Curso Paisagismo e Plantas Ornamentais
Curso Paisagismo e Plantas Ornamentais
Curso Paisagismo e Plantas Ornamentais
Curso
Paisagismo e Plantas
Ornamentais
Carga horria: 60hs
Dicas importantes
Nunca se esquea de que o objetivo central aprender o
contedo, e no apenas terminar o curso. Qualquer um termina, s
os determinados aprendem!
Leia cada trecho do contedo com ateno redobrada, no se
deixando dominar pela pressa.
Explore profundamente as ilustraes explicativas disponveis,
pois saiba que elas tm uma funo bem mais importante que
embelezar o texto, so fundamentais para exemplificar e melhorar
o entendimento sobre o contedo.
Saiba que quanto mais aprofundaste seus conhecimentos mais
se diferenciar dos demais alunos dos cursos.
Todos tm acesso aos mesmos cursos, mas o aproveitamento
que cada aluno faz do seu momento de aprendizagem diferencia os
alunos certificados dos alunos capacitados.
Busque complementar sua formao fora do ambiente virtual
onde faz o curso, buscando novas informaes e leituras extras,
e quando necessrio procurando executar atividades prticas que
no so possveis de serem feitas durante o curso.
Entenda que a aprendizagem no se faz apenas no momento
em que est realizando o curso, mas sim durante todo o dia-adia. Ficar atento s coisas que esto sua volta permite encontrar
elementos para reforar aquilo que foi aprendido.
Critique o que est aprendendo, verificando sempre a aplicao
do contedo no dia-a-dia. O aprendizado s tem sentido
quando pode efetivamente ser colocado em prtica.
Contedo
Paisagismo: Conceitos e Definies
Planejamento Paisagstico
Elementos de Trabalho
Implantao de Jardins
Manuteno de Jardins
Estilos de Jardins
Plantas Ornamentais
Plantas Ornamentais Trepadeiras
Suculentas
1.2. PAISAGISMO:
Da palavra paisagem, deriva a palavra Paisagismo. O paisagismo
uma atividade que organiza os espaos externos com o objetivo
de proporcionar bem-estar aos seres humanos e de atender s
suas necessidades, conservando os recursos desses espaos.
Combina conhecimentos de cincia e arte, pois:
Arte: forma de expresso cuja ocorrncia se verifica quando um
conjunto de emoes atua sobre a sensibilidade humana;
Cincia: a reunio de leis abstratas, deduzidas dos fenmenos
da
realidade
exterior
ou
interior.
Tcnica: a aplicao, nos trabalhos de rotina, das leis
abstratas que vm da cincia.
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1. Conhecimentos cientficos:
Manejo dos recursos naturais: Ecologia, Biologia, Botnica,
Geologia e Geografia, etc.;
Tcnicas de cultivo: Agronomia (Fitopatologia, Entomologia,
Fitotecnia, Adubao, Fisiologia Vegetal, Horticultura, Solos,
Nutrio de plantas, Proteo de plantas, Climatologia,
Topografia, Irrigao e Drenagem, etc.);
Organizao dos espaos: Arquitetura e Urbanismo.
2. Conhecimentos artsticos:
Artes plsticas: elementos vivos e inertes (esculturas);
Artes industriais: cermicas, serralherias, marcenarias, etc.
2. COMPONENTES
Para que se tenha um paisagismo bem elaborado, deve-se partir
para o planejamento paisagstico. Este planejamento deve
considerar, ainda, o espao livre e de rea verde existente no
local em estudo.
O espao livre toda a rea geogrfica (solo ou gua) que no
coberta por edificaes ou outras estruturas permanentes.
A rea verde um tipo especfico de espao livre, ou seja, aquele
coberto, predominantemente, por extrato vegetal. O termo rea
verde aplica-se a diversos tipos de espaos urbanos que tm em
comum: serem abertos (ao ar livre); serem acessveis; serem
relacionados com sade e recreao.
So consideradas reas verdes urbanas tanto reas pblicas,
como particulares. Podem ser jardins, praas, parques, bosques,
alamedas, balnerios, campings, praas de esporte, playgrounds,
playlots, cemitrios, aeroportos, corredores de linhas de
transmisso, faixas de domnio de vias de transporte, margens de
rios e lagos, reas de lazer, ruas e avenidas arborizadas e/ou
ajardinadas.
3. IMPORTNCIA
A existncia de reas verdes junto aos centros urbanos (parques,
praas, lagos e ruas arborizadas) proporciona uma sensao de
bem-estar aos usurios destes espaos. As plantas utilizadas no
paisagismo urbano, to importantes na caracterizao ambiental
destas reas, promovem inmeros benefcios estticos e
funcionais ao homem e esto muito alm dos seus custos de
implantao e manejo.
Alguns dos efeitos causados pela vegetao no meio urbano
esto relacionados com a melhoria da qualidade do ar e do
conforto trmico. A qualidade do ar melhorada pela
interceptao de partculas e absoro de gases poluentes pelas
plantas, enquanto que a reduo da temperatura ocorre pela
absoro de calor no processo de transpirao, reduo da
radiao e reflexo dos raios solares.
Outros benefcios proporcionados pela presena planejada das
plantas na paisagem urbana so a proteo contra ventos e
reduo da poluio sonora. O vento pode ser agradvel,
desconfortvel ou ate mesmo destruidor, dependendo de sua
velocidade. As plantas modificam os ventos pela obstruo,
deflexo, conduo ou filtragem do seu fluxo.
As plantas tambm podem ser teis quando dispostas com o
objetivo de sinalizao, arranjadas a fim de indicar direo a
pedestres e veculos, melhorando a aparncia de estradas e
rodovias.
Contudo, os maiores efeitos proporcionados pela utilizao de
plantas nos espaos urbanos so os estticos e psicolgicos. Os
efeitos estticos, evidenciados pelas propriedades ornamentais
de cada espcie, tm o poder de modificar os ambientes
visualmente, tornando-os mais agradveis aos seus usurios. J
os benefcios psicolgicos so capazes de melhorar o
desempenho e o humor de trabalhadores, reduzir o tempo de
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4. DIVISO DO PAISAGISMO
4.1. MICROPAISAGISMO
Consiste no trabalho de paisagismo realizado em pequenos
espaos. Na maioria dos casos, o micropaisagismo pode ser
desenvolvido por um s profissional, por ser, predominantemente,
criao artstica, envolvendo solues tcnicas simples. Assim,
apresenta, normalmente, como caractersticas:
Escala visual pequena (pequenas reas);
Preocupao principal a esttica;
Visualizado em jardins internos, vasos, jardineiras ou floreiras,
arborizao em vias pblicas, jardins particulares, praas
pblicas, jardins de vizinhana, campos esportivos, etc.;
Na representao grfica desse tipo de projeto, a escala est
entre 1:50 e 1:1000;
reas menores do que 1.000m2 ???
4.2. MACROPAISAGISMO
Consiste no trabalho realizado em grandes espaos. Quase
sempre, um trabalho de equipe, porque envolve problemas
tcnicos complexos e multidisciplinares. Assim, apresenta,
normalmente, como caractersticas:
Escala visual maior (reas extensas);
Preocupao principal a preservao da natureza;
Visualizado em parques metropolitanos e distritais, reservas
naturais e afins, proteo de mananciais, revestimento vegetal
em obras de terraplanagem, controle eroso urbana,
proteo contra ventos, recuperao de paisagens danificadas,
etc.;
Nas representaes grficas, a escala adequada menor do
1:1.000, sendo, em geral, de 1:5.000 a 1:50.000;
reas maiores do que 1.000m2 ???
5.
FORMAO
PAISAGISMO
DE
PROFISSIONAIS
EM
Planejamento Paisagstico
O Planejamento Paisagstico refere-se ao processo contnuo que
se empenha em fazer o melhor uso, para a populao, de uma
rea limitada da superfcie terrestre, conservando sua
produtividade e beleza, e considerando os aspectos ambientais.
Este planejamento desenvolve-se, normalmente, em espaos
externos s construes e abrange duas realizaes: a arte de
criar (atividade individual), e a cincia, tcnica e arte de organizar
(atividade individual ou em equipe).
O planejamento do jardim deve estar integrado ao planejamento
da residncia; portanto, essencial planejar o jardim antes da
construo, reforma ou expanso da residncia. Para que se
tenha xito, o projeto deve ser desenvolvido em etapas, que so:
o Estudo Preliminar, o Anteprojeto e o Projeto Definitivo ou
Executivo.
1. ESTUDO PRELIMINAR
Antes do desenvolvimento do projeto propriamente dito, so
necessrios vrios levantamentos que fazem parte do Estudo
Preliminar:
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2. ANTE-PROJETO
Com todos esses levantamentos preliminares em mos, o
paisagista ter embasamento suficiente para a elaborao do
ante-projeto, que consiste na apresentao das distribuies dos
elementos vegetais e arquitetnicos na rea a ser ajardinada, em
escala adequada, sob a forma de desenhos e cortes
esquemticos. Os passos bsicos a serem seguidos no
desenvolvimento do anteprojeto so os seguintes:
1. Estabelecimento e caracterizao das ligaes do jardim;
2.
Determinao
das
entradas;
3. Estabelecimento do sistema de circulao no jardim e
elementos
que
o
compem;
4. Marcao das reas destinadas s massas de vegetao no
jardim;
5. Previso dos locais das construes e das obras de arte.
Assim, no ante-projeto estaro definidos os seguintes itens:
DE ARQUITETURA
DE
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Capa;
Cabealho: com as informaes do carimbo das pranchas:
Nome do cliente; Endereo do local de execuo; Tipo do
projeto; Nome e CREA do projetista; Escala utilizada e Data de
realizao do projeto.
Apresentao: relato do tipo de projeto e suas caractersticas,
os problemas a serem solucionados, os objetivos e
justificativas do projetista. Os critrios usados para a
elaborao
do
projeto
tambm
so
mencionados,
correlacionando o estilo, o ambiente (paisagem e clima), as
necessidades e os desejos dos proprietrios;
Caracterizao da rea:
- Localizao: endereo, cidade, estado, coordenadas
geogrficas;
Dimenses:
rea
do
terreno
a
ser
ajardinado;
- Clima: definio das caractersticas climticas do local de
implantao
do
projeto;
- Tipo de solo: definido a partir de anlises qumicas e fsicas;
- Caractersticas do terreno: referem-se, principalmente,
topografia, definida de acordo com o levantamento topogrfico da
rea;
- Outras caractersticas que o paisagista achar relevante.
Caractersticas vegetais: discriminao da paisagem da regio
e das espcies vegetais existentes na rea (quando for o
caso), por observao do local ou com base em documentos,
textos ou ainda informaes verbais. Outros elementos
existentes tambm devero ser levantados e descritos;
Informaes sobre a construo de estruturas fsicas:
elaboradas por um profissional especializado, discriminando
detalhes da construo da estrutura planejada, descrevendo
com justificativas quando for necessrio. A relao de
materiais, bem como as instrues para a implantao,
tambm devem ser apresentados neste memorial;
Memorial botnico ou Lista de espcies: esse item constitui o
Memorial Botnico, constando da lista e da caracterizao das
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IMPLANTAO
Elementos de Trabalho
Na esttica e composio de jardins, os elementos artificiais e os
naturais fazem parte do ambiente existente ou projetado.
Consideram-se elementos artificiais aqueles que so construdos
ou colocados pelo homem no ambiente natural, tais como
caminhos, escadas, muretas, bancos, mesas, coretos, gradis,
portes, tanques, caixas dgua, piscinas, cascatas, vasos,
lixeiras, postes, quadras esportivas, etc. Os elementos naturais
so aqueles existentes ou plantados no local, compostos por uma
combinao de componentes fsicos (gua, solo e clima) e
biolgicos (plantas e animais), tais como gramados, rvores,
bosques, pomares, macios de arbustos, plantas aromticas e
medicinais, hortas, orquidrios, lagos naturais, etc.
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4.1.1. VEGETAO
A vegetao constituda por espcies de formas, portes, cores
e texturas as mais variadas.
Quando combinadas com arte so a verdadeira essncia do
jardim. Algumas de suas caractersticas devem ser observadas
quando do planejamento paisagstico:
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4.1.2. ANIMAIS
Sempre que possvel, os animais devem fazer parte do
paisagismo, tendo em vista apresentarem uma forma e colorido,
enriquecendo a paisagem. Podem mostrar fins ornamentais e/ou
utilitrios. Exemplo: aves (araras, papagaios, garas, paves,
faises, pssaros, etc.), peixes, lebres, tartarugas, etc. Alm
desses, existem ainda outros que podem frequentar o jardim e,
as vezes, nem se d conta de sua presena, como alguns
pssaros e insetos que so atrados pelas plantas ornamentais e
pela gua.
4.1.3. GUA
A gua no jardim tambm um elemento de decorao, quer
seja de forma corrente ou parada, sendo desejvel qualquer que
seja a maneira de uso. Pode ser encontrada sob a forma de
reservatrios naturais (lagos, lagoas) ou artificiais (piscinas), nos
cursos dgua (rios, riachos, cachoeiras, etc.), ou em fontes que
jorram gua em determinadas pocas do ano (intermitentes) ou
continuamente, ou simplesmente para uso na irrigao do jardim.
4.1.4. OUTROS ELEMENTOS
Alm da gua, um outro elemento natural presente com
frequncia nos jardins so as pedras que, em diferentes
tamanhos e formas, emprestam paisagem belas composies,
sendo muito usadas para efeitos de contraste. O formato e o tipo
das pedras devem ser escolhidos em relao direta com o
ambiente onde sero colocadas.
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4.2.3. ILUMINAO
O jardim no feito apenas para ser frequentado durante o dia,
podendo se converter em ambientes extremamente agradveis,
com timos efeitos visuais produzidos pela iluminao artificial
durante noite, alm do aspecto de segurana. Deve ser
planejada com a intensidade aproximada da iluminao interna,
lembrando-se de que os focos de luz no devem incidir
diretamente sobre as pessoas. A iluminao, alm de ser
funcional, tambm decorativa, servindo para focalizar a luz
sobre a planta, deixando o fundo no escuro; iluminar apenas um
setor focando a parede com objeto na frente enfatizando sua
silhueta, com foco por trs e de baixo para cima (objetos com
transparncia) ou com foco sobre a planta de modo a conseguir
sua sombra sobre a parede.
As luminrias podem servir para uso do jardim noite, para
realce e para valorizao de elementos que merecem destaque,
ornamentar o jardim quando possui caractersticas peculiares
interessantes e criar efeitos especiais. Dependendo do objetivo
da iluminao, so escolhidas as luminrias adequadas para
cada situao, as quais so classificadas em:
PROJETORES OU SPOTS: usados para criar efeitos de
iluminao direcionada, chamando a ateno para algum ponto
especfico; para ressaltar um componente em destaque no
jardim, tais como uma rvore, arbusto, esttua, escultura ou
fonte. Podem ser usados tambm para iluminar as margens de
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lagos, piscinas, proximidade de bancos ou moblia de playground. Existem peas que ficam enterradas no solo, deixando
aparente apenas a parte superior, que possui proteo especial;
ESPETOS: assim como os spots, os espetos so usados para
dar destaque em arbustos, massas arbreas e forraes. A
grande vantagem que oferecem maior maleabilidade, pois
podem ser facilmente transferidos;
BALIZAS: usadas para orientar e clarear as vias de acesso, de
circulao (caminhos, escadas e rampas), ou colocadas em meio
a canteiros e arbustos, camuflando-se entre a vegetao, de
maneira a ilumin-los sem aparecer. Apresentam-se de forma
tubular, podendo ser de diversos materiais. Por oferecer potncia
de iluminao menor do que os postes, so perfeitos para quem
gosta de admirar o cu noite;
POSTES: encontram-se com vrios formatos, que vo desde o
esfrico tradicional at as verses mais modernas. Sua
iluminao maior, mais uniforme e no dirigida, sendo usados
em reas extensas, reas de permanncia (recantos com
bancos), locais de circulao de veculos e de pessoas, reas
planas como os gramados, e para destacar mosaicos florais ou
corbelhas. Como a iluminao feita de cima para baixo, o ideal
que sejam mais altos para no ofuscar a vista;
DE PAREDE: podem ser usadas em portes, porta de acesso ao
jardim, pontos estratgicos da fachada da residncia ou muro;
OUTROS EQUIPAMENTOS: tocheiros, luminrias pendentes e
bolas de cermica, que servem tambm como objetos de
decorao.
A colorao da luz tambm importante, tendo grande influncia
no efeito visual que se quer produzir. A luz verde pode ser usada
para iluminar arbustos e folhagens das copas de rvores,
enquanto a luz rosa ideal para folhagens de colorao cobre; j
a luz vermelho-escura serve para realar as flores, e a amarela
recomendada para iluminar troncos de rvores; para esttuas ou
estruturas que se destacam, no necessrio o uso de luz
colorida.
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4.2.4. DIVISRIAS
As vias de acesso funcionam tambm como divisores de
ambientes no jardim no plano horizontal. Porm, no plano
vertical, h algumas divisrias a serem usadas, formando
barreiras naturais (cerca-viva) ou arquitetnicas (muros e
muretas, cercas, alambrados) para delimitar os ambientes no
jardim. Divisrias so elementos destinados a dividir os espaos
na paisagem e propiciar maior privacidade ao usurio. Os
variados tipos de divisrias arquitetnicas so executados com
diversos materiais, tais como madeira, bambu, estacas de
concreto, pedras, tijolos, blocos, pranchas, elementos vazados,
etc., podendo ser construdas em diferentes alturas.
4.2.5. MOBILIRIO
Os jardins dispem de vrios ambientes, cuja decorao pode ser
complementada com mobilirios especficos, os quais podem ter
uso prtico e/ou esttico, harmonizados com o estilo da casa e do
jardim. Os locais apropriados para a moblia so os ptios,
terraos, reas da piscina, entre outros espaos destinados ao
descanso, s reunies sociais ou ao lazer ativo.
O mobilirio pode ser fixo ou mvel. So eles: mesas, cadeiras,
bancos, espreguiadeiras, guarda-sis, redes, churrasqueiras,
alm de equipamentos encontrados nas quadras e campos para
prtica de esportes e play-grounds.
Esttuas e esculturas;
Painis, baixo-relevos, monumentos, runas;
Rochas, troncos e razes tratados;
Jardineiras e vasos: podem ser de cermica, barro, arame,
concreto leve ou celular, plstico, madeira, fibra de coco, fibra
de vidro, bambu, alumnio, contendo trelias ou arcos. Podem
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Implantao de Jardins
Uma das fases mais importantes e delicadas na jardinagem a
da implantao, quando se corrigem todas as condies
existentes na rea de plantio, preparando-a para receber o
jardim. A implantao correta de um jardim deve obedecer aos
seguintes passos:
1 Limpeza da rea - remoo de entulho e lixo;
2 Preparo do solo (drenagem, arao, gradagem, eliminao
de plantas daninhas, nivelamento, correo do solo e adubao);
3 Demarcao e abertura de covas para o plantio das mudas;
4 Plantio e escoramento de rvores e arbustos;
5 Formao e plantio dos canteiros com os arranjos
ornamentais;
6 Plantio e nivelamento final dos gramados.
servios de infra-estrutura;
modificao do relevo do terreno: necessidades de cortes e/ou
aterros;
anlise do solo;
aquisio das mudas.
5.1.1. PREPARO DO TERRENO
Um dos erros mais graves encontra-se no preparo inadequado do
solo. Fazendo-o inadvertida e apressadamente, esquece-se que
o solo o alicerce e o fator determinante no desenvolvimento do
jardim.
O primeiro passo no preparo do solo para plantio consiste em
efetuar uma limpeza geral de toda a rea, recolhendo todo o lixo,
entulho, restos de construo e demais materiais encontrados na
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rvores: 60x60x60cm;
Arbustos: 30x30x30cm ou 40x40x40cm;
Forraes e florferas: dimenses da embalagem;
Palmeiras: dimenses do torro = . 60x60x60cm
40x40x40cm.
B) PLANTIO:
ou
a rea;
canteiro;
a rea;
canteiro;
a rea;
canteiro;
ou
rea
do
canteiro;
podem ser
usadas,
Fileiras simples: abrir um sulco com 30cm de largura e 2030cm de profundidade em toda a extenso pretendida e
situada a cerca de 50cm de distncia da linha divisria do
terreno. Este sulco ser preenchido com uma mistura de 90%
de terra + 10% de esterco de curral curtido, previamente
enriquecido, para cada m3 da mistura, com 5kg de fosfato
natural ou farinha de ossos + 200g de cloreto de potssio + 2kg
de calcrio magnesiano ou dolomtico. O plantio feito com
espaamento mdio de 15-20cm entre mudas;
Fileiras duplas: usadas quando se deseja uma cerca viva com
largura maior. Neste caso, o plantio feito em sulco duplo, com
as mudas dispostas em forma de tringulo, espaadas de 2030cm.
Aps o plantio, faz-se o tutoramento e amarrio das mudas,
seguido de irrigao abundante.
B.6) PLANTIO DE HERBCEAS:
A maioria das herbceas, especialmente as anuais, prefere
temperaturas amenas e sua propagao realizada por meio das
sementes. Em algumas plantas, a propagao pode ocorrer por
meio de bulbos, tubrculos ou razes tuberosas e, mais
raramente, por estacas de caule:
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Manuteno de Jardins
Regras bsicas para a manuteno de um jardim:
6.2. PODAS
As podas mutilantes devem ser evitadas. Controlar o crescimento
da copa tem sentido apenas para direcionar a ocupao do
espao que lhe foi destinado, nunca delimitar o volume da copa.
6.2.1. De Formao
A poda de formao usada quando se pretende alterar o hbito
natural de crescimento da planta, sendo diferente da topiria
(prtica que consiste em dar forma geomtrica e escultural a uma
planta de folhagem densa). Esta poda quase no usada em
arbustos, com exceo daqueles para cercas vivas formais, nas
quais logo aps o pegamento, faz-se o desponte baixa altura
para estimular a ramificao lateral. Assim, aps as mudas
atingirem 65cm de altura, poda-se a haste principal a 20cm do
solo para quebrar a dominncia apical e estimular o
desenvolvimento dos ramos laterais. Estes sero podados a
15cm do caule quando da segunda poda da parte apical e, assim,
sucessivamente, at que atinja a altura e largura desejadas.
Assim, as plantas sero foradas a formar a saia com numerosos
galhos quase paralelos ao solo e estendidos a poucos
centmetros deste.
Ao contrrio da anterior, para a formao de arvoretas, podam-se
todos os ramos laterais que surgirem, exceto pequena coroa no
topo. Aps o arbusto atingir altura conveniente (1,5m), deixa-se a
copa desenvolver, tutorando-o at que o caule se torne
suficientemente lignificado para suportar seu prprio peso.
Algumas plantas, como as rosas trepadeiras, com tendncia a
crescerem excessivamente para cima e pouco para os lados,
devem ter seus ramos laterais curvados para baixo e amarrados,
para que haja acmulo de hormnios que induziro a emisso de
novas brotaes.
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6.2.2. De Florao
A poda de florao caracterstica de cada espcie, pois
depende do tempo gasto para a formao das gemas florferas.
Nas hortnsias, deve ser feita aps florao j murcha, apenas
nos ramos que tenham apresentado florao, para no retirar os
ramos que iro florir no prximo ano.
Nas roseiras e hibiscos, por florescerem apenas nos ramos
nascidos no ano corrente, a poda deve ser feita antes que os
novos brotos comecem a aparecer, para que nasam brotos
fortes que logo produziro flores. J o bico de papagaio deve ser
podado drasticamente a 15cm do solo, a fim de produzir brotao
vigorosa e grandes brcteas vermelhas.
A maior parte dos arbustos podada com a inteno de se
conseguir mais flores, o que deve ser feito no momento certo
para no ocorrer efeito inverso, ou seja, a supresso da florada.
6.2.3. De Limpeza
A poda de limpeza consiste em uma poda leve, simples, para a
retirada de ramos secos, doentes, praguejados ou com alguma
inconvenincia.
6.2.4. De Correo
A poda de correo realizada quando o plantio foi efetuado em
local inadequado e a planta estiver impedindo a entrada de luz ou
atrapalhando o livre trnsito das pessoas. Feita preferencialmente
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6.2.5. De Rejuvenescimento
A poda de rejuvenescimento efetuada com o objetivo de
reformar a copa, reconstituir a ramagem j estril e fazer voltar
planta sua aparncia perdida. Feita drasticamente no final do
inverno antes do incio da brotao, removendo os caules mais
velhos e cortando-se bem prximo ao solo.
Estilos de Jardins
A forma com que os estilos de jardins foram se desenvolvendo,
se modificando e se adequando vida do homem est
intimamente ligada histria e caracterizao da evoluo da
nossa prpria civilizao. Analisando as caractersticas
individuais dos diversos estilos de jardins atravs dos tempos,
nota-se a forte influncia exercida pelas crenas e costumes do
homem, em suas diferentes fases de evoluo. Estas crenas e
costumes esto representados nas diversas formas de
composio com os elementos da natureza que formam os
jardins. Cada cultura expressa de uma forma particular. Podese considerar at que os diferentes estilos de jardim so um
retrato de cada poca, mostrando como o homem v e classifica
o seu ambiente, como se coloca no ambiente que cria e que
referncias usa para escolher esse ambiente. Segundo alguns
autores, os jardins surgiram simultaneamente na China e Egito;
porm, de acordo com outros autores, iniciaram primeiramente na
China e, somente em seguida, no Egito. De qualquer maneira,
estas duas origens possibilitaram o surgimento de duas formas
diferentes de jardins, o informal e o formal; o sinuoso e o retilneo;
o naturalista e o arquitetnico.
Em relao aos estilos de jardins, existem algumas
classificaes, umas mais simples, outras mais complexas e
abrangentes. Uma primeira classificao, que agrupa os
diferentes tipos de jardins de acordo com caractersticas mais
simples, est descrita a seguir:
1. Formal: um estilo mais organizado, comportado e com maior
equilbrio;
2. Informal: um estilo desarrumado propositadamente, com
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Vastas dimenses;
Presena de um lago centralizado com plantas aquticas.
Durante a dinastia Han, no tempo do imperador Wu, os chineses
acreditavam que ao norte da China existia um lugar para os
imortais e criaram com muita imaginao, o Jardim Lago-ilha.
Estes jardins se repetiram em vrios lugares, tanto na China
como no Japo. Em suas fantasias, os chineses acreditavam que
s chegariam nestas ilhas voando, transportados por um pssaro
(Cegonha gigante). Este simbolismo demonstra a preocupao
deste povo com o renascimento aps a morte fsica, preocupao
filosfica dos que ficam entre os vivos. Nestes jardins estava
sempre presente uma grande pedra, que representava a
Cegonha gigante e, ainda, outras pedras menores que
representavam outros animais, alm de montanhas e guas
silenciosas.
B) JARDIM INGLS
C) JARDIM JAPONES
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Plantas Ornamentais
1. PLANTAS ARBUSTIVAS
Os arbustos so plantas lenhosas ou semi-lenhosas, cujo caule
ramificado desde a base, no havendo, portanto, um tronco
indiviso (como nas rvores). So exemplos de plantas
ornamentais arbustivas :
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2.3. FLORFERAS
As herbceas florferas so assim chamadas por ser a beleza de
suas flores a responsvel pelo seu cultivo, como as orqudeas e
begnias. Alm da beleza, a flor serve de guia muito til na
identificao das plantas. A cor varia muito, desde a branca at a
violeta, assim como outras caractersticas, indo de homognea a
heterognea, de simples a composta, perfumada ou no, dentre
outras. O tamanho tambm bastante varivel, desde o
microscpico at a gigante vitria-rgia. justamente a
associao de tom, forma, cheiro e variedades que faz com que
as flores sejam to queridas e procuradas. Cada espcie requer
cuidados especiais, mas a maioria exige basicamente mais luz do
que as plantas de folhagem para se desenvolver. So exemplos
de florferas:
A) Plantas de sol:
Aptenia cordifolia - rosinha-de-sol
Bidens tinctoria - margaridinha-escura
Gazania rigens gaznia
Evolvulus pusillus gota-de-orvalho
Lobularia maritima alisso
Acalypha reptans rabo-de-gato
Belamcanda chinensis flor-leopardo
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3. PALMEIRAS
As palmeiras so plantas monocotiledneas, uma das mais
caractersticas da flora tropical e mais antigas do globo terrestre,
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de grande uso nos jardins. Tpicas dos trpicos, com exceo das
tamareiras (Phoenix sp.) provenientes de reas desrticas, e das
palmeiras washingtonia, sabal e livistona, que so de clima
temperado. Desta forma, de maneira geral, apresentam melhor
desenvolvimento quando cultivadas em regies de clima quente.
As palmeiras esto entre as plantas mais antigas do globo, e
seus vestgios remontam a mais de 120 milhes de anos. As
palmeiras podem ser usadas na fabricao de artesanatos e
telhados (folhas), para extrao de cera vegetal (carnaba e
ceroxylon), de leo vegetal (babau, dend e coco-da-bahia) e de
fibras; seus frutos e palmitos podem ser usados na alimentao
humana (doces, pastis, sucos, bolos, etc.), alm do uso no
paisagismo de diferentes formas.
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na arborizao urbana;
em jardins tropicais juntamente com outras plantas tropicais;
Espcies de porte alto: agem no conjunto mais pela silhueta do
que pela cor ou aparncia tridimensional;
Agrupadas em cumes de morros ou colinas: conjunto de lindo
efeito ornamental, sendo muito usadas para
formar molduras de cenrios panormicos afastados;
Parte dianteira da casa: permissvel o uso de palmeiras baixas,
sendo prefervel a colocao daquelas que formam touceiras;
Espcies altaneiras: apenas atrs ou ao lado das casas, salvo
palacetes ou conjuntos residenciais de alto luxo, com vasos em
amplos jardins;
frente de prdios altos: especialmente com fachadas lisas e
montonas, recomenda-se palmeiras de porte alto para
melhorar o seu aspecto;
Disfarar o tronco desnudo de algumas palmeiras: plantio de
trepadeiras na base dos estipes.
Existe um grande nmero de palmeiras nativas e diversas outras
exticas, mas bastante adaptadas ao nosso ambiente; a escolha
deve depender das caractersticas do projeto em harmonia com
as caractersticas de cada espcie.
3.6. PROPAGAO
A maioria das palmeiras se propaga por sementes; algumas
espcies so capazes de entouceirar tornando a propagao
vegetativa mais prtica, por meio de diviso de touceiras quando
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3.7.MANEJO
A) Plantio: as mudas podem ser plantadas em local definitivo, em
qualquer poca do ano, preferencialmente nos meses mais
quente, para que haja melhor desenvolvimento, em covas de
tamanho adequado a cada espcie. Recomenda-se solo
profundo, bem drenado, de textura franca, com boa aerao, teor
adequado de matria orgnica e nutrientes minerais, alm de
covas de 60 x 60 x 60 cm ou 40 x 40 x 40 cm, conforme a
espcie;
B) Adubao:
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3.8. ESPCIES
A) Plantas de sol:
Cyrtostachis laka cv. Orange formulao
Wallichia disticha - Rabo-de-peixe
Ravenea rivularis - Palmeira majestosa
Socratea exorrhiza Paxiba
Butia purpurascens
Dypsis lastelliana - Palmeira de pescoo marrom
Livistona decipiens
Corypha umbraculifera
Satakentia liukiuensis - Palmeira satake
Euterpe edulis Juara
Mauritiella armata Buritirana
Euterpe oleracea Aa
Hyophorbe verschaffeltii - Palmeira fuso
Dypsis cabadae - Palmeira de cadaba
Butia capitata
Dypsis decaryi - Palmeira tringulo
Latania commersonii - Latnia-vermelha
Copernicia prunifera Carnaba
Bismarckia nobilis - Palmeira azul
B) Plantas de sol e meia-sombra:
Calyptrocalix spicatus - Palmeira-de-rabo
Phoenix roebelenii - Tamareira de jardim
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5.1. CLASSIFICAES
5.1.1. Grupos botnicos
As trepadeiras so divididas em quatro grupos botanicamente
heterogneos, mas com hbitos de crescimento similares:
A) Trepadeira volvel: com hbito de se desenvolver girando o
pice de seus ramos novos em espiral, at se enroscar em um
suporte de apoio, no qual se curva e passa a subir no tutor de
forma espiralada. Os ramos grudam em um suporte sem
necessidade de amarrio. No adequada para subir em muros,
postes ou rvores, e sim para latadas de arame, grades de ferro
ou estacas finas e rolias (principalmente quando estas
estruturas so colocadas em diagonal), trelias de madeira com
ripas ou arames formando XX ou WW, para revestir cercas, e
tambm como pendentes em vasos e jardineiras. So exemplos:
jitirana-vermelha (Ipomoea hederifolia), olho-preto (Thunbergia
alata), jasmim-de-madagascar (Stephanotis floribunda), jasmimestrela (Trachelospermum jasminoides), etc.;
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5.2. TUTORES
Prgula: passeio ou abrigo, em jardins, feito de duas sries de
colunas paralelas e que serve de suporte a trepadeiras;
Caramancho: construo ligeira de ripas, canos ou estacas,
revestida de trepadeiras; pavilho;
Trelia: trabalho de ripas de madeira cruzadas, utilizada com
fins ornamentais ou funcionais, em portas, biombos,
caramanches, etc.;
Muros e paredes;
Pilares, colunas, postes;
Cercas e gradis metlicos;
Molduras de janelas, varandas e bancos de jardins, arcos;
Troncos altos de palmeiras ou de outras rvores de fuste alto;
Troncos de xaxim.
5.3. UTILIZAO
Como seu crescimento pode ser conduzido, e devido grande
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5.5. ESPCIES
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Suculentas
As plantas suculentas so capazes de armazenar gua nos
tecidos (parnquima aqufero) de uma ou mais de suas partes
(caule, folhas e/ou razes). As plantas suculentas podem estar
presentes em inmeras famlias, conforme listado a seguir.
6.1. FAMLIAS
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Agave
macroacantha
(folhas
verde
escuras);
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uma
diversidade
de
hbitos
de
Opuntia
vulgaris
variegata;
Opuntia leucotricha (espinhos azulados, flores amarelas);
Opuntia
microdasys
(espinhos
dourados);
Opuntia tunica (espinhos longos e brancos).
C) Cactos-bola: podem ser encontrados em todos os tamanhos e
cores. Algumas espcies demoram at 60 anos para atingir
apenas 1,0m de altura; suas flores levam certa vantagem e
surgem primeiro: 20 anos depois do plantio. Felizmente, h
variedades bem menores que deixam escapar periodicamente
grande quantidade de flores pequenas, em menos tempo. Mas o
tamanho e a rigidez destes cactos so elementos quede se
encaixam perfeitamente em vasos, usados em ambientes
internos. O nico cuidado, neste caso, escolher um local com
luminosidade intensa e na maior parte do dia.
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(rosinha-de-sol),
D)
Famlia
Apocynaneae:
a
palmeira-de-madagascar
(Pachypodium lamerei) um arbusto suculento, que parece-se
mais com uma palmeira.
6.3. CULTIVO
A) Substrato recomendado para cultivo de cactos: 60 % de areia
grossa + 30 % de terra comum + 10 % de composto orgnico;
B) Adubao no solo: aplicar 5-10-5 duas vezes/ano, sendo
100g/planta em cada aplicao, misturado com a terra ao seu
redor;
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