Manejo Gado Leiteiro
Manejo Gado Leiteiro
Manejo Gado Leiteiro
EMBRAPA
Manejo reprodutivo
Introduo
O manejo reprodutivo fundamental para elevar os ndices produtivos do rebanho. O
manejo reprodutivo da fmea envolve os vrios eventos da vida do animal: desmama,
puberdade, parto, perodo de servio, idade primeira cria, intervalo de partos e
manejo pr-parto. Do manejo adequado desses eventos, depende a eficincia
reprodutiva (ER) do animal e do rebanho como um todo. A vida til produtiva de uma
fmea envolve fases importantes que dependem de um conjunto de decises
fundamentais a serem tomadas, visando maior produtividade e lucratividade.
O manejo reprodutivo
Conforme o esquema da Fig. 1, a vida til de uma fmea composta ou definida por
vrios momentos e perodos, como a seguir:
Ilustrao: Jos Marques
Fig. 1. Legendas:
d _ dias P1,2,n - partos
D _ desmama PSe - perodo seco
DE _ descarte PG - perodo de gestao
F _ fecundao PS - perodo de servio
DP - intervalo de partos PP _ recuperao uterina (perodo puerperal)
M _ morte S _ servio / monta ou IA
m _ meses * Se for o caso
N _ nascimento
Desmama
Na Fig. 1, a desmama a fase representada pelo ponto D. um momento importante
para as futuras matrizes, pois fornecer dados para a seleo de fmeas. O
desenvolvimento ponderal e a sade do animais desmamados dependem da capacidade
da me em cri-los. Altas diferenas esperadas na prognie (DEP) para peso
prxima fecundao. Esse perodo se divide em perodo puerperal (PP), quando ocorre
a involuo uterina, isto , a recomposio do sistema genital, principalmente do tero,
e o servio (S) propriamente dito, em que o touro est cobrindo a fmea. No caso de
uso da inseminao artificial (IA), o controle desse perodo muito mais seguro,
ficando o manejo reprodutivo mais simples. Diz-se que, nessa fase, a fmea est vazia.
Um problema ocorrido durante o parto ou mesmo nutricional pode prejudicar
fortemente essa fase da criao. A sua importncia fundamental para a lucratividade
da fazenda, pois, quanto maior for o PS, maior ser o intervalo de partos (IDP). Um
perodo de servio acima de 60 dias significa que o manejo ps-parto deficitrio. Esse
ndice importante, pois dele depende o intervalo de partos, que um dos mais
importantes indicadores da eficincia reprodutiva do rebanho.
Intervalo de partos
O intervalo de partos (IDP) uma fase ligada reproduo das mais importantes para a
criao animal. Ele depende de todas as prticas de manejo, seja nutricional,
reprodutiva ou sanitria. Quanto maior for o IDP, menor ser a produtividade do
animal, acarretando prejuzos ao comprometer a eficincia reprodutiva do rebanho.
Assim, muita ateno deve ser dada recuperao do parto, bem como alimentao,
antes e depois dele e, tambm, utilizao de reprodutores saudveis. Esses cuidados
interferem diretamente no ciclo reprodutivo do animal, alterando o IDP, que uma das
mais sensveis variveis que compem o clculo da ER de um rebanho.
fcil se entender a importncia do IDP. Toda vaca deve parir uma cria por ano. Caso
isso no acontea, deve-se concentrar esforos na identificao das causas. O IDP o
termmetro fisiolgico da reproduo, pois um problema acorrido no passado pode
refletir nessa fase e, conseqentemente, na relao custo-benefcio da criao. No
esquema da Fig. 1, o IDP est situado entre P1 e P2, ou seja, entre dois partos, fazendo
desse intervalo quase todas as outras fases, isto : o PS, que totalmente dependente de
manejo, indo junto com ele o PP, o S, o F, alm do perodo de gestao (PG), que
varia muito pouco, e o PSe que, tambm, depende do manejo.
Para que a fmea produza uma cria por ano, que o ideal, o PS no pode ultrapassar
120 dias. Estimando-se que o perodo puerperal se completa, na maioria dos casos, at
os 40 dias, ento, perfeitamente possvel se atingir essa meta, desde que haja um bom
manejo. Conclui-se, assim, que o sucesso na criao depende de manejo e, por
conseguinte, totalmente dependente do homem. Um intervalo de parto acima de 365
dias, compromete bastante a eficincia reprodutiva do rebanho, pois fica fora da
relao considerada tima de uma cria, por ano, por fmea.
Pr-parto/perodo seco
Aps todas as fases que passaram, seguindo-se a Fig. 1, atinge-se o primeiro perodo
seco (PSe), ou seja, aquele no qual as fmeas comeam a se preparar para o segundo
parto, coincidindo, tambm, com um outro importante momento, o pr-parto. Neste
ponto as fmeas devem ser secas, o que significa que se deve parar de ordenh-las.
Conforme o item sobre o parto, devem ser tomados todos os cuidados com as fmeas
gestantes. A primeira prtica de manejo nessa fase, a secagem das fmeas, deve ocorrer
no momento e tempo certos. Deve durar o suficiente para preparar a fmea para o parto
e, na maioria dos casos, o ideal por volta de 2 meses ou 60 dias antes do parto, pois
permite fmea se recuperar da lactao, preparando-se para o estresse do parto e da
amamentao. Assim, todas as condies de manejo devem ser dadas aos animais,
transferindo-os para um piquete maternidade, ou seja, uma rea separada onde ficaro
at o parto, de preferncia com bom pasto, sombra e gua vontade, alm da
tranqilidade que requer toda fmea gestante.
Operacionalizao do manejo reprodutivo na propriedade
Para operacionalizar o manejo reprodutivo das fmeas na propriedade, necessria
uma boa administrao. As seguintes recomendaes podem auxiliar os produtores
nessa tarefa:
Registro _ muito importante anotar todas as informaes relacionadas vida de cada
animal, como registro ou controle zootcnico (idade, partos, filiao, origem,
ocorrncias de doenas, alimentao, medicamentos utilizados, produes - peso de
leite, peso corporal etc), dados dos pais e avs, problemas genticos ou de outra ordem
que ocorrerem etc. Usar fichas apropriadas (ver sugestes nas Fichas 1, 2, 3 e 4).
Variaes climticas _ importante observar as alteraes climticas que ocorrem de
ano para ano, pois essas informaes podem ser grandes aliadas no manejo dos
animais.
Tratamento dos animais _ Como fundamental o tratamento dispensado aos animais,
deve-se observar o trato dos vaqueiros no manejo dirio, principalmente na ordenha.
Vaqueiro nervoso e bruto no serve para o trabalho direto com o gado.
Viso empresarial _ Convm lembrar que a fazenda, seja qual for o seu tamanho, um
negcio como outro qualquer. Em vez de livros, sapatos ou roupas, ela vende leite,
carne, esterco, animais, couro, turismo etc. Assim, deve ser manejada com viso
empresarial, na qual a relao custo x benefcio decisiva.
ndices reprodutivos
Os ndices ideais de eficincia reprodutiva e as mdias observadas na regio so
apresentados na Tabela 1.
Tabela 1. ndices ideais de eficincia reprodutiva e mdias observadas na
regio.
Mdia
ndice
Mdia Ideal
Observada
Mortalidade at 1 ano (inclusive
desmama)
5-7
3-5
27
42
60
150
365
At 450
305
250
2.440*
750-1.250**
Sem dados
Rebanho inseminado, %
30
80
50-60
70
45
Manejo sanitrio
Introduo
A sade, perfeitamente em integrao com a alimentao e a gentica, forma a base
sobre a qual se sustenta qualquer tipo de atividade pecuria, especialmente a leiteira.
De nada adianta um sistema de produo com pastagens de boa qualidade e rebanhos
de alto valor zootcnico, se o rebanho no contar com adequadas condies sanitrias
(Lu, 2000a).
Animais saudveis, alm de garantirem a produo de bezerros e de leite compatvel
com as suas performances, no representam gastos adicionais com medicamentos e
servios veterinrios. Tambm, no significam risco para a sade humana, nem para
os outros animais.
Levantamentos recentes efetuados nos sistemas de produo leiteira da Zona
Bragantina mostram que o rebanho regional possui baixo padro sanitrio, com alta
taxa de mortalidade de bezerros e de incidncia de doenas infecto-contagiosas, com
srios perigos para a sade pblica (Hostiou, 1998; Ludovino et al. 2000). As medidas
de profilaxia e controle dos animais no so suficientemente conhecidas pelos
produtores.
Assim, neste tpico, so feitas recomendaes sobre o manejo da vaca gestante e dos
bezerros recm-nascidos, as principais vacinaes, o controle de ectoparasitas e a
higiene das instalaes rurais. mostrado, ainda, um cronograma sanitrio para
bezerros, alm dos principais anti-helmnticos e carrapaticidas a serem utilizados na
regio.
Manejo da vaca gestante
Aproximadamente 60 dias antes do parto, a vaca deve ser mantida separada do resto
do rebanho, em um piquete maternidade, com pastagem de boa qualidade, sombreada,
com gua e sal mineral vontade. Nessa ocasio, deve ser secada, ou seja, mantida
sem lactao, para que haja plena recuperao do animal e, conseqentemente, maior
formao de colostro e produo de leite na prxima lactao. Um ms antes do parto,
deve receber a vacina contra o paratifo, para estimular a produo de anticorpos, que
sero transferidos ao bezerro recm-nascido, pelo colostro. No h necessidade de
aplicao das vitaminas A, D e E, uma vez que a forragem verde e a disponibilidade
de luz solar o ano inteiro no justificam tal prtica. No momento de um parto normal,
as primeiras partes do feto a surgir so as patas dianteiras, em seguida a cabea, entre
aquelas. Qualquer outro tipo de apresentao considerado anormal e merece a
interveno veterinria. No caso de no haver progresso aps trs a quatro horas de
esforo no processo de expulso do feto, a vaca deve ser examinada na tentativa de
deteco da causa obstrutiva. A expulso total dos restos placentrios ocorre,
normalmente, dentro de 12 horas aps a pario. Caso isso no acontea, caracteriza-
Eficcia%
SR
Tetramizole
IM ou SC
7,5
100
80-95
Levamizole
IM ou SC
7,5
100
80-95
Ivermectina
SC
0,2
100
100
Albendazole
Via oral
7,5
100
100
Oxfendazole
Via oral
4,5
100
100
Tabela 2.
Tabela 2. Principais carrapaticidas utilizados em bovinos.
Princpio Ativo
Mode de aplicao
Diluio em gua
Cipermetrina
Pulverizao
20 ml / 20 litros
Cyhalotrin
Pulverizao
50 ml / 20 litros
Deltametrina*
Pulverizao
Puor-on
20 ml / 20 litros
10 ml / 100kg de p.v.
Fipronil**
Puor-on
10 ml / 100kg de p.v.
Flumethrin
Pulverizao
Puor-on
20 ml / 20 litros
1 ml / 10kg de p.v.
Metriphonato
Pulverizao
*Tambm indica contra a mosca-do-chifre
*Puor-on = Aplicado sob o dorso do animal
Fonte: Embrapa Amaznia Oriental
200 ml / 20 litros
Mosca-dos-chifres
Duas medidas tambm devem ser consideradas no controle dessa mosca: reduo da
proliferao dos insetos e morte dos mesmos. Como a proliferao dos insetos ocorre
nas fezes frescas dos animais, o xito na reduo da sua proliferao ser obtido
mantendo-se sempre limpas as reas prximas s instalaes rurais, fazendo-se uso de
esterqueiras. No segundo caso (eliminao das moscas), as pulverizaes dos animais
com inseticidas apresentam timos resultados. As aplicaes devem ser consecutivas,
em nmero de trs a quatro, sempre nas primeiras horas da manh e no final da tarde.
Os principais produtos utilizados na eliminao e controle das moscas esto citados na
Tabela 2.
Higiene das instalaes
As adequadas condies higinicas das instalaes (bezerreiros, estbulos, currais)
influenciam nitidamente na diminuio do ndice de mortalidade dos bezerros,
principalmente durante os primeiros dias de vida. A limpeza das instalaes deve ser
feita, diariamente, e envolve a remoo das fezes dos animais. Estas, devero ser
colocadas em uma esterqueira, para serem utilizadas como adubo orgnico na lavoura
de subsistncia. A limpeza dos bebedouros e comedouros tambm no deve ser
esquecida. Na desinfeco, podem ser
utilizados produtos comerciais base de benzol, fenol e cresol, ou soluo de
hidrxido de sdio (soda custica), a 2%. Como medida higinica, deve-se evitar o
acesso de ces e outros animais domsticos nas instalaes dos bezerros.
Cronograma sanitrio de bezerros
Para que o manejo sanitrio dos animais jovens tenha seqncia e conformidade,
necessria a seqncia de um cronograma. Este deve ser pr-elaborado, conforme as
necessidades da regio. Das prticas que sempre devem fazer parte de um cronograma
Usar tesoura
Tratamento do
umbigo
X X X
Soluo de alcool
iodado
Ingesto do
colostro
X X X X
Observar de perto
Vacinao contra
paratifo
Vacinao contra
piobacilose
(Antipiognica)
Vascinar vaca
gestante 1 ms
antes do parto
Dose nica
Vacinao contra
carbnculo
(sintomtico)
Vacinao contra
febre aftosa
Repetir a cada 6
meses at
completar 2 anos
Controle
parasitrio
(vermifugao)
Fonte: Embrapa Amaznia Oriental
Notificar a
secretaria de
agricultura
Introduo
Numa propriedade leiteira, as instalaes so de grande importncia, porque facilitam o
manejo dos animais, influindo diretamente na sua produtividade e sade. De modo
geral, as propriedades leiteira da Zona Bragantina no possuem estrutura adequada para
manejo dos animais. Poucos produtores dispem de um local coberto para a ordenha,
sendo que alguns usam o prprio curral para ordenhar as vacas.
As instalaes mais importantes para a produo de leite so: estbulo, sala de ordenha,
cercas, balana, cochos para sal e embarcadouro. Devem ser construdas de acordo com
as condies da regio, utilizando material disponvel no local. A eficincia das
instalaes rurais vai depender da construo e manuteno. A escolha do tipo das
instalaes deve levar em considerao, principalmente, os custos, a durabilidade e a
funcionalidade.
Localizao das instalaes
A construo das instalaes para explorao do gado leiteiro depende de vrios fatores,
tais como tipo de manejo do gado, tamanho da explorao, alm das caractersticas do
clima, do solo e da topografia. Para construo desse tipo de instalao, o local ideal
deve ser bem drenado, exposto aos raios solares, o que facilita a secagem e diminui a
proliferao de organismos patognicos. O estbulo no deve ser atravessado por fortes
correntes de ar frio que favorecem surtos de doenas do sistema respiratrio dos
animais. No entanto, deve permitir um conforto trmico, evitando o predomnio das
altas temperaturas.
O estbulo
Para atender s necessidades mnimas do sistema de produo de leite, o estbulo deve
possuir os seguintes componentes: curral de espera, sala de ordenha, bezerreiro, curral
de alimentao, brete para manejo sanitrio, embarcadouro, depsito de materiais, sala
de manuseio de leite e cobertura do estbulo. Um exemplo de estbulo simples, para
pequenas propriedades, mostrado na Fig. 1.
Curral de espera
a infra-estrutura de recepo dos animais vindos da pastagem, os quais permanecem
nesse local, espera da ordenha, sem acesso alimentao suplementar. Para manuseio
de 20 animais adultos, o curral de espera deve ser de aproximadamente 8,10 x 5,80 m
(47 m2). Preferencialmente, o piso deve ser de concreto ou cimentado, garantindo maior
durabilidade. No entanto, para diminuir os custos, pode ser de bloket, pedra, piarra ou
mesmo de cho batido. O declive deve ser de 2% a 4%.
Sala de ordenha
Visa permitir que as vacas fiquem posicionadas num nico sentido, presas a argolas de
ferro. Logicamente, sua rea depende do nmero de vacas em cada grupo de ordenha,
sendo recomendado um espao 1,5 m por vaca e sua cria, se for o caso. Recomendam-se
grupos de 4 animais, numa sala de 24 m2 (6 x 4 m), o que permite um bom espao para
manejo. O piso deve ser de concreto, cimentado ou de bloket, com um declive de 2%.
Ao final da ordenha, as vacas devem ser transferidas para a sala de alimentao.
Bezerreiro
importante que fique em rea coberta e tenha duas baias (divises), sendo uma para
animais at 60 dias e outra para animais acima dessa idade. Pela parte externa, a baia
dos animais mais jovens deve ser provida de baldes para o fornecimento do leite, que
servem, tambm, de bebedouro. O solo deve ser cimentado, sendo o piso do bezerreiro
elevado, construdo com sarrafos de madeira para permitir boa drenagem e ventilao.
Para proteo dos ventos fortes e chuvas, pode-se usar uma lona estendida de cima at o
solo. Nos dias mais quentes, essa lona deve ser enrolada e fixada na parte superior do
bezerreiro.
Tanto o cocho de alimentao como o bebedouro devem ficar preferencialmente do lado
externo do bezerreiro, para evitar contaminao do alimento ou da gua, tendo-se o
cuidado de coloc-los fora do alcance das chuvas.
80
80 e 45
Balana
um equipamento indispensvel em qualquer propriedade com explorao pecuria.
Em pequenas propriedades, pode ser de menor capacidade, permitindo o controle de
peso individual. As balanas mais utilizadas so as mecnicas por causa do custo e da
disponibilidade. As eletrnicas oferecem mais benefcios, alm de exigirem menores
custos de implantao. Deve ser localizada, preferencialmente, na sada do brete,
permitindo o acesso dos animais ao embarcadouro ou a sua volta ao curral. Na Fig. 4,
mostra-se uma balana mecnica utilizada na regio.
Foto: Ari Camaro
Lotao alta
Falta de descano ou
descano curto
Capim no apropriado
Muito baixa lotao
Agressividade /
Competitividade
Produtividade
Forrageira
para sistemas intensivos com uso de fertilizantes e sob manejo de pastejo rotativo):
Tobiat (Panicum maximum, cultivar Tobiat) - capim de toiceira.
Tanznia (Panicum maximum, cultivar Tanznia) - capim de toiceira.
Mombaa (Panicum maximum, cultivar Mombaa) - capim de toiceira.
Formao de pastagem
De modo geral, o processo de formao de pastagem segue as seguintes operaes que
podem ser efetuadas manualmente ou com uso de maquinrio.
Limpeza da rea
As reas com vegetao de capoeira e "juquira" so as mais utilizadas para formao
de pastagem na Zona Bragantina. No processo inteiramente manual, a limpeza feita
com o corte da vegetao. No processo mecanizado, as reas destinadas ao plantio da
pastagem so limpas com a lmina de trator (tombamento e destoca). Os resduos
podem ser reunidos em montes ou leiras.
Preparo do solo
Essa operao s efetuada quando a rea foi limpa mecanicamente. Consta de uma
aradura seguida de uma ou mais gradagens, para revolver, destorroar e nivelar o solo
para o plantio.
Adubao
Em sistemas extensivos, normalmente o solo no adubado na formao da pastagem,
principalmente quando a rea passou por um pousio e recuperou parcialmente a sua
fertilidade. Porm, em sistemas intensivos, recomendado pelo menos a adubao
fosfatada, na base de 30 a 60 kg de P2O5/ha. Uma adubao completa inclui 30 a 60
kg de N, P2O5 e K2O/ha, conforme anlise do solo. Adicionalmente, clcio e
magnsio podem ser adicionados via 500 kg de calcrio dolomtico/ha. O adubo pode
ser aplicado a lano sobre o solo preparado ou na linha de plantio, quando essa
operao for feita com mquina. No plantio de ramas e perfilhos, o adubo pode ser
colocado no fundo da prpria cova.
Plantio
Plantio em monocultivo - A qualidade da semente crtica no estabelecimento de
pastagem, pois dela depende todo o investimento feito no preparo da rea. Os baixos
ndices de germinao e pureza das sementes de forrageira podem ser compensados
pelo aumento na taxa de semeadura. Na falta de informaes mais precisas sobre a
qualidade da semente, recomenda-se em torno de 5-10 kg de semente de gramnea por
ha. Em reas limpas manualmente e, por conseguinte, sem preparo do solo, o plantio
pode ser feito com plantadeira tico-tico ou matraca, no espaamento de 0,5 x 1 m ou 1
x 1 m, o que requer menos semente. Quando o solo foi preparado, o plantio pode ser
feito juntamente com a adubao, em linhas afastadas de at 0,8 m, utilizando a
plantadeira-adubadeira. Em qualquer caso, o plantio pode ser feito a lano, desde que
se cubram as sementes com uma camada fina de terra, passando-se sobre a rea
plantada ramos de arbustos. Isso diminui o risco de arraste das sementes pela chuva e
de ataque de pssaros. Por serem geralmente pequenas, as sementes devem ser
plantadas superficialmente (no mximo 1 cm de profundidade), especialmente em
solos arenosos, por causa do risco de dessecao. O plantio, usando ramas ou
perfilhos com raiz pode ser feito em covas com profundidade de at 15 cm, no
espaamento de 1 x 1 m, 1 x 0,5 m ou em sulcos afastados de 1 m. Nesse caso, o
tempo de formao menor do que quando se usam sementes, entretanto, requer mais
mo-de-obra. O tempo de formao, ou seja do plantio at o incio do pastejo regular,
varia de 4 a 6 meses, desde que seja feita pelo menos uma limpeza das plantas
invasoras.
Plantio com cultura associada - Antes do plantio da pastagem, alguns produtores
aproveitam o preparo da rea para plantar arroz ou milho, como cultivo associado,
diminuindo os custos da formao da pastagem. A pastagem pode ser plantada aps 2
a 4 semanas do plantio daquelas culturas. Nesse caso, o plantio da forrageira feito
com plantadeira tico-tico ou matraca. Obviamente, dessa forma, a pastagem demora
um pouco mais a se estabelecer.
Controle das plantas invasoras - A competio de invasoras, aps a germinao, um
dos principais entraves para a formao da pastagem. O controle dessas plantas mais
eficaz no fim da poca seca, para facilitar o crescimento da pastagem no incio das
chuvas.
Incio do pastejo
O tempo para o primeiro pastejo e sua intensidade vo depender do desenvolvimento
da pastagem em formao. Em condies ideais de chuva e sendo baixa a infestao
de plantas invasoras, um pastejo leve (com baixa quantidade de animais por hectare)
pode ser antecipado no final das chuvas subseqentes, 4 a 5 meses aps o plantio. De
qualquer forma, no se deve submeter as pastagens recm-formadas a pastejos
pesados (com elevada quantidade de animais por hectare), por perodos prolongados,
no 1 ano de formao.
Controle das plantas invasoras
Geralmente feito com a limpeza peridica das plantas invasoras de pastagem,
comumente chamadas de juquira, uma vez a cada 2 ou 3 anos. Essa operao mais
eficaz no fim da poca seca para beneficiar o crescimento da pastagem no incio das
chuvas. Em geral, essa operao feita manualmente, porm em reas destocadas, a
roadeira mais eficiente. Embora primeira vista haja uma certa vantagem do fogo
no controle das plantas invasoras, em hiptese alguma se recomenda o seu uso, pois
prejudica o solo e contribui para a degradao da pastagem em longo prazo.
Adubao de manuteno
Em sistemas menos intensivos, normalmente as adubaes de manuteno s so
efetuadas quando a pastagem apresentar sinais de declnio, geralmente a cada 3 anos,
na base de 30 a 60 kg de P2O5/ha ou, mais completamente, de 30 a 60 kg de N, P2O5
braquiaro, cuja provvel causa tem sido atribuda ao de fungos do solo (Pythium
periilum, Rhizoctonia solani e uma espcie de Fusarium), cujo ataque estimulado
em pastagens sob estresse de umidade, nutricional e de manejo (Teixeira Neto et al.
2000). No Acre h indicaes de que pastagens de braquiaro, estabelecidas em solos
mais argilosos e de difcil drenagem, do tipo podzlico, tenham morrido por estresse
de umidade (Valentim et al. 2000). Os danos causados por essa doena vm
preocupando produtores e tcnicos da Regio Amaznica, exigindo pesquisas para sua
soluo, antes do agravamento da situao.
Manejo de pastagem
Introduo
Um dos principais problemas dos sistemas de produo leiteira da Zona Bragantina,
como em toda a Regio Amaznica, a falta de persistncia das pastagens, que
normalmente culmina com a sua degradao. considerada degradada uma pastagem
cuja maior parte foi tomada por plantas invasoras ou constitui-se solo descoberto.
Entre as causas dessa degradao, o manejo inadequado da pastagem um dos mais
notados. Outro importante problema, que tambm depende do manejo de pastagem,
o baixo valor nutritivo da forragem consumida pelos animais.
O sistema de pastejo mais utilizado nas propriedades leiteiras da Zona Bragantina o
rotativo no-controlado, com longos perodos de ocupao, com trs ou mais piquetes
ou subdivises. Apesar da preocupao dos produtores em melhorar a utilizao dos
recursos forrageiros, via manejo da pastagem, isso no ocorre, normalmente, na
prtica. Alm dos perodos de ocupao dos piquetes serem demasiadamente longos,
no existe um controle da lotao, ocorrendo problemas de sub ou superpastejo. Essa
inadequada utilizao da pastagem pode provocar sua degradao, possibilitando a
invaso de plantas indesejveis, no-forrageiras, comprometendo a alimentao do
rebanho (Hostiou et al. (2004).
Em levantamento das pastagens nas propriedades leiteiras da Microrregio de
Castanhal, na Zona Bragantina, Bendahan (1999) verificou que a rea de solo coberto
pela pastagem variou de 45% a 84%, enquanto que a digestibilidade, o teor de
protena bruta e o de fsforo na forragem alcanaram apenas 75%, 38% e 26% das
respectivas recomendaes para as vacas leiteiras.
O grande objetivo do manejo de pastagem no sistema de produo leiteiro permitir
s vacas uma eficiente utilizao de forragem da melhor qualidade, durante o ano
inteiro, sem comprometer a sustentabilidade da pastagem. Dessa forma, o manejo da
pastagem dever permitir uma adequada colheita da forragem produzida por parte dos
animais. Por exemplo, desde que a qualidade da dieta no seja comprometida, as
prticas de pastejo que reduzem as sobras de forragem sobre o solo, ao final de um
pastejo, devero ser privilegiadas.
Fatores de manejo de pastagem
Presso de pastejo (lotao animal)
O fator de manejo que mais afeta a persistncia das pastagens a presso de pastejo,
expressa na prtica pela lotao animal. Visando lucros imediatos, muitos produtores
utilizavam - sem o devido descanso e por longo tempo - lotaes animais muito acima
da capacidade de suporte das pastagens, chegando, em alguns casos, a 2-3 UA/ha1,
sem a devida reposio de nutrientes ao solo, comprometendo a sua vida til. A
experincia regional de manejo de pastagem, em sistemas extensivos (sem reposio
de nutrientes do solo via adubao), recomenda se ajustar a carga animal
disponibilidade de forragem, o que leva, aps o devido tempo de ajuste, a uma lotao
de 0,75 a 1,5 UA/ha. Em sistemas intensivos (com reposio de nutrientes do solo via
adubao), possvel alcanar lotaes bem mais altas, 2 a 3 UA/ha, ou mesmo
maiores, dependendo do nvel de aplicao de insumos.
Freqncia de pastejo (sistema de pastejo)
Outro fator de manejo de pastagem, que nas condies regionais pode ser de
considervel importncia, a freqncia de pastejo. No passado, esse fator era pouco
considerado, tanto que o sistema de pastejo predominante era parecido com o contnuo
(sem descanso e sem rotao de pastagem), com pouca diviso de pastagem. Mesmo
sob uma lotao animal razovel, periodicamente, as pastagens tropicais,
principalmente aquelas formadas por gramneas de hbito ereto ou entoiceirado,
necessitam descansar do pastejo animal. O descanso da pastagem permitir a
restaurao do seu ndice de rea foliar e do seu sistema radicular, possibilitando
maior cobertura do solo e competitividade com as plantas daninhas. Maior eficincia
desse processo pode ser alcanada, quando o controle das plantas daninhas feito no
incio do descanso da pastagem.
A freqncia de pastejo se expressa pelo sistema de pastejo. No pastejo contnuo, a
pastagem no tem descanso, ou seja, o tempo de descanso zero, e por isso, no
requer subdiviso da pastagem. No pastejo rotativo, o nmero
UA1 = Animal de 450 kg.
de subdiviso ou de piquete da pastagem (2, 3, 4, 5, 6 ... n) e o tempo de pastejo ou
permanncia dos animais em cada piquete, determinam o descanso da pastagem.
Interao presso de pastejo versus freqncia de pastejo
Os fatores presso de pastejo e freqncia de pastejo no atuam isolados, sendo a sua
interao muito importante. Mesmo considerando as caractersticas intrnsecas de
cada forrageira, as respostas das pastagens variao desses fatores seguem mais ou
menos um mesmo padro. Nas pastagens tropicais, h um consenso entre os
estudiosos de que o fator que mais afeta a produtividade animal a presso de pastejo,
ou seja, maior parte da variabilidade na produo animal de uma pastagem explicada
pela variao da presso de pastejo do que pelo sistema de pastejo.
A experincia e as pesquisas regionais possibilitam estabelecer padres de manejo de
pastagem para aumentar a produtividade e a sustentabilidade da pastagem e, por
conseguinte, a produo animal. Na Tabela 1, encontrado o padro da resposta das
pastagens, manejadas extensivamente, presso de pastejo (lotao animal) nas
condies regionais.
Baixa
(<0,75)
Mdia
(0,75 a 1,25 Situao Intermediria
)
Alta
(>1,25)
A quantidade de forragem
embora de boa qualidade tende
a diminuir
Situao Intermedirias
A produo por hectare
baixa, porm a produo por
hectare alta.
A partir de certo nvel de
lotao, a produo por animal
e por hectare so baixas
Continuo
O gado fica
mais de 30
dias numa
mesma
pastagem
Sistemas
extensivos
(pastagens de
baixa
produtividade
ou nativas,
baixa lotao
animal)
Rotativo
menos
intensivo
Pastagens
com no
mximo
quatro subdivises.
O gado fica
Sistemas menos
intensivos
(pastagem
Mdio (em
recm e bem
cercas)
fornada, mdia
lotao animal).
baixo (em
cercas)
Mdia
/alta
Mdia /
baixa
Mdia
Mdia
Mdia
/baixa
Mdia
/alta
A presso de pastejo (lotao animal) pode ser mais facilmente manipulada que o
sistema de pastejo. Enquanto que para alterar a lotao, apenas necessrio se
adicionar ou retirar animais da pastagem. Para passar de um sistema de pastejo
contnuo para um rotativo, so necessrios investimentos em cercas, bebedouros e
cochos de sal, assim como maior gasto com mo-de-obra na sua conduo.
Apesar de j ter sido estabelecido o padro de resposta das pastagens aos fatores de
manejo de pastagem, ainda se ressente de informaes especficas s espcies
forrageiras e estao do ano. Na falta de pesquisa mais conclusiva, algumas
informaes prticas so apresentadas na Tabela 3.
Tabela 3. Altura da pastagem e fator tempo no manejo de algumas pastagens
regionais.
Espcies
Tempo em pastejo rotativo
Altura da pastagem em pastejo
forrageiras /
(dias)
contnuo (cm)
hbito de
De descanso
De pastejo
crescimento Mxima*
Mnimia**
Inverno***
Vero****
35- 15Quicuio (decumbente)
45 20
45- 25Branquiaro (semi-decumbente)
28-35 35-42 1-15
50 30
Colonio e outras espcies do gnero
60- 30Panicum (erecto, entoicerado)
80 40
*Acima da qual a lotao deve ser aumentada. **Abaixo da qual a lotao
deve ser reduzida. *** Perodo mais chuvoso. ****Perodo menos chuvoso
ou seco
Fonte: Veiga & Tourrand (2001).
Exemplos de sistemas de pastejo rotativo
2,67 ha 2,67 ha
1,89
1,89
1,89
1,89
24
ha
Vacas
1 Touro
ha
ha
ha
ha
0,16
0,32
0,48
0,64
0,80
1,60
10
0,52
20
0,04
30
1,56
40
2,08
50
2,60
100
5,20
Fonte: Embrapa Amaznia Oriental
0,26
0,52
0,78
1,04
1,30
2,60
Preparo da rea
Tanto para os capins elefante, napier e cameron, como para o capim-tobiat, a rea
deve ser preparada no final do perodo seco (novembro a dezembro), por meio da
limpeza da vegetao, arao e gradagem ou simplesmente gradagem (grade aradora e
niveladora) do solo. Caso a vegetao original necessite ser derrubada, a operao
seguinte deve ser a destoca, antes do preparo do solo.
Plantio
a) Capineira de capim elefante, napier e cameron
O plantio deve ser feito logo aps as primeiras chuvas. O material de propagao o
colmo (no se usa sementes). Para assegurar maior ndice de pega, os colmos do
capim devem ser retirados de plantas matrizes com rebrote de 90 a 120 dias.
Plantio com estacas, em covas - A planta desfolhada e os colmos so cortados em
estacas de trs a quatro ns. Cada planta inteira pode produzir de 7 a 10 estacas. Em
cada cova, de 15 a 20 cm de profundidade, plantam-se duas estacas, inclinadas em
forma de "V" (Fig. 1)
Ilustrao: Guilherme Azevedo
(Fig. 2).
Ilustrao: Guilherme Azevedo
Fig. 2. Espaamentos das covas no plantio dos capins elefante, napier e cameron.
Rao concentrada
uma mistura de alimentos na forma farelada, homognea, com o teor de umidade
inferior a 13%. Sua composio deve conter de 19% a 20% de protena bruta (PB),
acima de 70% de nutrientes digestveis totais (NDT), mximo de 1,0% e mnimo de
0,6% de clcio, 0,5% de fsforo, acima de 2% de extrato etreo e menos de 12% de
material mineral e fibroso. A relao entre PB e NDT deve estar prxima de 1/3,7.
Elaborao da mistura concentrada
Os ingredientes
Devem ser selecionados alimentos com boa disponibilidade e baixo custo. Aps a
escolha dos ingredientes, deve-se verificar a sua composio qumica e determinar a
sua proporo na mistura. A Tabela 1 contm os alimentos tradicionalmente usados e
os alternativos regionais.
Tabela 1. Alimentos tradicionais e alternativos para suplementao de gado
leiteiro.
Alimentos
Alimentos alternativos
tradicionais
Energtico
Milho
Protico
Tortas de coco e de babau, resduo mido de cervejaria.
Farelo de soja rama de mandioca, uria
Fonte: Embrapa Amaznia Oriental
Farelo de soja
6,65
90,40 0,71
8,14
9,60
Calcrio calctico -
99,00 -
Farelo de arroz
13,12
9,57
62,60 0,11
1,59
Farelo de soja
45,00
94,00 1,80
6,50
6,00
73,00 0,30
0,65
Farelo de trigo
16,00
94,80 4,20
10,20 5,20
62,00 0,12
1,10
Fosfato biclcico -
93,00 -
Mandioca (raiz)
99,70 0,30
8,00
0,30
72,00 0,15
0,10
94,95 5,36
22,60 5,05
51,79 0,97
0,19
Massa de
mandioca
1,84
95,56 0,35
11,32 4,40
64,05 -
Milho (gro)
9,00
98,70 3,70
2,50
1,30
80,00 0,02
0,25
Resduo de
cervejaria
26,20
93,41 5,70
12,70 3,20
76,80 0,20
0,56
Torta de algodo
3225
94,34 7,42
16,00 6,00
68,00 0,15
0,90
Torta de dend
14,00
63,52 0,20
0,50
Torta de babau
20,62
93,82 5,81
18,80 6,18
46,60 0,07
0,53
Torta de coco
20,66
92,97 9,23
11,80 7,00
67,30 0,08
0,57
2,60
72,96 0,35
0,08
36,00 -
22,00 19,00
(10x60,2)100 =
6,02
(10 x 7,56) x
10 = 756
3,70
364
20,00
14,00
Manuteno Saldo
756-364 =
15-20 = -5
9 - 14 = - 5
392
1
Necessidade para manter apenas o funcionamento bsico do animal, sem a produo
de leite.
Fonte: National... (1988).
6,02-3,70 = 2,32
A Tabela 3 indica que, para apenas a manuteno do corpo do animal, a pastagem tem
um excedente de NDT e de PB, e um dficit de Ca e de P. O prximo passo , com
base na produo de leite atendida por um dos nutrientes excedentes, no caso o NDT,
calcular o balano dos outros nutrientes.
Considerando a Tabela 4, que contm os nutrientes necessrios para produo de 1 kg
de leite, conclui-se que o saldo em NDT da pastagem suficiente para atender 7,25 kg
de leite com 4% de gordura por vaca/dia (ou seja 2,32 0,32).
Tabela 4. Nutrientes necessrios para produo de 1 kg de leite.
% de gordura
NDT (kg)
PB (g)
Ca(g)
P(g)
3,0
0,28
78
2,73
1,68
3,5
0,30
84
2,97
1,83
4,0
0,32
90
3,21
1,98
4,5
0,34
96
3,45
2,13
5,0
0,36
101
3,69
2,28
2,32
652
23
14
Saldo (Tabela 3)
2,32
392
-5
-5
260
28
19
A suplementar
Fonte: Embrapa Amaznia Oriental
51,40
32,39
39,60
36,00
0,25
Farelo de soja
8,25
21,00
21,40
19,80
0,74
Uria
2,00
0,72
Torta de amndoa de
dend
20,00
7,00
20,00
0,15
16,40
24,90
10,00
42,40
0,20
Calcrio calctico
1,23
1,25
1,54
1,30
0,12
Fosfato biclcico
0,26
0,98
Sal comum
0,30
0,30
0,30
0,30
0,12
Minerais/vitaminas
0,16
0,16
0,16
0,16
2,09
0,27
0,32
0,32
0,33
Torta de coco
Farelo de trigo
20,00
-
0,15
A maioria dos solos da regio de mdia a baixa fertilidade, com elevada quantidade
de alumnio (Al) e de ferro (Fe), favorecendo a formao de compostos insolveis
para a planta e exacerbando a deficincia do P. A reposio dos nutrientes exportados
pelos produtos animais ao solo, por intermdio da adubao pouco comum na
regio, o que ocasiona um decrscimo gradativo do contedo de minerais na
pastagem.
A suplementao mineral na pequena e mdia produo extremamente precria,
principalmente por falta de informao (Veiga et al., 1996). A correo das
deficincias minerais, pela suplementao no cocho, vontade, bastante eficiente.
Verificou-se que na Microrregio de Castanhal, o custo da mistura mineral no
mercado influencia a escolha do produto a ser utilizado. Alm disso, a maioria dos
criadores desconhece os fundamentos bsicos da nutrio mineral, especialmente
relacionados suplementao do clcio, elemento crtico na alimentao de vacas
leiteiras (Maneschy, 2002).
Importncia dos nutrientes minerais
Embora compondo apenas cerca de 5% do corpo de um animal, os nutrientes minerais
contribuem com grande parte do esqueleto (80% a 85%) e compem a estrutura dos
msculos, sendo indispensveis ao bom funcionamento do organismo (McDowell,
1992). Os desequilbrios dos minerais na dieta animal podem ocorrer tanto pela
deficincia como pelo excesso.
Sintomas da deficincia mineral
Como se trata de um grande nmero de elementos que desempenham as mais variadas
e complexas funes no organismo, os sintomas causados pelos desequilbrios
minerais da dieta no so especficos. Esses sintomas podem ser confundidos com
aqueles causados por deficincia de energia e protena (alimentao deficiente
qualitativa e quantitativamente) ou por problemas de sade (parasitismo, doenas
infecciosas ou ingesto de plantas txicas).
Os principais sintomas gerais que indicam a ocorrncia de deficincias minerais no
rebanho so, conforme Veiga et al. (1996) e Veiga & Lau (1998):
Apetite depravado - Os animais comem terra, pano e plstico; roem e ingerem ossos,
madeira e casca de rvores; lambem uns aos outros; apresentam avidez por sal de
cozinha.
Reduo do apetite - Mesmo em pastagens com plena disponibilidade de forragem e
de boa qualidade, os animais apresentam baixo consumo, mostrando o ventre sempre
vazio (afundado).
Aspecto fraco ou doentio - Os animais ficam magros, com dorso arqueado, plos
arrepiados e sem brilho, leses na pele e dificuldade de locomoo.
Anomalias dos ossos - Os ossos longos se tornam curvos e as extremidades dilatadas.
Funes principais
MACROELEMENTOS
Formao de ossos e dentes; excitao muscular, sobretudo
cardaca; coagulao sangnea; integridade da membrana;
transmisso nervosa; produo de leite.
Fsforo
(P)
Potssio
(K)
Enxofre
(S)
Cobalto
(Co)
Cobre
(Cu)
lodo (l)
Zinco (Zn)
0,19 - 0,73
0,22 0,38
0,43 - 0,77
Cloro (Cl)
Cromo (Cr)
mg/kg
1
.000,00
Cobalto
(Co)
mg//kg
0,10
0,10
0,10
10,00
Cobre (Cu)
mg/kg
10,00
10,00
10,00
100,00
lodo (I)
mg/kg
0,50
0,50
0,50
50,00
Ferro (Fe)
mg/kg
50,00
50,00
50,00
1
.000,00
Magnsio
(Mg)
0,10
0,12
0,20
0,40
Mangans
(Mn)
mg/kg
20,00
40,00
40,00
1
.000,00
Molibdnio
(Mo)
mg/kg
5,00
Nquel (Ni)
mg/kg
50,00
Fsforo (P)
0,12 - 0,34
0,16 0,24
0,25 - 0,48
Potssio (K)
0,60
0,60
0,70
3,00
Selnio (Se)
mg/kg
0,10
0,10
0,10
2,00
Sdio (Na)
0,06 - 0,08
0,06 0,08
0,10
Enxofre (S)
0,15
0,15
0,15
0,40
Zinco (Zn)
mg/kg
30,00
30,00
30,00
500,00
Clcio
Farinha de osso
autoclavada
Fosfato de rocha
desfluorizado
Carbonato de clcio
Fosfato mole
Calcrio calctico
Calcrio dolomtico
Fosfato monoclcico
Fosfato triclcico
Fosfato biclcico
Sulfato de clcio
29 (23-37)
29,2 (19,935,7)
40,0
18,0
38,5
22,3
16,2
31,0-34,0
23,2
20,0
Alta
Intermediria
Intermediria
Baixa
Intermediria
Intermediria
Alta
Alta
Baixa
Fsforo
Fosfato de rocha
desfluorizado Fosfato de
clcio
Fosfato biclcico
Fosfato triclcico
cido fosfrico
Fosfato de sdio
Fosfato de potssio
Fosfato mole
13,1 (8,721,0)
18,6-21,0
18,5
18,0
23,0-25,0
21,0-25,0
22,8
9,0
Intermediria
Alta
Alta
Alta
Alta
Baixa
Enxofre
12,0-20,1
28,0
22,0
10,0
22,0
96,0
24,0
Baixa
Alta
Alta
Intermediria
Baixa
Alta
Potssio
Cloreto de potssio
Sulfato de potssio
Sulfato de magnsio e
potssio
50,0
41,0
18,0
Alta
Alta
Alta
Cobalto
Carbonato de cobalto
Sulfato de cobalto
Cloreto de cobalto
46,0-55,0
21,0
24,7
Cobre
Sulfato de cobre
Carbonato de cobre
Cloreto de cobre
Oxido de cobre
25,0
53,0
37,2
80,0
Alta
Intermediria
Intermediria
Baixa
Ferro
Nitrato de cobre
Oxido de ferro
Carbonato de ferro
Sulfato de ferro
33,9
46,0-60,0
36,0-42,0
20,0-30,0
Intermediria
No-disponvel
Baixa
Alta
lodo
lodato de clcio
lodato de potssio
estabilizado lodeto de
cobre
63,5
69,0
66,6
80,0
Alta
Alta
Alta
Alta
Etilenodiamino
dihidroiodeto
Mangans
Sulfato de mangans
Oxido de mangans
Selnio
Carbonato de zinco
Cloreto de zinco
Zinco
Sulfato de zinco
Oxido de zinco
Fonte: McDowell (1999).
27,0
52,0-62,0,0
52,0
48,0
22,0-36,0
46,0-73,0
Alta Intermediria
Alta Alta
Alta
Intermediria
Alta
Alta
Como a chuva solubiliza parte dos componentes da mistura, os cochos devem ser
devidamente cobertos. Tambm, devem ser em nmero suficiente e ter uma altura que
facilite o acesso dos animais menores. As dimenses devem ser em razo do nmero
de animais a ser suplementado, considerando-se um intervalo de abastecimento de, no
mximo, 1 semana. A soma do comprimento de todos os cochos disponveis deve ser
suficiente para permitir o acesso simultneo, de cerca de 10% dos animais, onde cada
animal adulto requer um espao de 40 a 50 cm de um dos lados do cocho. Dessa
maneira, um lote de 200 animais requerer um cocho de 4 a 5 m de comprimento ou 2
cochos, cada um com 2 a 2,5 m. Dois modelos de cochos so mostrados na Fig. 1.
Ilustrao: Jonas Veiga
Fig. 1. Detalhes de cochos cobertos: A - cocho sem proteo lateral, B cocho com proteo lateral e C - seo lateral do compartimento.
A melhor localizao dos cochos determinada pelo hbito dos animais, procurandose coloc-los nos locais de maior freqncia, para facilitar o consumo. O piso em
torno dos cochos deve ser aterrado e compactado, para evitar a formao de atoleiros.
Qualidade do leite
Introduo
A qualidade do leite um tema da maior importncia para produtores leiteiros da
Zona Bragantina. Sabe-se que a principal razo do baixo consumo dos produtos
lcteos produzidos nessa regio a desconfiana dos consumidores com respeito
qualidade. Estudos recentes efetuados por Vieira et al. 2001a, deram conta que a
qualidade fsico-qumica do leite estava dentro dos limites aceitveis. J a qualidade
microbiolgica foi questionvel, necessitando se fazer um trabalho de conscientizao
junto aos produtores, para melhorar as condies higinico-sanitrias dos sistemas de
produo.
Conforme o Programa Nacional da Qualidade do Leite, as normas restritas de
qualidade deveriam ser implementadas na Regio Norte, em julho de 2004. Isso iria
exigir um grande esforo de todo o setor para se ajustar legislao e poder participar
do mercado cada vez mais exigente.
Qualidade do leite
A qualidade do leite muito importante para as indstrias e produtores, tendo em vista
sua grande influncia nos hbitos de consumo e na produo de derivados. Por isso,
Alimentao
Uma alimentao sadia e abundante necessria para o funcionamento da glndula
mamria e a sntese de todas as substncias que vo auxiliar a formao do leite.
Quando se ministra uma rao equilibrada, a composio do leite no alterada.
Raa do gado
A raa influencia o volume de leite produzido e a riqueza em gordura. A raa
holandesa, por exemplo, tende a produzir mais leite, enquanto que as raas Jersey e
Guernesey produzem mais leite e gordura.
Ordenha
O componente do leite mais sensvel ao manejo da ordenha a gordura.
Manejo do bezerro
No incio da ordenha, o leite sempre mais ralo, aumentando o teor de gordura
medida que se aproxima do final. Isso ocorre porque a gordura, por ser mais leve,
tende a ficar na superfcie do bere. Ento, se o bezerro mama no final, ele tem acesso
a um leite melhor. Do ponto de vista comercial do leite, melhor que a cria mame no
incio da ordenha, por um tempo suficiente para seu sustento.
Ordem da ordenha
A primeira ordenha produz um maior volume de leite com menor teor de gordura. Ao
contrrio, na segunda ordenha, o leite rico em gordura e a produo diminui. O
descanso noturno promove a quantidade de leite e os exerccios diurnos favorecem a
formao de gordura.
Avaliao higinico-sanitria
do leite
O direito do consumidor em adquirir um produto digno de confiana considerado
uma conquista do cidado. Neste item, abordam-se os cuidados com a matria-prima,
desde a fonte de produo e o caminho por ela percorrido, at a plataforma de
recepo da indstria. Nessa ocasio, algumas anlises obrigatrias so feitas para
avaliao da qualidade higinico-sanitria do leite, tais como a acidez, prova do
lcool-alizarol, prova de redutase do azul de metileno e outras complementares, como
a contagem total de bactrias.
Acidez do leite
Ao ser ordenhado, o leite no apresenta nenhuma fermentao. Depois de algum
tempo, com a ao da temperatura e com a perda dos inibidores naturais, o leite passa
a produzir um tipo de fermento que medido pela acidez. Portanto, atribuda
acidez a perda do leite do produtor nas usinas, quando a fermentao produzida
ultrapassa a 1,8 gramas por litro de leite, que igual 18o D (18 graus Dornic).
Prova do lcool-alizarol
Essa anlise no mede exatamente a acidez do leite, mas sim, verifica sua tendncia a
coagular. O leite que coagula nessa prova no resiste ao calor, portanto, no pode ser
misturado aos demais.
Teste de redutase do azul de metileno (TRAM)
Nesta prova avalia-se a atividade das bactrias presentes no leite, por meio de um
corante. Quanto mais rpido for o tempo de descolorao do corante de azul para
branco, maior o numero de micrbios existentes. No Brasil, o leite aceito quando a
descolorao ocorre a partir de duas horas e trinta minutos. Esse teste classifica o leite
brasileiro nos tipos A, B e C.
Contagem total de bactrias
um mtodo mais preciso que determina, com preciso, o nmero de bactrias
existente no leite. Para o leite tipo C, mais comumente produzido no Brasil, utilizado
como um controle complementar da qualidade do leite.
Recomendaes prticas
A qualidade do leite cru est relacionada ao nmero inicial de bactrias no bere do
animal e no ambiente externo, no ato da ordenha. Um leite de boa qualidade quando,
ao sair do bere do animal, contm aproximadamente de 1.500 a 2.500 bactrias por
cm3 (Vargas, 1976). Portanto, para que o leite atenda s exigncias higinicosanitrias, algumas prticas tm que ser observadas, levando em considerao o
animal, o material de coleta, que entra em contato diretamente com o leite, o ambiente
geral e o ordenhador, conforme as recomendaes a seguir.
Local de ordenha
Deve ser bem arejado, com acomodaes adequadas ao servio, permitindo uma
higiene completa. Pelo menos, as salas de ordenha devem dispor de piso cimentado e
gua em abundncia para a higiene dos animais e dos ordenhadores.
Cuidados com o animal
Para produzir leite de boa qualidade, os animais devem estar em boas condies
sanitrias. As vacas devem estar vacinadas contra brucelose e febre aftosa, e terem
aparados os plos da cauda e das proximidades do bere, pois constituem os maiores
propagadores de microrganismos. Recomenda-se que as vacas sejam lavadas
diariamente e, no momento da ordenha, os beres sejam higienizados com gua limpa
e enxutos com pano, de preferncia, de cor branca. As vacas portadoras de mamite ou
mastite devem ser ordenhadas por ltimo. O leite dos animais doentes s poder ser
aproveitado aps o tratamento e assegurada a sua cura. A ordenha deve ser completa
e, de preferncia, deve-se deixar o bezerro mamar no incio.
O leite colostro
Aps o parto, durante 8 a 10 dias, a vaca secreta um lquido de cor amarelada, de
sabor cido e densidade alta, que coagula ao ser fervido e na prova do lcool-alizarol.
o leite colostro, que deve ser utilizado apenas pela cria, por conter substncias
essenciais sade e favorecer a eliminao das primeiras fezes. Esse tipo de leite no
deve ser misturado ao leite normal, por ser de fcil deteriorao.
Ordenhador
Deve ter boa sade, trabalhar com roupas e mos limpas, usar botas e bon, manter as
unhas aparadas e os cabelos curtos, e evitar fumar ou cuspir no cho, durante a
ordenha. Esse trabalhador deve limitar-se somente ordenha das vacas. Outras tarefas
como conduzir, apartar e pear os animais, raspar e lavar o piso devem ser realizadas
por um auxiliar. Deve ser bem treinado para a sua funo e conhecer a importncia da
qualidade do leite na sade humana.
Utenslios
Quando no devidamente higienizados, os baldes, lates, coadores e outros objetos
que entram em contato com a matria-prima so os principais responsveis pela baixa
qualidade do leite. Por exemplo, um mangote ou um lato mal lavado pode introduzir
at nove milhes de bactrias por cada cm3 de leite (Feij et al. 2002). Aps o uso, os
utenslios devem ser lavados e esterilizados com uma soluo simples, contendo gua
sanitria, base de 12 ml (uma colher de sopa), por litro de gua. Aps a limpeza, os
utenslios devem ser colocados de boca para baixo, sobre um estrado de madeira.
Ordenha
Geralmente nessa operao que o leite contaminado. Portanto, o ordenhador deve
tomar muito cuidado, pois maior parte da contaminao de origem externa. A seguir,
tratam-se de alguns pontos importantes da ordenha.
Primeiros jatos de leite - importante a dispensa dos primeiros trs ou quatro jatos de
leite, pois noite, ao deitar-se, o animal encosta as tetas no solo, possibilitando que
microrganismos penetrem pelos canais das tetas. Contudo, se o bezerro mama antes da
ordenha, ele j executa essa tarefa. Adicionalmente, necessrio fazer a limpeza das
tetas dos animais com um pano mido, para a retirada da espuma contaminada,
deixada pelo bezerro.
Esgotamento total do leite - A ordenha termina com o esgotamento completo de todo
o leite do bere, cuidado essencial para a conservao desse rgo e o bom
aproveitamento da gordura, que comea diluda no incio da ordenha e vai
engrossando, progressivamente, at o final.
Utilizao de baldes de boca estreita - Durante a ordenha, partculas sujas aderentes ao
plo do animal soltam-se e podem contaminar o leite. Essas partculas so esterco,
plos, terra etc. Estudos tm mostrado a eficincia do uso de baldes de boca estreita,
na qualidade do leite: ordenha com baldes de boca estreita resultou em menos
bactrias (29.263 por cm3) que baldes de boca larga (87.380 por cm3) (Furtado,
1979).
Cuidados com o leite aps a ordenha - Ao sair do bere do animal, o leite est na
temperatura ideal para a proliferao de bactrias. medida que o leite for sendo
ordenhado, deve ser filtrado em coadores prprios de tela fina. Na regio, a prtica
mais comum de conservao do leite, antes do transporte usina de beneficiamento,
mant-lo sob um abrigo rstico para proteger do sol. No entanto, o resfriamento,
temperatura de 4oC a 7C, num espao de tempo de 2 horas, o procedimento mais
eficaz para a sua conservao.
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