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Nossas Raizes 2009

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EEFM.

MONSENHOR JOSÉ CARNEIRO DA CUNHA


NOSSAS RAÍZES
CHAVAL/CE
FEVEREIRO-2009

JUSTIFICATIVA

“Amizade é um caminho que desaparece na areia se não se pisa constantemente nele “(Provérbio
africano)

Historicamente o Brasil é constituído de descendentes de africanos , indígenas e europeus e isto


reflete sobre a necessidade da escola repensar as concepções de ensino e aprendizagem. É preciso
fixar raízes,ou seja,promover a identidade cultural do aluno,inserindo-o no mundo em que vive.

A Escola Estadual Monsenhor José Carneiro da Cunha, na cidade de Chaval,desde o ano de


2008 vem cumprindo a Lei 10.639/03 art. 23, que institui a obrigatoriedade da história da África nas
escolas. Através do enfoque da luta dos negros (as) no Brasil, enfatizando a cultura negra brasileira
e da participação do negro (a) na formação da sociedade nacional, utilizando-se do currículo oficial
da Rede de Ensino,deu-se início a um estudo bibliográfico ,e prático, tendo como temas
motivadores a música, a dança, as artes de rua,culinária, vocabulário,religiosidade,o folclore e o
artesanato para a valorização da cultura negra.,envolvendo toda a comunidade escolar .

Os resultados do Projeto “Nossas Raízes em 2008 foram bons, e neste ano de 2009
,pretende-se continuar os estudos e as atividades práticas que acontecerão ao longo do ano
,visando contribuir para desenvolver nos participantes ,principalmente professores e alunos ,que aja
pensamento e ação se formem comprometidos, que desfaça a visão de que a responsabilidade de
corrigir injustiças, eliminar discriminações e promover a inclusão social e a cidadania , é tarefa só
de um grupo restrito (Ciências Humanas) , sim, de todas Áreas do Conhecimento.

OBJETIVO GERAL
● Reconhecer e valorizar as contribuições do negro na formação étnica, cultural e econômica
do povo brasileiro.,propiciando reflexões que favoreçam a formação integral do cidadão
(cidadã) reflexivo, ativo e responsável tendo em vista a construção de um mundo mais
humanizado.
● Identificar a participação e contribuição de negro e descendentes nas diferentes área do
conhecimento ao longo da história;

● OBJETIVOS ESPECIFICOS
● Fazer com que o aluno seja voluntário neste projeto, que visa conhecer, respeitar e aceitar a
diversidade cultural, rejeitando todas formas de discriminação, bem como exercitar a
solidariedade e cidadania.
● Valorizar a historia do povo africano e a cultura afro-brasileira na construção histórica e
cultural brasileira;
● Identificar a participação e contribuição de negro e descendentes nas diferentes área do
conhecimento ao longo da história;
● Conhecer o Continente Africano, observando suas contradições. Sua biodiversidade e
cultura, que enfrenta problemas como: epidemias(AIDS), fome, guerras civis, miséria etc...
Problemas presentes em várias partes do mundo, porém com dimensões alarmantes na
África, gerados por motivos que vem desde a colonização do continente.
● Fazer com que o aluno analise,interprete, e desenvolvas o senso crítico a capacidade de
pensar e argumentar em favor de suas ideias sobre o mundo em que vive tornando-o
consciente de seu tempo;
● Propiciar que o aluno tenha noções de ética e cidadania;
● Promover a mudança de posturas ideológicos e conceituais na comunidade escolar.
● Trabalhar a auto-estima do educando (a) promovendo o convívio pacífico dos diversos
grupos étnicos-raciais.
Atividades Desenvolvidas
Quadro Cognitivo
O Projeto
Etapas
Músicas Temas:”O Canto das Três Raças , Nós Somos o Mundo e Outras
Relatos dos Alunos Depoimentos
Interesse dos alunos Solidariedade

METODOLOGIA

Este projeto será desenvolvido durante todo o ano letivo de forma continua sob a supervisão
do Núcleo Gestor e PCAS. O público alvo serão todos os alunos da EEFM. Mons. José Carneiro da
Cunha. As atividades a serem realizadas iniciarão com:
dar continuidade ao projeto Nossas Raízes, envolvendo de forma sistemática todo corpo docente da
escola;
● Reapresentar o Projeto para a comunidade escolar as idéias e expectativas dos professores
em relação ao projeto;
● Realizar seminários e estudos abordando a história do negro na sociedade antiga e
contemporânea;
● Montar grupos de danças e ritmos africanos por serie e por turno;
● Realizar oficinas de pinturas abordando passagem da história;
● Realizar estudos e oficinas de culinária, focando as contribuições nutricionais;
● exibir filmes e documentários sobre a historia africana e cultura afro-brasileira;
● montar gráficos informativos sobre os negros no Brasil e no Mundo;
● Elaborar gráficos destacando o negro e sua formação cientifica no mercado de trabalho;
● Realizar concursos de redação, poesias e paródias, focando as contribuições da cultura
africana;
● Montar painel fotográfico com negros de destaque nas diversas áreas do conhecimento;
● Elaborar e apresentar peças teatrais focando vestuário, vocabulário e costumes africanos;
● Produzir um programa de rádio e ou um jornal informativo
● Painel explicativo e expositivo sobre a fitoterapia;Confecção de bonecas negras vestidas
com os trajes coloridos dos rituais afro-brasileiros e confecção de pipas decoradas com
máscaras africanas ou nas cores das bandeiras de países africanos;

● Produção artística de gravuras em massa de modelar, retratando o estilo barroco das Igrejas
do Aleijadinho em alto relevo

● Produção textual a partir dos ensinamentos dos provérbios africanos

● Indumentárias e bijuterias artesanais confeccionadas em estilo africano;

● Confecção de instrumentos musicais de origem africana

● Realizar culminância do projeto através do show “Tenda Africana”.NOSSAS RAIZES


REESTRUTURAÇÃO DO CRONOGRAMA DO PROJETO NOSSAS RAIZES
CHAVAL -CEARÁ – 2009
Nº AÇÃO MESES ÁREA DO RESPONSÁVE1
CONHECIMENTO
1 Reestruturação do Projeto Nossas Fevereiro Todas as Áreas Professores e PCAS
Raizes II
2 Colher sugestões dos alunos e Fevereiro Todas as Áreas Professores e PCAS
professores, para implantação das
etapas e ações do Projeto e montar
um Quadro Cognitivo sobre nosso
conhecimento afro
3 Apresentar no Data Show o Março Todas as áreas Professores e PCAS
Projeto à Coordenação Pedagógica
e a Direção da Escola para prévia
aprovação do mesmo
4 Apresentar o Projeto e mostrar a Março Todas as Áreas Professores ,PCAS e
reestruturação para a Comunidade Núcleo Gestor
Escolar
5 Reestruturar Coral,Grupo de Março a Linguagens e Professores de
Danças,Teatro para apresentação Novembro Códigos,Ciências Educ.Física,Língua
de danças músicas e ritmos Humanas Portuguesa,Artes,Hi
stória,Sociologia
6 Realizar Seminários e Março a Todas as áreas Professores ,alunos e
estudos(específico de cada Novembro PCAS
professor)
7 Realizar Show Cultural,para Maio Todas as áreas Professores,Regente
fundamentação do Projeto s de Sala de
Multimeios e alunos
8 Produzir Histórias em Quadrinhos- Março a Todas as Áreas Professores e alunos
Brasil afro Novembro
9 Oficinas de Março a Linguagens e Códigos Professores,alunos,R
Pintura,painéis,acessórios Novembro e Humanas egentes da sala de
Culinária ( receitas e motivos Multimeios
afro-desenhos)
10 Colher depoimentos dos alunos Março a Todas as Áreas Professores e alunos
sobre a importância do Projeto Novembro
Afro-Brasileiro-Nossas Raízes
11 Exibição de filmes e Uma vez Todas as Áreas Grêmio ,PCAS,
documentários no Pátio da Escola por mês Abertura professores
com o Data Show depois do de Biologia
Fazer a abertura desta Etapa ,com recreio na eQuímica
um vídeo sobre a Evolução do sexta
Homem feira.
12 Montar Gráficos Informativos Junho Matemática,Sociologia Professores e PCAS
sobre a situação dos negros no ,Geografia
Brasil e no mundo.(Desigualdades
Sociais
13 Elaborar gráficos destacando o Junho a Ciências da Natureza Herivelton,
negro na sua formação científica Setembro Júnior,Carlos
no mercado de trabalho Ximenes e Jakelia
14 Realizar Concursos de redações e Março a Linguagens e Códigos Professores,PCAS,N
poesia focando as contribuições Novembro e Humanas úcleo Gestor
africanas e a cor brasileira.
15 Oficinas de Ervas Medicinais Agosto Ciências Humanas e Professores de
pesquisa na Internet e livros Ciências da Natureza Biologia,Sociologia,
Química
16 Oficinas de Geometria Setembro Ciências da Natureza Professores de
Física e Matemática
17 Painel fotográfica destacando o Março a Todas as Áreas Sala de Multimeios
negro nas diversas áreas do Novembro
conhecimento
18 Apresentar Grupo de Capoeira e Agosto Linguagens e Códigos PCAS,Professores e
danças e rituais afros e Humanas alunos
19 Realizar uma campanha de ajuda Maio Todas as Áreas Toda Comunidade
humanitária para angariar Escolar
alimentos e fazer visitas as
famílias afros carentes da cidade
20 Apresentação de pintura corporal e Outubro Todas as Areas Matemática
máscaras africanas Filosofia e Artes.
21 Gincana da Cultura afro brasileira Junho a Todas as Áreas Toda Comunidade
Novembro Escolar
22 Elaborar e apresentar peças teatrais Março a Linguagens e Código Artes,Sociologia,
focalizando vestuário,vocabulário Novembro e Humanas História E Regentes
afro e discriminação da Sala de
Multimeios.
23 Apresentar tardes musicais, com Março a Todas as Áreas Professores de
músicas variadas de compositores Novembro Arte,Inglês e
e temas afros,destaque especial Regentes da Sala de
para as músicas temas do Multimeios.
Projeto :Canto das Três Raças” e
“We are The World”(Nós somos
o mundo)com o Coral” Canto do
Ylê.
24 Divulgar o Projeto em Blogs Março a Todas as Áreas Regente de
Novembro Ambiente ,
Multimeios e PCAS
25 Leitura de livros e Contos Março a Linguagens e Códigos Língua
afro(cobrados em sínteses e Novembro e Humanas Portuguesa,Sociolog
pequenas avaliações) ia,Filosofia
26 Pesquisar problemas comuns do Março a Todas as Áreas Biologia,Português,
Brasil e dos povos Novembro Sociologia,Filosofia
africanos,Como:desigualdades
sociais,epidemias,crendices e a
AIDS.Desta pesquisa os alunos
produzirão um programa de
rádio,ou um jornal informativo
28 Montar um painel de Março a Todas as Áreas Alunos,,Sala de
personalidades afro-Nacional e Novembro Multimeios,Professo
internacional res
29 Organizar uma campanha de ajuda Setembro Todas as Áreas Todas as Áreas
humanitária para angariar
alimentos e fazer visitas as
famílias afros carentes da cidade
30 Apresentar a Tenda Africana. 20 de Todas as Áreas do Toda Comunidade
Culminância de todas as Novembro Conhecimento Escolar
oficinas(culinária,pintura,formas ,dia da
geométricas,acessórios e etc. Consciênc
ia Negra

AVALIAÇÃO
O Projeto será avaliado ao longo do seu desenvolvimento, observando-se a
participação e envolvimento de todo o coletivo. Em relação aos alunos a
avaliação acontecerá de maneira processual, usando a metodologia de
registros, observação durante as aulas e analise das produções artísticos
culturais. Concluindo o projeto os alunos produzirão em tudo destacando os
pontos principais, ressaltando o aprendizado. Espera-se ao final do projeto
mudanças nas posturas ligadas as questões etnico-racias.

CULMINÂNCIA
Show "Tenda Africana", será realizada no dia 20 de novembro, dia da consciência negra, no qual
serão expostos todos os trabalhos desenvolvidos: panfletos, cartazes, documentários, fotografias,
comidas de descendência afro, danças de grupos de Hip Hop, reggae, afro-axé, happy, capoeira,
desfile de garotas e garotos afrodescendentes, pratos típicos afrodescendentes e apresentação de um
vídeo com os registros das atividades realizadas durante o desenvolvimento do projeto.

REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS
Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação das Realações Etnico-Raciais e para o Ensino de
História e Cultura Afro-brasileira e Africana. MEC, Brasilia – 2005.
Silva, Petronilha B.G – Texto – Aprendizagem e Ensino das Africanidades Brasileiras .
HERNANDES, Leila Leite. África na sala de aula. São Paulo: Summus Editorial/Selo Negro, 2005.
IBGE: www.ibge.gov.br/ibgeteen
KI-ZERBO, Joseph (org). História Geral da África. São Paulo: Ática, 1988.
Lei 10639/2003: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/2003/L10.639.htm
MODERNA, org. Editora. HISTÓRIA: Projeto Aritibá. 6ª série. SP: Moderna, 2006.
M O N T E L L AT O , A n d r e e outros. HISTÓRIA TEMÁTICA: Diversidade
Cultural e Conflitos. 6ª série. SP: Scipione, 2000.
Filme: Atlântico Negro – Na rota dos orixás (Direção: Renato Barbieri.
Vi a g e m n o e s p a ç o e n o t e m p o e m b u s c a d a s o r i g e n s a f r i c a n a s d a c u l t u r a
brasileira. Historiadores, antropólogos e sacerdotes africanos e brasileiros
relatam fatos históricos e dados surpreendentes sobre as inúmeras afinidades
c u l t u r a i s q u e u n e m o s d o i s l a d o s d o A t l â n t i c o . Vi s ã o a t u a l d o B e n i n , b e r ç o
da cultura iorubá. Filmado no Benim, no Maranhão e na Bahia).Filmes
Mojubá(TV Cultura.
Demais recursos utilizados na sala de informática
Máquina fotográfica, softwares educativos e lúdicos, CDs, vídeos, DVDs
ANEXOS

Quadro Cognitivo do Projeto Nossas Raízes II

O que sabemos? O que queremos saber? Como vamos saber?

Que o continente africano é rico Porque o mundo não faz nada? Através dos seguintes
em: recursos:
Qual o papel da ONU? Pesquisas em Livros de
Biodiversidade e cultura; História, Geografia
Em que podemos ajudar? Jornais;
Enfrenta problemas como: Revistas;
-epidemias; No que o Brasil pode ajudar Documentários;
-guerras civis, Filme;
- miséria, Fotos;
-fome etc.. Músicas;
Internet
Intercâmbio cultural c/ pessoa
que mora na África

SUGESTÕES DE ATIVIDADES PARA TRABALHAR NAS DISCIPLINAS


Arte
A contribuição artística da cultura africana na formação da música Popular Brasileira; origem do
batuque, do lundu e do samba, entre outros.
Nossos cantores e compositores negros. A cultura africana e afro- brasileira e as artes plásticas;
máscaras; esculturas ( argila, madeira, metal), ornamentos, tapeçaria tecelagem, pintura corporal,
estamparia.
• Produção artística de gravuras em massa de modelar, retratando o estilo barroco das Igrejas do
Aleijadinho em alto relevo produções artísticas em aquarela e crayon
• Confecção de máscaras africanas artesanais ; confeccionaram máscaras tribais, étnicas e
ritualísticas
• Produção artística de gravuras e texturas em aquarela e crayon, retratando cenas do cotidiano
africano
• Confecção de maquetes, retratando a biodiversidade das savanas
Confecção de instrumentos musicais de origem africana
• Indumentárias e bijuterias artesanais confeccionadas em estilo africano
• Confecção de bonecas negras vestidas com os trajes coloridos dos rituais afro-brasileiros e
confecção de pipas decoradas com máscaras africanas ou nas cores das bandeiras de países
africanos.
Ciências –BIOLÓGICAS são sugeridas algumas temáticas possíveis, a serem desenvolvidas no
ensino de ciências que contemplam as relações étnicos- raciais e o ensino de história e cultura afro-
brasileira e africana;
*estudo sobre as teorias antropológicas;
Somos todos africanos ...
Há 7 milhões de anos houve a separação entre as linhagens do macaco e do que viria a ser o homem
mais tarde. Os fósseis mais antigos de nossos ancestrais foram encontrados no Vale da Grande
Fenda, formação que atravessa a Etiópia, o Quênia e a Tanzânia. Milhões de anos depois, o Homo
erectus teria partido dessa região para povoar a Ásia e a Europa, onde se transformou em homem de
Neanderthal. Os que continuaram na África evoluíram para a espécie sapiens, que mais uma vez
migrou, dizimando ou substituindo os neandertais e os hominídeos asiáticos. E assim o planeta foi
povoado.
O professor ao trabalhar este tema deverá ressaltar a importância ao abordar a evolução das
espécies, esclarecendo que biologicamente todos os seres humanos são parecidos e que as pequenas
diferenças físicas não interferem na capacidade intelectual. E isso vai ajudar o aluno a desmontar o
falso embasamento científico que subdividiu a humanidade em raças, no século 19, idéias que
perduram até hoje.

● desmistificarão das teorias racistas, destituindo de significado a pseudo-superioridade racial;


● estudo das características biológicas ( biotipo) dos diversos povos.
● análise e reflexão sobre o panorama da saúde dos africanos, in loco. Essa análise deve
considerar os aspectos políticos, econômicos, ambientais, culturais e sociais intrínsecos à
referida situação. O professor de Ciências pode abordar os conflitos entre
epidemias/endemias e o atendimento à saúde, entre as doenças e as condições de higiene
proporcionadas à população, bem como o índice de desenvolvimento humano (IDH).
● Ao estudar o meio ambiente, há que necessariamente abordar a questão dos territórios
ocupados por população remanescente de quilombos ou herdeira de antigos fazendeiros e
conhecer as formas de cultivo e de utilização de recursos naturais que empregam, sem ferir o
equilíbrio do meio ambiente.
● animais africanos e sabedoria ancestral dos aromas e medicina rústica ancestral.

Educação Física
Estudo das práticas corporais da cultura negra, em diferentes momentos históricos.
Vamos jogar iitop ou mbube-mbube?
Para a disciplina que se dedica à educação do corpo, brincadeiras que privilegiam as competições
em equipe. Assim o professor poderá apresentar para os alunos o iitop, o mbube-mbube (ou o tigre
e o impala) e jogos como o yote e a mancala. Ele iniciará contando a história do jogo e os valores
da cultura africana presentes em cada um. Veja como construir o kalah, versão do mancala e
conheça as regras dos outros jogos.

Brinquedos e brincadeiras da cultura africana e sua significação nas práticas corporais afro-
brasileiras.

Jogos praticados no Brasil pelos afro-descendentes e africanos numa perspectiva histórica.


A capoeira, seus significados e sentidos no contexto histórico-social, como elemento da
cultura corporal. Por meio da capoeira, torna-se possível resgatar a historicidade do negro, desde o
momento em que foi retirado do continente africano.

Ensino Religioso:
Estudo sobre a influência das celebrações religiosas das tradições afros na cultura do Brasil.
Pesquisa acerca das religiões africanos presentes no Brasil.
Pesquisas sobre superstições trazidas da África
Estudo dos orixás.
Filosofia:Conceito de preconceitos ,racismo,sincretismo religioso e a relação com os santos
católicos.Religião Egípcia(imortalidade da alma).Respeito às diferenças.

Geografia – sendo a Geografia a ciência cujo objeto é o espaço geográfico e suas inter-relações,
caberá ao professor desta disciplina tratar dos seguintes contextos:
A África não é um país, e sim um continente. Essa afirmação pode parecer absurda, mas não Há
uma tendência em falar da África como se todos que ali vivem tivessem os mesmos hábitos e
tradições. Através da construção de mapas, os alunos conseguirão localizar os diversos países
existentes do continente e quais foram os seus colonizadores e as riquezas de cada região
● Observar a semelhança do contorno dos mapas da América do Sul e África
Ao falar sobre os diversos povos, é possível destacar as contribuições de cada um para a economia
do Brasil Colônia. É importante que os alunos saibam que os negros trouxeram para cá a melhor
tecnologia dos trópicos como a enxada, o arado e técnicas de irrigação . Tanto que os donos das
terras encomendavam aos mercadores mão-de-obra especializada para a atividade de seus domínios.
a população brasileira; miscigenação de povos; a distribuição espacial da população afro-
descendente no Brasil;
Localização no mapa e pesquisar sobre a atualidade de alguns países ( como vivem, população
idioma, economia, cultura, história, música, religião);
A de que o negro foi escravizado porque era mais dócil, menos rebelde que os
indígenas: - esta idéia está presente em muitos livros didáticos. Omite-se que a história dos
africanos escravizados está inserida num contexto de acumulação de bens de capital, ocorrida entre
os séculos XVI e XIX, envolvendo África, Europa e Américas. No Brasil há uma história de
organização e resistência, desde as vindas dos navios negreiros, as fugas individuais e coletivas para
os quilombos, a organização em irmandades, a resistência da cultura nas manifestações religiosas
dos batuques em terreiros, até as formas de negociação para a conquista da liberdade.

Historia – nas aulas de História os alunos serão levados a questionar a história e não estudá-la
passivamente. Mostrar como estava o Continente Africano, dentro do contexto histórico, do início
da escravidão no Brasil, permitindo assim que os alunos (a) negros (as) conheçam suas origens,
contribuindo positivamente para a construção de sua identidade, reforçando a auto-estima. Tudo
com objetivo primordial de desconstruir o mito da democracia racial, que é a condição necessária
para se alterar a produção e o ensino da história do negro(a).
Grandes e pequenas invenções dos povos africanos-da pré-história aos dias atuais.

Buscar nos livros didáticos e paradidáticos informações que esclareçam ao aluno que o
continente africano já existia muito tempo antes do continente europeu. Por exemplo No império de
Gana, os monarcas se reuniam todos os dias com os súditos para papear, ouvir reclamações e tomar
decisões. Essas informações são comparadas com o modo de vida do negro no nosso país, na época
da escravidão, nos quilombos e nos dias de hoje.
A tradição oral é forte nas culturas africanas, mas os povos também sabiam ler, escrever e
viviam em cidades desenvolvidas, assim os alunos podem construir maquetes da cidade antigas
do continente africano
Construir um novo olhar sobre a história nacional e regional/local e ressaltar a contribuição
dos africanos a afro-descendentes na constituição da nação brasileira.
Desmistificar algumas visões equivocados sobre o negro e o continente africano. Eis algumas, entre
outras que podem ser analisados em sala de aula:A do negro visto como escravo: não se pode
naturalizar a situação do negro a situação do negro como escravo. Os negros não eram escravos,
foram escravizados. A África não é uma terra de escravos. Os povos africanos eram portadores de
história, de saberes, conhecimentos, na maioria das vezes transmitidos pela oralidade.A da África
como um continente primitivo: a imagem de que o continente africano é povoado por tribos
primitivas em imensas florestas está presente no imaginário das pessoas. Trata-se de imagens
construída pelos meios de comunicação e pelos próprios livros didáticos. Na África, tivemos
grandes reinos (como por exemplo o Egito Antigo ). Muito das tecnologias utilizadas no Brasil, no
cultivo da cana-de-açúcar e na mineração, foram trazidos pelos negros oriundos da África.
SOCIOLOGIA-Estudar a história da África e o reflexo desta na cultura Brasileira;
Após debates sobre textos propostos aos alunos, solicitar que produzam textos sobre temas como:
> O racismo no Brasil;
>A presença do negro na mídia;
Políticas afirmativas, cotas;
Mercado de trabalho;
A de que o negro foi escravizado porque era mais dócil, menos rebelde que os indígenas: - esta
idéia está presente em muitos livros didáticos. Omite-se que a história dos africanos escravizados
está inserida num contexto de acumulação de bens de capital, ocorrida entre os séculos XVI e XIX,
envolvendo África, Europa e Américas. No Brasil há uma história de organização e resistência,
desde as vindas dos navios negreiros, as fugas individuais e coletivas para os quilombos, a
organização em irmandades, a resistência da cultura nas manifestações religiosas dos batuques em
terreiros, até as formas de negociação para a conquista da liberdade.

Língua Inglesa – nas aulas, apresentar aos alunos gêneros musicais (Blues, Regae) que nasceram
na África. Além de trabalhar os testes e a música, trabalhar com filmes que destacam gênero
musical trabalhado mostrando a influência dos negros nas nossas práticas culturais.
Reggae e biografias
O professor poderá levar algumas letras de músicas do afro-descendente jamaicano Bob Marley e
de outros cantores negros e textos em inglês sobre a vida de lideranças como os americanos
Malcom X,Lois Amstong e Martin Luther King.

Matemática – estimular a prática de leitura, análise e produção de gráficos, abordando questões


raciais e problemas matemáticos. Exemplo: Análise de dados do IBGE ( Instituto Brasileiro de
Geografia e Estatística) sobre a educação e trabalho que mostra que a população negra apresenta os
índices mais baixos de escolaridade e renda. Esses dados revelam ainda que os piores trabalhos, de
menos prestígio social, são reservados aos negros. Simetria, geometria e cálculo
Ao conhecer a cultura egípcia, os alunos podem estudar as pirâmides e os triângulos, olhando
gravuras que retratam a construção dos monumentos, eles tentam estimar a quantidade de pessoas
que trabalharam na obra e de tijolos usados.
Matemática:os números da escravidão dos povos africanos,da discriminação racial e social do
Brasil

Português e Literatura - Realizar com os alunos estudos e pesquisas de países que falam a língua
portuguesa. O que os une? Quais as razões? Atualmente como estão esses países? Qual a
composição étnica? Apurar diferenças de português falado e escrito por ele.
• Produção textual a partir dos ensinamentos dos provérbios africanos provérbios da sabedoria
ancestral africana; discutiram contos e narrativas da literatura infanto-juvenil e e
• Produções poéticas
Trabalhar com lendas e histórias africanas que tratem de diversidade como:
Menina Bonita do Laço de Fita, de Ana Maria Machado, O Pássaro-da-Chuva, de Kersti Chaplet, o
gibi Zumbi dos Palmares (produzido em 2001 pela Editora Lake , é distribuído gratuitamente.),
Gosto de África de Joel Rufino dos Santos , Lendas Africanas de Júlio Emílio Braz , além de
familiares dos alunos afro-descendentes que podem ser convidados para contar histórias de sua
vida,de modo que estas informações poderão ser transformadas em texto.

Realizar com os alunos estudos de obras literárias de escritores negros como Cruz e Souza, Lima
Barreto, Machado de Assis, etc, destacando a contribuição do povo negro à cultura nacional.
Ler e interpretar letras de músicas relacionadas à questão racial.
Propiciar acesso aos gêneros musicais do samba e rap.
Propor que os alunos produzam poesias relacionadas ao povo afro-descendente e sua cultura.
O ensino de História e Cultura Afro-Brasileira e Africana, a educação das relações étnico-raciais, se
desenvolverão no cotidiano escolar de 5ª à 8ª séries do Ensino Fundamental, como conteúdo de
disciplinas, em atividades curriculares ou não, trabalhados em sala, laboratório de informática,
biblioteca, áreas de recreação, quadra de esportes e outros ambientes escolares.
O trabalho que se desenvolverá durante o ano servirá para valorizar e ver que os afro-brasileiros
existem, forma e são sujeitos na construção da sociedade brasileira. Têm história, têm cultura, têm
memória, têm valores que precisam ganhar amplitude e status de conhecimento também dentro da
escola, no fazer cotidiano da sala de sala.
Assim, ao determinar na inclusão de História e Cultura Afro-Brasileira e Africana nos currículos da
Educação Básica, a lei busca valorizar devidamente
a história e cultura do povo negro, na perspectiva de não apenas elevar a auto-estima e compreensão
de sua etnia, mas de todas as etnias, na perspectiva da afirmação de uma sociedade multi cultural e
pluriétnica.
Não se trata de substituir o enfoque eurocêntrico de um currículo por um africano, mas “de ampliar
o foco dos currículos escolares para a diversidade cultural, racial, social e econômica brasileira”.
(Petronilha Beatriz Gonçalves e Silva ).

SOCIOLOGIA-Estudar a história da África e o reflexo desta na cultura Brasileira;


Após debates sobre textos propostos aos alunos, solicitar que produzam textos sobre temas como:
O racismo no Brasil;
A presença do negro na mídia;
Políticas afirmativas, cotas;
Mercado de trabalho;
*Pesquisar problemas comuns do Brasil e dos povos africanos como a fome e a epidemia de Aids. E
desta pesquisa os alunos poderão até produzir um programa de rádio e ou um jornal informativo.
Miséria, epidemias e guerras civis existem hoje nos diversos países da África como as guerras
civis em Angola e em Ruanda , mas também estão presentes em outros lugares.
*produzirum programa de rádio e ou um jornal informativo
Realizar culminância do projeto através do show “Tenda Africana”.NOSSAS RAIZES
PRODUÇÕES
HISTÓRIAS EM QUADRINHOS PRODUZIDAS PELOS ALUNOS
DEPOIMENTOS DOS ALUNOS SOBRE A IMPORTÂNCIA DO PROJETO AFRO
-BRASILEIRO
ETAPAS
I - Selecionar a questão que se quer enfrentar ou solucionar, de modo que se tenha um objetivo a ser
alcançado.
II-Dividir os alunos em grupos.
III-Pesquisa na Internet sobre conteúdo
IV-Relacionar as atividades que se pretende desenvolver, tendo em vista alcançando o objetivo.
( Internet , fotos, texto,uso da câmera digital e clip).
V- Redigir as cartas
VI- Digitar as cartas p/ o Divino (prof. Mora em Maputo – Moçambique).
VII- Saber a situação socioeconômica do país,da cidade e em especial dos alunos.
VIII- Buscar ajuda e alternativas confiáveis para o envio dos materiais
IX- Organizar as doações em kits individuais,(um vez que já sabemos o número de alunos) e enviá-
las.
X-Confeccionaram camisetas com o tema do projeto.
XI- Montaram apresentação de um clip com fotos da África.
XII- Foram as escolas para sensibilizar outros alunos na participação do projeto.
XIII- Gravação em DVD
XIV- Culminância do projeto no dia 20/11/2009
JOGOS AFRICANOS
A mamba é um tipo de serpente africana da África austral. Existem espécies verdes e negras e
ambas são venenosas. A brincadeira é um tipo diferente de pega-pega.
Regras
Uma pessoa é escolhida para ser a mamba, que vai ser o pegador. O professor desenha no chão um
quadrado de 10 metros x 10 metros (tamanho ideal para 20 crianças). Durante a brincadeira, todos
os participantes devem permanecer dentro dessa demarcação, mas tentando escapar da serpente. A
mamba tenta pegar os jogadores. Quando um é pego pela serpente, deve posicionar-se atrás da
mamba, segurando-a pela cintura ou pelos ombros. Cada participante que é tocado pela mamba se
junta ao último do "corpo" da serpente. Dessa forma ela vai ficando cada vez mais comprida. Se um
jogador sai do quadrado, deve ser eliminado do jogo. Só a criança que é a cabeça da serpente pode
capturar os jogadores, mas o "corpo" da fileira que se formou deve ser usado para interceptar ou
atrapalhar os fugitivos. Os jogadores não podem cruzar o corpo da serpente. A brincadeira acaba
quando restar apenas um jogador sem ser pego. E recomeça com esse sendo a mamba.

Iitoti
Na mira: precisão para acertar a pilha de caixas
Material
10 a 15 caixas de papelão de diferentes tamanhos
Duas bolas de meia
Fita crepe ou giz
Regras
Divida a turma em duas equipes. Faça no chão um círculo: na parte de dentro, um grupo tentará
empilhar as caixas para formar uma pirâmide. Enquanto isso, a outra, do lado de fora, tentará
destruir a construção com as bolas de meia. Os membros da equipe construtura elegem um
construtor, enquanto os outros membros evitam que a artilharia atinja tanto a pilha quanto
oconstrutor, sem agarrar as bolas. Se o construtor for atingido, deixa a função para outro membro do
grupo e passa para a defesa. A equipe adversária tentará recuperar a sua bola para continuar a
atrapalhar a construção. O professor pode estabelecer um tempo para que as equipes atinjam seu
objetivo.
BRINCADEIRAS DE QUADRA
Mbube, Mbube (ou O Leão e o Impala)
Rogério Albuquerque

Alunos da Escola Municipal de Educação Básica Antônio Stela Moruzzi, de São Carlos jogam o
Mbube, Mbube: agilidade no zigue-zague
Imbube é um dos termos do povo zulu para designar o leão, um dos predadores do impala. O jogo é
um tipo de pega-pega.
Regras
Todos os jogadores formam um círculo. Dois começam a brincadeira: um será o leão; o outro, o
impala. O leão deve caçar o impala em um minuto, ziguezagueando entre os outros jogadores,
enquanto esses gritam mbube, mbube. Se o predador não conseguir pegar sua presa no tempo
determinado, será eliminado e se incorpora ao círculo dos companheiros. O grupo elege um novo
leão. Se o leão pega o impala, se escolhe um outro para ser o fugitivo.

JOGOS DE TABULEIRO
Yote
Esse jogo da África Ocidental tem diferentes nomes de acordo com a região do continente em que é
praticado. Atualmente é um dos mais populares do Senegal e suas regras lembram o jogo de damas.

Material
1 tabuleiro quadriculado com 30 casas (6x5)
1 dado
24 peões (12 de cada tipo - podem ser usadas sementes ou pedras)
Número de jogadores
Dois
Objetivo
Eliminar os peões do adversário
Regras
A partida começa com o tabuleiro vazio. Os participantes recebem 12 peões cada. Joga-se o dado
para indicar quem inicia o jogo. Cada jogador pode colocar um peão em uma casa livre ou deslocar
suas peças para uma casa vazia, horizontal ou verticalmente. Para capturar um peão adversário, é
preciso saltar sobre ele, também na horizontal ou na vertical. A cada peão tomado o jogador pode
retirar um outro do tabuleiro. Captura-se então dois peões a cada tomada. Ganha quem no final tiver
mais peões do adversário.

Um jogo de tabuleiro que veio da África

O kalah, que simula o plantio de sementes, desenvolve a atenção e a capacidade de


antecipação da criançada . Há mais de 200 jogos africanos conhecidos por mancala, que
simulam uma semeadura. Eles podem ser jogados individualmente ou até por quatro pessoas
e são compostos pelos mesmos tipos de peça um tabuleiro de madeira com covas e sementes
populares na África. Um deles é o kalah, que, por ter regras simples, é indicado para crianças
a partir de 6 anos. A versão que você vai aprender a fazer é feita com caixa de ovos, tinta
acrílica, sementes e dois potinhos plásticos.
O kalah ajuda a desenvolver a atenção e a concentração da garotada, pois uma jogada errada
se transforma em vantagem para o adversário. A capacidade de antecipação é outra
importante competência que os alunos adquirem. O objetivo dos competidores é acumular o
maior número de sementes, mas nem sempre a melhor jogada é a que possibilita conseguir
uma grande quantidade delas de uma só vez. Durante a brincadeira, os pequenos também vão
ficar craques na contagem, já que precisam controlar as sementes a cada jogada.
As atividades com jogos enriquecem o seu planejamento, mas antes de incluir o kalah nas
aulas é importante estudá-lo bem. Calcule, por exemplo, quanto tempo é gasto em uma
partida. Depois de assimilar as regras, crie situações-problema para os estudantes, como
dispor algumas peças no tabuleiro e perguntar qual é a próxima jogada.
Como Fazer

Cor no tabuleiro

Corte a tampa da caixa de ovos e despreze-a. Pinte a base, que servirá de tabuleiro, com tinta
acrílica. Como o material da embalagem é de fácil absorção, a secagem dura em torno de 30
minutos.
Imbube é um dos termos do povo zulu para designar o leão, um dos predadores do impala. O jogo é
um tipo de pega-pega.
Regras
Todos os jogadores formam um círculo. Dois começam a brincadeira: um será o leão; o outro, o
impala. O leão deve caçar o impala em um minuto, ziguezagueando entre os outros jogadores,
enquanto esses gritam mbube, mbube. Se o predador não conseguir pegar sua presa no tempo
determinado, será eliminado e se incorpora ao círculo dos companheiros. O grupo elege um novo
leão. Se o leão pega o impala, se escolhe um outro para ser o fugitivo.

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