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Regulamento Embasa

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REGULAMENTO DOS

SERVIÇOS DE
ABASTECIMENTO DE ÁGUA E
ESGOTAMENTO SANITÁRIO
PRESTADOS PELA

DECRETO Nº 3.060 de 29 de abril de 1994.


Aprova o Regulamento de Serviços da Empresa.

LEI Nº 7.307 de 23 de Janeiro de 1998


Dispõe sobre a ligação de efluentes à rede pública de esgotamento sanitário.

DECRETO Nº 7.765 de 08 de março de 2000


Aprova o Regulamento da Lei nº 7.307
DECRETO Nº 3.060 DE 29 DE ABRIL DE 1994.
APROVA O REGULAMENTO DE SERVIÇOS DA EMPRESA
BAIANA DE ÁGUAS E SANEAMENTO S.A. – EMBASA

O PRESIDENTE DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO, NO


EXERCÍCIO DO CARO DE GOVERNADOR DO ESTADO DA BAHIA, no uso das
atribuições que lhe confere o inciso V, do art. 105 da constituição deste Estado, da lei nº
2929/71 e sob proposta da Secretaria de Recursos Hídricos, Saneamento e Habitação,

D E C R E TA :

Art. 1º - Fica aprovado o REGULAMENTO DE SERVIÇOS DA EMPRESA


BAIANA DE ÁGUAS E SANEAMENTO S.A. – EMBASA, na forma do
Anexo que integra o presente Decreto:

Art. 2º - Este Decreto entrará em vigor na data de sua publicação, revogadas as dispo-
sições em contrário.

Salvador,

GOVERNADOR EM EXERCÍCIO

SECRETÁRIO DE RECURSOS HÍDRICOS, SANEAMENTO E


HABITAÇÃO

PUBLICADO NO DIÁRIO OFICIAL


Salvador. Sábado e Domingo
30 de abril e 1º de maio de 1994
Ano LXVIII.Nº 15.623 e 15.624

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REGULAMENTO DE SERVIÇOS PRESTADOS PELA EMPRESA BAIANA
DE ÁGUAS E SANEAMENTO S/A – EMBASA

TÍTULO I – OBJETIVO

Art. 1º - Este regulamento dispõe sobre a prestação de serviços de abastecimento


de água e esgotamento sanitário, prestados pela Empresa Baiana de Águas e
Saneamento S/A – EMBASA, concessionária destes serviços.

TÍTULO II – TERMINOLOGIA

Art. 2º - Para os fins deste Regulamento são adotadas as seguintes definições:

ABASTECIMENTO DE ÁGUA
É o fornecimento de água aos usuários da EMBASA, considerando as
condições e padrões estabelecidos, tanto pelas exigências técnicas
operacionais específicas como também pela legislação pertinente.

CADASTRO COMERCIAL
Constitui o conjunto de informações descritivas, simbólicas e gráficas que
identifica, classifica e localiza os imóveis situados nas áreas de prestação de
serviços de abastecimento de água e de esgotamento sanitário.

CATEGORIA
É a classificação da economia em função da sua destinação, fase de
construção, natureza do abastecimento requerido (água “in-natura” ou potável)
e da ordem de grandeza da demanda de água prevista.

CAVALETE
É o conjunto formado por tubos, conexões e medidor de vazão situado dentro
dos limites do imóvel, em nível acima e entre o ramal externo de abastecimento
de água e o ramal interno de alimentação da instalação predial.

CICLO DE VENDAS
É o período correspondente ao fornecimento de água e/ou à coleta de
esgotos compreendida entre duas leituras sucessivas do medidor de vazão
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ou relativo ao intervalo considerado para estimativa de consumo de água
de um mesmo imóvel.

CICLO DE FATURAMENTO
Constitui o período correspondente à emissão de dois conjuntos sucessivos
de Notas Fiscais/Faturas de abastecimento de água e/ou de coleta de esgotos,
relativos à uma mesma zona de cobrança.

CICLO DE RECEITA
Constitui o período correspondente à duas datas sucessivas de vencimento
das Notas Fiscais/Faturas de abastecimento de água e de coleta de esgotos,
referentes à uma mesma zona de cobrança.

COLETOR DE ESGOTO DO TIPO SISTEMA UNITÁRIO


Canalização que transporta águas pluviais, preferencialmente, e águas servidas.

COLETOR DE ESGOTOS DO TIPO SEPARADOR ABSOLUTO


Canalização que somente veicula águas servidas de edificações ligadas a
rede coletora excluindo-se portanto o transporte de águas pluviais.

CONSUMO DE ÁGUA
É o volume de água medido ou estimado em um determinado ciclo de vendas.

CONSUMO MÍNIMO
É o volume mínimo mensal de água atribuído a uma economia.

CONSUMO ESTIMADO
É o consumo mensal de água atribuído a uma determinada categoria de
economia sem medidor de consumo ou quando este existir, em função do
consumo presumido, com base no atributo físico do imóvel ou outro critério,
adequado, que venha a ser estabelecido.

CONSUMO EXCEDENTE
É aquele que excede a demanda mínima estabelecida para cada economia.

CONSUMO MEDIDO
É o volume fornecido e registrado através de um medidor de água em um
determinado ciclo de venda.
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DÉBITO
É o valor monetário devido pelo imóvel ligado à rede pública de distribuição
de água relativo ao período compreendido após a data do vencimento da
Nota Fiscal/Fatura de prestação dos serviços de água e esgotos.

ECONOMIA
Todo Imóvel ou sub-divisão de um imóvel com ocupação independente
das demais, perfeitamente identificável e/ou comprovável em função da
finalidade de sua ocupação legal, dotado de instalação privativa ou comum
para uso dos serviços de abastecimento de água e/ou coleta de esgotos
sanitários.

EFICÁCIA DE COBRANÇA
É a diferença em dias corridos, entre a data de vencimento de uma Nota
Fiscal/Fatura dos serviços de água e esgoto e a data do efetivo pagamento.

ESGOTAMENTO SANITÁRIO
Constitui o serviço de coleta de esgoto sanitário, prestado aos usuários pela
EMBASA.

FONTE PRÓPRIA DE ABASTECIMENTO


Constitui a fonte de suprimento de água de um imóvel não integrante do sistema
público de abastecimento de água operado pela EMBASA.

GRANDES CONSUMIDORES
Todas as ligações com consumo superior à média estabelecida em normas
da EMBASA.

GREIDE
Série de cotas que caracterizam o perfil de uma rua e dão as altitudes de seu
eixo em diversos trechos.

HIDRÔMETRO – MEDIDOR DE CONSUMO


É o aparelho destinado a medir e indicar o volume de água que flui através dele.

HIDRANTE
Aparelho instalado na rede distribuidora de água, apropriado a tomada de
água para combate a incêndio.
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INSTALAÇÃO PREDIAL DE ÁGUA
É o conjunto de canalizações, aparelhos, equipamentos e dispositivos
localizados no prédio, de responsabilidade do usuário, destinado ao
abastecimento de água, quando conectado ao ponto de fornecimento de água.

INSTALAÇÃO PREDIAL DE ESGOTO


É o conjunto de tubulações, conexões, aparelhos, equipamentos e acessórios,
localizados no prédio, de responsabilidade do usuário, destinado ao seu
esgotamento sanitário quando conectado ao ponto de coleta de esgoto.

LIGAÇÃO CLANDESTINA
Constitui a utilização pelo imóvel ou por qualquer outra instalação de consumo
de água ou de lançamento de esgotos, dos serviços públicos de abastecimento
de água e/ou coleta de esgotos sem que o imóvel esteja devidamente
implantado no cadastro comercial da EMBASA ou então se o mesmo estiver
com o fornecimento de água desativado pela concessionária, por qualquer
razão justificável.

LIGAÇÃO OU RAMAL PREDIAL DE ÁGUA


Constitui a tubulação de alimentação da instalação predial de água, compreendida
entre a linha distribuidora e o medidor de vazão ou, na ausência deste, o registro
de controle geral do abastecimento do imóvel ou da instalação consumidora.

LIGAÇÃO OU RAMAL PREDIAL DE ESGOTO


Constitui a canalização de coleta de esgoto sanitário compreendida entre
a última caixa de inspeção e/ou de confluência de contribuições da
instalação predial de esgotos e o ponto de lançamento do coletor público
ou outro componente de sistema de esgotamento sanitário “separador
absoluto”.

LIGAÇÃO PROVISÓRIA
Trata-se da ligação predial, de abastecimento de água ou esgotamento
sanitário, que não pode Ter a conceituação de ramal definitivo por estar
servindo à instalação de consumo de água e/ou de esgotamento sanitário de
caráter transitório, conforme norma da Embasa.

NOTA FISCAL/FATURA
Documento hábil para cobrança de pagamento dos serviços prestados.
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PENALIDADE
É a ação administrativa e/ou a punição pecuniária, aplicada aos infratores
pela inobservância do previsto neste Regulamento, normas da EMBASA e
legislação vigente.

PADRÃO DA EMBASA
É o conjunto de normas técnicas que específica e padroniza materiais,
equipamentos e métodos construtivos para obras e/ou instalações da
EMBASA.

PONTO DE COLETA DE ESGOTO


É o ponto de conexão d ramal predial de esgoto à instalação predial.

PONTO DE FORNECIMENTO DE ÁGUA


É o ponto de conexão da ligação predial de água à instalação predial.

PRÉDIO
Todo imóvel que constitui uma edificação.

IMÓVEL
Terreno ou edificação.

SUPRESSÃO DA LIGAÇÃO
Interrupção da prestação de serviços com a retirada, no todo ou em parte, da
ligação predial.

TARIFA
É o preço cobrado pela EMBASA referente a prestação de serviços de
abastecimento de água e/ou esgotamento sanitário.

TAXA DE SERVIÇOS
É o valor cobrado pela EMBASA, ao usuário ou ao solicitante de serviços da
concessionária, quando do atendimento de solicitação, que não constitua ônus
a ser assumido obrigatoriamente pela EMBASA, com base nas normas e
legislação vigentes.

USUÁRIO
Pessoa física ou jurídica, proprietária ou responsável legal de imóvel ou
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instalação provisória que utiliza os serviços públicos de abastecimento de
água e/ou esgotamento sanitário.

TÍTULO III – DA COMPETÊNCIA

Art. 3º - Compete a EMBASA – Empresa Baiana de Água e Saneamento S. A.


A administração de todos os serviços relativos ao abastecimento de água e/
ou esgotamento sanitário, bem como fazer cumprir as cláusulas deste
regulamento em todas as localidades, na jurisdição da concessão.

Parágrafo único – O assentamento de redes distribuidoras de água e


coletas de esgotos, a instalação de equipamentos e a execução de
correspondentes ligações serão efetuadas pela EMBASA ou por terceiros,
devidamente autorizados, sem prejuízo em relação às disposições
municipais ou legislação aplicável.

TÍTULO IV – DAS REDES DISTRIBUIDORAS DE ÁGUA E COLETORAS


DE ESGOTO

Art. 4º - As redes distribuidoras de água e coletoras de esgotos, além dos


seus acessórios, serão assentadas, preferencialmente em vias públicas, com
base em projetos elaborados ou aprovados pela EMBASA, a quem caberá a
fiscalização das obras.

Parágrafo único – Excepcionalmente, quando razões técnicas operacionais


e de segurança exigirem, o assentamento poderá se verificar em terreno que
não constitua via pública, devendo, neste caso, a ocupação se concretizar de
acordo com o que dispõe a legislação relativa à desapropriação, ou em comum
acordo com o proprietário do terreno.

Art. 5º - O assentamento de redes de distribuição de água e/ou a implantação


de sistemas de esgotamento sanitário poderão ser efetuados pelos próprios
interessados, em razão de, na ocasião a EMBASA não dispor de recursos
financeiros específicos ou então não ser prioritário e nem conveniente técnica
e economicamente efetuar o correspondente investimento e ter havido a
decisão destes interessados em custear tais obras.
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Parágrafo primeiro – A possibilidade prevista no Artigo anterior só poderá
ser previamente autorizada e posteriormente aceita pela EMBASA, se os
respectivos projetos tiverem sido aprovados pela concessionária a quem
caberá também a fiscalização das obras.

Parágrafo segundo – As redes e/ou sistemas explicitados anteriormente,


serão incorporados aos respectivos sistemas públicos, sem qualquer ônus
para a concessionária. Excetuam-se os contratos específicos de concessão
da EMBASA com terceiros.

Parágrafo terceiro – Nas condições supracitadas, a EMBASA passará a ser


responsável pela operação e manutenção das redes distribuidoras e/ou
sistemas de esgoto, a partir da aceitação das obras, condição esta que se
efetivará após terem sido efetuados os correspondentes testes de desempenho
e com o parecer favorável da Comissão de Técnicos da Embasa, instituída
formalmente para proceder ao recebimento das referidas obras.

Art. 6º - São de responsabilidade da EMBASA a operação e manutenção das


redes de distribuição de água e dos sistemas coletores de esgotamento
sanitário, e dos correspondentes ramais prediais, bem como a execução de
intervenções nas citadas instalações com o objetivo de melhorar o atendimento,
eliminar deficiências ou conferir maior segurança.

Art. 7º - As intervenções em instalações dos sistemas de abastecimento de


água e/ou esgotamento sanitário determinadas por obras de outros Órgãos
Públicos ou Empresas Privadas, com base em projetos, aprovados pela
EMBASA e sob a fiscalização da concessionária, correrão às expensas do
Órgão ou Empresa responsável pela obra.

Parágrafo Único – As novas instalações construídas, nos termos deste Artigo,


integrarão os sistemas de abastecimento de água e/ou esgotamento sanitário,
sem qualquer ônus ou obrigação da EMBASA perante o Órgão ou Empresa
responsável pela obra.

Art. 8º - Nos assentamentos de redes distribuidoras de água e/ou coletoras


de esgoto, solicitados por terceiros, a EMBASA não se responsabilizará pela
liberação de áreas de servidão para assentamento das respectivas redes,
quando esta condição se verificar.
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Art. 9º - Somente serão implantadas linhas distribuidoras de água e/ou
coletoras de esgoto em logradouros onde a Prefeitura Municipal tenha
definido alinhamento e greide ou, então, quando a EMBASA der autorização
para a implantação.

Art. 10 – Os danos causados por Órgãos Públicos ou por pessoas jurídicas


ou fiscais, às redes de distribuição de água e/ou a redes coletoras de
esgotamento sanitário, serão reparados pela EMBASA ou por quem esta
autorizar. As despesas com os reparos correrão por conta do danificador.

Art. 11 – Os hidrantes conectados diretamente na rede de distribuição de


água somente poderão ser operados pela EMBASA ou por quem esta
autorizar e, em casos de incêndio ou de outra necessidade de fornecimento
de água às suas viaturas específicas, pelo pessoal habilitado do Corpo de
Bombeiros.

TÍTULO V – DO ABASTECIMENTO DE ÁGUA E ESGOTAMENTO


SANITÁRIO

CAPÍTULO I – DISPOSIÇÕES PRELIMINARES

Art. 12 – Compete a EMBASA manter, executar, reparar e modificar as


instalações dos serviços públicos de água e esgoto externos aos imóveis até
o limite do hidrômetro e/ou ramal predial.

Art. 13 – Será obrigatório que todo prédio, tanto residencial como para outra
destinação que envolva a ocupação por pessoas, no exercício de qualquer
atividade, seja ligado a rede distribuidora de água, quando esta for disponível
no logradouro.

Art. 14 – Será obrigatório à todo prédio, tanto residencial como para outra
destinação que envolva a ocupação por pessoas, no exercício de qualquer
atividade, dispor de instalação predial de esgotos sanitários e Ter esta
instalação ligada ao coletor público do sistema “separador absoluto”, quando
este for disponível.

Art. 15 – O abastecimento de água a partir de “Fonte própria de


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abastecimento”, em área de influência de sistemas da EMBASA, somente
será permitido com autorização da concessionária.

Art. 16 – As edificações construídas em área de influência de sistema de


abastecimento de água e situadas em logradouros dotados somente de coletor
de sistema unitário de esgotamento ou desprovidos de qualquer canalização
de esgotamento sanitário, deverão Ter as suas instalações prediais de esgotos
ligadas a instalações de tratamento e destino final especificadas pelos Órgãos
competentes.

Art. 17 - As edificações situadas em logradouros que disponham de rede de


abastecimento de água e/ou coletoras de esgotos, estejam ligadas ou não a
estas redes, estarão sujeitas ao pagamento da correspondente tarifa.

CAPÍTULO II - DA QUALIDADE DO PRODUTO E SERVIÇOS

Art. 18 - Os serviços prestados pela EMBASA terão garantia de qualidade


exigida pela legislação vigente.

Parágrafo único - A responsabilidade da EMBASA, aludida neste Artigo,


corresponde ao produto fornecido até o ponto de entrega. A reservação e
utilização após o ponto de entrega, são de responsabilidade do usuário,
cabendo ã EMBASA orientar e esclarecer quanto aos métodos mais eficientes
de manutenção da qualidade.

CAPÍTULO III - DOS LOTEAMENTOS, CONJUNTOS HABITACIONAIS E


GRANDES CONSUMIDORES

Art. 19 - A EMBASA deverá ser consultada pelos Órgãos Municipais ou


Estaduais, neste último caso para situações específicas, responsáveis pelo
ordenamento e uso do solo, por ocasião da solicitação de Alvará de Licença,
para a construção de qualquer empreendimento, na área onde à EMBASA
opera, desde que a obra em questão acarrete qualquer modificação no plano
urbanístico previamente estabelecido.

Parágrafo primeiro - Constituem modificações objeto do presente Artigo,


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aquelas que venham alterar as características de ocupação vigentes,
proporcionar acréscimo significativo na densidade de ocupação ou determinar
uma acentuada expansão da área edificada.

Parágrafo segundo - Na ocorrência de qualquer situação dentre as


apresentadas no Parágrafo primeiro, caberá ã concessionária analisar e
informar sobre a viabilidade de abastecimento de água e de esgotamento
sanitário para o empreendimento em questão, considerando a sua localização,
finalidade e previsão de demanda de água.

Art. 20 - Os responsáveis pela implantação de loteamentos, conjuntos


Habitacionais e edificações que constituam “Grandes Consumidores”, deverão
solicitar à EMBASA pareceres técnicos sobre a viabilidade de abastecimento
de água e esgotamento sanitário para os citados empreendimentos, fornecendo
a concessionária, para tal finalidade, os dados básicos que forem exigidos
sem prejuízo do que dispõe o Artigo 19.

Art. 21 - Os responsáveis por empreendimentos a serem implantados nas


áreas de influencia do sistema de abastecimento de água e de esgotamento
sanitário, administrados pela EMBASA, deverão apresentar à concessionária,
para análise e aprovação, os correspondentes projetos de abastecimento de
água e de esgotamento sanitário, de acordo com as normas e padrões
estabelecidos pela EMBASA.

Parágrafo primeiro - Para os empreendimentos dotados de arruamentos


internos deverão ser apresentados os projetos de rede de distribuição de
água e do sistema de esgotamento sanitário a serem implantados nas
referidas vias.

Parágrafo segundo - Para os empreendimentos cujas localizações estejam


previstas ã margem de vias públicas definidas não dotadas de redes de
abastecimento de água e/ou coletoras de esgotos ou dispondo destas redes
porém com capacidades insuficientes, deverão ser apresentados os
projetos das referidas instalações para as vias públicas, de implantação
dos serviços de água e esgotos ou de reforço de capacidade,
respectivamente.

Art. 22 - Os sistemas de abastecimento de água e de esgotamento sanitário


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para loteamentos novos, conjuntos habitacionais e grandes consumidores,
nos Municípios em que a EMBASA for concessionária, serão construídos e
custeados integralmente pelos interessados, sob a fiscalização da EMBASA,
devendo ao final das obras, serem apresentados a concessionária os cadastros
destas obras conforme tenham sido efetivamente executadas.

Parágrafo único - Para loteamentos antigos e com significativa área já


edificada, a EMBASA poderá considerar a possibilidade destas obras serem
construídas por etapas, de acordo com exigências técnicas de operação.

Art. 23 - As interligações às redes distribuidoras e coletoras serão executadas


pelos interessados, com base em projetos aprovados pela EMBASA e sob a
fiscalização da concessionária.

Art. 24 - As áreas, instalações e equipamentos destinados ao serviço de


abastecimento de água e ao sistema de esgotamento sanitário, serão
incorporadas ao patrimônio da EMBASA, sem qualquer ônus para a
concessionária.

Art. 25 - A operação e manutenção das instalações internas de água e/ou


esgoto dos prédios atendidos pela EMBASA serão de responsabilidade do
usuário.

CAPÍTULO IV - DAS INSTALAÇÕES PREDIAIS

Art. 26 - As instalações prediais deverão ser definidas, projetadas e construídas


conforme Norma Técnica existente sem prejuízo às normas operacionais da
EMBASA e o que dispõe a legislação específica.

Art. 27 - A instalação predial, será executada e mantida pelo proprietário do


imóvel às suas expensas.

Art. 28 - A EMBASA se exime da responsabilidade pelos danos pessoais ou


patrimoniais derivados de mau funcionamento das instalações prediais.

Art. 29 - É obrigatória a construção de caixa de gordura na instalação predial


de esgoto, para águas servidas provenientes de cozinhas.
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Art. 30 - Os despejos sanitários que por sua natureza não possam ser
lançados diretamente na rede pública, deverão ser tratados previamente
pelos usuários, as suas expensas e de acordo com os critérios
estabelecidos pela EMBASA.

Art. 31 - É vedado:

a) A conexão de tubulações outras às tubulações alimentadas com água


tratada fornecida pela EMBASA;

b) Derivação da canalização de água ou do coletor de esgoto para servir a


outro prédio, mesmo que seja de propriedade do usuário, com ou sem
medidor de consumo;

c) O uso de dispositivos a instalação predial de água que de qualquer modo


prejudique o sistema de abastecimento de água;

d) O despejo de águas pluviais na instalação predial e na rede coletora de


esgoto;

e) O uso de dispositivos ou elementos estranhos no medidor de água que,


de qualquer maneira comprometa a apuração do consumo de água;

f) Violação do lacre do hidrômetro ou medidor de consumo;

g) O despejo de esgoto sanitário ou industrial em galerias de águas pluviais,


nos logradouros onde exista rede coletora de esgoto.

CAPÍTULO V - DOS RESERVATÓRIOS PARTICULARES

Art. 32 - Todo prédio deverá ser provido de reservatório domiciliar


dimensionado segundo Norma Técnica específica.

Art. 33 - Deverão possuir reservatório inferior com instalação de elevatória


(bomba), os prédios com mais de um pavimento desde que a pressão dinâmica
disponível da rede de água, junto a ligação predial, seja insuficiente para
alimentar o reservatório superior.
15
CAPÍTULO VI - DOS DESPEJOS INDUSTRIAIS

Art. 34 - Os despejos industriais a serem lançados na rede coletora de esgoto


deverão atender os requisitos técnicos fixados pela EMBASA.

Art. 35 - Em nenhuma hipótese será admitido o lançamento na rede coletora


de esgotos de despejos industriais, que contenham substâncias que por sua
natureza possam danificar a rede ou interferir no processo de depuração da
Estação de Tratamento de Esgoto, ou ainda que possam causar danos ao
meio ambiente, ao patrimônio público ou a terceiros.

Art. 36 - É obrigatório o tratamento prévio dos despejos industriais que por sua
característica não puderem ser lançados “In natura” na rede coletora de esgoto.

Parágrafo único - A referida instalação de tratamento será construída e


operada as expensas do usuário e deverá obedecer as Normas Técnicas
específicas e as disposições da EMBASA.

CAPÍTULO VII - DAS LIGAÇÕES E RAMAIS PREDIAIS

SEÇÃO A - DA VIABILIDADE PARA LIGAÇÃO PREDIAL

Art. 37 - As ligações prediais de água para qualquer edificação que exijam


diâmetro igual ou superior a 1" (uma polegada) deverão ser objeto de análise
e informação sobre a viabilidade de atendimento.

SEÇÃO B - DAS LIGAÇÕES DEFINITIVAS

Art. 38 - As ligações prediais de água e esgoto serão concedidas a pedido


dos interessados, quando satisfeitas as exigências técnicas estabelecidas
pela EMBASA.

Art. 39 - Cada prédio deverá Ter uma única ligação predial de água.

Parágrafo Primeiro - A EMBASA poderá autorizar o abastecimento de água


e/ou coleta de esgoto, de duas ou mais dependências distintas, constituídas
de mais de uma economia através de mais de uma ligação predial desde
16
que tenha sido preservada a individualidade das instalações prediais e
haja viabilidade técnica.

Parágrafo segundo - A critério da EMBASA, poderá ser feita uma ligação de


esgoto para servir a mais de um prédio.

Art. 40 - As ligações prediais de água e/ou esgoto, serão executados pela


EMBASA às expensas do interessado, podendo a concessionária, exigir
documentos e informações que julgar necessário à execução das ligações.

Parágrafo único - A aquisição da caixa ou construção do compartimento de


proteção e acesso ao medidor de consumo bem como outras obras necessárias
a execução da ligação correrão por conta do interessado, as suas expensas,
conforme o padrão estabelecido pela EMBASA.

Art. 41 - A manutenção do ramal predial será executada pela EMBASA ou por


terceiros autorizados pela concessionária.

Parágrafo primeiro - É vedado ao usuário intervir no ramal predial, ainda


que a intervenção tenha por fim desobstruir ou reparar qualquer defeito para
melhorar as condições de abastecimento.

Parágrafo segundo - Os danos causados em ramais por intervenções


indevidas serão reparadas pela EMBASA ou a quem esta autorizar, as
expensas de quem causou o dano.

Art. 42 - É obrigatória a ligação predial de esgoto à rede coletora da EMBASA.

Parágrafo primeiro - O imóvel que não executar a sua ligação estará sujeito
a penalidades impostas pelos Órgãos competentes, acionados pela EMBASA,
além de pagar mensalmente a tarifa referente ao esgotamento sanitário.

Parágrafo segundo - Serão de responsabilidade do interessado as obras de


instalações necessárias ao esgotamento em prédios cujos pontos de coleta
estejam situados abaixo do nível da rede coletora.

Parágrafo terceiro - O esgotamento dos prédios através de terreno de outra


propriedade, situado em cota inferior, somente poderá ser executado desde
17
que haja viabilidade técnica e servidão de passagem legalmente estabelecida
entre os proprietários.

Parágrafo quarto - A execução da ligação predial de esgoto para condução de despejos


com características diferentes dos resíduos domésticos, estará condicionada a um
pronunciamento prévio do órgão fiscalizador quanto ao atendimento das normas
vigentes para lançamentos de efluentes em redes públicas.

Parágrafo quinto - Quando existir rede coletora de esgoto, a ligação de água


estará condicionada a execução da ligação de esgoto.

Art. 43 - É vedado ao usuário a ligação interna de água e esgoto, para outros imóveis,
mesmo de sua propriedade, ainda que o consumo seja medido por hidrômetro.

Art. 44 - O dimensionamento das ligações prediais de água e/ou esgoto é de


responsabilidade da EMBASA, em função do consumo e/ou vazão dos
despejos, respectivamente, e das condições técnicas de serviços.

Parágrafo primeiro - As ligações prediais de água e/ou esgoto poderão ser


modificadas, a critério da EMBASA, em todo ou em parte função das
características reais de consumo e/ou vazão dos despejos.

Parágrafo segundo - A modificação no todo ou em parte das ligações prediais


de água e/ou esgoto, quando solicitada pela usuário, será efetuada as
expensas do solicitante, obedecendo o “caput” deste Artigo.

Art. 45 - Para efeito de cancelamento da ligação no cadastro da EMBASA, as


demolições de prédios deverão ser comunicadas a EMBASA.

Parágrafo único - Não será atendido novo pedido de ligação para imóveis
que possuam ligação ou que já possuam ligação desativada.

Art. 46 - Os pedidos de reativação de ligação serão atendidos quando não


existirem débitos para com a EMBASA.

SEÇÃO C - DAS LIGAÇÕES PROVISÓRIAS

Art. 47 - As ligações provisórias serão solicitadas pelo interessado anexando


18
os documentos abaixo:

a) Licença ou permissão da autoridade competente;


b) Cópia da planta aprovada pelo órgão municipal competente, quando
for o caso, contendo desenho das instalações provisórias e a localização
do ramal predial previsto para a ligação definitiva.

Art. 48 - Para efetivação da ligação provisória, de obra pública ou particular,


o interessado deverá pagar a caução determinada em orçamento próprio,
relativo a despesa de ramal predial e consumo estimado, correspondente aos
meses de utilização da ligação.

Art. 49 - Poderão ser concedidas ligações provisórias por período limitado


para circos, exposições, parques e outros que não sejam obras de construção
civil nem edificações.

Parágrafo único - As ligações provisórias serão custeadas antecipadamente


pelo interessado, o qual será também responsável por todos os custos dos
serviços correspondentes ao período concedido assim como pelo custo de
sua futura supressão.

Art. 50 - Os serviços prestados pela EMBASA relativo a ligação provisória


poderão ser objeto de contrato.

Art. 51 - Ficará a critério da EMBASA determinar o meio para medir o consumo


das ligações provisórias.

CAPÍTULO VIII - DO CONSUMO DE ÁGUA MEDIDO E ESTIMADO

Art. 52 - Toda ligação predial será preferencialmente provida de um medidor


de consumo de água devidamente aferido e lacrado.

Parágrafo único - O dimensionamento do medidor de água será efetuado


pela EMBASA, de acordo com as características de consumo do imóvel.

Art. 53 - Nas ligações que não disponham de medidores de água, o consumo


será estimado de acordo com as normas da EMBASA.
19
Art. 54 - O usuário deverá assegurar o livre acesso de prepostos da EMBASA ao
local de instalação do medidor de água, sendo vedado qualquer obstáculo que
possa impedí-los ou dificulte a apuração do consumo ou manutenção do medidor.

Art. 55 - Os medidores de água serão instalados, substituídos ou retirados


pela EMBASA, a qualquer tempo e sem autorização do usuário.

Art. 56 - O usuário poderá solicitar a EMBASA, aferição do medidor de água,


pagando as respectivas taxas de serviços, de acordo com as normas da
EMBASA, desde que seja constatado seu funcionamento normal.

Art. 57 - O usuário é responsável pela conservação do medidor de água


perante a EMBASA e responderá por perdas e danos causados ao aparelho,
inclusive por crime de furto quando o medidor estiver instalado internamente
no imóvel que habita.

Parágrafo único - Quando da ocorrência de furto ou danos em medidores


instalados em áreas externas ao imóvel o usuário deverá prestar queixa ao
Órgão competente e no prazo de 5(cinco) dias úteis informar a EMBASA.

CAPÍTULO IX - DO VOLUME DE ESGOTO MEDIDO OU ESTIMADO

Art. 58 - A qualquer tempo a EMBASA poderá instalar medidor na ligação de


esgoto sanitário, dimensionado de acordo com os padrões normativos
estabelecidos pela concessionária.

Art. 59 - A ligação predial de esgoto desprovida de medidor terá o volume de despejos


calculado em função do consumo de água, nos termos previstos no Artigo 67.

TÍTULO VI - DA INTERRUPÇÃO DOS SERVIÇOS

Art. 60 - Compete a EMBASA efetuar o abastecimento de água e esgotamento


sanitário de forma contínua e permanente, salvo as interrupções para
manutenção, caso fortuito ou força maior.

Art. 61 - As interrupções programadas e previsíveis dos serviços serão


20
divulgadas com indicação das zonas prejudicadas e dos prováveis prazos
necessários à normalização dos serviços.

Art. 62 - Ocorrendo redução da p[produção a níveis não compatíveis à


demanda para o abastecimento de água, por motivos alheios à vontade da
concessionária, poderá a EMBASA estabelecer planos de racionalização e/
ou intermitência, para reduzir as consequências de falta de água, ao mínimo.

Art. 63 - Nos casos de estiagem prolongada que ensejam declaração de situação


de emergência ou calamidade pública, a concessionária poderá estabelecer planos
de racionamento, reclassificar consumidores, contemplar prioritariamente os
consumidores com atividades relevantes às comunidades e determinar penalidade
aos infratores, inclusive suspendo o abastecimento do infrator.

Art. 64 - O abastecimento de água será interrompido pela EMBASA nos


seguintes casos, com a aplicação de multas, sanções e penalidades previstas
neste Regulamento de Serviço:
a) Falta de pagamento da Nota Fiscal/Fatura;
b) irregularidade na ligação predial;
c) solicitação do usuário e em conformidade com as normas da EMBASA;
d) d) o descumprimento das exigências contidas neste regulamento;
e) interdição;
f) nos termos do Artigo 54.

Art. 65 - A interrupção será efetivada após notificação ao usuário.

Art. 66 - Correrão por conta do usuário as despesas com a interrupção e com


o reestabelecimento do abastecimento, nos casos previstos no Artigo 64.

TÍTULO VII - A TARIFA E SUA COBRANÇA

CAPÍTULO I - DA TARIFA

Art. 67 - Os serviços de abastecimento de água e de esgotamento sanitário,


prestados pela EMBASA, serão remunerados sob a forma de tarifas,
reajustáveis, de modo a cobrir os custos de operação, manutenção,
depreciação provisão para devedores, amortização de despesas e a
21
remuneração do investimento reconhecido.

Parágrafo primeiro - A fixação da tarifa, sua revisão e modificação serão


efetuadas com autorização da autoridade competente, mediante proposta da
EMBASA, em conformidade com a legislação vigente.

Parágrafo segundo - A tarifa de esgoto será fixada em percentagem sobre a


tarifa de água e, em determinados casos, sofrerá um acréscimo de preço em
função das características da carga poluidora, de acordo com as normas da
EMBASA.

Art. 68 - As tarifas deverão ser diferenciadas segundo as categorias de usuários


e faixas de consumo.

CAPÍTULO II - DO FATURAMENTO E COBRANÇA

Art. 69 - As tarifas serão cobradas por meio de Nota Fiscal/Fatura emitida por
ciclo de venda que será entregue ao usuário antes do seu vencimento.

Art. 70 - A Nota Fiscal/Fatura cujo pagamento seja efetuado após o vencimento


será corrigida monetariamente conforme legislação em vigor, acrescida de
multa e juros.

Art. 71 - No cálculo de valor da Nota Fiscal/Fatura, o consumo a ser faturado


por economia não poderá ser inferior ao consumo mínimo estabelecido para
cada respectiva categoria de usuário.

Parágrafo único - Para efeito de faturamento, será considerado o número


total de economias existentes, por ligação predial independente do tipo da
ocupação do imóvel.

Art. 72 - Os prédios que possuam fontes próprias de abastecimento conforme


disposto no Artigo 15 e situado em logradouros dotados de redes coletoras de
esgoto, para efeito de faturamento e cobrança o volume a ser faturado será
estimado, conforme critérios estabelecidos pela EMBASA.

Art. 73 - A EMBASA podará firmar contrato de prestação de serviços com


22
usuários em condições especiais, a partir de preços acordados entre as partes.

Art. 74 - Não será permitida a isenção de pagamento de contas devidas, a prestação


de serviços gratuitos e a prestação de serviços com abatimento de preços.

Art. 75 - Na impossibilidade de leitura, durante um ciclo de venda, o consumo


será estimado até o restabelecimento da apuração de consumo, de acordo
com o consumo médio, porém nunca inferior ao consumo mínimo.

CAPÍTULO III - DA CARACTERIZAÇÃO DE ECONOMIA

Art. 76 - Para efeito deste Regulamento considera-se a Tabela de Tarifas


estabelecida pela EMBASA para caracterização de economia.

Art. 77 - Os usuários, em função da economia que ocupam, são classificados


em categorias a seguir, conforme Tabela de Tarifa da EMBASA:

a) Residencial;
b) Comercial;
c) Industrial
d) Pública
e) Social;
f) Construção.

Parágrafo primeiro - Mediante decisão da EMBASA e comprovada a


necessidade de alteração, poderão ser redefinidos os usuários que comporão
cada grupo por categoria;

Parágrafo segundo - Todos os casos de alteração de categoria ou número


de economias deverão ser comunicados a EMBASA, para efeito de atualização
do cadastro do usuário.

Art. 78 - O volume de água e o volume de esgoto dos usuários classificam-se em:

a) Volume de água medido;


b) volume de água estimado;
c) volume mínimo de água;
23
d) volume médio de água;
e) volume excedente de água;
f) volume estimado de esgoto;
g) volume mínimo de esgoto;
h) volume médio de esgoto;
i) volume excedente de esgoto.

TÍTULO VIII - DAS INFRAÇÕES E PENALIDADES

CAPÍTULO I - ACRÉSCIMO POR IMPONTUALIDADE

Art. 79 - A falta de pagamento da Nota Fiscal/Fatura até a data do vencimento


nela estipulada, sujeitará o usuário ou titular do imóvel acréscimos por
impontualidade, conforme norma específica.

Parágrafo primeiro - Os serviços prestados pela concessionária poderão


ser suspensos por falta do pagamento respectivo.

Parágrafo segundo - Uma vez quitados ou novados os débitos em atraso os


serviços prestados pela concessionária serão regularizados.

Art. 80 - As penalidades decorrentes do não cumprimento deste Regulamento


serão definidas em normas especificas da EMBASA.

TÍTULO IX - DAS DISPOSIÇÕES GERAIS

Art. 81 - Caberá à EMBASA a responsabilidade pela execução de reparos ou


reconstrução da pavimentação das vias públicas que se tornarem necessárias
em decorrência dos serviços prestados pela Empresa.

Art. 82 - Os diversos serviços prestados pela EMBASA serão remunerados conforme


Tabelas aprovadas e atualizadas pelo Conselho de Administração da concessionária.

Art. 83 - As normas referentes a aplicação deste Regulamento serão


apreciadas pela Diretoria da EMBASA que se as submeterá, ao Conselho
de Administração, para aprovação.
24
LEI Nº 7.307 de 23 de Janeiro de 1998

Dispõe sobre a ligação de efluentes à rede pública de


esgota-mento sanitário e dá outras providências.

O GOVERNADOR DO ESTADO DA BAHIA, faço saber que a Assembléia


Legislativa decreta e eu sanciono a seguinte Lei:

CÁPITULO I
DA LIGAÇÃO DE EFLUENTES À REDE PÚBLICA

Art. 1º - Os serviços de saneamento básico compreendem, dentre outros,


a coleta e disposição adequada dos esgotos, sendo portanto obrigatória a
ligação dos efluentes sanitários dos imóveis, de qualquer natureza, à rede de
esgotamento sanitário, quando implementada pelo Poder Público.

Art. 2º - Para cumprimento do disposto no artigo anterior, o usuário deverá


promover a ligação do seu imóvel à rede coletora, no prazo máximo de 90
dias, a partir da data em que for comunicado de que o equipamento público
se encontra disponível.

§ 1º - Havendo necessidade de realização de obras no imóvel para a


ligação à rede pública, o prazo previsto neste artigo poderá ser prorrogado na
forma definida em regulamento.

§ 2º - Caberá ao usuário do imóvel a execução, operação e manutenção


adequadas das instalações internas de esgotamento sanitário.

§ 3º - Nos logradouros, onde houver rede coletora de esgotos implantada,


o Poder Público fica autorizado a:
a) exigir do usuário o valor do serviço, observado o prazo do “caput” deste
artigo, tão logo seja ele posto a sua disposição;
b) condicionar o atendimento de pedido de ligação de água à ligação do
imóvel à rede de esgotamento sanitário.

Art. 3º - É vedada a ligação de esgotos à rede pública de águas pluviais,


25
nos logradouros com rede coletora instalada, devendo a concessionária,
quando constatada a irregularidade, promover junto ao órgão municipal
competente a necessária desativação.

CAPÍTULO II
DOS ÓRGÃOS ENCARREGADOS DO CONTROLE E FISCALIZAÇÃO

Art. 4º - O controle e a fiscalização das ligações de que trata esta Lei


caberão à concessionária dos serviços de abastecimento de água e
esgotamento sanitário e ao Centro de Recursos Ambientais.

Art. 5º - Compete à concessionária:


I. notificar o usuário sobre a existência de rede coletora de esgotos e o
prazo de ligação;
II. fazer o acompanhamento técnico, nos casos de maior complexidade ou
quando solicitado;
III. encaminhar ao Centro de Recursos Ambientais a relação dos imóveis
em situação irregular perante os dispositivos desta Lei, para aplicação
das penalidades cabíveis e previstas na Legislação Ambiental;
IV. efetuar o corte no abastecimento de água, quando necessário, em
articulação com o Centro de Recursos Ambientais;
V. fiscalizar o cumprimento desta Lei.

Art. 6º - Compete ao Centro de Recursos Ambientais:


I. fiscalizar, em articulação com a concessionária a situação dos imóveis
não ligados ao sistema de esgotamento sanitário, visando ao exato
cumprimento da legislação pertinente;
II. aplicar as penalidades regulamentares, observado o devido processo
legal.

CAPÍTULO III
DAS INFRAÇÃOES E PENALIDADES

Art. 7º - Por infração de qualquer disposição estabelecida nesta Lei, o


infrator ficará sujeito às seguintes penalidades:
I. advertência, por escrito ou mediante aviso em jornal de grande circulação,
26
na qual serão estabelecidos os prazos para correção das irregularidades;
II. multa simples ou diária;
III. interdição temporária ou definitiva, excetuando-se os imóveis
residenciais;
IV. interrupção do suprimento de água.

§ 1º - A multa simples será aplicada findo o prazo estabelecido na


advertência, no valor equivalente a 150% (cento e cinqüenta por cento) do
consumo médio mensal de água, medido ou estimado, na forma estabelecida
no regulamento.

§ 2º - Nos casos em que a infração for continuada, além da aplicação da


multa simples, poderá ser imputada uma multa diária no valor correspondente
a 3,33% (três vírgula trinta e três por cento) da multa simples, até a
regularização da ligação.

§ 3º - No caso da pena estabelecida no inciso III deste artigo, independente


da multa, serão cobradas do infrator as despesas que incorrer a concessionária
e ou Centro de Recursos Ambientais para tornar efetivas as medidas previstas
nesta Lei, sem prejuízo da responsabilidade civil e ou penal.

§ 4º - A interrupção do suprimento de água poderá ser efetivada, inclusive,


nos casos em que o abastecimento seja efetuado através de forma alternativa.

§ 5º - No caso de resistência do infrator quanto a aplicação das penas


indicadas nos incisos III e IV deste artigo, poderá a autoridade competente
requisitar força policial.

§ 6º - São competentes para aplicação das penalidades nesta Lei a


concessionária e ou o Centro de Recursos Ambientais.

Art. 8º - Da imposição das sanções referidas no artigo anterior caberá


recurso à autoridade competente, sem efeito suspensivo, na forma que
dispuser o regulamento.

Parágrafo único – O recurso interposto só será conhecido quando


acompanhado, em caso de multa, da cópia autentica de guia de recolhimento
ou fiança bancária, nos casos definidos em regulamento.
27
CAPÍTULO IV
DO FUNDO ESPECIAL PARA O ESGOTAMENTO SANITÁRIO

Art. 9º - Fica criado o Fundo Especial para o Esgotamento Sanitário,


destinado a custear obras dos sistemas de esgotamento sanitário em áreas
com predominância de residências de baixa renda ou popular, constituído de
receitas provenientes de:
I. multa, por infração desta Lei;
II. doações;
III. outras fontes.

§ 1º - Para fins desta Lei, entende-se como residência de baixa renda ou


popular os imóveis cujas características se enquadrem na discriminação
prevista em regulamento.

§ 2º - As normas relativas à gestão do Fundo serão estabelecidas em


regulamento.

Art. 10º - O Poder Executivo regulamentará a presente Lei no prazo de 90


(noventa) dias, contado a partir de sua publicação.

Art. 11º - Esta Lei entrará em vigor na data de sua publicação.

Art. 12º - Revogam-se as disposições em contrário.

PALÁCIO DO GOVERNO DO ESTADO DA BAHIA, em 23 de janeiro de 1998.

Paulo Souto
Governador

Roberto Moussallem de Andrade


Pedro Henrique Lino de Souza
Secretário de Recursos Hídricos,
Secretário de Governo
Saneamento e Habitação

28
REGULAMENTO DOS SERVIÇOS DE ESGOTAMENTO SANITÁRIO
PRESTADOS PELA EMBASA

REGULAMENTO DA LEI 7.307, DE 24 E 25 DE JANEIRO DE 1998

TÍTULO I - OBJETIVO

Art. 1º - Este regulamento estabelece os critérios para interligação dos imóveis


de qualquer natureza ao coletor público de esgoto.

TÍTULO II - TERMINOLOGIA

Art. 2º - Para fins deste regulamento são adotadas as seguintes definições:

COLETOR DE ESGOTO DO TIPO SEPARADOR ABSOLUTO


Canalização que somente veicula águas servidas de edificações ligadas a
rede coletora, excluindo-se, portanto, o transporte de águas pluviais.

ESGOTAMENTO SANITÁRIO
Constitui o serviço de coleta e tratamento de esgoto sanitário, prestado aos
usuários pela CONCESSIONÁRIA.

INSTALAÇÃO PREDIAL DE ESGOTO


É o conjunto de tubulações, conexões, aparelhos, equipamentos e
acessórios, localizados no imóvel de responsabilidade do usuário, destinado
ao seu esgotamento sanitário quando conectado ao ponto de coleta de
esgoto.

LIGAÇÃO CLANDESTINA
Constitui a utilização, pelo imóvel, de lançamento de esgotos no coletor público
sem que o mesmo esteja devidamente implantado no cadastro comercial da
CONCESSIONÁRIA ou então se estiver com o fornecimento de água
desativado, por qualquer razão justificável.

CADASTRO COMERCIAL
Constitui o conjunto de informações descritivas, simbólicas e gráficas que
29
identifica, classifica e localiza, os imóveis situados nas áreas de prestação de
serviços de esgotamento sanitário.

RAMAL PREDIAL DE ESGOTO


Constitui a canalização de coleta de esgoto sanitário compreendida entre a
última caixa de inspeção localizada no passeio ou equivalente e o coletor
público ou outro componente de sistema de esgotamento sanitário.

NOTA FISCAL/FATURA
Documento hábil para cobrança dos serviços prestados.

PENALIDADE
É ação administrativa e/ou a punição pecuniária, aplicada aos infratores pela
inobservância do previsto neste Regulamento, normas da CONCESSIONÁRIA
e legislação vigente.

PADRÃO DA CONCESSIONÁRIA
É o conjunto de normas técnicas que especifica e padroniza materiais,
equipamentos e métodos construtivos para obras e/ou instalações da
CONCESSIONÁRIA.

PRÉDIO
Todo imóvel que constitui uma edificação unitária ou coletiva.

IMÓVEL
Terreno ou edificação.

SUPRESSÃO DA LIGAÇÃO
Interrupção da prestação de serviços com a retirada, no todo ou em parte, da
ligação predial.

TARIFA
É o preço cobrado pela CONCESSIONÁRIA, referente a prestação de serviços
de abastecimento de água e esgotamento sanitário.

TAXA DE SERVIÇOS
É o valor cobrado ao usuário ou ao solicitante de serviços da CONCESSIONÁRIA,
quando do atendimento da solicitação, que não constitua ônus a ser assumido
30
obrigatoriamente pela CONCESSIONÁRIA, com base nas normas e legislação
vigentes.

USUÁRIO
Pessoa física ou jurídica, proprietária ou responsável legal do imóvel ou
instalação provisória, que utiliza os serviços públicos de abastecimento de
água e esgotamento sanitário.

CICLO DE VENDAS
É o período correspondente à coleta de esgotos, compreendido entre duas
leituras sucessivas do medidor de vazão ou relativo ao intervalo considerado
para estimativa do consumo de água de um mesmo imóvel.

DÉBITO
É o valor unitário devido pelo imóvel ligado à rede pública de coleta e tratamento
de esgoto sanitário, relativo ao período compreendido após o vencimento da
Nota Fiscal/Fatura de prestação de serviços, contado em dias corridos.

TÍTULO III - DA COMPETÊNCIA

Art. 3º - Compete à CONCESSIONÁRIA:

a) administrar os serviços de coleta, tratamento e disposição final do esgoto,


bem como fazer cumprir as cláusulas deste regulamento em todas as
localidades e jurisdição da concessão;
b) assentar as redes coletoras de esgotos e seus acessórios, a instalação
da caixa de inspeção no passeio ou equivalente e a execução da sua
interligação com o coletor público, que poderão ser efetuados pela
CONCESSIONÁRIA ou por terceiros devidamente autorizados, sem prejuízo
em relação às disposições municipais ou legislações aplicáveis;
c) implantar, manter e modificar as instalações de esgoto externas aos limites
do imóvel, da caixa de inspeção localizada ao passeio ou equivalente até o
coletor público;
d) comunicar à população, por escrito diretamente ao proprietário ou usuário
do imóvel, sobre a existência da rede coletora e conceder o prazo para
ligação;
e) acompanhar, tecnicamente quando solicitada, a interligação do imóvel à
31
rede coletora. e,
f) fiscalizar as obras de adaptação e interligação dos imóveis ao coletor
público de esgoto.

Art. 4º - Competirá ao CRA - Centro de Recursos Ambientais:


a) fiscalizar, em articulação com a CONCESSIONÁRIA, dos imóveis que
não fizerem a interligação ao coletor público de esgoto;
b) aplicar as penalidades regulamentares; e,
c) articular-se com os demais órgãos da administração direta, dentro dos
três níveis de governo, estadual, municipal e federal, para fazer cumprir o
presente regulamento, sem prejuízo da legislação e técnicas vigentes sobre
esgotamento sanitário.

TÍTULO IV - DAS REDES COLETORAS DE ESGOTO

Art. 5º - As redes coletoras de esgoto serão assentadas preferencialmente


em vias públicas, de acordo com os projetos elaborados ou aprovados pelo
Poder Público ou pela CONCESSIONÁRIA.

Parágrafo único - Excepcionalmente, por razões técnicas, operacionais e de


segurança, o assentamento de redes coletoras poderá se verificar em terreno
que não se constitua em via pública, neste caso a ocupação se dará de acordo
com o que dispõe a legislação relativa a desapropriação, ou em comum acordo
com o proprietário do terreno.

Art. 6º - São de responsabilidade da CONCESSIONÁRIA a operação e


manutenção do coletor público de esgoto, ramal predial e da caixa de inspeção
localizada no passeio ou equivalente, bem como as intervenções nas citadas
instalações com o objetivo de melhorar o sistema de esgotamento sanitário.

Art. 7º - As intervenções no sistema de esgotamento sanitário serão efetuadas


mediante aprovação de projeto e fiscalização da obra por parte da
CONCESSIONÁRIA.

Parágrafo único - As novas redes ou instalações, construídas nos termos


deste Artigo, integrar-se-ão ao sistema de esgotamento sanitário, sem qualquer
ônus ou obrigação da CONCESSIONÁRIA, incorporando-se ao seu patrimônio.
32
Art. 8º – Somente serão implantadas as redes coletoras de esgoto em
logradouro onde a Prefeitura Municipal tenha definido alinhamento e greide
ou, quando não houver, obtiver autorização do Poder Público.

Art. 9º - Os danos causados por Órgãos Públicos ou por pessoas jurídicas ou


físicas às redes coletoras de esgotamento sanitário, serão reparados pela
CONCESSIONÁRIA ou por quem esta autorizar, cujas despesas correrão por
conta do danificador.

TÍTULO V – DO ESGOTAMENTO SANITÁRIO

Art. 10º - Será obrigatório que todo prédio, residencial ou não, destinado para
o exercício de qualquer atividade, dispor de instalação predial de esgoto do
tipo separador absoluto, interligada ao coletor público, quando este existir.

Parágrafo primeiro - O abastecimento de água, a partir de fonte alternativa,


não exime a obrigatoriedade da ligação dos efluentes sanitários do imóvel ao
coletor público de esgoto.

Parágrafo segundo - O instrumento utilizado para mensurar a utilização do


sistema de esgoto, quando houver fonte alternativa de abastecimento, deverá
ser instalado em local de fácil acesso aos técnicos da CONCESSIONÁRIA.

Parágrafo terceiro - A conservação deste instrumento, que poderá ser um


hidrômetro ou outro aparelho, é da responsabilidade do proprietário usuário
do imóvel.

Parágrafo quarto - O responsável deverá assegurar a entrada de técnicos


da CONCESSIONÁRIA até o instrumento medidor de consumo.

Parágrafo quinto - Os impedimentos à leitura do medidor ou a sua inexistência


facultam à CONCESSIONÁRIA a cobrança do consumo estimado, de acordo
com as normas técnicas vigentes.

Parágrafo sexto - O usuário é responsável pela conservação do medidor e


responderá por perdas e danos causados ao aparelho, inclusive por crime de
furto quando este for instalado internamente no imóvel.
33
Art. 11º - As edificações situadas em logradouros que já disponham de redes
coletoras de esgotos, bastarão efetuar as ligações, sem que haja necessidade da
presença de Prepostos da CONCESSIONÁRIA ou de terceiros credenciados, devendo,
logo após, comunicar por escrito à CONCESSIONÁRIA, que procederá a vistoria.

TÍTULO VI - DOS LOTEAMENTOS E CONJUNTOS HABITACIONAIS

Art. 12º - A CONCESSIONÁRIA e o CRA deverão ser consultados em todo


estudo preliminar do ante-projeto de loteamentos e conjuntos habitacionais
sobre a possibilidade do respectivo esgotamento sanitário.

Parágrafo primeiro - Existindo coletor público de esgoto na área do


empreendimento é obrigatória a ligação dos seus efluentes sanitários ao
sistema de esgotamento sanitário.

Parágrafo segundo - Não existindo sistema de esgotamento sanitário na área


do empreendimento, é obrigatória a construção de sistema próprio de esgotos,
compreendendo rede coletora do tipo separador absoluto, estação de tratamento
de esgoto e disposição final. A qualidade do efluente da estação de tratamento de
esgotos deverá alcançar os parâmetros de eficiência mínimos estabelecidos pelo CRA.

Parágrafo terceiro - Os sistemas de esgotos dos loteamentos e conjuntos


habitacionais serão construídos, com ônus dos respectivos proprietários, sob
fiscalização da CONCESSIONÁRIA, após a aprovação dos seus projetos por
parte da mesma, e posteriormente incorporados ao seu patrimônio, sem direito
a indenizações ou ressarcimento de despesas.

Art. 13º - Os empreendimentos cujas localizações estejam previstas à margem


de vias públicas definidas não dotadas de redes coletoras de esgotos ou
dispondo, porém com capacidades insuficientes, deverão ser apresentados
os projetos das referidas instalações, de implantação dos serviços ou de reforço
de capacidade, respectivamente.

TÍTULO VII - DAS INSTALAÇÕES PREDIAIS DE ESGOTO

Art. 14º - As instalações prediais de esgoto devem ser do tipo SEPARADOR


34
ABSOLUTO, com construção de caixa de gordura, para águas servidas
provenientes de cozinhas e caixas para despejos de efluentes sanitários.

Parágrafo único – As instalações prediais dos estabelecimentos que utilizam


como matéria prima resíduos oleosos e seus derivados, devem dispor de
caixas separadas de óleo, de modo a impedir seus despejos nos coletores
públicos de esgoto.

Art. 15º - As águas provenientes da chuva devem ser lançadas nas galerias
de água pluvial.

Art. 16º - As instalações prediais de esgoto industrial devem obedecer às


Normas Técnicas específicas e as disposições da CONCESSIONÁRIA.

Parágrafo único - Os despejos industriais, que por sua natureza não possam
ser lançados diretamente na rede coletora de esgoto, devem ser tratados antes
do seu lançamento, às suas expensas e de acordo com os critérios legais.

Art. 17º - É proibido


a) a conexão da rede de esgoto em outras tubulações;
b) o despejo de esgoto sanitário ou industrial em galerias de água pluvial,
onde exista rede coletora de esgoto;
c) o despejo de águas pluviais nas redes de esgoto;
d) o despejo de esgoto sanitário ou industrial em rios, lagoas ou mar;
e) o despejo industrial sem tratamento prévio; e,
f) dificultar o acesso de técnicos da CONCESSIONÁRIA ao medidor de
consumo.
g) o despejo de resíduos oleosos de qualquer natureza nas redes de esgoto.

TÍTULO VIII - DAS LIGAÇÕES DE ESGOTO

Art. 18º - As ligações de esgoto serão solicitadas:


a) pelo usuário ou interessado;
b) quando da ligação de água em áreas dotadas de sistema de esgotamento
sanitário; e,
c) pela CONCESSIONÁRIA, quando concluída as obras de esgotamento
sanitário.
35
Art. 19º - Quando existir rede coletora de esgotos nos logradouros, a ligação
de água somente será executada após a ligação de esgoto.

Art. 20º - Quando estiver instalado o coletor público de esgoto sanitário, a


CONCESSIONÁRIA encaminhará correspondência ao usuário estabelecendo
um prazo de 90 (noventa) dias contados desta comunicação, para execução
da ligação dos efluentes sanitários do imóvel à referida rede coletora.

Parágrafo único - No caso de haver necessidade de obras de elevação


mecânica para esgotamento do imóvel, o prazo máximo será de 150 dias, a
partir da data da comunicação.

Art. 21º - Findo os prazos do Art. 20º, a CONCESSIONÁRIA enviará a relação


dos imóveis inadimplentes ao CRA para aplicação das penalidades cabíveis
e previstas na legislação e, imediatamente, passará a cobrar mensalmente a
tarifa de esgoto.

Parágrafo único - O imóvel que não estiver ligado na rede coletora, mesmo
pagando a tarifa mensal, não será atendido pela CONCESSIONÁRIA para
serviços de manutenção.

Art. 22º - As obras de execução e adaptação da parte interna das instalações


sanitárias do imóvel, assim como a interligação dos seus efluentes sanitários
com o coletor público, na caixa de inspeção construída pela
CONCESSIONÁRIA no passeio ou equivalente, serão da responsabilidade
integral do respectivo usuário ou proprietário.

Parágrafo primeiro - É também de responsabilidade dos usuários ou


proprietários as obras de elevação mecânica, necessárias ao esgotamento
dos imóveis, cujos pontos de coleta estejam situados abaixo do nível da rede
coletora.

Parágrafo segundo - No caso de danificação dos passeios dos imóveis ou


de qualquer outra área pública, fica o usuário responsável pela sua
recomposição.

Art. 23º - É de responsabilidade da CONCESSIONÁRIA a instalação da caixa


de inspeção em frente ao imóvel, no passeio ou equivalente.
36
Parágrafo primeiro - Verificada a inexistência de caixa de inspeção e estando
o imóvel com as instalações internas adaptadas e de forma satisfatória, caberá
ao usuário comunicar o fato para que a CONCESSIONÁRIA adote as
providências, sem prejuízo à parte interessada.

Parágrafo segundo - A critério da CONCESSIONÁRIA, poderá ser feita uma


ligação de esgoto para mais de um imóvel.

Art. 24º - Quando estiver instalada rede pública de esgoto sanitário, não mais
será permitida a ligação de esgotos de qualquer natureza à rede pública de
águas pluviais, sendo desfeitas, as existentes, pelas Prefeituras Municipais,
através de órgão responsável pela conservação e manutenção da mesma.

Art. 25º - A responsabilidade da CONCESSIONÁRIA, para execução,


manutenção ou modificação na ligação, limita-se à parte externa do imóvel da
caixa de inspeção localizada no passeio ou equivalente ao coletor público.

TÍTULO IX - DAS LIGAÇÕES PROVISÓRIAS E DESCARGAS OCASIONAIS


DE ESGOTO

Art. 26º - Será obrigatório a descarga de esgoto, provenientes de limpeza de


caixas coletoras e fossas, na estação de tratamento da CONCESSIONÁRIA.

Parágrafo primeiro - O serviço será cobrado, a cada descarga de caminhão,


em conta ou quando da aquisição dos vales descargas, adquiridos pelos
interessados na CONCESSIONÁRIA.

Parágrafo segundo - A CONCESSIONÁRIA só permitirá a descarga com


apresentação do vale ou após o débito em conta ou pagamento da Nota Fiscal/Fatura.

Art. 27º - Os pedidos de ligação provisória serão concedidos após definição


do local ou forma dos despejos sanitários.

TÍTULO X - DA TARIFA E SUA COBRANÇA

Art. 28º - A CONCESSIONÁRIA cobrará pelos serviços de esgotamento


37
sanitário um percentual sobre a tarifa de água, reajustável de modo a cobrir
os custos de operação, manutenção, depreciação, provisão de devedores,
amortização de despesas e remuneração de investimento reconhecido.

Art. 29º - A classificação tarifária, para cobrança de esgoto, permanecerá a


mesma estipulada para a água, em seu regulamento aprovado pelo Decreto
Estadual nº 3060, de 29 de abril de 1994.

Art. 30º - A fixação da tarifa, sua revisão e modificação serão efetuadas com
autorização da autoridade competente.

Art. 31º - As tarifas serão cobradas por meio de Nota Fiscal/Fatura emitida
mensalmente, que será entregue pela CONCESSIONÁRIA ao usuário.

Art. 32º - Não efetuado o pagamento na data do vencimento, sobre o valor do


serviço será cobrada multa de 10% (dez por cento), além da correção monetária
e juros de mora, conforme legislação em vigor.

Art. 33º - Não haverá isenção de pagamento de contas devidas pelo usuário,
nem a prestação de serviços gratuitos ou com abatimento de preços.

TITULO XI - DAS INFRAÇÕES E DAS PENALIDADES

Art. 34º - As infrações das disposições da Lei 7.307/98 e normas decorrentes


serão aplicadas pela CONCESSIONÁRIA, levando-se em consideração suas
consequências, o porte do empreendimento, as circunstâncias atenuantes ou
agravantes e os antecedentes do infrator.

Parágrafo único - Responderá pela infração quem a cometer, incentivar a


sua prática ou dela se beneficiar.

Art. 35º - Aos infratores serão aplicadas, isoladas ou cumulativamente, as


infrações assinadas no Art. 7º da Lei 7.307/98.

Art. 36º - Constatada alguma infração, a CONCESSIONÁRIA advertirá o


infrator, notificando o fato, por escrito, para que tome conhecimento e sane a
irregularidade no prazo de 30 (trinta) dias, contados a partir do recebimento.
38
Parágrafo único – Encontrando dificuldades para a entrega da notificação, a
CONCESSIONÁRIA comunicará mediante aviso em jornal de grande circulação.

Art. 37º - A advertência será aplicada quando se tratar de primeira infração, cujo
prazo concedido poderá ser dilatado, desde que requerido fundamentalmente
pelo infrator, antes de vencido o anterior.

Parágrafo único - Das decisões que concederem ou negarem prorrogação,


os infratores tomarão conhecimento.

Art. 38º - Findo o prazo estabelecido na advertência, será aplicada multa


simples, conforme Art. 7º, parágrafo primeiro, da lei 7307, nas Notas Fiscais/
Fatura/Conta de Água e Esgoto, e recolhidas ao Fundo Especial de Águas e
Esgoto do Estado da Bahia, destinado a custear obras no Sistema de
Esgotamento Sanitário de residências de baixa renda ou popular.

Parágrafo único - Trinta dias após a aplicação da multa simples, será cobrada
multa diária, conforme Art. 7º, parágrafo segundo da lei 7307/98, até a execução
da ligação.

Art. 39º - Decorridos 90 dias do prazo estabelecido na advertência, sem adoção


de providências, a CONCESSIONÁRIA em articulação com o CRA, quando
necessário, efetuará a suspensão do fornecimento de água até a execução
da ligação de esgoto.

Art. 40º - Fica caracterizada a reincidência quando o infrator comete nova


falta da mesma natureza.

Art. 41º - Sanada a irregularidade, o infrator comunicará o fato por escrito à


CONCESSIONÁRIA e uma vez constatada a veracidade, retroagirá o termo
final do curso diário da multa à data do recebimento da comunicação.

Art. 42º - As multas deverão ser recolhidas pelo infrator , dentro do prazo de
30 (trinta) dias, contados da sua imposição, sob pena de cobrança judicial.

Art. 43º - As multas serão recolhidas em conta bancária, sob a denominação


de Fundo Especial para o Esgotamento Sanitário, no Banco do Estado da
Bahia S/A – BANEB ou outra rede credenciada.
39
Art. 44º - No caso de reincidência, a CONCESSIONÁRIA interromperá o
suprimento de água e o CRA interditará o imóvel.

Art. 45º - A interdição, quer temporária ou definitiva, será efetuada pelo CRA
nos casos de perigo iminente à saúde pública, após o decurso do prazo de 60
(sessenta) dias.

Art. 46º - Todos os custos e despesas decorrentes da aplicação das penalidades


correrão por conta do infrator, que serão cobradas pela CONCESSIONÁRIA ou
pelo CRA, mediante expedição de Notas Fiscais/Faturas.

TITULO XII – DA FORMALIZAÇÃO DO PROCESSO

Art. 47º - A notificação a ser emitida pela CONCESSIONÁRIA ou CRA é o


documento hábil para informar ao usuário às infrações ou decisões.

Art. 48º - O auto de infração é o instrumento hábil para a aplicação das


penalidades de que trata o Art. 7º da lei 7.307/98, que conterá:
I - qualificação da pessoa jurídica ou física autuada e seu endereço;
II - ato ou fato que constitui infração, local e data da ocorrência;
III - a disposição normativa infringida;
IV - prazo para sanar a irregularidade;
V - a penalidade aplicada e seu fundamento legal; e,
VI - assinatura da autoridade que o aplicou.

Art. 49º - Da penalidade aplicada caberá recurso escrito e fundamentado no


prazo de 10 (dez) dias seguidos, contados da ciência do auto de infração,
dirigido à CONCESSIONÁRIA ou CRA.

Art. 50º - Não serão conhecidos os recursos desacompanhados de


comprovantes do recolhimento da multa ou fiança bancária.

Parágrafo único - No caso da aplicação de multa diária, o recolhimento deverá


ser efetuado pelo valor pecuniário correspondente ao período compreendido
entre o auto de infração e a interposição do recurso.

Art. 51º - Sendo provido o recurso interposto pelo usuário infrator, as


40
restituições das multas ocorrerão com correções e juros, de acordo com o
índice da poupança.

Parágrafo único – As restituições deverão ser requeridas mediante petição


dirigida ao Diretor Presidente da entidade autuante, instruída com:
I – nome do infrator e seu endereço
II – número do processo administrativo; e,
III – cópia da guia de recolhimento.

Art. 52º - Os recursos deverão ser entregues no protocolo da entidade


autuante, dentro do prazo.

Parágrafo único – Não será aceito recurso por intermédio de Fax.

Art. 53º - Da aplicação das penalidades previstas nos incisos III e IV do Art.
7º, da Lei 7.307/98, caberá recurso hierárquico ao Secretário do Estado ao
qual a entidade autuante esteja vinculado, interposto dentro do prazo de 20
(vinte) dias, a contar da data da ciência do julgamento do recurso anterior.

TITULO XIII – DO FUNDO ESPECIAL PARA O ESGOTAMENTO SANITÁRIO

Art. 54º - As receitas previstas no Art. 9º da Lei 7.307/98 serão depositadas


na conta do Fundo, que será gerida pelo Governo do Estado da Bahia, através
da Secretaria da Fazenda, a quem competirá expedir as normas de
movimentação.

Art. 55º - As residências de baixa renda ou população são definidas de acordo


com os caracteres previstos no anexo I.

TITULO XIV – DAS DISPOSIÇÕES FINAIS

Art. 56º - Na contagem dos prazos estabelecidos neste Regulamento, excluir-


se-á o dia de recebimento da notificação e incluir-se-á o de vencimento,
prorrogando este, automaticamente, para o primeiro dia útil, se recair em dia
sem expediente, o mesmo acontecendo com a contagem do prazo, observada
e legislação vigente.
41
Art. 57º - Os casos omissos neste regulamento serão decididos pela
CONCESSIONÁRIA ou Centro de Recursos Ambientais – CRA.

CARACTERÍSTICAS DA UNIDADES CONSUMIDORA

RESIDENCIAL:

1.1 - IMÓVEL BAIXA RENDA:

Imóvel com área construída igual ou menor que 20m2, que não consuma água
para fins hortigranjeiros e possua simultaneamente quatro das seguintes
características:

1.1.1 Localização em logradouro popular.


1.1.2 Construção de taipa ou alvenaria de adobe.
1.1.3 Piso de cimento liso ou inferior.
1.1.4 Instalação sanitária única.
1.1.5 Posto único para utilização de água.
1.1.6 Ponto único para utilização de energia elétrica.

1.2 - IMÓVEL PADRÃO POPULAR:

Imóvel com área construída igual ou menor que 40m2, localizado em logradouro
popular e que apresente simultaneamente 04 (quatro) das seguintes caraterísticas:

1.2.1 Piso de cimento ou cerâmica inferior.


1.2.2 Instalação sanitária única.
1.2.3 Número de dormitórios iguais ou menor que 02 (dois)
1.2.4 Número de pontos de utilização de água igual ou menor que 05 (cinco).
1.2.5 Número de pontos de utilização elétrica igual ou menor que 10 (dez).

1) LOGRADOURO COM REDE DE ESGOTO

1.1) Correspondência comunicando que tem rede e dando um prazo de


90 dias para executar a ligação e 150 dias no caso de ser necessário
elevatória.
42
1.2) Findo o prazo do item 1.1, a CONCESSIONÁRIA envia relação dos
imóveis inadimplentes ao CRA, passa a cobrar a tarifa mensal de
esgoto e faz advertência através correspondência dando um prazo
de 30 dias para regularização da situação.

1.3) Findo o prazo a CONCESSIONÁRIA faz cobrança de multa simples


(150% do consumo mensal).

1.4) 30 dias após o prazo do item 1.3, a CONCESSIONÁRIA passa a


cobrar multa diária até a regularização da situação.

1.5) 90 dias após o prazo estabelecido na advertência, (item 1.2), a


CONCESSIONÁRIA, em articulação com o CRA, quando necessário,
faz a suspensão do fornecimento de água do imóvel.

43
DECRETO Nº 7.765 DE 08 DE MARÇO DE 2000

Aprova o Regulamento da Lei nº 7.307, de 23 de janeiro de 1998,


que dispõe sobre a ligação de efluentes à rede pública de
esgotamentos sanitários e dá outras providências.

O GOVERNADOR DO ESTADO DA BAHIA, no uso de suas atribuições,

DECRETA:

Art. 1º - Fica aprovado o Regulamento da Lei nº 7.307, de 23 de janeiro de


1998, que com este se publica.

Art. 2º - Este Decreto entrará em vigor na data de sua publicação.

Art. 3º - Revogam-se as disposições em contrário.

PALÁCIO DO GOVERNO DO ESTADO DA BAHIA, em 08 de março de 2000.

César Borges
Governador

Sérgio Ferreira Roberto Moussallem de Andrade


Secretário de Governo Secretário de Infra-Estrutura

REGULAMENTO DA LEI Nº 7.307, DE 23 DE JANEIRO DE 1998

CAPÍTULO I
OBJETIVO

Art. 1º - Este Regulamento estabelece os critérios para interligação dos


imóveis de qualquer natureza à rede coletora de esgotamento sanitário.
44
CAPÍTULO II
TERMINOLOGIAS

Art. 2º - Para fins deste Regulamento são adotadas as terminologias das


Normas Técnicas da Associação Brasileira de Normas Técnicas - ABNT, de
nºs NBR 8160 e NBR 9649, respectivamente, “Instalação Predial de Esgoto
Sanitário” e “Projeto de Redes Coletoras de Esgoto Sanitário”, bem como do
Decreto Regulamentar nº 3.060, de 29.04.1994.

Parágrafo único - Além do disposto no “caput” deste artigo, considera-se:

I - CADASTRO COMERCIAL - o conjunto de informações descritivas,


simbólicas e gráficas que identifica, classifica e localiza os imóveis situados nas
áreas em que há prestação de serviços de abastecimento de água e esgotamento
sanitário, necessárias ao faturamento, cobrança e apoio operacional;
II - COLETOR DE ESGOTO DO TIPO SEPARADOR ABSOLUTO -
canalização que somente veicula águas servidas de imóveis, excluindo-se,
portanto, o transporte de águas pluviais;
III - CICLO DE FATURAMENTO - o período compreendido entre a data da
leitura do medidor e do respectivo vencimento da conta/fatura, decorrente do
fornecimento de água e/ou serviços de esgotamento, tomando por base o
equipamento de vazão ou o intervalo considerado para estimativa do consumo
de água, com prazo médio de 30 (trinta) dias;
IV - CICLO DE VENDAS - o período correspondente ao fornecimento de
água e/ou serviços de esgotos compreendido entre duas leituras sucessivas
do medidor de vazão ou relativo ao intervalo considerado para estimativa de
consumo de água de um mesmo imóvel, com prazo médio de 30 dias;
V - CONCESSIONÁRIA - entidade, devidamente autorizada pelo poder público,
responsável pela exploração dos serviços de abastecimento de água e de esgotamento
sanitário. Tais serviços poderão ser prestados pelo próprio Governo, de forma direta
ou indireta, através de empresa estatal ou pela iniciativa privada;
VI - CONDOMÍNIO - imóveis integrantes de uma mesma quadra (áreas
urbanizadas) ou de um aglomerado de vizinhança (áreas não urbanizadas), cujos
moradores, sob a coordenação da concessionária e mediante termo de adesão,
constituem, de forma solidária, uma unidade coletora de esgotamento sanitário;
VII - DÉBITO - o valor monetário devido pelo imóvel ligado à rede coletora, referente
a um ou mais ciclos de vendas, após a data de vencimento da Nota Fiscal/Fatura,
resultante da prestação de serviços de abastecimento de água e esgotamento sanitário;
45
VIII - INSTALAÇÃO PREDIAL DE ESGOTO - o conjunto de tubulações,
conexões, aparelhos, equipamentos e peças especiais, localizados no imóvel,
destinado ao esgotamento sanitário;
IX - IMÓVEL - terreno ou edificação;
X - LIGAÇÃO CLANDESTINA - interligação da instalação de esgoto predial do
imóvel à rede coletora, executada sem autorização ou conhecimento da Concessionária;
XI - LIGAÇÃO DE ESGOTO - interligação da instalação interna do imóvel
ao ramal predial de esgoto;
XII - RAMAL PREDIAL DE ESGOTO - canalização da coleta de esgoto
sanitário, compreendida entre a última caixa de inspeção e/ou de confluência
de contribuições da instalação predial de esgoto e o ponto de lançamento na
rede coletora ou outro componente do sistema de esgotamento sanitário do
tipo separador absoluto;
XIII - NOTA FISCAL/FATURA - documento hábil para cobrança e
pagamento e cobrança de débito contraído pelo usuário com relação aos
serviços de abastecimento de água e esgotamento sanitário;
XIV - PADRÃO TÉCNICO - o conjunto de normas técnicas que especifica
e padroniza materiais, equipamentos e métodos construtivos para obras e/ou
instalações da concessionária;
XV - PENALIDADE - a sanção pecuniária aplicada ao infrator, pela
inobservância deste regulamento ou das normas editadas pela concessionária
ou pelos órgãos públicos;
XVI - PREÇO DE OUTROS SERVIÇOS - o valor cobrado pela
concessionária ao solicitante de serviços, quando do seu atendimento e que
não constitua ônus a ser assumido obrigatoriamente pela concessionária, com
base nas normas e legislação vigentes;
XVII - PRÉDIO - todo imóvel que constitui edificação;
XVIII - REDE COLETORA DE ESGOTO SANITÁRIO - o conjunto
constituído por ramais prediais, coletores de esgoto e seus órgãos acessórios,
integrantes do sistema de esgotamento sanitário operado pela concessionária;
XIX - COLETOR DE ESGOTO CONDOMINIAL - coletor que atende a um
condomínio cuja manutenção poderá ser executada pelo mesmo conforme
termo de adesão;
XX - SERVIÇO DE ESGOTAMENTO SANITÁRIO - constitui-se na
coleta, tratamento e disposição final do esgoto sanitário, prestado aos
usuários pela concessionária;
XXI - SUPRESSÃO DA LIGAÇÃO DE ÁGUA - interrupção do fornecimento
de água com a retirada, no todo ou em parte, da ligação predial;
46
XXII - TARIFA - o preço cobrado pela concessionária, referente ao
abastecimento de água e/ou serviço de esgotamento sanitário;
XXIII - USUÁRIO - pessoa física ou jurídica titular ou responsável legal do
imóvel provido de ligação de água e/ou esgotamento sanitário;
XXIV - TITULAR DO IMÓVEL - o proprietário do imóvel. Em caso de
condomínio, o representante legal é o titular.

CAPÍTULO III
DA COMPETÊNCIA

Art. 3º - Compete à concessionária:

I - efetuar os serviços de coleta, transporte, tratamento e disposição final


do esgoto sanitário, bem como fazer cumprir as cláusulas deste Regulamento;
II - assentar as redes coletoras de esgoto sanitário e seus acessórios,
instalar a caixa de inspeção no passeio ou equivalente e executar a sua
interligação com a rede coletora, diretamente ou através de terceiros
devidamente autorizados, sem prejuízo da observância das disposições
municipais ou legislações aplicáveis;
III - implantar, manter e modificar as instalações de esgoto sanitário externas
aos limites do imóvel, da caixa de inspeção localizada no passeio ou
equivalente até a rede coletora;
IV - comunicar, preferencialmente, por escrito e diretamente ao titular ou
responsável legal do imóvel, sobre a existência da rede coletora de esgoto
sanitário e notificar para, no prazo previsto na Lei nº 7.307/98, efetuar a ligação;
V - fiscalizar as obras de adaptação e interligação do imóvel à rede coletora;
VI - cobrar dos usuários as tarifas relativas ao abastecimento de água e esgotamento
sanitário, bem como os preços correspondentes aos outros serviços prestados;
VII - encaminhar ao Centro de Recursos Ambientais - CRA a relação dos imóveis
em situação irregular, consoante dispõe a Lei nº 7.307/98, e este Regulamento,
acompanhando e subsidiando tal órgão naquilo que se fizer necessário.

Art. 4º - Compete ao Centro de Recursos Ambientais - CRA:

I - fiscalizar, em articulação com a concessionária, os imóveis que não


fizeram a interligação de suas instalações à rede coletora;
II - aplicar as penalidades, de acordo com as respectivas competências,
47
aos imóveis em situação irregular perante os dispositivos da Lei nº 7.307/98 e
deste Regulamento, observado o devido processo legal.

CAPÍTULO IV
DAS REDES COLETORAS

Art. 5º - As redes coletoras serão assentadas, preferencialmente, em vias


públicas, de acordo com os projetos elaborados e aprovados pelo Poder
Público e/ou pela concessionária.

Parágrafo único - Excepcionalmente, por razões técnicas, operacionais e de


segurança, o assentamento das redes coletoras poderá ser feito em terreno que
não se constitua em via pública, observadas, no seu uso, as disposições legais
pertinentes, ou em comum acordo com o proprietário do terreno.

Art. 6º - São de responsabilidade da concessionária a operação e manutenção


da rede coletora, do ramal predial e da caixa de inspeção localizada no passeio
ou equivalente.

Parágrafo único - Quando se tratar de rede condominial, a manutenção


poderá ser executada pelo condomínio, em conformidade com o termo de adesão.

Art. 7º - As intervenções a serem executadas por terceiros, no sistema de


esgotamento sanitário, deverão ter seus projetos previamente aprovados,
sendo que as obras serão fiscalizadas pela concessionária.

CAPÍTULO V
DO ESGOTAMENTO SANITÁRIO

Art. 8º - É obrigatório que todo imóvel disponha de instalação predial de esgoto


sanitário do tipo separador absoluto, para fins de interligação à rede coletora.

Art. 9º - O abastecimento de água, a partir de fonte alternativa, não exime


a obrigatoriedade da ligação de esgoto sanitário do imóvel à rede coletora.

§ 1º - O medidor de vazão de água para mensurar a utilização do sistema


48
de esgoto sanitário, quando houver fonte alternativa de abastecimento de água,
deverá ser especificado, instalado, fiscalizado e reparado pela concessionária.

§ 2º - A conservação do medidor de vazão é da responsabilidade do usuário,


que responderá por perdas e danos causados ao mesmo.

§ 3º - O usuário deverá assegurar o acesso de técnicos da concessionária


até o equipamento medidor de consumo, não podendo criar obstáculo para
tanto ou alegar impedimento.

§ 4º - Os impedimentos à leitura do medidor de vazão ou a sua inexistência


permitirá à concessionária cobrar pelo esgotamento sanitário, de acordo com
as normas vigentes.

CAPÍTULO VI
DOS LOTEAMENTOS E CONJUNTOS HABITACIONAIS

Art. 10 - A concessionária, o CRA e os Municípios deverão ser


consultados sobre os estudo preliminares ou anteprojeto de loteamentos
e/ou conjuntos habitacionais, sobre a viabilidade técnica quanto ao
esgotamento sanitário.

§ 1º - Existindo rede coletora na área do empreendimento é obrigatória a


ligação dos seus efluentes sanitários à mesma.

§ 2º - Não existindo rede coletora na área do empreendimento, a solução


técnica será definida pela concessionária, segundo as normas estabelecidas pelo
Centro de Recursos Ambientais - CRA ou pelo Conselho Estadual de Meio
Ambiente - CEPRAM, conforme o caso.

Art. 11 - Os sistemas independentes de esgoto sanitário dos loteamentos


e conjuntos habitacionais existentes deverão ser interligados à rede coletora
logo após a sua implantação.

CAPÍTULO VII
DAS INSTALAÇÕES PREDIAIS
49
Art. 12 - As instalações prediais de esgoto deverão ser definidas,
dimensionadas e projetadas conforme as normas da ABNT, sem prejuízos
das normas operacionais da concessionária ou legislações específicas.

§ 1º - É obrigatória a construção de caixa de gordura para as águas


servidas, provenientes de cozinhas.

§ 2º - As instalações prediais de esgoto dos estabelecimentos que


produzam resíduos oleosos e seus derivados devem, obrigatoriamente, dispor
de caixas separadoras de óleo, de modo a impedir que sejam lançados nas
redes coletoras.

Art. 13 - As águas provenientes de chuva não poderão ser lançadas à


rede coletora.

Art. 14 - Os despejos industriais que, por sua natureza, não possam ser
lançados diretamente na rede coletora, deverão ser submetidos a um processo
de tratamento, implantado pelas próprias indústrias, observadas as normas e
legislação ambiental do Estado, após análise e aprovação da concessionária,
do CRA e dos Municípios.

Art. 15 - Não será permitido:

I - a conexão do sistema de esgoto sanitário com outros sistemas, públicos


ou privados, sem a autorização prévia da concessionária;
II - o lançamento de esgoto sanitário predial ou industrial nas galerias de
águas pluviais de logradouros onde existir rede coletora de esgoto;
III - o despejo de águas pluviais nas redes coletoras de esgoto sanitário;
IV - o lançamento de esgoto sanitário ou industrial em corpos d’água de
superfície, sem o devido tratamento, cujo nível de eficiência é definido pelo CRA;
V - a obstrução do acesso de técnicos da concessionária ao medidor de
vazão de água ou à rede interna de esgotamento;
VI - o lançamento de resíduos oleosos de qualquer natureza nas redes coletoras;
VII - o lançamento de descargas provenientes de limpeza de caixas de
retenção (gordura, óleo, areia, etc.).

Parágrafo único - No caso de desobediência ao quanto disposto neste


artigo, o infrator fica sujeito às penalidades, sem prejuízo de indenizar os
50
danos causados ao sistema de esgotamento sanitário e ao meio ambiente.

Art. 16 - A instalação predial de esgoto será executada pelo usuário às


suas expensas.

Parágrafo único - A conservação das instalações prediais ficará a cargo


exclusivo do usuário.

Art. 17 - O imóvel que possuir piscina deverá ter seu esgotamento feito
através da rede coletora, mediante a colocação de um redutor de vazão na
respectiva tubulação aprovado pela concessionária.

CAPÍTULO VIII
DAS LIGAÇÕES DE ESGOTO

Art. 18 - As ligações de esgoto sanitário serão:

I - solicitadas pelo usuário;


II- obrigatórias quando da ligação de água em áreas dotadas de sistema
de esgoto sanitário;
III - providenciadas pelo usuário, observando as exigências estabelecidas
em normas e instruções acerca da matéria, quando da execução das obras
de implantação ou ampliação do sistema de esgoto.

Art. 19 - Quando existir rede coletora nos logradouros, a ligação de água


somente poderá ser executada após a ligação de esgoto sanitário.

Art. 20 - Quando estiver instalada a rede coletora de esgoto, a concessionária


encaminhará correspondência ao usuário, estabelecendo um prazo de 90
(noventa) dias, contado do recebimento, para execução da ligação do seu
imóvel à referida rede.

Parágrafo único - Havendo necessidade de elevação mecânica


(bombeamento) para o esgoto sanitário do imóvel, o prazo será de até 150
(cento e cinqüenta) dias, a partir da data do recebimento da comunicação.

Art. 21 - Findos os prazos previstos no artigo anterior, a concessionária enviará


51
ao CRA a relação dos imóveis que não executaram suas ligações, para aplicação
das penalidades cabíveis, passando a cobrar, imediata e mensalmente, a tarifa
de esgoto, conforme art. 2º, § 3º, alínea “a”, da Lei nº 7.307/98.

Art. 22 - As obras de execução e adaptação da parte interna das instalações


de esgoto do imóvel, assim como a interligação dos seus efluentes sanitários
com a rede coletora, na caixa de inspeção construída pela concessionária no
passeio ou equivalente, serão da responsabilidade integral do respectivo usuário.

§ 1º - São também de responsabilidade do usuário as obras de elevação


mecânica (bombeamento), necessárias ao esgotamento do imóvel, cujos
pontos de coleta estejam situados abaixo do nível da rede coletora de esgoto.

§ 2º - No caso de danificação dos passeios dos imóveis ou de qualquer


outra área pública, fica o usuário responsável pela sua recomposição.

§ 3º - Tão logo a ligação esteja concluída, o usuário deverá comunicar à


concessionária, para a devida inspeção e aprovação.

Art. 23 - É de responsabilidade da concessionária a instalação de caixa


de inspeção do imóvel, no passeio ou equivalente.

§ 1º - Caso ainda não tenha sido construída a caixa de inspeção no passeio


ou equivalente, e estando o imóvel com suas instalações prediais em condições
de serem ligadas à rede coletora, caberá ao usuário comunicar o fato à
concessionária, para que sejam adotadas as providências cabíveis, sem
prejuízo da parte interessada.

§ 2º - A critério da concessionária, uma única ligação de esgoto sanitário


poderá servir a mais de um imóvel.

Art. 24 - Após a implantação da rede coletora nos logradouros, não mais


será admitido o lançamento de esgoto sanitário nas galerias de águas pluviais.

Parágrafo único - Constatado o lançamento de esgoto na galeria de água


pluvial e findos os prazos previstos no art. 20, será imediatamente comunicado
ao CRA e ao Município pertinente, para adoção das medidas cabíveis, no
sentido de desfazer as ligações existentes.
52
Art. 25 - A responsabilidade da concessionária para execução, manutenção
ou modificação na ligação de esgoto sanitário, limita-se à parte externa do imóvel,
da caixa de inspeção localizada no passeio, ou equivalente, à rede coletora.

Parágrafo único - A concessionária não será responsável pela manutenção


de ligações de esgotos irregulares não interligadas à rede coletora, mesmo
que esteja cobrando as tarifas previstas no art. 30, deste Regulamento.

Art. 26 - As ligações prediais de esgoto poderão ser suprimidas nos


seguintes casos:

I – interdição judicial ou administrativa pelo poder público;


II – desapropriação do imóvel para fins públicos, na forma da legislação vigente;
III – incêndio ou demolição, desde que apresentado o laudo do sinistro ou
autorização municipal.

CAPÍTULO IX
DAS LIGAÇÕES PROVISÓRIAS E DESCARGAS
OCASIONAIS DE ESGOTO

Art. 27 - Os pedidos de ligação serão deferidos após análise, pela


concessionária, das condições locais e das características dos despejos.

Art. 28 - Será obrigatória a descarga de esgoto sanitário, proveniente da limpeza


de caixas e fossas de imóveis, no sistema de esgotamento e em local indicado pela
concessionária, ouvido o CRA, nos casos previstos na legislação ambiental.

Parágrafo único - Cada descarga feita por veículo será cobrada pela
concessionária, de acordo com a tabela em vigor, mediante o pagamento
prévio pelo interessado.

CAPÍTULO X
DA TARIFA, DETERMINAÇÃO DOS VALORES, EMISSÃO DA CONTA E
SUA COBRANÇA

Art. 29 - A coleta de esgoto será remunerada sob a forma de tarifa, de


53
acordo com a estrutura tarifária aplicada pela concessionária.

Art. 30 - A concessionária cobrará pelo esgotamento um percentual


sobre a tarifa de água, para cobrir, juntamente com a tarifa de água, seus
custos de operação, manutenção, depreciação, provisão de devedores,
amortização de despesas e remuneração dos investimentos, conforme
discriminado a seguir:

I - sistemas de esgotamento sanitário, do tipo convencional, localizados


na Região Metropolitana de Salvador e nos demais Municípios do Estado –
80%;
II - sistemas de esgotamento sanitário dos conjuntos habitacionais e
loteamentos (sistemas independentes) e ainda não interligados ao sistema
de esgotamento sanitário – 45%;
III - sistemas de esgotamento sanitário, do tipo condominial, com
manutenção e responsabilidade pelos próprios usuários – 45%.

§ 1º - A tarifa de esgoto sanitário dos imóveis ligados aos sistemas dos conjuntos
habitacionais e loteamentos (sistemas independentes) será automaticamente
alterada logo após sua interligação à rede de esgotamento sanitário.

§ 2º - A tarifa de esgoto sanitário dos imóveis ligados aos sistemas de


esgotamento sanitário do tipo condominial será alterada caso se efetive a
transferência da manutenção desses à concessionária.

Art. 31 - As tarifas serão cobradas por meio de Nota Fiscal/Fatura (Conta


de Água e/ou Esgoto), emitida mensalmente, que será entregue com
antecedência, em relação à data de vencimento, ao usuário.

Parágrafo único - A falta de recebimento da conta não desobriga o usuário


de seu pagamento.

Art. 32 - Os valores das tarifas e seus respectivos reajustes serão


aprovados pela Agência Reguladora ou, na sua ausência, pelo Estado.

Art. 33 - Não efetuado o pagamento na data do vencimento, sobre o valor


do serviço será cobrada multa diária de 0,33%, limitada a 10%, além da
atualização monetária e juros de mora, conforme legislação em vigor.
54
CAPÍTULO XI
DAS INFRAÇÕES E DAS PENALIDADES

Art. 34 - As infrações aos dispositivos da Lei nº 7.307/98, e deste


Regulamento serão aplicadas pelo CRA, observado o devido processo legal,
levando-se em consideração suas conseqüências, o porte do empreendimento,
as circunstâncias atenuantes ou agravantes e os antecedentes do infrator.

Parágrafo único - Responderá pela infração quem a cometer, incentivar


a sua prática ou dela se beneficiar.

Art. 35 - Aos infratores serão aplicadas, isoladas ou cumulativamente, as


penalidades assinaladas no art. 7º, da Lei nº 7.307, de 23/01/98, e neste
Regulamento.

Art. 36 - Constatada a irregularidade, o CRA advertirá o infrator, através


de notificação por escrito, para que tome conhecimento e adote medidas para
sua correção, no prazo de 30 (trinta) dias, contado a partir do recebimento.

Parágrafo único - Não sendo encontrado ou havendo dificuldades para a


entrega da notificação, o CRA comunicará o fato mediante aviso em jornal de
grande circulação.

Art. 37 - A advertência será aplicada quando se tratar de primeira infração,


cujo prazo concedido poderá ser dilatado, desde que requerido e fundamentado
pelo infrator, antes de vencido o prazo anterior.

Parágrafo único - Das decisões que concederem ou negarem prorrogação,


os infratores tomarão conhecimento.

Art. 38 - Findo o prazo estabelecido na advertência, será aplicada multa


simples, conforme art. 7º, § 1º, da Lei nº 7.307/98, na Nota Fiscal/Fatura
(Conta de Água e Esgoto), a ser recolhida ao Fundo Especial de Esgotamento
Sanitário do Estado da Bahia, destinado a custear obras de esgotamento sanitário
em áreas, predominantemente, ocupadas por populações de baixa renda.

Parágrafo único - Decorridos 30 (trinta) dias, após a aplicação da multa


simples, sem que seja adotada medida de correção, será cobrada multa diária,
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conforme art. 7º, § 2º, da Lei nº 7.307/98, até que seja sanada a irregularidade.

Art. 39 - Decorridos 90 (noventa) dias do prazo estabelecido na advertência, sem


adoção de providências, a concessionária, quando necessário, poderá efetuar a
suspensão do fornecimento de água até a regularização da infração.

Art. 40 - Sanada a irregularidade, o infrator comunicará o fato por escrito ao


CRA, e, uma vez constatada a veracidade pela concessionária, o termo final do
curso diário da multa retroagirá à data do recebimento da comunicação.

Art. 41 - As multas não cobradas através das Contas de Água e/ou Esgoto
deverão ser recolhidas pelo infrator, em guia própria para tal fim, dentro do prazo
de 30 (trinta) dias, contado da sua imposição, sob pena de cobrança judicial.

Art. 42 - As multas serão recolhidas em conta bancária, sob a denominação


de Fundo Especial de Esgotamento Sanitário, a ser aberta na rede credenciada.

Art. 43 - No caso de persistência da infração, a concessionária poderá


interromper o suprimento de água e solicitar ao CEPRAM autorização para
interdição do imóvel, caso não seja residencial.

Art. 44 - A interdição, quer temporária ou definitiva, será autorizada pelo


CEPRAM, nos casos de perigo iminente à saúde pública e ao meio ambiente,
após o decurso do prazo de 60 (sessenta) dias, contado a partir da notificação.

Art. 45 - Todos os custos e despesas decorrentes da aplicação das penalidades


correrão por conta do infrator e serão cobradas pela concessionária ou pelo CRA,
conforme o caso, mediante expedição de Notas Fiscais/Faturas ou de guias próprias.

Art. 46 - O fornecimento de água será restabelecido após a correção da


irregularidade e quitação dos valores devidos à concessionária.

CAPÍTULO XII
DA FORMALIZAÇÃO DO PROCESSO ADMINISTRATIVO,
DA DEFESA E DO RECURSO

Art. 47 - A notificação a ser emitida pelo CRA é o documento hábil para


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informar ao usuário das infrações ou decisões.

Art. 48 - O auto de infração é o instrumento hábil para a aplicação das


penalidades de que trata o art. 7º, da Lei 7.307/98, e conterá:

I - a qualificação da pessoa jurídica ou física autuada e seu endereço;


II - o ato ou fato que constitui infração, local e data da ocorrência;
III - a disposição normativa infringida;
IV - o prazo para sanar a irregularidade;
V - a penalidade aplicada e seu fundamento legal;
VI - a assinatura da autoridade que o aplicou.

Art. 49 - Da penalidade aplicada caberá defesa escrita e fundamentada no


prazo de 10 (dez) dias, contado da ciência do auto de infração, dirigida ao CRA.

Art. 50 - A defesa escrita será entregue diretamente no protocolo da


entidade autuante, dentro do prazo regulamentar.

§ 1º - Somente será aceita defesa ou recurso com a utilização de quaisquer meios


eletrônicos, como fax, internet, disquete, se no prazo de 05 (cinco) dias corridos, após,
for apresentada a peça original, mediante correspondência registrada com aviso de
recebimento - AR ou diretamente no protocolo do CRA ou CEPRAM.

§ 2º - Das decisões do CRA caberá recurso ao CEPRAM, com efeito suspensivo.

Art. 51 - Não serão reconhecidos os recursos desacompanhados do


comprovante do recolhimento da multa ou fiança bancária.

Parágrafo único - No caso da aplicação de multa diária, o recolhimento


deverá ser efetuado pelo valor pecuniário correspondente ao período
compreendido entre o auto de infração e a interposição do recurso.

Art. 52 - Sendo provido o recurso interposto pelo infrator, as restituições


das multas ocorrerão com correções e juros, de acordo com o índice oficial
estabelecido pela União.

Parágrafo único - As restituições deverão ser requeridas, mediante petição


dirigida ao gestor do fundo, instruída com:
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I - nome do infrator e seu endereço;
II - número do processo administrativo a que se refere a restituição postulada; e,
III - cópia da guia de recolhimento.

CAPÍTULO XIII
DO FUNDO ESPECIAL PARA O ESGOTAMENTO SANITÁRIO

Art. 53 - As receitas previstas no art. 9º, da Lei nº 7.307/98, serão


depositadas na conta do Fundo, gerida pela Secretaria da Fazenda, a quem
competirá expedir as normas de movimentação.

Art. 54 - Os domicílios de baixa renda ou padrão popular são definidos de


acordo com os caracteres previstos no Anexo Único, deste Regulamento.

CAPÍTULO XIV
DAS DISPOSIÇÕES FINAIS

Art. 55 - Na contagem dos prazos estabelecidos neste Regulamento,


excluir-se-á o dia de recebimento da notificação e incluir-se-á o de vencimento,
prorrogando-se este, automaticamente, para o primeiro dia útil, se cair em dia
sem expediente, o mesmo acontecendo com a contagem do prazo, observadas
as regras do Código de Processo Civil.

Art. 56 - A concessionária é obrigada, em qualquer tempo a exercer ação fiscalizadora


no sentido de verificar a obediência à Lei nº 7.307/98 e ao presente Regulamento.

Art. 57 - Mediante convênio, o CRA poderá delegar aos órgãos do Estado


e dos Municípios a fiscalização e a autuação dos imóveis irregulares.

Art. 58 - Os casos omissos e as dúvidas suscitadas na aplicação deste


Regulamento serão decididos pela Superintendência de Desenvolvimento,
Recursos Hídricos e Saneamento do Estado, vinculada a Secretaria de Infra-
Estrutura, ou pelo CRA, conforme o caso.

Art. 59 - Este Regulamento se aplica a todos os usuários da concessionária,


podendo ser modificado por necessidade de ordem técnica ou jurídica.
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Art. 60 - Nos casos de cobrança judicial das multas, o CRA encaminhará
o processo administrativo para inscrição na dívida pública do Estado, que
procederá à respectiva execução.

Art. 61 - Este Regulamento entrará em vigor na data de sua publicação.

ANEXO ÚNICO

CARACTERÍSTICAS DAS UNIDADES CONSUMIDORAS

1. RESIDENCIAL:

1.1 - DOMICÍLIO DE BAIXA RENDA:

Imóvel com área construída igual ou menor que 20 m2, que não consuma
água para fins hortigranjeiros e possua simultaneamente 04 (quatro)
das seguintes características:

1.1.1 Localização em logradouro popular;


1.1.2 Construção de taipa ou alvenaria de adobe;
1.1.3 Piso de cimento liso ou inferior;
1.1.4 Instalação sanitária única;
1.1.5 Ponto único para utilização de água;
1.1.6 Ponto único para utilização de energia elétrica.

1.2 - DOMICÍLIO PADRÃO POPULAR:

Imóvel com área construída igual ou menor que 40 m2, localizado em


logradouro popular e que apresente simultaneamente 04 (quatro) das
seguintes caraterísticas:

1.2.1 Piso de cimento ou cerâmica inferior;


1.2.2 Instalação sanitária única;
1.2.3 Número de dormitórios igual ou menor que 02 (dois);
1.2.4 Número de pontos de utilização de água igual ou menor que 05 (cinco);
1.2.5 Número de pontos de utilização elétrica igual ou menor que 10 (dez).
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