativa TRE Acre/2003) - Pode-se afirmar
que uma empresa contratada pela Administrao Pblica para executar uma obra no
pode, de regra, interromper sua execuo e alegar falta de pagamento. Tm-se a o
princpio da
a) razoabilidade.
b) finalidade.
c) autotutela.
d)))continuidade.
e) impessoalidade.

15. (FCC- Defensor Pblico SP 2007) Princpios do Direito Administrativo:
a) O princpio da moralidade s pode ser aferido pelos critrios pessoais do
administrador.
b) So princpios explcitos da Administrao Pblica, entre outros, os da legalidade,
impessoalidade, moralidade, publicidade e eficincia.
c) O princpio da razoabilidade ou proporcionalidade no princpio consagrado
sequer implicitamente.
d) O princpio da publicidade obriga a presena do nome do administrador nos atos,
obras, servios e campanhas do Poder Pblico.
e) O princpio da motivao no exige a indicao dos pressupostos de fato e de
direito que determinarem a deciso administrativa.

16. (Juiz Substituto TJBA/2002) - A administrao pblica, como atividade regida pelo
direito, sujeita a regras e princpios, como os da moralidade, da legalidade e da
publicidade, entre outros; os princpios reitores da atividade administrativa pblica
podem decorrer da Constituio ou do ordenamento infraconstitucional e podem estar
previstos normativamente de maneira explcita ou podem encontrar- se implcitos na
ordem jurdica.



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17. (TRF/2002) A finalidade, como elemento essencial validade dos atos
administrativos, aquele reconhecido como o mais condizente com a observncia
pela Administrao do princpio fundamental da
a) legalidade
b) impessoalidade
c) moralidade
d) eficincia
e) economicidade

18. (Analista de Compras da Prefeitura do Recife 2003) - A finalidade, como
elemento essencial de validade do ato administrativo, corresponde na prtica e mais
propriamente observncia do princpio fundamental de
a) economicidade
b) publicidade
c) legalidade
d) moralidade
e) impessoalidade

19. (Auditor do Tesouro Municipal - Prefeitura do Recife 2003) - Com referncia aos
princpios constitucionais da Administrao Pblica, falso afirmar:
a) a moralidade tem relao com a noo de costumes.
b) a eficincia vincula-se ao tipo de administrao dito gerencial.
c) a publicidade impe que todos os atos administrativos sejam publicados em dirio
oficial.
d) a observncia da legalidade alcana os atos legislativos materiais, ainda que no
formais.
e)a impessoalidade pode significar finalidade ou isonomia.

20. (Analista Judicirio Adm - TRE-PE/2004) - No que tange aos princpios
constitucionais em relao ao Direito Administrativo, certo que o princpio da
a) publicidade absoluto, sofrendo restries apenas quando se tratar de promoes
e propaganda pessoal do agente pblico.
b) legalidade incide somente sobre a atividade administrativa, ficando excludas as
funes atpicas da esfera legislativa e da atividade jurisdicional.
c) impessoalidade nada tem a ver com os princpios da igualdade ou da finalidade,
porque os atos administrativos so sempre imputveis ao funcionrio que os
pratica.
d) moralidade impe expressamente Administrao Pblica a obrigao de realizar
suas atribuies com perfeio, rapidez e rendimento.
e) eficincia tambm boa administrao, pois deve-se sopesar a relao de custo-
benefcio, buscar a otimizao de recursos, em suma, tem-se por obrigao dotar
da maior eficcia possvel todas as aes do Estado.

21. (Analista Judicirio Jud/Sem Esp TRF 4 R/2004) - No que concerne aos
princpios administrativos, INCORRETO afirmar que
a) o princpio da moralidade impe ao administrador o dever de, alm de obedecer
lei jurdica, regrar suas condutas funcionais de acordo com a lei tica e em


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consonncia com regras tiradas da disciplina interior da Administrao, posto que
nem tudo o que legal honesto.
b) a busca pelo aperfeioamento na prestao de servios pblicos, exigindo do
administrador resultados positivos que atendam s necessidades da comunidade e
seus membros, caracteriza o princpio da eficincia.
c) o princpio da impessoalidade obriga a Administrao Pblica a agir de modo
imparcial em relao aos administrados, bem como probe a promoo pessoal de
autoridade ou servidores pblicos sobre suas realizaes.
d) os princpios administrativos previstos constitucionalmente representam uma
relao meramente exemplificativa de dogmas que devero ser obrigatoriamente
observados pelo administrador pblico.
e) o Poder Pblico pode criar obrigaes ou impor vedaes aos administrados,
independentemente da existncia de lei prvia.

22. (FUNRIO- Prefeitura de Coronel Fabriciano-MG-Advogado-2008) No que se refere aos
princpios da Administrao Pblica:
I. O princpio da legalidade implica na subordinao completa do administrador lei.
II. O ato de nomeao de servidor pblico para cargo de chefia no viola ao princpio da
impessoalidade.
III. O princpio da moralidade deve ser entendido com a conduta do homem ideal, sendo sempre
um conceito programtico.
IV. O princpio da publicidade possibilita, ao administrado, o controle da legalidade dos atos
administrativos.
V. O princpio da eficincia se confunde com os conceitos de eficcia e de efetividade.

correto afirmar que:
a) as alternativas I, III e IV esto corretas
b) as alternativas II, III e V esto corretas
c) as alternativas II, IV e V esto corretas
d) as alternativas I, II e IV esto corretas
e) as alternativas III, IV e V esto corretas

23. (FCC-ANALISTA JUDICIRIO TJ/PE) Com relao aos princpios constitucionais da
Administrao Pblica, considere:
I. A Constituio Federal probe expressamente que conste nome, smbolo ou imagens que
caracterizem promoo pessoal de autoridade ou servidores pblicos em publicidade de atos,
programas, obras, servios e campanhas dos rgos pblicos.
II. Todo agente pblico deve realizar suas atribuies com presteza, perfeio e rendimento
funcional.

As afirmaes citadas correspondem, respectivamente, aos princpios da
a) impessoalidade e eficincia.
b) publicidade e moralidade.
c) legalidade e impessoalidade.
d) moralidade e legalidade.
e) eficincia e publicidade



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24. (FCC- Analista Judicirio rea Administrativa TRT 24 Regio/2003) - O princpio
da moralidade administrativa diz respeito
a) moral paralela, que, embora ilegtima, deve ser acatada, porque lcita.
b) ao prprio princpio da legalidade e se identifica com a moral aceita pelo homo medius.
c) economia interna da Administrao, excluda sua apreciao pelo Poder Judicirio.
d) desonestidade e, portanto, se subordina ao interesse pblico ou finalidade do ato.
e)))ao conjunto de regras de conduta tiradas da disciplina interior da Administrao

25. (FCC- Analista Judicirio Execuo de Mandados TRT 21 Regio/2003) - No que
tange ao princpio da legalidade, a Administrao Pblica
(A)) limitada em face dos direitos subjetivos, vinculando- se lei como medida de exerccio do
poder.
(B) dever, desde que presente o interesse coletivo, atuar praeter legem.
(C) poder, desde que presente o interesse pblico, atuar contra legem.
(D) fica restrita fiscalizao e ao controle jurisdicional de sua atuao.
(E) dever revogar os atos ilegais que praticar, desde que o particular seja indenizado.

26. (FCC- Analista Judicirio rea Judiciria TRT 21 Regio/2003) - Considere o que
segue:
I.A imposio ao administrador pblico de uma ao planejada e transparente, com o fito de
prevenir riscos e corrigir desvios suscetveis de afetar o equilbrio das contas pblicas.
II. Os atos praticados pela Administrao Pblica devem ser abstratamente genricos e isonmicos,
sem consagrar privilgios ou situaes restritivas injustificadas.
III. A autolimitao do Estado em face dos direitos subjetivos e a vinculao de toda atividade
administrativa lei, como medida de exerccio do poder.

Tais disposies dizem respeito, respectivamente, aos princpios da
(A) publicidade, legalidade e moralidade.
(B))eficincia, impessoalidade e legalidade.
(C) impessoalidade, publicidade e legalidade.
(D) legalidade, eficincia e impessoalidade.
(E) moralidade, impessoalidade e eficincia.

27. (FCC- Tcnico Judicirio rea Administrativa TRT 5 Regio/2003) - A publicidade
de atos, programas, obras e servios dos rgos pblicos dever
(A))) ter carter educativo, informativo ou de orientao social.
(B) promover pessoalmente autoridades ou servidores pblicos.
(C) conter nomes, smbolos e imagens que identifiquem as autoridades responsveis.
(D) ser divulgada apenas por veculo oficial de rdio ou televiso.
(E) seguir o programa poltico-partidrio da autoridade responsvel.

28. (FCC-Analista Judicirio Adm - TRE-PE/2004) - No que tange aos princpios
constitucionais em relao ao Direito Administrativo, certo que o princpio da
(A) publicidade absoluto, sofrendo restries apenas quando se tratar de promoes e
propaganda pessoal do agente pblico.
(B) legalidade incide somente sobre a atividade administrativa, ficando excludas as funes
atpicas da esfera legislativa e da atividade jurisdicional.


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(C) impessoalidade nada tem a ver com os princpios da igualdade ou da finalidade, porque os atos
administrativos so sempre imputveis ao funcionrio que os pratica.
(D) moralidade impe expressamente Administrao Pblica a obrigao de realizar suas
atribuies com perfeio, rapidez e rendimento.
(E) eficincia tambm boa administrao, pois deve-se sopesar a relao de custo-benefcio,
buscar a otimizao de recursos, em suma, tem-se por obrigao dotar da maior eficcia possvel
todas as aes do Estado.

29. (FCC-Analista Judicirio Adm - TRE-PE/2004) - A Administrao Pblica obedecer,
dentre outros princpios, ao da segurana jurdica, que tem como manifestaes principais
(A) o contraditrio, a liberdade de reunio e a informao dos rgos pblicos, que, embora no
sendo relevantes, sustentam sociologicamente o princpio acima aludido.
(B) o devido processo legal, a liberdade de crena e de trabalho, ofcio ou profisso, que se
apresentam como fundamentos elementares desse princpio.
(C) a ampla defesa, a liberdade de locomoo e a livre manifestao do pensamento, que resultam
no fundamento jurdico do supra mencionado princpio.
(D) o direito adquirido, o ato jurdico perfeito e a coisa julgada, que se constituem em elementos
de supino relevo para dar significado eficiente ao supra referido princpio, que se encontra na base
do Direito.
(E) a presuno de inocncia, a liberdade de associao e a retroatividade que, tendo
importncia relativa, encontram-se na base do Direito e da sociedade.

30. (FCC-Analista Judicirio Jud TRT 22 R/2004) - Lus Antnio e Adelaide,
servidores pblicos do Poder Judicirio do Estado do Piau, discutiam temas pertinentes
Administrao Pblica daquele Estado, notadamente sobre os princpios que devem
nortear as correspondentes atividades. Em determinado momento, Adelaide inquiriu Lus
Antnio sobre qual desses princpios caracteriza o Estado Democrtico de Direito,
devendo a resposta correta recair sobre o princpio da
(A) impessoalidade.
(B) legalidade.
(C) probidade administrativa.
(D) presuno de legitimidade.
(E) indisponibilidade de interesse pblico.

31. (Analista Judicirio Adm TRT 8 R/2004) - Em matria de princpios bsicos e
norteadores das atividades do administrador pblico, analise:
I.A lei para o administrador pblico significa pode fazer assim.
II.Na Administrao Pblica no h liberdade nem vontade pessoal.
III.Na Administrao Pblica lcito fazer tudo o que a lei no probe.
IV.No exerccio de sua atividade funcional, o administrador pblico no est sujeito s
exigncias do bem comum.
V.O administrador pblico est, em toda a sua atividade funcional, sujeito aos mandamentos
da lei.
correto o que consta APENAS em
(A) I, pois h equivalncia com o princpio da moralidade.
(B) II e III, pois h equivalncia, respectivamente, com os princpios da autotutela e da
presuno de veracidade.


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(C) II e V, correspondendo, respectivamente, aos princpios da impessoalidade e da
legalidade.
(D) III, que corresponde ao princpio da eficincia.
(E) III e IV, pois h, respectivamente, correlao com os princpios da impessoalidade e da
publicidade.

32.( ANALISTA JUDICIRIO TJ PE) Com relao aos princpios constitucionais da
Administrao Pblica, considere:
I. A Constituio Federal probe expressamente que conste nome, smbolo ou imagens que
caracterizem promoo pessoal de autoridade ou servidores pblicos em publicidade de atos,
programas, obras, servios e campanhas dos rgos pblicos.
II. Todo agente pblico deve realizar suas atribuies com presteza, perfeio e rendimento
funcional.

As afirmaes citadas correspondem, respectivamente, aos princpios da
(A) impessoalidade e eficincia.
(B) publicidade e moralidade.
(C) legalidade e impessoalidade.
(D) moralidade e legalidade.
(E) eficincia e publicidade
QUESTO 75




Gabarito:

1.A 2.C 3.V 4.V 5.B 6.B 7.E 8.C
9.E 10.E 11.B 12.D 13.F 14.D 15.B 16.V
17.B 18.E 19.C 20.E 21.E 22.D 23.A 24.E
25.A 26.B 27.A 28.E 29.D 30.B 31.C 32.A

QUESTES DE CONCURSO LISTA 2
1. (CESPE/PGE-PA/Auxiliar/2007) A doutrina aponta como princpios do regime jurdico
administrativo a supremacia do interesse pblico sobre o privado e a indisponibilidade do interesse
pblico.

2. (CESPE/TCU/2007) A declarao de sigilo dos atos administrativos, sob a invocao do
argumento da segurana nacional, privilgio indevido para a prtica de um ato administrativo,
pois o princpio da publicidade administrativa exige a transparncia absoluta dos atos, para
possibilitar o seu controle de legalidade.

3. (CESPE/AGU/Advogado/2009) Com base no princpio da eficincia e em outros fundamentos
constitucionais, o STF entende que viola a Constituio a nomeao de cnjuge, companheiro ou
parente em linha reta, colateral ou por afinidade, at o terceiro grau, inclusive, da autoridade
nomeante ou de servidor da mesma pessoa jurdica investido em cargo de direo, chefia ou
assessoramento, para o exerccio de cargo em comisso ou de confiana ou, ainda, de funo


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gratificada na administrao pblica direta e indireta em qualquer dos poderes da Unio, dos
estados, do Distrito Federal e dos municpios, compreendido o ajuste mediante designaes
recprocas.

4. (CESPE/SEFAZ-AC/2009) O regime jurdico administrativo est fundado basicamente em dois
princpios: o da supremacia do interesse pblico sobre o privado e o da indisponibilidade, pela
administrao, dos interesses pblicos.

5. (CESPE/MPOG/2009) Os princpios bsicos da administrao pblica no se limitam esfera
institucional do Poder Executivo, ou seja, tais princpios podem ser aplicados no desempenho de
funes administrativas pelo Poder Judicirio ou pelo Poder Legislativo.

6. (CESPE/TCE-AC/2008) O princpio da legalidade tem por escopo possibilitar ao administrador
pblico fazer o que a lei permitir. No entanto, esse princpio no tem carter absoluto, uma vez que
um administrador poder editar um ato que no esteja previsto em lei, mas que atenda ao interesse
pblico.

7. (CESPE/PC-PA/Tcnico/2007) De acordo com o princpio da legalidade, permitido ao agente
pblico, quando no exerccio de sua funo, fazer tudo que no seja expressamente proibido pela
Constituio Federal.

8. (CESPE/AGU/Advogado/2009) De acordo com o princpio da legalidade, apenas a lei decorrente
da atuao exclusiva do Poder Legislativo pode originar comandos normativos prevendo
comportamentos forados, no havendo a possibilidade, para tanto, da participao normativa do
Poder Executivo.

9. (CESPE/TCU/2007) O atendimento do administrado em considerao ao seu prestgio social
angariado junto comunidade em que vive no ofende o princpio da impessoalidade da
administrao pblica.

10. (CESPE/ME/2008) A inaugurao de uma praa de esportes, construda com recursos pblicos
federais, e cujo nome homenageie pessoa viva, residente na regio e eleita deputado federal pelo
respectivo estado, no chega a configurar promoo pessoal e ofensa ao princpio da
impessoalidade.

11. (CESPE/TCU/2009) Caso o governador de um estado da Federao, diante da aproximao das
eleies estaduais e preocupado com a sua imagem poltica, determine ao setor de comunicao do
governo a incluso do seu nome em todas as publicidades de obras pblicas realizadas durante a sua
gesto, tal determinao violar a CF, haja vista que a publicidade dos atos, programas, obras,
servios e campanhas dos rgos pblicos dever ter carter educativo, informativo ou de
orientao social, dela no podendo constar nomes, smbolos ou imagens que caracterizem
promoo pessoal de autoridades ou servidores pblicos.

12. (CESPE/ANAC/Analista/2009) A insero de nome, smbolo ou imagem de autoridades ou
servidores pblicos em publicidade de atos, programas, obras, servios ou campanhas de rgos
pblicos fere o princpio da impessoalidade da administrao pblica



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13. (CESPE/PGE-PE/Procurador/2009) De acordo com o princpio da impessoalidade, possvel
reconhecer a validade de atos praticados por funcionrio pblico irregularmente investido no cargo
ou funo, sob o fundamento de que tais atos configuram atuao do rgo e no do agente pblico.

14. (CESPE/PC-PA/Tcnico/2007) A prtica do nepotismo na administrao pblica, caracterizada
pela nomeao de parentes para funes pblicas, pode ser considerada uma violao ao princpio
da impessoalidade.

15. (CESPE/AGU/Advogado/2009) Considere que Plato, governador de estado da Federao,
tenha nomeado seu irmo, Aristteles, que possui formao superior na rea de engenharia, para o
cargo de secretrio de estado de obras. Pressupondo-se que Aristteles atenda a todos os requisitos
legais para a referida nomeao, conclui-se que esta no vai de encontro ao posicionamento adotado
em recente julgado do STF.

16. (CESPE/IBRAM-DF/2009) Ofende os princpios constitucionais que regem a administrao
pblica, a conduta de um prefeito que indicou seu filho para cargo em comisso de assessor do
secretrio de fazenda do mesmo municpio, que efetivamente o nomeou.

17. (CESPE/PC-PA/Tcnico/2007) Conferir transparncia aos atos dos agentes pblicos um dos
objetivos do princpio da publicidade.

18. (CESPE/TCU/Tcnico/2007) Em obedincia ao princpio da publicidade, obrigatria a
divulgao oficial dos atos administrativos, sem qualquer ressalva de hipteses.

19. (CESPE/MPOG/2008) De acordo com o princpio da publicidade, a publicao no Dirio
Oficial da Unio indispensvel para a validade dos atos administrativos emanados de servidores
pblicos federais.

46. (CESPE/ABIN/2008) Com base no princpio da publicidade, os atos internos da administrao
pblica devem ser publicados no dirio oficial.

20. (CESPE/PC-RN/2009) O ncleo do princpio da publicidade a procura da economicidade e da
produtividade, o que exige a reduo dos desperdcios do dinheiro pblico, bem como impe a
execuo dos servios com presteza e rendimento funcional.

21. (CESPE/PC-PB/Delegado/2009) O princpio da eficincia na administrao pblica foi inserido
no caput do art. 37 da CF apenas com a edio da Emenda Constitucional n. 19/1998. Entretanto,
mesmo antes disso, j era considerado pela doutrina e pela jurisprudncia ptria como um princpio
implcito no texto constitucional. Sob o enfoque desse princpio, o princpio da eficincia,
relacionado na CF apenas na parte em que trata da administrao pblica, no se aplica s aes dos
Poderes Legislativo e Judicirio.

22. (CESPE/TRF-2/Juiz/2009) De acordo com o princpio da publicidade, os atos administrativos
devem ser publicados necessariamente no Dirio Oficial, no tendo validade a mera publicao em
boletins internos das reparties pblicas.



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23. (CESPE/TJ-RJ/Analista/2008) A violao ao princpio da finalidade no gera o chamado abuso
de poder, que aplicado nos casos em que o ato administrativo praticado por agente
incompetente.

24. (CESPE/MCT-FINEP/Analista/2009) Exige-se edio de lei formal para coibir a prtica do
nepotismo, uma vez que a sua vedao no decorre diretamente dos princpios contidos na
Constituio Federal.

Gabarito:

1.C 2.E 3.C 4.C 5.C 6.E
7.E 8.E 9.E 10.E 11.C 12.C
13.C 14.C 15.C 16.C 17.C 18.E
19.E 20.E 21.E 22.E 23.E 24.

ORGANIZAO ADMINISTRATIVA

1. INTRODUO:

Antes de comear o estudo propriamente da estrutura e organizao da Administrao
Pblica, interessante perceber quais os objetivos ou finalidades para a criao de tais entidades. E
so basicamente dois: prestao de servios pblicos e explorao de atividade econmica.
O servio pblico, de acordo com a combinao das conceituaes doutrinrias, pode ser
definido como toda atividade desempenhada centralizada ou descentralizada pelo Estado, visando
solver necessidades essenciais do cidado, da coletividade ou do prprio Estado (artigo 175/CF).
Exemplos: previdncia social, segurana pblica, servios de telefonia, iluminao pblica e etc.
Perceba que esses servios justificam a prpria existncia da Administrao Pblica e so tidos pela
doutrina majoritria como atividades tpicas.
J a explorao de atividade econmica s pode ser exercida de forma excepcional pelo
Poder Pblico, e, segundo a Constituio Federal (art. 173), s ser permitida para concretizar uma
das duas hipteses previstas: segurana nacional e relevante interesse coletivo.
E excepcional j que uma rea destinada pela prpria Constituio a iniciativa privada,
j que vige, no Brasil, a idia da livre concorrncia (art. 170, IV). Ento, essa rea dos particulares
e o Poder Pblico s far sua explorao atipicamente. E mais: quando assim fizer, o Poder Pblico
concorrer em p de igualdade com tais particulares, no gozando de prerrogativas frente a
iniciativa privada.
Perceberemos, no nosso estudo, que em algumas situaes, para que possa prestar servio
pblico ou explorar atividade econmica, a Administrao Pblica criar Pessoas Jurdicas para
tanto. E o que seria Pessoa Jurdica?
Pessoas jurdicas so entidades s quais a lei empresta personalidade, capacitando-as a
serem sujeitos de direitos e obrigaes. A principal caracterstica da pessoa jurdica o fato de ela
possuir personalidade prpria distinta da personalidade de cada um de seus membros. Repare que as
pessoas jurdicas podem ser criadas pelos particulares ou pelo Poder Pblico. No estudo do direito
administrativo, nos interessa esse ltimo grupo.



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2. CENTRALIZAO E DESCENTRALIZAO
5


Partindo da idia de que no existe hierarquia entre os entes federativos ou entes polticos
(Unio, Estado-membro, o Distrito Federal e Municpio) e que a prpria Constituio reconheceu a
autonomia entre esses entes, necessrio observar agora como cada um deles exerce as diversas
atividades administrativas. E isso pode ocorrer de duas formas: centralizada ou descentralizada.

Centralizada: ocorre sempre que a titularidade e execuo do servio for realizada pelo prprio
Ente Federativo sem passar por interposta pessoa, ou seja, o prprio ente realiza diretamente a
atividade administrativa que a Constituio imps. Conforme ensina Raquel Melo Urbano de
Carvalho, para que esse ente federativo consiga exercer todas as atribuies administrativas que
lhe so impostas pelo ordenamento, diretamente, em face dos cidados, importante que ocorra
uma distribuio interna de atribuies, que a doutrina chama de desconcentrao. desse
fenmeno que faz surgir os rgos pblicos (Exemplo: Ministrios da Educao, Secretaria de
Segurana e etc.).

Descentralizada: ao contrrio do que ocorre na centralizao, aqui entre a pessoa federativa
competente (Unio, Estado, DF ou Municpio) e o cidado beneficirio da atuao estatal
haver uma interposta pessoa, qual seja, a entidade descentralizada. Vale dizer que para haver
Administrao Descentralizada, preciso que haja o mnimo de duas pessoas: uma delas o
ente federativo que tem originariamente a titularidade da competncia administrativa que
repassa a titularidade e/ou execuo da competncia a outras pessoas. O grande Celso Antnio
Bandeira de Mello leciona que na descentralizao, o Estado atua por meio de seres que lhe so
juridicamente distintos, sejam criaturas suas, sejam particulares que recebem essa incumbncia.
A descentralizao pode ocorrer por trs mecanismos: a) descentralizao territorial (ou
geogrfica)
6
; b) descentralizao por servio ou outorga (tambm denominada descentralizao
funcional ou tcnica); c) descentralizao por colaborao ou delegao.

Em relao a essas duas ltimas formas de descentralizao, observe como a doutrina de
escol estabelece as diferenas entre elas:

DESCENTRALIZAO POR
SERVIOS (funcional, tcnica ou
outorga)
DESCENTRALIZAO POR
COLABORAO (ou delegao)
Feita por lei Feita por contrato ou ato
Cria pessoa jurdica de direito
pblico ou autoriza a criao de
pessoa jurdica de direito privado;
Atribui pessoa jurdica de direito privado
j existente a execuo de uma atividade;

5
O que ns iremos estudar nesse mdulo a centralizao/descentralizao ADMINISTRATIVA. No confunda com
a centralizao/descentralizao POLTICA. Esse ltimo tpico mais ligado intimamente ao Direito Constitucional,
pois reflete as formas como o Estado pode se organizar no nvel poltico. Em apertadssima sntese se pode afirmar que
existem o Estado Unitrio e o Estado Federado. No Estado Unitrio (Frana, Itlia, Portugal) no h descentralizao
poltica. J no Estado Federado, ao contrrio, a Constituio, ao repartir os poderes que entre os entes que lhe integram,
estabelece clara descentralizao de competncia legislativa. o caso do Brasil, do Mxico, da Argentina, EUA e da
Alemanha.
6
Atualmente no existe faticamente a descentralizao territorial no Brasil (os territrios), embora possa existir no
futuro, conforme proclama o art. 182 e art.33 da CF. Quando (e se) existirem, a doutrina entende que tero
competncia administrativa genrica com natureza de autarquias.


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Atribui a titularidade e execuo da
atividade administrativa;
Atribui somente a execuo da atividade
administrativa (titularidade permanece com
o Poder Pblico);
Sujeita-se tutela (controle possvel
se a lei autoriza e nos estritos limites
da permisso legislativa);
Controle mais amplo: Possibilidade de
alterao unilateral das condies de
execuo, de resciso unilateral e de
fiscalizao com poderes pressupostos,
mesmo se no expressos nos contratos
(clusulas exorbitantes);



ADMNISTRAO INDIRETA



Concessionrias/Permissionrias/Autoriza
trias



Aps essa viso panormica entre centralizao/descentralizao administrativa (e tambm
as diferenas entre os mecanismos de descentralizao) iremos caminhar pelo o estudo de
definies e expresses que aparecem constantemente nas Leis e na Constituio. Em particular, me
refiro aos conceitos de Administrao Direta e Indireta.

3) ADMINISTRAO INDIRETA

A Administrao Indireta decorre da DESCENTRALIZAO ADMINISTRATIVA POR
OUTORGA, que, como vimos no quadro acima, nada mais do que o mecanismo onde se atribui
uma atividade de interesse pblico a uma outra pessoa jurdica.

E QUEM FAZ PARTE OU COMPE A ADMINISTRAO INDIRETA? A
Administrao Indireta composta pelas Autarquias, Fundaes Pblicas, Empresas Pblicas e
Sociedades de Economia Mista. Assim, por exemplo, quando a Unio cria uma Fundao Pblica
(Ex. IBGE), ocorre uma descentralizao.

Todas essas entidades devem obedincia a um regime jurdico mnimo com normas e
principiologia em comum. Podemos destacar:


1) Para que quaisquer dessas entidades administrativas possam ser originadas preciso Lei
especfica (art. 37, XIX da CF)
7
. essa Lei que delinear as atividades e a estruturao bsica da
entidade que nascer. Uma vez criada, essas entidades tero personalidade jurdica prpria,

7
XIX - somente por lei especfica poder ser criada autarquia e autorizada a instituio de empresa
pblica, de sociedade de economia mista e de fundao, cabendo lei complementar, neste ltimo caso,
definir as reas de sua atuao; (Redao dada pela Emenda Constitucional n 19, de 1998)



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executando e atuando em nome prprio, assumindo o nus e o bnus dessa capacidade de auto-
administrao.

Perceba que essas entidades so criadas para o desempenho de atividades especficas e que
devem cumpri-la rigorosamente. Isso consagra, segundo a doutrina, o princpio da especialidade.

2) bom lembrar que o elo que une a Administrao Direta a Indireta no o hierrquico, ou seja,
inexiste subordinao hierrquica, por exemplo, entre INSS (autarquia) e o Ministrio da
Previdncia Social. O que existe uma relao de vinculao baseado no CONTROLE
FINALSTICO. Segundo Reinado Moreira Bruno, o controle finalistico (ou tutela administrativa ou
superviso ministerial) contrape-se hierarquia, pois incide somente aps a prtica dos atos, por
meio de verificao finalstica das atividades da entidade. Ademais, a tutela administrativa no se
presume, pelo que s existe quando a Lei expressamente a prev e nos precisos termos que a lei
estabelecer.

3) Devem obedincia aos princpios administrativos (art. 37, caput da CF);

4) Devem realizar, como regra, licitao e concurso pblico;

5) Por falar em concurso, o regime de pessoal pode ser o celetista/estatutrio;

6) Aplica-se, por fim, a regra da inacumulao remunerada de cargos ou empregos pblicos (art. 37,
XVII da CF).

7) Submetem-se a outras formas de controle como: controle parlamentar direto ( art. 49, X da CF) e
indireto (art. 70 da CF) , esse ltimo com o auxlio dos Tribunais de Contas e tambm ao controle
judicial da legalidade dos seus comportamentos comissivos e omissivos (art. 5, XXXV da CF)



CARACTERSTICAS ESPECFICAS DAS ENTIDADES DA ADMINISTRAO
INDIRETA:

3.1) AUTARQUIA ( ou entidades autrquicas):

Segundo a Lei (Decreto-Lei 200/67, art.5, I), autarquia o servio autnomo, criado por lei,
com personalidade jurdica, patrimnio e receita prprios, para executar atividades tpicas da
Administrao Pblica, que requeiram, para seu melhor funcionamento, gesto administrativa e
financeira descentralizada;

Adquirem personalidade jurdica com a edio de lei que as cria. Segundo o j citado art. 37,
XIX da CF, preciso uma Lei especfica (=LEI CRIA);

So Pessoas Jurdicas de Direito Pblico, pois exercem atividades tpicas dos entes federativos.
Assim, para o desempenho de atividade prpria do Estado, prev-se personalidade jurdica de
direito pblico;



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No possuem capacidade poltica (poder de legislar, como ocorre com os entes federativos).
Possuem apenas capacidade de auto-administrao para desempenho de uma funo especfica,
tpica do Estado;

E o que seriam atividades tpicas? Em que pese ser uma expresso extremamente fluida e
varivel no tempo e espao, como bem ensina Jos dos Santos Carvalho Filho, a doutrina
majoritria entende que so servios pblicos de natureza social e de atividades administrativas,
ficando excludo desse conceito os servios e atividades de cunho econmico e mercantil

Com efeito, gozam de autonomia administrativa e financeira, submetida apenas ao controle
finalstico pela Administrao Direta (No existe o chamado controle hierrquico);

Regime de Pessoal: Servidores ESTATUTRIOS ou CELETISTAS
8
;

Privilgios ou prerrogativas:

prescrio qinqenal de suas dvidas (Decreto-lei n 4.597/42);
Imunidade tributria (CF, art. 150, VI, a cumulado com o art. 150, 2);
prerrogativas processuais: as autarquias possuem prazo em qudruplo para contestar e em
dobro para recorrer ( art. 118 do CPC Cdigo de Processo Civil)
impenhorabilidade de seus bens, pois se os bens so pblicos deve incidir o sistema dos
precatrios (art. 100 da CF).


Tipos de Autarquias:

TIPOS DE
AUTARQUIAS
EXEMPLOS
ASSISTENCIAIS INCRA; SUDENE
PREVIDENCIRIAS INSS; IPM
CULTURAIS OU
EDUCACIONAIS
UFC; UFBA
PROFISSIONAIS ou
associativas
CFM; COFECI
ADMINISTRATIVAS IBAMA; AMC
DE CONTROLE Agncias Reguladoras (ANATEL, ANEEL, ANAC)



Observao:

1) OAB e a sua natureza sui generis:

8
No olvidar da deciso do STF no julgamento cautelar da ADI 2135/2007. Em termos simples, se pode afirmar,
que a partir da mencionada deciso o quadro de pessoal das autarquias (e tambm fundaes pblicas e
administrao direta) dever observar apenas o regime estatutrio, tendo a deciso assim efeito ex nunc.



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Segundo o STF, no julgamento da ADI n 3.026-DF, a OAB, ao contrrio das outras entidades de
fiscalizao profissional, no possui natureza autrquica. Resumindo esse ponto, segue lio de
Raquel Melo urbano de Carvalho que leciona: (...) tem-se as autarquias associativas dentre as
quais se destacam os Conselhos de Fiscalizao Profissional, exceo da OAB, atualmente
definida pelos Tribunais Superiores como entidade sui generis que no integra a Administrao
Pblica Direta ou Indireta e no possui natureza autrquica

2) Autarquias especiais
9
:
- As agncias Reguladoras so consideradas autarquias em regime especial pois possuem
prerrogativas especiais e de maior autonomia se comparadas com o modelo tradicional;
- Possuem a finalidade de regulamentar, fiscalizar e controlar a prestao de servios pblicos e as
atividades econmicas transferidas iniciativa privada;
- Peculiaridades importantes:
-> Procedimento de investidura diferenciado para os dirigentes: poder ser exigida prvia
aprovao pelo Senado Federal do nome escolhido pelo Chefe do Poder Executivo ( Ex. Presidente
da Repblica - CF, art. 84, XIV).Segundo o STF, essa necessidade de prvia aprovao por um
outro Poder NO enseja violao ao princpio da separao de poderes;

Uma vez investido, os dirigente exercem mandato fixo, e o afastamento se d somente nas
hipteses prevista em Lei, vedada de qualquer forma a substituio discricionria por parte do
Agente Poltico que os indicou;

Possuem Poder Normativo para regulamentar a execuo dos servios que fazem parte de
sua alada ( Ex.: Resoluo n 426/ ANATEL);

Das diversas agncias reguladoras criadas, apenas duas possuem previso constitucional:
a ANATEL (ART. 21, XI CF) e ANP (art. 177, 2, III CF).



3.2) FUNDAO PBLICA:

- Antes de comear o estudo das Fundaes Pblicas, preciso definir o objeto de nosso estudo. A
Fundao pode ser definida como patrimnio personificado, com vinculao a um fim no-
lucrativo e externo a quem criou a Fundao. O elemento humano que as compe mero
instrumento para a consecuo de suas finalidades.

- E quem pode instituir uma Fundao? Pode ser instituda tanto por particulares (Fundao
Roberto Marinho, Instituto Ayrton Senna e etc) como pelo Poder Pblico (FUNAI, FUNECE

9
Dentro desse grupo, a doutrina e jurisprudncia destacam (em menor nmero, verdade) as
Universidades Pblicas Federais em razo do art. 207 da CF (Art. 207. As universidades gozam de
autonomia didtico-cientfica, administrativa e de gesto financeira e patrimonial, e obedecero ao princpio
de indissociabilidade entre ensino, pesquisa e extenso) e as Agncias Reguladoras. Para fins do nosso
estudo, com a denominao de autarquias especiais, iremos tratar sob esse ttulo apenas esse ltimo
grupo.



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e etc). O grupo que nos interessa so as fundaes criadas pelo Poder Pblico, as chamadas
Fundaes Pblicas ou Estatais.

- Para a doutrina dominante
10
, a Fundao Pblica gnero sendo constituda por duas espcies: a
Fundao Pblica de Direito Pblico e a Fundao Pblica de Direito Privado. Para ambas, se
aplica um mesmo regime jurdico mnimo, a saber: a) vedao de acumulao de cargos ou de
empregos pblicos, b) obrigatoriedade de licitao e concurso pblico; c) controle pelos Tribunais
de Contas; d) benefcio da imunidade tributria (art. 150, 2 da CF).

- Para as Fundaes Pblicas de Direito Pblico, se entende, que se aplica o mesmo regime das
Autarquias e inclusive alguns doutrinadores, inclusive at o STF, a denominam de autarquias
fundacionais ou fundaes autrquicas. Nesse caso, tal como ocorre com as autarquias, a Lei cria a
entidade fundacional. Exemplo: FURG (Fundao Universidade Federal do Rio Grande).

- J para as Fundaes Pblicas de Direito Privado, aplica-se o regime jurdico privado da
administrao, muito prximo e equivalente das estatais que prestam servio pblico. Nesse caso,
tal como ocorre como a empresa pblica e sociedade de economia mista a lei autoriza a criao e
preciso o registro no local competente. Exemplo: Fundao Padre Anchieta.

- A Constituio menciona que uma Lei Complementar definir a rea de atuao das Fundaes
Pblicas (art.37, XIX)
11
. Repare que para nenhuma outra entidade administrativa existe a
vinculao de uma lei complementar, apenas para as Fundaes.

- Regime de pessoal: Servidores ESTATUTRIOS ou CELETISTAS
12
;



3.3) EMPRESA PBLICA e SOCIEDADE DE ECONOMIA MISTA

a) SEMELHANAS

- Adquirem personalidade jurdica com a Lei autorizando a criao e o registro dos estatutos nos
cartrios ou juntas comerciais (LEI AUTORIZA A CRIAO);

- So Pessoas Jurdicas de Direito Privado, significando dizer que se aplica contumazmente o
direito privado para reger seus comportamentos. Por outro lado, no se pode esquecer, que por
estarem inseridos no bojo da prpria Administrao, devem obedincia a um regime jurdico
mnimo de carter publicista, o que resulta assim, na verdade, em um regime hibrido;


10
Existem trs orientaes doutrinrias em matria de fundao. A teoria Monista (com duas variveis) e a teoria
Dualista. Esse ltimo entendimento o majoritrio e adotado por Maria Sylvia Zanella di Peitro, Digenes Gasparini,
Raquel Melo Urbano de Carvalho, Paulo Modesto e outros.
11
Essa Lei Complementar que definiria a rea de atuao dessas entidades se refere ao gnero Fundao Pblica ou a
uma das espcies? Questo divergente na doutrina. Para Alexandrino e Paulo, e lei seria uma referncia ao gnero
Fundao Pblica. J para Paulo Modesto seria uma referencia para as fundaes pblicas de direito privado. Existe um
projeto de lei complementar (PLC 92/2007) que adota o posicionamento esposado por esse ltimo.
12
No esquecer a j referida deciso do STF no julgamento cautelar da ADI 2135/2007. Em termos simples, se pode
afirmar, que a partir da mencionada deciso o quadro de pessoal das autarquias ( e tambm das Fundaes e
Administrao Direta) dever observar apenas o regime estatutrio, tendo a deciso assim efeito ex nunc.


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- Objeto de atuao: podem prestar servios pblicos ou explorar atividade econmica. Assim,
dessa dicotomia, existe o grupo das entidades que prestam servio pblico e o grupo das
exploradoras de atividade econmica. Essa classificao
13
bastante utilizada pela doutrina
principalmente em razo das ltimas decises do STF sobre o regime tributrio dessas entidades, ou
seja, qual desses grupos pode se beneficiar do benefcio da imunidade tributria?

- Regime de pessoal: H CELETISTAS (Empregados Pblicos);

- Conforme parte da doutrina, entre eles Alexandrino e Paulo, as empresas pblicas e sociedades de
economia mista no estariam sujeitos, pela redao literal da nova Lei de falncias, ao regime
falimentar e institutos afins (Lei 11.101/2005, art. 2).

-Exemplos:

Empresas pblicas: CEF, EBCT, SERPRO, ETTUFOR.

Sociedade de Economia Mista: Banco do Brasil S/A, Banco do Nordeste do Brasil S/A,
Petrleo Brasileiro S.A, etc.


b) DIFERENAS

As empresas pblicas possuem:
- Capital exclusivo do Poder pblico (no h a participao de particulares no capital votante);

- instituda pelo Poder Pblico sob qualquer forma jurdica admitida no Direito ( Ltda, S.A,
Comandita Simples, etc);

J as Sociedades de Economia Mista:

- Admite a participao de particulares no que diz respeito s aes com direito a voto ( 50% + 1
pertencente ao poder pblico);

- instituda, unicamente pelo Poder Pblico, sob a forma de S.A;


Observao:

1) Inconstitucional uma lei condicionar a nomeao de dirigente de uma empresa estatal
aprovao pelo Poder Legislativo?

13
A par da classificao das empresas pblicas e sociedade de economia mista em relao ao seu objeto, possvel
tambm classific-las em relao a dependncia financeira, surgindo assim o grupo das dependentes ( que so aquelas
que recebem recursos do ente federativo para custeio ou para pagamento de pessoal) e das independentes ( que por
outro lado so aquelas que se mantm com recursos prprios). E qual a importncia de mais uma classificao? Bom,
essa diferena quem faz a prpria Constituio Federal no art. 379, que em sntese vai afirmar que se a estatal for
do tipo dependente deve obedincia ao teto remuneratrio disciplinado pela Constituio. Se independentes,
entretanto, no esto sujeitas a esta limitao.


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Sim. Ao contrario do que se verifica para as Autarquias (ex.: agncias reguladoras) , segundo o
STF, no julgamento da ADI 1.642/MG (03.04.2008), lei que exige aprovao prvia do Poder
Legislativo para a nomeao, pelo Chefe do Poder Executivo, de dirigentes de empresas pblicas e
sociedades de economia mista, seja qual for o objeto da entidade (prestao de servios pblicos ou
explorao de atividade econmica) inconstitucional.

2) Criao de Subsidirias:

Antes de tudo, o que so as empresas subsidirias? Segundo Jos dos Santos Carvalho Filho,
empresas subsidirias so aquelas cujo controle e gesto de atividades so atribudos s empresas
estatais diretamente criada pelo Estado. Em outras palavras, o Estado cria e controla diretamente
determinada estatal e esta, por sua vez, passa a gerir uma outra estatal, tendo tambm o domnio do
capital votante. Agora, observe o que a CF, art. 37, XX, fala sobre as subsidirias: depende de
autorizao legislativa, em cada caso, a criao de subsidirias das entidades mencionadas no
inciso anterior, assim como a participao de qualquer delas em empresa privada. Pois bem, qual o
significado dessa expresso depende de autorizao legislativa, em cada caso? Segundo o STF
(ADI 1.649-DF), dispensvel a autorizao legislativa para a criao de empresas subsidirias,
desde que haja previso para esse fim na prpria lei que instituiu a entidade matriz, tendo em
vista que a lei criadora a prpria medida autorizadora. Assim, se a lei instituidora da entidade
(empresa pblica e sociedade de economia mista) j a autorizao em cada caso exigida pelo art.
37, XX da CF, sendo desnecessrio a edi de lei especial para constituio de cada subsidiria.


4. ADMINISTRAO DIRETA:

- Para entender a administrao direta, preciso recordar o conceito de Administrao
centralizada e a conseguinte distino com administrao descentralizada. Observe no esquema
inspirado em Raquel Melo Urbano de Carvalho:

Administrao Centralizada Administrao Descentralizada
Ente Federativo (Unio, Estados, DF e
Municipios) titular e prestador da
atividade,
Ente federativo transfere a titularidade e a
execuo ou somente a execuo da
atividade administrativa para pessoa distinta
do Estado.
S h uma pessoa ( o prprio ente
federativo),
H no mnimo duas pessoas: o ente
federativo e a pessoa interposta
Atuao direta por rgos ( como se disse,
h uma s pessoa o ente federativo que
age diretamente em favor do beneficirio da
atividade estatal, mediante suas reparties
internas: os seus prprios rgos)
Atuao indireta do ente federativo por
interposta pessoa (seres distintos como
autarquia, fundaes pblicas e etc).

Note que os Entes Federativos tm autonomia poltica, financeira e administrativa. So
consideradas pessoas jurdicas de direito pblico interno (possuem poderes polticos). Devem


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obedincia aos princpios administrativos, necessidade de licitao e concurso pblico e demais
regras pblicas. Por falar em concurso pblico, o regime de pessoal o estatutrio e/ou celetista
14
.

Se observarmos bem o conceito de administrao centralizada perceberemos que ele se
aproxima muito com o de Administrao Direta, havendo uma sobreposio de idias. Assim,
quando um Municpio, que tem a obrigao de prestar servios educacionais, cria um grupo escolar,
ele, o Municpio, que centralizadamente e diretamente optou em prestar tal atividade. Visando
imprimir eficincia a esse servio, o Municpio sofrer uma desconcentrao, surgindo assim os
rgos pblicos. Logo, esse grupo escolar surgido uma das vrias divises internas que esse ente
poltico vai realizar.

E essa diviso interna vai acontecer no s na rea educacional. Por via bvia, em todas as
reas que o ente poltico tem obrigaes de atuar e que acha interessante prestar diretamente haver
desconcentrao e, mais uma vez, por via reflexa, o aparecimento de rgos pblicos. Com efeito,
essas mencionadas divises internas ocorrero em vrios setores, por exemplo, na rea de sade,
segurana pblica, cultura e etc.

No caso do grupo escolar criado, interessante que ele se encontre vinculado a outro rgo
com mais autonomia, podendo surgir a Secretaria de Educao e que por sua vez estar ligada outro
rgo com ainda mais autonomia, a Chefia do Poder Executivo. Assim, os rgos estaro
assentados numa relao de hierarquia.

Na rea federal, o art. 4, I, do Decreto-Lei n 200/67, diz que a Administrao Direta se
constitui dos servios integrados na estrutura administrativa da Presidncia da Repblica e na dos
Ministrios. Assim sendo, parte da Administrao Direta da Unio, no poder Executivo, duas
classes distintas de rgos: a Presidncia de Repblica, rgo superior do executivo e nele se
situam o Presidente da Repblica (chefe da Administrao) e outros rgos essenciais (Casa Civil),
assessoria imediata (Advogado Geral da Unio) e de consulta (Conselho da repblica) e
Ministrios, cada um deles destinado a determinada rea de atuao administrativa, como sade,
educao, justia e etc. Dentro de cada Ministrio, existe dezenas de outros rgos, como
secretarias, conselhos, departamentos e etc., integrando assim a prpria Unio Federal.

No mais a mais, de acordo com Jos dos Santos Carvalho Filho, vale lembrar que Poder
Legislativo e Judicirio tm sua estrutura orgnica definida em seus respectivos atos de organizao
administrativa, tendo ambos, o poder constitucional de dispor sobre sua organizao e
funcionamento, atravs de seus regimentos internos.

Com efeito, se a Administrao Direta um conjunto de rgos interiores ao ente federativo,
que delas so partes, certo, enfim, que a noo de administrao Direta corresponde mesmo ao de
centralizada.

Abaixo um estudo mais detido sobre os rgos pblicos.



14
No esquecer, por fim, a j mencionada deciso do STF no julgamento cautelar da ADI 2135/2007. Em termos
simples, se pode afirmar, que a partir da mencionada deciso o quadro de pessoal das autarquias (e tambm das
Fundaes e Administrao Direta) dever observar apenas o regime estatutrio, tendo a deciso assim efeito ex nunc.



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RGOS PBLICOS

Pela TEORIA DO RGO (ou Teoria da imputao, criada pelo jurista alemo Otto
Gierke) presume-se que a pessoa jurdica manifesta sua vontade por meio de rgos, que so partes
integrantes da prpria estrutura da pessoa jurdica. por isso que os agentes pblicos, que atuam
nestes rgos, ao agir, expressam a vontade do Estado.


Desse modo, segundo Hely Lopes Meirelles, os rgos pblicos so centros especializados
de competncia institudos para o desempenho de funes estatais atravs de seus agentes, cuja
atuao imputada pessoa jurdica a que pertencem.


Caracterstica dos rgos pblicos:

No possuem personalidade jurdica prpria, ou seja, os atos que praticam so atribudos
ou imputados entidade estatal a que pertence;

Entre os rgos, existe um vnculo hierrquico. Tal vnculo parte, por exemplo, do Chefe do
Poder Executivo para seus auxiliares diretos e destes, por sua vez, para seus subordinados, no
mbito dos rgos que chefiam, e assim por diante.

Podem ter representao prpria, por seus procuradores, bem como ingressar em juzo, na defesa
de suas prerrogativas, contra outros rgos pblicos (impetrao de mandado de segurana);

CLASSIFICAO:

A) QUANTO POSIO ESTATAL:

- rgos Independentes
So os originrios da Constituio e representativos dos trs Poderes do Estado, sem qualquer
subordinao hierrquica ou funcional, e sujeitos apenas aos controles constitucionais de um sobre
o outro ( no sistema de freios e contrapesos ou checks and balances)
Exemplo: a Chefia do Executivo (Ex: Presidncia da Repblica), as Casas Legislativas (Ex.:
Cmara dos Deputados, Senado Federal e Assemblia Legislativa) e os rgos do poder Judicirio
(Ex.: o STF, os Tribunais Superiores e os Juzos de primeiro grau).

Como bem ensina Hely Lopes Meirelles, devem ser includos nesta classe o Ministrio Pblico e
os Tribunais de Contas
15
.

- rgos Autnomos

So os localizados na cpula da Administrao, imediatamente abaixo dos rgos independentes e
diretamente subordinados a seus chefes. Podem participar das decises governamentais.

15
Maria Sylvia Zanella di Pietro difere parcialmente do posicionamento de Hely. Em relao ao Ministrio Pblico,
deixa claro, que no seu entender, eles so rgos autnomos. Em relao aos Tribunais de Contas, silencia sobre o
assunto.


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Exemplo: Ministrios, Secretarias de Estado e Secretarias de Municpio.

- rgos Superiores
So os que detm poder de direo, controle, deciso e comando dos assuntos de sua competncia
especfica, mas sempre sujeitos subordinao e ao controle hierrquico de uma chefia mais
alta.No gozam de autonomia de autonomia administrativa e nem financeira
Exemplo: Inspetorias-Gerais, Departamentos e Divises.

- rgos Subalternos
So os que se acham subordinados hierarquicamente a rgos de deciso, exercendo principalmente
funes de execuo.
Exemplo: Sees de Expediente, de Pessoal, Zeladoria e etc.



B) QUANTO ESTRUTURA

rgos Simples ou Unitrios
So os constitudos por um nico centro de atribuies, sem subdivises internas.
Exemplo: Conselho de Defesa Nacional

rgos Compostos
So os constitudos por vrios outros rgos.
Exemplo: Ministrios, Secretarias de Estado e Congresso Nacional.


C) QUANTO COMPOSIO

rgos Singulares ou Unipessoais
So os integrados por um nico agente.
Exemplo: Presidncia da Repblica

rgos Coletivos, Colegiados ou Pluripessoais
So os constitudos por vrios agentes.
Exemplo: Tribunais e Congresso Nacional.



LEITURA COMPLEMENTAR:

A) DIFERENAS ENTRE OS GRUPOS DA EMPRESAS PBLICAS/SOCIEDADE DE
ECONOMIA MISTA QUE EXPLORAM ATIVIDADE ECONMICA E QUE PRESTAM
SERVIO PBLICO.
Observe o esquema:

EMPRESAS PBLICAS E SOCIEDADES DE ECONOMIA MISTA
Grupo das que exploram atividade Grupo das que prestam servio Pblico


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econmica
FUNDAMENTO: Observe o que diz
a Constituio Federal: Art. 173.
Ressalvados os casos previstos nesta
Constituio, a explorao direta de
atividade econmica pelo Estado s
ser permitida quando necessria aos
imperativos da segurana nacional ou a
relevante interesse coletivo, conforme
definidos em lei.
II - a sujeio ao regime jurdico prprio
das empresas privadas, inclusive quanto
aos direitos e obrigaes civis, comerciais,
trabalhistas e tributrios
2 - As empresas pblicas e as sociedades
de economia mista no podero gozar de
privilgios fiscais no extensivos s do
setor privado.
FUNDAMENTO: A Constituio no
fala diretamente desse grupo. A doutrina
primeiramente e depois a jurisprudncia
que tratou de equacionar o assunto. Observe
a seguinte Ementa no julgamento do
Recurso Extraordinrio n 407.099-RS:
EMENTA: CONSTITUCIONAL.
TRIBUTRIO. EMPRESA
BRASILEIRA DE CORREIOS E
TELGRAFOS: IMUNIDADE
TRIBUTRIA RECPROCA: C.F., art.
150, VI, a. EMPRESA PBLICA QUE
EXERCE ATIVIDADE ECONMICA E
EMPRESA PBLICA PRESTADORA
DE SERVIO PBLICO: DISTINO.
I. - As empresas pblicas prestadoras de
servio pblico distinguem-se das que
exercem atividade econmica. A Empresa
Brasileira de Correios e Telgrafos
prestadora de servio pblico de
prestao obrigatria e exclusiva do
Estado, motivo por que est abrangida
pela imunidade tributria recproca:
C.F., art. 150, VI, a. II. - R.E. conhecido
em parte e, nessa parte, provido.

CONCLUSO: Esse grupo NO
possui a imunidade tributria recproca.


CONCLUSO: esse grupo se prestadora
de servio obrigatrio e exclusivo do Estado
(que poderia ser interpretado, conforme
Alexandrino e Paulo, como servio no
passvel de delegao a particulares) ou em
regime de monoplio (como a INFRAERO)
possuem o benefcio da imunidade
recproca.


- Aproveitando o ensejo, mister ainda dizer que ambas, de um modo geral, devem realizar
licitao. Ocorre que para aquelas que exploram atividades econmicas, o dever de licitar, ocorre
apenas s suas atividade-meio, ficando de fora do dever de licitar, para as atividades fins. Assim
sendo, quando a Caixa Econmica federal deseja firmar contrato de abertura de contrato de conta-
corrente no precisa fazer licitao (atividade fim); por outro lado se deseja adquirir veculos
(atividade meio) precisa fazer licitao.

b) CONTRATO DE GESTO:
possvel visualizar o contrato de gesto sob dois prismas. Um no aspecto externo e
outro no aspecto interno. Em ambos se visualiza inspiraes da Reforma Gerencial
implementada mais formalmente a partir da EC n 19/98 com fulcro no principio da


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eficincia dos servios pblicos, s que com matizes e peculiaridades prprias a
depender dos personagens envolvidos. Observe abaixo:

b1)No aspecto externo:
o que se efetiva entre o Poder Pblico com estruturas externas (pessoas jurdicas fora
da Administrao), em especial, as Organizaes Sociais (OS).

b2)No aspecto interno:

o que se visualiza entre o Poder Pblico e rgo ou entidade da Administrao Direta e
Indireta fixando metas de desempenho para estes. Perceba que aqui o Poder pblico
ajustando (contratando) com estruturas do prprio Poder Pblico. Existe base
constitucional (art. 378)
16
.

possvel assim que o Poder Pblico assine um contrato com o rgo gerando uma
situao esquisita que a possibilidade do poder Pblico assinar um contrato consigo
mesmo.
17


Superado essa parte mais acadmica, perceba que se esse contrato de gesto for
formalizado entre o Poder Pblico e entre as Autarquias e Fundaes Pblicas, elas
recebero uma qualificao especial. Segundo a Lei 9.649, de 27/5/98, art. 51 e 52, o
Poder Executivo poder qualificar como Agncia Executiva a autarquia ou fundao que
tenha cumprido os seguintes requisitos: ter um plano estratgico de reestruturao e de
desenvolvimento e ter celebrado contrato de gesto com o respectivo Ministrio
Supervisor, sendo a qualificao concedida pelo Presidente da Repblica e o contrato
com periodicidade mnima de 1 ano.

E qual a conseqncia imediata e prtica de uma autarquia e fundao se tornar uma
Agencia Executiva? Essas entidades administrativas podero contratar compras, obras e
servios, com dispensa de licitao, em valores que representem at o dobro do limite de
dispensa previsto na Lei n 8.666/93.



16
8 A autonomia gerencial, oramentria e financeira dos rgos e entidades da administrao direta
e indireta poder ser ampliada mediante contrato, a ser firmado entre seus administradores e o poder
pblico, que tenha por objeto a fixao de metas de desempenho para o rgo ou entidade, cabendo lei
dispor sobre: (Includo pela Emenda Constitucional n 19, de 1998)
I - o prazo de durao do contrato;
II - os controles e critrios de avaliao de desempenho, direitos, obrigaes e responsabilidade dos
dirigentes;
III - a remunerao do pessoal.

17
Sobre essa inovao de contrato entre rgos, Celso Antnio Bandeira de Mello critica, em resumo, que: Assim, tal
dispositivo constitucional no que concerne a contrato ente rgos- haver de ser considerado no escrito e tido como
um momento de supina infelicidade em nossa histria jurdica, pela vergonha que atrai sobre nossa cultura, pois no h
acrobacia exegtica que permita salv-lo e lhe atribuir um sentido compatvel com o que est na prpria essncia do
Direito e das relaes juridicas.


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QUESTES DE CONCURSO LISTA 1

01. (CESPE/UnB - ANALISTA JUDICIRIO REA: ADMINISTRATIVA TJDFT) Os
rgos ou entidades integram a estrutura da administrao pblica indireta.

02. (CESPE/UnB - ANALISTA JUDICIRIO REA: ADMINISTRATIVA TJDFT) Os
rgos so centros de competncia com personalidade jurdica prpria, cuja atuao imputada aos
agentes pblicos que os representam.E

03. (CESPE/UnB ANALISTA JUDICIRIO REA ADMINSITRATIVA TRE-GO) Na
estrutura dos entes polticos, os rgos esto estruturados a partir de critrios de hierarquia.
Contudo, h rgos independentes, que no se subordinam a qualquer outro, devendo, apenas,
obedincia s leis. o caso da presidncia da Repblica, na estrutura do Poder Executivo federal, e
dos gabinetes dos governadores, na estrutura do Poder Executivo estadual.

04. (CESPE/UnB ANALISTA JUDICIRIO REA ADMINSITRATIVA TRE-GO) A
Unio, os estados, os municpios e o Distrito Federal so entidades polticas que compem a
administrao pblica indireta.

(CESPE/UnB CESPE - Agente de Polcia Civil-ES 2009) A CF expressa em seus
artigos o modelo de organizao administrativa a ser seguido no pas, distribuindo as
atribuies entre as diferentes entidades polticas: Unio, estados, Distrito Federal (DF) e
municpios. Em face desse modelo e considerando que um estado-membro, mediante lei,
crie uma autarquia como entidade componente da administrao, julgue os itens que se
seguem.

05. Unio, estados, DF e municpios so entes com personalidade jurdica de direito pblico.

06. A autarquia em questo uma entidade que faz parte da administrao pblica indireta do
Estado.

07. Um ministrio criado no mbito da Unio e uma secretaria criada no mbito de um estado ou do
DF so rgos sem personalidade jurdica, componentes da administrao direta do respectivo ente
poltico

(CESPE/UnB- Agente Administrativo - MMA -2009) Julgue os itens:
08. As autarquias fazem parte da administrao pblica direta.

09. Empresas pblicas so pessoas jurdicas de direito pblico.

10. As sociedades de economia mista so sempre sociedades annimas.

11. Autarquias podem ser criadas para exercerem atividades de ensino, em que se
incluem as universidades.



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12. As empresas pblicas e as sociedades de economia mista tm personalidade jurdica
de direito privado, o que, nesse aspecto, as torna diferentes das autarquias, qualificadas
como pessoas jurdicas de direito pblico

13. Diferentemente do que ocorria com o Cdigo Civil de 1916, no Cdigo Civil vigente
tem-se a previso expressa dos territrios como pessoas jurdicas de direito pblico.
.
14. As assemblias legislativas estaduais no possuem personalidade judiciria.



15. (Oficial de Justia de 3 Entrncia TJ PE/2001-ADAPTADA) - Acerca da organizao
administrativa, julgue os itens:

a) A criao de rgos pela administrao pblica fenmeno relacionado
desconcentrao administrativa.
b) Os rgos independentes, de que exemplo o TJPE, no possuem personalidade
jurdica prpria.
c) Empresas pblicas e autarquias so entidades dotadas de personalidade jurdica de
direito pblico interno.
d) Autarquias, fundaes pblicas, empresas pblicas e sociedades de economia
mista integram a administrao pblica indireta.
e) Empresas pblicas distinguem-se das sociedades de economia mista, entre outros
aspectos, porque, nas primeiras, o capital social que as criou exclusivamente estatal,
ao passo que, nas ltimas, admite-se participao de particulares em seu capital
social.

16. (Ministrio Pblico de Roraima - Analista/2008) rgo pblico pode ser definido como
pessoa jurdica de natureza pblica, dotada de personalidade jurdica prpria e com atribuies
para atuar em prol do interesse pblico.

17. (Ministrio Pblico de Roraima - Analista/2008) As secretarias de estado so rgos
pblicos que integram a administrao direta.

18. (Fiscal de Contribuies Previdencirias INSS/1997) - Quanto estrutura da administrao
pblica federal, julgue os itens a seguir.

a) Embora seja pessoa jurdica de direito privado, a empresa pblica federal
caracteriza-se por ser composta apenas por capital pblico.
b) Ao contrrio das entidades da administrao pblica indireta, os rgos da
administrao pblica direta tm personalidade jurdica de direito pblico.
c) No direito administrativo brasileiro, autarquia conceitua-se como um patrimnio
pblico dotado de personalidade jurdica para a consecuo de finalidade especificada
em lei.
d) A autarquia concebida como pessoa jurdica destinada ao desenvolvimento de
atividade econmica pelo Estado, de modo descentralizado.



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19. (Agente da polcia Federal/1997) - Acerca dos mecanismos de organizao administrativa,
julgue os seguintes itens.

a) Sabendo que o Servio Federal de Processamento de Dados (SERPRO), que tem a
natureza de empresa pblica, foi criado porque a Unio concluiu que lhe conviria criar
uma pessoa jurdica especializada para atuar na rea de informtica, correto afirmar
que a Unio praticou, nesse caso, descentralizao administrativa
b) Tendo o Departamento de Polcia Federal (DPF) criado, nos estados da Federao,
Superintendncias Regionais (SRS/DPF), correto afirmar que o DPF praticou a
desconcentrao administrativa.
c) O Ministrio Pblico Federal rgo da Unio sem personalidade jurdica; possui
portanto, natureza autrquica.
d) As pessoas jurdicas integrantes da administrao pblica indireta constituem um
produto do mecanismo da desconcentrao administrativa.
e) Tanto na descentralizao quanto na desconcentrao, mantm-se relao de
hierarquia entre o Estado e os rgos e pessoas Jurdicas dela surgida.

20. (Atendente Judicirio TJ BA 2003) A administrao pblica formada pelo conjunto de
rgos institudos para a consecuo dos objetivos do governo, dotada de personalidade jurdica
de direito pblico e incumbida da realizao das atividades que reflitam o interesse de toda a
coletividade.

21. (Consultor Jurdico - SETEPS/PA 2004) - Considerando a SPA como sendo uma sociedade
de economia mista do estado do Par, julgue o seguinte item.
Apesar de ser uma pessoa jurdica de direito privado, a SPA est sujeita obrigao de contratar
empregados mediante concurso pblico.

22. (Tcnico Judicirio / rea Administrativa STJ 2004) -Enquanto a desconcentrao a
distribuio de competncias de uma para outra pessoa, fsica ou jurdica, a descentralizao a
distribuio interna de competncia dentro da mesma pessoa jurdica.

23. (Analista Judicirio / rea Administrativa STJ 2004) - Diferentemente das empresas
pblicas, as sociedades de economia mista devem se inscrever obrigatoriamente na modalidade
de sociedade annima.

24. (Advogado Jnior - Petrobrs 2007) indispensvel a autorizao legislativa para a
criao de cada empresa subsidiria, e no suficiente que haja previso para esse fim na
prpria Lei que instituiu a empresa de economia mista matriz, no caso a Petrobras.

25. (Analista Judicirio / rea Judiciria - TJAP - 2004) As organizaes da sociedade civil de
interesse pblico (OSCIPs) celebram com o Estado contratos de gesto, enquanto as
organizaes sociais (OSs) estabelecem termo de parceria.

26. (CESPE/UnB - OFICIAL DE JUSTIA TJ/CE 2008) As sociedades de economia mista
no precisam realizar licitao para aquisio de bens mveis.



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27. (CESPE/UnB - OFICIAL DE JUSTIA TJ/CE 2008) A criao de subsidirias de
sociedades de economia mista depende de autorizao legislativa, assim como a participao de
empresa pblica em empresa privada.

(CESPE/UnB) Acerca dos rgos pblicos, julgue os itens seguintes.
28. O Estado, como ente despersonalizado, tanto no mbito internacional, como internamente,
manifesta sua vontade por meio de seus agentes, ou seja, as pessoas jurdicas que pertencem a seus
quadros.E

29. Quanto composio, os rgos pblicos se classificam em singulares e coletivos. Os
singulares so aqueles integrados por um s agente, como os chefes do Poder Executivo, e os
coletivos, aqueles compostos por vrios agentes.

30. Os rgos podem firmar contrato de gesto com outras pessoas jurdicas, mas no o podem
fazer com outros rgos.

GABARITO:
01.E 02.E 03.C 04.E 05.C 06.C 07.C 08.E 08.E 10.C
11.C 12.C 13.C 14.C 15.ccecc 16.E 17.C 18.ceee 19.cceee 20.E
21.C 22.E 23.C 24.E 26.E 26.E 27.C 28.E 29.C 30.E









QUESTES DE CONCURSO lista 2

01. (Procurador do Estado 3 Classe PGE Bahia Novembro/2002) - O rgo administrativo
possui as caractersticas a seguir, EXCETO:
a) decorre do fenmeno da desconcentrao.
b) possui funes, cargos e agentes.
c) constitui centro de competncia administrativa.
d) pode ser, quanto estrutura, simples ou composto.
e) constitui pessoa jurdica de direito pblico interno.

02.(FCC - Defensoria pblica SP 2009) Acerca da estruturao da Administrao Pblica, das
alternativas abaixo qual contm impropriedades conceituais?

(A) Sob a tica da personalidade jurdica, alm do Poder Executivo, a Defensoria Pblica, os
Poderes Judicirio e Legislativo, o Ministrio Pblico e os Tribunais de Contas podem ser
considerados integrantes da Administrao Pblica Direta.


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(B) Os servios pblicos so descentralizados por meio da administrao indireta, tambm podendo
ocorrer mediante atuao dos chamados concessionrios, permissionrios e autorizatrios de
servios pblicos.
(C) Autarquias, fundaes pblicas, sociedades de economia mista e empresas pblicas carecem de
lei especfica para sua existncia, passando a deter personalidade jurdica prpria, bem assim
autonomia administrativa e gerencial, submetidas a mecanismos de controle exercidos pela
Administrao Publica Direta.
(D) possvel a existncia de scios ou acionistas privados nas sociedades de economia mista,
sendo inadmissvel o ingresso de capital privado na composio patrimonial das empresas pblicas.
Por outro lado, a imunidade recproca prevista no Texto Constitucional Federal extensiva apenas
s empresas pblicas, em igualdade de tratamento concedido s autarquias e fundaes pblicas.
(E) As sociedades de economia mista e as empresas pblicas so pessoas jurdicas de direito
privado, seus bens so submetidos ao regime jurdico dos bens particulares, seus quadros funcionais
so preenchidos por agentes pblicos celetistas e no podem submeter-se chamada recuperao
judicial, recuperao extrajudicial e falncia.

03. (CESPE ANALISTA JUDICIRIO REA ADMINSITRATIVA TRE-GO -2009) De
forma geral, as autarquias corporativas, como a OAB e os demais conselhos de
profisses regulamentadas, devem prestar contas ao Tribunal de Contas da Unio (TCU),
fazer licitaes e realizar concursos pblicos para suas contrataes.

04. (ESAF-Oficial de Justia de 3 Entrncia TJ PE/2001) Acerca da organizao administrativa,
assinale a opo incorreta.

a) A criao de rgos pela administrao pblica fenmeno relacionado
desconcentrao administrativa.
b) Os rgos independentes, de que exemplo o TJPE, no possuem personalidade
jurdica prpria.
c) Empresas pblicas e autarquias so entidades dotadas de personalidade Jurdica
de direito pblico interno.
d) Autarquias, fundaes pblicas, empresas pblicas e sociedades de economia
mista integram a administrao pblica indireta.

05. (ESAF-Oficial de Justia de 2 Entrncia TJ PE/2001) O governo do estado de Pernambuco
decidiu criar entidade para a captao de poupana popular com vistas ao financiamento de
moradia para a populao de baixa renda. Essa entidade teria as seguintes caractersticas:
controle estatal, forma de sociedade annima, personalidade jurdica de direito privado e
participao minoritria de particulares em seu capital social. Nessa situao hipottica, a
entidade a ser criada pelo governo estadual ser um(a)
a) sociedade de economia mista.
b) autarquia.
c) organizao social.
d) rgo independente.
e) empresa pblica.

(CESPE: Analista Administrativo ANATEL - rea: Direito) Acerca da regulao e
das agncias reguladoras, julgue os itens que se seguem.



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06. Os conselheiros e os diretores das agncias reguladoras somente perdem o mandato em caso de
renncia, de condenao judicial transitada em julgado ou de processo administrativo disciplinar,
no podendo a lei de criao da agncia prever outras condies para a perda do mandato.

07. Durante o perodo de impedimento para o exerccio de atividades no setor regulado, o ex-
dirigente de agncia reguladora ficar vinculado agncia, fazendo jus a remunerao
compensatria equivalente do cargo de direo que exerceu e aos benefcios a ele inerentes.

08. O ex-dirigente de agncia reguladora fica impedido para o exerccio de atividades ou de prestar
qualquer servio no setor regulado pela respectiva agncia, por um perodo de quatro meses,
contados da exonerao ou do trmino do seu mandato.

09. O presidente, o diretor-geral ou o diretor-presidente das agncias reguladoras devem ser
escolhidos pelo presidente da Repblica e por ele nomeados, aps aprovao pelo Senado Federal.

10. As agncias reguladoras tm origem no regime norte-americano, contempladas nas figuras das
independent agencies e independent regulatory agencies, destinadas regulao econmica ou
social.

11. O Plano Nacional de Desestatizao tinha como objetivo estratgico, entre outros, o de
aumentar o deficit pblico, de maneira a equilibrar as finanas do governo federal, transferindo para
a iniciativa privada, por meio da privatizao, atividades que o Estado exercia indevidamente e sem
controle.

12. As agncias reguladoras tm carter nacional, sendo vedado aos estados e ao Distrito Federal
criar suas prprias agncias estaduais quando se tratar de servio pblico, por ausncia de previso
constitucional.

13. O regime jurdico aplicvel aos servidores das agncias reguladoras atualmente o do emprego
pblico, regulado pela Consolidao das Leis do Trabalho, dado o carter de autarquia especial
conferido s agncias.


(CESPE/UnB - TCNICO ADMINISTRATIVO ANVISA-2007) Julgue os itens que se
seguem.

14. A ANVISA uma entidade da administrao indireta federal, dotada de personalidade jurdica
prpria.

15. A ANVISA subordinada ao Ministrio da Sade (MS).

16. Violaria a Constituio Federal um decreto do presidente da Repblica que extinguisse a
ANVISA e transferisse as competncias dessa agncia para um rgo do MS.

17. A ANVISA imune ao pagamento de imposto sobre propriedade predial e territorial urbana
referente a imveis utilizados para o exerccio de suas competncias legalmente definidas.




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18. (CESPE/UnB - DELEGADO DE PC-PB) Considere a seguinte situao hipottica:
O municpio de Joo Pessoa pretende receber o Imposto Sobre Servios (ISS) da INFRAERO,
empresa pblica federal que presta servio pblico aeroporturio em regime de monoplio, em face
dos servios prestados, sobre os quais no incide ICMS. Nessa situao, a pretenso do municpio
deve ser atendida, j que a imunidade recproca no atinge as empresas pblicas, mas apenas a
administrao direta da Unio, dos estados, do Distrito Federal e dos municpios, bem como as suas
autarquias e fundaes pblicas.

19. (CESPE/UnB - DELEGADO DE PC-PB) Os rgos subalternos, conforme entendimento do
STF, tm capacidade para a propositura de mandado de segurana para a defesa de suas atribuies.

20. (CESPE/UnB - DELEGADO DE PC-PB) A OAB, conforme entendimento do STF, uma
autarquia pblica em regime-especial e se submete ao controle do TCU.

21. (CESPE/UnB - DELEGADO DE PC-PB) Os conselhos de profisses regulamentadas, como o
como o CREA e o CRM, so pessoas jurdicas de direito privado.

22.. (Cespe-Defensor Pblico de 4 Classe Amazonas/2003) - A administrao indireta federal
composta tanto por pessoas jurdicas de direito pblico quanto por pessoas jurdicas de direito
privado.

23. (Cespe-Juiz Substituto TJBA/2002) - A Empresa Brasileira de Correios e Telgrafos (ECT)
empresa pblica federal; isso significa que ela poderia ter qualquer forma societria, inclusive a
de sociedade unipessoal, o que vedado para as sociedades de economia mista; por outro
lado, se agncia da ECT for alvo de roubo, a ao penal dever ser promovida pelo MPF,
perante a justia federal.

24. (Cespe-Perito Criminal Federal PF/2004 Regional - adaptada) - Amanda, ocupante de cargo
pblico lotado no Departamento de Polcia Federal (DPF), foi condenada administrativamente
penalidade de advertncia por, no recinto da repartio, ter dirigido improprios a um colega de
trabalho. Com referncia situao hipottica apresentada acima e considerando que o DPF
um rgo do Ministrio da Justia (MJ), julgue o item a seguir.
O DPF integra a administrao indireta da Unio.

25. (Cespe-Analista Judicirio rea: Judiciria TRT / 10. REGIO DEZ/2004) - Ricardo
empregado da CAIXA, que empresa pblica federal. Nessa situao, o empregador de Ricardo
dotado de personalidade jurdica de direito privado.

26 (Cespe-Analista Judicirio rea: Administrativa TRE/TO 2005) -O Decreto-lei n.
200/1967, com suas alteraes legislativas, regula a estrutura administrativa da organizao
federal e divide a administrao pblica em administrao direta e indireta.
Sabendo que o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) uma autarquia; a Secretaria
Especial de Direitos Humanos comandada por secretrio especial, que tem status de ministro;
o IBAMA uma autarquia; a Caixa Econmica Federal uma sociedade de economia mista; a
FUNAI uma fundao pblica; a Casa Civil da Presidncia da Repblica rgo de
assessoramento ao qual compete, entre outras tarefas, coordenar e integrar as aes de governo,
assinale a opo incorreta.
a) O IBAMA e a Caixa Econmica Federal fazem parte da administrao indireta.


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b) A Casa Civil da Presidncia da Repblica tem personalidade jurdica prpria e
integra a administrao indireta.
c) A FUNAI exemplo de entidade que integra a estrutura da administrao indireta.
d) A Secretaria Especial de Direitos Humanos compe a administrao direta.
e) O INSS no hierarquicamente subordinado ao Ministrio da Previdncia Social.

27. (Agente da PF 2004) Considerando que o Departamento de Polcia Federal (DPF) um
rgo do Ministrio da Justia, julgue os itens a seguir.
__ Se fosse transformado em autarquia federal, o DPF passaria a integrar a administrao
indireta da Unio.

28. (Agente da PF 2004) Com referncia ao direito brasileiro, julgue os itens que se seguem.
__ Como o princpio da legalidade submete a administrao pblica s leis, o Poder Legislativo
deve ser considerado hierarquicamente superior ao Poder Executivo.
__ A Polcia Federal incompetente para investigar crimes cometidos contra sociedades de
economia mista porque esse tipo de pessoa jurdica no integra a administrao pblica direta
nem a indireta

29. (Escrivo da PF 2004) Com relao s entidades polticas, julgue o item que se segue.
__ A Unio, os estados e os municpios so pessoas jurdicas de direito pblico.

30. (Defensor Pblico SE 2005) - Na desconcentrao, ocorre a distribuio, em uma mesma
entidade, de atribuies para outros rgos.

31. (ESAF/AGU/98) As autarquias e as empresas pblicas, como integrantes da Administrao
Federal Indireta, equiparam-se entre si pelo fato de que ambas so
a) pessoas administrativas, com personalidade jurdica prpria
b) pessoas administrativas, sem personalidade jurdica prpria
c) pessoas jurdicas de direito pblico interno
d) pessoas jurdicas de direito privado
e) pessoas ou entidades polticas estatais

32. (AFC STN/2002) - A espcie organizacional da Administrao Pblica Indireta que deve ter
sua rea de atuao definida em lei complementar :
a) empresa pblica
b) rgo autnomo
c) autarquia
d) fundao
e) sociedade de economia mista

33. (Analista MPU/2004 rea Administrativa) - O servio pblico personificado, com
personalidade jurdica de direito pblico, e capacidade exclusivamente administrativa,
conceituado como sendo um(a)
a) empresa pblica.
b) rgo autnomo.
c) entidade autrquica.
d) fundao pblica.
e) sociedade de economia mista.


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34. (Gestor Fazendrio GEFAZ MG/2005) - Marque a opo que no corresponde a uma
caracterstica das empresas pblicas, consoante dispem o sistema legislativo e doutrina ptrios.
a)Seu capital exclusivamente estatal.
b)Devem adotar a forma de sociedades annimas.
c)Sua criao deve estar autorizada em lei.
d)Sujeitam-se ao controle estatal.
e)Podem prestar servios pblicos ou explorar atividade econmica.

35. (Analista Judicirio Execuo de Mandados - TRF 5 Regio/2003) De acordo com o
ensinamento predominante na doutrina brasileira, pode-se identificar na organizao
administrativa ptria, como fruto da desconcentrao, no plano federal,
a) uma fundao pblica.
b) um ministrio.
c)uma autarquia qualificada como agncia executiva.
d)uma sociedade de economia mista.
e) uma agncia reguladora.

36. (Cespe-Promotor de Justia Substituto - MPRR/2001) - Com as mudanas constitucionais e
legais dos ltimos anos, passou-se a falar na existncia das chamadas agncias executivas, a
exemplo da Agncia Nacional do Petrleo e da Agncia Nacional de Telecomunicaes; a
doutrina administrativista brasileira tem-se firmado no sentido de que essas agncias so
atributos das empresas pblicas, fundaes pblicas ou autarquias, conforme o caso.

37 (Cespe-Analista Judicirio - rea Judiciria - TRE/AL - 2004) - De acordo com a doutrina
administrativista, as agncias reguladoras tm natureza jurdica de empresa pblica.

38. (Juiz de Direito Substituto - TJ RN/2002) - Uma autarquia federal, qualificada como agncia
executiva, passa a ter como um ponto diferencial de seu regime jurdico
a) ter reduzida sua autonomia de gesto, passando a vincular-se hierarquicamente ao
Ministrio supervisor.
b) possuir personalidade jurdica de direito privado.
c) c) no se submeter fiscalizao financeira e oramentria do Tribunal de Contas
da Unio, mas apenas a fiscalizao direta do Congresso Nacional.
d) d) poder contratar compras, obras e servios, com dispensa de licitao, em
valores que representem at o dobro do limite de dispensa previsto na Lei n
8.666/93.
e) e) estar dispensada da celebrao de contrato de gesto com o respectivo
ministrio supervisor.

39. (FCC-Magistratura / DF -2007)Assinale a alternativa correta:
a) O pessoal das empresas pblicas e das sociedades de economia mista se submete ao regime
trabalhista comum, prprio da Consolidao das Leis do Trabalho;
b) O Supremo Tribunal Federal veio de entender, recentemente, que a Empresa Brasileira de
Correios e Telgrafos ECT no detm o privilgio da impenhorabilidade de bens;
c) Empresas pblicas e sociedades de economia mista devem ter a forma de sociedades
annimas;


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d) As empresas pblicas e as sociedades de economia mista podero gozar de privilgios
fiscais no extensivos s empresas do setor privado.


40. (NCE) - A distribuio interna de competncias administrativas entre os diversos rgos que
integram a estrutura de um dos entes estatais denomina-se:
a) desconcentrao;
b) descentralizao;
c) desmembramento;
d) desdobramento;
e) especializao.

41. (NCE) - Com relao aos rgos pblicos, analise as afirmativas:
I. Os rgos pblicos classificados como independentes podem ter personalidade jurdica
prpria.
II. A doutrina e a jurisprudncia reconhecem que alguns rgos pblicos tm capacidade
processual para impetrar mandado de segurana.
III. De acordo com a classificao dos rgos pblicos quanto a sua posio estatal, adotada por
Hely Lopes Meirelles, as Secretarias de Estado so consideradas rgos autnomos.
So verdadeiras somente as afirmativas:
a) I e II
b) I e III
c) II e III
d) I, II e III
e) nenhuma


42. (NCE) Em relao aos rgos pblicos, analise as afirmativas:
I. Os rgos pblicos tm personalidade jurdica prpria, mas o ente estatal a que esto
vinculados responde subsidiariamente por danos resultantes de sua atuao.
II. Os rgos independentes so aqueles que desempenham as funes tpicas do Estado e no
esto subordinados hierarquicamente a nenhum outro rgo.
III. Os rgos singulares so aqueles que se manifestam pela vontade de um nico agente.
So verdadeiras somente as afirmativas:
a) I e II;
b) I e III;
c) II e III;
d) I, II e III;
e) nenhum

(CESPE ANALISTA JUDICIRIO REA: ADMINISTRATIVA TJDFT) A entidade
privada Delta, criada sob forma empresarial e lucrativa, cuja finalidade era a promoo do
desenvolvimento tecnolgico, habilitou-se como organizao social e firmou contrato de
gesto com determinado ministrio. Acerca da situao hipottica acima narrada e de
aspectos legais correlatos, julgue os itens a seguir.



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43. O contrato de gesto firmado entre o ministrio e a empresa Delta um contrato de parceria
firmado segundo comum acordo entre a empresa e a entidade estatal supervisora, que independe de
qualquer deliberao pelo conselho de administrao da empresa.

44. Na situao hipottica em questo, a empresa Delta preenche os requisitos relativos finalidade
lucrativa para obter sua qualificao como organizao social.

45. No caso de o Poder Executivo verificar qualquer motivo para a desqualificao da entidade
como organizao social, a exemplo do no cumprimento das metas estipuladas no contrato de
gesto, dever instaurar processo administrativo, no qual se assegure o direito de ampla defesa.

(CESPE ANALISTA JUDICIRIO REA: ADMINISTRATIVA TJDFT) A expresso
terceiro setor foi difundida a partir da dcada de setenta do sculo passado e tem sido
utilizada pelas cincias sociais para se referir s organizaes formadas pela sociedade
civil cujo objetivo no a busca pelo lucro, mas a satisfao de um interesse
social.(Gustavo Justino de Oliveira (Coord.). Terceiro setor, empresas e estado: novas
fronteiras entre o pblico e o privado. Belo Horizonte: Frum, 2007 (com adaptaes).

Acerca do terceiro setor, mencionado no fragmento de texto apresentado, julgue os itens que se
seguem.
46. O uso indiscriminado da expresso terceiro setor acabou por tornar o conceito demasiadamente
abrangente, fazendo que nele se possam enquadrar todos os modelos de entidades que no se
incluam no conceito do primeiro setor, o Estado, e do segundo setor, o mercado.

47. Embora seja possvel identificar dissenso na doutrina acerca das caractersticas das entidades do
terceiro setor, so comumente apontadas como diferenciais das entidades que o compem a
natureza privada, a ausncia de finalidade lucrativa, a auto-administrao, a institucionalizao e o
fato de serem voluntrias.

48. Ao termo publicizao do terceiro setor podem ser atribudos pelo menos dois sentidos. Um o
que se refere prestao de servios de interesse pblico por entidades componentes do terceiro
setor, com o apoio do Estado. O segundo refere-se transformao de entidades pblicas em
entidades privadas sem fins lucrativos.

49. (FCC/ISS-SP-2007) Uma agncia reguladora e uma organizao social, respectivamente,

a) integra a Administrao direta e integra a Administrao indireta
b) integra a Administrao indireta e integra a Administrao indireta
c) integra a Administrao indireta e no integra a Administrao Pblica
d) no integra a Administrao Pblica e integra a Administrao indireta
e) no integra a Administrao Pblica e no integra a Administrao pblica.

50. (FCC/MPU/Analista rea administrativa/2007) O ajuste celebrado entre entes federados,
precedido de protocolo de intenes e aprovao legislativa, no qual delegam a gesto associada de
servios pblicos e a realiza de objetivos de interesses comuns, de conformidade com as normas
legais, as clusulas de protocolo e as do prprio contrato, inclusive as clusulas que definem a sua
personalidade jurdica, como associao pblica de direito pblico ou como pessoa jurdica de
direito privado, sem fins econmicos, denominado:


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a) convnio pblico
b) contrato de gesto
c) contrato de gerenciamento
d) concesso de servio, de obra pblica ou de uso de bem pblico.
e) consrcio pblico



Gabarito:

1.E 2.D 3.E 4.C 5.A 6.E 7.C 8.C 9.C 10.C
11.E 12.E 13.E 14.C 15.E 16.C 17.C 18.E 19.E 20.E
21.E 22.C 23.C 24.E 24.C 26.B 27.C 28.EE 29.C 30.C
21.A 32.D 33.C 34.B 25.B 36.E 37.E 38.D 39.A 40.A
41.C 42.C 43.E 44.E 45.C 46.C 47.C 48.C 49. C 50.E



PODERES DA ADMINISTRAO PBLICA:
1. ASPECTOS GERAIS
Sabemos que o Estado possui uma srie de objetivos a cumprir, tendo todos eles, em ltima
anlise, a marca do valor do interesse pblico. Sendo assim, o ordenamento jurdico, concede ao
Estado, quando estiver desempenhando a funo administrativa, mecanismos para facilitar a
concretizao dos fins pblicos.
Com efeito, os poderes administrativos so esses mecanismos ou instrumentos conferidos
Administrao, para que possa atingir sua finalidade nica, qual seja, o interesse pblico. Sem esses
Poderes, a Administrao Pblica no conseguiria sobrepor a vontade da Lei vontade individual.
Essas prerrogativas so atribudas Administrao Pblica para que ela os exera em
benefcio do interesse pblico, o que os torna irrenunciveis. Desta forma, a Administrao,
quando for necessria a utilizao desses poderes, dever faz-lo, sob pena de ser responsabilizada.
O exerccio obrigatrio, indeclinvel, pois, em se tratando de Administrao Pblica, no h
propriamente faculdade de agir, mas verdadeiro dever de atuao. Tudo isso decorre do Princpio
da Indisponibilidade.
2. ESPCIES
Os Poderes Administrativos so:

- Poder Vinculado;
- Poder Discricionrio;
- Poder Hierrquico;
- Poder Disciplinar;
- Poder Normativo ou Regulamentar;


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- Poder de Polcia.

2.1. Poder Vinculado ou Regrado
No Poder Vinculado, o administrador no tem liberdade para decidir quanto atuao, ou
mesmo quanto forma de atuao. A lei, de forma antecipada ou prvia, j estabelece um nico
modo de agir pelo administrador no caso concreto. A lei regulou o ato de tal forma que no h
espao para juzos de convenincia e oportunidade.
Assim, se houver uma s soluo, como conseqncia da aplicao de uma norma, ocorre o
exerccio do poder vinculado.
2.2. Poder Discricionrio
Por outro lado, no Poder Discricionrio a lei confere ao administrador liberdade para agir
diante de situaes concretas, possibilitando um juzo de valor convenincia e oportunidade. Esse
juzo de valor deve ser exercido dentro dos limites da lei e de forma que melhor atenda ao interesse
pblico.
Como regra, tanto o ato vinculado quanto o ato discricionrio s podero ser apreciados pelo
Judicirio no tocante sua legalidade.
Odete Medauar traz um exemplo extrado da doutrina de escol que ajuda a clarear ainda
mais a distino entre poder vinculado e discricionrio. Diz a doutrinadora o poder vinculado
teria seu exerccio comparado ao da funcionria de um teatro a quem o espectador mostra sua
entrada numerada, cabendo a ela somente indicar o lugar marcado no bilhete; o poder discricionrio
seria comparado funcionria do teatro quando as entradas no so numeradas e ento encaminha o
espectador para onde quiser.
OBSERVAO:
Discricionariedade NO se confunde com arbitrariedade. Observe o quadro:
Discricionariedade Arbitrariedade
Liberdade de ao administrativa, dentro dos
limites estabelecidos pela lei
Ao contrria ou excedente lei
Ato legal e vlido, quando autorizado pela lei Sempre ilegtimo e invlido
Como regra, o Judicirio pode manifestar-se
acerca da legalidade, mas no acerca do mrito
Sempre sujeitos ao controle do Judicirio.

2.3. Poder Hierrquico


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Poder hierrquico aquele que confere Administrao Pblica a capacidade de
organizar/coordenar, de dar ordens, de controlar, de delegar, e de avocar as atividades
administrativas no mbito interno da Administrao.
Vale sublinhar, de acordo com as lies de Hely Lopes Meirelles, que no h hierarquia no
Judicirio e no Legislativo em relao s suas funes prprias, pois hierarquia carter privativo
da funo administrativa, como elemento bsico da organizao e da ordenao dos servios
administrativos. Logo, apenas se esses Poderes estiverem desempenhando funo atpica ou
imprpria relacionado a atividade administrativa, haver hierarquia.
a) Organizar ou coordenar as atividades administrativas:
A Administrao ordena as funes administrativas, distribuindo-as e escalonando-as entre
seus rgos e agentes pblicos estabelecendo entre eles uma relao de subordinao. Geralmente
assim o faz, segundo Di Pietro, editando atos normativos (resolues, portarias) com efeitos apenas
internos (diferente, portanto dos regulamentos, que estudaremos a seguir).
b) Dar ordens:
Decorre naturalmente da hierarquia a possibilidade dos superiores expedirem ordens que
devem ser cumpridas pelos subalternos.
No toa que nos vrios Estatutos funcionais h a previso do dever de obedincia partir
da relao de subordinao. Entretanto, esse dever de obedincia, por bvio, no absoluto. H
situaes que a ordem no deve ser cumprida. Com efeito, note o que diz o inciso IV do art. 116 da
Lei 8.112/90: cumprir as ordens superiores, exceto quando manifestamente ilegais. Ora, no h
o dever de obedincia se a ordem emanada pelo superior for, por exemplo, manifestamente ilegal.
Diante dessa possibilidade de cumprimento ou no da ordem manifestamente ilegal, observe
o esquema:
ORDEM MANIFESTAMENTE ILEGAL
Servidor Cumpre a ordem Servidor responde juntamente com o superior hierrquico.
Servidor Descumpre a ordem Servidor se exime da responsabilidade; s o superior
responde. Nesse caso, o servidor tem o dever de representar
contra ilegalidade. (Lei 8.112/90, art. 116, XII, c/c pu).

c) Controlar
A Administrao, pela ao revisora dos agentes superiores sobre os atos dos inferiores,
controla o exerccio das atividades, corrigindo os erros administrativos, seja no aspecto da
legalidade, seja no aspecto da convenincia e oportunidade.
Decorre da o principio da Autotutela, consagrada na Smula 473/STF no qual a prpria
administrao pode anular e revogar os seus prprios atos.


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Diz a mencionada smula: A administrao pode anular seus prprios atos, quando eivados
de vcios que os tornem ilegais, porque deles no se originam direitos; ou revog-los por motivo de
convenincia ou oportunidade, respeitados os direitos adquiridos e ressalvada, em todos os casos, a
apreciao judicial.
d) Delegar
a possibilidade que os agentes superiores possuem de transferir parte de atribuies ou
funes a outros agentes. Devido ao dever de obedincia, no pode o subalterno recusar a
delegao.
A Delegao deve ser sempre parcial. Delegao total renuncia e a competncia
irrenuncivel;
Conforme ensina Jos dos Santos Carvalho Filho, a delegao ato discricionrio.
Mas essa discricionariedade no integral e absoluta, posto que deve ficar atrelado a
fatores especficos que devem conduzir prtica do ato, por exemplo, aspectos de
natureza tcnica, econmica, territorial e etc.
A lei 9.784/99 traz alguns preceitos sobre a delegao. Prevista ou no no edital, ela uma
Lei de forte inspirao doutrinria, de forma que interessante conhec-la nesse particular. Por
exemplo, essa Lei traz os requisitos da delegao:
O ato deve informar de modo expresso quais os poderes que esto sendo
delegados, bem como os limites de atuao do delegado e os objetivos da
delegao, assim como o recurso cabvel contra o ato delegado
Deve ser publicado no meio oficial assim como o ato revogao da delegao.
Alis, o ato de delegao revogvel a qualquer tempo pela autoridade delegante;
Diz ainda o art. 15 que NO PODEM SER OBJETO DA DELEGAO: - a edio
de atos de carter normativo; a deciso de recursos administrativos; - as matrias de
competncia exclusiva do rgo ou autoridade.
E se o agente delegado praticar algum deslize administrativo no desempenho das
funes que lhe fora transferida, a quem caber responsabilizar? Ao superior delegante
ou inferior delegatrio/delegado? Dirley da Cunha Jnior nos traz a soluo. Ensina em
sua obra que ao delegante no caber qualquer responsabilizao pelo ato praticado,
visto que o delegado no age em nome do delegante, mas sim no exerccio da
competncia que recebeu. Ademais a prpria Lei 9784/99 diz que as decises adotadas
por delegao devem mencionar explicitamente esta qualidade e considerar-se-o
editadas pelo delegado (art. 143).

e) Avocar


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justamente o oposto de delegao. Se l a autoridade transfere parte de suas atribuies, na
avocao ele chama pra si uma parte das atribuies de seus subalternos, desde que inexista
vedao legal.
Segundo o art. 15 da mencionada Lei 9784/99 Ser permitida, em carter excepcional e por
motivos relevantes devidamente justificados, a avocao temporria de competncia atribuda a
rgo hierarquicamente inferior.
OBSERVAO:
Joo Trindade Cavalcante Filho aponta, de forma didtica, as caractersticas e diferenas
entre os dois institutos. Observe o esquema:
DELEGAO AVOCAO
Motivao Obrigatria SIM SIM
Publicao Obrigatria SIM SIM
Revogvel a qualquer tempo SIM SIM
Transitria ou Permanente Transitria Transitria
Exige subordinao
hierrquica
No Sim

Note essa ltima caracterstica. Geralmente a delegao deflui de uma relao
hierrquica. Entretanto, nada obsta que a delegao ocorra entre rgos que no haja
nenhuma relao de subordinao. Ou como diz a Lei, ainda que estes no lhe sejam
hierarquicamente subordinados. Exemplo: Secretaria de Obras de um Municpio recebe
um requerimento ligado ao regime funcional do servidor. Pode delegar essa matria a
Secretaria de Administrao.

2.4. Poder Disciplinar
Poder disciplinar o poder conferido Administrao que lhe permite impor penalidades
aos seus agentes em razo da prtica de infraes funcionais como tambm a terceiros, desde que
com esses exista um vnculo especfico (ex.: as concessionrias de servios pblicos; alunos de
universidades pblicas).
As penalidades devem est prevista em Lei, que no caso das aplicadas aos
servidores, estaro previstas nos respectivos estatutos. Assim, se o servidor pblico for
federal, as penalidades esto previstas nos artigo 127 da Lei 8.112/90 (advertncia;
suspenso; demisso; cassao de aposentadoria ou disponibilidade; destituio de
cargo em comisso, destituio de funo de confiana).


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Segundo DI Pietro, o exerccio do poder disciplinar discricionrio
18
, visto que o
administrador pblico, ao aplicar sanes, poder fazer um juzo de valores (convenincia e
oportunidade), devendo aplicar a sano que julgar cabvel para cada uma das diversas infraes
disciplinares, ou ainda deixar de aplicar a sano se as caractersticas do caso concreto justificarem
tal medida.
No entanto, no h discricionariedade ao decidir pela apurao ou no da falta funcional.
No h assim a liberdade de escolha entre punir e no punir, pois, tendo cincia da falta praticada,
imprescindvel a instaurao de processo administrativo, sob pena, inclusive, de cometimento do
crime de condescendncia criminosa (artigo 320, do Cdigo Penal).
No mais a mais, preciso dizer que na aplicao de quaisquer das sanes disciplinares,
deve-se observar a aplicao de procedimento administrativo regular, com possibilidade de
exerccio de ampla defesa, mediante oferecimento do contraditrio. o que estabelece o artigo
5., inciso LIV e LV da Magna Carta.
Observao 1: indispensvel a presena de advogados nos processos administrativos
disciplinares? No. Smula Vinculante n 5: A falta de defesa tcnica por advogado no processo
administrativo disciplinar no ofende a Constituio

Observao 2: Antes de 1988, existiam alguns institutos de aplicao sumria das sanes
disciplinares. Esses institutos no estabeleciam a necessidade de processo administrativo e, por
conseguinte, de contraditrio. Por isso, so considerados inconstitucionais. o caso,por exemplo do
a) termo de declarao ( espcie de confisso, por escrito, por parte do agente pblico assumindo
determinada infrao de ordem funcional, autorizando a aplicao da sano disciplinar (mea
culpa) b) verdade sabida: aplicao de penalidade diretamente pela autoridade, em razo desta ter
presenciado a prtica de determinada infrao, sem possibilidade de contraditrio e ampla defesa.
Observao 3: No esquea que o Poder Disciplinar tambm pode se voltar para particulares que
possuem vnculo especfico com administrao. Mas repare: imprescindvel tal vnculo especfico,
como um contrato. A propsito, observe, desde logo, essa questo da CESPE/UnB, ABIN/2008,
cobrando exatamente esse ponto:

Decorre do poder disciplinar do Estado a multa aplicada pelo poder concedente a uma
concessionria do servio pblico que tenha descumprido normas reguladoras impostas pelo
poder concedente. (Gabarito Definitivo: correto)


2.5. Poder Regulamentar ou Poder Normativo
O poder regulamentar o poder conferido aos chefes do Executivo para editar decretos e
regulamentos com a finalidade de oferecer fiel execuo lei. Decorre de disposio constitucional
(artigo 84, inciso IV, da CF/88) e que por simetria tambm existe previso nas Leis Orgnicas. So
os chamados decretos de execuo.

18
Em que pese boa parte da doutrina considerar que o Poder Disciplinar discricionrio, o STJ vem entendendo que se
trata, na verdade, de um Poder Vinculado (Informativo 342)


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Segundo o magistrio de Vicente Paulo e Marcelo Alexandrino, os decretos de execuo so
regras jurdicas gerais, abstratas e impessoais, editadas em funo de uma Lei prvia. So atos
normativos ditos secundrios, sendo a lei um ato normativo primrio, pois deflui diretamente da
Constituio.
Os decretos de execuo no podem ser delegados, conforme o pargrafo nico do artigo 84
da CF.
Vale lembrar que parte da doutrina e jurisprudncia admite atualmente a existncia de um
outro tipo de decreto. So os chamados decretos autnomos. Essa corrente alicerada na Emenda
Constitucional n 32/01 que incorporou ao texto do artigo 84, inciso VI, essa previso. Entretanto,
s possvel a sua utilizao quando estiver relacionada:
a) organizao e funcionamento da administrao federal e desde que no implique
aumento de despesa nem criao ou extino de rgos pblicos (alnea a);
b) extino de funes ou cargos pblicos, quando vagos (alnea b).
Exemplo de decreto autnomo em vigor no ordenamento o n 5504/05. ele que
estabelece a exigncia de utilizao do prego, preferencialmente na forma eletrnica,
para entes pblicos ou privados, nas contrataes de bens e servios comuns, realizadas
em decorrncia de transferncias voluntrias de recursos pblicos da Unio, decorrentes
de convnios ou instrumentos congneres, ou consrcios pblicos.
Ao contrrio dos decretos de execuo, os decretos autnomos podem ser
delegados a outras autoridades administrativas, tal como aos Ministros de Estado,
conforme previso do artigo 84, pargrafo nico, da CF.

2.6 PODER DE POLCIA
19

a) CONCEITO:
Poder de polcia, para a doutrina majoritria, o poder conferido Administrao Pblica
para condicionar, restringir, frenar o exerccio de direitos e atividades dos particulares em nome dos
interesses da coletividade. Tambm chamado em outros pases de Limitaes Administrativas
a propriedade e a Liberdade.
Ao lado do conceito doutrinrio, existe tambm o conceito legal de Poder de Polcia. o
que estabelece o art. 78, caput, do Cdigo Tributrio Nacional, a saber:
Art. 78. Considera-se poder de polcia atividade da administrao pblica que, limitando
ou disciplinando direito, intersse ou liberdade, regula a prtica de ato ou absteno de fato, em
razo de intresse pblico concernente segurana, higiene, ordem, aos costumes,

19
Segundo a doutrina (Di Pietro e Celso Antnio), Poder de Polcia pode ser visto em dois sentidos: 1) em sentido
amplo, relacionado a qualquer atividade estatal que limita a atividade privada em favor do interesse pblico,
abrangendo atos do Legislativo e do Executivo.; 2)em sentido estrito relacionado a prpria atividade administrativa,
compreendendo apenas atos do Poder Executivo.


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disciplina da produo e do mercado, ao exerccio de atividades econmicas dependentes de
concesso ou autorizao do Poder Pblico, tranqilidade pblica ou ao respeito propriedade
e aos direitos individuais ou coletivos.
Themistocles Brando Filho falando da importncia desse Poder ensina que o poder de
polcia constitui limitao liberdade individual, mas tem por fim assegurar esta prpria liberdade
e os direitos essenciais do homem. Alis, sob esse prisma que o Conselho de Estado Francs
decidiu acerca do lancer de nain (arremesso de anes).
O princpio informador deste poder, que autoriza o Poder Pblico a condicionar ou restringir
o exerccio de direitos e as atividades dos particulares, a supremacia geral do interesse pblico
sobre o interesse particular.
b) OBJETO:
O poder de polcia no recai sobre o prprio individuo. Ele recai sobre os bens, direitos,
interesses e atividades desse indivduo, desde que as restries se justifiquem, porque previstas em
prol do interesse coletivo e pautadas pelo princpio da proporcionalidade/razoabilidade, e desde que
estejam de acordo com os limites constitucionais e legais.
c) MANIFESTAES:
1.Preventiva:
Atua por meio de normas limitadoras ou condicionadoras de conduta dos que utilizam bens
ou exercem atividades que possam afetar a coletividade, bem como pela fiscalizao de sua
observncia pelos particulares, outorgando alvars a esses que cumpram determinados requisitos.
Exemplos: Ato normativo que probe a venda de bebidas alcolicas a menores, aplicvel a
todos os estabelecimentos comerciais; Licena concedida por determinada autarquia profissional
para que algum exera uma atividade regulamentada; Autorizao para estabelecimentos
comercializarem fogos de artifcio.
Cumpre destacar, desde logo, as diferenas marcantes entre Licena e Autorizao no
exerccio de Poder de Polcia preventiva, embora ambas sejam formalizadas atravs de alvar.
Observe o esquema:
TIPO DE ATO Natureza Exemplo Exemplo de forma de
extino
LICENA Vinculado Licena para
Dirigir
Cassao
AUTORIZAO Discricionrio Autorizao para
estabelecimentos
comercializarem
fogos de artifcio
Revogao



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2. Repressiva:
Consubstancia-se na aplicao de sanes queles que desobedecerem as normas de policia.
Ex.: embargo a uma construo irregular, guincho de um carro, destruio e inutilizao de bens e
etc.
d) CARACTERISTICAS OU ATRIBUTOS:
d1) Discricionariedade:
Via de regra, o ordenamento permite um juzo de convenincia e oportunidade na prtica de
atos decorrentes do poder de polcia, porm, em alguns casos, a discricionariedade no se aplica, a
exemplo da licena para dirigir veculo automotor, pois, preenchidos os requisitos legais, no
permitido autoridade a sua no-expedio.
d2) Auto-executoriedade:
o poder que possuem os atos administrativos de serem executados materialmente pela
prpria administrao independentemente de manifestao do Poder Judicirio.
Maria Sylvia Zanella Di Pietro dissocia a Auto-executoriedade em duas facetas:
Exigibilidade: toma decises criando obrigaes sem precisar ir previamente ao Poder
Judicirio. Aqui aparecem os meios indiretos de coero, tal como a aplicao de multa;
Executoriedade: permite a administrao executar ou atuar diretamente a sua deciso sem
precisar do Poder judicirio. Aqui aparece os meios diretos de coero, podendo ser utilizado a
fora. Ex. dissoluo de uma passeata; demolio de um prdio que ameaa desabar.
bom lembrar que a cobrana do valor da multa de trnsito uma exceo regra da auto-
executoriedade, pois, salvo quando espontaneamente satisfeita pelo autuado, Administrao
defesa a sua exigncia pela via administrativa, tornando-se necessria a execuo fiscal, via
Judicirio, do referido quantum.
d3) Coercibilidade ou Imperatividade:
Segundo Alexandrino e Paulo, a coerbilidade traduzida na possibilidade de as medidas
adotadas pela Administrao serem impostas coativamente ao administrado, mediante o emprego da
fora, caso o particular resista ao ato de polcia.
Alguns atos no possuem esse atributo. Por exemplo, os chamados atos de consentimento
(como a exigncia de obteno de licenas ou autorizaes) no h vestgio desse atributo.
Observao:
Parte da doutrina, como Di Pietro, destaca, alm das j citadas, outra caracterstica do poder de
policia: o fato de ser uma atividade negativa. Ora, o exerccio do poder de policia muito est
ligado a uma obrigao de no fazer, uma imposio de absteno ao particular, diferentemente dos
servios pblicos em que o poder pblico realiza uma atividade positiva, uma prestao de fazer.


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e) SETORES DA POLICIA ADMINISTRATIVA
A polcia administrativa manifesta-e atravs de diversos campos, podendo-se apontar, a
ttulo de exemplificao, o quadro a seguir:
POLICIA ADMINISTRATIVA FUNO
De vigilncia sanitria Voltada proteo da sade pblica;
De pesos e medidas Destinada fiscalizao dos padres de medida,
em defesa da economia popular
Edilcia Relativa s edificaes
De trnsito Para garantia da segurana e ordem nas vias e
rodovias
Florestal Volvida na defesa da flora
Caa e pesca Vocacionada proteo da fauna terrestre e
aqutica

f) SANES DECORRENTES DO PODER DE POLCIA
O exerccio do poder de polcia ficaria frustrado se no estivesse aparelhado de sanes para
o caso de desobedincia ordem legal de autoridade competente.
Essas sanes so fixadas em diversas Leis. Uma das mais importantes o Cdigo de Obras
e Posturas do Municpio (Lei 5530/81) que traz, no art. 737, como sanes: Multa, Embargo,
Apreenso e perda de bens e mercadorias, Interdio, Suspenso, Cassao de licena e
desfazimento, demolio ou remoo.
Conforme leciona Reinaldo Moreira Bruno, importante notar que uma mesma conduta
poder ensejar uma ao punitiva de natureza administrativa como tambm constituir-se em
infrao penal. No que tange as sanes administrativas, a Lei Federal n 9.873/99 estabelece o
prazo prescricional de 5 anos, a contar da prtica do ato, ou, na hiptese de infrao permanente ou
continuada, do dia em que houver cessado.
g) DISTINES
Maria Sylvia Zanella Di Pietro divide o Poder de Polcia em dois segmentos: polcia
administrativa e polcia judiciria. Conforme a mencionada doutrinadora, um dos pontos em que
existe distino entre os dois institutos que a primeira predominantemente preventiva e a
segunda predominantemente repressiva. Segue as palavras da mestra:


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"A principal diferena que se costuma apontar entre as duas est no carter preventivo da polcia
administrativa e no repressivo de polcia judiciria. A primeira ter por objetivo impedir as aes
anti-sociais e, a segunda, punir os infratores da lei penal."

Odete Medauar, citando o festejado Hely Lopes Meirelles, aponta uma outra diferena entre
as duas expresses, agora sob o aspecto orgnico: a polcia administrativa inerente e se difunde
por toda a Administrao e a polcia judiciria concentra-se em determinados rgos especializados
de segurana.

O insigne Celso Antnio Bandeira de Mello, ao refletir sobre os dois institutos, aponta a
importncia da distino. So palavras do mestre: A importncia da distino entre polcia
administrativa e polcia judiciria est em que a segunda rege-se na conformidade da legislao
processual penal e a primeira pelas normas administrativas.

A doutrina moderna tambm no dispensa de fazer a distino ululante entre os dois
institutos. Raquel Melo Urbano de Carvalho, ao falar da policia administrativa ensina que ela possui
como objetivo: impedir condutas prejudiciais aos interesses sociais, motivo por que se limitam o
exerccio de direitos, atividades ou fruio de bens. J em relao a policia judiciria, aduz a
citada doutrinadora: pressupe a ocorrncia de um ilcito penal e prepara a persecuo penal,
instrumentalizando-se em medidas como auto de priso em flagrante e inqurito policial.

Na mesma linha de idias, e afirmando a diferena insofismvel entre policia administrativa
e polcia judiciria, segue a brilhante sntese esquematizada trazida por Gustavo Mello Knoplock:



POLCIA ADMINISTRATIVA

POLICIA JUDICIRIA
CARTER Predominantemente Preventivo Predominantemente Repressivo
RGOS Diversos - Fiscalizao Especializados - Segurana
ILCITOS Administrativos Penais
NORMAS Direito Administrativo Direito Processual Penal
INCIDNCIA Bens, direitos e atividades Pessoas
EXEMPLOS DE
MANIFESTAES:
Apreenso de carteira de motorista
por infrao de trnsito
Priso de motorista por infrao
penal
MBITO Inicia e encerra na prpria
Administrao Pblica
Inicia na Administrao Pblica e
subsidia o trabalho do Poder
Judicirio

USO E ABUSO DE PODER


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Na lio de Gustavo Barchet, diz-se que h uso do poder quando o agente pblico, ao
exercer suas funes, o faz de forma regular, em conformidade com as leis e princpios
administrativos que regem sua atuao.

Figura oposta ao uso do poder o abuso do poder, vcio que, uma vez verificado em
determinado ato administrativo, seja ele omissivo ou comissivo, conduz, regra geral, sua
nulidade, que pode ser declarada pela prpria Administrao, agindo de ofcio, ou pelo Poder
Judicirio.

O abuso de poder gnero que comporta duas espcies: o excesso de poder e o desvio de
poder. O primeiro se verifica quando o agente atua fora da sua competncia; o segundo, quando o
agente, apesar de no ultrapassar sua competncia, pratica o ato com finalidade diversa do
interesse pblico ou daquela prevista em lei.

Assim:


A) Excesso de Poder
Vcio na competncia
Quando o agente age fora dos limites de suas atribuies, produzindo ato para o qual
incompetente. Ex.: Decreto regulamentador expedido por um secretrio de estado


B) Desvio de Poder:
Vcio na finalidade. (Da porque tambm chamado de desvio de finalidade.)

Duas possibilidades:
o agente realiza um ato com fim diverso do interesse pblico, ou seja, com fim particular, seu
ou de terceiro;
Ex.: Ato para beneficiar a si prprio, um amigo ou parente

o agente busca uma finalidade ainda que de interesse pblico, alheia a categoria do ato que
utilizou.

ABUSO DE
PODER
Excesso de
Poder
Desvio de
Poder


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Ex.: remoo ex officio de um servidor como forma de punio.

Segundo Fernanda Marinela, todo abuso de poder caracteriza uma ilegalidade mas nem toda
ilegalidade decorre de conduta abusiva.

A conseqncia do abuso de poder a invalidao do ato. Tal invalidao pode ser intentada
na prpria esfera administrativa, ou, junto ao Poder Judicirio. Alm disso, o agente que atuar com
abuso de poder poder, conforme o caso, ter sua conduta tipificada tambm como ilcito penal, nos
termos da Lei n 4.898/65.

QUESTES DE CONCURSO LISTA 1

1. (Procurador do Estado CE- 2008) Atividade da administrao pblica, expressa em atos
normativos ou concretos, de condicionar, com fundamento em sua supremacia geral e na forma da
lei, a liberdade e a propriedade dos indivduos, mediante ao ora fiscalizadora, ora preventiva, ora
repressiva, impondo coercitivamente aos particulares um dever de absteno (non facere), a fim de
conformar-lhes os comportamentos aos interesses sociais consagrados no sistema normativo. (Celso
Antnio Bandeira de Mello. Curso de direito administrativo. Editora Malheiros. 20. ed., p. 787.)

A definio objeto do fragmento de texto acima se refere ao poder

A regulamentar.
B discricionrio.
C de polcia.
D hierrquico.
E disciplinar.

2. (Procurador do Estado PB-2008) No que diz respeito aos meios de atuao do poder de
polcia, julgue os prximos itens.
I Segundo entendimento majoritrio na doutrina e na jurisprudncia, admite-se a delegao do
poder de polcia a pessoa da iniciativa privada prestadora de servios de titularidade do estado.
II A autorizao o ato administrativo vinculado e definitivo pelo qual a administrao reconhece
que o particular detentor de um direito subjetivo preenche as condies de seu gozo.
III A licena no pode ser negada quando o requerente satisfaa os requisitos legais para sua
obteno.
IV O alvar pode ser de licena ou de autorizao.
Esto certos apenas os itens:
A I e II.
B I e III.
C I e IV.
D II e III.
E III e IV.

(Ministrio Pblico de Roraima Tcnico/2008) Determinado policial civil, valendo-se da
prerrogativa que o cargo lhe assegura, ingressou em uma casa de espetculos, na qual iria
ocorrer um show de pagode, sem pagar o ingresso correspondente, sob o argumento de que,


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por ser policial, tem livre acesso a locais pblicos e privados. Tendo como referncia a
situao descrita acima, julgue os itens a seguir, relativos a poderes e atos administrativos.

3. Caso fique comprovado que o policial no estava no local em razo do servio, mas apenas para
assistir ao show, restar configurado desvio de finalidade.

4. Na situao descrita, se o policial tivesse entrado no local a fim de investigar um crime, estaria
exercendo o poder de polcia administrativa.

5. Caso o superior hierrquico desse policial, aps analisar os fatos, resolva instaurar processo
administrativo visando puni-lo, estar exercendo o poder disciplinar.


6. (AGENTE DA PF/2000) Apesar de as polcias civil e federal desempenharem a funo de
polcia judiciria, ambas so rgos do Poder Executivo e no do Poder Judicirio.

7.(AGENTE DA PF/2000) Se um agente de polcia federal fosse designado para investigar a
prtica de corrupo passiva atribuda a ocupantes de cargos comissionados de autarquia federal,
esse agente realizaria a investigao no exerccio do poder de polcia, em razo do que seria
indispensvel a autorizao judicial para a prtica dos atos necessrios.

8.(Tcnico Judicirio rea Administrativa TRT 6 Regio/2002) - A atividade
administrativa, como projeo objetiva da administrao pblica, inclui a polcia administrativa, a
qual executa e fiscaliza as restries impostas por lei ao exerccio dos direito individuais em
benefcio do interesse coletivo.

9. (Promotor de Justia Substituto MPAM/2001) - O chefe de uma repartio pblica
determinou certa obrigao a servidor, que, descumprida, ensejou a instaurao de inqurito
administrativo. Nessa situao hipottica, houve manifestao dos poderes
A) vinculado e disciplinar.
B) hierrquico e de polcia.
C) hierrquico e disciplinar.
D) discricionrio e disciplinar.
E) vinculado e de polcia.

10 (Agente da polcia Federal/1997) - Considere que Cndido seja fiscal do instituto Brasileiro do
Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renovveis (IBAMA), usando na explorao ilegal de
madeiras, e que, pelas normas aplicveis a seu trabalho, Cndido seja obrigado apreender a madeira
ilegalmente extrada que encontrar no trabalho de fiscalizao e a aplicar multa aos responsveis
pela e pelo transporte do madeirame. Assim, estes so exemplos de atos resultantes do poder
discricionrio que Cndido detm.

11. (Agente da polcia Federal/1997) O ato praticado no exerccio de poder discricionrio imune
a controle judicial.

12. (Perito Criminal Federal PF/2004 Regional - adaptada ) - Julgue o item a seguir,
considerando que o Departamento de Polcia Federal (DPF) um rgo do Ministrio da Justia
que tem competncia para apurar infraes penais contra a ordem poltica e social ou em detrimento


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de bens, servios e interesses da Unio ou de suas entidades autrquicas e empresas pblicas. O
DPF exerce atividade de polcia administrativa, visto que apura infraes penais contra a
administrao pblica federal.

13.(Procurador do Estado do Cear 2004) - Os poderes administrativos so instrumentais,
sendo utilizados pela administrao pblica para cumprir suas finalidades.

14. (Auxiliar Judicirio / reas Administrativa e Judiciria TJAP 2004) - Os agentes dos
Poderes Legislativo e Judicirio, ao exercitar suas funes tpicas, desempenham-na sob o influxo
do poder hierrquico.

15. (Delegado de Polcia Federal / 2004) - O abuso de poder, na modalidade de desvio de poder,
caracteriza-se pela prtica de ato fora dos limites da competncia administrativa do agente.

Em linguagem comum, costuma-se dizer que quem usa do poder tende a faz-lo
abusivamente. Todavia, o direito constitucional e o direito administrativo em especial
encontram formas de assegurar que os agentes pblicos tenham limites no cumprimento de
suas atividades e funes. Isso se traduz em alguns deveres constitucionais e princpios, que
tambm no podem ser desconsiderados pela administrao pblica. Considerando o texto
acima e o disposto a respeito de administrao pblica, julgue os itens subseqentes.

16.(Analista Judicirio / rea Judiciria TRE/RS 2003) Enquanto, no desvio de finalidade, a
autoridade, embora competente para a prtica do ato, vai alm do permitido e exorbita no uso de
suas faculdades administrativas, no excesso de poder, a autoridade pratica atos por motivos ou fins
diferentes daqueles objetivados pela lei ou pelo interesse pblico.

17. (Analista Judicirio / rea Judiciria TRE/RS 2003) Poder disciplinar aquele de que
dispe o Poder Executivo para a distribuio e o escalonamento de funes de seus rgos,
ordenando e revendo a atuao de seus agentes e estabelecendo a relao de subordinao entre os
servidores do seu quadro pessoal.

18. (Analista Judicirio / rea Judiciria TRE/RS 2003) Rever atos de inferiores
hierrquicos significa apreciar tais atos em todos os seus aspectos, para mant-los ou invalid-los; j
avocar chamar para si as funes originariamente atribudas a um subordinado.

A administrao do TRE/MT editou ato permitindo a Francisco instalar gratuitamente, no
hall de entrada da sede do tribunal, uma pequena banca para a venda de livros jurdicos
durante os dois dias em que seria realizado, no auditrio do tribunal, um seminrio sobre
direito eleitoral. Em relao situao hipottica acima, julgue

19. (Analista Judicirio rea: Judiciria TRE / MT 2005) O ato pode ser anulado caso a
autoridade competente passe a entender que inconveniente a instalao da referida banca de
livros.

20. (Analista Judicirio rea: Judiciria TRE / MT 2005) O ato configura exerccio de
poder administrativo discricionrio.




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GABARITO:

1.C 2.E 3.C 4.E 5.C 6.C 7.E 8.C 9.C 10.E
11.E 12.E 13.C 14.E 15.E 16.E 17.E 18.C 19.E 20.C



QUESTES DE CONCURSO LISTA 2

NCE

01 - A Administrao Pblica, no exerccio do Poder de Polcia, pode executar seus atos
independentemente da manifestao prvia de outro Poder, ressalvadas poucas excees. A
caracterstica do Poder de Polcia que legitima a conduta acima descrita denomina-se:
a) imperatividade;
b) auto-executoriedade;
c) presuno de veracidade;
d) presuno de legitimidade;
e) discricionariedade.

02 - Em razo do poder hierrquico existente no mbito da Administrao Pblica, analise as
afirmativas:
I. Uma autoridade pode controlar o mrito e a legalidade dos atos praticados por seus subordinados.
II. Haver hierarquia no Poder Judicirio e no Poder Legislativo quando eles estiverem
desempenhando a funo administrativa.
III. Um agente pblico pode deixar de cumprir a ordem de seu superior hierrquico quando
constatar que a mesma manifestamente ilegal.

So verdadeiras somente as afirmativas:
a) I e II; b) I e III;
c) II e III; d) I, II e III; e) nenhuma.

03 - Um dos tributos que podem ser cobrados no Brasil tem como fato gerador o exerccio do poder
de polcia. Assinale a alternativa que indica essa modalidade tributria:
a) imposto; b) contribuio de melhoria;
c) taxa; d) pedgio; e) preo pblico.

04 - Com relao ao poder de polcia, analise as afirmativas a seguir enumeradas:
I. Uma das caractersticas do poder de polcia a auto-executoriedade.
II. A licena ato discricionrio que reflete o exerccio do poder de polcia.
III. O poder de polcia pode ser exercido no mbito de cada ente estatal de acordo com suas
atribuies constitucionais.
A(s) afirmativa(s) verdadeira(s) /so somente:
a) I e II b) I e III
c) II e III d) I, II e III e) III



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05 - A Administrao Pblica pode impor ao administrado cumprimento ou execuo dos atos
administrativos. Esse atributo do ato administrativo denomina-se:
a) imperatividade; b) presuno de legitimidade;
c) auto-executoriedade; d) eficincia; e) discricionariedade.


06 - Em relao ao Poder de Polcia, INCORRETO afirmar que:
(A) de acordo com posio majoritria na doutrina, o exerccio do poder de polcia no pode ser
delegado a particulares;
(B) todos os entes estatais so competentes para exercer o poder de polcia de acordo com suas
reas especficas de atuao;
(C) o poder de polcia tambm se manifesta atravs da prtica de atos de consentimento, como a
licena e a autorizao;
(D) como regra, os atos decorrentes do poder de polcia no tm o atributo da auto-executoriedade;
(E) a Administrao Pblica pode aplicar sanes aos administrados em razo do descumprimento
dos atos relativos ao poder de polcia.

07 Sobre os poderes administrativos, analise as afirmativas a seguir:
I. No exerccio do poder de polcia a Administrao Pblica, em princpio, pode lanar mo do
atributo da autoexecutoriedade.
II. Atravs do poder regulamentar, o chefe do Poder Executivo vai explicar o contedo de uma lei
viabilizando a sua aplicao.
III. No exerccio do poder hierrquico, uma autoridade pode controlar os atos praticados por seus
subordinados no aspecto de mrito e de legalidade.

So verdadeiras somente as afirmativas:
(A) I e II; (B) I e III;
(C) II e III; (D) I, II e III; (E) nenhuma.

08 Em relao s caractersticas do poder de polcia da Administrao, INCORRETO afirmar
que:
(A) pressupe a atuao de agentes fiscalizadores;
(B) pode ser praticado mediante ato discricionrio ou vinculado;
(C) somente poder ser utilizado contra atos tipificados como crime;
(D) necessrio observar o princpio da proporcionalidade para a prtica do ato de polcia;
(E) no exerccio deste poder no necessria a interveno do Poder Judicirio para torn-lo efetivo
mediante autorizao ou mandado.

CESPE/UnB
9 (PROCURADOR DA AGU/2001) Quando o presidente da Repblica expede um decreto para
tornar efetiva uma lei, ele exerce poder regulamentar.

10. (PROCURADOR DA AGU/2001) Marcos o governador de um estado-membro do Brasil e,
por isso, tem o poder de remover os servidores pblicos de uma localidade para outra, para melhor
atender ao interesse pblico. Um servidor do estado namorava a filha de Marcos, contrariamente a
sua vontade. A autoridade, desejando pr um fim ao romance, removeu o servidor para localidade
remota, onde, inclusive, no havia servio telefnico.


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a) O ato descrito est viciado por desvio de finalidade.
b) O controle interno das atividades administrativas um dos meios pelos quais se exercita o poder
hierrquico.

11 (Oficial de Justia de 1 Entrncia TJ PE/2001) - O rgo de vigilncia sanitria do estado de
Pernambuco, ao realizar inspeo, localizou, afixada na parede da cozinha de determinado
restaurante de Recife, a seguinte citao: Aqui nada se perde. Tudo se transforma. Vale dizer: as
condies higinicas eram as piores possveis. Ato contnuo, a vigilncia determinou a interdio do
restaurante. Para esse tipo de situao hipottica, o atributo de que dispe a polcia administrativa
para agir independentemente de autorizao judicial
A no foi admitido no direito brasileiro, razo por que o ato do rgo de vigilncia foi ilegal.
B corresponde auto-executoriedade.
C corresponde presuno de legitimidade.
D decorre da imperatividade da atuao administrativa.
E compreende a cobrana de multas administrativas

12 (DELEGADO DA PF/2002)
A) A funo de polcia judiciria no exclui da Polcia Federal o poder de polcia administrativa.
B) O poder disciplinar impe ao superior hierrquico o dever de punir o subordinado faltoso.

13 (Juiz Federal Substituto TRF/5 Regio 2004) - Se uma lei estatuir que, para o gozo de
determinado direito por ela criado, o cidado precisa fazer prova documental de certos fatos
autoridade administrativa, poder o chefe do Poder Executivo, no exerccio vlido do poder
regulamentar, estipular que documentos sero aceitos como prova, desde que no crie obrigao
nova para os cidados.

14 (Cargo: Promotor de Justia MP / MT 2005) - Para alguns estudiosos, a Emenda
Constitucional n. 32/2001 deu ao presidente da Repblica o poder de baixar os chamados decretos
autnomos, dentro de certos limites.
Independentemente dessa discusso, certo que o chefe do Poder Executivo, ao baixar decretos
para dispor acerca da organizao e do funcionamento da administrao federal, continua
submetido ao princpio da legalidade e no pode, por exemplo, criar nem extinguir rgos pblicos.

15 (Defensor Pblico SE 2005) - O poder de polcia da administrao, conforme entendimento
do STF, pode ser delegado a particulares.

ESAF

16. (Fiscal de Tributos Estaduais - SEFA-PA 2002) - A aplicao de uma penalidade de trnsito,
por desrespeito legislao desta matria, decorre do seguinte poder:
a) disciplinar b) normativo
c) de polcia d) regulamentar e) hierrquico

17. (Analista de Finanas e Controle - AFC/CGU - 2003/2004) - Uma determinada autoridade
administrativa, de um certo setor de fiscalizao do Estado, ao verificar que o seu subordinado
havia sido tolerante com o administrado incurso em infrao regulamentar, da sua rea de atuao


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funcional, resolveu avocar o caso e agravar a penalidade aplicada, no uso da sua competncia legal,
tem este seu procedimento enquadrado no regular exerccio dos seus poderes
a) disciplinar e vinculado b) discricionrio e regulamentar
c) hierrquico e de polcia d) regulamentar e discricionrio
e) vinculado e discricionrio

18. (Auditor do Tribunal de Contas do Estado do Paran/2002) - A recente Emenda Constitucional
n 32, de 2001, Constituio Federal, autorizou o Presidente da Repblica, mediante Decreto, a
dispor sobre:
a) criao ou extino de rgos pblicos.
b) extino de cargos pblicos, quando ocupados por servidores no-estveis.
c) funcionamento da administrao federal, mesmo quando implicar aumento de despesa.
d) fixao de remunerao de quadros de pessoal da Administrao Direta.
e) extino de funes pblicas, quando vagas.

19. (AFC CGU 2006) - Em tese, na estrutura organizacional, da Administrao Pblica Direta
Federal, onde vigora o regime jurdico da disciplina hierarquizada, a autoridade de nvel superior
pode rever os atos da que lhe seja subordinada, bem como pode delegar-lhe competncia ou avocar
o exerccio de suas atribuies e das que delegou.
a) Correta essa assertiva.
b) Incorreta essa assertiva, porque a delegao irretratvel.
c) Incorreta, porque a delegao no opera entre autoridades, com vnculo hierrquico de
subordinao.
d) Incorreta, porque no cabe avocao, para a prtica de atos delegados, nem de atribuies do
subordinado.
e) Incorreta, porque na Administrao Pblica no vigora o regime da disciplina hierarquizada.

20. (AFC CGU 2006) - Por decorrncia do poder hierrquico da Administrao Pblica, surge o
instituto da delegao de competncias. Assinale, entre as atividades abaixo, aquela que no pode
ser delegada.
a) Matria de competncia concorrente de rgo ou entidade.
b) Edio de atos de nomeao de servidores.
c) Deciso de recursos administrativos.
d) Homologao de processo licitatrio.
e) Aplicao de pena disciplinar a servidor.

FCC

21 (Analista Judicirio rea Judiciria TRE Cear/2002) - exemplo de atividade prpria do
poder de polcia, entendido como polcia administrativa,
(A) a aplicao de multa contratual, em contrato administrativo, pela Administrao ao
particular contratado.
(B)) a restrio imposta, por agentes administrativos, realizao de uma passeata nas vias
pblicas.
(C) o policiamento ostensivo realizado nas ruas pela polcia militar.
(D) a atividade investigativa realizada pela polcia civil em um inqurito policial.
(E) a priso em flagrante de um criminoso por qualquer do povo.


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22 (Procurador Judicial do Municpio de Recife/2003) - Considere as relaes jurdicas
estabelecidas entre:
I. O Presidente da Republica e o Prefeito de um Municpio.
II. O Prefeito de um Municpio e um Secretrio desse Municpio.
III. O Prefeito de um Municpio e o Presidente de uma autarquia desse Municpio.
Conforme a doutrina administrativista, h vnculos de hierarquia
(A) nas relaes mencionadas nos itens I, II e III.
(B) apenas nas relaes mencionadas nos itens I e II.
(C) apenas nas relaes mencionadas nos itens II e III.
(D))apenas na relao mencionada no item II.
(E) apenas na relao mencionada no item III.

23. (Assessor Jurdico Tribunal de Contas do Piau/2002) - Determinada autoridade presencia a
prtica de um ilcito administrativo por um subordinado seu. Nesse caso, a aplicao da penalidade
ao autor do ilcito
(A) no depende de processo administrativo, incidindo a regra da "verdade sabida".
(B) no depende de processo administrativo, incidindo o princpio da autotutela
administrativa.
(C) ainda assim depende de processo administrativo, no qual pode ser dispensada a manifestao do
autor do ilcito, a critrio da autoridade.
(D) ainda assim depende de processo administrativo, no qual, porm, no ser
admitido recurso, incidindo a regra da "verdade sabida".
(E))ainda assim depende de processo administrativo, no qual devem ser assegurados ao autor do
ilcito o contraditrio e a ampla defesa.

24. (Analista Judicirio rea Judiciria TRE AP/2006) - Tendo em vista os poderes
administrativos, certo que
a) o poder de polcia pode ser arbitrrio, sendo sempre discricionrio, podendo restringir ou
suprimir o direito individual.
b) no h hierarquia nos Poderes Judicirio e Legislativo no que tange s suas funes tpicas
constitucionais, mas h hierarquia quando se trata das funes atpicas ou administrativas desses
poderes.
c) embora seja vinculado na aplicao de sanes, o poder disciplinar facultativo, e sua inrcia s
constitui infrao administrativa.
d) o poder regulamentar o que tm os chefes do Executivo, Legislativo e Judicirio, para detalhar
a lei por decreto, podendo, em certos casos, ir alm da norma legal.
e) face correlao entre o poder hierrquico e o poder disciplinar, assim como entre este e o poder
de polcia, eles se confundem entre si, podendo caracterizar apenas uma situao

25. (Procurador do Estado do Rio Grande do Norte/2001) - A atividade do Estado consistente em
limitar o exerccio dos direitos individuais em benefcio do interesse pblico chamada de:
a) Poder hierrquico.
b) Poder de polcia.
c) Servio pblico.
d) Atividade de fomento.
e) Poder regulamentar.



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26. (Analista Judicirio TJ/PE-2007) 37. A Administrao Pblica, por meio do regular uso do
poder disciplinar,
(A) distribui, ordena, escalona e rev a atuao de seus agentes, de modo que as atividades por eles
desempenhadas obedeam ao princpio da eficincia.
(B) apura infraes e aplica penalidades aos servidores pblicos e demais pessoas sujeitas
disciplina administrativa.
(C) edita normas complementares lei, que disponham sobre organizao administrativa ou
relaes entre os particulares que estejam em situao de submisso especial ao Estado.
(D) condiciona e restringe o uso e gozo de bens, atividades e direitos individuais em benefcio da
coletividade ou do prprio Estado.
(E) pratica atos administrativos de sua competncia, com liberdade de escolha quanto sua
convenincia, oportunidade, forma e contedo.

GABARITO
1.B 2.D 3.C 4.B 5.A 6.D 7.D 8.C 9.V 10.VV
11.B 12.VV 13.V 14.V 15.F 16.C 17.C 18.E 19.A 20.C
21.B 22.D 23E 24.B 25.B 26.B



QUESTES DE CONCURSO LISTA 3


1. (CESPE/ANEEL/2010) Com fundamento no poder disciplinar, a administrao pblica, ao ter
conhecimento de prtica de falta por servidor pblico, pode escolher entre a instaurao ou no de
procedimento destinado a promover a correspondente apurao de infrao.

2. (CESPE/DFTRANS/2008) O Estado pode delegar o exerccio do poder de polcia a uma empresa
privada.

3. (CESPE/TRT-5/Juiz/2007) A proporcionalidade elemento essencial validade de qualquer
atuao da administrao pblica, salvo nos atos de polcia.

4. (CESPE/TJ-PI/Juiz/2007) O poder regulador insere-se no conceito formal de administrao
pblica.

5. (CESPE/TJ-PI/Juiz/2007) O poder normativo, no mbito da administrao pblica, privativo do
chefe do Poder Executivo.

6. (CESPE/CETURB/Advogado/2010) Segundo entendimento do STJ, o poder disciplinar sempre
vinculado, no havendo qualquer espao de escolha para o administrador, quer quanto ocorrncia
da infrao, quer quanto pena a ser aplicada, razo pela qual o ato pode ser revisto em todos os
seus aspectos pelo Poder Judicirio.

7. (CESPE/CETURB/Advogado/2010) Embora a autoexecutoriedade seja atributo do poder de
polcia, a cobrana de multa imposta pela administrao traduz exceo a tal regra, pois,


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considerado que tal atributo pode ser dividido nos elementos executoriedade e exigibilidade, falta
sano pecuniria este ltimo elemento.

8. (CESPE/AGU/Procurador/2010) Atos administrativos decorrentes do poder de polcia gozam, em
regra, do atributo da autoexecutoriedade, haja vista a administrao no depender da interveno do
Poder Judicirio para torn-los efetivos. Entretanto, alguns desses atos importam exceo regra,
como, por exemplo, no caso de se impor ao administrado que este construa uma calada. A exceo
ocorre porque tal atributo se desdobra em dois, exigibilidade e executoriedade, e, nesse caso, falta a
executoriedade.

9. (CESPE/DPF/Agente/2009) O poder de a administrao pblica impor sanes a particulares no
sujeitos sua disciplina interna tem como fundamento o poder disciplinar.

10. (CESPE/TJ-RJ/Tcnico/2008) Como decorrncia do poder hierrquico, o agente pblico pode
editar atos regulamentares.

11. (CESPE/MCT-FINEP/Analista/2009) O poder regulamentar a faculdade de que dispe o chefe
do Poder Executivo de explicar a lei para a sua correta execuo, podendo restringir ou ampliar suas
disposies.

12. (CESPE/MCT-FINEP/Analista/2009) Poder de polcia a faculdade de que dispe a
administrao pblica de condicionar ou restringir o uso e gozo de bens, atividades e direitos
individuais em benefcio do prprio Estado ou do administrador.

13. (CESPE/MCT-FINEP/Analista/2009) O poder disciplinar a relao de subordinao entre os
vrios rgos e agentes pblicos, com a distribuio de funes e gradao da autoridade de cada
um, conforme as competncias legais.

14. (CESPE/MCT-FINEP/Analista/2009) O poder vinculado aquele conferido administrao de
forma expressa e explcita, com a norma legal j trazendo nela mesma a determinao dos
elementos e requisitos para a prtica dos respectivos atos.

15. (CESPE/PGE-AL/Procurador/2008) No exerccio da atividade de polcia, a administrao s
atua por meio de atos concretos previamente definidos em lei. Esses atos devem ser praticados sob
o enfoque da proporcionalidade, de forma a evitar a prtica de um ato mais intenso e extenso do que
o necessrio para limitar a liberdade e a propriedade no caso concreto.

Gabarito:

1.E 2.E 3.E 4.E 5.E
6.C 7.E 8.C 9.E 10.E
11.E 12.E 13.E 14.C 15.E

ATO ADMINISTRATIVO

1) DEFINIO:


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A Administrao Pblica pratica diversos tipos de atos. Tais atos podem ser genericamente
denominados de ATOS DA ADMINISTRAO. Exemplos:
Atos regidos pelo Direito Privado: ocorre quando a Administrao Pblica realiza atos
de gesto de seus bens e interesses e agindo em condies de igualdade com o
administrado. Exemplo: Quando a Administrao Pblica realiza uma doao ou uma
permuta ou quando aluga um imvel para nele instalar um rgo pblico e etc.
Atos polticos ou de governo: esto sujeitos ao regime jurdico-constitucional e no
propriamente ao regime jurdico-administrativo. Exemplo: a iniciativa de lei pelo
Executivo, sua sano ou veto, as deliberaes dos rgos legislativos (tambm
chamados atos interna corporis) e etc.
Atos Materiais: Esses atos no expressam declaraes de vontade, sendo apenas atos de
execuo. Por isso, alguns autores no denominam de atos e sim fatos. Exemplos:
Demolio de uma casa pela Secretaria de Obras do Municipio, apreenso de uma
mercadoria pela Receita Federal etc.
ATOS ADMI NI STRATIVOS: so os atos jurdicos que se sujeitam ao regime-jurdico
administrativo.
Note, ento, que a expresso atos da administrao bem mais ampla e engloba o conceito
de atos administrativos. Mas o que ato administrativo?
Antes de tudo, interessante desde logo destacar que no h uma Lei que defina, trate e
sistematize a matria ato administrativo. At existem algumas leis que tangencialmente abordam
o assunto (como o caso da Lei 4.717/65 e Lei 9784/99), mas longe de se dedicarem
exclusivamente ao tema. Por esse motivo, conceituar ato administrativo tarefa da doutrina e traz
como conseqncia divergncias entre eles
20
.
Celso Antnio Bandeira de Mello conceitua ato administrativo como toda declarao do
Estado, ou de quem lhe faa as vezes, no exerccio de prerrogativas pblicas, manifestada mediante
providncias jurdicas complementares da lei, a ttulo de lhe dar cumprimento, sujeito a controle de
legitimidade por rgo jurisdicional.
Destrinchando os elementos desse conceito e tendo em vista a importncia desse ponto,
Dirley da Cunha Jnior, didaticamente, aponta o significado de uma cada uma das partes da
definio. Acompanhe:

PARTES DA DEFINIO SIGNIFICADO
Declarao Jurdica uma manifestao que produz efeitos
jurdicos como criar, declarar,
modificar e extinguir direitos ou

20
Hely Lopes Meirelles define ato administrativo como toda manifestao unilateral de vontade da Administrao
Pblica que, agindo nessa qualidade, tenha por fim imediato adquirir, resguardar, transferir, modificar, extinguir e
declarar direitos, ou impor obrigaes aos administrados ou a si prpria. J Maria Sylvia Zanella Di Pietro entende
como uma declarao do Estado ou de quem o represente, que produz efeitos jurdicos imediatos, com observncia da
Lei, sob regime jurdico de direito pblico e sujeita a controle pelo Poder Judicirio.


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obrigaes.
Provm do Estado ou de lhe faa as
vezes
Quando se diz que provm do Estado, se
quer dizer que os trs Poderes Estatais
praticam atos administrativos, ainda
que atipicamente (como o Poder
Legislativo e Judicirio). Como a funo
administrativa delegvel a particulares,
os concessionrios e permissionrios
exercitam funo administrativa e por
isso podem produzir tambm atos
administrativos.
No exerccio de prerrogativas pblicas O ato administrativo praticado na
posio de autoridade, como fruto da
supremacia do interesse pblico sobre
o particular.
Providncias jurdicas complementares
da lei
Os atos administrativos so, via de regra,
infralegal, ou seja, complementam e
executam uma Lei.
Sujeito a controle de legitimidade por
rgo jurisdicional
Todo ato administrativo, dentro de certos
limites, pode ser revisto pelo Poder
Judicirio, se for provocado.

Para que um ato seja considerado ato administrativo preciso que ele possua exatamente
todas as caractersticas acima citadas.
Imagine a seguinte situao: Alcebades, servidor pblico federal, ocupa um cargo pblico
de tcnico administrativo no INSS e est lotado na cidade de Vento Forte. Aps 6 anos de
trabalho nessa repartio, o INSS desloca Alcebiades para uma das agncias na cidade de
Minuano.
Esse o tpico caso de Remoo ex officio.
21
Ser, porm, que esse ato um ato
administrativo? Vejamos:

- Esse ato uma declarao jurdica? Sim, com ela o poder pblico modifica o servidor de
lotao.
- O ato provm do Estado? Sim, afinal o INSS uma autarquia federal.
- O ato no exerccio de prerrogativas pblicas? Sim, Alcebades ter que exercer suas
atividades em outro local, j que l carece mais dos servios dele;
- Providncias jurdicas complementares da lei? Sim, a remoo permitida pela Lei 8.112/90 e
um ato infralegal;

21
Remoo ex officio, segundo o art. 36 da Lei 8.112/90, o deslocamento do servidor, determinado pela
Administrao, dentro do mesmo quadro de pessoal, com ou sem mudana de sede.


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- Sujeito a controle de legitimidade por rgo jurisdiciona? Sim. Se eventualmente a remoo
fosse realizada pela autoridade por razes pessoais ou como forma de punio, Alcebiades
poderia procurar o Poder Judicirio para reverter (anular) essa remoo.

Qual a concluso que se chega? Ora, a remoo ex officio, como possui todas as
caractersticas acima, sim um ato administrativo.

Ocorre que se tomarmos como exemplo outros tipos de atos, como um contrato
administrativo ou um regulamento, perceberemos que eles possuem as mesmas caractersticas
acima apontadas. Mas no parece estranho que a remoo ex officio, contrato administrativo e
regulamento, com naturezas to dspares, pertenam a um mesmo conjunto?

Pois bem, refletindo sobre isso, a doutrina especifica o conceito acima, surgindo o ato
administrativo em sentido estrito. Com efeito, pra se chegar a esse conceito, acrescentam mais
duas caractersticas: pra ser ato administrativo tem que ser UNILATERAL (quando existe
bilateralidade estamos diante de um contrato e no um ato) e produzir efeitos CONCRETOS (e
no abstratos como os regulamentos, ou seja, a remoo no foi genrica e sim para o servidor
Alcebades).

Dessa forma, os contratos administrativos e regulamentos at podem ser considerados atos
administrativos, mas s nesse sentido mais amplo. Isso quer dizer, que s a remoo ex officio
pode ser considerada mesmo ato administrativo em sentido estrito ou propriamente dito, j que,
alm daquelas caractersticas gerais, possui mais dois pontos especficos: unilateral e produz
efeitos concretos.

QUESTES DE APOIO:

(FCC - TCNICO JUDICIRIO TRE/PI-2009) Sobre o conceito de atos administrativos,
INCORRETO afirmar que:

(A) os contratos tambm podem ser considerados atos jurdicos bilaterais.
(B) particulares no exerccio de prerrogativas pblicas tambm editam ato administrativo.
(C) os atos administrativos so sempre atos jurdicos.
(D) os Poderes Judicirio e Legislativo no editam ato administrativo.
(E) os atos administrativos so sempre passveis de controle judicial.

Gabarito: Letra D

(CESPE/UNB - AUXILIAR JUDICIRIO / REAS ADMINISTRATIVA E JUDICIRIA
TJAP 2004) O conceito de ato administrativo bem mais amplo do que o de ato de
administrao, sendo aquele o gnero e esse, a espcie.



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Gabarito: Item Falso.


2) REQUISITOS OU ELEMENTOS DO ATO ADMINISTRATIVO:

Todo ato administrativo formado por requisitos ou elementos. Nessa parte da matria,
iremos estudar as partes do ato administrativo, sendo, como prefere dizer Humberto Fragola, o
estudo da anatomia do ato administrativo.

Prevalece o entendimento que os requisitos ou elementos do ato administrativo so:

- Sujeito ou competncia ou sujeito competente;
- Finalidade;
- Forma;
- Motivo;
- Objeto.

Abaixo segue os principais apontamentos sobre cada um desses elementos, assim como os
respectivos vcios. J que estudar os requisitos do ato administrativo estudar a anatomia deles,
iremos tambm apontar quais as patologias ou vcios mais comum em cada um desses elementos.


A) COMPETNCIA:

Segundo Maria Sylvia Zanella Di Pietro, competncia o conjunto de atribuies das
pessoas jurdicas, rgos e agentes, fixadas pelo direito positivo. Inicialmente, necessrio
verificar se a Pessoa Jurdica tem atribuio para a prtica daquele ato. preciso saber,
em segundo lugar, se o rgo daquela Pessoa Jurdica que praticou o ato, estava
investido de atribuies para tanto. Finalmente, preciso verificar se o agente pblico
que praticou o ato, f-lo no exerccio das atribuies do cargo. O problema da
competncia, portanto, resolve-se nesses trs aspectos.

Aplicam-se as seguintes regras:

Decorre sempre de lei, no podendo o prprio rgo estabelecer, por si, as suas
atribuies;
inderrogvel, seja pela vontade da Administrao, seja por acordo com terceiros;
Pode ser objeto de delegao ou de avocao, desde que no se trate de competncia
conferida a determinado rgo ou agente, com exclusividade, pela Lei.

Ainda preciso destacar, que embora a competncia seja irrenuncivel, ela permite a
transferncia temporria do exerccio atravs da delegao e avocao. Mas o que eles significam?
Bom, esses dois institutos (delegao/avocao) esto previstos expressamente na Lei
9.784/99. ela que estabelece os contornos principais sobre o assunto. Delegar transferir
atribuies. J avocar atrair atribuies de outrem.


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Joo Trindade Cavalcante Filho aponta, de forma didtica, as caractersticas e disferenas
entre os dois institutos. Observe o esquema:
DELEGAO AVOCAO
Motivao Obrigatria SIM SIM
Publicao Obrigatria SIM SIM
Revogvel a qualquer tempo SIM SIM
Transitria ou Permanente Transitria Transitria
Exige subordinao
hierrquica
No Sim
Existem algumas matrias que no podem ser delegadas (art. 13 da Lei 9.784/99):
- a edio de atos de carter normativo; a deciso de recursos administrativos; - as
matrias de competncia exclusiva do rgo ou autoridade.

Observao:
Caso inexista competncia legal especfica, por qual autoridade o processo deve
ser iniciado? Segundo a Lei 9784/99 (art. 17), o processo administrativo dever ser
iniciado perante a autoridade de menor grau hierrquico para decidir.
VCIOS NA COMPETNCIA: Usurpao de Funo, Excesso de Poder; Funcionrio de
Fato.

B) FINALIDADE:

o resultado que a Administrao quer alcanar com a prtica do ato. o efeito
MEDIATO do ato.

Pode-se falar em finalidade em dois sentidos:





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O Administrador no pode fugir da finalidade, seja ela em sentindo amplo, seja a que a lei
imprimiu ao ato, sob pena de NULIDADE do ato pelo DESVIO DE FINALIDADE.
VCIO: justamente o DESVIO DE FINALIDADE ou DESVIO DE PODER. Por
exemplo, servidor que removido da repartio, pelo seu chefe imediato, como forma de puni-lo.
Ora, esse ato (remoo) possui um vcio j que a remoo no forma de punio e nem pode ser
utilizada como tal. E se for? A, o servidor pode entrar na via judicial, pra anular sua remoo e,
como conseqncia, voltar ao local de origem.


C) FORMA:
A forma pode ser encarada em dois sentidos:






Observando a forma no sentido estrito, se exige, como regra, a forma escrita, podendo a Lei,
eventualmente, determinar uma forma especial, como decreto, portaria e etc.
Excepcionalmente, admitem-se formas no-escritas como as verbais (ordens dada pelo
chefe ao seu subordinado), gestuais (guarda de transito gesticulando para automveis seguirem no
fluxo do trnsito), placas (como placas de trnsito) e etc.
VCIO: Omisso da Forma ou observncia incompleta ou irregular.

ATENO:

FINALIDADE
EM SENTIDO AMPLO:
todo ato deve sempre alcanar
uma finalidade pblica
EM SENTIDO RESTRITO:
finalidade que cada ato deve
produzir decorrendo explcita
ou implicitamente da Lei

Forma
EM SENTIDO AMPLO:
Ligado as formalidades
durante a formao do ato e
tambm publicidade do ato
EM SENTIDO ESTRITO:
Ligado ao modo pelo qual a
declarao se exterioriza


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Integra o conceito de forma a motivao do ato administrativo. Motivao a exposio dos fatos e
do direito que serviram de fundamento para a prtica do ato. a justificao do ato. Com efeito, se
faltar a motivao em um ato, em que ela seja exigida, teremos um vcio, e um vcio de forma, j
que ela no foi observada completamente.


D) MOTIVO:
o pressuposto de fato e de direito que autoriza ou exige a prtica do ato administrativo.
So as razes que levaram a prtica do ato administrativo.
Exemplo: Condutor foi multado em R$ 150,00 porque estava com dirigindo em velocidade
acima do permitido. Qual o motivo do ato? Excesso de velocidade do condutor.
VCIO: Ausncia de motivo ou indicao de motivo falso. Entra aqui, inclusive, a teoria dos
motivos determinantes. Sobre ela falaremos nos pontos seguintes.

E) OBJETO:
o efeito imediato do ato que cria, modifica ou extingue uma relao jurdica. o resultado
prtico do ato. Esse requisito configura a prpria alterao no mundo jurdico que o ato
administrativo se prope a processar.
Exemplo (da lio de Fernanda Marinela): Nomeao de servidor pblico. O objeto o
admitir o indivduo no servio pblico-atribuir um cargo a algum.

ATENO:
Fernanda Marinela, traz, em sua bela obra, com a clareza de sempre, as diferenas cruciais
entre motivo, objeto e finalidade. Antes de distingui-los, observe a seguinte situao:

DISSOLUO DE UMA PASSEATA TUMULTUOSA.


MOTIVO: uma ocorrncia antecedente que provoca a edio do ato. Na situao, qual o
motivo? O tumulto.

OBJETO: o efeito jurdico IMEDIATO do ato. o resultado prtico, a conseqncia
gerada pelo ato. Na situao, qual o objeto? A dissoluo propriamente dita.

FINALIDADE: o efeito jurdico MEDIATO do ato. o algo que a administrao quer
alcanar. Na situao, qual a finalidade? Proteo da ordem pblica.




3) VINCULAO E DISCRICIONARIEDADE:

a) Atos Vinculados:
No ato vinculado, a lei, de forma antecipada ou prvia, j estabelece um nico modo de agir
pelo administrador diante do caso concreto. Com efeito, a lei regulou o ato de tal forma que no h
espao para juzos de convenincia e oportunidade. O administrador no tem liberdade para decidir
quanto ir atuar ou mesmo quanto ao modo de atuao.



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Essa ausncia de liberdade no ato vinculado, pode ser comparada, no dizer de Odete
Medauar, ao da funcionria de um teatro a quem o espectador mostra sua entrada numerada,
cabendo a ela somente indicar o lugar marcado no bilhete.

E por que no existe liberdade de escolhas no ato vinculado? A resposta simples: No ato
vinculado, todos os requisitos/elementos esto previamente determinados em Lei, ou seja, no ato
vinculado todos os elementos esto vinculados Lei.

Se aproximssemos uma lupa de um ato vinculado, ns o enxergaramos assim:


ATO VINCULADO
COMPETENCIA

Elementos Vinculados

FINALIDADE
FORMA
MOTIVO
OBJETO

Exemplo de ato vinculado: Concesso de aposentadoria compulsria ao servidor que
completou 70 anos de idade. Nesse caso, ocorrendo o motivo (completar 70 anos), a Administrao
est vinculada a realizar o objeto, ou seja, conceder o benefcio da inatividade remunerada.

b) Atos Discricionrios:

No ato Discricionrio, ao contrrio do vinculado, a lei confere ao administrador liberdade
para agir diante de situaes concretas, possibilitando um juzo de valor que deve ser exercido
dentro dos limites da lei e de forma que melhor atenda ao interesse pblico.

Essa presena de liberdade no ato discricionrio pode ser comparada, ainda na linha da lio
de Odete Medauar, funcionria do teatro quando as entradas no so numeradas e ento
encaminha o espectador para onde quiser.

E por que existe liberdade de escolhas no ato vinculado? A resposta simples: No ato
discricionrio, existem requisitos/elementos que o legislador deixou para o administrador valorar
diante de cada caso concreto. Mas REPARE: ESSA LIBERDADE NO EXISTE EM TOSOS OS
ELEMENTOS; S EM ALGUNS.
Se aproximssemos uma lupa de um ato discricionrio, ns o enxergaramos assim:


ATO DISCRICIONRIO
COMPETENCIA Elemento Vinculado
FINALIDADE Elemento Vinculado
FORMA Elemento Vinculado
MOTIVO Elemento Discricionrio
OBJETO Elemento Discricionrio




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Qual a concluso? No ato discricionrio existem elementos vinculados e discricionrios. E
apenas no motivo e no objeto que o ato discricionrio revela o juzo de valor que o administrador
possui na hora de tomar decises administrativas. Juzo de valor que pautado na convenincia e
oportunidade, o chamado MRITO ADMINISTRATIVO.

Exemplo de Ato discricionrio: Exonerao de ocupante de cargo comissionado. A Lei no
diz quais as razes para exonerar (no determina os motivos) e ainda assim ocorrendo alguma
situao, autoridade pode exonerar ou no (liberdade na prtica do objeto). O que vai nortear a
autoridade pra tomar a deciso so as razes de convenincia e oportunidade, o chamado mrito
administrativo.

QUESTO DE APOIO:

(CESGRANRIO - ANALISTA ADMINISTRATIVO CONTABILIDADE ANP) Com
relao discricionariedade, a doutrina define que a atuao discricionria quando a
Administrao, diante do caso concreto, tem a possibilidade de apreci-lo segundo critrios de
oportunidade e convenincia e escolher uma dentre duas ou mais solues, toda vlidas para o
direito (DI PIETRO, Maria Sylvia Zanella. Direito Administrativo, 14 edio, So Paulo, Ed.
Atlas, 2002). Diante desse conceito, pode-se concluir que os elementos do ato administrativo em
que a discricionariedade costuma se fazer mais presente so:

(A) sujeito e objeto.
(B) sujeito e finalidade.
(C) motivo e objeto.
(D) forma e finalidade.
(E) forma e motivo.

Gabarito: Letra C



OBSERVAES:

1) Discricionariedade no se confunde com arbitrariedade. Pra facilitar a distino, observe
o quadro:

Discricionariedade Arbitrariedade
Liberdade de ao administrativa, dentro
dos limites estabelecidos pela lei;
Ao contrria ou excedente lei;
Ato legal e vlido, quando autorizado
pela lei;
Sempre ilegtimo e invlido;
Como regra, o Judicirio pode
manifestar-se acerca da legalidade, mas
no acerca do mrito.
Sempre sujeitos ao controle do
Judicirio.



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2) O que motivao? Quais atos devem ser motivados: Os vinculados e/ou discricionrios?

Motivao a exposio dos motivos que levaram a prtica do ato. a demonstrao, por
escrito, de que os pressupostos realmente existiram.

Como regra, o ato administrativo deve ser motivado, em nome do principio da motivao
22
,
seja ele vinculado ou discricionrio. Entretanto, s excepcionalmente, admite-se que alguns atos,
tidos como discricionrios, no precisam de justificao. o caso da exonerao ad nutum.


3) O que a TEORIA DOS MOTIVOS DETERMINANTES?

Se o Administrador invoca determinados motivos para a prtica do ato, a legalidade dele fica
subordinada efetiva existncia desses motivos invocados para a sua prtica, de tal modo que, se
inexistirem os motivos ou se eles forem falsos, implicar na nulidade do ato. Como leciona Maria
Sylvia Zanella DI Pietro, quando a Administrao motiva o ato, mesmo que a lei no exija
motivao, ele s ser vlido se os motivos forem verdadeiros.

QUESTO DE APOIO:
(FCC - ANALISTA JUDICIRIO ADM TRT 22 R/2004) - No dia 13 de agosto de
2004, por meio de Alvar, a Administrao Pblica concedeu autorizao a Elisabete para
utilizar privativamente determinado bem pblico. No dia seguinte, revogou referido ato
administrativo, alegando, para tanto, a necessidade de utilizao pblica do bem.
Posteriormente, no dia 15 de agosto do mesmo ano, sem que a Administrao tenha dado qualquer
destinao ao bem em questo, autorizou Marcos Sobrinho a utiliz-lo privativamente. Referida
atitude comprovou que os pressupostos fticos da revogao eram inexistentes. Diante do fato
narrado, Elisabete
(A) ter que acatar a deciso da Administrao Pblica, j que a autorizao ato unilateral,
vinculado e precrio.

22
Art. 50. Os atos administrativos devero ser motivados, com indicao dos fatos e dos fundamentos jurdicos,
quando:
I - neguem, limitem ou afetem direitos ou interesses;
II - imponham ou agravem deveres, encargos ou sanes;
III - decidam processos administrativos de concurso ou seleo pblica;
IV - dispensem ou declarem a inexigibilidade de processo licitatrio;
V - decidam recursos administrativos;
VI - decorram de reexame de ofcio;
VII - deixem de aplicar jurisprudncia firmada sobre a questo ou discrepem de pareceres, laudos, propostas e
relatrios oficiais;
VIII - importem anulao, revogao, suspenso ou convalidao de ato administrativo.
1o A motivao deve ser explcita, clara e congruente, podendo consistir em declarao de concordncia com
fundamentos de anteriores pareceres, informaes, decises ou propostas, que, neste caso, sero parte integrante do ato.
2o Na soluo de vrios assuntos da mesma natureza, pode ser utilizado meio mecnico que reproduza os
fundamentos das decises, desde que no prejudique direito ou garantia dos interessados
3o A motivao das decises de rgos colegiados e comisses ou de decises orais constar da respectiva
ata ou de termo escrito.


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(B) nada poder fazer, uma vez que a autorizao ato administrativo bilateral, discricionrio e
precrio.
(C) somente poder pleitear indenizao, em ao judicial, pelos prejuzos porventura suportados.
(D) poder pleitear a invalidao da revogao, em virtude da teoria dos motivos determinantes.
(E) poder requerer, junto Administrao Pblica, a invalidao da revogao, em razo do
instituto da Verdade Sabida.
Gabarito: Letra D







4) ATRIBUTOS:

A) PRESUNO DE LEGITIMIDADE/VERACIDADE:
J sabemos que Administrao Pblica deve respeitar o principio da legalidade e s pode
fazer o que a Lei determina ou autoriza. Sendo assim, pode-se inferir que quando a Administrao
Pblica faz, ou seja, pratica ato administrativo, o faz respeitando a legalidade, tendo esse ato a
presuno de que legtimo (verdadeiro e conforme o direito);
Em decorrncia dessa presuno se diz que:
Os atos administrativos produziro efeitos jurdicos imediatos, assegurando imediata
eficcia e operacionalidade nas atividades do Poder Pblico;
Os documentos emitidos pela Administrao tero f pblica e as entidades polticas e os
respectivos servidores no podero recus-la. Alis, bom que se diga, que a Lei n 8112/90,
art.117, III, probe o servidor federal de recusar f a documentos pblicos e que, caso haja
descumprimento, poder ser punido com Advertncia.
A presuno de legitimidade atributo intrnseco de todo o ato da Administrao Pblica.
importantssimo destacar que essa uma presuno apenas relativa (juris tantum), ou
seja, admite prova em contrrio, seja nos processos administrativos ou judiciais.

Observaes:
1) Alguns autores utilizam a expresso presuno de legitimidade como sinnima de veracidade.
Entretanto, outros autores fazem uma distino sutil, tal como Celso Antnio Bandeira de Mello e
Maria Sylvia Zanella Di Pietro. Acompanhe:
Presuno de legitimidade: diz respeito conformidade do ato com a lei.
Presuno de veracidade: diz respeito aos fatos.



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2) Por conta dessa presuno, os recursos administrativos NO tero, como regra geral, efeito
suspensivo (art.61, caput, da Lei 9.784/99).

B) AUTO-EXECUTORIEDADE:
o atributo do ato administrativo pelo qual a Administrao Pblica pode exigir e executa
medidas, independentemente de prvia manifestao do Poder Judicirio;
A ideia central desse atributo reside na separao dos Poderes (art.2 da Constituio
Federal). Ora, o Poder executivo pode praticar suas aes sem precisar de manifestao ou
autorizao do Poder Judicirio;

EXCEO: Clusulas de reserva judicial. So matrias s podem ser executadas com a
autorizao do Poder Judicirio. Por exemplo: se uma multa de trnsito no for paga pelo condutor,
s possivel receber o respectivo valor, se a entidade de trnsito entrar com um processo judicial de
cobrana.

C) IMPERATIVIDADE:
a qualidade pela qual pode o Poder Pblico impor unilateralmente os atos,
independentemente da concordncia do particular. o chamado Poder Extroverso da
Administrao.
Vale destacar que a qualidade da imperatividade do ato administrativo o distancia dos atos
privados, j que nesses, alguem s obrigado a fazer algo se concordar com essa deetrminao.
EXCEO: Atos Negociais. Esses atos, como a licena, permisso e autorizao, s podem ser
praticados se existir um encontro de vontades entre particular e Administrao. Logo, dependem da
concordncia deles.

D) TIPICIDADE (entendimento de Maria Sylvia Zanela Di Pietro):
o atributo pelo qual o ato administrativo deve corresponder a figuras definidas
previamente pela lei como aptas a produzir determinados resultados. Para cada fianalidade que a
Administrao pretende alcanar existe um ato tpico, definido em lei. Trata-se, na verdade, de uma
decorrncia do princpio da legalidade.
Esse atributo s existe nos atos unilaterais, no sendo encontrado nos contratos.

QUESTO DE APOIO:
(FCC - ANALISTA JUDICIRIO- EXECUO DE MANDADOS - TRT 15 REGIO-
2009) Sobre os atributos dos atos administrativos, INCORRETO afirmar:
(A) A imperatividade uma das caractersticas que distingue o ato administrativo do ato de direito
privado.
(B) A auto-executoriedade no existe em todos os atos administrativos.
(C) Imperatividade consiste na possibilidade que certos atos administrativos ensejam de imediata e
direta execuo pela Administrao Pblica, independentemente de ordem judicial.


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(D) A presuno de legitimidade qualidade inerente a todo o ato da Administrao Pblica.
(E) A presuno de veracidade diz respeito aos fatos, isto , em decorrncia dele, presumem-se
verdadeiros os fatos alegados pela Administrao.

Gabarito: Letra C


5) EXTINO DOS ATOS ADMINISTRATIVOS:

Dentre as formas de retirada
23
do ato administrativo mais cobrada em provas de concurso
esto a anulao e revogao. Nelas, o Poder pblico, pode por ato proprio, extinguir o ato
administrativo, por motivos diversos, produzindo consequencias tambm diferenciadas. Antes de
compar-las, observe, abaixo, a sintese dos institutos:

ANULAO:

a supresso do ato administrativo, com efeito retroativo (efeito ex tunc), por razes de
ilegalidade e ilegitimidade. Pode ser examinado pelo Poder Judicirio e pela Administrao
Pblica.
Exemplo: Extino de licena de porte de arma que, contra a Lei, acabou sendo deferida a um
menor de idade.


REVOGAO:

a extino de um ato administrativo legal e perfeito, por razes de convenincia e
oportunidade, pela Administrao, no exerccio do poder discricionrio. O ato revogado
conserva os efeitos produzidos durante o tempo em que operou. A partir da data da revogao
que cessa a produo de efeitos do ato at ento perfeito e legal. S pode ser praticado pela
Administrao Pblica por razes de oportunidade e convenincia. A revogao no pode atingir os
direitos adquiridos. Exemplo: Revogao de permisso para estabelecimento em banca de revistas
em dada esquina, sob fundamento de que perturba a circulao de pedestres no local, que requer
maior desafogo.


23
Alm da anulao e revogao, existem outras formas de retirada, como por exemplo: a) CADUCIDADE: a
cessao dos efeitos do ato em razo de uma lei superveniente, com a qual esse ato
incompatvel. A caracterstica a incompatibilidade do ato com a norma subseqente.
Exemplo: Fulano tem uma permisso para explorar parque de diverses em um certo local.
Ocorre que, em face de uma nova lei, aquela rea tornou-se incompatvel com aquele tipo de
uso esse ato (permisso) ser extinto (caducidade); b) CASSAO: embora legtimo
na sua origem e formao, torna-se ilegal na sua execuo quando o destinatrio
descumpre condies pr-estabelecidas. Exemplo: Beltrano tem uma licena para
funcionamento de um hotel. Ocorre que, meses depois, transformou em uma casa de
tolerncia esse ato (licena) dever ser extinto (cassado) pela Administrao.



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Pois bem, a smula 473 do STF prev tanto a anulao como a revogao. o seu
enunciado A ADMINISTRAO PODE ANULAR SEUS PRPRIOS ATOS, QUANDO
EIVADOS DE VCIOS QUE OS TORNAM ILEGAIS, PORQUE DELES NO SE ORIGINAM
DIREITOS; OU REVOG-LOS, POR MOTIVO DE CONVENINCIA OU OPORTUNIDADE,
RESPEITADOS OS DIREITOS ADQUIRIDOS, E RESSALVADA, EM TODOS OS CASOS, A
APRECIAO JUDICIAL

Tendo como base as definies acima e a mencionada smula, possvel notar, no esquema
a seguir, as principais diferenas entre os institutos:


ANULAO REVOGAO
Quem pode
ordenar
ADMINISTRAO E
JUDICIRIO
ADMINISTRAO
Motivo ILEGALIDADE
CONVENINCIA E
OPORTUNIDADE
Efeitos
EX TUNC (efeitos
retroativos)

EX NUNC (efeitos
somente para o futuro,
no retroagindo)
Direitos
adquiridos
INEXISTEM PREVALECEM
Tipos de Atos

ATOS VINCULADOS E
DISCRICIONRIOS

S ATOS
DISCRICIONRIOS


OBSERVAES:

Essas observaes s devem ser utilizadas se a questo de concurso, de algum modo, falar sobre
esses pontos. No falando, aplique as informaes do esquema. Mas se a questo pedir um pouco
mais, aplique tambm as seguintes observaes:

1) Ilegalidade obviamente o ato que est desacordo com a Lei. Veja, por exemplo, o caso dos
vcios nos elementos do ato administrativo. Mas no s. Hodiernamente se entende, que se um ato
estiver desrespeitando um princpio, como o da proporcionalidade/razoabilidade, o ato tambm
estar ilegal e, portanto, poder ser anulado.


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2) Conforme se observa no esquema, o Poder Judicirio no pode revogar atos de um outro
Poder. Se assim pudesse, estaria entrando no mrito administrativo, e isso proibido. Entretanto,
se o Poder Judicirio estiver no exerccio de sua funo administrativa, nada impede que ele
possa revogar os seus proprios atos. Mas note: ele no pode NUNCA revogar atos de um outro
Poder, s os seus.

3) A anulao pode, eventualmente, ter efeitos ex nunc. Ocorrer, por exemplo, quando um ato
for do tipo ampliativo e o destinatrio do ato estiver de boa f. Por exemplo: Fulano, servidor
pblico, est recebendo determinada gratificao, e, posteriormente, se descobre que esse
pagamento ilegal. Esse ato de gratificao um ato ampliativo na esfera de direito do servidor, s
que agora dever ser anulado (j que est ilegal). Nesse caso, como o servidor estava de boa-f, no
est obrigado a devolver o que recebeu, porque a anulao ter efeitos ex nunc.

4) A anulao possui limite temporal, ao contrrio da revogao, que s possui limites
materiais. Pois bem, diz o art. 54 da Lei 9784/99 : O direito da Administrao de anular os atos
administrativos de que decorram efeitos favorveis para os destinatrios decai em cinco anos,
contados da data em que foram praticados, salvo vomprovada m-f.

5) A doutrina, tal como Marcelo Alexandrino e Vicente Paulo, arrola alguns tipos de atos que
no podem ser revogados. So os tais limites materiais da revogao. Acompanhe:
- os atos consumados, que exauriram seus efeitos;
- os atos vinculados, porque nesses o administrador no tem liberdade de atuao;
- os atos que geram direitos adquiridos, gravados como garantia constitucional ( CF, art 5,
XXXVI);
- os atos que integram um procedimento, pois a cada novo ato ocorre a precluso com relao
ao ato anterior;
- os chamados meros atos administrativos, porque seus efeitos so previamente estabelecidos
em lei.





QUESTES DE CONCURSO Lista 1:


1. (CESGRANRIO - AGENTE JUDICIRIO ADMINISTRADOR - TJRO- 2008) So
elementos do ato administrativo:
(A)vinculao e discricionariedade.
(B)competncia, forma e vinculao.
(C)competncia, forma, objeto, finalidade e motivo.
(D)presuno de legitimidade e heteroexecutoriedade.
(E)presuno de legalidade, economicidade, eficincia e controlabilidade.



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2. (FCC - ANALISTA JUDICIRIO REA JUDICIRIA TRE ACRE/2003) - Quanto aos
elementos do ato administrativo, pode-se afirmar que
(A) "sujeito aquele a quem o ato se destina ou sobre quem ele versa".
(B) "motivo o pressuposto de fato e de direito que serve de fundamento ao ato".
(C) "objeto a finalidade a ser alcanada pelo ato".
(D) "fim o efeito jurdico imediato que o ato produz".
(E) "competncia o modo pelo qual o ato se exterioriza ou deve ser feito".

3. (CESGRANRIO - ADVOGADO SEAD AM) A doutrina brasileira explcita ao asseverar
que as competncias pblicas so outorgadas nica e exclusivamente para atender finalidade
em vista da qual foram institudas, ou seja, para cumprir o interesse pblico que preside sua
instituio. MELLO, Celso Antnio Bandeira de. Curso de direito administrativo. Malheiros, 17a
edio, 2004, p. 132/133. Nesse contexto, est correto afirmar que as competncias pblicas so:
(A) de exerccio facultativo para os rgos e agentes pblicos.
(B) transferveis nos casos de delegao de competncia, ficando o agente delegante impedido de
retomar do delegado o seu exerccio.
(C) irrenunciveis, sendo vedado ao agente abdic-las enquanto delas for titular.
(D) prescritveis nos casos de inrcia no seu exerccio pelo perodo definido em lei.
(E) modificveis pela vontade do prprio titular.

4. (FCC - ANALISTA JUDICIRIO REA ADMINISTRATIVA- TRT/GO - 2008) Sendo
um dos requisitos do ato administrativo, o objeto consiste
(A) na criao, modificao ou comprovao de situaes jurdicas concernentes a pessoas, coisas e
atividades sujeitas ao do Poder Pblico.
(B) na situao de direito ou de fato que determina ou autoriza a realizao do ato administrativo.
(C) no revestimento exteriorizador do ato administrativo.
(D) no resultado especfico que cada ato deve produzir, conforme definido na lei.
(E) no poder conferido pela lei ao administrador para que ele, nos atos discricionrios, decida sobre
a oportunidade e convenincia de sua prtica.

5. (FCC - ANALISTA JUDICIRIO REA JUDICIRIA TRT 19 REGIO/2003) Pela
teoria dos motivos determinantes,
(A) os motivos alegados pela Administrao integram a validade do ato e vinculam o agente.
(B) todo ato administrativo deve conter motivao.
(C) todo ato administrativo deve conter motivo.
(D) os objetivos perseguidos pelo ato no precisam decorrer dos motivos alegados.
(E) os motivos alegados pela Administrao no podem ser apreciados pelo Poder Judicirio.
6. (FCC - DEFENSOR PBLICO MARANHO/2003) - Dois atos administrativos foram
praticados com vcios. O primeiro no continha motivao, em que pese fosse legalmente exigida.
O segundo foi praticado tendo seu agente visado a fim diverso daquele previsto, explcita ou
implicitamente, na regra de competncia. Os vcios acima caracterizados, conforme definio do
Direito brasileiro, so, respectivamente,
(A) ilegalidade de objeto e vcio de forma.


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(B) inexistncia dos motivos e incompetncia.
(C) vcio de forma e desvio de finalidade.
(D) inexistncia de motivos e desvio de finalidade.
(E) ilegalidade do objeto e incompetncia.


7. (FCC - ANALISTA JUDICIRIO REA JUDICIRIA TRT 21 REGIO/2003) - No
que tange vinculao, correto afirmar que
(A) o ato vinculado, por ser decorrente do poder, no est sujeito a qualquer controle.
(B) a Administrao pode negar o benefcio, ainda que implementada a condio legal.
(C) o particular, preenchidos os requisitos, tem o direito subjetivo de exigir a edio do ato.
(D) prerrogativa do Poder Executivo e seus rgos, no tendo aplicabilidade aos demais poderes.
(E) ela se confunde com a discricionariedade do ato administrativo, sendo irrelevante a distino.

8. (FCC - ANALISTA JUDICIRIO REA JUDICIRIA TRE MG/2005) - A
lanchonete Hambrguer Express Ltda. foi interditada pela Vigilncia Sanitria, por estar servindo
aos seus clientes gneros alimentcios com prazo de validade expirado, bem como em razo da
pssima condio de higiene constatada pela fiscalizao na cozinha e nos sanitrios desse
estabelecimento. No obstante a alegao, por parte dos proprietrios, de que o agente pblico que
expediu o ato de interdio agiu com abuso do poder, esse ato portador do atributo da
(A) motivao.
(B) publicidade.
(C) competncia.
(D) finalidade.
(E) presuno de legitimidade.

9. (FCC - PROCURADOR DO ESTADO 3 CLASSE MARANHO SET/2003) -
Determinada lei prev que autoridade do Poder Executivo possa editar, discricionariamente, certos
atos administrativos,impondo-os a terceiros independentemente da concordncia destes ltimos.
Prev ainda que tais atos possam ser postos em execuo pela prpria Administrao, sem
necessidade de interveno do Poder Judicirio. Essa lei exprime, respectivamente, a
(A) auto-executoriedade e a auto-tutela dos atos administrativos, mas contm impropriedade, pois
tais atributos no se aplicam a atos discricionrios.
(B) auto-tutela e a auto-executoriedade dos atos administrativos, atributos aplicveis tanto a atos
discricionrios, como a vinculados.
(C) imperatividade e a auto-tutela dos atos administrativos, mas contm impropriedade, pois tais
atributos no se aplicam a atos discricionrios.
(D) imperatividade e a auto-executoriedade dos atos administrativos, atributos aplicveis tanto a
atos discricionrios, como vinculados.
(E) auto-tutela e imperatividade dos atos administrativos, mas contm impropriedade, pois tais
atributos no se aplicam a atos discricionrios.



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10. (FCC - TCNICO JUDICIRIO TRE/PI-2009) A presuno de legitimidade, como
atributo do ato administrativo,
(A) diz respeito conformidade do ato com a lei.
(B) absoluta, no podendo ser contestada.
(C) est presente apenas em alguns atos administrativos.
(D) pode, por ser relativa, ser afastada ex officio pelo Poder Judicirio.
(E) pode ser contestada somente no mbito administrativo.

11. (FCC - TRT/PI - ANALISTA JUDICIRIO REA ADMINISTRATIVA) O rgo da
prefeitura responsvel pela fiscalizao de bares e restaurantes verificou, em visita de rotina, que
um estabelecimento estava servindo a seus clientes alimentos com data de validade expirada. Tendo
em vista tal fato, confiscou imediatamente referidos produtos e os incinerou. O atributo do ato
administrativo que possibilitou a apreenso dos gneros alimentcios em questo pela
Administrao Pblica, sem a necessidade de interveno judicial, denomina-se
(A) legalidade.
(B) eficincia.
(C) imperatividade.
(D) auto-executoriedade.
(E) presuno de veracidade.

12. (ANALISTA JUDICIRIO REA JUDICIRIA TRT 19 REGIO/2003) - matria
que se encontra excluda da regra geral de auto-executoriedade dos atos administrativos a
(A) aplicao de multas pelo descumprimento de posturas edilcias.
(B) demisso de servidor pblico estvel.
(C) aplicao de sanes pela inexecuo de contratos administrativos.
(D) cobrana da dvida ativa da Unio, Estados ou Municpios.
(E) tomada de medidas preventivas de polcia administrativa.

13. (FCC - TCNICO JUDICIRIO-ADMINISTRATIVA TRT 15 REGIO 2009) Quanto
discricionariedade e vinculao do ato administrativo, correto que
(A) ato discricionrio aquele em que o administrador tem certa liberdade de escolha,
especialmente quanto convenincia e oportunidade.
(B) discricionariedade e arbitrariedade so expresses sinnimas.
(C) no ato vinculado a lei estabelece quase todos os requisitos e condies de sua realizao,
deixando pouca margem de liberdade ao administrador.
(D) quanto aos elementos competncia e finalidade do ato administrativo a lei pode deixar livre
apreciao da autoridade tanto no ato discricionrio quanto no ato vinculado.
(E) o Poder Judicirio pode apreciar o ato administrativo quanto aos aspectos da convenincia e
oportunidade.


14. (FCC- ANALISTA JUDICIRIO REA ADMINISTRATIVA- TRT 15 REGIO
2009) A anulao do ato administrativo
(A) pode ser feita por convenincia e oportunidade.


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(B) pode se feita tanto pela Administrao quanto pelo Poder Judicirio.
(C) no pode ser feita pelo Poder Judicirio, mesmo que provocado pelo interessado.
(D) vale a partir da deciso anulatria, no retroagindo os seus efeitos.
(E) privativa da autoridade no exerccio de funo
administrativa.

15. (FCC - TRT/MS - ANALISTA JUDICIRIO REA ADMINISTRATIVA) No que se
refere revogao dos atos administrativos,
(A) os atos vinculados podem ser revogados com efeitos ex tunc, de acordo com a convenincia e
oportunidade.
(B) a revogao opera efeitos ex nunc e no alcana os atos administrativos que exauriram os seus
efeitos.
(C) o Judicirio sempre pode revogar os atos discricionrios que se verificaram inconvenientes e
inoportunos, com efeitos ex nunc.
(D) prerrogativa exclusiva da Administrao Pblica revogar, com efeitos retroativos, os atos
administrativos vinculados eivados de vcios ou defeitos.
(E) os atos discricionrios podem ser revogados pela prpria Administrao Pblica com base em
seu poder de autotutela, por razes de ilegalidade.


16. (FCC - ANALISTA JUDICIRIO REA JUDICIRIA - TRT 20 REGIO) Em
matria de anulao e revogao dos atos administrativos, considere:
I. Os efeitos da anulao de um ato administrativo sempre geram efeitos ex tunc, ou sejam,
retroagem, s suas origens, vedado o reconhecimento de eventual efeito ex nunc, ou seja, a partir da
anulao.
II. A anulao do ato administrativo funda-se no poder discricionrio da Administrao para rever
sua atividade interna e encaminh-la adequadamente realizao de seus fins especficos.
III. A revogao do ato administrativo privativa da Administrao, considerada esta quando
exercida pelo Executivo e tambm pelos Poderes Judicirio e Legislativo em suas funes atpicas
de Administrao.
IV. A anulao do ato administrativo pode ocorrer pela prpria Administrao, e tambm pelo
Poder Judicirio, em sua funo tpica, desde que o ato seja levado a apreciao destes pelos meios
processuais cabveis que possibilitem o pronunciamento anulatrio.

Nesses casos, correto APENAS o que se afirma em:
(A) I e II.
(B) I, II e IV.
(C) I, III e IV.
(D) II e III.
(E) III e IV.

17. (FCC - SUBPROCURADOR TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DE SERGIPE
JANEIRO/2002) - O desfazimento de um ato administrativo discricionrio, em razo da
constatao de desvio de finalidade, caracteriza-se como
(A) anulao, de competncia exclusiva do Poder Judicirio.
(B) revogao, de competncia exclusiva da Administrao.


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(D) anulao, de competncia exclusiva da Administrao.
(D) revogao, de competncia tanto do Poder Judicirio, como da Administrao.
(E) anulao, de competncia tanto do Poder Judicirio, como da Administrao.

18. (CESGRANRIO - ADVOGADO PLENO TRANSPETRO 2006) Segundo os
ensinamentos de Hely Lopes Meirelles, aquele princpio pelo qual o administrador pblico est,
em toda a sua atividade funcional, sujeito aos mandamentos da lei e s exigncias do bem comum, e
deles no se pode afastar ou desviar, sob pena de praticar ato invlido (Direito Administrativo
Brasileiro, 30 Ed., Ed. Malheiros, 2005) denomina-se:
(A) finalidade.
(B) legalidade.
(C) publicidade.
(D) razoabilidade.
(E) proporcionalidade.

19. (FCC - TCNICO JUDICIRIO JUDICIRIA - TJ-AP 2009) Suponha que um
servidor pblico pratique um ato, de boa-f, fundamentando tal ato na ocorrncia de um fato, fato
esse que, posteriormente, se comprove no ter existido. Essa situao caracteriza o que a lei chama
de
(A) desvio de finalidade, que constitui um vcio do ato administrativo.
(B) inexistncia dos motivos, que constitui um vcio do ato administrativo.
(C) ilegalidade do objeto, que constitui um vcio do ato administrativo.
(D) incompetncia, que no necessariamente constitui um vcio do ato administrativo.
(E) falta de motivao, que no necessariamente constitui um vcio do ato administrativo.

20. (FCC-TCNICO JUDICIRIO TRT/19 REGIO 2008) Tcio, funcionrio pblico
federal, requer a contagem de tempo de servio para aposentadoria. O rgo onde trabalha expede
uma certido nela constando todo o tempo, o que garante a aposentadoria do requerente. Essa
certido contm requisitos e atributos que so peculiares aos atos administrativos, podendo-se
apontar, como atributo, dentre outros
(A) o objeto.
(B) o motivo.
(C) a presuno de veracidade.
(D) a forma.
(E) a finalidade.


21. (FCC-ANALISTA JUDICIRIO TJ/PI2009) Quanto aos atos administrativos, correto
afirmar que
(A) no podem ser praticados nas Mesas Legislativas.
(B) no podem ser praticados por dirigentes de autarquias e das fundaes.
(C) cabem exclusivamente aos rgos executivos.
(D) podem ser emanados de autoridades judicirias.
(E) sua prtica vedada aos administradores de empresas estatais e servios delegados.

22. (ESAF - Oficial de Chancelaria MRE/2004) Assinale entre as opes abaixo aquela que se
classifica como um fato administrativo.


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a) Edital de licitao.
b) Contrato de concesso de servio pblico.
c) Morte de servidor pblico.
d) Parecer de consultor jurdico de rgo pblico.
e) Ato de poder de polcia administrativa de interdio de estabelecimento comercial.

23. (ESAF - AFRF/2005) Analise o seguinte ato administrativo: O Governador do Estado Y baixa
Decreto declarando um imvel urbano de utilidade pblica, para fins de desapropriao, para a
construo de uma cadeia pblica, por necessidade de vagas no sistema prisional. Identifique os
elementos desse ato, correlacionando as duas colunas.

1- Governador do Estado
2- Interesse Pblico
3- Decreto
4- Necessidade de vagas no sistema prisional
5- Declarao de utilidade pblica

( ) Finalidade
( ) forma
( ) motivo
( ) objeto
( ) competncia

a) 4/3/5/2/1
b) 4/3/2/5/1
c) 2/3/4/5/1
d) 5/3/2/4/1
e) 2/3/5/4/1

24. (FCC - TCNICO JUDICIRIO ADMINISTRATIVA TRE-PB - 2007) O ato
administrativo que foi praticado por representante do poder pblico a quem a lei confere atribuies
para a sua edio, atendeu ao requisito da
(A) competncia.
(B) legalidade.
(C) impessoalidade.
(D) forma.
(E) finalidade.


25. (ESAF - Tcnico Administrativo ANEEL 2006) - Relativamente vinculao e
discricionariedade dos atos administrativos, correlacione as colunas apontando como vinculado ou
discricionrio cada um dos elementos do ato administrativo e assinale a opo correta.

(1) Vinculado
(2) Discricionrio

( ) Competncia.
( ) Forma.


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( ) Motivo.
( ) Finalidade.
( ) Objeto.

a) 1 / 1 / 2 / 1 / 2
b) 2 / 2 / 1 / 1 / 2
c) 1 / 1 / 1 / 2 / 2
d) 2 / 2 / 2 / 1 / 1
e) 1 / 2 / 2 / 1 / 2

26. (ESAF/ AFRF/ 2003) O denominado poder extroverso do Estado ampara o seguinte atributo do
ato administrativo:
a) imperatividade
b) presuno de legitimidade
c) exigibilidade
d) tipicidade
e) executoriedade

27. (FCC- ANALISTA JUDICIRIO REA ADMINISTRATIVA TRT 11 REGIO
2005) - A certido negativa de tributos imobilirios expedida pela Prefeitura Municipal de Manaus
portadora de f pblica, em decorrncia do
(A) atributo da legalidade.
(8) requisito da auto-executoriedade.
(C) principio da moralidade.
(D) atributo da presuno de legitimidade.
(E) requisito da competncia.


28. (CESGRANRIO PETROBRS 2008 Advogado Junior) A Administrao Pblica pode
declarar a nulidade de seus prprios atos. (Smula no 346 do Supremo Tribunal Federal) Que
princpio da Administrao Pblica reflete a smula acima transcrita?
a)Supremacia do interesse pblico
b)Auto-executoriedade
c)Impessoalidade
d)Razoabilidade
e)Autotutela

29. (FCC- ANALISTA JUDICIRIO JUD/SEM ESP TRF 4 R/2004) - A respeito dos
instrumentos de invalidao dos atos administrativos, correto afirmar que
(A) a revogao ato vinculado, praticado apenas pela Administrao; por sua vez, a anulao da
competncia exclusiva do Poder Judicirio, gerando efeitos retroativos.
(B) a revogao somente poder ser praticada pela Administrao em decorrncia de vcio por
ilegalidade; em contrapartida, a anulao ser declarada por deciso judicial, quando presentes
razes de convenincia e justia.
(C) a revogao dever ser praticada pela Administrao quando presentes razes pertinentes ao
desvio da finalidade; por sua vez, a anulao do ato administrativo somente poder ser efetuada pela
Administrao, tendo em vista razes de convenincia e oportunidade.


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(D) a revogao ato discricionrio pelo qual a Administrao extingue um ato vlido, por razes
de convenincia e oportunidade; j a anulao decorre de ilegalidade, podendo ser feita pela
Administrao como tambm pelo Poder Judicirio.
(E) a revogao pelo Judicirio ato vinculado, quando presentes questes de justia e interesse
pblico; j a anulao pela Administrao Pblica constitui forma de invalidao em decorrncia de
excesso do poder

30. (ESAF - AFC CGU 2006) - No mbito das teorias relativas invalidao do ato
administrativo, entende-se a figura da cassao como
a) retirada do ato por razes de convenincia e oportunidade.
b) retirada do ato porque sobreveio norma jurdica que tornou inadmissvel situao anteriormente
permitida.
c) retirada do ato porque foi emitido outro ato, com fundamento em competncia diversa daquela
que gerou o ato anterior, mas cujos efeitos so contrapostos aos daquele.
d) retirada do ato porque o destinatrio descumpriu condies que deveriam permanecer atendidas a
fim de dar continuidade situao jurdica.
e) retirada do ato porque fora praticado em desconformidade com a ordem jurdica.

31. (ESAF - AUDITOR GEFAZ MG/2005) Determinado particular ingressa com ao,
pleiteando ao Poder Judicirio que modifique o contedo de um ato administrativo, alegando
exclusivamente sua inconvenincia. Em vista do fundamento apresentado para o pedido, o Poder
Judicirio:
a) poder modificar o ato, diretamente, se entender que , efetivamente,
inconveniente.
b) poder obrigar a autoridade administrativa a modific-lo.
c) somente poder modificar o ato se entender que foi editado em momento inoportuno, sem
adentrar no exame quanto sua convenincia.
d) no poder atender o pedido apresentado, por ser a convenincia aspecto relacionado
discricionariedade do administrador.
e) no poder atender o pedido, pois a interveno do Poder Judicirio somente se justificaria se, a
um s tempo, o ato fosse inconveniente e tivesse sido editado em momento claramente inoportuno.

32. (FCC - ANALISTA JUDICIRIO-JUDICIRIA TRF 3 REGIO ) Willian, servidor
pblico, teve anulado o ato de sua nomeao. Assim, dever ele, se estiver de
(A) m-f, ficar isento da obrigao da devoluo dos vencimentos percebidos ilegalmente,
declarando-se, porm, invlidos todo e qualquer ato por ele praticado no desempenho de suas
atribuies administrativas.
(B) boa ou m-f, repor parceladamente os vencimentos percebidos ilegalmente, declarando-se
invlidos os atos por ele praticados no desempenho de suas atribuies funcionais, ainda que os
destinatrios de tais atos sejam terceiros em relao ao ato nulo.
(C) boa-f, ficar isento da obrigao da devoluo dos vencimentos percebidos ilegalmente,
declarando-se, porm, invlidos os atos por ele praticados no desempenho de suas atribuies
funcionais, ainda que os destinatrios de tais atos sejam terceiros em relao ao ato nulo.
(D) m-f, repor os vencimentos percebidos ilegalmente, mas permanecem vlidos os atos por ele
praticados no desempenho de suas atribuies funcionais, porque os destinatrios de tais atos so
terceiros em relao ao ato nulo.


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(E) boa ou m-f, ficar isento da obrigao da devoluo dos vencimentos percebidos ilegalmente,
declarando- se, porm, invlidos todo e qualquer ato por ele praticado no desempenho de suas
atribuies administrativas.



33. (FCC - ANALISTA JUDICIRIO REA ADMINISTRATIVA TRE AP/2006) -
Considere as assertivas a respeito dos atributos do ato administrativo:
I. Os atos administrativos, qualquer que seja sua categoria ou espcie, nascem com a presuno de
legitimidade, independentemente de norma legal que a estabelea.
II. A imperatividade existe em todos os atos administrativos, sendo o atributo que impe a
coercibilidade para seu cumprimento ou execuo.
III. A possibilidade que certos atos administrativos ensejam de imediata e direta execuo pela
prpria Administrao, independentemente de ordem judicial, consiste na auto-executoriedade.
Est correto o que se afirma APENAS em
(A) I e II.
(B) I e III.
(C) II.
(D) II e III.
(E) III.





GABARITO:

1. C 2.B 3.C 4.A 5.A 6.C 7.C 8.E 9.D
10.A 11.D 12.D 13.A 14.B 15.B 16.E 17.E 18.B
19.B 29.C 21.D 22.C 23.C 24.A 25.A 26.A 27.D
28.E 29.D 30.D 31.D 32.D 33.B







QUESTES DE CONCURSO (S FCC) Lista 2

1. (Analista Judicirio rea Administrativa TRT 24 Regio/2003) - O motivo, um dos
requisitos do ato administrativo, pode ser conceituado como o
(A) fim pblico ltimo ao qual se subordina o ato da Administrao, que nulo na sua ausncia.
(B) objeto do ato, que deve coincidir sempre com a vontade da lei.
(C) contedo intransfervel e improrrogvel que torna possvel a ao do Administrador.
(D) pressuposto de fato e de direito em virtude do qual a Administrao age.


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(E) revestimento imprescindvel ao ato, visto que deixa visvel sua finalidade para ser aferida pelos
administrados.

2. (Analista Judicirio rea Administrativa TRF 1 Regio) - No que tange a invalidao do ato
administrativo certo que
(A) Administrao cabe revogar ou anular o ato, e ao Judicirio somente anul-lo.
(B) ao Judicirio cabe revogar ou anular o ato, e Administrao somente anul-lo.
(C) cabe tanto Administrao como ao Judicirio revogar ou anular o ato.
(D) Administrao cabe somente a revogao do ato, enquanto que ao Judicirio apenas sua
anulao.
(E) ao Judicirio cabe somente a revogao do ato, enquanto Administrao apenas sua anulao.

3. (Analista Judicirio rea Administrativa TRT 20 Regio/2002) - No Direito brasileiro, a
anulao, pelo Poder Judicirio, de um ato administrativo discricionrio praticado pelo Poder
Executivo,
(A) apenas possvel com a concordncia da Administrao.
(B) possvel, independentemente de quem a provoque ou da concordncia da Administrao.
(C) no possvel.
(D) apenas possvel por provocao da Administrao.
(E) apenas possvel por provocao do destinatrio do ato.

4. (Analista Judicirio rea Administrativa TRT 20 Regio/2002) - A imposio, de modo
unilateral pela Administrao, de um ato administrativo a terceiros, independentemente da
concordncia destes, em tese
(A) compatvel com o Direito Administrativo brasileiro, correspondendo ao atributo dos atos
administrativos que a doutrina usa chamar auto-executoriedade.
(B) compatvel com o Direito Administrativo brasileiro, correspondendo ao atributo dos atos
administrativos que a doutrina usa chamar auto-tutela.
(C) no compatvel com o Direito Administrativo brasileiro, configurando exerccio arbitrrio das
prprias razes.
(D) no compatvel com o Direito Administrativo brasileiro, configurando abuso de autoridade.
(E) compatvel com o Direito Administrativo brasileiro, correspondendo ao atributo dos atos
administrativos que a doutrina usa chamar imperatividade.

5. (Analista Judicirio Execuo de Mandados - TRF 5 Regio/2003) - Segundo ensinamento
doutrinrio, no Brasil, a revogao, pelo Poder Judicirio, de um ato administrativo discricionrio
praticado por autoridade do Poder Executivo
(A) amplamente possvel.
(B) possvel desde que o Judicirio venha a se manifestar por provocao da prpria
administrao.


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(C) possvel desde que se trate de ato motivado.
(D) no possvel.
(E) possvel desde que no se trate de ato praticado no exerccio de competncia exclusiva.

6. (Analista Judicirio Execuo de Mandados TRT 21 Regio/2003) - Para definir o ato
administrativo necessrio considerar, dentre outros dados, que
(A) sempre passvel de controle privado.
(B) manifestao exclusiva do Poder Executivo.
(C) produz efeitos administrativos mediatos, assemelhando- se lei.
(D) produz efeitos jurdicos imediatos.
(E) sujeita-se de regra, ao regime jurdico civil.

7. (Analista Judicirio Execuo de Mandados TRT 24 Regio/2003) - A assessoria jurdica,
chamada a opinar, informou ao Prefeito Totonho Filho que ele poderia praticar certo ato com
integral liberdade de atuao, conforme a convenincia e oportunidade, devendo apenas observar os
limites traados pela legalidade. Dentre as alternativas possveis, o Prefeito escolheu a soluo que
mais lhe agradou e praticou o ato. Pelas indicaes dadas, sabe-se, com certeza, que se tratava de
um ato
(A) de imprio.
(B) discricionrio.
(C) enunciativo.
(D) de mero expediente.
(E) homologatrio.

8. (Analista Judicirio Execuo de Mandados TRT 5 Regio/2003) - Ao analisar a validade de
um ato administrativo discricionrio, um juiz percebe que seus requisitos legais esto presentes.
Contudo, verifica que a medida tomada pelo Administrador viola o princpio da proporcionalidade e
que o mesmo efeito poder ser obtido mediante medida menos gravosa para o particular. Nessa
hiptese, o juiz
(A) no poder anular, mas poder revogar o ato administrativo, por ser discricionrio.
(B) poder anular o ato administrativo, em razo de vcio de forma.
(C) poder revogar o ato administrativo, por discordar dos motivos de convenincia e oportunidade
invocados pelo Administrador.
(D) poder anular o ato administrativo, ou as medidas excessivas desproporcionais.
(E) no poder anular nem revogar o ato administrativo, pois no cabe ao Judicirio analisar ato
discricionrio.

9. (Analista Judicirio rea Judiciria TRT 21 Regio/2003) - No que diz respeito
discricionariedade, INCORRETO afirmar que


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(A) no h um ato inteiramente discricionrio, dado que todo ato administrativo est vinculado lei,
pelo menos no que respeite ao fim e competncia.
(B) est presente o juzo subjetivo do administrador quando da escolha da convenincia e da
oportunidade.
(C) a oportunidade e a convenincia do ato administrativo compem o binmio denominado pela
doutrina de mrito.
(D) mrito a indagao da oportunidade e da convenincia do ato administrativo, representando a
sede de poder discricionrio.
(E) o Poder Judicirio pode examinar o ato discricionrio, inclusive apreciando os aspectos de
convenincia e oportunidade.

10.(Analista Judicirio rea Judiciria TRE Cear/2002) - Caso se detecte, aps dois anos de sua
edio, uma ilegalidade em um ato administrativo discricionrio, praticado privativamente pelo
Presidente da Repblica, sua anulao pelo Poder Judicirio
(A) no possvel em face do tempo decorrido desde sua edio.
(B) no possvel, sendo sim caso de revogao.
(C) possvel, em tese.
(D) no possvel por se tratar de ato privativo do Presidente da Repblica.
(E) no possvel por se tratar de ato discricionrio.

11. (Analista Judicirio rea judiciria TRT 20 Regio/2002) - A doutrina aponta a licena
como exemplo de ato administrativo vinculado. coerente com essa posio afirmar que uma
licena
(A) envolve direito subjetivo do interessado ao exerccio da atividade licenciada.
(B) no pode ter sua concesso sujeita ao controle jurisdicional.
(C) no pode ser cassada pela Administrao.
(D) pode ser revogada pelo Poder Judicirio.
(E) pode ter sua concesso negada, a juzo da Administra-o, sob argumentos de convenincia e
oportunidade.

12. (Tcnico Judicirio rea Administrativa - TRT 21 Regio/2003) - Considere os seguintes
atributos do ato administrativo:
I. Determinados atos administrativos que se impem a terceiros, independentemente de sua
concordncia.
II. O ato administrativo deve corresponder a figuras definidas previamente pela lei como aptas a
produzir determinados resultados.
Esses atributos dizem respeito, respectivamente,
(A) imperatividade e tipicidade.
(B) auto-executoriedade e legalidade.


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(C) exigibilidade e legalidade.
(D) legalidade e presuno de legitimidade.
(E) tipicidade e imperatividade.

13. (Tcnico Judicirio rea Administrativa - TRT 21 Regio/2003) - A demisso e a remoo ex
officio foram definidos pela lei, colocando a primeira entre os atos punitivos e a segunda para
atender a necessidade do servio pblico. Esses resultados dizem respeito ao requisito
(A) da forma e do motivo, respectivamente.
(B) do motivo para ambos os casos.
(C) do objeto para ambos os casos.
(D) da finalidade para ambos os casos.
(E) do sujeito e da finalidade, respectivamente.

14. (Tcnico Judicirio rea Judiciria e Administrativa TRF 4 Regio/2001) - Em
matria de atos administrativos, a criao, modificao ou comprovao de situaes
jurdicas concernentes a pessoas, coisas ou atividades sujeitas ao do Poder Pblico,
correspondem ao requisito denominado
(A) finalidade (B) motivo.
(C) tipicidade. (D) razoabilidade. (E) objeto.
15. (Tcnico Judicirio rea Judiciria e Administrativa TRF 4 Regio/2001) - A
imediata execuo ou operatividade dos atos administrativos, mesmo que argidos de
vcios ou defeitos que os levem invalidade, diz respeito ao atributo da
(A) imperatividade.
(B) auto-executoriedade.
(C) presuno de legitimidade.
(D) impessoalidade.
(E) indisponibilidade.

16. (Tcnico Judicirio rea Judiciria e Administrativa TRF 4 Regio/2001) - Os
atos de imprio podem ser conceituados como sendo todos aqueles que
(A) a Administrao pratica usando de sua supremacia sobre o administrado ou
servidor e lhes impe obrigatrio atendimento.
(B) a Administrao pratica sem usar de sua supremacia sobre os destinatrios,
podendo utiliz-la apenas sobre o servidor.
(C) se destinam a dar andamento aos processos e papis que tramitam nas
reparties pblicas.


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(D) a lei estabelece os requisitos e condies de sua realizao, mediante livre
convenincia do administrador.
(E) decorrem da parcial convenincia e oportunidade, mas de livre escolha pelo
administrador.

17. (Juiz de Direito Substituto TJ RN/2002) - a Lei n 4.717/65 classifica os vcios dos atos
administrativos conforme as alternativas abaixo. A falta de motivao de um ato que devesse ser
motivado corretamente enquadrada na hiptese de
a) desvio de finalidade.
b) incompetncia.
c) inexistncia dos motivos.
d) ilegalidade do objeto.
e) vcio de forma.

18. (Tcnico Judicirio rea administrativa TRE Acre/2003) - Um dos traos mais caractersticos
da Administrao Pblica
(A) a prevalncia do interesse pblico sobre o interesse privado.
(B) o monoplio da prtica dos atos administrativos pelo Poder Executivo.
(C) a reserva constitucional de isonomia entre os interesses pblicos e os privados.
(D) o uso legal da arbitrariedade pelo Administrador na prtica do ato administrativo.
(E) a possibilidade de o Poder Judicirio rever qualquer ato administrativo.

19. (Procurador do Estado 3 Classe PGE Bahia Novembro/2002) - Em relao competncia
para a prtica de atos administrativos, e INCORRETO dizer que
(A) pode ser sempre delegada.
(B) pode ser avocada, desde que autorizada por lei.
(C) decorre sempre de lei.
(D) inderrogvel pela vontade da Administrao.
(E) improrrogvel pela vontade dos interessados.

20. (Procurador do Estado 3 Classe PGE Bahia Novembro/2002) - Analise as assertivas a
seguir:
I. Os atos administrativos discricionrios so insuscetveis de controle judicial.
II. O controle interno exercido pela Administrao decorre do poder de autotutela.
III. O controle judicial dos atos da Administrao est condicionado exausto das vias
administrativa.
Com relao s afirmaes acima, verifica-se que APENAS a


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(A) I e II esto corretas.
(B) II e III esto corretas.
(C) I est correta.
(D) II est correta .
(E) III est correta.

21. (Assessor Jurdico Tribunal de Contas do Piau/2002) - Suponha que uma autoridade
administrativa resolva exonerar um servidor ocupante de cargo em comisso. No ato de exonerao,
a autoridade, mesmo que no fosse obrigada a tanto, indica como motivo de sua deciso a prtica de
atos de improbidade pelo servidor. Caso tal motivo no corresponda realidade, o ato de
exonerao dever ser
(A) invalidado, mesmo que a autoridade possa voltar a pratic-lo independentemente do motivo
apontado.
(B) mantido, sendo considerado lcito, j que um servidor ocupante de cargo em comisso pode ser
exonerado livremente pela autoridade competente.
(C) invalidado, mantidos todavia seus efeitos, os quais poderiam ter sido produzidos
independentemente do motivo apontado.
(D) mantido, respondendo porm a autoridade que o praticou por ilcito administrativo.
(E) mantido, respondendo porm a autoridade que o praticou, na esfera cvel, por danos morais.

22. (Subprocurador Tribunal de Contas do Estado de Sergipe Janeiro/2002) - O desfazimento de
um ato administrativo discricionrio, em razo da constatao de desvio de finalidade, caracteriza-
se como
(A) anulao, de competncia exclusiva do Poder Judicirio.
(B) revogao, de competncia exclusiva da Administrao.
(D) anulao, de competncia exclusiva da Administrao.
(D) revogao, de competncia tanto do Poder Judicirio, como da Administrao.
(E) anulao, de competncia tanto do Poder Judicirio, como da Administrao.

23. (Procurador do Estado do Rio Grande do Norte/2001) - Ato administrativo inexistente :
a) ato administrativo que no foi praticado.
b) ato administrativo que no chega a entrar no mundo jurdico por falta de um elemento essencial e
que, em conseqncia, no passvel de convalidao.
c) ato administrativo que embora padea de graves vcios na sua formao passvel de ser objeto
de convalidao.
d) ato praticado com defeito de forma.
e) ato praticado com defeito de competncia, podendo ser ratificado pela autoridade superior.



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24. (Analista Judicirio Jud TRT 22 R/2004) - As constantes ausncias imotivadas de Manoel
Tadeu ao servio, analista judicirio do Tribunal Regional do Trabalho da 22a Regio, levaram o
seu superior imediato a aplicar-lhe a pena de suspenso de 15 (quinze) dias. Publicada no
Dirio Oficial a penalidade, Manoel recusou- se a cumprir aquela sano, sob a argumentao de
que a maioria das ausncias foi motivada por problemas de sade de sua me, fatos esses
que sequer foram alegados e nem mesmo provados no decorrer do processo administrativo
instaurado para apurar aquelas faltas. Conseqentemente, no concordando em cumprir a
penalidade aplicada, estaro sendo INOBSERVADOS os seguintes atributos do correspondente
ato administrativo:
(A) coercibilidade e finalidade.
(B) motivo e auto-executoriedade.
(C) imperatividade e presuno de legitimidade.
(D) veracidade e motivo.
(E) tipicidade e vinculao.

25. (Analista Judicirio Adm TRT 22 R/2004) - No dia 13 de agosto de 2004, por meio de
Alvar, a Administrao Pblica concedeu autorizao a Elisabete para utilizar privativamente
determinado bem pblico. No dia seguinte, revogou referido ato administrativo, alegando,
para tanto, a necessidade de utilizao pblica do bem. Posteriormente, no dia 15 de agosto do
mesmo ano, sem que a Administrao tenha dado qualquer destinao ao bem em questo,
autorizou Marcos Sobrinho a utiliz-lo privativamente. Referida atitude comprovou que os pres-
supostos fticos da revogao eram inexistentes. Diante do fato narrado, Elisabete
(A) ter que acatar a deciso da Administrao Pblica, j que a autorizao ato unilateral,
vinculado e precrio.
(B) nada poder fazer, uma vez que a autorizao ato administrativo bilateral, discricionrio e
precrio.
(C) somente poder pleitear indenizao, em ao judicial, pelos prejuzos porventura suportados.
(D) poder pleitear a invalidao da revogao, em virtude da teoria dos motivos determinantes.
(E) poder requerer, junto Administrao Pblica, a invalidao da revogao, em razo do
instituto da Verdade Sabida.

26. (Analista Judicirio Adm TRT 22 R/2004) - O rgo da prefeitura responsvel pela
fiscalizao de bares e restaurantes verificou, em visita de rotina, que um estabelecimento estava
servindo a seus clientes alimentos com data de validade expirada. Tendo em vista tal fato,
confiscou imediatamente referidos produtos e os incinerou. O atributo do ato administrativo
que possibilitou a apreenso dos gneros alimentcios em questo pela Administrao Pblica,
sem a necessidade de interveno judicial, denomina-se
(A) legalidade.
(B) eficincia.
(C) imperatividade.
(D) auto-executoriedade.


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(E) presuno de veracidade.

27. (Analista Judicirio Jud/Exec Mand TRT 22 R/2004) - Com relao aos atos
administrativos, considere:
I.Atos emanados de autoridades outras que no o Chefe do Executivo, inclusive do
Presidente do Tribunal Regional do Trabalho da 22a Regio, tendo como objetivo disciplinar
matria de suas compe- tncias especficas, como forma de atos gerais ou individuais.
II.Atos que se revestem como frmula de expedio de normas gerais de orientao interna,
emanados do Diretor Geral do Tribunal Regional do Trabalho da 22a Regio, a fim de
prescreverem o modo pelo qual seus subordinados devero dar andamento aos seus servios.
III.Atos expedidos pela Diretoria de Material e Patrimnio do Tribunal Regional do Trabalho
da 22a Regio, objetivando transmitir ordens uniformes aos seus subordinados.
Os atos administrativos referidos em I, II e III corres- pondem, respectivamente, s seguintes
espcies:
(A) instrues, ofcios e circulares.
(B) decretos, avisos e ordens de servio.
(C) despachos, portarias e ofcios.
(D) pareceres, alvars e avisos.
(E) resolues, instrues e circulares.

28. (Analista Judicirio Adm TRT 8 R/2004) - Sobre a classificao dos atos
administrativos, correto afirmar:
(A) Denominam-se atos complexos aqueles que resultam da manifestao de dois ou mais
rgos, cujas vontades se unem para formar um ato nico.
(B) Consideram-se atos perfeitos aqueles que ainda no exauriram os seus efeitos.
(C) Nos denominados atos de gesto, a Administrao Pblica lana mo de sua supremacia
sobre os interesses dos particulares.
(D) So considerados atos imperfeitos aqueles inaptos a produzir efeitos jurdicos, embora
tenham completado o ciclo de formao.
(E) So denominados atos compostos aqueles que necessitam da manifestao de vontade de
um nico rgo, mas sempre dependem de apreciao judicial para tornarem-se exeqveis.

29. (Analista Judicirio Jud/Exec Mand TRT 9 R/2004) - O novo Chefe do Poder Executivo
Estadual, aps cinco dias da posse, ao exonerar o Assessor Especial do Governador,
nomeado em comisso h mais de 10 (dez) anos, estar praticando ato administrativo
(A) de imprio e enunciativo.
(B) vinculado e composto.
(C) complexo e regulamentar.
(D) discricionrio e ex officio.


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(E) de gesto e constitutivo.

30. (Analista Judicirio Jud TRT 9 R/2004) - Jos Augusto, analista judicirio do Tribunal
Regional do Trabalho da 9a Regio, ao praticar ato que no se inclui nas suas atribuies
legais, preteriu o requisito do ato administrativo denominado
(A) forma. (B) finalidade. (C) competncia.
(D) motivo. (E) objeto.

GABARITO:

1.D 2.A 3.B 4.E 5.D 6.D 7.B 8.D 9.E 10.C
11.A 12.A 13.D 14.E 15.C 16.A 17.E 18.A 19.A 20.D
21.A 22.E 23.B 24.C 25.D 26.D 27.E 28.A 29.D 30.C

QUESTES DE CONCURSO: CESPE/UnB

1. (Fiscal de Tributos MunicipaisMacei/2003) A competncia, a finalidade e a forma so,
obrigatoriamente, elementos vinculados do ato administrativo.

2. (TCE-AC-2008) Acerca dos atos administrativos relacionados a concursos pblicos, assinale a
opo correta.
A O candidato aprovado em concurso pblico no tem direito garantido nomeao, ainda que
dentro do prazo de validade do certame, quando o cargo for preenchido sem observncia da
classificao.
B A nomeao de candidato aprovado em concurso pblico no implica direito posse no cargo a
ser preenchido.
C legtimo o veto no-motivado participao de candidato em concurso pblico, tal como o
respaldado em prvia investigao da vida pregressa do candidato.
D inconstitucional o provimento que propicie ao servidor investir-se, sem prvia aprovao em
concurso pblico, em cargo que no integre a carreira na qual fora anteriormente investido.
QUESTO 18
3. (EO-OAB-SP-2008) No configura, segundo a doutrina dominante, elemento ou requisito do ato
administrativo
A a forma.
B o objeto.
C a finalidade.
D a discricionariedade.

(TJ-SENOTRIOS) Com relao aos atos administrativos, julgue os itens que se seguem.
4. O mrito do ato administrativo consiste na possibilidade que tem a administrao pblica de
valorar os motivos e escolher o objeto do ato, quando autorizada a decidir sobre a sua convenincia
e oportunidade.



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5. A presuno de legitimidade e de veracidade dos atos administrativos depende de norma
infraconstitucional que a estabelea.

6. Os atos ordinatrios visam disciplinar o funcionamento da administrao e a conduta funcional
de seus agentes. Por isso, em regra, criam direitos e obrigaes tambm para os particulares que
dependam dos servios desses agentes.

7. A administrao pblica pode praticar atos ou celebrar contratos em regime de direito privado,
como nos casos em que assina uma escritura de compra e venda ou de doao.

8. A licena, a autorizao, a permisso, a aprovao e a homologao so exemplos de atos
administrativos negociais.

9. (TCE-AC-2008) Por considerar que o motivo indicado pelo administrador no corresponde
melhor escolha, o Poder Judicirio pode anular ato administrativo discricionrio.

10.(Fiscal de Tributos MunicipaisMacei/2003) De acordo com Hely Lopes Meirelles, so
requisitos ou elementos do ato administrativo: a competncia, a finalidade, a forma, o motivo e o
objeto.
11.(Fiscal de Tributos MunicipaisMacei/2003)- So atributos do ato administrativo: a
presuno de legitimidade, a imperatividade e a auto-executoriedade.
(Juiz Substituto TJPA/2002) - Julgue os seguintes itens, relativos aos atos administrativos.
12 - O ato praticado com desvio de finalidade no passvel de convalidao, devendo ser anulado
pela prpria administrao pblica ou pelo poder judicirio, ainda que se trate de ato discricionrio.
13 - Atos vinculados, atos exauridos e aqueles que gerem direitos adquiridos no podero ser
revogados pela administrao pblica, ainda que sua prtica manifeste-se inconveniente ou
inoportuna para o administrador.
14 - Decorre da auto-executoriedade, atributo do ato administrativo, a prerrogativa de o poder
pblico dar efetividade a seus atos, sem que haja necessidade de prvia autorizao judicial.
15 - Concesso de aposentadoria compulsria, de aposentadoria voluntria e de alvar para
construir so exemplos de atos administrativos vinculados.
(Analista legislativo rea VIII Cmara dos Deputados/2002) - Julgue os itens abaixo, relativos
aos atos administrativos.
16 - A licena ato vinculado unilateral pelo qual a administrao faculta a algum o exerccio de
uma atividade, desde que preenchidos os requisitos legais pelo interessado.
17 - A revogao um ato administrativo que extingue outro ato administrativo, podendo ser
efetivada por uma autoridade ou por um particular, desde que motivada e fundamentada em
procedimento administrativo prprio.
18 - O objeto da revogao sempre um ato administrativo invlido ou uma relao jurdica
invlida decorrente dele.
19. (PAPILOSCOPISTA DA PF/2000) Quando a lei admite que a autoridade administrativa
pratique ato administrativo com base no poder discricionrio, a autoridade poder estabelecer a
competncia para a prtica do ato.
20 (Procurador Cear 2004) -Com relao aos atos administrativos, assinale opo correta.
A) A administrao pblica, ao praticar atos regulados pelo direito civil, embora se iguale ao
particular, preserva, em razo da supremacia do interesse pblico, a possibilidade de anular
unilateralmente esses atos.


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B) sempre possvel administrao pblica revogar atos administrativos contrrios ao interesse
pblico, desde que no tenha ocorrido a precluso ou a prescrio.
C) Em todos os atos administrativos discricionrios, o requisito objeto relaciona-se com o mrito
administrativo.
D) Embora intransfervel, a competncia para a prtica de um ato administrativo sempre poder ser
objeto de delegao ou avocao.
E) A auto-executoriedade atributo de todos os atos administrativos, uma vez que eles tm por
finalidade a realizao do bem comum.
(Auxiliar Judicirio / reas Administrativa e Judiciria TJAP 2004) - Acerca dos atos
administrativos, julgue os itens a seguir.
21- A vacncia de cargo provocado pela morte de um servidor e o decurso do tempo, que produz a
prescrio administrativa so exemplos tpicos de fatos administrativos.
22 - O conceito de ato administrativo bem mais amplo do que o de ato de administrao, sendo
aquele o gnero e esse, a espcie.
23 - Consideram-se elementos dos atos administrativos a competncia, a forma, o objeto, o motivo e
a finalidade.
24 - O mrito constitui requisito essencial do ato administrativo.
25 - A presuno de legitimidade, a imperatividade, a auto-executoriedade, a exigibilidade e a
tipicidade constituem atributos do ato administrativo.
26 (Delegado de Polcia Federal / 2004) - Ocorre a extino do ato administrativo por caducidade
quando o ato perde seus efeitos jurdicos em razo de norma jurdica superveniente que impede a
permanncia da situao anteriormente consentida.
27 (Juiz Substituto TJ MT 2004) - Acerca dos atos administrativos e do regime jurdico dos
servidores pblicos, assinale a opo correta.
A) Todo ato administrativo goza de auto-executoriedade.
B) O servidor pblico adquire estabilidade e o magistrado de primeiro grau, vitaliciedade, aps trs
anos de efetivo exerccio no cargo.
C) Todo agente pblico servidor pblico.
D) H atos administrativos que, no obstante viciados, podem ser convalidados.
28 (Analista Judicirio rea: Judiciria TRT / 10. REGIO DEZ/2004) A expressa
fundamentao um requisito de validade dos atos administrativos vinculados, mas no dos atos
administrativos discricionrios.
29. (TJ/RJ-Tcnico Administrativo)A apreciao de leso ou ameaa a direito, o que se denomina
princpio da inevitabilidade do controle jurisdicional. Dessa forma, a atuao do Poder Judicirio,
em relao aos atos administrativos, alcana
A at mesmo o julgamento do mrito do ato administrativo, pois a CF no estabelece distino entre
atos que podem ser objeto de apreciao judicial.
B o exame dos atos discricionrios quanto competncia, finalidade, forma e aos limites da
discricionariedade.
C apenas os atos administrativos vinculados no ponto em que deixem de observar aspectos
objetivos.
D atos individuais e exclui atos decorrentes de deciso colegiada em sede de recurso administrativo.
E atos administrativos dos Poderes Executivo e Legislativo, mas no os do prprio Poder Judicirio,
por no fazer sentido controlar o prprio ato.

30. (TJ/RJ- Tcnico Administrativo) Em relao extino dos atos administrativos, assinale a
opo correta.


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A O ato se extingue pelo desfazimento volitivo quando sua retirada funda-se no advento de nova
legislao que impede a permanncia da situao anteriormente consentida.
B A converso de ato administrativo ocorre quando o rgo decide sanar ato invlido anteriormente
praticado, suprindo a ilegalidade que o vicia.
C A revogao do ato gera, em regra, eficcia desde a prolao do ato ilegal.
D No compete ao Poder Judicirio revogar atos administrativos do Poder Executivo, sob pena de
ofensa ao princpio da separao dos poderes.
E Admite-se a revogao de atos integrativos de um procedimento administrativo, mesmo quando
se opera precluso de ato sucessivo.
QUESTO 46
31. (TJ/RJ-Tcnico Administrativo) Assinale a opo que contm apenas atributos dos atos
administrativos.
A presuno de legitimidade / auto-executoriedade
B imperatividade / discricionariedade
C resoluo / portaria
D licena / ordem de servio
E presuno de legitimidade / autorizao

32. (TJ/RJ-Tcnico Administrativo) Assinale a opo correta acerca dos atos administrativos.
A Quando o agente pblico explicita a motivao do ato administrativo discricionrio, os motivos
implicam vinculao apenas quanto aos fundamentos de direito.
B O ato administrativo pode ser revogado por ter perdido sua utilidade.
C A competncia para a prtica do ato administrativo, seja vinculado, seja discricionrio,
condio para a sua validade, mas admite-se a delegao do seu exerccio por vontade do delegante.
D O ato administrativo discricionrio pode ser motivado aps sua edio.
E A presuno de legitimidade do ato administrativo transfere administrao o nus de provar que
o ato administrativo legtimo

33. (EO-OAB/SP) Com relao aos diversos aspectos que regem os atos administrativos, assinale a
opo correta.
A Segundo a teoria dos motivos determinantes do ato administrativo, o motivo do ato deve sempre
guardar compatibilidade com a situao de fato que gerou a manifestao de vontade, pois, se o
interessado comprovar que inexiste a realidade ftica mencionada no ato como determinante da
vontade, estar ele irremediavelmente inquinado de vcio de legalidade.
B Motivo e motivao do ato administrativo so conceitos equivalentes no direito administrativo.
C Nos atos administrativos discricionrios, todos os requisitos so vinculados.
D A presuno de legitimidade dos atos administrativos uma presuno jure et de jure, ou seja,
uma presuno absoluta.

(TJDFT-ANALISTA JUDICIRIO ADMINISTRAO) Julgue os itens:
34. No controle da administrao pblica pelo Poder Judicirio, o julgador deve anular medida legal
e legtima tomada nos limites discricionrios do administrador pblico, caso entenda haver outra
soluo mais adequada para o caso em questo.

35. O conceito de ato administrativo engloba todas as aes emanadas da administrao pblica e
sujeitas ao controle pelo Poder Legislativo.



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36. A imperatividade o atributo pelo qual algumas espcies de atos administrativos se impem a
terceiros, mesmo que no haja sua concordncia explcita.

37. A revogao, a anulao e a cassao so formas de extino de um ato administrativo por meio
de outro ato do Poder Pblico.

38. (TRE-Analista Judicrio) A remoo de servidor pblico ocupante de cargo efetivo para
localidade muito distante, com o intuito de puni-lo, caracteriza
A exerccio regular de direito.
B exerccio do poder hierrquico.
C abuso de forma.
D impropriedade de procedimento.
E desvio de poder.

39.(TCE-AC-2008) O silncio da administrao forma de manifestao da vontade, significando
seu consentimento tcito.
40. (TCE-AC-2008) O ato que exige a participao de mais de um rgo, cada um deles com
manifestao de vontade autnoma, um ato composto.


GABARITO:

1.V 2.D 3.D 4.V 5.F 6.F 7.V 8.V 9.F 10.V
11.V 12.V 13.V 14.V 15.V 16.V 17.F 18.F 19.F 20.C
21.V 22.E 23.V 24.F 25.V 26.V 27.D 28.F 29.B 30.D
31.A 32.B 33.A 34.F 35.F 36.V 37.V 38.E 39.F 40.F

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