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Trabalho Biologia Membrana Plasmatica

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Membrana plasmtica

A membrana plasmtica, membrana celular ou plasmalema a estrutura que delimita


todas as clulas vivas, tanto as procariticas como as eucariticas. Ela estabelece a
fronteira entre o meio intracelular, o citoplasma, e o ambiente extracelular, que pode ser
a matrizdos diversos tecidos.
Aparece em eletromicrografias como duas linhas escuras separadas por uma faixa central
clara, com uma espessura de 6 a 10 nm. Esta estrutura trilaminar encontra-se em todas as
membranas encontradas nas clulas, sendo por isso chamada de unidade de
membrana oumembrana unitria.
A membrana celular no estanque, mas uma porta seletiva que a clula utiliza para
captar os elementos do meio exterior que lhe so necessrios para o seu metabolismo e
para libertar as substncias que a clula produz e que devem ser enviadas para o exterior
(sejam elas produtos de excreo, das quais deve se libertar, ou secrees que a clula
utiliza para vrias funes relacionadas com o meio).

Composio qumica
Acares
Todas as membranas plasmticas celulares so constitudas predominantemente
por fosfolipdeos e protenas em propores variveis e uma pequena frao de acares,
na forma de oligossacardeos. Exteriormente, na grande maioria das clulas animais, a
membrana plasmtica apresenta uma camada rica em glicdeos: o glicoclix ou
glicoclice..Entre outros papis, o glicoclix tem a funo de reconhecimento qumico da
clula para seu exterior e tem tambm funo protetora, impedindo que alguns tipos de
vrus ou bactrias se anexem clula.

Lipdios
Os lipdios presentes nas membranas celulares pertencem predominantemente ao grupo
dos fosfolipdeos. Estas molculas so formadas pela unio de trs grupos de molculas
menores: um lcool, geralmente oglicerol, duas molculas de cidos graxos e um
grupo fosfato, que pode conter ou no uma segunda molcula de lcool. A proporo de
fosfolipdeos varia muito: compe cerca de 50% da membrana plasmtica e 90% da
membrana mitocondrial.
A estrutura das membranas deve-se primariamente a essa camada dupla de fosfolipdios.
Esses lipdios so molculas longas com uma extremidade hidroflica (tem afinidade com a
gua) e a cadeia hidrofbica (no tem afinidade com a gua). O grupo fosfato est situado

nas lminas externas da estrutura trilaminar. A parte situada entre as lminas fosfatadas
composta pelas cadeias hidrofbicas.
As membranas animais possuem ainda o colesterol, e as clulas vegetais possuem
outros esteris, importantes para o controle da fluidez das membranas. A uma dada
temperatura, quanto maior a concentrao de esteris, menos fluida ser a membrana. As
clulas procariontes, salvo algumas excees, no possuem esteris.

Protenas
As protenas so as principais fontes de energia e os principais componentes funcionais
das membranas celulares. A maioria das protenas da membrana celular est mergulhada
na camada dupla do fosfolipdios, interrompendo sua continuidade, so as protenas
integrais. Outras, as protenas perifricas, esto aderentes s extremidades de protenas
integrais. Algumas protenas atuam no transporte de substncias para dentro ou para fora
da clula. Entre estas, encontram-se glicoprotenas (protenas ligadas a carboidratos).
Algumas destas protenas formam conexes, os fibronexos, entre
o citoplasma e macromolculas da matriz extracelular. Os grupos sanguneos A-B-O, M-N
e Rh, bem como fatores HLA, so antgenos da superfcie externa da membrana.

Principais caractersticas da membrana celular


A membrana celular responsvel pela manuteno de uma substncia do
meio intracelular, que diferente do meio extracelular, e pela recepo de nutrientes e
sinais qumicos do meio extracelular. Para o funcionamento normal e regular das clulas,
deve haver a seleo das substncias que entram e o impedimento da entrada de
partculas indesejveis, ou ainda, a eliminao das que se encontram no citoplasma. Por
ser o componente celular mais externo e possuir receptores especficos, a membrana tem
a capacidade de reconhecer outras clulas e diversos tipos de molculas,
como hormnios.
As membranas celulares possuem mecanismos de adeso, de vedao do espao
intercelular e de comunicao entre as clulas. Os microvilos ou microvilosidades so
muito frequentes e aumentam a superfcie celular.
No confundir a membrana celular com a parede celular (das clulas vegetais, por
exemplo), que tem uma funo principalmente de proteo mecnica da clula. Devido
membrana citoplasmtica no ser muito forte, as plantas possuem a parede celular, que
mais resistente.
A membrana celular uma camada fina e altamente estruturada
de molculas de lpidos e protenas, organizadas de forma a manter o potencial
elctrico da clula e a controlar o que entra e sai da clula (permeabilidade selectiva da
membrana). Sua estrutura s vagamente pode ser verificada com um microscpio de
transmisso electrnica. Muitas vezes, esta membrana contm protenas receptoras de
molculas especficas, os Receptores de membrana, que servem para regular o
comportamento da clula e, nos organismosmulticelulares, a sua organizao
em tecidos (ou em colnias).
Por outro lado, a membrana celular no , nem um corpo rgido, nem homogneo
muitas vezes descrita como um fluido bidimensional e tem a capacidade de mudar de
forma einvaginar-se para o interior da clula, formando alguns dos seus organelos.
A matriz fosfolipdica da membrana foi pela primeira vez postulada em 1825 por Gorter e
Grendal; no entanto, s em 1895, Charles Overton deu fora a esta teoria,tendo observado
que a membrana celular apenas deixava passar algumas substncias, todas lipossolveis.

Transporte atravs das membranas


Mesmo nas membranas no biolgicas, como as de plstico ou celulose,
h molculas que as conseguem atravessar, em determinadas condies. Dependendo

das propriedades da membrana e das molculas (ou tomos ou ons) em presena, o


transporte atravs das membranas classifica-se em:

Transporte passivo quando no envolve o consumo de energia do sistema, sendo


utilizada apenas a energia cintica das molculas; a movimentao d-se a favor do
gradiente de concentrao.

Transporte ativo quando o transporte das molculas envolve a utilizao de energia


pelo sistema; no caso da clula viva, a energia utilizada na forma de Adenosina trifosfato (ATP); a movimentao das substncias d-se contra o gradiente de
concentrao.

O transporte atravs das membranas pode ainda ser classificado em mediado,


envolve permeases (transporte ativo e difuso facilitada), e no-mediado (difuso directa).

Transporte passivo
O interior das clulas o citoplasma basicamente uma soluo aquosa de sais e
substncias orgnicas. O transporte passivo de substncias na clula pode ser realizado
atravs de difuso ou por osmose.
A difuso se d quando a concentrao interna de certa substncia (soluto) menor que a
externa, e as partculas tendem a entrar na clula. Quando a concentrao interna maior,
as substncias tendem a sair. A difuso pode ser auxiliada por enzimas permeveis sendo
classificada difuso facilitada. Quando no h ao de enzimas, chamadadifuso
simples
No que se refere osmose, quando a concentrao externa de substncias maior que a
interna, parte do lquido citoplasmtico tende a sair fazendo com que a clula murche plasmlise. Quando a concentrao interna maior, o lquido do meio externo tende a
entrar na clula, dilatando-a - Turgncia, entretanto existe ainda a situao em que a
clula murcha e depois por motivos externos volta a obter sua quantidade normal de
gua,ento esse fato chamado de Deplasmolise, ou seja, uma plasmolise inversa. Neste
caso, se a diferena de concentrao for muito grande, pode acontecer que a clula
estoure. As clulas que possuem vacolos so mais resistentes diferena de
concentrao, pois estas organelas, alm de outras funes, agem retendo lquido.

Transporte ativo
1. O transporte ativo atravs da membrana celular primariamente realizado
pelas enzimas ATPases, como a importante bomba de sdio e potssio, que tem
funo de manter o potencial eltrico das clulas.
Muitas clulas possuem uma ATPase do clcio que opera as concentraes intracelulares
baixas de clcio e controla a concentrao normal (ou de reserva) deste importante
mensageiro secundrio. Uma outra enzima actua quando a concentrao de clcio sobe
demasiadamente. Isto mostra que um on pode ser transportado por diferentes enzimas,
que no se encontram permanentemente ativas.
H ainda dois processos em que, no apenas molculas especficas, mas a prpria
estrutura da membrana celular envolvida no transporte de matria (principalmente de
grandes molculas) para dentro e para fora da clula:

endocitose em que a membrana celular envolve partculas ou fluido do exterior fagocitose ou pinocitose - e a transporta para dentro, na forma duma vescula; e

exocitose em que uma vescula contendo material que deve ser expelido se une
membrana celular, que depois expele o seu contedo. A exocitose pode se subdividir
em Clasmocitose, defecao celular, ou Clasmatose quando resduos provenientes da
digesto intracelular realizado pelas clulas eliminado, e em secrees quando a
clula descarrega substncias no meio externo.

Nos seres humanos e animais, a secreo serve como meio que o corpo possui de
eliminar resduos metablicos celulares que ainda tem importncia funcional.
Atravs da fuso entre o lisossomo e bolsas formadas na fagocitose ou pinocitose, formase o vacolo digestivo. Nesse vacolo, parte das substncias so digeridas e
transformadas em molculas menores que atravessam a membrana e se espalham no
citosol. A outra parte no digerida permanece no vacolo, que agora passa a ser vacolo
residual. A clasmocitose termina quando o vacolo residual se funde membrana
plasmtica da clula e expulsa o seu contedo para o meio externo.

Osmose
A osmose o nome dado ao movimento da gua entre meios
com concentraes diferentes de solutos, separados por uma membranasemipermevel.
um processo fsico-qumico importante na sobrevivncia das clulas.
A osmose pode ser vista como um tipo especial de difuso em seres vivos.
A gua movimenta-se sempre de um meio hipotnico (menos concentrado em soluto) para
um meio hipertnico (mais concentrado em soluto) com o objetivo de se atingir a mesma
concentrao em ambos os meios (isotnicos) atravs de uma membrana
semipermevel,ou seja, uma membrana cujos poros permitem a passagem de molculas
de gua, mas impedem a passagem de outras molculas.
Este tipo de transporte no apresenta gastos de energia por parte da clula, por isso
considerado um tipo de transporte passivo. Esse processo est relacionado com a presso
de vapor dos lquidos envolvidos que regulada pela quantidade de soluto no solvente.
Assim, a osmose pode ajudar a controlar o gradiente de concentrao de sais nas clulas.

Osmose em Metazorios
Em animais, apesar da clula no possuir uma membrana plasmtica dita "perfeita" em
termos de permeabilidade (devido ao facto de nela passar, no s gua mas tambm
outras substncias como ons de sdio e potssio) possvel a ocorrncia de osmose
por transporte passivo. Uma pequena quantidade de gua (meio hipotnico), no entanto,
pode resultar na ruptura da clula: o exemplo clssico para esse acontecimento a
ruptura das hemcias, conhecida como hemlise. Em oposto, no momento em que h uma
grande sada de gua (meio hipertnico), a clula enruga-se.

Osmose em vegetais
Em vegetais, apesar de grande similaridade com animais, a osmose tem suas
particularidades. Primeiramente por no haver ruptura da clula devido resistncia que
a parede celular proporciona e tambm pela presena do vacolo que suporta certa
quantidade de gua. Ocorre, no entanto, outros acontecimentos como:

Turgidez - mergulhada em um meio hipotnico, a clula tende a absorver mais do que


ceder gua. Com isso a clula se "enche" por alcanar volume mximo (mas no se
rompe, criando a impresso de "balo") de contedo.

Plasmlise - ocorre quando a clula inserida em meio hipertnico. Neste a clula


vegetal cede mais gua que recebe, levando-a a um estado de aparncia "seca". Isso
se deve ao fato de o vacolo retrair-se, diminui de tamanho e acaba por arrastar o
contedo do citoplasma (e por consequncia o contedo do hialoplasma) e
a membrana plasmtica.

Equao da osmose em vegetais


Existem dois fatores que determinam a quantidade de gua na clula. So eles:

fator osmtico - fator que permite entrada de gua na clula;

presso hidrosttica - fator que faz com que a gua tenda a sair, por pressionar a
membrana celulsica.

Como a quantidade de gua existente na clula depende diretamente da resultante desses


dois fatores, convencionou-se utilizar a seguinte equao para mostrar a entrada de gua
na clula vegetal:

Onde:

Sc = Capacidade da clula de ganhar gua.

Si = Capacidade osmtica do vacolo sugar gua.

M = Tendncia da gua de sair da clula devido presso hidroesttica.

Por vezes, utiliza-se a seguinte frmula:

Onde:

D.P.D. = Dficit de Presso de Difuso.

P.O. = Presso Osmtica.

P.T. = Presso de Turgor (estado de clula trgida).

Tipos de osmose

Exosmose - o fluxo de gua feito do interior para o exterior;

Endosmose - o fluxo de gua feito do exterior para o interior. Endosmose o


movimento resultante das foras de capilaridade no suporte. Ocorre quando o suporte

colocado em contato com o tampo. A soluo aspirada pelas extremidades do


suporte e no centro deste haver o equilbrio. Aps ligar o aparelho, a endosmose
aumenta devido evaporao do solvente e , portanto, mais intensa nas
extremidades do suporte.

Eletrosmose - o movimento de corrente lquida derivada do fato de serem os


suportes eletronegativos em relao gua e, esta se torna eletropositiva em relao
aos suportes. Quando se aplica o campo eltrico, o suporte sendo fixo e a gua mvel,
haver uma migrao para o polo negativo. A eletrosmose constante em toda
extenso da fita e unidirecional.

Osmose em clulas animais


Foi verificado que no interior das hemcias existe uma soluo de NaCl, cuja concentrao
constante de 0,9%. Quando as hemcias so colocadas num tubo de ensaio contendo
uma soluo de NaCl, de concentrao 0,4% (portanto hipotnica), verifica-se que as
hemcias incham devido entrada de gua e acabam arrebentando, sofrendohemlise.
Isso acontece porque as hemcias no possuem uma parede celular para suportar uma
presso interna maior. Quando colocadas em uma soluo de NaCl a 1,5% (portanto
hipertnica), elas perdem gua, murcham e ficam enrugadas. Essa anlise permite
deduzir que no plasma sanguneo existe uma soluo, cuja concentrao deve ser 0,9%
(portanto isotnica), para manter intactas as hemcias.

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