Agrupamento de Escolas Ribeiro Sanches Penamacor

Teste Avaliao de Portugus 8 Ano

2014/2015

I Compreenso escrita
Texto A - Texto no literrio
L o texto. Em caso de necessidade, consulta o vocabulrio apresentado.

Tera-feira, 18 de maro de 2014

LEGUMES DO MAR SALTAM PARA AS SUAS RECEITAS
INICIADA A POCA DE CAA ERVA-PATINHA NA REGIO AORIANA!

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As algas so excelentes fontes de fibra, minerais e nutrientes. So alimentos seguros para sade. No geral, podem
ser utilizadas numa vasta variedade diettica1. Estas podem substituir o arroz, batatas assadas e a salada ou serem
acrescentadas a sopas, caldos, cozidos e guisados. Alguns destes legumes do mar j so consumidos pelos
Portugueses, como o exemplo do consumo de erva patinha/ erva do calhau e esparguete da costa na regio
Aoriana.
Para muitos, as algas so pouco peculiares2 no cardpio3 humano sendo muitas vezes associadas a regimes
culinrios e gastronmicos de zonas orientais4. Por serem ricas em protenas, fibras, minerais, lpidos, hidratos de
carbono, vitaminas, ferro, iodo (mineral essencial ao correto funcionamento da tiroide) e antioxidantes so hoje em dia
cada vez mais procuradas pelos cozinheiros e pessoas que procuram uma receita alternativa e nutritiva.
A ao dos ingredientes ativos presentes nas algas promove o aumento da sntese proteica 5 e a acelerao da
regenerao celular cutnea. Muitas contm nveis elevados de aminocidos essenciais, semelhantes a leguminosas e
ovos.
Vitamina A, C e E tambm so encontradas nas algas em quantidades teis, e tambm so uma das poucas fontes
vegetais de vitamina B12. Para os vegetarianos e para os que consomem pouca ou nenhuma carne ou peixe, as algas
marinhas podem ajudar a reabastecer ou a manter as reservas de ferro. A ingesto regular de algas pode tambm ajudar
a combater a anemia. A maior parte das algas marinhas rica em mega-3, um nutriente essencial com inmeros
benefcios sade, incluindo a reduo do colesterol e melhoramento da sade do corao. Como os seres humanos
obtm a maior parte do mega-3 atravs da ingesto de peixes marinhos, as preocupaes com a sustentabilidade
levaram algumas empresas a explorar estas algas e outras como fonte mais vivel destes nutrientes.
As algas marinhas so uma das maiores joias do mar. So organismos que crescem em gua salgada e tal como
as plantas terrestres necessitam de luz solar para prosperar. Existem inmeras variedades de algas, sendo classificadas
a partir da sua colorao, podendo ser designadas algas verdes, vermelhas ou castanhas. Cada alga nica na sua
forma, sabor e textura. Apesar da abundncia de algas na costa portuguesa, o uso destas na alimentao no tem
grande tradio em Portugal, exceto para algumas comunidades costeiras nos Aores. Nestas comunidades, algas como
Porphyra leucostica, conhecida como erva-patinha ou erva do calhau, e Nemalion helminthoides geralmente
chamada de esparguete da costa so exemplos de algumas algas consumidas nesta regio.
http://achadosmaracores.blogspot.pt/2014/03/legumes-do-mar-saltam-para-as-suas.html
(Texto adaptado, consultado em 1.4.2014).

____________
Vocabulrio
1

diettica: relativa dieta, alimentao;

5
o Oriente; proteica: relativa s protenas.

peculiares: utilizadas;

cardpio: conjunto dos alimentos;

zonas orientais:

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Responde aos itens que se seguem, de acordo com as orientaes que te so dadas.
1. As afirmaes apresentadas de (A) a (E) so todas passveis de serem confirmadas no texto, nos dois primeiros
pargrafos, exceto duas. Identifica-as
(A) As algas so alimentos que podem substituir alimentos correntes.
(B) O consumo de algas normal em Portugal.
(C) A maior parte das pessoas no considera as algas como fonte de alimentao.
(D) O consumo de algas no apresenta benefcios especiais para a sade.
(E) O consumo de algas s no Oriente benfico para a sade.
2. Seleciona, para responderes a cada item (2.1 a 2.4), a nica opo a nica opo adequada ao sentido do
texto.
2.1. Pela leitura dos dois primeiros pargrafos, pode afirmar-se que em Portugal
(A) s nos Aores se consomem algas.
(B) as algas so consideradas um alimento invulgar.
(C) h cada vez mais interesse culinrio pelas algas.
(D) o interesse culinrio pelas algas tem decrescido.
2.2. A seco textual Como os seres humanos obtm a maior parte do mega-3 atravs da ingesto de peixes
marinhos, as preocupaes com a sustentabilidade levaram algumas empresas a explorar estas algas e
outras como fonte mais vivel destes nutrientes., linhas 20 a 22, revela existir uma preocupao com a
sustentabilidade
(A) das algas.
(B) dos peixes do mar.
(C) das empresas.
(D) das algas e dos peixes do mar.
2.3. A expresso joias do mar, linha 23, no contexto em que ocorre, configura uma
(A) metfora.
(B) comparao.
(C) anttese.
(D) personificao.
2.4. De acordo com o sentido da parte final do texto, as algas so consumidas
(A) somente em algumas ilhas dos Aores.
(B) em todas as ilhas dos Aores.
(C) somente por alguns habitantes dos Aores.
(D) por todos os habitantes dos Aores.
3. Identifica, com uma , a nica afirmao que se pode considerar correta, de acordo com o sentido do texto. A
principal funo deste texto
(A) convencer o leitor a incluir algas na sua dieta.
(B) informar o leitor sobre as qualidades dietticas das algas.
(C) comparar o consumo das algas no passado e no presente.
(D) alertar para a possibilidade de as algas substiturem os outros alimentos.

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Parte B - Texto literrio

L o texto. Em caso de necessidade, consulta o vocabulrio apresentado.

SAGA

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Assim, desde muito cedo, Hans conhecera as ilhas do Atlntico, as costas de frica e do Brasil, os
mares da China. Manobrou velas e dirigiu a manobra de velas, descarregou fardos e dirigiu o desembarque de
mercadorias.
Respirou o arfar1 dos temporais e a imensido azul das calmarias. Caminhou em grandes praias brancas
onde baloiavam coqueiros, rondou2 promontrios3 e costas desertas, perdeu-se nas ruelas das cidades
desconhecidas, negociou nos portos e nas fronteiras. Escorrendo gua do mar, estendido na praia, afastado um
pouco dos companheiros, poisava sobre os ouvidos dois grandes bzios brancos, rosados e semi-translcidos4
e pensava: Um dia levarei estes bzios para Vig. E noite, j a bordo, escrevia para casa uma longa carta
que falava de bzios do ndico.
Encostado amurada5 do navio em noite de luar e calmaria 6, com os olhos postos no grande olhar
magntico da lua cujo rasto trmulo de brilho como o dorso de um peixe cortava a escurido esttica 7 das
guas, pensava: Um dia contarei em Vig este brilho, esta escurido transparente, este silncio. No dia
seguinte escrevia para casa, contando a noite, o mar, o luar.
Num porto distante, sentado a cear na varanda da hospedaria, sob a luz das lanternas de cor, enquanto
se deslumbrava com a beleza das loias, com seus desenhos azuis e seu branco azulado e descobria o sabor
sbio dos temperos exticos, pensava. Levarei para Vig estas loias e estas especiarias para aquecer as
ceias do Inverno. E, no dia seguinte, escrevia para casa contando o azul das loias, a beleza das sedas e das
lacas e a maravilha do tempero.
Mas, quando ao fim de longos meses regressou e Hoyle lhe entregou o correio chegado na sua
ausncia, as cartas da me, em resposta s notcias que do cabo do mundo mandara, eram sempre a mesma
mensagem: Deus te proteja e te d sade. Mas no voltes a Vig porque o teu pai no te quer receber.
Quando estava j passada a sua primeira mocidade, um dia, volta de uma das suas viagens, Hans
encontrou o ingls doente. O mal atacara os seus olhos e a cegueira avanava rpida.
Hans disse ele , estou velho e cego, j no posso tratar dos meus barcos, dos meus armazns, dos
meus negcios. Fica comigo.
Hans ficou. Deixou de ser empregado de Hoyle e tornou-se seu scio. Sentado em frente da pesada
mesa de carvalho recebia os comerciantes, os chefes dos armazns e os capites dos navios. As suas narinas
tremiam quando no gabinete entravam gentes vindas de bordo. Porque deles se desprendia cheiro a mar. A
renncia endurecia os seus msculos. noite relatava a Hoyle as conversas que tivera, as decises que
tomara. Depois bebiam juntos um copo de vinho.
Sophia de Mello Breyner Andresen, Saga, in Histrias da terra e do mar, Lisboa, Texto editora, 2002, pp. 92 e ss.

____________
Vocabulrio
1

arfar: agitao;

-transparentes;

rondou: rodeou;

promontrios: cabos formados por rochas ou penhascos altos;

semi-translcidos: semi-

amurada: parte do costado que se prolonga acima do convs de um navio e que serve de parapeito tripulao;

calmaria: ausncia de vento; esttica: quieta.

4. Divide o texto em duas partes lgicas, justificando.

5. Tem em ateno aos 2, 4 e 5 pargrafos.
5.1 Mostra, exemplificando, como a presena de sensaes neles fundamental para traduzir experincias de
vida de Hans.

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6. Tem em ateno os vrios momentos em que Hans decidia escrever para casa.
6.1 Apresenta uma justificao para estes factos, tendo em considerao tambm o que conheces j do conto
Saga.
7. Identifica os dois recursos expressivos presentes na seco destacada do segmento textual com os olhos
postos no grande olhar magntico da lua cujo rasto trmulo de brilho como o dorso de um peixe cortava a
escurido esttica das guas, linhas 11 a 13.
7.1 Explicita a expressividade do segundo.
8. Atenta na frase: A renncia endurecia os seus msculos., linhas 29 e 30.
8.1 Explicita, justificando, de que renncia se trata.

GRUPO II Gramtica
1. L a frase seguinte.
Os navegadores avistaram a foz de um rio grandioso.
Reescreve a frase, usando o adjetivo no grau comparativo de superioridade.
Faz apenas as alteraes necessrias.
2. Tem em ateno a frase Teramos avistado esse barco anteontem.
2.1 Reescreve-a correctamente, substituindo o grupo nominal esse barco pelo pronome pessoal tono
correspondente.
2.2 Escreve agora na forma negativa a frase que obtiveste anteriormente.
3. Tem em ateno a frase Ele enviou-me ontem essa mensagem.
3.1 Indica as funes sintticas de
(A) enviou-me ontem essa mensagem;
(B) ontem;
(C) me;
(D) essa mensagem.
4. Nas frases complexas seguintes existe uma orao subordinada adverbial final.
4.1 Identifica-a, transcrevendo-a para a folha da prova.
(A) Ele correu muito para apanhar o txi.
(B) Ele correu muito porque viu o txi.
(C) Ele correu muito quando viu o txi.
(D) Ele correu muito pois viu o txi.
5. Transforma o par de frases simples seguinte numa frase complexa que contenha uma orao subordinada
adverbial final iniciada por uma locuo subordinativa final.
Faz apenas as alteraes necessrias.
O Carlos emprestou dinheiro ao Pedro. O Pedro adquiriu esse automvel.
6. Tem em ateno a frase complexa O meu irmo afirmou que te viu em Londres.
6.1 Indica a funo sinttica da orao subordinada.
6. 2 Classifica-a.
7. Tem em ateno a frase complexa O Joo leu um livro que fala desse desastre.
7.1 Identifica a funo sinttica da orao subordinada.
7.2 Classifica-a.

III Expresso Escrita

As viagens so muito importantes na vida dos jovens.
Escreve um texto, que pudesse ser divulgado num jornal escolar, no qual exponhas a tua opinio quanto a este
assunto, referindo, justificadamente, pelo menos duas viagens que gostarias de fazer. O teu texto deve ter um
mnimo de 180 e um mximo de 240 palavras e deve estar dividido nas trs seces habituais.