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Apostila Física Experimental I

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CENTRO DE CINCIAS EXATAS E DA TERRA

DEPARTAMENTO DE FSICA TERICA E EXPERIMENTAL

FSICA EXPERIMENTAL I
LABORATRIO DE FSICA I

Mario Takeya
Jos A. M. Moreira

Revisada e ampliada por


Marclio Colombo Oliveros
Juliana Mesquita Hidalgo Ferreira

2010/1

ORIENTAES GERAIS
1. Objetivos do Laboratrio de Fsica Bsica I
O Laboratrio de Fsica Bsica I tem como objetivos especficos contribuir para que o aluno:

Compreenda algumas especificidades do trabalho experimental.

Compreenda o processo de elaborao de modelos que nos permitem estudar as situaes


reais. O modelo representa uma simplificao de sistemas mais complexos. Um modelo
um substituto para o problema real. As leis de Newton so um exemplo de modelo.

Aprenda procedimentos e tcnicas experimentais de medidas e anlise de dados.

Desenvolva a capacidade de analisar criticamente um experimento avaliando a qualidade e a


confiabilidade dos dados experimentais.

Aprenda a interpretar as medidas das grandezas fsicas relacionadas aos conceitos


fundamentais.

Entenda melhor as leis da Fsica e aprenda conceitos fundamentais.

Perceba aspectos relacionados Natureza da Cincia, tais como: uma observao


significativa somente possvel se houver uma expectativa pr-existente; as teorias
cientficas no so indues, mas hipteses que vo imaginativa e necessariamente alm das
observaes.

2. Organizao do Laboratrio
Cada bancada ter no mximo quatro alunos. A presena do aluno fundamental na
atividade experimental. No se deve chegar atrasado, pois justamente no incio da aula que so
dadas as orientaes gerais sobre a atividade, bem como quando se d a discusso do modelo
terico. A ausncia nessa etapa pode acarretar em dificuldades maiores na compreenso da
atividade.
Cada aluno deve realizar o experimento juntamente com a sua prpria turma. exceo de
casos excepcionais, e a critrio do prprio professor, ser permitido que o aluno realize um
experimento com outra turma.
Algumas regras importantes relacionadas convivncia na sala devem ser observadas:
celulares e outros aparelhos eletrnicos devem permanecer desligados; cada aluno deve procurar
permanecer na sua bancada e no ficar circulando pelo laboratrio; se houver alguma dvida, devese chamar o professor para esclarecimento na bancada; fundamental a ateno durante a
apresentao da atividade e nas discusses tericas no incio das aulas.
fundamental tambm que cada aluno tenha a sua prpria apostila impressa e o seu prprio
caderno de laboratrio. Recomenda-se fortemente que antes da aula marcada para a realizao
de uma determinada atividade o aluno leia o contedo da apostila referente mesma.
O calendrio com a programao da disciplina divulgado no incio do perodo letivo.

3. Caderno de Laboratrio
Cada aluno deve ter o seu prprio caderno de laboratrio exclusivo para esta
disciplina. Ele ser utilizado para anotar medidas, realizar possveis dedues, esboar grficos,
registrar resultados de clculos, responder s perguntas da apostila, realizar anlises de resultados e
snteses das experincias, registrar concluses, etc. No se trata simplesmente de um caderno de
relatrios, e sim de um caderno para anotar os detalhes de um trabalho em andamento. Nenhuma
anotao feita deve ser apagada, pois as rasuras podem ser teis posteriormente. Nosso objeto
poder acompanhar o processo de desenvolvimento de cada atividade, e no simplesmente visualizar
resultados.
No mnimo, para cada experimento o Caderno de Laboratrio deve sempre conter:
1. Ttulo do experimento, data de realizao e colaboradores;
2. Objetivos do experimento;
3. Desenvolvimento terico (hipteses, modelos, etc.)
4. Roteiro dos procedimentos experimentais;
5 Esquema do aparato utilizado;
6. Descrio dos principais instrumentos;
7. Dados;
8. Clculos;
9. Grficos;
10. Resultados e concluses.
O caderno de laboratrio deve conter detalhes suficientes para que uma pessoa que no
conhece determinada atividade seja capaz de reproduzi-la a partir do mesmo ou entender de maneira
clara o significado dos resultados encontrados. Deve-se frisar, no entanto, que o caderno de
laboratrio no pode ser uma cpia da apostila. Ele deve registrar as suas reflexes sobre o
experimento.
4. Organizao e Anlise dos dados. O computador
Procuramos atualizar as atividades do Laboratrio de Fsica Bsica I no sentido de, sempre
que possvel, acompanhar as tendncias que surgem num laboratrio de pesquisa. Assim, em vrias
atividades, os dados so coletados atravs do uso de interfaces digitais. Se por um lado tal
procedimento torna a aquisio de dados bem mais rpida, por outro torna o procedimento mais
obscuro, uma caixa preta, j que o processamento digital envolve o uso de circuitos eletrnicos.
Dentro deste esprito de atualizao, sempre que possvel, utilizaremos programas de
computadores para organizar, calcular ou analisar os dados. Entendemos que hoje um bom
profissional no pode prescindir desta ferramenta. Assim, pede-se que os alunos tenham mo um
pen drive ou algo similar para copiar as informaes relevantes de uma atividade. No Laboratrio
de Fsica Bsica a ferramenta computacional mais conveniente para a organizao e anlise de
dados a chamada planilha eletrnica.
Os dados obtidos devem ser preferencialmente organizados em forma de tabelas e
visualizados em forma de grficos. Tanto um como outro sero feitos na planilha eletrnica, que
deve conter todas as informaes necessrias para a sua compreenso, tais como ttulo ou legenda,
nome e smbolo das grandezas, unidades, parmetros mantidos constantes, etc. (ver apndice da
apostila para orientaes gerais).

INTRODUO
NOES SOBRE A PRECISO DAS MEDIDAS
1. Medidas
As grandezas fsicas so determinadas experimentalmente, por medidas ou combinaes de
medidas. Quando apresentamos o resultado M de uma medida obtida num experimento escrevemos:
M = (m m) u
Onde:
m o nmero que a caracteriza;

m o erro provvel da medida, que d uma indicao da sua confiabilidade;

u a unidade de representao da medida.

2. Algarismos Significativos (A.S.)


Definimos algarismos significativos de uma medida como todos os algarismos lidos com
certeza mais o primeiro algarismo duvidoso. O algarismo duvidoso o algarismo que contm
erros. Este algarismo uma frao da menor diviso do instrumento.
A figura 1 apresenta, ao lado de uma barra, uma rgua cuja menor diviso de 1 cm, ou seja,
uma rgua graduada em centmetros.

10

15

Figura 1

Pode-se observar que o comprimento da barra est, certamente, compreendido entre 14 e 15.
Qual seria o algarismo que viria depois do 14?
Apesar da menor diviso de escala da rgua ser 1 cm (escala em cm), razovel fazer uma
subdiviso mental do intervalo compreendido entre 14 e 15cm, para avaliar o algarismo procurado,
que pode ser, por exemplo, o 3. Desta maneira representa-se o resultado como 14,3cm. Os
algarismos 1 e 4 desta medida foram lidos com certeza, porm o 3 no (nessa escala de cm). Outras
pessoas poderiam ler 14,4cm ou 14,2cm. Na leitura 14,3cm, o algarismo 3 foi avaliado. No se tem
certeza do algarismo 3. Por isso ele denominado algarismo duvidoso. No teria sentido algum
tentar avaliar o algarismo que viria depois do 3. Dizemos que nesta leitura o nmero de A.S. 3.
A regra geral que se deve apresentar a medida com apenas os algarismos de que se tem
certeza mais um nico algarismo duvidoso.
Suponha agora que a mesma barra fosse medida utilizando-se uma escala milimetrada como
ilustrada na Figura 2.

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Figura 2

Utilizando-se o mesmo critrio, pode-se expressar o comprimento da barra como L=143,8mm


na escala de mm.. Nesta medida, todos os algarismos so significativos; o algarismo 8 foi avaliado,
porm sendo ele o primeiro algarismo duvidoso, ele tambm significativo. Portanto, nesta leitura
o nmero de A.S. de 4 e pode-se notar que em relao medida anterior, ganhou-se um algarismo.
Foi utilizada uma escala mais precisa. Ateno: quando uma medida expressa com apenas uma
casa decimal (1 A.S.) se define qual foi a escala utilizada para fazer a medida.
Damos a seguir algumas regras prticas envolvendo a manipulao de medidas.
a) Zeros esquerda do nmero, isto , zeros que posicionam a vrgula, no so
significativos. Elas servem para indicar uma mudana de unidades. O comprimento
L=143,8mm (medido na escala em mm) pode ser escrito:
L = 14,38 cm ou L= 0,1438m ou L = 0,0001438km
Todas as leituras anteriores possuem o mesmo nmero de A.S que definido pela escala do
instrumento de medida.
b) Notao cientfica. Como foi visto no item anterior, uma mudana de unidade na medida
no deve alterar o nmero de A.S. Para seguir esta norma muitas vezes conveniente
empregarmos a notao cientfica, a qual consiste em utilizar preferencialmente um ou dois
algarismos significativos antes da vrgula e uma potncia de dez condizente, seguida pela
unidade. Assim, para expressarmos em notao cientfica a medida dada no exemplo acima,
escreveramos:
L=14,38cm = 1,438x10-1m = 1,438x10-4 km = 1,438x102mm
Uma das vantagens da notao cientfica que ela nos permite identificar rapidamente o
nmero de A.S.
Todas as leituras anteriores possuem o mesmo nmero de A.S.
3. Operaes com algarismos significativos (A.S.)
A necessidade de se fazer operaes com A.S. decorre do fato de que necessrio medir vrias
grandezas fsicas iguais ou diferentes, com aparelhos de classes de preciso diferentes, e reuni-las
de forma a obter o valor da grandeza procurada. Quando efetuamos clculos e apresentamos os
resultados de medies, temos que dar ateno aos A.S., porque tanto errado incluir demasiados
algarismos como excessivamente poucos.
Um exemplo tpico vem do uso que fazemos das calculadoras de bolso. Suponha que queiramos
dividir por 3 o comprimento L = 2,0 cm, medido com uma rgua em centmetros. A calculadora nos
fornecer algo como 0,6666666666. Obviamente, escrever este nmero com dez A.S. como sendo o
resultado da diviso est incorreto, pois ele no reflete a preciso da medida original.

As calculadoras no sabem o que so A.S., cabendo a cada um interpretar e escrever o


resultado corretamente em termos de A.S. No caso do exemplo, o resultado deve ser expresso
como L = 0,67 cm. Como regra geral, podemos dizer que o resultado de uma operao com
A.S. determinado pelas condies da pior das medidas. Damos a seguir algumas regras mais
especficas, que so baseadas, num caso, no nmero de A.S. e, no outro, no desvio relativo.
a) Adio e subtrao: Aps efetuar a operao escreva o resultado arredondando-o de forma que
o ltimo A.S. ocupe a mesma casa decimal da parcela mais pobre em decimais (isto , mais
esquerda possvel) e despreze os algarismos direita desta casa decimal. Exemplo:
Subtrao:

Adio:

8,2436
- 6,72??
1,52??

438,38???
21,8????
0,287??
+ 3,14159
463,6???

b) Multiplicao e Diviso: O resultado deve possuir, em geral, o mesmo nmero de A.S. da


medida mais pobre em significativos.
Multiplicao:

Diviso:

3,14159 x 1,32 = 4,15

62,72 23,1 = 2,72

s vezes, necessrio um pouco de bom senso na aplicao dessa regra, como no exemplo
seguinte:
9,8 x 1,03 = 10,1
porque, embora 9,8 tenha s dois A.S., ele est bem prximo de ser um nmero de 3 A.S. e o
produto deve ser escrito com 3 A.S.
Uma observao de carter geral acerca de operaes com algarismos significativos a de
que voc no pode aumentar a preciso das grandezas resultantes atravs de operaes
matemticas.

c) Critrios de Arredondamento
Voc deve ter notado que nos exemplos do item anterior os resultados foram arredondados no
primeiro algarismo duvidoso Os critrios para isso so:
- Se o algarismo seguinte ao primeiro algarismo duvidoso for um nmero igual ou superior a 5,
aumenta-se de uma unidade o primeiro algarismo duvidoso e desprezam-se os demais.
- Se o algarismo seguinte ao primeiro algarismo duvidoso for um nmero inferior a 5, o
primeiro algarismo duvidoso no se altera e desprezam-se os demais.

Exerccios
1) Faa os arredondamentos necessrios para representar as medidas abaixo com o nmero correto
de A.S., considerando que o sinal tachado em um algarismo indica que ele o primeiro duvidoso.
787,672 cm3
24,9287 g
0,0026154 A
761,5 mmHg
0,0931 cal/gK
6,9305 dyn/cm2
2) Em que escalas foram realizadas as medidas abaixo, considerando que elas esto escritas
corretamente em termos de A.S.?
14,4 cm
14,89 cm
28,32 m
3) Usando os critrios adequados em termos de A.S., faa as seguintes operaes:
27,8 m + 1,326m +0,66m
11,45s+93,1s+0,33s
18,2476m 16,72m
127,36g - 68,297g
3,27251cm x 1,32 cm
0,452 A x 2671
0,451V 2001
63,72cm 23,1s
______________________________________________________

ERROS
Qualquer medida instrumental possui um erro. No laboratrio temos que conviver com
erros nas medidas. Quando obtemos o resultado de uma medida, necessrio saber com que
confiana o nmero obtido representa uma determinada grandeza fsica. Portanto, neste
ambiente, uma das primeiras atitudes deve ser uma anlise da preciso das medidas. As palavras
erro, incerteza e desvio sero tomadas como sinnimos. No se pretende adotar neste curso o
clculo rigoroso dos erros conforme os manuais da Estatstica, mas apenas uma verso simplificada
da mesma. Tal procedimento se justifica pelo fato de que at agora no existem recomendaes que
sejam universalmente aceitas com respeito maneira de apresentar os resultados das investigaes
experimentais.
Num processo de medio, inmeros fatores contribuem para o erro (m) na medida (m)
sendo impossvel analisar ou indicar todas as fontes de erro que atuam sobre o mesmo. As fontes de
erro fazem com que toda medida realizada, por mais cuidadosa que seja, esteja afetada por
um erro experimental. Assim, o erro ou desvio na medida a soma de todos os erros, ou seja:
m = Erro sistemtico+Erro estatstico + Erro de escala + Erro grosseiro + etc.
Em geral, um dos tipos de erro predomina sobre os demais. Nestes casos, usual assumi-lo
como erro (m) na medida.
7

Os erros experimentais podem ser classificados em dois grandes grupos: erros sistemticos
e erros aleatrios.
Os erros sistemticos so causados por fontes identificveis, e, em princpio, podem ser
eliminados ou compensados. Erros sistemticos prejudicam a exatido das medidas, pois fazem
com que elas estejam constantemente acima ou abaixo do valor real. Tomemos como exemplo
uma balana de farmcia, mal calibrada, que marca sempre 0,5 kg a mais, mesmo sem nenhuma
carga. Neste caso, dizemos que os nmeros fornecidos por ela estaro sistematicamente indicando
0,5 kg a mais do que o valor verdadeiro.
Em geral, identificar as fontes de erros sistemticos no to bvio como no exemplo
acima. Uma das principais tarefas do autor das medidas identificar e eliminar o maior nmero
possvel de fontes de erro sistemtico.
Os erros aleatrios ou estatsticos so flutuaes, para cima ou para baixo, decorrentes de
perturbaes estatsticas imprevisveis, que fazem com que aproximadamente metade das
medidas de uma mesma grandeza seja desviada para mais, e a outra metade seja desviada para
menos. Os erros aleatrios no seguem qualquer regra definida e, assim, diferentemente dos erros
sistemticos, no se pode evit-los. Pode-se, no entanto, avali-los e minimiz-los atravs de um
tratamento estatstico desenvolvido a partir dos trabalhos do matemtico Johann Carl Gauss (17771855).

a) Valor mdio: o valor mais provvel de uma grandeza a mdia aritmtica das vrias medidas de
uma grandeza (xi). Representando a mdia por x , tem-se:
x=

1 n
xi
n i =1

Equao 1

b) Desvio padro: ao se realizar vrias medies de uma grandeza nas mesmas condies, a
incidncia de erros aleatrios faz com que os valores medidos estejam distribudos em torno da
mdia. Quando eles se afastam muito da mdia, a medida pouco precisa e o conjunto de valores
medidos tem alta disperso. Quando o conjunto de medidas est mais concentrado em torno da
mdia diz-se que a preciso da medida alta, e os valores medidos tm uma distribuio de baixa
disperso. Quantitativamente, a disperso do conjunto de medidas realizadas pode ser
caracterizada pelo desvio padro (n-1) do conjunto de medidas, definido como:

n1 =

(x )
i

n 1

Equao 2

Nessa equao n o nmero de medidas.


x i = xi - x
Onde xi o valor de determinada medida e x a mdia aritmtica das medidas realizadas.
Para calcularmos o desvio padro devemos, portanto:
1. Calcular a diferena entre cada medida e a mdia das medidas realizadas.
2. Elevar ao quadrado cada um dos valores obtidos no item 1 (note que no o somatrio
que elevado ao quadrado, mas sim cada xi).
3. Somar todos os valores obtidos no item 2.
4. Dividir o resultado obtido no item 3 pelo nmero de medidas menos um.
5. Calcular a raiz quadrada do resultado obtido no item 4.

O resultado obtido deve ser arredondado, tendo em vista que o desvio padro s pode ser
escrito com 1 A.S.
8

Vejamos um exemplo. Numa determinada ocasio, medimos algumas vezes o comprimento de uma
tira de papel (em escala de mm) e obtivemos os seguintes valores:
L 1= 9,85 cm
L 2 = 9,72 cm
L 3 = 9,66 cm
L 4 = 9,78 cm
Como expressar o resultado dessa medida?
Calculando a mdia das medidas, isto , somando todas as medidas e dividindo por 4 temos que L =
9,7525 cm. Esse o valor provvel da medida.
Para obtermos o desvio padro, devemos primeiro calcular os Li.
L1 = L 1 - L = 9,85 9,7525 = 0,0975cm
L2 = L 2- L = 9,72 9,7525 = -0,0325cm
L3 = L 3 - L = 9,66 9,7525 = -0,0925 cm
L4 = L 4- L = 9,78 9,7525 = 0,0275 cm
Em seguida, elevamos cada um desses valores ao quadrado:
(L1)2 = 0.00950625
(L2)2 = 0,00105625
(L3)2 = 0,00855625
(L4)2 = 0,00075625
Calculando, ento, o somatrio temos: (Li)2 = 0,019875
Considerando que o nmero de medidas 4 temos que, nesse caso:
= 0,070489 cm, ou melhor, = 0,07 (mantendo apenas 1A.S.)
O resultado da medida ser, portanto: L = (9,75 0,07) cm
O procedimento que usaremos para avaliar de maneira mais precisa o erro ou desvio padro
num determinado caso repetir vrias vezes a mesma medida e calcular o erro ou desvio padro
atravs da expresso para .
importante calcular ou pelo menos avaliar o erro porque o nmero de algarismos
significativos de uma medida (valor mais provvel) determinado pelo erro contido na
medida.
Como exemplo, suponha que um aluno de alguma forma encontrou o seguinte resultado para
a mdia de um conjunto de medidas: L =23,564829m. Suponha que o erro ou desvio padro dessa
medida seja de 0,03. Isto significa que o erro est na casa dos centmetros. Ento, o resultado final
da medida deve ser escrito como L=(23,560,03)m, portanto com 4 significativos. Esta a
maneira correta de expressar qualquer medida, ou seja, a medida acompanhada do seu erro
ou desvio padro. Note que o ltimo algarismo de 23,56, embora duvidoso, um algarismo
significativo.

____________________________

Exerccio
1) Num experimento obtivemos as seguintes medidas para g:
g1 = 9,81 m/s2
g 2= 9,83 m/s2
g 3= 9,88 m/s2
g 4= 9,82 m/s2
Calcule, passo a passo, o desvio padro e escreva o resultado correto da medida.
2) A partir do que vimos acima a respeito dos erros sistemticos e aleatrios, e a possibilidade
de elimin-los ou no num experimento, comente a citao abaixo extrada de um artigo escrito
pelo cientista William Crookes, ainda no final do sculo XIX:
No caso de uma teoria ou lei adequada, e que esclarece plenamente todos os fatos, as
discrepncias sero muito pequenas, e to menores quanto maior for a habilidade do
investigador; diminuiro quando certas precaues forem tomadas e fonte de erros
minimizadas.
___________________________

c) Conjuntos de medidas com desvio padro baixo so mais precisas do que quando o desvio padro
alto. Adicionalmente, pode-se demonstrar que o desvio padro caracteriza o intervalo dentro do
qual h 68% de probabilidade de ocorrncia de um valor medido. Dito de outra forma, isto significa
que se for feito um conjunto muito grande de medies, 68% delas estaro dentro do intervalo
x+n-1 e x- n-1.
Alm do desvio padro, usualmente se define o desvio padro da mdia (n.). Entretanto
neste curso no faremos uso deste ltimo conceito. A utilizao dos conceitos de mdia e do desvio
padro, no sentido gaussiano, requer uma anlise estatstica cuidadosa das medidas. O nmero (n)
de medidas necessrias para se obter valores confiveis da mdia e desvio padro da mdia depende
da complexidade do experimento. Por exemplo, se o objetivo do experimento simplesmente medir
o comprimento (L) de uma barra metlica usando uma escala milimetrada, poucas medidas sero
suficientes para tais estimativas. Entretanto, em experimentos complicados, como uma pesquisa
eleitoral para se medir a preferncia por um determinado candidato, so necessrias vrias centenas
ou mesmo milhares de dados. Portanto, o nmero de dados depende de cada experimento. Como
neste curso o tempo para se realizar um experimento bastante limitado, torna-se invivel fazer
uma anlise estatstica mais rigorosa dos erros e o nmero de medies de cada grandeza ser em
torno de dez. Assim, no Laboratrio de Fsica Bsica usaremos a Equao 1 no no sentido de
mdia gaussiana, mas para indicar uma medida confivel e a Equao 2 para estimarmos o erro
naquela medida.

d) O erro quando a medida foi feita apenas uma vez.


Geralmente, num procedimento experimental, repetimos vrias vezes a mesma medida e
calcularmos o erro ou desvio padro. Mas muitas vezes nos deparamos com o problema de
avaliarmos o erro (m) em uma grandeza que foi medida apenas uma vez. evidente que com
apenas uma nica medida no possvel calcularmos nem a mdia nem o erro estatstico
(desvio padro), embora saibamos que ela existe. Nestes casos, nosso procedimento ser exagerar
no erro de escala do instrumento utilizado e dizer que o erro (m) devido apenas ao erro de
escala.
Normalmente, o erro de escala de um instrumento analgico equivale a 0,1 ou 0,2 da menor
diviso do mesmo, mas, no caso da medio nica, podemos inferir o erro na medida
10

superestimando o erro de escala, tomando-o como igual metade da menor diviso do


instrumento utilizado. Por exemplo, ao medirmos um comprimento L com uma rgua milimetrada
avaliamos o erro como sendo igual a 0,5 mm o qual corresponde metade da menor diviso da
referida rgua, que no caso o milmetro. Assim, no caso de uma nica medio, avaliamos o erro
na medida atravs do erro de escala (m) e escrevemos o resultado da maneira usual:
M= (mm) u
importante observar que tanto o erro de escala como o desvio padro devem ser fornecidos
com apenas um A.S.
e) Erro relativo. O erro ao qual nos referimos no item anterior um erro absoluto, e o mesmo
para quaisquer medidas de uma determinada grandeza. Portanto, ele no diz qual medida apresenta
maior preciso relativa. Refere-se apenas ao aparelho de medio e no ao objeto medido. O erro do
aparelho em relao ao objeto medido se denomina erro relativo. Esse pode ser expresso em
porcentagem:
=

Erro do instrumento
Valor da medida

ou

% =

Erro do instrumento
100
Valor da medida

Cada medida de uma grandeza tem um mesmo erro absoluto (dado pelo instrumento), mas um erro
relativo prprio, que depende do valor da medida.

f) Desvio relativo percentual.


Sabemos que as relaes entre grandezas de mesma espcie podem ser representadas em termos
relativos ou percentuais. Assim, dadas as grandezas A e B, podemos escrever em termos
percentuais vrias relaes entre elas tais como: A em relao ao total A+B, ou a diferena A-B em
relao a A, a B ou ao total A+B, etc. No caso, de uma medida M dada por:
M= (mm) u
em que m representa o valor da medida e m o valor absoluto do erro, podemos expressar o erro
relativo percentual fazendo:
m% =

m
. 100 %
m

Podemos tambm comparar o resultado (xi) de um experimento com um valor conhecido da


literatura XR usando o desvio relativo percentual:
x% =

xi X R
. 100 %
XR

Por exemplo, suponha que numa experincia voc encontre o valor para a densidade da gua pura
como d=1,012g/cm3, enquanto valor tabelado dt=1,000g/cm3. Neste caso, dizemos que o desvio
relativo percentual ou simplesmente desvio percentual foi de:
D% =

1, 012 1, 000
. 100 % = 1, 2 %
1, 000

No se trata de um novo tipo de erro, mas uma forma alternativa e elegante de apresent-lo.

11

g) Propagao de Erros
Muitas vezes nos deparamos com o caso de determinar uma grandeza fsica atravs de clculos com
valores obtidos na medida direta das grandezas que figuram na lei representativa do fenmeno em
considerao. Por exemplo, a energia potencial de um corpo de massa m situada a uma altura h,
E=mgh. Para estes casos, surge o problema de como avaliar o desvio padro na grandeza
dependente, conhecendo os desvios padro nas medidas diretas. Este tipo de estudo recebe o nome
de Propagao de Erros.
Seja uma grandeza y dependente de outras grandezas x1, x2, x3,..., xn. Pode-se, ento, escrever:
y=f(x1, x2, x3,..., xn )
A variao de y, em funo de cada uma das variaes infinitesimais de cada um dos xi, dada pela
diferencial exata de y:
f
f
f
dxn
dx1 +
dx2 + .........
dy =
x1
x2
xn
Onde os termos entre parntesis representam as derivadas parciais de f em relao a cada uma das
varveis xi de que depende. possvel fazer uma analogia entre as variaes infinitesimais (dx) e os
desvios (x) das variveis, uma vez que ambos representam variaes. Assim, podemos escrever:

f
f
f
xn
x1 +
x2 + .........
y =
x1
x2
xn
Como se pretende determinar o mximo erro na medida, deve-se considerar a situao na qual os
erros, atuando no mesmo sentido, somam-se. Isto s possvel tomando-se o mdulo das derivadas
parciais na equao anterior. Assim:

y =

f
f
f
x1 +
x2 + .........
xn
x1
x2
xn

A formulao acima foi baseada em Piacentini et al (2008), outras formulaes podem ser obtidas
em Cruz (1997) (ver bibliografia).

12

ATIVIDADE 01
1. TTULO: ANLISE DE UMA EXPERINCIA ATRAVS DE GRFICOS
2. OBJETIVO

Elaborar um modelo para o escoamento de um lquido contido num recipiente.


Construir e analisar grficos numa planilha eletrnica.
Aplicar os conceitos de algarismos significativos, erros em uma medida e linearizao.

3. DESCRIO DA EXPERINCIA
Nessa atividade vamos trabalhar com um conjunto de dados obtidos atravs de uma
experincia cuja inteno era investigar o escoamento da gua contida em um recipiente. Partiu-se
da hiptese de que o tempo de escoamento dependeria da altura da coluna de gua e do dimetro do
orifcio do fundo do recipiente. Poderamos ter escolhido outros parmetros para anlise.
Para estudar a dependncia deste tempo em relao ao tamanho do orifcio, foram
considerados quatro recipientes iguais, com orifcios circulares de diferentes dimetros,
relativamente pequenos, em suas bases. Considerando que todos tinham a mesma altura h de gua,
mediu-se o tempo de escoamento.
Em seguida, para estudar a dependncia do escoamento em relao altura da coluna de
gua contida no recipiente, variou-se a altura da coluna de gua que foi escoada por orifcios
idnticos em dimetro. Os dados obtidos encontram-se na tabela 1.
Faa uma figura que lhe permita visualizar a montagem experimental.
A anlise desses resultados nos permite sugerir concluses sobre a natureza do processo que
est sendo investigado e predizer o resultado de experincias similares.
Tabela 1. Tempo de esvaziamento (em segundos) em funo simultnea da altura (h) da coluna de
gua e do dimetro (d) do orifcio.
h em cm

30,0

d em cm

10,0

4,0

1,0

Tempo de esvaziamento(em segundos)

1,5

74,0

44,5

26,7

14,1

2,0

41,2

23,7

15,0

7,3

3,0

18,4

10,5

6,8

3,7

5,0

6,8

3,9

2,2

1,5

4. ANLISE DOS RESULTADOS


4.1 Anlise da Tabela.
ALGARISMOS SIGNIFICATIVOS
Registramos na Tabela 1 os valores dos tempos necessrios para esvaziar cada recipiente.
Devido dificuldade de se medir precisamente intervalos de tempo usando um relgio, h um
nmero menor de algarismos significativos nas medidas de pequenos intervalos de tempos do que
nas de longos intervalos de tempos. Responda:
P1. O que so algarismos significativos?
P2. Examine os dados referentes ao dimetro d. Quantos so os algarismos significativos de cada
medida?
13

P3. Ainda com referencia ao dimetro d, sugira o tipo de instrumento utilizado na medio (uma
caracterstica importante associada aos algarismos significativos que eles nos permitem identificar
o tipo de instrumento utilizado na medio). No caso do dimetro d, qual a menor diviso da escala
utilizada (metros, centmetros, milmetros etc.)?
P4. No caso do tempo de escoamento, qual a menor diviso da escala utilizada? Em funo disso,
que tipo de instrumento foi utilizado na medio dos tempos de esvaziamento?
ERROS
Cada resultado apresentado na Tabela 1 tem um erro inerente ao processo de medida que,
nesse caso. chamado erro de escala. Note que as medidas foram feitas uma nica vez para cada
situao. No h valor mdio, nem desvio padro nesse caso. J ao erro do aparelho em relao ao
objeto medido denominamos erro relativo o qual pode ser expresso em porcentagem (ver aula
introdutria). Verifique que cada medida de dimetro d tem um mesmo erro absoluto (dado pelo
instrumento), mas um erro relativo diferente para cada medida (que depende do valor da medida).
P5. Qual o erro estimado nas leituras do dimetro d, da altura h e do tempo t de escoamento?
P6. Qual das alturas tem o maior erro relativo e qual tem o menor? Qual dos tempos tem o maior
erro relativo e qual tem o menor? Qual dos dimetros tem o maior erro relativo e qual tem o menor?
GRFICOS
A importncia da utilizao de grficos na anlise de experincias em laboratrio decorre da
possibilidade de analisar o comportamento de uma grandeza (varivel dependente) em relao
outra (varivel independente).
possvel construir rapidamente grficos e realizar uma srie de anlises utilizando
computadores. Entretanto, a rapidez dos computadores pode gerar uma srie de equvocos, pois
deixa pouca margem para que as pessoas compreendam o que esto fazendo. Aos poucos,
introduziremos o uso de programas de computador na anlise dos dados, pois entendemos que um
bom profissional no pode prescindir desta ferramenta. Adiantamos que a melhor ferramenta
computacional para a anlise de dados a planilha eletrnica.
Na presente atividade, estudaremos como o tempo de escoamento da gua varia em funo
da altura e do dimetro do orifcio. Procuraremos estudar essas questes separadamente. Todos os
dados necessrios constam da Tabela 1, apresentada anteriormente. Uma representao grfica
desses dados possibilita o estabelecimento de uma relao matemtica entre os mesmos. Os grficos
sero feitos no computador utilizando-se as ferramentas de uma planilha eletrnica.

A) COMO O TEMPO DE ESCOAMENTO DEPENDE DO DIMETRO DO ORIFCIO?


A Tabela 1 nos permite estudar como o tempo de escoamento depende da altura da coluna
de gua no recipiente e do dimetro do orifcio por onde escoa a gua.
Para analisar a relao entre o dimetro do orifcio e o tempo de escoamento da gua,
podemos utilizar grficos, os quais so mais fceis de interpretar do que tabelas. Assim, vamos
fazer o grfico do tempo (t) de escoamento versus dimetro (d) do orifcio para cada uma das
alturas h.
Registre na planilha eletrnica a Tabela 1, tal qual ela aparece na apostila (no se esquea
das legendas). Seguindo as instrues contidas no item Fazendo um grfico do apndice da
apostila, obtenha inicialmente um grfico com os pontos para a altura h = 30cm. Siga os
procedimentos indicados para sobrepor as curvas relativas s outras alturas. importante que todas
elas sejam visualizadas num mesmo grfico.

14

Para cada conjunto de pontos, vamos agora desenhar uma curva mdia, seguindo os
procedimentos descritos no item Inserindo uma linha de tendncia do apndice. Registre o ttulo
do grfico e os nomes dos eixos, seguindo os procedimentos do apndice.
O grfico resultante deve ser semelhante ao ilustrado na Figura 2.

Grfico de t (s) versus d (cm)


80
-1,981

t = 163,73d
2
h= 30 cm R = 0,9999

70

h = 30
h = 10

60

h=4
h=1
Potncia (h = 30)

t (s)

50
40

Potncia (h = 10)
Potncia (h = 4)
Potncia (h = 1)

30
20
10
0
0

d (cm)

Figura 2. Grfico t versus d. As curvas sugerem uma relao inversa entre t e d, isto ,
sugerem que t diminuiu com d, mas no fornecem uma relao matemtica entre elas.

Como mencionamos, nosso interesse no estudo desse fenmeno se relaciona tambm


possibilidade de fazer previses sobre o mesmo. Pense sobre como seria o escoamento, por
exemplo, para um recipiente com orifcio de 1,5 cm de dimetro e altura 25 cm. A experincia no
foi realizada para essa altura, mas se temos uma relao matemtica entre as grandezas envolvidas
no problema, podemos tentar prever qual seria o tempo de escoamento.
Voc pode usar as curvas da Figura 2 para interpolar entre suas medidas, e prever tempos
de escoamento para dimetros e alturas intermedirias entre os utilizados. Pode tambm,
grosseiramente, extrapolar alm delas, para prever tempos de escoamento para recipientes com
alturas e dimetros de orifcios maiores. melhor, no entanto, fazer isso de maneira mais precisa.
Voc pode obter uma expresso algbrica para relacionar t e d. O grfico acima mostra
que t diminuiu rapidamente com d; tal fato sugere uma relao inversa entre t e d e nada mais. Tal
relao inversa pode ser do tipo 1/d, 1/ d ; 1/d2, 1/d3, etc.
Descobrir qual das relaes gera uma relao linear um processo de tentativas chamado
linearizao , cuja soluo no necessariamente nica. A relao inversa procurada aquela
que se torna linear com t. Isso quer dizer que se t fosse proporcional a 1/d, o grfico t versus 1/d
daria uma reta. J se t fosse proporcional a 1/d3, o grfico t versus 1/d3 seria uma reta.
O Excel pode determinar qual relao matemtica melhor descreve a curva obtida. Para
isso, ele utiliza um processo de linearizao, mas este fica mascarado e no pode ser notado por
quem manipula a planilha eletrnica.
Utilize os recursos do Excel para obter as relaes matemticas para as curvas seguindo os
procedimentos do item Obtendo a relao matemtica que melhor descreve o grfico, contido no
apndice da apostila.

15

No final do processo descrito acima, aps inserir a linha de tendncia que melhor representa
cada conjunto de dados, voc deve ter obtido quatro equaes do tipo
t C1d
Lembre-se que, no nosso caso:
y t

x d

Entretanto, observando os valores numricos que aparecem nestas equaes, notamos que
elas esto escritas com um nmero excessivo de algarismos e que nem todos so significativos. Os
coeficientes C1 obtidos na sua planilha so resultados de clculos e o Excel apresenta os nmeros
sem considerar quais so os A.S. Por exemplo, o Excel fornece o valor de C1 (p/ h=30 cm) com
cinco significativos, o que est errado. Cabe a ns determinarmos com quantos algarismos devemos
escrever os mesmos.
De acordo com a Tabela 1, nenhuma medida de tempo (t) tem mais do que trs A.S.
Portanto razovel supor que as constantes C1 que aparecem em cada equao no podem ter mais
do que trs A.S.
Se os dimetros tm dois A.S., o expoente de d no deve ter mais do que dois significativos.
Levando em conta estas consideraes escreva na sua planilha na forma de tabela, prximo
do grfico, as referidas equaes com os arredondamentos necessrios. Preencha tambm as colunas
da tabela abaixo.
h (cm)

30.0

10.0

4.0

1.0

C1

P7. Quais so as unidades das grandezas C1 e ?


Linearizao
Como vimos no item anterior as relaes matemticas que relacionam os tempos de escoamento
aos dimetros dos orifcios so do tipo:
t C1 d

Equao 1

onde praticamente - 2 para todos os casos.


Isso quer dizer que se fizermos o grfico t em funo de 1/d2 para cada um desses conjuntos
de dados, obteremos uma reta. O Excel fez essa tentativa para ajustar o grfico e nos fornecer a
linha de tendncia. Esse procedimento recebe o nome de linearizao ou regresso linear. Os
parmetros da curva so determinados por um programa estatstico de aproximaes sucessivas.
Nesse caso, o programa tentou obter uma relao linear entre as grandezas, e encontrou que t
variava linearmente com 1/d2.
Vamos agora realizar essa mesma tentativa, que foi mascarada pelo uso do recurso da
planilha eletrnica. Para isso acrescente em sua planilha uma coluna para os valores de 1/d2 (veja no
apndice da apostila algumas dicas importantes para inserir frmulas na planilha e sobre como gerar
outra coluna a partir de uma coluna conhecida).
Para cada conjunto de pontos (relativos a cada altura h), construa uma curva t versus 1/d2
seguindo as instrues do apndice. Todas devem ser visualizadas num nico grfico. No se
esquea de detalhes como ttulos, legendas etc.
Em funo do que voc obteve responda:

16

P8. A sugesto dada anteriormente pelo programa Excel acerca da melhor funo que levaria a uma
linearizao correta?
Seguindo as instrues do apndice, insira a linha de tendncia para cada caso. Escolha a
opo linear.
Para cada caso voc dever encontrar algo parecido com o mostrado na figura 4. Anote os
resultados das equaes obtidas no grfico e escreva-as na Tabela 2. Considere o problema dos
algarismos significativos.
t=

Para h = 30 cm

t=

Para h = 10 cm

t=

Para h = 4 cm

t=

Para h = 1 cm

Tabela 2. Relao algbrica entre t e d para diferentes alturas h.


Note que, nesses resultados, os coeficientes C (ver Equao 1) variam de acordo com a
altura. Isto , para a altura h = 1 cm temos um determinado valor de C. Para h = 4 cm o valor de C
diferente do caso anterior.
Isso quer dizer que as equaes podem ser escritas na forma:
t

C1 ( h )
d2

(Equao 2)

Onde C1(h) uma constante que vai depender de h.


P9. Compare as relaes algbricas obtidas na Tabela 2. O que voc pode dizer acerca delas?

Linearizao
80
y = 167,79x - 0,1368
R2 = 0,9998 h=30cm

70
60

h = 30
h = 10
h=4

t (s)

50

h=1

40

Linear (h = 30)

30

Linear (h = 10)

20

Linear (h = 4)

10

Linear (h = 1)

0
0

0,1

0,2

0,3

0,4

0,5

1/d^2 (1/cm^2)

Figura 4. Grfico de t versus 1/d2. O resultado sugere fortemente que o tempo de esvaziamento diretamente
proporcional a 1/d2. Neste exemplo mostrado apenas o resultado para h= 30 cm. Complete o grfico para todas
as outras alturas.

17

A linha de tendncia do Excel e o coeficiente de correlao (R2)


A linha de tendncia uma idealizao, enquanto os pontos ou dados representam a
realidade. Tra-la significa inferir um modelo matemtico que melhor se aproxima dos seus dados
experimentais. Assim, no tem sentido unir os pontos experimentais atravs de vrias retas, pois
isto significaria no um modelo, mas vrios modelos matemticos.
Como vimos, a linearizao permite encontrar a relao matemtica que gera uma relao
linear entre as grandezas envolvidas. Encontramos, assim, a relao que descreve melhor
determinada curva.
Voc deve ter notado que quando nos itens anteriores pedimos que fosse adicionada a linha
de tendncia, sugerimos no primeiro caso uma funo do tipo potncia e, no segundo, uma funo
do tipo linear. Fizemos isso por razes didticas. Agora voc ir entender o porqu daquelas opes.
Em princpio, a razo para essa escolha est no valor de R2 (R quadrado), que pode ser
definido como uma medida do grau de ajuste (ndice de correlao) entre a equao determinada
pelo programa e os seus pontos experimentais. Quanto mais prximo R2 estiver de 1, melhor o
ajuste. Podem ocorrer casos em que duas ou mais funes apresentam valores de R2 prximos.
Nestes casos, deve-se confrontar cada uma das funes obtidas com o fenmeno fsico em questo e
descartar aquelas que levam a possveis incompatibilidades tericas.
Vamos agora entender atravs de vrias tentativas por que escolhemos o ajuste potncia
para o primeiro grfico.
Faa novamente um grfico (tipo disperso) do tempo versus dimetro somente para a altura h = 30
cm, seguindo os procedimentos do apndice. Vamos cham-lo de grfico A.
Em seguida, faa quatro cpias do grfico em sua planilha.
Seguindo os procedimentos do apndice, v ao grfico A e insira a linha de tendncia linear. Pea
para exibir a equao e o valor de R-quadrado no grfico.
V ao grfico B e insira a linha de tendncia polinomial. Pea para exibir a equao e o valor de Rquadrado no grfico.
V ao grfico C e insira a linha de tendncia exponencial. Pea para exibir a equao e o valor de
R-quadrado no grfico. V ao grfico D e insira a linha de tendncia logartmo. Pea para exibir a
equao e o valor de R-quadrado no grfico.
P10. Compare os valores de R2 para cada tipo de funo. Que concluses voc tira dos
procedimentos acima?
Vamos examinar agora o efeito de uma medida mal feita sobre R2.
V Tabela 1 e altere o valor de t para a altura de 30,0cm e dimetro de 3,0cm. Inicialmente
altere o valor de 18,4s para 10,0s e verifique os efeitos no grfico, na equao e no valor de R2. Em
seguida, mude de 10,0s para 8,0s.
P11. Qual foi o efeito destas alteraes no valor de R2? O que esse exemplo mostra se pensarmos
que esses tempos diferentes foram medidos com um instrumento de menor preciso?
Os exemplos acima ilustram o procedimento seguido para a escolha da funo tipo
Potncia nesta Atividade. Entretanto, alertamos que, embora sendo um procedimento poderoso, a
18

soluo fornecida no necessariamente nica e s vezes tambm necessrio levar em conta


certas consideraes fsicas no presentes nas medidas efetuadas.
Voc ainda deve ter notado que no discutimos como so calculados os coeficientes das
equaes, bem como no lhe foi mostrado como se calcula o coeficiente R2. Os alunos interessados
em se aprofundar neste assunto devem consultar a bibliografia suplementar em particular o livro
Modelos de Regresso Linear do professor Paulo Roberto Medeiros de Azevedo (Coleo Saber e
Cincia, Vol. 1, EDUFRN, Natal, 1997). Explicaes sucintas podem ser obtidas no livro
Introduo ao Laboratrio de Fsica de J. Piacentini e colaboradores (ver bibliografia de
referncia)
ou
ento
no
Guia
para
Fsica
Experimental
da
UNICAMP
(http://www.dfte.ufrn.br/fis315/erros.pdf)
B) COMO O TEMPO DE ESCOAMENTO DEPENDE DA ALTURA DO RECIPIENTE?
Como mencionamos, nessa atividade estudaremos como o tempo de escoamento da gua
varia em funo da altura e do dimetro do orifcio. Na seo anterior analisamos como o
escoamento dependia do dimetro do orifcio do recipiente. Iremos agora tratar a outra parte da
questo proposta, isto , determinar qual a dependncia do tempo de escoamento em relao a altura
da gua no recipiente.

Anlise da constante C1(h).


Vimos na seo anterior que a relao entre o tempo de escoamento e o dimetro envolvia uma
constante C1 que variava com a altura. Escrevemos ento que:
t

C1 ( h )
d

Equao 3

Vamos agora estudar como se d essa variao.


Na tabela 3, registre os valores da constante C1 para as respectivas alturas. Deve-se utilizar os
valores de C1 obtidos na linearizao, porque que esse procedimento leva em considerao a relao
aproximada entre as grandezas t e d. Em seguida, copie a mesma tabela para a sua planilha.
C1

h(cm)
30
10
4
1

Tabela 3. Relao algbrica entre C1 e altura h.

Faa o grfico (tipo disperso) de C1 em funo de h (isto , C1 versus h) na sua planilha. Siga as
instrues do apndice e no se esquea dos detalhes.
Uma rpida anlise do grfico obtido mostra que a relao no linear embora C1 seja crescente
com h. Isto sugere vrias opes de dependncia de C1 com h, tais como 3 h ; h ; log(h), etc.
Insira e formate a linha de tendncia seguindo os procedimentos do apndice. Voc deve tentar
vrios tipos de ajuste (polinomial, exponencial, logartmico, etc.). Compare os valores de R2
gerados em cada uma delas, e decida qual melhor.
19

Voc deve ter notado que o melhor ajuste para o grfico C1 versus h tem a forma de potncia
com expoente aproximadamente 0,5. Para determinar a relao matemtica C1 em funo de h, voc
deve fazer a linearizao do grfico, isto , fazer o grfico C1 versus h1/2.
A partir do grfico linearizado, formate a linha de tendncia e escreva a funo de C1 (h) que
melhor descreve os seus dados no quadro abaixo:
C1(h)=
Equao 4: C1 obtida pelo grfico.
C) DETERMINAO DA EXPRESSO GERAL: O TEMPO (T) DE ESVAZIAMENTO
COMO FUNO SIMULTNEA DA ALTURA (H) DA COLUNA DE GUA E DO
DIMETRO (D) DO ORIFCIO.
Note que a equao 4 para C1 faz parte da equao 3 determinada anteriormente. Portanto,
substituindo a expresso de C1 na equao 3 teremos a forma da expresso geral procurada.
Estabelea a funo geral para o tempo de fluxo como uma funo simultnea de h e d para
este experimento, determinando o valor numrico da nova constante C2, e preencha o quadro
abaixo:
t=
Funo geral
Se a expresso obtida no quadro acima realmente vlida para este experimento, ela deve
ser capaz de explicar as expresses particulares obtidas na Tabela 2.
P12. Obtenha as equaes da Tabela 2 a partir da funo geral.
Alm de explicar as equaes da Tabela 2, a funo geral deve tambm explicar
qualquer dado da Tabela 1. Para isto volte sua planilha onde est a Tabela 1 e ao lado desta
desenhe uma outra como mostrada abaixo. A partir da expresso geral determinada acima, calcule
os tempos t de esvaziamento preenchendo as clulas vazias da tabela 4. Os clculos devem ser
feitos atravs dos recursos de sua planilha eletrnica. Para isso insira a Funo Geral na clula
correspondente ao tempo para h = 30 cm e d = 1,5 cm. Arraste-a para baixo (use as dicas
apresentadas no apndice da apostila). Complete toda a tabela realizando o mesmo
procedimento. Aps os clculos, compare a Tabela 4 com a Tabela 1.
h(cm)----> 30,0
d(cm)
1,5

10,0
t(s)

4,0

1,0

2,0
3,0
5,0
Tabela 4. Valores do tempo de esvaziamento
t calculados pela frmula geral.

20

Voltando ao que foi afirmado na Introduo, estas generalizaes devem explicar no s o


que foi observado, mas tambm servem para fazer previses quanto ao que ainda no foi
observado. Assim, se a expresso encontrada realmente geral, ela deve prever situaes no
includas na Tabela 1. Faa algumas previses do tempo de esvaziamento t para os pares de h e de d
sugeridos na Tabela 5.

h (em cm) d (em cm) t (em s)


6,0
1,0
50,0
6,0
60,0
4,0
Tabela 5. Previses para alguns valores de h e de d
Com base no que foi realizado nesta atividade responda:
P13. A expresso obtida vlida para qualquer tamanho de lata? Para qualquer tipo de lquido?
Afinal qual a limitao da funo geral encontrada?
P14. Em sua opinio, que grandezas fsicas determinam o valor da constante C2?
P15. A partir do que pde ser notado, como voc avalia a sua hiptese inicial?

21

ATIVIDADE 02

1. TTULO: DETERMINAO DA ACELERAO DA GRAVIDADE LOCAL.


2. OBJETIVOS

Aprofundar o conhecimento sobre um movimento retilneo com acelerao constante de uma


partcula. Compreender e aplicar a idia de modelo.
Determinar experimentalmente a acelerao da gravidade.
Expressar o resultado de uma medida em termos do valor mdio e do desvio padro.
Comparar o resultado experimental com um valor padro (erro relativo).
Calcular o desvio padro de uma medida.

3. INTRODUO
Nesta atividade vamos aplicar o conhecimento sobre modelos em Fsica. Neste caso, o modelo a ser
aplicado aquele que descreve o movimento de uma massa m que cai verticalmente uma altura h.
Especificamente, estamos utilizando o modelo aplicado a um corpo real em queda onde:
desprezamos a resistncia do ar.
consideramos que a acelerao de um corpo em queda de uma altura h constante.
P1. Descreva algumas situaes onde no podemos desprezar a resistncia do ar.
P2. Descreva algumas situaes onde no podemos considerar que a acelerao da gravidade constante.
Assim, o modelo de uma partcula com acelerao constante um substituto para o problema real,
que pode ser muito mais complicado. Contudo, se a resistncia do ar e qualquer variao de g so pequenas,
o modelo deve fazer previses que concordem razoavelmente com a situao real.
Para um corpo de massa m que solto de uma altura h (ponto A) e chega ao ponto B, onde a
acelerao considerada constante ay = - g, temos
Eq. Geral y = y0 + v0y t + ay t2
De acordo com a figura 1 temos
0 = h + 0 g tq2 ou
g = 2 h / tq2

Equao 1

Assim, medindo-se a altura h e o tempo de queda tq poderemos obter o valor de g.


B
Figura 1
4.

MATERIAL UTILIZADO
(1) Rgua;
(2) Fios diversos;
(3) Sensor Phywe (Basic Unit/PhyweCobra3);
(4) Sensor de chegada da esfera (receptculo);
(5) Esfera de ao;
(6) Liberador da esfera de ao;
(7) Gatilho da queda livre;
(8) Trip e suporte;
(9) Computador

22

5. PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL
P3 - Diante do nosso conhecimento terico, como podemos proceder para determinar o valor de g no local
onde se realiza a experincia?
P4 - Pelo modelo exposto, quais so as grandezas que aparecem na expresso para o valor de g?
Em funo do que foi exposto na introduo desta atividade o planejamento da experincia deve
levar em conta a necessidade de se determinar o valor do tempo de queda para uma massa m de uma altura h.
P5. Qual a influncia do valor da massa m nesse processo? Para a situao que estamos propondo, quem
chegaria ao receptculo primeiro: uma esfera de massa m ou uma esfera de massa 3m? Justifique a sua
resposta.
P6 - Tente soltar uma massa m de uma altura h e medir o tempo de queda com o seu relgio de pulso. Voc
conseguiu? Seu resultado confivel? Repita o processo algumas vezes e compare os resultados.
Para efeito de comparao estamos sugerindo que sejam feitas medidas do tempo de queda para trs
alturas diferentes. Estamos sugerindo h1 = 10 cm; h2 = 20 cm e h3 = 30 cm. Os valores que voc utilizar no
precisam ser exatamente esses, mas algo em torno desses valores.
Como voc j deve ter percebido na sua tentativa de medir o tempo de queda conforme solicitado em
P4, o tempo de queda pequeno e necessita de um aparelho mais sofisticado para a sua medida.
Apresentamos em seguida como voc ir medir o tempo de queda de uma massa m de uma altura h.
Aps a realizao das medidas ser necessrio fazer uma anlise dos resultados e expressar esses resultados
na forma g = g g onde g representa a mdia aritmtica e g representa o erro.

Esta experincia feita utilizando o aparato experimental da figura acima. Siga as orientaes para a
sua utilizao.
Este equipamento tem um sensor que mede o tempo de queda de uma esfera de ao. Prenda a esfera
metlica mantendo pressionado o gatilho da esfera (item (6) da figura acima) e, utilizando o suporte, ajuste a
altura h na qual voc deseja medir o tempo de queda livre da esfera. Este tempo de queda ser o registro de
nossa experincia. Veja a sequncia:
a) Para obter os dados do tempo de queda da esfera, voc deve acionar o programa measure no diretrio
Phywe seguindo as instrues abaixo.
Menu Iniciar---Programas---Phywe---Measure
b) Aps invocar o programa Measure, voc dever ter na tela o seguinte menu:

Com o mouse acessar o menu: File New Measuring


(ou simplesmente acione a figura com o boto vermelho no menu conforme mostrado acima).

23

Voce ser levado imediatamente Figura 2 ao lado.


Observe na figura 2 a configurao do sistema de medidas. Mantenha os campos como mostrado.
Agora, prenda a esfera utilizando o
gatilho e certifique-se de que o
receptculo esteja levantado antes de cada
medida e que a esfera, ao ser solta ir de
fato cair dentro do receptculo (item 4, da
lista de material utilizado);
Voc ir agora realizar uma primeira
medida para a altura h1. Para isto
pressione o campo <Continue>. Voc
ser levado janela ilustrada na Figura 3.
O sistema agora est preparado para
registrar as medidas.
- Ao soltar a esfera, o circuito aberto
e s desativado quando a esfera toca o
receptculo. Neste instante, voc dever
obter sua primeira medida, conforme
mostra a figura 4.
- O valor que aparece na figura 4 o
tempo de queda livre da esfera. Ao
pressionar <Close>, voc ser levado
tela inicial do programa e, portanto, voc
dever iniciar uma nova medida (10 medidas para cada valor de h)

Figura 2

Varie o valor de h para algo em torno de 20 cm e faa mais 10 medidas do tempo de queda. Faa o
mesmo para h em torno de 30 cm
- Anote as medidas no seu caderno numa tabela semelhante Tabela 1 apresentada na seo abaixo.

Figura 3

Figura 4

6. ANLISE DOS RESULTADOS

Agora que voc dispe de 3 conjuntos de dados, dever fazer a anlise dos resultados obtidos e
expressar esses resultados na forma g = g g onde g representa a mdia aritmtica e g representa o
erro.

24

DETERMINAO DA ACELERAO DA GRAVIDADE E DO DESVIO PADRO


USANDO OS RECURSOS DA PLANILHA ELETRNICA.
Sugerimos abaixo uma estrutura de tabela para organizar seus dados e resultados dos clculos. No se
esquea de colocar na sua planilha todas as informaes necessrias, como grandezas envolvidas e unidades,
identificando claramente cada uma das colunas. Copie para a sua planilha a estrutura da Tabela 1. Registre,
na coluna correspondente, todos os valores de tempo medidos pelo seu grupo.

Tabela 1
h(m)= 0,10
ti

gi

h(m)= 0,20
(g i g )

gi

(g i g )

ti

gi

h(m)= 0,30
(g i g )

gi

(g i g )

gi

(g i g )2

gi

(g i g )

ti

Observao: o smbolo de somatrio pode ser obtido atravs do menu inserir - smbolo. Clique em
cima de e depois feche a janela.
Use de preferncia o sistema MKS. Lembramos que nesta experincia apenas os tempos e as alturas
so dados primitivos. Os valores de gi sero calculados a partir da Equao 1, atravs das funes da
planilha.
Escolha a primeira clula da coluna correspondente a gi na planilha e digite a expresso para g
(Equao 1), usando as informaes contidas no apndice sobre como inserir uma frmula no Excel.
Calcule, assim, todos os valores de g para cada conjunto de valores de t obtidos para os diferentes valores de
h. No se esquea de utilizar a funo arraste para obter esses valores.
No final de cada uma das colunas de gi, voc pode invocar a funo somatrio de sua planilha
acionando com o mouse o smbolo que aparece no menu. Siga as instrues da sua planilha e selecione
com mouse os dados a serem somados.
Para entender melhor o que faremos a seguir retome o contedo apresentado na introduo da
apostila sobre medidas e erros (valor mdio e desvio padro). Esse contedo essencial para que voc
2

compreenda o que significa gi e ( g i g ) , como esses so calculados e de que forma esses


resultados so utilizados para determinar o valor mdio de g e o desvio padro de cada conjunto de
medidas. Apresentamos abaixo algumas dicas bsicas para realizar esses clculos no Excel. Utilize-as em
conjunto com as informaes da introduo e do apndice para realizar em sequncia todos esses clculos:
2
gi, g , ( g i g ) e, finalmente, chegar ao g para cada conjunto de medidas.
A figura 4 ilustra uma forma possvel de apresentao da planilha Excel. Note que os valores do
tempo esto na coluna A a partir da clula 3, o valor de h est na clula B1 e a expresso para o calculo de g
est na clula B3. Depois de inserir a frmula, arraste-a com o mouse para as demais clulas da coluna.

25

Deve surgir em cada clula o valor correspondente de gi (para detalhes sobre como inserir as frmulas e fazer
os clculos ver o apndice).
1

A
h(m)=

B
0,10

2
3
4
5
6

ti(s)
0,021
0,025
0,022
0,024

gi(m/s2)
= (2*$B$1)/Potencia(A3;2)

Figura 4.

Exprima a acelerao gravitacional local na forma g g g obtido para cada altura h. Escreva o
valor de g com apenas um significativo. O nmero de algarismos significativos de g dever ser dado em
funo de g.
Para exemplificar, se os resultados forem g = 9,8723457 m/s2 e g = 0,06127, ento g =0,06 (um
significativo) o que indica que o erro no valor de g est na 2 casa decimal. Portanto, neste exemplo, o valor
de g ser escrito como g = (9,870,06) m/s2.
Aps o preenchimento da planilha escreva na Tabela 2 os valores da acelerao da gravidade para
cada conjunto de medidas na forma g = g g .

Tabela 2 valores encontrados para a acelerao da gravidade a partir das medidas.


altura h

valores encontrados para g = g g

h1 = 0,10 m

g1 =

h2 = 0,20 m

g2 =

h3 = 0,30 m

g3 =

Comparao dos valores de g


P7. Analise e compare os trs valores de g (um para cada altura) determinados nos itens anteriores. Qual
deles o mais confivel. Qual deles o mais preciso. Por qu?
P8. Voc pode afirmar que houve variao de g com a altura h? Por qu?
P9. Compare o seu melhor valor com o valor da gravidade aqui no laboratrio medido com um gravmetro
LaCoste & Romberg g=9,78107 m/s2. Qual o erro em suas medidas?
P10. Considerando os 10 valores de g obtidos para uma dada altura, voc considera que o erro na medida de
h pode ser considerado um erro sistemtico? Justifique.
P11. O erro sistemtico, uma vez identificado, pode ser corrigido. Se voc considerar que o valor mdio de g
que voc calculou no est correto devido a um erro sistemtico na medida de h, qual deveria ser o valor
correto de h para cada uma das alturas? (Dica: Analise como o h entra no clculo da mdia e observe que a
mdia de g depende linearmente de h).
P12. Calcule o erro cometido na medida de h, ou seja, a diferena entre o valor suposto correto e o valor que
voc mediu. Qual o erro relativo?
P13. Voc considera estes erros aceitveis?

26

Determinao da acelerao da gravidade e do desvio padro usando as funes


pr-definidas na planilha eletrnica.
Realizamos anteriormente o clculo passo a passo do desvio padro e do valor mdio de g. Nossa
inteno era que voc aprendesse a inserir frmulas no Excel e compreendesse, atravs desse exemplo, como
so calculadas especificamente essas grandezas.
No caso do desvio padro e do valor mdio, no entanto, o Excel pode realizar os clculos de modo
muito simples, a partir do momento em que voc insere os dados de origem em sua planilha. Acompanhe a
seguir como isso ocorre, repetindo os procedimentos apresentados.
Acione uma clula qualquer vazia abaixo do ltimo valor de gi. Nela voc vai calcular o valor mdio
dos gi, acionando no menu:
Inserir Funo Estatstica Mdia OK
aparecer na tela um quadro solicitando o campo de dados. Indique os dados digitando o campo ou usando o
seu mouse. Pressione OK. Surgir na clula acionada o valor mdio de g.
Para calcular o desvio padro, ative a clula abaixo daquela onde voc determinou o valor mdio de
g e siga os passos:
Inserir Funo EstatsticaDESVPAD OK

Escreva, para cada uma das alturas, a acelerao gravitacional local na forma g g g .
Note, portanto, que o uso dos recursos da planilha eletrnica facilita muito os clculos de grandezas
como o desvio padro e o valor mdio. Mas, ao utilizar esses recursos, voc precisa saber como foram feitos
os clculos e o que significam. Por isso, insistimos em recomendar que voc realize e compreenda os
procedimentos passo a passo mostrados nessa atividade. importante frisar que voc deve saber inserir
frmulas no Excel, pois assim ser capaz de realizar todos os clculos que deseja, e no apenas acessar os j
disponveis no Excel.

27

Observao: Determinao da acelerao da gravidade e do desvio padro


usando a calculadora cientfica.
Uso da calculadora. As calculadoras cientficas possuem funes estatsticas pr-definidas. Na maioria dos
modelos, para ativ-las, pressiona-se a tecla MODE e escolhe-se a opo SD que se entende por
Standard Deviation cuja traduo desvio padro. No visor da calculadora devero aparecer as siglas
SD ou STAT. Com esta opo ficam disponveis as funes para o clculo da mdia ( x ), do desvio
padro ( n 1 ) e outras funes estatsticas. Os dados so armazenados acionando-se a tecla DAT. Em
algumas calculadoras o desvio padro representado pela letra s.

Note que nas calculadoras existe o smbolo n o qual designa desvio padro da mdia que um conceito
mais complexo que o desvio padro de uma medida e no ser usado neste curso. Neste curso adotaremos,
por simplicidade, o smbolo

(letra grega com o smbolo da grandeza fsica) para designar o desvio

padro de uma medida que nas calculadoras simbolizada por n 1 . Os alunos que estiverem interessados
em maiores informaes sobre desvio padro podem obt-las no Guia para Fsica da UNICAMP, indicado
como link no apndice da apostila.
No computador, as funes estatsticas da calculadora so acionadas atravs da tecla STA. A
tecla AVE fornece o valor mdio e a tecla s o desvio padro. Os dados so introduzidos atravs da tecla
DAT. Quando se aciona a tecla STAT deve surgir na tela a caixa de estatstica que lhe mostrar os
dados medida que estes forem inseridos.

28

ATIVIDADE 03

1. TTULO: LANAMENTO DE PROJTEIS


2. OBJETIVO:
Utilizar as equaes do movimento em duas dimenses: lanamento horizontal.
Aplicar a lei da Conservao da Energia Mecnica para o movimento de uma massa m no
campo gravitacional.
Diferenciar as energias de translao e de rotao que ocorrem no rolamento da esfera no
trilho.
Entender o significado do desvio padro de uma medida.
Entender o conceito de modelo.
Identificar o modelo mais adequado para o movimento de rolamento.
3. MATERIAL UTILIZADO:
Rampa de lanamentos
Esfera de massa m e raio r = 0,016m
Rgua, papel carbono e papel branco
4. INTRODUO
Nesta atividade vamos analisar o movimento de uma esfera que desce rolando um trilho e
lanada horizontalmente a partir deste, conforme mostra a figura. A esfera percorre uma distncia
horizontal OA.

Figura 1
Nesta atividade ser novamente abordada a idia de modelo. Qual o melhor modelo para
descrever o movimento de rolamento? possvel considerar o rolamento como se fosse um
deslizamento (movimento de translao da esfera sem levar em conta o movimento de rotao)?
Voc dever ter as respostas para essas perguntas ao final desta atividade.
Para podermos respond-las, vamos precisar rever alguns conceitos:
Conservao de energia mecnica no campo gravitacional
Energia potencial gravitacional
Energia cintica de translao
Energia cintica de rotao
Energia no movimento de rolamento e a condio de rolamento.
Movimento em duas dimenses, num plano vertical, aps a esfera ser lanada horizontalmente
do trilho
importante que voc faa uma reviso prvia desses conceitos para compreender a
fundamentao terica aplicada nessa atividade. Consulte em livros-texto captulos sobre Movimento
num Plano, Conservao da Energia e Dinmica da Rotao.

29

Feita a reviso, considere a Figura 1 onde uma esfera metlica abandonada no ponto I,
situado a uma altura y do plano da mesa, e atinge o ponto de lanamento O situado a uma altura h.
Depois de passar pelo ponto de lanamento O, a esfera atinge o ponto A situado sobre a mesa.
Para praticarmos a idia de modelo, considere as duas situaes apresentadas a seguir.
a) Desprezando a energia cintica de rotao associada ao movimento da esfera.

Considere a Lei da Conservao da Energia Mecnica entre os pontos I e O e as equaes


horrias de lanamento de um projtil no plano entre os pontos O e A.
P 1. Mostre que o alcance ASR obtido horizontalmente (distncia AO) quando a esfera largada de
uma altura y na rampa de lanamento, dada por:

ASR 2

y h h

(Equao 1)

Observao: Usamos aqui a expresso alcance no sentido do senso comum. Seria mais
adequado usarmos a expresso distncia percorrida. Em Fsica, o conceito de alcance est
relacionado com a distncia percorrida quando o objeto sobe e desce, voltando mesma altura
do ponto de lanamento (ver, por exemplo, SERWAY, 2004, vol. 1, p. 85).
b) Considerando a energia cintica de rotao da esfera.
A energia cintica de rolamento de uma esfera dada por m v2cm + ICM w2. Onde

ICM = 52 mr 2 o momento de inrcia da esfera em relao ao seu centro de massa, vCM a


velocidade de translao do centro de massa da esfera, w a velocidade angular de rotao da esfera
em torno do eixo que passa pelo centro de massa da esfera.
Considere a Lei da Conservao da Energia Mecnica entre os pontos I e O e as equaes
horrias de lanamento de um projtil no plano entre os pontos O e A.
P. 2 Mostre que a distncia OA, representada nesse caso por ACR, percorrida horizontalmente pela
esfera, quando largada de uma altura y na rampa de lanamento, dada por:

5
ACR 2 y h h
7

(Equao 2)

As equaes 1 e 2 sero retomadas ao longo dessa atividade. Aplicaremos a Lei de


Conservao da Energia Mecnica ao movimento de uma esfera macia que desce rolando uma rampa
e lanada horizontalmente no espao. Usaremos os conceitos de valor mdio das medidas e desvio
padro como descritos nas atividades anteriores.

5. PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL
P3. Como podemos analisar qual ser o melhor modelo para descrever o rolamento da esfera? Faa
uma previso inicial neste momento e, no final da atividade, julgue se a sua previso estava correta ou
no. Justifique a sua previso.
Na presente atividade, realizaremos o confronto entre diferentes modelos tericos. Esse
confronto ocorrer quando os alcances previstos por tais modelos forem comparados aos resultados da
experincia que voc ir realizar a partir de agora.
Sobre a sua bancada encontra-se uma rampa de lanamentos de onde uma esfera dever ser largada.
Pelos resultados das equaes 1 e 2 vamos precisar medir os valores de h e de y, conforme mostra a
Figura 1.

30

a) Mea a altura h, da extremidade da rampa bancada , e anote no quadro seguinte.


h (em cm)
b) Com o fio de prumo, identifique sobre o papel branco o ponto O, a partir do qual ser medido o
alcance horizontal da esfera quando ela lanada.
c) Para cada altura y , repita dez vezes o procedimento de soltar a esfera, de modo que ela caia na folha
de carbono colocada sobre o papel branco fixado na mesa, deixando neste as marcas dos pontos de
impacto.
P 4 Identifique as marcas como as distncias horizontais percorridas para cada altura y. Mea-as e
anote na Tabela 1 os resultados. O valor mdio e o desvio padro devem ser obtidos como mostra o
quadro abaixo.

o
A
D
O alcance mdio A a medida ao centro do crculo. A medida do raio do
crculo representa o desvio padro de A (A).
De acordo com a estatstica o crculo por voc esboado e cujo raio A, deve
conter 68% dos dados. No nosso exemplo, embora apenas avaliado, o raio da
circunferncia representa uma boa aproximao do desvio padro (A) do
alcance A.
Figura 2 Leitura do valor mdio A e do desvio padro A
Encontre a mdia de A, o desvio padro de A (A) e preencha a tabela.
Tabela 1 (Valores experimentais)
y (cm)

30

35

40

45

50

A (cm)
A

P. 5 - Muitos alunos tm dificuldade para compreender o significado do desvio padro e do valor


mdio, e entender como so feitos os clculos dessas grandezas.
Na presente atividade, utilizamos o recurso de medir o raio do crculo que englobava os pontos
experimentais. Assim, obtivemos o desvio padro. E, medindo a distncia do centro do crculo ao
ponto de lanamento, calculamos o alcance mdio para determinada altura.
Calcule agora, tal como fizemos na Atividade 2, o alcance mdio e o desvio padro para o conjunto de
pontos obtidos para a altura 50 cm. Para isso, mea, uma a uma, as distncias entre o ponto de

31

lanamento e a marca obtida experimentalmente no papel. Registre esses dados em forma de tabela e
utilize os recursos da planilha eletrnica para fazer os clculos das grandezas desejadas.
6. ANLISE DOS RESULTADOS
Agora que voc j dispe dos valores das alturas h e y, e tambm dos alcances da esfera para
cada altura y, podemos iniciar a anlise dos resultados experimentais. Compararemos esses
resultados s previses dos modelos tericos que consideraram ou no o rolamento da esfera.
Para fazer essa comparao voc dever utilizar a planilha eletrnica para fazer grficos
dos alcances A em funo das alturas y. Inicialmente, calcule as previses tericas para as
distncias percorridas pela esfera para cada y, segundo os dois modelos estudados anteriormente. Para
isso, insira no Excel a Tabela 2 abaixo e utilize as Equaes 1 e 2 para fazer os clculos diretamente
na planilha eletrnica. importante no fazer os clculos um a um com uma calculadora, mas sim
inserir adequadamente as equaes no Excel, arrastar o mouse para encontrar os resultados e assim
preencher a tabela com as previses tericas. Desse modo, nos preparamos para as situaes em que
temos que lidar com um grande volume de dados.
Tabela 2
(valores encontrados a partir dos modelos tericos, ASR e ACR, e resultados experimentais A )
y (cm)

30

35

40

45

50

ASR (cm)
ACR (cm)

A (cm)
A partir da Tabela 2, faa um grfico do alcance previsto pelo modelo terico sem rotao em
funo da altura y. Sobreponha no mesmo grfico, a curva para o alcance previsto pelo modelo terico
com rotao em funo da altura y. Sobreponha tambm a curva para os alcances obtidos
experimentalmente para cada altura y. Siga as instrues do apndice da apostila e os
procedimentos j trabalhados nas atividades anteriores. No apndice, h inclusive indicaes para
quando voc precisa sobrepor uma curva a outra.
Aps inserir as trs curvas que representam os dados experimentais e os dois modelos
tericos, em um mesmo grfico, voc dever encontrar algo parecido com o grfico abaixo.
Grfico do Alcance versus altura de lanamento y

60

Alcance (cm)

50
40
A
ASR
ACR

30
20
10
0
0

20

40

60

Altura y (cm)

Figura 3

32

P6. Pelo resultado do grfico voc j pode identificar qual modelo terico mais se aproxima dos
resultados experimentais. Por que estamos utilizando a palavra aproxima e no coincide? Dica:
reflita sobre o significado do termo modelo.
Para uma anlise mais consistente dos resultados usual colocarmos a barra de erros em
torno dos pontos experimentais. A barra de erros nada mais do que a representao grfica do
desvio padro A. Para introduzir a barra de erros no seu grfico, voc deve levar em conta a disperso
das medidas para mais e para menos em torno do valor de A . Essa disperso dada pelo desvio
padro obtido anteriormente, o que significa dizer que a barra de erros provm do desvio padro do
conjunto de medidas. Para inserir a barra de erros, recorra ao apndice da apostila, onde esse tema
tratado.
Aps a insero da barra de erros, o seu grfico ficar como mostrado abaixo.
Observao: possvel que voc no consiga visualizar imediatamente a barra de erros no seu
monitor. Isso se deve ao fato de os valores de desvio padro serem pequenos se comparados escala
utilizada no grfico. Se isso ocorrer, utilize o zoom do Excel para tentar visualiz-la.

Figura 4 Linhas de tendncia para dados experimentais e tericos e representao da barra de erros.
P 7 Reflita sobre o significado da barra de erros. Por que a inserimos apenas para os pontos
experimentais?
P 8 - Analisando as trs curvas e levando em conta a barra de erros, identifique qual dos modelos
tericos melhor descreve a experincia realizada, justificando a sua escolha. A que voc atribui as
diferenas entre as curvas?
P 9 Avalie, considerando o significado da barra de erros, se os seus resultados experimentais so
bons.

33

ATIVIDADE 04
1. TTULO: SEGUNDA LEI DE NEWTON
2. OBJETIVOS:

Estudar experimentalmente a validade da Segunda Lei de Newton para um caso particular.


Trabalhar com situaes idealizadas sem atrito (caso do trilho de ar).
Desenvolver procedimentos de anlise de dados experimentais.

3. MATERIAL UTILIZADO
(1) Canho de ar;
(2) Corpo de massa m1 (cavaleiro)
(3) Trilho de ar;
(4) Sensor Phywe (Basic
Unit/PhyweCobra3);
(5) 3 pastilhas de massa 10 g cada;
(6) Porta-peso (10g);
(7) Sensor Phywe com polia dentada;
(8) Fios diversos, cabos, barbante e
computador

4. INTRODUO

Figura 1

Utilizaremos nessa atividade o aparato experimental da Figura 1 acima. Para um bom


desempenho, voc dever conhecer toda a fundamentao terica sobre os fenmenos fsicos que sero
aqui estudados. Para isso, essencial que sejam consultados em livros-texto os captulos sobre a Segunda
Lei de Newton e aplicaes. Concomitantemente ao estudo experimental dos conceitos tericos, voc ir
desenvolver procedimentos de anlise baseados no uso da planilha eletrnica.
P1. Descreva o que a segunda lei de Newton e em que situaes ela se aplica.
P2. Qual a sua representao matemtica?
Na cincia, leis (como as de Newton, Hooke, Ohm,
Faraday, etc.) expressam regularidades observadas na natureza.
possvel encontrar evidncias experimentais favorveis
validade de uma determinada lei, mas no podemos dizer que
somos capazes de prov-la ou comprov-la, pois isso fere
diretamente a natureza provisria do conhecimento cientfico.
De maneira sucinta, a presente experincia permite
estudar a validade da 2a. Lei a partir de um exemplo clssico da
Mecnica esquematizado na Figura 2, onde o atrito da mesa
(representado pelo trilho de ar na Figura 1) e as massas da corda
e da polia so considerados desprezveis. Trata-se, portanto, de
um modelo.
Sabemos que a 2a. Lei pode ser aplicada a cada corpo
isoladamente ou ao sistema de massa m1 + m2.

m1

Figura 2

P3. Identifique quem est puxando o sistema formado pelas massas m1 + m2 ou seja, qual a fora
resultante atuando sobre o sistema.

34

P4. Deduza e escreva no quadro abaixo a expresso matemtica para a acelerao resultante a, de acordo
com a Segunda Lei de Newton, para o sistema de massa m1 + m2, mostrado na Figura 2.
Equao 1:

Na presente experincia, m1 representa o cavaleiro com eventuais pastilhas acopladas a ele, e m2 o


porta-peso tambm com eventuais pastilhas acopladas. A massa total (m1+m2 ) do sistema dever
sempre permanecer constante durante o experimento. Isso necessrio para podermos estudar a
variao da acelerao resultante em funo da variao da fora aplicada ao sistema, o que significa
variar a massa m2.
P5. Como podemos manter m1 + m2 constante e, ao mesmo tempo, variar a massa m2?
Nessa atividade, variaremos a intensidade da fora resultante F atravs da alterao da
massa m2 e mediremos a acelerao resultante do sistema. Ser que esses resultados obtidos
experimentalmente podem ser razoavelmente previstos pela segunda Lei de Newton? Isto , ser que a
acelerao resultante concorda razoavelmente com o que seria obtido pela Equao 1 para cada situao
em que determinada fora aplicada (de acordo com o valor de m2)? Ou, refazendo essas perguntas: ser
o nosso modelo terico (a Segunda Lei de Newton) vlido?
Para respondermos a essas questes necessrio compararmos os resultados experimentais s
previses tericas obtidas a partir da Segunda Lei de Newton para cada caso a ser estudado. No item
a seguir voc far essas previses.
P6. Utilize a balana para medir a massa do cavaleiro. Iniciaremos o experimento com o porta-peso vazio
e todas as pastilhas no cavaleiro. Nesse caso, portanto, a massa m2 de 10g (massa do prprio porta-peso)
e a massa m1 equivalente massa do cavaleiro + 30g. A fora resultante F conhecida, j que a massa
m2 conhecida. Utilizando a equao 1, voc capaz de calcular a acelarao resultante a, que
chamaremos aqui de a terica. Preencha, assim, a primeira linha da Tabela 1. No se esquea de
transformar a massa para Kg.
Na segunda situao que iremos investigar, colocaremos uma pastilha no porta-peso, de modo
que a massa m2 nesse caso seja de 20 g. Manteremos as demais pastilhas no cavaleiro. Para essa situao,
faa os mesmos clculos e preencha a segunda linha da tabela. Faa o mesmo para a terceira e quarta
situao experimental que investigaremos em seguida: duas pastilhas no porta-peso e, depois, trs
pastilhas no porta-peso.
Massa m2

Fora Resultante (F)

Acelerao Terica (a teo)

Acelerao Experimental (a exp)

10g
20g
30g
40g
Tabela 1

Voc obteve na tabela acima as previses tericas para os casos que ir analisar a seguir.
Algumas outras consideraes tericas so necessrias antes de realizarmos os procedimentos
experimentais.

35

O sensor Phywe de que dispomos realizar medidas de espao e tempo, registrando o


deslocamento do cavaleiro. A partir dessas medidas, podemos estudar seu movimento.
P7. Que tipo de movimento ocorre na situao mostrada na Figura 2? Reflita sobre a fora que coloca o
sistema em movimento: uma fora constante ou varivel? Como ser ento a acelerao?
P. 8 Para o tipo de situao descrita anteriormente, escreva abaixo funo horria que relaciona espao e
tempo.
Equao 2

No caso da presente atividade, portanto, como a fora que faz o sistema se mover constante, a
acelerao do sistema tambm constante. Para esse tipo de movimento, a posio do corpo em funo
do tempo dada pela Equao 2, onde as constantes vo e so representam as condies iniciais e a a
acelerao do corpo. Note que, matematicamente, a expresso um polinmio do 2 grau.
Essas consideraes sero importantes para a anlise dos resultados na seo 6a.

5. PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL
Agora voc vai realizar os procedimentos experimentais para determinar a acelerao (a experimental)
para cada valor da massa m2.
A presena do trilho de ar nesse equipamento experimental nos permite desprezar o atrito. A
montagem e a interface com um computador permitem registrar na tela do mesmo o espao s percorrido
no trilho de ar pelo cavaleiro em funo do tempo t. Esses dados so mostrados na forma de um grfico, a
partir do qual voc poder obter o valor da acelerao do sistema para cada fora aplicada. Para isso
siga os procedimentos abaixo:
a) Ligue o canho de ar e verifique que o atrito minimizado. Coloque inicialmente o portapeso vazio (m2=10 gramas) de modo que, ao solt-lo, ele cair e puxar o cavaleiro atravs do
barbante, o qual, por sua vez, girar a polia. Este deslocamento da polia ser registrado pela
interface Cobra. Verifique que isto, de fato, ocorre com sua experincia. Certifique-se de que
o barbante no desliza na polia.
b) Para obter os dados da distncia percorrida pelo cavaleiro, voc deve acionar o programa
Measure no diretrio Phywe seguindo as instrues abaixo.
Menu Iniciar---Programas---Phywe---Measure
c) Aps invocar o programa Measure, voc dever ter na tela o seguinte menu:

d) Com o mouse acessar o menu:


File New Measuring
Voce ser levado imediatamente Figura 3 abaixo.

36

25.4

30

Figura 3
Observe na figura a configurao do sistema de medidas. O sistema est configurado para iniciar e
finalizar as medies automaticamente. Durante o perodo ativo, deve registrar uma medio de s e de t
a cada 30 ms. Mantenha os campos como mostrados na Figura 3.
e) Para realizar a primeira medida pressione o campo <Continue>. Voc ser levado janela
ilustrada abaixo. O sistema agora est preparado para registrar as medidas.
f) Acione o canho de ar e segure o
cavaleiro. Certifique-se de que o
barbante que o liga ao porta-peso
passa pela polia.
g) Solte o cavaleiro. Os dois corpos
ganharo velocidade.
Finalmente, o porta-peso tocar
o solo e o cavaleiro atingir o
final do trilho. Automaticamente
o sistema cessar a aquisio de
dados.

Figura 4

h) Aparecer no seu monitor um grfico parecido com o da Figura 5 mostrado na pgina a


seguir.
i) O grfico da Figura 5 mostra o deslocamento em funo do tempo. Repare que nesta
experincia at aproximadamente 2,3 s o grfico indica uma curvatura num certo sentido e,
aps este instante, uma curvatura em sentido contrrio. A mudana na curvatura indica que o
corpo iniciou a coliso com o batente

37

Figura 5
j) Voc agora pode visualizar os valores numricos registrados nesta medida. Escolha no menu:
MesurementData table
Uma tabela surgir na sua tela, conforme mostra a figura abaixo:

Figura 6
Voc pode navegar por esta tabela utilizando o mouse, ou as
setas do teclado. No caso ilustrado acima, os dados teis para
nossa experincia so aqueles entre 0,0 e 2,3 s, isto , temos 2,3
s de dados.
k) Voc pode salvar suas medidas num arquivo,
escolhendo:
0,0
0,6
2,3
2,1

MeasurementExport data.
Surgir um painel de opes, como a figura ao lado. Escolha
Save to file e Export as numbers. Alm disso, voc deve

38

preencher os dois quadros seguintes colocando o intervalo de interesse. No caso do nosso


exemplo acima seria from 0,0 to 2,3. Pressione OK.

Para salvar os seus dados siga os procedimentos j utilizados em outras prticas anteriores. O
arquivo ser salvo como texto e poder ser lido por outros programas.
l) Realize as outras medidas variando as massas que vo no porta-peso. Utilize as massas de 20,
30 e 40g, mantendo a massa total do sistema (m1 + m2) constante. Para cada massa
utilizada, voc deve criar um arquivo correspondente o qual ser gravado como no item
anterior.
P 9. Diante do que voc acabou de registrar, qual o seu conjunto de dados para anlise?

6. ANLISE DOS RESULTADOS


6.1. Organizao dos dados e confeco dos grficos.
a) Considere:
a acelerao sofrida pelo corpo sobre o trilho de ar;
g acelerao da gravidade (utilize um valor padro para o local g = 9,78 m/s2);
m1 massa total do corpo sobre o trilho de ar;
m2 massa total do porta-pesos (a massa do prprio porta-pesos 10g).
(m1 + m2) constante
b) Determinao da acelerao do sistema cavaleiro - porta-peso.
Como vimos no item P8, atravs do grfico da posio em funo do tempo (s versus t), voc
pode encontrar a acelerao do sistema para os diferentes valores de massas m2 utilizadas no
experimento. Os grficos, bem como a determinao das aceleraes atravs desses, sero feitos no
computador atravs da planilha eletrnica seguindo os passos mostrados no apndice.
c) Siga as orientaes do apndice contidas no item importao de dados. Importe os dados
para cada uma das diferentes massas m2, ou seja, 10g, 20g, 30g, 40g. Voc deve obter na sua
planilha colunas como as mostradas na Figura 7. A 1 coluna contm as medidas de tempo
(t). A 2 coluna mostra as correspondentes posies (s) do cavaleiro.

Figura 7

39

d) Para construir o grfico de interesse.


Para m2 = 10g, construa um grfico de s versus t do tipo disperso, seguindo as recomendaes do
apndice e procedimentos j realizados em outras atividades. Cuidado para no confundir abscissas e
ordenadas! Alm disso, observe com ateno os dados de sua planilha e certifique-se de que a seleo de
dados para o grfico se restringe aos valores correspondentes ao movimento acelerado.
Sobreponha as curvas para as outras massas neste mesmo grfico (siga as instrues do apndice para
realizar essa sobreposio). No se esquea de dar nomes a essas curvas para diferenci-las umas das
outras.
6.2. Linha de Tendncia.
Siga as instrues do apndice para inserir a linha de tendncia para cada conjunto de pontos.
Escolha o ajuste polinomial e formate as linhas de tendncia. Pea para exibir o valor de R-quadrado.
P10. Escreva as equaes obtidas no Excel como s em funo de t.
P11. Compare a equao obtida em cada caso com a Equao 2 terica. Por que razo foi escolhida a
linha de tendncia tipo polinomial?
P12. Qual o significado da constante independente na equao determinada?
P13. Qual o significado da constante do termo linear?
P14. Qual o significado da constante do termo quadrtico?
P15. Determine o valor da acelerao do sistema aexp para m2 = 10g. Repita o procedimento para as
demais seqncias a fim de determinar as aceleraes em cada caso e registre-as na Tabela 1 abaixo.
P16. Identifique para cada caso a fora resultante (F) que, atuando sobre o sistema, provocou as
aceleraes calculadas no item anterior. Feito isto, complete a tabela abaixo.
Massa m2

Fora Resultante (F)

Acelerao Terica (a teo)

Acelerao Experimental (a exp)

10g
20g
30g
40g
Tabela 1
P17. Na sua planilha eletrnica, faa o grfico da fora resultante (F) versus a acelerao (aexp) do
sistema. Escolha a linha de tendncia que melhor se ajusta aos dados (lembre-se de comparar os valores
de Rquadrado) e formate-a (ver apndice).
P 18. Considerando o nosso objetivo de estudar a validade da 2 Lei de Newton, qual o significado de o
melhor ajuste obtido para esse caso ter sido o linear?
P19. Note que o coeficiente angular do grfico F versus aexp tem o significado fsico de massa. Qual o
valor do coeficiente angular e que massa ele representa?
P20. Determine a massa do sistema usando uma balana e compare-a com o valor determinado a partir do
grfico (dica: use a massa medida na balana como referncia e calcule o desvio relativo percentual,
como indicado na Introduo da apostila).
P21. A partir do resultado do item anterior, responda: em sua opinio, o procedimento seguido encontrou
evidncias favorveis 2 Lei de Newton? Justifique.
P 22. Note que as aceleraes constantes da Tabela 1 so valores experimentais, pois foram obtidas
atravs de medidas feitas pelo equipamento Phywe.
Outra maneira de discutir se o experimento mostrou evidncias favorveis Segunda Lei de Newton
comparar as aceleraes experimentais com aquelas previstas pela teoria. Faa essa comparao e calcule
os erros relativos percentuais de suas medidas.

40

ATIVIDADE 05
TTULO: ESTUDO DE COLISES ELSTICAS E PERFEITAMENTE INELSTICAS
OBJETIVOS
estudar a conservao de momento linear nas colises elsticas e inelsticas
estudar a conservao de energia nas colises elsticas e inelsticas
MATERIAL UTILIZADO

Trilho de ar com compressor


Dois carrinhos
Batedor para choque elstico;
Prendedor para choque perfeitamente inelstico;
Mdulo Interface Phywe (Basic UnitCobra3);
Disparador mecnico;
Massas adicionais variadas;
Balana;
Fios diversos, cabos e o computador com o programa Measure.

Figura 1

INTRODUO
Nesta atividade, aplicaremos os conceitos de conservao do momento linear, conservao da
energia mecnica, velocidade, colises elsticas, colises inelsticas e dissipao de energia. Assim como
nas atividades anteriores, importante que voc consulte livros-texto para rever os conceitos que sero
aqui retomados.
Como sabemos, existem vrias situaes para as quais, num dado sistema, a energia mecnica e o
momento linear se conservam, de modo que essas leis podem ser facilmente usadas para descrever o
movimento dos componentes do sistema.
Na presente atividade, estudaremos apenas os casos mais simples e bsicos de colises. Assim, os
choques ocorrero em uma nica dimenso e envolvero apenas dois corpos. Um deles ser denominado
alvo, marcado como carrinho 2, e estar sempre em repouso antes do choque. O outro corpo ser o
projtil chamado de carrinho 1.

41

Basicamente, nosso problema ser em conhecendo as condies do sistema antes do choque,


determinar o que acontecer com os corpos depois do choque. Examinaremos dois tipos de colises: a
elstica e a perfeitamente inelstica.
As notaes adotadas sero as mesmas encontradas nos livros de Fsica Bsica. Assim,
denominaremos a massa de m, a velocidade de V, a energia cintica de EC e o momento linear de p.
Dependendo da situao, essas grandezas recebero ndices que podem ser 2 ou 1 para distinguir o
alvo do projtil. Podero, ainda, receber um ndice i, indicando que se trata da situao inicial, ou
um f como referncia situao final. Assim, como exemplo, m2 significa massa do alvo e V1i
significa velocidade inicial do projtil.
4.1 COLISO ELSTICA
Nas condies descritas acima, consideraremos inicialmente a coliso do tipo elstica. Nesse
caso, em particular, pode-se dizer que se comparadas as situaes antes e depois da coliso tanto o
momento linear como a energia cintica do sistema se conservam, Essas caractersticas podem ser
formalizadas pelas equaes abaixo:
Antes do choque

V2i=0

V1i

Projtil

Alvo

Depois do choque
V1f
1

Projtil

Alvo

m1v1i m1v1 f m2v2 f


1
m v2
2 1 1i

V2f

12 m1v12f 12 m2 v22 f

(conservao do momento linear)


(conservao da energia cintica)

P1. Demonstre que, neste caso, as velocidades finais sero dadas por:

m1 m2
v1i
m1 m2
2m1

v1i
m1 m2

v1 f

(Equao 1)

v2 f

(Equao 2)

4.2 COLISO TOTALMENTE INELSTICA


Na coliso perfeitamente inelstica, a energia mecnica no conservada, mas o momento
linear continua sendo conservado. Nesse caso, aps a coliso, os dois carrinhos adquirem a mesma
velocidade Vf .
P2. Demonstre que a velocidade final dada por:

42

vf

m1
v1i
m1 m2

(Equao 3)

P3. Analise as equaes 1, 2 e 3 e descreva o que acontece com as velocidades finais quando:
m1 = m2
m1>> m2
m1<< m2

PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL
Nesse experimento, os sensores registram as velocidades dos carrinhos, que devem ser anotadas
por voc em sua apostila. Para cada par (m1, m2), voc ir preencher as tabelas apresentadas na prxima
pgina. Recomendamos a reproduo das mesmas na planilha do Excel para que voc se habitue a inserir
frmulas nesse programa, facilitando assim os clculos e evitando equvocos nos mesmos. conveniente
usar o sistema MKS.
Antes de iniciar, ateno para um ponto muito importante: nesse experimento preciso
muito cuidado para verificar a qual carrinho se refere determinada velocidade registrada por um
sensor. Em alguns casos, o projtil retrocede aps o choque com o alvo. Assim, as velocidades do projtil
antes e depois do choque podem, ento, ser registradas por um nico sensor. Em outros casos, essas
velocidades so determinadas por sensores diferentes.
Feitas essas ressalvas, vamos aos procedimentos.
a) Verifique atravs do esquema da Figura 1 se as ligaes eltricas para esta experincia esto corretas.
b) Execute o programa Measure. Coloque os parmetros Timer/Counter de acordo com o que mostrado
na Figura 2.

Figura 2
5.1 CHOQUE ELSTICO
c) Coloque o dispositivo (garfo) com a borracha em um carrinho e o batedor laminar no outro carrinho.
d) Ligue o compressor de ar na posio 4 e faa o teste para ver se o atrito foi realmente minimizado.

43

e) Dispare o projtil em direo ao alvo parado. Leia na tela do computador as respectivas velocidades
antes e aps o choque...
f) Faa isso para os casos m1 = m2, m1 < m2 (colocando masssas adicionais no alvo) e m1 > m2 (massas
adicionais no projtil). Registre os dados nas tabelas abaixo.
Caso 1: m1 = m2
Antes da coliso
Massa
(kg)

Depois da coliso

Velocidade
inicial
(m/s)

Energia
cintica
inicial (J)

Momento
linear
inicial
(kgm/s)

0,0

0,0

0,0

Velocidade
final
(m/s)

Energia
cintica
final (J)

Momento
linear final
(kgm/s)

Projtil (m1)
Alvo (m2)

Antes da coliso

Depois da coliso

Energia cintica total do sistema (J)


Momento linear total do sistema
(kgm/s)
Caso 2 : m1 < m2
Antes da coliso
Massa
(kg)

Depois da coliso

Velocidade
inicial
(m/s)

Energia
cintica
inicial (J)

Momento
linear
inicial
(kgm/s)

0,0

0,0

0,0

Velocidade
final
(m/s)

Energia
cintica
final (J)

Momento
linear final
(kgm/s)

Projtil (m1)
Alvo (m2)

Antes da coliso

Depois da coliso

Energia cintica total do sistema (J)


Momento linear total do sistema
(kgm/s)
Caso 3: m1 > m2
Antes da coliso
Massa
(kg)

Depois da coliso

Velocidade
inicial
(m/s)

Energia
cintica
inicial (J)

Momento
linear
inicial
(kgm/s)

0,0

0,0

0,0

Velocidade
final
(m/s)

Energia
cintica
final (J)

Momento
linear final
(kgm/s)

Projtil(m1)
Alvo (m2)

Antes da coliso

Depois da coliso

Energia cintica total do sistema (J)


Momento linear total do sistema
(kgm/s)

44

5.2 CHOQUE PERFEITAMENTE INELSTICO


Para fazer o choque perfeitamente inelstico voc dever trocar os batedores.
h) Coloque o batedor de agulha em um dos carrinhos e o batedor com cera no outro.
i) Repita os procedimentos do caso elstico (apenas para os casos m1 = m2 e m1 < m2), preenchendo as
tabelas abaixo.
Caso 1: m1 = m2
Antes da coliso
Massa
(kg)

Depois da coliso

Velocidade
inicial
(m/s)

Energia
cintica
inicial (J)

Momento
linear
inicial
(kgm/s)

0,0

0,0

0,0

Velocidade
final
(m/s)

Energia
cintica
final (J)

Momento
linear final
(kgm/s)

Projtil(m1)
Alvo (m2)

Antes da coliso

Depois da coliso

Energia cintica total do sistema (J)


Momento linear total do sistema
(kgm/s)

Caso 2 : m1 < m2
Antes da coliso
Massa
(kg)

Depois da coliso

Velocidade
inicial
(m/s)

Energia
cintica
inicial (J)

Momento
linear
inicial
(kgm/s)

0,0

0,0

0,0

Velocidade
final
(m/s)

Energia
cintica
final (J)

Momento
linear final
(kgm/s)

Projtil (m1)
Alvo (m2)

Antes da coliso

Depois da coliso

Energia cintica total do sistema (J)


Momento linear total do sistema
(kgm/s)

ANLISE DOS RESULTADOS


Critrios para a anlise
Nos vrios casos, aqui estudados, voc vai se defrontar com o problema de interpretar os nmeros
de uma experincia. Por exemplo, suponhamos que o mdulo do momento linear antes do choque deu Pi
= 12,77 kgm/s e o do momento aps o choque deu Pf = 12,34 kg m/s.
obvio que em termos de matemtica 12,77 diferente de 12,34, e, por isso, em princpio
tenderamos a dizer que o momento no se conservou. No entanto, estamos lidando com os resultados
de um experimento o qual estar sempre sujeito a erros. Vale, ento, a pergunta: que critrio
devemos usar para analisar se o momento se conservou ou no?

45

No caso acima, por exemplo, a diferena entre os dois nmeros se deve a erros experimentais
ou ao fenmeno em si? Sem analisarmos os erros ser impossvel chegarmos a uma concluso sobre
se houve ou no conservao.
Para respondermos pergunta acima ser necessria uma anlise estatstica dos erros
experimentais. Mais especificamente, ser necessrio calcularmos o desvio padro de cada uma das
medidas e verificar o que popularmente denominado de margem de erro. Lembrem-se da frase tpica
em poca de eleies: na pesquisa o candidato A teve 34% dos votos e o candidato B teve 31%, mas
como a margem de erro para cada candidato de 3% para mais ou para menos conclumos que,
estatsticamente, os dois candidatos esto empatados.
Fazer uma anlise minuciosa de erros est alm dos propsitos deste experimento. Em condies
normais, onde o trilho de ar est limpo e bem nivelado, e outros cuidados experimentais foram tomados,
consideramos que o erro relativo admissvel nas medidas deve ser de:
5% para o momento linear (o que equivale a 2,5% de erro no valor de P) e de
7% para a energia (o que equivale a 3,5% de erro no valor de E).
Os valores acima devem ser comparados com as obtidas atravs das seguintes expresses para os
erros percentuais para momento e energia, respectivamente:

%P

%E

Pi Pf
Pi
Ei E f
Ei

100%

100%

Se %P 5% ento Pi = Pf. O mesmo raciocnio se aplica energia.


Portanto, antes de responder s questes abaixo, recomendvel preencher devidamente a
seguinte tabela:
Choque
elstico

Ei (Energia
cintica inicial)
(J)

Ef (Energia
cintica final)
(J)

Erro percentual
para a energia
cintica

Pi (Momento Pf (Momento Erro percentual para


linear inicial) linear final)
o momento linear
(kgm/s)
(kgm/s)

Ei (Energia
cintica inicial)
(J)

Ef (Energia
cintica final)
(J)

Erro percentual
para a energia
cintica

Pi (Momento Pf (Momento Erro percentual para


linear inicial) linear final)
o momento linear
(kgm/s)
(Kgm/s)

m1 = m2
m1 > m2
m1 < m2
Choque
totalmente
inelstico
m1 = m2
m1 < m2

6. 2 Choque Perfeitamente Elstico


P4. Verifique se o choque foi, de fato, perfeitamente elstico nos trs casos analisados. Explique a sua
resposta.
P5. A quantidade de movimento linear se conservou? Explique a sua resposta.
P6. O que prev a teoria para os casos analisados?

6. 3 Choque Perfeitamente Inelstico


P7. A energia cintica foi conservada nos dois casos? Explique a sua resposta.
P8. A quantidade de movimento linear se conservou? Explique a sua resposta.
P9. O que prev a teoria para os casos analisados?

46

ATIVIDADE 06

1. TTULO: MOMENTO DE INRCIA DE UM DISCO E CONSERVAO DA ENERGIA


2. OBJETIVOS

Determinar o momento de inrcia de um disco.


Trabalhar com o conceito de modelos para descrever uma situao real.
Aplicar o conceito de conservao de energia numa situao real.

3. MATERIAL UTILIZADO

(1) Disco de massa e raio conhecidos.


(2) Digitalizador/contador Cobra 3
(3) Sensor Phywe com (4) polia dentada
(5) Porta-peso, fios diversos, computador

Figura 1
4. INTRODUO

Para um bom desempenho nesta atividade, voc dever conhecer toda a fundamentao terica sobre os
fenmenos fsicos que sero aqui estudados. Para isso, essencial que sejam consultados em livros-texto
os captulos sobre Conservao da Energia, Torque, Momento de Inrcia e Momento Angular.
Determinao do Momento de Inrcia Ig de um disco por consideraes geomtricas
Este experimento consta de um disco de fibra, de massa M e de raio R, montado em um eixo preso
firmemente a um conjunto de hastes metlicas. O momento de inrcia I para um disco pode ser
2
determinado por consideraes geomtricas atravs da integral I g r dm , a qual aplicada ao disco em
questo resulta em:

Ig

1
MR 2 (Equao 1)
2

Utilizando a expresso acima, calcule o momento de inrcia do disco (Ig) e registre no espao
abaixo. Para o disco que usaremos nessa atividade temos as seguintes medidas: M = 1317 g e R = 12,25
cm. Considere os algarismos significativos no seu clculo, de acordo com as regras vistas na Introduo
da apostila. Use MKS.
O valor calculado (Ig) servir como termo de comparao para o momento de inrcia que voc ir
determinar experimentalmente.

Ig =

P1. Qual o significado do momento de inrcia para um corpo em rotao em torno de um eixo fixo?

47

Aplicao do conceito de conservao de energia na determinao experimental do Momento de


Inrcia sem levar em conta o atrito (ISA)
O momento de inrcia do disco pode ser determinado experimentalmente a partir de
consideraes sobre a Lei de Conservao da Energia.
Na situao experimental proposta na presente atividade temos um pequeno cilindro de raio r =
2,24 cm, concntrico ao disco e ligado a este. Em torno desse cilindro se enrola um barbante em cuja
extremidade est preso o porta-peso de massa m = 10g.
O aparato montado de forma a permitir que o porta-peso caia de uma altura h. Durante este trajeto
a trao do fio far o disco M girar. Depois de solto, o porta-peso ganhar velocidade atingindo uma
velocidade final V1 no instante em que se desprende do disco. O disco M continuar a girar at parar.
No instante inicial, toda energia do sistema disco+porta-peso estar na forma de energia potencial
gravitacional do porta-peso, dada por mgh. Portanto Ei = mgh,
medida que o porta-peso cai, a energia potencial gravitacional inicial vai se transformando em
energia cintica de rotao do disco e energia cintica de translao do porta-peso.
No exato momento em que o porta-peso se desprende do disco, ele ter percorrido uma altura h e a
sua energia potencial gravitacional inicial ter sido transformada. O porta-peso estar com velocidade
final V1, e o disco, cujo momento de inrcia (ISA) queremos determinar, estar girando a uma velocidade
angular w1.
Escrevendo o balano de energia na forma de equao tem-se:
mgh 1 I SA w12 1 mv12
2
2

(Equao 2)

Note que na equao acima so conhecidas a altura h e a massa m. A velocidade final V1, pode
ser determinada supondo que o movimento do porta-peso se faa com acelerao constante a ser
determinada. Chamaremos de t1 o tempo de queda do porta-peso. A sigla SA no momento de inrcia
(ISA) se refere ao fato de nesse caso no estarmos realizando consideraes a respeito do atrito.
P2. Qual a relao entre a velocidade angular w1 do disco e a velocidade de translao V1 do portapeso?
P3. A partir da Equao 2 e da relao obtida em P2, deduza uma expresso de ISA em funo
exclusivamente de m, r, g, h e V1. Escreva a expresso encontrada na lacuna abaixo.

ISA=

Equao 3

Aplicao do conceito de conservao de energia na determinao experimental do Momento de


Inrcia considerando-se o atrito (ICA).
As Equaes 2 e 3 no levam em conta a energia transformada pela presena do atrito no eixo
durante o tempo de queda t1. Mas, na realidade, a energia potencial gravitacional inicial transformada
em energia cintica de rotao, energia cintica de translao e energia interna do eixo e do disco
devido presena do atrito no contato do disco com o eixo. Para se levar em considerao tal
transformao de energia, devemos adicionar um termo a mais na Equao 2:

mgh

1
2

I CA w 12

1
2

mv 12 p t 1 (Equao 4),

48

onde t1 t1 0 (Equao 5), sendo 0 o instante inicial, e t1 o instante em que o fio se desprende do
disco.
Na Equao 4, o termo pt1 representa a energia transformada durante o intervalo de tempo
t1 devido presena do atrito. Desse modo, p representa essa energia transformada por unidade de
tempo. , ento, uma potncia que, multiplicada pelo intervalo de tempo t1, indica a energia
transformada em energia interna do sistema naquele intervalo.
Na Equao 4 temos agora, portanto, duas incgnitas (ICA e p). Para resolv-la precisaremos,
ento, de outra equao. Esta segunda equao independente pode ser obtida a partir de consideraes
acerca do balano de energia entre dois instantes.
O primeiro instante que nos interessa justamente t1, o qual corresponde ao momento em que o
porta-peso se desprendeu do disco M. Outro instante significativo corresponde ao exato momento t2 em
que o disco M pra de girar.
Medindo o intervalo decorrente entre esses dois instantes, isto , t2 - t1, teremos condies de
determinar ICA. Chamaremos de t2 esse segundo intervalo.
No instante t1 em que o porta-peso se desprende do disco M, a energia cintica de rotao do
1

mesmo dada por 2 I CA w1 . Se ao final do intervalo de tempo t2 o disco deixa de girar, isto significa
que toda a energia cintica de rotao passou para energia interna do disco e do eixo, devido existncia
de atrito entre o disco e o eixo de rotao. Essa energia ser quantificada como pt.
Portanto, a segunda equao que procuramos ser dada por:
1
2

I CA w12 pt 2 (Equao 6)

onde t 2 t 2 t1 (Equao 7), sendo t1 o instante em que o fio se desprende do disco e t2 o instante
em que o disco pra de girar.
P4. A partir das Equaes 4 e 6, deduza uma expresso para ICA em funo exclusivamente de m, r, g,
h, V1, t1 e t2. Escreva essa expresso na lacuna abaixo.

ICA=

Equao 8

P5. Compare as expresses obtidas para ICA e ISA. Reescreva no quadro abaixo ICA em funo de ISA, t1 e
t2.

Equao 9

Note, portanto, que a diferena matemtica entre os dois momentos de inrcia est num fator de
correo que envolve esses dois intervalos de tempo.
Depois desse estudo terico e sabendo o que iremos medir, podemos, ento passar para a execuo
do procedimento experimental. Antes de prosseguirmos, responda a pergunta abaixo.

49

P6. Quais so as grandezas que voc ir medir para alcanar os objetivos propostos nesta atividade?

5. PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL

Determinao da altura de queda (h) e da velocidade final (V1) do porta-peso.


Examinando-se as Equaes 3 e 8, as quais sero utilizadas para calcular o momento de inrcia
experimental (considerando ou no o atrito), nota-se que as grandezas m, r e g so supostas conhecidas.
As demais grandezas, h, t1, t2, e V1 sero medidas experimentalmente. Quanto a estas ltimas, note que
exceo de V1 todas as demais so medidas diretas.
Para obter experimentalmente as grandezas necessrias siga os procedimentos:
a) Concntrico ao disco e ligado a este, h um
pequeno cilindro de raio r = 2,24 cm. Enrole no
cilindro o barbante em cuja extremidade est
preso o porta-peso de massa m=10g, como
mostra a Figura 2 ao lado. Passe o fio pela
polia.

Disco de Inrcia M

Sensor Phywe com


polia dentada

b) Para obter os dados da posio de m, acione o


programa Measure. Aparecer na tela do
computador a Figura 3 apresentada na prxima
pgina.

Fio

d) Para realizar uma medida pressione o campo


<Continue>.
Haste

e) Uma nova tela aparecer no monitor. Solte o


porta-peso e simultaneamente pressione com o
mouse o campo <Start measurement>.

Porta peso m

f) O corpo m finalmente se desprender do


disco e o disco M continuar a girar at parar.
Quando o disco M parar de girar, voc dever
encerrar a aquisio de dados pressionando o
campo <Stop measurement>.

Figura 2

25,4

100

Figura 3

50

g) Aparecer no seu monitor um grfico parecido com o da Figura 4 abaixo. Caso o grfico esteja
deformado, sinal de que algum problema ocorreu. Em geral, um indicativo de que a polia girou em
falso ou deixou de girar devido a uma perda momentnea de contato entre o fio e a polia. Neste caso,
realize outra srie de medidas at conseguir um conjunto de dados razoveis.

deslocamento (m)

G r fic o d a q u e d a d o c o rp o m
1 ,8
1 ,6
1 ,4
1 ,2
1
0 ,8
0 ,6
0 ,4
0 ,2
0
0

50

10 0

1 50

200

T e mp o (s)

Figura 4
No grfico da Figura 4 existem duas regies distintas. A primeira regio corresponde ao intervalo
de tempo t1 durante o qual o fio se desenrola e o porta-peso percorre uma distncia h. Nesta regio, o
deslocamento da massa crescente e supostamente realizado sob acelerao constante. A outra regio do
grfico se inicia no instante em que o fio se desprende, isto , em t1, e termina quando o disco M pra de
girar, ou seja, em t2.
P7. Utilizando o mouse, determine a altura h atravs do grfico obtido.
P8. Examine o grfico com o auxlio do mouse e determine os tempos t1 e t2.
Com os dados obtidos em P8 e P9, preencha a Tabela 1.
h=
t1 =
t2 =
t1=
t2 =
m (massa do porta-peso) = 10,0 g
r (raio do cilindro) = 2,24 cm
Tabela 1

h) Em seguida, voc deve salvar seu arquivo, tal como realizamos na Atividade 4 (Measurement;
Export data; Save to file; Export as numbers). Escolha apenas os dados referentes ao intervalo de 0 a
t1, isto , apenas a regio onde o corpo permaneceu acelerado. Isso porque estamos interessados em
determinar V1, isto , a velocidade final de queda do porta-peso, que se refere ao momento em que ele
deixou de puxar o disco no instante t1. Essa velocidade entrar no clculo do momento de inrcia do disco
(ISA e ICA) atravs das Equaes 3 e 8.
6. ANLISE DOS RESULTADOS
P9. Como voc deve proceder para determinar o valor da velocidade V1?

51

Para determinarmos V1 usaremos procedimentos semelhantes aos j vistos na Atividade 4.


Sabemos que, se um corpo de massa m cai com acelerao constante, a seguinte expresso vlida:
V1. =Vo + at1 (Equao 10)
Se tivermos, portanto, a velocidade inicial Vo, a acelerao a e o tempo t1 podemos facilmente
calcular a velocidade que nos interessa.
Para obtermos Vo e a, usaremos os dados de espao e tempo gravados para construirmos um
grfico s versus t no Excel, tal como mostrado na Figura 5 ( preciso importar os dados para o
programa).

Deslocam ento (s) em funo do


tempo de queda (t)

s(m)

1.5
1
0.5
0
0

10

20

30

t(s)

Figura 5
P10. Determine o valor de V1 para o seu experimento.

V1 =

P11. A partir da linha de tendncia obtida, voc tambm deve ser capaz de determinar diretamente a
altura h percorrida pelo porta-peso em sua queda, considerando que h = s1-s0 .
Compare o valor obtido com o registrado anteriormente por voc na Tabela 1.
P12. Agora que voc dispe de todos os parmetros necessrios substitua-os nas Equaes 3 e 8 para
calcular o momento de inrcia sem atrito e com atrito, ISA e ICA, respectivamente.
P13. Calcule os erros percentuais dos momentos de inrcia ISA e ICA em relao ao valor terico Ig.
Dica: use Ig como valor de referncia. O procedimento para clculo dos erros percentuais o mesmo
realizado na Atividade 5 sobre colises, quando comparamos a massa obtida atravs do grfico (massa
experimental) massa medida obtida com a balana (massa de referncia).
Apresente os resultados obtidos em P12 e P13 na Tabela 3.
Momento de Inrcia

Valores (Kg.m2)

Erros percentuais

ISA (sem perdas)


ICA (com perdas)
Ig (terico)
Tabela 3

P14. Observando a Equao 9, obtida anteriormente, o que voc pode comentar sobre a relao entre os
valores de ISA e ICA? Qual a importncia do atrito nesse caso?
P15. Considerando a Tabela 3, voc considera que os resultados encontrados so coerentes? Justifique
sua resposta.

52

ATIVIDADE 07
1. TTULO: OSCILAES AMORTECIDAS
2. OBJETIVOS
Estudar experimentalmente as equaes, isto , os modelos que regem o movimento harmnico
amortecido em uma dimenso.
Interpretar os parmetros dessas equaes.
3. MATERIAL UTILIZADO

Haste com base metlica (1)

Mola (2)

Porta-peso c/ massa de 100g (3)

Sensor com polia dentada (4)

Fios diversos (5)

Digitalizador Cobra 3 (6)

Computador (no mostrado na foto)

4. INTRODUO
OSCILADOR HARMNICO SIMPLES

O modelo terico para descrever oscilaes que ocorrem quando um corpo de massa m est preso
extremidade de uma mola (conforme mostra a figura acima) construdo a partir da Segunda Lei de Newton.
Essa lei pode ser escrita como F = m a ou F = m (d2x(t)/d t2) na sua forma escalar para movimentos
unidimensionais, como este caso.
A fora com que a mola interage com a massa m Fm(t) = - k x(t). Essa uma fora restauradora,
isto , uma fora que est sempre agindo no sentido contrrio ao movimento da massa m., As propriedades
da mola esto representadas na constante elstica k e x(t) representa o quanto a mola est distendida ou
comprimida em relao ao seu comprimento de equilbrio.
Um sistema massa-mola no qual no h foras dissipativas denominado oscilador harmnico
simples e representa uma situao idealizada.
Para essa situao, a equao matemtica para a mola fica ento:

F m

d 2 x (t )
kx(t )
dt 2

ou

d 2 x (t ) k
x (t ) 0
m
dt2

Esta uma equao diferencial que descreve como a posio x varia no tempo t. Sua soluo

x(t ) A cos(w0 t )

(Equao 1)

Se pensarmos que a expresso cos (w0t+) pode variar entre o valor mximo +1 e o mnimo -1,
temos, ento, que os valores mximos e mnimos de x (t) sero + A e - A. Neste caso, A, denominado
amplitude da oscilao.
Na Equao 1, a constante de fase ou ngulo de fase, e pode ser determinada a partir das
condies iniciais. Se fizermos ento t=0, teremos:

53

x (0 )
Se, por exemplo, a partcula est em x = A para t = 0,
x(0) A cos , de modo que arccos

A
ento = 0
Na Equao 1, a freqncia angular de oscilao w0 (dada em radianos por segundo) do sistema
massa-mola ideal dada pela relao:
k
w0 2f 0
m
onde f0 a freqncia de oscilao, isto , o nmero de oscilaes executadas pela partcula por unidade de
tempo (medida em Hz).
Para o oscilador harmnico simples, podemos tambm definir o perodo T, isto , o intervalo de
tempo necessrio para que a partcula realize um ciclo completo do seu movimento. O perodo dado pelo
inverso da freqncia. Desse modo, T 1 2 .
f
w
Se representarmos em forma de grfico a soluo dada pela Equao 1 teremos algo como
apresentado abaixo:

Figura 1
Observamos atravs desse grfico representativo do MHS que a amplitude do movimento se
mantm constante. A posio x(t) do corpo varia entre o mximo e o mnimo da amplitude. A cada
intervalo correspondente ao perodo T, o corpo atinge a mesma posio x.

OSCILADOR AMORTECIDO
Ao contrrio dos sistemas ideais, os sistemas oscilantes reais sempre apresentam interaes que
fazem com que a sua energia no se conserve ao longo do tempo. Dizemos que essa variao de energia
devido atuao de foras dissipativas. Como conseqncia, a amplitude das oscilaes vai diminuindo
com o tempo. Essa diminuio denomina-se amortecimento, e o movimento correspondente denomina-se
oscilao amortecida.
O modelo matemtico para descrever esse sistema real ainda segue a segunda lei de Newton. No
entanto, nesse caso, a fora de interao com a massa m no inclui apenas a fora da mola, mas tambm a
fora de interao no-conservativa.
Portanto, a fora resultante sobre o corpo ser:

F kx(t ) bv(t )
Onde k a constante elstica da mola, b a constante de amortecimento e a fora dissipativa est
representada por um termo proporcional velocidade v (t).
A partir da Segunda Lei de Newton podemos escrever para este sistema:

54

kx(t ) b

dx(t )
d 2 x(t )
m
dt
dt 2

ou

d 2 x (t ) b d x (t ) k

x (t ) 0
m dt
m
dt2

A teoria nos mostra que a soluo da equao acima, para pequenas oscilaes, dada por:

x(t ) A e ( b / 2m ) t cos(w' t )

onde a freqncia angular w dada por

Para simplificar, lembremos que

(Equao2)

k
b2

.
m 4m 2
b

k
w0 . Chamemos a razo 2m de , qual daremos o nome de
m

ndice de amortecimento. Assim, as duas equaes acima podem ser escritas como:

x(t ) Ae .t cos(w' t )
2

w' w0 2

(Equao 3)
(Equao 4)

onde w' 2 f e w0 2 f 0
Se comparamos a Equao 1, obtida anteriormente, Equao 3, notaremos que, enquanto no caso
do oscilador harmnico simples a amplitude das oscilaes constante e dada por A, no oscilador
amortecido, a amplitude das oscilaes vai diminuindo com o tempo e dada por:

A e t

(Equao 5)

Temos na Figura 2 abaixo um grfico que representa a Equao 3 e ilustra essa situao. Compareo ao apresentado na Figura 1 para o oscilador harmnico simples.

Figura 2

Tal como no caso das oscilaes harmnicas simples, tambm para as oscilaes amortecidas o valor
do ngulo de fase depender da posio inicial. Fazendo t=0 na Equao 3, temos:

x(0) Ae 0 cos(0 ) , de onde temos: arccos x(0) (Equao 6)


A

O modelo terico desenvolvido acima para o sistema massa-mola pode ser aplicado para outros sistemas
oscilantes.
Na presente atividade, nosso objeto de estudo um sistema massa-mola, que oscila na direo vertical
sob a ao da gravidade e de pequenas foras dissipativas, as quais vamos supor que sejam diretamente

55

proporcionais velocidade do corpo que oscila. Usaremos como modelo, portanto, o caso do oscilador
amortecido comentado acima.
Nossa pergunta ser: o modelo adequado para descrever a situao experimental proposta nessa
atividade?
Para respondermos a essa pergunta, registraremos os deslocamentos do sistema ao longo do tempo e
veremos se os dados obtidos podem, de fato, ser representados por uma soluo tal qual apresentada na
Equao 3. Uma resposta afirmativa indicaria, ento, que o modelo adequado.

5. Procedimentos Experimentais
a) Passe o fio atravs da polia do conjunto medidor Cobra3 conforme mostra a
figura ao lado. Faa o sistema massa-mola executar pequenas oscilaes.
Evite grandes amplitudes nas oscilaes a fim de evitar danos na mola.
Voc vai notar que as oscilaes so amortecidas rapidamente devido ao
atrito. Ajuste o sistema de maneira que ele execute pelo menos dez
oscilaes. Evite que o fio deslize em falso pela polia.
b) Para obter os dados das oscilaes no computador voc deve acionar o
programa Measure, como fizemos em outras atividades. Em seguida escolha:
Gauge; Cobra3;Translation/Rotation. Voc ser levado imediatamente
Figura 1 abaixo.

c) Mantenha os campos como mostrado na figura com exceo de dois parmetros:


Ative o campo <oscillating movement>.
No campo <Get Value> coloque 30ms. Isto indica que o sistema vai realizar medidas a cada 30 ms.
d) Faa uma primeira medida. Para isto pressione o campo <Continue>. Faa o sistema massa-mola oscilar e
pressione o campo: <Start measurement>.
e) Quando a massa parar de oscilar (ou pelo menos aps contadas 5 oscilaes completas) voc deve
pressionar o campo: <Stop measurement>.
Aparecer no seu monitor um grfico das oscilaes que, se bem realizada, ter um aspecto parecido
com o da Figura 3 abaixo. Caso o grfico esteja deformado, sinal de que algum problema ocorreu. Em
geral, um indicativo de que a polia girou em falso ou deixou de girar devido a uma perda momentnea de
contato entre o fio e a polia. Neste caso, realize outra srie de medidas at conseguir um conjunto de
dados razoveis. Obtenha um conjunto em que apaream pelo menos cinco oscilaes completas.
Procure obter um grfico onde as oscilaes sejam simtricas em relao linha y=0.

56

Em alguns casos, vrias tentativas so necessrias para obter um bom grfico. Para realizar uma
nova srie de medidas pressione: File; New measurement.

P1 Se voc obtiver na tela uma oscilao que est nos padres regulares esperados (isto , nota-se o
amortecimento das oscilaes), mas no est centralizada em y = 0, como voc pode fazer para centraliz-la?
Considere que voc ter a sua disposio os registros de posio e tempo para os dados do grfico.

6. ANLISE DOS RESULTADOS

A partir dos dados coletas na experincia, devemos determinar como a amplitude varia no tempo,
bem como a frequncia de oscilao e a fase. Esses nos permitiro fazer a comparao com o modelo
terico.
6.1 Estudo da variao da amplitude do movimento em funo do tempo
Seguiremos a partir de agora uma srie de procedimentos para analisar o decaimento da amplitude
observado no grfico. Ser que esse decaimento segue a Equao 5, isto , o decaimento exponencial?
Vamos estudar qual a lei que rege tal decaimento. Para sab-lo precisamos estudar o comportamento das
amplitudes em funo do tempo. Realizaremos no Excel um grfico das amplitudes dos picos em funo do
tempo.
Utilizaremos um recurso do programa Measure para localizarmos os picos. No menu desse programa
escolha Analysis- Peak analysis-Calculate. Aparecer uma tabela cujos dados que nos interessam so as
colunas de Maximum e Height, pois estas mostram as localizaes exatas dos picos (coordenadas de tempo e
posio, respectivamente). Selecione essas duas colunas e use o comando copy.
Abra uma planilha e cole esses dados no Excel (no feche o programa Measure, por enquanto). Os
dados obtidos se referem aos valores dos picos e aos instantes em que eles ocorrem, isto , indicam como a
amplitude est variando no tempo.
Ateno: H outra maneira de obter esses dados. Voc pode aproximar o mouse de cada pico e ler os dados
apresentados. Assim voc pode identificar visualmente os instantes t correspondentes aos picos do grfico e
a amplitude (A) para cada um desses picos.
Com os dados sobre os picos transferidos para o Excel, construa o grfico de A versus t, obtendo a
linha de tendncia atravs de um ajuste exponencial. Escreva o resultado obtido na lacuna abaixo j
realizando as substituies para que a expresso relacione A(t) e t.

A(t) =
57

P2. O que esta equao representa para voc? Identifique os coeficientes A e .

6.2 Encontrando o perodo, a frequncia e o ngulo de fase


P3. Observando o grfico obtido por voc no programa Measure determine a freqncia f, o perodo T e a
freqncia angular do movimento com amortecimento. Lembre-se que a freqncia definida como o
nmero de oscilaes por segundo, e que a cada dois picos temos uma oscilao. Divida, ento, o nmero de
oscilaes obtidas pelo intervalo de tempo correspondente.

Ainda no Programa Measure, salve os seus dados em formato


universal para que esses possam ser usados na planilha eletrnica.
Tal como nas outras atividades, use os comandos save to file e
export as numbers. Em seguida, importe os dados para o Excel.
Se a importao dos dados foi feita corretamente, a sua planilha
deve estar parecida com a mostrada ao lado.
A partir da tabela com os dados de s(t) (para evitar
futuros equvocos troque s(t) por xexp (t)), identifique o valor
da posio inicial.

P4. Determine o angulo de fase a partir da Equao 5. No se


esquea de que deve ser dado em radianos.

Escreva os parmetros obtidos em P4, P5 e P6 na tabela abaixo. Registre-a tambm no Excel para a mesma
planilha que contm a os dados importados do Measure.

`
T
f

Tabela 1
P5. Tendo como base a Equao 3 e os parmetros da Tabela 1, escreva a soluo x(t) para o movimento
amortecido.

x (t) =

58

6.3 Grfico do Movimento Harmnico


Tentaremos agora responder nossa pergunta inicial: o resultado obtido no experimento atravs do
programa Measure pode ser descrito pela Equao 3? primeira vista, o grfico obtido no Measure parece
semelhante a uma funo senoidal cuja amplitude vai diminuindo com o tempo. Mas esse amortecimento
segue a relao matemtica do modelo?
a) Para respondermos a essas questes seguiremos uma sequncia de procedimentos. Inicialmente, iremos
fazer no Excel o grfico da elongao xexp(t) versus tempo (t). Voc deve obter um grfico (do tipo
disperso) semelhante ao obtido durante a aquisio de dados utilizando o programa Measure.

Vamos verificar agora a validade da soluo encontrada. Para fazer essa verificao, voc ir gerar
uma nova coluna (representada por C na Figura 3) atravs da expresso obtida em P5. Para preencher essa
coluna voc deve escrever na clula C2 (no caso do nosso exemplo) a expresso como em P5. Para inserir a
equao, siga as orientaes apresentadas no apndice.

1
2
3
4
5
6
7

A
t(s)
0
0.03
0.06
0.09
0.12
0.15

B
Xexp
0.022
0.036
0.049
0.061
0.071
0.078

C
Xequ

Figura 3
Observao:
Todos os detalhes devem ser observados no momento de inserir equaes no Excel. Qualquer
incorreo no registro da frmula impede que o Excel realize os clculos.
Calcule os demais elementos da coluna das posies Xequ, arrastando com o mouse a frmula escrita.
Os valores da posio para cada tempo t sero automaticamente calculados e mostrados na planilha.

6.4 Grfico comparativo


O teste final para os parmetros determinados por voc vai se dar pela sobreposio do grfico
original com soluo obtida a partir do modelo terico. Para isso voc deve ativar o grfico que contm a
curva experimental, e, em seguida, sobrepor o novo grfico de Xequ versus t. Se voc ainda tiver alguma
dvida sobre como sobrepor o grfico, siga as instrues do apndice.
P 6. Examinando os dois grficos sobrepostos voc poder avaliar seus resultados.
A Equao 3 representa um bom modelo para os dados experimentais obtidos?
Ateno: Uma das principais fontes de erro nessa atividade est no clculo e representao da fase.
Verifique isso no seu resultado. Reexamine se o ngulo de fase foi dado em radianos. No se esquea
tambm de que a funo co-seno uma funo par, de modo que dois arcos diferentes podem dar o mesmo
valor do co-seno. Assim, o valor obtido para a sua constante de fase pode ser negativo ou positivo. Voc
deve testar as duas possibilidades, antes de chegar a uma concluso.

59

APNDICE
1) SALVANDO O TRABALHO FEITO NA PLANILHA.
Para salvar os seus dados, escolha o diretrio:

C:\Turmas\
Escolha o subdiretrio correspondente a sua turma (por exemplo, 3M456).
D um nome que traga alguma informao sobre o contedo do seu arquivo,
por exemplo, Ativ2_g.

2) FAZENDO UM GRFICO
possvel construir rapidamente grficos utilizando os utilitrios da planilha, mas para
evitar equvocos alguns cuidados so fundamentais.
O principal lembrete que a varivel dependente deve estar sempre no eixo
vertical (y) e a varivel independente no eixo horizontal (x). Isto uma simples
conveno, mas que seguiremos risca. Dizemos simplesmente y versus x ou y em funo
de x.
No se esquea dos ttulos, legendas e unidades das grandezas no grfico.
Para fazer um grfico siga os seguintes procedimento1:
1) Ligue o seu computador.
2)V ao menu Iniciar do Windows e abra a planilha:
Menu Iniciar Programa Excel
3) Copie e organize os dados da tabela de maneira conveniente.
4) Para construir o grfico de interesse na sua planilha siga:
Inserir GrficoDisperso (escolha o 1 subtipo: apenas pontos) Avanar
Neste ponto, deve surgir uma janela
como a ilustrada na Figura 1. Continue a
ao:

Seqncia (ou Srie) Adicionar


Na indicao nome escreva algo que
identifique o seu grfico e permita
diferenci-lo de outros que fizer.
Valores de x: acione com o mouse o
pequeno quadrado com a seta
vermelha. Com o mouse, selecione a
coluna contendo os valores de x.
Acione a tecla Entra para finalizar
a insero.
Figura 1
1

As orientaes a seguir se referem ao Microsoft Excel 2003. O uso de verses posteriores do Excel requer
algumas adaptaes facilmente identificadas pelo usurio.

Valores de y: acione com o mouse o pequeno quadrado com a seta vermelha. Com o mouse,
selecione a coluna contendo os valores de y. Acione a tecla Entra para finalizar a
insero.
Depois, para finalizar acione: Concluir
Observao: Se voc precisa sobrepor uma outra curva ao que acabou de fazer.
Clique em cima dos pontos no grfico com o boto direito do mouse e entre em Dados de
Origem. Em seguida clique em
Adicionar
Repita os procedimentos mencionados anteriormente.
Escreva no espao correspondente ao nome para a srie ou seqncia, algo que permita
distinguir uma curva sobreposta da outra.
3) INSERINDO LEGENDAS
Escreva o ttulo do grfico e os nomes de cada um dos eixos. Para inserir o ttulo do grfico,
acione a partir do menu principal do Excel:
GrficoOpes de grficoTtulo
4) INSERINDO UMA LINHA DE TENDNCIA
Coloque o cone do seu mouse sobre um dos pontos determinada seqncia do grfico
e pressione uma vez o boto direito do mouse at surgir um pequeno menu. Escolha:
Adicionar linha de tendncia
Em seguida escolha a opo desejvel e clique em OK. Se houver mais sries, repita o
procedimento.
5) OBTENDO A RELAO MATEMTICA QUE MELHOR DESCREVE O GRFICO
Coloque a seta do seu mouse sobre uma das linhas de tendncia, aperte duas vezes o
boto esquerdo do mouse e siga:
Formatar linha de tendncia OpesExibir equao no grfico
Exibir valor de R-quadrado no grfico.
Se houver mais curvas, repita o procedimento.

6) DICAS PARA INSERIR FRMULAS NO EXCEL:

Toda frmula deve ser iniciada pelo sinal de =.

O sinal * significa multiplicao. O sinal / significa diviso.

O Excel utiliza vrgulas, no pontos.

Para elevarmos determinado valor de uma clula ao expoente 2 indicamos: =


C4^2.

No caso de raiz quadrada podemos fazer =C4^0,5.

Para facilitar, voc pode tambm usar o recurso inserir/funo, contido no


menu do Excel. L voc encontrar uma srie de funes como raiz quadrada,
potncia, arcoseno, arcocosseno, etc. Experimente fazer, por exemplo:
Inserir Funo matemtica e trigonomtricaPotncia.
Inserir Funo matemtica e trigonomtricaRaiz

Importante: Se voc sinalizar para que o Excel utilize numa frmula uma
clula que contm letras ou ainda nmeros e unidades de medida, o clculo
no ser realizado e uma mensagem de erro aparecer na tela. Os clculos so
realizados apenas com clulas que contm nmeros.

Se inserimos uma frmula do tipo =1/(B3*B3) , e a arrastamos para baixo, o


Excel compreende que deve substituir na frmula um a um todos os elementos
contidos na coluna B, localizados abaixo da clula B3. Os respectivos
resultados so colocados na clula onde a frmula inserida, bem como nas
localizadas abaixo dessa. Desse modo, para cada valor da coluna B gerado
um correspondente calculado atravs da frmula (gera uma outra coluna que
fica relacionada com a coluna B atravs da frmula).

As Figuras 2a e 2b abaixo ilustram como o aluno pode obter rapidamente a coluna desejada
na sua planilha. Na clula localizada abaixo da legenda 1/d2 escreve-se a frmula para o
clculo dos valores de 1/d2. No caso mostrado na figura 3a(ATENO: ESSE APENAS
UM EXEMPLO) inserimos nessa clula a frmula: =1/(B3*B3). Isso porque, nesse caso
especfico, o primeiro valor para o dimetro est na clula B3. Se esse valor estivesse, por
exemplo, na clula I123 escreveramos =1/ (I123*I123). Escrita a frmula, tecle Enter.
Arraste a frmula para baixo. Esse comando indica para o Excel que ele deve substituir na
frmula, um a um, todos os elementos de dimetro contidos na coluna B, localizados abaixo
da clula B3, e calcular o correspondente 1/d2.

1
2
3
4
5
6

1
1/d2
=1/(B3*B3)

d(cm)
1.5
2.0
3.0
5.0
Figura 2a Para inserir uma frmula
matemtica numa clula necessrio teclar o
sinal =.

2 1/d2
d(cm)
3
0.44
1.5
4
0.25
2.0
5
0.11
3.0
6
0.04
5.0
Figura 2b. Note que o nmero de algarismos
significativos igual nas duas colunas.

Os parnteses so necessrios em casos como o anterior, no qual se deseja que


o programa primeiro multiplique os elementos B3, e somente depois faa o
clculo de 1/(resultado da multiplicao).

Se voc quiser que determinado elemento que aparece numa frmula


permanea fixo, mesmo quando voc arrasta o mouse para fazer os clculos,
necessrio usar o smbolo $ antes da letra e antes do nmero correspondente.
Exemplo: = $C$4/(B3*B3). Nesse caso, ao arrastarmos o mouse para baixo, o
Excel, varia os elementos da coluna B, mas mantm fixo o elemento C4 no
clculo.

7) COMO INSERIR A BARRA DE ERROS


Para introduzir a barra de erros no seu grfico, coloque o cone do mouse sobre um dos
pontos experimentais e pressione o boto esquerdo do mouse. Com esta ao todos os pontos
experimentais devem ficar em evidncia. Em seguida, acione o boto direito do mouse. Escolha a
opo Formatar Srie de Dados
Se as medidas qual a barra de erros que voc deseja inserir estiverem no eixo y, escolha:
Barra de erros em y
No item Exibir, escolha:
Ambas
No item Erro, escolha :
Personalizar
Acione o quadrado vermelho correspondente ao quadro +. Deve surgir um novo quadro (Figura 3)
onde voc convidado a colocar os valores dos erros. Neste ponto v Tabela 1 e escolha a linha
correspondente aos valores de . Confirme e faa o mesmo procedimento em relao ao quadro em
Personalizar. Acione a tecla OK.

Figura 3
8) IMPORTAO DE DADOS

V para o menu Iniciar do Windows e abra a sua planilha:


Menu Iniciar Programa Excel

.Ative o menu da sua planilha (neste caso os dados devero estar bem identificados
no diretrio especfico de cada turma):
Dados Importar dados externos Importar dados :
C:\Turmas\Turma\Ativ3_10g.txt2
Delimitado Avanar Avanar Concluir

Bibliografia

Fsica Geral e Experimental - Jos Goldemberg, Volume 1, Companhia Editora Nacional,


1977

Introduo ao Laboratrio de Fsica, J. Piacentini e colaboradores, Ed. UFSC

Guia para Fsica Experimental Brito Cruz e outros, Unicamp, www.dfte.ufrn.br/fis315/

Fsica I - Sears & Zemansky, H. D. Young e R. A. Freedman, Addison Wesley.

Fundamentos de Fsica - volume 1, D. Halliday, R. Resnick e (J. Walker ou K. Krane), Ed.


LTC.

Fsica - volume 1, Alaor Chaves, Reichmann e Affonso Editores.

AZEVEDO, Paulo Roberto Medeiros de. Modelos de Regresso Linear. Coleo Saber e
Cincia, Vol. 1. Natal: EDUFRN, 1997.

Este um exemplo de arquivo que pode-se desejar abrir.

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