45 - Fumo e Bebidas
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45 - Fumo e Bebidas
Curso de Umbanda
FUMO E BEBIDAS
A Umbanda é muito criticada pelo fato de suas entidades usarem o fumo e as bebidas nas
sessões, os detratores aproveitando-se disto para taxarem as entidades de atrasadas ou
primitivas.
O FUMO
O segredo e a utilização, desses elementos por parte de nossas entidades, o modo como a
fumaça é dirigida (magia) tem o seu eró (segredo) e não é como muitos utilizam, para
alimentar a vaidade, o vício e a ignorância.
O fumo é a erva mais tradicional da terapêutica psico-espiritual praticada em nossa
religião. Originário do mundo novo, os nativos fumavam o tabaco picado e enrolado em suas
próprias folhas, ou na de outras plantas, conhecendo o processo de curar e fermentar o fumo,
melhorando o gosto e o aroma.
Durante o período físico em que o fumo germina, cresce e se desenvolve, arregimenta as
mais variadas energias do solo e do meio ambiente, absorvendo calor, magnetismo, raios
infravermelhos e ultravioletas do sol, polarização eletrizante da lua, éter físico, sais minerais,
oxigênio, hidrogênio, luminosidade, aroma, fluidos etéreos, cor, vitaminas, nitrogênio,
fósforo, potássio e o húmus da terra. Assim, o fumo condensa forte carga etérea e astral que,
ao ser liberada pela queima, emana energias que atuam positivamente no mundo oculto,
podendo desintegrar fluídos adversos à contextura perispiritual dos encarnados e
desencarnados.
O charuto e o cachimbo, ou ainda o cigarro, utilizados pelas entidades filiadas ao trabalho
de Oxalá são tão somente defumadores individuais. Lançando a fumaça sobre a aura, os
plexos ou feridas, vão os espíritos utilizando sua magia em benefício daqueles que os
procuram com fé.
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Os solos com textura mais fina, com elevado teor de argila, produzem fumos mais fortes,
como os destinados a charutos ou fumos de corda, enquanto os solos mais arenosos produzem
fumos leves, para a fabricação de cigarros.
No fabrico dos charutos, as folhas, após o processo de secagem, são reunidas em manocas
de 15 a 20 folhas e submetidas a fermentação, destinada a diminuir a percentagem de nicotina,
aumentar a combustividade do fumo e uniformizar a sua coloração.
Os tipos de fumo mais utilizados na confecção dos charutos brasileiros são: Brasil-Bahia,
Virgínia, Sumatra e Havana.
Nos trabalhos umbandistas a cigarrilha de odor especial é muito utilizada pelas
Pombogiras e Caboclas.
Os cigarros são utilizados para fins mais materiais, normalmente relacionados com
negócios financeiros.
Os charutos de fumo grosseiro e forte são peculiares à magia dos Exus, enquanto os
charutos de fumo de melhor qualidade são usados por Caboclos.
Já os Pretos-Velhos dão preferência aos cachimbos, nos quais usam diversos tipos de
mistura de ervas, como o alecrim, a alfazema e outros, além de utilizarem cigarros de palha,
impregnando assim os elementos com a sua própria força espiritual, transformando o
tradicional "pito" em um eficiente desagregador de energias negativas. Desta maneira, como o
defumador, o charuto ou o cachimbo são instrumentos fundamentais na ação mágica dos
trabalhos umbandistas executados pelas entidades. A queima do tabaco não traz nenhum vício
tabagista, como dizem alguns, representando apenas um meio de descarrego, um bálsamo
vitalizador e ativador dos chakras dos consulentes.
Vemos assim que, como ensinou um Pai Velho, "na fumaça está o segredo dos trabalhos
da Umbanda".
Geralmente os Guias não tragam a fumaça, utilizando-a apenas para “defumar” o
ambiente e as pessoas através das baforadas, apenas enchem a boca com a fumaça e a
expelem sobre o consulente ou para o ar.
A função principal é a de defumar aqueles que chegam até a entidade. Algumas entidades
deixam de lado o fumo se a casa for defumada e mantiver sempre aceso algum defumador
durante os trabalhos.
BEBIDAS
O álcool, tem emprego sério na Umbanda. Quando tomado aos goles, em pequenas
quantidades, proporciona uma excitação cerebral ao médium, liberando-lhe grande quantidade
de substâncias ativadoras cerebrais, acumulada como reserva nos plexos nervosos
(entrelaçamento de muitas ramificações de nervos), a qual é aproveitada pelos guias, para
poderem trabalhar no plano material.
Deste modo, quando o médium ingere pequena quantidade da bebida, suas idéias e
pensamentos, brotam com mais e maior intensidade. É também uma forma em que a entidade
se aproveita este momento para ter maior "liberdade de ação".
Os exus são os que mais fazem uso da bebida. Isto se ao fato de, estas linhas utilizarem
muito de energias etéricas, extraidas de matéria (alimentos, álcool, etc.), para manipulação de
suas magias, para servirem como "combustível" ou "alimento", encontrando então, uma
grande fonte desta energia na bebida.
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Estas linhas estão mais próximas às vibrações da Terra (faixas vibratórias), onde ainda
necessitam destas energias, retiradas da matéria, para poderem realizar seus trabalhos e
magias!
O marafo também é usado para limpar/descarregar pontos de pemba ou pólvora usados em
descarregos.
O álcool por sua volatibilidade tem ligação com o ar e pode ser usado para retirar energias
negativas do médium.
Já o alcool consumido pelo médium também é dissipado no trabalho, ficando em
quantidade reduzida no organismo.
O perigo nestes casos é o animismo, ou seja, o Médium consumir a bebida em grandes
quantidades por conta própria e não na quantidade que o Guia acha apropriada. Nestes casos,
pode ser que o Guia vá embora e deixe o médium sob os efeitos da bebida que consumiu sem
necessidade.
MENORES DE IDADE
Se o médium for menor de idade, não se deve permitir que o guia use o fumo e a bebida
quando incorporado. Trata-se de respeitar as leis vigentes e evitar que o nome da Umbanda
seja associado a possíveis processos judiciais.
O mais indicado seria inclusive ter uma autorização dos responsáveis pelo menor para que
ele possa participar dos trabalhos, especificando inclusive (se possível) os horários de início e
término das mesmas.
Podemos sim não utilizar fumo e bebidas. Estes elementos são ferramentas dos Guias
para os trabalhos, que podem não ser utilizadas. Haverá uma diminuição da eficiência e
rapidez do trabalho, mas ele será realizado também, mais devagar e de forma mais trabalhosa.
Será como utilizar apenas as mãos para um determinado trabalho, possível, mas mais
trabalhoso. É uma opção do médium, caso o médium não possa ou não queira fumar e beber,
o Guia irá respeitar sua decisão.
Pode neste caso solicitar apenas que sejam feitas oferendas com estes elementos, ou que
um copo com sua bebida seja deixado próximo a ele quando esiver trabalhando incorporado.
Você Aprendeu:
Qual a utilização do fumo e da bebida na Umbanda.; Quais é a finalidade do seu uso; Como se deve proceder com estes elementos no caso de
o médium ser menor de idade; Se o fumo e a bebida são indispensáveis aos trabalhos;
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